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Direito Processual do Trabalho – Erik de Almeida Aula 05/02/2015 Bibliografia Carlos Henrique Bezerra Leite Amador Paes de Almeida – Curso Prático de Processo Eduardo Gabriel Saad – Direito Processual do Trabalho Sérgio Pinto Martins – Direito Processual do Trabalho Autonomia do Direito Processual do Trabalho Duas teorias: 1. Monista: defendia que não haveria autonomia do Direito Processual do Trabalho, pois não existe um Código de processo do trabalho, há omissão de vários dispositivos que são integrados pelo direito processual comum (CPC) (teoria minoritária) 2. Dualista: há autonomia do Direito processual do trabalho, pois possui domínios próprios, institutos próprios, é disciplina acadêmica, vasto acervo literário Direito Processual do Trabalho Conjuntos de princípios, institutos e instituições próprios, destinados a dirimir os dissídios individuais e coletivos relativos à relação de emprego e de trabalho. 1. Princípio do Ius Postulandi (acompanhar o feito sem advogado) Art. 791, CLT. Houve questionamento da constitucionalidade CFOAB x AMB (associação dos magistrados do Brasil) O STF decidiu que o Art. 791 está em plena vigência. Alcance do princípio do Ius Postulandi ( acompanhar o feito sem advogado): Súmula 425 do TST: ius postulandi terá alcance nas varas do trabalho e no TRT, entretanto, não alcancará os recursos ao TST, nem no mandado de segurança, nas cautelares e nas ações rescisórias. 2. Princípio da proteção mitigada ou temperada Art. 344 CLT Na audiência trabalhista o reclamente não comparecer o processo será arquivado (extinção sem julgamento do mérito) 3. Princípio da irrecorribilidade das sentenças de alçada Lei 5584/70: trata do Dissídio de alçada ( causas cujo valor não

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Direito Processual do Trabalho – Erik de Almeida

Aula 05/02/2015

Bibliografia

Carlos Henrique Bezerra LeiteAmador Paes de Almeida – Curso Prático de ProcessoEduardo Gabriel Saad – Direito Processual do Trabalho Sérgio Pinto Martins – Direito Processual do Trabalho

Autonomia do Direito Processual do TrabalhoDuas teorias:

1. Monista: defendia que não haveria autonomia do Direito Processual do Trabalho, pois não existe um Código de processo do trabalho, há omissão de vários dispositivos que são integrados pelo direito processual comum (CPC) (teoria minoritária)

2. Dualista: há autonomia do Direito processual do trabalho, pois possui domínios próprios, institutos próprios, é disciplina acadêmica, vasto acervo literário

Direito Processual do TrabalhoConjuntos de princípios, institutos e instituições próprios, destinados a dirimir os dissídios individuais e coletivos relativos à relação de emprego e de trabalho.

1. Princípio do Ius Postulandi (acompanhar o feito sem advogado)Art. 791, CLT. Houve questionamento da constitucionalidadeCFOAB x AMB (associação dos magistrados do Brasil)O STF decidiu que o Art. 791 está em plena vigência.

Alcance do princípio do Ius Postulandi (acompanhar o feito sem advogado): Súmula 425 do TST: ius postulandi terá alcance nas varas do trabalho e no TRT, entretanto, não alcancará os recursos ao TST, nem no mandado de segurança, nas cautelares e nas ações rescisórias.

2. Princípio da proteção mitigada ou temperadaArt. 344 CLT Na audiência trabalhista o reclamente não comparecer o processo será arquivado (extinção sem julgamento do mérito)

3. Princípio da irrecorribilidade das sentenças de alçadaLei 5584/70: trata do Dissídio de alçada (causas cujo valor não excedam 2 vezes o salário mínimo)As sentenças que julgarem as Causas que não excedam 2 vezes o salário mínimo não caberá recurso. Ressalvado o que dispõe o art. 2º, § 4º, ou seja, nas causas que sejam aduzidas matérias constitucionais caberá recurso extraordinário ao STF.

Rito ou procedimento sumário

Questionamento sobre violação ao duplo grau de jurisdição

TST: enunciado 356STF: Súmula 640Conclusão: o artigo 2º, §4º da Lei 5584/70 foi recepcionado pela CF/88, não havendo que se falar em violação ao duplo grau de jurisdição, bem como sua vinculação ao salário mínimo.

4. Princípio do dispositivo/da inércia/ da DemandaArt. 2º CPC: Princípio do impulso inicialArt. 8º, III, CF/88Art. 8º, Lei de GreveArt. 114, MPT, CF/88 (o MPT pode impetrar com ação quando se tratar de Dissídio Coletivo de Greve)São partes legitimadas para dar o impulso inicial: Empregado/empregador/ MPT (Ministério Público do Trabalho)Mitigação ao Princípio do Dispositivo:

Art. 878, CLT: o juiz de ofício poderá iniciar o processo de execução trabalhista

Art. 39, CLT (trata de regras sobre a CTPS): MTE/DRT (Delegacia Regional do Trabalho): se houver alegação de inexistência de vínculo de emprego e diante da impossibilidade de reconhecimento de relação laboral no âmbito administrativo, o órgão executivo (DRT) remeterá o processo administrativo para Justiça do Trabalho (possibilidade de impulso incial por parte do órgão do MTE)

5. Princípio da ultrapetiçãoO juiz pode analisar algumas situações de ofício, sem necessidade de pedido da parte autora. Súmula 211 do TST: juros e correção monetária independe de requerimento em reclamação trabalhista); Art. 467, CTL: Pedidos não impugnados na peça de defesa, serão considerados incontroversos e deverão ser pagos na 1º audiência trabalhista, sob pena de acréscimo de 50% sobre seus valores. (é a chamada confissão ficta)

6. Princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias na Justiça do Trabalho

Decisões interlocutórias na Justiça do Trabalho não será atacada por agravo de instrumento.Agravo de instrumento no processo do trabalho: se o recurso ele não foi aceito (falta de pressuposto processual), haverá a impetração do agravo de instrumentoRegra geral: na justiça do trabalho não cabe agravo de instrumento (impugnar decisão interlocutória). Essa decisão será impugnada juntamente com a sentença pelo recurso ordinário. Exceção: pedido de reconsideração (não é um recurso, porém é previsto na CLT): Súmula nº 214 TST: (exceções)a) Das decisões contrárias ás súmulas ou OJ (orientações Jurisprudenciais do TST) Art. 815, CLT: 15 minutos de tolerância para aguardar Juiz do Trabalho para início das audiênciasOJ nº 245: SDI 1 – TST: tolerância zero para as partes no horário da audiência Caso haja decisão considerando o Artigo 815 da CLT e desconsiderando a OJ nº 245 do TST, caberá recurso de revista - RR, que será destinados para as turmas do TSTAula 26/02b) Impugnação de decisão com recurso para o mesmo TRT Nas ações de competência originária do TRTEx.: Mandado de Segurança e ação rescisória – das decisões interlocutórias havendo previsão no regimento interno do TRT – poderá ser impugnada de imediato por agravo regimental ou agravo interno

c) Decisão que acolhe exceção de incompetência territorial, com remessa dos autos a juízo distinto do TRT vinculado ao juízo excepcionadoArt. 651, CLT: competência territorial da Justiça do Trabalho 1º instância: juiz do trabalho, que exerce suas funções na vara do trabalho (não é a vara do trablaho que é a primeira instância, mas sim o juiz do trabalho) Competência para ajuizamento da ação trabalhista: em regra, a localidade onde o empregado

prestou o serviço. Assim, diante de decisões de reconhecimento de incompetência territorial e remetidos os autos para vara do Trabalho distinta do TRT onde foi ajuizada exceção, a decisão será impugnada via RO (Recurso Ordinário) para o TRT em que foi ajuizada inicialmente a reclamação trabalhista

Aula 27/02Solução de conflitos ou dissídios na Justiça do Trabalho

Situações de autotutela ou autodefesa Art. 345, CP: exercício arbitrário das próprias razõesArt. 1220, CC: Legítima defesa da posse ou desforço físico Art. 9, CF/88: Direito de greve – Lei de greve (Lei 7783/89, art. 1º) (é garantia de autotutela e defesa dos direitos)Art. 767, CLT: Direito de retenção;

Autocomposição: denúncias recíprocas visando a solução pacífica do conflito

Mediação: um terceiro dita as regras para chegar a um acordo (ex.: Lei 9958/00, buscando reduzir as demandas da Justiça, instituiu a CCP – comissão de conciliação prévia: órgão paritário (empregados e empregadores, em número iguais), funcionando para tentativa de um acordo extrajudicial. Ao final, não havendo acordo, será firmado um termo que servirá para impetrar a ação trabalhista – Art. 625-D, CLT. Esse artigo exigia a conciliação prévia como condição para impetrar na Justiça do Trabalho – ADI 2139 E 2160 de 13/05/2009 com o intuito de declarar a inconstitucionalidade da interpretação do art. 625-D, CLT). Deu-se em sede de liminar interpretação conforme à CF/88, para declarar FACULTATIVA a passagem pela CCP.

Jurisdição – é o poder/dever que tem o Estado para resolver os dissídios buscando a pacificação social

Estrutura e organização da Justiça do Trabalho A partir de 1930

Era Vargas – política trabalhista: em 01/05/1943 a CLT é publicadaAté a Constituição de 1946, a justiça do trabalho não era órgão do Poder Judiciário

brasileiro, tratava-se de órgão administrativo vinculado ao Ministério do Trabalho, ou seja, do Poder Executivo. Suas decisões deveriam ser homologadas junto a justiça comum Estadual ou Federal (era um órgão administrativo)

A partir da Constituição de 1946, a Justiça do Trabalho passa a integrar o Poder Judiciário

Constituição Federal de 1988Justiça Especial

Justiça Militar;Justiça Eleitorial; Justiça do Trabalho;

Justiça comum Justiça Estadual Justiça Federal

Justiça do Trabalho Era composto na (estrutura montada pela CF/88):

a) 1º instância pela JCJ – Junta de Conciliação e julgamento

Composta por:um juiz togado (concursado)um juiz classista (representante do sindicato dos empregados) um juiz classista (representante do sindicato patronal)

O juíz classista era chamado de juizes leigos, uma vez que não precisavam ser bacharéu, nem ter conhecimento jurídico; tinham prerrogativas de juiz togado na aposentadoriaA EC 24/99 extinguiu a JCJ e a representação classista em todas as instâncias da Justiça do TrabalhoEC 24/99 alterou: Art. 111, Art. 112, Art. 113, Art. 114, Art. 115, Art. 116

b) 2º instância pelo TRTc) 3º instância pelo TST

Em todas as instâncias havia o juiz classista (representante da classe)

Com a alteração proposta pela EC 24/99 determinou a seguinte estrutura (extinguindo às Juntas de Conciliação e Julgamento)

TSTTRTJuiz do trabalho (que exercerá suas atribuições nas Varas do Trabalho)

Juiz de Direito investido de Jurisdição trabalhista: juiz comum, porém investido de jurisdição trabalhista.

