apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 17

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O tratamento de 2.ª pessoa do plural dirigido a um só indivíduo

a) ainda se usa no Alentejo e em alguns bairros de Lisboa.

b) só se mantém no norte (e por falantes bastante idosos).

c) deve ser usado sempre que se interpelem professores de Matemática.

d) só sobrevive nas orações, como tratamento para Deus.

O tratamento por «tu» é usado

a) entre pessoas que se conhecem mal, desde que adultas.

b) cada vez mais de pais para filhos e, generalizadamente, no Brasil.

c) entre jovens, e é mais informal do que o tratamento na 3.ª pessoa.

d) no norte, seguido da terceira pessoa verbal.

Se à pergunta «Como te chamas?» alguém responder «Bem, os meus pais pensavam dar-me o nome do fundador da nacionalidade. No entanto, depois de hesitarem, pensaram que devia ter antes o nome do rei que, em Alcácer Quibir, foi derrotado e ninguém mais encontrou. Chamo-me Sebastião», estará a infringir

a) a máxima de qualidade.

b) o princípio de cortesia.

c) a máxima de quantidade.

d) a máxima de modo indicativo.

No Brasil, o tratamento mais generalizado é

a) «tu» e segunda pessoa do singular.

b) «cê» e segunda pessoa do singular.

c) «você» e segunda pessoa do singular.

d) «você» e terceira pessoa do singular.

Em aula, apercebemo-nos de que uma evolução em curso (ou já confirmada, mesmo) era a de que os filhos

a) já tratam os pais por «vossemecê».

b) já pedem aos pais mais nenucos.

c) já tratam os pais mais por «tu» do que na 3.ª pessoa.

d) tratam os pais cada vez mais na 2.ª pessoa do plural.

Em Portugal, o tratamento por «você» (mais terceira pessoa [você quer...]) é

a) mais abrangente do que o tratamento por «você» no Brasil.

b) especialmente ofensivo no campo.

c) reservado aos interlocutores mais cultos.

d) sentido como mais distante, ou menos delicado, do que o tratamento por primeiro nome («o Luís») e terceira pessoa.

O tratamento de 2.ª pessoa do plural («ides») dirigido a vários indivíduos

a) já não se usa em lado nenhum.

b) ainda se usa no Norte, sobretudo por parte de falantes idosos.

c) ainda se usa no Brasil.

d) é o que deveriam usar os alunos em diálogo com um grupo de professores.

Quando, em vez de dizer «estudem até à página tal», um professor diz «pedia-lhes que estudassem até à página tal», está a usar uma estratégia que visa cumprir

a) a matéria do programa.

b) o princípio de cooperação.

c) o princípio de cortesia.

d) a máxima de modo.

A forma «tivestes» é

a) agramatical (um erro, portanto). só se se destinasse ao singular

b) a 2.ª pessoa do plural do Pretérito Perfeito de «Estar». estivestes

c) a 2.ª pessoa do plural do Pretérito Perfeito de «Ter».

d) a 2.ª pessoa do singular do Pretérito Perfeito de «Ter». tiveste

Além da tradicional 2.ª pessoa (no singular e no plural), o Imperativo socorre-se de formas do

a) Presente do Conjuntivo (1.ª pessoa do singular e do plural).

b) Presente do Conjuntivo, para a negativa ou para a 3.ª pessoa e a 1.ª pessoa do plural.

c) Presente do Indicativo (para a negativa) e do Presente do Conjuntivo (para «você», «vocês» e «nós»).

d) Presente do Indicativo (na afirmativa, na 3.ª pessoa e na 1.ª do plural) e do Presente do Conjuntivo (na negativa).

come tu não comas

coma você não coma

comamos nós não comamos

comei vós não comais

comam vocês não comam

A primeira pessoa do singular Presente do Conjuntivo dos verbos da 1.ª conjugação (-AR) termina em

a) e. gostar | que eu goste

b) a.

c) i.

d) o.

gostar goste

comer coma

partir parta

A terceira pessoa do plural do Futuro do Indicativo equivale a

a) Infinitivo Impessoal + ão.

b) Infinitivo Impessoal + am.

c) 1.ª pessoa do singular do Infinitivo Pessoal + am.

d) 3.ª pessoa do plural do Pretérito Mais-que-Perfeito menos desinência pessoal + ão.

falar + ei (Futuro)

falar + ia (Condicional)

fal(ar)+ va (Imperfeito do Indicativo)

beb(er) + ia

Na 1.ª pessoa do plural, o Imperfeito do Indicativo termina em

a) ávamos (1.ª conjugação) e íamos (2.ª e 3.ª conjugações).

b) ávamos (1.ª e 2.ª conjugações) e íamos (3.ª conjugação).

c) ávamos (verbos de tema em A ou em E) e íamos (verbos de tema em I).

d) ámos (verbos de tema em A), emos (verbos de tema em E), imos (verbos de tema em I).

