aldeia de caboclos - ed.: 38 - agosto de 2014

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Edição 38 do Jornal de Umbanda Aldeia de Caboclos

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EditorialPrezados leitores e irmãos de fé, diante da perda mate-rial, no mês de julho deste ano, de dois ícones da Litera-tura Brasileira, dois Grandes Brasileiros, quais sejam: João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro e Ariano Vilar Suassuna, ambos nordestinos de origem e “Imortais” da Academia Brasileira de Letras, necessária nossa re-verência a estes sábios, memoráveis e exemplares expo-entes da cultura do nosso amado Brasil.

Vale destacar que ambos enfatizavam a necessidade de se valorizar, explicitar e fortalecer as raízes da arte brasileira em todas as suas variações, pois notoria-mente além das raízes de nossa vastíssima arte com-porem o nosso alicerce humano, estas representam, igualmente, uma riqueza cultural incomensurável, patrimônio este que deve ser exposto e disseminado a nação como um todo, sendo motivo de grande apreço e orgulho.

O estilo literário de João Ubaldo Ribeiro tinha suas bases traçadas pela ironia e pelo contexto social do Brasil, abrangendo também cultura portuguesa e cul-tura africana, tendo dentre tantas de suas obras con-sagradas: o Sargento Getúlio, Viva o Povo Brasileiro e O Sorriso do Lagarto, além de muitos de seus traba-

lhos terem sido de forma veemente condecorados em Portugal e na Alemanha.

Mestre Ariano Suassuna, como era mais do que devi-damente chamado por muitos, pois verdadeiramente era um grande ilustre professor, teve como sua Obra Magna, sua Grande Obra, o Auto da Compadecida, obra esta que fez o Brasil inteiro sorrir e que propor-cionou a todos ver um inesquecível “julgamento final” de alguns dos personagens desta fabulosa peça teatral.

Frisa-se que se tratou de antológico “julgamento fi-nal”, pois, o conteúdo apresentado era fenomenal, e o tribunal mencionado era composto de forma incrível e magistral, tendo em vista que Jesus representava o juiz, Nossa Senhora a advogada e o “Diabo” o Promo-tor, criação que realmente levou a todos que viram a magnífica obra a se maravilhar, e a repensar a forma de agir e de viver, tudo isso simultaneamente.

O Grande Mestre Ariano Suassuna tinha como sua marca indelével, ou seja, tinha como símbolo de atu-ação máximo que não se pode apagar e nem destruir, o encorajamento das pessoas a adorar a vida, a ter

esperança, a amar o Brasil e sua valiosa arte, e a de-monstrar a todos que o erudito, o culto, o sábio e o polido podem conviver harmonicamente com o sim-ples, singelo, fácil, humilde e popular, e por vezes se entrelaçar.

Viva a memória destes Grandes Homens, Viva a bele-za da brilhante e construtiva arte destes Grandes Bra-sileiros, e que suas insubstituíveis e edificantes obras se perpetuem fazendo seres humanos de todas as clas-ses interagirem, se respeitarem, se harmonizarem, vi-brarem, evoluírem e conduzirem suas ações para um mundo de mais compreensão, paz e justiça!

Que Oxalá ilumine o caminho de todos nós! Salve a Umbanda, que é amor e caridade, Sal-ve Zambi!

Alexandros Barros Xenoktistakis

PREVISÃO BARALHO CIGANOCartas: Lua - Peixes - Foice

Amor - Período de romper barreiras emocionais e traumas. Muito cuidado com a pos-sessividade ou oscilação de humores nesse período. Novos amores podem surgir, mas relacionamentos antigos devem ser renovados, cultivados a cada dia. Se você está sozi-nho, deixe os problemas do passado e vá à luta, busque a sua felicidade acreditando na felicidade sempre.

Profissional e Financeiro - Cuidado com gastos em excesso. Não é um período para compras e nem investimentos e sim de organização com relação ao financeiro. No am-biente profissional, você deve buscar o equilíbrio para não deixar nenhuma energia nega-tiva atrapalhar. Mas, para o final do mês ai sim, pode-se começar a pensar em algo novo no lado profissional. Saúde - Período de muitos problemas na parte respiratória, alergias e problemas com relação à imunidade. Cuide de seus pensamentos, da sua energia e de sua espiritualidade nesse período. Muita intuição e sensibilidade aguçada para esse período.

Carolina Amorim - Consultas de Tarô e Baralho Ciganoonline ou presencial - Cursos de Baralho Cigano

Informações: [email protected] Skype carolina.amorim88

Fones: 11-23694241 ou 999226794

EXPEDIENTE

Diretor: Engels B. Xenoktistakis

Direção de Arte: Daniel Coradini

Redator: Engels B. Xenoktistakis

Colaboradores: Adriano Camargo /

Ronaldo Linares e

Alexandros Xenoktistakis

Assessoria Jurídica: Alexandros Barros

Xenoktistakis – OAB/SP 182.106

contato: [email protected]

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página 4Ano 4 número 38

O mês de agosto nos oferece uma ótima oportunida-de para homenagear nosso herói do dia-a-dia, nosso amigo do peito, nosso modelo, ou seja, aquele a quem chamamos carinhosamente de papai. É claro que não é apenas com data marcada que devemos ou podemos fazer homenagens aos nossos queridos, mas, já que temos um dia todinho dedicado a eles, aproveitamos para dizer tudo o que pensamos e que a correria diária não nos permite dizer o tempo todo.

Quando Deus “carimba” masculino naquele pequeno corpo em formação dentro do seio materno, ele sabe de antemão tudo o que essa decisão acarretará naquele ser tão frágil e inocente.

Começa então a formação do caráter, da personalidade e da quantidade de força interior que esse ser necessi-tará para desenvolver sua incumbência “masculina”.

Algumas coisas são tão importantes e precisam de uma dose muito grande, então Deus acaba deixando alguns itens de lado, por isso nos divertimos com as situações embaraçosas que eles passam cotidianamente.

Outras, apesar de vir em pequenas quantidades jamais podem ser esquecidas como, por exemplo:

• a paciência para ler histórias à noite (mas que rapi-damente achamos que somos muito grande para isso);

• as canções que eles nos ensinam mexendo os dedos e fazendo caretas (mas que logo achamos isso coisa de criança);

• os passeios de “cavalinho” pela sala e a guerra de al-mofadas que desespera as mamães (mas que logo nos-sos tamanhos nos impedem);

• a infinita quantidade de piadas bobas e que morre-mos de rir ao ouvir (mas que logo não achamos mais a menor graça);

• além de uma grande dose de segurança para nos socor-rer quando nos sentimos sózinhos e com medo;

Deus, na sua infinita sabedoria, dosa todas as quan-tidades para que os futuros papais nunca deixem a desejar: amor infinito pelos filhos, inteligência, ca-pacidade de enxergar o todo, praticidade, raciocínio lógico, energia para o trabalho e, a principal delas: a capacidade de suprir todas as necessidades da família. Então é fácil entender porque:

• eles nunca acham as coisas;

• não ouvem o que não lhes interessa;

• às vezes só percebem que estão sem cinto de-

pois que saem de casa;

• quando chegam no trabalho tentam telefonar com o controle remoto da TV enquanto as crianças avisam a mãe: -

- “Mããããe, o papai deixou o celular de novo e eu não consigo ligar a TV”.

Provavelmente essa é uma brincadeirinha de Deus para que nossos dias em família sejam mais leves e divertidos.

Tem pai bravo, bonzinho demais, enérgico, tolerante, autoritário, palhaço, rigoroso, apressado, calmo, estu-dioso, que detestava escola, que gosta de música, que toca instrumento, que só canta, que desafina, que dan-ça, que grita, que se irrita fácil, que sempre “tá di boa”, que é alto, que é baixinho, careca, cabeludo, vaidoso, que “num tá nem aí”, que gosta de esporte, que gosta de se esparramar no sofá, que gosta de cozinhar, que gosta de ser servido, que gosta de carro, que gosta de video-game, que fala palavrão, que fala português cor-reto, que é empresário, empregado, diretor, gari, que ajuda a mãe, que não sabe onde guarda o talher, que lava a louça, que deixa a toalha molhada na cama, tem

MENSAGEM AOS PAIS

Falando de Umbanda

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Maria Aparecida C Linares

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pai que se orgulha de fazer tudo bem feito, e tem pai que: - “Funcionou? Então tá bão!”

