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SÍNTESE EXECUTIVA
TERRITÓRIO VALE DO SAMBITO
PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DA BACIA DO
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SÍNTESE EXECUTIVA
TERRITÓRIO VALE DO SAMBITO
05PLANO DE AÇÃO PARA O
DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DA BACIA DO
PRESIDENTE DA REPÚBLICA Luiz Inácio Lula da Silva
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL
Ministro da Integração NacionalCiro Ferreira Gomes
Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba - CODEVASFEmpresa pública vinculada ao Ministério da Integração Nacional
PresidenteLuiz Carlos Everton de Farias
Diretora da Área de AdministraçãoAna Lourdes Nogueira Almeida
Diretor da Área de EngenhariaClementino Souza Coelho
Diretor da Área de ProduçãoMarcos Moreira (respondendo pela Diretoria)
Gerente-Executivo da Área de PlanejamentoAlexandre Isaac Freire
Superintendentes Regionais1a SR: Anderson de Vasconcelos Chaves2a SR: Jonas Paulo de Oliveira Neres3a SR: Isabel Cristina de Oliveira4a SR: Paulo Carvalho Viana5a SR: Antônio Nelson Oliveira de Azevedo6a SR: Manoel Alcides Modesto Coelho7a SR: Hildo Diniz da Silva
Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba – PLANAPPROJETO BRA/OEA/02/001
Coordenador NacionalIvan Dantas Mesquita Martins – CODEVASF
Coordenador InternacionalNelson da Franca Ribeiro dos Anjos – OEA
Coordenadora Técnica e MetodológicaRejane Tavares– OEA/CODEVASF
Consultora em Ciências SociaisJeosafira Chagas Rocha – OEA/CODEVASF
Consultora em Projetos ProdutivosVera Lúcia Costa da Silva – OEA/CODEVASF
Produção da Publicação: TDA Desenho & Arte Ltda. Diretor responsável: Marcos Rebouças Criação do projeto gráfico: Marcos Rebouças e Giovanna Tedesco Diagramação: Giovanna Tedesco e Eduardo Meneses Ilustrações: Thiago Santos Revisão: Rejane de Meneses e Yana Palankof www.tdabrasil.com.br
PARCEIROS GOVERNAMENTAIS
Diretor-Executivo da ADENEJosé Zenóbio Teixeira de Vasconcelos Governador do Estado do Piauí José Wellington Barroso Dias
Governador do Estado do MaranhãoJosé Reinaldo Tavares
Governador do Estado do CearáLúcio Gonçalves de Alcântara
Secretário de Planejamento do PiauíMerlong Solano Nogueira
Secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão do MaranhãoSimão Cirineu Dias
Secretário de Desenvolvimento Local e Regional do CearáAlex Araújo
© 2006 Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba – PLANAP.
Todos os direitos reservados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF. Os textos contidos nesta publicação, desde que não usados para fins comerciais, poderão ser reproduzidos, armazenados ou transmitidos. As imagens não podem ser reproduzidas, transmitidas ou utilizadas sem expressa autorização dos detentores dos respectivos direitos autorais.
Coordenadora Márcia Malvina Alves Cavalcante
Foto da Capa Paulo Laborne Câmara Municipal de Valença-PI
Brasil. Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF
Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP : síntese executiva : Território Vale do Sambito / Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF. – Brasília, DF : TDA Desenhos & Arte Ltda., 2006.
68p. : il. – (Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba, PLANAP ; v.5)
1. Desenvolvimento sustentável. 2. Meio ambiente. I. Título. II. PLANAP. III. Síntese executiva. IV. Território Vale do Sambito.
