alvinegro #14
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de trocedor pra torcedor, o jornal de jogo do FigueirenseTRANSCRIPT
Nova. Por falar na campanha da primeira metade da Série B, é preciso vencer para se aproximar dos números obtidos naquela oportunidade, já que atualmente o alvinegro tem quatro pontos a menos do que tinha na mesma rodada do turno.
Luta pra não cair – O Bra-gantino disputa ponto a ponto sua permanência na Série B. O time comandado há anos por Marcelo Veiga perdeu somente uma par-tida nas últimas seis disputadas, mas luta contra o rebaixamento
Lucas, J. Paulo, Reinaldo, Héber e Jean Carioca
Seis das onze partidas que o Figueira joga na série B serão no Scarpelli. Se vencê-las, volta pra AHenrique SantoS
m mais um feriado nacional, o Figuei-rense volta a en-frentar uma equipe paulista, hoje o
Bragantino, às 21horas. O roteiro é semelhante ao da vitória diante do São Caetano, no último 7 de setembro, inclui a carreata desta tarde e ganha novo elemento: o bandeirão, que retorna depois da primeira e única aparição, no ho-go em que o Alvinegro derrotou o Coritiba por 2 a 0. Naquela opor-tunidade, a liderança estava em jogo, agora é a manutenção no G4, um pouco ameaçada depois da derrota de sábado. Atualmen-te, a distância para o quinto colo-cado é de cinco pontos, podendo aumentar por causa do confronto direto entre Sport e Ponte Preta, os dois primeiros fora da zona de acesso à Série A.
Sem peçaS chaveS – Márcio Goiano conseguiu escalar o time titular no último jogo em casa, quando venceu a Ponte Preta. Desde então voltou a perder joga-dores importantes como Reinal-do e Lucas, ambos machucados.
pré-jogo
E
(g) ricardo(L) Bruno(Z) joão goiano(Z) roger (L) juninho(V) Baraka(V) Túlio(M) Maicon(M) Fernandes(A) Vinicius pacheco(A) Willian
Técnico: Márcio goiano
gilvan (g) Everaldo (Z)
André Astorga (Z) Marcos Aurélio (Z)
júlio Cesar (L)éder Silva (V)
Luciano Sorriso (V)Marcelinho (M)
Maurin (L) rodriguinho (A)
Finazzi (A)
Técnico: Marcelo Veiga
48pontos
gols pró51 28
33pontos
gols pró
gols contra
3028gols contra
12 de outubro de 2010, terça, às 21h
ricardo Marques ribeiro (juiz, Mg) jair Albano Felix e janette Mara Arcanjo (bandeiras, Mg)
p Equipe p j V E D gp gC Sg1 Coritiba 53 27 16 5 6 43 32 11 2 América-Mg 49 27 15 4 8 42 29 13 3 Figueirense 48 27 14 6 7 51 28 23 4 Bahia 48 27 14 6 7 45 33 12 5 Sport 43 27 12 7 8 40 26 14 6 ponte preta 42 27 11 9 7 39 31 8 7 portuguesa 40 27 12 4 11 47 39 8 8 D. de Caxias 39 27 12 3 12 33 35 -2 9 São Caetano 39 27 11 6 10 39 39 0
10 guarating. 38 27 9 11 7 38 37 1 11 ASA 35 27 11 2 14 36 38 -2 12 Náutico 34 27 10 4 13 29 44 -15 13 Icasa 33 27 9 6 12 34 37 -3 14 paraná 33 27 9 6 12 34 37 -3 15 Bragantino 33 27 7 12 8 30 28 2 16 Vila Nova 32 27 9 5 13 32 44 -12 17 Santo André 29 27 7 8 12 38 43 -5 18 Brasiliense 28 27 6 10 11 27 42 -15 19 América-rN 26 27 6 8 13 25 45 -20 20 Ipatinga 24 27 6 6 15 33 48 -15
Classificação
6PenduradosRoger, Hélder, Coutinho, Baraka, Firmino, Willian
5Machucados
3º 15º
Terça-Feira, 12/10, 16h10: Duque de Caxias x Santo André, Ipatinga x Vila Nova-GO, Icasa x Portuguesa.Terça-Feira, 12/10, 19h30: Coritiba x América-RN, Guaratinguetá x Paraná, Brasiliense x ASA.Terça-Feira, 12/10, 21h: Náutico x América-MG, Figueirense x Bragantino, São Caetano x Bahia, Ponte Preta x Sport
Jogos da28ª rodada
Próximos jogos
S. André x Figueira (sab, 16/10, 16h10)Figueira x Bahia (ter, 19/10, 21h)Icasa x Figueira (sab, 23/10, 16h10)
Vencer em casa dá acessoalvinegro 12 de outubro de 2010 | nº 14
meufigueira.com.br
Apoiode torcedor pra torcedor
nhia a Reinaldo e Lucas, devendo ficar duas semanas afastado.