Aula 06/03

Juiz do Trabalho Somente por lei federal que será criada Vara do Trabalho. Art. 650, CLT: Art. 28, Lei 10.970/93: o próprio TRT pode dispor sobre a jurisdição de suas varas do trabalho, sua extensão para outros municípios, bem como transferir a sede da vara de um município para outro (Essa lei deu mais autonomia para a Justiça do Trabalho).

Tribunal Regional do Trabalho – TRT Composição: no mínimo 7 juízes (assim, a depender da demanda, o TRT terá mais de 7 integrantes)Pela constituição, são juízes, porém na prática é chamado de desembargador (alguns TRT's editaram seus regimentos internos com a nomenclatura de desembargador).Podem ser brasileiros natos ou naturalizados; Precisa ter mais de 30 anos e menos de 65 anos; Sendo:

- 1/5 membros da OAB/MPT (Ministério Público do Trabalho); - demais – magistrados do Trabalho (critério da promoção por antiguidade e merecimento,

alternadamente)Obs.: se o juíz figurar por 3 vezes consecutivas ou 5 vezes alternadamente a inclusão será obrigatória.Não é necessário a sabatina para nomeação (será nomeado pelo presidente da República)

Inovações trazidas pela EC45/2004 (reforma do Judiciário)a) §1º, Art. 115 da CF: obrigatoriedade da instalação de varas itinerantes nos limites territoriais da jurisdição de cada TRT, bem como a utilização de instalações públicas ou comunitárias. b) §2º , Art. 115 da CF: O TRT de cada região poderá funcionar de forma descentralizada, constituindo Câmaras Regionais (tem o objetivo de dar aos estados que não tem TRT próprio, ter uma Câmara Regional, que é uma espécia de “braço” do TRT) (porém na prática não saiu do papel,

uma vez que os estados que não tem TRT não foi criado as Câmaras Regionais)

Tribunal Superior do Trabalho – TST Art. 111-A, CFComposição: 27 ministrosCritério etário: mais de 35 anos e menos de 65;Brasileiro (nato ou naturalizados)Aprovação por maioria absoluta do Senado Federal – sabatinaNomeação pelo chefe do Executivo Federal1/5 OAB/MPTDemais – magistrados de carreira do TRT (antiguidade e merecimento) (não há automaticidade para incluir no TST, mesmo que se figure por 3 vezes consecutivas ou 5 alternadas)

Art. 111-A CF/88: criou:I - ENAMAT: Escola Nacional de aperfeiçoamento e formação da Magistratura do trabalho II – CSJT: Conselho Superior da Justiça do Trabalho: realiza uma supervisão FOPA (Financeira; Orçamentária; Patrimonial e Administrativa) para os órgãos de 1º e 2º instância

As decisões do CSJT terá efeito vinculante no âmbito administrativo da Justiça do TrabalhoÓrgãos do TSTTribunal Pleno (consolidação de entendimentos do Tribunal pleno geram Súmulas do TST)Órgão Especial

SDI: Seção de Dissídios individuais (SDI 1 e SDI 2)SDC: Seção de Dissídios Coletivos

As OJ (orientações jurisprudenciais) nascem da pacificação dos entendimentos das SDI e SDCTurmas (especializadas para analisar determinados tipos de recurso)

Ministério Público do TrabalhoArt. 127, 128 da CF/88Lei Complementar nº 75/93 (tratará da Lei Orgânica do MPU – LOMPU) (art. 85)

Estrutura Procuradoria Geral do Trabalho Corregedoria do Ministério Público do Trabalho Subprocuradoria do TrabalhoProcuradorias Regionais do Trabalho No âmbito dos TRT's e VarasProcuradorias do trabalho

Atribuições do MPT (art. 83 e 84 da LC 75/93)Atuarão:

Âmbito judicial: pode atuar como parte ou custos legis (fiscal da lei)Âmbito extrajudicial:

Aula 12/03

Lei orgânica do Ministério Público da União – LC 75/1993

São órgãos do MPT1. Procurador Geral do Trabalho;2. Colégio de procuradores do Trabalho; 3. Conselho Superior do MPT; 4. Câmera de Coordenação e Revisão do MPT; 5. Corregedoria do MPT;6. Subprocuradores Gerais do Trabalho; 7. Procuradores Regionais do Trabalho;

8. Procuradores do Trabalho.

PernambucoTRT 6º RegiãoProcuradoria Regional do Trabalho da 6º RegiãoProcuradorias do Trabalho nas principais cidades da área de jurisdição da Procuradoria Regional do Trabalho junto ao TRT da respectiva Região.

Ministério Público do Trabalho Atuação Judicial (art. 83 e 84 da LC 75/93)

Atua como parte ou órgão de campoFiscal da lei (custos legis)

Atuação Extrajudicial

Principais ações MPT poderá ajuizar ação cívil públicaPropor as ações cabíveis para declaração de nulidade de cláusula de contrato, acordo coletivo ou convenção coletiva que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os direitos individuais indisponíveis dos trabalhadores; Propor as ações necessárias à defesa dos direitos e interesses dos menores, incapazes e índios, decorrentes das relações de trabalho; Instaurar instância (entrar com díssidio de greve) em caso de greve, quando a defesa da ordem jurídica ou interesse público (lei 7.783/89)

Principais ações: Ação civil pública; Ação anulatória de cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho Mandado de segurançaAção rescisória; Dissídio de greve.

Exemplos de atuação do MPT de forma administrativa ou extrajudicialRecebimentos de denúnica; Procedimentos investigatórios (Pis); Inquérito Civil Público (ICPs);Termo de compromisso e ajustamento de conduta – TAC – importante instrumento administrativo que prevê multa em caso de descumpriemento, pode ser executado na Vara do Trabalho, por ser título executivo extrajudicial.

