plano de aÇÃo para o desenvolvimento integrado …...plano de ação para o desenvolvimento...

70
05 SÍNTESE EXECUTIVA TERRITÓRIO VALE DO SAMBITO PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DA BACIA DO

Upload: others

Post on 26-Oct-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

05

SÍNTESE EXECUTIVA

TERRITÓRIO VALE DO SAMBITO

PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DA BACIA DO

05

PLAN

O D

E AÇÃ

O PA

RA O

DESEN

VO

LVIM

ENTO

IN

TEGRA

DO

DA

BACIA

DO

PARN

AÍBA

SÍNTESE EXECU

TIVA TERRITÓRIO

VALE D

O SA

MBITO

Page 2: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

SÍNTESE EXECUTIVA

TERRITÓRIO VALE DO SAMBITO

05PLANO DE AÇÃO PARA O

DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DA BACIA DO

Page 3: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

PRESIDENTE DA REPÚBLICA Luiz Inácio Lula da Silva

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL

Ministro da Integração NacionalCiro Ferreira Gomes

Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba - CODEVASFEmpresa pública vinculada ao Ministério da Integração Nacional

PresidenteLuiz Carlos Everton de Farias

Diretora da Área de AdministraçãoAna Lourdes Nogueira Almeida

Diretor da Área de EngenhariaClementino Souza Coelho

Diretor da Área de ProduçãoMarcos Moreira (respondendo pela Diretoria)

Gerente-Executivo da Área de PlanejamentoAlexandre Isaac Freire

Superintendentes Regionais1a SR: Anderson de Vasconcelos Chaves2a SR: Jonas Paulo de Oliveira Neres3a SR: Isabel Cristina de Oliveira4a SR: Paulo Carvalho Viana5a SR: Antônio Nelson Oliveira de Azevedo6a SR: Manoel Alcides Modesto Coelho7a SR: Hildo Diniz da Silva

Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba – PLANAPPROJETO BRA/OEA/02/001

Coordenador NacionalIvan Dantas Mesquita Martins – CODEVASF

Coordenador InternacionalNelson da Franca Ribeiro dos Anjos – OEA

Coordenadora Técnica e MetodológicaRejane Tavares– OEA/CODEVASF

Consultora em Ciências SociaisJeosafira Chagas Rocha – OEA/CODEVASF

Consultora em Projetos ProdutivosVera Lúcia Costa da Silva – OEA/CODEVASF

Produção da Publicação: TDA Desenho & Arte Ltda. Diretor responsável: Marcos Rebouças Criação do projeto gráfico: Marcos Rebouças e Giovanna Tedesco Diagramação: Giovanna Tedesco e Eduardo Meneses Ilustrações: Thiago Santos Revisão: Rejane de Meneses e Yana Palankof www.tdabrasil.com.br

PARCEIROS GOVERNAMENTAIS

Diretor-Executivo da ADENEJosé Zenóbio Teixeira de Vasconcelos Governador do Estado do Piauí José Wellington Barroso Dias

Governador do Estado do MaranhãoJosé Reinaldo Tavares

Governador do Estado do CearáLúcio Gonçalves de Alcântara

Secretário de Planejamento do PiauíMerlong Solano Nogueira

Secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão do MaranhãoSimão Cirineu Dias

Secretário de Desenvolvimento Local e Regional do CearáAlex Araújo

© 2006 Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba – PLANAP.

Todos os direitos reservados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF. Os textos contidos nesta publicação, desde que não usados para fins comerciais, poderão ser reproduzidos, armazenados ou transmitidos. As imagens não podem ser reproduzidas, transmitidas ou utilizadas sem expressa autorização dos detentores dos respectivos direitos autorais.

Coordenadora Márcia Malvina Alves Cavalcante

Foto da Capa Paulo Laborne Câmara Municipal de Valença-PI

Brasil. Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF

Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito / Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF. – Brasília, DF : TDA Desenhos & Arte Ltda., 2006.

68p. : il. – (Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP ; v.5)

1. Desenvolvimento sustentável. 2. Meio ambiente. I. Título. II. PLANAP. III. Síntese executiva. IV. Território Vale do Sambito.

Page 4: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

SumárioIntrodução 9

1.Oprocessoparticipativo 11

1.1. Participação dos atores sociais 13

1.2. Participação institucional 14

2.CaracterizaçãodoTerritório 15

2.1. Características fisiográficas 17

2.2. Características socioeconômicas 19

3.DiagnósticoparticipativocombasenoSistemaItog 21

3.1. Dimensão ambiental 23

3.2. Dimensão sociocultural 25

3.2.1. Saúde 26

3.2.2. Educação e cultura 27

3.2.3. Assistência social 27

3.3. Dimensão econômica 28

3.3.1. Agricultura 29

3.3.2. Pecuária, apicultura, pesca artesanal e piscicultura 30

3.3.3. Turismo, crédito, instituições financeiras, comércio e serviços e indústria 31

3.3.4. Extrativismo, produção artesanal, agroindústria, acesso à terra e à infra-estrutura 33

3.4. Tendência das atividades produtivas 35

4.Áreasderelevanteinteressecoletivoapresentadaspordimensão 37

5.ProjetosparaoTerritório 43

5.1. Fundamentos técnicos que embasaram a proposição dos projetos 45

5.2. Processo de priorização das propostas de projetos 46

5.3. Propostas de projetos de desenvolvimento para o Território 46

5.4. Propostas de projetos prioritários para geração de renda e inclusão social 48

5.5. Outros projetos 50

6.Novainstitucionalidade:aeficiênciacoletiva 53

7.Bibliografiaselecionada 57

7.1. Bibliografia consultada 59

7.2. Sites de interesse 60

Page 5: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

Lista de quadros

1. Número de representantes dos municípios por evento realizado 13

2. Número de participantes por instituição envolvida nos eventos para a elaboração do PLANAP 14

3. Área e população por município dos Aglomerados que compõem o Território 17

4. Características fisiográficas do Território 18

5. Características socioeconômicas do Território 20

6. Formas alternativas de gestão 56

Lista de figuras

1. Mapeamento das atividades produtivas 36

2. Tendências das atividades produtivas 36

3. Composição das áreas de interesse coletivo no AG 10 39

4. Composição das áreas de interesse coletivo no AG 11 40

5. Relação de interdependência das proposições 42

6. Fundamentos técnicos por atividade 45

7. Matriz de multicritérios 46

Lista de boxes

1. Região valenciana – histórico 19

2. Território Vale do Sambito 25

3. Apicultura – uma realidade 35

4. Religiosidade, história e natureza 41

8.PrincipaisatoresnaelaboraçãodoPlaNaPparaoTerritórioValedoSambito 61

8.1. Organismos governamentais envolvidos no processo 63

8.1.1. Federais 63

8.1.2. Estaduais 63

8.1.3. Municipais 63

8.3. Direção e coordenação da CODEVASF 65

8.2. Organismos não governamentais 65

8.4. Equipe de elaboração do PLANAP – Território Vale do Sambito 66

8.5. Membros dos Grupos de Trabalho das Oficinas de Construção do PLANAP 66

anexo 68

Page 6: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

Lista de fotos

Lago da Barragem Mesa de Pedra – Vale do Piauí-PI 12

Casario histórico em Valença-PI 16

Barragem Mesa de Pedra –Valença-PI 22

Barragem Mesa de Pedra – Valença do Piauí-PI 38

Buritis 44

Rio Parnaíba 54

Piscicultura em tanques-rede em Valença-PI 58

Valença-PI 62

Siglas e abreviaturas

ADECIPE Associação para o Desenvolvimento Comercial dos Produtores de Inhuma

ADENE Agência de Desenvolvimento do Nordeste

AG Aglomerado

AGESPISA Águas e Esgotos do Piauí S. A.

ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações

APAE Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais

API Atenção à Pessoa Idosa

APL Arranjo Produtivo Local

BB Banco do Brasil

BNB Banco do Nordeste do Brasil

BPC Benefício de Prestação Continuada

CDL Clube dos Diretores Logistas

CE Ceará

CEPAVA Centro de Educação Popular de Valença do Piauí

CEPES Centro de Educação Popular Esperantinense

CEPISA Companhia de Eletrificação do Piauí S. A.

CODEVASF Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba

CPRM Companhia de Pesquisa dos Recursos Minerais

DLIS Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável

DNIT Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transporte

EJA Educação de Jovens e Adultos

EMATER Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

FUMAC Fundo Municipal de Apoio Comunitário

FUNASA Fundação Nacional de Saúde

FUNDEF Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério

IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDH-M Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

INCRA Instituto de Colonização e Reforma Agrária

Page 7: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

IPHAN Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

ITOG Investimento, Tecnologia, Organização e Gestão

MEC Ministério da Educação e Cultura

MI Ministério da Integração Nacional

MMA Ministério do Meio Ambiente

MME Ministério das Minas e Energia

OEA Organização dos Estados Americanos

ONG Organização Não Governamental

PAC Programa de Agentes Comunitários de Saúde

PAIF Programa de Atenção Integral à Família

PDDE Programa Dinheiro Direto na Escola

PETI Programa de Erradicação do Trabalho Infantil

PI Piauí

PLANAP Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba

PNAE Programa Nacional de Alimentação Escolar

PNAT Programa Nacional de Transporte Escolar

PPD Programa de Atenção a Pessoas Portadoras de Deficiência

PRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

PSF Programa de Saúde da Família

SEBRAE Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SEMAR Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Naturais

SIAB Serviço de Informações Básicas de Saúde

STR Sindicato dos Trabalhadores Rurais

UESPI Universidade Estadual do Piauí

UFPI Universidade Federal do Piauí

Page 8: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

EquIPE TÉCNICA

Amália Rodrigues de Almeida – SEDUC-PIAna Amélia Bastos Guimarães – CODEVASF SEDEAna Maria Barata – CODEVASF SEDEAndréa Simone dos S. Sousa – SEPLAN-PIAnísio Ferreira Lima Neto – Prestador de ServiçoAristóteles Fernandes de Melo – CODEVASF SEDECarlos Henrique da Silva Marques – CODEVASF SEDEDalgoberto Coelho de Araújo – ADENEElder Barros Gama Vieira – CODEVASF SEDEEliete Marreiros – SEPLAN-PIElson Antônio Fernandes – CODEVASF SEDEEvandro Cardoso – IICA/SEPLAN-PIFrancisco das Chagas Ferreira – SEPLAN-PIFrancisco Fernandes de Assis –EMATER-PIGilma Maria Nunes Ferreira – SEPLAN-PIHélio Nunes Alencar – SEPLAN-PIHilda Maria Miranda Pereira – ColaboradoraJanaína Barros Siqueira Mendes – CEPESJoanete Silva Pereira – ColaboradoraJoão Heliodoro Barros de Oliveira – CODEVASF 7a SRJosé Irapuan Brandão Mendes – ColaboradorJuraci Vieira Gutierres – ColaboradoraLiz Elizabeth de C. Meireles – SEPLAN-PILuiz Almir Lebre Cavalcanti – CODEVASF SEDEMarcos Matos de Vasconcelos – SEMAR-PIMaria do Socorro Nascimento – SEPLAN-PIMaria do Socorro Vasconcelos Ribeiro – CODEVASF 7a SRMaria do Socorro Vilar – ADENEMaria Francisca Teresa Lima – ADENEMaria Lúcia Holanda Gurjão – SDLR-CEMaria Valdenete P.Nogueira – CODEVASF SEDEMiguel Farinasso – CODEVASF SEDENoêmia Gualberto de Souza – CODEVASF SEDEPaulo Afonso Silva – CODEVASF SEDERaimundo Ulisses de Oliveira Filho – Prefeitura de TeresinaRaimuniza Frota – SEPLAN-PIRisomar Maria Garcia Fernandes – EMATER-PIRobert Costa Mascarenhas – CEPESRonaldo Fernandes Pereira – CODEVASF – 4a SRRosa Maria de Melo Lima – CEPESRosany Coelho Ferreira Pernambuco Nogueira – CODEVASF SEDESandra Alves dos Santos – ColaboradoraSônia Maria Fernandes de Sousa – SEPLAN-PITadeu Marcos Forte Leite – CODEVASF SEDETânia Maria Sabino de Matos Brito – SDLR-CETeresinha de Jesus Alves Aguiar – SEMAR-PITeresinha Frota de carvalho – SEPLAN-PI Vamberto Barbosa Braz – CODEVASF 7a SRVera Lúcia Batista da Silva Assunção – ADENEVictor Uchoa Ferreira da Silva – ADENE Vilma Carvalho Amorim – CEPES

EquIPES DE APOIO

Ana Maria Faturi – CODEVASF SEDE Alexandre Leopoldo Curado – CODEVASF SEDE Edson Viana Barros – CODEVASF SEDE Eliane Pimenta Santos – CODEVASF SEDE Gilmar Mendes de Moura – Estagiário Ivone da Silva Barbosa – IICA/SEPLAN João Constantino Ferraz – CODEVASF 7ª SRJoão Quaresma Ferreira – SEPLAN-PI Joniel Jonny da Cunha Lopes – Contrato Joilson José Rodrigues da Silva – CODEVASF 7ª SRLeiane Viana Leal – Estagiária Maria do Monte Serrate Cunha – CEPRO-PI Maria Isabel Macedo Bacelar – SEPLAN-PI Maria Rosa de Oliveira – CODEVASF SEDERaniere Ibiapina Martins – CODEVASF 7ª SR

INSTITuIÇõES PARCEIRAS

ABC/MREBanco do Nordeste do Brasil – BNBBrasil Eco-Diesel Ltda.Câmara Setorial da OvinocaprinoculturaCâmara Setorial de ApiculturaCEPESCINPRA-COCAISCONSADConsórcio ZEE BRASILCPRMDelta CooperativaEMATER-PIEmbrapa Meio-NorteFACOV – Federação de Ovinocaprinocultura do Piauí IBAMAIBGEINPELili Doces Ltda.Longá Indústria de AlimentosMDA/SDTMMAMovimento de Mulheres Quebradeiras de CocoPCPR-PIPrefeituras dos Municípios da Bacia do ParnaíbaPRODARTESDR/MISDR/PRONAF-PISEBRAESEDUC-PISEMAR-PISFA-PISIH/MIUFPI/CATUFPI/CCA

Page 9: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

Mapa de localização da Bacia do ParnaíbaAmérica do Sul

Page 10: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

Introdução

O objetivo do Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba (PLANAP – Projeto CODEVASF/OEA/BRA/02/001) é promover o desenvolvi-mento sustentável da Bacia do Parnaíba, visando ao crescimento da economia regio-

nal e à melhoria da qualidade de vida da população.

O PLANAP desdobrar-se-á em um plano de curto prazo para aproveitamento das infra-es-truturas hídricas existentes; em um plano de desenvolvimento com ações de médio e longo prazos – horizonte temporal de vinte anos; em um macrozoneamento ecológico-econômico e subsídio para os planos territoriais de desenvolvimento do Estado do Piauí.

Assim, os municípios que compõem a Bacia do Parnaíba foram agrupados em Aglomerados e Territórios obedecendo a parâmetros socioeconômicos, técnicos, vocações produtivas, cultu-rais e ambientais.

O Território do Vale do Sambito abrange os municípios de Aroazes, Barra d’Alcântara, Elesbão Veloso, Francinópolis, Inhuma, Ipiranga do Piauí, Lagoa do Sítio, Novo Oriente, Pimenteiras, Prata do Piauí, Santa Cruz dos Milagres, São Miguel da Baixa Grande, São Félix do Piauí, Va-lença do Piauí e Várzea Grande, todos no Estado do Piauí.

Trabalhando com metodologia participativa, o PLANAP define um novo olhar para os proces-sos multidimensionais para descobrir as dinâmicas emergentes nos Territórios, as novas confi-gurações produtivas e as iniciativas construídas pela própria sociedade, que assinalam alternati-vas, inovações e sementes de melhor futuro.

