revista versificados - ed 1 out 2015

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Primeira edição da Revista literária online Versificados.

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Page 1: Revista Versificados - ED 1 OUT 2015

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Page 2: Revista Versificados - ED 1 OUT 2015

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2CARTADAEDITORASobreacrescente

desvalorizaçãodaliteraturaeomovimentocontraa

corrente.

4FALAIAIÁ

Desculpa.Obrigada.Denada.Fiqueàvontade.

5ACONTECIMEN-

TOSSetembropassou,outubrochegoueoquemaischamounossaatenção?

6BIENALDOLIVRO

NossamatériaprincipaldomêstrazumretratopoucoconvencialdaXVIIBienal

doLivroRJ.

9JOUTJOUT

Rolouencontrocoma(diva)JoutJoutPrazernaBienaldoLivro.Nãofoi?Quersabertudoqueaconteceu?

10COLUNADOBIGODE

Booktuber,apaixonadoporlivrosetecnologia.Rafael,conhecidopelocanalBigodeLiterário,contatudodasuasegundaBienal.

11ENTREVISTA

AutoralançadanoBrasilpelaeditoraValentinadáentrevistaexclusivapara

nossaequipe.

13NACIONALIZAN-

DOReniérePimentelfalasobreaimportânciaevalorizaçãodaliteraturanacionalnumcenário

editorialdecontrovérsias.

15VOZDONOVO

AUTORThiagoMarques,autornacionaleestudantedeLetras,trazumtextobem

desenvolvido.

PHOTOBYKHANACADEMY

17LARIINDICAAutora,blogueira,

booktubereroteirista,LarissaSirianitemboasdicasdelivrosparaquemestáquerendoumaleituranova.

19HASHTAGBIENAL

Quandofotosresumem13diasdeforma

inesquecível.Permitidodesejarvoltarnotempo!

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SUMÁRIO

REVISTAVERSIFICADOSED.1-OUTUBRO2015

Page 3: Revista Versificados - ED 1 OUT 2015

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Não sei d izer quando a l i tera tura passou a ser realmente importante para mim. Foi quase

como um romance: começa devagar, você nem nota a té ser tarde demais – está

completamente apaixonado e seu tema pr incipal é seu amor. Em um minuto eu estava com

meus pr imeiros l ivros na mão, pensando “hum, isso é interessante” e no seguinte defendia

que l i tera turanãosópodecomodefa tomudavidas.

CARTADAEDITORAporCamilleThomazLabanca

REVISTAVERSIFICADOSED.1-OUTUBRO2015

(Des)ValorizaçãodaLeitura

Aomesmo tempoque bat ia recordes pessoais de le i tura, eu conseguiame comunicarmelhor,

acumulava coragem para seguir com meus sonhos e quando estava a ponto de desist i r de

algumacoisa, l ia umahistór ianaqual apersonagemt inha tudocontraelaeseprovoucapaz.

Isso fo i inspirador: uma pessoa ser capaz de conquistar coisas que ninguém julgou que ela

conseguir ia.Aindaporc imaquandofeztudoporqueelaqueria fazer.

Então eu comecei a ouvir pessoas dizendo amesma coisa que eu: o quanto a l i tera tura t inha

mudado suas v idas em todos os aspectos. Pensei o quanto Mário Quintana estava certo ao

dizer “ l ivros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os

livros só mudam as pessoas” e quest ionei se as pessoas estavam entendendo a

mensagemquepassavamquandodiz iamquesim,a l i tera turaé importanteparaasociedade.

Page 4: Revista Versificados - ED 1 OUT 2015

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Ainda tenho minhas dúvidas, pr incipalmente quando começo a estudar e ver na minha

frente o quanto a l i tera tura está desvalor izada, o quanto as pessoas a veem como forma

de ganhar dinheiro sem fazer a di ferença na v ida de outra pessoa. Pior, o quantomuitas

delasseocupamjulgandooquevocêescolhe ler.

Sevocêestáaqui , lendo isto,precisoquesaibaqueaindaguardoesperanças.Ainda faço

parte de um movimento de incent ivo real à le i tura, como forma de contr ibuir para uma

sociedade commais respeito, amor e sol idar iedade do que descontento, ódio e egoísmo.

