alvinegro #8

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Lucas não joga por causa de uma contratura na coxa Figueira assume pela primeira vez a ponta da tabela e pega o Coritiba, segundo colocado HENRIQUE SANTOS o começo da Série B pou- cos eram os torcedores que acreditavam piamente na si- tuação atual do Figueirense. Só os otimistas poderiam imaginar o jogo da liderança sendo dispu- tado no Scarpelli ainda na 17ª rodada. Pois o conjunto de trei- nador competente, time unido, bons reforços e trabalho da di- retoria levou o alvinegro ao pri- meiro lugar na competição antes de sua metade. Neste sábado, o Figueirense recebe o Coritiba, às 15h50, e pode abrir vantagem em relação aos adversários diretos pelo acesso caso conquiste sua 10ª vitória em 17 partidas. Quem sonharia com isto depois de um período difícil e conturbado nos bastidores? Poucos, porém este pequeno grupo de sonhadores vem ao estádio torcer pelo líder da Série B, o nosso Figueirense. RETORNOS – O treinador Márcio Goiano irá modificar a equipe em relação à última par- tida. Lucas é desfalque certo por causa a uma contratura na coxa. PRÉ-JOGO N (G) Wilson (L) Bruno (Z) João Felipe (Z) Roger Carvalho (L) Juninho (V) Ygor (V) Coutinho (M) Maicon (M) Fernandes (A) Willian (A) Reinaldo Técnico: Márcio Goiano Vanderlei (G) Ângelo (L) Jéci (Z) Pereira (Z) Triguinho (L) Andrade (V) Léo Gago (V) Sandro (M) Rafinha (M) Marcos Aurélio (A) Betinho (A) Técnico: Ney Franco 31 pontos gols pró 37 16 30 pontos gols pró gols contra 23 21 gols contra 28 de agosto de 2010, sábado, às 15h50 Marcelo Aparecido R de Souza (juiz, SP) Marco A. de Andrade Motta e Celso B. de Oliveira (bandeiras, SP) P Equipe P J V E D GP GC SG 1 Figueirense 31 16 9 4 3 37 16 21 2 Am-MG 30 17 9 3 5 23 15 8 3 Coritiba 30 16 9 3 4 23 20 3 4 P. Preta 29 17 8 5 4 22 15 7 5 S. Caetano 28 17 8 4 5 31 27 4 6 Náutico 28 17 8 4 5 22 26 -4 7 Portuguesa 27 16 8 3 5 30 20 10 8 Bahia 27 16 8 3 5 26 20 6 9 Guarat. 25 16 6 7 3 25 23 2 10 Icasa 24 17 7 3 7 26 23 3 11 ASA 22 16 7 1 8 27 26 1 12 Brasiliense 21 17 4 9 4 23 25 -2 13 Paraná 20 16 6 2 8 22 18 4 14 D. de Caxias 20 17 6 2 9 20 30 -10 15 Sport 20 16 5 5 6 23 20 3 16 Bragantino 18 16 3 9 4 14 16 -2 17 S. André 16 16 4 4 8 25 30 -5 18 Ipatinga 14 17 3 5 9 20 33 -13 19 América-RN 12 16 2 6 8 15 30 -15 20 Vila Nova 8 16 2 2 12 10 31 -21 Classificação 8 Pendurados Wilson, Lucas, Roger Carvalho, Juninho, Ygor, Coutinho, Roberto Firmino, e Willian 1 Machucado 1 º 2 º Sexta, 27/8, às 21h: Icasa 2x0 Ponte Preta, América-MG 2x0 São Caetano, Duque de Caxias 1x1 Ipatinga, Náutico 0x0 Brasiliense Sábado, 28/8, às 15h50: Portuguesa x Bahia, Santo André x Sport, Figueirense x Coritiba Sábado, 28/8, às 16h10: Vila Nova x Bragantino, Guaratinguetá x América-RN Sábado, 28/8, às 21h: Paraná Clube x ASA Jogos da 17ª rodada Próximos jogos Figueira x Guarat. (ter 31/8, 21h50) Paraná x Figueira (sáb 4/9, 15h50) Figueira x S.Caetano (terça7/9, 21h) O líder vai jogar em casa alvinegro 28 de agosto de 2010 | nº 8 MEUFIGUEIRA.com.br Apoio de torcedor pra torcedor o alvinegro à condição de líder da