anÁlise e otimizaÇÃo da gestÃo da manutenÇÃo em...

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ANÁLISE E OTIMIZAÇÃO DA GESTÃO DA MANUTENÇÃO EM UMA EMPRESA DO SETOR DE TRANSPORTE URBANO DO INTERIOR POTIGUAR Janinne Mabel Oliveira Morais (UFERSA) [email protected] ISADORA CRISTINA MENDES GOMES (UFERSA) [email protected] Izabelle Virginia Lopes de Paiva (UFERSA) [email protected] ANNABEL BARRA PINTO (UFERSA) [email protected] andre pedro fernandes neto (UFERSA) [email protected] Para que se tornem mais competitivas frente ao cenário econômico que as rodeia, as organizações estão continuamente visando à obtenção de ganhos de produtividade em seus mais diversos processos, Logo, a detecção de gargalos intraorganizacioonais e a percepção que os clientes têm da empresa são fatores decisivos para que haja uma contínua melhoria dos processos. As atividades ligadas a Manutenção inserem-se nesse contexto, pois, ao contribuir para a conservação e otimização dos recursos materiais e humanos, fazem com que seja agregado valor ao processo, fato que influencia diretamente na satisfação dos clientes. O artigo busca analisar o atual cenário da gestão da manutenção em uma organização do setor de transporte urbano do interior potiguar e propor um melhor gerenciamento da função dentro da organização. Para tanto, foi realizado um trabalho de levantamento bibliográfico com conceitos e definições pertinentes aos assuntos relevantes para o desenvolvimento do artigo, pesquisa na organização objeto do estudo e entrevistas com consumidores do serviço prestado. Através dos dados coletados, foi feito um diagnóstico do atual estágio no qual se encontra a função Manutenção na empresa e foram obtidas as percepções dos consumidores sobre o serviço prestado pela empresa. Posteriormente, foram propostas melhorias dos problemas detectados na organização. Palavras-chaves: Manutenção; Setor de Transporte Urbano; Satisfação do cliente. XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.

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ANÁLISE E OTIMIZAÇÃO DA GESTÃO

DA MANUTENÇÃO EM UMA EMPRESA

DO SETOR DE TRANSPORTE URBANO

DO INTERIOR POTIGUAR

Janinne Mabel Oliveira Morais (UFERSA)

[email protected]

ISADORA CRISTINA MENDES GOMES (UFERSA)

[email protected]

Izabelle Virginia Lopes de Paiva (UFERSA)

[email protected]

ANNABEL BARRA PINTO (UFERSA)

[email protected]

andre pedro fernandes neto (UFERSA)

[email protected]

Para que se tornem mais competitivas frente ao cenário econômico que

as rodeia, as organizações estão continuamente visando à obtenção de

ganhos de produtividade em seus mais diversos processos, Logo, a

detecção de gargalos intraorganizacioonais e a percepção que os

clientes têm da empresa são fatores decisivos para que haja uma

contínua melhoria dos processos. As atividades ligadas a Manutenção

inserem-se nesse contexto, pois, ao contribuir para a conservação e

otimização dos recursos materiais e humanos, fazem com que seja

agregado valor ao processo, fato que influencia diretamente na

satisfação dos clientes. O artigo busca analisar o atual cenário da

gestão da manutenção em uma organização do setor de transporte

urbano do interior potiguar e propor um melhor gerenciamento da

função dentro da organização. Para tanto, foi realizado um trabalho

de levantamento bibliográfico com conceitos e definições pertinentes

aos assuntos relevantes para o desenvolvimento do artigo, pesquisa na

organização objeto do estudo e entrevistas com consumidores do

serviço prestado. Através dos dados coletados, foi feito um diagnóstico

do atual estágio no qual se encontra a função Manutenção na empresa

e foram obtidas as percepções dos consumidores sobre o serviço

prestado pela empresa. Posteriormente, foram propostas melhorias dos

problemas detectados na organização.

Palavras-chaves: Manutenção; Setor de Transporte Urbano;

Satisfação do cliente.

XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no

Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.

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1. Introdução

Os processos e métodos da manutenção encontram-se em crescente desenvolvimento nos

últimos anos, passando a, cada vez mais, estarem ligados a um binômio importante para

qualquer organização: redução de custo – garantia de disponibilidade das máquinas e pessoas.

