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VOLUME 1 – NÚMERO 1 | ISSN Universidade Estadual do Paraná – Campus de Campo Mourão Av. Comendador Norberto Marcondes, 733 - Campo Mourão - Paraná - Brasil - CEP 87.302-060 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ UNESPAR CAMPUS DE CAMPO MOURÃO I ÁGORA MATEMÁTICA De 04 a 06 de maio de 2017 ANAIS DO I ÁGORA MATEMÁTICA

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VOLUME 1 – NÚMERO 1 | ISSN

Universidade Estadual do Paraná – Campus de Campo Mourão Av. Comendador Norberto Marcondes, 733 - Campo Mourão - Paraná - Brasil - CEP 87.302-060

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – UNESPAR – CAMPUS DE

CAMPO MOURÃO

I ÁGORA MATEMÁTICA

De 04 a 06 de maio de 2017

ANAIS DO I ÁGORA

MATEMÁTICA

Comissão organizadora

Amauri Jersi Ceolim Fábio Alexandre Borges Juliano Fabiano da Mota

Luciano Ferreira Milene Nagila Mesquita

Rosefran Adriano Gonçales Cibotto Valdete dos Santos Coqueiro

Veridiana Rezende Vinicius Oliveira Romano da Silva

Wellington Hermann Willian Bellini

Coordenação da Comissão Científica

Wellington Hermann

Membros da Comissão Científica

Fábio Alexandre Borges

Willian Bellini

COORDENAÇÃO E ORGANIZAÇÃO

APOIO E REALIZAÇÃO

O nome Ágora Matemática é uma alusão às praças onde ocorriam discussões

acerca da cidadania na Grécia Antiga, a Ágora. Deste modo, promovemos um lócus

de discussões a respeito da matemática e seu ensino, e, sobretudo, um espaço de

discussões democrático entre acadêmicos de graduação, professores da educação

básica e superior e quaisquer interessados na matemática e seu ensino. Os objetivos

do evento foram: instituir um espaço para disseminação de resultados de pesquisa

nas áreas de matemática e educação matemática; proporcionar debates sobre o

ensino de matemática; contribuir para a formação de professores que ensinam

matemática nos diversos níveis educacionais; promover a aproximação entre alunos

de cursos de matemática, professores e pesquisadores, com vistas a fomentar o

debate e as parcerias entre as diversas áreas e instâncias educacionais. Para isso,

proporcionamos o diálogo entre acadêmicos, pesquisadores e professores por meio

de palestras, mesas redondas, oficinas, comunicações orais e atividades culturais. As

palestras, mesas redondas e oficinas foram ministradas por professores e/ou

pesquisadores convidados que trouxeram experiências e conhecimentos que

extrapolam o contexto dos cursos de Matemática.

Nesse documento, apresentamos os resumos aceitos para as comunicações,

para os minicursos, grupos de discussões e mesa temática que aconteceram no

âmbito da I ágora Matemática da Unespar – Campus de Campo Mourão.

APRESENTAÇÃO

Sumário RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES ORAIS

DIFICULDADES DOS PROFESSORES AO DESENVOLVEREM ATIVIDADES DE MODELAGEM NA

SALA DE AULA DA EDUCAÇÃO BÁSICA .......................................................................................... 7

UM ESTUDO SOBRE SEQUÊNCIAS DE NÚMEROS REAIS ................................................................ 8

UM DIAGNÓSTICO DO USO DE TIC POR PROFESSORES DE MATEMÁTICA DO ENSINO

FUNDAMENTAL II DA REGIÃO DE CAMPO MOURÃO .................................................................... 9

ABORDAGEM DE MODELAGEM NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CRÍTICA NA

EDUCAÇÃO BÁSICA ...................................................................................................................... 10

O USO DO MATERIAL DOURADO COMO RECURSO DIDATICO PARA COMPRRENSÃO DO

SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL .......................................................................................... 11

A UTILIZAÇÃO DO TANGRAM PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA .............................................. 12

SISTEMA DE NUMERAÇÃO CHINÊS: UMA PROPOSTA DE ATIVIDADE NOS ANOS INICIAIS POR

MEIO DE INFORMAÇÕES HISTÓRICAS ......................................................................................... 13

PROBLEMAS DE ESTRUTURAS ADITIVAS EM LIVROS DIDÁTICOS DOS ANOS INICIAIS: UMA

CLASSIFICAÇÃO À LUZ DA TEORIA DOS CAMPOS CONCEITUAIS ................................................. 14

UMA CATEGORIZAÇÃO DE PESQUISAS BRASILEIRAS ACERCA DO ENSINO DE MATEMÁTICA

PARA ALUNOS DEFICIENTES VISUAIS INCLUSOS ......................................................................... 16

CRITÉRIOS DE DIVISIBILIDADE VIA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ............................................... 17

PREVENÇÃO DA DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: DA

INCLUSÃO AO ATENDIMENTO DE UMA CRIANÇA SURDA .......................................................... 18

SABERES MOBILIZADOS POR DOCENTES DO CAMPO QUANTO A APLICABILIDADE DE JOGOS NO

ENSINO DA MATEMÁTICA: DESAFIOS E POSSIBILIDAS................................................................ 19

LEITURA DE EMBALAGENS: O GÊNERO TEXTUAL ADIVINHA ASSOCIADO À TEORIA DA

REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA ...................................................................................................... 20

PESQUISAS SOBRE O CONCEITO DE FUNÇÕES PUBLICADAS EM PERIÓDICOS DE EDUCAÇÃO

MATEMÁTICA .............................................................................................................................. 21

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL:

UMA PROPOSTA .......................................................................................................................... 22

UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO POR MEIO DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMA ............................... 24

CIÊNCIA NO INTERVALO: PROMOVENDO AFEIÇÃO PELA MATEMÁTICA POR MEIO DE JOGOS

DIDÁTICOS ................................................................................................................................... 26

TEATRO: UMA ALTERNATIVA AO ENSINO DE HISTÓRIA DA MATEMÁTICA ................................ 28

ANÁLISE DO CURRÍCULO – UM OLHAR PARA O PROJETO PEDAGÓGICO DE UM CURSO DE

LICENCIATURA EM MATEMÁTICA ............................................................................................... 29

USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NO ENSINO DE MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA ......... 30

MODELAGEM MATEMÁTICA E A SUA RELAÇÃO COM A EDUCAÇÃO BÁSICA ............................. 31

UM DIAGNÓSTICO DO USO DE TIC POR PROFESSORES DE MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO DA

REGIÃO DE CAMPO MOURÃO ..................................................................................................... 32

A UTILIZAÇÃO DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA ENVOLVENDO EXPRESSÕES ALGÉBRICAS E

MATERIAL MANIPULÁVEL ........................................................................................................... 33

EDUCAÇÃO ESPECIAL: NÚCLEO DE PESQUISA E ATENDIMENTO AOS ALUNOS PORTADORES DE

NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS .................................................................................. 34

RESUMOS DOS MINICURSOS

BRINCANDO DE REPARTIR: O CONCEITO DE FRAÇÃO PARA CRIANÇAS DO ENSINO

FUNDAMENTAL ........................................................................................................................... 36

SOLUÇÃO DE EQUAÇÃO DIFERENCIAL VIA SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES ........................ 37

MODELAGEM MATEMÁTICA: UMA PRÁTICA E VÁRIAS POSSIBILIDADES ................................... 38

CONHECENDO OS RECURSOS DO SOFTWARE GEOGEBRA MEDIANTE TAREFAS DE GEOMETRIA E

FUNÇÕES ..................................................................................................................................... 39

PRÁTICAS LÚDICAS E NARRATIVAS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA ...................................... 40

JOGOS MATEMÁTICOS: BRINCANDO E APRENDENDO SOMA E SUBTRAÇÃO ............................ 41

MESA REDONDA

MESA REDONDA: EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: PASSADO,

PRESENTE E FUTURO ................................................................................................................... 43

MESA REDONDA: EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: PASSADO,

PRESENTE E FUTURO ................................................................................................................... 44

GRUPOS DE DISCUSSÕES

Grupo de Discussão sobre o Laboratório de Ensino de Matemática .......................................... 46

Grupo de Discussão sobre História da Matemática .................................................................... 50

RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES ORAIS

DIFICULDADES DOS PROFESSORES AO DESENVOLVEREM

ATIVIDADES DE MODELAGEM NA SALA DE AULA DA

EDUCAÇÃO BÁSICA

Amauri Jersi Ceolim1

Resumo: A Modelagem Matemática (MM), na perspectiva da Educação Matemática, nos últimos

anos, tem apresentado avanços significativos em relação aos aspectos acadêmicos e científicos,

tanto no cenário nacional como no internacional. Isso se constata pelo número de publicações em

eventos científicos e, pelas edições de revistas e de livros voltados à Educação Matemática, tendo

abrangência em diferentes contextos educacionais que vão desde a Educação Básica até o Ensino

Superior. Mesmo assim o autor, desde anos passados, vem apontando indícios de que a

Modelagem Matemática apresenta fragilidades nas aplicações em salas de aula da Educação

Básica. Nesse sentido, a presente pesquisa, de caráter qualitativo, objetiva investigar as

dificuldades apontadas por professores, graduados em cursos públicos de Licenciatura em

Matemática do Estado do Paraná, em relação ao desenvolvimento da Modelagem Matemática na

sala de aula da Educação Básica, continuidade de uma pesquisa de 2015, pois, embora os sujeitos

sejam os mesmos, nesta nova pesquisa foram investigados acerca das dificuldades e das

concepções que apresentam em relação à Modelagem ao trabalhar em sala de aula. As análises

dos dados foram realizadas por meio de categorizações dos elementos selecionados no referido

levantamento teórico, nas entrevistas e/ou nos questionários. Essas análises mostram que os

professores, de modo geral, não estão preparados para desenvolver atividades de Modelagem em

suas aulas, que apresentam concepções fragilizadas de MM, e que, além disso, dentre outras

coisas, apontam que a estrutura escolar vigente não é apropriada para o trabalho com MM.

Palavras-chave: Educação Matemática. Modelagem Matemática. Dificuldades no

desenvolvimento de atividades.

1 Doutorado em Educação pela Universidade Federal de São Carlos, Brasil (2015), professor adjunto da

Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) - Campus de Campo Mourão, resumo vinculado ao projeto

de TIDE. E-mail: [email protected].

UM ESTUDO SOBRE SEQUÊNCIAS DE NÚMEROS REAIS

Carlos Eduardo da Silva1

Gislaine Aparecida Periçaro2

Valdete dos Santos Coqueiro3

Resumo: O conceito de limites desempenha um papel fundamental no estudo de conteúdos da

Matemática do Ensino Superior. Em particular, nos cursos de Licenciatura em Matemática, o

primeiro contato com esse tema surge na disciplina “Cálculo Diferencial e Integral”, em que são

estudados limites de funções, a fim de definir limites mais sofisticados como, derivadas e

integrais. Posteriormente, aborda-se o conceito de limites de sequências de números reais, o qual

novamente é estudado durante a disciplina “Análise real”, geralmente ofertada no final do curso.

Um bom entendimento acerca de tal conceito é requisito básico a qualquer estudante que deseja

desenvolver estudados avançados em Matemática. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é

discutir a definição de limite de sequência de números reais e alguns resultados teóricos

importantes para o estudo da convergência de tais sequências. Este trabalho faz parte de uma

pesquisa de iniciação científica vinculada ao Programa de Iniciação Científica e Mestrado -

PICME, coordenado em nível nacional pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada – IMPA e

ofertado e pelo Programa de Pós-Graduação em Matemática da Universidade Estadual de

Maringá, sob orientação das coautoras do trabalho, realizada durante o período de abril de 2016

a março de 2017. As definições e resultados teóricos serão discutidos de modo a explorar aspectos

geométricos com o auxílio do Software Geogebra. A fim de discutir a aplicabilidade dos conceitos

abordados, apresentaremos dois exemplos de sequências sendo uma convergente para o número

de ouro e a outra, uma sequência clássica usada para definir o número irracional e transcendental

e.

Palavras-chave: Sequências. Números reais. Limites.

1 Acadêmico do curso de Licenciatura em Matemática da UNESPAR - Campo Mourão, bolsista do PICME

pelo CNPq. Email: [email protected]. 2 Professora Doutora do Colegiado de Matemática da UNESPAR - Campo Mourão, orientadora da iniciação

científica vinculada ao PICME. Email: [email protected]. 3 Professora Mestre do Colegiado de Matemática da UNESPAR - Campo Mourão, coorientadora da

iniciação científica vinculada ao PICME. Email: [email protected].