Concebido no período de abril a junho de 2005 e refletindo o resultado da construção coletiva, o PLANAP para o Território Vale do Sambito está dividido em oito capítulos.

O Capítulo 1 refere-se ao processo participativo na construção e nas definições das propostas de projetos.

A composição do Território e as principais características fisiográficas e socioeconômicas são apresentadas no Capítulo 2. O diagnóstico participativo baseado no Sistema Itog (investimen-to, tecnologia, organização e gestão), abrangendo as dimensões ambiental, sociocultural e econômica, é apresentado no Capítulo 3.

As áreas de interesse coletivo indicativas para a definição dos projetos estão no Capítulo 4. O Capítulo 5 trata das propostas de projetos de desenvolvimento e projetos priorizados para o Território. Já no Capítulo 6 estão enfocadas as alternativas de novas institucionalidades para a gestão das ações do PLANAP no Território.

O Capítulo 7 apresenta a bibliografia e os documentos selecionados, além de sites de interesse.

As instituições federais, estaduais e municipais e os atores que participaram e colaboraram com a construção do PLANAP no Território estão no Capítulo 8.

Nos Anexos constam as informações que serviram de escopo para a construção deste docu-mento. Estão também contidaos as informações secundárias organizadas nos perfis dos Aglo-merados, as informações primárias que compuseram o Itog, os projetos priorizados no Territó-rio com custos estimados, as fichas das propostas de outros projetos consolidados nas Oficinas de Território e fotos da região.

Page 11: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

BaciadoRioParnaíba

BaciadoRioParnaíba

INHUMA

AROAZES

PIMENTEIRAS

FRANCINÓPOLIS

VÁRZEAGRANDE

PRATADO PIAUÍ

ELESBÃOVELOSO

LAGOA DO SÍTIO

VALÊNCA DO PIAUÍ

BARRAD'ALCÂNTARA

IPIRANGADO PIAUÍ

SÃO FÉLIXDO PIAUÍ

NOVO ORIENTEDO PIAUÍ

SANTA CRUZDOS MILAGRES

SÃO MIGUELDA BAIXA GRANDE

AG 11

AG 10TerritórioValedoSambito

Page 12: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

O prOceSSO participativO1 1

Page 13: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

Lago da Barragem Mesa de pedra – vale do piauí-pi

Page 14: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

13

tD

5 –

terr

itór

io v

ale

do S

ambi

to

A construção do Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba – Território Vale do Sambito teve como premissa um ambiente político e social favorável à mobilização e à sensibilização, saindo de um diagnóstico participativo para a definição de projetos prioritários, trabalhando com instrumentos de planejamento participativo.

Para isso, foram realizados três eventos: uma reunião em cada um dos municípios que com-põem o Território e Oficinas dos Aglomerados simultâneas e do Território em dias consecu-tivos e contando com os mesmos participantes nessas duas oficinas.

1.1. participação dos atores sociais

Participaram dos eventos realizados 385 atores sociais, entre instituições públicas munici-pais, estaduais e federais, ONGs, universidades, instituições financeiras, associações, sindi-catos, cooperativas e cidadãos sem vínculo associativo.

No Quadro 1, é possível observar que o número de atores sociais participantes decresceu das reuniões municipais para as oficinas. Nas reuniões municipais, após a definição de crité-rios pelos participantes, eram escolhidos, no máximo, cinco atores sociais para representar o município na Oficina do Aglomerado.

foto

: Pau

lo L

abor

ne

Quadro 1. Número de representantes dos municípios por evento realizado

Municípios reunião no

município

Oficina do

aglomerado

Oficina do

território

aglomerado 10 75 23 22

Aroazes 18 5 5

Prata do Piauí 16 5 5

Santa Cruz dos Milagres 20 5 5

São Félix do Piauí 12 4 4

São Miguel da Baixa Grande 9 4 3

aglomerado 11 237 50 45

Barra d’Alcântara 9 5 5

Elesbão Veloso 25 4 4

Francinópolis 29 4 2

Inhuma 37 5 5

Ipiranga do Piauí 24 5 3

Lagoa do Sítio 13 5 5

Novo Oriente 28 5 5

Pimenteiras 19 4 3

Valença do Piauí 36 9 9

Várzea Grande 17 4 4

total 312 73 67

1 Ver volume 12 – Metodologia e plano global.

Page 15: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

14

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

Esses mesmos atores que participaram das Oficinas dos Aglomerados participaram também da Oficina do Território no mesmo local, já que estas se realizaram em dias consecu-tivos. É interessante ressaltar que a maioria dos critérios que nortearam a escolha dos atores sociais para participar desse processo foi comum a todos os municípios, tais como:

• interesse pelo desenvolvimento sustentável do município;• conhecimento do município e das questões ambientais;• visão regional;• responsabilidade coletiva;• bom relacionamento institucional e social;• visão de futuro.

1.2. participação institucional

Como mostra o Quadro 2, a participação de atores sociais por instituição envolvida no processo firmou-se na oficina do Território, fortalecendo o tecido social e criando víncu-los de compromisso, deixando claro que:

• as parcerias com a sociedade formam um elemento fun-damental para a continuidade do processo de construção coletiva. Construir sinergias e parcerias implica mudan-ças de relacionamento. Quando os atores se articulam na confiança é sempre possível construir o diálogo;

• as articulações intra e intergovernamental permitem refletir e propor, validar e priorizar, negociar e decidir, capacitar e financiar, mostrar e realizar, acompanhar e avaliar, enfim, participar ativa e democraticamente da construção coletiva;

• a convergência e a integração das ações conduzem “a con-certação” das políticas públicas e das parcerias.

Desde as reuniões de mobilização, os participantes apre-sentaram-se como pessoas interessadas e preocupadas com o desenvolvimento da região e um processo de organização

com caráter de participação democrática e com decisões tomadas com a participação de todos. Os conflitos foram tratados como uma situação natural e funcional, que deram movimento e indicaram a identidade do Território.

foto

s: J

oão

Hel

iodo

ro

Quadro 2. Número de participantes por instituição envolvida nos eventos para a elaboração do pLaNap

eventos local/data Federal estadual Municipal ONGs e

empresas

Universidades instituições

financeiras

total

executivo Legislativo

Reuniões de mobilização nos municípios 26/04 a 19/05/2005

1 9 132 28 129 0 1 300

Oficinas dos Aglomerados em Valença do Piauí-PI 16 e 17/06/2005

0 4 34 8 26 0 1 73

Oficina do Território em Valença do Piauí-PI 18 e 19/06/2005

3 5 29 5 21 1 1 65

Fonte: PLANAP

Page 16: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

caracterizaçãO DO territóriO 2

Page 17: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

casario histórico em valença-pi

Page 18: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

17

tD

5 –

terr

itór

io v

ale

do S

ambi

to

O Território Vale do Sambito é composto por dois Aglomerados: AG 10, com cinco municípios, e AG 11 com dez municípios, todos no Estado do Piauí, conforme mostra o Quadro 3. Quase todos esses municípios foram desmembrados do antigo município de Valença do Piauí, criado em 1889.

Dez dos quinze municípios do Território têm sua maior população na zona urbana, com des-taque, nesta alta urbanização, para Prata do Piauí (76,68%), Valença do Piauí (70,95%) e Elesbão Veloso (67, 54%), população esta que, juntamente com a rural, totaliza 111.686 habitantes no Território. Somente Pimenteiras, Lagoa do Sítio, Barra d’Alcântara, Inhuma e Novo Oriente têm maior população rural.2

As maiores densidades demográficas pertencem aos municípios de Francinópolis, com 20,47 hab./km², e Várzea Grande, com 19,68 hab./km²; o município de Pimenteiras tem a maior área territorial (um terço da área do Território) e a menor densidade demográfica, 2,48 hab./km²; em seguida está Santa Cruz dos Milagres, com 3,27 hab./km².

foto

: Pau

lo L

abor

ne

Quadro 3. Área e população por município dos aglomerados que compõem o território

Municípios Área população Densidade

demográfica

hab./km2km² % Habitantes %

aglomerado 10 2.929,0 21,3 17.903 16,0 6,11

Aroazes 869,3 6,3 6.025 5,4 6,93

Prata do Piauí 185,0 1,3 3.117 2,8 16,85

Santa Cruz dos Milagres 1.020,5 7,4 3.334 3,0 3,27

São Félix do Piauí 648,6 4,7 3.397 3,0 5,24

São Miguel da Baixa Grande 205,6 1,5 2.030 1,8 9,87

aglomerado 11 10.820,3 78,7 93.783 84,0 8,67

Barra d’Alcântara 316,9 2,3 4.107 3,7 12,96

Elesbão Veloso 1.323,4 9,6 15.002 13,4 11,34

Francinópolis 256,7 1,9 5.254 4,7 20,47

Inhuma 1.027,4 7,5 14.426 12,9 14,04

Ipiranga do Piauí 488,2 3,6 8.428 7,5 17,26

Lagoa do Sítio 765,5 5,6 4.138 3,7 5,41

Novo Oriente do Piauí 505,7 3,7 6.760 6,1 13,37

Pimenteiras 4.564,2 33,2 11.306 10,1 2,48

Valença do Piauí 1.344,9 9,8 19.887 17,8 14,79

Várzea Grande 227,4 1,7 4.475 4,0 19,68

total 13.749,3 100 111.686 100 8,12

Fonte: IBGE – Censo 2000

2 Ver Perfis dos Aglomerados – Anexo.

2.1. características fisiográficas

A população convive em um ambiente cujas características estão sintetizadas no Quadro 4 a seguir.

Page 19: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

18

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

foto

: Pau

lo L

abor

ne

Quadro 4. características fisiográficas do território

cobertura vegetalPredominância de vegetação de campo cerrado; apresenta também vegetação de parque cerrado, cerradão, caatinga arbustiva, caatinga arbórea e floresta secundária latifoliada

relevoDepressão do Meio Norte, Chapada do Meio Norte e Planalto da Ibiapaba, bacias e coberturas sedimentares com altitudes variando de 115 m (Prata do Piauí) a 455 m (Lagoa do Sítio)

Geossistemas Cuesta da Serra Grande e Tabuleiros do Parnaíba

precipitação A precipitação média anual está entre 600 mm e 900 mm, com maior concentração nos meses de fevereiro a abril

evaporação A evaporação média anual está próxima de 2.000 mm, acentuando-se nos meses de agosto a outubro

Umidade relativa A umidade relativa do ar está entre 30% (setembro a outubro) e 60% (março a maio)

insolação A insolação média anual está entre 2.700 e 3.000 horas, sendo mais acentuada de julho a outubro

principais rios e

lagoas

Rios: Sambito, Poti, São Nicolau, Berlenga, São Vicente, Coroatá, Tranqueira, Serra Negra e Corrente. Lagoas: Grande, Pequena, Boa Esperança, Flor da América, Serra da Raquel, Nogueira, Poti do Roque, dos Bauguês e do Forte

temperaturaTemperatura média mínima anual de 18 °C, média anual de 24 °C e média máxima anual de 30 °C

clima Semi-árido quente, com 6 a 8 meses secos, temperatura média maior que 18 °C durante todos os meses do ano

Água subterrâneaO Território é privilegiado, com presença dos principais aqüíferos da bacia, como o da Serra Grande, do Cabeças e do Poti-Piauí, todos com potencial hídrico de médio a alto e com águas de boa qualidade química, podendo ser exploradas para consumo humano, animal e também para irrigação

Geologia

Predominância do Grupo Serra Grande com formação Jaicós apresentando arenito médio/grosseiro e eventuais pelitos. Formação Cabeças com arenito fino bem selecionado. Formação Poti com arenito cinza-esbranquiçado intercalado com folhelho e siltito. Apresenta também as formações Pimenteiras, com folhelho cinza-escuro a preto com delgadas camadas de arenito fino; Sardinha, com basaltos escuros, predominantemente alterados, diabásios, gabros e micromangeritos; Longá, com folhelho e siltito cinza-médio e arenito branco, fino e argiloso; Piauí, com arenito cinza-esbranquiçado predominantemente fino a médio e bem selecionado, eventualmente conglomerático, folhelho vermelho e calcário esbranquiçado; e Corda, com arenito cinza-esbranquiçado e avermelhado, fino a grosseiro e raros níveis de sílex

Buritizeiros-PI

Page 20: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

19

tD

5 –

terr

itór

io v

ale

do S

ambi

to

Box 1

Regiãovalenciana–históricoO Território Vale do Sambito, com exceção do município de Ipiranga do Piauí, coincide com a chamada região valenciana, que recebe esse nome exatamente por ocupar a grande área territorial do antigo município de Valença.

O município teve origem numa aldeia dos índios aroazes. Os jesuítas che-garam ao local no início do século XVIII, onde levantaram um enorme templo de pedras próximo à nascente do rio Tábua. Em 1740, o bispo do Maranhão criou a freguesia de Nossa Senhora da Conceição, no povoado de Aroazes.

Em 1761, o povoado foi elevado à categoria de vila, com o nome de Valen-ça. Com a Proclamação da República, Valença do Piauí passou à categoria de município, em 30/12/1889. Em 1929, foram anexadas ao seu território as terras denominadas Missão dos Aroazes, ampliando sua área.

Iniciou-se a divisão de Valença em 13/05/1954, com a criação do municí-pio de Elesbão Veloso, no povoado de Coroatá, onde havia uma feira. Logo em seguida, em 17/05/1954, criou-se o município de Inhuma numa região onde existiam comércios de tecidos e mercadorias em geral. O nome faz referência ao pássaro de mesmo nome, abundante na região na época.

Ainda em 1954 foram criados os municípios de São Félix do Piauí e Pimen-teiras. O primeiro num local onde havia uma antiga feira, tendo sido poste-riormente criado um mercado público, o nome é homenagem a São Félix de Valois, enquanto Pimenteiras foi criada em região onde existiu uma tribo dos índios pimenteiras e onde, em 1865, chegaram os primeiros colonizadores e instalaram fazendas de gado.

Já em 1961 foram emancipados Francinópolis, Várzea Grande e Novo Oriente; o primeiro numa região onde fora criada uma feira em 1898. O segundo em uma antiga fazenda de gado, onde em 1916 foi criada uma feira e, posteriormente, em 1950, uma Escola Rural Federal. Já o terceiro foi emancipado numa região de antiga fazenda de gado.

No ano seguinte, em 01/01/1962, o antigo povoado de Aroazes, onde começou a colonização da região, finalmente foi emancipado Valença. No mesmo dia foi emancipado, já de São Félix do Piauí, o município de Prata do Piauí, numa região onde havia, desde 1912, uma feira livre em torno da qual se formou o povoado.

Posteriormente, já em 1992, foi desmembrado de Aroazes o município de Santa Cruz dos Milagres, num local onde existia um santuário em homena-gem a uma cruz de madeira dita milagrosa, colocada ali no século XIX. Em 1994, foram emancipados Lagoa do Sítio, de Valença e Pimenteiras; e Barra d’Alcântara, de Várzea Grande, Novo Oriente e Elesbão Veloso.

Finalmente, em 1997 foi criado o mais novo município do Território, São Miguel da Baixa Grande, desmembrado de São Félix do Piauí.

Esta origem comum reforça a grande identidade e ligação existente entre estes 14 municípios do Território.

