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FUNDAÇÃO VALE

Ação EducaçãoPrêmio Ser HumanoModalidade Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social Case do Projeto Ação Educação da Fundação Vale

FUNDAÇÃO VALE AÇÃO EDUCAÇÃO 2

A Fundação Vale realiza, desde 2009, o programa Ação Educação, que tem por ob-jetivo colaborar com as prefeituras no planejamento de suas políticas de educação em termos de gestão educacional, formação continuada, práticas pedagógicas e infraestrutura. O programa ajuda também os municípios no fortalecimento de suas redes de ensino, na viabilização de suas metas de educação e na implantação das políticas públicas de âmbito estadual e federal.

As principais ações do programa são orientadas pelo Plano de Ações Articula-das (PAR), uma ferramenta do Ministério da Educação que possibilita diagnosticar a situação escolar do município, identificar ações prioritárias entre os mais de 50 indicadores medidos e elaborar planos de ação e melhoria. Para se ter uma ideia da importância dessas medidas, vale lembrar que, desde 2007, a assistência técni-ca do Ministério da Educação a estados e municípios está vinculada à adesão ao Plano de Desenvolvimento da Educação e à elaboração do PAR.

1Resumo inicial—A Fundação Vale busca contribuir com a melhoria da educação brasileira por meio de parcerias com municípios. No programa Ação Educação, as atividades são voltadas a gestores e professores.

FUNDAÇÃO VALE RESUMO iNiCiAL 3

onde atuamos

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ARRANJO JEQUITINHONHA NORTEAngelândiaAricanduvaCapelinhaCarbonitaColunaItamarandibaLeme do PradoMinas NovasTurmalinaVeredinha

ARRANJO RIO DOCEBaixo GuanduAimorésResplendorItuetaGovernador ValadaresColatinaTumiritingaConselheiro PenaJoão Neiva

ARRANJO SERGIPEBarra dos CoqueirosCapelaJaparatubaMaruimRosário do Catete

ARRANJO JEQUITINHONHA SULAlvorada de MinasCouto de Magalhães de MinasDatasDiamantinaFelício dos SantosGouveiaPresidente KubitscheckRio VermelhoSanto Antonio de ItambéSão Gonçalo Rio PretoSenador Modestio GonçalvesSerra Azul de MinasSerro

ARRANJO SUDESTE DO PARÁCanaã dos CarajásCurionópolisEldorado dos CarajásMarabáParauapebasOurilândia do NorteBom Jesus do Tocantins

ARRANJO NORDESTE DO PARÁAbaetetubaAcaráBarcarenaConcórdia do ParáDom EliseuIpixuna do ParáMojuParagominasUlianópolis

ARRANJO EFC (ESTRADA DE FERRO CARAJÁS)AçailândiaAlto Alegre do PindaréAnajatubaArariBom Jesus das SelvasBuriticupuCidelândiaIgarapé do MeioItapecuru MirimMiranda do NortePindaré-MirimSanta RitaSão Pedro da Água BrancaVila Nova dos MartíriosVitória do MearimTufilândiaBacabeiraMonçãoSanta InêsSão Francisco do Brejão


Até o fim de 2010, o “Ação Educação” contou com a participação de 1.500 profis-sionais, beneficiando mais de 150.000 alunos em estados como Maranhão, Pará, Ser-gipe, Minas Gerais e Espírito Santo. Entre os principais resultados do programa estão o desenvolvimento do território onde ele se realiza, a profissionalização da gestão da educação nessas áreas e o empoderamento de gestores, professores e alunos.

Um exemplo é a formação “Arranjos Educacionais”. Neles, os municípios se orga-nizam em grupos de trabalho colaborativo, o que facilita a cooperação entre eles, a troca de boas práticas e a articulação com outras instâncias de governo, especial-mente para habilitar-se à obtenção de recursos.

A Vale e a mineração do futuroO Ação Educação nasce do compromisso da Fundação Vale de colaborar com o

desenvolvimento territorial das áreas em que a Vale atua, por meio do investimen-to nas pessoas e do fortalecimento da gestão pública.

A mineração é uma atividade produtiva que gera um grande valor econômico em âmbito mundial. Trata-se de um ramo de elevado aporte de investimento, produção em grande escala e que necessita de atividades associadas de logística (portos e ferrovias) para atingir a competitividade exigida e o fornecimento de produtos com a qualidade necessária. Seu mercado passa por um momento de aquecimento e franca expansão devido ao crescente aumento da demanda, em especial de minério de ferro, impulsionado principalmente pelo crescimento da China e de países que estão investindo em seu desenvolvimento interno. No Brasil, o setor teve um resultado bastante expressivo em 2010.

A empresa adotou como missão transformar recursos minerais em riqueza e desenvolvimento sustentável


A partir da esquerda, no sentido horário: operação da Vale em Carajás, no Pará; trabalho de reflorestamento em área de mineração e estação do trem de passageiros da Vale na Estrada de Ferro Carajás

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A Vale – a segunda maior empresa de mineração do mundo, presente em mais de 30 países e líder em minério de ferro – ocupa posição de destaque no setor. Em 2011, o investimento dela será de US$ 24 bilhões, o maior de toda a história da mineração mundial.

As características da mineração como atividade produtiva – só existe no territó-rio em questão e, embora de longo prazo, é finita – fazem com que o desenvolvi-mento territorial ocupe lugar central no planejamento das operações da empresa, materializando-se em várias iniciativas em áreas como infraestrutura, adensamento da cadeia produtiva, preservação ambiental e capacitação da mão de obra regional.

Ciente de que os territórios onde se situam os projetos de mineração normal-mente fazem parte de regiões com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e da existência de carências em áreas como gestão pública e infraestrutura, a empresa busca contribuir para que os benefícios se estendam à sociedade, traba-lhando para que eles sejam absorvidos também pela população local.