Auditores Fiscais do Trabalho – farão a fiscalização das normas trabalhistas e aplicarão multas administrativas para empregadores que descumprirem normas consolidadas (CLT) ou da legislação trabalhista esparsa (vinculados ao MPT)Multa administrativa do auto de infração inscrita na dívida ativa – modalidade de título executivo extrajudicial

Aula 13/03/2015

Competência da Justiça do Trabalho

Art. 114, CF/88 – redação alterada pela EC 45/04

Classificação Competência em razão da matériaCompetência em razão da pessoa

Compete à Justiça do Trabalho processar (antes da EC/45 tinha conciliar) e julgar;

Após a EC/45/2004 – podem ser manejados instrumentos e ações incompatíveis com o instituto da conciliaçãoEx.: MS, HC e HD

Compete privativamente processar e julgar:Inciso I: As ações oriundas da relação de trabalho (envolve toda relação laboral, a exemplo do trabalho autônomo, trabalho cooperado, representante comercial, estágio e aprendizagem; além da relação de emprego) abrangidos os entes de Direito Público Externo (estados estrangeiros e organismos internacionais), abrangidos a Administração direta e indireta* da União, Estados, DF e municípios. (Contudo, o STF na ADI 3395 e 490 (essa anterior a EC 45/04), trouxe a interpretação para excluir da competência da Justiça do Trabalho a relação jurídica tipicamente da Administração Pública (relação de vínculo estatutário))ObservaçõesEstados estrangeiros

Poder de Império: possuem imunidades absolutas decorrente da soberania nacionalPoder de gestão: são equiparados aos particulares – não existindo imunidade de jurisdição

(ex.: contratação de empregados). Contudo, a Justiça do Trabalho não tem poder de execução, uma vez que existe a imunidade de execução (ex.: não pode executar os bens de uma embaixada)

Art. 39, CF/88: Trabalhador temporário (REDA – Regime Especial de Direito Administrativo)Necessidade temporária e excepcional de interesse público: não há concurso público, mas sim processo seletivo simplificado: competência será da Justiça comum estadual ou Federal

1. Dano Moral e patrimonial decorrente da relação de trabalho Teremos também o dano moral e patrimonial decorrente de acidente de trabalho:

No caso de sobrevida: dano próprio ou direito: competência da Justiça do Trabalho (ele mesmo entrando com ação trabalhista)

No caso de falecimento: Dano reflexo ou dano em ricochete: a competência para o julgamento é da Justiça do Trabalho (súmula vinculante 22 STF)

Inciso VI- Dano moral e patrimonial: Fase pré-contratual:

1º Corrente: não admite danos morais e patrimoniais, pois o contrato de trabalho não foi devidamente firmado; Contrato de trabalho – contrato realidade 2º Corrente: são admitidos danos morais e patrimoniais, pois o artigo 114, VI, da CF/88 fala em relação de trabalho, ou seja, a relação de trabalho não só começaria após a assinatura do contrato (ex.: empregado criou expectativa com a promessa de trabalho e, na data de assumir, a empresa desiste de contratá-lo)

Fase pós-contratual: Se o empregado...

Aula 19/03

Acidente de trabalho Se sofre lesões pode haver dano moral e dano patrimonial Art. 109, I, CF/88: traz uma exceção:

Ações acidentárias: são de competência da Justiça Federal causas que envolvam a União em ações acidentáriasAções previdenciárias e decorrentes de acidente no trabalhoBenefícios: Auxílio doença acidentário; auxílio acidente e aposentadoria por invalidez acidentária.Caso não existe subseção da Justiça Federal, pode ser ingressado na Justiça comum estadual Em capitais, será impetrado nas Varas de Acidentes do Trabalho (não havendo vara especializada a competência é da vara cível)

As ações que envolvam direito de greve

Atualmente quem irá dirimir conflitos de greve será da Justiça do Trabalho. Súmula vinculante 23/STF: as ações possessórias que sejam oriundas de greve de trabalhadores da iniciativa privada são de competência da Justiça do Trabalho. (se for greve envolvendo estatutário, deverá ser pleiteado na Justiça comum)

As penalidades administrativas impostas pelos órgãos de fiscalização trabalhista aos empregadores (tomadores de serviço)

Nulidade de auto de infração trabalhista

Manejo de mandado de segurança para o juiz do trabalho (vara do trabalho)

Para os remédios constitucionais: HC, MS e Hdata: para a doutrina, só existia um caso para impetrar Habeas Corpus na Justiça do Trabalho: no caso de depositário infiel. Contudo, com a edição da súmula vinculante 25/STF, não mais pode haver a prisão civil do depositário infiel, logo, não havendo que se falar em Habeas Corpus na Justiça do Trabalho.

Mandado de Segurança: pode ser impetrado na Justiça do Trabalho (ex.: juiz do trabalho sendo coator)

Habeas Data: na prática quase não haverá Habeas Data na seara privada. (ex.: cadastro indevido realizado pela Ministério do Trabalho)

A Justiça do trabalho também é competente para: fixar as contribuições sociais do Art. 195, I, “a”, e II, CF/88, de ofício, decorrentes da sentença que proferi. Receita Federal do Brasil: será intimado da sentença para a análise das contribuições sociais fixadas na Justiça do Trabalho.

Aula 20/03

Art. 114, III, CF: as ações referentes à representação sindicalSindicato x sindicatoSindicato x trabalhador Sindicato x empregador

Filiação e desfiliação de sindicato (art. 8º CF/88)

Eleições para dirigente sindical e respectiva diretoria

Art. 533, CLT: Representação em grau superior:Federação: é facultativa e composta por, no mínimo 05 sindicatos de determinada categoria profissional Confederação: Formada por 03 federações e com sede na capital da República (representação em

âmbito nacional)

Disputa por base territorial

V – Processar e julgar conflitos envolvendo os órgãos de jurisdição trabalhista Legitimidade para arguir o conflito de jurisdição

Partes interessadas Juis do trabalhoTribunais trabalhistasMP do Trabalho

1º Regra: conflito entre juiz de direito e juiz de direito investido na jurisdição trabalhista (quem irá dirimir será o TRT) Havendo discordância entre juiz do trabalho e TRT da mesma região – não estará caracterizado conflito de competência com base no princípio da Hierarquia.

