alvinegro #20

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Time vai precisar mostrar superação que o torcedor se acostumou a ver nos sete anos de série A HENRIQUE SANTOS espera foi longa, mas terminou. Dois anos au- sente da Série A deixaram o tor- cedor angustia- do, sem saber o futuro do time, até que a campanha em 2010 trouxe o Figueirense de volta à elite do fu- tebol nacional. Também motivou a nação alvinegra a retornar ao Scarpelli e pintar a Grande Floria- nópolis de preto e branco. Quem fez a diferença no ano passado certamente terá papel decisivo nesta temporada, pois com o aces- so os adversários são superiores, têm mais poder financeiro, além da capacidade de trazer torcida à nossa casa. O primeiro duelo de- monstra isso. Hoje, às 16 horas, o Cruzeiro, ti- do como um dos favoritos ao título, chega com força total para encarar o Figueirense. O time azul é uma pedra no sapato. Em 16 confron- tos pela elite nacional, os mineiros venceram oito, sendo metade no Scarpelli desde o último acesso em 2001. Das quatro vitórias alvi- negras, três aconteceram sob seus domínios, incluindo 2002 quando PRÉ-JOGO (G) Wilson (L) Bruno (Z) João P. Goiano (Z) Edson Silva (L) Juninho (V) Ygor (V) Túlio (M) Maicon (M) Wellington Nem (A) Héber (A) Reinaldo Técnico: Jorginho Fábio (G) Marquinhos Paraná (L) Leo (Z) Gil (Z) Everton (L) Henrique (V) Leandro Guerreiro (V) Montillo (M) Roger (M) Thiago Ribeiro (A) Wallyson (A) Técnico: Cuca 22 de maio de 2011, domingo, às 16h00 Gutemberg de Paula Fonseca (juiz, RJ) Rodrigo Pereira Joia e Luiz Muniz de Oliveira (auxiliares, RJ) Pedreira na volta do Furacão 22 de maio de 2011 | Ano 2, nº 20 de torcedor pra torcedor houve a reestreia do alvinegro na competição. Base mantida – Nove dos onze titulares estavam no elenco da Sé- rie B do ano passado, as exceções são o zagueiro Edson Silva e o meia Wellington Nem. O novo camisa 10 é uma aposta do treinador Jorgi- nho, já que Breitner será reavaliado, podendo deixar o clube; Fernandes recupera-se de lesão e o novo con- Renato Ferro ca e sagrou-se campeão mineiro no último domingo. Além disso, possui um camisa 10 que mistura raça, técnica e faro de gol, o argen- tino Montillo. A força da equipe celeste conta com o goleiro Fábio, presente na última lista da seleção brasileira, com os ex-alvinegros Henrique e Marquinhos Paraná e também os meias Roger, Gilberto e o atacante Wallyson, sensação da temporada. No dia 21 de setembro de 2008, o treinador Mário Sérgio retornava ao Scarpelli depois da campanha da Copa do Brasil um ano antes. A par- tida diante do Cruzeiro foi bastante movimentada, mas terminou com a vitória adversária por 4 a 3 após o Fi- gueirense perder uma série de gols, um deles através do meia Ramon de forma incrível. Voltamos – A campanha em 2010 aproximou o torcedor do clu- be e o resultado foi a conquista que culminou com o retorno à elite do futebol nacional. Foram carreatas, bandeirão, festas da Cofes, além de grandes espetáculos dentro e fora de campo. Para 2011 ser vito- rioso, é preciso apoiar e empurrar o Furacão a ser novamente um dos protagonistas do Campeonato Bra- sileiro. Avante Alvinegro! Depois de quase um mês sem ver o Figueirense em campo, torcida pode fazer a diferença no Scarpelli tratado, Leandro Chaves, está no Departamento Médico. Entre os suplentes algumas novidades, em especial no ataque. Lenny chegou em janeiro e desde entãoparticipoudedoisjogos-treino, ambos na inter-temporada. A última atuação em jogos oficiais aconteceu em novembro de 2010 após voltar de oito meses inativo. Depois de tantas idas e vindas, o atacante estará no banco de reservas do Figueirense. Com ele estará o goleiro Ricardo, já que Wilson surpreendeu a todos retornando de uma artroscopia no joelho antes do tempo. O restante da equipe é o mesmo do estadual e até da segunda divisão. “O melhor do Brasil” – O adversário alvinegro fez a melhor campanha na fase classificatória da Copa Libertadores da Améri- A Sábado, 21/5, 18h30: Flamengo x Avaí, Ceará x Vasco, Atlético-MG x Atlético-PR. Sábado, 21/5, 21h30: Santos x Internacional. Domingo, 22/5, 16h00: Palmeiras x Botafogo, Grêmio x Corinthians, Coritiba x Atlético-GO, Figueirense x Cruzeiro. Domingo, 22/5, 18h30: Fluminense x São Paulo, América-MG x Bahia. Jogos da 35ª rodada Próximos jogos São Paulo x Figueirense (sábado, 28/5, 21h), Figueirense x Atlético-GO (sábado, 4/6, 21h) Vasco x Figueira (sábado, 11/6, 21h), Figueirense x Atlético-PR (domingo, 19/6, 16h) As notícias no site do torcedor do Figueira Série “Figueirense no Brasileirão” O começo da história (ffc.sc/mpE76z) A cidade parou (ffc.sc/jtDuDb) Começa a era das vacas magras (ffc.sc/jJpyE6) O importante é participar (ffc.sc/iTgzxQ) Uma despedida digna (ffc.sc/it8v6C) Sofrimento e superação (ffc.sc/jOD5r7) alvinegro MEU FIGUEIRA .com.br 1973 Fichas de todos os jogos e trajetória comentada das participações do Furacão no Campeonato Brasileiro, de 1973 a 2008. Confira os seis primeiros posts e os próximos, durante essa semana 1975 1976 1978 1979 2002 POR NEY PACHECO