Ainda acredito que se você se predispôs a baixar essa revista, acredita um pouco nisso

também.

É nessa deixa de esperança que compart i lho um trecho de A Li tera tura em Perigo, de

TzevetanTodorov:"A l i tera turapodemuito.E lapodenosestenderamãoquandoestamos

profundamentedeprimidos,nos tornar a indamaispróximosdeoutros sereshumanosque

nos cercam, nos fazer compreender melhor o mundo e nos ajudar a v iver. [ . . . ] E la pode

também, em seu percurso, nos transformar a cada um de nós a part i r de dentro. A

l i tera tura temumpapel v i ta l a cumprir ; maspor isso é preciso tomá-la no sent ido amplo

e intenso que hoje é marginal izado. [ . . . ] A l i tera tura é pensamento e conhecimento do

mundopsíquicoesocia l emquevivemos.Areal idadequea l i tera turaaspiracompreender

é,s implesmente,aexper iênciahumana."

Vamos juntos?

Camil leThomazLabanca

Ed i to ra che fe Vers i f i cados

REVISTAVERSIFICADOSED.1-OUTUBRO2015

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Melhor já começar me desculpando, porque esse texto é só um ensaio. Ao contrár io do

restante do conteúdo que você vai encontrar nessa revista, essa página será dedicada a

tentat iva e erro, um t ipo de aventura em forma de crônica. O motivo? “As crônicas são

observações do cot id iano mas isso não signif ica que o cronista exper imentou cada um dos

fatos que rela ta. A premissa, normalmente, é verdade mas os argumentos são construções

cr ia t ivas do escr i tor”, me ensinou Antônio Prata durante um bate-papo no Cubovoxes na

últ imaBienal doRio então, na hora de escolher o que fazer naminha colunadaRevistaVersi

não t ive dúvidas: quero escrever a crônica! Poderia ter escolhido não ter coluna algumamas

ser ia in justoexcluir umgênero já tãomarginal izadoda l i tera tura.

Marginal izado sim, disse Gregório Duviv ier no mesmo encontro, quando contou sobre a

histór ia das crônicas “nascem na urgência, n inguém t inha os textos na gaveta e o jornal

resolveu usar, os textos surgiram para preencher um lugar nos jornais. É na pressa que elas

nascem”. Essa aqui não, na contramão, nasce do tempo porque nossa fechamento editor ia l

estábemplanejadomasnempor issootempofo i bemut i l izado.

Mas, se escrever é tão complexo porque eume atrevo a tentar?A respota veio, em forma de

lembrança resgatada na caix inha de memórias, sobre certa vez que, zapeando os canais da

televisão, ouvi de um senhor (que nãome recordo o nome) aquela que acredito ser amelhor

def in ição sobre o processo cr ia t ivo de um escr i tor quando este fo i quest ionado sobre a

existência da“ inspiração” forma de intervenção div ina que tornava lúcido e em ordem logica

e sequencial os pensamentos para que saíssemda cabeça pro papel . Comuma certa i ronia e

muita convicção, e le fo i claro ao dizer: “Escrever não depende de inspiração e s im de

transpiração. E dor. Dói muito. As costas, o pescoço e os punhos por f icar horas na mesma

posição, refazendo, tentando, apagandoe recomeçando”.Edesdeentãoeupassei a respeitar

mais os escr i tores por isso, e parei deme esconder nas desculpas fáceis do t ipo“não tenho

nenhumaideiahoje”a téquef iz daescr i taumexercíc io.

Esse é o meu exercíc io, contar em forma de crônica as maiores ment iras sobre alguma

verdade.Medesejemsorte

(ev ida longaàRevistaVersi )

REVISTAVERSIFICADOSED.1-OUTUBRO2015

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Desculpa.Obrigada.Denada.Fiqueàvontade.

FALAIAIÁ!porFláviaMariaAlvim

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..........................................................................................................................................................................ACONTECIMENTOSEMDESTAQUEporCamilleThomazLabancaeFláviaMariaAlvim

REVISTAVERSIFICADOSED.1-OUTUBRO2015

GREY SURPREENDEN-TE

TEVENDOUMCACHORRO

DESTINADO FILHODOURADO DESAPARECIDAS [RUÍDO] UMACHAMAENTREASCINZAS

RESENHAS

CAPITOLINA:OPODERDASGAROTAS SURPRESAIRRESISTÍVEL

OJEITODISNEYDEENCANTAROSCLIENTES MAZERUNNER:PROVADEFOGO

IBienaldoLivrodeContagem

Aconteceu nos dias 25, 26 e 27 de Setembro a I Bienal do Livro de Contagem. O

eventocontoucomGregórioDuviv ier eLauraConrado.