2º Regra: conflito entre TRT's (Varas do Trabalho de TRT's diferentes; Juiz direito investido e dos próprios TRT's) , quem irá dirimir o conflito será o TST

IX Art. 114, CF/88: Compete à Justiça do Trabalho processar julgarOutras controvérsias decorrentes da relação de trabalho. (havia discussão no sentido de informar que essa cláusula estava em duplicidade)

A competência criminal não cabe na Justiça do Trabalho É de competência da Justiça do Trabalho as ações que tenham como causa de

descumprimento das penalidades referentes à segurança, à saúde e a higiene dos trabalhadores (súmula 736 do STF)

Art. 114, § 1º, 2º e 3º:Direito Coletivo do trabalho

§1º: Frustrada a negociação coletiva, poderão as partes eleger árbitros§2º: Não submetendo-se à negociação coletiva e a arbitragem poderá ser ajuizado dissídio

coletivo de natureza econômica;§3º: MPT ajuizará dissídio coletivo em razão de greve em atividade essencial com

possibilidade de violação do interesse público.

Competência territorial da Justiça do Trabalho (art. 651 e §§ da CLT) – Segunda Unidade

Caput: Regra da competência em razão do lugar: a competência será do Juiz do Trabalho onde o empregado prestava sua atividade laboral, mesmo que outro seja o local da contratação.

Aula 17/04§2º, Art. 651, CLT: Competência internacional da Justiça do Trabalho Brasileiro contratado para prestar serviço no ExteriorNão existência de tratado ou Convenção Internacional dispondo de forma diversas

Justiça do trabalho brasileira terá competência para processar e julgar o dissídio No Brasil:

Havendo sede no Brasil: a localidade da competência seria a do local da própria sedeNão havendo sede no Brasil: a competência para processar e julgar o dissídio será a

vara do trabalho da localidade da contratação no Brasil.

Direito material?Súmula 207, TST: Princípio do Lex Loci Executiones

Lei 7064/89Art. 1º – brasileiro contratados no Brasil ou transferidos para o exterior, vinculados a empresas de engenharia, obras consultoria, montagem, gerenciamento e congêneres.

Art. 3º, I e II – Teoria do conglobamento mitigado, orgânico ou por institutos (por matéria)Compara-se o ordenamento jurídico material do país de execução do serviço no estrangeiro e o ordenamento protetivo trabalhista brasileiro, se no conjunto das normas ou por matéria a legislação brasileira for mais favorável ao trabalhador aplica-se a teoria supracitada.

Lei 11.962/09 - Modificou a redação do Art. 1º da Lei 7.064/89 – ampliando a Teoria do Conglobamento mitigado para todos os brasileiros contratados no Brasil ou transferidos para o exterior. Resolução nº 181/2012 – A súmula 207 foi cancelada

Das Partes e Procuradores

Sujeitos processuais: as partes, peritos, juiz, oficial de justiça, serventuários, etc. Partes processuais:

Reclamente (autor)Reclamado (réu)

Capacidade de ser parte Nascimento com vida, e até a preservação dos direitos do nascituro

Capacidade processual Será plena aos 18 anos completosA partir dos 16 anos, poderá ocorrer a emancipação (art. 5º, V, CC)Relação de emprego: economia própria (entende-se por economia própria aquele que recebe

mais de um salário mínimo)

Incapacidade absoluta (art. 3º, CC): teremos a representação: pais, tutores ou curadores

Incapacidade relativa (ART. 4º, CC): teremos a assistência: pais, tutores ou curadores

Capacidade Postulatória:

É a capacidade de exercer a defesa própria ou de terceiros no juízo. Art. 791, CLT (Jus postulandi): com exceção dos recursos para o TST, bem como o mandado de segurança, ação cautelar e ação rescisória, somente através de Advogado.

Aula 23/04Advogado Constituído – Procuração ou mandato Art. 38, CPC: parte final, poderes especiais: transigir, procuração “ad juditia” - Mandato ou procuração Expressa. Na Justiça do Trabalho não é necessário juntar o mandato, basta consignar no nome do advogado na ata da audiência (procuração apud acta ou mandato tácito) (cujo nome consta da ata de audiência) Procuração apud acta ou mandato tácito: Maioria da doutrina entende ser sinônimos, porém há quem entenda que há diferença, uma vez que a segunda há uma determinação de alguns poderes. Não é necessário acostar procuração escrita em 15 dias. Poderes do Mandato Tácito: serão as cláusulas ad juditia, do Art. 38 CPC, primeira parte (não inclui poderes especiais) Para recorrer a instâncias superiores não é necessária procuração expressa Termo ou ato processualNotificação: ato processual para comunicação dos procedimentos processuais trabalhistas, sejam para ciência da reclamatória trabalhista, seja para demais comunicações.

Reclamação trabalhista chegou a vara do trabalho, automaticamente, no prazo máximo de 48 horas, o chefe de secretaria irá fazer a notificação postal (regra), sob pena de responsabilidade; a notificação irá para a reclamada, que terá por objetivo dar ciência da reclamação trabalhista, bem como informar sobre a data e local da audiência trabalhista. O ônus de comprovar o não recebimento da notificação cabe a parte reclamada, ou seja, há uma presunção juris tantum (relativa) de recebimento da notificação. Se a parte está em local incerto ou não sabido, a notificação será por edital. Prática forense laboral: visando a efetividade do processo do trabalho determina que caso a parte não seja localizada ou ofereça resistência do recebimento da notificação por oficial de justiça poderá tentar dirimir do obstáculos.

