aula 00- processo civil

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    TRI BUNAL DE JUSTI A DO ESTADO DO RI O DE JANEI RO ( TJ/ RJ)DI REI TO PROCESSUAL CI VI L - TEORI A E EXERC CI OS

    ANALI STA JUDI CI RI O SEM ESPECI ALI DADEAULA 0 - DEMONSTRATI VA

    PROF: RICARDO GOMES

    Prof. Ricardo Gomes www.pon todosconcu rsos .com.b r 1

    TRI BUNAL DE JUSTI A DO ESTADO DO RI O DE JANEI RO ( TJ/ RJ)

    1 . Breve Apresent ao

    Prezado(as) Concurseiros(as) de Planto,

    com muito prazer que inicio o Cur so de Teor ia e Exer c c ios deDire i to Processual Civ i l para o Concur so do TJ/ RJ ( Tr ibun a l de Just i ado Es tado d o R io de Jane i r o ) !

    O Edital saiu rpido, no verdade? Ainda bem que a prova serapenas em Maro!

    Para quem ainda no me conhece, segue a minha breveapresentao:

    Meu nome RI CARDO GOMES, sou Bacharel em Direito pelaUniversidade Federal da Bahia (UFBA), formado no ano de 2007. Dei oprimeiro passo na caminhada pelos concursos pblicos no mesmo ano, quandofui aprovado exatamente no concurso do Tr ibun a l Super io r Ele i to r a l ( TSE) .nos anos de 2006/2007. Aps isso, fui aprovado nos concursos do Tribunal deJustia do Distrito Federal e Territrios (TJDFT), do Tribunal Superior do

    Trabalho (TST) e da Controladoria-Geral da Unio (CGU), no ano de 2008. Porltimo, logrei xito no concurso para o cargo de Procurador do Banco Central

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    do Brasil (BACEN), em 2009/2010.

    Assim, tambm sou concurse i ro igua l a vocs ! Atire a primeirapedra quem no ou no foi! Rsrs.

    Trabalhei por mais de 1 ano no TSE, onde tive contato direto como Direito Eleitoral ao elaborar minutas de decises e despachos a cargo doMinistro Corregedor-Geral, ao emitir pareceres jurdicos que subsidiaramreferidas decises, ao instruir processos com forte pesquisa da jurisprudnciada Corte Eleitoral e da legislao eleitoral.

    Posteriormente, trabalhei no TJDFT e, desde 2008, atuo comoAnalista de Finanas e Controle da Controladoria-Geral da Unio (CGU).

    2 . Concurso TJ/ RJ ( TRI BUNAL DE JUSTI A DO ESTADO DO RI O DEJANEI RO)

    Informaes teis do Edital do TJ/RJ e dos Cursos que sero

    ministrados:1. Prova dia 1 8/ 0 3/ 2 01 2. Bom tempo at a prova, no verdade?2 . Os conhecimentos de Dire i to Processual Civ i l sero cobrados para

    os 2 (dois) principais Cargos disponibilizados:

    ANALI STA JUDI CI RI O SEM ESPECI ALI DADE - 71 VAGAS

    TCNI CO DE ATI VI DADE JUDI CI RI A SEM ESPECI ALI DADE 7 1

    VAGAS

    3. Entre outras matrias, sero exigidos Conhecimentos deLEGI SLAO ESPEC FI CA DO TJ/ RJ de TODOS os cargos!

    4. Sero cobradas 15 QUESTES de Direi to Processual Civ i l e 1 5QUESTES de LEGI SLAO ESPEC FI CA D O TJ/ RJ.

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    3 . Metodo log ia e Cont edo do Cur so

    Uma das grandes vantagens dos Cursos do Ponto dos Concursoselaborados para determinados concursos (ex: TJ/RJ) a abordagem especficade CADA PONTO DO EDI TAL, fechando todas as lacunas possveis dematrias e questes a serem cobradas pelo examinador.

    Os livros (doutrina), a despeito de trazerem uma maior vastido de

    assuntos, so muito pouco especficos, objetivos e direcionados para a suaprova. Por outro lado, os Cursos do Ponto, de uma maneira geral, tentam levarao aluno os principais tpicos a serem cobrados na prova, com base em cadaitem do edital, com comentrios tericos e por meio de exerccios de fixaodos assuntos especificamente estudados nas aulas.

    Nessa linha, disponibilizamos para este Concurso Cursos deDir e i t o Processual Civ i l e Legis lao Especf ica do TJ/ RJ, nos seguintestermos:

    1 . DI REI TO PROCESSUAL CI VI L P/ TJ/ RJ TCNI CO DEATI VI DADE JUDI CI RI A SEM ESPECI ALI DADE

    2 . DI REI TO PROCESSUAL CI VI L P/ TJ/ RJ ANALI STAJUDI CI RI O SEM ESPECI ALI DADE

    3 . LEGI SLAO ESPEC FI CA DO TJ/ RJ ANALI STA ETCNI CO ( TODOS OS CARGOS)

    Este CURSO DE TEORI A E EXERC CI OS DE DI REI TO

    PROCESSUAL CI VI L, que agora se inicia, tem por foco preparar osconcurseiros que iro concorrer especificamente aos Cargos de Ana l is taJudic ir io Sem Especia l idad e do TJ/ RJ.

    Seguindo a linha de nossos Cursos de Processo Civil ministrados noPonto, este Curso para ter um CARTER PRTI CO, voltado para o que,efetivamente, vem sendo cobrado nas ltimas provas de concursos.

    Alm do conhecimento e embasamento terico que o aluno temque dominar, fundamental na preparao para concursos que o aluno faa e

    refaa quantos exerccios puder das matrias a ser estudadas, para que os

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    conhecimentos apreendidos sejam verdadeiramente solidificados,

    aperfeioados e lapidados.

    Prova disso que, mesmo aps ser realizada uma leitura atenta edebruada sobre determinado material, quando vamos responder s questesficamos com um monto de dvidas. Parece at que no aprendemos direito,e ai dizemos: mas eu estudei isto? como no sei responder questo?

    Nestes casos, o aluno aprende, mas s vezes a sua viso eentendimento no foi pontual, no memorizou os pontos mais relevantes,correndo o risco de errar questes relativamente fceis pela ausncia de

    prtica e por no ter visto o assunto com outros olhos, outro vis.

    Os exerccios propiciam exatamente isto aos alunos, l ap idaremseus conhec imentos ter icos para atentarem facetas no percebidas aolongo do estudo terico, alm tambm de r e v i s a re m e re m e m o ra re m ate o r i a.

    A Banca Organizadora do Concurso do TJ/RJ a FCC (FundaoCarlos Chagas) . Com isso, comentaremos prioritariamente neste cursoquestes da FCC, sem prejuzo de comentarmos questes tambm de outrasBancas (CESPE e outras), se a didtica para o caso recomendar.

    Desse modo, teremos uma parte terica, com destaques e dicasdos pontos altos, e uma lista de VRI AS QUESTES do FCC, CESPE e d eout ras bancas de Di re i t o Processua l Civ i l com ent adas !

    Predisponho-me a ser um or ien tado r dos es tudos de cada um devocs, e no um Professor que passa o conhecimento eminentemente tcnico.

    Ao final de cada aula, farei um RESUMO do assunto abordado,

    destacando os pontos mais relevantes.

    Creio que, com a exaustiva resoluo de questes e com uma metodologiamais pr t ica e d id t ica , conseguiremos fechar a matria de DireitoProcessual Civil do Edital do TJ/RJ! At porque comentaremos t odos ospont os do Ed i t a l listados abaixo, sem qualquer lacuna.

    Ad ian to desde j que m u i to assun t o !

    Cont edo d o Cur so :

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    DI REI TO PROCESSUAL CI VI L:

    Da Jur isd io E Da Ao - Da Jur isd io - Da Ao - Das Par tes E Dos Procuradores DaCapac idade Processua l - Dos Dev eres Das Par tes E Dos Seus Procur adores - Dos Deveres Da

    Responsab i l idade Das Par tes Por Dano Processua l - Das Despesas E Das Mul tas Dos

    Procurado res - Da Subst i tu io Das Par tes E Dos Procurador es - Do Min is t r io Pb l ico - Dos

    rgos Jud ic i r ios E Dos Aux i l ia res Da Just ia - Da Competnc ia - Da Competnc ia

    I n te rn ac ional - Da Com pe tnc ia I n te rn a - Da Com pe tnc ia Em Razo Do Valo r E Da Ma t r ia

    Da Competnc ia Func iona l - Da Competnc ia Ter r i to r ia l - Das Mod i f icaes Da Competnc ia

    Da Dec larao De I ncom petn c ia - Do Ju iz - Dos Poderes, Dos Deveres E Da Responsab i l idad e

    Do Ju iz - Dos I m ped im ent os E Da Suspe io - Dos Aux i l ia r es Da Just ia - Do Servent ur i o E Do

    O f i cia l De Jus t i a - Do Pe r i t o - Do Depos i t r i o E Do Admin i s t r ado r - Do I n t rp r e te - Dos A tos

    Processua is - Da Forma Dos Atos Processua is - Dos Atos Em Gera l - Dos Atos Da Par te Dos

    Atos Do Ju iz - Dos At os Do Escr ivo Ou Do Chefe De Secre tar ia - Do Tem po E Do Lugar Dos

    Atos Processua is - Do Temp o - Do Lugar - Dos Prazos - Das Dispos ies Gera is - Da Ver i f i cao

    Dos Prazos E Das Pena l idades - Das Comunicaes Dos Atos - Das Dispos ies Gera is Das

    Car tas - Das Ci taes - Das In t imaes - Das Nu l idades - De Out ros Atos Processua iss Da

    Dis t r ibu io E Do Reg is t r o - Do Va lor Da Causa - Da Form ao, Da Suspenso E Da Ext ino

    Do Processo - Da Formao Do Processo - Da Suspenso Do Processo - Da Ext ino Do

    Processo - Do Processo E Do Proced imento - Das Dispos ies Gera is - Do Proced imento

    Ord in r io - Do Proced imen t o Sumr io - Do Proced imen to Ord in r io - Da Pe t i o I n i c ia l Dos

    Requ is i t os Da Pet i o I n i c ia l - Do Ped ido - Do I nde fe r im en to Da Pe t i o I n i c ia l - Da Resposta

