alvinegro #18

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João Felipe Matematicamente, acesso não vem hoje. Mas vitória deixa Figueira quase lá, bem longe do 5º colocado HENRIQUE SANTOS hoje o dia da alegria e a tristeza nem pode pensar em chegar”. A canção define o que tem de ser a partida desta terça quando o Figueirense recebe o América-RN para confirmar o acesso, pelo menos de forma simbólica. Apesar do horário ser pouco convidativo – 19h30, no trânsito de Florianópolis, não é fácil –, a torcida tem a chance de estar presente no momento mais importante da história do clube desde o fatídico 7 de dezembro de 2008, quando a queda para Série B se confirmou. Hoje é o momento de reverter tal situação e ajudar a colocar o Figueira de volta na série A! Matematicamente ainda não, mas o que são números perto do sentimento do torcedor? EXPERIÊNCIA – Márcio Goia- no conta com os retornos de lesão do meia Fernandes e do zagueiro Roger Carvalho.Ambos começam a partida nos lugares dos jovens João Felipe e Roberto Firmino.As- PRÉ-JOGO (G) Wilson (L) Lucas (Z) João Goiano (Z) Roger (L) Juninho (V) Ygor (V) Baraka (Coutinho) (M) Maicon (M) Fernandes (A) William (A) Reinaldo Técnico: Márcio Goiano Tutti (G) Wanderson Cafu (L) Cléber (Z) Edson Rocha (Z) Airton (L) Eliélton (V) Éverton (V) Rone Dias (M) Berg (M) Marcelo Brás A) Washington (A) Técnico: Dado Cavalcanti 60 pontos gols pró 57 31 35 pontos gols pró gols contra 32 59 gols contra 9 de novembro de 2010, terça, às 19h30 Luiz Flávio de Oliveira (juiz, SP) Altemir Haussmann e Julio Cesar Rodrigues Santos (bandeiras, RS) P Equipe P J V E D GP GC SG 1 Coritiba 64 34 19 7 8 60 41 19 2 Figueirense 60 34 17 9 8 57 31 26 3 Bahia 59 34 17 8 9 58 40 18 4 América-MG 58 34 18 4 12 54 40 14 5 Sport 54 34 15 9 10 51 35 16 6 Portuguesa 53 34 16 5 13 61 47 14 7 D. de Caxias 49 34 15 4 15 43 48 -5 8 ASA 48 34 15 3 16 49 52 -3 9 São Caetano 48 34 13 9 12 48 49 -1 10 Paraná 46 34 13 7 14 43 40 3 11 Ponte Preta 46 34 12 10 12 46 44 2 12 Bragantino 46 34 11 13 10 44 34 10 13 Guará 43 34 10 13 11 41 47 -6 14 Vila Nova 42 34 12 6 16 45 57 -12 15 Náutico 41 34 12 5 17 35 57 -22 16 Icasa 41 34 11 8 15 44 47 -3 17 Brasiliense 40 34 10 10 14 36 53 -17 18 Ipatinga 36 34 10 6 18 40 56 -16 19 Santo André 35 34 9 8 17 47 57 -10 20 América-RN 35 34 9 8 17 32 59 -27 Classificação 8 Pendurados Roger, Lucas, Cou- tinho, Baraka, Fir- mino, V. Pacheco, Willian e Reinaldo 1 Machucados 2 º 20 º Terça-Feira, 09/11, 19h30: Figueirense x América-RN, Portuguesa x Brasiliense, Santo André x Ipatinga, Vila Nova x Sport Terça-Feira, 09/11, 21h: Duque de Caxias x Coritiba, América-MG x Bahia Terça-Feira, 09/11, 21h50: Icasa x Bragantino, Guaratinguetá x ASA, Náutico x Ponte Preta, Paraná x São Caetano Jogos da 35ª rodada Próximos jogos Coritiba x Figueira (sáb, 13/11, 17h) Guará x Figueira (sáb, 20/11, 17h) Figueira x Paraná (sáb, 27/11, 17h) Gols! É o que falta alvinegro 9 de novembro de 2010 | nº 18 MEUFIGUEIRA.com.br Apoio de torcedor pra torcedor sim, Reinaldo e Willian continuam no ataque, mesmo contestados por parte da torcida e com baixíssimo aproveitamento de gols nas útimas rodadas. Nos últimos oito jogos a dupla balançou as redes adversá- rias apenas uma vez. Sem Túlio, expulso diante do 1 Suspenso Diego Rzatki Túlio foi expulso contra o Duque de Caxias Paraná e enxergar uma luz no fim do túnel. Comandado por Dado Cavalcanti, o time nordestino re- pete a escalação da última partida confiando nos gols de Marcelo Brás e Washington. No turno, o Figueirense assumiu a liderança com uma vitória em Natal por 3 a 1. Os gols foram de Fernandes, Ygor e Reinaldo. DIA DE SUBIR – Em 2008 a torcida alvinegra viveu a decep- ção de ver o time ser rebaixado em pleno Scarpelli. No ano pas- sado, a frustração se repetiu na briga pelo acesso, na derrota para o Duque de Caxias. Hoje é dia de apagar o roteiro negativo e levar o Figueirense de volta à elite do futebol nacional. Serão minutos nervosos e angustiantes até os gols – “detalhes” do futebol quem teimaram em não sair nos últimos dois jogos em casa. Não dá para esquecer que também é preciso secar Sport e Portuguesa, mas com o apoio incondicional o time de Márcio Goiano faz sua parte e praticamente garante o acesso ho- je, no Scarpelli, o palco das maio- res alegrias da nação alvinegra. Sobe Furacão! De bola parada ou rolando, em pé ou sentado, a bola tem que entrar hoje depois de dois empates sem gols em casa Duque de Caxias, a posição de se- gundo volante tende a ser ocupada por Baraka, porém não se descar - ta a presença de Coutinho. Titu- lar em boa parte da competição, o volante perdeu espaço e pouco atuou no returno. Hélder também foi especulado, mas fica na reser - va ao lado de boas opções, o que dá tranquilidade para o comandante alvinegro mexer no time durante a partida. TUDO OU NADA – O América- RN segura a lanterna da Série B há três rodadas, mas vem ao Scar- pelli motivado após derrotar o “É