Então não importa o “modelo”, o que importa é que um dia, quando eles nos olharam pela primeira vez, fi-caram tão apaixonados que, a partir daí, configuraram toda suas vidas em função das nossas.

Sem que tenhamos consciência os dias vão passando e o tempo vai nos transformando. Nossos gostos vão mudando e as brincadeiras também. Conforme vamos crescendo nossos pais vão se modificando, sempre para atender nossas “demandas”:

Primeiro pega-pega; depois a bicicleta; o video-game, o futebol e, de um dia para o outro, eles parecem ficar chatos, querendo ensinar as coisas que já sabemos de cor. Será que não percebem que não precisamos mais de alguém para ficar dizendo o que temos que fazer? Será que não percebem que já somos “grandes” o sufi-ciente para cuidarmos da nossa própria vida? Até que um belo dia estamos lá, no alto de nossa sabedoria jo-gando os capelos para o alto e prontos para conquistar o mundo. Tudo o que queremos é partir logo para o mundo, conquistar nossos próprios espaços, desen-volver nossas habilidades. E eles nos olham de longe, orgulhosos e calados, até podemos sentir suas preocu-pações, mas preferimos ignorá-las.

Então definitivamente damos o passo mais largo de nossas vidas. Só então começamos a enxergar a vida com outros olhos.

As dificuldades vão se acumulando e sem perceber começamos novamente a nos aproximar deles, pedir suas opiniões e seus conselhos. Ainda mais experien-tes, eles têm sempre as palavras certas, as soluções mais lógicas (concluímos: como não pensei nisso?) e as atitudes mais serenas.

Quando nos tornamos pais é que realmente percebemos o que essa palavra significa. Aí então, temos o maior or-gulho em contar suas histórias aos nossos filhos e que prazer em vê-los juntos em momentos de pura distração de alegria. Já tendo vivido umas boas décadas de nossas vidas nos damos conta de que eles não serão eternos e que poderemos perdê-los a qualquer momento.

Bom, a partir daí, nós é que começaremos a policiá-los diariamente:

- “O que você está comendo? Isso não lhe fará bem!”

- “Que machucado é esse no seu dedo? Mas por quê você não me pediu para pregar esse prego?”

- “Não suba nessa cadeira. Não desça a escada sem se-gurar no corrimão.”

- “Cuidado com isso. Não faça aquilo. Me diga onde vai. Onde você estava?”

A verdade é que gostaríamos de guardá-los numa caixinha chamada ‘eternidade’ para que sempre pudéssemos tê-los por perto quando batesse a saudade, mas, já que isso não é possível vamos aproveitar cada momento que estivermos juntos para que se sintam amados e que tenham a certeza

de que todo seu esforço tenha valido a pena.

Se chegar o dia em que você tiver que se despedir, você sentirá uma dor infinita, mas, saberá que ele já cum-priu sua missão, que estará em paz e na companhia dos sagrados mestres e aí então, caberá a você eter-nizá-lo na memória dos seus filhos lembrando-os da pessoa maravilhosa e mágica, sábia e importante que ele foi e tenho certeza que todos os dias pensará:

Feliz Dia dos Pais a todos!

Maria Aparecida C Linareswww.santuariodaumbanda.com.br

[email protected] www.facebook.com/santuariodaumbanda.fugabc

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Lembra aquele chazinho que a vovó sempre tinha à mão quando alguém não estava bem?

Sabe aquela erva que a maioria das pessoas tem o nome e a indicação na ponta da língua?

E aquelas que automaticamente são lembradas para um determinado fim. Alguém fala:

– Ah, tem uma erva boa pra atrair um amor pra minha vida? E alguém se lembra da rosa vermelha...

Então, são essas as ervas frias ou específicas.

Se as chamamos de frias, não é porque sua potencia energética é reduzida, ou porque não tem ação devas-tadora como as ervas quentes, mas porque sua ação é pontual, localizada mesmo.

Usadas sozinhas, desencadeiam o processo ao qual estão atribuídas diretamente.

Num preparo composto, reforçam o propósito espe-cífico colocando seu efeito na sequência desejada, ou seja, após o trato equilibrador, ela cumpre sua função energética específica.

A maioria delas são ervas que aparecem também na categoria das mornas, pois trazem além dessa caracte-rística específica, outras que as colocam como verda-deiras equilibradoras.

Para entender melhor ainda esse processo, vamos a mais um exemplo.

Sempre que alguém da família não estava se sentin-do bem, mal estar digestivo, ressaca, enfim, mamãe sempre tinha boldo à mão. Boldo brasileiro (Plectran-tus barbatus) amassado na água fria era o remédio amargo que resolvia todos os males de estomago, fí-gado e afins. O mesmo boldo chamado de tapete de Oxalá, usado para os banhos.

Se era noite ou se estivesse chovendo e não dava para pegar a erva no jardim, tinha sempre na cozinha

o Boldo do Chile (Peumus boldus), seco e pronto para um chazinho quente.

Meu Pai já tinha um pezinho de Losna sempre no jei-to pra essas situações. Era mastigar umas folhinhas, amargas pra variar, e tudo resolvido também.

Observando, essas três ervas aparecem na categoria das ervas mornas, certo? No entanto, tem característi-ca na medicina caseira popular, que a torna, sozinha, um poderoso remédio para alguns males, ou seja, há uma função específica atribuída.

Num banho de ervas composto, nós poderíamos colocar o boldo, qualquer um deles, como uma erva equilibradora poderosa, regeneradora e fortalecedora do chacra coronal, que junto com as outras irá refor-çar esse aspecto.

Então podemos dizer que o boldo, num preparo para mediunidade, espiritualidade, ou num amaci específi-co de Oxalá é uma erva fria, mas no seu aspecto gené-rico, participando de um conjunto com várias funções equilibradoras dos sentidos, é morno.

Sabemos que esse entendimento é bastante com-plexo quando visto por apenas um ângulo. Por isso focamos nas ervas quente e mornas e sobre as frias tratamos dentro dos seus campos específicos e descre-vemo-las em seus aspectos, participando de preparos com fins bem definidos.

Há algumas frias que trazem características em dois campos específicos. O louro por exemplo, aparece como erva masculina, e como erva atratora de prosperidade.

Podemos dizer que o louro é um poderoso magneti-zador (Oxalá), atrator de vibrações luminosas e posi-tivas, e mantenedor dessas vibrações. Essa caracterís-tica magnética vibratória faz com que ele seja usado para melhorar o magnetismo masculino, que tem res-sonância com o magnetismo material.

Há uma relação entre energia masculina e energia

material (de matéria mesmo!), e energia feminina com energia espiritual.

Isso quer dizer que uma mulher, se tomar banho com louro, não irá ficar masculinizada, muito menos o homem que tomar banho com rosa vermelha ficará afeminado. Quer dizer que cada erva tem seu poder específico, dentro do seu campo de ação, desde que seja ativada para isso.

Consideramos frias ou específicas essas ervas que estão muito mais ligadas aos seus campos específicos do que aos preparos compostos genéricos – limpeza, proteção, defesa, etc.

As ervas femininas podem aparecer como poderosos facilitadores das conexões com a espiritualidade, das projeções astrais e do desenvolvimento mediúnico.

A Artemísia, por exemplo, é uma dessas fantásticas ervas femininas, que provoca em uma mulher uma concentração dessa energia específica, condensando--a e proporcionando um melhor magnetismo e ener-gia, acentuando a percepção de si mesma, a auto ob-servação e por que não dizer o auto conhecimento. Essa mesma erva sutiliza o espírito tornando-o mais permeável às vibrações elevadas, o que pode ser mui-to útil num preparo de conexão com o lado etérico da vida, e nesse aspecto, podendo ser usada por homens e mulheres.

Não podemos esquecer que já foi dito que magia é intenção. Portanto a erva, ou o elemento natural en-volvido toma o caminho a que foi destinado, de forma clara e objetiva, focando na realização da intenção.

Uma erva chamada feminina pode ser usada por ho-mens num preparo de espiritualidade para facilitar o de-senvolvimento mediúnico, ligando-o às coisas do espírito.