2.2. características socioeconômicas

O Território tem, na economia, o potencial de algumas atividades agropecuárias em expansão em contraste com a inexistência de saneamento ambiental que condicione salubridade do meio físico, saúde e bem-estar da popula-ção, como: abastecimento de água, qualidade de água para consumo humano, esgotamento sanitário, drenagem urba-na, coleta e disposição final dos resíduos sólidos, educação sanitária ambiental, melhoria sanitária domiciliar, controle de vetores e eliminação de focos de doenças, uso e ocupa-ção dos solos e eficiência na gestão dos serviços de educa-ção e saúde, como mostra o Quadro 5.

foto

: Pau

lo L

abor

ne

Igreja Matriz – Valença do Piauí-PI

Page 21: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

20

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

Quadro 5. características socioeconômicas do território

características total ou média aglomerado 10 aglomerado 11 território

Área (km2) 330.849,9 2.929,00 10.820,30 13.749,30

Área (%) 100 0,88 3,27 4,15

Número de municípios (CE, MA, PI) 278 (20, 36, 222) 5 (0, 0, 5) 10 (0, 0, 10) 15 (0, 0, 15)

População 2000 (hab.) e (%) 4.036.679 (100) 17.903 (0,44) 93.783 (2,32) 111.686 (2,76)

Urbanização (%) 57,6 55,7 56,0

Densidade demográfica (hab./km2), 12,2 6,11 8,66 8,12

Abastecimento de água (%) 41,30 45,92 44,38

Esgotamento sanitário rede urbana (%) 0 0 0

IDH-M 2000 0,596 0,597 0,597

PIB 2002 (R$ 1.000) 24.698,00 127.814,00 152.512,00

PIB 2002 per capita (R$) 1.379,00 1.363,00 1.365,00

Educação básica (%) pessoas com 15 anos ou mais, com menos de 4 anos de estudo

60,26 59,76 59,92

% pessoas com 25 anos ou mais, com 12 anos ou mais de estudo

1,23 1,72 1,64

Taxa de alfabetização (%) 60,36 55,19 56,91

Renda per capita (R$) 70,54 80,37 77,09

Expectativa de vida média, anos 63,65 62,46 63,05

Energia elétrica (%) de domicílios atendidos 72,27 72,74 75,58

Rodovias (km) (pavimentadas; implantadas) 0; 213 145; 127 145; 340

Economia Apicultura, ovinocaprinocultura, castanha de caju, turismo, artesanato, agricultura familiar, agroindústria de beneficiamento de frutas, cana-de-açúcar, cerâmica, hortifruticultura, mandioca, piscicultura.

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano 2000, IBGE 2000, DNIT 2005, INMET 2005

foto

: Pau

lo L

abor

ne

Tanques piscicultura comunitária – Valença do Piauí-PI

Page 22: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

DiaGNóSticO participativO cOM BaSe NO SiSteMa itOG 3

Page 23: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

Barragem Mesa de pedra –valença-pi

Page 24: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

23

tD

5 –

terr

itór

io v

ale

do S

ambi

to

foto

: Pau

lo L

abor

ne

foto

s: P

aulo

Lab

orne

Simultaneamente à realização das fases de sensibilização e mobilização, os técnicos em cam-po realizaram o processo de imersão – conhecimento da realidade – utilizando a metodolo-gia Itog, que permite a análise das dimensões ambiental, sociocultural e econômica a partir do estudo das variáveis investimento, tecnologia, organização e gestão, com enfoque nas potencialidades e nas limitações do Território.

Assim, foi construído o diagnóstico participativo do Território, que acrescido de dados se-cundários foi validado pelos atores sociais presentes nas Oficinas dos Aglomerados.

3.1. Dimensão ambiental

Vista panorâmica do Assentamento Mesa de Pedra – Valença do Piauí-PI

Page 25: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

24

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

itog potencialidades Limitações

investimento

• Boa disponibilidade de recursos hídricos: rios,

riachos, lagoas, barragens e açudes

• Grande lençol de águas subterrâneas

• Fauna: ema, tatu, veado, jacu, cutia, raposa,

paca, peixe, onça, caititu, tamanduá, preá,

sagüi, jacaré, cobra, macaco, ave, etc.

• Solos férteis, áreas de semi-árido

• Vegetação nativa: babaçu, carnaúba, bacuri,

murici, tucum, pequi, buriti, faveira, fava-danta,

cajá, mororó, marmeleiro, canela-de-velho, rama-

de-bezerro, gitirana, bamburral; árvores nobres:

aroeira, cedro, jatobá, pau-d´arco, angico

• Peixes: surubim, curimatá, mandubé, tucunaré,

cari, corvina, bico-de-pato, arraia, piau, cumbá,

mandi, traíra, piranha

• Potencial para produção de energia solar

• Assoreamento de rios e lagoas provocado pelo

desmatamento e pela queima das matas ciliares

• Desperdício de água: 32 poços jorrantes só no município

de Aroazes

• Abaixamento do nível dos lençóis de água subterrâneos

• Poluição ambiental – resíduos sólidos e agrotóxicos

• Pesca e caça predatórias

• Desrespeito ao período de defeso da piracema

• Extensas áreas desmatadas, sem observar as áreas de

reservas determinadas pela legislação ambiental

• Ausência de práticas conservacionistas nas áreas

desmatadas, provocando erosões tipo voçoroca

tecnologia

• Projeto de reciclagem de resíduos sólidos em

implantação em Aroazes

• Aterro sanitário em São Félix do Piauí

• Desvios, de forma desordenada, dos rios para irrigação,

com conseqüente abaixamento no nível d’água

• Lixo urbano e hospitalar colocados em áreas a céu aberto

• Manejo inadequado dos solos, com diminuição da

fertilidade

• Contaminação das águas e dos solos pelo uso

indiscriminado de agrotóxicos

Organização

e gestão

• Existência de projeto para criação de Área de

Proteção Ambiental no Território (Aroazes)

• Realização de campanhas de educação

ambiental e sobre o lixo com a participação da

EMBRAPA, da UFPI, do IBAMA e da SEMAR

• Departamento de Meio Ambiente em Santa

Cruz dos Milagres e Prata do Piauí

• Secretaria de Saúde e Meio Ambiente em São

Félix do Piauí e São Miguel da Baixa Grande

• Falta de atuação das ONGs e das comunidades nas

questões ambientais

• Falta de conselhos municipais de meio ambiente

• Fraca atuação das secretarias e dos departamentos

municipais de meio ambiente

• Ausência de disciplinas sobre educação ambiental no

currículo escolar

• Órgãos de fiscalização ambiental atuando de forma

esporádica, apenas com autuações

foto

: Pau

lo L

abor

ne

Vista do lago da Barragem Mesa de Pedra – Valença do Piauí-PI

Page 26: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

25

tD

5 –

terr

itór

io v

ale

do S

ambi

to

Box 2

TerritórioValedoSambito“Os Territórios são campos geográficos construídos socialmente, marcados por traços culturais e quase sempre articulados política e institucional-mente. A vida cultural das comunidades humanas, rurais ou urbanas, tem existência territorializada. O Território incorpora a totalidade do processo de modificação do mundo cultural, revelando identidades específicas, que proporcionam o princípio de integração social. De alguma maneira, os Ter-ritórios configuram o ser coletivo, o caráter das comunidades e desenham tipos diferenciados de sociabilidade. A singularidade de cada território de-manda estratégias e políticas endógenas que expressem sua identidade”. (Carlos Jara, EXPO DLIS, Brasília, 2002.).

A estratégia de desenvolvimento sustentável integra e articula as diversas dimensões utilizadas para a análise da realidade e da interação dinâmica.

Para construir o Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba (PLANAP), no Território Vale do Sambito, foi imprescindível a escuta cuidadosa das propostas sugeridas pelos atores sociais, que co-nhecem o potencial dos territórios históricos, agregam o saber coletivo compartilhado e, conhecem respostas inteligentes e sensíveis às questões ecológica, cultural, espiritual e emergentes porque se aproximam da es-sência da vida. Esse convívio foi importante instrumento de trabalho e de aprendizado.

A concepção instrumental do “capital social” é insuficiente para promover desenvolvimento sustentável. A transição depende da valorização e da vi-vência dos elementos intangíveis inerentes à sociabilidade confiante; ao en-tusiasmo coletivo; à participação social; à informação para todos; ao cuida-do ambiental; à qualidade da nova institucionalidade e ao empoderamento das pessoas e das organizações.

INHUMA

AROAZES

PIMENTEIRAS

FRANCINÓPOLIS

VÁRZEAGRANDE

PRATADO PIAUÍ

ELESBÃOVELOSO

LAGOA DO SÍTIO

VALÊNCA DO PIAUÍ

BARRAD'ALCANTARA

IPIRANGADO PIAUÍ

SÃO FÉLIXDO PIAUÍ

NOVO ORIENTEDO PIAUÍ

SANTA CRUZDOS MILAGRES

SÃO MIGUELDA BAIXA GRANDE

AG11

AG10

3.2. Dimensão sociocultural

foto

s: J

osé

Irap

uan

Page 27: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

26

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

foto

s: P

aulo

Lab

orne

3.2.1.Saúde

itog potencialidades Limitações

investimento

• 3 hospitais estaduais, 7 unidades mistas, 16 centros de

saúde e postos de saúde em todo o Território

• 8 ambulâncias no Território

• Equipes epidemiológicas e de vigilância sanitária no

Território

• Médicos especialistas no Território: cardiologistas,

fisioterapeutas, dermatologistas, ortopedistas,

obstetras, pediatras e ginecologistas

• Doenças endêmicas

• Ambulâncias e médicos insuficientes

• Distância considerável entre alguns municípios

e os hospitais de referência

• Destino inadequado do lixo

• Saneamento básico inexistente

• Má qualidade da água para abastecimento

humano

tecnologia

• Laboratórios de análises clínicas nas unidades mistas

• Centros cirúrgicos de baixa complexidade

• Consultórios odontológicos

• SIAB nas secretarias municipais de saúde

• Fabricação de multimistura para a população carente

• Insuficiência de equipamentos

• Laboratórios sem condições adequadas para

realização de análises clínicas

Organização

e gestão

• Conselho municipal de saúde e Pastoral da Criança em

todos os municípios do Território

• 252 agentes comunitários de saúde, equipes do

programa de saúde bucal, do PSF, equipes de vigilância

sanitária e epidemiológica em todos os municípios do

Território

• Secretaria municipal de saúde em todo o Território

• Coordenação regional de saúde em Valença do Piauí

• Vigilância ambiental – controle da água consumida

pelo município – vigilantes ambientais treinados pela

Secretaria Estadual de Saúde em Inhuma

• Escritório da FUNASA no Território

• Desconhecimento pela sociedade civil

e por seus representantes do papel dos

conselheiros

• Equipes do PSF e de agentes comunitários de

saúde insuficientes para atender ao Território

• Presença de animais soltos na zona urbana

• Presença expressiva de lixo nas margens das

rodovias e nos perímetros urbanos

• Utilização de bicicletas pelos agentes de saúde

para locomoção, o que torna ineficiente o

atendimento de toda a população

Casa em Valença do Piauí-PI

Page 28: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

27

tD

5 –

terr

itór

io v

ale

do S

ambi

to

3.2.2.Educaçãoecultura

itog potencialidades Limitações

investimento

• Educação infantil, ensinos fundamental e médio

em todos os municípios

• Programas educacionais: PDDE, EJA, Brasil

Alfabetizado, PNAE, PNAT, Alfabetização

Solidária, Fazendo Escola, Escola Ativa

• Universidade estadual e 4 faculdades particulares

• Biblioteca municipal em 70% dos municípios

• Casa da Cultura em Inhuma

• Escola Família Agrícola em Aroazes

• Academia de Letras em Valença

• Casa da Cultura Monsenhor Mateus Cortês Rufino,

de artesanato, em Ipiranga

• 26 sítios arqueológicos no Território

• 50% das escolas da zona rural não possuem energia

elétrica

• Salas de aula na zona rural funcionando em casas

alugadas e com turmas multisseriadas

• Evasão escolar, em média, de 10%

• Transporte escolar inadequado e insuficiente

• Cursos superiores funcionando apenas nos finais de

semana ou no período de férias

• Insuficiência de quadras esportivas no Território

• Algumas escolas na zona rural desativadas por falta

de alunos

tecnologia

• Cursos universitários para os professores e de

capacitação em convênios com a UESPI

• Programa Escola Básica Ideal (gov. federal/

estadual/municipal) em Pimenteiras e em Valença

do Piauí

• Escola Família Agrícola, sistema de alternância

de 15 dias – da 5a à 8a séries;

• Jornal GazetaMunicipal em Ipiranga do Piauí

• Pouco atendimento ao contexto vocacional do

Território pelos cursos superiores

• Acesso à informática de apenas duas escolas e de

algumas secretarias municipais de educação

• Número expressivo de professores ainda sem

qualificação exigida pelo MEC

• Kitde tv e vídeo disponível em pouquíssimas escolas

Organização

e Gestão

• Conselhos gestores da merenda escolar e do

FUNDEF

• APAE em Valença

• Comunidade quilombola em Lagoa do Sítio

composta de 800 pessoas

• Sindicato de Professores em Valença

• Centro de Educação Popular de Valença (CEPAVA)

• Secretarias municipais de educação

• Secretaria Municipal de Esporte, Cultura e Lazer

• Oferta de transporte e de merenda escolar com

cardápio feito por nutricionistas

• Convênios dos municípios com a Universidade

Estadual do Piauí (UESPI)

• Não-utilização do ensino multisseriado pelas

escolas de Várzea Grande

• Concentração da maior oferta de oportunidades em

Valença do Piauí

• Inexistência de conselho de educação em todos os

municípios do Território

• Não-atendimento às necessidades do Território pela

APAE

• Salas multisseriadas na zona rural

• Grande número de professores contratados sem

concurso público

• Apenas 30% dos professores com curso superior

completo

• Salas de aulas funcionando em casas de professores,

barracões e centros paroquiais

• Inexistência de classes para crianças especiais

• Inexistência de programas voltados para os jovens

3.2.3.assistênciasocial

itog potencialidades Limitações

investimento

• Programas sociais do governo federal: PETI,

PAC, FOME ZERO, PAIF, PPD, API, BPC

• Promoção de cursos profissionalizantes para

mulheres, homens, inclusive idosos

• Benefícios eventuais do município: distribuição

de urna funerária, enxoval para bebê,

medicamentos, passagens de ônibus, cesta

básica

• Benefícios insuficientes para o atendimento da

população mais carente e mau gerenciamento

destes

• Inexistência do Programa Agente Jovem no

Território

(continua...)

Page 29: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

Engenho de rapadura Inhuma-PI Culturas Locais-PI

28

foto

s: P

aulo

Lab

orne

3.3. Dimensão econômica

foto

: Jos

é Ir

apua

n

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a investimento

• Programas sociais do município:

Anjo da Guarda, em São Miguel da Baixa Grande,

e Amigos da Cidade e Idade Melhor, em Santa

Cruz dos Milagres

tecnologia• Existência de computadores com acesso

à Internet em algumas secretarias

do Território

• Inexistência de inclusão digital cidadã

Organização

• Conselhos de assistência social

• Igrejas católicas e evangélicas

• ONG Kolping em Pimenteiras

• Conselhos tutelares

• Pastorais sociais

• Fóruns de Justiça

• Órgão de segurança pública

• Baixa capacitação nas áreas de associativismo,

cooperativismo e gestão social

• Concentração em Valença de órgãos públicos e

serviços do Território

Gestão

• Secretarias municipais de assistência social no

Território

• Planos e fundos municipais de assistência social

em alguns municípios

• Forte caráter assistencialista nos programas

oferecidos pelo governo

• Inexistência de programas voltados para os jovens

• Alcoolismo e uso de drogas fortemente presentes

entre os jovens, além de gravidez precoce

• Alto índice de depressão e alguns suicídios entre

os jovens em alguns municípios

• Inexistência de secretaria de assistência social em

Aroazes.