As melhorias implantadas na função manutenção de uma empresa refletem positivamente nas

áreas de qualidade, confiabilidade e custos.

Em um setor no qual a competição e a busca por cliente é questão de sobrevivência, a

manutenção é considerada estratégica, pois sua ausência resulta em perdas e redução do lucro,

afetando clientes, funcionários, investidores e a sociedade (FERNANDES, 2007). A função

manutenção pode ser naturalmente percebida pelos consumidores em uma empresa de serviço

de transporte urbano, já que estes participam do processo de prestação do serviço, havendo,

portanto, simultaneidade deste com o consumo, ocasionando alto grau de contato entre cliente

e empresa. Dessa forma, a satisfação do cliente apresenta-se como um importante indicador

da eficiência do serviço prestado.

Em termos genéricos, a satisfação parece estar ligada a uma avaliação bipolar entre aquilo

que o cliente obtém ao consumir o produto/serviço (valor) e o sacrifício que tem de fazer para

comprar o produto/serviço (preço) (RAPOSO, 2001). Assim, para se garantir a satisfação dos

clientes deve-se primeiramente assegurar uma relação adequada entre preço-qualidade. Medir

a satisfação dos clientes permite reunir informação objetiva e determinante, essencial a uma

entidade para que esta possa delinear estratégias e posicionar-se no mercado (FONSECA,

2009).

Destaca-se a importância das medidas de qualidade, tendo em vista o papel decisivo por elas

assumido em face dos processos de globalização, da abertura dos mercados e da conseqüente

competição entre organizações (CAON, 2002). Sendo assim, o monitoramento da interface

manutenção – satisfação dos clientes em empresas de transporte urbano é vital para a

permanência e crescimento. O controle da manutenção da frota apresenta-se, então, como uma

atividade crítica em toda companhia desse setor. Manter a regularidade nas manutenções

preventiva e preditiva pode proporcionar menores custos, aumentando a vida útil dos

veículos.

Além de proporcionar o pleno atendimento das necessidades dos usuários do serviço, ações

ligadas à manutenção em uma organização são potenciais redutoras de custos, devendo,

portanto, receber especial atenção no seu gerenciamento. Segundo (KARDEC & NASCIF,

2001 e MARCORIN & LIMA, 2003 apud BOSA, 2009), os custos envolvidos com as tarefas

de manutenção geralmente não são vistos como muito relevantes pela maioria das empresas.

Em muitos casos, os seus custos são analisados isoladamente, o que acaba impedindo a

empresa de considerá-la em sua estratégia, colocando-a em segundo plano ou, mesmo,

tratando-a como um “mal necessário”. Entretanto, a importância do programa de manutenção

é percebida quando se compara seus custos com os originados pela falta de manutenção

(BOSA, 2009).

Destarte, o aumento da mantenabilidade, oferece condições essenciais para as organizações

concorrerem dentro do “novo cenário de uma economia globalizada e altamente competitiva,

onde as mudanças se sucedem em alta velocidade e a manutenção, como uma das atividades

fundamentais do processo produtivo, precisa ser um agente proativo” (KARDEC, S/D).

Motivado pela necessidade de melhoria na gestão da manutenção adequando-a ao setor de

transporte urbano e com a finalidade de atender as necessidades do consumidor, o artigo

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propõe melhorias para os problemas intra-organizacionais detectados em uma empresa do

interior potiguar, evidenciados por meio de visitas in loco e questionários aplicados a uma

amostra da população, que denotaram as percepções dos clientes do serviço prestado,

utilizando a “Matriz Importância x Desempenho”.

2. Referencial Bibliográfico

2.1 Transporte Urbano

Embora as atuais taxas de crescimento urbano tenham diminuído em relação às décadas de 70

e 80, muitas cidades ainda não conseguem organizar e atualizar suas redes de serviços

públicos essenciais, entre elas o transporte público. A maioria das cidades no Brasil tem

crescido de forma desordenada e explosiva, e o resultado, no que se refere ao transporte

público, tem sido a formação de um emaranhado de linhas de ônibus operando com grande

desperdício de tempo e de custos (NTU, 2009).