Vale lembrar e relembrar que a lei da atração é a lei dos iguais, ou seja, atraímos por semelhança. Muita gente acha que vai tomar um banho atrator, ou um

Ervas na Aldeiapor Adriano Camargo

ENTENDENDO MELHOR AS ERVAS E SEUS EFEITOS

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banho de amor e vai encontrar a metade ideal imedia-tamente. Em regra, dentro do seu tempo encontra-se com certeza, mas por afinidade, ou seja, se os passos da limpeza e equilíbrio forem pulados, fatalmente essa pessoa encontrará por atração de afinidade uma me-tade ideal para a situação, ou seja, um campo vibrató-rio carregado de energias negativas, atrairá um seme-lhante em mesmas condições.

Como disse, não nos limitaremos aqui simplesmente à citação das ervas frias isoladamente, mas dentro do seu campo de ação.

Várias ervas podem se repetir entre frias e mornas, e mesmo dentro da categoria das frias aparecer em mais de uma atuação, pois seu campo de ação específico ou genérico vai se complementando aos das outras ervas.

Magnetismo feminino (rituais para mulheres):

São ervas que proporcionam um ajuste magnético que traz essa energia específica fazendo com que a mulher sinta-se mais feminina, mais desejada (por si mesma), e consequentemente mais atraente, pois seu magnetismo feminino está acentuado.

Podemos aqui citar a Rosa Vermelha (rubra), a Arte-mísia, a Malva Rosa, o Patchouly, o Macaçá e a Verbena.

Magnetismo masculino (rituais para homens):

O mesmo ajuste magnético proporcional aos homens, trazendo essa energia masculina, acentuando a vitali-dade, a auto estima, a confiança, e a racionalidade.

Algumas além de aparecerem como ervas masculi-nas, aparecem também como atratoras de prosperi-dade, pois condensam essa energia e por ressonância atrativa, possibilitam um melhor desempenho nesse

campo. Cria condições favoráveis aos homens para que sua energia vital seja percebida.

Podem ser usadas não apenas para o campo afetivo, mas, por exemplo, numa disputa de vaga de emprego, onde uma vibração de confiança possa ser percebida pelo entrevistador; ou numa competição esportiva, onde o espírito de disputa entre os concorrentes traga a necessidade de foco. Nessas situações seu uso pode privilegiar ambos os sexos.

Aqui citamos o Louro, o Carapiá, as folhas do Cafeei-ro (café), as folhas do Romanzeiro (romã), as folhas da Goiabeira (goiaba), e o Pau Tenente.

Amor e harmonia conjugal:

Ajustam o campo vibratório humano tornando-o permeável, magnético e perceptível. Para os solteiros é uma boa opção quando o objetivo é a simples harmo-nia e não a intensificação da vibração como nas mas-culinas e femininas.

Facilitam o entrosamento vibratório entre casais já es-tabelecidos, ou que pelo menos tenham algum tipo de contato. É importante que ambos tomem o banho com o preparo. Não precisa ser na mesma hora, mas dentro do mesmo dia de ação, para uma melhor vibração conjunta.

Aqui cabe um aparte sobre os processos magísti-cos e ritualísticos que envolvem amor, atração, pai-xão e por que não dizer as amarrações propostas por mentes férteis no campo dos rituais que se sentem no direito de manipular as energias alheias sob sua vontade e desejo.

Não é disso que tratamos aqui, nesses rituais. Procu-ramos desenvolver recursos para que você cause em si uma transformação íntima, energética e vibratória, es-piritual mesmo, capaz de te colocar em melhores con-dições a serem oferecidas ao futuro companheiro (a).

Quem se serve do poder das ervas, dos elementos da natureza, magias, religião e outros recursos espirituais para manipular a vontade alheia, está escrevendo sua própria sentença punitiva, e este fatalmente terá um

desagradável encontro com os mecanismos da lei que tratarão de esgotá-lo de seus desejos desequilibrados cutucando a ferro e fogo os meandros de sua consciên-cia. Ao ignorante até se permite a atenuante do desco-nhecimento de causa, mas isso não pode se aplicar a quem conhece o poder transformador da magia.

Buscar algo de bom para si não é vergonha ou desres-peito nenhum, desde que não interfira no livre arbítrio de ninguém. Na pratica, tudo lhe é possível, mas nem tudo lhe é direito.

Vejo muitas lojas especializadas e sites na internet oferecendo algumas receitas de rituais de amor com o apelo chamativo de infalíveis. Oferecer trabalhos para encurtar ou anular o caminho da transformação sem passar por ela é loucura. Tudo traz um ensinamento e se a pessoa, de repente, tiver que passar por uma situ-ação indesejável, aprendendo a lição, torna o processo mais leve e mais rápido.

Buscar a atração pessoal sem um preparo é pedir para atrair o inadequado. É importante ter consciência de que esses rituais facilitam de dentro para fora, e não o contrário.

A própria ciência concorda, de forma velada é claro, com a magia ritualistica. A atração é simplesmente uma lei natural do Universo. A metafísica e a lei da fí-sica quântica convergem na idéia de que energia atrai energia e vibração atrai vibraçâo, assim para atrair uma qualidade num resultado de magia, o ritual preci-sa ser efetuado com a mesma sintonia.

Não canso de dizer isso - não manipulamos com os rituais, e sim transformamos, em nós mesmos, em nosso meio, para ai sim, causarmos uma transforma-ção natural à nossa volta e em outras pessoas.

Acredito que tudo o que melhora o ser nos aspectos da vida – corpo, mente e espírito – é válido. Buscar o melhor não deve ser motivo de vergonha ou medo.

As ervas que recomendo para essa necessidade são a Macela, a Hortelã, o Alecrim, o Tomilho, a Malva Rosa, a Graviola, a Rosa Vermelha, o Boldo, o Cravo da ín-dia, a Casca de Romã (fruto), a Verbena, o Jasmim em flor, as flores de Calêndula, as flores de Hibisco.

Adriano Camargo / Erveiro da [email protected]

www.erveiro.com.br

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Não satisfeita com a lição aprendida anteriormen-te, ela quis falar com uma médium, que não era de Umbanda, mas esclareceu muitas coisas a respeito do mundo espiritual.

A médium disse a ela que no mundo tudo era dual, que existia bem e mal, bom e ruim, dia e noite, claro e escuro, e que as coisas não se resumiam a ser “bonzinho ou ruinzinho”, que todos temos nossas missões a cum-prir, nossos caminhos a seguir; resumindo, que não se pode rotular as coisas do espírito.

Disse também que ali havia vários espíritos a acom-panhá-la, que ela não estava lá sozinha, e que ela seria Umbandista, vestiria branco, o que ela desacreditou completamente, dizendo:

- Eu, mas eu sempre fui uma pessoa equilibrada, nem mediunidade eu tenho!

A que a médium respondeu:

- Você está dizendo que “nós” somos desequilibrados? É isso que todos “nós” entendemos...

Ela saiu de lá convicta de que, se a médium não era completamente louca, estava no mínimo equivocada...ela não vestiria branco nem nunca seria Umbandista, com certeza não!

Essa conversa aconteceu no final do ano, quando ela esteve na praia e, assim que voltaram ela e o namorado foram em busca de um terreiro para conhecer, pois ele estava afastado da Umbanda, e seus guias pediram que ela o acompanhasse em seu retorno.

Chegou o grande dia, antes de entrar, ao ouvir o som dos atabaques, teve vontade de dar meia-volta e ir em-bora, mas entrou.

Surpreendeu-se ao verificar que, ao ouvir os pontos can-tados, sentia uma emoção brotar no peito, e lágrimas vi-nham aos olhos; não entendia o porquê, apenas sentia...

Passou a ir em todas as giras, ela e seu namorado eram os primeiros a chegar e ficavam até o final.

E, pouco a pouco, foi se deixando levar por aquela nova crença, que lhe descortinava finalmente o mundo espiritual; preconceito por preconceito, equívoco por equívoco, engano por engano, todos caíram por terra, para dar lugar em seu coração e em sua vida a uma es-piritualidade que aflorava de fora para dentro.