    Do Ru - Das Dispos ies Gera is - Da Contes tao - Das Excees - Da I ncom petn c ia - Do

    I m ped imen t o E Da Suspe io - Da Reconveno - Da Reve l i a Das Prov idnc ias Pre l im ina res -

    Do E fe i t o Da Reve l i a - Da Dec la rao Inc iden te - Dos Fa tos Imped i t i vos , Mod i f i ca t i vos Ou

    Ext in t ivos Do Ped ido - Das Alegaes Do Ru - Do Ju lgam ent o Confo rm e O Estado Do Processo

    - Da Ex t i no Do Processo - Do Ju lgamen to An tec ipado Da L ide - Da Aud inc ia Pre l im in a r - Das

    Provas - Das Dispos ies Gera is - Do Depo imento Pessoa l - Da Conf isso - Da Ex ib io De

    Documen to Ou Co isa - Da Prova Documen ta l - Da Fo ra Proban te Dos Documen tos Da

    Argu io De Fa ls idade - Da Produo Da Prova Documen ta l - Da Prova Tes temunha l Da

    Adm issib i l i dade E Do Va lo r Da Prova Testem unha l - Da Produo Da Prova Tes temun ha l Da

    Prova Per ic ia l - Da I nspeo Jud ic ia l - Da Aud i nc ia - Das Dispos ies Gera is - Da Conc i l iao -

    Da I ns t r uo E Ju lgam ent o - Da Sentena E Da Co isa Ju lgada - Dos Requ is i t os E Dos Efe i to s Da

    Sentena - Da Co isa Ju lgad a - Da L iqu idao De Sent ena - Do Cum pr im ent o Da Sent ena - DosRecur sos - Das Dispos ies Gera is - Da Ape lao - Do Agrav o - Dos Em barg os I n f r ingen tes -

    Dos Em bargo s De Dec larao - Dos Recursos Para O Supr em o Tr ibun a l Federa l E O Super io r

    T r ibuna l De Just ia - Dos Recursos Ord inr ios - Do Recurso Ext raord inr io E Do Recurso

    Espec ia l - Da Ord em Dos Processos No Tr ibun a l - Do Processo De Execuo - Da Execuo Em

    Gera l - Das Par t es - Cap tu lo I i Da Compet nc ia - Dos Requ is i tos Necessr ios Para Rea l izar

    Qua lque r Execuo - Do Inad imp lemen to Do Devedo r - Do T tu lo Execu t i vo Da

    Responsab i l idade Pat r im on ia l - Das Dispos ies Gera is .

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    4. Cron ogr am a do Cur so

    Este Curso de DI REI TO PROCESSUAL CI VI L para o TJ/ RJ, comoveremos no cronograma abaixo, ser ministrado em 9 AULAS + Au laD e m o n s t ra t i v a, que se inicia linhas abaixo.

    A prog r am ao das au las ser nos seguintes termos1:

    AULA DEMONSTRATI VA Da Jurisdio.

    AULA 1 ( 1 8 / 0 1 / 2 0 12 ) Da Ao.

    AULA 2 ( 2 3 / 0 1 / 2 0 12 ) Das Partes E Dos Procuradores DaCapacidade Processual - Dos Deveres Das Partes E Dos Seus Procuradores -Dos Deveres Da Responsabilidade Das Partes Por Dano Processual - DasDespesas E Das Multas Dos Procuradores - Da Substituio Das Partes E DosProcuradores - Do Ministrio Pblico Dos rgos Judicirios E Dos AuxiliaresDa Justia.

    AULA 3 ( 2 7 / 0 1 / 2 0 12 ) Da Competncia - Da CompetnciaInternacional - Da Competncia Interna - Da Competncia Em Razo Do ValorE Da Matria Da Competncia Funcional - Da Competncia Territorial - DasModificaes Da Competncia Da Declarao De Incompetncia - Do Juiz -Dos Poderes, Dos Deveres E Da Responsabilidade Do Juiz - Dos ImpedimentosE Da Suspeio - Dos Auxiliares Da Justia - Do Serventurio E Do Oficial DeJustia - Do Perito - Do Depositrio E Do Administrador - Do Intrprete.

    AULA 4 ( 0 1 / 0 2 / 2 0 12 ) Dos Atos Processuais - Da Forma Dos Atos

    Processuais - Dos Atos Em Geral - Dos Atos Da Parte Dos Atos Do Juiz - DosAtos Do Escrivo Ou Do Chefe De Secretaria - Do Tempo E Do Lugar Dos AtosProcessuais - Do Tempo - Do Lugar - Dos Prazos - Das Disposies Gerais - DaVerificao Dos Prazos E Das Penalidades.

    AULA 5 ( 0 8 / 0 2 / 2 0 12 ) Das Comunicaes Dos Atos - DasDisposies Gerais Das Cartas - Das Citaes - Das Intimaes - DasNulidades - De Outros Atos Processuaiss Da Distribuio E Do Registro - DoValor Da Causa.

    1 Obs: o cronograma das Aulas poder ser alterado a qualquer tempo mediante prvio aviso aos Alunos na parte aberta

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    AULA 6 ( 1 5 / 0 2 / 2 0 12 ) Da Formao, Da Suspenso E Da Extino.Do Processo - Da Formao Do Processo - Da Suspenso Do Processo - DaExtino Do Processo - Do Processo E Do Procedimento - Das DisposiesGerais - Do Procedimento Ordinrio - Do Procedimento Sumrio - DoProcedimento Ordinrio.

    AULA 7 ( 2 2 / 0 2 / 2 0 12 ) Da Petio Inicial Dos Requisitos Da PetioInicial - Do Pedido - Do Indeferimento Da Petio Inicial - Da Resposta Do Ru- Das Disposies Gerais - Da Contestao - Das Excees - Da Incompetncia Do Impedimento E Da Suspeio - Da Reconveno - Da Revelia Das

    Providncias Preliminares - Do Efeito Da Revelia - Da Declarao Incidente -Dos Fatos Impeditivos, Modificativos Ou Extintivos Do Pedido - Das AlegaesDo Ru - Do Julgamento Conforme O Estado Do Processo - Da Extino DoProcesso - Do Julgamento Antecipado Da Lide.

    AULA 8 ( 2 9 / 0 2 / 2 0 12 ) Da Audincia Preliminar Das Provas - DasDisposies Gerais - Do Depoimento Pessoal - Da Confisso - Da Exibio DeDocumento Ou Coisa - Da Prova Documental - Da Fora Probante DosDocumentos Da Arguio De Falsidade - Da Produo Da Prova Documental -

    Da Prova Testemunhal Da Admissibilidade E Do Valor Da Prova Testemunhal- Da Produo Da Prova Testemunhal Da Prova Pericial - Da Inspeo Judicial- Da Audincia - Das Disposies Gerais - Da Conciliao - Da Instruo EJulgamento.

    AULA 9 ( 0 7 / 0 3 / 2 0 12 ) Da Sentena E Da Coisa Julgada - DosRequisitos E Dos Efeitos Da Sentena - Da Coisa Julgada - Da Liquidao DeSentena - Do Cumprimento Da Sentena - Dos Recursos - Das DisposiesGerais - Da Apelao - Do Agravo - Dos Embargos Infringentes - Dos

    Embargos De Declarao - Dos Recursos Para O Supremo Tribunal Federal E OSuperior Tribunal De Justia - Dos Recursos Ordinrios - Do RecursoExtraordinrio E Do Recurso Especial

    Da Ordem Dos Processos No Tribunal - Do Processo De Execuo - DaExecuo Em Geral - Das Partes - Captulo Ii Da Competncia - DosRequisitos Necessrios Para Realizar Qualquer Execuo - Do InadimplementoDo Devedor - Do Ttulo Executivo Da Responsabilidade Patrimonial - Das

    do curso, no Campo AVISOS.

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    Disposies Gerais.

    Obs: Sempre aconselho aos alunos a acompanharem a parteaberta do Curso, no Campo AVI SOS, espao onde postamos eventuaisrecados e informes durante a vigncia do Curso, inclusive de possveisalteraes nas datas das aulas.

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    AULA DEMONSTRATI VA

    1. Da Jur isd io.

    Os conflitos do homem so inerentes sociedade humana. Desdeos primrdios, nas primeiras civilizaes, o homem buscou formas de soluodos conflitos e contendas existentes, sejam individuais, sejam coletivas.

    O conflito de interesses surge quando algum deseja satisfazerdeterminada necessidade e outro no atende quela demanda, formando achamada L I D E (conflito de interesses qualificado por uma pretenso de umaparte resistida pela outra).

    Para por fim aos conflitos humanos foram criados diversos

    mecanismos pacificadores no seio social, desde a figura do lder religioso dacomunidade, o paj na tribo indgena, me e pai de santo nas religies afro,autotutela ou autodefesa, etc. Com a evoluo social, modernamente foraminstitudos outros instrumentos to ou mais eficazes para a pacificao social,entre eles a A rb i t r a g e m e a Jur isd io (esta com a participao poderosa doEstado na soluo definitiva dos conflitos).

    Destaca-se abaixo as formas mais conhecidas para composiodos litgios:

    1. AUTOTUTELA a soluo do conflito realizada por simplesimposio de uma vontade sobre a outra. Esta forma deresoluo das contendas sociais remonta aos tempos antigos,quando o Estado no se mostrava presente, obrigando ao lesadoa defender-se pessoalmente contra eventual ofensor. Nostempos atuais ainda temos resqucios dessa espcie primria decomposio dos litgios, como por exemplo: Leg t ima DefesaPenal (art. 23 do Cdigo Penal); Des fo ro imed ia to nasaes possessr ias (arts. 1.210 e 1.467-1471); Estado de

    Necessidad e Penal , entre outros tantos casos.

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    Vale registrar que o exerccio da Autotutela fora das hipteses

    expressamente previstas em lei, pelo par t i cu la r , consideradoCrime de Exerccio Arbitrrio das prprias razes, se for peloEstado , ser considerado abuso de poder. Isto porque, hoje, aregra que os litgios sejam levados ao Poder Judicirio parasua soluo.