O transporte coletivo é de fundamental importância dentro do contexto geral do transporte

urbano, no sentido de ser essencial para a população de baixa renda e, ao mesmo tempo, uma

importante alternativa estratégica a ser utilizada para redução das viagens por automóvel,

contribuindo para a redução dos congestionamentos, da poluição ambiental, dos acidentes de

trânsito e do consumo de combustível (RODRIGUES, 2008).

Schipper & Marie-Lilliu (1999) apontam que o setor de transporte é, entre as fontes de

emissão de gases de efeito estufa, a que cresce mais rapidamente, muitas vezes em uma taxa

superior que o produto interno bruto dos países em desenvolvimento. Com base nisto, pode-se

observar a importância do transporte coletivo como uma alternativa estratégica na redução das

emissões de gases advindos da queima de combustíveis fósseis, visto que esse tipo de

transporte pode reduzir o número de automóveis em circulação.

Dentre as modalidades de transporte público coletivo, pode-se destacar o sistema de ônibus,

pelo grande volume de passageiro que é transportado. Segundo a ANTP (2007), essa espécie

é composta por uma frota de 97940 ônibus, se considerados os que fazem linha municipal e

metropolitana, que transportam 14, 389 bilhões de passageiros por ano percorrendo cerca de

7,84 bilhões de quilômetros anualmente.

Frotas de ônibus municipal de transporte urbano de cidades com faixa populacional entre 100

mil e 250 mil habitantes representam 10,47% da frota total que opera no Brasil, transportando

1,4 bilhões de passageiros em 754 milhões de quilômetros por ano (ANTP, 2007). Dentro

desse universo, está Mossoró, que tem seu “setor de transporte público composto atualmente

por 34 veículos, divididos entre as três empresas que operam na cidade” (ALVES, 2010).

2.2 Satisfação na prestação de serviço de Transporte Urbano

A opinião dos usuários na avaliação dos parâmetros associados à qualidade do transporte

público permite a tomada de medidas corretivas e um planejamento mais adequado dos

sistemas de transportes público urbano, por parte de órgãos gestores e empresas operadoras

sobre a qualidade do serviço prestado (SPINELLI apud GARCIA & JUNIOR, 2006).

Pode existir uma diferença importante entre aquilo que a empresa crê que o cliente deseja e

aquilo que o cliente quer realmente, ou seja, entre a qualidade concebida pelo prestador e a

qualidade desejada e/ou percebida pelo receptor, sem que este exprima necessariamente a sua

insatisfação (ROSSI & BRAGA, 2004).

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Conforme a NTU (2009), o número de passageiros transportados por mês, nas capitais

mencionadas na Figura 1, foi reduzido em mais de 100 milhões de passageiros. Tal fato pode

ser explicado, tanto pelo reduzido índice de frota, como pela qualidade do serviço prestado.

Figura 1 - Passageiros transportados por mês

Fonte: NTU (2009)

A qualidade em transportes associada à satisfação dos usuários e demais interessados

encontra-se em estágio de desenvolvimento, havendo carência de visões globais sobre o

assunto e de metodologias desenvolvidas aplicadas especificamente no setor (SPINELLI apud

GARCIA & JUNIOR, 2006).

2.3 Manutenção

De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 1994), manutenção é:

“Combinação de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo as de supervisão,

destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual possa desempenhar uma

função requerida”. A Manutenção é uma atividade de importância estratégica nas empresas,

pois ela deve garantir a disponibilidade dos equipamentos e instalações com confiabilidade,

segurança e custos adequados (NASCIF, S/D).

As atividades da manutenção dos serviços não se limitam apenas a mantê-los. Mas, dada a sua

importância no setor de serviços, suas atividades e responsabilidades devem se revestir de

uma maior abrangência. Nesse sentido, XENOS (1998) subdivide as atividades de

manutenção em dois tipos: as atividades de manutenção propriamente ditas e as atividades de

melhoria. As atividades de manutenção, também chamadas de execução da manutenção, têm,

num sentido mais restrito, a responsabilidade de "manter suas condições originais de operação

e seu desempenho por intermédio do restabelecimento de eventuais deteriorações dessas

condições". Essas atividades devem ser executadas pelo pessoal da manutenção e operação,

com o auxílio de normas e padrões sistematizados.

