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4 SÉRIES DE POTÊNCIAS
Por via da existência de um produto em C; as séries adquirem a mesma relevânciaque em R; talvez mesmo maior. Isso deve-se basicamente ao facto de podermos novamenteformular as chamadas séries de potências, agora de uma variável complexa, z; isto é, sériesda forma
1Xn=0
cnzn = c0 + c1z + c2z
2 + :::;
em que os coe�cientes, cn (n = 1; 2; :::); são números complexos. Séries deste género pos-suem um papel fundamental na representação de uma vasta classe de funções complexasde variável complexa, ditas funções analíticas.Comecemos por notar que quando na série de potências de z; acima indicada, se tem
cn 6= 0 e ck = 0; para todos os valores k > n; se obtem um polinómio em z; de grau n;
p(z) = cnzn + cn�1z
n�1 + :::+ c1z + c0;
o que induz que, informalmente, as séries de potências possam ser vistas como �polinómiosde grau in�nito�.
4.1 RAIO DE CONVERGÊNCIA
Perante uma série de potências apresenta-se como tarefa primordial, nem sempresimples de levar a cabo em toda a sua amplitude, a procura do seu domínio de convergên-cia, ou seja, do conjunto dos números complexos para os quais a correspondente sérienumérica é convergente. Neste sentido, notemos desde já que qualquer série de potências,
1Xn=0
cnzn;
é convergente quando z = 0: Pode até mesmo acontecer que z = 0 seja o único ponto deconvergência da série.
Exemplo 1 Por exemplo, a série1Xn=0
nnzn
apenas converge em z = 0; De facto, se z 6= 0; a sucessão jnnznj = (n jzj)n ! +1; o queimplica a divergência da série numérica correspondente.
Exemplo 2 A série de potências1Xn=0
zn
conhecida por série geométrica constitui uma série divergente se jzj � 1: Na verdade, emtal situação zn 9 0; já que jznj ! 1 se jzj = 1 e jznj ! +1 se jzj > 1:No entanto temos que a sucessão das somas parciais é
Sn = 1 + z + :::+ zn;
1
e por conseguinte�zSn = �z � z2 � :::� zn � zn+1:
Assim,Sn � zSn = 1� zn+1 , (1� z)Sn = 1� zn+1
o que implica
Sn =1� zn+11� z :
Como jzj < 1 implica zn+1 ! 0; obtemos que
1Xn=0
zn =1
1� z (jzj < 1) :
A cada série de potências1Xn=0
cnzn;
associamos os valores� = lim sup jcnj1=n ;
e
� =
8<:0; se � = +1;+1; se � = 0;1=� ; se 0 < � < +1:
(1)
O valor � � 0 é designado por raio de convergência da série de potências. As suascaracterísticas são apontadas no seguinte teorema.
Teorema 3 i) Se � = 0 então a série de potências converge apenas para z = 0:ii) Se � = +1; então a série converge para todos os complexos z 2 C:iii) Se 0 < � < +1; então a série é absolutamente convergente para todos os complexostais que jzj < � e divergente para todos os complexos tais que jzj > �:
Dem.: a) Se jzj > � então � jzj > 1: Deste modo teremos, a partir de certa ordem p;
jcnj1=n jzj > 1 (n > p)
o que implica que para qualquer n > p seja
jcnj jzjn > 1, jcnznj > 1:
Nestas condições podemos a�rmar que cnzn 9 0 e, por conseguinte que
1Xn=0
cnzn
é uma série divergente.b) Mas se 0 < � � +1 e jzj < � então � jzj < 1; e tomando � 2 R tal que � jzj < � < 1;
teremos que a partir de certa ordem p
jcnj1=n jzj < � < 1 (n > p) :
2
Consequentemente temos então que
jcnj jzjn < �n , jcnznj < �n (n > p)
e da convergência da série geométrica1Xn=0
�n
deduzimos a convergência da série1Xn=0
jcnznj :
Logo1Xn=0
cnzn
é uma série absolutamente convergente.É conhecido das sucessões reais que
� = limjcn+1jjcnj
sempre que este limite exista (�nito ou +1): Este facto permite-nos, em tais circunstân-cias, também calcular o raio de convergência, �; através da relação:
� = limjcnjjcn+1j
; (2)
caso este limite exista.Uma outra propriedade importante das séries de potências é expressa no seguinte
resultado conhecido por lema de Abel e devido ao matemático norueguês Niels HenrikAbel (1802 - 1829).