    2. AUTOCOMPOSI O a busca amigvel entre as partesinicialmente conflitantes, sem a imposio de vontades de umparte sobre a outra, para por fim ao combate de interesses.

    uma forma de soluo do conflito pelo consentimento doslitigantes em sacrificar suas intenes parciais em prol de umasoluo final para o embate. So 3 Formas de Autocomposio:

    a. Transao na transao ambas as partes renunciam aparcela de suas pretenses (autor renuncia de parte deseus pedidos e ru reconhece parcialmente a procednciadas alegaes do autor). Resumo: concesses mtuasna busca de uma soluo comum para ambas as partes.

    b. Submisso o reconhecimento jurdico do pedido doautor pelo ru, isto , o ru reconhece de forma livre asalegaes do autor, entregando sem resistncia o quantopor ele solicitado. Exemplo: locador e locatrio de imvelem conflito, por inadimplncia deste, assinam contrato emque o locatrio obriga-se a desocupar o imvel em umdeterminado perodo de tempo (o conflito foi resolvido porsubmisso do locatrio s pretenses do locador

    reconheceu o pedido do autor).c. Rennc ia a desistncia do autor, lesado em seu

    direito, de continuar na busca da efetivao de suapretenso. Neste caso o a u to r que abre mo de seudireito.

    Em todo caso, a Autocomposio instrumentaliza-se pormeio de um negcio jurdico entre as partes (Ex: Contrato;termo de consentimento ou qualquer outra forma de

    manifestao de vontade das partes concordantes).

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    3. ARBI TRAGEM uma tcnica de soluo dos litgios por meioda participao de um TERCEI RO n o in t er essado na causa(imparcial), que decidir, a pedido das partes, o conflito entreelas estabelecido. A Arbitragem regulada pela Lei n9.307/1996, sendo por natureza v o l u n t r i a (escolha daspartes, nunca por imposio) e somente poder ser contratadapor pessoas capazes para soluo de d i re i tos pa t r imon ia i sd isponve is.

    Para firmarem o acordo pela Arbitragem como forma desolucionar o conflito, as partes podem estabelecer de formaprvia e abstrata que qualquer divergncia entre elas poderser resolvida por arbitragem (Clusu la compromissr ia), ouestabelecer posteriormente e de forma concreta que o litgio jexistente e especfico ser resolvido pela arbitragem(Com prom isso arb i t ra l).

    Clusu la Compromissr ia prvia e abstratadefinio de arbitragem futura.

    Compromisso A rb i t ra l posterior e concretadefinio de arbitragem atual.

    Lei n 9.307/1996

    Art. 1 As pessoas capazes de contratar podero valer-se daarb i t ragem para dirimir litgios relativos a d i re i tos pa t r imon ia i s

    d isponve is .

    4. JURI SDI O etimologicamente, significa dizer o direito,pois vem de juris (direito) e dictio (dizer). Em linguagemsimples, a jurisdio a forma do ESTADO, por meio daautoridade judicial, de dizer o direito ao caso posto. Veremos frente em maiores detalhes a Jurisdio e suas peculiaridades.

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    Concei t o de Jur isd io.

    A Jurisdio o poder do Estado, atravs de um rgo jurisdicional(Estado-Juiz), de julgar as causas que lhe forem apresentadas, dizendo odireito cabvel ao caso concreto. Em outras palavras, a jurisdio definio dodireito por meio de um terceiro imparcial (Estado), de forma autoritria,monopolista e em ltima instncia.

    Segundo Ada Pelegrine Grinover, em clssica definio, a jurisdio a funo do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dosinteresses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificao do conflito

    que os envolve com justia.

    O conceito de jurisdio guarda 3 (trs) vertentes diversas, quevale detalhar para melhor entendimento:

    o Jur isd io como Poder a jurisdio exercido de formamonopolista, ou seja, o Estado chama para si aresponsabilidade de solucionar os conflitos sociais que a eleso reclamados, transformando-se em Poder Estatal de

    decidir os conflitos a ele apresentados. A jurisdio comopoder manifestao da capacidade do Estado de impor suasdecises jurisdicionais sobre o caso concreto das partes. Aqui o Estado com sua mo de ferro.

    o Jur isd io com o Funo Es ta t a l a jurisdio uma dasfunes ou finalidades do Estado, a de pacificao social erealizao da justia no caso concreto.

    o Jur isd io como At iv idade a jurisdio tambm pode serconceituada como os atos materiais e visveis (atos doprocesso judicial no plano prtico) desenvolvidos pelosJuzes, investidos pelo Estado no poder de julgar.

    Fina l idade da Jur isd io .

    A jurisdio tem 3 (trs) grandes objetivos:

    1. Obje t ivo Jur d ico aplicar o direito previsto na Lei (nasnormas jurdicas) ao caso concreto.

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    2. Obje t ivo Soc ia l pacificar a sociedade, promovendo o bemcomum e eliminando os conflitos existentes.

    3. Obje t ivo Po l t i co realizar a justia, afirmar o poderjurisdicional e preservar os direitos fundamentais do homem.

    Prin cp io s da Jur isd io:

    1. I n e v i t a b i l i d a d e aps as partes submeterem seu litgio jurisdio estatal, no podero posteriormente furtar-se aocumprimento da deciso exarada (a execuo da decisojurisdicional ser inevitvel para as partes do processo apsa deflagrao do processo judicial).

    2. I ndec l i nab i l i dade ou I na fas tab i l i dade o princpioprocessual constitucional da Jur isd io consistente na regrade que nenhuma leso ou ameaa de leso poder serafastada da apreciao do Poder Judicirio. Implica no deverdo Estado de solucionar os conflitos quando provocado pelas

    partes, que decorrncia do direito fundamental de acessoao poder judicirio (direito de ao). Como o Estado detm omonoplio da jurisdio e as partes possuem direito irrestrito ao, o Estado tambm tem o dever de prestar a tutelajurisdicional e no apenas simples faculdade.

    Com isso, no h questo que no possa ser posta em juzopara deciso do magistrado. Todos tm direito de Ao deforma ampla, abstrata e irrestrita, mesmo que, ao final,

    comprovem-se infundadas suas demandas. O direito de ao puro e abstrato, independe de qualquer anlise acerca domrito da questo.

    CF-88

    Art. 5

    XXXV - a l e i no exc lu i r da aprec iao do Poder Jud ic i r io

    leso ou am eaa a d i re i to ;

    Peculiaridades relevantes acerca do Princpio da

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    I n a fa sta b i l id a d e/ I n d e cl i n ab i l id a d e, algumas das quais

    destaco abaixo:

    a. No necessidade de esgotamento das instnciasadministrativas para pleitear apreciao da questo naesfera judicial No Brasil vige o sistema de j u r isd ioUNA, isto , apenas um nico Poder Estatal detm acapacidade de decidir os conflitos, no havendo achamada Jurisdio Administrativa independente.Exemplo: se um contribuinte de imposto entende como

    indevida a cobrana Receita Federal, poder recorreradministrativa da cobrana, mas no ficar vinculadoao trmino do processo administrativo para que possa,eventualmente, apresentar a mesma celeuma nombito judicial; decises administrativas do Conselhode Defesa Econmica (CADE) so plenamentecontrolveis mediante acionamento do Poder Judicirio(lembrar que tudo pode ser apreciado pelo Poder

    Judicirio);b. Questes Espor t ivas a nica exceo

    constitucional ao Princpio da Inafastabilidade. Assim,para que seja submetido ao Poder Judicirio algumaquesto tormentosa na esfera da justia desportiva,ser necessrio o prvio esgotamento daquela instnciapara que sejam posteriormente remetidas ao PoderJudicirio.

    CF-88

    Art. 217

    1 - OPoder Jud ic i r io s admitir aes relativas disciplina es competies desportivas apsesgotar em -se as ins tnc ias da

    j u st ia despo r t iv a, r egulada em lei.

    c. Impossibilidade de definio legal de cond ic ionantesao acesso ao Poder Judi c ir io .

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    3. I n v e s t i d u r a a atividade jurisdicional deve ser exercidapelos rgos estatais que foram regularmente investidos nafuno jurisdicional. Ou seja, somente poder exercer ajurisdio aquele rgo a que a lei atribui o poderjurisdicional.

    Para ser investido regularmente na condio de Juiz(Magistrado), a pessoa tem que ser aprovada em concursopblico de provas e ttulos ou ter que ser nomeada paraTribunais de Justia, Tribunais Federais e Tribunais

    Superiores, nas diversas formas previstas na ConstituioFederal (todas so formas de investidura regular na atividadejurisdicional, que legitimam sua atuao funcional). Assim,um Delegado de Polcia jamais poder praticar atosexclusivos da esfera judicial, posto no ter sido investidoregularmente no cargo de Juiz.

    4. I nde legab i l i dade o Juiz no pode delegar suas funes,pois as exerce de forma exclusiva. possvel, contudo,delegaes da prtica de atos por outros Juzes (ex: cartasde ordem; cartas precatrias, etc), mas jamais para outrosrgos diversos da atividade judicante (Exemplo: o mesmocaso do Delegado de Polcia).

    5. I n r c i a o Poder Judicirio inerte (parado), pois ajurisdio no pode ser exercida de ofcio pelo Juiz (dependede provocao das partes para incio do processo). Esteprincpio decorre do Princpio da Imparcialidade, tendo emvista que se um Juiz iniciasse um processo, certamentedesde j teria uma posio que adotaria em sua deciso. Esteprincpio guarda excees legais. Exemplo: execuotrabalhista pode ser deflagrada pelo Juiz, de ofcio;procedimentos de jurisdio voluntria, etc.

    A I n r c i a foi insculpida no prprio texto do Cdigo deProcesso Civil, nos termos abaixo:

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    CPC

    Art. 2o Nenhum ju i z p res ta r a tu te la j u r i sd i c iona l seno

    quando a pa r te ou o in te ressado a reque re r , nos casos e

    form a legais.

    regra da Inrcia h excees previstas em Lei, quepermitem o incio excepcional do processo por provocaodas partes (Exemplo: Execuo Trabalhista de verbasdefinidas; Execuo Penal; incio do processo de inventrio,

    se os legitimados no o fizerem no prazo conferido pela Lei;decretao da falncia de empresa em recuperao judicial,etc). Estas e outras excees apenas confirma a REGRA deque o Juiz deve ser INERTE.