Ricardo assume o gol, Bru-no a lateral-direita, Baraka fica na cabeça de área e Vinícius Pacheco compõe o ataque com Willian. Quem retorna ao time titular é o zagueiro João Paulo Goiano, após cumprir suspensão pelo terceiro amarelo. Ele ocupa o lugar que foi de João Felipe – jogador considerado um dos pilares do Figueirense no turno, mas execrado pelo resultado negativo do sábado contra o Vila
Sem as peças principais, o fute-bol ficou abaixo do esperado e levou à quarta derrota do returno, deixando o time com um aprovei-tamento de 50% em oito partidas. Diante do Bragantino, novamen-te o comandante alvinegro não conta com força máxima. Ygor está suspenso pelo terceiro cartão amarelo, além da manutenção no Departamento Médico dos atle-tas citados acima. Wilson sofreu estiramento no treino de ontem e também não joga. Héber, boa opção para o ataque, faz compa-
Ygor levou o terceiro amarelo contra o Vila Nova
1Suspenso
porque vence pouco. Soma o maior número de empates da competição, doze no total. Com as recentes contratações, a equipe da terra da linguiça cresceu na competição e apresenta hoje, no Scarpelli, nomes como o atacante Finazzi e o meia formado no Fi-gueirense, Luciano Sorriso. No turno, jogando em Bragança Pau-lista, o time de Márcio Goiano fez sua melhor apresentação fora de casa nesta Série B, vencendo por 2 a 0, gols de Willian e Maicon.
DeSempaca Figueira – A vitória nesta terça-feira põe o Figueirense numa condição tranquila rumo à Série A, pois faltarão cerca de doze em 30 pontos para garantir o acesso. No entanto, os jogos no returno estão mais difíceis, apresentando aproveitamento menor que o do turno. Derrotar um adversário lutando contra o rebaixamento requer comprometimento dentro e fora de campo. Para isso a torci-da deve continuar com a mesma postura adotada este ano no Scar-pelli. Contribuir para o décimo triunfo em casa na Série B é a nova missão da nação alvinegra. Pra cima Figueira!