Lema 4 (Lema de Abel) Série de potências convergente num ponto z0 6= 0; é absoluta-mente convergente em qualquer complexo z tal que jzj < jz0j :
Dem.: Na verdade, recordando que em tais circunstâncias a sucessão cnzn0 ! 0;podemos a�rmar que para qualquer " > 0; se tem jcnzn0 j = jcnj jz0j
n < "; para todos osvalores naturais n su�cientemente grandes, digamos n > p: Como tal, temos
n > p) jcnznj = jcnj jz0jn���� zz0����n < " ���� zz0
����n ;e dado que jz=z0j < 1; por comparação com a série geométrica real
P1n=0 jz=z0j
n ; podemosconcluir que
1Xn=0
jcnznj ;
é convergente.Assim, em particular, se a série de potências dada converge num ponto z = z0 6= 0;
então � � jz0j : Porém, a divergência da série para um certo valor de z = z1; implica adivergência para todos os valores de z tais que jzj > jz1j ; já que se ela fosse convergentepara um complexo z = z2 com jz2j > jz1j ; então, pelo lema de Abel, seria igualmenteconvergente para z = z1; o que é contraditório.
3
4.2 FUNÇÕES ANALÍTICAS
Quando � > 0; à bola aberta de centro na origem
B� = fz : jzj < �g
chamamos círculo de convergência da série de potências1Xn=0
cnzn:
Note-se que quando � = +1 esta bola consiste na totalidade do espaço complexo C:Em B� = fz : jzj < �g encontra-se pois de�nida a função
S (z) =1Xn=0
cnzn;
a qual possui algumas propriedades importantes que destacamos no teorema que vaiseguir-se. Antes, porém, notemos que se a série de potências
1Xn=0
cnzn
tem raio de convergência �; então o mesmo sucede à série de potências:1Xn=1
cnnzn�1
obtida da anterior por derivação termo-a-termo. Na verdade, como a sucessão n1=n ! 1;as sucessões
(jcnjn)1=n e jcnj1=n
possuem os mesmos sublimites. Como tal, os valores de � coincidem numa e noutra sériee portanto o raio de convergência das duas séries é o mesmo.
Teorema 5 Se � > 0 então:
i) S (z) é contínua em B�:
ii)Z
� (z)S (z) dz =P1
n=1 cn
Z
� (z) zndz; para qualquer linha contida em B� e qualquer
função � (z) contínua em im :
iii) S (z) é holomorfa em B�:
iv) S 0 (z) =P1
n=1 cnnzn�1:
Dem.: i) Seja r 2 ]0; �[ arbitrário. Com z e z0 2 Br; quaisquer, temos que1
S (z)� S (z0) =
1Xn=1
cn (zn � zn0 )
=
1Xn=1
cn
"(z � z0)
nXk=1
zn�k � zk�10
#:
1Pode mostrar-se facilmente por indução que zn � zn0 = (z � z0)Pn
k=1 zn�k � zk�10 :
4
Assim,
jS (z)� S (z0)j � jz � z0j1Xn=1
jcnj"
nXk=1
jzjn�k � jz0jk�1#
� jz � z0j1Xn=1
jcnj"
nXk=1
rn�k � rk�1#= jz � z0j
1Xn=1
jcnjnrn�1:
Considerando então a soma da série1Xn=1
jcnjnrn�1 = K
concluímos quejS (z)� S (z0)j � K jz � z0j ;
quaisquer sejam z; z0 2 Br; o que, dada a arbitrariedade de r; prova a continuidade dafunção S (z) em B�:ii) Pretende-se mostrar que a sucessão
An =
nXk=1
cn
Z
� (z) zkdz
tem como limite
A =
Z
� (z)S (z) dz:
Nesse sentido, seja M > 0 tal que j� (z)j �M; qualquer que seja z 2 im ; e r 2 ]0; �[tal que im � Br:Então para z 2 im temos�����
1Xk=n+1
ck� (z) zk
����� � j� (z)j1X
k=n+1
jckj rk �M1X
k=n+1
jckj rk
em que a sucessão
Rn =1X
k=n+1
jckj rk ! 0;