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de trocedor pra torcedor, o jornal de jogo do Figueirense

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João Felipe

Matematicamente, acesso não vem hoje. Mas vitória deixa Figueira quase lá, bem longe do 5º colocadoHenrique SantoS

hoje o dia da alegria e a tristeza nem pode pensar em

chegar”. A canção define o que tem de ser a partida desta terça quando o Figueirense recebe o América-RN para confirmar o acesso, pelo menos de forma simbólica. Apesar do horário ser pouco convidativo – 19h30, no trânsito de Florianópolis, não é fácil –, a torcida tem a chance de estar presente no momento mais importante da história do clube desde o fatídico 7 de dezembro de 2008, quando a queda para Série B se confirmou. Hoje é o momento de reverter tal situação e ajudar a colocar o Figueira de volta na série A! Matematicamente ainda não, mas o que são números perto do sentimento do torcedor?

ExpEriência – Márcio Goia-no conta com os retornos de lesão do meia Fernandes e do zagueiro Roger Carvalho. Ambos começam a partida nos lugares dos jovens João Felipe e Roberto Firmino. As-

pré-jogo

(g) Wilson (L) Lucas(Z) joão goiano(Z) roger(L) juninho(V) Ygor(V) Baraka (Coutinho)(M) Maicon(M) Fernandes(A) William(A) reinaldo

Técnico: Márcio goiano

Tutti (g) Wanderson Cafu (L)

Cléber (Z) Edson rocha (Z)

Airton (L) Eliélton (V)éverton (V)

rone Dias (M) Berg (M)

Marcelo Brás A)Washington (A)

Técnico: Dado Cavalcanti

60pontos

gols pró57 31

35pontos

gols pró

gols contra

3259gols contra

9 de novembro de 2010, terça, às 19h30Luiz Flávio de oliveira (juiz, Sp)

Altemir Haussmann e julio Cesar rodrigues Santos (bandeiras, rS)

p Equipe p j V E D gp gC Sg

1 Coritiba 64 34 19 7 8 60 41 19 2 Figueirense 60 34 17 9 8 57 31 26 3 Bahia 59 34 17 8 9 58 40 18 4 América-Mg 58 34 18 4 12 54 40 14 5 Sport 54 34 15 9 10 51 35 16 6 portuguesa 53 34 16 5 13 61 47 14 7 D. de Caxias 49 34 15 4 15 43 48 -5 8 ASA 48 34 15 3 16 49 52 -3 9 São Caetano 48 34 13 9 12 48 49 -1

10 paraná 46 34 13 7 14 43 40 3 11 ponte preta 46 34 12 10 12 46 44 2 12 Bragantino 46 34 11 13 10 44 34 10 13 guará 43 34 10 13 11 41 47 -6 14 Vila Nova 42 34 12 6 16 45 57 -12 15 Náutico 41 34 12 5 17 35 57 -22 16 Icasa 41 34 11 8 15 44 47 -3 17 Brasiliense 40 34 10 10 14 36 53 -17 18 Ipatinga 36 34 10 6 18 40 56 -16 19 Santo André 35 34 9 8 17 47 57 -10 20 América-rN 35 34 9 8 17 32 59 -27