Renato Ferro
O bandeirão da Cofes volta ao Scarpelli no jogo de hoje à noite. Apoio da torcida é fundamental para subir
2 12 de outubro de 2010 | nº 1412 de outubro de 2010 | nº 14
As campanhas dos quatro melhores e o caminho do acesso
1
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Como o atual G4 oscilou na tabela até a 27ª rodada
vitó
ria
Jogos e números do FigueirenseSão
Caetano
Fora
0x1
portu-guesa
Em casa
2x1
empa
tede
rrot
a
AméricaMg
Fora
1x0
Náutico
Em casa
1x2
Brasili-ense
Fora
1x1
ASA
Em casa
6x0
ponte preta
Fora
1x2
Vila Nova
Em casa
2x0
Bragan-tino
Fora
0x2Santo André
Em casa
2x2
Bahia
Fora
2x2
Icasa
Em casa
5x1
Sport
Fora
2x1
Ipatinga
Em casa
5x0Duque de
Caxias
Fora
2x2
AméricarN
Fora
1x3
Coritiba
Em casa
2x0guaratin-
guetá
Em casa
2x2
paraná
Fora
1x1
São Caetano
Em casa
1x0
portu-guesa
Fora
1x0
AméricaMg
Em casa
0x1
Náutico
Fora
1x0
Brasili-ense
Em casa
1x0
11rodadas
os times do atual G4 estão sempre entre os
seis melhores da competição
Há
5pontos
separam o 4º colocado do 5º
71%
jogados
da competição
PeSquiSa e infografia: tadeu Meyer
12 de outubro de 2010 | nº 1412 de outubro de 2010 | nº 14 3
As campanhas dos quatro melhores e o caminho do acesso24 25 26 27
54pontos
49pontos
48pontos
48pontos
43pontos
42pontos
40pontos
39pontos
39pontos
38pontos
35pontos
34pontos
33pontos
33pontos
33pontos
32pontos
29pontos
28pontos
26pontos
24pontos
28 29
América - rNEm casa
30 31 32 33 34 35 36 37 38
SportFora
Vila NovaEm casa
paranáEm casa
São CaetanoFora
BahiaFora
IpatingaEm casa
Duque de CaxiasFora
FigueirenseEm casa
IcasaFora
guaratinguetáEm casa
São CaetanoFora
NáuticoEm casa
FigueirenseFora
ASAEm casa
paranáFora
CoritibaEm casa
BrasilienseFora
América - MgFora
portuguesaEm casa
Santo AndréEm casa
BragantinoFora
ponte pretaFora
SportEm casa
Duque de CaxiasFora
NáuticoEm casa
FigueirenseEm casa
BragantinoEm casa
São CaetanoFora
Vila NovaFora
Santo AndréEm casa
América - MgFora
portuguesaEm casa
NáuticoFora
IcasaFora
ASAEm casa
Duque de CaxiasFora
Santo AndréEm casa
paranáFora
guaratinguetáEm casa
BahiaEm casa
São CaetanoFora
SportEm casa
ponte pretaFora
BragantinoEm casa
Sanro AndréFora
BahiaEm casa
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SportEm casa
IpatingaFora
Duque de caxiasEm casa
América - rNEm casa
CoritibaFora
guaratinguetáFora
paranáEm casa
SportEm casa
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BragantinoEm casa
Santo AndréFora
Vila NovaEm casa
Duque de caxiasFora
portuguesaEm casa
NáuticoFora
IcasaEm casa
BrasilienseFora
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BahiaEm casa
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CoritibaEm casa
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SportEm casa
paranáFora
América - MgEm casa
Duque de CaxiasEm casa
Vila NovaFora
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portuguesaFora
IcasaEm casa
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BrasilienseEm casa
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CoritibaFora
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São CaetanoFora
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ponte pretaFora
BrasilienseEm casa
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São CaetanoEm casa
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BahiaEm casa
América - MgEm casa
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FigueirenseFora
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Vila NovaFora
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guaratinguetáEm casa
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Vila NovaEm casa
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BragantinoEm casa
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Duque de CaxiasFora
FigueirenseEm casa
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paranáFora
IpatingaEm casa
Vila NovaEm casa
IcasaEm casa
guaratinguetáFora
BahiaEm casa
portuguesaFora
NáuticoEm casa
ponte pretaEm casa
América - rNFora
Como o atual G4 oscilou na tabela até a 27ª rodada 11 confrontos para voltar à série A
Brasili-ense
Em casa
1x0
ASA
Fora
1x2
ponte preta
Em casa
4x2
VilaNova
Fora
3x1
14vitórias
6empates
7derrotas
5pontos
separam o 4º colocado do 5º
67,pontos
número considerado suficiente para
consquistar o acesso
com o aproveitamento atual mantido até o fim do
campeoneto, o Figueirense faz
54
9 em casa
5 fora
2 em casa
4 fora
2 em casa
5 fora
aproveitamento
59,25%
PeSquiSa e infografia: tadeu Meyer
4 12 de outubro de 2010 | nº 14
edição: Tadeu Meyer (jornalista responsável - mTB/SC 03476-JP). Reportagem e textos: Henrique Santos e Ney Pacheco. Fotos: Diego Rzatki, Renato Ferro. Projeto Gráfico e editoração: Tadeu Meyer. Tiragem: 3 mil exemplares. Circulação: gratuita e dirigida aos torcedores do Figueirense que comparecem ao Scarpelli em dia de jogo. Impressão: Gráfica Rio Sul.