Série B. Willian, Reinaldo e Fernandes formam o trio ofen- sivo responsável por 15 gols na competição e são, junto com Maicon, a principal arma para vencer o Coxa. QUALIDADE – Quem olha o elenco do Coritiba acredita no acesso dos paranaenses. Nomes como o meia Rafinha, o volante Léo Gago que fará sua estreia e o atacante Marcos Aurélio se- riam titulares em quase todos os times da competição. O trei- nador é outro profissional vito- rioso, o experiente Ney Franco, com passagens por Flamengo e Botafogo. O Coxa era líder até a última rodada, mas vem a Flo- rianópolis na segunda posição, um ponto atrás do Figueira. LIDERANÇA À PROVA Quando a partida terminar neste sábado, o Figueirense estará no G-4 seja qual for o placar. A gor- dura do time de Márcio Goiano foi acumulada e pode aumentar com mais uma vitória no Scar- pelli. Em dia de estreia do ban- deirão, o espetáculo começa nas arquibancadas e a torcida espera que continue dentro de campo. Pra cima Figueira! O Figueira procura um meia com as características de Mai- con, capaz de fazer o terceiro homem do meio-campo, traba- lhando na transição da defesa para o ataque. Parceiro do clube, o em- presário Eduardo Uram disse ao alvinegro que o São Paulo não quer abrir negociação por Jorge Wagner enquanto não contratar um técnico e o elenco for avaliado pelo novo treinador. Por esse motivo, a informa- ção da ida do jogador para o Bahia também não procede – pelo menos nesse momento. O São Paulo, porém, não tem data para anunciar seu novo coman- dante. Neste domingo, contra o Fluminense, o time será dirigi- do pelo interino Sérgio Baresi. O terceiro homem de meio é a maior carência do elenco, de acordo com a avaliação Por enquanto, Jorge Wagner não sai do SPFC feita pela direção do clube, informou ao alvinegro o ge- rente de futebol Chico Lins. O nome, no entanto, não está fechado. O Figueirense segue avaliando as opções disponíveis no mercado. Lins avalia que o time está bem servido de opções em todos os setores, com exce- ção da função exercida por Maicon. Não há no elenco atualmente um jogador que tenha características seme- lhantes ao atleta que é um dos principais destaques do Figueirense na temporada. Eduardo Uram entende que não há urgência na con- tratação. “Buscamos antever algum problema que possa ocorrer por causa da seqü- ência absurda de jogos que temos pela frente”, explica, “é uma precaução e não uma solução”. (NEY PACHECO) Em seu lugar aparece Bruno. Wilson caiu de mau jeito e foi substituído no segundo tempo em Natal, e passa por testes antes da partida para definir se joga. Caso não jogue, Ricardo, que entrou bem contra o América- RN, substitui o goleiro titular. Maicon, recuperado de lesão, e João Felipe, após cumprir sus- pensão automática pelo terceiro amarelo, retornam ao time. Com o retorno destes impor- tantes jogadores, o Figueirense volta a ter sua formação prin- cipal, exceto na lateral-direita, onde o reserva da posição deve- ria ser o titular na opinião de al- guns. O 4-4-2 é o esquema táti- co que vem dando certo e levou Carlos Amorim/ FFC Recuperado de lesão, Maicon volta

