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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – CCT

DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL CURSO DE TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL HABILITAÇÃO EM

EDIFÍCIOS

AVALIAÇÃO DO PROCESSO CONSTRUTIVO DO PISO DE CONCRETO EM UM PREDIO COMERCIAL NA CIDADE DE

BARRO - CE

MARCOS AELITON DE LIMA PEREIRA

JUAZEIRO DO NORTE – CEARÁ

2017

MARCOS AELITON DE LIMA PEREIRA

AVALIAÇÃO DO PROCESSO CONSTRUTIVO DO PISO DE CONCRETO EM UM PREDIO COMERCIAL NA CIDADE DE

BARRO - CE Trabalho de conclusão de curso de Tecnologia da Construção Civil com habilitação em Edifícios da Universidade Regional do Cariri – URCA, como requisito para obtenção do grau de Tecnólogo em Construção Civil. Área de concentração: Piso de Concreto.

Orientador: Prof. Esp. Vangivaldo de Carvalho Filho.

.

JUAZEIRO DO NORTE – CEARÁ 2017

MARCOS AELITON DE LIMA PEREIRA

AVALIAÇÃO DO PROCESSO CONSTRUTIVO DO PISO DE CONCRETO EM UM PREDIO COMERCIAL NA CIDADE DE

BARRO - CE

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________ PROF. ESP. VANGIVALDO DE CARVALHO FILHO, URCA.

(ORIENTADOR)

________________________________________________________ PROF. ME . JEFFERSON LUIZ ALVES MARINHO, URCA.

(AVALIADOR)

_______________________________________________________ PROF. ANTÔNIO COSTA SAMPAIO NETO, URCA.

(AVALIADOR)

DATA DE APROVAÇÃO: DE DE 2017

A Deus por guiar minha vida. Aos meus

pais, Francisco e Marinete, a minha

namorada, Paloma, irmãos e amigos por

sempre estarem presentes, pelo apoio e

incentivo a buscar os melhores caminho e

escolhas pela convivência, carinho e

amor.

AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus que me deu saúde fé e esperança e por ser

a base para que eu possa lutar pelos meus objetivos.

Aos meus pais pelo apoio e incentivos em todos os períodos que estive na

faculdade.

A minha irmã, Alany, que sempre esteve do meu lado e se dispôs a me ajudar

nos trabalhos, corrigindo-os ou dando sugestões sempre construtivas fundamentais

para meu processo de aprendizagem.

A minha namorada, Paloma, por ser de grande importância em minha vida,

por sempre me dar motivos para construir um futuro melhor e por abrir mão de

muitos momentos para que eu fizesse esse trabalho.

Aos meus colegas de faculdade pela amizade, as dicas, debates e trocas de

informação que muito contribuíram para meu conhecimento e formação.

A Universidade pela oportunidade de fazer o curso e aos professores por

proporcionar o conhecimento científico, o desenvolvimento de potencialidades, a

formação pessoal e profissional.

Ao meu orientador, Professor Esp. Vangivaldo de Carvalho Filho, pelo suporte

nos momentos que lhe coube, pelas suas correções e orientações que foram de

grande importância para a construção desse trabalho.

Ao Professor Me. Jefferson Luiz Alves Marinho, ministrante da disciplina, pelo

apoio na elaboração deste trabalho.

“Tá vendo aquele edifício moço? Ajudei a

levantar...” (Lúcio Barbosa).

RESUMO

O presente trabalho tem por objetivos avaliar o processo construtivo do piso de

concreto em um prédio comercial na cidade de Barro - CE, apontar os tipos de piso

de concreto e suas características, identificar e caracterizar o piso a ser avaliado

bem como apresentar as recomendações técnicas e descrever o processo

construtivo do piso. O interesse pelo tema surgiu durante estágios em obras, a

importância da etapa de construção do piso. Como acadêmico e futuro profissional

na área da construção civil vi a necessidade de pesquisar e aprofundar mais o

conhecimento acerca desse processo para posteriormente poder atuar de forma

correta na construção do piso e da obra como um todo. Este trabalho constitui-se de

uma pesquisa teórica com abordagem qualitativo-quantitativa e descritiva. Fez-se

uma pesquisa bibliográfica realizada em livros, artigos e periódicos da internet e um

estudo de caso para averiguar, através de observação e análise, se a construção de

um piso de concreto armado, em um prédio comercial em Barro – CE foi feito de

acordo com as recomendações técnicas. Neste estudo de caso, verificou-se que

nem todas as normas e recomendações técnicas foram seguidas e que estas são

fundamentais para a correta execução de um piso de concreto armado.

Palavras- Chaves: Avaliação. Processo Construtivo. Piso de Concreto. Barro – CE.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Perfil piso de concreto simples, com dimensão de espessura........ 17

Figura 2 Piso duplamente armado com utilização de tela eletro soldada..... 18

Figura 3 Detalhe do concreto com adição de fibras...................................... 18

Figura 4 Concretagem de piso protendido nas duas direções...................... 20

Figura 5 O emprego de areia lavada na sub-base........................................ 25

Figura 6 Colocação da lona sobre a sub-base.............................................. 26

Figura 7 Pontos de má utilização da lona de impermeabilização.................. 26

Figura 8 Pontos de entrada de ar e raios solares na concretagem............... 28

Figura 9 Utilização de fôrmas na construção do piso.................................... 29

Figura 10 Piso duplamente armado................................................................. 30

Figura 11 Tipos de armaduras utilizadas no piso............................................ 32

Figura 12 Processo de concretagem do piso.................................................. 36

Figura 13 Acabamento do tipo cimentado....................................................... 37

Figura 14 Retração no acabamento do tipo cimentado................................... 37

Figura 15 Patologia em junta de dilatação tipo T............................................ 39

Figura 16 Junta de dilatação na horizontal...................................................... 39

Figura 17 Junta de dilatação tipo T utilizada no piso em analise.................... 40

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANAPRE Associação Nacional de Pisos e Revestimentos de Alto Desempenho

ACI American Concrete Institute

ABCP Associação Brasileira de Cimento Portland

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

CCA Concrete Contractors Association

CA Concreto Armado

CI Caixa de Inspeção

EB Admixture for Foncrete Made With Portland Cement - Specification

IBITS Instituto Brasileiro de Telas Soldadas

IBRACON Instituto Brasileiro do Concreto

NBR Norma Brasileira

RAD Revestimentos de Alto Desempenho

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 11

1.1. Justificativa ........................................................................................... 12

1. 2. Objetivos .............................................................................................. 12