A produtividade, através da manutenção, pode ser melhorada na forma como é gerenciada,

evitando problemas de relacionamento entre os departamentos de uma empresa. As atividades

de melhoria requerem ações específicas tanto em nível técnico como gerencial. Alguns

exemplos são: modificações de padrões e procedimentos, aumento ou inserção da qualidade

da manutenção, produção e instalações, entre outros.

2.4 Tipos de Manutenção

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De modo geral, atualmente são praticados quatro tipos de manutenção. Essas procuram

envolver: conservação, adequação, restauração, substituição e prevenção dos equipamentos de

forma técnica e suficiente para alcançar os objetivos da função (MARÇAL, 2004).

Os quatro tipos de manutenção, conforme Kardec e Nascif (1998), são:

2.4.1 Manutenção Corretiva

A dita manutenção corretiva é a intervenção necessária imediatamente para evitar graves

conseqüências aos instrumentos de produção, à segurança do trabalhador ou ao meio

ambiente; se configura em uma intervenção aleatória, sem definições anteriores (VIANA,

2002). Ocasiona a paralisação do processo produtivo. Devido a isso, é bastante onerosa no

ponto de vista econômico, em virtude da quebra de produção e do lucro cessante. Para as

indústrias modernas, tal manutenção não é a mais adequada, pois não possibilita segurança

para o cumprimento de prazos num plano de produção (BELMONTE, SCANDELARI, 2005).

2.4.2 Manutenção Preventiva

A manutenção preventiva é um trabalho pré-determinado realizado através de planejamento

com o objetivo de prevenir o desgaste ou falha súbita de um equipamento ou de seus

componentes. A manutenção preventiva ajuda a:

Proteger os ativos e prolongar a vida útil dos equipamentos de produção;

Melhorar a confiabilidade do sistema;

Diminuir do custo de substituição;

Diminuir o tempo de inatividade do sistema;

Reduzir o prejuízo.

Além do supracitado, a manutenção preventiva auxilia na redução e monitoramento de falhas

mecânicas, no controle de equipamentos ou no processo. Dessa forma, “além do tempo de

produção perdido e os custos envolvidos para a interrupção e/ou substituição de equipamentos

peças ou componentes, pode-se evitar o risco de lesão nos operadores e de uma exposição

crítica a agentes químicos e/ou de agentes físicos com a manutenção preventiva” (IAPA,

2007).

2.4.3 Manutenção Preditiva

A premissa da manutenção preditiva é que o monitoramento regular das condições mecânicas

reais das máquinas, e do rendimento operativo dos sistemas de processo, assegurarão o

intervalo máximo entre os reparos. Ela também minimizará o número e o custo das paradas

não programadas criadas por falhas da máquina, e melhorará a disponibilidade global das

plantas operacionais. A inclusão da manutenção preditiva em um programa de gerência total

da planta, oferecerá a capacidade de otimizar a disponibilidade da maquinaria de processo, e

reduzirá bastante o custo da manutenção. Na realidade, a manutenção preditiva pode ser vista

como um programa de manutenção preventiva acionada por condição (ALMEIDA, 2000).

Dessa forma, os objetivos principais da manutenção preditiva são (MARÇAL, 2004):

Otimizar a troca de componentes estendendo o intervalo de manutenção;

Eliminar desmontagens desnecessárias para inspeções;

Impedir o aumento de danos;

Reduzir o trabalho de emergência não planejado;

Aumentar o grau de confiança de um equipamento ou linha de produção.

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Em linhas gerais, possibilita predizer quando os componentes de um equipamento estarão

próximos do seu limite de vida.

2.4.4 Manutenção de Melhoria

“É a intervenção que visa implementar um melhoramento contínuo dos equipamentos e

serviços, com intuito de reduzir o índice de indisponibilidade, aumento de performance,

aumento do ciclo de vida e segurança, através da aplicação de novos dispositivos, bem como

a adoção de novas técnicas de trabalho. Esta intervenção pode ocorrer antes do surgimento de

defeito e deve ser informada ao projetista do equipamento ou sistema envolvido, a fim de

efetuar as modificações necessárias já na concepção do projeto” (MARÇAL, 2004).