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de trocedor pra torcedor, o jornal de jogo do Figueirense

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Lucas não joga por causa de uma contratura na coxa

Figueira assume pela primeira vez a ponta da tabela e pega o Coritiba, segundo colocado Henrique SantoS

o começo da Série B pou-cos eram os torcedores que ac red i t avam piamente na si-

tuação atual do Figueirense. Só os otimistas poderiam imaginar o jogo da liderança sendo dispu-tado no Scarpelli ainda na 17ª rodada. Pois o conjunto de trei-nador competente, time unido, bons reforços e trabalho da di-retoria levou o alvinegro ao pri-meiro lugar na competição antes de sua metade. Neste sábado, o Figueirense recebe o Coritiba, às 15h50, e pode abrir vantagem em relação aos adversários diretos pelo acesso caso conquiste sua 10ª vitória em 17 partidas. Quem sonharia com isto depois de um período difícil e conturbado nos bastidores? Poucos, porém este pequeno grupo de sonhadores vem ao estádio torcer pelo líder da Série B, o nosso Figueirense.

RetoRnos – O treinador Márcio Goiano irá modificar a equipe em relação à última par-tida. Lucas é desfalque certo por causa a uma contratura na coxa.

pré-jogo

N

(g) Wilson(L) Bruno(Z) joão Felipe(Z) roger Carvalho(L) juninho(V) Ygor(V) Coutinho(M) Maicon(M) Fernandes(A) Willian (A) reinaldo

Técnico: Márcio goiano

Vanderlei (g) Ângelo (L)

jéci (Z) pereira (Z)

Triguinho (L)Andrade (V)

Léo gago (V)Sandro (M) rafinha (M)

Marcos Aurélio (A)Betinho (A)

Técnico: Ney Franco

31pontos

gols pró3716

30pontos

gols pró

gols contra

2321gols contra

28 de agosto de 2010, sábado, às 15h50Marcelo Aparecido r de Souza (juiz, Sp)

Marco A. de Andrade Motta e Celso B. de oliveira (bandeiras, Sp)

p Equipe p j V E D gp gC Sg1 Figueirense 31 16 9 4 3 37 16 21 2 Am-Mg 30 17 9 3 5 23 15 8 3 Coritiba 30 16 9 3 4 23 20 3 4 p. preta 29 17 8 5 4 22 15 7 5 S. Caetano 28 17 8 4 5 31 27 4 6 Náutico 28 17 8 4 5 22 26 -4 7 portuguesa 27 16 8 3 5 30 20 10 8 Bahia 27 16 8 3 5 26 20 6 9 guarat. 25 16 6 7 3 25 23 2

10 Icasa 24 17 7 3 7 26 23 3 11 ASA 22 16 7 1 8 27 26 1 12 Brasiliense 21 17 4 9 4 23 25 -2 13 paraná 20 16 6 2 8 22 18 4 14 D. de Caxias 20 17 6 2 9 20 30 -10 15 Sport 20 16 5 5 6 23 20 3 16 Bragantino 18 16 3 9 4 14 16 -2 17 S. André 16 16 4 4 8 25 30 -5 18 Ipatinga 14 17 3 5 9 20 33 -13 19 América-rN 12 16 2 6 8 15 30 -15 20 Vila Nova 8 16 2 2 12 10 31 -21

Classificação

8PenduradosWilson, Lucas, Roger Carvalho, Juninho, Ygor,Coutinho,Roberto Firmino, e Willian

1Machucado

1º 2º

Sexta, 27/8, às 21h: Icasa 2x0 Ponte Preta, América-MG 2x0 São Caetano, Duque de Caxias 1x1 Ipatinga, Náutico 0x0 Brasiliense Sábado, 28/8, às 15h50: Portuguesa x Bahia, Santo André x Sport, Figueirense x Coritiba Sábado, 28/8, às 16h10: Vila Nova x Bragantino, Guaratinguetá x América-RN Sábado, 28/8, às 21h: Paraná Clube x ASA

Jogos da

17ª rodada

Próximos jogos

Figueira x Guarat. (ter 31/8, 21h50) Paraná x Figueira (sáb 4/9, 15h50)Figueira x S.Caetano (terça7/9, 21h)

O líder vai jogar em casaalvinegro 28 de agosto de 2010 | nº 8

meufigueira.com.br

Apoiode torcedor pra torcedor

o alvinegro à condição de líder da Série B. Willian, Reinaldo e Fernandes formam o trio ofen-sivo responsável por 15 gols na competição e são, junto com Maicon, a principal arma para vencer o Coxa.