Classificação

8PenduradosRoger, Lucas, Cou-tinho, Baraka, Fir-mino, V. Pacheco, Willian e Reinaldo

1Machucados

2º 20º

Terça-Feira, 09/11, 19h30: Figueirense x América-RN, Portuguesa x Brasiliense, Santo André x Ipatinga, Vila Nova x SportTerça-Feira, 09/11, 21h: Duque de Caxias x Coritiba, América-MG x BahiaTerça-Feira, 09/11, 21h50: Icasa x Bragantino, Guaratinguetá x ASA, Náutico x Ponte Preta, Paraná x São Caetano

Jogos da35ª rodada

Próximos jogos

Coritiba x Figueira (sáb, 13/11, 17h)Guará x Figueira (sáb, 20/11, 17h)Figueira x Paraná (sáb, 27/11, 17h)

Gols! É “só” o que faltaalvinegro 9 de novembro de 2010 | nº 18

meuFigueira.com.br

Apoiode torcedor pra torcedor

sim, Reinaldo e Willian continuam no ataque, mesmo contestados por parte da torcida e com baixíssimo aproveitamento de gols nas útimas rodadas. Nos últimos oito jogos a dupla balançou as redes adversá-rias apenas uma vez.

Sem Túlio, expulso diante do

1Suspenso

Diego Rzatki

Túlio foi expulso contra o Duque de Caxias

Paraná e enxergar uma luz no fim do túnel. Comandado por Dado Cavalcanti, o time nordestino re-pete a escalação da última partida confiando nos gols de Marcelo Brás e Washington. No turno, o Figueirense assumiu a liderança com uma vitória em Natal por 3 a 1. Os gols foram de Fernandes, Ygor e Reinaldo.

Dia DE subir – Em 2008 a torcida alvinegra viveu a decep-ção de ver o time ser rebaixado em pleno Scarpelli. No ano pas-sado, a frustração se repetiu na briga pelo acesso, na derrota para o Duque de Caxias. Hoje é dia de apagar o roteiro negativo e levar o Figueirense de volta à elite do futebol nacional. Serão minutos nervosos e angustiantes até os gols – “detalhes” do futebol quem teimaram em não sair nos últimos dois jogos em casa. Não dá para esquecer que também é preciso secar Sport e Portuguesa, mas com o apoio incondicional o time de Márcio Goiano faz sua parte e praticamente garante o acesso ho-je, no Scarpelli, o palco das maio-res alegrias da nação alvinegra. Sobe Furacão!

De bola parada ou rolando, em pé ou sentado, a bola tem que entrar hoje depois de dois empates sem gols em casa

Duque de Caxias, a posição de se-gundo volante tende a ser ocupada por Baraka, porém não se descar-ta a presença de Coutinho. Titu-lar em boa parte da competição, o volante perdeu espaço e pouco atuou no returno. Hélder também foi especulado, mas fica na reser-

va ao lado de boas opções, o que dá tranquilidade para o comandante alvinegro mexer no time durante a partida.

TuDo ou naDa – O América-RN segura a lanterna da Série B há três rodadas, mas vem ao Scar-pelli motivado após derrotar o

“É

2 9 de novembro de 2010 | nº 189 de novembro de 2010 | nº 18

Jogadores da base vão passar por reavaliação Acordo com Participações define fim de janeiro de 2010 como prazo para compra ou negociação dos atletas que hoje estão no clube. São 100 jogadores nas categorias infantil, juvenil e juniorBASE

ney PacHeco

stamos fa-zendo um processo de renovação, com várias

avaliações, com decência e res-peito, verificando tecnicamente os jogadores sem interessar de onde venham. Estamos trocando os pneus com o carro andando”, analisa Carlos Homrich, o Carlão, coordenador técnico das catego-rias de base do Figueirense, que voltou em agosto ao clube, depois de uma passagem pelo Alvinegro em 2005.

Pelo acordo assinado com a então Figueirense Participações (FPSA), em março passado, quan-do houve a mudança no comando da gestão alvinegra, o clube tem até o final de janeiro para decidir quais os jogadores pertencentes à empresa lhe interessam. Os atletas que não lhe interessarem, o clube terá 180 dias para, junto com a FP-SA, repassar para outra agremia-ção. No caso de negociação, o Fi-gueirense fica com 30% do valor. Se a proposta não interessar à FP-SA, ela ficará obrigada a pagar os 30% para o clube e vice-versa. Se a empresa receber uma oferta por algum atleta e o Figueirense qui-ser que ele fique, terá que pagar os 70% que pertencem à ex-gestora do futebol do clube.

