aula 01 - processo civil

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Direito Processo Civil Teoria e Exercícios para o TJ-SP Escrevente. Prof(a). Elisa Pinheiro Aula 01 Prof. Elisa Pinheiro www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 43 AULA 01: Dos Atos Processuais (art. 154 a 242 do CPC). SUMÁRIO PÁGINA Dos Atos Processuais (art. 154 a 242 do CPC). 02 a 15 Questões sem Comentários 16 a 22 Questões com Comentários 23 a 43 Olá meus amigos! Como passaram a semana? Estudando muito? Tenho certeza que sim. Hoje iremos estudar “Os Atos Processuais”, explicando a sua forma, os seus prazos, nulidades, etc. No mais, não deixem de ler os artigos relacionados à temática de cada aula nossa. Isto é muito importante, ok? Reparem que cada aula, logo no início (olhem p cima desta página que poderão ver uma caixinha azul com a numeração da aula e o conteúdo dela), destaca os artigos que serão abordados. Assim, não são muitos dispositivos legais para se ler, mas que, entretanto, farão toda a diferença quando da resolução de uma prova. No mais, boa aula e avancemos!

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Direito Processo Civil – Teoria e Exercícios para o TJ-SP – Escrevente.

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AULA 01:

Dos Atos Processuais (art. 154 a 242 do CPC).

SUMÁRIO PÁGINA

Dos Atos Processuais (art. 154 a 242 do CPC). 02 a 15

Questões sem Comentários 16 a 22

Questões com Comentários 23 a 43

Olá meus amigos! Como passaram a semana? Estudando muito? Tenho

certeza que sim.

Hoje iremos estudar “Os Atos Processuais”, explicando a sua forma, os

seus prazos, nulidades, etc.

No mais, não deixem de ler os artigos relacionados à temática de

cada aula nossa. Isto é muito importante, ok?

Reparem que cada aula, logo no início (olhem p cima desta página que

poderão ver uma caixinha azul com a numeração da aula e o conteúdo

dela), destaca os artigos que serão abordados. Assim, não são muitos

dispositivos legais para se ler, mas que, entretanto, farão toda a diferença

quando da resolução de uma prova.

No mais, boa aula e avancemos!

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DOS ATOS PROCESSUAIS (ART. 154 A 242 DO CPC).

1. Conceito.

Bem, é de suma importância entender primeiramente que o ato

processual é espécie do gênero ato jurídico.

Por sua vez, o ato jurídico tem por finalidade direta adquirir, transferir,

modificar, extinguir ou resguardar direito. Desta forma, é correto dizer

que o ato jurídico incide diretamente sobre uma relação jurídica de

direito material.

Já o ato processual, incide sobre uma relação jurídico-processual,

tento por intuito modificá-la, extingui-la, ou instaurá-la.

Gente, muito importante: cuidado para não confundir atos processuais

com fatos processuais. Isto porque os fatos processuais são

acontecimentos naturais, podendo ou não ter relevância ou

repercussão no processo. Ademais, os fatos processuais não dependem

de condutas humanas (gravem isto!).

Por outro lado, os atos processuais são atos humanos (olhe a

diferença para com os fatos processuais) realizados no processo.

Como exemplo de fato processual (não dependem da vontade humana),

podemos mencionar a morte da parte, a perda da capacidade processual,

enfim, como vocês podem perceber tais fatos não dependem da vontade

do ser humana.

Por outro lado, são exemplos de atos processuais: a petição inicial, o

interrogatório, etc.

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2. Classificação dos atos processuais.

No que diz respeito à classificação dos atos processuais, este se dividem

em:

a) Atos das partes;

b) Atos do juiz; e

c) Atos do escrivão ou chefe de secretária.

Atos das partes.

Os atos das partes encontram-se elencados nos artigos 158 a 161 do

CPC. Vejamos:

Art. 158. Os atos das partes, consistentes em declarações

unilaterais ou bilaterais de vontade, produzem imediatamente a

constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais.

Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeito depois de

homologada por sentença.

Art. 159. Salvo no Distrito Federal e nas Capitais dos Estados, todas as

petições e documentos que instruírem o processo, não constantes de

registro público, serão sempre acompanhados de cópia, datada e assinada

por quem os oferecer.

§ 1o Depois de conferir a cópia, o escrivão ou chefe da secretaria irá

formando autos suplementares, dos quais constará a reprodução de todos

os atos e termos do processo original.

§ 2o Os autos suplementares só sairão de cartório para conclusão ao juiz,

na falta dos autos originais.

Art. 160. Poderão as partes exigir recibo de petições, arrazoados, papéis

e documentos que entregarem em cartório.

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Art. 161. É defeso lançar, nos autos, cotas marginais ou interlineares; o

juiz mandará riscá-las, impondo a quem as escrever multa

correspondente à metade do salário mínimo vigente na sede do juízo.

Bem, como o próprio nome induz, os atos das partes são aqueles

praticados pelo autor, réu, terceiros intervenientes e também pelo MP.

Conforme percebemos a partir da leitura do art. 158 do CPC, como regra,

os atos produzem imediatamente seus efeitos. Todavia, existem alguns

atos processuais que dependem de homologação judicial para que

produzam todos os seus efeitos, como é o caso da desistência da ação, da

conciliação e da transação.

Atos do juiz.

Por sua vez, os atos do juiz estão disciplinados no art. 162 a 165 do CPC.

Desta forma, são atos do juiz:

a) Sentenças;

b) Decisão interlocutória; e

c) Despachos.

Todavia, o rol não é taxativo, o que significa que o juiz poderá praticar

outros atos no curso do processo, como é o caso do interrogatório das

partes, a colheita de depoimentos, a inspeção judicial, etc.

Sentenças:

Bom minha gente, a Lei 11.232/05 modificou a redação do art. 162, § 1º

do CPC, alterando o conceito de sentença, para aduzir que esta é “o ato

do juiz que implica alguma das situações previstas nos artigos 267 e 269

do CPC”. Anteriormente, sentença era considerado o ato pelo qual o juiz

põe termo ao processo.

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Vejam que o art. 267 do CPC trata da extinção do processo sem resolução

de mérito, enquanto o art. 269 cuida de situações em que há extinção do

processo com a resolução de mérito.