UM DIAGNÓSTICO DO USO DE TIC POR PROFESSORES DE

MATEMÁTICA DO ENSINO FUNDAMENTAL II DA REGIÃO DE

CAMPO MOURÃO

Victor Hugo Ricco Bone Antunes1

Rosefran Adriano Gonçales Cibotto2

Resumo: Existem diversos programas de incentivo à utilização das Tecnologias de Informação

e Comunicação (TIC), nos quais são fornecidos equipamentos e softwares para utilização

pedagógica nas escolas. Contudo, para que o professor possa utilizar plenamente essas TIC de

maneira pedagógica em sala de aula, o mesmo precisa ter amplo conhecimento das mesmas.

Muitos dos docentes que optam por utilizá-las precisam buscar formação continuada sem que haja

auxilio governamental ou das instituições de ensino em que lecionam, o que acaba por dificultar

a utilização desse instrumento que pode ser um facilitador do processo de ensino-aprendizagem. Como sujeitos de nossa pesquisa, elegemos os professores de Matemática do Ensino Fundamental

II da região de Campo Mourão – PR. Os principais objetivos desse trabalho são: (i) efetuar

levantamento teórico do uso pedagógico das TIC para o ensino e aprendizagem de Matemática;

(ii) investigar como os professores utilizam as TIC para o processo de ensino-aprendizagem de

conteúdos matemáticos; e, (iii) identificar as dificuldades enfrentadas pelos docentes ao utilizar

pedagogicamente as TIC. Para alcançar esses objetivos, realizamos o levantamento teórico em

periódicos com qualificação capes B4 ou superior, teses e dissertações concluídas nos últimos

cinco anos, que abordam o uso de tecnologias, conforme o primeiro objetivo aqui apresentado.

Em seguida foi elaborado um questionário piloto, que depois de aplicado como teste, passou por

reformulação e está prestes a ser enviado aos docentes, sujeitos dessa pesquisa. Esperamos com

esse levantamento, traçar um diagnóstico de como os sujeitos avaliados utilizam as TIC e

identificar quais são as dificuldades enfrentadas, tanto relativas a seu uso quanto referentes à

infraestrutura existente no ambiente escolar.

Palavras-chave: Tecnologias. Software. TIC. Dificuldades docentes.

1 Acadêmico de Matemática da Unespar campus de Campo Mourão, PIC, [email protected]. 2 Prof. Doutor do Colegiado de Matemática da Unespar campus de Campo Mourão, TIDE,

[email protected].

ABORDAGEM DE MODELAGEM NA PERSPECTIVA DA

EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CRÍTICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Milene Nagila Mesquita1

Amauri Jersi Ceolim2

Resumo: Apresenta-se neste resumo, resultados de uma pesquisa que investigou concepções

atribuídas a Modelagem Matemática (MM) na perspectiva da Educação Matemática Crítica, em

artigos científicos e relatos de experiência da Conferência Nacional sobre Modelagem na

Educação Matemática (CNMEM). Especificamente, nas duas últimas edições: VIII e IX

CNMEM, ocorridas, respectivamente, em 2013 e 2015. Investigou-se, também, em livros de

autores brasileiros com abordagens em Modelagem Matemática (MM) selecionados no CREMM,

(2016) e, como a mesma tem sido abordada na Educação Básica. Para isso, embasou-se na

Educação Matemática Crítica (EMC) concebida pelo professor dinamarquês Ole Skovsmose.

Para o desenvolvimento metodológico, referenciou-se pelos procedimentos sugeridos por Moraes

(2003) para uma Análise Textual Discursiva de cunho qualitativo. A análise dos dados

possibilitou a construção de nove unidades de significado. Dessas unidades, emergiram três

categorias mais gerais, as quais, exprimem novas compreensões acerca das concepções

investigadas, mostrando que essas concepções possuem convergência com aspectos da

perspectiva em questão no contexto da Educação Básica. A convergência entre as concepções -

atribuídas a MM nos trabalhos analisados - e as concepções apresentadas na perspectiva da EMC,

se dão, principalmente, no âmbito de aspectos relacionados à democracia na sala de aula, ao

desenvolvimento de competência crítica e autonomia, por parte dos alunos, a partir do

conhecimento reflexivo - desenvolvido por meio das reflexões possibilitadas pelo ambiente de

problematização, investigação e reflexão proporcionado por atividades de MM.

Palavras-chave: Educação Matemática Crítica. Modelagem Matemática. Educação Básica.

1 Acadêmica do 3º ano do curso de Licenciatura em Matemática, da Universidade Estadual do Paraná

(UNESPAR) - Campus de Campo Mourão, resumo vinculado ao Programa de Iniciação Científica (PIC),

desenvolvido na modalidade (Voluntário). E-mail: [email protected]. 2 Doutorado em Educação pela Universidade Federal de São Carlos, Brasil (2015), professor adjunto da

Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) - Campus de Campo Mourão, resumo vinculado ao

Programa de Iniciação Científica (PIC), desenvolvido na modalidade (Voluntário). E-mail:

[email protected].

O USO DO MATERIAL DOURADO COMO RECURSO DIDATICO

PARA COMPRRENSÃO DO SISTEMA DE NUMERAÇÃO

DECIMAL Valdete dos Santos Coqueiro1

Adriele Carolini Waideman2

Ariele Rodrigues Stirle 3

Fátima Jacinta de Aguiar 4

Marlon Ramos de Assis 5

Wellington Fernando Delvechio Gama6

Resumo: Este texto da utilização do Material Dourado para a compreensão das operações de

adição, subtração, multiplicação e divisão e a noção de troca no sistema de numeração decimal.

O objetivo da pesquisa, que ainda está em desenvolvimento, é contribuir para a formação inicial

de professores por meio de materiais didáticos do Laboratório de Ensino de Matemática da

Unespar – Campus de Campo Mourão. Elaboramos um material contendo as atividades sobre o

Material Dourado que foram utilizadas durante a realização de uma oficina para 20 alunas do 3º

ano do Curso de Formação de Docentes para a Educação Infantil e Séries Iniciais de um Colégio

Estadual de Campo Mourão, nas dependências do Laboratório. Nesta oficina privilegiou-se o

trabalho em grupo e a discussão de ideias entre as participantes. Para a coleta de dados, utilizamos

a produção escrita dos sujeitos envolvidos na pesquisa. Por meio desse trabalho, foi possível

analisar a importância em se utilizar o Material Dourado para que estas alunas do Curso de

Formação de Docentes, pudessem compreender o sistema de numeração decimal, “troca” e

“destroca”, bem como os algoritmos envolvendo as quatro operações fundamentais. Além disso,

com os relatos de algumas alunas percebemos que elas compreenderam a necessidade de ensinar

os algoritmos para seus futuros alunos de forma diferente daquela que elas aprenderam durante

sua vida escolar.

Palavras-chave: Laboratório de Ensino de Matemática. Material Dourado. Formação Inicial.

1 Mestre, Universidade Estadual Campus de Campo Mourão, Coordenadora do Projeto O Laboratório de

Ensino de Matemática na Formação Docente (TIDE), [email protected]. 2 Especialista, Universidade Estadual Campus de Campo Mourão, Colaboradora do Projeto O Laboratório

de Ensino de Matemática na Formação Docente, [email protected]. 3 Graduanda, Universidade Estadual Campus de Campo Mourão, Colaboradora do Projeto O Laboratório

de Ensino de Matemática na Formação Docente, [email protected]. 4 Graduanda, Universidade Estadual Campus de Campo Mourão, Colaboradora do Projeto O Laboratório

de Ensino de Matemática na Formação Docente, [email protected]. 5 Graduando, Universidade Estadual Campus de Campo Mourão, Colaboradora do Projeto O Laboratório

de Ensino de Matemática na Formação Docente, [email protected]. 6 Graduando, Universidade Estadual Campus de Campo Mourão, Colaboradora do Projeto O Laboratório

de Ensino de Matemática na Formação Docente, [email protected].

A UTILIZAÇÃO DO TANGRAM PARA O ENSINO DE

MATEMÁTICA

Valdete dos Santos Coqueiro1

Ariane Marinho Sebastião de Oliveira2

Ariele Rodrigues Stirle 3

Wellington Fernando Delvechio Gama4

Resumo: O objetivo desse trabalho foi utilizar o Tangram, mais especificamente o Tangram

Quadrado Mágico, para o ensino de alguns conteúdos matemáticos, tais como, ângulos, áreas e

frações. Selecionamos algumas atividades com esse material, que foram utilizadas durante a

realização de uma oficina para 13 alunas do 4º ano do Curso de Formação de Docentes para a

Educação Infantil e Séries Iniciais de um Colégio Estadual de Campo Mourão, nas dependências

do Laboratório de Ensino de Matemática da Unespar – Campus de Campo Mourão. Nesta oficina

privilegiou-se o trabalho em grupo e a discussão de ideias entre as participantes. Para a coleta de

dados, utilizamos a produção escrita dos sujeitos envolvidos na pesquisa. Por meio dessa

pesquisa, percebemos que o Tangram é pouco explorado para o ensino de conteúdos matemáticos,

alguns dos alunos que disseram saber da existência do material, conhecem apenas para fins

lúdicos. Todas as alunas envolvidas nessa pesquisa desconheciam outros tipos de tangrams,

originados de recortes de figuras planas com forma de coração, ovo, círculos, triângulos,

hexágonos, etc.. Durante a realização dessa oficina pudemos perceber a dificuldade das

participantes em utilizar o Tangram na realização das atividades, talvez isso se deva ao fato de

terem pouco contato com materiais manipuláveis em sua formação inicial. Com os relatos das

participantes percebemos a importância em se utilizar materiais manipuláveis para a formação

inicial de professores, para que elas aprendem os conteúdos de Matemática e possam ensinar para

seus futuros alunos.

Palavras-chave: Laboratório de Ensino de Matemática. Tangram. Formação Inicial.

1 Mestre, Universidade Estadual Campus de Campo Mourão, Coordenadora do Projeto O Laboratório de

Ensino de Matemática na Formação Docente (TIDE), [email protected]. 2 Graduanda, Universidade Estadual Campus de Campo Mourão, Colaboradora do Projeto O Laboratório

de Ensino de Matemática na Formação Docente, [email protected]. 3 Graduanda, Universidade Estadual Campus de Campo Mourão, Colaboradora do Projeto O Laboratório

de Ensino de Matemática na Formação Docente, [email protected]. 4 Graduando, Universidade Estadual Campus de Campo Mourão, Colaboradora do Projeto O Laboratório

de Ensino de Matemática na Formação Docente, [email protected].

SISTEMA DE NUMERAÇÃO CHINÊS: UMA PROPOSTA DE

ATIVIDADE NOS ANOS INICIAIS POR MEIO DE

INFORMAÇÕES HISTÓRICAS

Eliane Siviero da Silva1

Lucieli M. Trivizoli2

Resumo: O presente resumo trata-se de um recorte da pesquisa de mestrado finalizada em 2017

que teve como objetivo investigar as potencialidades pedagógicas da História da Matemática

segundo Miguel e Miorim (2011) para o ensino de sistemas de numeração nos Anos Iniciais do

Ensino Fundamental baseado em informações históricas. Para o desenvolvimento da dissertação

de mestrado foram trabalhados os sistemas de numeração maia, chinês e indo-arábico. Para este

trabalho iremos focar nas características do sistema chinês. O sistema de numeração chinês é um

sistema posicional e decimal no qual são combinadas barras verticais e horizontais. Para

representar esse sistema utilizamos palitos de sorvetes cortados ao meio, e confeccionamos uma

base de isopor contendo três divisões: unidade, dezena e centena. Em sala de aula os alunos

trabalharam com a representação desse sistema da seguinte forma: foram organizados em duplas,

cada dupla retirou dois valores de um envelope e fizeram suas representações conforme o sistema

chinês e depois somaram esses valores e fizeram a representação novamente. Ao final

comparamos o sistema chinês com o indo-arábico destacando as características de cada sistema.

Com relação as potencialidades identificadas podemos afirmar de forma geral que a atividade

elaborada se mostrou como um material pedagógico com amplo potencial para o trabalho com os

sistemas de numeração, uma vez que possibilitou aos alunos trabalharem com as características

de cada um dos sistemas de numeração, comparando as semelhanças e diferenças entre eles, tudo

isso com o apoio do material manipulável que tornou a atividade mais lúdica aos estudantes, dessa

forma, o uso das informações históricas se apresentou como uma sequência adequada de ensino

para este tópico matemático.