Atualmente, o Furacão Alvine-gro tem cerca de 100 atletas em su-as categorias de base, dos infantis (nascidos até 1995), juvenis (nas-cidos até 1992) e juniores (nasci-dos até 1990).

Nos infantis, o clube empatou a primeira partida das semifinais do campeonato estadual com o Avaí por 2 a 2 no último sábado no CT do Cambirela e agora faz o jogo da volta no Sul da Ilha nesta quarta-feira, dia 10.

Os juvenis não conseguiram che-gar às finais do campeonato. Foram eliminados nas semifinais do turno pelo Avaí e perderam a decisão do returno para o Joinville, que termi-nou sendo vice-campeão. O Criciú-ma levou a taça da categoria.

Nos juniores, o desempenho

“Efoi melhor. O Figueirense ganhou os dois turnos, mas, assim como o campeonato estadual de profissio-nais, o regulamento previa uma fi-nal de qualquer jeito. O Alvinegro pegou o Criciúma, perdeu por 4 a 1 no primeiro jogo no Sul do Estado e não conseguiu reverter o placar, não saindo do zero a zero no jogo da volta no Scarpelli.

“Às vezes é melhor você per-der um título, mas botar quatro ou cinco atletas no time de cima, do que ser campeão, guardar a taça no memorial e esquecer 24 horas de-pois.”, diz Carlão. Há outros bons trabalhos sendo feito no estado, avalia o coordenador, e ressalta que desde 2001 os campeões das categorias de base eram os times da capital, Figueirense ou Avaí.

Homrich vai defender junto à Federação que os campeonatos juvenil e junior sejam disputados por pontos corridos ou, no mínimo, que se um time ganhar os dois tur-nos seja campeão sem necessidade de decisão.

Os oito jogadores dos juniores que vão estourar a idade da catego-ria no final do ano se apresentarão aos profissionais no início de 2011 e seu aproveitamento ficará a cri-tério dos responsáveis pela forma-ção do elenco principal.

“Espero que fiquem”, ressalta Carlão, “são jogadores formados,

baratos e identificados com o clu-be”. Ele lembra que no início de 2006, 12 atletas dos juniores subi-ram para os profissionais e foram avaliados pelo técnico Adilson Batista durante a conquista do tí-tulo estadual, entre eles Soares, Henrique e Edson. “A gente espera que algo parecido se repita agora”, comenta, “é o caminho seguido pe-los grandes clubes brasileiros, é a mescla da experiência e da juven-tude que tem feito a diferença”.

O trabalho de reformulação das categorias de base está sendo feito dentro das condições oferecidas pelo clube, enfatiza o coordena-dor. Ele conta que o fato de estar próximo de voltar à série A, já faz

com que mais empresários tenham interesse em colocar seus jogado-res no Figueirense.

“É impressionante como au-mentou a procura de agentes que querem trazer jogadores para o clube”, diz Carlão. “O pêndulo está invertendo” e tem empresário que quer tirar atleta de um clube para botar no Figueira. “Os empresá-rios sempre querem se aproximar de quem está por cima”, avalia.

Homrich avisa que a torcida po-de ter surpresas no ano que vem com algumas boas revelações vindas da base, fruto do trabalho de renova-ção que está sendo feito: “jogamos umas tarrafas por aí e conseguimos pegar coisa boa para o clube”.

O trabalho é mais voltado para formar os jogadores a partir da ca-tegoria infantil. “É onde o funil é maior”, comenta Carlos. “É quan-do você pega o jogador ainda sem empresário, que, para mim, é um câncer do futebol, se não todos, pe-lo menos alguns são”, critica.

“É um poder invisível que eles têm, esse de ter o clube como refém em algumas situações. A lógica foi invertida”, afirma ele. Para Carlão, o direito do clube é infímo perto do que o empresário tem de poder na hora de negociar o atleta e as res-ponsabilidades do clube são muito maiores. “Se torcer o joelho no CT, é o clube que paga a conta. Nessa hora o empresário some. Se é para ser parceiro, o custo tem que ser di-vidido – cada um paga metade da cirurgia, pode ser?”, pergunta.

“Nessa hora é que eu quero ver quem é esse empresário. O joga-dor tem um bom potencial, então vamos pagar uma aula de inglês para ele. Vamos matriculá-lo num colégio particular para ele ter um futuro e um nível cultural melhor”, propõe, “mas os caras só vêm com a boleiragem: o celular, a chuteiri-nha”. Para o empresário, o jogador geralmente é só um produto a ser posto no mercado. “O ser humano não existe, é um problema do clube. O atleta só é do empresário durante os 90 minutos do jogo. No resto do tempo o jogador é do clube”,

Uma das metas do coordena-dor técnico é fazer com que as categorias de base voltam a jogar no Scarpelli, em preliminares dos jogos principais, principalmente os infantis. “O atleta tem que ser formado já sabendo o que estar ali dentro. Eles jogam em todos os lu-gares, mas não no Scarpelli. Ficam sem saber o que é jogar em casa”.

copa são paulo 2011

Ainda sem saber quais serão seus adversários e em que cidade ficará sediado, o Figueirense já se prepa-ra para a edição 2011 da Copa São Paulo de Juniores, que acontece no início de janeiro e pode ser disputa-do por jogadores de até 18 anos.