Qualidade – Quem olha o elenco do Coritiba acredita no acesso dos paranaenses. Nomes como o meia Rafinha, o volante Léo Gago que fará sua estreia e o atacante Marcos Aurélio se-riam titulares em quase todos os times da competição. O trei-nador é outro profissional vito-rioso, o experiente Ney Franco, com passagens por Flamengo e Botafogo. O Coxa era líder até a última rodada, mas vem a Flo-rianópolis na segunda posição, um ponto atrás do Figueira.

lideRança à pRova – Quando a partida terminar neste sábado, o Figueirense estará no G-4 seja qual for o placar. A gor-dura do time de Márcio Goiano foi acumulada e pode aumentar com mais uma vitória no Scar-pelli. Em dia de estreia do ban-deirão, o espetáculo começa nas arquibancadas e a torcida espera que continue dentro de campo. Pra cima Figueira!

O Figueira procura um meia com as características de Mai-con, capaz de fazer o terceiro homem do meio-campo, traba-lhando na transição da defesa para o ataque.

Parceiro do clube, o em-presário Eduardo Uram disse ao alvinegro que o São Paulo não quer abrir negociação por Jorge Wagner enquanto não contratar um técnico e o elenco for avaliado pelo novo treinador.

Por esse motivo, a informa-ção da ida do jogador para o Bahia também não procede – pelo menos nesse momento. O São Paulo, porém, não tem data para anunciar seu novo coman-dante. Neste domingo, contra o Fluminense, o time será dirigi-do pelo interino Sérgio Baresi.

O terceiro homem de meio é a maior carência do elenco, de acordo com a avaliação

Por enquanto, Jorge Wagner não sai do SPFC

feita pela direção do clube, informou ao alvinegro o ge-rente de futebol Chico Lins. O nome, no entanto, não está fechado. O Figueirense segue avaliando as opções disponíveis no mercado.

Lins avalia que o time está bem servido de opções em todos os setores, com exce-ção da função exercida por Maicon. Não há no elenco atualmente um jogador que tenha características seme-lhantes ao atleta que é um dos principais destaques do Figueirense na temporada.

Eduardo Uram entende que não há urgência na con-tratação. “Buscamos antever algum problema que possa ocorrer por causa da seqü-ência absurda de jogos que temos pela frente”, explica, “é uma precaução e não uma solução”. (ney PacHeco)

Em seu lugar aparece Bruno. Wilson caiu de mau jeito e foi substituído no segundo tempo em Natal, e passa por testes antes da partida para definir se joga. Caso não jogue, Ricardo, que entrou bem contra o América-RN, substitui o goleiro titular. Maicon, recuperado de lesão, e João Felipe, após cumprir sus-pensão automática pelo terceiro amarelo, retornam ao time.

Com o retorno destes impor-tantes jogadores, o Figueirense volta a ter sua formação prin-cipal, exceto na lateral-direita, onde o reserva da posição deve-ria ser o titular na opinião de al-guns. O 4-4-2 é o esquema táti-co que vem dando certo e levou

Carlos Amorim/ FFC

Recuperado de lesão, Maicon volta

2 28 de agosto de 2010 | nº 828 de agosto de 2010 | nº 8

Henrique SantoS

O espetáculo que ocorre nas arquibancadas dos estádios de futebol é uma das maiores manifestações populares do mundo. Em Santa Catarina, o palco principal – se não pra todos, mas certamente para os alvinegros – é o estádio Orlan-do Scarpelli. Cantos, gritos de guerra, foguetório, bandeiras, sinalizadores, ola são os ingre-dientes da festa.

A torcida do Figueirense, a maior e mais presente do esta-do, tem nas torcidas uma força para empurrar a equipe dentro das quatro linhas. Desde a Cha-ranga do Paulinho na década de 70 até a Gaviões Alvinegros nos dias de hoje, bastante coi-sa se viu nas arquibancadas do Scarpelli. Por causa de restrições legais, motivadas principalmente pelo medo da violência, o cenário vibrante teve perdas significativas.

No final da década, os cha-mados torcedores comuns resolveram comprar a briga de tentar resgatar os belos espetá-culos. Primeiro, surgiu a Resis-tência Alvinegra, uma espécie de torcida organizada no estilo castelhano, localizada entre os setores C e D do Scarpelli. Bandeirolas, faixas e cantos são seus principais artifícios. Ainda faltava algo. Em maio de 2009, a história começou a mudar.