(...continuação)

Page 30: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

29

tD

5 –

terr

itór

io d

o v

ale

do S

ambi

to

3.3.1.agricultura

itog potencialidades Limitações

investimento

• Horticultura: cultivo de tomate

e pimentão

• Fruticultura irrigada: banana, manga,

melancia, coco-da-praia, uva, goiaba,

laranja

• Potencial para a fruticultura: solos

férteis, baixa umidade relativa do ar, alta

insolação (média diária de 12 horas de

sol) e grande potencial hídrico

• Agricultura: caju, cana-de-açúcar e

mamona

• Agricultura familiar: arroz de sequeiro,

milho, fava, feijão e mandioca

• Horta comunitária em Novo Oriente

• Exportação da castanha de caju colhida

em Inhuma para a Europa

• Assistência técnica deficiente; sem

técnicos em Prata do Piauí, São Miguel

da Baixa Grande e Santa Cruz dos

Milagres

• Uso intenso de agrotóxicos na produção

sem orientação técnica

• Plantação em sistema de consórcio, sem

utilização de tecnologia adequada por

agricultores familiares

• Baixo aproveitamento do pedúnculo do

caju e redução da produtividade

• Êxodo contínuo para os Estados de Mato

Grosso, São Paulo e Maranhão para o

corte da cana-de-açúcar e da madeira

tecnologia

• Iniciativa de atividade agrícola

empresarial no Território com o uso de

mão-de-obra local treinada e auxílio de

consultoria especializada

• Cultivo de tomate e pimentão irrigado em

Inhuma e Ipiranga

• Produção de frutas irrigadas (uva,

mamão, manga, maracujá e goiaba) em

Inhuma e Valença

• Cursos de capacitação de produtores pelo

SEBRAE

• Pouca utilização de tecnologia e de

sementes selecionadas

• Baixa produtividade da mandioca

• Pouca divulgação e utilização das

tecnologias disponíveis

• Manejo inadequado dos solos provocando

a diminuição da fertilidade

• Atividades agrícolas praticadas com

equipamentos rudimentares (tração

animal para preparo do solo)

• Baixo nível tecnológico no cultivo do caju

Organização

e gestão

• Sindicato dos Trabalhadores Rurais

• Associações de agricultores

• Cooperativas

• Conselhos do FUMAC em 90% dos

municípios

• Agência de Desenvolvimento Municipal

(ADM) em Inhuma, Ipiranga, Valença e

Elesbão Veloso

• Secretarias municipais de agricultura

• Escritórios locais da EMATER em quase

todos os municípios e regional em São

Félix e Valença do Piauí

• Escritório do IBGE em Valença e

representação do SEBRAE em Valença,

Inhuma e Ipiranga

• Pouca atuação das organizações de

representação dos pequenos agricultores

• Pequenos produtores sem organização

para comercializar a produção

• Pouca capacitação na formação e no

acompanhamento das cooperativas e das

associações comunitárias

• Escritórios locais da EMATER sem

estrutura adequada para atendimento e

acompanhamento dos agropecuaristas da

região

Page 31: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

30

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

itog potencialidades Limitações

investimento

Pecuária

• Criação de ovinos, caprinos, suínos e bovinos,

além de aves caipiras para consumo familiar

• Produção de leite, ovos e mel

• Grandes áreas de pastagens nativas e

cultivadas

• Produção de peles de ovinos e caprinos

• Fazenda Serra Negra, uma holding do Ceará,

de 198 mil hectares, com 8 mil hectares

de pastagens, estendendo-se por Aroazes,

Valença, Pimenteiras, São Miguel do Tapuio

e Santa Cruz dos Milagres com criação de

bovinos, ovinos, caprinos, cavalos, burros e

jumentos

Apicultura

• Grande produção de mel no Território, com

destaque para o município de Pimenteiras

• Região muito favorável à apicultura devido

a diversificação da flora, aliada ao potencial

hídrico

• Duas associações de apicultores em Santa

Cruz dos Milagres comercializando por

intermédio da cooperativa de Valença do Piauí

Pesca artesanal/piscicultura

• Pesca artesanal fluvial em todo o Território.

Grande número de pescadores na Barragem

Mesa de Pedra, chegando às vezes a ter 120

canoas no lago

• No rio São Nicolau, em Santa Cruz dos

Milagres, existência de dez tanques-rede, e em

Aroazes, dois tanques de piscicultura

• Projeto de Piscicultura Mesa de Pedra para

produção de 18 t de peixes – 36 tanques-rede

– envolvendo 30 famílias e 20 adolescentes

Pecuária

• Emprego de mão-de-obra familiar com baixa

qualificação

• Baixa absorção da mão-de-obra local, pela

Fazenda Serra Negra

• A maior parte dos animais criados são tipo

SRD (sem raça definida), soltos, sem manejo sanitário,

alimentar e reprodutivo

• Grande resistência para adoção de novas tecnologias e

vacinação dos animais (aftosa)

• Assistência técnica pública insuficiente

• Matadouros públicos em precárias condições de

higiene sanitária

• Maioria dos animais abatidos nas propriedades

do criadores

• Má qualidade do couro produzido

Apicultura

• Desorganização dos apicultores na produção e na

comercialização do mel

• Pouco aproveitamento da cera de abelha para

fins industriais

Pesca artesanal/piscicultura

• Não-repovoamento dos mananciais e desrespeito dos

pescadores ao período da piracema

• Fiscalização do IBAMA só na época da piracema

• Mais de 50 tanques-rede adquiridos para a Barragem

Mesa de Pedra ainda sem instalação

• Baixa tecnologia e volume de produção

tecnologia

• Utilização das seguintes tecnologias na

Fazenda Serra Negra:

– Confecção de silagem e feno para

alimentação do rebanho de corte com

volumoso

– Alimentação do rebanho bovino com

concentrado e minerais

– Melhoramento genético do rebanho

de corte com introdução de reprodutores

de alta linhagem e matrizes de outras

regiões produtoras

• Técnicas inadequadas de manejo e de melhoramento

de raça por parte da maioria dos criadores

• Animais sem vacinação em razão da resistência

cultural de alguns produtores

• Uso incipiente da inseminação artificial no

Aglomerado

3.3.2.Pecuária,apicultura,pescaartesanalepiscicultura

(continua...)

Page 32: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

31

tD

5 –

terr

itór

io v

ale

do S

ambi

to

Organização

e gestão

• Sindicato dos Pescadores em Prata do Piauí

• Associação dos Pescadores em Prata do Piauí

e em Valença do Piauí

• Associação de Apicultores em Santa Cruz dos

Milagres

• Cooperativa dos Apicultores em Valença

• Secretarias municipais de agricultura

• Escritórios locais da EMATER em quase

todos os municípios e regional em São Félix e

em Valença do Piauí

• Escritório do IBGE em Valença e

representação do SEBRAE em Valença,

Inhuma e Ipiranga

• Convênio do governo do estado/prefeitura

com SEBRAE e CODEVASF no projeto de

piscicultura Mesa de Pedra

• Deficiência na fiscalização do controle sanitário dos

animais

• Deficiência dos órgãos competentes no controle da

produção e na comercialização do mel

• Reduzido número de técnicos dos órgãos públicos para

elaboração de projetos e fiscalização ambiental no

Território

• Classificação do Estado do Piauí como área de risco

desconhecido de aftosa

(...continuação)

3.3.3.Turismo,crédito,instituiçõesfinanceiras,comércioeserviçoseindústria

itog potencialidades Limitações

investimento

Turismo

• Atrativos naturais:

– Formações rochosas com inscrições

rupestres

– Lagoas, cachoeiras e grutas

– Poço Feio (poços com urnas funerárias

de cerâmica contendo ossadas) e piscina

natural nas nascentes do rio Berlenga

• Projeto de turismo na Barragem Mesa de

Pedra do BNB/SEBRAE/prefeitura

• Refúgio dos índios na época da invasão

dos jesuítas em 1730, cercas de pedras e

mandacaru

• Balneário e banhos em fontes naturais

• Casa Grande – residência construída por

escravos em 1776, localizada na Fazenda

Serra Negra. Anualmente uma grande missa

é celebrada à N. Sra. Santana, que salvou

uma negra de ser devorada por uma onça

no Curral das Pedras em 26 de julho. Nessa

data, a Casa Grande recebe centenas de

visitantes

• Santa Cruz dos Milagres é considerada o

terceiro maior santuário do Nordeste. Cerca

de 75 mil fiéis de todas as partes do Brasil

visitam-no no período de 5 a 15 de setembro

• Pousada e pequenas barracas na Barragem

Mesa de Pedra

Turismo

• Pouco incentivo por parte dos administradores em

desenvolver o turismo na região

• Deficiência da estrutura dos balneários na recepção

para turistas

• Pequena infra-estrutura hoteleira em Valença e

Elesbão Veloso

• Ausência de estudos de viabilidade turística no

Território e de projetos que os viabilizem

• Carência de mão-de-obra qualificada para os

setores de serviços e atendimento ao público

• Em Santa Cruz dos Milagres, existe apenas uma

pequena pousada, sem estrutura adequada.

É comum fiéis dormirem no chão, em barracas

improvisadas ou nos arredores da igreja matriz. A

casa dos romeiros é bastante precária, fazendo com

que muita gente durma e coma mal. Há também

problemas de abastecimento d’água e o saneamento

básico é inexistente

• Para se consolidar como um pólo do turismo

religioso tem de se investir em infra-estrutura, que é

muito deficiente, para atender à demanda turística

do Território (energia, água, saneamento básico,

estradas, hotelaria, etc.)

(continua...)

Page 33: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

32

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

investimento

Crédito

• Linhas de crédito para agricultura familiar:

PRONAF B, C e D, com maior número para

operações de financiamento de ovinocaprinos

• Linhas de crédito disponíveis para

associações com produções mistas, pastagens,

ovinocaprinocultura e apicultura para a região

• Crédito disponível de 1 milhão de reais do

BB para aplicação em caprinocultura para

melhoria do plantel de pequenos produtores

Instituições financeiras

• Banco Postal e Caixa Aqui em todos os

municípios

• Banco do Brasil em Elesbão Veloso e em

Valença do Piauí

• Banco do Nordeste em Valença do Piauí

Comércio e serviços

• Comércio atacadista e varejista de pequeno

e médio portes concentrado em Valença do

Piauí e em Elesbão Veloso

• Apoio do SEBRAE e do CDL para as

atividades do comércio

• Associação Comercial em Valença do Piauí

• Existência de uma única feira livre na região,

em Prata do Piauí

Indústria

• Existência de cerâmicas de pequeno porte em

todo o Território

• Duas indústrias de cerâmica em Várzea Grande

• Fábrica de fibra de vidro e metalúrgica em

Valença do Piauí

Crédito

• Má aplicação dos recursos do PRONAF por 50%

dos pequenos produtores

• Ausência de esclarecimentos e de divulgação das

linhas de crédito para as atividades produtivas

• Falta de assistência técnica,o que dificulta a

aprovação dos projetos

• Grande restrição ao crédito como resultado da

inadimplência, principalmente no Banco do Nordeste

Instituições financeiras

• Dificuldade de acesso ao crédito decorrente do

pequeno número de agências bancárias no Território

Comércio e serviços

• Limitação das compras no Território pela

proximidade de Teresina e Picos

• Aquisição dos produtos de confecção, na maioria, no

Ceará e em Teresina

• Falta de qualificação nos serviços oferecidos na área

de alimentação e hospedagem

• Importação de outros centros de todos os produtos

alimentícios

Indústria

• Grande oscilação de energia no Território nos

horários de uso intenso, impossibilitando a realização

de novos investimentos no setor

tecnologia• Serviços online e auto-atendimento na rede

bancária

Organização

e gestão

• Clube de Diretores Lojistas em Valença • Incipiente organização dos comerciantes – estes

esperam as benesses do desenvolvimento sem

participar da construção

• Pouco incentivo por parte dos administradores no

desenvolvimento do turismo na região

(...continuação)

foto

: Pau

lo L

abor

ne

Piscicultura em tanques-rede no lago da Barragem Mesa de Pedra –Valença do Piauí-PI

Page 34: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

(continua...)

33

tD

5 –

terr

itór

io v

ale

do S

ambi

to

3.3.4.Extrativismo,produçãoartesanal,agroindústria,acessoàterraeàinfra-estrutura

itog potencialidades Limitações

investimento

Extrativismo

• Exploração de buriti para fabricação de

doce. O talo e a palha são utilizados para a

fabricação artesanal de móveis, objetos de

decoração e utensílios domésticos

• Extração da palha da carnaúba para a

retirada do pó e aproveitamento para o

artesanato

• Extração artesanal de azeite do babaçu e

do pequi

• Aproveitamento da fava da Faveira Oiticica

e fava-danta

• Extração de brita para construção civil

• Exploração da argila para fabricação

artesanal e industrial de tijolos e telhas

Produção artesanal

• Produção artesanal diversificada: bordado,

crochê, palha, cestarias, chapéu, esteira,

balaios, cerâmica, madeira, fibras e couro

• Existência de centros de artesanato em

Ipiranga do Piauí e em Inhuma

• Expressiva produção artesanal com a

palha e a madeira do Buriti, envolvendo

cerca de 500 famílias, em Ipiranga do

Piauí

Agroindústria

• Engenhos de cana-de-açúcar para a

produção de cachaça e rapadura

• Fábrica artesanal de rapaduras padro-

nizadas e rotuladas em Inhuma

• Beneficiamento artesanal da mandioca

para produção de farinha

• Beneficiamento parcial da castanha de

caju e sua exportação para os Estados

Unidos e para a Itália pela ADECIPI

• Existência de pequenas máquinas

particulares de beneficiamento de arroz

• Fábrica de doces e licores, Lili Doces, em

Ipiranga do Piauí

Acesso à terra

• 32 assentamentos do INCRA no Território

e 1 da Igreja Católica em Sta. Cruz dos

Milagres

• Municípios formados por minifúndios

produtivos, em sua maioria

Extrativismo

• Pouca exploração comercial do buriti

• Produtos extraídos do pequi, da carnaúba, do

buriti e babaçu são obtidos de forma artesanal

• Proprietários das máquinas de bater palha

normalmente de fora do Território

• Ausência de política de incentivo à extração

da carnaúba e baixo preço, fazendo com que a

atividade esteja em retração

• Falta de recuperação das áreas dos carnaubais

desmatados

• Despreocupação com a recuperação das áreas

utilizadas na extração de areia e argila

Produção artesanal

• Pouca capacitação para produção artesanal de

doces e licores

• Ausência de feiras locais para venda e

divulgação dos produtos artesanais do

Território

• Artesãos não organizados em associações ou

cooperativas

• O artesanato no Território ainda não

aponta como fonte de renda complementar

significativa

Agroindústria

• Engenhos de cana-de-açúcar rudimentares e

apresentando baixas produções

• Inadequação do processo de embalagem e

rotulamento da farinha produzida

• Ausência de beneficiamento do pendúculo do

caju

• Falta de organização e controle na produção

de castanha, forte ação de intermediários

• Castanha de caju, em sua maior parte,

beneficiada no Ceará

Acesso à terra

• Áreas de herança e de domínio da União com

pendências de regularização

• Área de litígio na divisa do município de

Pimenteiras com o Estado do Ceará

• Grandes áreas no Território pertencentes à

Igreja

Page 35: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

(...continuação)

34

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

investimento

Infra-estrutura

• Rodovias pavimentadas em bom estado e com

sinalização razoável

– BR-316 – 85 km, ligando Elesbão Veloso,

Valença, Inhuma e Ipiranga do Piauí

– PI-120 – 42 km, ligando Valença a

Pimenteiras

• Em fase de pavimentação

– PI–120 – 20 km, ligando Novo Oriente do

Piauí a Valença

– PI–225 – 59 km, ligando a BR–316, São

Miguel da Baixa Grande, São Félix e Santa

Cruz dos Milagres

• Rodovias encascalhadas

– PI–224 – 27 km, ligando Prata a São

Miguel da Baixa Grande

– PI–225 – 52 km, ligando Santa Cruz dos

Milagres a Aroazes

– PI–237 – 26 km, ligando Aroazes à BR–316

• Exploração de águas subterrâneas

• Aproximadamente 90% da zona urbana e 60%

da zona rural do Território com energia elétrica

• Cerca de 70% das sedes dos municípios com

abastecimento d’água regular

Infra-estrutura

• 112 km de rodovias pavimentadas e 146 km sem

pavimentação asfáltica, em péssimas condições de

tráfego

• Falta de sinalização horizontal e vertical e

acostamento na maioria das rodovias

• Energia elétrica urbana e rural com baixa

qualidade, quedas freqüentes, redes

sobrecarregadas e oscilação na tensão elétrica

Rede rural na maioria é monofásica

• 80% dos municípios sem sistema de tratamento

de água e 90% das comunidades rurais sem rede

de distribuição

• Esgotamento e aterro sanitário quase inexistente

tecnologia

• Rádios comunitárias no Território

• Telefonia fixa em todos os municípios e móvel

celular em Valença e Elesbão Veloso

• Todos os municípios receptores de sinal de TV

• Sinal de TV com antena parabólica, sem acesso à

programação regional na maioria dos municípios

• Baixa cobertura de telefonia celular

Organização

e Gestão

• CEPISA, AGESPISA, TELEMAR,

secretarias de infra-estrutura, associações,

central de artesanato

• Baixíssima prioridade para o saneamento básico

• Rádios, em sua maioria, sem licença da ANATEL

e pertencentes a grupos políticos

foto

: Pau

lo L

abor

ne

Vertedouro da Barragem Mesa de Pedra – Valença do Piauí-PI

Page 36: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

35

tD

5 –

terr

itór

io v

ale

do S

ambi

to

Box 3

apicultura–umarealidadeApicultura é uma atividade de grande potencial na Bacia do Parnaíba, onde é desenvolvida principalmente por pequenos agricultores. O Estado do Piauí é o maior produtor de mel na região Nordeste (2.221.510 kg/ano), seguido pelo Ceará (1.373.076 kg/ano) e 2o maior produtor nacional.