O grupo treinado pelo técnico Hemerson Maria ganhou um pe-Time dos juniores perdeu título do catarinense de 2010 para o Criciúma em jogo que ocorreu no Scarpelli

Hemerson Maria, técnico dos juniores, vai comandar time na Copinha 2011

Diego Rzatki

Diego Rzatki

9 de novembro de 2010 | nº 189 de novembro de 2010 | nº 18 3

Jogadores da base vão passar por reavaliação Acordo com Participações define fim de janeiro de 2010 como prazo para compra ou negociação dos atletas que hoje estão no clube. São 100 jogadores nas categorias infantil, juvenil e junior

ríodo de folga e retornou aos tra-balhos na última segunda-feira. Está previsto que os jogadores trabalhem até um pouco antes do Natal e depois viaje no dia 2 de janeiro para São Paulo. É possível que o Figueirense tenha a cidade de Águas de Lindóia como sede, mas a informação depende de confirmação da Federação Pau-lista de Futebol, organizadora da competição. O Criciúma é o outro representante de Santa Catarina.

Para Homrich, por ter conquis-tado o título de 2008 e por estar prestes a voltar para a série A do campeonato brasileiro, o Figuei-rense deixou de ser franco atira-dor. “Temos que chegar e descer do ônibus já ganhando de um a ze-ro dos caras. Temos um clube forte por trás com marcas importantes nos apoiando, como a Taschibra e a Fila”, destaca.

“A expectativa é positiva e, como coordenador da categoria, quero vitórias, conquistas, chegar o mais longe possível”, ressalta. “Sabemos que é difícil, mas se o mundo conspirar a favor, pode-mos repetir 2008”.

Perguntado por que nenhum jogador do time campeão da Copi-nha em 2008 conseguiu se firmar no time principal, Carlos Homri-ch preferiu não comentar: “não fa-ço porque era outro momento do clube e eu não estava aqui na épo-ca. Além disso, ele se diz suspeito para falar. “Entre um atleta que vem aí para ficar de chinelinho no DM e um da base, eu sempre vou escolher o jogador formado no clube e que tem identidade com a camisa”.

Carlão faz, no entanto, uma avaliação original do trabalho dos juniores. “Sou contra a sub-20. Todos os grandes jogadores do Brasil foram direto dos juve-nis para o profissional. O grande laboratório é o juvenil. Junior é só repetição de mais três anos do mesmo ciclo. Depois dos 18 anos o jogador passar a ser uma incóg-nita. É melhor repassá-lo para um clube parceiro e botá-lo no pau, jogando com profissionais numa segundona, numa terceirona”, fi-naliza.

Figueirense recebeu o Sport num sábado de tarde e de tempo bom.

Era decisão, pois a vitória colocaria o alvinegro oito pontos a frente do adversário direto. Público to-tal: 11.900 torcedores, sendo que somente 5 mil ingresssos foram postos à venda devido ao show do Black Eyed Peas. Segundo o presi-dente Nestor Lodetti, o clube hoje tem 10 mil sócios!

Neste sábado, novamente, o Fi-gueirense fez uma partida decisiva. Uma vitória deixaria o time a três pontos do acesso matematicamen-te. A partida começou às 21h, houve promoção mequetrefe de ingressos e o dia foi ensolarado, ou seja, hou-ve tempo de trabalhar, ir à praia, sair com a família, enfim. Público total: 11.267! Vergonhoso…

Hoje tem nova partida, a penúl-tima em casa nesta Série B. Uma vitória combinada com uma derrota do Sport coloca o alvinegro na Série A. Teremos quantas pessoas? Se for 11 mil novamente, arrisco a dizer que muitos não merecem ver o Figueirense voltar a jogar contra o Flamengo, São Paulo, Corinthians, Grêmio, Cruzeiro, enfim...

Aliás, também não merecem certos torcedores que xingam e vaiam qualquer passe errado; cha-mam o treinador de burro a cada substituição e ainda acham que têm o direito de ofender quem é contra esta posição! Diretor criticando o time e o treinador nas sociais me-rece jogar no próximo ano contra o Salgueiro e Ituiutaba.

Decisão e só 11 mil

pessoas?