Bandeirão da Cofes estreia hoje no ScarpelliComissão Organizadora de Festas e Eventos do Scarpelli (Cofes) vai cobrir o setor C com 1,500 m 2 de pano preto e branco e distintivos do FigueiraTorCIDA

alvinegra e a mais aguardada de todas: o bandeirão.

estReia Hoje - O que pa-recia ser mais um tópico irrele-vante na comunidade oficial do Figueirense no Orkut tornou-se realidade e chega às arqui-bancadas do Scarpelli neste sábado. Graças ao empenho do torcedor Willyann Mohr, a ideia começou a sair do papel, ou melhor, das telas do compu-tador. “Posso ajudar na comis-são para organizar o bandeirão e tomar a frente deste projeto. Precisamos de dez pessoas dis-postas a se incomodar,” sonha-va em julho de 2009.

Aos poucos surgiram de-senhos, possíveis formatos, forma de arrecadar dinheiro e o

Com o objetivo de resgatar o foguetório tradicional dos jo-gos do Figueirense, foi criada a Cofes (Comissão Organiza-dora de Festas e Eventos do Scarpelli). Em pouco tempo, este grupo de torcedores que não quer tornar-se parte das “organizadas” conquistou seu espaço. “Nosso objetivo é unir a torcida alvinegra, juntando as Torcidas Organizadas com os ‘torcedores comuns’ em gran-des festas”, diz Edson Dias, diretor da Comissão.

Para que as festas ocorram, é necessário buscar dinheiro. Ao contrário do que ocorre em outros times, estas arre-cadações não envolvem a direção do clube. “Através de rifas, doações de torcedores, patrocínios e venda de cd’s e camisas dadas por jogadores é que conseguimos o dinheiro para bancar nossas ações. Não achamos correto a diretoria nos patrocinar”, afirma Alex Andree, presidente da Cofes. Ele também ressalta a partici-pação dos atletas no processo: “João Paulo, Wilson, Willian, Fernandes e Juninho são al-guns dos jogadores que já nos ajudaram”.

Entre as ações promovidas estão duas grandes carreatas pelas ruas de Florianópolis no ano passado e no último dia 7 de agosto, homenagens a Wilson e Fernandes, torneios da torcida

bandeirão começava a nascer. A Cofes, fundamental no pro-jeto, encabeçou-o. A cada foto divulgada nos blogs alvinegros e no Orkut, a expectativa cres-cia.

Quem sabe no final da Série B de 2009? Não foi possível. Que tal no primeiro clássico no estadual disputado no Scar-pelli? Nada feito. E na estreia do Brasileiro em 2010? Tam-bém não deu. O bandeirão ia virar lenda? Um ano depois do início dos trabalhos, ele virou realidade. Com 1.500 m², vai ocupar todo o setor C e entrará para a história do Figueirense como a maior bandeira da tor-cida alvinegra.

Mas não a única. Em propor-

ções menores, de 1993 a 2006, Jair Francisco Vieira carregou aos quatro cantos o seu bandei-rão. “Eram 180 m² e tinha uma águia”, descreve o alvinegro. Afastado do estádio, ele conta sobre as dificuldades de ter um artefato daquele tamanho: “Como não quis criar uma tor-cida organizada (Águia Cor da Raça), tive pouco apoio. Eram 24 kg para levar nas costas. A manutenção é difícil e muitas pessoas reclamavam quando eu levantava a bandeira no está-dio”, lamenta Jair que ainda dá esperanças ao torcedor. “Está guardada e não a abro desde 2006, mas tenho vontade de le-vá-la novamente ao Scarpelli”.

Dificuldades existiram, existem e existirão, mas a expectativa é maior. “A inco-modação é grande, porém tudo sumirá quando o bandeirão estiver tremulando nas arqui-bancadas do Scarpelli”, afirma Willyann Mohr. Para a estreia de seu maior projeto, a Cofes preparou outra grande festa, desta vez surpresa. Tudo neste sábado, no jogo do líder e sob o olhar da maior torcida de Santa Catarina, que deve lotar o Scarpelli para ver o líder do campeonato jogar.