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de torcedor pra torcedor, o jornal de jogo do Figueirense

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Page 1: alvinegro #20

Time vai precisar mostrar superação que o torcedor se acostumou a ver nos sete anos de série AHenrique SantoS

espera foi longa, mas terminou. Dois anos au-sente da Série A deixaram o tor-cedor angustia-

do, sem saber o futuro do time, até que a campanha em 2010 trouxe o Figueirense de volta à elite do fu-tebol nacional. Também motivou a nação alvinegra a retornar ao Scarpelli e pintar a Grande Floria-nópolis de preto e branco. Quem fez a diferença no ano passado certamente terá papel decisivo nesta temporada, pois com o aces-so os adversários são superiores, têm mais poder financeiro, além da capacidade de trazer torcida à nossa casa. O primeiro duelo de-monstra isso.

Hoje, às 16 horas, o Cruzeiro, ti-do como um dos favoritos ao título, chega com força total para encarar o Figueirense. O time azul é uma pedra no sapato. Em 16 confron-tos pela elite nacional, os mineiros venceram oito, sendo metade no Scarpelli desde o último acesso em 2001. Das quatro vitórias alvi-negras, três aconteceram sob seus domínios, incluindo 2002 quando

pré-jogo

(g) Wilson (L) Bruno(Z) joão p. goiano(Z) Edson Silva(L) juninho(V) Ygor(V) Túlio(M) Maicon(M) Wellington Nem(A) Héber(A) reinaldo

Técnico: jorginho

Fábio (g) Marquinhos paraná (L)

Leo (Z) gil (Z)

Everton (L) Henrique (V)

Leandro guerreiro (V)Montillo (M)

roger (M) Thiago ribeiro (A)

Wallyson (A)

Técnico: Cuca

22 de maio de 2011, domingo, às 16h00gutemberg de paula Fonseca (juiz, rj)

rodrigo pereira joia e Luiz Muniz de oliveira (auxiliares, rj)

Pedreira na volta do Furacão

22 de maio de 2011 | Ano 2, nº 20

de torcedor pra torcedor

houve a reestreia do alvinegro na competição.