HENrIquE SANToS

Henrique Santos escreve no blog do meuFigueira

O

Até agora nenhum jogador campeão da Copa São Paulo de Juniores de 2008 pelo Figueiren-se conseguiu destaque no time principal. O fato reforça a avalia-ção de que o título veio da força do conjunto, da disciplina tática e do bom trabalho do então treinador Rogério Micale, dispensado pelo clube e hoje no Atlético Mineiro. O time campeão sofreu três gols em oito partidas, a melhor defesa em 30 anos de competição e foi isso que levou o time ao título.

Faltou chance ou talento?blog.meufigueira.com.br

Die

go R

zatk

i

Time campeão da Copa São Paulo de Juniores de 2008

GusTavo GomEs Da silva

Goleiro. Foi um dos destaques da Copinha, mas estava no clube por empréstimo, vindo do Campinas Futebol Clube. O Figueira não ad-quiriu seus direitos e em 2010 se transferiu para a Ponte Preta, com contrato até o final de 2012.

luan José niEDziElski

Ala direito. Continua no clube, jogando nos juniores. Tem con-trato até abril de 2012.

rafhaEl olivEira DE JEsus

Zagueiro. Foi emprestado ao Por-to, de Portugal, depois da Copinha, retornando em 2009. Seu contrato terminou em 30/09/2010, mas passou por uma cirurgia no joelho e está em fase de recuperação. Seu vínculo foi prorrogado até o final do campeonato estadual de 2011.

luiz EDuarDo campEsE Zagueiro. Fez algumas partidas pelo time principal em 2009. Foi liberado e passou pelo Juventus, de Jaraguá do Sul, ainda em 2009, e pelo Madureira (RJ) em 2010.

William maThEus Da silva

Zagueiro. Foi improvisado na ala esquerda durante a campanha do rebaixamento à série B em 2008. Marcado pela torcida, não voltou a ter chances. Está nos juniores e seu contrato termina no final do ano.

William massari

Ala esquerdo. Foi emprestado ao Porto junto com Rafhael e o za-

Onde andam os principais jogadores que disputaram o torneiogueiro Edson. Retornou em 2009 e fez alguns jogos pelo time prin-cipal. Na metade de 2010, se trans-feriu para o Inter (RS), com quem tem contrato até junho de 2011.

EDson Galvão Da silva Volante. Em 2009, foi empresta-do para Juventus (SC). Em 2010, disputou o campeonato estadual de SC pelo Imbituba e agora está emprestado ao Caxias, de Joinvil-le, que disputa a segundona catari-nense. O contrato com o Figueira vai até o final do ano.

robErTinho sanTos Da s. filho

Volante. Foi dispensado por “deficiência técnica” em março de 2010, pouco antes da FPSA sair. Em seguida, foi registrado na Tombense de Eduardo Uram e emprestado ao Inter (RS) até 2011.

ricarDo Dzioba DE lima Volante. Continua no Figueiren-se. Seu contrato vai até novembro de 2013.

maicon TalhETTi

Meia. A grande promessa do time ainda não explodiu. Fraturou a per-na numa partida pelo time B, que disputava a Copa SC no final de 2009. Depois disso, não voltou ao time principal. No apagar das luzes da gestão passada, foi liberado pa-ra a Tombense. Está emprestado ao Figueira até maio de 2013.

marco anTonio DE souza Junior (marquinho Junior) Atacante. Foi emprestado ao Guaratinguetá-SP em 2009 e ao Guarani, de Palhoça, em 2010. Seu contrato com o Figueira ter-mina em março de 2011.

marcElo Julio viToriana

Atacante. Foi liberado em 2009 e depois disso passou por União São João de Araras (SP), em 2009, IK Sleipner, da Suécia, e Operário Ferroviario-PR, ambos em 2010.

franklin Willian vicEnTE Atacante. Dispensado pelo clube, passou por São Bento-SP (2009), Botafogo-DF e Tombense-MG (2010).

JEfErson m. EDuarDo Da cruz

Atacante. Seu contrato com o Fi-gueirense terminou em junho pas-sado. Assinou com o Botafogo-RJ até maio de 2011.