Palavras-chave: Educação Matemática. História da Matemática. Anos Iniciais. Sistema de

numeração.

1 Mestre em Educação para a Ciência e a Matemática pela Universidade Estadual de Maringá, professora

do Colégio Integrado de Campo Mourão. E-mail: [email protected]. 2 Doutora em Educação Matemática pela Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, professora adjunta

da Universidade Estadual de Maringá. E-mail:[email protected]

PROBLEMAS DE ESTRUTURAS ADITIVAS EM LIVROS

DIDÁTICOS DOS ANOS INICIAIS: UMA CLASSIFICAÇÃO À LUZ

DA TEORIA DOS CAMPOS CONCEITUAIS

Fátima Jacinta Aguiar1

Tiago Pereira2

Victor Hugo Ricco Bone Antunes3

Veridiana Rezende4

Resumo: Este trabalho se comprometeu em analisar a ferramenta principal do professor e

o meio aproximador do aluno para com a fundamentação teórica do conceito, o livro

didático. Nesse sentido, a pesquisa aqui relatada foi motivada por uma tarefa realizada na

disciplina de Didática da Matemática, no segundo ano do Curso de Licenciatura em Matemática,

no momento em que estudava-se sobre alguns elementos da Teoria dos Campos Conceituais, de

Gérard Vergnaud. Tal tarefa, proposta pela professora da disciplina, solicitava aos grupos de

alunos um trabalho relacionado à análise de um livro didático dos Anos Iniciais, tendo como base

a classificação dos problemas do Campo Conceitual Aditivo, proposta por Verganud.

Interessados por esta teoria e norteados pelas orientações da professora, decidimos estender

nossos estudos e análises à coleção completa de livros didáticos dos Anos Iniciais, do autor Luiz

Roberto Dante. Essa coleção consiste em cinco (05) volumes, de modo que os três (03) primeiros

são intitulados Alfabetização Matemática e são estes os responsáveis pelos dados obtidos até o

momento, enquanto que os volumes do 4º e 5º ano recebem o título de Matemática. A escolha

desse material se deu pelo fato dele ter sido aprovado pelo último Plano Nacional do Livro

Didático (PNLD – 2013) para os Anos Inicias, e por este motivo esta obra analisada foi adotada

pelas escolas da cidade de Campo Mourão, tornando-se assim um material acessível e que relata

a situação atual dos livros que estão sendo adotados pelos professores. A análise de todo material

foi realizada em conjunto pelos três licenciandos, visando minimizar erros de classificação. Estes

ficaram incumbidos de classificar os exercícios presentes nos livros segundo as estruturas do

Campo Aditivo, discutindo cada uma dessas estruturas junto aos livros didáticos mencionados,

apresentando o formato de cada uma, bem como, exemplos destas, acompanhado de algumas

reflexões. Quanto aos critérios adotados para seleção dos problemas, filtramos aqueles exercícios

que além de apresentarem uma situação problema em seu enunciado, possuíam os conceitos de

adição ou subtração na solução. A análise consistiu em um olhar minucioso para cada página de

cada livro analisado e, caso existissem problemas de estruturas aditivas, classificar cada um deles

dentro de uma das seis (06) categorias estabelecidas por Vergnaud. Nossas análises mostram que

dentre os 512 exercícios analisados dos três livros didáticos, 297 são de composição de duas

1 Acadêmica do curso de Licenciatura em Matemática, Universidade Estadual do Paraná – Campus de

Campo Mourão, [email protected]. 2 Acadêmico do curso de Licenciatura em Matemática, Universidade Estadual do Paraná – Campus de

Campo Mourão, [email protected]. 3 Acadêmico do curso de Licenciatura em Matemática, Universidade Estadual do Paraná – Campus de

Campo Mourão, [email protected]. 4 Docente adjunta do Colegiado de Matemática da Universidade Estadual do Paraná – Campus de Campo

Mourão, [email protected].

medidas em uma terceira, 128 Transformação (quantificada) de uma medida inicial em uma

medida final, 79 Relação (quantificada) de comparação entre duas medidas e 8 Composição de

duas transformações. As duas demais estruturas não foram identificadas e a estrutura mais

presente em todos os três livros foi a de composição de duas medidas em uma terceira. Com

nossos resultados parciais obtidos e reflexões advindas destes, esperamos contribuir com todos

os docentes que almejam adquirir conhecimentos sobre a teoria dos campos conceituais aditivos,

especialmente os que lecionam no Ensino Fundamental, que podem pôr em prática os preceitos

dessa teoria com aqueles que estão se apropriando do conhecimento sobre o conceito de adição,

principalmente no que diz respeito às diferentes estruturas existentes atreladas aos contextos

destes problemas.

Palavras-chave: Ensino de Matemática. Estruturas Aditivas. Livro didático. Teoria dos campos

conceituais.

UMA CATEGORIZAÇÃO DE PESQUISAS BRASILEIRAS

ACERCA DO ENSINO DE MATEMÁTICA PARA ALUNOS

DEFICIENTES VISUAIS INCLUSOS

Tiago Pereira1

Fábio Alexandre Borges2

Resumo: O resumo aqui apresentado traz os resultados de uma pesquisa de Iniciação Científica,

a qual tem por objetivo traçar um panorama atualizado do que tratam as pesquisas publicadas em

revistas online nos últimos dez anos (2006-2016) que possuem seus estudos voltados para a

educação matemática e o deficiente visual em situação inclusiva. A pesquisa encaixa-se como um

estudo bibliográfico, com a qual analisamos cerca de vinte e uma revistas situadas nas áreas de

Ensino e Educação Especial. Destas, foram selecionados vinte e cinco textos, sendo estes, quatro

relatos de experiência, vinte artigos científicos e uma atividade para sala de aula. Para localizar

estes textos, foi utilizada a ferramenta de busca das revistas, empregando palavras-chave que

remetessem aos interesses de nossa pesquisa. Com isso, nos casos das revistas de Ensino,

inserimos na busca as palavras: cego, deficiente visual, deficientes visuais, baixa-visão,

deficiência visual. Já nas revistas de Educação Especial, utilizamos as palavras matemática e

matemático. Feito isso, começou-se as leituras e criação de resenhas para cada texto a fim de

aproximar o material do pesquisador, visto que se pretendia arquitetar categorias de maneira

indutiva, ou seja, emergentes dos aspectos comuns entre as pesquisas, especialmente os

destacados em seus objetivos. As categorias por nós evidenciadas e discutidas foram:

Comunicação e linguagem nas aulas de matemática para alunos DV’s, Pesquisa acerca do ensino

de matemática para DV’s e o destaque à geometria, Tecnologias Assistivas no ensino de

matemática para deficientes visuais e A formação de professores de matemática e os alunos DV’s.

Palavras-chave: Deficientes visuais. Ensino de Matemática. Inclusão. Revisão Bibliográfica.

1 Acadêmico do curso de Licenciatura em Matemática, Universidade Estadual do Paraná – Campus de

Campo Mourão, O ensino de matemática para alunos cegos inclusos: Uma análise da produção bibliográfica

brasileira em periódicos científicos nos últimos dez anos, Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico, [email protected]. 2 Doutor em Educação para a Ciência e a Matemática –PCM/UEM, docente da Universidade Estadual do

Paraná-Campus de Campo Mourão, O ensino de matemática para alunos cegos inclusos: Uma análise da

produção bibliográfica brasileira em periódicos científicos nos últimos dez anos, Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico, [email protected].

CRITÉRIOS DE DIVISIBILIDADE VIA RESOLUÇÃO DE

PROBLEMAS

Geralda de Fatima Neri Santana3

Solange Favero4

Resumo: Este trabalho apresenta o desenvolvimento sobre critérios de divisibilidade por meio de

resolução de problemas em duas turmas do 6º ano do Ensino Fundamental, em uma escola pública

no município de Maringá-Paraná, em 2017. Os objetivos foram ensinar “Critérios de

divisibilidade” via Resolução de Problemas (RP), tendo o problema como ponto de partida; e

investigar se as estratégias utilizadas pelos alunos permitem a compreensão dos problemas e a

forma de registrá-lo. O pressuposto teórico foi ter o aluno como protagonista do seu conhecimento

e para tanto, fundamentamos o trabalho nos estudos da RP para oportunizar aos alunos a

elaboração de estratégias de solução mediante seus conhecimentos prévios. A metodologia

compreendeu a aplicação de cinco problemas com os mesmos questionamentos, mas com critérios

de divisibilidade diferentes em cada situação - por 2, por 3, por 5, por 6 e por 10. A proposta

inicial foi que resolvessem o problema individualmente. Em seguida, os alunos que tinham a

mesma atividade agrupavam-se para discutir as estratégias utilizadas com o professor como

mediador. Na sequência, cada grupo apresentou para a classe as discussões realizadas, fazendo

análise matemática das situações com a mediação do professor e dos colegas, para a aproximação

do resultado pretendido. Os resultados ocorreram mediante os conhecimentos socializados. Estes

foram elaborados pelos critérios de divisibilidade por 2, por 3, por 5, por 6 e por 10 evocando o

próprio vocabulário dos alunos e chegando, por fim, à formalização dos critérios de divisão. Os

resultados obtidos permitiram-nos concluir que a RP atendeu aos objetivos propostos, na

construção deste conhecimento.

Palavras-chave: Resolução de problemas. Estratégias de resolução. Critérios de divisibilidade.

3 Mestre em Educação para a Ciência e o Ensino de Matemática. Professora Secretaria de Estado de

Educação – SEED-PR. E-mail. [email protected]. 4 Mestre em Ensino de Ciências e Matemática. Professora Secretaria de Estado de Educação – SEED –PR.

E-mail. [email protected]

PREVENÇÃO DA DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: DA INCLUSÃO AO

ATENDIMENTO DE UMA CRIANÇA SURDA

Suélen Rita Andrade Machado1

Resumo: O presente escrito é resultado de uma Atividade Investigativa realizada durante a

Disciplina de Educação Especial do Colegiado de Pedagogia da Universidade Estadual do Paraná

– Campus Campo Mourão. Seu objeto de estudo, refere-se as dificuldades de aprendizagem

Matemática já mencionadas por Rivière (1983) de uma criança de quatro anos, inclusa em um

Centro Municipal de Educação Infantil de Campo Mourão - PR, conforme previsto pelas

Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (2001). O objetivo do

trabalho, incidiu em compreender como é realizado o trabalho preventivo sobre as dificuldades

na Aprendizagem Matemática com esta criança inclusa na modalidade normal de Ensino – Nível

I, com diagnóstico de Surdez. Para auferir aos resultados, foram feitas observações e

questionamentos relacionados as dificuldades de aprendizagem Matemática desta criança e o

trabalho de inclusão, direcionadas a pedagoga responsável pela sala da criança. Para análise dos

dados, utilizamos o procedimento qualitativo, definido por Lakatos e Marconi (2003), como

interpretativo para descrição dos dados e a observação da situação enquanto fenômeno, e a teoria

Histórico-Cultural, afim de, entender a natureza interacional de aprendizagem. Como resultados,

tem-se que a criança com necessidade especial, recebe atendimento em sala de aula de forma

integrada aos demais alunos, há uma Estagiária que auxilia a criança no período matutino, porém,

a mesma não é Intérprete de Libras, o que de certo modo não facilita a aprendizagem Matemática

da criança, e influi em sua falta de compreensão dos números, porém, segundo a Pedagoga, a

instituição tem procurado desenvolver atividades com material concreto, jogos e cantigas lúdicas,

afim de facilitar a aprendizagem da criança e ao mesmo tempo integrá-la socialmente.

Palavras-chave: Educação Especial. Inclusão. Dificuldade na Aprendizagem Matemática.

1 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática da Universidade

Estadual de Maringá e Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes.

Licenciada em Matemática pela Universidade Estadual do Paraná – Campus Campo Mourão. Especialista

em Educação no Campo pela Faculdade Eficaz. Acadêmica do Curso de Pedagogia da Universidade

Estadual do Paraná – Campus Campo Mourão. E-mail: [email protected].