2.5 Plano de Manutenção

Os Planos de Manutenção são o conjunto de informações necessárias, para a orientação

perfeita da atividade de manutenção preventiva. Os mesmos representam, na prática, o

detalhamento da estratégia de manutenção assumida por uma empresa. A sua disposição no

tempo e no espaço, e a qualidade das suas instruções, determinam o tratamento dado pelo

organismo mantenedor para com sua ação preventiva (VIANA, 2002).

O planejamento de manutenção é resultante do processo de manutenção, que “deve ser

desenvolvido com base nas estratégias de manufatura e deve estar consequentemente

orientado pelo planejamento estratégico da empresa” (PERES, 2006). A elaboração de um

Plano de Manutenção objetiva proporcionar maior confiabilidade, mantenabilidade e, dessa

forma, disponibilidade do equipamento.

O Plano de Manutenção traz como benefícios para a organização um melhor planejamento de

recursos humanos, possibilita o gerenciamento de sobressalente, aquisição de materiais com

melhor qualidade e menor custo, evita trabalho desnecessário, estimula o senso de

responsabilidade do pessoal, permite estimar o número de atividades envolvidas no plano,

bem como os custos de cada uma.

2.6 Ordem de Manutenção

A OM consiste na autorização de trabalho de manutenção a ser executado, ela é a base da

ação do homem da manutenção, pois exterioriza o “trabalho”, organizando-o e registrando-o.

(VIANA, 2002).

Segundo Viana (2002), a Ordem de Manutenção possui três formas de geração: Manual,

Automática e via Solicitação de Serviço, e para sua execução passará por algumas fases,

obrigatórias ou não, que são:

Não iniciada;

Programada;

Iniciada;

Suspensa;

Encerrada.

2.7 Ferramentas para Gerenciamento da Manutenção

2.7.1 Metodologia 5S

Esta é uma das mais poderosas ferramentas, essencial à obtenção de condições mais

favoráveis à aplicação de técnicas mais avançadas. O 5S é o início de um processo de

mudança de postura diante da função manutenção. É, por si só, técnica suficiente para baixar

os custos da manutenção e da indisponibilidade, consistindo em ferramenta preventiva. O 5S

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vem das iniciais das cinco palavras japonesas seiri, seiton, seiso, seiketsu e shitsuke, que

correspondem aos cinco processos de transformação capazes de elevar a eficiência de uma

fábrica ao nível de primeira classe (HIRANO, 1994).

Esses processos são, respectivamente, liberação da área (eliminação de itens desnecessários),

organização, limpeza, padronização e disciplina. Apesar de se adequarem a toda a

organização, esses processos têm aplicação direta no chão de fábrica e na melhoria das

condições de operação e manutenção das máquinas, trazendo grande redução de custos, com a

diminuição do desperdício e das falhas provocadas por excesso de sujeira.

2.7.2 Manutenção Autônoma

Pode-se entender por manutenção autônoma aquela realizada pelos próprios operadores. Ela

constitui-se em uma ferramenta muito eficaz de manutenção preventiva e preditiva, a um

custo menor que o observado em outros instrumentos. Takahashi & Osada (1993) apresentam

a manutenção autônoma como uma forma de reduzir os custos com pessoal de manutenção e

aumentar a vida útil do equipamento, concentrando-se, basicamente, em limpeza, lubrificação,

reapertos e inspeção diária.

Hartmann (1992) coloca a redução de custos e de falhas e a melhora do equipamento como os

principais benefícios da manutenção autônoma, enfatizando que a redução de custos é reflexo

da eliminação de pequenas paradas e da redução do tempo de reparo, devido ao envolvimento

constante do operador.

2.8 Matriz Importância X Desempenho

Geralmente, dados provenientes de pesquisas sobre satisfação são utilizados para construir

uma matriz bi-dimensional em que a importância do atributo é mostrada pelo eixo y e o

desempenho pelo eixo x (Figura 1). Os consumidores avaliam qual a importância para eles e o

desempenho da empresa em relação ao atendimento de suas expectativas para cada atributo

(TONTINI, 2004).

Figura 2 - Matriz Importância x Desempenho

Fonte: Adaptado de Slack (1993)

A matriz é dividida em quatro zonas: urgência, aprimorar, adequado e excesso que permitem

localizar cada um dos critérios avaliados por Slack, quanto à importância atribuída pelo

cliente e quanto ao desempenho percebido por ele neste mesmo critério (MORILHAS, 2007).