A sequência «Andarmos, Anda, Andasse» corresponde, por esta ordem, a

a) Futuro do Conjuntivo, Presente do Indicativo, Presente do Conjuntivo.

b) Futuro do Conjuntivo, Imperativo, Imperfeito do Conjuntivo.

c) Infinitivo Pessoal, Presente do Indicativo, Imperfeito do Indicativo.

d) Condicional, Imperativo, Futuro do Conjuntivo.

A sequência «Estiveram, Tenho feito, Fazia» corresponde, por esta ordem, a

a) Mais-que-perfeito do Indicativo, Perfeito Composto, Condicional.

b) Perfeito do Indicativo, Presente Composto, Imperfeito do Indicativo.

c) Perfeito do Indicativo, Perfeito Composto, Condicional.

d) Mais-que-perfeito do Indicativo, Perfeito Composto, Imperfeito do Indicativo.

A sequência «Falado, Olharias, Comeis» corresponde, por esta ordem, a

a) Gerúndio, Condicional, Imperativo.

b) Particípio Passado, Futuro do Indicativo, Perfeito do Indicativo.

c) Particípio Passado, Condicional, Presente do Indicativo.

d) Particípio Passado, Imperfeito do Indicativo, Imperativo.

A sequência «Ouvi, Visto, Caber» corresponde a

a) Perfeito do Indicativo, Particípio Passado, Futuro do Conjuntivo.

b) Imperfeito do Indicativo, Particípio Passado, Infinitivo Pessoal.

c) Imperativo, Particípio Passado, Infinitivo Pessoal.

d) Perfeito do Indicativo, Gerúndio, Infinitivo Impessoal.

Na frase «Dá-me, Luís, a espada.», faltam duas vírgulas, que serviriam para isolar o

a) modificador apositivo.

b) complemento directo.

c) sujeito.

d) vocativo.

A alínea que tem a pontuação correcta é

a) E, quando os ornitorrincos comem pizzas, a Helena, gentil iguana, ressona.

b) E quando os ornitorrincos comem pizzas, a Helena, gentil iguana, ressona.

c) E quando os ornitorrincos comem pizzas, a Helena gentil iguana, ressona.

d) E, quando os ornitorrincos comem pizzas a Helena, gentil iguana, ressona.

E, quando os ornitorrincos comem pizzas,

oração adverbial temporal

a Helena, gentil iguana, ressona. modificador apositivo

oração subordinante

Em «Ontem, se nevasse, teria ido aos Himalaias», as vírgulas visam delimitar

a) uma oração subordinada adverbial condicional.

b) um vocativo.

c) uma oração subordinada adverbial temporal.

d) um modificador apositivo.

A alínea que tem a pontuação correcta é

a) A maioria dos sacanitas que tenho como alunos vai errar esta questão.

b) A maioria dos sacanitas, que tenho como alunos, vai errar, esta questão.

c) A maioria dos sacanitas, que tenho como alunos vai errar esta questão.

d) A maioria dos sacanitas que tenho como alunos, vai errar, esta questão.

Em «Os cadernos ficam sobre as mesas os telemóveis ficam dentro dos sacos», falta uma vírgula, que separaria

a) dois nomes.

b) modificador e vocativo.

c) duas orações.

d) verbo e complemento directo.

Os cadernos ficam sobre as mesas,

os telemóveis ficam dentro dos sacos.

orações coordenadas assindéticas.

Num diário, podemos esperar encontrar sobretudo estas marcas:

a) 1.ª pessoa, Presente do Indicativo, Imperfeito do Indicativo.

b) 2.ª pessoa, Perfeito do Indicativo, Presente do Indicativo

c) 1.ª e 2.ª pessoas, Presente do Indicativo.

d) 1.ª pessoa, Perfeito do Indicativo, Presente do Indicativo.

10 de Novembro de 2011

Querido diário-slide,

Hoje estive toda a manhã a passar estúpidos slides sobre como se escreve em diários; agora escrevo em ti, querido slide, que estive toda a manhã a passar estúpidos slides. Pronto, agora vou ter com a Anne Frank.