já que a série1Xn=0
jcnj rn
é convergente.Por outro lado, como,
jA� Anj =�����Z
� (z)S (z) dz �nXk=1
ck
Z
� (z) zkdz
�����=
�����Z
� (z)
"S (z)�
nXk=1
ckzk
#dz
�����=
�����Z
� (z)
" 1Xk=n+1
ckzk
#dz
����� :� M � c ( ) �Rn
5
podemos então concluir que An ! A:iii) Seja � um qualquer triângulo contido em B�: Por ii) temos queZ
@�
S (z) dz =1Xn=1
cn
Z@�
zn dz = 0;
em virtude de ser, para cada n; Z@�
zndz = 0:
Então pelo teorema de Morera, S (z) é diferenciável em B�:iv) Consideremos com r 2 ]0; �[ ; uma qualquer circunferência simples e positivamente
orientada, Cr; de centro na origem e raio r: Sendo S (z) holomorfa em B�; resulta dasfórmulas integrais de Cauchy que
S 0 (z) =1
2�i
ZCr
S (w)
(w � z)2dw
= c0
�1
2�i
ZCr
1
(w � z)2dw
�+
1Xn=1
cn
�1
2�i
ZCr
wn
(w � z)2dw
�:
Mas pelas mesmas fórmulas integrais de Cauchy, temos
1
2�i
ZCr
1
(w � z)2dw = (Dw1)w=z = 0;
e para n � 1;1
2�i
ZC(r)
wn
(w � z)2dw = (Dww
n)w=z = nzn�1:
Logo
S 0 (z) =1Xn=1
cnnzn�1;
o que completa a demonstração do teorema.
Exemplo 6 Através da propriedade iv) do teorema anterior e relativamente à série ge-ométrica, temos que para z 2 B = fz : jzj < 1g
1
(1� z)2=
1Xn=1
nzn�1;
tendo em conta que
Dz
�1
1� z
�=
1
(1� z)2:
Relativamente a séries de potências de z � z0;1Xn=0
cn (z � z0)n ;
6
se operarmos a transformação w = z � z0; e considerarmos a correspondente série depotências de w;
1Xn=0
cnwn;
caímos na situação anterior, decorrendo daí que todos os conceitos e conclusões atrásformulados sejam obviamente passíveis de serem transpostos para aquele caso. Se estasérie tiver raio de convergência �; notemos que o círculo de convergência da série depotências de z � z0 será agora a bola aberta de centro em z0:
B�(z0) = fz : jz � z0j < �g :
Para cada z 2 B�(z0) a série será absolutamente convergente e se z for tal que jz � z0j > �;a série será divergente. Em B�(z0) de�ne-se então a função complexa de variável complexa
� (z) =1Xn=0
cn (z � z0)n :
a qual se relaciona com
S (w) =1Xn=0
cnwn;
por meio da igualdade� (z) = S (z � z0) :
O Teorema 5 permanece integralmente válido para � (z) ; desde que se substitua B�por B�(z0): Notemos, por exemplo, que por derivação termo-a-termo temos também que
�0(z) =1Xn=1
ncn(z � z0)n�1: (3)
E se procedermos indutivamente, conclui-se que para cada k = 1; 2; :::; é
�(k)(z) =1Xn=k
n(n� 1):::(n� k + 1)cn(z � z0)n�k; (4)
na medida em que cada uma destas séries possui sempre B�(z0) como círculo de con-vergência. Em particular, note-se que
�(k)(z0) = k!ck; (5)
vindo ainda, pelas fórmulas integrais de Cauchy,
I(Cr(z0); z0)ck =1
2�i
ZCr(z0)
�(z)
(z � z0)k+1dz;
onde Cr(z0) designa uma qualquer circunferência de centro em z0 e raio r < �:Dada uma função complexa de variável complexa de�nida num certo conjunto aberto,
U; do plano complexo, f : U � C! C; se com z0 2 U; existir uma série de potências1Xn=0
cn (z � z0)n ;
7
com um determinado raio de convergência � > 0; e um valor positivo � � �; tal queB�(z0) � U e