1.2.1. Geral: ............................................................................................... 13

1.2.2. Específicos: ..................................................................................... 13

1.3. Problema ............................................................................................... 13

1.4. Metodologia ........................................................................................... 13

2. PISO DE CONCRETO ..................................................................................... 15

2.1. Tipos de pisos em concreto e suas características ........................... 15

2.1.1. Piso de Concreto Simples ................................................................ 15

2.1.2. Piso de Concreto Armado ................................................................ 16

2.1.3. Piso de Concreto Reforçado com Fibras.......................................... 17

2.1.4. Piso em Concreto Protendido .......................................................... 18

2.2. Classificação dos pisos quanto à utilização ....................................... 19

2.3 Normas de execução ............................................................................. 20

3. ESTUDO DE CASO: AVALIAÇÃO DO PROCESSO CONSTRUTIVO DO PISO

DE CONCRETO ARMADO .................................................................................. 22

3.1. Avaliação das etapas da construção do piso de concreto armado .. 22

3.1.1. Execução da Fundação do Piso ...................................................... 22

3.1.2 Isolamento da Placa com a Sub-base ............................................... 24

3.1.3 Condições Ambientais na Concretagem ........................................... 26

3.1.4 Formas ............................................................................................. 27

3.1.5 Posicionamento da Armadura. .......................................................... 29

3.1.6 Concretagem .................................................................................... 31

3.1.7 Juntas de Dilatação .......................................................................... 37

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 40

5. REFERÊNCIAS ............................................................................................... 42

11

1. INTRODUÇÃO

A indústria da construção civil procura sempre desenvolver novas técnicas

para melhorar o desempenho nas diversas obras ‘como casas, prédios, estradas,

pontes, túneis, vias, etc, que além do aspecto econômico ajuda a proporcionar

melhores condições de vida e bem-estar da população.

A construção de uma obra envolve várias etapas que vão da fundação ao

acabamento final e cada uma dessas etapas tem papel fundamental. Dentre elas

está a estruturação do piso, com finalidade estrutural que vai de receber grandes ou

pequenas cargas variando em suas técnicas construtivas. Atualmente, os edifícios

industriais utilizam cada vez mais os pisos de concreto, uma vez que esse tipo de

estrutura oferece muitas vantagens à edificação já que se trata de pisos com alta

durabilidade e resistência.

No entanto, um dos principais problemas encontrados nas construções em

geral é a baixa qualidade dos pisos e um dos principais fatores que contribuem para

esse problema é o não cumprimento das recomendações específicas para cada

etapa do processo e tipo de materiais utilizados.

Partindo deste contexto, este trabalho visa avaliar o processo construtivo de

um piso de concreto armado tendo como referencia as recomendações técnicas,

apontar os tipos de piso de concreto e suas características, identificar e caracterizar

o piso a ser avaliado bem como apresentar as recomendações técnicas e descrever

o processo construtivo do piso.

Para o desenvolvimento do mesmo, fez-se um estudo de caso, através da

observação e descrição do processo de construção de um piso comercial no

município de Barro - CE, subsidiado por pesquisa bibliográfica.

A monografia está dividida em três capítulos. O primeiro, Introdução é uma

apresentação do tema, do problema da pesquisa, dos objetivos e da justificativa da

escolha do tema.

No segundo, Piso de concreto são apresentados os conceitos, tipos de piso

em concreto, a classificação dos pisos e as principais normas de execução de pisos.

Por fim, no terceiro capítulo Avaliação do processo construtivo do piso de

concreto armado são mostradas as etapas da construção do piso em concreto

armado.

12

1.1. Justificativa

A construção do piso é uma das etapas da obra. O piso de concreto vem

sendo muito utilizado em prédios comerciais. E para atingir a qualidade desejada

precisa ser bem executado obedecendo às recomendações técnicas pertinentes. O

estudo do processo construtivo do piso em concreto armado torna-se relevante para

evidenciar a importância de uma boa execução do piso, além permitir identificar os

principais problemas referentes a esse tipo de estrutura.

A principal finalidade deste trabalho é mostrar a importância do conhecimento

das recomendações e normas técnicas da construção de um piso de concreto

armado para os construtores. Para isso, esse trabalho mostra as etapas da

construção de um piso de concreto armado, identificando em quais etapas as

recomendações foram seguidas ou não, e como isso pode afetar o desempenho do

piso.

O interesse pelo tema proposto veio do dia a dia como estagiário em obras,

onde foi possível perceber o processo construtivo do piso e a importância dessa

etapa em uma construção. Como acadêmico e futuro profissional na área da

construção civil viu-se a necessidade de pesquisar e aprofundar mais o

conhecimento acerca desse processo para posteriormente poder atuar de forma

correta na construção do piso e da obra como um todo.

Esse trabalho e de caráter informativo e busca atingir um publico entre

acadêmicos da construção civil, técnicos e tecnólogos em edificações, topógrafos ou

ate mesmo engenheiros civis que sempre buscam mais informações sobre o

assunto abordado. Esse trabalho foi elaborado em uma linguagem simples e de fácil

entendimento para atingir ao máximo de leitores possível, incluindo pessoas que não

trabalham diretamente nesta área da construção civil.

Este estudo tem por base principal os seguintes autores: Senefonte (2007),

Oliveira (2000), Magalhães & Real (2011), Cristelli (2010), Rodrigues P. P. F. et al.

(2006), Mantovani (2012), ANAPRE (2011), ANAPRE (2017), Rodrigues (2015),

Carvalho J S J (2012).

13

1. 2. Objetivos

Este trabalho tem como objetivos:

1.2.1. Geral:

Avaliar o processo construtivo de um piso de concreto armado tendo como

referencia as recomendações técnicas;

1.2.2. Específicos:

Apontar os tipos de piso de concreto e suas características,

Identificar e caracterizar o piso a ser avaliado;

Apresentar as recomendações técnicas e descrever o processo construtivo

do piso em estudo.

Avaliação a execução do piso de concreto.

1.3. Problema

Partindo desta explanação, este trabalho busca investigar:

Em que medida o processo construtivo do piso de concreto armado em um

prédio comercial na cidade de Barro - CE seguiu as recomendações técnicas?

1.4. Metodologia

A pesquisa apresentada neste trabalho configura-se como estudo de caso. A

metodologia adotada foi à pesquisa in loco, tendo como desenho de estudo a

abordagem quantitativo-qualitativa e pesquisa teórica. O instrumental de coleta de

dados foi uma observação do processo construtivo do piso em um prédio comercial

em Barro, Ceará. O estudo de caso:

“[...] pode ser caracterizado como um estudo de uma entidade bem definida como um programa, uma instituição, um sistema educativo, uma pessoa, ou uma unidade social. Visa conhecer em profundidade o como e o porquê de uma determinada situação que se supõe ser única em muitos aspectos, procurando descobrir o que há nela de mais essencial e característico.” (FONSECA, 2002, p. 33 apud GERHARDT & SILVEIRA (2009, p. 39)

14

A fim de subsidiar o estudo de caso, fez-se uma pesquisa bibliográfica.

Segundo Carlos Gil (2002, p.44), essa pesquisa é obrigatória a todo e qualquer

modelo de trabalho científico, pois é um estudo organizado sistematicamente com

base em materiais publicados e de campo, por ser uma investigação prática

realizada em um local previamente definido que atende aos objetivos propostos na

pesquisa.