A Fundação Vale mantém uma política de investimento social estruturante, buscando sempre a maior eficiência na gestão de impactos socioambientais e no desenvolvimento sustentável das localidades.

No Brasil, estudos recentes desenvolvidos mostraram que as regiões influenciadas pela mineração tiveram elevação de níveis de emprego, de qualificação dos trabalhadores e o de renda média. Também tiveram expressivo crescimento da base produtiva, com o crescimento e surgimento de empresas locais, além da migração de empresas de outras regiões.


O enfoque territorial é uma visão essencialmente integradora de espaços, atores sociais, agentes, mercados e políticas públicas de intervenção, e tem na equidade, no respeito à diversidade, na solidariedade, na justiça social, no sentimento de pertencimento cultural e na inclusão social metas fundamentais a serem atingidas e conquistadas.

—(Definição do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD)

A riqueza mineral deve ser caminho para a qualidade de vida das populações

É missão da Vale transformar recursos minerais em desenvolvimento sustentável, o que significa deixar um legado social, econômico e ambiental positivo nos terri-tórios em que mantém suas operações.

Isso resulta em uma atuação empresarial muito parti-cular, uma marca singular no que tange ao planejamento de seus negócios e à sustentabilidade, diferenciando-a das demais empresas de grande porte e tornando-a benchmarking mundial, segundo a consultoria Mckinsey, em investimento social.

A empresa, desde a fase de planejamento e implan-tação de uma nova operação, trabalha para garantir que seus investimentos possam promover uma dinâmica de crescimento virtuoso nas regiões onde está presente, ge-rando um legado social, econômico e ambiental positivo.

Desse modo, o desenvolvimento territorial ocupa lugar central no planejamento das operações da Vale e se materializa em várias iniciativas direcionadas a áreas como infraestrutura, adensamento da cadeia produtiva, preser-vação ambiental e capacitação da mão de obra regional.

O acesso universal à educação é uma das formas de garantir o desenvolvimento territorial

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FUNDAÇÃO VALE 8AÇÃO EDUCAÇÃO

2Introdução: Como trabalhamos—A atuação da Fundação Vale potencializa a atração de novos investimentos para os municípios em que atua e aumenta o empoderamento de seus moradores

A Fundação Vale contribui para a potencialização e articulação dos investimen-tos sociais nas áreas em que atua. O objetivo é que os investimentos da empresa atraiam e multipliquem outros recursos para a região. Essa capacidade de atrair parceiros altamente qualificados é fruto da credibilidade proporcionada pelo alto desempenho da Vale em sua gestão. Segundo a consultoria McKinsey, a Fundação Vale é hoje, globalmente, uma das maiores fundações do mundo pela capacidade que tem de alavancagem de recursos por meio de parcerias.

Conhecendo os desafios das regiões onde atua, a Fundação Vale percebe que os investimentos da cadeia de mineração, isolados, são insuficientes para trans-formar as realidades locais. Para que isso aconteça, é necessário que haja parceria entre empresas, governo e sociedade.

Em 2010, os investimento sociais da Vale e da Fundação somaram US$ 398,5 milhões. Em 2009, o total de investimentos foi de US$ 200,9 milhões.

FUNDAÇÃO VALE iNtRODUÇÃO : COMO tRAbALhAMOS 9

Somente em 2010, a Vale e a Fundação investiram cerca de US$ 400 milhões em ações sociais.

A) Eixos de atuaçãoTodas as ações são norteadas pela valorização dos ativos econômicos locais e

pelo respeito à diversidade cultural das comunidades, tendo caráter estruturante – ou seja, a perspectiva da sustentabilidade. As ações resultantes destes investimen-tos são divididas em três eixos principais:

Apoio à Gestão pública – A Fundação trabalha iniciativas com o objetivo de contribuir com os municípios na redução de seus custos, no aumento da qualidade dos serviços públicos (saúde, educação, gestão de resíduos, entre outras ações) e na transparência na prestação de contas.

Infraestrutura e habitação – Ações voltadas para a redução do déficit em saneamento (água e esgoto) e moradia. A Fundação prepara os projetos executi-vos de engenharia, apoia a prefeitura na captação de recursos para implementar os projetos e dá todo o apoio técnico necessário para as licitações, as obras e a prestação de contas.

Desenvolvimento Humano e Econômico – Nesta frente, a Fundação Vale trabalha diretamente em ações focadas para as pessoas da comunidade onde a empresa está presente. O objetivo é contribuir na qualidade de vida e no desen-volvimento integrado e sustentável da população.

Ou seja, o investimento é nas pessoas, com foco no desenvolvimento a médio e longo prazos de cidadãos plenos em seus direitos e potencialidades.

A principal estratégia é a criação de polos de referência locais, conhecidos como Estação Conhecimento, voltados à formação integral e integrada dos indivíduos.


Estação Conhecimento: a referênciaAs Estações Conhecimento são núcleos que funcionam como centros educa-

cionais e produtivos. Implantadas em áreas urbanas e rurais, trabalham para o desenvolvimento integrado da comunidade por meio de esporte, cultura, qualifi-cação profissional, geração de emprego e renda, com o objetivo de possibilitar a melhoria da formação educacional da população do território.

Organizações civis de interesse público (Oscips), as Estações são viabilizadas por parcerias locais celebradas com instituições públicas e organizações civis. Elas priorizam crianças e jovens e são planejadas para promover ações integradas de longo prazo.