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..........................................................................................................................................................................REVISTAVERSIFICADOSED.1-OUTUBRO2015

BIENALDOLIVROporIgraínneMarques

OtrâmitedesvinculaliteraturadeliteratoseacademiadaintelectualidadedoséculoXXI

ABienal é umgrande evento l i terár io que acontece anualmente emumadasmaiores c idades

brasi le iras da a tual idade: ou Rio de Janeiro ou São Paulo. Em 2015, fo i a vez das terras

car iocas receberem essa fe ira de proporções inacreditáveis, cedendo espaço a editoras

conhecidasnacional e (muitas vezes)mundialmente.Dessa vez, prometia-seuma feiramaior,

com um número de v is i tantes excedendo o esperado. Expectat ivas que, no úl t imo dia de

evento,não foram frustradas. Venderam-semais l ivrosdoquequalquerBienal doLivro,mais

autores foram convidados e mais palestras foram real izadas. O sucesso fo i integral – os

problemas,poucos.

Ésempreumaconquistaconseguir a tra ir novos le i toresaomundodos l ivros.Semaisescolas

vis i tam o evento, s ignif ica que haverámais le i tores no futuro.Autores jovens, t ra tados como

popstars, são um espetáculo à parte. Perseguidos por mult idões, esperados por grupos de

300ou400pessoas;senhasquenãodãocontadaespera.

Emmeioaessecontexto,oquemaischamaaa tençãonãoéo fanat ismo,aeufor iaousequer

o gosto pela le i tura. O que chama a a tenção, agora, é outra coisa. Os l i tera tos insistem em

ignorar,maséumaverdade instaurada:o le i tor vemmudando.Enãoépouco.

AMUDANÇADEPÚBLICO

Literatura, hoje, deixou de ser a lgo el i t izado. L i tera tura, agora, só faz sucesso quando é

popular izada. E é isso que as Editoras querem.A renda, a venda, o lucro e o reconhecimento

garant ido.V irou produto, embora também seja arte. E por que uma coisa haver ia de el iminar

aoutra?

Masel imina.Muitasemuitas vezes.Confessoque jamais l i l ivroa lgumde vlogueiro (seja e le

qual for ) ou blogueiros. Tenho a cur iosidade quase gr i tante de ler os l ivros da Bruna Vie ira,

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

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porexemplo,quecomeçouaescreverbemnovaechamouaa tençãodeeditorasconsagradas (ou

ser iam as editoras que se consagrarampor causa dela?) . De qualquer forma, é um novo espaço,

umnovo t ipo de autor, umnovo t ipo de escr i tor – que, d iante dasdi f iculdadesde se alcançar as

editoras convencionais (que só aceitam or ig inais por correio - isso quando aceitam), arranjam

umanovaformadechegaraopúbl ico.Usandoa internet.

V ivemos nummundo rápido, instantâneo. Ler umamatér ia não é a tra t ivo diante da possibi l idade

de se assist i r a essa mesma matér ia. É a velha questão do “ l ivro ou adaptação?”. Por esse

mesmo motivo, jovem hoje em dia prefere assist i r a ler uma resenha. Dar play no Youtube a

procurar uma reportagem sobre um assunto polêmico. Por que não ouvir uma opinião de gente

tão jovem quanto? Por que não pr ior izar o discurso da menina de 17 anos em vez de olhar

pr imeirooJornal Nacional?

Éacoisamaisnatural domundoprocuraror ientaçãoemmeioaos iguais.Oproblemanãoéesse.

O problema é quando a academia espera algo di ferente e recr imina o t ipo de públ ico que

consometal conteúdo, taxando-osderasos.