A atividade está em pleno desenvolvimento no Piauí; conta com Arranjo Produtivo Local (APL) formado, com participação de fortes organizações (associações, cooperativas, câmara setorial, etc.). Nos últimos anos, tem exportado principalmente para a Europa e os EUA. Recebe apoio de vá-rias instituições ligadas à atividade (governo do estado, BNB, SEBRAE, CODEVASF e outras).

A região do semi-árido contribui com 75% da produção total do estado, pois é nela que se encontram os municípios com maior produção de mel. Nesta região os agricultores sofrem com freqüentes perdas de safras de grãos por causa dos baixos índices de precipitações, e encontraram na api-cultura uma atividade com menor risco e maior lucratividade e que absorve a mão-de-obra familiar em épocas de baixa utilização desta (entressafra).

A diversidade botânica nesta região, com floradas de plantas melíferas du-rante praticamente todo o ano, favorece o desenvolvimento da atividade, que apresenta várias colheitas anuais e altas produtividade. A qualidade do mel da região também é destaque, sendo reconhecido como mel orgâ-nico, produzido a partir de flores de plantas silvestres, sem contaminação com agrotóxicos.

O Vale do Sambito é o 6a maior produtor de mel entre os 11 Territórios da bacia, com 144.761 kg/ano, sendo produzido em praticamente todos os municípios, porém concentrado em Pimenteiras (72,5%), com uma produção de 105.000 kg/ano sendo o quarto maior produtor do Piauí (IBGE/2002).

3.4. tendência das atividades produtivas

Os atores sociais durante as oficinas, tendo como base seus próprios conhecimentos dos Aglomerados e com o auxílio do diagnóstico da dimensão econômica, identificaram a si-tuação das atividades produtivas no Território.

A Figura 1 mostra a atual situação dessas atividades e possi-bilita verificar que os cultivos de arroz de sequeiro, algodão, milho e feijão vêm perdendo espaço e apresentam-se em declínio ou estagnados no Território. Isso acontece, prin-cipalmente, em razão da baixa precipitação pluviométrica média da região, o que tem provocado freqüentes perdas de safras. Atividades mais adaptadas ao clima semi-árido ganham esse espaço, apresentando-se consolidadas ou em expansão, como apicultura, ovinocaprinocultura, cultivo da mandioca, do caju e da mamona, além da irrigação de hortícolas e frutas.

Novas atividades surgem como opção para a região, como a produção artesanal e pequenas agroindústrias para bene-ficiamento de frutas, cana-de-açúcar e da mandioca para produção de doces, sucos, geléias, farinha, rapadura, cacha-ça, etc. Além dessas, o Território também apresenta poten-cial para o desenvolvimento do turismo de lazer, científico, religioso e para o ecoturismo.

As informações mapeadas possibilitaram indicar a tendên-cia das atividades produtivas do Território, caracterizan-do-o como produtor de matéria-prima, criando, assim, um ambiente potencial para o surgimento de atividades de transformação, que também demandam melhoria da infra-estrutura existente (Figura 2).

foto

: Pau

lo L

abor

ne

Rapadura produzida no Vale do Rio São Vicente – Inhuma-PI

Page 37: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

36

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

Figura 1. Mapeamento das atividades produtivas

atividades em declínio estagnadas consolidadas em expansão tendências

Agroindústria AG 11 AGs 10 e 11

Algodão AG 10

Apicultura AGs 10 e 11 AGs 10 e 11

Arroz AG 11 AG 10

Artesanato AG 11 AGs 10 e 11

Babaçu AG 11

Bovinocultura de corte AG 11 AG 10

Bovinocultura de leite AG 10 AG 11 AG 11

Buriti AG 11

Cajucultura AG 10 AG 11 AGs 10 e 11

Cana-de-açúcar AG 10 AG 11 AG 11

Cerâmica AG 10

Extrativismo da carnaúba AGs 10 e 11

Feijão AG 11 AG 10

Fruticultura AG 10 AGs 10 e 11

Fumo AG 10

Galinha caipira AG 10 AG 11 AG 11

Horticultura AG 11 AGs 10 e 11

Mamona AGs 10 e 11

Mandioca AG 10 AG 11 AG 11

Milho AGs 10 e 11

Ovinocaprinocultura AG 10 AG 11 AGs 10 e 11

Piscicultura AGs 10 e 11 AG 11

Turismo AG 11 AGs 10 e 11

Figura 2. tendências das atividades produtivas

atividadesemdeclínio atividadesestagnadas atividadesconsolidadas atividadesemexpansão Tendências

Arroz de sequeiro Bovinocultura de corte Criação de ovinos/caprinos Apicultura Agroindústria

Algodão Extrativismo da carnaúba Cultivo da mandioca Bovinocultura de leite Criação de ovinos/caprinos

Feijão Milho Turismo Artesanato

Cana-de-açúcar Piscicultura Cajucultura

Cajucultura Fruticultura

Artesanato Horticultura

Horticultura Mamona

Agroindústria Apicultura

Fruticultura Piscicultura

Galinha caipira Cana-de-açúcar

Mandioca

Turismo

Page 38: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

ÁreaS De reLevaNte iNtereSSe cOLetivO apreSeNtaDaS pOr DiMeNSãO 4

Page 39: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

Barragem Mesa de pedra – valença do piauí-pi

Page 40: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

39

tD

5 –

terr

itór

io v

ale

do S

ambi

to

foto

: Pau

lo L

abor

ne Nas oficinas realizadas nos Aglomerados 10 e 11, os atores sociais, de acordo com as poten-cialidades e as limitações das dimensões econômica (produtiva e infra-estrutura) e ambien-tal que compõem o diagnóstico, identificaram áreas de interesse coletivo conforme mostra as Figuras 3 e 4.

Figura 3. composição das áreas de interesse coletivo no aG 10

AROAZES

PRATADO PIAUÍ

SÃO FÉLIXDO PIAUÍ

SANTA CRUZDOS MILAGRES

SÃO MIGUELDA BAIXA GRANDE

AG 10

aGLOMeraDO 10

Dimensão ambiental

• Recuperação de áreas

degradadas

• Conservação da

diversidade biológica

• Uso sustentável dos

recursos naturais

Dimensão econômica

infra-estrutura

• Implantação de

infra-estrutura

básica: melhoramento,

pavimentação e

recuperação de

rodovias

• Construção de

cisternas, perfuração

de poços

• Construção de pontes

e bueiros

• Elaboração e

implementação do

Plano Diretor dos

resíduos sólidos

produção

• Agroindústria de doces

• Piscicultura

• Hortifruticultura

• Ovinocaprinocultura

• Cultivo da mamona

• Inventário turístico e

cultural

Page 41: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

40

INHUMA

PIMENTEIRAS

FRANCINÓPOLIS

VÁRZEAGRANDE

ELESBÃOVELOSO

LAGOA DO SÍTIO

VALÊNCA DO PIAUÍ

BARRAD'ALCANTARA

IPIRANGADO PIAUÍ

NOVO ORIENTEDO PIAUÍ

AG11

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

Figura 4. composição das áreas de interesse coletivo no aG 11

aGLOMeraDO 11

Dimensão ambiental

• Recuperação de áreas

degradadas

• Conservação da

diversidade biológica

• Uso sustentável dos

recursos naturais

Dimensão econômica

infra-estrutura

• Saneamento básico:

esgotamento sanitário,

aterros sanitários

• Pavimentação de

rodovias, construção

de pontes e bueiros

• Implantação de rede

de distribuição de

energia elétrica e

melhoria da existente

• Construção de

adutoras, barragens e

poços tubulares

• Ampliação de sistema

de telefonia fixa rural

e móvel

produção

• Apicultura

• Ovinocaprinocultura

• Cajucultura

• Piscicultura

• Hortifruticultura

• Cana-de-açúcar

Page 42: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

41

tD

5 –

terr

itór

io d

o v

ale

do S

ambi

to

Ao analisar as áreas de interesse expressas nas oficinas, é possível identificar claramente os elos do desenvolvimento sustentável (Figura 5).

A primeira preocupação manifestada é com a educação formal sugerindo planejamento e gestão participativa; a segunda está voltada para a expansão qualificada da saúde preventiva, para a modernização de equipamentos e para a gestão dos hospitais da região; a terceira, para o saneamen-to básico, compreendido pelos serviços de abastecimento de água com qualidade para consumo humano, esgotamen-to sanitário e coleta e destino final dos resíduos sólidos; a quarta, para a qualidade do fornecimento de energia elé-trica e abrangência da rede de energia e de telefonia fixa e móvel; a quinta está direcionada para a infra-estrutura e as rodovias de acesso.

Tendo a conservação ambiental como condicionamento decisivo para o desenvolvimento sustentável, as áreas de interesse para o desenvolvimento econômico estão defini-das de acordo com o potencial do Território, tais como: piscicultura, apicultura, ovinocaprinocultura, fruticultura, horticultura, mandioca, cajucultura, cana-de-açúcar, amo-na, artesanato e turismo.

Box 4

Religiosidade,históriaenaturezaO Território Vale do Sambito, entremeado com inúmeros locais de grande beleza natural, possui uma forte ligação com a fé e a religiosidade, associa-do a pontos marcantes da história da região e da pré-história.

A Igreja Matriz de Santa Cruz dos Milagres é o único santuário do Piauí reconhecido pelo Vaticano para peregrinação, datando da década de 40.

A história oral registra que, no século XIX, apareceu na região um beato que levou um vaqueiro para o morro, onde retirou alguns galhos de ár-vores e fez uma cruz. Disse então ao vaqueiro que aquele seria um local onde aconteceriam muitos milagres. Depois de algum tempo, a filha do vaqueiro adoeceu, ficando à beira da morte. Em meio ao seu desespero ele se lembrou das palavras do beato e foi até o morro. Ao pé da cruz, pediu pela vida da filha e foi atendido.

A notícia se espalhou, e a partir daí apareceram romeiros de todas as partes do Piauí e de outros estados para pagar suas promessas. É considerada a terceira maior romaria do Nordeste.

Outro ponto importante é a Casa Grande, localizada na Fazenda Serra Ne-gra em Aroazes que mantém vivas lendas da época da escravidão. Trata-se de uma residência antiga construída por escravos no período colonial, em 1776, onde ainda é mantida as mobília da época. O atrativo da casa está no contraste de maldição e religião que existe no local.

Conta a história que o senhor alimentava suas onças com os negros, em um local chamado Curral das Pedras; teria também serrado ao meio, como castigo, uma negra rebelde. Este fato deu origem ao nome da fazenda. Anualmente e, uma grande missa é celebrada à Nossa Senhora Santana, que salvou uma negra de ser devorada por uma onça no Curral das Pedras.

No Território existem, ainda, 26 sítios arqueológicos, com pinturas ru-pestres, registrados pelo IPHAN, sendo dois em Ipiranga do Piauí, seis em Pimenteiras, dois em Santa Cruz dos Milagres, um em São Miguel da Baixa Grande, 14 em Valença do Piauí e um em Várzea Grande; além de pinturas também em Inhuma e Lagoa do Sítio, ainda não registradas.

As grutas, as cavernas, as cachoeiras, as lagoas, os lagos e os banhos em fontes naturais, distribuídos por vários municípios (Aroazes, Barra d’Alcântara, Inhuma, Novo Oriente, Valença do Piauí e Várzea Grande), são os atrativos naturais do Território.

Todos esses elementos são potenciais atrativos turísticos, porém é neces-sário implementar as mínimas condições básicas (saneamento, energia, es-tradas) para que esse potencial se torne realidade e o Território possa se beneficiar disso.

Page 43: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

42

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

Figura 5. relação de interdependência das proposições

foto

: Pau

lo L

abor

ne

Saúde

Ovinocaprinocultura

rodovias

Ovinocaprinocultura

energia elétrica

Meio ambiente

Saneamento básico

educação

Horticultura

artesanato

turismo

cajucultura

Mandiocaagroindústria

apicultura

Mamona

piscicultura

Fruticultura

Desenvolvimento sustentável

Aspecto urbano de Santa Cruz dos Milagres-PI

Page 44: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

prOjetOS para O territóriO 5

Page 45: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

Buritis

Page 46: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

45

tD

5 –

terr

itór

io v

ale

do S

ambi

to

foto

: Pau

lo L

abor

ne Considerado o objetivo final do processo de construção, não foram propostas ações na dimensão sociocultural, por entender que já são objeto de políticas públicas consoli-dadas em programas federais. A implementação dessas políticas públicas ocorre com a descentralização dos recursos financeiros e da gestão para estados e municípios.

Fortalecendo a implementação dessas políticas a participação social é representada nos conselhos, que tem o papel de fiscalizar e fortalecer a participação democrática da po-pulação na formulação e na implementação dessas políticas.

Municípios, estados e governo federal firmaram um compromisso para a execução de um projeto coletivo de desenvolvimento. As instituições participantes do processo de construção são parceiras comprometidas e multiplicadoras da articulação e da concerta-ção das políticas públicas para a otimização e o adensamento dos recursos, num esforço conjunto para a implementação das ações e dos projetos de desenvolvimento para o Território.

5.1. Fundamentos técnicos que embasaram a proposição dos projetos

Tendo como base as áreas de interesse coletivo e de acordo com a demanda expressa pelos atores sociais, foram fornecidos, por meio de palestras, subsídios técnicos que os orienta-ram na definição dos projetos prioritários e estruturantes para o Território.