SABERES MOBILIZADOS POR DOCENTES DO CAMPO

QUANTO A APLICABILIDADE DE JOGOS NO ENSINO DA

MATEMÁTICA: DESAFIOS E POSSIBILIDAS

Suélen Rita Andrade Machado1

Resumo: O presente trabalho, teve como objeto de estudo e problemática, o questionamento

quanto a aplicabilidade de jogos, por docentes do Campo, nas aulas de Matemática em uma

Instituição do Campo situada no Município de Barbosa Ferraz - PR. Estabeleceu como objetivo:

Compreender os saberes docentes, concernentes a desafios e possibilidades, constatadas no

Ensino da Matemática no Campo com aplicabilidade de jogos. Neste sentido, documentos como:

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – Educação Matemática do Campo (BRASIL,

2014) e Programa Nacional dos Conselhos Escolares: Conselho Escolar e a Educação do Campo

(BRASIL, 2006), auxiliaram na compreensão do movimento que consolidou o Ensino no Campo,

seu funcionamento e a relação entre Educação e o ajustamento produtivo e social no Campo, bem

como as Resoluções que solidificam o Ensino da Matemática no Campo em todo Brasil. Assim,

para análise dos dados, adotou-se o procedimento qualitativo (MARCONI; LAKATOS, 2003)

para intepretação das entrevistas individuais e semiestruturadas com os docentes. Como

resultados apontados, a insuficiência de jogos na instituição escolar, a não-interdisciplinaridade

entre alguns destes e o Ensino da Matemática, o desinteresse docente e a carência de analogia de

alguns jogos com o modo de produção do campo são desafiadores, em contrapartida, tem-se de

modo unânime nas alocuções docentes, alguns jogos, como possibilitantes para o ensinar e

aprender Matemática no Campo, quando os alunos se apropriam do jogo cognitivamente e

conseguem melhorar suas notas em avaliações escolares. Destaca-se também, o fato, que os

alunos do campo aproveitam melhor o tempo disposto a aplicação do jogo, em relação aos alunos

da cidade, demonstrando maior interesse.

Palavras-chave: Educação no Campo. Educação Matemática. Jogos.

1 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática da Universidade

Estadual de Maringá e Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes.

Licenciada em Matemática pela Universidade Estadual do Paraná – Campus Campo Mourão. Especialista

em Educação no Campo pela Faculdade Eficaz. Acadêmica do Curso de Pedagogia da Universidade

Estadual do Paraná – Campus Campo Mourão. O presente escrito, vincula-se a alguns resultados do

Trabalho de Conclusão de Curso que confere a autora supracitada, o título de especialista em Educação no

Campo pela Faculdade Eficaz da cidade de Maringá – PR. E-mail: [email protected].

LEITURA DE EMBALAGENS: O GÊNERO TEXTUAL ADIVINHA

ASSOCIADO À TEORIA DA REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA

Andrea Delfim Alves 1

Greice Aparecida Facioli de Bitencourt 2

Resumo: O presente estudo aborda um trabalho interdisciplinar utilizado como uma estratégia

para o ensino da matemática em uma turma de oitavo ano da rede pública de ensino, que consistia

na leitura de embalagens que possuíam diferentes representações matemáticas. Tem como

objetivo identificar e relacionar o conhecimento dos alunos, no que se refere à aprendizagem de

diferentes representações semióticas, à sua capacidade de produção textual. O estudo buscou

embasamento teórico metodológico nas teorias linguístico-discursivas de ensino e aprendizagem

de Língua Materna, em sequências didáticas de leitura e produção de gêneros textuais e na teoria

da representação semiótica. O gênero textual adivinha mostrou-se adequado à proposta de

trabalho, por configuram-se em enunciados enigmáticos, desafiando e estimulando as pessoas a

resolverem o desafio proposto por elas. Necessitando, assim, do uso de conhecimentos sociais,

culturais e linguísticos por parte dos sujeitos. As atividades de leitura e análise das embalagens

ocorreram num período de 6 a 8 aulas e as produções textuais ocorreram em um ambiente externo

à sala de aula. Após as produções, procurou-se analisar as representações semióticas utilizadas

pelos alunos para descrever as representações matemáticas que compunham a embalagem. Ao

final da análise, concluiu-se que o gênero textual possibilitou aos alunos produzir conversões

entre registros geométricos, numéricos, grandezas e unidades de medidas de forma clara e

objetiva, lançando mão de diferentes recursos linguísticos.

Palavras-chave: Embalagem. Representação Semiótica. Gênero Textual. Interdisciplinaridade.

1 Especialista em Educação Matemática pela UEL, docente da Secretaria de Estado da Educação -

SEED/Araruna, Paraná, [email protected]. 2 Especialista em Língua Portuguesa e Literatura pela UNIVALE, docente da Secretaria de Estado da

Educação -SEED/Araruna, Paraná, [email protected].

PESQUISAS SOBRE O CONCEITO DE FUNÇÕES PUBLICADAS

EM PERIÓDICOS DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

Fabricia Bernardino1

Wellington Fernando Delvechio Gama2

Veridiana Rezende3

Resumo: Neste trabalho apresentamos parte de nossa pesquisa de Iniciação Científica que se

encontra em fase de desenvolvimento. Especificamente, apresentamos uma investigação

relacionada a artigos científicos, sobre o tema funções, publicados em periódicos online da área

de Ensino, específicos de Educação Matemática. Para direcionar os estudos, selecionamos os

periódicos qualificados pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior) com os extratos A1, A2 e B1. Para a coleta dos textos, pesquisamos nos periódicos

pelas palavras função ou funções, que resultou na coleta de 14 artigos, que foram analisados pelos

estudantes de Iniciação Científica, discutidos e apresentados na forma de seminário para a

orientadora. Após os estudos, percebemos que tais pesquisas podem ser agrupadas em: i)

Pesquisas que abordam uma proposta diferenciada para a sala de aula (sete artigos publicados

por: Maciel e Cardoso (2014); Strapason e Bisognin (2013); Tenório, Oliveira e Tenório (2015);

Sachs e Elias (2016); Sant’Ana, Gatelli e Maciel (2002); Brito, Maria e Almeida (2005) e Lucena

e Gitirana (2016)); ii) Pesquisas que constroem junto com professores uma sequência de

atividades para o ensino de funções (dois artigos, publicados por: Carneiro, Fantinel e Silva

(2003) e Rossini (2007)); iii) Pesquisas que investigam o conhecimento de professores (ou futuros

professores) sobre o conceito de função (dois artigos, publicados por Pires, Merlini e Magina

(2015) e Lucena e Gitirana (2000)). Este nosso primeiro passo da pesquisa proporcionou conhecer

as pesquisas publicadas em periódicos qualificados, e nos fornece suporte para o desenvolvimento

dos próximos passos da pesquisa, que se trata de elaborar um instrumento de pesquisa para

entrevistar alunos do Ensino Fundamental e Médio, no que diz respeito ao conceito de funções.

Palavras-chave: Funções; Ensino da Matemática; Periódicos Científicos.

1 Acadêmica do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) –

Campo Mourão. Estudante do Programa de Iniciação Científica - PIC da Unespar. Bolsista do Conselho

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq. E-mail:

[email protected] 2 Acadêmico do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) –

Campo Mourão. Estudante do Programa de Iniciação Científica - PIC da Unespar. Bolsista do Conselho

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq. E-mail: [email protected] 3 Docente adjunta do Colegiado de Matemática da Unespar, Campus de Campo Mourão. Orientadora desta

pesquisa de Iniciação Científica que se encontra em fase de desenvolvimento. E-mail:

[email protected]

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DOS ANOS

INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA PROPOSTA

Flavia Pollyany Teodoro1

Wellington Piveta Oliveira2

Lilian Akemi Kato3

Resumo: Esse resumo apresenta uma proposta, ainda em desenvolvimento, destinado à

formação continuada de professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Modelagem

Matemática na perspectiva da Educação Matemática. Nossa proposta tem por objetivo

compreender inicialmente as concepções das 10 professoras engajadas nessa formação, através

de questionamentos que as levem a pensar sobre a Matemática e seu ensino e, a partir disso,

oportunizar um ambiente de discussões e reflexões sobre o ensino e a aprendizagem da

Matemática por meio da Modelagem. Partindo desse pressuposto, para planejarmos as ações de

formação que contemplariam e estruturariam esse ambiente formativo, foi fundamental

recorrermos à literatura sobre a formação de professores em Modelagem. Ao realizarmos esse

estudo, compreendemos a importância de se trabalhar em alguns encontros, atividades de

Modelagem Matemática, com características “mais fechadas”, de modo que as professoras

pudessem vivenciar essas atividades como estudantes e, ao mesmo tempo, conjecturassem

algumas compreensões acerca do perfil e dos encaminhamentos que as atividades assumiam.

Pensando em outra estratégia de formação, foi proposto às professoras que refletissem sobre a

descrição e encaminhamentos adotados por um pesquisador-professor, ao apresentar uma

atividade de Modelagem Matemática que foi trabalhada com todos os anos/séries do Ensino

Fundamental – Anos Iniciais, com a intencionalidade de que elas identificassem os

encaminhamentos dados às atividades, as limitações, conteúdos abordados e outras

particularidades de cada um dos anos/séries. No final dessa atividade formativa, formalizamos

com elas no quadro de giz, o percurso adotado pelo pesquisador-professor e estudantes no

desenvolvimento das atividades. Essa abordagem reflexiva possibilitou que as próprias

professoras elencassem os encaminhamentos dados às atividades e, a partir disso,

“categorizassem” as etapas de uma atividade de Modelagem Matemática. Esse momento foi

fundamental para que elas relacionassem essas etapas com os encaminhamentos adotados por nós,

cujos quais elas desenvolveram até aquele momento no âmbito formação. Essa se caracterizou

como a segunda ação de formação. Num momento posterior, foi proposta outra atividade às

professoras, em que a temática envolvia aspectos da realidade local. Na região existe uma linha

férrea, na qual tem causado alguns problemas sociais, dentre eles, acidentes, congestionamentos

e outros. Considerando esses problemas, lançamos a temática “Trem” e, solicitamos a elas que

buscassem informações sobre, de modo que pudessem pensar uma problemática à ser investigada.

Juntos, formalizamos essa atividade em grupos e, ao final, assim como nos demais encontros, as

professoras socializaram as respectivas hipóteses, estratégias e soluções para a problemática que

os grupos levantaram. Esses encaminhamentos fazem parte da terceira ação de formação, que

1 Especialista, Universidade Estadual de Maringá – UEM, pollyany_teodoro@hotmail. 2 Mestre, Universidade Estadual de Maringá – UEM, [email protected]. 3 Doutora, Universidade Estadual de Maringá – UEM, [email protected].

consiste no planejamento pelas professoras, de atividades de Modelagem Matemática, e ainda na

implementação de atividades neste espaço de formação e, na sua prática pedagógica.

Palavras-chave: Ação de Formação. Modelagem Matemática. Formação Continuada. Anos

Iniciais.

UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO POR MEIO DA RESOLUÇÃO

DE PROBLEMA

Ariane Marinho Sebastião de Oliveira 1

Diorrana Dandaren Aparecida Alecrim Mota 2

Resumo: Este relato tem o intuito de proporcionar ao leitor uma reflexão sobre o uso da

resolução de problemas estratégia para o ensino e para a aprendizagem no âmbito escolar, tanto

no ensino fundamental quanto no ensino médio. Nossa proposta de utilizar a Resolução de

Problemas como proposta de ensino surgiu no âmbito do PIBID onde temos realizado estudos

sobre os problemas criados pelo PISA articulados com o estudo de pesquisas que tratam a

resolução de problemas como estratégia de ensino. Propusemos a resolução de problemas em uma

turma do 7° ano do ensino fundamental de Campo Mourão, que foi desenvolvida conforme o que

indicam Onuchic, Allevato e Van de Walle. Segundo eles, é necessário que o trabalho dos alunos

seja desenvolvido em grupos, que haja uma intermediação do professor apenas para encaminhar

os alunos na resolução, e que depois seja feita uma plenária, para que o professor possa concluir

o objetivo da atividade conforme as estratégias e resoluções realizadas pelos alunos, para que

assim ocorra o processo de ensino e de aprendizagem. Nosso primeiro encontro com a turma

ocorreu em agosto de 2016, inicialmente apenas observamos, analisamos e constatamos uma

turma com bastante dificuldade no aprendizado de matemática. Notamos que a forma que se

trabalhavam a matemática com eles eram de maneira repetitiva, uma forma tradicional de ensino,

e que a aprendizagem através das resoluções de problemas não estava perto da realidade desses

educandos. Partindo desse contexto vivenciado levamos para a sala de aula, com o intuito de

cooperar com o aprendizado dessa classe, problemas que abordaram grandezas inversamente

proporcionais e grandezas diretamente proporcionais, sugeridos pelo professor da turma, pois

seria o próximo conteúdo a ser trabalhado. Para todos os alunos se envolvessem com a resolução

do problema proposto, organizamos os grupos da seguinte forma: um aluno foi o coordenador do

grupo, um é o redator e o outro o relator. Pudemos concluir com esta experiência que os alunos,

mesmo tendo o conhecimento para resolver o problema proposto, tiveram um foco diferente.