    6. Adernc ia ou Te r r i t o r ia l i dade o exerccio da jurisdiodeve estar previamente vinculado a uma determinada zonaterritorial, isto , os Juzes tm autoridade jurisdicional to

    somente no territrio especfico que exercem suas funes, ochamado FORO. Na Justia Estadual o Foro a Comarca. NaJustia Federal, a Seo Judiciria; Na Justia Eleitoral aZona Eleitoral. Este o chamado Princpio da Aderncia ajurisdio est aderente apenas regio geogrfica de seuexerccio. Exemplo: o Juiz do STF tem jurisdio em todo opas; o Juiz da capital de um determinado Estado temcompetncia somente naquela regio.

    7. Unic idade a jurisdio UNA , no havendo divisesinternas da prpria jurisdio, mas to somente de seuexerccio. Assim, as classificaes das Justias (Comum eEspecial, entre outras) so apenas para caracterizao edefinio de competncias, no se tratando de diversasjurisdies.

    8. Subs t i tu t i v idade o Estado-Juiz, com poder de imprio,substitui a vontade das partes para decidir o caso concreto.

    Ou seja, atua em substituio s partes, quando essas no

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    conseguem por si prprias com seus litgios.

    9. Def in i t i v idade aptido para formao da co isa ju lgada.A jurisdio tem o condo de tornar suas decises imutveis.

    10. Im p ro r ro g a b i l i d a d e a jurisdio no pode serexercida por Juiz incompetente, sendo os limites dajurisdio estabelecidos na Constituio Federal.

    11. Ju iz Na tu ra l ou Imparc ia l i dade O Princpio doJu zo Nat ur a l extrado do Devido Processo Legal e de dois

    especficos dispositivos do art. 5 da Constituio Federal(incisos XXXVII e LIII). O Juiz Natural aquele investidoregularmente na jurisdio (investidura) e com competnciaconstitucional para julgamento dos conflitos a elesubmetidos. aquele previsto antecedentemente, comcompetncia abstrata e geral, para julgar matria especficaprevista em lei.

    A CF-88, ao instituir o Princpio visa coibir a criao de

    rgos judicantes para julgamento de questes depois dofato (ex post facto) ou de determinadas pessoas (adpersonam).

    O Princpio do Juiz Natural pode ser visualizado sob 2 (dois)prismas diversos:

    1. Ju iz Na tu ra l em sen t ido Fo rma l consagra 2(duas) garantias bsicas:

    a. proibio de Tribunal de Exceo (art. 5,XXXVII)

    b. respeito s regras objetivas de determinaode competncia jurisdicional (art. 5, LII I ).

    Proib io de Tr ibunal de Exceo - O Tribunal de Exceo um rgo jurisdicional criado excepcionalmente para julgardeterminada causa, consistindo em um juzo extraordinrio. o caso de criar um rgo judicial para julgar um especficoconflito. Exemplo: Tribunal Penal que julgou Saddan Russen(apesar das barbries que ele cometeu, vocs acham que ele

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    seria julgado de forma imparcial?); Tribunal de Nuremberg,

    criado para julgar os crimes dos nazistas aps a 2 GuerraMundial.

    O Tribunal de Exceo o chamado de Juzo, Tribunal ad hoc(para o caso), ou ex post facto(juzo designado aps o fato)ou ad personam (para determinada pessoa).

    O Princpio do Juiz Natural garante a imparcialidade dasdecises judiciais. Portanto, uma garantia constitucional serjulgado por um juiz que j est posto. O Juiz Natural onico que pode ser imparcial.

    No Processo Civil poder ser atentado contra o Princpioquando o Presidente do Tribunal designa unilateralmente umJuiz para julgar determinada causa, sem passar o processopela distribuio eletrnica (critrio objetivo e abstrato dedistribuio das aes entre os juzes disponveis).

    Respe i to s reg ras ob je t i vas de de te rm inao de

    compe t ncia j u r i sd i c iona l .Alm da proibio de Tribunal de Exceo, o Juiz Natural emsentido Forma l garante que o Juzo seja competente parajulgar a causa. Essa competncia tem que ser fixada deacordo com as regras legais processuais de determinao decompetncia (critrios objetivos de fixao de competncia). a lei que atribui a competncia para o Juiz (ele no escolhea causa, nem a causa escolhe o juiz).

    As regras gerais de determinao de competncia,previamente estabelecidas, fixam a competncia do Juiz.Uma ao no pode ser distribuda deliberadamente para umJuiz especfico sem um motivo legal para tanto. A distribuioobjetiva e imparcial dos processos uma forma de garantir oJuiz Natural. Por isso, violar a distribuio eletrnica deprocessos violar o Juiz Natural.

    Frise-se que a lei quem cria as regras de competncia,

    bem como os modos de sua alterao. O que vedado o

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    prprio Juiz pleitear a alterao das regras que fixaram a sua

    competncia. Assim, a garantia do Juiz Natural veda o Poderde Avocao de processos por parte de Magistrado.

    CF-88

    Art. 5

    XXXVII -no have r j u zo ou t r i buna l de exceo ;

    L I I I - n ingum ser p rocessado nem sentenc iado seno pe la

    a u to r i d a d e co m p e te n te ;

    2. Ju iz Na tu ra l em sen t ido Ma te r ia l a garantiada imparcialidade do Juiz. Todo magistrado deveexercer sua funo de forma imparcial, equidistantedas partes. garantia da Justia Material(independncia e imparcialidade dos Magistrados).

    Portanto, Juiz Natural o Juiz Competente (dimenso Forma l) eImparcial (dimenso Mate r ia l).

    Jur isd io Cont enc iosa e Vo lun t r ia .

    O prprio Cdigo de Processo Civil (CPC) classifica a Jurisdio emContenc iosa e Vo lun t r ia .

    CPC

    Art. 1o A j u r isd io civ i l, contenc iosa e v o l u n t r i a , exercida

    pelos juzes, em todo o territrio nacional, conforme as disposies

    que este Cdigo estabelece.

    Portanto, a Jurisdio pode ser classificada em 2 (duas) principaisespcies, que passamos a detalhar:

    o Jur isd io Contenc iosa a jurisdio propriamente dita,sendo a atividade estatal exercida pelo Poder Judicirio,consistente no poder de dizer o direito no caso concreto,

    solucionando as lides em substituio aos interesses das

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    partes.

    o Jur isd io Vo lun t r ia consiste na i n teg rao ef isca l izao de negcios firmados entre particulares. Hmuita discurso na doutrina acerca da natureza da JurisdioVoluntria, se tambm seria ou no propriamente umaJurisdio (se no seria uma mera Administrao Pblica deinteresses privados).

    Como estudamos, a Jur isd io Contenc iosa a prpria jurisdiodo Estado, com todas as suas caractersticas, princpios e finalidades descritas.De outro lado, cabe definir a natureza jurdica da Jur isd io Vo lun t r ia (seseria jurisdio ou administrao pblica de interesses privados).

    A Jurisdio Voluntria foi definida pelo legislador para os casos emque o Juiz chamado para atuar perante o particular como forma dei n teg rao de sua vontade e de f isca l izao de seus atos. Isto , sem aparticipao do Magistrado o interesse do particular no seria tutelado. Com

    isso, o exerccio dessa jurisdio tem uma finalidade clara: fiscalizar a atuaodo particular em hipteses especficas em que haja interesse pblico envolvido.

    O Juiz atua como um ass is ten te das par tes para a formalizaodo ato. Exemplo: solicitao de notificao ou interpelao judicial do estadode inadimplente perante o particular; procedimentos de justificao (produode prova antecipada, antes da instaurao do processo); processo deinterdio de incapaz; processo de emancipao; homologao de acordo outransao; alienao de coisas; nomeao e destituio de tutores e

    curadores, etc, entre tantos outros.Para a chamada Dout r i na CLSSI CA , a Jurisdio Voluntria NO

    Jur isd io ! Isto porque o Juiz figura como simples integrador e fiscalizadordos atos praticados pelos particulares, agindo como um Administrador Pblico(no como um Juiz) de interesses privados. Para esta Doutrina Clssica, aJurisdio Voluntria seria materialmente Administrativa esubjetivamente/formalmente Judiciria.

    Elenco abaixo as caractersticas da Jur isd io Vo lun t r ia para a

    Doutr ina Clss ica:

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    1. no h L IDE - por no haver brigas e conflitos, masapenas concurso ou convergncia de vontades;

    2. no h PARTES por no haver lide, no h partesparciais, mas apenas i n te ressados;

    3. o Juiz um Adm in is t rado r Pb l i co e no um Juiz;4. no h a Subs t i t u t i v idade, tendo em vista que o Estado

    no substitui a vontade das partes, mas a integra paraformalizar o ato (o Juiz se insere entre os participantes do

    negcio jurdico);5. no h Ao e nem Processo, mas apenas um simples

    Proced imen to;

    6. no h Sentena de mrito, mas mera hom o logao deaco rdo de v on t ades;

    7. no h fo r m ao da Co isa Ju lgada (Def in i t i v idade) enem possibilidade de Ao Rescisria, tendo em vista ser ajurisdio voluntria negc io ju r d ico consensua l ;

    Para uma Dou t r ina ma is Moderna , que vem crescendo emaceitao no Brasil, a Jurisdio Voluntria Jurisdio, pelos seguintesmotivos principais:

    1. A no configurao de LIDE no incio do processo n os ign i f i ca que no processo de jurisdio voluntria noseja possvel o surgimento de conflito de interesses. Por

    isso, o fato no haver Lide inicial no descaracterizaria aJurisdio Voluntria;

    2. Apesar de no existir conflito entre partes, o conceito dePARTES do processo aquela que pos tu la e nonecessariamente quem seja litigante;

    3. A funo jurisdicional abrange a tutela de interessesparticulares sem litigiosidade, desde que exercida porrgos investidos das garantias necessrias de

    impessoa l idade e i ndependnc ia . Ou seja, a atuao

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    da jurisdio no est cingida conformao do direito s

    situaes concretas, a solucionar conflitos, mas tambm atutelar tambm interesses de particulares, como rgo doEstado;

    4. O Juiz uma autoridade imparcial e desinteressada, comoem qualquer atividade jurisdicional, diferentemente daAdmin is t rao Pb l ica , que visa seus interesses parciais(defesa legal dos interesses do Estado);

    5. A Jurisdio Voluntria possui natureza Preven t i va e noa apenas de solucionar conflitos j existentes;

    6. Existe um Processo Judic ia l de Jurisdio Voluntria(Ao, Sentena, Apelao, etc). Note-se que os processosde Jurisdio Voluntria so encerrados por Sentena, deque cabe o Recurso de Apelao para o Tribunal, e nopor deciso administrativa;

    CPC

    Art. 1.110. Dasentena caberapelao.