As temáticas dos cursos e programas oferecidos pela Estação Conhecimen-to são definidas a partir da necessidade e da realidade regionais, buscando o fortalecimento das vocações locais. A metodologia pedagógica adotada é fundamentada em conceitos e princípios voltados à democratização do conhe-cimento no sentido de prover condições para emancipar as pessoas buscando o desenvolvimento social.

estação ConhecimentoLocais de atuação—01 barcarena02 Arari03 São Luis04 Marabá05 APA do Gelado06 tucumã07 Curionópolis08 Ourilândia do Norte09 Vale do Jequitinhonha10 Governador Valadares11 brumadinho12 Vila Militar13 Engenhão14 Serra

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As Estações Conhecimento contribuem para o desenvolvimento da cidadania de crianças, adolescentes e suas famílias por meio de atividades esportivas, capacitação profissional, empreendedorismo e valorização da cultura

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iniciativas de capacitação dos funcionários públicos e da comunidade são realizadas por intermédio de parcerias com prefeituras, definidas em convênios assinados entre as partes

—

PSPP: A ferramentaA forma de atuação da Fundação Vale é baseada na PSPP – Parceria Social

Público-Privada – e é aplicada em todas as suas ações. O conceito de PSPP é uma releitura do que se define por Parceria Público-Privada (PPP) e consiste, em linhas gerais, num pacto de cooperação técnico-financeira entre poder público, iniciativa privada e sociedade civil, com a finalidade de promover desenvolvimento territo-rial por meio da articulação das políticas públicas e empresariais.

Por meio dessa articulação entre as políticas públicas e das empresas, a PSPP in-tegra ações dos diferentes agentes em torno de uma visão comum, maximizando resultados e proporcionando desenvolvimento territorial sustentável. A contribui-ção das empresas privadas, nesse cenário, é a qualificação do investimento social privado, o compartilhamento do conhecimento, da tecnologia e da capacidade de gestão, em busca da articulação institucional e política, assim como a integração de interesses, constituindo-se em indutoras do desenvolvimento territorial.

O resultado obtido por iniciativas como essas inspirou o Governo de Minas Gerais – estado brasileiro com a terceira maior economia do país, com PIB de qua-se US$ 200 milhões, e segundo colocado em termos de população – a optar por institucionalizar a PSPP como instrumento legal. Dessa forma, em 2010, a PSPP se transformou, oficialmente, em uma política pública por meio do decreto 45.488 de 22 de outubro de 2010. Com isso, a PSPP pauta uma nova lógica em investimento social privado, podendo ser replicada por outras empresas e instituições. Atual-


Evolução da PPP, a Parceria Social Público Privada, conceito proposto pela Fundação Vale, traz resultados e inspira novas políticas públicas

mente, a Fundação Vale celebra cooperação técnica internacional com o governo da Itália – país que é referência internacional em desenvolvimento territorial – para intercâmbio de práticas nesta área.

O resultado dessa estratégia já é palpável e consistente. Somente nas ações desenvolvidas pela Fundação Vale para apoiar os municípios na redução do déficit de infraestrutura, a instituição conseguiu alavancar para os municípios cerca de R$ 700 milhões em 2010. Isso significa que, agregando sua capacidade de gestão e de investimento, a Fundação conseguiu alinhar as necessidades do município, os interesses do Governo brasileiro em investir em obras estruturais – e em sua polí-tica pública de aceleração do crescimento do país – e tornou possível que cidades até então sem qualquer acesso aos investimentos federais recebessem importan-tes recursos para o seu desenvolvimento.


A baixa qualidade da educação no Brasil ainda é um dos principais limitadores do desenvolvimento e da melhoria da qualidade de vida no país. Altos índices de repetência e abandono escolar são aspectos de um problema generalizado no sistema educacional do país, mas que, segundo o Relatório de Monitoramento de Educação para Todos de 2010, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), atinge índices alarmantes no Ensino Básico.

De acordo com o relatório, o índice de repetência no Ensino Fundamental brasileiro (18,7%) é o mais elevado na América Latina e fica bem acima da média mundial (2,9%). Cerca de 13,8% dos alunos abandonam os estudos já no primeiro ano no Ensino Básico – o que deixa o Brasil somente à frente da Nicarágua (26,2%) neste quesito e, de novo, bem acima da média mundial (2,2%).

Das quatro metas quantificáveis empregadas para a avaliação, o país registra al-tos índices em três (atendimento universal, igualdade de gênero e analfabetismo), mas apresenta um indicador muito baixo no percentual de crianças que ultrapassa

3a educação Pública no Brasil—Qualificar as práticas do país na área de ensino e aprendizagem é pré-requisito para que a melhoria das condições de vida se torne duradoura e universal

FUNDAÇÃO VALE A EDUCAÇÃO PúbLiCA NO bRASiL 15

o 5º ano. A estrutura física precária das escolas e o número baixo de horas em sala de aula são alguns dos fatores apontados pelos técnicos da Unesco como determi-nantes para a avaliação da qualidade do ensino.

Muitas das soluções para esses problemas passam diretamente pelos municí-pios, responsáveis pelo sistema público de educação básica. Para tanto, é neces-sário que a gestão municipal esteja capacitada para dar conta desse desafio, em parceria com a comunidade e organizações da sociedade.

Grande parte das vezes, o maior desafio encontrado nas prefeituras não é im-probidade política ou práticas ilícitas, mas sim a falta de boas práticas na gestão e a necessidade de fortalecer a capacidade técnica de seus funcionários.

númeRosa eduCação PúBLICa no BRasIL

—18,7%O bRASiL tEM O MAiOR íNDiCE DE REPEtêNCiA NO ENSiNO FUNDAMENtAL DA AMéRiCA LAtiNA

13,8%é APROxiMADAMENtE O PERCENtUAL DE ALUNOS qUE AbANDONAM OS EStUDOS NO PRiMEiRO ANO DO ENSiNO MéDiO

“Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”

—Paulo Freire, educador brasileiro


Em geral, os municípios onde a Vale está presente são novos ou passaram por um período acelerado de crescimento e, assim, a gestão ainda precisa ser fortalecida e acompanhar os desafios da cidade para aproveitar da melhor forma a dinâmica econômica que um grande empreendimento de mineração trás. Por isso, apoiar o fortalecimento da gestão pública pode significar alavancar os serviços e a capa-cidade de investimento de uma cidade, o que pode impulsionar a melhoria da qualidade de vida da população.