Damesma forma,porém,compreendoooutro ladodamoeda.Nãopor ju lgar ta is jovens,maspor

ju lgar quem os publ ica. L i tera tura nasceu e vai morrer sendo arte. Arte, por s i só, v isa muito

mais que entreter; v isa promover ref lexão.O l ivro, assim que escr i to, deixa de ser do autor para

ser domundo. E essa é a beleza da arte, seja e la qual for. Damesma forma, o v ídeo, assim que

divulgado,deixadeserdov logueiro.Oproblemanãoéoconvite.

Escreveréoportunidade;seaeditora temumapropostae isso impl icaemganhardinheiro,quem

não far ia? Na minha torpe opinião, “tem mais é que aceitar”, af inal , oportunidade se agarra e

nãoseempurra.

Masacontecequeessepessoal nuncaescreveu.

Easportascont inuamfechadasparaquemescreve.

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Competir contra os novos famosos (os famososde internet) é inviável , é impossibi l i tar qualquer

meio de divulgação própr ia. Assim como todo famoso, esses têm uma legião de fãs que os

defenderão de qualquer cr í t ica – mesmo que seja construt iva. Lutar contra isso ser ia dar um

tiro no própr io pé. Não se tra ta de tomar o lugar do outro. Trata-se de l imitar o espaço na

editoraparaapenasesse t ipodeautorbrasi le iro.Quandosev ivenumpaísondeaartenacional

émenosprezada e vulgar izada, onde a l i tera tura premiada nemmesmo é conhecida – e se é, é

porqueé l ivroestrangeiro– i r contra issoéquaseumamissão impossível .

Se a l i tera tura escr i ta por pessoas (que não costumavam escrever) conquista tanta gente,

imaginacomodeve serboaa l i tera tura cr iadapor aquelesque vivempara isso?Nãohápúbl ico

já instaurado,éverdade,maséumterreno inexplorado.Minasnuncasãoencontradassenãose

está procurando por e las. Não se tra ta de l i tera tura nacional ter ou não qual idade: a l i tera tura

contemporânea atual não tem (supostamente) qual idade porque ninguém está dando a

oportunidadeparaela.Eesseéoverdadeiroproblema.

Editora pr ior iza invest imentos em bolsos, deixando em segundo plano (às vezes descartando) a

l i tera turaquefazpensar.

Eu, como l i tera ta, como prof issional da área de Letras, entendo que os espaços jovens comuns

vêm se dinamizando. Mais do que isso, se expandindo e recr iando. Condenar esse t ipo de

popular ização é ser, acima de tudo, u l trapassado. E condenar a l i tera tura popular é ser, no

mínimo, quadrado. Ninguém começa lendo Bukowski. O contemporâneo pode, s im, entrar no

cânone e eu sou a pr imeira a levantar essa bandeira. Basta que hajam espaços comuns, que

sejamofertadasnas l ivrar iaspoetasnovos–epara isso,aseditorasprecisamabrir portas.

A culpa não é do jovem, não é do le i tor e muito menos do escr i tor. A culpa é um revest imento

social que permeia empresas de grande porte e inst i tu ições preparadas para condenar o que é

apreciadopelamaior iadapopulação–porquedepoisquepopular iza,“(des) intelectual iza”.

Como escr i tora, percebo que a l inha que separa o autor brasi le iro do le i tor é muito tênue. A

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

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únicadi ferençaéqueautornacional nãodádinheiro,enquantoo le i tor,ah,esses im.

JOUTJOUT,PRAZERNAXVIIBIENALDOLIVRORIO

PorFernandaDias

No dia 6 de setembro rolou o tão esperado encontro de Jout Jout lovers na bienal . As pessoas

foram chegando aos poucos. As 15 pr imeiras pessoas ganharam l ivros e as 5 pr imeiras de

batom vermelho também! A famíl ia se div id iu em grupos para se conhecerem, se amarem e

responderas50,5perguntasdaJoutJout.Tudo tranqui loa téqueaconvidadamaisesperadada

noitechegouefo i umaeufor iasó.

Fel ic idade transbordava dos olh inhos de cada uma das 400 pessoas que estavamal i . Jul ia fo i a

pessoamais fofa domundo! Ela fa lou com todos, fo i super recept iva, conversou como pessoal ,

t i rou fotos. . . . Posso dizer que em nenhummomento ela deixou de sorr i r (nem eu!) . Fizemos um

sorteio de canecas l indas com fotos da Jout para o pessoal e, claro, também demos uma para

ela.Tudo issocomdire i toabraços,br incadeiraseumabelafotoemfamíl ia.