    7. Apesar da permisso de modificao das decises por fatosuperveniente, a regra pela possibilidade de constituiode co isa ju lgada . Ademais, da mesma forma em que hprocessos de Jurisdio Contenciosa sem coisa julgada(exceo), o mesmo pode ocorrer com os processos deJurisdio Voluntria.

    CPC

    Art. 1.111. A sentena poder ser modificada, sem prejuzo dos

    efeitos j produzidos, se ocorrerem c i rcuns tnc ias

    supe rven ien tes .

    Deve-se ressaltar que predomina ainda no Brasil (posiom a j o r i t r i a) o entendimento da Doutr ina Clss ica , o de que a JurisdioVoluntria tem natureza de Adm in is t rao Pb l ica de in t e resses p r ivadas,

    isto , que NO jurisdio.

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    Resumo do entendimento acerca da Natureza Jur d ica da

    Jurisdio Voluntria:

    JURI SDI O VOLUNTRI A

    DOUTRI NA CLSSI CA DOUTRI NA MODERNA

    atividade ADMINISTRATIVA atividade JURISDICIONAL

    NO h Jurisdio H Jurisdio

    NO h Processo, mas meroProcedimento

    H Processo

    NO h Partes, mas Interessados H Partes

    No h Coisa Julgada H Coisa Julgada

    NO h LIDE Pode haver LIDE

    Juiz Administrador Pblico Juiz Juiz

    Pecu l ia r idades do Processo de Jur isd io Vo lun t r ia :

    o So l e g i t i m a d o s para dar incio ao Processo de JurisdioVoluntria o I NTERESSADO e o Min is t r io Pb l ico;

    CPC

    Art. 1.104 . O procediment o ter incio por provocao do in te ressado ou do Min is t r io Pb l ico , cabendo-lhes formular opedido em requerimento dirigido ao juiz, devidamente instrudo

    com os documentos necessrios e com a indicao da providncia

    j udicia l.

    o O CPC determina a I NTERVENO obr i gat r ia doMin is t r io Pb l ico em TODOS os procedimentos deJurisdio Voluntria. A doutrina e a jurisprudncia defendemque o MP no intervir em todo caso, mas somente nosprocessos que versem sobre d i re i tos ind isponve is. Assim,

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    o MP estaria autorizado a no intervir nos procedimentos em

    que no ficasse caracterizada a indisponibilidade dos direitos.De todo modo, devemos ter em mente o que prev o CPC.

    CPC

    Art . 1.103. Quando este Cdigo no estabelecer p rocediment o

    especial, regem aj u r isd io v o lu n t r ia as disposies constantes

    deste Captulo.

    Art. 1.105 . Sero c i tados , sob pena de nulidade, t odos os

    in te ressados , bem comoo Min is t r io Pb l ico .

    o H uma relativizao do princpio da legalidade estrita nombito dos procedimentos de Jurisdio Voluntria. O art.1109 do CPC que o Juiz no obrigado a observar o critrioda legalidade estrita, podendo pautar seus atos na equidadee na soluo mais conveniente e oportuna ao caso.

    O objetivo da norma conferir ao Juiz em JurisdioVoluntria uma margem de d isc r ic ionar iedade maior para

    deciso. Esta discricionariedade maior tanto na conduodo processo, quanto em sua deciso, afastando um apegoexagerado s formalidades da lei. A inteno do legisladorera conferir uma deciso mais justa, mais oportuna e maisadequada no mbito da Jurisdio Voluntria, dando umamaior elasticidade aos seus procedimentos. Com isso, fala-seda utilizao de um j u zo d e eq u idad e ed isc r ic ionar iedade .

    CPC

    Art. 1 .109. O juiz decidir o pedido no prazo de 10 (dez) dias; n o

    , po rm, ob r igado a obse rva r c r i t r io de legal i dade es t r i t a ,

    podendo adotar em cada caso a soluo que reputar mais

    conveniente ou oport una.

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    2. Da Ao.

    Cena dos p rx imos cap tu los , a se r es tudada na p rx ima

    aula d e nosso Cur so de Processo Civ i l .

    Pessoal, este foi apenas um aperitivo, to-somente uma

    demonstrao de como sero as Aulas deste Curso. Na prxima Aulacontinuaremos nosso estudo!

    De todo modo, curtam alguns exerc c ios!!!!

    Abaixo 2 listas de Exerccios: 1 apenas com gabarito e a 2 comcomentrios.

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    EXERC CI OS COMENTADOS

    QUESTO 1: TRT 22 - Anal is ta Judi c ir io Judic ir io [ FCC]

    1 4/ 1 1/ 2 01 0.

    A indeclinabilidade uma caracterstica

    a) da ao.

    b) da jurisdio.c) do processo.

    d) da lide.

    e) do procedimento.

    COMENTRI OS:

    Estudamos que a I ndec l i nab i l i dade ou I na fas tab i l i dade o princpioprocessual constitucional da Jur isd io consistente na regra de que nenhumaleso ou ameaa de leso poder ser afastada da apreciao do PoderJudicirio. Implica no dever do Estado de solucionar os conflitos quandoprovocado pelas partes, que decorrncia do direito fundamental de acesso aopoder judicirio (direito de ao). Como o Estado detm o monoplio dajurisdio e as partes possuem direito irrestrito ao, o Estado tambm temo dever de prestar a tutela jurisdicional e no apenas simples faculdade.

    Com isso, no h questo que no possa ser posta em juzo para deciso domagistrado. Todos tm direito de Ao de forma ampla, abstrata e irrestrita,mesmo que, ao final, comprovem-se infundadas suas demandas. O direito deao puro e abstrato, independe de qualquer anlise acerca do mrito daquesto.

    CF-88

    Art. 5

    XXXV - a l e i no exc lu i r da aprec iao do Poder Jud ic i r io

    leso ou am eaa a d i re i to ;

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    Apesar de nascer em virtude do direito de Ao, a indeclinabilidade uma

    caracterstica da Jur isd io . A Ao no indeclinvel, mas a Jurisdio o .

    RESPOSTA CERTA: B

    QUESTO 2: TCE - RO - Au di t or Sub st i t u t o de Conselh e i r o FCC] 0 5/ 0 9/ 2 01 0.

    A jurisdio contenciosa civila) divisvel.

    b) atividade substitutiva.

    c) exercida pelo Tribunal de Contas da Unio.

    d) exercida por membro do Ministrio Pblico.

    e) no pressupe territrio.

    COMENTRI OS:

    Quatro princpios importantes da Jurisdio que responde questo:

    1. Unic idade a jurisdio UNA , no havendo divisesinternas da prpria jurisdio, mas to somente de seuexerccio. Assim, as classificaes das Justias (Comum eEspecial, entre outras) so apenas para caracterizao edefinio de competncias, no se tratando de diversas

    jurisdies.2. Subs t i tu t i v idade o Estado-Juiz, com poder de imprio,

    substitui a vontade das partes para decidir o caso concreto.Ou seja, atua em substituio s partes, quando essas noconseguem por si prprias com seus litgios.

    3. I n v e s t i d u r a a atividade jurisdicional deve ser exercidapelos rgos estatais que foram regularmente investidos nafuno jurisdicional. Ou seja, somente poder exercer a

    jurisdio aquele rgo a que a lei atribui o poder

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    jurisdicional.

    Para ser investido regularmente na condio de Juiz(Magistrado), a pessoa tem que ser aprovada em concursopblico de provas e ttulos ou ter que ser nomeada paraTribunais de Justia, Tribunais Federais e TribunaisSuperiores, nas diversas formas previstas na ConstituioFederal (todas so formas de investidura regular na atividadejurisdicional, que legitimam sua atuao funcional). Assim,um Delegado de Polcia jamais poder praticar atos

    exclusivos da esfera judicial, posto no ter sido investidoregularmente no cargo de Juiz.

    4. Adernc ia ou Te r r i t o r ia l i dade o exerccio da jurisdiodeve estar previamente vinculado a uma determinada zonaterritorial, isto , os Juzes tm autoridade jurisdicional tosomente no territrio especfico que exercem suas funes, ochamado FORO. Na Justia Estadual o Foro a Comarca. NaJustia Federal, a Seo Judiciria; Na Justia Eleitoral a

    Zona Eleitoral. Este o chamado Princpio da Aderncia ajurisdio est aderente apenas regio geogrfica de seuexerccio. Exemplo: o Juiz do STF tem jurisdio em todo opas; o Juiz da capital de um determinado Estado temcompetncia somente naquela regio.

    Em resumo, fao as seguintes consideraes:

    a Jurisdio NO divisvel, pois ela UMA; a Jurisdio substitutiva, por isso o item B est CORRETO. A Jurisdio somente exercida por quem se investiu regularmente na

    atividade jurisdicional (Tribunal de Contas e Ministrio Pblico noexercem atividade jurisdicional), por isso os itens C e D esto ERRADOS.

    A Jurisdio pressupe sim territrio, pois serve de base e limitao desua atuao (princpio da Aderncia ou Territorialidade). Portanto, item Eest ERRADO.

    RESPOSTA CERTA: B

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    QUESTO 3 : TJ - PA - Ana l i sta Jud ici r io D i re i to [ FCC] 2 4 / 05 / 2009 .

    Jurisdio

    a) a faculdade atribuda ao Poder Executivo de propor e sancionar leis queregulamentem situaes jurdicas ocorridas na vida em sociedade.

    b) a faculdade outorgada ao Poder Legislativo de regulamentar a vida social,estabelecendo, atravs das leis, as regras jurdicas de observncia obrigatria.

    c) o poder das autoridades judicirias regularmente investidas no cargo dedizer o direito no caso concreto.

    d) o direito individual pblico, subjetivo e autnomo, de pleitear, perante oEstado a soluo de um conflito de interesses.

    e) o instrumento pelo qual o Estado procede composio da lide, aplicando oDireito ao caso concreto, dirimindo os conflitos de interesses.