Em abril daquele ano começaram a trabalhar na cor-rente do terreiro, sendo que, para ela, ela estava ali ape-nas e tão somente para cambonar seu namorado, que se tornou seu marido, cuidar de seus guias e se certificar que nada fora da caridade fosse pedido a eles.

Em junho, Festa de Xangô, quando ela menos espera-va, foi presenteada com a incorporação dele mesmo, o dono da festa, seguido de outros Orixás.

Foi um misto de surpresa, emoção, alegria, foram tan-tos sentimentos que ela não saberia descrever.

Quando foi confeccionar sua primeira guia, a chama saiu da vela e seguiu em direção ao céu, como se os Ori-xás e guias dissessem: estamos aqui...

E assim ela seguiu seu caminho na espiritualidade, passando pelas fases que todo novo médium passa: a ansiedade inicial de saber quem seriam seus pais Ori-xás, a diversidade de sentimentos, a espera de uma nova gira, etc.

Seu tempo como cambone foi curto, pois logo estava atendendo com seus guias, o que para ela foi um pro-cesso tranquilo, pois tudo que ela sempre quis foi aju-dar ao próximo.

Alguns anos depois, o Sr. Caboclo 7 Flechas trouxe a notícia:

- Chegou a hora do meu cavalo abrir seu próprio ter-reiro, filha. Fico feliz por ter te escolhido, confio em você. Você será a mãe da casa.

Ela se formou Sacerdotisa de Umbanda Sagrada no mes-mo ano em que conseguiram construir o terreiro. Coinci-dência? Não, absolutamente. Eles sabem o que fazem.

Ao se tornar uma Dirigente Espiritual, deixou de ser pedra para ser vidraça, e se deparou com o pior de todos os desafios: liderar, conduzir a vida espiritual de outros médiuns; lidar com os egos, as vaidades, os vícios de filhos que vinham com vícios de outros terreiros...real-mente não foi fácil.

Antes, ela dizia que poderia até não conseguir mudar o mundo, mas morreria tentando.

Hoje, ela entendeu que o mundo muda o tempo todo; toda vez que se abre uma gira de Umbanda, que alguém pratica uma boa ação, faz uma prece, deseja o bem ao outro, o mundo muda. Entendeu que o mundo mudou

quando seu olhar sobre ele mudou.

Chegou na Umbanda por amor, e pelo amor permaneceu.

Descobriu que escolher o caminho estreito significa abnegação, dedicação, responsabilidade, desapego.

Mas que também é um caminho de amor, de fé, de es-perança, de conexão com o Divino, de enxergar o próxi-mo como irmão, de lutar pela felicidade do outro, seja ele quem for.

Ela sabe que nada sabe, que está apenas começando, mas dá graças a Pai Olorum por ter sido chamada, e sabe que só atendeu ao chamado porque estava prepa-rada, por isso não impõe sua religião a ninguém, e res-peita o tempo de cada um.

Fica triste quando um de seus companheiros de jor-nada desiste, porque sabe que o caminho largo é muito atrativo, mas não passa de ilusão...

Mas sabe que deve seguir em frente, como guerreira da luz que é, e cumprir sua missão com dignidade, para que um dia possa voltar pra casa.

Já não se importa mais com a opinião e o julgamento alheios, pois sente-se privilegiada por ter encontrado um sentido para a sua vida, num mundo de aparências, luxos e interesses.

Esta foi e continua sendo uma jornada feliz, sem con-tos de fada, apenas a vida real contada por uma pessoa que escolheu viver na luz, e pela luz.

A casa do Pai tem muitas moradas; a Umbanda é ape-nas uma delas. Que cada um de vocês tenha o privilégio de encontrar seu lugar no mundo, Axé!

Por Mãe Valéria Siqueira

Terreiro de UmbandaPai Oxóssi, Caboclo 7 Flechas

e Mestre Zé PilintraCríticas e sugestões:

[email protected]

UmbandaLegalpor Valéria

Siqueira

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A JORNADA - PARTE FINAL

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A Aldeia de Caboclos apoia Renata Abreu, ela darácontinuidade em âmbito federal aos trabalhos do nosso sempre

vereador Quito Formiga.

UmbandaLegal

por Engels de Xangô

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No final da Idade Média existia uma cigana chama-da Zíngara que estava grávida do seu primeiro filho. Então quando ela deu à luz ficou muito feliz e reparou que o bebê tinha uma mancha em forma de estrela nas costas e chamou o garoto de Jamón. Desta maneira todos na caravana ficaram felizes e fizeram uma festa, onde a nova mãe prometeu a sua amiga, Felícia, que o seu filho quando crescesse casaria com a ciganinha Corazón, filha desta colega.

No meio do baile Zíngara entrou na sua tenda e dor-miu, pois estava muito cansada. Pela manhã, quando acordou, a mulher notou que seu neném tinha desapa-recido. Deste jeito os ciganos procuraram pela criança por toda parte naquela vila, mas nada acharam. Então voltaram a viajar pelo mundo.

Dezoito anos se passaram e a cigana Corazón cres-ceu em beleza e com a esperança de ver o seu noivo Jamón, que havia desaparecido ainda bebê. Então caravana de ciganos instalou-se num reino, onde co-meçaram suas apresentações circenses e de dança. Até que um dia o grupo recebeu um convite, da condessa Mariclair, para se apresentar no palácio. Quando Co-razón entrou no palco ela olhou para o príncipe Felipe e apaixonou-se por ele. Após o show a jovem pergun-tou à condessa:

- Quem era aquele moço moreno de olhos verdes?

A nobre respondeu:

- Ele é o príncipe Felipe. Mas não se interesse por ele, pois o amor nunca nasce dentro deste castelo.

Corazón perguntou:

- Por quê?

A condessa respondeu:

- Aqui há uma maldição que impede homens e mu-lheres de se comunicar. Reza a lenda que há muitos anos atrás existia uma rainha que era bruxa e, certo dia, ela viu seu marido a traindo com uma empregada. Decepcionada, a mulher jogou-se da janela do palácio e disse que nunca mais um romance nasceria dentro deste castelo. Pois os olhares dos apaixonados nunca se cruzariam a não ser que eles arrumassem outra for-ma de se comunicar. Por coincidência, partir daquele dia nunca mais houve um romance dentro deste pa-lácio.

Após ouvir esta história, a cigana falou:

- Tive uma idéia:

- Farei a simpatia dos leques.

- Cada cor e posição do abanico tem um significado diferente.

- Para isto precisarei da sua ajuda!

Então quando chegou a noite, que era de Lua cheia, as ciganas entraram de novo no castelo com a ajuda da

condessa Mariclair. Todas as dançarinas estavam com vestidos coloridos e leques de cores diferentes. Deste jeito elas fizeram um círculo e começaram a bailar com as pontas dos pés. Corazón entrou no meio da roda com o abanico aberto e rezou:

- Cigana dos Leques, que aparece na Lua Cheia traga o romance de volta a este palácio.

Após este pedido, as ciganas desfizeram as roda e co-meçaram a dançar com seus leques nas mãos fazendo as mais diferentes coreografias com seus abanicos.

A condessa Mariclair, estava encantada assistindo a tudo. Quando, de repente, Corazón chegou perto dela e comentou:

- Pronto!

- A Cigana dos Leques, que está no astral trará de volta a paixão para este palácio. Porém, para isto, ela precisa de uma ajuda sua.

A nobre indagou:

- Que ajuda é esta?

A cigana comentou:

- Ajude a divulgar a linguagem dos leques fazendo com que as damas da corte usem este instrumento na frente dos seus pretendentes para conquistá-los, pois os rapazes entenderão o significado. Afinal por causa da magia da Cigana dos Leques o espírito do amor já

LENDA DA CIGANA DOS LEQUES

ArtigoLuciana do Rocio Mallon

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entrou neste lugar. Cada cor e posição tem um signifi-cado diferente que explicarei para a senhora:

• esconder os olhos com o leque aberto significa te amo;

• andar com o abanico aberto na mão esquerda quer dizer que o amado pode se aproximar, pois não existe o perigo;

• o leque aberto no colo é quando a dama quer mar-car um encontro;

• apoiar o abanico no lado direito da face significa sim;

• apoiar o leque no lado esquerdo do rosto quer dizer não

• e andar na sala abrindo e fechando o abanico é um convite para um encontro escondido.