Base mantida – Nove dos onze titulares estavam no elenco da Sé-rie B do ano passado, as exceções são o zagueiro Edson Silva e o meia Wellington Nem. O novo camisa 10 é uma aposta do treinador Jorgi-nho, já que Breitner será reavaliado, podendo deixar o clube; Fernandes recupera-se de lesão e o novo con-

Renato Ferroca e sagrou-se campeão mineiro no último domingo. Além disso, possui um camisa 10 que mistura raça, técnica e faro de gol, o argen-tino Montillo. A força da equipe celeste conta com o goleiro Fábio, presente na última lista da seleção brasileira, com os ex-alvinegros Henrique e Marquinhos Paraná e também os meias Roger, Gilberto e o atacante Wallyson, sensação da temporada.

No dia 21 de setembro de 2008, o treinador Mário Sérgio retornava ao Scarpelli depois da campanha da Copa do Brasil um ano antes. A par-tida diante do Cruzeiro foi bastante movimentada, mas terminou com a vitória adversária por 4 a 3 após o Fi-gueirense perder uma série de gols, um deles através do meia Ramon de forma incrível.

Voltamos – A campanha em 2010 aproximou o torcedor do clu-be e o resultado foi a conquista que culminou com o retorno à elite do futebol nacional. Foram carreatas, bandeirão, festas da Cofes, além de grandes espetáculos dentro e fora de campo. Para 2011 ser vito-rioso, é preciso apoiar e empurrar o Furacão a ser novamente um dos protagonistas do Campeonato Bra-sileiro. Avante Alvinegro!

Depois de quase um mês sem ver o Figueirense em campo, torcida pode fazer a diferença no Scarpelli

tratado, Leandro Chaves, está no Departamento Médico. Entre os suplentes algumas novidades, em especial no ataque.

Lenny chegou em janeiro e desde então participou de dois jogos-treino, ambos na inter-temporada. A última atuação em jogos oficiais aconteceu em novembro de 2010 após voltar de oito meses inativo. Depois de tantas idas e vindas, o atacante estará no

banco de reservas do Figueirense. Com ele estará o goleiro Ricardo, já que Wilson surpreendeu a todos retornando de uma artroscopia no joelho antes do tempo. O restante da equipe é o mesmo do estadual e até da segunda divisão.

“O melhor do Brasil” – O adversário alvinegro fez a melhor campanha na fase classificatória da Copa Libertadores da Améri-

A

Sábado, 21/5, 18h30: Flamengo x Avaí, Ceará x Vasco, Atlético-MG x Atlético-PR.Sábado, 21/5, 21h30: Santos x Internacional. Domingo, 22/5, 16h00: Palmeiras x Botafogo, Grêmio x Corinthians, Coritiba x Atlético-GO, Figueirense x Cruzeiro. Domingo, 22/5, 18h30: Fluminense x São Paulo, América-MG x Bahia.

Jogos da 35ª

rodada

Próximos jogos

São Paulo x Figueirense (sábado, 28/5, 21h), Figueirense x Atlético-GO (sábado, 4/6, 21h)Vasco x Figueira (sábado, 11/6, 21h), Figueirense x Atlético-PR (domingo, 19/6, 16h)

As notícias no site do torcedor do Figueira

Série “Figueirense no Brasileirão”

O começo da história (ffc.sc/mpE76z)

A cidade parou (ffc.sc/jtDuDb)

Começa a era das vacas magras (ffc.sc/jJpyE6)

O importante é participar (ffc.sc/iTgzxQ)

Uma despedida digna (ffc.sc/it8v6C)