    COMENTRI OS:

    Item A errado. Somente o Poder Judicirio exerce jurisdio. A faculdade depropor e sancionar leis uma atribuio constitucional do Presidente daRepblica de carter legislativo (atpica das atividades do Executivo), masdissociadas da jurisdio.

    Item B errado. Esta a funo tpica do Poder Legislativo (inovar na ordemjurdica).

    Item C correto. Perfeito! Este o conceito de Jurisdio (dizer o direito no

    caso concreto).A Jurisdio o poder do Estado, atravs de um rgo jurisdicional

    (Estado-Juiz), de julgar as causas que lhe forem apresentadas, dizendo odireito cabvel ao caso concreto. Em outras palavras, a jurisdio definio dodireito por meio de um terceiro imparcial (Estado), de forma autoritria,monopolista e em ltima instncia.

    Segundo Ada Pelegrine Grinover, em clssica definio, a jurisdio a funo do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dosinteresses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificao do conflito

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    que os envolve com justia.

    O conceito de jurisdio guarda 3 (trs) vertentes diversas, quevale detalhar para melhor entendimento:

    o Jur isd io como Poder a jurisdio exercido de formamonopolista, ou seja, o Estado chama para si aresponsabilidade de solucionar os conflitos sociais que a eleso reclamados, transformando-se em Poder Estatal dedecidir os conflitos a ele apresentados. A jurisdio como

    poder manifestao da capacidade do Estado de impor suasdecises jurisdicionais sobre o caso concreto das partes. Aqui o Estado com sua mo de ferro.

    o Jur isd io com o Funo Es ta t a l a jurisdio uma dasfunes ou finalidades do Estado, a de pacificao social erealizao da justia no caso concreto.

    o Jur isd io como At iv idade a jurisdio tambm pode serconceituada como os atos materiais e visveis (atos do

    processo judicial no plano prtico) desenvolvidos pelosJuzes, investidos pelo Estado no poder de julgar.

    Item D errado. Este o d i re i t o de Ao .

    Item E errado. A Jurisdio no um instrumento, pois se trata de umPoder. O instrumento o PROCESSO e no a Jurisdio.

    RESPOSTA CERTA: C

    QUESTO 4: MPE - SE - An al is t a do Mi n is t r io Pbl ico Dir e i t o [ FCC] 1 9/ 0 4/ 2 00 9.

    Nos procedimentos de jurisdio voluntria

    a) a iniciativa para iniciar o processo caber exclusiva mente ao MinistrioPblico.

    b) no haver citao, porque inexistem partes, mas interessados.

    c) no cabe apelao da sentena.

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    d) em nenhuma hiptese caber interveno do Ministrio Pblico, porque no

    h lide.

    e) o juiz no obrigado a observar critrio de legalidade estrita, podendoadotar em cada caso a soluo que reputar mais correta ou oportuna.

    COMENTRI OS:

    Item A errado. So l e g i t i m a d o s para dar incio ao Processo de JurisdioVoluntria o I NTERESSADO e o Min is t r io Pb l ico .

    CPC

    Art. 1.104 . O procediment o ter incio por provocao do

    in te ressado ou do Min is t r io Pb l ico , cabendo-lhes formular o

    pedido em requerimento dirigido ao juiz, devidamente instrudo

    com os documentos necessrios e com a indicao da providncia

    j udicia l.

    Item B errado. Apesar do CPC prev a figura dos INTERESSADOS, no

    excluiu deles o direito de ser CITADOS.CPC

    Art. 1.105 . Sero c i tados , sob pena de nulidade, t odos os in te ressados , bem comoo Min is t r io Pb l ico .

    Item C errado. Existe um Processo Jud ic ia l de Jurisdio Voluntria (Ao,Sentena, Apelao, etc) igual ao Processo de Jurisdio Contenciosa. Note-seque os processos de Jurisdio Voluntria so encerrados por Sentena, de

    que cabe o Recurso de Apelao para o Tribunal, e no por decisoadministrativa.

    CPC

    Art. 1.110. Dasentena caberapelao.

    Item D errado. Apesar de no haver inicialmente uma LIDE, o CPC determinaa I NTERVENO obr ig at r ia do Min is t r io Pb l ico em TODOS osprocedimentos de Jurisdio Voluntria. A doutrina e a jurisprudnciadefendem que o MP no intervir em todo caso, mas somente nos processos

    que versem sobre d i re i tos ind isponve is. Assim, o MP estaria autorizado a

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    no intervir nos procedimentos em que no ficasse caracterizada a

    indisponibilidade dos direitos. De todo modo, devemos ter em mente o queprev o CPC.

    CPC

    Art . 1.103. Quando este Cdigo no estabelecer p rocediment o

    especial, regem aj u r isd io v o lu n t r ia as disposies constantes

    deste Captulo.

    Art. 1.105 . Sero c i tados , sob pena de nulidade, todos os

    interessados, bem comoo Min is t r io Pb l ico .

    Item E correto. H uma relativizao do princpio da legalidade estrita nombito dos procedimentos de Jurisdio Voluntria. O art. 1109 do CPC que oJuiz no obrigado a observar o critrio da legalidade estrita, podendo pautarseus atos na equidade e na soluo mais conveniente e oportuna ao caso.

    O objetivo da norma conferir ao Juiz em Jurisdio Voluntria uma margemde d isc r ic ionar iedade maior para deciso. Esta discricionariedade maiortanto na conduo do processo, quanto em sua deciso, afastando um apego

    exagerado s formalidades da lei. A inteno do legislador era conferir umadeciso mais justa, mais oportuna e mais adequada no mbito da JurisdioVoluntria, dando uma maior elasticidade aos seus procedimentos. Com isso,fala-se da utilizao de um j u zo d e eq u idad e e d isc r ic ionar iedade .

    CPC

    Art. 1 .109. O juiz decidir o pedido no prazo de 10 (dez) dias; n o

    , po rm, ob r igado a obse rva r c r i t r io de legal i dade es t r i t a ,

    podendo adotar em cada caso a soluo que reputar mais

    conveniente ou oport una.

    RESPOSTA CERTA: E

    QUESTO 5 : TRT - 19 Reg io - Ana l is ta Jud ic i r io Admin is t ra t iva

    [ FCC] 0 7 / 0 9 / 2 0 08 .

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    Nenhum juiz prestar tutela jurisdicional, seno quando a parte ou o

    interessado a requerer, nos casos e formas legais.

    COMENTRI OS:

    Pr inc p io da I n rc ia o Poder Judicirio inerte (parado), pois a jurisdiono pode ser exercida de ofcio pelo Juiz (depende de provocao das partespara incio do processo). Este princpio decorre do Princpio da Imparcialidade,tendo em vista que se um Juiz iniciasse um processo, certamente desde j

    teria uma posio que adotaria em sua deciso. Este princpio guarda exceeslegais. Exemplo: execuo trabalhista pode ser deflagrada pelo Juiz, de ofcio;procedimentos de jurisdio voluntria, etc.

    A I n r c i a foi insculpida no prprio texto do Cdigo de Processo Civil, nostermos abaixo:

    CPC

    Art. 2o Nenhum ju i z p res ta r a tu te la j u r i sd i c iona l senoquando a pa r te ou o in te ressado a reque re r , nos casos e

    form a legais.

    RESPOSTA CERTA: C

    QUESTO 6 : TRT - 19 Reg io - Ana l is ta Jud ic i r io Admin is t ra t iva

    [ FCC] 0 7 / 0 9 / 2 0 08 .

    Na jurisdio voluntria, no h lide, tratando-se de forma de administraopblica de interesses privados.

    COMENTRI OS:

    Para a Doutr ina Clss ica, a Jurisdio Voluntria NO Jurisdio, masapenas Administrao Pblica de interesses privados, entre outros motivos,porque no h LI DE - por no haver brigas e conflitos, mas apenas concursoou convergncia de vontades.

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    Observem que predomina no Brasil ainda a Doutrina Clssica, inclusive para as

    Bancas de Concurso.

    RESPOSTA CERTA: C

    QUESTO 7: TRT 23 - An al is t a Jud ic ir io Judic ir ia [ FCC] 2 4/ 0 6/ 2 00 8.

    O art. 5o, XXXVII da Constituio Federal dispe que "no haver juzo outribunal de exceo". Esse dispositivo consagra, em relao jurisdio, oprincpio

    a) da especializao.

    b) da improrrogabilidade da jurisdio.

    c) da indeclinabilidade da jurisdio.

    d) do juiz natural.

    e) da indelegabilidade da jurisdio.

    COMENTRI OS:

    1. Ju iz Na tu ra l ou Imparc ia l i dade O Princpio do JuzoN a tu ra l extrado do Devido Processo Legal e de doisespecficos dispositivos do art. 5 da Constituio Federal(incisos XXXVII e LIII). O Juiz Natural aquele investidoregularmente na jurisdio (investidura) e com competncia

    constitucional para julgamento dos conflitos a elesubmetidos. aquele previsto antecedentemente, comcompetncia abstrata e geral, para julgar matria especficaprevista em lei.

    A CF-88, ao instituir o Princpio visa coibir a criao dergos judicantes para julgamento de questes depois dofato (ex post facto) ou de determinadas pessoas (adpersonam).

    O Princpio do Juiz Natural pode ser visualizado sob 2 (dois)

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    prismas diversos:

    1. Ju iz Na tu ra l em sen t ido Fo rma l consagra 2(duas) garantias bsicas:

    a. proibio de Tribunal de Exceo (art. 5,XXXVII)

    b. respeito s regras objetivas de determinaode competncia jurisdicional (art. 5, LII I ).

    Proib io de Tr ibunal de Exceo - O Tribunal de Exceo

    um rgo jurisdicional criado excepcionalmente para julgardeterminada causa, consistindo em um juzo extraordinrio. o caso de criar um rgo judicial para julgar um especficoconflito. Exemplo: Tribunal Penal que julgou Saddan Russen(apesar das barbries que ele cometeu, vocs acham que eleseria julgado de forma imparcial?); Tribunal de Nuremberg,criado para julgar os crimes dos nazistas aps a 2 GuerraMundial.