Agora preste atenção nas cores:

• leque branco significa que a moça só quer amizade;

• vermelho quer dizer que a dama está apaixonada e deseja um encontro às escondidas;

• amarelo é quando a donzela sonha com beijo nos lábios

• e preto com estampa de flores significa que a mu-lher deseja um encontro noturno.

Condessa Mariclair falou:

- Perfeito!

- Contarei este segredo para todas as damas do caste-lo e, principalmente, para as alcoviteiras.

Corazón perguntou:

- Quem são as alcoviteiras?

A nobre explicou:

- São senhoras que marcam encontros, às escondidas, entre os apaixonados nas alcovas. Mas, ultimamente, com este clima nada romântico elas estão desempre-gadas. Porém, como a coisa mudará...

- Mais um detalhe: bem que você poderia montar uma coreografia com as posições e cores dos leques.

A cigana disse:

- Meu grupo já tem este tipo de coreografia com aba-nicos e gostaríamos de apresentá-lo daqui a quinze dias neste castelo.

A condessa exclamou:

- Fechado!

No dia seguinte um clima de romance pairou no pa-lácio. As mulheres usavam os leques nas posições com os mais diferentes significados e assim conquistavam os seus amados.

Logo chegou o dia da apresentação da dança dos le-ques com as ciganas. Elas bailaram divinamente e o príncipe Felipe não parava de olhar para Corazón.

No final da apresentação esta cigana foi até o pátio e o príncipe a seguiu. Assim os dois começaram a con-

versar e no meio do papo trocaram um beijo. Porém naquele instante, Pablo, o irmão de Corazón, viu a cena e partiu para cima do príncipe, rasgando a sua camisa que mostrou uma mancha em forma de estrela nas costas. Naquele instante surgiu Zíngara que excla-mou:

- Vejam:

- O príncipe Felipe tem uma marca de nascença igual a do meu bebê seqüestrado!

A condessa Mariclair, que ouviu tudo, foi até o local e disse:

- Tenho uma revelação para fazer:

- Eu confesso:

- Felipe é, realmente, o neném cigano que foi roubado!

- Eu fiz o parto da rainha, que era muito brava na época, porém ela desmaiou na hora. Como o bebê nas-ceu morto, com o cordão umbilical no pescoço, fiquei com medo de que a rainha me achasse uma incompe-tente e mandasse me matar. Por isto, percebi que ela estava desacordada e fui até uma festa cigana na vila, onde aproveitei a distração das pessoas e roubei um recém-nascido que estava numa tenda.

Alguns dias após esta confissão Corazón e Felipe se casaram numa festa com a dança da coreografia dos leques.

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Obaluaiê é conhecido também como Omulu. De

acordo com Verger, Obaluaiê significa Rei Dono da

Terra e Omulu significa Filho do Senhor. É considera-

do o deus da varíola e das doenças contagiosas.

Nos ritos esotéricos e iniciáticos da Umbanda é co-

nhecido como Yorimá e Iofa.

A sua saudação é Atotô! e significa “Silêncio! Ele está aqui!”

Obaluaiê e Nanã Buruquê são frequentemente con-

fundidos em certos locais da África. Em algumas len-

das fala se a respeito da disputa de Obaluaiê e Nanã

Buruquê contra Ogum. Verger considera essa dispu-

ta de divindades como o choque de religiões perten-

centes a civilizações diferentes, sucessivamente ins-

taladas em um mesmo lugar e datando de períodos

respectivamente anteriores e posteriores à Idade do

Ferro. Muitas são as lendas sobre Obaluaiê. Transcre-

veremos aqui, duas delas narradas por Verger.

A primeira lenda diz o seguinte:

Obaluaiê era originário de Empé (Tapá) e havia le-

vado seus guerreiros em expedição aos quatro cantos

da Terra. Uma ferida feita por suas flechas tornava as

pessoas cegas, surdas ou mancas. Obaluaiê chegou as-

sim ao Território Mahi no norte do Daomé, batendo e dizimando seus inimigos, e pôs se a massacrar e a destruir tudo o que encontrava à sua frente. Os mahis, porém, tendo consultado um babalaô, aprenderam como acalmar Obaluaiê com oferendas de pipocas. Assim, tranquilizado pelas atenções recebidas, Obalu-aiê mandou os construir um palácio onde ele passa-ria a morar, não mais voltando ao país Empê. O Mahi prosperou e tudo se acalmou.

A segunda lenda é originária de Dassa Zumê e diz o seguinte:

Um caçador Molusi (iniciado de Omulu) viu passar no mato um antílope. Tentou matá lo, mas o animal levantou uma de suas patas dianteiras e anoiteceu em pleno dia. Pouco depois, a claridade voltou e o caçador viu se na presença de um Aroni (Um dos Orixás rela-cionado com os segredos das plantas e cujo culto foi se perdendo. Costumava ser representado com cabeça e cauda de cachorro e só com uma perna), que declarou ter intenção de dar lhe um talismã poderoso para que ele colocasse sob um montículo de terra que deveria ser erguido defronte de sua casa. Deu-lhe também um apito, com o qual poderia chamá lo em caso de ne-cessidade. Sete dias depois, uma epidemia de varíola

começou a assolar a região. O Molusi voltou à floresta

e soprou o apito. Aroni apareceu e disse lhe que aquilo

era o poder de Obaluaiê e que era preciso construir

para ele um templo e todo mundo deveria, doravante,

obedecer ao Molusi. Foi assim que Obaluaiê (chama-

do de Sapata pelos fon) instalou se em Pingini Vedji.

Obaluaiê, também chamado de Xapanã, Xankpanã e

Babalu, é o Orixá da doença e de sua principal consequ-

ência, a morte. É um Orixá taciturno, de difícil trato e

que necessita de várias obrigações para ser abrandado.

É também complacente quando o pedido é feito por

mães ou esposas em favor de maridos ou filhos. É o

mais temido de todos os Orixás e o que menos se sen-

sibiliza com o destino de seus seguidores. E um rei

déspota que não admite contestações.

Em virtude da sua ligação com a morte, é também

chamado de Orixá dos cemitérios, sendo cultuado

preferencialmente nos chamados cruzeiros das almas.

Goza de grande intimidade com os Exus justamente por-

que estes últimos, quase sempre habitam a sua casa, o ce-

mitério (calunga pequena). Não confundir com a calunga

OBALUAIÊ - Silêncio! Ele está aqui!

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oArtigoPor Diamantino

Fernandes Trindade & Ronaldo Antonio Linares

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grande que é o mar (reino exclusivo de Mãe Yemanjá).

O seu elemento é terra e o seu domínio é a morte, saúde, vida e doenças epidêmicas.

Os filhos de Obaluaiê são muito controvertidos. Seu caráter, às vezes, é taciturno, calado, fechado em si próprio. Às vezes têm piques de alegria, descontração e sa-tisfação, indo de um pólo a outro com facilidade e com muita frequência. Gostam de ocultismo, tem certa tendência para tudo o que é misterioso. Frequentemente estudam astrologia. Gostam das artes e das pesquisas, dedicando-se muito a isso.

Convivem melhor com pessoas idosas do que com as mais jovens. Não têm a paci-ência necessária para suportar arroubos da mocidade, mesmo seus filhos. Os filhos de Obaluaiê mais jovens sempre procuram pessoas mais idosas para conviver.

Não gostam de aglomerações, preferem o isolamento, dedicando seu tempo em coisas que consideram de maior utilidade. Raramente se abrem a respeito de seus problemas; preferem "curtir" a mágoa ou a dor sem participar a ninguém.

São muito sentimentais e, frequentemente, são profundamente negativistas.

Saravá!Diamantino Fernandes Trindade

Doutor em Educação pela PUC-SPSacerdote da Cabana de Pai Benguela

Ronaldo Antonio LinaresPresidente da Federação Umbandista do Grande ABC

fone:2292-8296

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Eventos

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PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS

Aluízio Machado

Almir Guineto

Com o sucesso obtido como cantor e compositor do Império Serrano, passou a se apresentar em boates da Zona Sul do Rio de Janeiro, como Oba Oba, entre outras.

Na década de 1960, atuou ao lado de Nara Leão e João do Vale no show Opinião.