Figura 6. Fundamentos técnicos por atividade

apicultura Organização da cadeia produtiva da apicultura

Câmara Setorial de Apicultura do Piauí

Projetos em execução e em estudos para a atividade apícola no Piauí

agroindústria Necessidade de padronização dos produtos

Grande oferta regional de produtos passíveis de industrialização

Agregação de valor aos produtos industrializados – marca própria

Visão empreendedora do negócio

Fruticultura Potencial da região para a produção de frutas

Conta alta, paga pelo Estado do Piauí, pela importação de frutas

Localização privilegiada

Demanda do mercado local e regional

Meio ambiente Necessidade de recuperação das matas ciliares

Educação ambiental

Necessidade de maior controle do uso da água

Cuidado com o lixo

Ovinocaprinocultura Expressivo efetivo de rebanhos na região

Localização estratégica da região

Região com elevado potencial forrageiro nativo

Mão-de-obra familiar expressiva

Page 47: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

46

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

5.2. processo de priorização das propostas de projetos

Após o nivelamento técnico, as propostas de projetos fo-ram trabalhadas, tendo como referência uma visão de futu-ro diferente da atual e desejada para um período de vinte anos, possível de ser concretizada em ações de curto, mé-dio e longo prazos.

Para a obtenção de uma escala numérica que possibilitasse a identificação de três projetos prioritários para o Território, utilizou-se, então a matriz de multicritérios como instru-mento de priorização.

Os critérios definidos como referência foram:

• Abrangência territorial• Capacidade de geração e distribuição de renda• Capacidade de agregação de novas iniciativas e parcerias• Capacidade de promoção social• Impacto sobre o ambiente natural

Para a obtenção do resultado do cruzamento de projetos e cri-térios, trabalhou-se com os seguintes pesos e conceitos:

5 – forte 4 – meio forte 3 – médio2 – fraco 1 – muito fraco

Para o critério impacto sobre o ambiente natural, a leitura desses pesos foi invertida, ou seja:

5 – muito fraco4 – fraco3 – médio2 – meio forte1 – forte

Os Projetos Apicultura, Cajucultura, Hortifruticultura, Mamona, Ovinocaprinocultura e Piscicultura compuseram a matriz de multicritérios (resultado na Figura 7).

Figura 7. Matriz de multicritérios

pro

jeto

s

critérios

abrangência

territorial

capacidade

de geração e

distribuição de

renda

capacidade de

agregação de

novas iniciativas e

parcerias

capacidade

de promoção

social

impacto

sobre o

ambiente

natural

tota

l

cla

ssifi

caçã

o

Apicultura 5 3 3 3 5 19 4º

Cajucultura 5 5 5 5 5 25 1º

Hortifruticultura 5 5 5 5 3 23 3º

Mamona 3 3 3 3 2 14 6º

Ovinocaprinocultura 5 5 5 5 4 24 2º

Piscicultura 3 3 3 3 3 15 5º

5.3. propostas de projetos de desenvolvimento para o território

O diagnóstico identificou que o Território carece de infra-es-trutura básica para desenvolver plenamente suas potencialida-des e, assim, oferecer aos seus habitantes qualidade de vida e novas oportunidades de geração e distribuição de riquezas.

A proposta direcionada à ampliação e à qualificação dos investimentos públicos em infra-estrutura – que além de serem fundamentais para o desenvolvimento sustentável viabilizam novos arranjos produtivos – integra regiões pro-dutoras a mercados consumidores, acelera o avanço tec-nológico, aumenta a competitividade e propicia acesso à informação e ao conhecimento.

Page 48: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

47

tD

5 –

terr

itór

io v

ale

do S

ambi

to

Aliadas a essas variáveis, as proposições dos projetos infra-es-truturais bem como os de meio ambiente estão tratados de forma diferencial, isto é, buscam ações, normas ou diretrizes

que contribuam para melhorar o impacto dos investimentos públicos e a articulação entre a referida ação e as demais políti-cas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável.

infra-estrutura * US$ 26.579.723,40

OBjetivO

implantar infra-estrutura básica

Metas• Pavimentação de 459 km de rodovias estaduais e construção de 8 pontes

– 5 anos• Construção de 8 barramentos no rio São Vicente – 2 anos• Construção de 5 barragens – 10 anos• Construção de 1 adutora para abastecimento de água do município de

Ipiranga – 10 anos• Melhoria da qualidade e ampliação da rede de distribuição de energia

elétrica trifásica, rural e urbana (565 km) – 5 anos• Ampliação de 3 subestações elétricas – 2 anos• Construção de 2 subestações – 10 anos• Perfuração de 19 poços tubulares – 3 anos

atividades principais• Composição de parcerias públicas e privadas para captação

de recursos para investimento em infra-estrutura• Pavimentação asfáltica das rodovias estaduais no Território• Construção de pontes, pequenos barramentos, barragens e

adutora• Construção e ampliação de subestações de energia elétrica• Ampliação da rede de distribuição de energia elétrica• Perfuração de poços tubulares

resultados esperados• Ampliação para 100% de cobertura de energia elétrica no Território, com melhoria da qualidade desta• Facilidade de acesso aos municípios e de escoamento da produção do Território• Atração de novos investimentos para o Território• Aumento da oferta de água e melhoria da qualidade desta para a população• Melhoria da qualidade de vida da população do Território

* Custo estimado.

O ordenamento territorial permite potencializar os aproveita-mentos naturais para o desenvolvimento e, dessa forma, mini-

mizar o processo de degradação ambiental, provocando efeito contrário, ou seja, promovendo a recuperação ambiental.

Meio ambiente

OBjetivO

recuperar e conservar os recursos ambientais do território

Metas• Construção de 4 aterros sanitários no território – 10 anos

• Implantação de 1 usina de reciclagem e aproveitamento do lixo – 10 anos

• Recuperação das matas ciliares de rios, lagoas e nascentes – 10 anos

• Construção de 1 viveiro de mudas de árvores nativas para

reflorestamento – 1 ano

atividades principais• Estudo para identificação de áreas para a construção de

aterros sanitários no Território

• Elaboração de projeto de educação ambiental

• Criação de conselhos municipais de meio ambiente

• Construção de aterros sanitários e usina de reciclagem de lixo

• Construção e manutenção de viveiros de mudas para

reflorestamento

resultados esperados• Recuperação e conservação das matas ciliares

• Fortalecimento do lençol freático subterrâneo

• Conscientização ambiental da população

• Redução de doenças provocadas por carência de saneamento básico

• Melhoria das condições de vida da população

A implantação de projetos que promovam o desenvolvi-mento do Território Vale do Sambito esbarra na neces-sidade de qualificar e implantar infra-estruturas como estradas e saneamento básico, além de melhorar o tra-

tamento das questões ambientais, que são fatores con-dicionantes e perpassam todas as ações, sociais ou pro-dutivas, voltadas para a construção do desenvolvimento sustentável.

Page 49: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

48

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

5.4. propostas de projetos prioritários para geração de renda e inclusão social

A cajucultura, a ovinocaprinocultura e a hortifruticultu-ra são, para o Território, consideradas atividades produti-vas estruturantes e prioritárias porque mobilizam grande número de pequenos produtores, além de diversos ou-tros atores, tais como centros de pesquisa, universida-

des, instituições governamentais e empresas públicas e privadas que buscam promover mudanças tecnológicas do setor.

São projetos de forte impacto econômico e social e, tam-bém, competentes para criar um ambiente capaz de res-ponder aos desafios da inclusão social, com melhoria da qualidade de vida e do desenvolvimento sustentável.

cajucultura

OBjetivO

Dinamizar o cultivo do caju com ênfase na industrialização* custosUS$ 1.00

Metas• Capacitação de 2.250 produtores em 4 anos

• Capacitação de 500 jovens na industrialização do

caju em 4 anos

• Construção de 4 Unidades de Transferência de

Tecnologia (UTTs)** e 2 viveiros de mudas em 2

anos

• Produção de 4 milhões de mudas em 4 anos

• Implantação de 6 unidades de beneficiamento da

castanha e/ou do pedúnculo em 4 anos

• Implantação de 1 central de padronização e

comercialização dos produtos da cajucultura em 4

anos

atividades principais• Contratação e capacitação da equipe de assistência

técnica

• Cadastramento e seleção dos agricultores beneficiários

do projeto

• Capacitação dos técnicos e dos agricultores, com ênfase

na formação de multiplicadores

• Capacitação dos jovens visando à formação de mão-de-

obra qualificada na industrialização da castanha

• Construção de viveiros de mudas e jardins clonais

• Implantação de unidades de beneficiamento e

comercialização

Fomento1.556,0

Crédito5.391,0

resultados esperados• 4 milhões de mudas de caju-anão precoce produzidas

• 2.250 agricultores capacitados e estruturados nas suas unidades produtivas

• 500 jovens capacitados na industrialização da castanha

• 18 mil ha de caju-anão precoce implantados e/ou recuperados no Território

• 4 UTTs instaladas e funcionando no Território

• 1 central de padronização e comercialização dos produtos da cajucultura implantada e funcionando no Território

• 6 unidades de beneficiamento da castanha e/ou do pedúnculo implantadas e funcionando

• Ofertas de empregos e renda percapita familiar incrementadas no Território

* Custos estimados. **Jardins clonais.

foto

: Pau

lo L

abor

ne

Ovinocultura tradicional

Page 50: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

49

tD

5 –

terr

itór

io v

ale

do S

ambi

to

Estes projetos prioritários demandam capacitação tecno-lógica para o adensamento das atividades em um arranjo produtivo objetivando favorecer o aumento do índice de investimentos em infra-estrutura básica pelo governo.

Essas atividades estruturantes geram outras oportunidades. Estas, por sua vez, indicam novas oportunidades associadas, que geram negócios e investimentos de empresas de trans-formação de matéria-prima no Território.

Ovinocaprinocultura

OBjetivO

Dinamizar a cadeia produtiva da ovinocaprinocultura no território* custosUS$ 1.00

Metas• Capacitação de 1.150 ovinocaprinocultores durante os

4 primeiros anos

• Aquisição de 1.150 reprodutores melhorados

geneticamente durante os 4 primeiros anos

• Implantação de 13 UTTs no primeiro ano

• Disponibilização de 3 equipes técnicas (3 veterinários

e 13 técnicos) permanentes a partir do primeiro ano

• Seleção e capacitação de 30 monitores de campo no

primeiro ano

atividades principais• Contratação e capacitação da equipe de assistência

técnica

• Cadastramento, seleção e capacitação dos produtores

beneficiários

• Prestação de assessoramento tecnológico, organizacional

e gerencial aos produtores

• Implantação de UTTs

• Identificação e implantação de infra-estruturas coletivas

de suporte à atividade

Fomento911,0

Crédito3.446,0

resultados esperados• 1.150 produtores capacitados, organizados em associações ou cooperativas, recebendo assistência técnica

diretamente em suas unidades produtivas

• 2 monitores de campo capacitados e atuando por município, como auxiliares no assessoramento técnico aos produtores

• 13 UTTs apoiando o processo de adoção de tecnologias melhoradas no Território

• 100% dos produtores envolvidos no projeto adotando práticas agroecológicas no manejo dos recursos naturais

• Aumento da produtividade dos rebanhos com a elevação da taxa de desfrute para 40% e redução do índice de

mortalidade para 10%

• Inserção dos produtos locais nos mercados regional, estadual e nacional

* Custos estimados.

Hortifruticultura

OBjetivO

implantar projeto de irrigação em hortifruticultura no território* custosUS$ 1.00

Metas• Implantação de 2.400 ha irrigados em 5 anos, com 480

ha por ano• Incorporação de 600 produtores à atividade, sendo 120

por ano• Capacitação de 120 agricultores por ano durante 5 anos• Aquisição de 120 kits de irrigação por ano, em 5 anos• Construção de 1 unidade de comercialização no segundo

ano• Implantação de um centro de produção de mudas no

primeiro ano• Contratação de uma equipe técnica (técnicos de nível

superior e nível médio) no primeiro ano

atividades principais• Mapeamento das possíveis áreas irrigáveis• Análise de viabilidade técnica e econômica dos produtos a

serem cultivados (hortaliças e frutas)• Formação de parcerias com instituições públicas e privadas• Aproveitamento de esterco animal na adubação• Capacitação dos produtores em tecnologia de produção e

em gestão• Capacitação da equipe técnica em irrigação• Aquisição de equipamentos de irrigação• Incorporação de novas áreas à agricultura irrigada• Implantação de centros de comercialização e de produção

de mudas

Fomento2.640,0

Crédito10.468,0

resultados esperados• Aumento da produção agrícola do Território • Oferta de produtos de qualidade na região• Incremento da área irrigada do Território • Agricultores com assistência técnica permanente• Produtores capacitados na tecnologia de irrigação • Melhoria da qualidade de vida da população• Maior oferta de empregos• Aumento da rentabilidade dos agricultores• Redução do êxodo rural

* Custos estimados.

Page 51: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

50

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

5.5. Outros projetos

Faz-se necessário um rápido comentário sobre a importân-cia dos projetos que obtiveram menor peso na matriz mul-ticritério, uma vez que para o Território as propostas de projetos que obtiveram menores pontuações são, também, prioritárias e, conseqüentemente, de importância econô-mico-social significativa:

• Mamona – é uma atividade que está em destaque graças às ações governamentais para incremento da produção de bio-diesel. O Piauí conta com iniciativas de cultivos de grandes áreas, por agricultores familiares, em assentamentos pro-movidos por empresa privada. É uma opção a mais para a região semi-árida, onde se localiza o Território do Vale do Sambito.

• Apicultura – o Estado do Piauí é, hoje, o segundo maior produtor de mel no Brasil. No Território do Vale do Sambito, é importante ressaltar o potencial e a diversi-dade da florada apícola, porém é necessária uma maior organização e melhor capacitação dos apicultores para que a atividade possa desenvolver-se de forma sustentá-vel, promovendo a inclusão social e a geração de renda.