A parceria com os municípios se dá a partir da definição de um planejamento e objetivos sociais comuns: a Fundação Vale e o município assinam um Protocolo de Intenções definindo a parceria e os mecanismos capazes de melhorar a eficiência e a eficácia dos processos das administrações públicas.

Assim, a Fundação disponibiliza apoio operacional e institucional na elaboração de projetos para auxiliar os governos a reduzir despesas, melhorar a gestão de recur-sos e captação nas esferas federais e estaduais. Além disso, a Fundação desenvolve ações estruturantes e apoia os municípios nos temas ligados a planejamento e con-trole urbano, regularização fundiária, gestão administrativo-financeira, infraestrutu-ra física e social, ordenação e limpeza urbana, segurança pública, saúde, educação e fortalecimento dos conselhos municipais, entre eles, da Infância e Adolescência.

4apoio à Gestão Pública—Fundação dá apoio aos municípios na melhoria dos indicadores sociais e fortalecimento da administração pública

FUNDAÇÃO VALE APOiO à GEStÃO PúbLiCA 17

Embora os municípios que tenham atividade mineradora gerem receitas supe-riores à média de suas regiões, a qualidade de vida de seus habitantes, de forma geral, não é proporcionalmente diferenciada. Normalmente, eles têm capacidade técnica de planejamento e operação limitada, assim como pouca experiência no processo de articulação com instituições e mecanismos de financiamento das esferas estadual e federal.

A Fundação Vale busca estabelecer uma relação virtuosa entre a iniciativa pri-vada e o governo, articulada também com a sociedade civil organizada, que possa resultar na melhoria do gerenciamento administrativo-financeiro dos municípios e no fortalecimento de suas políticas públicas.

Com esse propósito, auxilia as prefeituras a identificar as estratégias mais eficazes de utilização de suas receitas, tendo em vista o atendimento às demandas da população e a diminuição da vulnerabilidade social dos territórios. Dá apoio ainda à elaboração de planos para redução de despesas públicas e para captação de novos recursos, fornecendo suporte também à execução e prestação de contas dos projetos financiados.

A expertise gerencial da Fundação Vale colabora para que as instituições possam ser capacitadas na formulação de proje-tos que potencializem a sua capacidade de captar recursos nas esferas governamentais ou privadas em ações como:• Estruturação de projetos para melhorar a educação de

jovens e adultos (EJA) nos municípios;• Capacitação de alfabetizadores e criação as turmas de EJA

necessárias para acesso ao repasse de recursos federais;• Desenvolvimento da capacidade dos conselhos

municipais da infância e adolescência na conquista de melhorias para a vida de crianças e adolescentes de suas comunidades e garantia de seus direitos;

• Contribuição para a redução da mortalidade infantil e a melhoria dos índices de saúde pública.

• Apoio a elaboração do Levantamento da Situação Escolar (LSE) para apoio técnico e financeiro do Ministério da Educação na melhoria da infraestrutura e materiais pedagógicos das escolas públicas.

Exemplos de ações de apoio à gestão pública

aPoIoà Gestão

—Gestão de processos administrativos (Gestão dos Recursos humanos, Sistema de Arrecadação e Gastos Públicos)

• Gestão da Educação• Gestão da Saúde• Gestão da Ação Social• Regularização Fundiária• Planejamento e Controle

Urbano• Gestão dos Resíduos

Sólidos• Gestão da Segurança

Pública

DIAGNóSTICO E PLANO

DE GESTÃO INTEGRADA

PRIORIDADE DAS

PREFEITURAS

DEFINIÇÃO DE METAS COMUNS

PLANOS DE AÇÃO

GRUPOS DE TRABALHO

INTERSETORIAL

APOIO àS AÇõES DE GESTÃO PúBLICA

APOIO NA CAPTAÇÃO

DE RECURSOS

APOIO à GESTÃO DOS

SISTEMAS

MONITORAMENTO DOS RESULTADOS


Iniciado em 2009, no Maranhão, e implantado também no Pará, Minas Gerais, Sergipe e Espírito Santo, beneficiando um total de 68 municípios, o Ação Educação é um dos principais programas da Fundação Vale no eixo relacionado ao fortaleci-mento da gestão pública.

Seu objetivo é colaborar com as prefeituras e Secretarias de Educação no plane-jamento de políticas de educação em termos de gestão educacional, formação con-tinuada, práticas pedagógicas e infraestrutura. O programa ajuda os municípios no fortalecimento de suas redes de ensino, na viabilização de suas metas de educação e na implantação das políticas públicas de âmbitos municipal, estadual e federal.

A) MetodologiaO programa utiliza a metodologia dos “Arranjos de Desenvolvimento da Educa-

ção”, na qual um grupo de municípios com proximidade geográfica e característi-cas socioeconômicas semelhantes busca trocar experiências e solucionar conjun-tamente dificuldades na área da educação. Tem como princípio a cooperação e a troca de boas práticas, bem como a articulação com as instâncias dos governos estadual e federal, especialmente para obtenção de recursos técnicos e financei-ros previstos no PAR. Desde 2007, a assistência técnica do Ministério a estados e municípios está vinculada à adesão ao Plano de Desenvolvimento da Educação e à elaboração do PAR.