A pesquisa caracteriza-se ainda como descritiva. De acordo com Carlos Gil

(2002, p.44), essa pesquisa descreve “as características de determinada população

ou fenômeno, ou então, o estabelecimento de relações entre variáveis” e utiliza

técnicas padronizadas de coleta de dados. Nesse trabalho a técnica de coleta de

dados adotada foi a observação sistemática. Conforme Gerhardt & Silveira, a

observação:

“É uma técnica que faz uso dos sentidos para a apreensão de determinados aspectos da realidade. Ela consiste em ver, ouvir e examinar os fatos, os fenômenos que se pretende investigar. A técnica da observação desempenha importante papel no contexto da descoberta e obriga o investigador a ter um contato mais próximo com o objeto de estudo.” (GERHARDT & SILVEIRA, 2009, p. 74)

Segundo Gerhardt & Silveira (2009, p. 32), “a pesquisa qualitativa preocupa-

se, portanto, com aspectos da realidade que não podem ser quantificados,

centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais”,

enquanto na quantitativa os resultados podem ser quantificados.

Com o intuito de atender aos propósitos do presente estudo, analisou-se o

processo construtivo do piso de concreto em um prédio comercial na cidade de

Barro - CE.

15

2. PISO DE CONCRETO

Carvalho & Pitta (1996), apud Senefonte (2007, p. 12) conceituam pisos

industriais como sendo:

“[...] estruturas que devem suportar, na maior parte das vezes, solicitações tão diferenciadas em magnitude quanto em tipo e forma de atuação, o que lhes torna a concepção e o projeto atividades que exigem precauções extremadas, posto que o partido adotado deva ser a solução que resolva e controle todas as situações de carga e ofereça resultados economicamente viáveis”.

Ao analisar esse conceito, Senefonte (2007, p. 12) desconsidera a exigência

de “precauções extremadas” em determinados tipos de pisos, tendo em vista se

tratar de estruturas que estão continuamente apoiadas e com capacidade de

redistribuição de esforços. Assim, propõe a seguinte redefinição do conceito:

“Pisos industriais são estruturas horizontais, continuamente apoiadas, que devem suportar, na maior parte das vezes, solicitações diferenciadas em magnitude, tipo e forma de atuação tais como carregamentos dinâmicos – tráfego de equipamentos e veículos – e estáticos – cargas derivadas de estocagem de matérias primas ou produtos acabados”.

Para Senefonte (2007), o conceito apresentado por Carvalho & Pitta (1996)

serviria para qualquer estrutura de um edifício.

2.1. Tipos de pisos em concreto e suas características

A cada dia, os pisos de concreto vêm sendo mais utilizados. Alguns dos

materiais utilizados em sua formação têm como função combater agentes químicos

ou grandes cargas, dependendo do local a ser construído. Cada ambiente requer um

tipo de piso com os materiais adequados à sua finalidade, para isso existem vários

tipos de piso de concreto com características diferentes.

2.1.1. Piso de Concreto Simples

Conforme Oliveira (2000, p. 5) são placas de concreto apoiados sobre a

fundação, nos quais os esforços de compressão e tração são resistidos apenas pelo

16

concreto. “As placas são separadas por juntas moldadas ou serradas, que controlam

a fissuração devida à retração, ao empenamento e à dilatação térmica.”

Um fator a ser considerado na constituição dos pisos de concreto simples são

as dimensões destes, pois como aponta Senefonte (2007, p. 13):

“O dimensionamento destes pisos resulta em espessuras elevadas já que o concreto possui excelente resistência à compressão e baixa resistência à tração. O número de juntas neste tipo de piso é elevado, já que o concreto simples não é capacitado para absorver os efeitos de retração intensa.”

Para este autor um bom dimensionamento dos pisos de concreto simples é

fundamental, uma vez que os mesmos não possuem armaduras. Para que não

ocorram fissuras é necessário uma espessura (e) de piso considerável, entre 15 à

25 centímetros.

Figura 1 – Perfil piso de concreto simples, com dimensão de espessura.

Fonte: adaptado de CARVALHO & PITA, 1996.

No tocante as dimensões das placas utilizadas, essas geralmente não

ultrapassam 30m², sendo portanto, consideradas reduzidas.

2.1.2. Piso de Concreto Armado

Este tipo de piso é formado por um agrupamento de placas de concreto

armado, tendo como base a fundação. Essas placas possuem malhas de aço que

devem ser posicionadas com no mínimo 5 centímetros de cobrimento de concreto.

17

Senefonte (2007, p. 14) afirma que “neste tipo de piso é possível executar

placas de até 25 metros de comprimento, desde que se inclua uma armadura

complementar na face superior destinada a absorver os esforços devidos à retração

e variações térmicas do concreto”.

Figura 2 – Piso duplamente armado com utilização de tela eletro soldada.

Fonte: IBRACON S.D. apud SENEFONTE, 2007.

2.1.3. Piso de Concreto Reforçado com Fibras

Magalhães & Real (2011, p. 336) trata concreto reforçado com fibras como

“adição de fibras de baixo ou de alto módulo de elasticidade (ou ambas) no concreto

durante sua dosagem com o intuito de melhorar suas características técnicas

quando comparadas às do concreto simples”.

Figura 3 - Detalhe do concreto com adição de fibras.

Fonte: www.pisosindustriais.com.br. Apud CRISTELLI, 2010.

18

A figura acima mostra a adição de fibras no concreto. Neste tipo de piso tem-

se a entender que as armaduras são substituídas por fibras que por sua vez tem a

finalidade de combater a tração nas placas de concreto e assim diminuir a

probabilidade de haver fissuras nos pisos.

Segundo Chodounsky (2006), apud Cristelli (2010, p. 41) as fibras podem ser

classificadas em:

- Sintéticas e orgânicas (polipropileno ou carbono); - Sintéticas e inorgânicas (aço ou vidro); - Naturais e orgânicas (celulose); - Naturais e inorgânicas (asbesto ou amianto).

Ainda segundo Chodounsky (2006, p. 41), “quanto maior for à quantidade de fibras no concreto maior será a possibilidade de a fibra interceptar uma fissura, sendo usual uma concentração na ordem de 0,25% do volume de concreto utilizado”.

2.1.4. Piso em Concreto Protendido

De acordo com Rodrigues (2006) apud Mantovani (2012, p. 20),

“[...] no concreto protendido, cabos de protensão são instalados na placa formando uma malha que tem como função básica suportar esforços de tração que são muito pequenas no concreto convencional. A vantagem do sistema é a considerável diminuição na quantidade de juntas.”

Neste tipo de piso, podem ser construídas placas maiores e com menor

espessura. Por diminuir o numero de juntas ele mostra menores índices de

patologias e garante baixo custo de manutenção.

