alvinegro #5
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o jornal do torcedor do FigueiraTRANSCRIPT
Lugar de torcedor é no estádio
2
Para vencer e empurrar o time rumo à Série A, a presença da torcida é fundamental
Henrique SantoS
missão de levar o Figueirense à Série A do Campeonato Brasileiro pas-
sa, entre outros fatores, por time e torcida. Nos últimos jogos, os co-mandados de Márcio Goiano têm feito sua parte de forma brilhante, com quatro vitórias consecutivas nos últimos quatro jogos, mas a nação alvinegra está devendo.
Apesar de ser a terceira torci-da que mais comparece aos jogos da Série B, a média de público, de 5.821, pode ser considerada bai-xa. Nesta terça-feira, às 21 horas, alvinegros e alvinegras podem mostrar porque são a maior e mais fiel nação de Santa Catarina, em-purrando o Figueira à liderança da competição. O adversário é com-plicado, mas o Scarpelli lotado é capaz de derrotar qualquer um.
Manutenção – Sem mistérios, Goiano monta a equipe do Figuei-rense no sistema 4-5-1. Com esse esquema, foram duas vitórias des-de o retorno após a Copa do Mun-
pré-jogo
do e 100% de aproveitamento. A única ausência é o zagueiro
Roger Carvalho, suspenso por le-var o terceiro cartão amarelo no jo-go contra o Bragantino. Kadu será o companheiro de João Felipe no setor. Outro defensor, João Paulo, recém chegado do Goiás, teve o nome publicado no BID nesta se-gunda e fica no banco de reservas.
Lucas deixou a partida do úl-timo sábado com uma lesão no
tornozelo, mas segundo o médico Sérgio Parucker o lateral-direito não preocupa e permanece como o titular. Na partida contra o Santo André ocorrerá uma homenagem ao goleiro Wilson. O ídolo alvine-gro troca a camisa 1 pela 200 para comemor o número de jogos reali-zados defendendo o Figueira (leia mais na página na 3).
adversário reModelado – A equipe que conquistou o vice-
campeonato paulista em 2010 perdeu os principais atletas e não é mais a mesma. O atual Santo André, no entanto, continua peri-goso e conta com nomes conheci-dos do torcedor alvinegro, como o zagueiro Toninho e o atacante Sandro Hiroshi.
Força das arquibancadas – A torcida queria um time com-prometido, bom futebol, vitórias convincentes e alegria em ver o
Figueirense. Tudo isto aconteceu! Falta agora retribuir o que os jo-gadores vêm fazendo em campo. É fundamental apoiar o time os 90 minutos e levá-lo a mais uma vitória, para conquinstar o acesso aos poucos. Torcer só no final não é papel de quem realmente ama o clube. Hoje é o momento certo para provar que somos a maior e mais fiel torcida de Santa Catari-na. Pra cima Figueira!
A
(g) Wilson(L) Lucas(Z) joão Felipe(Z) Kadu(L) juninho(V) Ygor(V) Coutinho(M) Maicon(M) roberto Firmino(A) Fernandes(A) Willian
Técnico: Márcio goiano
júlio César (g)Cicinho (L)
Halisson (Z)Toninho (Z)
Andrezinho (L)Wendel (V)
peterson (V)Sandro Hiroshi (M)
Xuxa (M)Anderson Costa (A)
Anderson gomes (A)
Técnico: Sérgio Soares
19pontos
gols pró176
10pontos
gols pró
gols contra
1719gols contra
20 de julho de 2010, terça-feira, às 21h
joão Batista de Arruda (juiz, rj), Wagner de A. Santos e Claudio j. de oliveira Soares (auxiliares, rj)
alvinegro 20 de julho de 2010 | nº 5
meufigueira.com.br
Leia a análise e os detalhes
do jogo de hoje no site. Acesse
e deixe seu comentário
p Equipe p V E D gp gC Sg %1 Náutico 20 6 2 1 16 13 3 742 Figueirense 19 6 1 2 17 6 11 703 Coritiba 18 5 3 1 15 11 4 664 paraná 16 5 1 3 15 8 7 595 portuguesa 16 5 1 3 20 14 6 596 Bahia 16 5 1 3 15 11 4 597 guarating. 16 4 4 1 17 13 4 598 América-Mg 15 4 3 2 12 5 7 559 São Caetano 15 4 3 2 18 13 5 5510 ASA 13 4 1 4 19 16 3 4811 Icasa 13 4 1 4 16 13 3 4812 Sport 11 3 2 4 14 13 1 4013 Brasiliense 11 2 5 2 12 15 -3 4014 Santo André 10 3 1 5 17 19 -2 3715 ponte preta 10 2 4 3 11 11 0 3716 Bragantino 9 1 6 2 8 11 -3 3317 D. de Caxias 6 2 0 7 9 22 -13 2218 América-rN 6 1 3 5 9 20 -11 2219 Ipatinga 4 1 1 7 9 20 -11 1420 Vila Nova-go 4 1 1 7 5 20 -15 14
Classificação - 9ª rodada
2PenduradosYgor e Lucas têm dois cartões amarelos
1SuspensoRoger Carvalho não joga porque levou o terceiro amarelo
contra o Bragantino
2º 14º
meufigueira .com.br.