O narrador de umas memórias autobiográficas é decerto um

a) narrador na 1.ª pessoa; e um narrador homodiegético.

b) narrador na 3.ª pessoa; e um narrador autodiegético.

c) narrador na 1.ª pessoa; e um narrador heterodiegético.

d) narrador na 2.ª pessoa; e um narrador omnisciente.

São elementos do campo semântico de «bolas»

«bolas!» «bola»

a) ‘que chatice!’, ‘objetos esféricos de borracha’, ‘bolos doces fritos em óleo’.

«bolas de Berlim»

b) bolinhas, bolita, carambola, rebolar.

c) basquetebol, voleibol, bolada, remate.

d) borracha, desportos, saltar, remate.

São da família de «bolsa»

a) ‘subsídio’, ‘oferta de’, ‘mala de mão’.

b) bola, bomba, bolseiro, reembolso.

c) moedas, dinheiro, roubar, rico.

d) desembolsar, bolsista, bolseiro, embolso.

Há uma sequência «merónimo, holónimo; hipónimo, hiperónimo» em

a) livro, objecto cultural; torneira, lavatório.

b) chão, casa; verde, cor.

c) prédio, andar; Porto, distrito.

d) atacador, ténis; literatura, Fernando Pessoa.

Há uma sequência de «hiperónimo, hipónimo; merónimo, holónimo» em

a) país, Portugal; deserto, areia.

b) piano, tecla; corda, harpa.

c) flor, rosa; bolso, casaco.

d) Lisboa, Jerónimos; braguilha, calças.

Integram o campo lexical de «deserto»

a) areia, sede, desabitado, cáfila.

b) ‘desejoso de’, ‘abandonado’, despovoado’.

c) desertar, desértico, desertor.

d) água, basquetebol, amor, ler.

As aceções em «fazer uma perninha», «isto tem pernas para andar», «és um perna de pau», «as pernas de Magdalena eram bonitas» integram

a) o campo semântico de «perna».

b) um pernil de porco.

c) o campo lexical de «perna».

d) a família de «perna».

A relação que há entre «gato» e «rato» é de

a) hiperónimo e hipónimo.

b) merónimo e holónimo.

c) co-hipónimos.

d) holónimo e merónimo.

Não há relação de hipónimo / hiperónimo em

a) casa de banho / divisão de casa.

b) limonada / bebida.

c) Filosofia / 10.º ano.

d) Amor ou Consequência / filme.

Há uma relação de holónimo / merónimo em

a) miolo / pão.

b) alimento / pão.

c) pão / côdea.

d) pão / trigo.

Nas frases «Sancha foi beijada pelo marido», «Sancho deu um doce ao dragão», «Em Elvas, comprámos azeitonas», as preposições introduzem, respectivamente,

a) complemento agente da passiva, complemento directo, complemento indirecto.

b) complemento agente da passiva, complemento indirecto, modificador.

c) complemento agente da passiva, modificador apositivo, complemento directo.

d) modificador, complemento directo, complemento indirecto.

A preposição a surge, contraída ou não, em todos os três segmentos da alínea

a) «Estou a dormir»; «O nascimento e a morte são tristes»; «Vou à feira».

b) «Ao caminhar, coxeava»; «Às armas, às armas!»; «Não bastavam os rebuçados a Zulmira».

c) «Há três minutos que não como cherne»; «Saiu-me o ás de copas»; «Escrevam um texto sem AA».

d) «Dei a prenda ao Honório»; «Bebamos ao Osório!»; «Cada vez mais linda a Ofélia...».

São contrações de preposição e artigo

a) pelo, como, à, dos.

b) no, pela, aos, de.

c) na, nu, nua, nus.

d) pelos, no, do, à.

A série de preposições/locuções prepositivas em que não há intrusos de outras classes é

a) a, com, por, antes de.

b) de, entre, contra, que.

c) e, em, durante, a.

d) mas, da, até, perante.

A sequência «Deve recolher as fezes do seu cão num invólucro de plástico. Deverá segurar o papel de apoio com a mão esquerda, enquanto deposita o cocó no referido saco. Para o efeito, procederá do seguinte modo: [...]» ilustra bem o tipo textual

a) instrucional.

b) expositivo-explicativo.

c) argumentativo.

d) conversacional.

A sequência «O texto argumentativo tem como objetivo interferir ou transformar o ponto de vista do leitor relativamente ao mundo que o rodeia. Esse ponto de vista assenta num conjunto de normas ou valores» é exemplo do tipo textual

a) argumentativo.

b) expositivo.

c) descritivo.

d) narrativo.