    O Tribunal de Exceo o chamado de Juzo, Tribunal ad hoc(para o caso), ou ex post facto(juzo designado aps o fato)ou ad personam (para determinada pessoa).

    O Princpio do Juiz Natural garante a imparcialidade dasdecises judiciais. Portanto, uma garantia constitucional serjulgado por um juiz que j est posto. O Juiz Natural onico que pode ser imparcial.

    No Processo Civil poder ser atentado contra o Princpio

    quando o Presidente do Tribunal designa unilateralmente umJuiz para julgar determinada causa, sem passar o processopela distribuio eletrnica (critrio objetivo e abstrato dedistribuio das aes entre os juzes disponveis).

    Respe i to s reg ras ob je t i vas de de te rm inao de

    compe t ncia j u r i sd i c iona l .

    Alm da proibio de Tribunal de Exceo, o Juiz Natural emsentido Forma l garante que o Juzo seja competente parajulgar a causa. Essa competncia tem que ser fixada de

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    acordo com as regras legais processuais de determinao de

    competncia (critrios objetivos de fixao de competncia). a lei que atribui a competncia para o Juiz (ele no escolhea causa, nem a causa escolhe o juiz).

    As regras gerais de determinao de competncia,previamente estabelecidas, fixam a competncia do Juiz.Uma ao no pode ser distribuda deliberadamente para umJuiz especfico sem um motivo legal para tanto. A distribuioobjetiva e imparcial dos processos uma forma de garantir o

    Juiz Natural. Por isso, violar a distribuio eletrnica deprocessos violar o Juiz Natural.

    Frise-se que a lei quem cria as regras de competncia,bem como os modos de sua alterao. O que vedado oprprio Juiz pleitear a alterao das regras que fixaram a suacompetncia. Assim, a garantia do Juiz Natural veda o Poderde Avocao de processos por parte de Magistrado.

    CF-88

    Art. 5

    XXXVII -no have r j u zo ou t r i buna l de exceo ;

    L I I I - n ingum ser p rocessado nem sentenc iado seno pe la

    a u to r i d a d e co m p e te n te ;

    2. Ju iz Na tu ra l em sen t ido Ma te r ia l a garantiada imparcialidade do Juiz. Todo magistrado deveexercer sua funo de forma imparcial, equidistantedas partes. garantia da Justia Material(independncia e imparcialidade dos Magistrados).

    Portanto, Juiz Natural o Juiz Competente (dimenso Forma l) eImparcial (dimenso Mate r ia l).

    RESPOSTA CERTA: D

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    QUESTO 8 : TRT 9 - Tcn ico Jud ic i r io Adm in is t r a t iv a [ FCC]

    1 2 / 0 9 / 2 0 0 6 ( AD APTA DA ) .

    Considere as afirmativas a respeito da atividade jurisdicional:

    II. A atividade jurisdicional s tem incio quando provocada.

    III. A atividade jurisdicional pode ser delegada a rgos do Poder Legislativo edo Poder Executivo.

    Est correto o que se contm APENAS em

    a) II.b) II e III.

    c) III.

    d) nenhuma.

    COMENTRI OS:

    Item II correto. o Princpio da INRCIA Jurisdicional.

    Item III correto. o Pr inc p io da I nde legab i l i dade o Juiz no podedelegar suas funes, pois as exerce de forma exclusiva. possvel, contudo,delegaes da prtica de atos por outros Juzes (ex: cartas de ordem; cartasprecatrias, etc), mas jamais para outros rgos diversos da atividadejudicante (Exemplo: o mesmo caso do Delegado de Polcia).

    Este Princpio decorre do Pr in c p io da I n v e s t i d u r a a atividade jurisdicionaldeve ser exercida pelos rgos estatais que foram regularmente investidos nafuno jurisdicional. Ou seja, somente poder exercer a jurisdio aquele

    rgo a que a lei atribui o poder jurisdicional.

    Portanto, impossvel a delegao das atividades jurisdicionais a rgos deoutro Poder (Legislativo e Executivo).

    RESPOSTA CERTA: B

    QUESTO 9: TJ - ES - Anal is ta Judi c ir io 2 Adm in i s t r a t iva [ CESPE] -

    0 3/ 0 4/ 2 01 1.

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    Uma das caractersticas da atividade jurisdicional a sua inrcia, razo pela

    qual, em nenhuma hiptese, o juiz deve determinar, de ofcio, que se inicie oprocesso.

    COMENTRI OS:

    Errado, pois o Princpio da INRCIA dispe que o processo no pode serdeflagrado pelo prprio Juiz, pois este dependente da manifestao daspartes.

    RESPOSTA CERTA: E

    QUESTO 10 : TJ - ES - An al is t a Jud ic ir io 2 Adm in i s t r a t iva [ CESPE] -0 3/ 0 4/ 2 01 1.

    A funo jurisdicional , em regra, de ndole substitutiva, ou seja, substitui-sea vontade privada por uma atividade pblica.

    COMENTRI OS:

    o Pr inc p io da Subs t i tu t i v idade o Estado-Juiz, com poder de imprio,substitui a vontade das partes para decidir o caso concreto. Ou seja, atua emsubstituio s partes, quando essas no conseguem por si prprias com seuslitgios.

    RESPOSTA CERTA: C

    QUESTO 11 : TRE - ES - An al is t a Jud ic ir io Ad m in i s t r a t iva [ CESPE] -3 0/ 0 1/ 2 01 1.

    Uma das distines entre a funo jurisdicional e a administrativa identificada na imparcialidade do rgo estatal que exerce a funojurisdicional.

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    COMENTRI OS:

    Perfeito, enquanto que a atuao da Administrao Pblica eminentementePARCIAL (interesse apenas do ESTADO), a Funo Jurisdicional uma atuaoIMPARCIAL do Estado-Juiz como um terceiro desinteressado e equidistante daspartes.

    RESPOSTA CERTA: C

    QUESTO 12 : MPE - RO - Prom ot or de Just i a Sub st i t u t o [ CESPE] -

    2 6/ 0 9/ 2 01 0.

    O princpio da inrcia, um dos princpios basilares da jurisdio, no admiteexceo.

    COMENTRI OS:

    basilar da Jurisdio, mas admite sim exceo. regra da Inrcia hexcees previstas em Lei, que permitem o incio excepcional do processo porprovocao das partes (Exemplo: Execuo Trabalhista de verbas definidas;Execuo Penal; incio do processo de inventrio, se os legitimados no ofizerem no prazo conferido pela Lei; decretao da falncia de empresa emrecuperao judicial, etc). Estas e outras excees apenas confirma a REGRAde que o Juiz deve ser INERTE.

    RESPOSTA CERTA: E

    QUESTO 13 : OAB - Ex am e de Ordem Uni f icado 20 09 -3 [ CESPE] -1 7/ 0 1/ 2 01 0.

    Na jurisdio voluntria, as despesas sero pagas exclusivamente pelorequerente.

    COMENTRI OS:

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    O Cdigo prev na parte de Custas e Despesas processuais que as despesas no

    processo de Jurisdio Voluntria sero ADIANTADAS pe lo requeren te , masdevem ser rateadas entre todos os interessados.

    CPC

    Art. 24. Nos procedimentos de jurisdio voluntria, asdespesas

    se ro ad ian tadas pe lo reque ren te , mas ra teadas en t re os in te ressados .

    RESPOSTA CERTA: E

    QUESTO 14 : Banco Cen t r a l P rocu rado r [ FCC] 08 / 01 / 2006 .

    O princpio da inrcia da jurisdio significa que

    a) nenhum Juiz prestar a tutela jurisdicional seno quando a parte ou ointeressado a requerer, nos casos e forma legais.

    b) todos os atos processuais dependem de preparo.c) a lei processual s admite a submisso da sentena ao duplo grau dejurisdio, se houver recurso voluntrio da parte.

    d) o Juiz no determinar a emenda da petio inicial, salvo se o ru arguirsua inpcia.

    e) ao Juiz vedado impulsionar o processo, cabendo somente parte requerero que entender necessrio.

    COMENTRI OS:

    Pr inc p io da I n rc ia o Poder Judicirio inerte (parado), pois a jurisdiono pode ser exercida de ofcio pelo Juiz (depende de provocao das partespara incio do processo). Este princpio decorre do Princpio da Imparcialidade,tendo em vista que se um Juiz iniciasse um processo, certamente desde jteria uma posio que adotaria em sua deciso. Este princpio guarda exceeslegais. Exemplo: execuo trabalhista pode ser deflagrada pelo Juiz, de ofcio;

    procedimentos de jurisdio voluntria, etc.

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    A I n r c i a foi insculpida no prprio texto do Cdigo de Processo Civil, nos

    termos abaixo:

    CPC

    Art. 2o Nenhum ju i z p res ta r a tu te la j u r i sd i c iona l seno

    quando a pa r te ou o in te ressado a reque re r , nos casos e

    form a legais.

    RESPOSTA CERTA: A

    QUESTO 15 : MPE - RO - Prom ot or de Just i a Sub st i t u t o [ CESPE] -2 6/ 0 9/ 2 01 0.

    O princpio da indelegabilidade estabelece que a autoridade dos rgosjurisdicionais, considerados emanao do prprio poder estatal soberano,impe-se por si mesma, independentemente da vontade das partes ou deeventual pacto para aceitarem os resultados do processo.

    COMENTRI OS:

    Na realidade o conceito foi trocado pelo Princpio da Subs t i tu t i v idade - oEstado-Juiz, com poder de imprio, substitui a vontade das partes para decidiro caso concreto. Ou seja, atua em substituio s partes, quando essas noconseguem por si prprias com seus litgios.

    RESPOSTA CERTA: E

    EXERC CI OS COM GABARI TO

    QUESTO 1: TRT 22 - Anal is ta Judi c ir io Judic ir io [ FCC]

    1 4/ 1 1/ 2 01 0.

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    A indeclinabilidade uma caracterstica

    a) da ao.

    b) da jurisdio.

    c) do processo.

    d) da lide.

    e) do procedimento.

    QUESTO 2: TCE - RO - Au di t or Sub st i t u t o de Conselh e i r o FCC]

    0 5/ 0 9/ 2 01 0.A jurisdio contenciosa civil

    a) divisvel.

    b) atividade substitutiva.

    c) exercida pelo Tribunal de Contas da Unio.

    d) exercida por membro do Ministrio Pblico.

    e) no pressupe territrio.