alvinegro Publicação de meufigueira
ney PacHeco
O Figueirense é o time do po-vo. O apelido do Alvinegro do Estreito não é demagogia nem moda, está na história do clube e das pessoas que há mais de 89 anos se juntaram para fundá-lo.
O nome do clube é uma ho-menagem a um bairro popular da Florianópolis de 1921. Entre os fundadores da agremiação estão várias pessoas de origem pobre, da classe operária da Ilha de então. O bairro da Figueira era habitado por esses trabalha-dores. A região se localizava na área compreendida hoje pelas ruas Francisco Tolentino, Padre Roma e Deodoro, atualmente Centro de Florianópolis.
A autora do livro Florianó-polis – Memória Urbana, a ar-quiteta Eliane Veras da Veiga, destaca que havia registros da rua existir desde 1740, tendo os nomes de Rua do Ouvidor, Rua dos Quartéis e até Rua de São Francisco, por causa da Igreja da Ordem Terceira de São Fran-cisco da Penitência, construída entre 1802 e 1815. Foi só em 1889, com proclamação da Re-pública, que a via foi rebatizada para homenagear o Marechal Deodoro da Fonseca. “Era con-siderada um local muito pobre, já que ficava próximo ao porto, por onde transitavam marinhei-ros, estivadores e prostitutas”, conta Eliane.
A arquiteta lembra que o as-pecto da rua e das construções só começou a melhor com adoção de novas exigências nos códi-gos de posturas do município, ocorrida no final do século XIX e início do século XX. “As sim-ples casinhas térreas do Bairro da Figueira, como era conhecida aquela região, e as casas voltadas de costas para o mar passaram a ser substituídas por sobrados
Do meio do povo, no bairro da Figueira
www.Figueira90.com.br
Escrevendo a História | Faltam 8 meses
elegantes. O local passou então de despejo dos esgotos domés-ticos à área comercial, como é ainda nos dias de hoje”, relata.
O nome da região vinha de uma figueira localizada no final de onde hoje é a rua Cristóvão Nunes Pires, cujos limites dão no paredão situado atrás do pos-to de combustível Rita Maria, bem em frente à rodoviária de mesmo nome.
Foi bem perto dali, numa casa localizada na esquina das ruas Padre Roma e Francisco Tolen-tino, que se realizou a reunião que decidiu fundar o Figueirense Futebol Clube, às 19 horas de um domingo, 12 de junho de 1921.
Mais para baixo, na região onde fica a rodoviária e vai até a ponte Hercílio Luz, ficava o bairro Rita Maria, que sediava o estaleiro Arataca, de proprie-dade da Companhia Hoepcke, e que fazia a manutenção dos bar-cos da empresa, responsável pe-la ligação marítima da Ilha com outras cidades, mas que também fazia reparos em embarcações de terceiros. No estaleiro, con-sertando barcos, trabalharam dois dos jovens diretamente responsáveis pela fundação do
Figueirense Futebol Clube.Segundo o Arquivo Históri-
co do Figueirense, Jorge Albino Ramos, nascido em 1887, co-meçou a trabalhar desde cedo no Arataca para ajudar no sustento da família. Depois aprendeu o ofício de barbeiro e abriu seu próprio estabelecimento, loca-lizado na esquina da rua Pedro Ivo com a Conselheiro Mafra. Foi ali que Ramos começou a disseminar a idéia de fundar um clube de futebol e arregimentar apoiadores para a iniciativa
Entre os que se entusiasma-ram com a idéia, estava João Sa-vas Siridakis, nascido em 1904, que também trabalhou no estalei-ro Arataca, no reparo de barcos da Companhia Carl Hoepcke.