5Projeto ação educação—O Programa fortalece a rede de ensino dos municípios participantes e a gestão da equipe local

FUNDAÇÃO VALE PROJEtO AÇÃO EDUCAÇÃO 19

O Ação Educação trabalha com gestores públicos da educação, equipes técni-cas das Secretarias de Educação e gestores de escolas. O foco é a melhoria da edu-cação para alunos da rede pública matriculados na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, pais e representantes da comunidade. É executado em parceria com a Comunidade Educativa Cedac e implantado de forma diferenciada nos territó-rios, conforme as necessidades de cada um deles. Um exemplo é o arranjo da EFC para a formação de professores e formadores dos anos iniciais do Ensino Funda-mental com foco no ensino da leitura. Entre os indicadores do PAR, a formação continuada dos professores é um pré-requisito para que os alunos possam chegar ao Ensino Fundamental com mais chances de sucesso.

O propósito da formação é tornar os educadores diretamente envolvidos na alfabetização conscientes da importância de sua atuação profissional e, ao mesmo tempo, capazes de responder de modo satisfatório ao que se espera deles: que asse-gurem a todos os seus alunos uma aprendizagem que os torne aptos a ler e escrever textos – dentro e fora da escola – e participar ativamente da sociedade em que vivem.

B) AçõesAs iniciativas do Ação Educação envolvem um amplo espectro de atividades que

vão desde o diagnóstico do contexto educacional atual até a tomada de decisão, a elaboração e execução do plano de ação. Temas como formação continuada, ativida-des no contraturno das aulas, correção do fluxo dos alunos, políticas de incentivo à leitura e melhoria da infraestrutura das escolas são trabalhados nos Arranjos.

Após o levantamento da situação, os assuntos são discutidos e geram planos de ação para superar os problemas, a partir da realidade das escolas e dos municípios.

Paralelamente, gestores escolares recebem formação em gestão, visando tornálos mais preparados para lidar com os desafios resultantes do planejamento dessas ações no cotidiano das escolas e melhorar as condições de aprendizagem dos alunos.

o PaR é o eIxo estRutuRante do ação eduCação

—

O PAR é multidimensional e sua temporalidade o protege daquilo que tem sido o maior impeditivo do desenvolvimento da educação: a descontinuidade das ações a cada troca de equipe, a destruição da memória do que foi implementado e construído

APRENDIzAGEM DO ALUNO

GESTÃO DE RECURSO

FINANCEIRO

GESTÃO DE TRABALHO

EM REDE

PAR

O QUE É O Plano de Ações Articuladas (PAR) é uma Ferramenta gerencial criada pelo MEC que, por meio de análise do quadro educacional do município, indica as medidas prioritárias e os respectivos planos de ação para realizá-las.

Sua elaboração pressupõe etapas que são coordenadas pelas Secretarias de Educação, mas devem ser planejadas com a participação de gestores, de professores e da comunidade local.

O QUE FAZElabora o diagnóstico educacional do município de forma participativa. Prevê ações educacionais, seu detalhamento, resultados esperados, formas de execução, cronograma e responsáveis pelas ações.

PRINCÍPIOSLiderança efetiva do Gestor.trabalho em equipe.Decisões com base em fatos e dados.Assistência técnica e/ou financeira do MEC.


São Pedro da Água Branca é a primeira cidade maranhense da Estrada de Ferro Carajás – ou a última, quando o trem está indo do Maranhão para o Pará. A cidade foi fundada na década de 1970, por agricultores que, como muitos outros, foram incentivados pelo Governo Federal a plan-tar arroz no sudoeste maranhense.

Cidade pequena e que sofre com os mesmos problemas da maioria das cidades do interior do Norte e do Nordeste brasileiros, São Pedro da Água Branca mergulhou de cabeça no Ação Educação. O município conseguiu mobilizar intensamente não apenas a quase totalidade da rede educacional local – 11 escolas, 5 urbanas e 6 rurais – como também representantes da co-munidade, inclusive pais de alunos, por meio da implantação de Conselhos Escolares, existentes em nove instituições de ensino.

órgãos colegiados com a atribuição de deliberar sobre questões pedagógicas, admi-nistrativas e financeiras no âmbito escolar, os Conselhos proporcionaram a São Pedro da Água

histórias de sucessoSão Pedro da Água branca, uma experiência bem-sucedida

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Branca um novo sistema organizacional, impor-tante para manter a perspectiva educacional de longo prazo e garantir a continuidade de ações já realizadas.

Outra conquista importante foi a readequa-ção do ensino a alunos em distorção de idade/série, que representam 20,5% do total da rede escolar. O programa deu suporte à Secretaria de Educação na implantação do programa “Apren-der para Valer”, incluindo a elaboração de mate-rial de estudo específico para esses estudantes.

Com o programa, foram organizadas três turmas especiais, englobando alunos de 3º e 4º anos (49), 5º ano (54) e de 5ª a 8ª séries (272). A reordenação dos grupos favoreceu o convívio de crianças e jovens de faixa etária mais próxima e corrigiu as distorções existentes sem causar prejuízos à aquisição formal de conhecimento.

TENDA DE LEITURA Um dos resultados mais perceptíveis do Ação

Educação em São Pedro foi a valorização dos

Implantação de conselhos escolares, desenvolvimento de sistema para correção de distorções no aprendizado e criação de tendas de leitura estão entre os resultados obtidos pelo programa no município maranhense


FICha do munICíPIoNome: São Pedro da Água brancaLocalização: 700 km de São Luís (MA)População: pouco mais de 12 mil habitantesEscolas públicas municipais: 11 (10 dedicadas ao Ensino Fundamental e uma ao Ensino infantil)Total de alunos: 2.764 Total de docentes: 100

São Pedro da Água branca

São Luís

livros e a criação do hábito de leitura. Até sua im-plantação, praticamente todo o acervo bibliográ-fico disponibilizado pelo Ministério da Educação para as escolas do município encontrava-se empi-lhado e abandonado. Com o apoio da Fundação Vale, os gestores públicos resgataram e reuniram o acervo, criando o programa “Tenda de Leitura”.