2.9 Custos e Manutenção

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Souris (1992) discorre que a manutenção de toda empresa deve ser gerida de modo a

proporcionar à organização um grau de funcionalidade com um custo global otimizado.

Segundo Marconi e Lima (2003) os maiores custos relacionados à manutenção são os

decorrentes da indisponibilidade do equipamento. Williams et al. (1994) afirmam que a

disponibilidade dos equipamentos depende da confiabilidade e mantenibilidade por eles

apresentadas.

Sabendo que a definição de uma política de manutenção adequada pode reduzir os custos de

uma organização, Mirshawka e Olmedo (1999) ilustram tal fato, através do gráfico abaixo

(Figura 3), onde mostra que investimentos com manutenção preventiva reduzem os custos

derivados das falhas e, por conseguinte, os custos de manutenção. Entretanto, o gráfico mostra

também que o custo total, depois de alcançado o nível ótimo de manutenção, eleva-se com o

aumento dos investimentos em manutenção.

Figura 3 - Gráfico custo versus nível de manutenção

Fonte: Mirshawka e Olmedo (1999)

Tomando isso como base, Murty e Naikan (1995) apresentaram um modelo matemático para

o cálculo do limite de disponibilidade, visto que a busca constante por falhas zero reduz o

lucro da empresa por requerer cada vez mais investimentos em manutenção, pois as melhorias

só trazem benefícios quando aplicados em recursos considerados gargalos. A figura 5 indica

que o ponto ótimo de disponibilidade é encontrado quando o custo de manutenção oferece um

nível de disponibilidade que possibilite a geração de lucro máximo à operação.

Figura 4 – Gráfico lucro versus disponibilidade

Fonte: Murty e Naikan (1995)

3. Metodologia

O trabalho realizado trata-se de uma pesquisa aplicada de caráter qualitativo. Do ponto de

vista de seus objetivos, possui uma visão exploratória, pois envolve levantamento

bibliográfico sobre a área de interesse, a gestão da manutenção, e entrevistas com pessoas que

tiveram experiências práticas com o problema que está sendo analisado, utilizando o estudo

de caso como estratégia para atingir o objetivo proposto.

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O estudo foi realizado em uma empresa de transporte coletivo localizada na cidade de

Mossoró, no Rio Grande do Norte, do universo de três organizações do ramo existente no

município, e baseou suas evidências em entrevistas e observação direta. As entrevistas

realizadas, do tipo estruturadas, foram norteadas com a utilização de questionários, baseados

em literatura pertinente ao tema do estudo, contendo perguntas abertas e fechadas sobre os

aspectos básicos da organização, de sua frota e gestão da manutenção que realiza.

O questionário foi aplicado ao gerente e a um dos mecânicos da organização, a fim de

capturar informações para auxiliar na exploração, avaliação e solução do problema em

questão.

Para colher informações dos consumidores, foi elaborada e aplicada uma tabela de 9 pontos,

para auxiliar na construção da “Matriz Importância x Desempenho” e tomar conhecimento

dos principais critérios competitivos e pontos a serem melhorados sob a ótica dos clientes,

para seja melhorada a satisfação dos mesmos em relação ao serviço prestado.

4. Aplicação da Metodologia

A empresa de transporte urbano analisada possui uma frota de 15 ônibus, sendo apenas um

reserva, para o caso de ocorrência de falha ou pane nos ônibus que fazem trajeto diariamente.

Em seu quadro de funcionários, a organização em estudo conta com quarenta e três

colaboradores, sendo vinte e oito motoristas, três funcionários para limpeza noturna dos

ônibus, um manobrista, dois mecânicos, dois assistentes de serviços gerais, quatro

apontadores de tráfego, um tesoureiro, um gestor de RH e um gerente geral, apesar de não

haver um organograma bem estruturado.

Para verificar o ponto de vista dos usuários em relação ao serviço de transporte de ônibus da

empresa e obter assim uma estimativa de satisfação dos clientes, foi elaborado um

questionário sobre a importância de cada característica escolhida e como se dá o desempenho

considerando esses parâmetros em relação à concorrência. Em seguida, foi aplicado o

questionário numa amostra de trinta pessoas em três pontos de ônibus.

