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« A k adémicos Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1229, de 31 de Janeiro de 2008 e não pode ser vendido separadamente Mário Augusto 23 06 e 07 O português mais conhecido em Hollywood Jornalista Cultura Trance DR 04 e 05 PEDRO JERÓNIMO Por dentro da

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Edição N.º 23 do Jornal Akadémicos Kapa: Por dentro da Cultura Trance

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«AkadémicosSuplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1229, de 31 de Janeiro de 2008 e não pode ser vendido separadamente

Mário Augusto

23

06 e 07

O português mais conhecidoem Hollywood

Jornalista Cultura Trance

DR

04 e 05

PED

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ÓNIM

O Por dentro da

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02 JORNAL DE LEIRIA 31.01.2008

“Mudam-se os tempos mudam-se as vontades…” A frase, bem aojeito de dito popular, adequa-se bem ao que, ao longo dos últimosséculos, tem acontecido com diversos estilos ou movimentos musicais,

dos quais, punk, rock, heavy metal, soul, house, acid, hip-hop, jazz, pop, são ape-nas alguns exemplos. Os movimentos musicais surgem enquadrados em deter-minada conjuntura/dinâmica social, regra geral como resposta ou contestação àmesma.Durante a década de 90 o trance ganhou notoriedade e cada vez mais adeptos.A tradução para português é transe, termo associado a inconsciência, êxtase ouexaltação. Este estilo deriva do techno, sendo a Alemanha e o Reino Unido apon-tados como o seu berço. Além do trance existe também o Goa trance que teve asua origem na Índia nos anos 60. Embora possam ser considerados, por alguns,como dois movimentos distintos, o objectivo é o mesmo: o som como instrumen-to para atingir o transe, o estado alterado de consciência. Actualmente, no nossopaís, as festas trance movimentam milhares de pessoas e euros. Os participan-tes afluem de todos os locais e percorrem centenas de quilómetros para partici-parem. Estas geralmente são realizadas em tendas, em locais que privilegiem ocontacto com a natureza e têm uma decoração, luz e cor muito características,que contribuem para o recriar de um ambiente de ficção. Nestas festas rara-

mente se vêem actos de violência, mas são frequentemente indiciadas comolocais privilegiados de consumo de substâncias psicotrópicas como o LSD, cogu-melos mágicos, ou outros alucinogéneos. Mas será festa trance sinónimo deconsumo de estupefacientes? Existem frequentadores que consomem e fre-quentadores que não consomem drogas e que procuram as festas por outrasrazões. Não se descura a questão dos consumos, que realmente existem, tantonesta como noutras culturas juvenis, e que devem ser alvo de atenção, mas ten-do o cuidado de não generalizar comportamentos.Não poderia nesta abertura dedicada a movimentos juvenis deixar de realçar aeleição dos novos órgãos das Associações de Estudantes da ESE e da ESTG, dasquais Maria de La Salete e Rui Andrade são respectivos Presidentes. É estimu-lante constatar que ainda há jovens que se preocupam com as questões doassociativismo. Termino endereçando os parabéns a Denise Pereira, RodolfoMouta e Cristina Silva, três alunos do IPL, que vão participar no concurso “AudaxNegócios à Prova” e a Paulo Cristo, recém Licenciado pelo IPL, que venceu a 11ªedição do “Concurso Nacional de Ideias - Da Cabeça Para o Papel”. Estes jovenspersonificam bem o espírito empreendedor que cada vez mais deve pautar asinstituições de ensino superior e os jovens que as frequentam.

Cristóvão Margarido, Docente ESE e investigador CIID-IPLeiria

FICHA TÉCNICADirector: José Ribeiro [email protected] Adjunto: João Nazá[email protected] de RedacçãoAlexandra [email protected] PedagógicaCatarina [email protected] à EdiçãoAlexandre [email protected] de redacçãoÂngela Duarte, Sónia OlaioRedacção e colaboradoresAndreia Antunes, Ângela Duarte, Cláudia Silva, David Sineiro,Inês Lopes, Élio Salsinha, Kevin Silva, Maria Joana Reis,Melanie Simão, Paulo Amendoeira, Pedro Jerónimo, RafaelCosta, Sónia Olaio, Tiago Gomes Departamento GráficoJorlis - Edições e Publicações, ldaPaginaçãoIsilda Trindade, Rita Carlos

Abertura

Uma agenda do mês

EXPOSIÇÔES

CINEMA

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Até 6 de FevereiroConfortavelmente, esperando por algoOs trabalhos de pintura e escultura de José Nobre estãopatentes na Livraria Arquivo, em Leiria.A entrada é grátis.

Dia 1 de FevereiroNome de código: CloverfieldO Teatro “O Paço” apresenta ao longo de todo o dia o maisrecente filme do realizador Matt Reeves. Um filme de terrore de ficção científica que nos conta a história de cincojovens que são aterrorizados por um enorme monstro,enquanto faziam uma festa.