Instaladas no pátio das escolas, as tendas eram abertas à visitação dos alunos e de seus pais, assim como de professores e funcionários. Obras de diversos gêneros literários – clássicos infantojuvenis, contos, poesias e crônicas, assim como gibis, revistas e jornais – ficavam dispostas em prateleiras, baús e cestos. Cartazes, faixas e varais com textos de diversos estilos e tendên-cias incentivavam os visitantes à leitura, assim como o mobiliário.

As atividades programadas para as “tendas” obedeciam a um roteiro (roda de leitura, leitura dramatizada e contação de histórias), encerrado com a liberação das obras para leitura indivi-dualizada. Muitos professores aproveitaram os

intervalos das aulas para proporcionar a seus alunos esse aprendizado extracurricular. Das es-colas, as “tendas” ganharam depois as praças da cidade, disponibilizando também os livros para toda a comunidade.

A Secretaria de Educação manteve o pro-grama em vigor até pouco antes do fim do ano. Apesar do término dos recursos para a realização do evento, os diretores se mobiliza-ram e deram continuidade às tendas de leitura, diante de sua atratividade e resultados positivos entre os alunos.

As ações de incentivo à leitura apoiadas cria-ram também novos hábitos entre os professores – a maioria inicia o dia de trabalho com a leitura de uma história para sua turma – e os próprios gestores públicos: o tradicional “amigo oculto” de final de ano resultou, dessa vez, em uma intensa troca de livros.


Uma das cidades que mais crescem no Maranhão, Açailândia aposta em ações que melhorem a qualidade da educação de seus moradores

Como muitas cidades resultantes da colonização das margens, Açailândia encontrou uma série dificuldades por causa do crescimento rápido e desordenado, fruto de uma intensa migração, provocada pela promessa de terra fértil e água abundante para a agricultura.

Segundo maior PIB do estado e uma das principais cidades da Estrada de Ferro Carajás, Açailândia tem se destacado pela participação em programas que buscam o aperfeiçoamento da educação e saúde, como, por exemplo, o programa Escola que Vale, promovido pela Fun-dação Vale e que há uma década colabora com a capacitação de professores de escolas públicas das áreas em que a Vale atua.

MAIS EDUCAçãO NO CONTRATURNOPor meio do apoio do Ação Educação, Açai-

lândia intensificou e qualificou o trabalho com os gestores na implantação do “Programa Mais Edu-

histórias de sucessoNa linha de frente das boas práticas

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cação”, do governo federal, que propõe a amplia-ção do tempo escolar realizando atividades no contraturno para ampliar o aprendizado do alu-no com atividades culturais, esportivas e pedagó-gicas. Essas ações evitam que as crianças fiquem na rua fora do horário das aulas ou que realizem outras tarefas, como o trabalho doméstico.

Já implantado em 18 das 82 escolas do mu-nicípio, o programa beneficia atualmente 2.611 dos 20.554 alunos do Ensino Fundamental. Este ensino complementar, apoiado por 139 monito-res, inclui música (coral e fanfarra), matemática, leitura e escrita, pintura e escultura, xadrez, karate, tênis de mesa e vôlei.

ATIvIDADES ExTRAS ENRIQUECEM FORMAçãO A Escola Municipal Pequeno Príncipe, locali-

zada no bairro Bom Jardim, por exemplo, oferece atividades no contraturno para 100 alunos,


utilizando ainda espaços comunitários fora de suas dependências para o ensino da capoeira, in-tegrando os jovens, suas famílias e a comunidade em que estão inseridos neste novo aprendizado.

Com as atividades extras, os alunos da Pe-queno Príncipe estão muito motivados. Luana, de 9 anos, que antes utilizava o tempo de folga para realizar tarefas domésticas, afirma que gosta das aulas e não falta a nenhuma: “antes, minhas notas eram baixas; agora, cheguei a tirar 9 em Português”.

Carlos Henrique, também de 9 anos, revela que está aprendendo a ler e escrever melhor e que gosta de encontrar os amigos nas aulas extras. “Quando eu não ficava na escola o tempo todo, brincava na rua e cuidava da minha irmã de 6 anos, porque meus pais trabalham. Agora, ela fica na casa da minha tia e eu não falto”.

Em reunião de pais, Maria do Carmo, mãe de Matheus, relatou que seu filho está muito

FICha do munICíPIoNome: AçailândiaLocalização: 636 km de São Luís (MA)População: cerca de 104 mil habitantesEscolas públicas municipais: 82Total de alunos: 20.554 Total de docentes: 391

Açailândia

São Luís

animado. “Fixei o horário na geladeira e ele não perde um dia de atividade. O ‘Mais Educação’ ajuda muito porque eu trabalho e ele me dava muita preocupação, pois ficava ‘aprontando’ na rua. Agora, está interessado e participa de todas as aulas extras.”


A escola municipal Santa Luzia, na zona rural de Santa Rita, no Maranhão, é acanhada, escura e calorenta. Nas paredes, um amarelo descas-cado denuncia que a última pintura já com-pletou mais anos do que boa parte dos alunos. O quadro negro apenas se apoia na parede, inclinado, e sustenta-se em duas cadeiras sem braço e encosto, como muitas outras ocupadas pelas crianças santa-ritenses. Mal projetado, o prédio não tem lugar para a secretaria, que, para existir, preenche o espaço do que deveria ser uma sala de aula.