Decisão Interlocutória:

Bem, de acordo com o art. 162, § 2º do CPC, a decisão interlocutória é o

ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente.

Desta forma, para entendermos o conceito de decisão interlocutória,

basta usarmos do artifício da exclusão, ou seja, “todo ato do juiz, com

conteúdo decisório, que não se enquadrar no conceito de sentença e não

puser fim ao processo, será reputado decisão interlocutória” (Elpídio

Donizetti, Curso Didático de Direito Processual Civil, 13ª Ed., Rio de

Janeiro: Lumen Juris, 2010, p. 270).

Bom, neste sentido, podemos perceber que as decisões interlocutórias

distinguem-se das sentenças por seu caráter interlocutório, ou seja, pelo

fato de serem proferidas no decurso de um processo, mas sem, contudo

finalizá-lo e também sem por termo à fase de conhecimento, em primeiro

grau de jurisdição.

As decisões interlocutórias também se diferenciam dos despachos porque

estes não possuem qualquer conteúdo decisório. No caso da decisão

interlocutória, esta poderá agravar a situação da parte, momento este em

que o prejudicado poderá interpor recurso de agravo (falaremos sobre

isto em momento oportuno).

Despachos:

Em conformidade com o art. 162, § 3º do CPC, “são despachos todos os

demais atos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento

da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma”.

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Em outras palavras, os despachos são aqueles atos praticados pelo juiz

que servem para impulsionar o processo, mas não tem conteúdo

decisório.

Atos do escrivão ou chefe de secretária.

Os atos do escrivão ou chefe de secretária se “classificam-se em atos de

documentação, com a lavratura de termos e de comunicação (citações e

intimações)” (Elpídio Donizetti, Curso Didático de Direito Processual Civil,

13ª Ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, p. 270).

3. Forma dos atos processuais.

Gente, forma nada mais é do que é o aspecto exterior pelo qual os atos

processuais se apresentam.

Neste ponto (quanto à forma), os atos processuais podem ser

classificados em atos solenes e não solenes.

No que diz respeito aos atos solenes, estes são aqueles para os quais a lei

prevê uma forma como condição de validade. Os atos solenes,

normalmente, requerem forma escrita.

Já os atos não solenes, são aqueles em que podem ser praticados de

forma livre.

Adotamos, em regra, o princípio da liberdade das formas, conforme

estabelecido no CPC 154: "Os atos e termos processuais não dependem

de forma determinada senão quando a ler expressamente a exigir,

reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a

finalidade essencial".

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Todavia, a lei poderá condicionar a validade do ato à uma forma

específica, que é o que acontece com os atos que visem à constituição,

transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de

valor superior a 30 (trinta) vezes o maior salário mínimo vigente no país e

neste caso, a forma prescrita é a escritura pública.

4. Exteriorização dos atos processuais.

No que diz respeito à forma, ao modo como o ato processual se

exterioriza, este se dará de forma oral ou escrita.

O ato processual escrito é aquele que se encontra redigido na forma

escrita, ou seja, se manifesta através de uma petição.

Por sua vez, o ato processual oral deverá ser reduzido a termo pelo

escrivão para que possa ser documentado nos autos.

E mais, o art. 156 do CPC estabelece que “em todos os atos e termos do

processo é obrigatório o uso do vernáculo”, o que na prática, significa que

os atos e termos processuais escritos em língua estrangeira serão

reputados nulos.

Desta forma, de acordo com o art. 157 do CPC: “só poderá ser junto aos

autos documento redigido em língua estrangeira, quando acompanhado

de versão em vernáculo, firmada por tradutor juramentado”.

Já nos atos orais, e nas situações em que a parte não souber se expressar

na nossa língua (seja porque fala outra língua, seja porque se trata de

surdos-mudos), deverá ser designado intérprete para lhes dar expressão

em vernáculo.

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5. Publicidade dos atos processuais.

Como regra, os atos processuais serão públicos, o que significa que

qualquer pessoa pode obter traslados e certidões a respeito dos atos e

termos contidos no processo.

Todavia, existem regras a respeito de tal publicidade, quando então, em

decorrência do interesse público ou em virtude de foro intimo, poderão

correr em “segredo de justiça” as os processo (art. 155 do CPC):

I - em que o exigir o interesse público;

Il - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges,

conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores.

Bem, em sendo assim, correndo o processo em segredo de justiça, os

autos somente poderão ser consultados pelas partes, seus advogados,

terceiros intervenientes admitidos no processo e pelo Ministério Público

6. O tempo e o lugar dos atos processuais.

Em conformidade com o art. 172 do CPC, os atos processuais, em regra,

se realizarão em dias uteis, das seis às vinte horas.

E se atentem para o seguinte (isto cai em prova, galera!): os atos

processuais poderão ser praticados aos sábados, porque este é

considerado dia útil. Todavia, em decorrência das leis que organizam o

sistema judiciário, não haverá expediente forense aos sábados. Mas pode

sim, ser executado um ato processual aos sábados!

Outra coisa: não confundam horário de expediente, com horário para a

prática dos atos processuais.

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O horário de expediente é aquele horário em que o fórum encerra seus

trabalhos, pode ser às 18 horas, às 19 horas, enfim o horário que for

definido na lei de organização judiciária do local. Nestas situações, caso o

ato processual deva ser praticado internamente (como a protocolização

de uma petição, por exemplo), este deverá ser exercido até o horário do

fechamento do fórum.

Por sua vez, caso o ato processual seja externo (que se pratique na rua,

fora do fórum), este poderá ser praticado até as 20 horas, que é

considerado o horário máximo para a prática dos atos processuais.

Mas existem algumas exceções para a prática dos atos processuais fora

do horário e dia previstos no caput do art. 172 do CPC, quais sejam:

§ 1o Serão, todavia, concluídos depois das 20 (vinte) horas os

atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a

diligência ou causar grave dano.

§ 2o A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e

mediante autorização expressa do juiz, realizar-se em

domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário

estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o,

inciso Xl, da Constituição Federal.

Art. 5º, inciso XI da CF. A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém

nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de

flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia,

por determinação judicial.