Dia 3 de Fevereiro às 21:30O terrível barbeiro de Fleet StreetO Teatro Miguel Franco acolhe este espectacular músical,realizado por Tim Burton. O filme venceu dois globos deOuro e encontra-se nomeado para três óscares. No papelpríncipal encontramos o brilhante desempenha de JohnnyDepp.

Dia 14 de Fevereiro, às 21:30Jorge Palma

O Teatro José Lúcio da Silva acolhe ocantor a solo para um espectáculo commais de uma hora de música.O artistadeve apresentar o seu mais recenteprojecto entítulado Voo Nocturno, umalbum de doze originais, incluíndo osucesso “Encosta-te a mim”.

Vai lá, vai...

Presidente do Instituto Politécnico de LeiriaLuciano de [email protected] do Conselho Directivo da ESEJosé Manuel Silva [email protected] do Curso de Comunicação Social e Educação MultimédiaAlda Mourão [email protected]

Os textos e opiniões publicados não vinculam quaisquer órgãos do IPL

e/ou da ESE e são da responsabilidade exclusiva da equipa do Akadémicos.

Akadémicos«

[email protected]

Dia 8 de Fevereiro, às 21:30 horasOs melhores sketches dos Monty PythonA comédia norte-americana que serviu de inspi-ração para muitos actores que hoje representam,chega a Portugal com a adaptação de Nuno

Markl. O Teatro José Lúcio da Silva recebe actores como BrunoNogueira, José Pedro Gomes, António Feio, Jorge Mourato eMiguel Guilherme num espectáculo com duas horas de purohumor.

Dia 24 de Fevereiro, às 15:30 O pequeno polegarDestinado para crianças, a peça de Marcantoni Del Carlo, conta-nos uma história de coragem e inteligência, onde a inteligênciade um menino triunfa sobre a força bruta de um ogre. Um espec-táculo interactivo onde cada um dos presentes é convidado pelosactores a fazer parte da história. O evento terá lugar no TeatroJosé Lúcio da Silva.

TEATRO

ÉLIO SALSINHA

MÚSICA

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Com vista a desenvolver o espí-rito de iniciativa, de naturezaempresarial, o IPL associou-se aoConcurso Audax - Negócios àProva, uma organização con-junta do ISCTE e RTP2. Tal comoo nome indica, o concurso pre-tende por à prova ideias de negó-cios em vários sectores de activi-dade. Das 260 candidaturas iniciaisapenas 33 foram seleccionadospara o concurso televisivo, sen-do que três destes projectos sãooriundos de alunos ou ex-alunosdo IPL (Denise Pereira da ESEL,Rodolfo Mouta da ESTG e Cristi-na Silva da ESTM).

Denise Pereira, ex-aluna docurso de Comunicação Social eEducação Multimédia da ESEL,explica que quando surgiu estaoportunidade achou que era umbom ponto de partida, para sabercomo seria avaliada fora do con-texto académico: “Eu desenvol-vi o projecto Riscos, com o qualconcorri, durante o último anodo curso na disciplina de Projec-to. Desde o momento em que pen-sei criar uma empresa que apoia

os jovens recém licenciados nasáreas artísticas, fiquei apaixona-da pela ideia, e à medida que oprojecto ia crescendo imagineicomo seria se algum dia a ideiapudesse sair do papel”. A parti-cipação neste concurso não lhetrouxe ainda grandes benefíciosa nível profissional, mas o pro-grama ainda não foi exibido ecomo refere a ex-aluna ”existesempre a esperança que o traba-lho seja reconhecido depois dealcançar alguma visibilidade

pública”. De qualquer forma, obalanço que faz é positivo, tendosido uma experiência diferente:“Deu-me a oportunidade de desen-volver o Plano de Negócios daRiscos com o apoio da OTIC. Pre-miado foi já Paulo Cristo, ex-alu-no do curso de Engenharia Infor-mática, da ESTG, que venceu a11.ª edição do “Concurso Nacio-nal de Ideias – Da Cabeça para oPapel” promovido pela ANJE(Associação Nacional de JovensEmpresários). O prémio resulta

do projecto Sysconector, um pro-grama informático destinado agestores que permite "analisartendências de mercado, fazer pre-visões, planeamento estratégicoe análises ao consumo". O Sysco-nector integra a criação de gráfi-cos e outros elementos visuaisque facilitam a tarefa do gestor.

O espírito empreendedor, asso-ciado a uma vontade de auto-realização foi a principal razãoque levou Paulo Cristo a partici-par no concurso. “O facto de que-rer obter reconhecimento pro-fissional, deixar a minha marcapessoal no mundo, não ser ape-nas mais um entre muitos”. Pau-lo Cristo afirma também que asua participação neste concur-so não lhe trouxe nenhum bene-fício a nível profissional. “Fez-mebem ao ego, mas nada maisque isso. Continuo a ser a mes-ma pessoa de sempre, com adiferença que agora talvez meouçam com mais atenção. Foibom ver que afinal ainda hápessoas que conseguem vermais além. O reconhecimentopúblico apenas me traz maismotivação”. �

Empreender e cooperar. Eis os desejosdos novos presidentes das associações deestudantes (AEs) das escolas do InstitutoPolitécnico de Leiria (IPL) para 2008.