• Piscicultura – a construção da Barragem Mesa de Pe-dra, que barra o rio Sambito e armazena um volume de mais de 55 milhões de m3 de água, propiciou à po-pulação da região a possibilidade de desenvolver mais esta atividade, e com grande potencial. Investimentos já estão sendo feitos no local, incentivando a piscicultura em tanques-rede e qualificando os produtores.

apicultura

OBjetivO

Melhorar a produção e a qualidade do mel no território

Metas• Atendimento a 3 mil produtores, com implantação de 30 mil

colméias em 3 anos

• Construção de 2 casas de mel em 2 anos, adequadas ao nível

de produção

• Capacitação de 3 mil produtores, sendo mil por ano

• Elevação da produtividade para 40 kg de mel por colméia

por ano em 3 anos

• Aquisição de 3 mil kits de proteção e manejo para atividade

apícola, sendo mil por ano

• Construção de 1 entreposto e de uma unidade de

comercialização em ponto estratégico do Território

em 3 anos

atividades principais• Viabilização de assistência técnica aos apicultores

• Capacitação dos apicultores na tecnologia de produção de mel

e em gestão empreendedora

• Criação e divulgação de uma marca própria para o produto do

Território

• Construção de casas de mel, entreposto e unidade de

comercialização

• Aproveitamento da cera para fins industriais

• Agregação de valor ao produto oferecido

• Organização dos apicultores em associações e/ou cooperativas

resultados esperados• Aproveitamento da florada permanente e temporária do Território

• Melhoria da qualidade dos produtos da apicultura

• Melhoria do padrão alimentar da população

• Apicultores organizados em associações e/ou cooperativas

• Manutenção do equilíbrio ecológico

• Aumento da renda dos apicultores

• Melhoria da qualidade de vida

Page 52: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

51

tD

5 –

terr

itór

io v

ale

do S

ambi

to

foto

: Pau

lo L

abor

ne

Mamona

OBjetivO

implantar o cultivo da mamona para a produção de biocombustível

Metas• Implantação de 20 mil hectares de mamona em 5 anos

• Atendimento de 2 mil famílias com 10 ha cada uma, sendo

400 famílias por ano em 5 anos

• Capacitação de 400 produtores por ano durante 5 anos

• Contratação de equipe técnica permanente, com técnicos de nível

superior e nível médio

• Implantação de 1 esmagadora do produto em local estratégico

em 5 anos

atividades principais• Implantação de 4 mil hectares de mamona por ano

• Capacitação da equipe de assistência técnica

• Capacitação de 400 produtores por ano na tecnologia de

produção da mamona em associativismo/cooperativismo e gestão

empresarial

• Criação e estruturação de cooperativas

resultados esperados• Aproveitamento das áreas com aptidão agrícola para a cultura

• Equipe técnica capacitada na tecnologia de produção da mamona

• Produtores organizados em associações ou cooperativas

• Geração de empregos diretos e indiretos

• Geração e distribuição de renda

• Inclusão social

Barragem Mesa de Pedra – Valença do Piauí-PI

Page 53: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

52

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

piscicultura

OBjetivO

introduzir novas tecnologias na exploração da piscicultura visando à ampliação da produção pesqueira do território

Metas• Capacitação de 600 piscicultores em 3 anos, sendo 200

por ano

• Construção de 30 ha de viveiros no período de 3 anos,

implantando 10 ha ao ano

• Aquisição de 60 tanques-rede em 3 anos, sendo 20 por ano

• Implantação de 1 unidade de comercialização no segundo ano

• Formação de uma equipe de assistência técnica especializada

no primeiro ano

atividades principais• Capacitação dos produtores em piscicultura

• Construção de viveiros e aquisição de tanques-rede

• Aquisição de alevinos diversificados para povoamento dos tanques

• Aquisição de material de pesca para os piscicultores

• Incentivo à organização dos piscicultores em associações ou

cooperativas

• Monitoramento semanal do desenvolvimento dos peixes com

medição de tamanho e peso

• Realização sistemática de análise da qualidade da água

• Promoção de seminários e/ou cursos visando ao aumento do

consumo do pescado em todo o Território

resultados esperados• Produção de 350 t de pescado por ano no Território

• Aproveitamento do potencial hídrico do Território

• Produtores organizados em associações e/ou cooperativas e capacitados em piscicultura

• Piscicultores com acompanhamento técnico especializado

• Melhoria no padrão alimentar da população

• Aumento da renda dos produtores

• Melhoria da qualidade de vida da população

Algumas experiências mostram que a agricultura familiar necessita de novo enfoque. “Para criar competitividade no agregado de produção, há que reconsiderar os conceitos, as formas, os métodos e os meios operativos com os quais se trata a atividade do agricultor: o produtor tem que entrar nas estruturas de geração e retenção de riqueza para vencer as

estruturas de pobreza. A estrutura de pobreza se caracteriza pela incapacidade crônica de expandir o potencial produtivo e a criatividade do grupo familiar agrícola para atividades com-plementares dentro ou fora da propriedade. A agregação de valor se faz simultaneamente na força de trabalho e no produ-to agrícola” (Eugênio Giovenardi em Os pobres do campo).

foto

: Pau

lo L

abor

ne

Piscicultura em tanques-rede – lago da Barragem Mesa de Pedra – Valença do Piauí-PI

Page 54: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

NOva iNStitUciONaLiDaDe a eFiciêNcia cOLetiva 6

Page 55: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

rio parnaíba

Page 56: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

55

tD

5 –

terr

itór

io v

ale

do S

ambi

to

foto

: Pau

lo L

abor

ne “Nunca duvide da força de pequeno grupo de pessoas para transformar a realidade. Na verdade, elas são a única esperança de que isso possa acontecer.”

Margaret Mead

O diferencial do Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba (PLANAP) é justamente a capacidade de elaboração coletiva que os atores sociais demons-traram durante o processo de construção do plano.

O próprio desenho metodológico do processo gera nos atores sociais, durante as oficinas, grande expectativa do que virá depois. Essa expectativa vem transformando a mesmice em iniciativas continuadas para a definição da forma de gestão.

Para se compreender os processos de organização e gestão na Bacia do Rio Parnaíba, é necessário primeiro remeter-se ao universo das organizações públicas e privadas existentes que atuam no Território, que pelas informações levantadas, em nível primário e secundário, seriam suficientes para administrar os diferentes processos de gestão nas dimensões econô-mica, sociocultural, ambiental e político-institucional.

No entanto, as organizações públicas e privadas – unidades regionais técnicas, gerências, comitês, conselhos, associações, ONGs, cooperativas, empresas públicas e privadas, cen-tros sociais, instituições financeiras – não conseguem desenvolver uma gestão cuja função seja a de “construir organizações que funcionem”, quer na implantação, na implementação ou no controle, com uso de instrumentos de monitoramento e avaliação de ações.

A gestão, na visão mais ampla, tem por natureza, segundo Ruy Matos, a “função organiza-cional voltada para a liderança, a coordenação, o planejamento, o controle, a orientação e a integração das ações implantadas nos diversos níveis e setores da Organização”, tudo fundamentado nas seguintes premissas básicas:

• senso de propósitos e valores compartilhados;• agregação de valor mútuo;• compromissos e responsabilidades;• confiança e transparência na comunicação;• abertura a mudanças de paradigmas.

Porém, o que se observa na prática das organizações é a total desarticulação entre elas, além do distanciamento da concepção de gestão em relação a essas premissas básicas, fundamen-tais para a formação de parcerias e alianças.

É importante mencionar que as organizações existentes trabalham com a incapacidade de trazer a gestão para o centro da organização. O desafio está não em criar, e sim em contri-buir para que as organizações de agora e as que vierem a ser criadas descubram afinal para que foram criadas, seus propósitos e seu sentido maior na sociedade.

Vários caminhos poderão ser trilhados para a formação de uma nova institucionalidade, mas, hoje, a vocação que conduz às mudanças sociais, no campo político-democrático, está

Page 57: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

56

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

estruturada, tendo por natureza jurídica, entre outras, for-mas cujas características estão apresentadas no Quadro 6: Comitê de Bacia, Fórum, Organizações Sociais (OS), Or-ganização Não Governamental (ONG) e Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).

Essa nova institucionalidade demanda, também, o fortale-cimento – capacitação – das entidades que estiverem nela representadas, para que tragam consigo a capacidade da mobilização, da construção, do empoderamento, da postu-ra ética e da gestão.

Quadro 6. Formas alternativas de gestão

Formas características

comitê de

Bacia

O que é Órgão colegiado

Objetivo Normatizar, deliberar e consultar

Princípios Definidos no regimento interno

Gestão/organização Diretoria, secretaria executiva, plenária, câmaras técnicas e câmaras consultivas regionais

ComposiçãoRepresentantes da União, dos estados, dos municípios, dos usuários das águas, das entidades civis, conforme abrangência geográfica da bacia

Lei que regula Criado por decreto federal com base na Lei no 9.433/1997

Fórum

O que é Espaço aberto que congrega instituições públicas e privadas, representações de classe, segmentos organizados da sociedade, universidades e instituições financeiras

Objetivo Desenvolvimento regional

PrincípiosComprometimento, ética, participação democrática e resultados tangíveis socialmente justos e ecologicamente corretos

Gestão/organização Secretaria executiva e câmaras temáticas

Composição Plural e ilimitada

OS

O que é Entidade privada prestadora de serviço privado de interesse público

ObjetivoVoltada ao ensino, à pesquisa, ao desenvolvimento tecnológico, à cultura, à saúde e ao meio ambiente

PrincípiosPodem ser definidos pelos membros. A lei estipula o funcionamento, os órgãos e as deliberações

Gestão/organizaçãoFormada por membros do poder público e da sociedade civil com contrato de gestão com a sociedade civil

No de associados Ilimitado

Lei que regula Lei no 9.637/1998

ONG

O que é Organização sem fins lucrativos, autônoma, voltada para o atendimento de organização de base popular

ObjetivoContribuir para o desenvolvimento da sociedade por meio da promoção social, complementando a ação do Estado

Princípios Definidos pelos membros a partir das idéias que os unem

Gestão/organização Gerida pela assembléia-geral e pela diretoria executiva

No de associados Ilimitado

OScip

O que é Sociedade civil de direito privado sem fins lucrativos

Objetivo Sociais de interesse geral da sociedade, conforme artigo 4o da lei que a regula

Princípios Definidos na lei, de caráter ético e comportamental

Gestão/organizaçãoDefinido em estatuto, sendo formado por sócios. É instituído um termo de parceria com o poder público

No de associados Ilimitado

Lei que regula Lei no 9.790/1999

Ao ser formalizada, essa nova institucionalidade será um campo de articulação dos Territórios em redes, permi-tindo não só a busca de identidade, mas a construção de

plataformas de ação comuns às diversas realidades, que se conhece como que devem ser respeitadas e valoriza-das como tal.

Page 58: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

57

tD

5 –

terr

itór

io v

ale

do S

ambi

to

BiBLiOGraFia SeLeciONaDa 7

Page 59: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

58

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

piscicultura em tanques-rede em valença-pi

Page 60: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

59

tD

5 –

terr

itór

io v

ale

do S

ambi

to

7.1. Bibliografia consultada

ANA/GEF/PNUMA/OEA. Projeto de Gerenciamento Integrado das Atividades Desenvolvidas em Terra na Bacia do Rio São Francisco: Programa de Ações Estratégicas para o Gerenciamento Integrado da Bacia do Rio São Francisco e da sua Zona Costeira (PAE): GEF São Francisco: Relatório Final. Brasília, 2004.

ANA/GEF/PNUMA/OEA. Implementação de Práticas de Gerenciamento Integrado de Bacia Hidrográfica para o Pantanal e Bacia do Alto Paraguai: Programa de Ações Estratégicas para o Gerenciamento Integrado do Pantanal e da Bacia do Alto Paraguai (PAE): Síntese Executiva. Brasília, 2004.

ATLAS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL 2000. PNUD Brasil. Disponível em http://www.pnud.org.br/atlas.

BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia. Arranjos Produtivos Locais (APLs), Secretaria da C&T para a Inclusão Social – Palestra em Power Point. 2004.

BUARQUE, Sérgio. Construindo o desenvolvimento sustentável – metodologia e planejamento. 2002.

CODEVASF – Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba. Almanaque Vale do Parnaíba. Brasília, 2004/2005.

GIOVENARDI, Eugênio. Os pobres do campo. Porto Alegre, 2003.IBGE. Macrozoneamento Geoambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba. Rio de

Janeiro, 1996.PIAUÍ. Secretaria de Planejamento. Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e

Sociais do Piauí (CEPRO). Anuário Estatístico do Piauí 2002. Teresina, 2004.ZONEAMENTO AGROECOLÓGICO DO NORDESTE DO BRASIL: diagnóstico

e prognóstico – Recife: Embrapa Solos – Escritório Regional de Pesquisa e Desenvolvimento Nordeste (ERP/NE); Petrolina: Embrapa Semi-Árido, 2000. CD-ROM (Embrapa Solos. Documentos, n. 14).

foto

: Pau

lo L

abor

ne

Page 61: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

60

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

7.2. Sites de interesse

CODEVASF – Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba http://www.codevasf.gov.br

DNIT – Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transporte http://www.dnit.gov.br

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária http://www.embrapa.gov.br

FAO – Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura http://www.fao.org

Governo do Estado do Piauí http://www.pi.gov.br

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística http://www.ibge.gov.br

IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional http:// www.iphan.gov.br

MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento http://www.mapa.gov.br

MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia http://www.mct.org.br

MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário http:// www.mda.gov.br

MI – Ministério da Integração Nacional http://www.integração.gov.br

MMA – Ministério do Meio Ambiente http://www.mma.gov.br

MT – Ministério do Turismo http:// www.turismo.gov.br

OEA – Organização dos Estados Americanos http://www.oas.org

PAB – Programa do Artesanato Brasileiro http://www.pab.desenvolvimento.gov.br

PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento http://www.pnud.org.br

SEAP/PR – Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República http://www.presidencia.gov.br/seap

SEMAR-PI – Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Piauí http://www.semar.pi.gov.br

Page 62: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

priNcipaiS atOreS Na eLaBOraçãO DO pLaNap para O

territóriO vaLe DO SaMBitO8

Page 63: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

62

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

valença-pi

Page 64: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

63

tD

5 –

terr

itór

io v

ale

do S

ambi

to

8.1. Organismos governamentais envolvidos no processo

8.1.1.Federais

aDENE Agência de Desenvolvimento do Nordeste

BB Banco do Brasil S. A.

BNB Banco do Nordeste do Brasil

CODEVaSF Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba

EMBRaPa Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

IBaMa Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

UFPI Universidade Federal do Piauí

8.1.2.Estaduais

aGESPISa Águas e Esgotos do Piauí S.A.

CâmaraSetorialdeapicul-turadoPiauíEMaTER-PI Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí

PM-PI Polícia Militar do Estado do Piauí

SDR-PI Secretaria de Desenvolvimento Rural do Piauí

SEDUC-PI Secretaria Estadual de Educação do Piauí

SEPlaN-PI Secretaria de Planejamento do Piauí

SESaPI Secretaria Estadual de Saúde do Piauí

8.1.3.Municipais

aroazes

Câmara Municipal

Prefeitura Municipal

Secretaria de Administração

Secretaria de Educação

Secretaria de Esporte, Lazer, Cultura e Turismo

Secretaria de Planejamento

Barrad’alcântara

Prefeitura Municipal

Secretaria de Assistência Social

Secretaria de Educação

Secretaria de Saúde

ElesbãoVeloso

Câmara Municipal

Prefeitura Municipal

Secretaria de Agricultura

Secretaria de Cultura

Secretaria de Educação

Page 65: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

64

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

FrancinópolisCâmara Municipal

Prefeitura Municipal

Secretaria de Assistência Social

Inhuma

Câmara Municipal

Prefeitura Municipal

Secretaria de Administração

Secretaria de Agricultura, Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Secretaria de Educação

Secretaria de Saúde

Secretaria do Trabalho

Secretaria de Urbanismo

IpirangadoPiauíAssessoria de Comunicação

Câmara Municipal

Departamento de Arte, Cultura e Turismo

Secretaria de Administração

Secretaria de Agricultura

Secretaria de Assistência Social

Secretaria de Educação

Secretaria de Saúde

lagoadoSítioCâmara Municipal

Prefeitura Municipal

Secretaria de Administração Geral

Secretaria de Assistência Social

Secretaria de Educação

NovoOrienteCâmara Municipal

Prefeitura Municipal

Secretaria de Agricultura

Secretaria de Educação

Secretaria de Saúde

Pimenteiras

Câmara Municipal

Prefeitura Municipal

Secretaria de Educação

Secretaria de Saúde

PratadoPiauíCâmara Municipal

Prefeitura Municipal

Secretaria de Administração

Secretaria de Educação

Secretaria de Saúde

SantaCruzdosMilagres

Câmara Municipal

Departamento de Esporte e Lazer

Prefeitura Municipal

Secretaria de Administração

Secretaria de Assistência e Ação Social

Secretaria de Educação

Secretaria de Meio Ambiente

Secretaria de Obras

Secretaria de Saúde

SãoFélixdoPiauí

Câmara Municipal

Prefeitura Municipal

Secretaria de Administração

Secretaria de Assistência Social

Secretaria de Desenvolvimento Econômico

Secretaria de Educação

Secretaria de Obras Públicas

Secretaria de Saúde

SãoMigueldaBaixaGrande

Câmara Municipal

Prefeitura Municipal

Secretaria de Administração

Secretaria de Educação

Secretaria de Saúde

ValençadoPiauí

Câmara Municipal

Prefeitura Municipal

Secretaria de Agricultura

Secretaria de Assistência Social

Secretaria de Cultura

Secretaria de Finanças

Secretaria de Gabinete

Secretaria de Obras

Secretaria de Saúde

VárzeaGrande

Câmara Municipal

Departamento de Agricultura

Prefeitura Municipal

Page 66: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

65

tD

5 –

terr

itór

io v

ale

do S

ambi

to

8.2. Organismos não governamentais

Academia de Letras de Valença do Piauí

AMOR – Associação das Mulheres Organizadas de Francinópolis

APAE de Ipiranga do Piauí

APICCOVI – Associação Piauiense dos Criadores de Caprinos e Ovinos

Associação das Donas de Casa de Francinópolis

Associação de Moradores de Santa Cruz dos Milagres, Novo Oriente, Ipiranga do Piauí, Valença do Piauí, Francinópolis, Inhuma