Algumaspessoas não puderam f icar a té o f inal , então nós as chamamospara que pudessem ter

seusmomentos fe l izes com a nossa diva. No f inal do nosso encontro, organizamos a galera em

umaf i la paraquecadaumpudessedarumabraço, fa lar e t i rar fotoscomaJul ia.Osbooktubers

gravaramvídeosparaseuscanaise t i raramfotoemgrupo.

Tudo deu certo e só temos a agradecer por esse dia tão maravi lhoso, pela presença da Jout

Jout, por e la ter um coraçãomaior que omundo que espalhou amor e quemesmo cansada, não

parou de distr ibuir car inho. Jul ia é incr ível , s impát ica e verdadeira. Eu quer ia poder vol tar no

tempoef icar láparasempre!

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..........................................................................................................................................................................REVISTAVERSIFICADOSED.1-OUTUBRO2015

COLUNADOBIGODEporRafaelRibeiro

Minhasegundaexper iênciacomaBienal ,apr imeiraveznoRiodeJaneiro.Oquepossodizer

sobre isso?Bem,háumanopudeconheceradinâmicadeumaBienal doLivro indonadeSão

Paulo e posso dizer que a exper iência fo i ót ima. Sendo um booktuber, conheci vár ios amigos

meus pessoalmente, com quem t inha contato apenas de modo onl ine. Claro que fo i um

deslumbre.

Me acabei comprando l ivros, já que na época eu t inha um pouco mais de dinheiro do que

tenho atualmente, conheci muita gente. Foi nesse ano que eu t ive total compreensão das

proporçõesqueomeutrabalhocomobooktuberestavatomandocomaquant idadedepessoas

que encontrei no pr imeiro encontro de booktubers para inscr i tos. Sabendo disso, as

oportunidadeséclaroquesurgem.

Vejo a Bienal do Livro, tanto no Rio quanto em São Paulo, como a personif icação do nosso

trabalho onl ine, onde nos encontramos com quem conversamos apenas vir tualmente. Temos

essecontatoverdadeiro.

Bienal não é só um lugar para encontrar seus autores favor i tos ou então fazer a festa

comprando todos os l ivrosque vemospela frente,mas simum lugar para termos certezaque

não somos só pessoas que leem l ivros sozinhas, sentadas no quarto ou em qualquer lugar,

massimumagrandecomunidade le i tora,contrar iandoosdadosdequeobrasi le ironão lê.Lá

podemostercertezaqueexistemmuitaspessoasnessemundo l i terár io.

Foi nesse ano que eu pude ter certeza que a Bienal está valor izando a le i tura na v ida dos

jovens, jáqueo l ivromais vendido fo i odaKéfera.V i muitosdeles se inser indonessemundo

fantást icoda le i tura.Claroquehá ressalvas,masenxergo issocomoumaaberturadeportas,

onde o jovem começa por um, depois conhece outro, e outro e mais outro. Tudo isso por

causadaBienal! <3

BienaldoLivroRio2015,oqueachei?

Page 12: Revista Versificados - ED 1 OUT 2015

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S.C. Stephens adora escrever

histór ias bem românticas, recheadas

de emoção e paixão. Intenso Demais

é sua estreia no meio editor ia l . No

Brasi l , a tr i logia fo i publ icada pela

editoraValent ina.

Você disse em uma entrevistapara o site Maryse.net quepublicou a série Rock Starprimeiramente em um site. Jánesta época você pensava emescrever profissionalmente ouera apenas uma forma dediversão?

SC: Na verdade, eu nunca t inha

realmente considerado escrever

prof issionalmente. Nessa época era

purohobby.

Você nos contou que escreverIntenso Demais foi umprocesso bastante longo, jáque você escreveu algumascenas primeiro e só entãodecidiu linká-las com ahistória. Você continuou comesse processo nos outroslivros ou seu jeito de escreversofreuadaptações?

SC: Escrevo de um je i to muito

diferente agora.Normalmente começo

pelo começo mesmo e lentamente

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

AAA

caminho para o f im. Se tenho ideias ao longo do

processo, escrevo-as no f im do documento para não

esquecer.