Na AE da Escola Superior de Educação(ESE) “presidente” lê-se no feminino. Mariade La Salete Fernandes, aluna no 2º anode Serviço Social, é o rosto da nova asso-ciação, que pretende fazer “mais e melhor”.A pouca participação dos alunos nas acti-vidades da AE e da ESE é uma preocupa-ção da presidente, que foi eleita num pro-cesso que registou cerca de 90 por centode abstenção. “Responder às necessidadesdos nossos alunos e dar continuidade aotrabalho da anterior AE” são outros alvosa atingir no mandato 2007/08, para Mariade La Salete.

Na escola com mais alunos de todo oIPL, a afluência às urnas também não foia melhor. Com cerca de cinco mil alunos,a Escola Superior de Tecnologia e Gestão(ESTG) registou cerca de 200 votantes.

Contas feitas, Rui Andrade, aluno no 3ºano de Engenharia Civil, é o novo presi-dente da AE. “Desempenhar um papel acti-vo na cidade, continuar a desenvolver pro-

tocolos e parcerias, bem como apostar naformação extra-curricular” são as pro-messas que pretende, agora, começar aedificar. �

Akadémicos«03JORNAL DE LEIRIA 31.01.2008

Está a dar

Associações de Estudantes

Ano novonovos dirigentes

TEXTOS E FOTOS: PEDRO JERÓNIMO

TEXTO: CLÁUDIA SILVA

Exótico, místico, com umambiente capaz de nos levarao mundo árabe, Nekob situa--se no centro histórico deLeiria. Este bar marroqui-no, aberto desde Maio de2006, foi criado por doisjovens portugueses que, apóslongas viagens pela Tunísiae Marrocos, trouxeram aténós um pouco dessa cultu-ra. Com o objectivo de abran-ger um público mais amplosurgiu a ideia de unir os doiscontinentes num espaço só.

A luz ambiente, os azu-lejos típicos, bem como oscandeeiros e as almofadastornam este espaço maisacolhedor e confortável.

Chás, sumos naturais, bati-dos árabes, sanduíches ára-bes e shisha, mais conheci-da como cachimbo de água,são algumas das especiali-dades que podemos encon-trar neste espaço tão aprazí-vel. Mas a especialidade maisapreciada pelos frequenta-dores habituais é, sem dúvi-da, o chá. Todos estes pro-dutos são fornecidos porempresas marroquinas sedea-das em Portugal.

Como forma de dinami-zar o bar, os dois sócios orga-nizam frequentemente espec-táculos, nomeadamentedanças do ventre e festastemáticas (como o Carna-val). �

Nekob Maroc CaféINÊS LOPES E ANDREIA ANTUNES

Konsumo obrigatório

PAULO CRISTO DENISE PEREIRA

Empreendedorismo

Alunos brilham em concursosM

ELA

NIE

SIM

ÃO

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Akadémicos«04 JORNAL DE LEIRIA 31.01.2008

Está a darTrancers

Os hippies da Era Moderna

Nasceu na década de 80algo que hoje se conhece comoCutura Trance. Derivando deuma tradição indiana que fun-cionava através da reacçãoda mente a diferentes sons, otrance é, na opinião de Cris-tóvão Baptista, 21 anos Dj eum seguidor desta prática,“uma junção de ritmos e tona-lidades sonoras que nos fazempensar na nossa vida de for-ma diferente”.

Mas esta filosofia, aparen-temente livre de regras, é ain-da desconhecida de muitos.Juliana Vitorino, 21 anos tam-bém ela amante desta cultu-ra, assume que existem pre-conceitos, mas revela que nemsempre têm razão de ser. “Nãojulguem esta cultura pelo queparece. Trance não é um con-

junto de drogados a abanar acabeça e a ouvir uma músi-ca estranha. Isso não é a cul-tura Trance. É incultura.”

O uso de drogas por partedos trancers pode até ser vis-to como factor agregador. Noentanto, é também necessá-rio que se tenham em aten-ção casos concretos, comoexplica Susana Henriques,professora de Sociologia naESE: “Devemos ter em contaa diversidade de factores pre-sentes no grupo social dostrancers, nomeadamente emrelação aos padrões de con-sumo, motivações, substân-cias consumidas, mas tam-bém ter em conta apossibilidade de alteração doestado de consciência sem orecurso a substâncias psi-coactivas, apenas através dosefeitos da música.”

Os praticantes da culturaTrance são, na sua maioriajovens, desprendidos de bensmateriais, partilhando de prin-cípios, que eles próprios assu-

mem ser muito parecidos coma antiga cultura hippie: “Somosuma espécie de cultura hip-pie dos tempos modernos. Anossa cultura vai muito paraalém da música. Fazemosworkshops onde aprendemosa estar em contacto com anatureza. É o convívio puroentre as pessoas”, explica Cris-tóvão.