Sofrimento e superação (ffc.sc/jOD5r7)

alvinegro meufigueira.com.br

1973

Fichas de todos os jogos e trajetória comentada das participações do Furacão no Campeonato Brasileiro, de 1973 a 2008. Confira os seis primeiros posts e os próximos, durante essa semana

19751976197819792002

por ney pacHeco

Page 2: alvinegro #20

2 22 de maio de 2011 | nº 20

agosto31 - Termina a

janela de transferência

junhomaio julho

705 km São Paulo

28/5 - Sáb 21h00

São Paulo 1144 km Rio de Janeiro

11/6 - Sáb 21h00

Vasco

26/6 - Dom 18h30

Inter

476 km Porto Alegre

22/5 - Dom 16h00

Cruzeiro

4/6 - Sábado 21h00

Atl-GO

19/6 - Dom 16h00

Atl-PR

29/6 - Qua 21h50

Santos

31/7 - Dom 18h30

Bahia

2682 km Salvador

20/8 - Sáb 21h00

Corinthians

705 km São Paulo

Os jogos do Figueira no Brasileirão, com datas e distâncias

Hoje!Primeiro jogo em casa

2000 km

3000 km

12 - 90 anos do Figueirense

8 - Final da Copa do BR

21 de maio de 2011. Começa mais um Campeonato Bra-sileiro, o 41º da história. Até aí nada de mais, é só futebol, não muda nada no nosso cotidiano, certo?

Nem tanto.Em três anos, o Brasil sediará a Copa do Mundo de Fute-

bol, aquela mesma da qual nos orgulhamos de ser pentacam-peões, e desde que isso foi anunciado estamos festejando essa possibilidade.

Em nome dela, tudo passou a ser permitido, de aumento de 200% no orçamento original para o evento – era de R$ 2 bi, passou para R$ 6 bi – à execução de obras sem licença am-biental, retirando famílias de suas casas e dividindo bairros em dois para a passagem de novas vias de trânsito.

Enfim, qual será o legado depois de hospedarmos essa Copa? O que ganharemos com ela? O que mudará?

Muitas perguntas, e até agora não tão animadoras res-postas.

Em termos de futebol, o torcedor já sente a diferença:

ingressos cada vez mais caros, acordos de transmissão com a Rede Globo feitos contrariando completamente as leis de concorrência e licitação, elitização dos torcedores – não há mais setores populares nos estádios – e uma gradual elimi-nação da cultura popular torcedora.

Não tem mais cerveja (mesmo que estudos pelo mundo todo apontem que não é ela a culpada pela violência), nem bandeira, não pode mais fogos, nem papel picado, não tem mais barraca de comida na porta do estádio.

Ao torcedor, se impõe cada vez mais uma prática exclusi-

Copa para quem?Seção paulista da Associacão Nacional de Torcedores (ANT) questiona o que os torcedores têm a ganhar com o torneio e reclama do brutal aumento orçamentário do evento, que “era de R$ 2 bi, passou para R$ 6 bi”CopA

7/7 - Qui 19h30

Coritiba

300 km Curitiba

10/7 - Dom 16h00

Ceará

17/7 - Dom 16h00

Grêmio

1371 km Sete Lagoas

24/7 - Dom 18h30

Am-mG

27/7 - Qua 21h50

Palmeiras

3/8 - Qua 19h30

Botafogo

1371 km Sete Lagoas

6/8 - Sáb21h00

Atl-mG

14/8 - Dom 16h00

Flamengo

1144 km Rio de Janeiro17/8 - Qua

19h30

Fluminense

Arapiraca, Bragança e Juazeiro do Norte ficaram para trás. As distâncias caíram a dois terços do que foram em 2010, mas a difuldade dentro de campo, contra os grandes do futebol brasileiro, certamente vai ser maiorTABELA