Grande parte estava apenas interessada em terminar a atividade o quanto antes e em saber se

conseguiram ou não a nota completa atribuída a atividade. Devido a essa impaciência, não

notaram o qual era a proposta do problema, isso era esperado, pois a turma não tinha experiência

com essa estratégia de ensino. Durante as análises percebemos que os alunos notam a

proporcionalidade envolvidas nos problemas, porém eles não tentam fazer os cálculos para

responder as questões quando não aparecem números. Quando a questão exige cálculo os alunos

ainda percebem a proporcionalidade, porém não conseguem efetuar as operações básicas como

multiplicação e divisão. Para que a Resolução de Problemas fosse usada mais efetivamente seria

necessário primeiro uma mudança para que os alunos não focalizassem apenas em obter o

1 Acadêmica do curso de matemática da Universidade Estadual do Paraná- Campus de Campo Mourão- Paraná-

Bolsista do PIBID- Projeto financiado pela CAPES- [email protected] 2 Acadêmica do curso de matemática da Universidade Estadual do Paraná- Campus de Campo Mourão-

Paraná- Bolsista do PIBID- Projeto financiado pela CAPES- [email protected]

resultado final, mas sim em aprender o conteúdo abordado pelo problema. Mas é importante frisar

que a Resolução de Problemas não é o objetivo, mas sim o meio. O conhecimento formado pela

utilização da Resolução de Problemas é o verdadeiro objetivo.

Palavras-chave: Resoluções de Problemas. Estratégia de ensino. Plenária.

CIÊNCIA NO INTERVALO: PROMOVENDO AFEIÇÃO PELA

MATEMÁTICA POR MEIO DE JOGOS DIDÁTICOS

Guilherme Henrique Correia Domingues1

Lucas Muller Ribeiro Viana2

Bárbara Cândido Braz3

William Junior do Nascimento4

Marcelo Valério5

Resumo: Promover experiências afetivas positivas frente às Ciências e a Matemática é um dos

interesses do projeto de extensão intitulado Revitalizando espaços e práticas do ensino de ciências

e matemática nas escolas públicas. Desenvolvido pela UFPR/JA, este projeto propõe ações de

diálogo universidade-escola, a partir do que intenta inserir os alunos da licenciatura em Ciências

Exatas no contexto escolar da Educação Básica desde os primeiros períodos do curso. Entre as

atividades destaca-se o Ciência no intervalo, que consiste em levar atividades investigativas,

práticas e lúdicas para o pátio da escola nos intervalos das aulas. Essa iniciativa nasceu da

incompatibilidade entre as agendas da universidade e das escolas no ano de 2015, em virtude de

um calendário marcado por paralizações e reposições de aulas na rede pública de educação do

Paraná. Diferente das áreas de Química e Física, onde experimentos e demonstrações logo se

colocaram como atividades possíveis, na Matemática os estudantes do projeto se viram desafiados

a propor atividades motivadoras e, sobretudo, que propiciassem o desenvolvimento de

investigações num intervalo pequeno de tempo, considerando que essa disciplina é

frequentemente avaliada como de difícil compreensão por considerável parte dos alunos

(FERNANDES, 2000) e que há uma relação direta entre o desempenho deficitário e emoções

ruins vividas no estudo da área (CARDOSO et al., 2013). Ancorados nos pressupostos da

Educação Matemática, foram desenvolvidas investigações por meio de jogos matemáticos. De

acordo com Grando (2000), o jogo em seu aspecto pedagógico propicia o desenvolvimento das

capacidades de refletir, levantar hipóteses, testá-las e avaliá-las. Tais capacidades são passíveis

de serem desenvolvidas por jogos que têm como objetivo o delineamento de estratégias que

requerem reflexão, sem a interferência de sorte nas jogadas (BORIN, 1995). Assim, entre os anos

de 2015 e 2016, cinco jogos foram propostos à alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e

do Ensino Médio, nos intervalos de aula de quatro escolas públicas de Jandaia do Sul e

Mandaguari: jogo da corrente, jogo do 15, torre de hanói, quadrado mágico e desvendando π. Ao

fim de cada intervenção os licenciandos registraram suas impressões e falas de alunos. Os

relatórios indicam aspectos relevantes quanto a organização das atividades, a relação afetiva com

1,2 Aluno do curso de Licenciatura em Ciências Exatas da Universidade Federal do Paraná – campus

avançado de Jandaia do Sul (UFPR/JA)/ Projeto Revitalizando espaços e práticas do ensino de ciências e

matemática nas escolas públicas. E-mail: [email protected]. 3,4,5 Professor(a) do colegiado do Curso de Licenciatura em Ciências Exatas da Universidade Federal do

Paraná – campus avançado de Jandaia do Sul (UFPR/JA)/ / Projeto Revitalizando espaços e práticas do

ensino de ciências e matemática nas escolas públicas. E-mail: [email protected].

a Matemática e a compreensão de conceitos matemáticos. Ainda que distante do formalismo das

aulas de matemática, os registros evidenciam um comportamento pedagógico marcado pela busca

rápida a uma resposta e posicionamentos, até mesmo, invasivos entre os competidores. Sobre a

relação afetiva com a Matemática, pôde-se observar que os alunos do Ensino Médio se mostraram

resistentes e com baixa autoestima, enquanto os alunos do Ensino Fundamental se manifestaram

positivamente quanto a Matemática, apresentaram cálculo mental apurado e mantiveram a

concentração por um período maior no jogo. Finalmente, professores relataram que alunos

recordaram-se de conceitos matemáticos desenvolvidos no Ciência no intervalo, tais como sobre

as somas de números pares e ímpares (jogo do 15) e sobre a origem e valor de π. Esses

apontamentos sugerem que a vivência de outras formas e espaços para a Educação Matemática

não é apenas possível, mas salutar.

Palavras-chave: Educação Matemática. Jogos Matemáticos. Aspectos afetivos e emocionais.

Referências

BORIN, J. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para o ensino de matemática. São

Paulo: CAEM – IME/USP, 1995.

CARDOSO, E. R.; BENEVIDES-PEREIRA, A. M. T.; FRANCO, V. S. Aspectos afetivos:

elementos importantes no ensino e aprendizagem de matemática. In: YAEHASHI, S. F. R. &

BENEVIDES-PEREIRA, A. M. T. (ors.) Psicologia e Educação: conexão entre saberes. São

Paulo: Casa do Psicólogo. 2013.

FERNANDES, E. Se até a Barbie diz que não gosta de Matemática... Educação e Matemática,

n. 56, pp 13-14. APM, 2000.

GRANDO, R. C. O conhecimento matemático e o uso de jogos na sala de aula. Tese de

Doutorado. Faculdade de Educação - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2000.

TEATRO: UMA ALTERNATIVA AO ENSINO DE HISTÓRIA DA

MATEMÁTICA

Marlon Luiz Dal Pasquale Junior1

Eliana Claudia Graciliano2

Resumo: Neste resumo apresentaremos alguns dos resultados do trabalho de conclusão da Pós-

graduação em Metodologias em Ensino de Matemática da Faculdade Unicesumar. Neste trabalho

buscamos investigar quais as contribuições da prática de atividades teatrais para o ensino de

História da Matemática. Para isto, empregou-se a metodologia bibliográfica com a intenção de

desvelar os pontos positivos que esta prática pode ter nas aulas de Matemática da Educação

Básica. Ao lermos os Parâmetros curriculares Nacionais e Estaduais (PCN’s e DCE’s),

percebemos que os temas são tratados de forma dicotômica, sendo a História da Matemática um

tema reduzido apenas à disciplina de Matemática, enquanto que o teatro é mencionado como

tópico a ser estudado e estratégia didática em outras disciplinas, como, Literatura, Artes,

Educação Física e outras. As possibilidades de atividades interdisciplinares entre História da

Matemática e o teatro não são consideradas, fica evidente que existe uma preocupação em abordar

a parte histórica dessa área do conhecimento apenas como uma ferramenta de contextualização e

complementação de conteúdos de Matemática. Por esses motivos buscamos investigar outras

formas de ensino da História da Matemática, neste caso o teatro. Descobrimos que para a prática

teatral acontecer são necessários inúmeros processos e capacidades, entre estes os processos de

internalização, externalização e verbalização. Destacamos estes processos como sendo processos

concomitantes a várias competências necessárias para o aprendizado de Matemática. Como

iremos apresentar este entrelaçamento entre os processos destacados e as competências, evidencia

a importância de se considerar a prática de atividades teatrais como uma prática aliada do

professor em suas aulas de Matemática.

Palavras-chave: História da Matemática. Teatro. Verbalização

1Graduado em Licenciatura em Matemática pela Unespar Campus de Campo Mourão (2016) e Especialista

em Metodologia em Ensino de Matemática pela faculdade Unicesumar (2017); Trabalho de Conclusão da

Pós Graduação da faculdade Unicesumar; [email protected]

2 Possui o curso de formação de docentes no Instituto Estadual de Maringá (IEEM); graduou-se em

Licenciatura Plena em Pedagogia na Universidade Estadual de Maringá (UEM); Pós-Graduação em Lato

Sensu em Psicopedagogia Institucional; Mestre em Pedagogia pela mesma Universidade. Doutoranda

UFSCar; Orientadora do Trabalho de Conclusão da Pós Graduação da faculdade Unicesumar;

[email protected]

ANÁLISE DO CURRÍCULO – UM OLHAR PARA O PROJETO

PEDAGÓGICO DE UM CURSO DE LICENCIATURA EM

MATEMÁTICA

Vanessa Kulicheski Matias dos Santos1

Raquel Polizeli2

Graziele Bombonato Delgado Valereto 3

Vanessa Cristina Rhea4

Resumo: O artigo trata de uma análise crítica do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de

Licenciatura em Matemática de uma universidade pública do Paraná, objetivando inferir sobre o

perfil dos profissionais formados. Foi feito um estudo com o viés de uma pesquisa bibliográfica.

Os resultados foram norteados pelos principais documentos de fomento como as Leis de

Diretrizes e Bases, as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) dos cursos de Matemática, o

Projeto Pedagógico do Curso e associação nas categorias descritas no livro “Professores do Brasil:

impasses e desafios”. De acordo com as análises realizadas, observou-se que o PPC de

Licenciatura dessa instituição satisfaz a maior parte das características sugeridas nas DCN para o

curso de Licenciatura de Matemática, a maior parte da carga horária das disciplinas obrigatórias

concentram-se nas categorias de conhecimento específico da área e de conhecimento específico

para a docência, sendo a carga horária da primeira superior a da segunda, quase não existe uma

perspectiva de formação integradora. Faltam critérios e práticas que possibilitem diálogo entre o

contexto escolar e o ensino superior. Assim pressupõe-se que tal curso deixa a desejar no que

tange a prática docente. Nota-se que há muito que refletir sobre a constituição dos PPC de

Licenciatura.

Palavras-chave: Análise do Currículo, Formação de Professores, Licenciatura, Matemática.

1Mestranda, programa de Pós Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática da UEM,

[email protected]. 2Doutoranda, programa de Pós Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática da UEM, [email protected] 3Mestranda, programa de Pós Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática da UEM, [email protected] 4Mestranda, programa de Pós Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática da UEM, [email protected]

USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NO ENSINO DE

MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Rosefran Adriano Gonçales Cibotto1

Resumo: O uso de Tecnologias Digitais (TD), também denominadas de Tecnologias da

Informação e Comunicação (TIC) ou Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC),

vêm se difundindo no ambiente educacional. Diversos são os fatores que contribuem para esse

fato. Dentre eles, podem ser evidenciados, a popularização de equipamentos como computadores

e smartfones, o aumento da velocidade da internet, WiFi, 4G, e da quantidade de pontos de acesso,

a formação de novos docentes, que perpassaram sua graduação já em uma época na qual tais

recursos tornaram-se uma realidade em seus cursos. Existem, no entanto, dificuldades

relacionadas à infraestrutura nas escolas e novidade ao acesso às tecnologias para muitos alunos.