ReforçosReinaldo (atacante) e João Paulo (za-gueiro) chegaram e
a inda não estrearam
Terça-feira, 20/7, às 21h: Brasiliense x Paraná Clube, Figueirense x Santo André. Sexta-feira, 23/7, às 21h: Ponte Preta x Ipatinga, América-RN x Bragantino, América-MG x Icasa. Sábado, 24/7, às 16h10: Guaratinguetá x Portuguesa, Náutico x Bahia, Coritiba x Sport, São Caetano x ASA. Sábado, 24/7, às 21h: Duque de Caxias x Vila Nova-GO.
Jogos da
10ª rodada
Próximos jogos
Bahia x Figueirense (sab. 31/7, 16h)Figueirense x Icasa (sab. 7/8, 16h)Sport x Figueirense (ter. 10/8, 21h)
Renato Ferro
Com bom futebol e vitórias, Figueirense foi visto por apenas 5.488 torcedores no primeiro jogo depois da Copa
2 20 de julho de 2010 | nº 520 de julho de 2010 | nº 5
Figueira é “furacão” desde os anos 50Registro mais antigo do apelido é de 1950. Pesquisador afirma que nome era usado antes da dataHISTórIA
ney PacHeco
uracão negro. Era as-sim que uma matéria do jornal O Estado do dia 7 de setembro de 1950 denominava
o Figueirense. De acordo com his-toriadores e pesquisadores do fute-bol catarinense e o próprio Arquivo Histórico e Fotográfico do clube este é, até o momento, o primeiro registro documental do uso do ter-mo para designar o Alvinegro de Florianópolis.
A bibliotecária Cristiane Rena-ta da Silva, funcionária do Figuei-rense e encarregada de organizar o Arquivo Histórico e Fotográfico do clube, informa que a uma pesquisa realizada em jornais antigos desde a fundação do Alvinegro constatou que a primeira menção ao Furacão foi de fato a do jornal O Estado.
A informação é corroborada pelo historiador Jairo Roberto dos Santos, autor do livro Figueirense x Avaí, o clássico de Florianópolis (Editora Tribo da Ilha, Florianó-polis, 2005), que registra a mesma edição de O Estado como a primeira vez em que o Furacão apareceu em um jornal de Florianópolis.
Outras duas fontes confirmam a informação. A primeira é o torcedor do Figueirense Roberto Luiz dos Santos Vieira, que mantém um blog na internet com informações histó-ricas sobre o clube.
Vieira diz que baseia suas pes-quisas em jornais antigos como A Gazeta e O Estado e destaca que não dispõe de “nenhum registro que comprove que o Figueirense já era ‘Furacão’ antes dos anos 50”. Foi a partir daí que o clube ficou conhecido como “Furacão Negro”, relata o blogueiro.
“Anos mais tarde virou apenas ‘Furacão’, depois ‘Furacão do
Estreito’ ou ‘Furacão Alvinegro’ e mais recentemente foi chamado também de ‘Furacão Catarina’, em alusão ao fenômeno que atingiu a região Sul do Brasil em 2004”, re-cita Vieira.
De acordo com o arquivo do clube, a alcunha “Furacão da Ilha” também foi utilizada, mesmo quan-do o clube já havia se instalado no Estreito com a construção do está-dio Orlando Scarpelli. Matérias da Tribuna Criciumense de agosto de 1965 e de agosto de 1967 assim de-nominam o Figueirense.