DIVERSÃO ALTERNATIVAA verdade é que esta des-

preocupação para com tudoo que é palpável se estende,também, ao estado de espíri-to. Segundo Cristóvão e Julia-na, nas chamadas Festas Tran-ce ambiente é descontraído,não existem confusões e ocarácter humano está mui-tas vezes presente. “ As festassão diferentes de tudo o res-

TEXTO: RAFAEL COSTA E PAULO AMENDOEIRA

»SSããoo uummaa eessppéécciiee ddee

““ssoocciieeddaaddee””,, uunniiddaa ppoorrvvaalloorreess ccoommuunnss..

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QQuueerr ssee ggoossttee oouu nnããooddaa ffoorrmmaa ccoommoosseegguueemm oo sseeuu ddeessttiinnoo,,vveerrddaaddee éé qquuee nnããoo sseeiimmppoorrttaamm mmuuiittoo ccoomm iissssoo..

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Kyoto: não estamos a falar de política, desen-gane-se também quem pensa que vamos falarem ambiente, falaremos, sim, de uma banda dosarredores de Leiria. O EP foi lançado a 22 deDezembro no site da banda onde pode ser des-carregado gratuitamente. Rock melancólico ealternativo, eles próprios o dizem, mas mais doque falar de estilo, fala-se, sim, de qualidade musi-cal. A sonoridade está longe de ser original, mashoje também raro é haver algo que se possa con-siderar novo. Talvez em Portugal haja poucasbandas como os Kyoto. A música deles corres-ponde a um desabafo emotivo. A maior parte dostemas começa com guitarra harpejada a pediratenção do ouvinte, umas vezes consegue-o bem,outras nem tanto.

Got it all abre o álbum de forma tranquila, masà medida que a música vai passando, crescem osinstrumentos, crescendo também a emotivida-de da voz. Depois de um solo de baixo, segue-seum momento de maior agressividade e o refrãoé a apoteose. Realase têm guitarras que se man-têm bem bonitas do início até ao final, tentandode vez em quando sobressair, mas acabando porser engolidas por uma bateria que entra sem pedirlicença e por um baixo que está lá a manter aordem. Uncurl é uma música que vale pela voz epelas guitarras poderosas. Question Mark é belís-sima pela guitarra inicial e a voz bem colocada.Inside é todo um conjunto dos instrumentos, valeessencialmente pela voz no final. Em Fly a little,de certo a música mais “rock” do álbum, há mui-ta loucura de instrumentos. Eyes open segue essalinha mas têm mais consistência, o baixo é bas-tante ritmado e mantêm uma boa melodia. Cominghome é também bastante emotiva, é das melho-res, muito bem estruturada.. Chain Amesterdan éum tema que começa calmo, em que há liberda-de para os instrumentos pairarem, até à intro-dução do refrão que parece um soar de alarme.

Em Kyoto, as letras são desabafos sobre esta-dos de alma, uns bons, outros maus, que ganhamforça com a conjunção de instrumentos.

Leiria tem bons palcos, já era altura de teruma boa banda na onda da junção melódicacom o denominado rock. E os Kyoto são umaboa banda. �

Ká entre nós TIAGO GOMES

Venham mais Kyoto

O extase como estado emocional,O amor como nutriente,A tecnologia como vício,A música como religião, O conhecimento como moeda, Nada como política, A sociedade como utopia.

Manifesto trance no essencial

to. Estamos numa festa trancee ninguém se mete com nin-guém. É cada um na sua via-gem, à procura de retirar o máxi-mo bem-estar. Muitas vezes, nasfestas, acabamos por doar peçasde roupa para instituições decaridade e o dinheiro dos bilhe-tes reverte para causas huma-nitárias”, refere Cristóvão.

No que respeita às festas, Susa-na Henriques afirma que a suafinalidade “ultrapassa a esferaestrita do lazer. Os seus segui-dores expressam o naturalismo,espiritualismo e difundem pro-postas ideologicamente com-prometidas com ideais anar-quistas, libertários, a tolerânciaà diferença, vegetarianismo eveganismo.” Mas são precisa-mente as festas que suscitammais polémica. No Verão pas-sado, aquando do festival Free-dom, houve casos de overdosespor consumo excessivo de estu-pefacientes. Sem querer arran-jar uma justificação, Cristóvãoexplica: “São casos que de fac-to aconteceram. Mas, quantasvezes acontecem situações idên-ticas em sociedades que as pes-soas tendem a considerar maiscivilizadas? A verdade é que adroga não é exclusiva desta cul-tura e, é errado e discriminató-rio associarem-nos a este pro-blema.”