Lesão atrapalhou Talheti em 2010

Colaborou roberto Luiz doS SantoS Vieira (http://blogdorobertoluizdossan-tosvieira.blogspot.com/)

Carlos Amorim/ FFC

Carlos Amorim/ Arquivo Histórico e Fotográfico FFC

4 9 de novembro de 2010 | nº 18

edição: Tadeu Meyer (jornalista responsável - mTB/SC 03476-JP). Reportagem e textos: Diego Rzatki, Henrique Santos e Ney Pacheco. Fotos: Carlos Amorim e Diego Rzatki. Projeto Gráfico e editoração: Tadeu Meyer. Tiragem: 3 mil exemplares. Circulação: gratuita e dirigida aos torcedores do Figueirense que comparecem ao Scarpelli em dia de jogo. Impressão: Gráfica Rio Sul.

alvinegro Publicação de meuFigueira

Figueirense foi o melhor ataque do primeiro turno com 42 gols marcados

em 19 jogos. Se o time tivesse con-seguido manter a mesma média, terminaria a série B com 84 gols, a melhor marca em toda história dos pontos corridos nesta competição.

Nas 15 partidas do returno, no entanto, a média de gols marcados caiu de 2,2 para um gol por partida. Sim, o Figueira só marcou 15 gols no 2º turno e foi ultrapassado por Portuguesa, Coritiba e Bahia nas estatísticas dos melhores ataques do campeonato.

Reinaldo e Willian já mostraram que sabem fazer gol. Fernandes também guarda os seus, sendo o maior artilheiro da história do Fi-gueira. Firmino é outro que tem boa capacidade de finalização.

O que está acontecendo, então? Nos últimos quatro jogos no Or-lando Scarpelli, o Figueirense só marcou gol na vitória por um a zero sobre o Bahia. Foram três empates sem gols contra Bragantino, Sport e Duque de Caxias. Em todos estes jogos, o time criou muitas chances de gol.

É ansiedade porque o acesso está cada vez mais próximo? É di-ficuldade de lidar com a pressão da torcida? É somente má fase dos principais finalizadores?

Mesmo sabendo ser chata quan-do quer, a torcida do Figueira tem apoiado o time durante todo o cam-peonato, com exceção de uma ou outra ocasião que gerou uma reação mais impaciente.

A vaia para Jean Carioca, por exemplo, na partida contra o Sport, foi depois que o jogo havia termi-nado, até porque o gol perdido foi o último lance antes do apito final.

No último sábado, mesmo com os vários gols perdidos no primeiro tempo e com o mau desempenho da segunda etapa, a torcida jogou com o time e em nenhum momento se manifestou contra os jogadores.

O Figueira vai subir. Isso pare-ce certo. Os jogadores sabem fazer gol. Isso também é certo.

Talvez a dificuldade de botar a bola na rede seja só o último teste, a última maneira de fazer a torcida sofrer. Afinal, para o Figueirense, nada, nunca, pode ser sem sofri-mento.

Eles sabemfazer gols

NEY pACHECo ney.meufigueira.com.br

Ney Pacheco mantém um blog sobre o Figueirense

Ouscar explicar o que mu-dou no futebol alvinegro de 2009 para 2010 não é

das tarefas mais fáceis, são muitos fatores envolvidos. Entretanto, é esse o desafio deste texto que bus-ca traçar um paralelo entre 2009 e 2010 apontando o que mudou de um ano pra outro.

Para explicar isso, porém, não existe apenas um fator que possa ser apresentado como determinan-te para o sucesso. A diferença se es-tende por um conjunto de fatores. Os principais, entretanto, são a ma-nutenção de uma base de jogadores de um ano para o outro, um bom treinador, grupo mais comprometi-do, melhor estruturação do elenco e a manutenção de jogadores ante o assédio de outros times.

Importante frisar também que não acredito que sejam somente estes os fatores que mudaram para melhor, mas os considero como os mais importantes. Bem, vamos à explicação destes fatores.

A manutenção de uma base de jogadores de um ano para outro foi algo inexistente de 2008 para 2009. Poucos jogadores do time titular que caiu ficaram no clube. Independente dos motivos que le-varam às mudanças bruscas (falta de dinheiro pelo descenso e por aí vai), a formação de um elenco praticamente novo é por si só uma das tarefas mais ingratas para um clube de futebol. Não conhecer muito bem os jogadores, falta de coesão entre os próprios atletas e a necessidade de todo um trabalho novo foram dificuldades observa-das em 2009.

Para 2010, a manutenção de uma base (do time titular) foi es-sencial. A permanência de uma espinha dorsal facilitou, e muito, a montagem do grupo. Se de 2008 para 2009 a permanência de Wilson e Fernandes foram pratica-mente as únicas, de 2009 para 2010 Wilson e Fernandes ganharam a companhia de João Filipe, Roger Carvalho, Diego Paulista, Jeovâ-nio, Maicon e Lucas.

Em meu entendimento, quan-to maior a manutenção do time titular, maiores as condições de o time conseguir um melhor entrosa-mento. Enfim, nem há muito o que comentar, maior entrosamento é sinal de melhor futebol.