O jornalista e pesquisador Maury dal Grande Borges, autor do livro 85 anos de bola – a memoria do fute-bol catarinense (Ioesc, Florianópo-lis, 1996) também concorda que o termo “Furacão” ganhou força com a conquista invicta do campeonato citadino de 1950.
Borges pondera, no entanto, que o apelido já era utilizado antes desta data. Até o fechamento desta edição do jornal alvinegro não foi possí-vel, porém, confirmar a informação nos arquivos do pesquisador.
Monopólio do Furacão - O lan-çamento da campanha “Sobe, Fura-cão”, em maio passado provocou uma grande polêmica na Internet. Sob o autoritário título “Furacão só tem um. O Atlético Paranaense. Parece que o Figueirense não sabia disso”, o blog do JJ (blogs.abril.com.br/blogdojj), mantido pelo jornalista e publicitário João José Werzbitzki.
A despeito da dificuldade de li-dar com a pontuação no título do seu post, datado de 25 de maio, Werzbit-zki diz que “Furacão é marca regis-trada do Clube Atlético Paranaense, desde os anos 50, quando um time imbatível ganhou este apelido”. JJ vai além. Afirma que a marca está registrada pelo Atlético, não pode ser usada por outro clube e que ca-
Ney Pacheco: Para que federação? (15/7) lucas ou bruno na lateral-direita? (15/7)Ney Pacheco: O melhor público da rodada (16/7)a quarta vitória consecutiva (16/7)Que tal ir ao Scarpelli na terça? (19/7)reinaldo pode pintar contra o bahia (19/7)
Enquete
O que acontece clube é notícia no site do torcedor do Figueira
MeuFigueira em focoNotícias e opiniões
Fernandes recebeu homenagem por ser o maior artil-heiro da história do Figueirense, na terça-feira, dia 13, antes do jogo contra o Vila Nova
Quem deve ser o titular da lateral direita?Disponível entre 15 e 19 de julho, foi respondida por 219 torcedores
11954% Lucas
Car
los A
mor
im/ F
FC
Bruno
10046%
F
bia processo na Justiça e no Conar (órgão que autorregula a publicida-de no país). “Muito mal informados – ou mal intencionados – os dirigen-tes do Figueirense e da agência de publicidade”.
JJ não se deu o menor trabalho de pesquisar a respeito da história do Alvinegro para ver que o uso do termo “furacão” não foi invenção de uma agência de publicidade para uma campanha de sócios deflagrada em maio de 2010 – tinha raízes no passado do clube.
A reação foi imediata, o blogueiro atleticano recebeu 350 mensagens de contestação de torcedores alvine-gros. O então diretor de marketing do Figueira, Nelson Galvão Jr, di-vulga nota no site do clube no dia 27 de maio, esclarecendo que nem Fi-gueirense nem Atlético registraram a marca no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e que “o termo é um fenômeno da natureza e por isso não é possível registrá-lo,
assim como não é possível registrar os termos: alvinegro, rubronegro, tricolor, etc.”.
Quem costuma buscar notícias sobre futebol na internet sabe que os atleticanos se advogam autorita-riamente como os proprietários do aposto “furacão”. O blog da Bai-xada (melhordoparana.blogspot.com), ligado ao portal Furacão.com (www.furacao.com), se autode-nomina “um espaço democrático sobre o Atlético Paranaense, o pri-meiro e único furacão do futebol brasileiro”.
O time de Curitiba passou a ser chamado assim a partir de 1949, quando conquistou o título estadual vencendo seus 11 primeiros jogos e só perdendo o último, quando já era campeão. O extinto jornal Des-portos Ilustrados, da capital parana-ense, em sua edição de 20 de maio daquele ano, estampou o título “’Fu-racão’ levou o ‘Tigre’ de roldão” na matéria que informava a goleada do
rubronegro sobre o Britânia. Como se nota, a repetição de
alcunhas e mascotes é comum no futebol brasileiro. O extinto Britâ-nia, quem em 1971 se fundiu com Ferroviário e Palestra Itália para dar origem ao Colorado, que, posterior-mente, se juntou ao Pinheiros para criar o Paraná Clube, já era conhe-cido como Tigre em 1949.
Só em Santa Catarina, temos o Leão da Ilha e o do Sul (Hercílio Luz). Se todos os leões do futebol brasileiro resolver brigar, o país verá um crime ambiental de gran-des proporções, tal a quantidade de felinos que se espalha por todas as divisões.