f(z) =1Xn=0
cn (z � z0)n ;
para qualquer z 2 B�(z0); diremos que f é analítica no ponto z0: Se f for analítica emcada ponto de U; diremos que f é analítica em U:Séries de potências de expoente negativo, ou seja séries do tipo
1Xn=1
cn(z � z0)n
podem igualmente ser integradas como resultantes da série de potências de w
1Xn=1
cnwn;
mediante a transformação w = (z � z0)�1 : Se esta série tiver raio de convergência �; entãopodemos a�rmar que
1Xn=1
cn(z � z0)n
é uma série absolutamente convergente sempre que
jz � z0j > 1=�;
e divergente sejz � z0j < 1=�:
Isto é, a série em questão é absolutamente convergente na "coroa circular" de centro emz0;
K (z0; 1=�;1) = fz : 1=� < jz � z0jg :Considerando as funções
S (w) =
1Xn=1
cnwn e ! (z) =
1Xn=1
cn(z � z0)n
;
a primeira de�nida em B� e a segunda em K (z0; 1=�;1) ; temos
! (z) = S
�1
z � z0
�:
Também a ! (z) podem ser aplicados os resultados do Teorema 5 desde que se substituaB� por K (z0; 1=�;1) : Nesta coroa circular, ! (z) é igualmente uma função diferenciávele a sua derivada pode também obter-se por derivação termo-a termo:
!0 (z) =1Xn=1
�ncn(z � z0)n+1
:
8
4.3 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. Para que valores de w 6= �2 converge a série1Xn=0
�w � 1w + 2
�n?
2. Determine o raio de convergência das seguintes séries de potências:
a)1Pn=1
1nzn:
b)1Pn=1
1n2zn:
c)1Pn=0
1n!zn:
3. Considere as seguintes relações:
i) S (z) =1Xn=0
1
nnzn: ii) � (z) =
1Xn=0
(�1)n
n!(z � (1 + i))n :
iii) � (z) =1Xn=0
�6n+ 1
2n+ 5
�n(z � 2i)n :
Indique os círculos de convergência de cada série indicada e determine: S(5) (0) ;�(100) (1 + i) e �00 (2i) :
4. Considere as seguintes funções:
i) S (z) =
1Xn=0
(�1)n(2n+ 1)!
z2n+1: ii) C (z) =1Xn=0
(�1)n(2n)!
z2n:
a) Justi�que que S (z) e C (z) são ambas funções inteiras.
b) Mostre que S 0 (z) = C (z) e C 0 (z) = �S (z) :
4.3.1 RESOLUÇÕES
1. A série1Xn=0
�w � 1w + 2
�né uma série geométrica e como tal será convergente para todos os valores de w 2 C taisque ����w � 1w + 2
���� < 1, jw � 1j < jw + 2j :
9
Fazendo w = x+ iy temos que
jw � 1j < jw + 2j , jx� 1 + iyj < jx+ 2 + iyj, (x� 1)2 + y2 < (x+ 2)2 + y2
, x2 � 2x+ 1 + y2 < x2 + 4x+ 4 + y2
, �2x+ 1 < 4x+ 4, �3 < 6x, �1
2< x:
Logo fw = x+ iy : x > �1=2g constitui o conjunto de convergência da série dada.
2.a): Aplicando a fórmula (2) à série de potências1Xn=1
1
nzn;
obtemos como raio de convergência
� = lim1n1n+1
= limn+ 1
n= 1:
Logo a série é absolutamente convergente para qualquer complexo, z; tal que jzj < 1 edivergente para qualquer z tal que jzj > 1: Logo B = fz : jzj < 1g ; constitui o círculode convergência da série. Contudo, o domínio de convergência da série, para além docírculo de convergência, contém pelo menos o ponto z = �1; caso em que obtemos a sérieharmónica alternada,
1Xn=1
(�1)nn
;
que, como se sabe, é convergente. A determinação do domínio de convergência desta sérienão é parca de escolhos, e só num âmbito mais avançado poderá ser esclarecido.