Segundo Senefonte (2007) apud Cristelli (2010, p. 39), para construção desse

tipo de piso é importante manter um controle de qualidade com um bom plano de

execução e estratégias bem definidas. Os fatores positivos na utilização desse tipo

de piso são a durabilidade e o custo. A figura 4 mostra a praticidade da execução

dos processos desse piso.

19

Figura 4 - Concretagem de piso protendido nas duas direções.

Fonte: www.pisosindustriais.com.br

2.2. Classificação dos pisos quanto à utilização

De acordo com dados da ANAPRE (2009) apud Cristelli (2010, p. 46) os pisos

podem ser classificados quanto à sua utilização, englobando cinco categorias

conforme tabela a seguir:

Tabela 1 – Classificação dos pisos quanto à utilização e características

Áreas Características

Industriais

- O piso deve ser considerado como equipamento para produção. - Recebem a ação de equipamentos diretamente apoiados ou contornam as bases com fundação profundas. - Cuidados especiais de projeto devem ser tomados, considerando linhas dinâmicas de produção, que eventualmente possam ter mudanças de layout em função da instalação de novos equipamentos. - Larga utilização de RAD (revestimentos de alto desempenho). Proteção do piso contra agentes agressivos, facilidade de manutenção (limpeza e higienização), aspectos estéticos e sinalização para controle de fluxos.

Armazenagem

- O piso deve ser considerado como equipamento para produção, uma vez que influência diretamente a produtividade dos centros de distribuição. - É indicada a adoção de sistemas com quantidade reduzida de juntas, com placas de grandes dimensões, como por exemplo, os pisos de concreto estruturalmente armado, os de concreto reforçados com fibras e o de concreto protendido, evitando patologias nas juntas em função do trânsito intenso das máquinas e empilhadeiras.

20

- Líquidos endurecedores de superfície, aplicação de aspersões minerais ou metálicas são indicadas para garantir elevada resistência superficial mediante a grande solicitação de esforços abrasivos.

Sistemas viários

e pavimentos

rígidos

- Utilizados em pavimentos urbanos, áreas de estacionamento e sistemas viários de indústrias, pátios de estacionamento de aeronaves e áreas retroportuárias para armazenagens e manuseios de containers. - Por recebem grande solicitação de cargas, as espessuras das placas de concreto podem variar de 14 cm a 40 cm, de acordo com o uso proposto para a área. - Por serem utilizados em áreas externas e/ou abertas, as tensões de origem térmica (dilatação / retração) são bastante elevadas em função do aquecimento solar diurno e resfriamento noturno.

Estacionamentos

- Quando comparados com a pavimentação asfáltica, apresentam inúmeras vantagens, como por exemplo, melhor durabilidade e resistência ao desgaste, aos ataques químicos de combustíveis, óleos e lubrificantes, e menor custo de manutenção. - Por apresentar coloração mais clara, têm maior índice de reflexão, reduzindo das ilhas de calor e facilitando a iluminação noturna. - Melhor logística de execução em áreas fechadas e subsolos, uma vez que emprega equipamentos reduzidos.

Comerciais

- Permite flexibilidade como elemento de fundação de paredes e mezaninos. - Empregado como acabamento decorativo, poder ser trabalhado com pigmentações diversas e sistemas de lapidação que garantem aspecto vítreo à superfície.

Fonte: Cristelli (2010, p.46)

2.3 Normas de execução

Rubens Curti, especialista em concreto da Associação Brasileira de Cimento

Portland (ABCP), afirma em entrevista que no Brasil não existe norma para

execução de pisos industriais, sendo comum no mercado a aplicação dos

parâmetros da ACI 302-1R - Guide for Concrete Floor and Slab Construction, do ACI

(American Concrete Institute), bem como a utilização do documento TR-3 - Concrete

Industrial Floors, do instituto inglês CCA (Concrete Contractors Association).

21

NBR – 7211/2005 (Agregados para concreto)

Esta Norma especifica os requisitos exigíveis para recepção e produção dos

agregados miúdos e graúdos destinados à produção de concretos. Quanto aos

agregados miúdos são exigidos grãos que passam pela peneira ABNT 4,8 mm e

ficam retidos na peneira 0,075 mm; quanto aos agregados graúdos são exigidos

grãos que passam pela peneira de malha quadrada com cobertura nominal de 152

mm e ficam retidos na peneira ABNT 4,8 mm.

NBR – 11768/2005 (Aditivos)

De acordo com a NBR 11768, “aditivos são produtos que adicionados em

pequena quantidade ao concreto modificam algumas de suas propriedades, no

sentido de melhor adequá-las a determinadas condições”, são eles:

Esta Norma estabelece as condições dos materiais a serem utilizados como

aditivos para concreto de cimento, de acordo com os tipos a seguir:

Tabela 2 - Tipos de aditivos para concreto de cimento

Tipo Efeitos

P - aditivo plastificante Aumenta o índice de consistência do concreto mantida a quantidade de água de amassamento, ou que possibilita a redução de, no mínimo, 6% da quantidade de água de amassamento.

R - aditivo retardador Aumenta os tempos de início e fim de pega do concreto.

A - aditivo acelerador Diminui os tempos de início e fim de pega do concreto e acelera a resistência.

PR - aditivo plastificante retardador Combina os efeitos dos aditivos plastificantes e retardador.

PA - aditivo plastificante acelerador Combina os efeitos dos aditivos plastificantes e acelerador.

IAR - aditivo incorporador de ar Incorpora pequenas bolhas de ar ao concreto.

SP - aditivo superplastificante Aumenta o índice de consistência do concreto mantida a quantidade de água de amassamento, ou que possibilita a redução de, no mínimo, 12% da quantidade de água de amassamento.

SPR - aditivo superplastificante retardador

Combina os efeitos dos aditivos superplastificante e retardador.

SPA - aditivo superplastificante acelerador

Combina os efeitos dos aditivos superplastificante e acelerador.

Fonte: Adaptado de EB-1763/1992

22

3. ESTUDO DE CASO: AVALIAÇÃO DO PROCESSO CONSTRUTIVO DO PISO DE CONCRETO ARMADO

A seguinte avaliação foi realizada no piso de armazenagem em prédio

comercial (supermercado) que está localizado na Av. Dep. Januário Feitosa, s/n,

Barro - CE, abrangendo uma área total de 1.856,17 m², e área construída 1.519,72

m².

Os principais materiais empregados na execução de pavimentos industriais

de concreto armado são: agregados, cimento, água, aditivos e barras de aço.

Quando misturado o concreto com o aço, esses materiais se aderem, surgindo

assim o concreto armado. Nesse processo se for adotado o cobrimento mínimo o

concreto protege o aço da corrosão, aumentando a durabilidade da estrutura.