Gente, e aqui vamos nos atentar para mais uma situação muito

importante: os atos processuais que forem praticados por meio

eletrônicos não se sujeitam ao horário de expediente e serão

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consideradas tempestivas as petições que forem transmitidas até as 24

horas do seu último dia.

No que diz respeito ao lugar em que o ato processual deva ser praticado,

em conformidade como o art. 176 do CPC: “os atos processuais realizam-

se de ordinário na sede do juízo. Podem, todavia, efetuar-se em outro

lugar, em razão de deferência, de interesse da justiça, ou de obstáculo

arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz”.

Ademais, aqueles atos processuais que devam ser realizados fora dos

limites territoriais da comarca, deverão ser requisitados através de carta

precatória, ou carta rogatória ou carta de ordem.

7. Férias e feriados forenses.

Gente, a regra é que os atos processuais sejam praticados apenas em

dias uteis o que por óbvio não abarca as férias e feriados forenses.

Todavia, são previstas algumas exceções.

O art. 173 do CPC prevê algumas exceções no que tange à realização do

ato processual nas férias e feriados, mesmo que o despacho que venha a

autorizá-lo tenha se realizado em dia útil. Vejamos:

Art. 173. Durante as férias e nos feriados não se praticarão atos

processuais. Excetuam-se:

I - a produção antecipada de provas (art. 846);

II - a citação, a fim de evitar o perecimento de direito; e bem assim

o arresto, o sequestro, a penhora, a arrecadação, a busca e

apreensão, o depósito, a prisão, a separação de corpos, a abertura

de testamento, os embargos de terceiro, a nunciação de obra nova

e outros atos análogos.

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Por sua vez, o art. 174 do CPC nos apresenta as situações que têm o seu

curso durante as férias forenses e que durante estas podem ser

praticadas. Vejamos:

Art. 174. Processam-se durante as férias e não se suspendem pela

superveniência delas:

I - os atos de jurisdição voluntária bem como os necessários à

conservação de direitos, quando possam ser prejudicados pelo

adiamento;

II - as causas de alimentos provisionais, de dação ou remoção de

tutores e curadores, bem como as mencionadas no art. 275;

III - todas as causas que a lei federal determinar.

Por fim, vejam que a teor do Art. 175. São feriados, para efeito forense,

os domingos e os dias declarados por lei.

8. Prazos.

Os prazos servem para que um determinado ato processual quando

praticado, não se eternize.

Desta forma, “prazo é o lapso de tempo em que o ato processual pode ser

validamente praticado. É delimitado por dois termos: termo inicial (dies a

quo) e termo final (dies ad quem)” (Elpídio Donizetti, Curso Didático de

Direito Processual Civil, 13ª Ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, p.

270).

No que tange a sua classificação os prazos processuais se dividem em:

a) Quanto à origem:

a. Legais e

b. Judiciais

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b) Quanto às consequências processuais:

a. Próprio e

b. Impróprios

c) Quanto à possibilidade de dilação:

a. Dilatórios e

b. Peremptórios

Os prazos legais são aqueles definidos em lei, não podendo, via de

regra, serem alterados pelo magistrado.

Os prazos judiciais são os fixados pelo próprio juiz, quando a lei vier a

ser omissa.

Os prazos próprios, também chamados de preclusivos, são aqueles que

se destinam à pratica dos atos processuais pelas partes, ou seja, são os

atos praticados pelas partes e quando não forem observados pelas partes,

geram a preclusão temporal do ato.

Os prazos impróprios são aqueles praticados pelo juiz e uma vez

desrespeitados não geram qualquer consequência no processo.

Os prazos dilatórios são aqueles que se encontram arrolados em

normas dispositivas, podendo ser ampliados ou reduzidos pelas partes de

comum acordo.

Por fim, os prazos peremptórios são prazos fixados em normas

imperativas, não podendo ser alterados pela vontade das partes.

Por fim, o art. 182 do CPC, permite ao juiz prorrogar os prazos

(independentemente do tipo) por até 60 dias. Vejamos o que diz o

dispositivo legal:

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Art. 182. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir

ou prorrogar os prazos peremptórios. O juiz poderá, nas comarcas

onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas

nunca por mais de 60 (sessenta) dias.

Parágrafo único. Em caso de calamidade pública, poderá ser

excedido o limite previsto neste artigo para a prorrogação de

prazos.

Atenção para algumas peculiaridades:

a) O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é contínuo, não se

interrompendo nos feriados, art. 178 do CPC;

b) A superveniência de férias suspenderá o curso do prazo; o que Ihe

sobejar recomeçará a correr do primeiro dia útil seguinte ao termo

das férias, art. 179 do CPC.

c) Suspende-se também o curso do prazo por obstáculo criado pela

parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 265, I e III;

casos em que o prazo será restituído por tempo igual ao que faltava

para a sua complementação, art. 180 do CPC.

Gente, no que tange ao termo inicial dos prazos, de acordo com o art.

184 do CPC, os prazos serão contados excluindo-se o dia do começo e

incluindo-se o dia do vencimento. Ademais, o marco inicial dos prazos,

será o dia da intimação, conforme entendimento do art. 240 do CPC.

Atenção! O prazo somente começará a fluir a partir do dia útil seguinte

ao da intimação.

Exemplo: a intimação foi feita no sábado (dia útil, mas em que não há

expediente forense). Deve-se levar em conta que esta (a intimação) se

deu no próximo dia útil, que é a segunda-feira (se não for feriado) e a

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contagem do prazo terá início na terça-feira (que é o primeiro dia útil

após o dia da intimação).

O art. 241 do CPC estabelece algumas regras acerca da fixação do termo

inicial do prazo, vejamos:

I - quando a citação ou intimação for pelo correio, da data de juntada aos

autos do aviso de recebimento;

II - quando a citação ou intimação for por oficial de justiça, da data de

juntada aos autos do mandado cumprido;

III - quando houver vários réus, da data de juntada aos autos do último

aviso de recebimento ou mandado citatório cumprido;

IV - quando o ato se realizar em cumprimento de carta de ordem,

precatória ou rogatória, da data de sua juntada aos autos devidamente

cumprida;

V - quando a citação for por edital, finda a dilação assinada pelo juiz.