Não há registros que digam se o Figueirense virou Furacão por ideia de alguém que se inspirou no exem-plo do Atlético Paranaense ou se tra-ta apenas de coincidência. O certo é que sendo os únicos existentes no Brasil, podem muito bem coexistir em paz.
Reprodução de edição de 7
de setembro de 1950, em que o jornal
O estado chama o
Figueirense de “Furacão
Negro”
Ney Pacheco
20 de julho de 2010 | nº 520 de julho de 2010 | nº 5 3
“o que você pensou quando chegou ao Figueirense?Cheguei com o pensamento de buscar meu espaço. Vim para ser o segundo goleiro na época, mas com o pensamen-to de que tinha condições de jogar e que quando tivesse uma oportunidade teria que aproveitar da melhor manei-ra. Deu tudo certo para mim e estou muito feliz aqui hoje. Qual jogo mais te marcou e por quê?A minha estreia, principal-mente por se tratar de um clássico. O time não passava por um bom momento e toda a dúvida que as pessoas tinham sobre as minhas qualidades. Com tudo isso, conseguimos uma vitória por 3 a 0 que mar-cou meu início aqui no Fi-gueirense. Que defesa gostaria de ter feito e não fez?Na final da Copa do Brasil, no gol do Roger no início do jogo em que ele entrou cara a cara comigo e fez o gol. Gostaria muito de ter defendido aquela bola.
o que espera do Figueirense nesta série B?Espero que nós possamos al-cançar nosso objetivo de vol-tar à série A que escapou ano passado. Estamos no caminho certo, temos um grupo muito bom que está bastante unido e muito determinado para conse-guir o acesso. Com a ajuda do nosso torcedor, empurrando o time a cada jogo, temos tudo para no fim do ano comemo-rarmos a volta do Figueirense para o lugar de onde nunca de-veria ter saído. Qual a importância de com-pletar 200 jogos por um time?Me sinto muito honrado e feliz de poder alcançar essa marca com a camisa do Figueirense, principalmente nos dias de hoje, em que está cada vez mais difí-cil um jogador criar uma identi-ficação com um clube e alcan-çar uma marca como essa, que é muito importante para mim e me dá mais motivação ainda para continuar trabalhando cada vez mais para alcançar mais marcas como essa e retribuir da melhor maneira possível o carinho que todos têm por mim.
Grupo unido rumo ao acesso
“O meu goleiro voa como um gavião”Wilson completou 200 jogos com a camisa do Figueira contra o Vila Nova. A homenagem é hoje
Henrique SantoS
egundo o dicionário Aurélio, “ídolo” é uma “pessoa a quem se tributa respeito ou afeto excessivo”.
No dia 14 de fevereiro de 2007, um goleiro estreou no gol do Figueirense e conseguiu, de lá pra cá, dar sentido concreto à definição do dicionário. Com 200 jogos completados na última terça-feira, contra o Vila Nova, no Scarpelli, Wilson é uma das principais referências do time dentro e fora de campo.
Em um clube repleto de bons valores ao longo de mais de 89 anos de história, Wilson conquistou o carinho da maior torcida de Santa Catarina por praticar defesas milagrosas, exercer liderança e honrar a ca-misa que veste. No começo da semana passada, uma declaração dada ao clicRBS comprovou a relação entre o goleiro e o Fi-gueira: “Hoje meu maior sonho é recolocar o Figueirense na Série A. Não tem como fugir disso, pensar em outra coisa. Desde a nossa queda eu durmo e acordo pensando nisso”, confidenciou o camisa 1, que teve proposta do Fluminense para deixar o Scarpelli no começo do ano, mas preferiu ficar.
Wilson não foi embora e, aos poucos, escreve sua trajetória no Figueirense. Há três anos defendendo o gol alvinegro, é comparado a outros nomes que fizeram história no Scarpelli. “Tivemos alguns goleiros de grande reflexo, como o Carlos Alberto e o Luiz Carlos; rápido, como o Edson Bastos; de boa colocação, como o Gerson; bom na saída e na reposição, como o Andrei”, afirma Newton Men-donça, participante da Finet, lis-ta de e-mails que reúne fanáticos pelo alvinegro. “Wilson é, entre os goleiros que passaram pelo Figueira e que tive a oportuni-dade de assistir, o mais ágil em defesas e o mais frio na frente dos atacantes”, completa.