3.1. Avaliação das etapas da construção do piso de concreto armado

Para Rodrigues, P. P. F. et al. (2006) as etapas e recomendações para a

construção do piso de concreto armado são as seguintes: execução da fundação do

piso que são o subleito e a sub-base; isolamento da placa com a sub-base;

condições ambientais na concretagem; formas; posicionamento da armadura;

concretagem que tem como tarefas de produção e o transporte do concreto;

lançamento, adensamento, acabamento superficial e a cura e por ultimo a etapa de

juntas de dilatação.

3.1.1. Execução da fundação do piso

Subleito

Segundo Rodrigues, P. P. F. et al. (2006, p. 89) “a fundação do piso é

constituída pelo preparo do subleito e da sub-base, seguido pelo eventual

isolamento desta com a placa de concreto”.

Para Rodrigues, P. P. F. et al. (2006, p. 89), o preparo do subleito consiste

em garantir a compactação do solo que só terá qualidade se for controlada. Assim,

faz-se necessário conhecer a curva de compactação que fornece a massa

específica seca máxima e a umidade ótima.

23

Além disso, esse mesmo autor enfatiza a necessidade de maior atenção em

áreas que foram compactadas com equipamentos pequenos.

“O subleito deve apresentar configuração uniforme ao longo de sua extensão.

Após os serviços de terraplenagem é necessário conferir as condições de

homogeneidade das características do solo.” (CRISTELLI, 2010, p. 125)

Senefonte (2007, p. 51) diz que a execução do subleito deve ser realizada

com equipamentos mecânicos, seguindo a sequência: gradeamento, nivelamento

superficial inicial, compactação e nivelamento final.

Sub-base

A preparação requer, geralmente, materiais preparados conforme norma

específica e sua espessura definida em projeto.

Após a compactação e aceitação do subleito, “o material especificado (...)

para a sub-base deve ser lançado e distribuído de maneira uniforme ao longo da

área do pavimento, respeitando a espessura prevista em projeto”. (CRISTELLI,

2010, p. 127)

Segundo Senefonte (2007, p. 53) na execução de sub-bases os

equipamentos geralmente utilizados são: trator com grade, moto niveladora, pá

carregadeira, caminhão pipa, rolo compactador vibratório tipo pé de carneiro, rolo

compactador vibratório liso, compactador mecânico. A sequência desta fase

compreende: lançamento do material, nivelamento superficial inicial, compactação,

nivelamento final.

O terreno onde foi realizada a obra passou por um processo de aterramento,

nesse processo foram utilizados os seguintes equipamentos mecânicos: caminhão

caçamba, motoniveladora, trator com grade, caminhão pipa e rolo compactador

vibratório tipo pé de carneiro. Esses equipamentos deram rapidez ao serviço, e

permitira uma boa compactação do aterro.

Já a sub-base foi executada após todo o processo de tubulação. O material

utilizado foi areia lavada com espessura de 3 cm.

24

Figura 5 – O emprego de areia lavada na sub-base.

Fonte: O autor, 2016.

A figura 5 representa como foi feito o processo da sub-base. Um

nivelamento com piquetes de madeira foram colocados com altura de 3 cm para ser

completado com o colchão de areia, camada de areia lavada assentada para um

melhor nivelamento, essa areia foi distribuída entre duas linhas de piquetes

encontradas por réguas e espelhada ate atingir a altura adotada no projeto.

3.1.2 Isolamento da placa com a sub-base

Rodrigues, P. P. F. et al. (2006, p. 90) diz que esse isolamento é composto

por uma lona plástica com a finalidade de diminuir o atrito entre a placa de concreto

e a sub-base. Essa lona exerce outra função importante, ela cria uma barreira de

vapor que interdita a umidade do solo para que não atinja a placa de concreto.

Esse método com a lona plástica muitas vezes não funciona, por se tratar um

material de baixa resistência e na sua colação fica exposta a outros materiais que

podem danificá-la com facilidade. Por isso é de grande importância sempre fiscalizar

esse processo com finalidade de manter sua integridade física para que exerça bem

suas finalidades.

Segundo as recomendações da ANAPRE, nesse processo é fundamental que

“na execução de todo piso de concreto deve ser colocada lona plástica dupla com,

no mínimo 200 micra (0,2 mm) de espessura. A lona deverá estar íntegra, sem furos

25

ou rasgos, transpassada em 30 cm nas emendas e instalada entre a sub-base e o

concreto.” ANAPRE (2011, p.1).

No piso em avaliação, uma lona impermeável foi colocada sobre o a sub-

base, evitando assim o contado com a placa de concreto, para controlar a perda de

água durante comcretagem exercendo sua função como barreira de vapor. Ilustrado

na figura 6 abaixo:

Figura 6 - Colocação da lona sobre a sub-base.

Fonte: O autor, 2016.

Figura 7 - Pontos de má utilização da lona de impermeabilização.

Fonte: O autor, 2016.

A colocação foi feita de maneira correta e seguindo as recomendações da

ANAPRE, transpassadas em suas bordas nas emendas. Porém, um ponto negativo

26

foi que não houve cuidados em manter suas características físicas, prejudicando sua

boa funcionalidade.

A figura 7 mostra que em alguns pontos a integridade da lona foi

comprometida, e não houve substituição ou reparo da mesma.

3.1.3 Condições ambientais na concretagem

Rodrigues, P. P. F. et al. (2006, p. 90) considera que as condições ambientais

são boas quando na concretagem não há atuação dos raios solares e dos ventos.

Para isso, é proposto que a mesma seja executada em ambientes cobertos e

fechados o que seria a melhor condição para uma boa qualidade do piso.

A NBR 14931 (2004, p. 19) diz que se a temperatura no ambiente for inferior a

5°C, a concretagem deve ser suspensa, isso também vale para temperatura superior

a 40°C ou com ventos acima de 60 m/s.

Mesmo que atenda a essas recomendações é importante ficar ciente que

poderá ocorrer mudanças no clima, fazendo-se assim necessárias medidas que

possam ajudar a combater esses eventos para não danificar a concretagem.

Segundo o mesmo autor:

Finalmente, vale lembrar que o Brasil, sendo um país predominantemente tropical, deve estar sempre sujeito a concretagens em temperaturas elevadas, devendo-se tomar providências (ACI, 1999) para controlar seus efeitos nocivos no concreto, que são principalmente (Farny, 2001): aumento da água de amassamento, perda da trabalhabilidade, aumento da permeabilidade, perda de resistência à abrasão, aumento da fissuração, maior desuniformidade no acabamento, etc. (RODRIGUES, P. P. F. et al., 2006, p. 90)

A obra em questão já tinha passado por fases de alvenaria de vedação nas

laterais e nos fundos, mas a mesma contava com entradas de ar e portas nas

laterais para a circulação. A fachada do prédio onde iriam ser colocados os portões

era sem qualquer tipo de proteção quanto a evidencia de sol e vento, já que serviam

para entrada dos materiais na obra. As portas nas laterais contribuíram para a

entrada dos raios solares em alguns pontos do piso que provavelmente colaborou na

qualidade final da concretagem. O depósito, como todo o resto do ambiente, já tinha

27

cobertura e em algumas áreas do telhado foram usados telhas térmicas ajudando no

controle da temperatura.