MUSICALIDADESEXÓTICASPode até parecer estranho ao

ouvido da maioria das pessoas,mas a música trance tem ori-gens ancestrais. Deriva da fusãode alguns ritmos como é o caso

do thecno e do house music ouda música tradicional indiana.Trata-se de uma mistura de dife-rentes sonoridades. Tão dife-rentes que é possível identificar

vários tipos de música trance,como explica Cristovão: “TemosTrance psicadélico, progressi-vo, full-on, tribal, hard-trance.São ritmos diferentes, mas nãohá conflitos entre quem gostamais de um género do que deoutro. As pessoas estão em sin-tonia.

São várias as correntes quederam origem à Cultura Tran-ce, mas a forma como levam assuas vidas faz dos trancers úni-cos. E quer se goste ou não daforma como seguem o seu des-tino, verdade é que eles não seimportam muito com isso. Ape-

nas querem uma coisa: “Sermosrespeitados enquanto seres huma-nos”, como diz Juliana.

LINHAS MESTRAS DE UMA CULTURAComo qualquer outra cultu-

ra, os trancers regem-se por prin-cípios próprios. Susana Henri-ques explica que apresentam “umconjunto de normas e valores,costumes e moral que são iden-tificados e partilhados pelos ele-mentos”. Não sendo estas enca-radas como leis, que devem serseguidas obrigatoriamente, são,como refere Juliana Vitorino:“Um conjunto de linhas orien-tadoras que ao fim e ao cabo aca-bam por explicar um pouco doque é esta forma de vida”. A esteconjunto de linhas mestras osseguidores desta cultura cha-mam “Manifesto Trance”. �

PPooddee aattéé ppaarreecceerreessttrraannhhoo aaoo oouuvviiddoo ddaammaaiioorriiaa ddaass ppeessssooaass,,mmaass aa mmúússiiccaa ttrraanncceetteemm oorriiggeennss aanncceessttrraaiiss

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O Mário é provavelmente oportuguês mais conhecido emHollywood. Como é convivercom as estrelas?

Se considerarmos que se calharnão há portugueses lá em Holly-wood... Pelo menos conheçomais algumas do que o comumdos mortais, mas não sou assimtão conhecido quanto possa pare-cer. Ao longo dos 20 e tal anosem que faço estas coisas, acabeipor me aperceber que elas sãopessoas perfeitamente normais.Também têm dor de dentes, levamos filhos à escola, às vezes, têmde fazer contas à vida. Nuncaencarei essas coisas como estan-do ali a trabalhar com estrelas.Estou a fazer um trabalho, e elastambém estão a fazer um tra-balho, que é dar uma entrevis-ta, às vezes um bocadinho for-matada…

Como foi a sua primeira gran-de entrevista?

A primeira de todas foi emPortugal. Foi a um actor ou rea-lizador francês que veio promo-ver um filme, era o Jean-Jacques…A segunda foi a uma actriz, MiriamDaveau, que agora desapareceudo mapa. A primeira fora do Paísfoi com o James Bond, em Lon-dres. Foi fascinante porque eraa primeira vez que saía do País.Conhecia Espanha e pouco mais.Foi uma entrevista para a RTP.Nessa altura tive a oportunida-de de trabalhar com o saudosoRaul Durão. Tive a sorte de ircom pessoas que estavam habi-tuadas a viajar e a conhecer sítios.

A entrevista é um género jor-nalístico imprevisível?

Depende, já que nem sempreme sinto jornalista a fazer aqui-lo. Sinto-me mais entertainer, talcomo eles estão a ser, porque

nem sempre posso fazer as per-guntas que me apetecia fazer.Por exemplo, quando há dias fuientrevistar o Johnny Depp, dis-seram-me logo: “perguntas pes-soais não, muito menos sobre afilha”, que esteve doente há mui-to pouco tempo. Portanto, háuma série de condicionantes quefazem com que o nosso trabalhoseja menos jornalístico e maismedia/entertainer.

Qual foi a melhor e a pior entre-vista que fez?

A pior, digo sempre que é amesma: Steven Seagal, que é umcanastrão da pior espécie. Res-pondia sim, não, talvez. A melhoré muito difícil, destacaria umpacote das melhores: a MerylStreep é sempre um encanto, oAl Pacino é fantástico, o DustinHoffman também, o Robbin Wil-liams é muito bom, o MichaelDouglas… Normalmente são elesque são mais acessíveis. Tenhoencontrado alguns fantásticos,mas um dos que guardo maismemória é do Jack Lenon, quejá morreu há muitos anos. Foiuma entrevista que fiz há 15anos e que recordo com algumfascínio, por aquilo que ele medizia e contava.

Depois de alguns anos de entre-vistas, escreveu dois livros onderelata vários desses episódios.Porque é que decidiu partilhara sua experiência?