O referencial teórico para a análise contempla o Conhecimento Tecnológico e Pedagógico do

Conteúdo (TPACK), que indica os conhecimentos que o docente possui ao fazer o uso pedagógico

das TIC. Os sujeitos dessa pesquisa são professores que ensinam Matemática na rede de Educação

Básica do Estado do Paraná. A coleta de dados, gerada por meio de questionários e entrevistas,

possui o intuito de obter informações a respeito de como eles utilizam o laboratório de informática

para prover a construção de conhecimentos a seus alunos e quais são suas dificuldades ao atuarem

naquele ambiente. Dentre os objetivos, destacamos: (i) investigar como os sujeitos têm utilizado

o laboratório de informática para prover a construção de conhecimento a seus alunos; (ii) verificar

as suas dificuldades ao usarem o laboratório de informática ou outros recursos tecnológicos

digitais; e, (iii) descobrir qual a concepção sobre o uso das Tecnologias da Informação e

Comunicação apresentada por esses docentes. Esse levantamento busca diagnosticar como as TIC

são utilizadas pelos sujeitos e bem como identificar suas dificuldades ao usarem as tecnologias

atuais.

Palavras-chave: Educação Matemática. Tecnologia da Informação e Comunicação. Dificuldades

docentes. TPACK.

1 Prof. Doutor do Colegiado de Matemática da Unespar campus de Campo Mourão, TIDE,

[email protected].

MODELAGEM MATEMÁTICA E A SUA RELAÇÃO COM A

EDUCAÇÃO BÁSICA

Raphael Fernandes de Almeida 1 Amauri Jersi Ceolim2

Resumo: Neste Resumo estão destacados alguns resultados do trabalho que se encontra em fase

de desenvolvimento. A pesquisa tem como objetivo investigar concepções de Modelagem

Matemática na perspectiva da Educação Matemática e a sua relação com a Educação Básica, em

trabalhos apresentados na Conferência Nacional sobre Modelagem na Educação Matemática

(CNMEM), nas edições de 2013 e 2015. Os pressupostos teóricos serão fundamentados em

autores que desenvolvem trabalhos de Modelagem na perspectiva da Educação Matemática, tais

como: Barbosa, Caldeira e Araújo. Para a análise e organização dos dados, seguirá as orientações

de Moraes (2003) contemplada na Análise Textual Discursiva. Em relação aos dados coletados,

de 80 trabalhos de comunicação científica (CC), foram selecionados oito e de 42 relatos de

experiência (RE), foram selecionados dois. Pode-se ressaltar, como análise preliminar, por meio

das seis unidades de significados constituídas e, ainda, em processo de construções, que há poucas

produções científicas, com concepções de Modelagem na perspectiva da Educação Matemática,

voltadas para o chão da escola da Educação Básica.

Palavras-chave: Modelagem Matemática. Educação Básica. Concepções de Modelagem

1 Acadêmico do 2º ano do curso de Licenciatura em Matemática, da Universidade Estadual do Paraná

(UNESPAR) - Campus de Campo Mourão, resumo vinculado ao Programa de Iniciação Científica (PIC),

desenvolvido na modalidade (bolsista). E-mail: [email protected]. 2 Doutorado em Educação pela Universidade Federal de São Carlos, Brasil (2015), professor adjunto da

Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) - Campus de Campo Mourão, resumo vinculado ao

Programa de Iniciação Científica (PIC), desenvolvido na modalidade (bolsa). E-mail:

[email protected].

UM DIAGNÓSTICO DO USO DE TIC POR PROFESSORES DE

MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO DA REGIÃO DE CAMPO

MOURÃO

Rafael Vinícius da Silva Inglez1

Rosefran Adriano Gonçales Cibotto2

Resumo: Diante dos problemas encontrados acerca do ensino de matemática no Ensino Médio,

como a falta de interesse por parte dos alunos, alguns professores têm adotado formas distintas

de ministrar suas aulas, com alternativas aos formatos tradicionais nas quais o professor apenas

fala e passa o conteúdo na lousa, buscando transmitir o conhecimento à classe. Com o avanço das

tecnologias, o acesso a ferramentas digitais e à Internet de banda larga com diversos pontos de

acesso sem fio, se tornou mais fácil, possibilitando o uso de Tecnologias da Informação e

Comunicação (TIC) no ambiente escolar. Nesse sentido, são objetivos desse trabalho: i) verificar

se os professores fazem uso das Tecnologias da Informação e Comunicação ou o motivo pelo

qual os professores não usam essas ferramentas digitais para o ensino de conteúdos matemáticos;

ii) constatar de que forma esses professores utilizam as TIC em sala de aula; e iii) investigar quais

os problemas que envolvem o uso das TIC por aqueles que optam em trabalhar com elas

auxiliando no processo de ensino-aprendizagem. Os sujeitos selecionados para essa pesquisa são

docentes do Ensino Médio de escolas públicas da região de Campo Mourão. As informações serão

obtidas por meio de questionário elaborado com múltiplas alternativas e questões dissertativas

onde o professor terá a liberdade de se expressar a respeito desses assuntos. Caso haja

necessidade, serão realizadas entrevistas com alguns dos sujeitos que trabalham cotidianamente

com tecnologias no processo de ensino-aprendizagem. Esperamos, a partir do uso desses

instrumentos, obter um diagnóstico mais detalhado de como as tecnologias digitais são utilizadas,

quais as vantagens do uso destas ferramentas pedagógicas e quais os principais problemas que

impedem o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação por parte dos formadores.

Palavras-chave: Tecnologias da Informação e Comunicação. Dificuldades docentes. Ensino de

Matemática.

1 Acadêmico de Matemática da Unespar campus de Campo Mourão, PIC, [email protected]. 2 Prof. Doutor do Colegiado de Matemática da Unespar campus de Campo Mourão, TIDE,

[email protected].

A UTILIZAÇÃO DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA

ENVOLVENDO EXPRESSÕES ALGÉBRICAS E MATERIAL

MANIPULÁVEL

Marlon Ramos de Assis1

Valdete dos Santos Coqueiro2

Welington Hermann3

Resumo: Esta pesquisa teve por objetivo analisar a aplicabilidade e contribuição do material

manipulável Kit Produtos Notáveis para o ensino das operações algébricas. Elaboramos uma

sequência didática utilizando o Kit de Produtos Notáveis e desenvolvemos uma oficina com

acadêmicos do curso de licenciatura em Matemática da Unespar – Campus de Campo Mourão.

Essa sequência didática foi fundamentada na conversão e no tratamento de registros de

representações semióticas. Para a coleta de dados, utilizamos os registros feitos pelos acadêmicos

no material que foi recolhido e posteriormente entregue a eles e em gravações de áudio da oficina.

Durante o desenvolvimento da oficina, proporcionamos momentos de debates aos participantes

relativos ao ensino de matemática utilizando o Kit e a sequência didática. Uma versão preliminar

dessa sequência já havia sido utilizada com alunos do oitavo ano do Ensino Fundamental de uma

escola pública do município de Campo Mourão, e constatamos que ela poderia ser melhorada em

alguns aspectos, principalmente, na ordem das tarefas e na forma de apresentar as figuras. Ao

analisarmos os áudios e as atividades resolvidas, podemos verificar que os alunos ainda têm

dificuldades para relacionar a forma algébrica e a forma figural, e isto nos mostra que existe certa

insegurança dos acadêmicos na utilização do material manipulável.

Palavras-chave: Kit Produtos Notáveis, Ensino e aprendizagem de Matemática, Materiais

Manipuláveis; Registros de Representação Semiótica.

1 Graduando do Curso de Matemática da Universidade Estadual do Paraná - Campus de Campo Mourão,

PIC, Fundação Araucária. E-mail: [email protected]. 2 Mestre, professora da Universidade Estadual do Paraná - Campus de Campo Mourão. E-mail:

[email protected]. 3 Mestre em Ensino de Ciências e Educação Matemática, professor da Universidade Estadual do Paraná -

Campus de Campo Mourão. E-Mail: [email protected]

EDUCAÇÃO ESPECIAL: NÚCLEO DE PESQUISA E

ATENDIMENTO AOS ALUNOS PORTADORES DE

NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS

Evaldina Rodrigues1

Lucia Helena Carvalho2

Ceres Ribas Hubner3

RESUMO: Este relatório apresenta resultados parciais da pesquisa intitulada Educação Especial:

Núcleo de Pesquisa e Atendimento aos alunos com Necessidades Educacionais Especiais da

UNESPAR – Campo Mourão. O desenvolvimento deste apresenta fatores fundamentais que

interferem nos processos de permanência de alunos que necessitam de um acompanhamento

especial durante sua formação profissional. Justifica-se pela necessidade de reunir conhecimento

da realidade da sala de aula, bem como reunir subsídios teórico-metodológicos que podem

orientar a ação pedagógica a partir de indicadores das necessidades especiais. Com anuência dos

Diretores de Centro e Coordenadores de Colegiado, um questionário, com alternativas objetivas

e uma aberta, foi aplicado com a finalidade de detectar as necessidades especiais presentes nas

turmas dos primeiros anos dos cursos, no ano de 2016. Em anonimato, as tipologias apresentadas

foram registradas por categorias em quadros e no texto do relatório sob a forma de glossário. Os

resultados parciais referem-se às Deficiências; aos Transtornos Globais de Desenvolvimento –

TGD; ás Altas Habilidades/Superdotação, sem especificação; à Dificuldade de Aprendizagem

sem nenhuma especificidade especial, ou seja, não relacionada à causas orgânicas; e necessidades

educacionais especiais relacionadas à causas orgânicas tais como Surdez, Baixa Audição,

Cegueira, Baixa Visão, Paralisia Cerebral, Deficiência Física; Dislexia, Autismo, Asperger,

Síndromes: de Tourett, Pânico, Borderline – TGD. Considerando a abrangência das deficiências

(Sensorial, Física, Intelectual), das TGD e das Altas Habilidades, na Instituição, sugerimos um

formulário de matrícula com itens que tragam maiores detalhes sobre necessidades educacionais

dos ingressantes, tendo em vista que informações mais minuciosas da Educação Especial

possibilita a antecipação das adequações necessárias à educação superior inclusiva.

Palavras-chave: Educação Especial. Educação Superior Inclusiva. Necessidades Educacionais

Especiais.

1Doutora, Colegiado de Pedagogia/UNESPAR, Campo Mourão, o resumo está vinculado ao Projeto de

Pesquisa - TIDE [email protected]. 2 Doutora, Colegiado de Pedagogia/UNESPAR, Campo Mourão, o resumo está vinculado ao Projeto de

Pesquisa - TIDE [email protected] 3Mestre, Colegiado de Pedagogia/UNESPAR, Campo Mourão, o resumo está vinculado ao projeto de

Pesquisa – TIDE [email protected].

RESUMOS DOS MINICURSOS

BRINCANDO DE REPARTIR: O CONCEITO DE FRAÇÃO PARA

CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Francielli Aparecida Rocha de Carli 1

Você já parou para pensar por que devemos calcular o MMC para soma de frações com

denominadores diferentes? Por que a soma 2

3+

1

4 tem como resultado

11

12 ao invés de

3

7 ? E, ainda,

você já se perguntou como explicar isso a uma criança? Estas são algumas, de muitas outras

questões, que os professores sempre fazem quando se deparam na prática escolar ao ensinarem

frações. As frações constituem uma parte considerável do currículo destinado às crianças do

ensino fundamental, no entanto, pesquisas revelam que nem sempre estes conceitos são de fato

compreendidos por elas, isso porque muito do que é ensinado se resume a regras e fórmulas, sem

que haja de fato uma apresentação da relação entre a regra e o conceito envolvido. Este minicurso

tem como objetivo apresentar aos futuros professores metodologias e materiais pedagógicos para

o trabalho com as frações. Desse modo, espera-se promover a construção de conceitos como o de

fração equivalente, fração mista, fração imprópria, além das operações de soma e subtração de

frações, por meio de recortes, pinturas, histórias, jogos e materiais didáticos como régua de

frações e discos de frações, afim de que o futuro professor possa estabelecer uma relação entre as

“fórmulas” ensinadas e o conceito geométrico envolvido, e tenha assim condições de apresentar

a uma criança respostas para perguntas do tipo da que fizemos na introdução deste texto.

Palavras-chave: Frações. Ensino de Matemática. Estratégias de Ensino.

1 Francielli Aparecida Rocha é bacharel e licenciada em Matemática (UEM), mestre em Educação para a

Ciência e a Matemática (PCM – UEM). É professora do Departamento de Matemática da UEM e também

das Faculdades Astorga (FAAST) trabalha ainda com formação de professores oferecendo cursos de

formação continuada para professores da rede pública e privada de ensino.

SOLUÇÃO DE EQUAÇÃO DIFERENCIAL VIA SISTEMAS DE

EQUAÇÕES LINEARES Adilandri Mércio Lobeiro1

Ricardo Augusto Andreotti2

Henry Sérgio Dina de Paula3

Vitória Pilati Kato4

Hugo Ricken Garcia4

Resumo: Equações diferenciais (EDs) são instrumentos matemáticos muito importantes na

engenharia, dado que um grande número de fenômenos naturais podem ser modelados por EDs.