SumárioIntrodução 9
1.Oprocessoparticipativo 11
1.1. Participação dos atores sociais 13
1.2. Participação institucional 14
2.CaracterizaçãodoTerritório 15
2.1. Características fisiográficas 17
2.2. Características socioeconômicas 19
3.DiagnósticoparticipativocombasenoSistemaItog 21
3.1. Dimensão ambiental 23
3.2. Dimensão sociocultural 25
3.2.1. Saúde 26
3.2.2. Educação e cultura 27
3.2.3. Assistência social 27
3.3. Dimensão econômica 28
3.3.1. Agricultura 29
3.3.2. Pecuária, apicultura, pesca artesanal e piscicultura 30
3.3.3. Turismo, crédito, instituições financeiras, comércio e serviços e indústria 31
3.3.4. Extrativismo, produção artesanal, agroindústria, acesso à terra e à infra-estrutura 33
3.4. Tendência das atividades produtivas 35
4.Áreasderelevanteinteressecoletivoapresentadaspordimensão 37
5.ProjetosparaoTerritório 43
5.1. Fundamentos técnicos que embasaram a proposição dos projetos 45
5.2. Processo de priorização das propostas de projetos 46
5.3. Propostas de projetos de desenvolvimento para o Território 46
5.4. Propostas de projetos prioritários para geração de renda e inclusão social 48
5.5. Outros projetos 50
6.Novainstitucionalidade:aeficiênciacoletiva 53
7.Bibliografiaselecionada 57
7.1. Bibliografia consultada 59
7.2. Sites de interesse 60
Lista de quadros
1. Número de representantes dos municípios por evento realizado 13
2. Número de participantes por instituição envolvida nos eventos para a elaboração do PLANAP 14
3. Área e população por município dos Aglomerados que compõem o Território 17
4. Características fisiográficas do Território 18
5. Características socioeconômicas do Território 20
6. Formas alternativas de gestão 56
Lista de figuras
1. Mapeamento das atividades produtivas 36
2. Tendências das atividades produtivas 36
3. Composição das áreas de interesse coletivo no AG 10 39
4. Composição das áreas de interesse coletivo no AG 11 40
5. Relação de interdependência das proposições 42
6. Fundamentos técnicos por atividade 45
7. Matriz de multicritérios 46
Lista de boxes
1. Região valenciana – histórico 19
2. Território Vale do Sambito 25
3. Apicultura – uma realidade 35
4. Religiosidade, história e natureza 41
8.PrincipaisatoresnaelaboraçãodoPlaNaPparaoTerritórioValedoSambito 61
8.1. Organismos governamentais envolvidos no processo 63
8.1.1. Federais 63
8.1.2. Estaduais 63
8.1.3. Municipais 63
8.3. Direção e coordenação da CODEVASF 65
8.2. Organismos não governamentais 65
8.4. Equipe de elaboração do PLANAP – Território Vale do Sambito 66
8.5. Membros dos Grupos de Trabalho das Oficinas de Construção do PLANAP 66
anexo 68
Lista de fotos
Lago da Barragem Mesa de Pedra – Vale do Piauí-PI 12
Casario histórico em Valença-PI 16
Barragem Mesa de Pedra –Valença-PI 22
Barragem Mesa de Pedra – Valença do Piauí-PI 38
Buritis 44
Rio Parnaíba 54
Piscicultura em tanques-rede em Valença-PI 58
Valença-PI 62
Siglas e abreviaturas
ADECIPE Associação para o Desenvolvimento Comercial dos Produtores de Inhuma
ADENE Agência de Desenvolvimento do Nordeste
AG Aglomerado
AGESPISA Águas e Esgotos do Piauí S. A.
ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações
APAE Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
API Atenção à Pessoa Idosa
APL Arranjo Produtivo Local
BB Banco do Brasil
BNB Banco do Nordeste do Brasil
BPC Benefício de Prestação Continuada
CDL Clube dos Diretores Logistas
CE Ceará
CEPAVA Centro de Educação Popular de Valença do Piauí
CEPES Centro de Educação Popular Esperantinense
CEPISA Companhia de Eletrificação do Piauí S. A.
CODEVASF Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba
CPRM Companhia de Pesquisa dos Recursos Minerais
DLIS Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável
DNIT Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transporte
EJA Educação de Jovens e Adultos
EMATER Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
FUMAC Fundo Municipal de Apoio Comunitário
FUNASA Fundação Nacional de Saúde
FUNDEF Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDH-M Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
INCRA Instituto de Colonização e Reforma Agrária
IPHAN Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
ITOG Investimento, Tecnologia, Organização e Gestão
MEC Ministério da Educação e Cultura
MI Ministério da Integração Nacional
MMA Ministério do Meio Ambiente
MME Ministério das Minas e Energia