Neste caso foi um desafio queme foi lançado por um editor.Estava com receio de desenca-dear o processo de escrita, por-que sou demasiado viciado emescrita para televisão e para rádio.Tinha algum medo de não fazerbem o trabalho, porque escreverpara o papel é muito mais com-plexo, obriga a passar tudo para

lá: as emoções têm de lá estar,senão o leitor não sabe. Em tele-visão não, depende da formacomo colocamos a voz, comoentoamos, da forma como ten-tamos mostrar as imagens. Naaltura o editor sugeriu-me o livro.Eu confesso que era coisa que jáme tinha passado pela cabeça,mas levei meio ano a digerir aideia, a ponderar. Passado umano, tinha quase metade do livroescrito. Em dois meses fiz o quefaltava. Um mês depois, comosobrou material, até pensei “istoé engraçado, vou fazer outro!”E assim foi! A sensação do papel,

de poder ver uma coisa escritapor nós é quase como ter umfilho. A televisão é uma coisa efé-mera. A minha reportagem aca-ba no dia em que vai para o ar.O livro não. A intenção foi per-mitir que o resultado da vendado livro fosse para uma causa –a Associação Portuguesa de Para-lisia Cerebral. Eu tenho uma filhacom este problema, a Rita, e acheique era uma forma de alertar.Neste momento, os livros já derammais de 30 mil euros para aju-dar crianças com paralisia, o queé também gratificante para mim.

Como avalia o papel do cine-ma na abordagem desse tema?

O cinema é entretenimento

puro e duro. É comunicação atra-vés do entretenimento. De vezem quando, o cinema aborda deuma forma ligeira as deficiên-cias. Há casos fantásticos comoa Máscara, de Peter Bogdano-vic, o Encontro de irmãos, quetambém é sobre um tipo de defi-ciência. Curiosamente, sobreparalisia cerebral não há nenhumfilme, talvez porque é uma defi-ciência pouco apelativa para oentretenimento. É muito abran-gente… uma situação de para-lisia cerebral pode paralisar com-pletamente uma criança, em queela apenas mexe os olhos, ououtra que só aos 20 anos des-cobre que tem paralisia cerebralporque a mão não fecha comodeve fechar. Portanto, a parali-sia cerebral resume-se à mortede uma quantidade de células,e quanto maior for essa manchade morte mais complexa se tor-na a doença. Ontem, quando fuifazer a entrevista, encontrei pelaprimeira vez uma jovem jorna-lista com paralisia cerebral. Quan-do ela entrou apercebi-me deimediato que ela tinha algumadeficiência motora. Era france-sa e está a trabalhar normal-mente.

Já pensou realizar um filmesobre esta temática, uma vez quea vive de perto?

Nunca me passou pela cabe-ça, mas é uma ideia engraçada.A paralisia terá que ser um caso,uma história pessoal. Tenho pen-sado noutras coisas. Ando a ten-tar fazer uma história, um gran-de documentário sobre paralisiacerebral com um colega para aSIC. Temos já feito o fim da repor-tagem, mas não sabemos comoé que vai ser o início, nem comovai desenvolver-se. É o caso deuma jovem que eu conheço que

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Sentado no mochoSentou, vai ter k explicar

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NNeemm sseemmpprree ppoossssooffaazzeerr aass ppeerrgguunnttaass qquueemmee aappeetteecciiaa ffaazzeerr

»TEXTOS: ÂNGELA DUARTE, PEDRO JERÓNIMO E SÓNIA OLAIOFOTOS: PEDRO JERÓNIMO

“Tenho uma profpor prazer”Mário Augusto, jornalista e cinéfilo

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Page 7: Akadémicos 23

Uma das melhores surpresas do ano passado veiodas mãos do realizador D.J. Caruso (Taking Lives/The Sal-ton Sea). Trata-se de Disturbia, ou em Português, Para-nóia. Uma adaptação do clássico Janela Indiscreta (RearWindow), de Alfred Hitchcock. Esta adaptação é, noentanto, muito liberal.

Neste filme conhecemos Kale (Shia LaBeouf –Bobby/Transformers), um adolescente problemático queé condenado a prisão domiciliária. É assim que Kalecomeça por descobrir um novo passatempo, o voyeu-rismo. Kale espia os seus vizinhos, incluindo a beldadeadolescente que não poderia faltar, Ashley (Sarah Roe-mer – Cutlass/The Grudge 2), e descobre os seus segre-dos e as suas rotinas. O que ele também descobre é queo seu vizinho Robert Turner (David Morse – The GreenMile/The Rock) partilha estranhas semelhanças comum procurado serial-killer. È a partir daí que o enredocomeça a ganhar forma, enquanto Kale e o seu amigoRonnie (Aaron Yoo – American Pastime/Rocket Science)tentam averiguar a verdade por detrás destas seme-lhanças.

Mais do que a história, o que constrói o filme sãosituações bem delineadas, personagens vivas, se bemque pouco desenvolvidas, boa realização, representa-ções bem conseguidas e um ambiente soberbo. Os jovensactores Shia e Aaron levam o filme mais além com oseu humor contagiante, que revela o cuidado na escri-ta de todo o guião; enquanto os veteranos David Mor-

se e Carrie-Anne Moss (The Matrix/Chocolat) os apoiamcom o seu talento, que embora seja bem visível, temmenos tempo de ecrã do que se gostaria. Nota menosboa para Sarah, pois a cara bonita não nos faz esque-cer a representação mais fraca.