Quanto ao Ministério Público, Fazenda Pública e Defensoria Pública, para

eles os prazos serão computados em quádruplo para contestar e em

dobro para recorrer, sempre que tais entes forem partes.

9. Preclusão.

A preclusão pode ser entendida como sendo a perda, extinção ou

consumação de uma faculdade processual.

A preclusão poderá ser:

a) Temporal;

b) Lógica; e

c) Consumativa.

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A preclusão temporal decorre da inércia da parte que deixa de praticar

um determinado ato em seu devido tempo, conforme art. 183 do CPC.

Art. 183. Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de

declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à

parte provar que o não realizou por justa causa.

Desta forma, haverá a preclusão temporal para aquele que não contestou

ou recorreu no prazo estabelecido em lei.

A preclusão lógica Consiste na perda da faculdade processual de

praticar um ato que seja logicamente incompatível com outro realizado

anteriormente.

Por fim, a preclusão consumativa é aquela que o ato já foi praticado,

não podendo o ser novamente.

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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS.

01. FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judiciário - Área Administrativa

Quando a lei prescrever determinada forma para o ato processual, em

nenhuma hipótese poderá ser aproveitado, se a forma determinada tiver

sido preterida.

02. FCC - 2011 - PGE-MT – Procurador

A respeito do tempo e lugar dos atos processuais, é certo que

a) a produção antecipada de provas pode ser praticada nos feriados.

b) os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das nove às dezoito

horas.

c) os prazos estabelecidos pelo juiz suspendem-se nos feriados.

d) podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar os prazos

dilatórios, mesmo depois do respectivo vencimento.

e) a parte não poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em

seu favor.

03. FCC - 2009 - TCE-GO - Analista de Controle Externo – Direito

A superveniência de feriado suspende os prazos processuais previstos em

lei.

04. FCC - 2006 - TRE-SP - Analista Judiciário - Área Judiciária

Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, incluindo o dia

do começo e excluindo o do vencimento.

05. FCC - 2010 - MPE-RN - Agente Administrativo

Nos processos que correm em segredo de justiça, o terceiro, que

demonstrar interesse jurídico, pode requerer ao juiz certidão do

dispositivo da sentença, bem como de inventário e partilha resultante do

desquite.

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06. FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área

Judiciária

Quanto aos atos processuais, considere:

I. Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de dez dias o

prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.

II. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão

contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo

geral, para falar nos autos.

III. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou

prorrogar os prazos peremptórios.

IV. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para

recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.

De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que consta

APENAS em

a) I e IV.

b) II e III.

c) II, III e IV.

d) III e IV.

e) I, II e III.

07. FCC - 2009 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Área

Judiciária - Execução de Mandados

Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração

judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar

que o não realizou por justa causa.

08. FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Área

Judiciária - Execução de Mandados

No que se refere aos prazos, de acordo com o Código de Processo Civil é

correto afirmar que

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a) o juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte ou em caso de

calamidade pública, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de

60 (sessenta) dias.

b) quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão

a comparecimento depois de decorridas 48 (quarenta e oito) horas.

c) o advogado que exceder o prazo legal para devolver os autos será

intimado para devolução no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena

de perder o direito de vista fora de cartório e incorrer em multa,

correspondente a dois salários mínimos vigentes na sede do juízo.

d) computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para

recorrer quando a parte for a Fazenda Pública, o Ministério Público, ou

Empresa Pública.

e) se suspende o curso do prazo quando for oposta exceção de

impedimento ou suspeição do juiz, devendo ser restituído o prazo por

tempo igual ao que faltava para a sua complementação.

09. FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Área

Judiciária

Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória,

independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e

revistos pelo juiz quando necessários.

10. FCC - 2007 - TRF-2R - Analista Judiciário - Área Judiciária

A respeito da citação, considere:

I. Citação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do

processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.

II. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito, aos

noivos, nos três primeiros dias de bodas.

III. Comparecendo o réu apenas para argüir a nulidade e sendo esta

declarada, considerar-se-á feita a citação na data em que ele ou seu

advogado for intimado da decisão.

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Está correto o que consta APENAS em

a) I e II.

b) I e III.

c) II.

d) II e III.

e) III.

11. CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial - Área Processual

- Cargo 8

Consoante entendimento reiterado da jurisprudência, não assiste à parte

o direito ao recibo de petições, arrazoados, papéis e documentos que

entregarem em cartório.

12. CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial - Área Processual

- Cargo 8

Os atos processuais, em regra, são públicos e dependem de forma

determinada, independentemente de exigência legal expressa, pois, de

acordo com a sistemática processual, tais atos são validados pela forma.

13. CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo

O ato judicial que se limita a julgar o processo extinto sem julgamento do

mérito tem natureza de decisão interlocutória.

14. CESPE - 2008 - PGE-ES - Procurador de Estado

Todo prazo, em regra, é contínuo, não se interrompendo nos feriados.

Não havendo preceito legal que fixe o prazo nem sendo este fixado pelo

juiz, será de cinco dias o prazo para a prática de ato processual a cargo

da parte.

15. CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário - Área

Administrativa

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Em regra, os atos processuais são públicos e dependem de forma

determinada para reputarem-se válidos.

16. CESPE - 2008 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário -

Área Administrativa

A incompetência relativa não poderá ser conhecida de ofício pelo juiz,

salvo na hipótese de foro de eleição ajustado em contrato de adesão.

17. CESPE - 2004 - Polícia Federal - Delegado de Polícia - Regional

As citações e intimações devem ser feitas no horário de funcionamento do

fórum, quando há expediente forense.

Assim, é nula a citação feita às 6 horas da manhã, porque, nesse horário,

ainda não se iniciou o expediente no palácio da justiça ou no fórum.

18. CESPE - 2007 - TRT-9R - Técnico Judiciário - Área

Administrativa

Em regra, na contagem dos prazos processuais, exclui-se o dia de começo

e inclui-se o do vencimento.

Se a citação ou intimação for feita por oficial de justiça, o prazo para a

prática do ato processual terá início a partir da juntada aos autos do

mandado cumprido.