Um destes fenômenos é a deflexão em placas. Para placas de pequena espessura, a deflexão pode

ser calculada pela equação de Lagrange ,

onde 𝐷 = 𝐸ℎ3/(12(1 − 𝜈2)), na qual 𝑤 (𝑥, 𝑦) é o deslocamento vertical de cada ponto da placa, 𝑝

(𝑥, 𝑦) representa os carregamentos sobre sua superfície, ℎ é a espessura da placa e 𝜈 e 𝐸 são,

respectivamente, o coeficiente de Poisson e o módulo de elasticidade. Para que se obtenha uma

única solução, é preciso ter as condições de contorno, que são determinadas pelas vinculações

existentes nas bordas da placa. A obtenção da solução analítica desta equação diferencial (ED)

não é trivial. Devido a esta situação, os engenheiros usam tabelas onde estão fixados os valores

carga e a sua respectiva deflexão, como se fosse uma régua de cálculo. Com o avanço da

tecnologia, faz-se uso de métodos numéricos para efetuar esses cálculos, neste caso, o método das

diferenças finitas (MDF), o qual obterá uma solução aproximada da EL. A aplicação do MDF

consiste em transformar o domínio contínuo em um conjunto de pontos através de uma

discretização, transformando a ED em um sistema de equações lineares (SEL). O procedimento

metodológico criado consistiu na elaboração de algoritmos para resolver o SEL, onde obteve-se

os valores da solução da EL nos pontos considerados, criando uma biblioteca de códigos que será

distribuída para docentes e discentes dos cursos de engenharia civil da Universidade Tecnológica

Federal do Paraná e de outras Universidades, em substituição às tabelas tradicionalmente

utilizadas.

Palavras-chave: Equações Diferencias. Sistemas de Equações Lineares. Algoritmos.

1 Doutor, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Estudo da Deflexão de Placas com uso do Método

das Diferenças Finitas Desenvolvido como Atividade de Extensão, [email protected]. 2 Graduando, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Estudo da Deflexão de Placas com uso do

Método das Diferenças Finitas Desenvolvido como Atividade de Extensão, Bolsas UTFPR Extensão,

[email protected]. 3 Graduando, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Estudo da Deflexão de Placas com uso do

Método das Diferenças Finitas Desenvolvido como Atividade de Extensão, [email protected]. 4 Graduando, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Estudo da Deflexão de Placas com uso do

Método das Diferenças Finitas Desenvolvido como Atividade de Extensão, [email protected]. 5Graduando, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Estudo da Deflexão de Placas com uso do

Método das Diferenças Finitas Desenvolvido como Atividade de Extensão,

[email protected].

MODELAGEM MATEMÁTICA: UMA PRÁTICA E VÁRIAS

POSSIBILIDADES

Flavia Pollyany Teodoro1

Michele Carvalho de Barros2

Wellington Piveta Oliveira3

Resumo: A Modelagem Matemática tem sido tema de diversas pesquisas no âmbito da Educação

Matemática. Em linhas gerais, a Modelagem é concebida como uma abordagem, em que os alunos

investigam e problematizam por meio da Matemática situações de outras áreas do conhecimento,

com referência à realidade. Nas últimas décadas ela tem se consolidado como uma proposta

pedagógica que ganhou espaço e reconhecimento no contexto educacional. Sua gênese está

endereçada às práticas para o ensino e a aprendizagem da Matemática, que ao revelar resultados

positivos, têm sido referência para que cada vez mais, professores se motivem a utilizá-la em sala

de aula, nos diferentes níveis de ensino. Nesse sentido, este minicurso tem como objetivo

propiciar uma experiência com Modelagem Matemática para licenciandos e professores da

Educação Básica. Para tanto, inicialmente serão apresentadas e discutidas algumas características

da Modelagem, em seguida os participantes junto aos proponentes desenvolverão uma atividade

de Modelagem. No momento de socialização, serão discutidas as possibilidades do uso dessa

tendência vislumbrando o incentivo aos futuros professores de Matemática e professores em

exercício a refletirem sobre suas (futuras) práticas, bem como, a possibilidade de orientá-las

segundo aso pressupostos teórico-práticos da Modelagem Matemática, para o ensino de

Matemática. Nesse sentido, a relevância dessa proposta justifica-se na promoção de um ambiente

de discussões e reflexões sobre a potencialidade e limitações da Modelagem Matemática.

Palavras-chave: Educação Matemática. Modelagem Matemática. Formação.

1Mestranda em Educação para a Ciência e a Matemática-Universidade Estadual de Maringá,

pollyany_teodoro@hotmail. 2 Doutora em Educação para a Ciência e a Matemática- Universidade Tecnológica Federal do Paraná,

[email protected]. 3 Doutorando em Educação para a Ciência e a Matemática- Universidade Estadual de Maringá,

[email protected].

CONHECENDO OS RECURSOS DO SOFTWARE GEOGEBRA

MEDIANTE TAREFAS DE GEOMETRIA E FUNÇÕES

Clarice de Almeida Miranda1

Valdete Coqueiro dos Santos2

Marlon Luiz Dal Pasquale Junior3

Resumo: A proposta da oficina é desenvolver tarefas com uso do software Geogebra, pois o

Geogebra é um software de geometria dinâmica disponibilizado gratuitamente que possui

múltiplas plataformas que combina álgebra, geometria, tabelas, gráficos, etc. Objetivamos

proporcionar aos professores e futuros professores de Matemática, e demais interessados, terem

o conhecimento dos recursos disponíveis no software GeoGebra, por meio de atividades que

explorem os conceitos de funções, geometria plana e geometria espacial. Para tanto, as tarefas

propostas serão realizadas individuais e/ou em pequenos grupos, com objetivo de que os

participantes sejam capazes de utilizar as ferramentas disponíveis para trabalhar em cada uma das

janelas de visualização (janela de visualização 2D, janela de visualização 3D e planilha), construir

representações da Geometria Plana e Espacial, calcular área e volume, plotar gráficos de funções

de uma e duas variáveis, construir controles deslizantes, entre outros. Espera-se que os

participantes da oficina adquira um conhecimento geral das opções que o software apresenta de

modo que este seja capaz de explorar e buscar novas possibilidades. Esperamos também que o

Geogebra seja visto como uma possibilidade de ferramenta que possa mediar a apreensão de

conhecimento matemáticos em sequências didáticas mais dinâmicas que as tradicionalmente

utilizadas no ensino de Matemática.

Palavras-chave: Geogebra. Funções. Geometria Plana. Geometria Espacial.

1 Graduada em Matemática pela Universidade Estadual do Paraná (2016), professora colaboradora do

Colegiado de Matemática da Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR, campus de Campo Mourão,

email: [email protected]. 2 Mestre em Métodos Numéricos em Engenharia pela Universidade Federal do Paraná (2005), professora

assistente do colegiado de Matemática da Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR, campus de

Campo Mourão, email: [email protected]. 3 Graduado em Matemática pela Universidade Estadual do Paraná (2016), professor colaborador do

Colegiado de Matemática da Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR, campus de Campo Mourão,

[email protected].

PRÁTICAS LÚDICAS E NARRATIVAS PARA O ENSINO DE

MATEMÁTICA

Vinicius Oliveira Romano da Silva1

Resumo: Paródias, contações de história e RPG (Role Playing Game) são atividades lúdicas que

podem ser usadas para a apresentação, ensino e reforço de conteúdos matemáticos. Nesta oficina,

veremos essas estratégias integradas e de forma prática, em que o participante terá uma

experiência diferenciada de aprendizagem, agindo de maneira interativa com os contextos que

criamos baseados em situações-problema. Nos últimos anos, alguns trabalhos têm mostrado a

diferença que práticas lúdicas e narrativas como jogos e histórias podem ter na aprendizagem do

aluno. Nesse ponto, também surge o RPG (jogo de interpretação de papeis), que dá ao aluno mais

liberdade em um mundo imaginário criado pelo professor, onde pode-se encontrar desafios e

situações-problema de todos os tipos sem sair da sala de aula. Estes jogos propiciam um ambiente

multidisciplinar que podem auxiliar os alunos desenvolverem diversas habilidades, como a da

leitura, da interpretação de problemas, a imaginação e também os conhecimentos matemáticos.

Palavras-chave: RPG. Ludicidade. Ensino de Matemática.

1 Graduando do Curso de Matemática da UNESPAR – campus de Campo Mourão - e Bolsista do PIBID.E-

mail: [email protected]

JOGOS MATEMÁTICOS: BRINCANDO E APRENDENDO SOMA

E SUBTRAÇÃO

Natalia Matias Gomes Cangussu Ieger1

Alefe Miante Galeriani2

Ivan Sangaleti Nonato3

Resumo: Nos anos iniciais do ensino fundamental, as crianças, geralmente, aprendem a

realizar adições e subtrações a partir de brincadeiras e jogos com materiais didáticos

manipuláveis, mas a partir de certo momento passam a realizar tais operações por meio

de algoritmos e esquecem ou mesmo nunca lhes foram apresentadas as relações entre os

materiais que utilizavam antes e os procedimentos que passaram a utilizar. Algumas

perguntas que os alunos fazem são: Porque “vai um” na adição? ou Porque “emprestamos

um” na subtração. Os alunos não conseguem compreender qual o significado das

expressões “vai um” e “empresta um “. A partir disso, o presente elaboramos uma oficina

que tem como objetivo levar os participantes a construírem significados para o Sistema

de Numeração Decimal e compreender e fazer o uso dos algoritmos de soma e subtração.

A abordagem será feita por meio de jogos matemáticos, exploraremos o uso das técnicas

operatórias (algoritmos) e suas relações com materiais manipuláveis. Esperamos que as

atividades que vamos propor na oficina proporcionem mais compreensão acerca das

operações de adição e subtração para auxiliar o ensino e a aprendizagem dos conceitos

relacionados ao Sistema de Numeração Decimal.

Palavras-chave: Sistema de numeração decimal. Jogos matemáticos. Adição. Subtração.

1 Graduanda do Curso de Matemática da UNESPAR – campus de Campo Mourão - e Bolsista do PIBID.E-

mail: [email protected]. 2 Graduando do Curso de Matemática da UNESPAR – campus de Campo Mourão - e Bolsista do PIBID.E-

mail: [email protected] 3 Graduando do Curso de Matemática da UNESPAR – campus de Campo Mourão - e Bolsista do PIBID.E-

mail: [email protected]

MESA REDONDA

MESA REDONDA: EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E FORMAÇÃO

DE PROFESSORES: PASSADO, PRESENTE E FUTURO Profa. Dra. Lucieli Maria Trivizoli (UEM)

Prof. Me. João Henrique Lorin (UNESPAR – Campo Mourão)

Prof. Dr. Sérgio Carrazedo Dantas (UNESPAR – Apucarana)

Resumo: Lucieli M. Trivizoli

A Educação Matemática, atualmente entendida como uma área de conhecimento, envolve todo

um sistema de saberes, conceitos, concepções, planos e finalidades formativas que são relativos

ao ensino e a aprendizagem da Matemática. Contudo, o percurso do ensino de Matemática não é

algo recente e podemos encontrar manifestações relacionadas ao ensino dos conhecimentos

matemáticos em registros que datam desde a Antiguidade. Em alguns momentos desse percurso,

o ensino dos conhecimentos matemáticos esteve associado à sua produção e às necessidades

práticas impostas pelo contexto social e, à medida que tais conhecimentos foram sendo ampliados

e as condições – sociais, políticas e econômicas – se transformaram, esse ensino começou a ter

outros desenvolvimentos. Os primeiros cursos de formação de professores, em termos de

licenciatura, surgiram no Brasil nos anos 1930 com a criação das Faculdades de Filosofia,

Ciências e Letras e com os cursos seguindo um formato de três anos de formação nos conteúdos

específicos (Matemática), seguidos de um ano de Didática (ensino). Em minha fala, darei atenção

a caracterização de um desses primeiros cursos de Licenciatura em Matemática e tentarei trazer à

reflexão sobre como as concepções associadas ao ensino escolar acabam funcionando como um

alicerce sobre o qual se colocam as estruturas dos cursos de licenciatura.