As características analisadas pelos usuários foram escolhidas devido a sua ligação com a

manutenção e por haver fácil percepção dos clientes das mesmas transformando-se assim em

critérios que agregam valor.

Figura 5 – Tabela nove pontos

Fonte: Autores (2010)

As respostas obtidas permitiram calcular a média para facilitar a compreensão dos dados.

Importância para os clientes Aparência Funcionamento Soluções Rápidas

Média 3,7 1,5 1,7

Fonte: Autores (2010)

Tabela 1 – Média do grau de importância das variáveis para o cliente

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Desempenho em relação a concorrência Aparência Funcionamento Soluções Rápidas

Média 4,3 4,8 5,1

Fonte: Autores (2010)

Tabela 2 – Média do desempenho das variáveis em relação à concorrência

Com os dados apresentados nas tabelas acima, foi possível a construção da matriz

“Importância X Desempenho”, que indicou a zona de ação dos parâmetros analisados do

produto.

Figura 5 – Matriz Importância x Desempenho para o serviço de Transporte Urbano

Fonte: Autores (2010)

De acordo com os dados obtidos, semanalmente é realizada a manutenção preventiva nos

veículos, uma vez que o número de ônibus em circulação nos finais de semana cai para 40%.

Essa manutenção é feita para detectar possíveis defeitos ou falhas que possam vir a ocorrer

durante a semana e assim, evitar a ocorrência de panes, entretanto a manutenção realizada na

empresa não é feita da maneira mais adequada, já que não possui nenhum planejamento, os

funcionários responsáveis por tal atividade não são especializados e, acima de tudo, a falta de

prioridade dada a essa função.

Os problemas mais freqüentes detectados nas manutenções realizadas são: desgaste de peças,

falhas no sistema de ar e panes elétricas. A frota da empresa é constituída por modelos dos

anos 2000, 2002 e 2006, e o custo para aquisição de uma unidade nova é em média R$

300.000,00. Os custos com manutenção representam 5% dos gastos totais da organização, os

gastos com manutenção corretiva giram em torno de R$2.000,00 podendo chegar a

R$10.000,00 caso haja danos irreparáveis nos motores dos ônibus, acarretando em uma

substituição. O valor com manutenção preventiva não foi informado por não haver controle

nem registro destes procedimentos.

6. Considerações Finais

A insatisfação dos clientes mostrada na matriz “Importância x Desempenho” evidencia o que

é encontrado intraorganizacionalmente: um setor de manutenção deficitário e incipiente. Os

três parâmetros analisados encontram-se na zona de melhoramento, comprovando a

necessidade da definição de uma política de manutenção adequada, com o intuito de encontrar

o ponto ótimo entre disponibilidade dos equipamentos e o lucro da empresa.

Um ponto crítico da empresa é a falta de organização do seu ambiente, visto que o mesmo

precisa estar bem arranjado para garantir a preservação e um melhor manuseio das

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ferramentas e dos sobressalentes utilizados na manutenção. A aplicação da ferramenta da

qualidade 5S seria uma solução para a conformação do recinto, reduzindo custos com a

diminuição dos desperdícios e falhas provocadas por excesso de sujeira.

Identificou-se, também, que a função manutenção não está introduzida no organograma da

empresa, tal fato faz com que não haja um plano de manutenção adequado e não utilização de

ferramentas eficientes para operacionalização do mesmo. Sugere-se então a inserção da

função manutenção em seu organograma para que essa ação desdobre-se em outras atividades

para otimizar esta área na empresa.

Figura 6 – Organograma proposto para a empresa

Fonte: Autores (2010)

Embora de fato seja realizada manutenção preventiva nos ônibus semanalmente, a mesma não

alcança o resultado desejado, uma vez que, devido à má utilização dos transportes por parte

dos motoristas, é freqüente a necessidade de manutenção corretiva. Pensando nisso, faz-se

necessário uma política de conscientização dos motoristas, bem como treinamento para a

realização de manutenção autônoma, diminuindo, dessa forma, gastos com manutenção

corretiva.

A ausência de um Plano de Manutenção torna a mantenabilidade dos ônibus menos eficiente,

então a execução do mesmo é de suma importância para um melhor rendimento desta função.