OEA Organização dos Estados Americanos
ONG Organização Não Governamental
PAC Programa de Agentes Comunitários de Saúde
PAIF Programa de Atenção Integral à Família
PDDE Programa Dinheiro Direto na Escola
PETI Programa de Erradicação do Trabalho Infantil
PI Piauí
PLANAP Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba
PNAE Programa Nacional de Alimentação Escolar
PNAT Programa Nacional de Transporte Escolar
PPD Programa de Atenção a Pessoas Portadoras de Deficiência
PRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
PSF Programa de Saúde da Família
SEBRAE Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SEMAR Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Naturais
SIAB Serviço de Informações Básicas de Saúde
STR Sindicato dos Trabalhadores Rurais
UESPI Universidade Estadual do Piauí
UFPI Universidade Federal do Piauí
EquIPE TÉCNICA
Amália Rodrigues de Almeida – SEDUC-PIAna Amélia Bastos Guimarães – CODEVASF SEDEAna Maria Barata – CODEVASF SEDEAndréa Simone dos S. Sousa – SEPLAN-PIAnísio Ferreira Lima Neto – Prestador de ServiçoAristóteles Fernandes de Melo – CODEVASF SEDECarlos Henrique da Silva Marques – CODEVASF SEDEDalgoberto Coelho de Araújo – ADENEElder Barros Gama Vieira – CODEVASF SEDEEliete Marreiros – SEPLAN-PIElson Antônio Fernandes – CODEVASF SEDEEvandro Cardoso – IICA/SEPLAN-PIFrancisco das Chagas Ferreira – SEPLAN-PIFrancisco Fernandes de Assis –EMATER-PIGilma Maria Nunes Ferreira – SEPLAN-PIHélio Nunes Alencar – SEPLAN-PIHilda Maria Miranda Pereira – ColaboradoraJanaína Barros Siqueira Mendes – CEPESJoanete Silva Pereira – ColaboradoraJoão Heliodoro Barros de Oliveira – CODEVASF 7a SRJosé Irapuan Brandão Mendes – ColaboradorJuraci Vieira Gutierres – ColaboradoraLiz Elizabeth de C. Meireles – SEPLAN-PILuiz Almir Lebre Cavalcanti – CODEVASF SEDEMarcos Matos de Vasconcelos – SEMAR-PIMaria do Socorro Nascimento – SEPLAN-PIMaria do Socorro Vasconcelos Ribeiro – CODEVASF 7a SRMaria do Socorro Vilar – ADENEMaria Francisca Teresa Lima – ADENEMaria Lúcia Holanda Gurjão – SDLR-CEMaria Valdenete P.Nogueira – CODEVASF SEDEMiguel Farinasso – CODEVASF SEDENoêmia Gualberto de Souza – CODEVASF SEDEPaulo Afonso Silva – CODEVASF SEDERaimundo Ulisses de Oliveira Filho – Prefeitura de TeresinaRaimuniza Frota – SEPLAN-PIRisomar Maria Garcia Fernandes – EMATER-PIRobert Costa Mascarenhas – CEPESRonaldo Fernandes Pereira – CODEVASF – 4a SRRosa Maria de Melo Lima – CEPESRosany Coelho Ferreira Pernambuco Nogueira – CODEVASF SEDESandra Alves dos Santos – ColaboradoraSônia Maria Fernandes de Sousa – SEPLAN-PITadeu Marcos Forte Leite – CODEVASF SEDETânia Maria Sabino de Matos Brito – SDLR-CETeresinha de Jesus Alves Aguiar – SEMAR-PITeresinha Frota de carvalho – SEPLAN-PI Vamberto Barbosa Braz – CODEVASF 7a SRVera Lúcia Batista da Silva Assunção – ADENEVictor Uchoa Ferreira da Silva – ADENE Vilma Carvalho Amorim – CEPES
EquIPES DE APOIO
Ana Maria Faturi – CODEVASF SEDE Alexandre Leopoldo Curado – CODEVASF SEDE Edson Viana Barros – CODEVASF SEDE Eliane Pimenta Santos – CODEVASF SEDE Gilmar Mendes de Moura – Estagiário Ivone da Silva Barbosa – IICA/SEPLAN João Constantino Ferraz – CODEVASF 7ª SRJoão Quaresma Ferreira – SEPLAN-PI Joniel Jonny da Cunha Lopes – Contrato Joilson José Rodrigues da Silva – CODEVASF 7ª SRLeiane Viana Leal – Estagiária Maria do Monte Serrate Cunha – CEPRO-PI Maria Isabel Macedo Bacelar – SEPLAN-PI Maria Rosa de Oliveira – CODEVASF SEDERaniere Ibiapina Martins – CODEVASF 7ª SR
INSTITuIÇõES PARCEIRAS
ABC/MREBanco do Nordeste do Brasil – BNBBrasil Eco-Diesel Ltda.Câmara Setorial da OvinocaprinoculturaCâmara Setorial de ApiculturaCEPESCINPRA-COCAISCONSADConsórcio ZEE BRASILCPRMDelta CooperativaEMATER-PIEmbrapa Meio-NorteFACOV – Federação de Ovinocaprinocultura do Piauí IBAMAIBGEINPELili Doces Ltda.Longá Indústria de AlimentosMDA/SDTMMAMovimento de Mulheres Quebradeiras de CocoPCPR-PIPrefeituras dos Municípios da Bacia do ParnaíbaPRODARTESDR/MISDR/PRONAF-PISEBRAESEDUC-PISEMAR-PISFA-PISIH/MIUFPI/CATUFPI/CCA
Mapa de localização da Bacia do ParnaíbaAmérica do Sul
Introdução
O objetivo do Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba (PLANAP – Projeto CODEVASF/OEA/BRA/02/001) é promover o desenvolvi-mento sustentável da Bacia do Parnaíba, visando ao crescimento da economia regio-
nal e à melhoria da qualidade de vida da população.