Aula 24/04 – Falta

Aula 07/05

Atos e termos processuais

Termo – notificação Art. 848 CLT (48h: notificaçã postal) Notificado da reclamação trabalhista – RT e da audiência no prazo mínimo de 05 (cinco) dias do recebimento.

Observação: o ônus de comprovar o não recebimento da notificação é do reclamado (entedimento do TST)

CLT, § 1º, art. 841: citação por editalNão localizado o reclamado ou este oferecer resistência ao recebimento da notificação, deverá ser promovida a notificação por edital. No entanto, na praxi forense laboral a Justiça do trabalho utiliza o oficial de justiça podendo ser também aplicada subsidiariamente a notificação por hora certa e se após as tentativas o reclamado encontrar-se em local incerto e não sabido não resta outra

possibilidade a não ser a notificação por edital.

Administração pública não tem privilégio da notificação pessoal quando for parte em dissídio trabalhista, ou seja, sua notificação será via postal, não se aplicando o disposto no art. 222, C do CPC. Decreto Lei 779/69Entes da Administração pública da União, Estados, DF e Municípios suas autarquias e fundações públicas tem os prazos. I – em quádruplo para contestar; II – em dobro para recorrer

Aula 08/05

Petição inicial trabalhista

Reclamação ou reclamatória trabalhista

Requisitos essenciais, estruturais, internos ou intrínsecos (art. 840, §1º, CLT)

1. Endereçamento: Presidente da vara ou juiz de direito (no lugar de presidente, entenda-se Juiz da Vara do Trabalho ou Juiz de Direito, uma vez que o juiz de direito comum seria investido de jurisdição trabalhista)EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA VARA ÚNICA DE ______

2. Qualificação das partesNão esquecer do CEP devendo a qualificação ser a mais completa possível O reclamente, função, qualificação e endereçamento completo, vem por intermédio de advogado (Procuração anexa) com escritório, endereço completo, onde recebe notificações, propõe com fulcro no artigo 840, §1º da Consolidação das Leis do Trabalho, RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em face da reclamada (…) qualificação e endereço completo, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. (caso tenha alguma situação que envolva dano moral, deve o impetrante citar a base legal ou constitucional de que trata o dano moral)

3. Breve exposição dos fatosDesses fatos, alguns dados como admissão, função, salário e data de demissão são essenciais. Além de outros, como por exemplo, jornada de trabalho, repouso semanal e adicional noturno.

4. Pedido Será feito uma cumulação genérica dos pedidosPedido: deve ser líquido e certoEx.: Condenação da reclamada em:a) aviso prévio proporcional ao ano de 2013 equivalente a R$ ___; dependerá do rito: se for pelo rito ou procedimento sumaríssimo (acima de 2 e não superior a 40 salários mínimos) deverá liquidar, ou seja, especificar os valores para que não ultrapasse os limites do rito. Por outro lado, se for no rito ordinário não precisa liquidar, porém tem que deixar claro todas as verbas trabalhistas envolvidas.

Abrir um tópico para dano moral, quando houver, nos moldes do Art. 282, CPCEstrutura: Fato

FundamentoPedido

5. Data e assinatura do reclamante ou de seu representante

A CLT silencia no tocante ao Direito, valor da causa e em relação à citação do reclamado. Trata-se de flexibilização decorrente do jus postulandi, ou seja, é voltado para a parte. Em regra não é exigível a fundamentação jurídica, porém há situações que é exigido. O valor da causa: doutrina majoritária considera como requisito essencial da reclamação trabalhista.

Aula 14/05

Distinções entre a estrutura da petição trabalhista e a prevista no art. 282 do CPC

Art. 840, §1º, CLT Art. 282, CPC

Endereçamento Endereçamento

Qualificação Qualificação

Breve exposição dos fatos Fatos e fundamentos jurídicos do pedido

Pedido: regra na Justiça do Trabalho é a cumulação dos pedidos Rito sumaríssimo: (2 a 40 SM) todos pedidos tem que ser liquidados (valor quantificado): para esse rito o valor da causa é requisito essencial

Multa do Art. 467: trata-se das verbas incontroversas, ou seja, verbas que são requeridas na reclamação trabalhista e não contestadas. Não sendo pagas na audiência: multa de 50% sobre seu valor (pedido implícito, ou seja, não há necessidade de ser aposto na petição)Art. 729, CLT: Indenização substitutivada reintegração ao Trabalho (pedido implícito)Juros e correção monetária: também trata-se de pedido implícito.

Pedidos alternativos: Art. 288, CPCEx.: Vale transporte ou transporte de empregadosPedidos sucessivos: art. 289, CPC Ex.: Lapso de, no mínimo 5 dias, entre a notificação e a data da audiência: Caso seja marcada a audência com 4 dias, pode arguir preliminarmente a nulidade da citação e mais adiante pedir sucessivamente, caso não seja acatado o pedido preliminar, questões de mérito. Sentença declaratória de vínculo de emprego: obrigatoriamente deverá haver pedidos sucessivos, uma vez que após a declaração do vínculo surgirão os pedidos das verbas trabalhistas.