Sugere-se que se elabore um plano dividido em quatro etapas: A, B, B1 e C, segundo modelos

propostos pela empresa ASTM - Assessoria Técnica de Manutenção Ltda. (S/D), em seu

website.

O Plano de Manutenção “A” objetiva realizar uma avaliação quinzenal do estado mecânico do

veículo, realizando correções e ajustes necessários, lubrificando o chassi e assegurando o bom

funcionamento do veículo até o próximo plano A. Inicialmente, devem ser coletadas

informações que serão divididas nas seguintes seções conforme a tabela 2:

Item Descrição

RTM (Registro Técnico de

Manutenção)

Reclamações do motorista, anotações do revisador, defeitos que se repetiram

e Índice de Socorros de Retornos

FRC (Ficha de Registro da

Carroceria)

Compreenderá ações como consulta de avarias anteriores, registro das avarias

apresentadas e consulta a chefia sobre aproveitamento imobilização para

reparos

RAQ (Registro Acumulado da

Quilometragem) Existência de houve registro de quilometragem e abastecimento do veículo

FMP (Ficha de

Movimentação de Pneus) Verificação do estado de conservação dos pneus

FCC (Ficha de Controle de

Componente) Inspecionar os demais componentes do veículo.

Fonte: Autores (2010)

Tabela 3 – Informações referentes ao Plano de Manutenção (Etapa A)

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Após as etapas iniciais, o Plano de Manutenção A segue com inspeção, correção e reaperto,

em casos no qual é possível, de itens como a carroceria, pneumáticos, baterias, suspensões

dianteira e traseira, eixos dianteiro e traseiro, transmissão, comando do acelerador, comando

do freio motor, pré-filtro de alimentação do combustível, óleo hidráulico da direção e

lubrificação do chassi.

O Plano de Manutenção B é bimensal tem seu escopo diferenciado do Plano A por incluir a

troca de óleo lubrificante e filtro do motor e por não compreender o RAQ. Ações como

lavagem rápida, lubrificação do chassi, também contida no Plano A, substituição de óleo do

motor e filtros, limpeza dos mesmos, verificação de níveis de óleos e água e inspeção do

motor e baterias são compreendidas por esse plano.

A atuação do Plano B1 é semestral e diferencia-se pelas trocas do óleo lubrificante da caixa

de marcha, do eixo traseiro, diferencial, e do filtro de ar, porém, engloba todas as operações e

serviços dos planos A e B.

Finalizando as etapas do Plano de Manutenção Geral há o Plano C, que é uma avaliação anual

do estado mecânico do veículo, no qual são feitos os principais acertos mecânicos no chassi.

Sugere-se que a operacionalização desse plano coincida com a vistoria obrigatória a qual a

empresa deve submeter sua frota. Além das ações compreendidas pelos três planos anteriores,

o Plano C engloba operações como lavagem do chassi e seus componentes, troca de óleo de

sistemas, checagem das correias e mangueiras, inspeção minuciosa do motor, verificação da

fixação do chassi no motor, conferência e, se preciso, substituição de itens da embreagem, da

caixa de marchas, da transmissão, borrachas, desmonte e limpeza de itens como a suspensão,

os amortecedores, a suspensão, dos eixos dianteiro e traseiro, o conjunto de freios dianteiros e

traseiros, a direção, o tanque de combustível, teste das instalações elétricas e reaperto geral

dos itens do chassi.

Considerando que a empresa em estudo apresenta uma carência no setor de planejamento das

atividades de manutenção, a implantação de ordens de manutenção mostra-se como uma

melhoria para o planejamento de atividades futuras e para manter um controle sobre o que já

foi feito. Um histórico das manutenções realizadas traz informações das principais falhas

ocorridas, dessa forma a empresa pode diminuir custos disparando ações que impossibilitem o

ressurgimento de tais ocorrências.

Para que haja um gerenciamento das ações do setor de manutenção da organização, sugere-se

a utilização do Sistema de Controle de Veículos, da ASTM, que consiste em um banco de

dados básico, sendo uma ferramenta de auxílio ao administrador do setor de manutenção da

organização.

Desta forma, este trabalho evidenciou a importância da função manutenção para a otimização

dos custos, visto que este é o fator que desperta maior interesse por parte das empresas, e o

aumento da confiabilidade, o que reflete na satisfação dos clientes.

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