Outro fator que aponto é o trei-nador. No ano passado tivemos na maior parte do tempo Roberto Fer-nandes como comandante – iras-cível, inconstante e fraco no plano tático. Neste ano, o contrário: um bom treinador que soube trabalhar muito bem o grupo e extrair dele o melhor. Goiano não é perfeito, claro, mas vem demonstrando crescimento com a aprendizagem deste ano.

Obviamente, em sua chegada não havia como saber que Goiano seria este profissional que é res-peitado por todos por seu trabalho como técnico. Não custa lembrar que o mesmo chegou aqui no começo do ano “apenas” como o comandante da zaga alvinegra daquele primeiro acesso, não como um treinador respeitado.

Como saber que o “Capitão” era um grande técnico? Não havia como. Entretanto, sua identifica-ção com o clube foi o passaporte para este cargo que o ocupa até agora, e melhor, sua estabilidade.

É importante lembrar que ano passado houve algumas mudanças de técnicos, e estas mudanças ge-ralmente não são saudáveis para o desempenho do time durante a competição. Independente de co-mo Márcio conseguiu permanecer no cargo, mesmo diante de muita cobrança e desconfiança, o fato em si é muito positivo para o acesso.

Ponto importantíssimo que difere este ano do anterior é o comprometimento do grupo de jogadores. Não é segredo algum que ano passado alguns jogadores não se comprometeram com o gru-po, coisa completamente diferente deste ano. É visível o empenho do grupo de jogadores, que dá outro tom ao time e até melhora a relação entre jogadores e torcida.

Entre 2009 e 2010, futebol alvinegro mudou para melhor

B

TAINHA globoesporte.globo.com/blogdofigueirense

Diego Rzatki, o Tainha, é blogueiro do Figueirense no Globoesporte.

Seguindo a lista de impor-tantes diferenças entre 2009 e 2010, destaco a vinda de joga-dores para posições que eram extremamente carentes em 2009. Atacantes (de referência e de velocidade) de qualidade, reservas de qualidade, final-mente, para as laterais (esquer-da e direita), para zaga, para os volantes e até mesmo um bom reserva para Wilson.

Um elenco mais equilibrado é essencial para uma competi-ção longa. Felizmente, conse-guimos isso este ano, diferen-temente do que ocorreu no ano passado quando penávamos com falta de jogadores pelas la-terais, por exemplo. Este equilí-brio vem sendo essencial.

Outra mudança muito salutar foi a manutenção de jogadores, mesmo sob forte assédio de outros clubes. O exemplo que posso citar é a saí-da de Roger no ano passado e a permanência de Ygor neste ano.

Não vou aqui julgar os mo-tivos que levaram à venda de Roger ano passado, somente quero elucidar: é fato que sua saída foi prejudicial. O volante revelação do Catarinense 2009 era um jogador que poderia ter contribuído, e muito, naquele ano. Em 2010, um caso pare-cido (o assédio sobre Ygor) foi rechaçado e a manutenção do volante vem se demonstrando como fator positivo para o bom desempenho deste ano.

Enfim, são estas as mudan-ças principais no futebol alvi-negro de 2009 para 2010. Aliás, são estes os maiores acertos do clube, que merecem ser reco-nhecidos e parabenizados. O grande desafio do momento é a manutenção das práticas para se preservar o bom momento.

Reconhecer os acertos é algo extremamente prazeroso para nós torcedores, afinal, o suces-so do clube é o nosso sucesso também.

O público dos últimos jogos do Figueirense pode não ser o espe-rado, mas em minha opinião, a conta deve ser debitada aos altos preços dos ingressos praticados pelo clube. Deve ser um dos mais altos da série B.

Aliás, a política de preços dos times de Florianópolis só fazem a alegria dos botecos com pay-per-view. Sai mais barato ir ver jogo no bar do que no estádio e ainda se pode tomar a bendita cervejinha.

Mesmo assim, a média de público do Figueirense é a quarta melhor da série B, com 8.127 pagantes por partida (até o jogo contra o Sport). Só perde para Bahia (17.949 pagantes por jogo), Sport

(17.918) e Náutico (8.739) no momento, mas talvez seja ultra-passado pelo Coritiba que tem su-bido muito a sua média depois de ter volta a jogar no Couto Pereira e já está com 7.428 pagantes por jogo. São todos times de cidades maiores, com torcidas maiores e, no caso do Nordeste, com preços mais baixos e promoções diversas para levar a torcida ao estádio.

Na comparação com o rival da cidade, o Figueira leva grande vantagem. Em 2008, quando con-quistou o acesso à série A, a média de público do Avaí em seus jogos em casa ficou nos 6.863 pagantes por partida. O Furacão Alvinegro já conta 1.200 pagantes a mais por jogo. Não é pouca coisa.

Alvinegras