19. CESPE - 2009 - TRT - 17ª Região (ES) - Técnico Judiciário -

Área Administrativa

Em que pese a citação válida ser essencial para o desenvolvimento

regular do processo, é possível que seja suprida a sua falta ou nulidade.

20. CESPE - 2009 - TRT - 17ª Região (ES) - Técnico Judiciário -

Área Administrativa

Ao contrário do que ocorre com os prazos estabelecidos pelo juiz, o prazo

estabelecido pela lei é contínuo e não se interrompe nos feriados.

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21. CESPE - 2009 - TRT - 17ª Região (ES) - Técnico Judiciário -

Área Administrativa

Caso o escrivão receba a petição inicial de uma ação de indenização por

perdas e danos, a primeira providência que ele deverá adotar é entregar

a petição ao juiz para despachá-la.

22. CESPE - 2009 - DPE-ES - Defensor Público

Ao proceder à citação da pessoa jurídica, é dever do oficial de justiça

exigir prova da representação legal ou contratual da empresa para

reputar válida e eficaz a diligência efetuada.

23. CESPE - 2008 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária

A alegação de existência de coisa julgada, de convenção de arbitragem e

de carência de ação são defesas peremptórias, enquanto a alegação de

conexão é meramente dilatória.

24. VUNESP - 2010 - TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário

A desistência da ação produz efeito desde que publicada pela imprensa

oficial, para conhecimento de terceiros.

25. VUNESP - 2009 - TJ-SP - Oficial de Justiça

Não se fará a citação ao cônjuge de falecido, no dia de seu falecimento e

nos cinco dias seguintes ao óbito.

26. VUNESP - 2009 - TJ-MS - Titular de Serviços de Notas e de

Registros

Comparecendo o réu apenas para arguir a nulidade e sendo esta

decretada, considerar-se-á feita a citação na data em que ele ou seu

advogado for intimado da decisão.

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27. VUNESP - 2010 - TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário

Despacho é todo ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve

questão incidente.

28. VUNESP - 2009 - TJ-SP - Oficial de Justiça

Os atos processuais serão realizados nos dias úteis, o que inclui o sábado,

pois apenas estão proibidos os atos praticados em feriados.

29. VUNESP - 2009 - TJ-SP - Oficial de Justiça

O juiz determinará o cumprimento de todos os atos processuais no prazo

de cinco dias, quando a lei processual for omissa ao criá-los.

30. VUNESP - 2010 - TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário

A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita

eletronicamente, na forma da lei.

31. VUNESP - 2009 - TJ-SP - Oficial de Justiça

A citação somente será feita pessoalmente ao réu, ainda que realizada

pelo correio e se pessoa jurídica, a seu representante legal.

GABARITO

01–ERRADA 02 - A 03-ERRADA 04-CERTA 05-CERTA

06 – C 07-CERTA 08 – E 09-CERTA 10 - D

11-ERRADA 12-ERRADA 13-ERRADA 14-CERTA 15-ERRADA

16-CERTA 17-ERRADA 18-CERTA 19-CERTA 20-ERRADA

21-ERRADA 22-ERRADA 23-CERTA 24-ERRADA 25-ERRADA

26-CERTA 27-ERRADA 28-CERTA 29-ERRADA 30-CERTA

31-ERRADA *** *** *** ***

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QUESTÕES COM COMENTÁRIOS.

01. FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judiciário - Área Administrativa

Quando a lei prescrever determinada forma para o ato processual, em

nenhuma hipótese poderá ser aproveitado, se a forma determinada

tiver sido preterida.

Gabarito: ERRADA

Comentários:

Gente, de acordo com o princípio da instrumentalidade das formas,

concluímos que a existência do ato processual não é um fim em si

mesmo, mas instrumento utilizado para se atingir determinada finalidade.

Assim, ainda que com vício, se o ato atinge sua finalidade sem causar

prejuízo às partes não se declara sua nulidade.

Ademais, mesmo que determinado ato tenha sido executado de outra

forma e ainda assim, lhe preencha a finalidade, este atos serão reputados

válidos.

Ainda, somente dependerão de forma pré-determinada quando a lei

expressamente exigir.

Art. 154, do CPC. Os atos e termos processuais não dependem de forma

determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se

válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a

finalidade essencial.

02. FCC - 2011 - PGE-MT – Procurador

A respeito do tempo e lugar dos atos processuais, é certo que

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a) a produção antecipada de provas pode ser praticada nos

feriados.

b) os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das nove às dezoito

horas.

c) os prazos estabelecidos pelo juiz suspendem-se nos feriados.

d) podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar os prazos

dilatórios, mesmo depois do respectivo vencimento.

e) a parte não poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente

em seu favor.

Gabarito: A

Comentários:

Letra A – CERTA.

Art. 173 do CPC. Durante as férias e nos feriados não se praticarão atos

processuais. Excetuam-se:

I - a produção antecipada de provas (art. 846);

II - a citação, a fim de evitar o perecimento de direito; e bem assim o

arresto, o seqüestro, a penhora, a arrecadação, a busca e apreensão, o

depósito, a prisão, a separação de corpos, a abertura de testamento, os

embargos de terceiro, a nunciação de obra nova e outros atos análogos.

Letra B – ERRADA.

Das 06 às 20 horas é o horário em que os atos processuais são

realizados.

Art. 172 do CPC. Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6

(seis) às 20 (vinte) horas.

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Letra C – ERRADA.

Erra a questão ao dizer que os atos se suspendem nos feriados, quando

na realidade eles não se interrompem nos feriados.

Art. 178. O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é continuo e não se

interrompendo nos feriados.

Letra D – ERRADA.

Somente antes do vencimento do prazo é que as partes, de comum

acordo e caso se funde em motivo legítimo, poderão reduzir ou prorrogar

os prazos dilatórios.

Art. 181 do CPC. Podem as partes, de comum acordo, reduzir, ou

prorrogar os prazos dilatórios; a convenção, porém, só tem eficácia se,

requerida antes do vencimento do prazo, se fundar em motivo legítimo.

Letra E – ERRADA.

Poderá, sim, a parte renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em

seu favor.

Art. 186 do CPC. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido

exclusivamente em seu favor.