Ao longo do tempo, as habili-dades do camisa 1 ultrapassaram a atuação embaixo dos três paus e o responsável por evitar gols começou a marcá-los – dois de pênalti e um de falta. Mas o que
íDoLo
ninguém esquece é a tentativa de fazer, no último minuto, o gol de empate em um Clássico que ocorreu na Ressacada no estadual desse ano. Wilson foi até a área adversária e por pouco não soqueou a bola em direção à meta. No rebote, teve a frieza de sair do lance após o chute de Willian que resultou no empate alvinegro aos 49 minutos do se-gundo tempo.
Descrever suas qualidades é simples: “Tem ótimo senso de colocação, bom reflexo e tam-bém sabe fazer gol. É um exce-
lente goleiro,” diz Roberto Luiz Vieira, autor do blog que conta a história do clube. Mas são nas palavras de Rodrigo Passoni, outro integrande da Finet, onde é possível encontrar a essência do significado de um ídolo: “Wilson, além de ótimo goleiro e ótimo caráter, sente prazer em jogar pelo Figueira”.
Hoje, Wilson veste, além de uma camisa personalizada, a fai-xa de capitão. Tudo conquistado em três anos e meio de dedica-ção, personalidade e identifica-ção com o Figueirense.
SOs que mais jogaram pelo Figueirense*
Pinga
Casagrande
Balduíno
Fernandes
Peçanha
483
430
335
318
303
Wilson 201 **
Temos tudo para no fim do ano comemorarmos a volta
do Figueirense para o lugar de onde nunca deveria ter saído.
*Não há informações do números de jogos de Calico,
mas ele atuou por mais de 15 anos no Figueira
** Contando-se o jogo de sábado, contra o Bran-
gantino
Fonte: roberto Luiz doS SantoS Vieira
ENTrEVISTA CoM WILSoN
3
vitórias
87200
empates
52derrotas
61
gols sofridos
279gols
marcados
Campeão catarinense de
2008
Vice-campeão da Copa do
Brasil de 2007
Carlos Amorim/ FFC
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4 20 de julho de 2010 | nº 5
Publicação de meufigueira. edição: Tadeu Meyer (jornalista responsável - mTB/SC 03476-JP). Reportagem e textos: Henrique Santos e Ney Pacheco. Projeto Gráfico, Infografia e editoração: Tadeu Meyer. Fotos: Renato Ferro, Carlos Amorim/ FFC. Tiragem: 3 mil exemplares. Circulação: gratuita e dirigida aos torcedores do Figueirense que comparecem ao Scarpelli em dia de jogo. Impressão: Gráfica Rio Sul.alvinegro
70%
aproveitamento
19pontos
Classificação geral
gols pró
gols contra
jogos
2ºcolocado
no Scarpelli fora de casa
V E D
gols pró
gols contra
jogos
gols pró
gols contra
jogos
pontos pontos
Posição do time, rodada a rodada, depois de nove jogos
3
100%
6
100%
6
66,66%
6
50%
7
46,66%
10
55,55%
13
61,9%
16
66,66%
19
1 2 3 4 5 6 7 8 9S.CAE 0
x Fig 1
FIG 2 x
POR 1
AM-MG 1 x
FIG 0
FIG 1 x
NAU 2
BRAS 1 x
FIG 1
FIG 6 x
ASA 0
PON 1 x
FIG 2
FIG 2 x
V.NOV 0
BRAG 0 x
FIG 2
pontos
aproveitamento
inFograFia: tadeu Meyer
1º
2º
3º
4º
5º
6º
7º
8º
9º
10º
11º
12º
13º
70,04%
maior
goleada da Série B
até agora
A campanha até agora
om cerca de um quarto dos jogos disputados, nove em 38, é hora de fazer o primeiro
balanço da série B e da participação do Figueirense na competição.
O primeiro fato que chama aten-ção é o alto índice de aproveitamento dos primeiros colocados. O líder Náu-tico tem 74,1%, o vice-líder Figueira tem 70,4%, o terceiro colocado Cori-tiba está na casa dos 66% e o Paraná Clube, em quarto lugar, empatado em pontos com Portuguesa e Bahia, registra um aproveitamento de 59%. Para efeitos de comparação, no ano passado o campeão Vasco conquis-tou 66,7% dos pontos disputados e o último time a subir, o Atlético-GO, ganhou 57% dos pontos.