ant-Sp

É o total de quilômetros que o Figueira vai fazer

no Brasileiro

42.284ida e volta

Total de quilômetros que o Figueira fez na campanha

vitoriosa na série B

64.188

em 2010

21.904 Km a menos

1000 km

22 - Final da Libertadores

10 - Primeiros jogos da Sulamericana

Page 3: alvinegro #20

22 de maio de 2011 | nº 20 3

agosto31 - Termina a

janela de transferência

setembro outubro novembro

20/8 - Sáb 21h00

Corinthians

705 km São Paulo

7/9 - Qua*

Atl-GO

1493 km Goiânia

Os jogos do Figueira no Brasileirão, com datas e distâncias

* Os horário do jogos do segundo turno ainda não foram divulgados pela CBF.

vamente de consumo, de shopping center: vá ao jogo – de car-ro, porque o transporte público deficiente em dias normais se torna impraticável em dias de jogo –, consuma apenas dentro do estádio e vá embora, de preferência sem fazer muita festa.

Nos dias de semana, então, a coisa piora ainda mais: jogos às 22h, o que praticamente impossibilita a volta para casa de quem não possui automóvel particular.

Já está assim hoje. Como ficará em três anos?A Copa do Mundo, afinal, será para quem?Se hospedar o evento significa mutilar nossas cidades,

esgotar os cofres públicos – contrariando a promessa de que não seria assim – e, no final, deixar a imensa maioria da po-pulação brasileira de fora dos estádios, vale mesmo a pena?

Nós, da Associação Nacional dos Torcedores, não temos só perguntas, também temos propostas.

De uma outra Copa possível, de um futebol que respeite o torcedor e a população.

O futebol é do povo, é patrimônio cultural brasileiro.Nada mais justo, então, do que o povo ser consultado

quanto às suas vontades e anseios em relação ao esporte, e

ter suas opiniões e vidas respeitadas na execução das obras para a Copa do Mundo.

Se você também acha que merecemos maior participação nisso tudo, junte-se a nós nessa luta por uma Copa que não seja excludente e por um futebol que não expulse os torce-dores do estádio.

Visite nosso site (www.torcedores.org.br) e participe de nossas campanhas.

Vamos fazer da cidade um imenso caldeirão à nossa mo-da: popular e para todos, até que nos escutem.

Copa para quem?Seção paulista da Associacão Nacional de Torcedores (ANT) questiona o que os torcedores têm a ganhar com o torneio e reclama do brutal aumento orçamentário do evento, que “era de R$ 2 bi, passou para R$ 6 bi”

1144 km Rio de Janeiro

28/8 - Dom 18h30

Avaí

1371 km Sete Lagoas

31/8 - Qua*

Cruzeiro

Arapiraca, Bragança e Juazeiro do Norte ficaram para trás. As distâncias caíram a dois terços do que foram em 2010, mas a difuldade dentro de campo, contra os grandes do futebol brasileiro, certamente vai ser maior

4/9 - Dom *

São Paulo

11/9 - Dom *

Vasco

21/9 - Qua *

Inter

2/10 - Dom *

Coritiba

16/10 - Dom *

Am-mG

30/10 - Dom *

Bahia

13/11 - Dom *

Atl-mG

20/11 - Dom *

Fluminense

27/11 - Dom *

Corinthians

18/9 - Dom *

Atl-PR

300 km Curitiba

25/9 - Dom *

Santos

777 km Santos

9/10 - Dom *

Ceará

3838 km Fortaleza

12/10 - Qua *

Grêmio

300 km Porto Alegre

23/10 - Dom *

Palmeiras

705 km São Paulo

1144 km Rio de Janeiro

6/11 - Dom *

Botafogo

1144 km Rio de Janeiro

16/11 - Qua *

Flamengo

4/12 - Dom *

Avaí

7 jogos

5dos últimos

serão em Floripa

Clássico

mas o último será fora de casa, na Ressacada contra o Avaí

12 - 90 anos do Figueirense

Page 4: alvinegro #20

4 22 de maio de 2011 | nº 20

edição: Tadeu Meyer (jornalista responsável - mTB/SC 03476-JP). Reportagem e textos: Henrique Santos e Ney Pacheco. Fotos: Cristiano Andujar e Renato Ferro. Projeto Gráfico e editoração: Tadeu Meyer. Tiragem: 3 mil exemplares. Circulação: gratuita e dirigida aos torcedores do Figueirense que comparecem ao Scarpelli em dia de jogo. Impressão: Gráfica Rio Sul.