Nos 105 minutos de duração nada parece forçado,a mistura thriller/filme de adolescentes resultou, nestecaso, dando origem a um filme apelativo a uma cama-da etária mais jovem (o filme é para maiores de 12 anos).

Para além do já referido humor, vale a pena subli-nhar a tensão criada por todo o filme, em especial pelagrande performance de David Morse. Aqui não somosconfrontados com banhos de sangue e violência, tudoé mais calmo, mais sinistro, mais assustador. Há partesem que é simplesmente impossível estar recostado nacadeira. Mais do que um filme inovador, este é um fil-me que oferece mais do mesmo, mas com uma quali-dade muito superior. Uma surpresa que agradará atodos, especialmente aos que concordarem que Holly-wood tem falhado muito neste tipo de filmes, enchen-do o mercado de lixo como Saw III, Hostele companhia.7/10.�

tem paralisia cerebral, que é enge-nheira, e que foi mãe de gémeos.Portanto, vamos terminar a repor-tagem com o nascimento dos filhos.

Vai-se ao cinema hoje como seia antigamente?

Acho que essencialmente mudouo ritual do cinema. Era impensá-vel, quando comecei a ser cinéfilo,ir ao cinema por ir, só porque nãotinha nada para fazer. Não, ia por-que sabia o que ia ver. Mudou radi-calmente a forma de mostrar cine-ma, agora com o multiplex. Porexemplo, há um no Porto, o maiorcomplexo de salas de cinema doPaís, onde passam 120 sessões pordia. Quando eu comecei a ser ciné-filo, o Porto tinha umas dez a 15salas, e havia 20 sessões por dia. Ascondições técnicas eram muito defi-cientes, agora melhorou muito tec-nicamente e regrediu como prazercinéfilo. Antigamente, ir ao cine-ma era um acto social. Agora não,vai-se ao cinema como quem vaicomprar rebuçados. O cinema comoindústria também alterou muito.Alteraram-se as regras do jogo coma história dos DVDs e dos downloads,e vai mudar muito nos próximoscinco a seis anos. Eu, que tenho 45anos, já pondero quando vou com-prar um CD. Hoje já penso que émelhor fazer umdownload. Só com-pro aquilo com que quero muitoficar. Há discos que já só comprono download porque fica mais bara-to, porque não ocupa espaço. Nocinema, vai acontecer exactamenteisso, vamos guardar a nossa cino-teca num disco duro. Neste momen-to, o DVD já é um mercado muitomaior do que a distribuição de cine-ma. A greve dos argumentistasprende-se exactamente com isso,porque eles querem ter fatia do

dinheiro dos DVDs, dos downloads…

A greve dos guionistas, que levouao cancelamento dos Globos deOuro, pode por em causa a indús-tria cinematográfica ?

Não, de todo. Acho que a reso-lução vai ser a cedência de parte aparte. Os estúdios vão ceder a algunspedidos dos guionistas. Até porqueestão quase a chegar os Óscares, eera muito complicado se eles os can-celassem. Os Globos de Ouro ain-da vá que não vá… Os Óscares sãoo feriado nacional do cinema. Ago-ra o que é impressionante é a capa-cidade de mobilização que aquelessindicatos têm.

Se não fosse jornalista, o queseria?

Não sei… Acho que sou jor-nalista por uma série de casuali-dades. Mas gostava, seguramen-te, de estar ligado a estas áreas doaudiovisual. Até porque não meconsidero um hardnews. Tive umasorte danada. Tenho uma pro-fissão por prazer. Ser de Espinho,e ter vingado numa área tão com-petitiva e tão difícil, ao longos des-tes anos todos, até a mim me espan-

ta. Fiz sempre as coisas por gozo,prazer e muito trabalho!

Para quando o Mário Augustoactor ou realizador?

Actor nunca! Acho que nãotenho jeito nenhum para inter-pretar e às vezes espanta-me comoé que faço determinadas palhaça-das na televisão. Ainda há dias oJonnhy Depp me disse que nuncavia os filmes depois, porque tinhavergonha daquilo que faz. Eu per-cebo a situação, porque ele é extre-mamente tímido e quando lhe ligama luz ele lá deve passar-se para ooutro lado e fica no Piratas das Caraí-bas. Como realizador… acho quegostava de um dia experimentaralguma coisa, a brincar, não a sério.

Que entrevista ainda sonha fazer?Uma que ainda falta para a

minha colecção é a Clint Eas-twood. Há também um senhorque gostaria imenso de entre-vistar, o Paul Newman. E hámuitos outros…

A vida de Mário Augusto enqua-dra-se em que género?

Numa comédia romântica. �

Akadémicos«07JORNAL DE LEIRIA 31.01.2008

Paranóia

DR

fissãoKultos

A entrevista: Jack Lenon

O filme: ET

A Banda Sonora: Era uma vez na América

“Óscar Mário Augusto”: Dava-o a toda a família

KURTAS

DAVID SINEIRO

Page 8: Akadémicos 23

Divulgar a animação e formas de artetransversais, é o conceito do FIRST, umevento anual que já se tornou num dos ex--líbris da ESAD.CR.