Às vezes, quando autores estão escrevendoseus livros, eles sabem que uma cenarealmente importante vai acontecer e, àsvezes, eles querem escrevê-la logo. Issoacontece com você? Como você lida com aansiedade?

SC: Não tenho problemas em esperar para escrever

cenas importantes, acho todos os pequenos passos para

chegara téessepontobonstambém!

>>

FOTOPORTARAELLISPHOTOGRAPHY

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ENTREVISTAporCamilleThomazLabanca

Page 13: Revista Versificados - ED 1 OUT 2015

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Você sabe quando seuslivros estão sendonegociados para seremtraduzidos e publicados emoutro país ou só descobrequando precisa assinar umcontrato?

SC: Sou informada quando países

compram os dire i tos de publ icação

dos meus l ivros, mas normalmente

não f ico sabendo quando serão

lançados. Meus fãs são os

pr imeirosasaber!

Como é sua rotina hoje?Você continua escrevendotodos os dias ou outroscompromissos literáriosacabamtomandoseutempo?

SC: Eu vejo a escr i ta como um

trabalho em tempo integral , então

trabalho de segunda a sexta e t i ro

os f inais de semana para mim.

Durante o dia, passo a maior parte

escrevendo, então a tual izo minhas

redes socia is e por f im respondo os

e-mai ls. Tento manter uma

quant idade mais ou menos f ixa de

palavrasporsemana

REVISTAVERSIFICADOSED.1-OUTUBRO2015

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Confiraaresenhanoblog:

Page 14: Revista Versificados - ED 1 OUT 2015

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Ler não é uma ação comum aos jovens – e, muitas vezes, nem aos adultos. Também pudera:

todos sempre em busca de algo, seja um futuro melhor ou a certeza de comida na mesa no dia

seguinte.Comoencaixarumluxocomoa l i tera turanessemeio?

Uma esperança é que há quem encontre na le i tura uma fuga da real idade, e, minor ia das

minor ias, quem veja nela o essencial para abr ir hor izontes, mudar pensamentos e impulsionar a

diferençatãonecessár iaemnossasociedade.Aquestãoéexatamenteapalavra“minor ia”.

Nós, le i tores que enxergam além de letras em um papel , achamos um tanto preocupante essa

real idade-éa lgoquasedesconcertantediantedomundodasentrel inhas.

Se acha que a s i tuação está fe ia, acompanhe: boa parte, e estou sendo ot imista de não

chamá-la de maior ia, desses le i tores dão preferência à l i tera tura estrangeira (seja

americana,sejaeuropeia- poucofogedestepadrão).

Nesse contexto, qual o espaço real da l i tera tura nacional? Eu sei que a resposta está na

pontadasua l íngua.

REVISTAVERSIFICADOSED.1-OUTUBRO2015

NACIONALIZANDOporReniérePimentel..........................................................................................................................................................................

SociedadeeLiteraturaNacional

Page 15: Revista Versificados - ED 1 OUT 2015

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Tudo isso ainda é intensif icado por meio de paradigmas que carregamos: l ivros nacionais são

clássicos e todos estes são chatos, da época que nos obr igaram a ler quando mal sabíamos o

portuguêsdenossaépoca,ouosdeauto-ajudaousimplesmenteruins.

Na real idade, não fomos instruídos a apreciar os l ivros clássicos, apenas f izemos a le i tura do

l ivro, e muitas vezes apelamos para o resumo, a f im de obter nota suf ic iente para passar em

determinadadiscip l ina.Não fomos incent ivadosa ter gostopelas artes e isso, é claro, se ref lete

napopulação.

Nós,leitoresqueenxergamalémdeletrasemumpapel,achamos

umtantopreocupanteessarealidade-éalgoquase

desconcertantediantedomundodasentrelinhas.

..........................................................................................................................................................................REVISTAVERSIFICADOSED.1-OUTUBRO2015

Foi ref let indo sobre tudo isso que decidi tomar um

passo para mudar essa real idade. Enquanto

part ic ipante do projeto Versi f icados, que une um

grupo de pessoas com real interesse em disseminar

o gosto pela le i tura, desenvolvo a coluna

Nacional izando.