03. FCC - 2009 - TCE-GO - Analista de Controle Externo – Direito

A superveniência de feriado suspende os prazos processuais previstos

em lei.

Gabarito: ERRADA

Olha a pegadinha do examinador, aí gente! Ele trocou a palavra “férias”

que consta no art. 179 do CPC e trocou por “feriado”. Pois é, tal “pequeno

detalhe”, pode custar um acerto.

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Art. 179, CPC. A superveniência de férias suspenderá o curso do prazo; o

que lhe sobrejar começará a correr do primeiro dia útil seguinte ao termo

das férias.

04. FCC - 2006 - TRE-SP - Analista Judiciário - Área Judiciária

Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, incluindo o dia

do começo e excluindo o do vencimento.

Gabarito: CERTA

Comentários:

Literalidade do art. 184 do CPC.

Art. 184 do CPC. Salvo disposição em contrário,

computar-se-ão os prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do

vencimento.

05. FCC - 2010 - MPE-RN - Agente Administrativo

Nos processos que correm em segredo de justiça, o terceiro, que

demonstrar interesse jurídico, pode requerer ao juiz certidão do

dispositivo da sentença, bem como de inventário e partilha resultante do

desquite.

Gabarito: CERTA

Comentários:

Art. 155 do CPC. Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em

segredo de justiça os processos:

Parágrafo único. O direito de consultar os autos e de pedir certidões de

seus atos é restrito às partes e a seus procuradores. O terceiro, que

demonstrar interesse jurídico, pode requerer ao juiz certidão do

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dispositivo da sentença, bem como de inventário e partilha resultante do

desquite.

06. FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área

Judiciária

Quanto aos atos processuais, considere:

I. Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de dez dias o

prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.

II. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão

contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo

geral, para falar nos autos.

III. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou

prorrogar os prazos peremptórios.

IV. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para

recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.

De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que consta

APENAS em

a) I e IV.

b) II e III.

c) II, III e IV.

d) III e IV.

e) I, II e III.

Gabarito: C

Comentários:

Item I – ERRADO.

Erra a questão ao dizer que o prazo será de 05 (cinco) dias para a

prática de ato processual a cargo da parte, quando não houver preceito

legal e nem assinação pelo juiz.

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Art. 185 do CPC. Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz,

será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo

da parte.

Item II – CERTA.

Art. 191 do CPC. Quando os litisconsortes tiverem diferentes

procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar,

para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.

Item III – CERTA.

Art. 182 do CPC. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo,

reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios. O juiz poderá, nas

comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas

nunca por mais de 60 (sessenta) dias.

Item IV – CERTA.

Art. 188 do CPC. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e

em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o

Ministério Público.

07. FCC - 2009 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Área

Judiciária - Execução de Mandados

Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração

judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar

que o não realizou por justa causa.

Gabarito: CERTA

Comentários:

Literalidade do art. 183 do CPC.

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Art. 183 do CPC. Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de

declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à

parte provar que o não realizou por justa causa.

08. FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Área

Judiciária - Execução de Mandados

No que se refere aos prazos, de acordo com o Código de Processo Civil é

correto afirmar que

a) o juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte ou em caso de

calamidade pública, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de

60 (sessenta) dias.

b) quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão

a comparecimento depois de decorridas 48 (quarenta e oito) horas.

c) o advogado que exceder o prazo legal para devolver os autos será

intimado para devolução no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena

de perder o direito de vista fora de cartório e incorrer em multa,

correspondente a dois salários mínimos vigentes na sede do juízo.

d) computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para

recorrer quando a parte for a Fazenda Pública, o Ministério Público, ou

Empresa Pública.

e) se suspende o curso do prazo quando for oposta exceção de

impedimento ou suspeição do juiz, devendo ser restituído o prazo

por tempo igual ao que faltava para a sua complementação.

Gabarito: E

Comentários:

Letra A – ERRADA.

Erra a questão ao dizer que nos casos de calamidade pública o limite de

60 (sessenta) dias não poderá ser excedido, contrariando o disposto no

art. 182, parágrafo único do CPC.

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Art. 182 do CPC. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo,

reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios. O juiz poderá, nas comarcas

onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por

mais de 60 (sessenta) dias.

Parágrafo único. Em caso de calamidade pública, poderá ser excedido o

limite previsto neste artigo para a prorrogação de prazos.

Letra B – ERRADA.

Prazo não é de 48 (quarenta e oito) horas como aduz a assertiva e sim de

24 (vinte e quatro), conforme entendimento do art. 192 do CPC.

Art. 192 do CPC. Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações

somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas 24 (vinte e

quatro) horas.

Letra C – ERRADA.

A multa é de meio salário mínimo e não dois salários mínimo, como aduz

a questão.

Art. 196 do CPC. É lícito a qualquer interessado cobrar os autos ao

advogado que exceder o prazo legal. Se, intimado, não os devolver dentro

em 24 (vinte e quatro) horas, perderá o direito à vista fora de cartório e

incorrerá em multa, correspondente à metade do salário mínimo

vigente na sede do juízo.

Letra D – ERRADA.

Olha só, gente! Este tipo de questão cai e muito em provas de concursos,

então, vamos memorizar aqui uma dica para lembrar dos prazos quando

for parte nos processos a Fazenda Pública ou o Ministério Público: QCDR.

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Prazo Ação

Quádruplo Contestar

Dobro Recorrer

Então o prazo é em:

Quádruplo para contestar; e

Dobro para recorrer.

Mas se lembrem, tais prazos serão contados para quando figurar

como parte a Fazenda Pública o Ministério Público.

No caso da assertiva, o erro está em incluir a Empresa Pública como

sendo privilegiada de tais prazos.

Art. 188 do CPC. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar

e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o

Ministério Público.

Letra E – CERTA.

Art. 180 do CPC. Suspende-se também o curso do prazo por obstáculo

criado pela parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 265, I e III;

casos em que o prazo será restituído por tempo igual ao que faltava para

a sua complementação.

09. FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Área

Judiciária

Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória,

independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e

revistos pelo juiz quando necessários.

Gabarito: CERTA

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Comentário:

Art. 162, § 4º do CPC. Os atos meramente ordinatórios, como a juntada

e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados

de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários.