Workshops, First TV, Exposições, espec-táculos com convidados nacionais e inter-nacionais e animação analógica ou digi-tal em diferentes suportes (filme, vídeo, CD,DVD, Instalação, performance, Vdj,) pro-

metem animar as Caldas da Rainha de 10a 13 de Março num evento que conta jácom a sua terceira edição.

A nível nacional, o FIRST tem-se apre-sentado como o único espectáculo abertoexclusivamente para trabalhos de estu-dantes de animação, abrindo fronteiraspara as artes que lhes estão, de alguma for-ma, relacionadas: artes plásticas, artescénicas, performance e música. Mas oFIRST também tem um pé lá fora.

Em termos internacionais, para alémda qualidade das obras expostas, o eventodestaca-se pela originalidade, seja na for-ma de como são premiados (os melhoressão reunidos em pé de igualdade num DVDcom uma hora), seja pelo facto de o con-curso não começar nem acabar na tela deprojecção, atravessando todas as áreas cria-tivas que interagem com a animação.

Mais informações sobre o evento www.firs-tanima.com. �

08 JORNAL DE LEIRIA 31.01.2008

Encontros Internacionais de Estudantes de Artes de Animação

First: o terceiro

A fecharÚltimas

ÂNGELA DUARTE

Akadémicos«

útilwww.eusou.comÉ um site bastante interessante que se baseiana disposição simplificada de informação espe-cializada, ou seja, reúne um conjunto consi-derável de links de sites inseridos num con-texto relevante para determinada área. Desdejornalismo a turismo, passando por música,informática, economia, medicina, direito,astronomia, desporto, cinema e até infância.A informação é variada.

Agradávelwww.imeem.comNeste site pode-se realizar compartilhamentosde música, vídeos e fotos através da interacçãonuma rede social diferenciada em grupos. Estacomunidade online combina assim, uma inte-racção instantânea num grupo a critério, ondede podem descobrir novos gostos e partilhá-loscom outras pessoas. Tudo isto com um sim-ples registo grátis.

O II Encontro de Escritores de LínguaPortuguesa reuniu na Escola Superior deTecnologia e Gestão, nos dias 24 e 25 deJaneiro, cerca de duas dezenas de especia-listas que debateram a escrita, a literaturae a cidadania. Entre eles o leiriense PauloKellerman (na foto), um “escritor da novageração”, como o definiu o moderador PedroBarbosa, num dos painéis do encontro –“No vanguarda da escrita – A ciberlitera-tura”.

A iniciativa do Instituto Politécnico deLeiria (IPL) contou ainda com uma home-nagem ao poeta Manuel Alegre, que passaa dar o nome a um prémio de poesia de âmbi-to nacional, que a instituição leiriense atri-buirá de dois em dois anos. A ocasião ser-viu ainda para premiar alguns trabalhosapresentados no Concurso de Literatura –Região de Leiria e Oeste. “As Uvas de Labe-ria Gala” de Orlando Cardoso (poesia) e“Contos a Oeste” de Ana Cristina Luz (con-to) foram as mais altas distinções em cadacategoria, das 131 obras a concurso. �

MARIA JOANA REIS

KEVIN SILVA

IPL promove a escrita e a cidadania

ErasmusEstão abertas as candi-daturas para o progra-ma Lifelong LearningProgramme/Erasmus,que se destina a intro-duzir novos métodos detrabalho, aperfeiçoarlínguas estrangeiras edar conhecimento denovas culturas aosestudantes do ensinosuperior, por meio dacontinuação/conclu-são dos seus estudosnum outro país. Osestudantes do IPLpodem inscrever-se até31 de Janeiro, em http://www.ipleiria.pt/portal/ipleiria?p_id=58434.

III Jornadas Internacionais de JornalismoVão decorrer, a 14 deMarço, na UniversidadeFernando Pessoa (Por-to) as III JornadasInternacionais de Jor-nalismo, organizadaspor docentes de jorna-lismo da mesma uni-versidade. Este encon-tro tem como temaJornalismo e Democra-cia Representativa edestina-se a estudantesde graduação e pós-graduação na área dojornalismo.Os alunos podem ins-crever-se junto doNúcleo de curso deComunicação Social eEducação Multimédia,preferencialmente atéao fim de Janeiro. Res-tante público na pági-na da universidade:www.ufp.pt.

Arte contemporâneaA exposição de traba-lhos de Nuno Vicente,ex-aluno e actualdocente da EscolaSuperior de Artes eDesign de Caldas daRainha, na GaleriaPaulo Amaro, em Lis-boa, teve início no dia17 e vais estar patenteaté 1 de Março. A expo-sição denomina-se Cla-reira e vem no segui-mento de exposiçõesanteriores do mesmoautor.

PEDRO JERÓNIMO

PED

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