O PLANAP desdobrar-se-á em um plano de curto prazo para aproveitamento das infra-es-truturas hídricas existentes; em um plano de desenvolvimento com ações de médio e longo prazos – horizonte temporal de vinte anos; em um macrozoneamento ecológico-econômico e subsídio para os planos territoriais de desenvolvimento do Estado do Piauí.
Assim, os municípios que compõem a Bacia do Parnaíba foram agrupados em Aglomerados e Territórios obedecendo a parâmetros socioeconômicos, técnicos, vocações produtivas, cultu-rais e ambientais.
O Território do Vale do Sambito abrange os municípios de Aroazes, Barra d’Alcântara, Elesbão Veloso, Francinópolis, Inhuma, Ipiranga do Piauí, Lagoa do Sítio, Novo Oriente, Pimenteiras, Prata do Piauí, Santa Cruz dos Milagres, São Miguel da Baixa Grande, São Félix do Piauí, Va-lença do Piauí e Várzea Grande, todos no Estado do Piauí.
Trabalhando com metodologia participativa, o PLANAP define um novo olhar para os proces-sos multidimensionais para descobrir as dinâmicas emergentes nos Territórios, as novas confi-gurações produtivas e as iniciativas construídas pela própria sociedade, que assinalam alternati-vas, inovações e sementes de melhor futuro.
Concebido no período de abril a junho de 2005 e refletindo o resultado da construção coletiva, o PLANAP para o Território Vale do Sambito está dividido em oito capítulos.
O Capítulo 1 refere-se ao processo participativo na construção e nas definições das propostas de projetos.
A composição do Território e as principais características fisiográficas e socioeconômicas são apresentadas no Capítulo 2. O diagnóstico participativo baseado no Sistema Itog (investimen-to, tecnologia, organização e gestão), abrangendo as dimensões ambiental, sociocultural e econômica, é apresentado no Capítulo 3.
As áreas de interesse coletivo indicativas para a definição dos projetos estão no Capítulo 4. O Capítulo 5 trata das propostas de projetos de desenvolvimento e projetos priorizados para o Território. Já no Capítulo 6 estão enfocadas as alternativas de novas institucionalidades para a gestão das ações do PLANAP no Território.
O Capítulo 7 apresenta a bibliografia e os documentos selecionados, além de sites de interesse.
As instituições federais, estaduais e municipais e os atores que participaram e colaboraram com a construção do PLANAP no Território estão no Capítulo 8.
Nos Anexos constam as informações que serviram de escopo para a construção deste docu-mento. Estão também contidaos as informações secundárias organizadas nos perfis dos Aglo-merados, as informações primárias que compuseram o Itog, os projetos priorizados no Territó-rio com custos estimados, as fichas das propostas de outros projetos consolidados nas Oficinas de Território e fotos da região.
BaciadoRioParnaíba
BaciadoRioParnaíba
INHUMA
AROAZES
PIMENTEIRAS
FRANCINÓPOLIS
VÁRZEAGRANDE
PRATADO PIAUÍ
ELESBÃOVELOSO
LAGOA DO SÍTIO
VALÊNCA DO PIAUÍ
BARRAD'ALCÂNTARA
IPIRANGADO PIAUÍ
SÃO FÉLIXDO PIAUÍ
NOVO ORIENTEDO PIAUÍ
SANTA CRUZDOS MILAGRES
SÃO MIGUELDA BAIXA GRANDE
AG 11
AG 10TerritórioValedoSambito
O prOceSSO participativO1 1
Lago da Barragem Mesa de pedra – vale do piauí-pi
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A construção do Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba – Território Vale do Sambito teve como premissa um ambiente político e social favorável à mobilização e à sensibilização, saindo de um diagnóstico participativo para a definição de projetos prioritários, trabalhando com instrumentos de planejamento participativo.
Para isso, foram realizados três eventos: uma reunião em cada um dos municípios que com-põem o Território e Oficinas dos Aglomerados simultâneas e do Território em dias consecu-tivos e contando com os mesmos participantes nessas duas oficinas.
1.1. participação dos atores sociais
Participaram dos eventos realizados 385 atores sociais, entre instituições públicas munici-pais, estaduais e federais, ONGs, universidades, instituições financeiras, associações, sindi-catos, cooperativas e cidadãos sem vínculo associativo.
No Quadro 1, é possível observar que o número de atores sociais participantes decresceu das reuniões municipais para as oficinas. Nas reuniões municipais, após a definição de crité-rios pelos participantes, eram escolhidos, no máximo, cinco atores sociais para representar o município na Oficina do Aglomerado.