Aqui é o espaço dos autores nacionais, para que, juntos, incent ivemos a le i tura de l ivros de

diversosgêneros.

Apresentaremos t í tu los novos e ant igos,mostraremos que existem sim romances (românticos ou

não)doseugênerofavor i to,comhistór iasapaixonantesepersonagens inesquecíveis.

Serão le i turas recentes, opiniões s inceras e impressões pautadas em narrat ivas escr i tas por

pessoas como eu e você, brasi le iras. Vamos além do comum, do s imples, do normal. Vamos

explorar todasassuasvertentese levá-laparaaprát ica.

Af inal ,épossível aprendermesmocomaqui loqueconsideramosumadistração,umapaixão: ler.

Page 16: Revista Versificados - ED 1 OUT 2015

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Quero deixar as coisas muito claras aqui : eu

nãomeimporto; nãomesmo.

Peço por gent i leza a você, le i tor ou le i tora,

que se desarme de seu pensamento

pol i t icamente correto que por acaso sur ja; o

que virá adiante não tem a ver com o que eu

tenhoquasecertezaquevocê imaginou.

Poisé,eunãomeimporto.

Nãome importo se f ico com fr io ou semi-fr io,

praqueelapossaf icaraquecida.

Não me importo de passar a madrugada

conversando com ela, sabendo dos

compromissos do dia que se seguirá;

realmente não me importo. E digo mais: a té

gosto.Gostonão.. .amo!

Não me importo de f icar em si lêncio, mesmo

tendo um turbi lhão de palavras doidas para

sair demeu ínt imo;nãome importodeouvi- la

dizer tudo o que temadizer, ouvi- la com toda

apaciênciaecalma.

Não me importo em demorar a responder; se

demoro, é porque estou formulando,

raciocinando, pensando em como dar uma

resposta sat isfa tór ia; nessa demora coloco

uma pitada de preocupação em fazer com que

ela se s inta segura e bem; então, não me

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

importo.

Não me importo de não fa lar sobre coisas

que gosto quando estou com ela; valemais

pra mim deixar que ela fa le, que ela

desabafe, que ela me expl ique aqui lo que

eupor vezes não consigo entender; nãome

importo se passei o dia formulando um

discurso mega interessante pra dizer a e la

quando a v isse; me importa a natural idade

doassunto.

Nãomeimporto.

Não me importo que as pessoas me olhem

estranho quando ando com f lores pelas

ruas; não mesmo! Algumas acham graça,

outros nem tanto, outros olham

curiosamente.

Eu,s inceramente,nãomeimporto.

Não sinto vergonha disso, penso na alegr ia

nafe l ic idade.

O queme interessa é, ao f inal de tudo, ser

premiado com sorr isos, abraços apertados,

"eus te amos"; é com isso queme importo.

Me importo em saber se ela está bem,

como está a saúde, como está a famíl ia,

comoestãoosestudos.. .

Me interessasaber isso.

Daquiloquenãomeimporta(edoquemeimportatambém)

REVISTAVERSIFICADOSED.1-OUTUBRO2015

VOZDONOVOAUTORporThiagoMarques..........................................................................................................................................................................

Page 17: Revista Versificados - ED 1 OUT 2015

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Nãome importa se se importamdemais como

fatodeeunãomeimportar.

O queme importa é o amor, representado nos

gestosmaissut isdeafeto.Écom issoqueme

importo

E nãome importa se vão reparar que não pus

os pontos f inais na frase anter ior ; tudo está

emprocesso,daquiparaalém.

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FOTOPORBLOGPÁSSAROAZUL

LARIINDICAporLarissaSiriani

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Bienal do l ivro é sempre uma época

perigosíssima do ano pra mim. Sempre

faço uma l ista imensa de compras, e

mesmo que não siga tudo à r isca, nem

compre tudo o que pretendia, sempre

gastomuitodinheiro.

Comoeradeseesperar,em2015nãofo i

d i ferente, e f iz um pequeno estrago na

Bienal do Rio de Janeiro. Mas entre os

vár ios l ivros cobiçados, a lguns eram

mais especiais. Então trouxe pra vocês

hoje os l ivros mais legais que comprei

nessaBienal!