Na sequência «Arnaldo Antunes, natural de Bogotá, numa manhã de domingo, passeava pelo campo, quando ouviu o realejo do Franjinhas», predomina o tipo textual

a) expositivo.

b) descritivo.

c) narrativo.

d) argumentativo.

Não falei contigo

com medo que os montes (1)

e vales que me achas

caíssem (2) a teus pés...

Acredito e entendo

que a estabilidade (3) lógica

de quem não quer explodir

faça bem ao escudo (4) que és...

Saudade é o ar (5)

que vou sugando e aceitando

como fruto (6) de verão

nos jardins (7) do teu beijo...

Mas sinto que sabes

que sentes também

que num dia maior

serás trapézio (8) sem rede

a pairar sobre o mundo (9)

e tudo o que vejo...

É que hoje acordei e lembrei-me

que sou mago (10) feiticeiro

Que a minha bola de cristal (11)

é folha (12) de papel

Nela te pinto nua

numa chama (13) minha e tua.

Desconfio que ainda não reparaste

que o teu destino (14) foi inventado

por gira-discos (15) estragados

aos quais te vais moldando...

E todo o teu planeamento (16) estratégico

de sincronização (17) do coração

são leis (18) como paredes e tetos

cujos vidros (19) vais pisando...

Anseio o dia em que acordares

por cima de todos os teus números (20)

raízes quadradas (21) de somas subtraídas (22)

sempre com a mesma solução...

Podias deixar de fazer da vida

um ciclo (23) viciosoharmonioso (24) ao teu gesto mimado (25)

e à palma da tua mão...

É que hoje acordei e lembrei-me

que sou mago (26) feiticeiro

e a minha bola de cristal (27)

é folha (28) de papel

E nela te pinto nua

Numa chama (29) minha e tua.

Desculpa se te fiz fogo (30) e noite

sem pedir autorização (31) por escrito

ao sindicato (32) dos Deuses...

mas não fui eu que te escolhi (33).

Desculpa se te usei

como refúgio (34) dos meus sentidos

pedaço de silêncios (35) perdidos

que voltei a encontrar em ti...

É que hoje acordei e lembrei-me

Que sou mago (36) feiticeiro...

... nela te pinto nua

Numa chama (37) minha e tua.

Ainda magoas (38) alguém

O tiro (39) passou-me ao lado

Ainda magoas (40) alguém

Se não te deste a ninguém

magoaste alguém

A mim... passou-me ao lado.

Escrevo este slide às oito da noite. Neste computador que me vejo obrigado a usar — que alerta constantemente «É necessário o restauro do sistema pós-infeção» — convém fazer 'guardar' com frequência. Ali, ao fundo, tenho um melhor, mas tem um programa «open», o que não dá jeito. Agora, vou parar.

deíticos pessoais

deíticos espaciais

deíticos temporais

enunciado

enunciação (acto de produção de um enunciado)

deíticos são marcas da enunciação.

Trata-se de um texto redigido na 1.ª pessoa em que o enunciador do discurso expressa os sentimentos de forma directa a um interlocutor.

São deíticos pessoais, entre outros: «Falei»; «me», «minha»; «eu».

Apesar de o texto não apresentar a forma de uma carta, em termos temáticos e linguísticos justifica-se essa classificação, uma vez que encontramos emissor («eu») que se dirige a um interlocutor ausente («tu») para lhe dar conta de circunstâncias e sentimentos específicos da sua vida e da sua relação.

Senhora Malena

Alguém bem mais capaz do que eu escreveu que o único verdadeiro amor é o amor não correspondido. Percebo agora porquê. Passou-se tanto tempo desde que não sai de casa... Mas quanto mais separados estamos mais forte o meu amor se torna.

Dizem que vai casar com o advo-gado Centorbi. Posso ser miúdo, como me chamou quando passou por mim nos degraus, sem me ver, como é

costume — mas como poderá viver com um velho gordo, calvo e que mu-lher alguma quis, de tão feio? Diz-se que ele nunca se lava e que fede como um bode. Como é que a sua pele tão branca e macia suportará encostar-se à suada de um velho, que nunca dá um passo sem o consentimento da beata da mãe?

TPC

Prepara a leitura em voz alta das cartas nas pp. 131 (carta de José Régio a Jorge de Sena) e 132 (carta de texto ficcional).

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