alvinegro Publicação de meufigueira

ney pacHeco

Com a chegada de Aloísio e Rhayner, o Figueirense negocia com um meia atacante para fechar o grupo para o início do campeo-nato brasileiro da série A. O técni-co Jorginho está trabalhando com um grupo de 35 jogadores, mas a intenção do clube é manter um elenco de no máximo 32 atletas para o resto da temporada.

O número de 35 jogadores não inclui os dois recém-contratados. A incorporação de novos atletas ao grupo implica, portanto, na liberação de outros, que não se firmaram no clube, mas o Figuei-rense não pretende fazer uma lista de dispensas.

“É um momento muito delica-do para o profissional”, avalia Chi-co Lins, gerente de futebol, “e nós vamos procurar clubes para que o jogador que não está nos nossos planos possa ter nova oportunida-de de mostrar o seu trabalho”.

Depois das contratações apre-sentadas no lançamento dos novos uniformes, na última quarta-feira, dia 18, e de fechar com um meia atacante, o departamento de fute-bol vai dar um tempo nas contra-tações e avaliar o desempenho da equipe no início do campeonato.

“Vamos continuar atentos ao mercado e teremos a janela de transferências internacionais em agosto, mas esperamos que o ti-me esteja bem no campeonato e daí não vamos precisar fazer grandes mudanças no grupo de jogadores”, destaca Chico Lins. O primeiro a sair foi o zagueiro William Rocha, que se transferiu para o América Mineiro.

O gerente de futebol faz ques-tão de ressaltar que acredita que Lenny e Jônatas possam acres-centar muita qualidade ao Figuei-rense para a disputa da série A. O atacante está pronto para estrear e o volante precisa de mais um tem-po para estar em condições físicas plenas para jogar.

EXPECTATIVAS REVERTIDAS

O ano de 2011 começou muito bem para o Figueirense. O técnico e a base do elenco que conquistou o

O time para o retorno à série AChegou a hora de saber se as derrotas do estadual foram acasos ou revelavam problemas maioresBALANço

acesso à primeira divisão em 2010 foram mantidos. Novos jogadores chegaram, alguns cercados de bo-as expectativas, como Lenny, Fer-nando Gabriel e Breitner.

A bela festa de apresentação do elenco aos torcedores, realizada no início de janeiro no estádio Orlan-do Scarpelli, e a bem bolada cam-panha de sócios estrelada por Mar-cos Piangers serviram para elevar ainda mais o astral do torcedor.

Dentro de campo, o time al-ternava belas exibições em casa, com algumas goleadas, e partidas não tão boas como visitante, mas nas quais não perdia. Mesmo com estas oscilações o Figueirense ter-minou em primeiro lugar a fase classificatória do turno e assim

assegurou a vantagem de decidir em casa na semifinal e na final.

A história já é conhecida e a der-rota para o Criciúma na decisão do turno levou a diretoria do clube a demitir Márcio Goiano, uma de-cisão polêmica e contestada por grande parte dos torcedores.

A chegada do novo treinador Jorginho não aplacou os ânimos. O substituto do ídolo Goiano foi muito contestado nos primeiros jogos, quando, por exemplo, ga-nhou do Marcílio Dias jogando muito mal no Scarpelli e perdeu para o Concórdia.

A boa sequência de vitórias contra Criciúma, Avaí na Ressa-cada e Chapecoense fez com que uma trégua fosse decretada. Sem repetir o futebol vistoso de 2010, o time conseguiu resultados que não obteve no primeiro turno do estadual e a torcida voltou a acre-ditar.

