governos - a hora do choque de conhecimento

choque de conhecimentoas novas competências do setor público no século XXI

josé antônio carlos, professor pepeflorianópolis, santa catarina, outubro 2014

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os governos deparam-se hoje com um cenário tempestuoso que alia

mudanças aceleradas e novos formatos organizacionais

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mudanças aceleradas

novos formatos organizacionais

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só a reorganização do setor público em torno dos processos de criação e compartilhamento do conhecimento irá permitir ao estado coordenar com efetividade esse ambiente.

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não há como fazer isso, sem promover mudanças profundas no jeito de trabalhar, que, tal como ocorre com a maioria das organizações privadas, foi moldado pelo radar da indústria.

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idealizadores do radar da indústria

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o hierarquia

o especialização exacerbada

o inovação incremental

o concentração do saber

o isolamento o padronização

o automação

o burocracia

o capital como insumo líder

o setorialização

o ênfase na produtividade manual

objetos do radar industrial

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o maior desafio da gestão no século XXI será conseguir elevar a produtividade do trabalhador do conhecimento na mesma

proporção que elevou a do trabalhador manual.

os métodos para tal, no entanto, serão totalmente distintos.

peter drucker

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em outras palavras, o radar dos governos tem que ser

reposicionado para compreender a era do conhecimento

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os pensadores do novo radar

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o empreendedorismo

o inovação organizacional

o mídias sociais

o inteligência coletiva

o inovação abertao mobilidade

o novas habilidades

o crowdfunding

o metodologias colaborativas

o gestão de ideias

o novas tecnologias para apoio à inovação

o conhecimento insumo líder

o cenários disruptivos

o startups

objetos do radar do conhecimento

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ação de governança orientada para a promoção de mudanças culturais, educacionais, organizacionais, metodológicas e tecnológicas, que estimulem a criação de conhecimento e a produção de inovações necessárias para garantir ao estado, efetividade em suas atividades estratégicas, gerenciais e de prestação de serviços.

josé antônio carlos, professor pepe

como reposicionar o radar

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mudanças culturaissuperar: modelo mental da era industrial.por que: pouco efetivo para a solução de problemas complexos que demandam visão holística e ações transdisciplinares.como: realização de programas voltados para a formação de cultura inovadora, adoção de métricas que incentivem a inovação, incorporação contínua de novos quadros.

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mudanças educacionaissuperar: programas de capacitação de prateleira, com viés inadequado e nem sempre dirigidos ao público certo.por que: o conhecimento adquirido se evapora quando o servidor volta para o órgão. ampliação do gap de qualificação do servidor.saída: mudança no mix de disciplinas, mais espaço para metodologias colaborativas, aplicações, oficinas e laboratórios de inovação. capacitação como ação continuada.

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mudanças organizacionaissuperar: proliferação de estruturas, departamentos e níveis hierárquicos. legislação para frear e não para incentivar.

por que: aumento do preconceito. perda da visão sistêmica, atrasos, predomínio das atividades burocráticas, déficit de políticas públicas contemporâneas, baixa qualidade na entrega de serviços.

como: criação progressiva de ambientes favoráveis à criação e ao compartilhamento do conhecimento e a inovação (“bá”). uso da inteligência coletiva dentro e fora do governo.

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mudanças metodológicassuperar: distanciamento entre o jeito que o governo trabalha (hierarquia) e o que a sociedade pratica (rede).por que: geração de processos mal documentados. convite ao retrabalho. desaceleração no ciclo de criação de conhecimento. distanciamento entre estado e sociedade.como: uso de metodologias e téc. gerenciais que facilitem a gestão do conhecimento, a criatividade, a cocriação e a adoção do olhar de quem usa.

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mudanças tecnológicassuperar: visão míope que enxerga a tecnologia como recurso especializado de uso restrito. limitação da tecnologia como instrumento para fazer mais rápido.por que: inibição do usos das novas tecnologias para aprimorar processos, aproximar pessoas, ampliar a base de conhecimento e gerar novos serviços.como: diminuição de controles, democratização do acesso às redes sociais, incentivo a construção de aplicativos e à gestão distribuída de conteúdo.

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em síntese, caberá ao servidor do século 21:– conectar dois mundos

– trabalhar de forma transdisciplinar– recuperar a visão crítica e a capacidade analítica

– interpretar dados e informações (estruturados ou não)– produzir, localizar e avaliar ideias

– gerar e implementar soluções inovadoras

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igovsp.netjcarlos@sp.gov.br

a maioria das organizações não morre por fazer as coisas erradas, e sim por

insistir em fazer as coisas certas por um período demasiadamente longo.

prof. yves doz