O estado precário é semelhante ao de cente-nas de outras escolas no interior do estado: cons-truções simples, algumas vezes com paredes de taipa, e infraestrutura insuficiente. São compu-

O LSE é uma ferramenta do Ministério da Educação para levantamento da infraestrutura e dos materiais pedagógicos da rede municipal, tendo como referência os Padrões Mínimos de Funcionamento das Escolas. O levantamento das informações e o seu cadastramento no sistema informatizado do MEC são pré-requisitos para os municípios receberem recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, destinados à execução de obras de reforma, ampliação e construção, assim como à aquisição de mobiliário, equipamentos, materiais didáticos e escolares.

tadores inutilizados, televisões que não funcio-nam e banheiros de menos, com pias e vasos sanitários quebrados, para a grande quantidade de crianças. Onde a biblioteca, muitas vezes, se resume a alguns poucos livros em caixa de papelão, internet, então, é um luxo inacessível e, muitas vezes, nem sequer cogitado. A pequena aluna da Santa Rita Ana Clara Sena, por exemplo, limita-se a sonhar com o dia em que o banheiro das meninas terá porta.

O Ministério da Educação possui verbas para que essas escolas passem por melhorias e sejam aparelhadas. No entanto, a injeção financeira e técnica só pode ser obtida quando as escolas preenchem um formulário chamado Levanta-mento da Situação Escolar (LSE). O detalhe que

histórias de sucessoEngenheiros Voluntários Vale abraçam a causa da melhoria da educação

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tem feito toda a diferença na vida dessas escolas, professores e alunos é que esse levantamento precisa ser realizado com a supervisão e assina-do por pelo menos um engenheiro.

Sem o apoio do profissional especializado, artigo raríssimo no interior dos estados Norte e Nordeste brasileiros, as escolas se conformavam e continuavam se virando como podiam. “O município é pequeno, os recursos são escassos e sozinhos não teríamos condições de fazer todo esse levantamento”, explica o secretário de Educação de Cidelândia, outra cidade do interior maranhense.

Foi então que a Fundação Vale, unindo dois de seus principais programas – Ação Educação e Voluntários Vale – reuniu profissionais da área de

engenharia da Vale e outras empresas que atu-am nos programas da empresa. A iniciativa está ligada ao compromisso da Fundação em apoiar a gestão pública em melhorar a sua performance, especialmente nas áreas de saúde e educação.

A ação, chamada “Engenheiros na Escola”, mobilizou uma equipe de 161 voluntários, entre engenheiros e técnicos em edificações, para realizar o levantamento da infraestrutura física de 132 escolas de Cidelândia, Anajatuba e Santa Rita, durante três fins de semana do mês de novembro de 2010. Os três municípios localizam-se ao longo da Estrada de Ferro Carajás, operada pela Vale, que transporta minérios e passageiros entre Pará e Maranhão. Lá, cerca de 80% das escolas são rurais e de pequeno porte (menos de 50 alunos).


Para a avaliação da infraestrutura física das escolas dos três municípios, os voluntários fizeram inicialmente o levantamento (me-dição e registro) de cada unidade. A seguir, confeccionaram suas plantas baixas (desenho da construção, com uso do programa Auto-CAD), que foram encaminhadas às respecti-vas Secretarias de Educação. No total, foram produzidas 660 plantas e 2.300 mil horas de trabalho voluntário.

Em Cidelândia, a 596 km de São Luís, capital maranhense, 28 voluntários avaliaram 57 esco-las. Em Anajatuba (a 138 km de São Luís), foram 69 voluntários e 53 escolas; em Santa Rita (a 60 km de São Luís), 64 profissionais e 57 escolas. Marlene Costa, coordenadora do Programa LSE de Cidelândia, dá uma dimensão do que repre-

sentou o mutirão: “Foi uma ação que levaríamos pelo menos um ano para cumprir. Com a parceria de todas as instituições, foi possível desenvolver todo o processo de uma só vez”.

A expectativa é que, com o suporte do progra-ma “Engenheiros na Escola”, mais de 12 mil estu-dantes possam ser beneficiados com a melhoria da infraestrutura de suas escolas, que deverão se adequar aos padrões mínimos estabelecidos pelo Ministério de Educação.

vOLUNTÁRIOSOs profissionais envolvidos na ação fazem par-

te do programa “Voluntários Vale”, que foi iniciado em 2004 e conta atualmente com uma rede de mais de 3.400 empregados da mineradora, além de seus familiares e amigos.

histórias de sucessoEngenheiros Voluntários Vale abraçam a causa da melhoria da educação

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Escola na zona rural do Maranhão e levantamento sendo feito pelos voluntários. O LSE vai beneficiar mais de 12 mil alunos

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Muitas vezes, como no caso das escolas do in-terior maranhense, o voluntariado é movido pela gratidão. A engenheira Alexsandra Sales estudou a vida inteira em escola pública e vê no trabalho a chance de “devolver à sociedade tudo aquilo que ela já me deu”.

História parecida com a da também voluntária Priscila Salles. “Como ex-aluna de escola pública – do Ensino Fundamental à universidade – estou ainda mais feliz porque pude contribuir para que mais de 12 mil alunos tenham uma escola melhor para estudar, pois esta necessidade um dia tam-bém foi minha. Quem sabe estas escolas ajudem a formar alguns engenheiros”, aposta Priscila.

Depoimentos

— “Começamos a incentivar a prática da leitu-ra entre os alunos do 1º e 2º anos do Ensino Fundamental. Criamos também uma biblio-teca e um cantinho da leitura, que não exista nas salas de aula. Hoje temos exemplos de pais que compram coleções completas de literatura para seus filhos. Trabalhamos a leitura nas mais diferentes disciplinas e até mesmo na hora do recreio. O sucesso foi tão grande que a comunidade de fora da escola se engajou, e com isso decidimos colocar uma tenda na cidade, com várias atividades, entre elas, recitais de poesia. O programa de incentivo à leitura entrou em definitivo para o calendário escolar, não somente na minha escola, mas em todas do município.” Lusilene Silva Sousa, 31 anos, diretora da Escola Municipal Pedro Alves Matias, em São Pedro da Água Branca (MA).