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Quadro 1. Número de representantes dos municípios por evento realizado
Municípios reunião no
município
Oficina do
aglomerado
Oficina do
território
aglomerado 10 75 23 22
Aroazes 18 5 5
Prata do Piauí 16 5 5
Santa Cruz dos Milagres 20 5 5
São Félix do Piauí 12 4 4
São Miguel da Baixa Grande 9 4 3
aglomerado 11 237 50 45
Barra d’Alcântara 9 5 5
Elesbão Veloso 25 4 4
Francinópolis 29 4 2
Inhuma 37 5 5
Ipiranga do Piauí 24 5 3
Lagoa do Sítio 13 5 5
Novo Oriente 28 5 5
Pimenteiras 19 4 3
Valença do Piauí 36 9 9
Várzea Grande 17 4 4
total 312 73 67
1 Ver volume 12 – Metodologia e plano global.
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Esses mesmos atores que participaram das Oficinas dos Aglomerados participaram também da Oficina do Território no mesmo local, já que estas se realizaram em dias consecu-tivos. É interessante ressaltar que a maioria dos critérios que nortearam a escolha dos atores sociais para participar desse processo foi comum a todos os municípios, tais como:
• interesse pelo desenvolvimento sustentável do município;• conhecimento do município e das questões ambientais;• visão regional;• responsabilidade coletiva;• bom relacionamento institucional e social;• visão de futuro.
1.2. participação institucional
Como mostra o Quadro 2, a participação de atores sociais por instituição envolvida no processo firmou-se na oficina do Território, fortalecendo o tecido social e criando víncu-los de compromisso, deixando claro que:
• as parcerias com a sociedade formam um elemento fun-damental para a continuidade do processo de construção coletiva. Construir sinergias e parcerias implica mudan-ças de relacionamento. Quando os atores se articulam na confiança é sempre possível construir o diálogo;
• as articulações intra e intergovernamental permitem refletir e propor, validar e priorizar, negociar e decidir, capacitar e financiar, mostrar e realizar, acompanhar e avaliar, enfim, participar ativa e democraticamente da construção coletiva;
• a convergência e a integração das ações conduzem “a con-certação” das políticas públicas e das parcerias.
Desde as reuniões de mobilização, os participantes apre-sentaram-se como pessoas interessadas e preocupadas com o desenvolvimento da região e um processo de organização
com caráter de participação democrática e com decisões tomadas com a participação de todos. Os conflitos foram tratados como uma situação natural e funcional, que deram movimento e indicaram a identidade do Território.
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Quadro 2. Número de participantes por instituição envolvida nos eventos para a elaboração do pLaNap
eventos local/data Federal estadual Municipal ONGs e
empresas
Universidades instituições
financeiras
total
executivo Legislativo
Reuniões de mobilização nos municípios 26/04 a 19/05/2005
1 9 132 28 129 0 1 300
Oficinas dos Aglomerados em Valença do Piauí-PI 16 e 17/06/2005
0 4 34 8 26 0 1 73
Oficina do Território em Valença do Piauí-PI 18 e 19/06/2005
3 5 29 5 21 1 1 65
Fonte: PLANAP
caracterizaçãO DO territóriO 2
casario histórico em valença-pi
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O Território Vale do Sambito é composto por dois Aglomerados: AG 10, com cinco municípios, e AG 11 com dez municípios, todos no Estado do Piauí, conforme mostra o Quadro 3. Quase todos esses municípios foram desmembrados do antigo município de Valença do Piauí, criado em 1889.
Dez dos quinze municípios do Território têm sua maior população na zona urbana, com des-taque, nesta alta urbanização, para Prata do Piauí (76,68%), Valença do Piauí (70,95%) e Elesbão Veloso (67, 54%), população esta que, juntamente com a rural, totaliza 111.686 habitantes no Território. Somente Pimenteiras, Lagoa do Sítio, Barra d’Alcântara, Inhuma e Novo Oriente têm maior população rural.2
As maiores densidades demográficas pertencem aos municípios de Francinópolis, com 20,47 hab./km², e Várzea Grande, com 19,68 hab./km²; o município de Pimenteiras tem a maior área territorial (um terço da área do Território) e a menor densidade demográfica, 2,48 hab./km²; em seguida está Santa Cruz dos Milagres, com 3,27 hab./km².
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Quadro 3. Área e população por município dos aglomerados que compõem o território