Participou do programa "A Grande Chance", de Flá-vio Cavalcanti. Por essa época, e graças ao programa, gravou seu primeiro LP: "Apesar dos pesares".

Em 1981, no LP "Na fonte", Beth Carvalho incluiu "Escasseia", música sua em parceria com Beto Sem Braço e Zé do Maranhão. Neste mesmo ano, Alcione interpretou "Minha filosofia".

O samba-enredo "Bum bum paticumbum prugu-rundum", de sua autoria em parceria com Beto Sem Braço, deu o primeiro lugar do Grupo 1A ao Império Serrano no carnaval de 1982. O samba ganharia o "Estandarte de Ouro" da Rede Globo. No ano segun-te, a mesma dupla Aluízio Machado e Beto Sem Bra-ço, também ganharia o prêmio da Rede Globo "Es-tandarte de Ouro" com outro samba enredo, desta vez com "Mãe Baiana Mãe", pro Império Serrano.

No ano de 1984, ao lado de Wilson Moreira, Nei Lopes, Cláudio Jorge e Sonia Ferreira, participou do projeto "Roda de Samba", no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro.

Em 1986, Dominguinhos do Estácio, no disco "Bom ambiente", gravou "Dura prova" (c/ Beto Sem Braço e Serginho Meriti). Neste mesmo ano, Alcione no LP "Fruto e raiz", pela RCA, gravou outra composição sua, "Pique, rabo, emenda". Ainda em 1986 ganharia

mais um "Estandarte de Ouro" com o samba enredo "Eu Quero", em parceria com Luiz Carlos do Cavaco e Jorge Nóbrega, também para o Império Serrano.

No ano de 1996, compôs o samba-enredo "E verás que um filho teu não foge à luta", com o qual a Impé-rio Serrano desfilou naquele ano e ganhou o prêmio "Estandarte de Ouro", do Jornal O Globo.

No ano de 2001, participou do projeto "Meninos do Rio", série de três shows que reuniu no palco do Cen-tro Cultural Banco do Brasil 15 sambistas.

Em 2003 foi um dos convidados de Guaracy Sete Cordas na Roda de Samba, no Clube Copa Leme, em bairro do Leme, no Rio de Janeiro. Em parceria com Maurição, Elmo Caetano, Carlos Senna e Arlindo Cruz, compôs o samba-enredo "E onde houver tre-vas... Que se faça a luz!". Ainda em 2003, sua com-posição "Sambista de fato", interpretada por Débora Cruz (filha do compositor Acyr Marques e sobrinha de Arlindo Cruz), foi classificada em 6º lugar no "Fes-tival Fábrica do Samba", com a final no Maracanazi-nho, no Rio de Janeiro.

No ano de 2011 foi o convidado especial do grupo paulista Inimigos do Batente para a roda de samba "Anhanguera Dá Samba", da cidade de São Paulo. Neste mesmo ano foi finalizado o documentário em média-metragem "O Famoso Aluísio Machado", pro-duzido pela Produtora ira-Lata Filmes, no qual conta parte de sua trajetória artística.

Acumulou em sua carreira de compositor vários prêmios "Estandarte de Ouro" na categoria de "Me-lhor Samba-Enredo".

No dia 12 de julho de 1946, o samba brasileiro ga-nhava seu mais fiel e versátil representante. Nascia, no Morro do Salgueiro, capital carioca, Almir de Sou-za Serra, popularizado pela criativa alcunha de Almir Guineto. Criado em meio a músicos de primeira linha como Geraldo Babão, Antenor Gargalhada e muitos outros, Guineto cresceu influenciado pela veia sam-bista de seu pai, Iraci de Souza Serra, respeitado vio-lonista e integrante do grupo Fina Flor do Samba, e de sua mãe, Nair de Souza Serra – a “Dona Fia”, cos-tureira do Salgueiro e figura ancestral do samba.

Ingressou aos 16 anos no grupo Originais do Sam-ba, fundado por seu irmão mais velho, Francisco de Souza Serra – o “Chiquinho”, onde tocou por dez anos. Sua primeira composição foi Bebedeira do Zé, gravada justamente pelos Originais. O “Rei do Pa-gode”, apelido que conquistaria na década de 1980, conduziu a bateria do Salgueiro por 15 anos e ao sair deixou o posto para seu irmão mais novo, o lendário “Mestre Louro”.

Destacado violonista – comparado a Baden Powel por Beth Carvalho – e cavaquinista, Guineto frustrava--se por ser pouco ouvido, nas rodas de pagode do bloco carnavalesco Cacique de Ramos, no final dos anos 70, em meio à alta sonoridade dos couros de tantãs e pan-deiros da época. Foi aí que, acompanhado do músico e humorista Mussum, adaptou o banjo – instrumento utilizado na música country americana – ao samba. Cabe lembrar, inclusive, uma frase de Zeca Pagodi-nho: “Banjo no samba só existem dois: Almir Guineto e Arlindo Cruz”. Também é neste período que Guineto começa a se destacar, durante os pagodes, como ver-sador imbatível, partideiro incontestável que, devido

à sua criatividade e divisão de tempo na aplicação das rimas de improviso, ficaria conhecido como “Mestre do Partido-Alto”.

Apoiado por Beth Carvalho, Almir Guineto oficiali-zou em 1980 a fundação do Grupo Fundo de Quintal, ao lado dos parceiros Neoci, Jorge Aragão, Sombri-nha, Bira, Ubirany e Sereno. Após a gravação do disco “Samba é no Fundo de Quintal”, Almir deixaria o con-junto para cantar, a partir de 1981, em carreira solo. Neste ano, inclusive, Guineto conquistou o Prêmio MPB-Shell de música, sendo agraciado pelo partido “Mordomia”.

Ao longo da década de 80, Guineto destacou-se cada vez mais no cenário musical brasileiro como intérprete e compositor, sendo gravado, além de todos os grandes sambistas do país, por artistas como Elba Ramalho, Nelson Gonçalves, Elymar Santos e muitos outros. De lá para cá, Guineto coleciona 13 discos próprios e outras tantas participações em CDs e DVDs de nomes como Chico Buarque, Beth Carvalho e Martinho da Vila.

Guineto é um sambista completo. Como compo-sitor, destaca-se por sua letra forte, de irreverência e divulgação do jongo, mas também de um roman-tismo sutil e envolvente, com letras que vão de uma contestação sarcástica à mais profunda poesia musi-cada. Como músico, Guineto mostra sua polivalên-cia ao manusear com maestria uma infinidade de instrumentos de percussão e corda, mostrando um poder criativo único em suas mãos. O Almir Guineto intérprete é um versador intransponível, de divisão única, incomparável, com voz de quarta dose, de lín-gua solta, com amplitude fabulosa e valente. A voz, enfim, partideira.

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Tudo que fala sobre a Umbanda é importante para nós e partici-par desse festival pela segunda vez nos deixa muito felizes. Lou-var um orixá, homenagear uma das sete linhas da Umbanda é algo inexplicável, sentir a energia e a atmosfera de amor, luz e paz que envolve o festival nos faz sentir a vontade de participar cada vez mais de movimentos voltados para a Umbanda. Levantar a bandeira da nossa religião, mostrar a todos, umbandistas ou não, o que a Um-

banda, os Orixás e guias espirituais representam em nossas vidas em forma de música é pura emoção, é magia, é encantamento. Todos os umbandistas devem se conscien-tizar que são festivais como esse que disseminam a verdadeira mis-são da Umbanda, levando a todos o sentido de união e igualdade que vivenciamos na Umbanda. É a Fé, a emoção, a alegria e muito amor reunidos num único lugar que al-cança a todos de maneira especial e única. Axé a todos!

Associação Espírita Alfa e Ômega

Uma Busca, uma superação e uma conquista!

Uma intuição, um sentimento, uma missão!

Um sonho, um toque, uma voz.

Inspiração que atravessam os mundos e tocam os nossos corações.

Centro Espírita Fraternidade Humana

Tambores de Orum

Participa e apoia o Festival de Curimba "Um Grito de Liberdade"

Templo de Umbanda Casa da Fé

A IMPORTÂNCIA DE PARTICIPAR DO FESTIVAL ALDEIA DE CABOCLOSResumimos essa resposta no trecho do ponto feito por nosso Ogã."O som do atabaque que impulsiona a vibração, o Ogã passa para o couro as batidas do coração."