10. FCC - 2007 - TRF-2R - Analista Judiciário - Área Judiciária

A respeito da citação, considere:

I. Citação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do

processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.

II. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito, aos

noivos, nos três primeiros dias de bodas.

III. Comparecendo o réu apenas para argüir a nulidade e sendo esta

declarada, considerar-se-á feita a citação na data em que ele ou seu

advogado for intimado da decisão.

Está correto o que consta APENAS em

a) I e II.

b) I e III.

c) II.

d) II e III.

e) III.

Gabarito: D

Comentário:

Item I – ERRADA.

Erra a questão ao aplicar o conceito de intimação à citação.

Art. 213 do CPC. Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu

ou o interessado a fim de se defender.

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Art. 234 do CPC - Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a

alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de

fazer alguma coisa.

Item II – CERTA.

Art. 217 do CPC. Não se fará, porém, a citação, salvo para evitar o

perecimento do direito:

III - aos noivos, nos 3 (três) primeiros dias de bodas.

Item III – CERTA.

Art. 214 do CPC. Para a validade do processo é indispensável a citação

inicial do réu.

§ 2º - Comparecendo o réu apenas para argüir a nulidade e sendo esta

decretada, considerar-se-á feita a citação na data em que ele ou seu

advogado for intimado da decisão

11. CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial - Área Processual

- Cargo 8

Consoante entendimento reiterado da jurisprudência, não assiste à parte

o direito ao recibo de petições, arrazoados, papéis e documentos que

entregarem em cartório.

Gabarito: ERRADA

Comentários:

Art. 160 do CPC. Poderão as partes exigir recibo de petições,

arrazoados, papéis e documentos que entregarem em cartório.

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12. CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial - Área Processual

- Cargo 8

Os atos processuais, em regra, são públicos e dependem de forma

determinada, independentemente de exigência legal expressa, pois,

de acordo com a sistemática processual, tais atos são validados pela

forma.

Gabarito: ERRADA

Comentários:

Art. 154, CPC - Os atos e termos processuais não dependem de forma

determinada a senão quando a lei expressamente exigir, reputando-

se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade

essencial.

13. CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo

O ato judicial que se limita a julgar o processo extinto sem julgamento do

mérito tem natureza de decisão interlocutória.

Gabarito: ERRADA

Comentários:

Quando o ato judicial julga o processo e o extingue sem julgamento do

mérito, tal ato terá natureza de sentença terminativa., uma vez que a

decisão interlocutório é o ato pelo qual o juiz decide uma questão

incidente, sem dar uma solução final à lide.

Ademais, conforme bem explica Elpídio Donizetti: “quando a sentença

atinge apenas a relação processual, isto é, extingue o processo sem

resolução de mérito, temos o que se denomina sentença terminativa.

Terminativa porque não adentra o mérito do litígio, apenas inadimite a

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ação , seja por ausência de pressuposto processual, seja por falta de

condições da ação (art. 267)”, (Curso Didático de Direito Processual Civil,

12ª edição, p. 375).

14. CESPE - 2008 - PGE-ES - Procurador de Estado

Todo prazo, em regra, é contínuo, não se interrompendo nos feriados.

Não havendo preceito legal que fixe o prazo nem sendo este fixado pelo

juiz, será de cinco dias o prazo para a prática de ato processual a cargo

da parte.

Gabarito: CERTA

Comentários:

Art. 178 do CPC. O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é contínuo,

não se interrompendo nos feriados.

Art. 185 do CPC. Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz,

será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da

parte.

15. CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário - Área

Administrativa

Em regra, os atos processuais são públicos e dependem de forma

determinada para reputarem-se válidos.

Gabarito: ERRADA

Comentários:

Art. 154 do CPC. Os atos e termos processuais não dependem de forma

determinada senão quando a Lei expressamente a exigir, reputando-se

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válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade

essencial.

16. CESPE - 2008 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário -

Área Administrativa

A incompetência relativa não poderá ser conhecida de ofício pelo juiz,

salvo na hipótese de foro de eleição ajustado em contrato de adesão.

Gabarito: CERTA

Comentários:

Art. 112. Argúi-se, por meio de exceção, a incompetência relativa.

Parágrafo único. A nulidade da cláusula de eleição de foro, em contrato de

adesão, pode ser declarada de ofício pelo juiz, que declinará de

competência para o juízo de domicílio do réu.

17. CESPE - 2004 - Polícia Federal - Delegado de Polícia - Regional

As citações e intimações devem ser feitas no horário de

funcionamento do fórum, quando há expediente forense.

Assim, é nula a citação feita às 6 horas da manhã, porque, nesse

horário, ainda não se iniciou o expediente no palácio da justiça ou no

fórum.

Gabarito: ERRADA

Comentários:

Não confundam horário de expediente, com horário para a prática dos

atos processuais.

O horário de expediente é aquele em que o fórum encerra seus trabalhos,

pode ser às 18 horas, às 19 horas, enfim o horário que for definido na lei

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de organização judiciária do local. Nestas situações, caso o ato processual

deva ser praticado internamente (como a protocolização de uma petição,

por exemplo), este deverá ser exercido até o horário do fechamento do

fórum.

Art. 172 do CPC. Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6

(seis) às 20 (vinte) horas.

18. CESPE - 2007 - TRT-9R - Técnico Judiciário - Área

Administrativa

Em regra, na contagem dos prazos processuais, exclui-se o dia de começo

e inclui-se o do vencimento.

Se a citação ou intimação for feita por oficial de justiça, o prazo para a

prática do ato processual terá início a partir da juntada aos autos do

mandado cumprido.

Gabarito: CERTA

Comentários:

Art. 184 do CPC. Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os

prazos, excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento.

Art. 241 do CPC. Começa a correr o prazo:

II - quando a citação ou intimação for por oficial de justiça, da data de

juntada aos autos do mandado cumprido.

19. CESPE - 2009 - TRT - 17ª Região (ES) - Técnico Judiciário -

Área Administrativa

Em que pese a citação válida ser essencial para o desenvolvimento

regular do processo, é possível que seja suprida a sua falta ou nulidade.