Municípios Área população Densidade
demográfica
hab./km2km² % Habitantes %
aglomerado 10 2.929,0 21,3 17.903 16,0 6,11
Aroazes 869,3 6,3 6.025 5,4 6,93
Prata do Piauí 185,0 1,3 3.117 2,8 16,85
Santa Cruz dos Milagres 1.020,5 7,4 3.334 3,0 3,27
São Félix do Piauí 648,6 4,7 3.397 3,0 5,24
São Miguel da Baixa Grande 205,6 1,5 2.030 1,8 9,87
aglomerado 11 10.820,3 78,7 93.783 84,0 8,67
Barra d’Alcântara 316,9 2,3 4.107 3,7 12,96
Elesbão Veloso 1.323,4 9,6 15.002 13,4 11,34
Francinópolis 256,7 1,9 5.254 4,7 20,47
Inhuma 1.027,4 7,5 14.426 12,9 14,04
Ipiranga do Piauí 488,2 3,6 8.428 7,5 17,26
Lagoa do Sítio 765,5 5,6 4.138 3,7 5,41
Novo Oriente do Piauí 505,7 3,7 6.760 6,1 13,37
Pimenteiras 4.564,2 33,2 11.306 10,1 2,48
Valença do Piauí 1.344,9 9,8 19.887 17,8 14,79
Várzea Grande 227,4 1,7 4.475 4,0 19,68
total 13.749,3 100 111.686 100 8,12
Fonte: IBGE – Censo 2000
2 Ver Perfis dos Aglomerados – Anexo.
2.1. características fisiográficas
A população convive em um ambiente cujas características estão sintetizadas no Quadro 4 a seguir.
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Quadro 4. características fisiográficas do território
cobertura vegetalPredominância de vegetação de campo cerrado; apresenta também vegetação de parque cerrado, cerradão, caatinga arbustiva, caatinga arbórea e floresta secundária latifoliada
relevoDepressão do Meio Norte, Chapada do Meio Norte e Planalto da Ibiapaba, bacias e coberturas sedimentares com altitudes variando de 115 m (Prata do Piauí) a 455 m (Lagoa do Sítio)
Geossistemas Cuesta da Serra Grande e Tabuleiros do Parnaíba
precipitação A precipitação média anual está entre 600 mm e 900 mm, com maior concentração nos meses de fevereiro a abril
evaporação A evaporação média anual está próxima de 2.000 mm, acentuando-se nos meses de agosto a outubro
Umidade relativa A umidade relativa do ar está entre 30% (setembro a outubro) e 60% (março a maio)
insolação A insolação média anual está entre 2.700 e 3.000 horas, sendo mais acentuada de julho a outubro
principais rios e
lagoas
Rios: Sambito, Poti, São Nicolau, Berlenga, São Vicente, Coroatá, Tranqueira, Serra Negra e Corrente. Lagoas: Grande, Pequena, Boa Esperança, Flor da América, Serra da Raquel, Nogueira, Poti do Roque, dos Bauguês e do Forte
temperaturaTemperatura média mínima anual de 18 °C, média anual de 24 °C e média máxima anual de 30 °C
clima Semi-árido quente, com 6 a 8 meses secos, temperatura média maior que 18 °C durante todos os meses do ano
Água subterrâneaO Território é privilegiado, com presença dos principais aqüíferos da bacia, como o da Serra Grande, do Cabeças e do Poti-Piauí, todos com potencial hídrico de médio a alto e com águas de boa qualidade química, podendo ser exploradas para consumo humano, animal e também para irrigação
Geologia
Predominância do Grupo Serra Grande com formação Jaicós apresentando arenito médio/grosseiro e eventuais pelitos. Formação Cabeças com arenito fino bem selecionado. Formação Poti com arenito cinza-esbranquiçado intercalado com folhelho e siltito. Apresenta também as formações Pimenteiras, com folhelho cinza-escuro a preto com delgadas camadas de arenito fino; Sardinha, com basaltos escuros, predominantemente alterados, diabásios, gabros e micromangeritos; Longá, com folhelho e siltito cinza-médio e arenito branco, fino e argiloso; Piauí, com arenito cinza-esbranquiçado predominantemente fino a médio e bem selecionado, eventualmente conglomerático, folhelho vermelho e calcário esbranquiçado; e Corda, com arenito cinza-esbranquiçado e avermelhado, fino a grosseiro e raros níveis de sílex
Buritizeiros-PI
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Box 1
Regiãovalenciana–históricoO Território Vale do Sambito, com exceção do município de Ipiranga do Piauí, coincide com a chamada região valenciana, que recebe esse nome exatamente por ocupar a grande área territorial do antigo município de Valença.
O município teve origem numa aldeia dos índios aroazes. Os jesuítas che-garam ao local no início do século XVIII, onde levantaram um enorme templo de pedras próximo à nascente do rio Tábua. Em 1740, o bispo do Maranhão criou a freguesia de Nossa Senhora da Conceição, no povoado de Aroazes.
Em 1761, o povoado foi elevado à categoria de vila, com o nome de Valen-ça. Com a Proclamação da República, Valença do Piauí passou à categoria de município, em 30/12/1889. Em 1929, foram anexadas ao seu território as terras denominadas Missão dos Aroazes, ampliando sua área.
Iniciou-se a divisão de Valença em 13/05/1954, com a criação do municí-pio de Elesbão Veloso, no povoado de Coroatá, onde havia uma feira. Logo em seguida, em 17/05/1954, criou-se o município de Inhuma numa região onde existiam comércios de tecidos e mercadorias em geral. O nome faz referência ao pássaro de mesmo nome, abundante na região na época.