Associação dos Agricultores de Santa Cruz dos Milagres, São Félix do Piauí, São Miguel da Baixa Grande, Novo Oriente, Inhuma, Ipiranga do

Piauí, Francinópolis

CEPES – Centro de Educação Popular Esperantinense

Comitê Gestor do Fome Zero de Prata do Piauí

Conselho do FUMAC de Novo Oriente

Conselho do FUNDEF de Aroazes

Conselho Tutelar de Várzea Grande, Barra d’Alcântara, Pimenteiras, Novo Oriente, Inhuma, Ipiranga do Piauí, Lagoa do Sítio, Francinópolis,

Elesbão Veloso

Cooperativa de Produtores de Mel de Elesbão Veloso

Cooperativa Agrícola de Pimenteiras, Ipiranga do Piauí, Elesbão Veloso

COOTAPI – Cooperativa dos Técnicos Agrícolas do Piauí

Grupo de Jovens de Pimenteiras

Igreja Assembléia de Deus: Aroazes, Prata do Piauí, Várzea Grande, Inhuma, Ipiranga do Piauí, Francinópolis

Igreja Católica de Santa Cruz dos Milagres, Prata do Piauí, Várzea Grande, Barra d’Alcântara, Pimenteiras, Novo Oriente, Ipiranga do Piauí,

Francinópolis, Elesbão Veloso, Aroazes

Igreja Universal do Reino de Deus de Prata do Piauí

Obra Kolping de Pimenteiras

Rádio Nossa FM de Valença do Piauí

SEBRAE de Ipiranga do Piauí, Valença do Piauí, Elesbão Veloso

STR de Aroazes, São Félix do Piauí, São Miguel da Baixa Grande, Prata do Piauí, Várzea Grande, Barra d’Alcântara, Pimenteiras, Novo Oriente,

Inhuma, Valença do Piauí, Lagoa do Sítio, Francinópolis, Ipiranga do Piauí, Elesbão Veloso

8.3. Direção e coordenação da cODevaSF

CODEVaSF–CompanhiadeDesenvolvimentodosValesdoSãoFranciscoedoParnaíbaSGaN,Q.601Conj.I–Ed.Dep.ManoelNovaes–s.22270.830-901,Brasília-DF,Brasil.Site:http://www.codevasf.gov.brLuiz Carlos Everton de FariasPresidenteTel.: (55-61) 3312-4660/3312-4845/3225.3487

Ana Lourdes Nogueira AlmeidaDiretora da Área de Administração Tel.: (55-61) 3312-4710/3224-7862

Clementino Souza CoelhoDiretor da Área de EngenhariaTel.: (55-61) 3312-4734/3224-7980

Marcos Moreira (Respondendo pela Diretoria)Diretor da Área de ProduçãoTel.: (55-61) 3312-4680/3312-4684/3224-7690

Alexandre Isaac FreireGerente Executivo da Área de PlanejamentoTel.: (55-61) 3312-4640/3312-4646/3226-2145

Hildo Diniz da SilvaSuperintendente – 7a SRTel.: (55-86) 3215-0150, Fax: (55-86) 3221-0940E-mail: [email protected]

Page 67: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

66

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

8.5. Membros dos Grupos de trabalho das Oficinas de construção do pLaNap

adrianaCristinaSilvadeBritoRua Antonino Dantas, s/n64.315-000, Sta Cruz dos Milagres-PIFone: (89) 469-1159/9982-9964

antônioBarbosalimaRua Luiz Mendes Veira, 41164.370-000, Prata do Piauí-PIFone: (86) 250-1250

antôniodeDeusGonçalvesdeaguiarRua Antônio de Deus, Centro64.535-000, Inhuma-PIFone: (89) 477-1728

antôniodeSouzaNetoRua 8 de Dezembro, Centro64.525-000, Várzea Grande-PIFone: (89) 471-1279

antônioJoséPereiradaSilvaRua Edmundo Soares, Lavanderia64.300-000, Valença do Piauí[email protected]: (89) 465-1637

BeneditadaCostaSantosRua Valdino José de Sousa, 4864.528-000, Barra d’Alcântara-PIFone: (89) 423-0035

BeneditodaCostaMendesRua Cel. Luís Ferraz, Centro64.310-000, Aroazes-PIFone: 468-1221

BenonidaSilvaRodriguesRua Epaminondas Nogueira ,473 64.300-000, Valença-PI [email protected]: (89) 465-1325

CíceroBarretoRua Francisco José M. Neto, Vermelha64.325-000, Elesbão Veloso-PIFone: (86) 285-1152/285-1132

CíceroMarcosdeOliveiraRua Cel. Antônio Teixeira, 591, Piçarra64.325-000, Elesbão Veloso-PIFone: (86) 285-1145/285-1259

8.4. equipe de elaboração do pLaNap – território vale do Sambito

Ivan Dantas Mesquita MartinsCoordenador de Estudos, Planos e ProjetosTel.: (55-61) 3225-4878/3312-4620; Fax: 955-61) 3321-5673E-mail: [email protected]

Nelson da Franca Ribeiro dos AnjosCoordenador Internacional do PLANAPEspecialista Principal em Recursos Hídricos – UDSMA/OEASGAN, Q. 601, Conj. I – Ed. Dep. Manoel Novaes – s. 22270.830-901, Brasília-DF, BrasilE-mail: [email protected]

Rejane Tavares da SilvaCoordenadora técnica do PLANAPE-mail: [email protected]

CristinaMariadeMouraQuadra 54, casa 18, Parque Piauí64.025-100, [email protected]: (86) 220-6980

DevaldodaSilvaNunesAv. Santos Dumont, 1.194, Valentim64.300-000, Valença do Piauí-PIFone: (89) 4652975/465-1324

DomicianodeassisFerreiradaSilvaRua Sete de Setembro 207 64.530-000, Novo Oriente do Piauí-PIFone: (89) 475-1123 ou 475-1288

DomingosdaSilvaNetoPraça Imaculada Conceição, Centro64.375-000, São Félix do Piauí[email protected]: (86) 295-1134

EdmarleitedaSilvaAv. 27 de Fevereiro, 322, Pedrinhas64.310-000, Aroazes-PI

EdilsonFerreiraSoaresRua 14 de Outubro, 145, Centro64.530-000, Novo Oriente do Piauí-PIFone: (89) 475-1178/9978-1040

EdsonBasílioSoaresUFPI 64.001-270, [email protected]: (86) 215-5747

FranciscaalcinaPereiradaSilvaRua da Fundec, 639, Centro64.308-000, Lagoa do SítioFone: (89) 467-1232

FranciscadasChagaslopesRua Sen. Dirceu Arcoverde, 37064.370-000, Prata do Piauí[email protected]: (86) 250-1224

FranciscadeSousaCortezQuadra C, casa 05, COHAB II64.300-000, Valença do Piauí-PIFone: (89) 465-1183

Page 68: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

67

tD

5 –

terr

itór

io v

ale

do S

ambi

to

FranciscoavelinodearaújoSantosRua Demerval Lobão, 100, Centro64.535-000, Inhuma-PIFone: (89) 477-1444

FranciscodeassisMoreiradaSilvaRua 7 de Setembro s/n, Centro64.525-000, Várzea Grande-PIFone: (89) 471-1264

FranciscodeSouzaBorgesRua 15 de Novembro s/n64.530-000, Novo Oriente-PIFone: (89) 475-1180

FranciscodosanjosSilvaRua Professor João Soares, 1.04264.300-000, Valença do Piauí[email protected]: (89) 465-2085

FranciscodasChagasSilvaRua Manoel Vêncio, s/n64.315-000, Santa Cruz dos Milagres-PIFone: (89) 469-1200

FranciscodasChagasSimplíciodaSilvaAv. Getúlio Vargas, 170, Centro64.370-000, Prata do Piuaí-PIFone: (86) 250-1155/250-1233

FranciscoEstevãodaSilvaRua Severino Antão64.530-000, Novo Oriente-PIFone: (89) 475-1246

FranciscoJosédeSousaRua São Nicolau s/n64.315-000, Santa Cruz dos Milagres-PIFone: (89) 469-1118

FranciscoleonidadaSilvaRua Landri Sales, 419, Centro64.320-000, Pimenteiras-PIFone: (89) 474-1340

FranciscoPereiradaSilvaRua 21 de Dezembro, 44664.370-000, Prata do Piauí-PIFone: (86) 250-1150

FranklinBatistadeCarvalhoRua São João, Centro64.315-000, Santa Cruz dos [email protected]: (89) 465-1866

GilvandoFerreiradosSantosRua Joana Maria da Conceição, Centro64.528-000, Barra d’Alcântara-PIFone: (89) 423-0120

IsaurideMouraMatildesRua da Fundec s/n, Piçarra64.308-000, Lagoa do Sí[email protected]: (89) 467-1105

JoãoBoscoCarvalhoRibeiroRua Desembargador C. Lima, 20964.320-000, Pimenteiras-PIFone: (89) 474-1426

JoãodaCruzSousaPraça Juscelino Kubitschek, 229, Centro64.525-000, Várzea Grande-PIFone: (89) 471-1154

JosédaSilvaBorgesRua 7 de Dezembro, 3564.540-000, Ipiranga do Piauí-PIFone: (89) 440-1105

JoãoEvangelistadeandradeMeloAv. 27 de Fevereiro, Centro64.310-000, Aroazes-PIFone: (89) 468-1128

JoséGabrielRodriguesConj. Abdon Portela II, Quadra F, casa 0464.300-000, Valença do Piauí-PIFone: (89) 465-1537/9984-4762

JoséRaimundoBezerralimaRua Raimundo Flor s/n, Matias64.325-000, Elesbão Veloso-PIFone: (86) 285-1173

JusineidealvesdaSilvaRua Francisco Manoel de S. Martins, 28364.528-000, Barra d’Alcâ[email protected]: (89) 423-0018/423-0060

lindomardosanjosamâncioRua General Propécio, 466, Centro64.300-000, Valença do Piauí-PIFone: (86) 9977-9087

luzimaralvesdePaivaFélixAv. Mundim Ferreira, 27364.308-000, Lagoa do Sítio-PI

ManoeldaCruzSoaresRua 20 de Novembro, 52764.375-000, São Félix do Piauí-PIFone: (86) 295-1273

ManoeldaCruzSoareslucianoAv. 27 de Fevereiro, 620, Centro64.310-000, Aroazes-PIFone: (89) 468-1118

ManoelGonçalvesNunesRua Antônio de Deus s/n, Centro64.535-000, Inhuma-PIFone: (89) 477-1119/9482-7154

MariaadamirlealdeSousaRua 15 de Novembro, 18764.535-000, Inhuma-PI

MariaagnaRibeiroRua Lorival Moreira s/n64.520-000, Francinópolis-PIFone: (89) 472-1181

MariaantônialimaRua Presidente Castelo Branco s/n64.370-000, Prata do Piauí-PIFone: (86) 250-1250

MariadaConceiçãoSilvaCortesSecretaria Municipal de Ação Social64.308-000, Lagoa do Sítio-PIFone: (89) 467-7705

MariadeFátimaMouraAv. Júlio Teixeira, 5464.378-000, São Miguel da Baixa Grande-PIFone: (86) 296-0007

MariadoSocorroReisHenriquedeSousaRua da Fundec, 67564.308-000, Lagoa do Sítio-PIFone: (89) 467-1132

Page 69: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

68

pL

aN

ap

– p

lano

de

açã

o pa

ra o

Des

envo

lvim

ento

int

egra

do d

a B

acia

do

par

naíb

a

MariadoSocorroVelosoBomfimPraça do Mercado s/n, Centro64.320-000, [email protected]: (89) 474-1171

MariaElenicedoNascimentoRua Francisco Manoel de Sousa Martins64.528-000, Barra d’Alcântara-PIFone: (89) 423-0135

MariaIzoldaM.CardosoQuadra 2, casa 01, Bela Vista64.000-000, [email protected]: (86) 8802-3780

MarialuciennedeMouraRua João do Vale, 26, Centro64.378-000,São Miguel da Baixa [email protected]: (86) 296-0040

MariaVilanideMouraSousaRua Carmino Paraíba, 229, centro64.535-000, Inhuma-PIFone: (89) 477-1101

MáriodoÓ.HipólitoNunesAv. Mundico Félix, s/n64.308-000, Lagoa do Sítio-PIFone: (89) 467-1142

MiltonCésaralvesdaRochaRua Ludgério, s/n64.315-000, Santa Cruz dos Milagres-PIFone: (89) 469-1188

PatríciadeMariaGomesFeitosaPraça Detinho Soares, 486, Centro64.310-000, Aroazes-PIFone: (89) 468-1154/468-1221

PauloCésarlealleiteRua Manoel Ribeiro, 425, Centro64.540-000, Ipiranga do Piauí-PIFone: (89) 440-1204

PaulodeSousaNunesAssociação de Aprasível, Aprasível64.530-000, Novo Oriente-PIFone: (89) 475-9007/475-1421

RaimundaBarbosadosSantosRua 8 de Dezembro, 345, Centro64.525-000, Várzea Grande –PIFone: (89) 471-1327

RaimundoluisdeOliveiraChavesRua Senador Arco Verde, 40, Centro64.520-000, Francinópolis-PIFone: (89) 472-1161

RaimundoMarcosdeSousaRua Albertina Ferreira da Silva64.528-000, Barra D’Alcântara-PIFone: (89) 423-0060

RaimundoNonatoGirãoRua Thomaz Tajra, 1.075, Jockey Club64.000-000, [email protected]: (86) 232-2621/9986-8740

RosileneGomesFreireRua Arlindo Nogueira, 1.260, Centro64.300-000, Valença do Paiuí[email protected]: (89) 9408-6291

SandraMariadeMesquitaAv. 29 de Julho, 556, Centro64.375-000, São Félix do Piauí-PIFone: (86) 295-1104

SebastianaRosadeMouraPraça Imaculada Conceição, Centro64.375-000, São Félix do Piauí-PIFone: (86) 295-1134

ValmirClarindoSalgueirodaSilvaRua Major Tonico, 137, de Fátima64.325-000, Elesbão Veloso-PIFone: (86) 285-1878

VicenteRufinoCortezRua José Borges, 101, Centro64.540-000, Ipiranga do Piauí-PIFone: (89) 440-1261

WallysonSoaresdosSantosRua Cícero Portela, 367

64.300-000, Valença do Piauí-PI

anexo

Para a preparação da proposta contida nesta Síntese Executiva, foram elaborados documentos considerados base para o desenvolvimento do trabalho.

O CD que acompanha este documento traz: os perfis dos Aglomerados, o diagnóstico com base na metodologia Itog nas dimensões ambiental, sociocultural e econômica, as propostas de projetos e os projetos priorizados elaborados e com estimativa de custo.

Page 70: PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO …...Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito

05

SÍNTESE EXECUTIVA

TERRITÓRIO VALE DO SAMBITO

PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DA BACIA DO

05

PLAN

O D

E AÇÃ

O PA

RA O

DESEN

VO

LVIM

ENTO

IN

TEGRA

DO

DA

BACIA

DO

PARN

AÍBA

SÍNTESE EXECU

TIVA TERRITÓRIO

VALE D

O SA

MBITO