Figura 8 - Pontos de entrada de ar e raios solares na concretagem.

Fonte: O autor, 2016.

Podemos ver na ilustração acima que o horário escolhido em relação às

incidências de sol não foi o mais conveniente, poderiam ter visto um melhor horário

que fosse favorável ou até mesmo usar algum tipo de proteção nos locais onde

estivesse sendo atingido para que não houvesse o risco de afetar as propriedades

do processo de concretagem.

3.1.4 Fôrmas

De acordo com Rodrigues, P. P. F. (2015, p. 102), quando vão ser realizadas

as montagens das formas para a concretagem do piso, na maioria das vezes, não

analisam a importância dessas formas e orçam de maneira incorreta ou ate mesmo

nem colocam no orçamento. Então usam materiais de menos resistência que não

oferecem a mesma qualidade do serviço como sobras de materiais, como sarrafos

ou tabuas sustentados pela sub-base ou presas por pontas de ferro no subleito.

Quando é iniciado o processo de concretagem o peso do concreto influencia

na posição das formas deixando-as desalinhadas tendo como resultado um mau

acabamento nas bordas do piso ou nas juntas de dilatação. Para ele:

“As consequências são previsíveis e desagradáveis, pois nos lugares em que a serra não acompanha o traçado inicial formar-se-ão duas juntas, com probabilidade quase certa de destaque do concreto, formando verdadeiros

28

buracos nas placas. Esses problemas podem ser perfeitamente contornados pela simples adoção de fôrmas apropriadas que cumpram os requisitos [...].” (RODRIGUES, P. P. F., 2015, P. 102),

Para Rodrigues, P. P. F. (2015, p. 102), os requisitos para formas apropriadas

são os seguintes:

- linearidade superior a 3 mm em 5 m;

- rigidez o suficiente para suportar as pressões laterais produzidas pelo concreto;

- estruturas que suportem os equipamentos de adensamento do tipo réguas vibratórias quando estas são empregadas;

- leveza para permitir o manuseio sem o emprego de equipamentos pesados e práticas para que a montagem seja rápida e simples;

- altura inferior à do piso.

Segundo Senefonte (2007), após instalação é necessário conferir o

alinhamento e o nivelamento, geralmente executados com equipamento de aferições

a laser, bem como a resistência da fixação para contenção do concreto.

Uma técnica de uso constante na construção do piso em exame foi à

utilização de fôrmas de madeira na periferia e nas juntas do piso, porém as madeiras

que foram usadas já não tinham as mesmas propriedades que garantissem uma boa

qualidade da tarefa.

Figura 9 - Utilização de fôrmas na construção do piso.

Fonte: O autor, 2016.

29

. A figura acima, nos mostra a utilização de fôrmas, podemos notar a que as

tabuas não tinham suas formas lineares e já estavam sendo reutilizadas.

As formas foram utilizadas também nas limitações das caixas de inspeções

(CI), sendo com dimensões menores de 90 x 90 facilitando sua montagem e com

melhores resultados.

3.1.5 Posicionamento da armadura.

A NBR 14931 (2004, p. 9), execução de estruturas de concreto –

Procedimento, diz que:

Em nenhum caso deve ser empregado na estrutura de concreto aço de

qualidade diferente da especificada no projeto, sem aprovação prévia do

projetista. Cada produto deve ser claramente identificado na obra, de

maneira a evitar trocas involuntárias.

No piso de concreto armado são empregadas telas de aço, no geral, uma na

parte inferior da placa de concreto com o objetivo de combater o momento fletor na

placa, ou uma superior com a finalidade de combater a retração do concreto.

Quando o piso requer um reforço estrutural maior aplicam as duas armaduras

tornando se um piso duplamente armado ou (estruturalmente armado). Como mostra

a figura:

Figura 10 - Piso duplamente armado.

Fonte: Boletim Técnico ANAPRE, 2017.

30

Neste caso ANAPRE (2017, p. 1) sugere que: “a armadura inferior deve ser

posicionada entre 20 e 40 mm da face inferior conforme e especificado em projeto”.

Para obedecer a essa distancia entre a tela inferior e a sub-base faz-se

necessário a utilização de espaçadores. Esses espaçadores de plástico, pastilha

argamassada ou espaçadores soldados são utilizados também no espaçamento

entre as telas de aço no de armadura dupla. No caso da armadura superior seu

posicionamento não pode variar mais do que 10 mm do que este especificado no

projeto, seu cobrimento deve ser de no mínimo 5 cm.

ANAPRE (2017, p. 2) recomenda que:

Quando o projeto do piso prevê a utilização de armadura dupla, normalmente com a utilização de tela eletro soldada, o posicionamento pode se dar, normalmente por uso de espaçadores soldados entre elas. Essa solução tem sido muito utilizada desde o fim da década de 90 e consiste em distribuir linhas ou colunas de espaçadores soldados, afastados aproximadamente 80 cm uma das outras.

Faz parte das armaduras também às barras de transferência. Segundo

Rodrigues (2015, p. 95) para assegurar que essas barras realizem sua função de

transferência de cargas são necessários que sejam instaladas de modo correto para

que as placas se movimentem de forma que não gere tensões prejudiciais e não

seja preciso que um dos lados da barra esteja engraxada e sem aderência na placa

de concreto.

O mesmo autor enfatiza a importância do alinhamento das mesmas, pois é

comum nas obras apoiarem as barras apenas na forma e quando são concretados

perdem o alinhamento entre si e prejudicando a sua funcionalidade.

Na obra em questão foi empregada armadura dupla (estruturalmente

armado). Para a armadura inferior foi utilizado aço com diâmetro de 6.3 mm nas

duas direções com espaçamento de 15x15 cm, o afastamento dessa armadura com

a sub-base foi utilizado espaçador do tipo pastilha argamassada (cocada) com altura

de 2 cm. Já o afastamento entre a tela inferior e a tela superior foi empregado

espaçador do tipo treliça soldada. Na armadura superior foi usado aço com diâmetro

de 6.3 em uma direção e 5.0 em direção perpendicular com espaçamento de 30x30

cm. Para as barras de transferência foi utilizado aço CA 25 e utilizado um material

31

antiaderente em um dos lados para o deslizamento na placa. Em relação às

recomendações citadas anteriormente, esse processo de posição de telas e

espaçadores foram bem executadas. O processo na figura a seguir mostra a

utilização desses materiais.

Figura 11 – Tipos de armaduras utilizadas no piso.

Fonte: O autor, 2016.

Podemos notar que em relação ao posicionamento das barras de

transferência existe um mau alinhamento entre elas, provavelmente ocasionado pelo

fato de terem sido apoiadas apenas na forma durante a concretagem do piso.

3.1.6 Concretagem

Existem 3 planos de concretagem que podem ser seguidos, como mostra a

tabela abaixo:

Tabela 3 – Planos de concretagem de Piso de Concreto.