Ainda em 1954 foram criados os municípios de São Félix do Piauí e Pimen-teiras. O primeiro num local onde havia uma antiga feira, tendo sido poste-riormente criado um mercado público, o nome é homenagem a São Félix de Valois, enquanto Pimenteiras foi criada em região onde existiu uma tribo dos índios pimenteiras e onde, em 1865, chegaram os primeiros colonizadores e instalaram fazendas de gado.
Já em 1961 foram emancipados Francinópolis, Várzea Grande e Novo Oriente; o primeiro numa região onde fora criada uma feira em 1898. O segundo em uma antiga fazenda de gado, onde em 1916 foi criada uma feira e, posteriormente, em 1950, uma Escola Rural Federal. Já o terceiro foi emancipado numa região de antiga fazenda de gado.
No ano seguinte, em 01/01/1962, o antigo povoado de Aroazes, onde começou a colonização da região, finalmente foi emancipado Valença. No mesmo dia foi emancipado, já de São Félix do Piauí, o município de Prata do Piauí, numa região onde havia, desde 1912, uma feira livre em torno da qual se formou o povoado.
Posteriormente, já em 1992, foi desmembrado de Aroazes o município de Santa Cruz dos Milagres, num local onde existia um santuário em homena-gem a uma cruz de madeira dita milagrosa, colocada ali no século XIX. Em 1994, foram emancipados Lagoa do Sítio, de Valença e Pimenteiras; e Barra d’Alcântara, de Várzea Grande, Novo Oriente e Elesbão Veloso.
Finalmente, em 1997 foi criado o mais novo município do Território, São Miguel da Baixa Grande, desmembrado de São Félix do Piauí.
Esta origem comum reforça a grande identidade e ligação existente entre estes 14 municípios do Território.
2.2. características socioeconômicas
O Território tem, na economia, o potencial de algumas atividades agropecuárias em expansão em contraste com a inexistência de saneamento ambiental que condicione salubridade do meio físico, saúde e bem-estar da popula-ção, como: abastecimento de água, qualidade de água para consumo humano, esgotamento sanitário, drenagem urba-na, coleta e disposição final dos resíduos sólidos, educação sanitária ambiental, melhoria sanitária domiciliar, controle de vetores e eliminação de focos de doenças, uso e ocupa-ção dos solos e eficiência na gestão dos serviços de educa-ção e saúde, como mostra o Quadro 5.
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Igreja Matriz – Valença do Piauí-PI
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Quadro 5. características socioeconômicas do território
características total ou média aglomerado 10 aglomerado 11 território
Área (km2) 330.849,9 2.929,00 10.820,30 13.749,30
Área (%) 100 0,88 3,27 4,15
Número de municípios (CE, MA, PI) 278 (20, 36, 222) 5 (0, 0, 5) 10 (0, 0, 10) 15 (0, 0, 15)
População 2000 (hab.) e (%) 4.036.679 (100) 17.903 (0,44) 93.783 (2,32) 111.686 (2,76)
Urbanização (%) 57,6 55,7 56,0
Densidade demográfica (hab./km2), 12,2 6,11 8,66 8,12
Abastecimento de água (%) 41,30 45,92 44,38
Esgotamento sanitário rede urbana (%) 0 0 0
IDH-M 2000 0,596 0,597 0,597
PIB 2002 (R$ 1.000) 24.698,00 127.814,00 152.512,00
PIB 2002 per capita (R$) 1.379,00 1.363,00 1.365,00
Educação básica (%) pessoas com 15 anos ou mais, com menos de 4 anos de estudo
60,26 59,76 59,92
% pessoas com 25 anos ou mais, com 12 anos ou mais de estudo
1,23 1,72 1,64
Taxa de alfabetização (%) 60,36 55,19 56,91
Renda per capita (R$) 70,54 80,37 77,09
Expectativa de vida média, anos 63,65 62,46 63,05
Energia elétrica (%) de domicílios atendidos 72,27 72,74 75,58
Rodovias (km) (pavimentadas; implantadas) 0; 213 145; 127 145; 340
Economia Apicultura, ovinocaprinocultura, castanha de caju, turismo, artesanato, agricultura familiar, agroindústria de beneficiamento de frutas, cana-de-açúcar, cerâmica, hortifruticultura, mandioca, piscicultura.
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano 2000, IBGE 2000, DNIT 2005, INMET 2005
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Tanques piscicultura comunitária – Valença do Piauí-PI
DiaGNóSticO participativO cOM BaSe NO SiSteMa itOG 3
Barragem Mesa de pedra –valença-pi
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Simultaneamente à realização das fases de sensibilização e mobilização, os técnicos em cam-po realizaram o processo de imersão – conhecimento da realidade – utilizando a metodolo-gia Itog, que permite a análise das dimensões ambiental, sociocultural e econômica a partir do estudo das variáveis investimento, tecnologia, organização e gestão, com enfoque nas potencialidades e nas limitações do Território.