Curimba Sete Tronos de Olorum

CONCORRENTES

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É por Amor porque o amor tudo move,unidos somos força que exalta a nossa Umbanda.

Templo de UmbandaIansã Guerreira e Baiano Zé Pelintra

"O Festival Aldeia de Caboclos, para nós da Toque de Ouro, será mais uma forma de enriquecer nossa Umbanda com belas cantigas e também de divulgar

nosso trabalho, que está no começo, sendo nossa terceira apresentação."

Curimba Toque de Ouro

"SEMEAR ALEGRIA ... COLHER FELICIDADE!" :)

Grupo Ojuobá

"Umbanda é um Caminho Celestial e Divino...Saravá Umbanda...Saravá Jesus "

Curimba Filhos da Aldeia

Compartilhar com a nação Umbandista a mensagem

dos nossos guias e Orixás.Escola de Curimba Caboclo Vira Mundo

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Ao som da Curimba com os versos da cantiga nossa Umbanda se eterniza

Templo de Umbanda Lar de Luz

Para os Tambores de Tupinambá é homenagear em

grande estilo todas as energias da natureza de Oxalá."

Tambores de Tupinambá

" É importante participar do Aldeia de Caboclos porque é

através deste maravilhoso evento que podemos alcançar nosso

maior objetivo, divulgar nossas cantigas e enriquecer ainda

mais o repertório umbandista." Axé à todos...

Grupo Emoriô

Nós da família do Grupo Cultural Tupinambá e Caminhantes da Luz temos

muito orgulho de poder ser um elo nessa forte corrente que se mobiliza em

prol da nossa amada Religião a Umbanda e da nossa Cultura promovida

pelos nossos irmãos do Aldeia de Caboclos no seu grandioso 5• Festival de

Curimba Aldeia de Caboclos- Um grito de liberdade. Salve nossa Umbanda!!!

AXÉ PRA TODOS!!!

Grupo Cultural Tupinambá e Caminhantes da Luz

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"Vamos fazer a diferença!"Umbanda Jovem e Guerreiros de Oyá

"Reverenciar nossa sagrada religião de Umbanda, ensinamen-tos e fundamentos através dos pontos cantados"

Núcleo de Curimba Espaço do Ogã

"Tocando e louvando para os nossos amados Orixás!"

Curimba Nostalgia da Umbanda

É a nossa vida. Somos Umbandistas na caminhada do aprendizado espiritual

e somos uma Família compartilhando e vivendo oportunidades únicas....

JUNTOS ... numa VINHA DE LUZ !!!"

Grupo Vinha de Luz

Queremos participar do 5º Festival de Curimba porque sentimos que somos capazes de

dar o nosso melhor, queremos mostrar a nos mesmos que estamos preparados, realizar um

sonho. Poder dividir com todos nossos irmãos Umbandistas o ponto que foi nos passado

com amor pelos (as) nossos (as) amados (as) Pretos (as) Velhos (as).

Templo Escola de Umbanda Ventos de Aruanda

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PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS

Ibá Ojisé - Assema Sandro Bernardes

Núcleo de Curimba Tambor de Orixá

Escola de Curimba Caboclo Gira Mundo

Escola de Curimba Caboclo Girassol

Luci Rosa

Para a ASSEMA e o Grupo IBA OJISE, participar do Festival da Aldeia de Caboclos, é antes de tudo uma oportunidade única de expressar a nossa FÉ. "A importância do festival é a Fé!"

Devemos Praticar a Umbanda com Naturalidade e Amor e Não Como Pronto Socorro!!!SEVERINO SENA

TODOS JUNTOS COM UMA SÓ FORÇA E UM SÓ IDEAL PARA DIVUL-GAR NOSSA CULTURA E INCENTIVAR AS PRÓXIMAS GERAÇÕES" ES-COLA DE CURIMBA E ARTE UMBANDISTA CABOCLO GIRA MUNDO"

A importância do festival é AGREGAR NOVOS VALORES, REUNIR IR-MÃOS, AMIGOS E FAMÍLIAS!

A importância de participar de eventos afro-culturais:- Unidos pela fé, poderemos mostrar à nossa sociedade que não somos minoria;

- Incentivo para os jovens;- Manter a união entre irmãos.

- Compartilhar, divulgar nossas inspirações com amor, através do canto de louvor aos Orixás;

- Divulgar nossa religião de Umbanda com amor e carinho sem preconceito.

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A ALDEIA DE CABOCLOS ESPERA A TODOS

DE CORAÇÃO ABERTO E COM IMENSA ALEGRIA!

... MAIS DE 5 MIL PESSOAS CANTANDO EM UMA SÓ VOZ!!!

VENHAM FAZER PARTE DESTE AGREGADOR EVENTO

QUE DEMONSTRA A GRANDEZA DA UMBANDA!

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O Grande e Tradicional evento foi realizado no dia 29/ 06/2014, na Rua Dr. Azevedo 269, Jd. Cabuçu, São Paulo-SP (em frente ao templo Tupinambá), e teve como seu ilustre Organizador Pai Juberli Varela em conjunto com o Tem-plo Espírita De Umbanda Mestre Tupinambá e o Souesp (Superior Órgão de Umbanda do estado de São Paulo).

EVENTO EM HOMENAGEM AOS AMIGOS DOMILAGROSO BENTO DO PORTÃO

http://umbandaeucurto.com/

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Bingo Beneficenteda Primavera

Uma bela tarde deprimavera com doces,churrasco, prêmios e

muita diversão

Enrada R$10,00concorrendoà prêmios

14 de setembrodas 11h às 18h

Clube Leão do Norte R. Passarola, 85 - BelenzinhoTravessa da Rua João Batista de Lacerda

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Eventos

Neste dia 26 de julho a ASSEMA – Associação Espiritualista Mensageiros de Aruanda, associação sediada em Curitiba, realizou uma Gira muito especial para comemo-rar seu 11º aniversário.

Inaugurado no dia 24 de julho de 2003, conduzida por Pai Marco Boeing e tendo ao seu lado Mãe Fátima, que lhe dá grande suporte na direção de seu harmônico corpo mediúnico, a Associação vem ao longo dos anos realizando um grande trabalho, trabalho este que se alastrou para fora dos limites de sua sede. Hoje a ASSEMA é refe-rência quando se fala em Umbanda no Paraná.

A Associação promove e está com máxima assiduidade presente em Festivais, seminários e apresentações, além de criar importantes parcerias, sempre com o grande intuito de levantar cada vez mais a bandeira da Umbanda.

Mas, o mais importante, sem esquecer suas de suas raízes e a de sua essência, sempre de portas abertas para atender a quem precise.

A Assema se tornou também um exemplo de atuação e integração fora do Estado do Paraná, pois, divulga, prestigia e se confraterniza com a Nação Umbandista, igual-mente, com grande destaque nos mais diversos eventos nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Parabéns ASSEMA, e continue firme e crescendo no seu propósito maior de trabalhar em prol da caridade e fortalecer a nossa amada Umbanda!

ASSEMA REALIZA UMA GIRA ESPECIALPARA COMEMORAR O SEU 11° ANIVERSÁRIO

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CONSAGRAÇÃO, COMO PAI OGÃ DE MAURÍLIO CÂMARANo dia 20 de junho de 2014, tivemos o imenso prazer

de realizar a consagração do irmão Maurílio Câmara como Pai Ogã de solo no Ritual Nagô, no Templo da Tradição da Luz Mãe Cambinda do Congo e Cabocla Jurema, tendo como Ialorixá Mãe Célia Felizardo.

Contamos com a presença de vários Pais e Mães de Santo que puderam prestigiar esse evento, nosso mui-to obrigado!

O apoio da Aldeia de Caboclos foi fundamental, des-de a formação do Ogã Maurílio ao longo de dois anos ensinando os toques, a postura, canto etc.

A Aldeia de Caboclos nosso muito obrigado!

Ao entrar no recinto nosso irmão estava sendo pro-tegido por seu Pai de cabeça Oxóssi e sua Mãe Iansã, incorporados em dois irmãos do Templo, que com co-ragem e humildade cederam seus corpos aos Orixás, com Oxóssi Ricardo Fernandes, com Iansã Maria Rita Borg.