Plano Processos Modelo

Concretagem em xadrez

Processo não indicado, pois as placas trabalham de forma independente. Além disso, a logística de circulação de equipamentos e mão-de-obra é comprometida.

32

Concretagem em faixas

Processo recomendado, em função da logística da obra e facilidade de acesso dos equipamentos de espalhamento e adensamento (régua vibratória, régua treliçada para aspersão de agregados).

Concretagem em placas

Processo inovador. Concretagem de grandes áreas com utilização de equipamento de última geração (Laser Screed), que faz as operações de espalhamento, adensamento, controle de nivelamento e parte do acabamento superficial. As juntas são serradas posteriormente.

Fonte: Adaptado de CRISTELLI 2010.

O plano de concretagem mais utilizado é o em faixa, por se tratar de um

processo que se adéqua melhor a sua produção, bem como aos processos que

envolvem toda a concretagem.

Para a concretagem do piso existem algumas etapas que são de

fundamental importância para uma boa qualidade do serviço, são elas: a produção e

o transporte do concreto, lançamento, adensamento, acabamento superficial e por

ultimo a cura.

a) Produção e transporte

A produção e o transporte do concreto não deixam de ser um fator

determinante na concretagem. Rodrigues (2015, p. 103) diz que quando se trata de

obras de porte relativo, como geralmente são as obras industriais, o volume de

concreto empregado no piso é da mesma ordem de grandeza do empregado na

estrutura. No caso das obras de concreto armado, a espessura média (volume de

concreto da estrutura dividido pela área da obra) gira entre 10 a 12 cm, inclusive

cobertura.

A NBR 12665 (2006, p. 13) que trata do preparo controle e recebimento –

procedimento, diz que a medida volumétrica dos agregados só e permitida quando

preparado na obra. A mistura desses componentes deve ser de forma que fiquem

33

bem misturados até formar uma massa homogênea. Esse preparo pode ser

realizado na obra, na central de concreto ou em caminhão betoneira.

Cristelli (2010, p. 133) afirma que e importante uma interação entre o

projetista e a empresa que venha a fornecer o concreto, com isso tem-se um

planejamento prévio e garante que o material entregue seja adequado e que atenda

os parâmetros estipulados no projeto.

b) Lançamento

Nas palavras de Rodrigues (2006, p. 91) o lançamento do concreto é

considerado uma tarefa simples, porém depende muito das condições e

equipamentos existentes para exercer a atividade. O lançamento deve ser feito de

maneira contínua e com velocidade constante. O ideal em estimativa de produção e

de tempo é 7m³ a cada 20 minutos ou 20m³/h quando o concreto é lançado por

caminhão betoneira.

Neste processo é de fundamental importância que sua velocidade seja

conciliável com o processo de vibração e o acabamento superficial da placa.

c) Adensamento

O adensamento do concreto pode ser feito com réguas vibratórias quando

o piso tem uma baixa espessura. Outro equipamento muito utilizado é o vibrador de

imersão. É importante que esses vibrador não fique em contato com as armaduras

para isso, é necessário uma boa atenção na hora de executar esse processo,

existem também equipamentos que fazem múltiplas funções como o “Haser Scrred”

já espalham, vibram o concreto para ter um bom adensamento com as armaduras e

dão um acabamento superficial.

d) Acabamento superficial

Para o acabamento superficial, Rodrigues P. P. F. et al. (2006, p. 91)

retrata a importância do uso de materiais de boa qualidade, pois é a camada do piso

que recebe diretamente as cargas e abrasão das movimentações das cargas.

34

No acabamento superficial, a primeira etapa é a regularização do

concreto, que pode ser feita com réguas de corte com até três metros de

comprimento, que trabalha em um sentido fazendo o corte e no outro um alisamento.

A segunda etapa é o desempeno. Para isso é necessário que a superfície

da placa esteja livre de água da exsudação. Essa operação pode ser feita a partir do

momento que o concreto possa suportar o peso de uma pessoa e que não deixe

marcas no concreto superior a 4 mm. Existe também o desempeno tradicional que

utiliza desempenadeira especifica para piso.

E por ultimo o alisamento superficial. Para uma boa qualidade desse

serviço é necessário duas ou mais operações. O processo é parecido com o

desempeno mecânico e usa o mesmo equipamento, substituindo apenas as laminas

por outras mais finas.

e) Cura

O último procedimento que envolve a concretagem é a cura. Baseado na

publicação de Rodrigues (2015, p. 107) a cura do concreto são medidas tomadas

para conservar as condições de hidratação do cimento, isto é, controlar a umidade e

temperatura no piso.

A cura está ligada diretamente a fatores como resistência e qualidade

superficial do concreto e pode ser dividida em duas etapas, a cura inicial e a

complementar. A cura inicial é executada logo após o acabamento superficial do

concreto. Nessa, as membranas de cura são bastante utilizadas. Outro material

muito utilizado nesse procedimento são os filmes plásticos que servem como

barreiras de vapor evitando assim a evaporação da água de amassamento. A cura

complementar é iniciada após o fim da pega do concreto, independentemente de ter

sido feito uma cura inicial ou não, esse processo têm como objetivo impedir a

evaporação da água na superfície do concretada.

Para a sua execução pode ser utilizado mantas de cura que tenham

capacidade de reter a água. Esse processo de cura deve se prolongar até que o

concreto tenha atingido 75% da sua resistência, a partir daí ele já consegue manter

a sua umidade até que o cimento chegue ao fim de sua hidratação.

35

Na obra em particular, a concretagem foi executada no plano de faixas. A

produção do concreto foi realizada na obra, a medição dos agregados foi feito

através de uma padiola de madeira e misturados com auxilio de uma betoneira no

traço 3x2x1, ou seja, três carrinhos de arreia, dois de brita e um saco de cimento de

50 Kg, porem não foi feito teste de resistência para esse concreto ou se quer um

recolhimento de amostras para testes posteriores. A figura 12 retrata o processo de

concretagem.

Figura 12 – processo de concretagem do piso.

Fonte: O autor, 2016.

A figura mostra o processo de concretagem que está em plano de faixa.

Através da mesma figura, nota-se o transporte do concreto, visto que a sua

produção era na obra e o seu transporte foi feito através de carrinho-de-mão. Pode-

se tirar ainda da imagem o lançamento do concreto que foi feito de maneira simples,

uma tábua foi colocada sobre as armaduras para distribuir o peso do carrinho-de-

mão e a pessoa que o conduzia. Esse lançamento teve um planejamento para que a

movimentação dos operários não atrapalhasse o processo de concretagem, pois

necessitava ser realizado continuamente.

O adensamento do concreto era posterior ao lançamento, para isso foi

utilizado vibrador de imersão, antes de iniciar esse procedimento as informações de

como deveria ser o manuseio do equipamento e os cuidados que deveria obedecer

foram passadas.