Valor da causa: como requisito intrínseco à reclaramação trabalhista: (mesmo não expresso): 1ª corrente: sim, indicativo do procedimento ou rito (aferir com base no valor da causa)2ª corrente: não é requisito essencial, uma vez que o art. 2º da Lei 5. 584/70 disciplina que o próprio juiz do trabalho, na ausência de valor da causa, poderá arbitrar o valor. 3ª corrente: não é requisito essencial, consubstanciado no art. 852-B, CLT, ou seja, somente será requisito essencial para o rito ou procedimento sumaríssimo (corrente majoritária) , que exige valor da causa conforme citado artigo

Falta de assinatura: (apócrifa): é considerada inválida

Art. 841, CLT: Sem requerimento da notificação do reclamadoNão há protesto por provas: entende-se que todas as provas serão produzidas em audiência

Aditamento da reclamação trabalhista deve ser feito até a apresentação da defesa pelo reclamado

Decisão Juiz sobre impugnação ao valor da causa cabe pedido de revisão em 48h ao TRT (não tem custas e será recebido sem efeito suspensivo) (exceção a impossibilidade de recurso das decisões interlocutórias)

Aula 15/05

Audiência Trabalhista

Art. 813, CLT: Característica ou princípio da publicidadeAudiências em regra serão públicas, salvo se o interesse social ou pessoal exigirem que corram em segredo de justiça.

Início às 08:00h e término até às 18:00h. Obs.: não pode ultrapassar 5 horas seguidas, salvo por motivo inadiável, relevante.

Art. 815, parágrafo único, CLT: tolerância para início da audiência 15 minutos de tolerância para atraso do magistrado trabalhista Caso haja atraso na pauta e a audiência subsequente atrase, não se condidera o prazo

acima referenciado, uma vez que é uma situação imprevisível OJ nº 245 SDI-1-TST – Tolerância zero para atraso das partes na audiência trabalhista.

Procedimento ordinário

Audiências nos procedimentos

Procedimento ordinário Proceimento sumário e sumaríssimo

Regra: audiência será contínua e única. Contudo na prática ela é fracionada em três etapas: 1. Primeira audiência: inicial ou de conciliação2. Segunda audiência: em prosseguimento (corresponderia à instrução no processo civil)3. Terceira audiência: julgamento

Art. 852, CLT: a regra é que seja única e contínua (deixando no máximo a prolação da sentença em outra data)

Trâmite da audiência do rito ou procedimento ordinário

1. Pregão;2. Iniciar com a primeira tentativa de conciliação (obrigatória); 3. Não havendo acordo, haverá a leitura da reclamação trabalhista se não dispensada pelas

partes; 4. Defesa:

PJE – apresentação eletrônica antes da audiência Caso não tenha apresentado defesa antes da audiência, pode aduzir defesa oral em 20 minutos Sem PJE – apresentação da defesa de forma escrita na audiência Documentos: prazo para reclamente se manifestar sobre defewsa e documentos, as partes ficam intimadas para audiência em prosseguimento

Audiência em Prosseguimento

PregãoDepoimento pessoal das partes (primeiro reclamante e e depois reclamado);Oitiva de testemunhas (primeiro do reclmante e depois do reclamado), peritos e técnicos; Razões finais: não são obrigatórias. Caso não seja apresentado, será denominado reiterativa.Poderá fazê-la em dez minutos oralmente ou o juiz poderá conceder prazo para memoriais. Segunda tentativa de conciliação (obrigatória): Intimadas as partes para audiência de julgamento: data e hora marcada.

Audiência de Julgamento

Trata-se somente da publicação da sentença, não há audiência presencial.

Aula 22/05

Art. 849, CLT: informa que a audiência tem que ser contínuaAudiência inicial ou tentativa de conciliação Art. 844, CLT:

Presença das partes em audiência Se a parte reclamante não comparece: haverá o arquivamento do processo (extinção do processo sem resolução do mérito)

Justificativa: motivo de doença ou outro motivo poderoso (há críticas quanto ao termo poderoso, que devemos entender como motivo relevante)

Em caso de doença ou outro motivo relevante poderá haver representação do empregado: por outro empregado da mesma categoria ou pelo sindicato

Poderes: de justificação, mas não poderes de disposição, ou seja, os poderes especiais do art. 38, in fine, do CPC.

O duplo arquivamento consecutivo na reclamação trabalhista impossibilita o reclamente ao ajuizamento de reclamação pelo prazo de 6 meses (perempção temporária ou provisória) (segundo o professor, não necessariamente precisa ser as mesmas partes e pedido para causar a perempção temporária ou provisória)

Ausência do reclamante na audiência de instrução Haverá confissão quanto a matéria fática

Ausência do reclamado à audiência de conciliação Punição: revelia e confissão ficta quanto à matéria de fatoSubstituição: por gerente ou qualquer outro preposto Quem pode ser preposto na justiça do trabalho? Súmula 377 TST: preposto será empregado da empresa, salvo empregador doméstico (ente familiar) ou micro ou pequena empresa (terceiro com conhecimento dos fatos)Obs.: Advogado não pode ser patrono e preposto do empregador – Estatuto da advocacia Advogado poderá justificar a ausência do reclamado impossibilitado de comparecer à audiência inicial, por motivo de doença ou outro motivo relevantePreposto: (deve ter conhecimento dos fatos): é concedido poderes mais amplos: poderes de disposição (poderes especiais) trazidos pelo artigo 38, parte final, do CPC.

Resposta do reclamado: ContestaçãoExceçãoReconvenção: é admissível na justiça do Trabalho, porém pode haver ou não. Dependerá do valor requerido pelo empregado e o valor que o empregador irá requerer na reconvenção. Se o valor que o empregador requer é maior que o que o empregado requeriu, poderá haver reconvenção.