    QUESTO 3 : TJ - PA - Ana l i sta Jud ici r io D i re i to [ FCC] 2 4 / 05 / 2009 .

    Jurisdio

    a) a faculdade atribuda ao Poder Executivo de propor e sancionar leis queregulamentem situaes jurdicas ocorridas na vida em sociedade.

    b) a faculdade outorgada ao Poder Legislativo de regulamentar a vida social,estabelecendo, atravs das leis, as regras jurdicas de observncia obrigatria.

    c) o poder das autoridades judicirias regularmente investidas no cargo dedizer o direito no caso concreto.

    d) o direito individual pblico, subjetivo e autnomo, de pleitear, perante oEstado a soluo de um conflito de interesses.

    e) o instrumento pelo qual o Estado procede composio da lide, aplicando oDireito ao caso concreto, dirimindo os conflitos de interesses.

    QUESTO 4: MPE - SE - An al is t a do Mi n is t r io Pbl ico Dir e i t o [ FCC]

    1 9/ 0 4/ 2 00 9.

    Nos procedimentos de jurisdio voluntria

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    a) a iniciativa para iniciar o processo caber exclusiva mente ao Ministrio

    Pblico.

    b) no haver citao, porque inexistem partes, mas interessados.

    c) no cabe apelao da sentena.

    d) em nenhuma hiptese caber interveno do Ministrio Pblico, porque noh lide.

    e) o juiz no obrigado a observar critrio de legalidade estrita, podendoadotar em cada caso a soluo que reputar mais correta ou oportuna.

    QUESTO 5 : TRT - 19 Reg io - Ana l is ta Jud ic i r io Admin is t ra t iva

    [ FCC] 0 7 / 0 9 / 2 0 08 .

    Nenhum juiz prestar tutela jurisdicional, seno quando a parte ou ointeressado a requerer, nos casos e formas legais.

    QUESTO 6 : TRT - 19 Reg io - Ana l is ta Jud ic i r io Admin is t ra t iva

    [ FCC] 0 7 / 0 9 / 2 0 08 .

    Na jurisdio voluntria, no h lide, tratando-se de forma de administrao

    pblica de interesses privados.

    QUESTO 7: TRT 23 - An al is t a Jud ic ir io Judic ir ia [ FCC] 2 4/ 0 6/ 2 00 8.

    O art. 5o, XXXVII da Constituio Federal dispe que "no haver juzo outribunal de exceo". Esse dispositivo consagra, em relao jurisdio, oprincpio

    a) da especializao.

    b) da improrrogabilidade da jurisdio.c) da indeclinabilidade da jurisdio.

    d) do juiz natural.

    e) da indelegabilidade da jurisdio.

    QUESTO 8 : TRT 9 - Tcn ico Jud ic i r io Adm in is t r a t iv a [ FCC]

    1 2 / 0 9 / 2 0 0 6 ( AD APTA DA ) .

    Considere as afirmativas a respeito da atividade jurisdicional:

    II. A atividade jurisdicional s tem incio quando provocada.

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    III. A atividade jurisdicional pode ser delegada a rgos do Poder Legislativo e

    do Poder Executivo.

    Est correto o que se contm APENAS em

    a) II.

    b) II e III.

    c) III.

    d) nenhuma.

    QUESTO 9: TJ - ES - Anal is ta Judi c ir io 2 Adm in i s t r a t iva [ CESPE] -0 3/ 0 4/ 2 01 1.

    Uma das caractersticas da atividade jurisdicional a sua inrcia, razo pelaqual, em nenhuma hiptese, o juiz deve determinar, de ofcio, que se inicie oprocesso.

    QUESTO 10 : TJ - ES - An al is t a Jud ic ir io 2 Adm in i s t r a t iva [ CESPE] -0 3/ 0 4/ 2 01 1.

    A funo jurisdicional , em regra, de ndole substitutiva, ou seja, substitui-sea vontade privada por uma atividade pblica.

    QUESTO 11 : TRE - ES - An al is t a Jud ic ir io Ad m in i s t r a t iva [ CESPE] -

    3 0/ 0 1/ 2 01 1.

    Uma das distines entre a funo jurisdicional e a administrativa identificada na imparcialidade do rgo estatal que exerce a funojurisdicional.

    QUESTO 12 : MPE - RO - Prom ot or de Just i a Sub st i t u t o [ CESPE] -

    2 6/ 0 9/ 2 01 0.O princpio da inrcia, um dos princpios basilares da jurisdio, no admiteexceo.

    QUESTO 13 : OAB - Ex am e de Ordem Uni f icado 20 09 -3 [ CESPE] -

    1 7/ 0 1/ 2 01 0.

    Na jurisdio voluntria, as despesas sero pagas exclusivamente pelorequerente.

    QUESTO 14 : Banco Cen t r a l P rocu rado r [ FCC] 08 / 01 / 2006 .

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    O princpio da inrcia da jurisdio significa que

    a) nenhum Juiz prestar a tutela jurisdicional seno quando a parte ou ointeressado a requerer, nos casos e forma legais.

    b) todos os atos processuais dependem de preparo.

    c) a lei processual s admite a submisso da sentena ao duplo grau dejurisdio, se houver recurso voluntrio da parte.

    d) o Juiz no determinar a emenda da petio inicial, salvo se o ru arguirsua inpcia.

    e) ao Juiz vedado impulsionar o processo, cabendo somente parte requerero que entender necessrio.

    QUESTO 15 : MPE - RO - Prom ot or de Just i a Sub st i t u t o [ CESPE] -

    2 6/ 0 9/ 2 01 0.

    O princpio da indelegabilidade estabelece que a autoridade dos rgosjurisdicionais, considerados emanao do prprio poder estatal soberano,impe-se por si mesma, independentemente da vontade das partes ou de

    eventual pacto para aceitarem os resultados do processo.

    GABARI TOS OFI CI AI S

    1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

    B B C E C C D B E C

    1 1 1 2 1 3 1 4 1 5

    C E E A E

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    RESUMO DA A ULA

    Destaca-se abaixo as formas mais conhecidas para composio doslitgios:

    1. AUTOTUTELA a soluo do conflito realizada por simplesimposio de uma vontade sobre a outra. Esta forma deresoluo das contendas sociais remonta aos tempos antigos,quando o Estado no se mostrava presente, obrigando ao lesadoa defender-se pessoalmente contra eventual ofensor. Nostempos atuais ainda temos resqucios dessa espcie primria decomposio dos litgios, como por exemplo: Leg t ima DefesaPenal (art. 23 do Cdigo Penal); Des fo ro imed ia to nasaes possessr ias (arts. 1.210 e 1.467-1471); Estado deNecessidad e Penal , entre outros tantos casos.

    2. AUTOCOMPOSI O a busca amigvel entre as partesinicialmente conflitantes, sem a imposio de vontades de umparte sobre a outra, para por fim ao combate de interesses. uma forma de soluo do conflito pelo consentimento doslitigantes em sacrificar suas intenes parciais em prol de umasoluo final para o embate. So 3 Formas de Autocomposio:

    a. Transao na transao ambas as partes renunciam aparcela de suas pretenses (autor renuncia de parte deseus pedidos e ru reconhece parcialmente a procednciadas alegaes do autor). Resumo: concesses mtuasna busca de uma soluo comum para ambas as partes.

    b. Submisso o reconhecimento jurdico do pedido doautor pelo ru, isto , o ru reconhece de forma livre asalegaes do autor, entregando sem resistncia o quantopor ele solicitado.

    c.

    Rennc ia a desistncia do autor, lesado em seu

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    direito, de continuar na busca da efetivao de sua

    pretenso. Neste caso o a u to r que abre mo de seudireito.

    3. ARBI TRAGEM uma tcnica de soluo dos litgios por meioda participao de um TERCEI RO n o in t er essado na causa(imparcial), que decidir, a pedido das partes, o conflito entreelas estabelecido. A Arbitragem regulada pela Lei n9.307/1996, sendo por natureza v o l u n t r i a (escolha daspartes, nunca por imposio) e somente poder ser contratada

    por pessoas capazes para soluo de d i re i tos pa t r imon ia i sd isponve is.

    Clusu la Compromissr ia prvia e abstratadefinio de arbitragem futura.

    Compromisso A rb i t ra l posterior e concretadefinio de arbitragem atual.

    4. JURI SDI O etimologicamente, significa dizer o direito,pois vem de juris (direito) e dictio (dizer). Em linguagemsimples, a jurisdio a forma do ESTADO, por meio daautoridade judicial, de dizer o direito ao caso posto.

    O conceito de jurisdio guarda 3 (trs) vertentes diversas, quevale detalhar para melhor entendimento:

    o Jur isd io como Poder a jurisdio exercido de formamonopolista, ou seja, o Estado chama para si aresponsabilidade de solucionar os conflitos sociais que a ele

    so reclamados, transformando-se em Poder Estatal dedecidir os conflitos a ele apresentados. A jurisdio comopoder manifestao da capacidade do Estado de impor suasdecises jurisdicionais sobre o caso concreto das partes. Aqui o Estado com sua mo de ferro.

    o Jur isd io com o Funo Es ta t a l a jurisdio uma dasfunes ou finalidades do Estado, a de pacificao social erealizao da justia no caso concreto.

    o Jur isd io como At iv idade a jurisdio tambm pode ser

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    conceituada como os atos materiais e visveis (atos do

    processo judicial no plano prtico) desenvolvidos pelosJuzes, investidos pelo Estado no poder de julgar.

    A jurisdio tem 3 (trs) grandes objetivos:

    1. Obje t ivo Jur d ico aplicar o direito previsto na Lei (nasnormas jurdicas) ao caso concreto.

    2. Obje t ivo Soc ia l pacificar a sociedade, promovendo o bemcomum e eliminando os conflitos existentes.

    3. Obje t ivo Po l t i co realizar a justia, afirmar o poderjurisdicional e preservar os direitos fundamentais do homem.

    Prin cp io s da Jur isd io:

    1. I n e v i t a b i l i d a d e aps as partes submeterem seu litgio jurisdio estatal, no podero posteriorme