Clássicos da Zahar: resolv i

classi f icar tudo num pacote, porque sou

apaixonada pelas edições de capa dura

da Zahar. E les já lançaram vár ios

clássicos comoOMágico deOz,Al ice no

País das Maravi lhas, a lém de edições

l indíssimas de l ivros da Jane Austen.

Mas nessa Bienal , comprei O Pequeno

Príncipe e Peter Pan, dois clássicos

infant is que eu não t inha t ido chance de

ler a inda e que f inalmente estão na

minha cabeceira! Além de capa dura, as

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

A

ediçõescontémi lustraçõesor ig inaisebiograf iasdos

autores.

Trono de Vidro: este é o pr imeiro l ivro de uma

série de fantasia que quero ler há bastante tempo.

Nem vou tentar uma sinopse porque ainda não l i , e

acho que soar ia meio fa lso, mas sabe aquele l ivro

que basicamente todas as pessoas da sua vida te

indicam? Pois então. Teve tanta gente insist indo pra

eu ler que, quando encontrei o l ivro na Bienal ,

prat icamente me joguei em cima dele. Agora já

possomataracur iosidade.

Surpreendente: pr imeiro l ivro do brasi le iro

Mauríc io Gomyde pela Editora Intr ínseca, o l ivro

conta a histór ia de um rapaz que se reúne com os

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

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FOTOPORINTRÍNSECA

amigos para tentar fazer seu pr imeiro

f i lme.Sou fãde longadatadoGomyde,e

por acompanhar seu trabalho já há

muitos anos, comprei o l ivro de olhos

fechados. O nível de conf iança no

trabalho desse cara é tamanho que

comprei antesmesmo de saber do que a

histór ia se tra tava. Como todo l ivro do

Mauríc io, já estava na minha wishl ist

muitoantesdeser lançado.

Além desses, t iveram mil outras aquis ições, mas isso é papo pra outros dias. Como sempre,

minha l ista de desejados aumentou em vez de diminuir, e vol te i consideravelmente fa l ida. Mas

quevaleuapena…issovaleu!

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..........................................................................................................................................................................HASHTAGBIENAL

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EXPEDIENTE

FLÁVIAMARIAALVIM

At r i z , p rodu to ra execu t i va , ex-

l i v re i ra e p isc iana com

ascendente em gêmeos .

Apa ixonada por a r te em todas

suas fo rmas e expressões .

CAMILLELABANCA

Be le t r i s ta . Au to ra de um l i v ro ,

qua t ro con tos e uma nove la .

Parecer i s ta e soc ia l med ia

f ree lancer, in tegran te do

Núcleo ,da Fundação Es tudar.

IGRAÍNNEMARQUES

Auto ra de um l i v ro e um con to ,

bachare l em le t ras e

pesqu isadora de l i t e ra tu ra .

Rev iso ra a f i c ionada por nu te l la

que sonha emv ive r sua p rópr ia

u top ia .

RAFAELRIBEIRO

Booktuber com orgu lho ! Adora

l i v ros de todos os t ipos ,

apa ixonado por tecno log ia ,

games , mús ica e a té de v ia ja r,

a f ina l quem não gos ta de sa i r

e conhecer o mundo?

RENIÉREPIMENTEL

Amante da l i t e ra tu ra e da a r te ,

es tudan te de A rqu i te tu ra e

Urban ismo. Le io de tudo e

ma is um pouco , na hora que

der,quando puder.

THIAGOMARQUES

Cur ioso e aprec iador das

le t ras , das pa lav ras e das

sen tenças . Admi rador das doze

ou t reze no tas mus ica is

(bemó is e sus ten idos con tam! )

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LARISSASIRIANI

Escr i to ra , book tuber e

pro fessora de ing lês .Sonha em

v ia ja r o mundo , encabeçar a

l i s ta de bes tse l le rs e conhecer

o pr ínc ipe encan tado - não

necessar iamente nessa o rdem.

FERNANDADIAS

18 anos , cu rsando ps ico log ia e

sou yog i há um mês . "Não

impor ta o que acon teça na

v ida , se ja bom para as

pessoas . Ser bom para as

pessoas é um marav i lhoso

legado para de ixa r pa ra t rás"

(Tay lo r S . )

Dúvidas,críticasesugestões

Entreemcontatopor

fa le@versi f icados.com.br

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