O acabamento superficial em verificação foi do tipo cimentado ou cimento

queimado. Esse acabamento foi realizado antes do total endurecimento do concreto.

36

Nesse processo, o pó do cimento foi espalhado pela superfície da placa de concreto

de forma concentrada. Logo após o cimento descansar molharam-no com o auxilio

de um pincel de pedreiro e depois para dar o alisamento utilizaram uma

desempenadeira metálica, esses procedimentos se repetiram ate chegar ao ponto

desejado do acabamento. A figura 13 mostra essa técnica.

Figura 13 – Acabamento do tipo cimentado.

Fonte: O autor, 2016.

Esse acabamento superficial não mostrou bons resultados, porém vários

fatores podem ter contribuído para isso inclusive em outras etapas da construção do

piso. Em uma visita no local após 6 messes de funcionamento do depósito para

averiguar as condições do piso, nota-se que surgiu muitas fissuras no nesse

acabamento cimentado. Como mostra a figura 14.

Figura 14 – Retração no acabamento do tipo cimentado.

Fonte: O autor, 2017.

37

A cura do piso foi realiza com água. A placa de concreto era molhada

frequentemente, esse processo foi feito durante 6 dias, porém não houve uma

preocupação quanto a essa etapa, na figura 13 podemos ver que havia água na

superfície da placa, mas não era suficiente para garantir que a umidade e evitar a

evaporação ali ocorrente que também poderia ser mais um fator que contribuiu para

o surgimento das fissuras no acabamento superficial.

3.1.7 Juntas de dilatação

Junta de dilatação é uma separação física entre duas partes de uma

estrutura, para que estas partes possam se movimentar sem a transmissão de

esforços entre elas. A localização e a direção das juntas, no sentido vertical ou

horizontal, a amplitude do seu movimento e o uso a que se destina na área que elas

atravessam, são fatores que precisam ser levados em conta no desenho das juntas.

(CARVALHO J S J, 2012).

Rodrigues et al. (2006, p. 100), cita alguns critérios que devem ser abordados

na construção das juntas, são eles:

- A tolerância no posicionamento das barras de transferência em relação ao plano médio da placa de concreto poderá ser de ± 7 mm;

- O alinhamento das juntas construtivas não deve variar mais do que 10 mm ao longo de 3 metros;

- Uma junta de construção ou serrada não pode terminar em outra junta de construção ou serrada, sempre deverá terminar em uma junta de expansão.

Rodrigues (2006, p. 69), ainda fala sobre a importância da continuidade das

juntas, ou seja, não utilizar juntas do tipo T, pois e grande a possibilidade de

patologias nesse tipo de junta. Como mostra a figura 15 a seguir:

38

Figura 15 – patologia em junta de dilatação tipo T.

Fonte: RODRIGUES, (2006, p. 69)

Na obra em questão foram executadas juntas de construção na horizontal e

na vertical, entre a diferença de espessura da placa de concreto, onde seriam

atuadas cargas maiores como movimentação de empilhadeiras e outras máquinas

pesadas que causasse maior possibilidade de movimentação das placas.

Figura 16 – Junta de dilatação na horizontal.

Fonte: O autor, 2016.

As juntas foram construídas conforme o projeto, indicando localização e

sentido. Porém foram utilizadas juntas de dilatação do tipo T como mostra a figura

17 a seguir.

39

Figura 17 – Junta de dilatação tipo T utilizada no piso em analise.

Fonte: O autor, 2016.

Segundo as recomendações citadas acima esse tipo de junta não devem ser

utilizada, pois pode provocar problemas no piso. Um dos fatores que pode ter levado

à utilização dessas juntas é o desconhecimento dessas recomendações, por isso,

para quem vai construir é fundamental conhecer bem o que poder prejudicar a

construção e a partir elaborar medidas evasivas que poderão ser de grande

importância na qualidade e durabilidade de toda a construção.

40

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De modo geral, percebeu-se que os objetivos deste trabalho foram

alcançados.

O primeiro ponto deste trabalho mostra os principais tipos e características

dos pisos. A partir do estudo constatou-se que existem diversos tipos de pisos e

cada um apresenta vantagens ou desvantagens em relação aos outros e à escolha

do tipo de piso dependendo muito da finalidade para qual vai ser utilizado.

O segundo ponto caracteriza o tipo de piso objeto deste estudo. O piso de

concreto armado foi construído em um prédio comercial na cidade de Barro – CE.

Constatou-se que esse tipo de piso esta entre os três indicados para esse tipo de

área (armazenagem), já que a mesma está sobre influência de cargas pesadas.

Outro ponto deste trabalho apresenta as recomendações técnicas que devem

ser consideradas na execução desse tipo de piso e mostra a importância das

mesmas. Identificou-se em que pontos houve o seguimento ou não das normas e

recomendações que influenciam diretamente na qualidade final do piso. Assim, ao

analisar as etapas de construção do piso de concreto verificou-se que:

Execução da fundação – segue a recomendação quanto a constituição do

subleito e da sub-base. O subleito foi bem compactado, através de

equipamentos mecânicos e segue a sequência de execução apontada pelos

autores. A sub-base também seguiu as recomendações sendo empregada a

matéria granular, espalhado e nivelado conforme espessura definida no

projeto.

Isolamento da placa com a sub-base – Foi realizado com o material

recomendado, posicionado de maneira correta, transpassado com 30 cm nas

bordas. Quando às recomendações acerca da integridade da lona, não foram

seguidas e não houve substituição.

Condições ambientais – nessa etapa a recomendação quanto à necessidade

de um ambiente coberto foi seguida. Já quanto à entrada de vento e sol nas

laterais não foram totalmente seguida. O horário também não foi seguido.

Fôrmas – verificou-se o emprego do material recomendado, que, no entanto,

deixou a desejar na qualidade da madeira. As formas não mostravam, eram

41

apoiadas apenas por barras de ferro aplicadas sobre a sub-base. Percebeu-

se que essa etapa a maior parte das recomendações.

Posicionamento da armadura – nesse aspecto a maioria das recomendações

foram seguidas, com exceção das barras de transferência, pois não houve o

devido alinhamento entre si.

Concretagem – nesta etapa, verificou-se que a maioria das recomendações

básicas foram seguidas. O plano de faixas foi seguido, a produção,

transporte, lançamento e adensamento foram adequados. O acabamento

superficial e a cura não seguiram as devidas recomendações e mostrou maus

resultados após a utilização do piso.

Juntas – as recomendações que não foram seguidas nessa etapa referem-se

ao alinhamento, pois no processo de concretagem as formas não manteram a

estabilidade e interferiu no alinhamento.

Portanto percebeu-se neste trabalho que para se ter um piso de qualidade,

resistente e com durabilidade é necessário seguir o máximo possível de

recomendações e ter um fiscalização ativa que garanta o seguimento dessas

recomendações pelos operários envolvidos nessa construção.

42

5. REFERÊNCIAS

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43

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