“Em 2006, eu era diretor de uma escola na Zona Rural de Pindaré-Mirim e já partici-pava de atividades de formação promovi-das pela Fundação Vale. Inicialmente, era estudante e depois fui selecionado como diretor de escola. Com o início do Ação Educação, tive a oportunidade de ser um dos representantes da minha rede nos encontros regionais. Depois dessas reuniões, voltáva-mos para o município e discutíamos com os diretores e outros gestores soluções para os desafios apresentados. Trocávamos informa-ções sobre nossos municípios, sobre gestão escolar, gestão educacional...

Em 2010, fui convidado pela Comunidade Educativa Cedac para atuar como forma-dor do programa, atendendo gestores de escolas de mais de 13 municípios do Estado do Maranhão. Hoje, portanto, minha função é compartilhar com essas pessoas tudo o que aprendi ao longo das formações e da vivência no programa.”Clécio Lima Sousa, 24 anos, formador do Programa Ação Educação.


Voluntários precisaram cruzar rio itapecuru de balsa para atingir escolas do município de Santa Rita, mas o carinho da recepção compensou o esforço

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ação eduCação em númeRos

—68MUNiCíPiOS AtENDiDOS PELO PROGRAMA EM CiNCO EStADOS: PARÁ, MARANhÃO, SERGiPE, MiNAS GERAiS E ESPíRitO SANtO

11iNDiCADORES DO PAR AtENDiDOS, COM DiFERENtES EStÁGiOS DE iMPLEMENtAÇÃO, DE ACORDO COM AS ESPECiFiCiDADES LOCAiS NO MARANhÃO, ARRANJO CORREDOR CARAJÁS. tODOS OS ARRANJOS qUE iNiCiARAM AS AtiViDADES EM MEADOS DE 2010 EStÃO tRAbALhANDO PELO MENOS qUAtRO iNDiCADORES

é O VALOR tOtAL iNVEStiDO NO PROJEtO AÇÃO EDUCAÇÃO EM 2010

1.012FOi O tOtAL DE PROFiSSiONAiS qUE PARtiCiPARAM DO AÇÃO EDUCAÇÃO, Até O FiM DE 2010

12 milSERÃO OS ALUNOS bENEFiCiADOS PELO LEVANtAMENtO DA SitUAÇÃO ESCOLAR (LSE)

390 mil é O NUMERO APROxiMADO DE EStUDANtES bENEFiCiADOS PELA CAPACitAÇÃO DE PROFiSSiONAiS PELO PROGRAMA AÇÃO EDUCAÇÃO

R$ 2.735.243,01


6anexos—Programas da Fundação Vale beneficiam milhares de crianças, jovens e adultos nas áreas de atuação da empresa, no Brasil e no exterior. Já existem Fundações Vale internacionais na Colômbia e em Moçambique

Objetivos da Fundação Vale:A Fundação Vale tem papel estratégico na promoção do desenvolvimento susten-tável dos territórios em que a empresa mineradora está presente e atua de forma a potencializar seus investimentos sociais. Em seu escopo de atuação, têm priorida-de ações voltadas ao enfrentamento da fome e da pobreza, à geração de trabalho e renda, à erradicação do analfabetismo, à busca de uma educação de qualidade, à promoção da cidadania e da inclusão social pelo acesso a bens e serviços culturais e a práticas desportivas.

Principais programas

AçãO EDUCAçãO Melhoria da gestão pública da educação. 68 municípios em 5 estados. Parceiro: Comunidade Educativa Cedac.

BRASIL vALE OURO Busca desenvolver as potencialida-des dos jovens através do esporte e preparar atletas para o alto rendi-mento nas modalidades de judô, natação, atletismo e futebol, com foco, inclusive, na preparação de atletas e outros profissionais do esporte – técnicos, preparadores físicos etc. – de nível olímpico.

REDE QUE vALE Com foco na empregabilidade, busca inclusão social dos jovens pelo trabalho. Parceiro: Rede Cidadã.

AçãO SAúDE Redução da mortalidade infantil.5 municípios no Maranhão.Parceiros: Canal Futura e Fiocruz.

FUNDAÇÃO VALE ANExOS 31

vALE JUvENTUDE Participação juvenil e educação afetivo-sexual. Parceiros: Instituto Aliança e Martins Pereira C.E.

vALE MúSICAFormação de grupos musicais, corais e orquestras. Parceiros: Phylarmonia, Aaofes, Cecaes, Instituto Homem Pantaneiro e Fundação Amazônica de Música.

vOLUNTÁRIOS vALEPromove a cultura do Voluntaria-do, apoiando o fortalecimento do diálogo social e contribuindo para o desenvolvimento dos territórios em que a empresa opera.

Ações se distribuem em áreas como educação, saúde, proteção da criança e do adolescente, patrimônio histórico, profissionalização, esporte, cultura, cidadania e voluntariado


Responsável pelas informações e coordenação do caseEquipe da Fundação Vale

ContatoRelações Intersetoriais Vivian de Castro Medeiros/ Desenvolvimento InstitucionalE-mail: [email protected]

Parceiro Fundação Vale no programa Ação EducaçãoComunidade Educativa (Cedac)

EndereçoAv. Graça Aranha, 26 – 16º andar – CentroCEP 20030-900Rio de Janeiro – RJ – Brasil

FotosAcervos Vale e Fundação Vale

ação educação - fundacaovale.org · o ação educação nasce do compromisso da fundação vale...

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