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Gabarito: CERTA

Comentários:

Art. 213. Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o

interessado a fim de se defender.

Art. 214. Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do

réu.

§ 1º O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a

falta de citação.

§ 2º Comparecendo o réu apenas para argüir a nulidade e sendo esta

decretada, considerar-se-á feita a citação na data em que ele ou seu

advogado for intimado da decisão.

20. CESPE - 2009 - TRT - 17ª Região (ES) - Técnico Judiciário -

Área Administrativa

Ao contrário do que ocorre com os prazos estabelecidos pelo juiz, o prazo

estabelecido pela lei é contínuo e não se interrompe nos feriados.

Gabarito: ERRADA

Comentários:

Art. 178 do CPC. O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é

contínuo, não se interrompendo nos feriados.

21. CESPE - 2009 - TRT - 17ª Região (ES) - Técnico Judiciário -

Área Administrativa

Caso o escrivão receba a petição inicial de uma ação de indenização por

perdas e danos, a primeira providência que ele deverá adotar é

entregar a petição ao juiz para despachá-la.

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Gabarito: ERRADA

Comentários:

Ao receber uma petição inicial, o escrivão deverá primeiramente proceder

a sua autuação e não entregá-la ao juiz para que este possa despachá-la.

Art. 166 do CPC. Ao receber a petição inicial de qualquer processo, o

escrivão a autuará, mencionando o juízo, a natureza do feito, o número

de seu registro, os nomes das partes e a data do seu início; e procederá

do mesmo modo quanto aos volumes que se forem formando.

22. CESPE - 2009 - DPE-ES - Defensor Público

Ao proceder à citação da pessoa jurídica, é dever do oficial de justiça

exigir prova da representação legal ou contratual da empresa para

reputar válida e eficaz a diligência efetuada.

Gabarito: ERRADA

Comentários:

Art. 215 do CPC. Far-se-á a citação pessoalmente ao réu, ao seu

representante legal ou ao procurador legalmente autorizado.

§ 1º Estando o réu ausente, a citação far-se-á na pessoa de seu

mandatário, administrador, feitor ou gerente, quando a ação se originar

de atos por eles praticados.

Art. 223, parágrafo único do CPC. A carta será registrada para entrega ao

citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entrega, que assine o recibo.

Sendo o réu pessoa jurídica, será válida a entrega a pessoa com poderes

de gerência geral ou de administração.

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23. CESPE - 2008 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária

A alegação de existência de coisa julgada, de convenção de arbitragem e

de carência de ação são defesas peremptórias, enquanto a alegação de

conexão é meramente dilatória.

Gabarito: CERTA

Comentários:

Sempre que for alegada como matéria de defesa a coisa julgada, a

carência de condições da ação e a existência de convenção de arbitragem,

tais defesas serão consideradas peremptórias, pois acarretam a extinção

do processo sem resolução do mérito, conforme art. 267, incisos V, VI e

VII do CPC.

Por sua vez, a alegação de conexão somente prorroga a apreciação do

mérito da lide, devido a necessidade de reunião da demanda conexa à

outra ou outras no juízo prevento para que seja possível proferir-se o

juízo decisório.

24. VUNESP - 2010 - TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário

A desistência da ação produz efeito desde que publicada pela

imprensa oficial, para conhecimento de terceiros.

Gabarito: ERRADA

Comentários:

Art. 158. Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeito

depois de homologada por sentença.

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25. VUNESP - 2009 - TJ-SP - Oficial de Justiça

Não se fará a citação ao cônjuge de falecido, no dia de seu falecimento e

nos cinco dias seguintes ao óbito.

Gabarito: ERRADA

Comentários:

Art. 217 do CPC. Não se fará, porém, a citação, salvo para evitar o

perecimento do direito:

II - ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consangüíneo ou afim,

em linha reta, ou na linha colateral em segundo grau, no dia do

falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes.

26. VUNESP - 2009 - TJ-MS - Titular de Serviços de Notas e de

Registros

Comparecendo o réu apenas para arguir a nulidade e sendo esta

decretada, considerar-se-á feita a citação na data em que ele ou seu

advogado for intimado da decisão.

Gabarito: CERTA

Comentários:

Art. 214, § 2o do CPC. Comparecendo o réu apenas para argüir a

nulidade e sendo esta decretada, considerar-se-á feita a citação na data

em que ele ou seu advogado for intimado da decisão.

27. VUNESP - 2010 - TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário

Despacho é todo ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve

questão incidente.

Gabarito: ERRADA

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Comentários:

Art. 162 do CPC.

§ 2º Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do

processo, resolve questão incidente.

§ 3º São despachos todos os demais atos do juiz praticados no

processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não

estabelece outra forma.

28. VUNESP - 2009 - TJ-SP - Oficial de Justiça

Os atos processuais serão realizados nos dias úteis, o que inclui o sábado,

pois apenas estão proibidos os atos praticados em feriados.

Gabarito: CERTA

Comentários:

Art. 172 do CPC. Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6

(seis) às 20 (vinte) horas.

Art. 175 do CPC. São feriados, para efeito forense, os domingos e os dias

declarados por lei.

29. VUNESP - 2009 - TJ-SP - Oficial de Justiça

O juiz determinará o cumprimento de todos os atos processuais no prazo

de cinco dias, quando a lei processual for omissa ao criá-los.

Gabarito: ERRADA

Comentários:

Art. 177 do CPC. Os atos processuais realizar-se-ão nos prazos prescritos

em lei. Quando esta for omissa, o juiz determinará os prazos,

tendo em conta a complexidade da causa.

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30. VUNESP - 2010 - TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário

A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita

eletronicamente, na forma da lei.

Gabarito: CERTA

Comentários:

Art. 164, parágrafo único do CPC. A assinatura dos juízes, em todos

os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na forma

da lei.

31. VUNESP - 2009 - TJ-SP - Oficial de Justiça

A citação somente será feita pessoalmente ao réu, ainda que

realizada pelo correio e se pessoa jurídica, a seu representante legal.

Gabarito: ERRADA

Comentários:

Art. 215 do CPC. Far-se-á a citação pessoalmente ao réu, ao seu

representante legal ou ao procurador legalmente autorizado.