Distintivos antigos do Figueirense estampam os 50 metros de largura do maior bandeirão da história do Scarpelli

Com 180 m2, bandeira da Águia Cor da Raça pôde ser vista no estádio Orlando Scarpelli entre o anos de 1993 e 2006

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28 de agosto de 2010 | nº 828 de agosto de 2010 | nº 8 3

Willyann Mohr é o nome do torce-dor que virou sinônimo de “bandei-rão” para os alvinegros que acom-panham a vida do clube nos blogs e redes sociais online dedicados ao Figueirense. Fo ele quem mais se esforçou e assumiu a responsabili-dade de materializar o que há um ano era só uma boa ideia.

Como e quando surgiu o projeto do Bandeirão?Em agosto de 2009 de um membro da comunidade do Figueirense no orkut, Carlos Junior, deu a ideia de a torcida fazer um bandeirão, pois a grande maioria das torcidas possui e o Figueira, na época, tinha uma pequena. Então eu abracei a ideia e a partir do mês seguinte, setembro, iniciamos a confecção e venda de rifas e, posteriormente, a venda de camisetas do projeto para a confec-ção do Bandeirão Alvinegro. Quais serão as medidas do ban-deirão e onde ele ficará no Está-dio?As medidas oficiais são 50x30 m. Ele serve [para ficar] na maior parte do setor C e no tobogã do B. Lembrando que as medidas são oficiais, sem mentiras. Qual é o custo total e de onde foi arrecadada a quantia para pagá-lo?O custo inicial do bandeirão era R$ 10.000,00. Baixamos para R$ 9.000,00 e fechamos em R$ 8.000,00. Foi arrecadado inicial-mente através de rifas e a segunda parte do projeto com camisetas. Lembrando que nestas camisetas foi usada a imagem do Fernandes, que prontamente liberou o uso de sua imagem. O Figueirense tam-bém cedeu o direito de imagem.

Por que houve tanta demora pa-ra chegada do bandeirão?De inicio a empresa contratada alegou como motivo ter pego mui-to serviço e acabaram não dando conta de datas e não nos entrega-ram. O serviço deles é bom, porém demorado. Apenas uma pessoa trabalha pintando e, segundo ele mesmo, teve problemas pessoais e familiares neste período também. Ele irá aparecer em todos os jo-gos ou só nos principais?Ele aparecerá em algumas oportu-nidades, até porque o bandeirão é pesado e não é facil levá-lo todo jogo. Então, nos principais jogos ele devera aparecer. Há novos projetos semelhantes ao bandeirão em vista?De minha parte, não. Como alguns sabem, fiz parte por muito tempo da Cofes e é ela hoje quem faz os novos projetos. Já dei como suges-tão fazer bandeiras para homena-gear grandes ídolos que tivemos no passado. Hoje não teria cora-gem de assumir outro projeto des-te. Do lado positivo, a única coisa é voce ver que está fazendo algo bom para seu clube e sua torcida de coração. Agora, de negativo, vem as contas telefônicas, locomoção, o negativismo de alguns e muita dor de cabeça... Algum agradecimento?Agradeço a todos que colaboraram com o projeto, seja divulgando ou comprando rifa e camisetas. Ou àqueles que estavam junto comigo e com a Cofes no projeto. Agradeço ao Felinto, que foi quem deu o to-que final no desenho do bandeirão, ao Carlos Júnior pela ideia, e à toda massa ALVINEGRA. Obrigado.

Bandeirão da Cofes estreia hoje no ScarpelliComissão Organizadora de Festas e Eventos do Scarpelli (Cofes) vai cobrir o setor C com 1,500 m 2 de pano preto e branco e distintivos do Figueira

Confecção custou R$ 8 mil e foi paga com venda de rifas e de camisetasResponsável pela execução do projeto revela que dimensões oficiais são 50 x 30 metros