A boa fase durou até a elimi-nação novamente dentro de ca-sa com a derrota para o Avaí na semifinal do returno. O sonho de reconquistar o título estadual morria ali. A grande dúvida que paira sobre os torcedores agora é se a campanha abaixo do esperado no estadual foi um acidente e o ti-me é de fato bom ou se o resultado expõe as deficiências do elenco e com isso o desempenho na série A é preocupante.

Neste domingo, na partida

contra o Cruzeiro, o time começa-rá a dar algumas respostas.

CONTRADIÇÕES

A derrota para o Criciúma tam-bém marcou um momento em que as contradições entre discurso e atos da diretoria do Figueira fica-ram evidentes.

A demissão de Márcio Goiano foi justificada pelo mau resultado, abaixo do que um clube da gran-deza do Figueirense poderia acei-tar. O presidente do clube, Nestor Lodetti, foi às rádios dizer que o segundo turno era obrigação e que a direção faria a cirurgia que fosse necessária para assegurar isso.

Jorginho chegou e o discur-so começou a mudar gradativa-mente. O estadual continuava importante, mas o foco também estava no campeonato brasileiro. A eliminação dentro de casa para o rival Avaí foi considerada normal e não abalou a posição do novo técnico diante da diretoria.

Marcos Moura Teixeira, o dire-tor de futebol, que na saída de Már-cio Goiano afirmou que o Figuei-rense tinha grandes ambições, ao final da participação alvinegra no estadual declarou em entrevista à rádio Guarujá que um dos proble-mas do Figueira na temporada foi que poucos jogadores foram tes-tados durante o primeiro turno do campeoanato catarinense.

Esta é outra contradição evi-dente. O estadual era obrigação ou um laboratório de testes e experi-mentações? É possível ser os dois?

Por outro lado, o número de jogadores utilizados por Márcio Goiano e Jorginho foi pratica-mente o mesmo. Goiano utilizou 22 jogadores nas 11 partidas que comandou no turno e Jorginho escalou 23 atletas em nove jogos, até forçado por contusões de joga-dores importantes como Maicon e Roger Carvalho.

Houve alteração no número de jogos de alguns jogadores e na não utilização de outros. Goiano esca-lou Léo, Renato e Washington, que não foram utilizados por Jor-ginho. Já este escalou Pittoni – que só teve condição legal de jogo ao final do turno –, Jackson, Juninho Frizzi, que não tiveram oportuni-dade com Goiano,- e Wellington Nem, contratado depois.

DESCONFIANÇA E EXPECTATIVA

O lado positivo da eliminação precoce no estadual foi a chance da comissão técnica ter mais tem-po para trabalhar com elenco e im-plantar sua filosofia de jogo.

A intertemporada em Porto Feliz, no Centro de Treinamento da empresa Traffic, foi muito bem aproveitada, avalia Chico Lins. “O isolamento e a tranquilidade que encontramos lá foram muito posi-tivos para a preparação”, comenta.

Com praticamente um mês sem jogo para trabalhar, a partida contra o Cruzeiro pode mostrar novidades a respeito do desempe-nho e do posicionamento da equi-pe em campo.

O torcedor está temeroso do que pode acontecer na série A, mas uma sequência de bons jogos e bons resultados vai fazer a con-fiança voltar.

O momento mais esperado da temporada chegou e a torcida alvi-negra precisa mostrar ainda mais força e apoio do que demonstrou no estadual, quando superou a mé-dia de 9 mil pagantes por jogo e fez do Figueira campeão de público.

O caldeirão do Scarpelli tem que voltar a esquentar durante a série A.

Renato Ferro

Remanescente da campanha do acesso, Maicon é o principal jogador da equipe que vai encarar 38 jogos no Brasileirão

Cristiano Andujar

Técnico teve um mês para trabalhar