2.b): Tal como no exemplo anterior, também a série de potências
1Xn=1
1
n2zn;
tem raio de convergência
� = lim1n2
1(n+1)2
= lim
�n+ 1
n
�2= 1:
Como tal, temos uma série absolutamente convergente para qualquer complexo, z; tal quejzj < 1; e divergente sempre que jzj > 1: No entanto, a convergência absoluta da sériemantém-se quando jzj = 1; dada a convergência da série de Dirichlet
P1n=1
1n2:Assim, neste
caso, o domínio de convergência da série coincide com a bola fechada B = fz : jzj � 1g :2.c): A série de potências
1Xn=0
1
n!zn;
10
tem raio de convergência � = +1; dado que
� = lim(n+ 1)!
n!= lim (n+ 1) = +1:
Trata-se pois de uma série (absolutamente) convergente para qualquer complexo z:
3.i)): O raio de convergência �; da série de potências
1Xn=0
1
nnzn
pode ser obtido facilmente através da relação (1) já que
� = lim sup
���� 1nn����1=n = lim 1
n= 0:
Logo � = +1:Chegaremos naturalmente ao mesmo valor se usarmos (2):
� = lim1nn
1(n+1)n+1
= lim(n+ 1)n+1
nn= lim
�n+ 1
n
�n(n+ 1) = +1;
tendo em conta que �n+ 1
n
�n=
�1 +
1
n
�n! e:
A série converge pois absolutamente para qualquer complexo z:Quanto ao valor de S(5) (0) ; notemos que por (5)
S(5) (0) :
5!=1
55;
e que portanto
S(5) (0) =5!
55=24
625:
3.ii): O raio de convergência �; da série
1Xn=0
(�1)n
n!(z � (1 + i))n
pode ser obtido através da relação (2):
� = lim
��� (�1)nn!
������ (�1)n+1(n+1)!
��� = lim (n+ 1) = +1:Também neste caso a série é absolutamente para qualquer complexo z:Quanto a �(100) (1 + i) ; temos ainda por (5) que
�(100) (1 + i)
100!=(�1)100
100!:
11
Logo �(100) (1 + i) = 1:
3.iii): Para obtermos o raio de convergência da série
1Xn=0
�6n+ 1
2n+ 5
�n(z � 2i)n
podemos usar com vantagem a relação (1) notando que nesta situação
� = lim
�����6n+ 12n+ 5
�n����1=n = lim 6n+ 12n+ 5= 3:
Logo � = 1=3 e
B1=3 (2i) =
�z : jz � 2ij < 1
3
�:
constitui o círculo de convergência da série que de�ne � (z) :Neste caso
�00 (2i)
2!=
�12 + 1
4 + 5
�2, �00 (2i) = 2
�13
9
�2=338
81:
4.a): As séries de potências:
1Xn=0
(�1)n(2n+ 1)!
z2n+1 e1Xn=0
(�1)n(2n)!
z2n:
possuem ambas raio de convergência � = +1: Para isso consideremos os coe�cientes, cn;dos termos destas séries e observemos que para a primeira é
jc2nj = 0 e jc2n+1j =1
(2n+ 1)!;
enquanto que para a segunda temos,
jc2n+1j = 0 e jc2nj =1
(2n)!:
Mas de n!=(n + 1)! = 1=(n + 1) ! 0; podemos a�rmar que (1=n!)1=n ! 0; o mesmosucedendo às subsucesões (1=(2n+1)!)1=(2n+1) e (1=(2n)!)1=2n: Logo em qualquer dos casosé jcnj1=n ! 0; ou seja � = 0; o que signi�ca que o raio de convergência destas séries é� = +1:Então quer S (z) ; quer C (z) são funções de�nidas em C; e pelo Teorema 5 são ambas
funções inteiras.
4.b): Ainda pelo Teorema 5 temos por derivação termo-a-termo que
S 0 (z) =
1Xn=0
(�1)n(2n+ 1)!
(2n+ 1) z2n =1Xn=0
(�1)n(2n)!
z2n = C (z) :
12
Do mesmo modo
C 0 (z) =
1Xn=1
(�1)n(2n)!
2nz2n�1
=1Xn=1
(�1)(�1)n�1(2n� 1)! z2n�1
= �1Xn=1
(�1)n�1(2n� 1)!z
2n�1
= �1Xn=0
(�1)n(2n+ 1)!
z2n+1
= �S (z) :
13