Aula 28/05

Procedimento Sumário e Sumaríssimo

Ordinário Específico: Inquérito para apuração de

falta grave

Limite de testemunhas para cada parte

02 03 06

Art. 825, CLT: é obrigação da parte trazer suas próprias testemunhas. Não há o depósito do rol de testemunhas do Direito Processual do Trabalho por ser obrigação das partes, bem como para preservar a integridade da prova testemunhal.

Se houver suspeição ou impedimento da testemunha, será ouvida como mero informando sem o compromisso legal.

Não há suspeição de testemunha que tenha litigado contra o mesmo empregador do reclamente, ou mesmo que esteja litigando na Justiça do Trabalho.

Interrogatório e depoimento são sinônimos na Justiça do Trabalho: será interrogado as partes.

Prova pericial: Caberá tanto na audiência pelo rito ordinário, quando na audiência pelo rito sumaríssimo e sumário (de forma excepcional nesses dois últimos)Será desiginada nova audiência

Após, para cada parte, será ofertado 10 minutos para razões finais (somente no rito ordinário)

Em seguida, teremos a segunda tentativa de conciliação (de caráter obrigatória – não havendo, será nulo o processo). A primeira tentativa de conciliação não tem caráter obrigatório

Audiência de julgamento: momento que será prolatada a sentença trabalhista (não há de fato a audiência)

Sentença Trabalhista

Diferenciação da sentença trabalhista

Rito ordinário Rito Sumaríssimo/Sumário

Relatório: relato dos fatos que ocorreram em todo trâmite processual

Somente dispensa o relatório

Fundamentação: onde o juiz irá motivar o seu convencimento, seja alegação dos próprios fatos ocorridos, seja pela doutrina ou jurisprudência.Deve, também, discriminar a natureza das verbas trabalhistas: se são de natureza salarial ou indenizatória. Para as de natureza salarial, teremos a incidência de contribuição previdenciária.

Dispositivo: teremos a condenação propriamente dita. Teremos o julgamento da procedência (parcial ou total) ou imprucedência. Condenação do valor; fixação das custas e honorários e honorários sucumbenciais (se for o caso)

Art. 132, §1º da CLTCondições e prazos para cumprimento da sentençaCondenação em custas processuais

Aula 29/05

Dispositivo: sua ausência na sentença equivale a própria inexistência da mesma.

Princípios que deve ser obedecido pela sentença

Princípio da correlação/simetria/adstrição: vinculação da sentença trabalhista aos pedidos formulados na inicial. O juiz está adstrito aos pedidos contidos na inicial. Há lesão ao princípio supra:

Julgamento ditra petita – aquém dos pedidos (pode ser combatida por embargos de declaração)

Julgamento ultra petita: além dos pedidos (combatida com Recurso ordinário)

Julgamento extra petita: pedido diverso dos arguidos pelo reclamante (combatida com Recurso Ordinário)

Teoria Geral dos Recursos Trabalhistas

Características: Duplo Grau de jurisdiçãoFungibilidade dos Recursos

Recursos cabíveis: Recurso ordinário – RO; 8 dias Recurso Revista – RR; 8 diasEmbargos ao TST; 8 diasEmbargos de Declaração; 5 diasAgravo de petição; 8 diasRecurso Extraordinário: (15 dias) Pedido de revisão (Lei 5.584/70) – 48h

Agravo regimental (depdenderá do regimento – 10 ou 15 dias)

Processo de conhecimento – Linha do tempo dos recursosSentença: cabe recurso ordinário ao TRT; em seguida cabe recurso de revista para o TST; na insatisfação, caberá embargos ao TST; daí caberá recurso Extraordinário ao STF (materia constitucional)

Processo de execução – Linha do tempo dos recursosSentença de execução: caberá agravo de petição para o TRT Da decisão que julgar agravo de petição: caberá recurso de revista ao TSTDa decisão que julgar o recurso de revista: caberá Embargos ao TSTRecurso extraordinário para o STF (em caso de matéria constitucional)

Turmas: julga RRSDI: julga embargos ao TSTSDC

Efeitos dos recursosArt. 899 CLT: em regra, efeito devolutivo: devolve a apreciação da análise para o órgão superior. Não tem efeito suspensivo, em regra, em virtude de as verbas trabalhistas ter natureza jurídica alimentar. Exceção: efeito suspensivoEfeito translativo: sendo uma questão de ordem pública, poderá ser apreciada a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição, sem caracterizar julgamento extrapetita (se for descoberto alguma situação processual: prescrição, admissibilidade..., o juiz de ofício)

Pressupostos de admissibilidade dos recursos

Intrínsecos (subjetivos): são pressupostos voltados para os sujeitos do processoLegitimidade;Interesse;Capacidade;

Extrínsecos (objetivos): a) Recorribilidade: possibilidade de recorrer (ex.: não cabe recurso de decisão interlocutório,

somente ao final)b) Adequação: CLT prevê um determinado recurso para determinada decisão;c) Tempestividade;d) Preparo: além do pagamento das custas, teremos também a figura do depósito recursal:

terá natureza jurídica de garantia do juízo, que deverá ser depositado na conta vinculada do FGTS (somente à parte reclamada fará o depósito recursal);Tabela: Depósito recursal:

Recurso Ordinário (TST): R$ 7.400,00e) Representação: habilitação da parte o advogado

Execução provisório: somente atos de constrição (ex.: penhora – garantia do juízo)Juízo aquo (juiz prolator da sentença)Juízo ad quem (relator do TRT)

Recurso é composto por duas peçasFolha de rosto (interposição): dirá basicamente que os pressupostos processuais estão

sendo atendidos Razões

Contrarazões: Será dado prazo de 08 dias para apresentação da outra parte das contrarazões (folha de rosto e contrarazões)

Recurso adesivo: é cabível diante de um RO, RR, embargo ao TST e de um agravo de petição