O Pai Ogã após ter recebido seu grau deu o Rum e louvou seu Orixá Oxossi e sua Mãe Iansã.

Muito emocionado agradeceu a Eles sua proteção e Amor.

A Tradição da Luz não esqueceu de louvar Seu Orixá de frente, Xangô, pois este se fazia presente, e incor-

porando a irmã Patrícia Grosso fez vibrar toda a casa.

A todos que puderam vir nosso muito Obrigado!

Ganhamos todos com tanta vibração, Dia 20 de ju-nho de 2014 ficará em nossa memória imortal.

Que Olurum nos abençoe nossa vida e nosso destino!

Ana Maria RicardoMãe pequena da Tradição

Templo da Tradição da Luz Mãe Cambinda do Congo e Cabocla Jurema - Rua: Engenhei-

ros Leonidas Ferreira, 194, Jd,. São Domin-gos, São Paulo-SP

Eventos

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Eventos

“GUGA STROETER E ORQUESTRA HB CONVIDAMPAI ÉLCIO DE OXALÁ – UMBANDA”

Ícone da Umbanda, "Pai Élcio de Oxalá", na Casa de Velas Santa Rita, au-tografando sua mais nova obra no dia do Grande lançamento. O Belo Evento aconteceu no dia 19 de Julho de 2014.

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Magia Divina das Velas Em março – 3ª feiras – às 20 h

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Dança Cigana Iniciantes - 4ª feiras às 19

Intermediario – 4ª feira às 20:15 h Também workshop’s e aulas particulares

Curimba (toque e canto)

2ª feiras às 19:20 c/ Severino Sena

Magia Divina das Pedras Em março – 5ª feiras – às 20 h Baralho Cigano Taro de Marselha

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página 36Ano 4 número 38

O evento “A VOZ DOS TAMBORES, UM ENCON-TRO COM NOSSA ANCESTRALIDADE” - homena-gem póstuma ao Pai José Valdivino, realizado pela As-sociação Cultural Afro-Brasileira Voz dos Tambores, no dia 20/07/2014 no G.R.C.E.S. Unidos do Peruche, foi um passo à frente em nossa cultura e religiosidade.

O propósito desse evento era reunir todos que de al-guma maneira tem amor e vivência dentro das diver-sas ramificações das religiões afro-brasileiras, a fim de difundir o valor dos tambores dentro da cultura e da religiosidade, além de prestar uma justa homenagem ao grande Sacerdote Umbandista Pai José Valdivino, fundador e idealizador da escola de Curimba Umban-da e Ecologia (1989).

De forma inusitada iniciou-se o evento com a reali-zação de uma missa Afro comandada pelo Pe. José Enes, que fez questão que as autoridades religiosas Umbandistas Pai Jamil Rachid, Pai Juberli Varela e Tata Ivan Zaze o acompanhassem na celebração, mos-trando a união dos povos e das religiões. A missa foi acompanhada pelo grupo de canto da Paróquia Santo Eduardo e pela Curimba Filhos de Umbanda.

Após a missa foi servida uma feijoada a todos os pre-

sentes ao som do bom e velho samba, com participa-ção especial da cantora Roberta Oliveira e seu percus-sionista Binho Gerônimo.

Compuseram a mesa principal às autoridades: Pai Jamil Rachid; Pai Juberli Varela; Pai Milton Aguir-re; Pai Ivan Zaze Loia; Bàbá Mario Filho; Mãe Cida; Mãe Sandra Bispo; Ogã Basílio; Ogã Juvenal; Ogã Franklin; Sandra Santos; Dra. Juliana Ogawa, que nos contaram um pouco sobre sua vivência com o Pai José Valdivino bem como suas experiências religiosas.

Além das autoridades religiosas estiveram presentes o Dep. Estadual Adriano Diogo – Pres. da Comissão de Direitos Humanos da ALESP; Cícero Almeida - Pres. do SOS Racismo; Elizeu Lopes - Chefe de Gabinete e Roberto Almeida - Ass. Parlamentar da Dep. Estadual Leci Brandão; Felipe Britto - Ass. de Imprensa da Se-cretaria Municipal de Igualdade Racial da Cidade de São Paulo e a Diretoria das Águas de São Paulo.

As curimbas oriundas da Umbanda e Ecologia: Curimba Filhos de Umbanda; Aldeia de Caboclos (En-gels); Tambor de Orixá (Severino Sena); Guerreiros de Oxalá (Pai Fabio de Oxalá), Okê Batuky (João); Obaké Alàfiá (Marciel); Olowo Ifalana Onifade (Ro-

gerio); Ogãs de Cristo (Walter Furlaneto) e a própria Umbanda e Ecologia (Willian), prestaram suas home-nagens ao Pai José Valdivino cantando os pontos mais marcantes por ele recebidos.

Estavam presentes também diversos expositores e parceiros: Lembrancinhas de Orixás, Coisa de Jor-ge, Nega Gy, Soninha, Ramiro, Joyce Papa, Casa de Oxum, Cupcake da Na, Luiz Poeira do Instituto do Tambor e Ricardo Bauer da Bauer Percussion, que in-clusive cedeu um trio de atabaques para que as curim-bas utilizassem nas suas apresentações.

O evento contava também com a parceria dos brin-quedos Gú & Pé, que entretinha as crianças para que os adultos pudessem desfrutar das atrações.

Todo trabalho fotográfico foi realizado pelo renoma-do Fotógrafo Douglas Mansur – Celeiro de Memórias.

O encerramento deu-se por volta das 18hrs cumprin-do o cronograma proposto e com a certeza que a home-nagem pensada a princípio foi realizada com sucesso.

Alberto PretoAssociação Cultural

Afro-Brasileira Voz dos Tambores

“A VOZ DOS TAMBORES,UM ENCONTRO COM NOSSA ANCESTRALIDADE”

Eventos

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página 38Ano 4 número 38

Fundada em 2009, a Tenda Espiritual Lar de Luz que tem à frente como guia espiritual Vó Maria do Rosário, segue dando o seu exemplo de Amor ao Próximo!

Em 2013 iniciou a ação de levar alimentos e agasalhos para as pessoas da Rua no próprio Bairro onde está sediada, qual seja, o Bairro de Guaianases, desta maneira pôde realizar seu belo trabalho diretamente sem passar por Órgãos Assistenciais. Todas as terças-feiras de maio a agosto são preparadas na cozinha da Tenda em média 100 marmitex.

Destaca-se que cozinha da Tenda é administrada hoje por duas senhoras maravi-lhosas, D. Cristina e D. Iraci, pessoas que colocam o seu mais puro tempero chama-do AMOR em tudo que fazem.

Nas referidas noites de terça-feira sob a direção dos Maiores Organizadores desta causa, Odair Dahi e Eduardo Souza, ora denominados Cavaleiros da Luz, os mé-diuns da atuante Tenda saem juntamente com quem quiser participar da solidária ação, distribuindo nas frias madrugadas comidinha quentinha e cobertores aos ca-rentes moradores de rua.

Todos retornam com muito mais alimento do que as próprias pessoas que os rece-beram, pois retornam com Alimento para a ALMA devido às experiências adquiridas e depoimentos ouvidos, fatos estes que os fazem ser ainda mais devotos da nossa Sagrada Religião.

O destacável trabalho caritativo em 2014 fluiu com mais facilidade, pois se teve mais ajuda de outros colaboradores e a entidade foi agraciada por doações da Tenda Portais de Umbanda e pelo Irmão Robson Roque da Curimba Soldados de Ogum.

Agradeço ao nosso Pai Maior pela oportunidade de poder ajudar a quem necessita, e agradeço a todos os filhos envolvidos nesta ação, pois estão realizando a verdadeira caridade, qual seja: Fazer o BEM sem olhar a QUEM.

Axé!

Mãezinha Elaine de Oxúm

Tenda Espiritual Lar de Luz

https://www.facebook.com/lardeluz.tendaespiritual

Amor aoPróximoPor Elaine de Oxúm

TENDA ESPIRITUAL LAR DE LUZ - LEVANDO A CARIDADE ADIANTE

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