Div

ulga

ção/

Cof

es

4 28 de agosto de 2010 | nº 8

Publicação de meufigueira. edição: Tadeu Meyer (jornalista responsável - mTB/SC 03476-JP). Reportagem e textos: Henrique Santos, Ney Pacheco e Nicolas Bottós. Fotos: Carlos Amorim/ FFC.Projeto Gráfico e editoração: Tadeu Meyer. Tiragem: 3 mil exemplares. Circulação: gratuita e dirigida aos torcedores do Figueirense que comparecem ao Scarpelli em dia de jogo. Impressão: Gráfica Rio Sul.alvinegro

Enquete

O que acontece clube é notícia no site do torcedor do Figueira

Notícias e opiniões

O Figueirense ainda precisa de contratações para a Serie B?Disponível entre 19 e 27 de agosto, foi respondida por 388 torcedores

26568%

sim

não

12332%

time do Coritiba está mal. Muito mal. Vem de uma derrota “em

casa” (o jogo foi em Joinville) por 2x0 para o Duque de Caxias e, antes disso, de uma goleada de 5x1 para o Ipatinga em Minas. Times contra quem o Figueiren-se jogou recentemente. O Ipa-tinga foi goleado no último jogo no Scarpelli e o Duque arrancou um empate no Engenhão, numa partida em que o Figueirense fez força para perder.

O alvinegro joga para manter a liderança e o Coritiba para re-cuperá-la. Jogo difícil, mas em casa o Figueira tem que dominar e vencer. Sem desculpas. O time do Coritiba deve ser formado por: Vanderlei; Ângelo, Jeci, Pereira e Triguinho; Andrade, Léo Gago, Sandro e Rafinha; Marcos Aurélio e Betinho.

Destes, podemos destacar Jeci, Triguinho, Léo Gago e Marcos Aurélio. Jeci é um za-gueiro forte. Desarma bem e é muito bom nas bolas aéreas, tanto ofensivas quanto defensi-vas. Teve passagens por Criciú-ma, Guaratinguetá e Palmeiras, onde fez muita lambança em campo. Atualmente é o capitão do Coritiba. Triguinho é um velho conhecido. Nos tempos de Figueirense, ele voava em campo. Agora, com o passar dos anos, não é mais o mesmo. Contudo, é bom termos cautela já que o titular da nossa lateral-direita está machucado – o Co-xa pode jogar por ali. Léo Gago é outro conhecido, só que do la-do que anda de pijama no meio

o conquistar o bicam-peonato da Libertado-res na semana passada,

o Internacional se tornou um dos clubes mais vencedores do Brasil nos últimos anos. Até aí nada de muito novo. Vários clubes já tive-ram suas fases de grande glória.

A diferença é que o Inter vem construindo uma fase vencedora junto com uma abertura na vida do clube inédita para os padrões do futebol brasileiro. De sete mil só-cios em 2002, quando Fernando Carvalho assumiu a presidência, o clube chegou em 2010 a mais de 100 mil sócios. E aqui está o pulo do gato: todos eles com direito a voto nas eleições do clube.

Pelo estatuto – disponível no site do Inter –, sócio locatário de cadeira que tenha se associado até o dia 31 de dezembro do ano anterior à eleição, for maior de 16 anos e estiver em dia com a tesou-raria vota e pode ser votado.

Os sócios formam chapas pa-ra o Conselho Deliberativo. As que tiverem pelo menos 10% dos votos têm número de assentos proporcional à votação no Con-selho, com mandato de quatro anos. A diretoria tem mandato de dois anos e no final desse ano acontece nova eleição. Na últi-ma votação, em 2008, cerca de 7.400 sócios foram às urnas, mas o voto era presencial, com urnas somente na sede do clube, o que dificultava uma presença maior dos associados.

Como o número de associados supera em muito a capacidade do seu estádio, o único modo atual de associação é o de sócio contri-

Um exemplo democrático e vencedor

Coxa desfalcado e muito mal

prANChETA Do BoTTóS osgeraldinos.com.br/figueirenseNEY pAChECo ney.meufigueira.com.br

Nikolas Bottós, é blogueiro do Figueirense nos Geraldinos, do Terra.comNey Pacheco mantém um blog há mais de dois anos sobre o Figueirense. Acesse ney.meufigueira.com.br

OA crescimento do quadro social, nada foi deixado de lado.