A tendência deste aproveita-mento inicial é cair, afinal, é muito difícil manter um nível tão alto du-rante todo o campeonato, mas mos-tra que a mobilização do clube e da torcida tem que ser permanente se todos quiserem festejar o acesso no
23%,68
jogados
da competição
Público em casa
7.1515.889 4.757 5.488
final do ano.O Figueirense, por sua vez, faz
uma campanha bem melhor que a do ano passado. Em nove rodadas em 2009, o Alvinegro tinha 14 pon-tos ganhos, só que, ao contrário de agora, tinha feito cinco jogos em casa e quatro fora.
Além do alto percentual de apro-veitamento, da segunda melhor de-fesa, do quarto melhor ataque, de ter melhorado muito a partir da goleada sobre o ASA, depois de um início titubeante que até ameaçou o cargo de Márcio Goiano, o Figueirense deste ano é diferente do de 2009 no que mais interessa: a qualidade do jogo.
O time tem mostrado o melhor futebol da série B até agora. Joga para frente, valoriza a posse de bola,
adianta a marcação para pressionar o adversário, troca passes com eficiên-cia e não altera seu comportamento seja fora ou dentro de casa. Tem mui-to jogo pela frente, mas o Figueirense está no caminho certo. Os números e o bom futebol mostram isso.
terceira Melhor Média - A média de público da série B é baixa até agora, não passando dos 3.378 pagantes por jogo. A torcida do Fi-gueira também ainda não mostrou toda a sua costumeira força para va-ler. É típico do torcedor brasileiro, com raras exceções, esperar passar um tempo de disputa para começar a ir ao estádio. O fato da competição começar, fazer sete jogos e depois parar por 40 dias por causa da Co-pa do Mundo também não ajudou a mobilizar o torcedor.
Tem muita gente ainda esperando para ver se o time mostra mais con-sistência, preferindo o conforto de casa ou a cerveja gelada dos botecos para ver o jogo pelo pay per view.
Além disso, é preciso considerar que esse esquema de PPV no boteco tira muita gente do estádio. É mais cômodo e mais barato ir a um bar para ver o jogo do que ir a campo. As dire-ções dos clubes precisam pensar em alternativas para baratear o ingresso para atrair mais gente aos jogos.
Não adianta pensar que torce-dor de verdade tem obrigação de ir a todas as partidas. Futebol envolve muita paixão, mas também escolhas racionais, como a opção de ficar em casa em vez de sofrer com um time ruim ou de conferir quanto dinheiro se tem na carteira e ver na folhinha
quantos dias faltam para o fim do mês antes de gastar com futebol.
Promoções de acordo com a ex-pectativa de público de cada jogo, setores populares para sócios e não sócios, sorteios, brindes, ações de marketing conjuntas com empresas. É preciso botar a cabeça para fun-cionar e construir alternativas para encher os estádios.
De qualquer forma, mesmo ainda distante de seus dias de maior empol-gação, a torcida alvinegra continua mais fiel na comparação com as ou-tras. Nesta série B, o Figueira tem a terceira melhor média de público até agora, com 5.821 pagantes por jogo. Somente Bahia, com 15.494 pagan-tes por partida, e Sport, com 7.555, levaram mais torcida ao estádio.
Com a boa campanha do Alvi-negro, a tendência destes números é de crescer. É bem possível que ao ler esta coluna, você seja um dos tor-cedores a proporcionar o melhor pú-blico do Figueira no Scarpelli nesta série B. E para subir, tem que ser daí para cima.
Bons números, bom futebolNEY pACHECo n e y . m e u f i g u e i r a . c o m . b r
3232
66%
aproveitamento
,6675%
aproveitamento
melhor ataque
4º
melhor defesa
2ª
melhorsaldo
+11
Maiores médias de público
No jogo contra o ASA, Goiano faz uma
alteração técnica e tática em relação ao time que vinha
jogando desde o estadual. Trocou João Paulo por
Coutinho, que fez dois gols na primeira partida como
titular, e deslocou Juninho para a lateral
esquerda.
Passes certos
C
Fig
ue
ire
nse
Spo
rt
Am
éri
ca-R
N
Vila
No
va
2.575 2.517 2.509
25,52%
O bom toque de bola, em
números
BahiaSport
FigueiraNáuticoASA
15.4947.555
5.8214.681
4.490
3ª Com 442 passe certos, Juninho é o melhor passador do Série B
Fonte: terra.coM.br