MESA REDONDA: EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E FORMAÇÃO

DE PROFESSORES: PASSADO, PRESENTE E FUTURO Profa. Dra. Lucieli Maria Trivizoli (UEM)

Prof. Me. João Henrique Lorin (UNESPAR – Campo Mourão)

Prof. Dr. Sérgio Carrazedo Dantas (UNESPAR – Apucarana)

Resumo: João Henrique Lorin

Nesta Mesa Redonda1, me proponho a discutir caminhos para a compreensão da natureza do

conhecimento matemático e a sua contribuição na formação de professores. Durante a formação

dos professores, é possível que nesse processo apareçam visões distorcidas da construção do

conhecimento científico. Nesse sentido, é preciso, por parte dos professores, reconhecer tais

visões deformadas para poderem atuar na construção de uma acepção epistemológica acerca da

natureza de ciência com seus aprendizes. Baseando-nos em visões distorcidas de ciência, faremos

uma discutição a respeito dessas distorções na Matemática e as relacionaremos com algumas

crenças a respeito do conhecimento matemático.

1 Essa discussão é apresentada por este autor e a professora Irinéa de Lourdes Batista em um capítulo intitulado “Natureza do conhecimento matemático na formação de professores” no livro Pesquisas em Educação Matemática: implicações para o ensino.

GRUPOS DE DISCUSSÕES

Relato

Grupo de Discussão sobre o Laboratório de Ensino de Matemática

GD 2: Laboratório de Ensino de Matemática

Mediadores(as):

Profa. Dra. Mariana Moran (UNESPAR – Campo Mourão); Profa. Me. Valdete dos

Santos Coqueiro (UNESPAR – Campo Mourão); Prof. Me. Valdir Alves (UNESPAR –

Campo Mourão).

O Grupo de Discussão (GD) sobre o Laboratório de Ensino de Matemática

contou com a participação de 13 alunos(as) do Curso de Matemática, sendo 4 alunos(as)

do primeiro ano, 6 alunos(as) do segundo e 3 alunas do terceiro e os professores(as)

mediadores.

No primeiro momento, cada um dos mediadores falou sobre suas experiências

com o Laboratório de Ensino de Matemática, tais como cursos, orientações de projetos,

pesquisas e os trabalhos que foram desenvolvidos em conjunto. Um dos resultados da

parceria entre os mediadores é o livro que terá publicação online intitulado “Manual

didático para o uso dos materiais do Laboratório de Matemática do Programa Brasil

Profissionalizado”. Neste manual falamos um pouco a respeito desse programa

implantado pelo Governo Federal em algumas escolas técnicas e profissionalizantes.

Na sequência os alunos se apresentaram, falando o nome, o ano que estuda e

também sobre suas expectativas em relação ao GD.

Os mediadores solicitaram que os participantes do GD escrevessem sugestões

em forma de perguntas para podermos iniciar a discussão. Totalizaram-se 8 questões

para serem discutidas, sendo 2 delas iguais. Iniciamos o debate fazendo a leitura das

perguntas, os mediadores discutiam as questões e alguns alunos também discutiam e/ou

tiravam suas dúvidas.

Os questionamentos, para discussão, que surgiram foram:

1. Qual melhor material e método para se trabalhar frações com alunos de 9º ano da

Educação Básica? Usar esses materiais torna mais produtivo do que usar apenas o

livro?

Em primeiro lugar, foi discutido a respeito do objetivo com o material haja vista que

os alunos do 9º ano já aprenderam o conceito de frações em anos anteriores. Sendo

assim, entendeu-se que o material seria utilizado para reforçar um conceito que já foi

aprendido. Deste modo, o uso do material didático régua de frações para ensinar o

conceito de fração seria uma das indicações e também poderia utilizar-se alguns jogos

específicos.

No entanto, nos casos em que o conteúdo seria introduzido, chegou-se a

conclusão de que materiais manipuláveis que trabalhem conceitos de fração em todo

contínuo e discreto, seria o mais indicado para se iniciar os estudos.

2. O que são funções? E qual a sua utilidade?

Essa questão foi muito específica e conteudistas. Neste sentido, discutimos os

diferentes conceitos de função: algébrico, geométrico, numérico etc., chegando a

conclusão de que todos eles contribuem de alguma forma para sua aprendizagem.

Quanto a sua utilidade, inúmeros exemplos do dia a dia foram citados por todos os

participantes do GD, evidenciando a formação de uma função.

3. Foi feita alguma pesquisa para saber se os professores do Ensino Fundamental e

Médio estão usando os materiais de laboratórios e se está dando algum resultado com

os alunos?

Comentamos que não temos conhecimento sobre pesquisas a esse respeito, mas

pelo que pudemos perceber em cursos de extensão ministrados por nós, vários

professores tem utilizado materiais didáticos para o ensino de matemática. No entanto, a

consciência da importância e da contribuição desses materiais pelos professores, ainda

não está totalmente desperta, já que somente alguns professores utilizam e sentem

necessidade de aprender sobre esses materiais. Por isso, busca-se sempre oferecer cursos

de extensão que explorem o uso dos materiais a fim de desmistificar o “medo” e a

“insegurança” em se usar esses materiais.

4. Qual a melhor hora para aplicar os jogos matemáticos: na introdução de conteúdos?

Explicamos que não tem um melhor momento para a utilização de jogos e em

geral, para a utilização de materiais manipuláveis. Eles podem desempenhar várias

funções, podem ser utilizados para apresentar um conteúdo, para motivar os alunos, para

auxiliar na memorização dos resultados ou para apresentar uma aplicação prática e isso

depende da característica do jogo. Ressaltamos a importância do papel do professor

nesse processo de mediação entre o material e o aluno, já que o conhecimento pode ser

explorado pelo aluno desde que o professor saiba mediar essa ação.

5. Tem algum jogo matemático que dá para usar com crianças e para todas as idades?

Apresentamos a Torre de Hanói e comentamos que no Ensino Fundamental I

pode ser trabalhada no desenvolvimento da coordenação motora, para separar as cores e

tamanhos dos discos, na identificação das formas em ordem crescente e decrescente,

dentre outras alternativas que foram citadas. Já no Ensino Fundamental II, propicia que

o aluno compreenda as potências de base 2. E no Ensino Médio, proporciona que o

aluno entenda o conceito de Sequência Numérica, Progressão Geométrica e Funções

Exponenciais.

6. Haveria a possibilidade de criar uma disciplina destinada apenas aos materiais do

Laboratório de Matemática?

Falamos que no curso de Pós Graduação oferecido pelo colegiado de Matemática

da UNESPAR – Campus de Campo Mourão, foi ministrada uma disciplina a respeito do

uso dos materiais do Laboratório de Matemática,e discutimos chegando a um consenso

de não haver necessidade de criar uma disciplina específica para o Laboratório de

Ensino de Matemática, pois entendemos que é possível inserir os materiais didáticos nas

disciplinas do curso.

Na palestra de abertura do evento “Refletindo sobre o papel dos nexos

conceituais no ensino de Matemática” a professora Maria do Carmo de Souza falou

sobre a utilização do ábaco para o ensino das quatro operações fundamentais. Os alunos

estavam curiosos para conhecerem este material didático, então aproveitamos o GD para

apresentar esse material e mostrar como pode ser realizada as operações de adição e

subtração no ábaco e uma possível explicação para o processo do “vai um” e “empresta

um”.

Finalizamos o grupo de discussão, mostrando alguns livros que falam sobre

jogos e materiais didáticos para o ensino de Matemática, entre eles, “O Laboratório de

Ensino de Matemática na Formação de Professores” organizado por Sergio Lorenzato,

“Cadernos do Mathema Jogos de Matemática 1, 2 e 3” de Kátia Stocco Smole e outras,

“ O Jogo e a Matemática no contexto da sala de aula” de Regina Célia Grando, “Jogos:

um recurso divertido de ensinar e aprender Matemática na Educação Básica” de João

César Guirado e outros, “Brincar e jogar enlaces teóricos e metodológicos no campo da

Educação Básica” de Cristiano Alberto Muniz, “Aprender com jogos e situações-

problema” de Lino de Macedo e outros, “Jogos e Resolução de Problemas: Uma

estratégia para as aulas de Matemática” de Júlia Borin.

Relato

Grupo de Discussão sobre História da Matemática

GD 3: História da Matemática

Mediadores(as):

Profa. Dra. Lucieli M. Trivizoli (UEM); Prof. Me. João Henrique Lorin (UNESPAR –

Campo Mourão); Prof. Esp. Marlon Luiz Dal Pasquale Junior (UNESPAR – Campo

Mourão

O Grupo de Discussão (GD) relacionado ao tema História da Matemática (HM) contou

com a participação de 16 pessoas, sendo elas alunos(as) da graduação, alunos(as) de pós-

graduação, mestres, professores do ensino básico e superior, além dos professores(as)

mediadores.

Decidimos, num primeiro momento, que cada um dos participantes faria uma

apresentação de suas vivências e experiências anteriores com a História da Matemática e que

indicassem seus interesses em relação a essa temática, que levaram-nos a escolher a participar

desse GD. Pelas exposições, pode-se perceber que o grupo se caracterizou por uma grande

diversidade. Os alunos da graduação, a maioria advindos do curso da própria instituição, tiveram

contato na disciplina oferecida no curso ou em momentos de estudos realizados em iniciações

científicas e trabalhos de conclusão de curso. Aqueles que nunca tiveram um contato mais

aprofundado com a História da Matemática relataram que seu interesse vem da tentativa de

justificar conceitos e teorias, de entender de onde as ideias vem, de como foram construídas, e de

compreender a Matemática em um contexto mais geral.

Todos concordaram sobre a importância da História da Matemática na formação inicial,

como parte da Matriz curricular dos cursos. Diante disso, indagamos quais as potencialidades da

História da Matemática na Formação do Professor. As indicações feitas pelos participantes

apontaram que a Matemática geralmente é apresentada de maneira abstrata e que saber de onde

os conceitos e teorias vem pode ser uma possibilidade de dar significado a eles. Além disso, o

professor tendo contato com a história dos conteúdos se prepara melhor para entrar na sala de

aula, a HM daria embasamento para a preparação do professor, ele pode conhecer diferentes

procedimentos e utilizá-los em suas aulas. Isso significa que não necessariamente a HM vai

precisar ser trabalhada diretamente com o aluno, mas ela pode ser uma ferramenta para o

professor, ajudando-o a construir um repertório mais amplo para suas aulas. Ainda, foi destacada

a potencialidade de que a HM torna a Matemática mais humanizada, mostrando que a construção

da Matemática é dinâmica e que as pessoas estão participando da construção dessa Ciência, que

a Matemática é mais que um acumulado de conhecimento, e que ela está inserida num contexto

histórico-social.

Ainda, as discussões apontaram que o professor pode utilizar a HM na sala de aula de

diversas maneiras e de acordo com seus objetivos de ensino e de aprendizagem. Como

possibilidades foram elencadas: a utilização de problemas históricos; a utilização de episódios

históricos para iniciar discussões em sala de aula; apresentação de “enigmas” que impulsionaram

o desenvolvimento de certas teorias; para a introdução de conteúdos como forma de dar

significado; como fonte de pesquisa; como ferramenta de aprendizagem; para conhecer outros

contextos da sociedade, de outras civilizações etc. Ainda foi destacado a possibilidade de utilizar

obras literárias por conterem relatos historiográficos e narrativas ficcionais (inclusive por meio

da realização de peças teatrais). Essas últimas possibilidades seriam uma alternativa para

estimular análises, questionamentos e reflexões sobre fatos históricos relativos à matemática.

Diante dessas possibilidades, os participantes também assinalaram algumas dificuldade

de se colocar em prática: Poucos materiais voltados para a sala de aula, poucos referenciais no

nosso idioma, o problema de traduções não adequadas, e a necessidade de desenvolver produtos

educacionais que auxiliem os professores.

Para finalizar a discussão, foi destacado que a HM contribui para a constituição de um

olhar mais crítico sobre os objetos de conhecimento matemático e desmistifica a ideia de uma

matemática pré-concebida, pronta e acabada. Para isso, ela também precisa ser vista e trabalhada

de maneira crítica, não enfatizando apenas nomes, datas ou episódios desconectados de seus

contextos.

Concluímos nossas conversas com algumas sugestões de referências que poderiam ajudar

a aprofundar estudos futuros, como o livro “História da Matemática - Uma Visão Crítica,

Desfazendo Mitos e Lendas” de Tatiana Roque, e livros de literatura como “O Teorema do

Papagaio: um thriller da história da matemática”, de Denis Guedj, “O Último Teorema de

Fermat”, escrito por Simon Singh, “O Romance das Equações Algébricas”, de Geraldo Garbi, “A

Fórmula Secreta”, de autoria de Fábio Toscano, “O Homem que Calculava”, de Malba Tahan,

entre outros.