Os resultados estão aí. Duas Libertadores, um Mundial, uma Copa Sul-Americana, cinco campeonatos gaúchos e três vi-ce-campeonatos brasileiros, um deles, o de 2005, perdido no apito para o Corinthians.

No dia 25 de agosto, o Conse-lho Deliberativo do Internacional aprovou mais uma medida pio-neira: os sócios vão poder votar por correspondência, atendendo uma reivindicação de quem não morava em Porto Alegre e re-gião. Com isso, mais de 60 mil associados estarão aptos a votar em dezembro próximo, mais do o dobro dos 27 mil que poderiam voltar em 2008. A estimativa é que o número de votantes tripli-que, passando dos 7 mil da última eleição para 21 mil em 2010.

No início da gestão de Fernan-do Carvalho, gente ligada ao Inter veio conhecer o sistema de sócios implantado pelo Figueirense, es-tá na hora de fazer o caminho in-verso e avaliar as inovações feitas no Internacional.

O clube de maior torcida de Santa Catarina, que conta hoje com mais de nove mil sócios lo-catórios de cadeiras, precisa de renovação, de mais abertura e mais participação. Para se conso-lidar entre os grandes do Brasil, o Figueira não pode continuar a ter o seu destino limitado às decisões de cerca de 300 sócios patrimo-niais, como acontece hoje. É hora de democratizar e de consolidar de vez o Figueirense como o time do povo.

da rua. Recém chegado ao Coritiba, pode fazer sua es-treia valendo-se da contusão de Leandro Donizete. Olho nas bolas paradas e chutes de fora da área, especialidade do ex-azuleijento. Marcos Aurélio é um atacante baixi-nho, driblador, rápido e que conclui bem para o gol. Teve passagens por Atlético-PR e Santos. É o grande nome ofensivo do Coxa.

Na lista de desfalques, contabilizamos Edson Bas-tos, Fabinho Capixaba, Le-andro Donizete e Ramon, machucados, e Lucas Men-des, suspenso. Edson Bas-tos dispensa comentários. Fabinho Capixaba passou pelo time da churrasqueira-estádio. Leandro Donizete é da base do Coxa. E Ramon... Ahhh, Ramon. É aquele mes-mo de 2008, meio-campo so-noLENTO. É uma pena que ele não joga, o Figueirense começaria com um homem a mais em campo. Lucas Men-des jogou a última partida como lateral esquerdo, mas na verdade é zagueiro, subs-tituindo o Triguinho. Foi ex-pulso e não joga.

Como podemos ver, o Co-ritiba tem jogadores de qua-lidade e a partida vai ser uma coza medonha! Mas aqui não é o Muriçoca´s Park, onde o visitante faz a festa. Aqui é Scarpelli! E no Monumental do Estreito, quem manda é o Figueira, “tax zovindo, ô Imundiça?”

buinte, com pagamento mensal de R$ 22. Esta categoria não tem acesso garantido ao Beira-Rio, apenas a preferência na compra de ingressos, mas entre as vanta-gens enumeradas no site do clube para incentivar a filiação está o di-reito a voto e “participação ativa na vida do clube, lembrando que sócio pode eleger conselheiros e presidente”.

Como benefício adicional, ao abrir a participação política a mais gente, o clube ganha uma injeção de recursos financeiros oriunda do pagamento de mensa-lidades que lhe permite competir com clubes do Rio de Janeiro e São Paulo que ganham muito mais dinheiro de outras fontes de receita como publicidade nas ca-misas e cotas da televisão.

A receita para o sucesso, obviamente, não está somen-te na abertura do clube. Várias agremiações já conquistaram títulos com regimes autoritários centrados em figuras altamente questionadas, como o Vasco de Eurico Miranda, o Corinthians de Alberto Dualib, o Palmeiras de Mustafá Contursi.

O próprio sucesso do Inter não pode ser desvinculado da figura de Fernando Carvalho, que é con-siderado um dos dirigentes que mais entende de futebol no país. Depois de ser presidente de 2002 a 2006, Carvalho se afastou em 2007 e voltou na metade de 2008 como diretor de futebol. Sob seu comando, iniciou-se a reorgani-zação do clube. Da reestrutura-ção completa das categorias de base até um plano estratégico de

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