Apaixonado por esportes, Janga, como era conhecido, se in-teressou inicialmente pelo remo, que era o esporte mais popular da cidade. Em seguida, descobriu o futebol, que dava seus primeiros passos em Florianópolis, e se jun-tou ao movimento que pretendia criar um novo time de futebol na cidade. A Janga é atribuída a idéia de batizar a agremiação de Figueirense e de propor o uso das cores preto e branco, inspiradas
no Botafogo do Rio de Janeiro, time pelo qual ele nutria simpa-tias.
A idéia não parava de con-quistar adeptos. Domingos Joa-quim Veloso se somou à iniciati-va. Com 17 anos ele já trabalhava como barbeiro e era amigo de Janga e de Jorge Albino Ramos. Como os dois, gostava de fute-bol e passou a arregimentar mais gente para apoiar a criação do clube, como Balbino Felisbino da Silva.
No dia 11 de junho, uma reu-nião na barbearia de Jorge Ramos discutiu a formação da primeira diretoria. Nessa ocasião, o fun-cionário da empresa Carl Hoep-cke e sindicalista João dos Passos Xavier foi convidado pelo grupo para ser o primeiro presidente do clube.
De acordo com informações do Arquivo Histórico do Figuei-rense, no dia seguinte, na casa de Ulisses Carlos Tolentino, na rua Padre Roma, 27, uma reunião que contou com a presença de mais de 20 pessoas, foi fundado o Fi-gueirense Futebol Clube e eleita sua primeira diretoria, formada, além de Xavier como presiden-te, por Heleodoro Ventura (vice-
presidente); Balbino Felisbino da Silva (1º secretário), Jorge Felisbino da Silva (2º secretário); Jorge Albino Ramos (1º tesourei-ro), Jorge Araújo Figueiredo (2º tesoureiro); Trajano Margarida (orador) e Higino Ludovico da Silva (guarda-esporte).
Um dos presentes da reunião, Agenor Povoas, posteriormente benemérito do clube, ressal-tou que o Figueirense surgiu de “gente fraca em sua apresenta-ção social, mas elevada pela in-quebrantabilidade de seu caráter e pela firmeza de suas convic-ções”.
Para evidenciar a diferen-ça entre os dois grandes rivais de Florianópolis, o historiador Maury Dal Grande Borges des-taca: “O Avaí nasceu numa resi-dência de luxo e ganhou o nome de uma batalha. O Figueirense numa humilde casa, herdando o nome derivado da localidade”.
Borges lembra que o Avaí, pertencente à “elite social, soma-va maiores facilidades de acesso às fontes de divulgação da épo-ca”, enquanto o Figueirense, “re-signado pela sorte e pela humil-dade de seus fundadores, lutava em sucessivas crises financeiras e administrativas”.
Essas lutas e o caráter popu-lar do Figueirense marcaram a história do clube e ajudaram a moldar a sua grandeza, constru-ída ao longo de quase 90 anos.
No dia 9 de outubro de 1921, quase exatamente há 89 anos, a ideia de Jorge Albino Ramos encampada por todos os outros fundadores se materializava. O Figueirense entrava em campo e derrotava o Rio Branco, do bair-ro de Coqueiros, por 2 a 0.
A partir daí começou uma trajetória de grandes conquis-tas, dolorosas derrotas e muitas emoções. Mas isso são outras histórias...
Diego Rzatki