Assim, foi construído o diagnóstico participativo do Território, que acrescido de dados se-cundários foi validado pelos atores sociais presentes nas Oficinas dos Aglomerados.
3.1. Dimensão ambiental
Vista panorâmica do Assentamento Mesa de Pedra – Valença do Piauí-PI
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investimento
• Boa disponibilidade de recursos hídricos: rios,
riachos, lagoas, barragens e açudes
• Grande lençol de águas subterrâneas
• Fauna: ema, tatu, veado, jacu, cutia, raposa,
paca, peixe, onça, caititu, tamanduá, preá,
sagüi, jacaré, cobra, macaco, ave, etc.
• Solos férteis, áreas de semi-árido
• Vegetação nativa: babaçu, carnaúba, bacuri,
murici, tucum, pequi, buriti, faveira, fava-danta,
cajá, mororó, marmeleiro, canela-de-velho, rama-
de-bezerro, gitirana, bamburral; árvores nobres:
aroeira, cedro, jatobá, pau-d´arco, angico
• Peixes: surubim, curimatá, mandubé, tucunaré,
cari, corvina, bico-de-pato, arraia, piau, cumbá,
mandi, traíra, piranha
• Potencial para produção de energia solar
• Assoreamento de rios e lagoas provocado pelo
desmatamento e pela queima das matas ciliares
• Desperdício de água: 32 poços jorrantes só no município
de Aroazes
• Abaixamento do nível dos lençóis de água subterrâneos
• Poluição ambiental – resíduos sólidos e agrotóxicos
• Pesca e caça predatórias
• Desrespeito ao período de defeso da piracema
• Extensas áreas desmatadas, sem observar as áreas de
reservas determinadas pela legislação ambiental
• Ausência de práticas conservacionistas nas áreas
desmatadas, provocando erosões tipo voçoroca
tecnologia
• Projeto de reciclagem de resíduos sólidos em
implantação em Aroazes
• Aterro sanitário em São Félix do Piauí
• Desvios, de forma desordenada, dos rios para irrigação,
com conseqüente abaixamento no nível d’água
• Lixo urbano e hospitalar colocados em áreas a céu aberto
• Manejo inadequado dos solos, com diminuição da
fertilidade
• Contaminação das águas e dos solos pelo uso
indiscriminado de agrotóxicos
Organização
e gestão
• Existência de projeto para criação de Área de
Proteção Ambiental no Território (Aroazes)
• Realização de campanhas de educação
ambiental e sobre o lixo com a participação da
EMBRAPA, da UFPI, do IBAMA e da SEMAR
• Departamento de Meio Ambiente em Santa
Cruz dos Milagres e Prata do Piauí
• Secretaria de Saúde e Meio Ambiente em São
Félix do Piauí e São Miguel da Baixa Grande
• Falta de atuação das ONGs e das comunidades nas
questões ambientais
• Falta de conselhos municipais de meio ambiente
• Fraca atuação das secretarias e dos departamentos
municipais de meio ambiente
• Ausência de disciplinas sobre educação ambiental no
currículo escolar
• Órgãos de fiscalização ambiental atuando de forma
esporádica, apenas com autuações
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Vista do lago da Barragem Mesa de Pedra – Valença do Piauí-PI
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Box 2
TerritórioValedoSambito“Os Territórios são campos geográficos construídos socialmente, marcados por traços culturais e quase sempre articulados política e institucional-mente. A vida cultural das comunidades humanas, rurais ou urbanas, tem existência territorializada. O Território incorpora a totalidade do processo de modificação do mundo cultural, revelando identidades específicas, que proporcionam o princípio de integração social. De alguma maneira, os Ter-ritórios configuram o ser coletivo, o caráter das comunidades e desenham tipos diferenciados de sociabilidade. A singularidade de cada território de-manda estratégias e políticas endógenas que expressem sua identidade”. (Carlos Jara, EXPO DLIS, Brasília, 2002.).
A estratégia de desenvolvimento sustentável integra e articula as diversas dimensões utilizadas para a análise da realidade e da interação dinâmica.
Para construir o Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba (PLANAP), no Território Vale do Sambito, foi imprescindível a escuta cuidadosa das propostas sugeridas pelos atores sociais, que co-nhecem o potencial dos territórios históricos, agregam o saber coletivo compartilhado e, conhecem respostas inteligentes e sensíveis às questões ecológica, cultural, espiritual e emergentes porque se aproximam da es-sência da vida. Esse convívio foi importante instrumento de trabalho e de aprendizado.
A concepção instrumental do “capital social” é insuficiente para promover desenvolvimento sustentável. A transição depende da valorização e da vi-vência dos elementos intangíveis inerentes à sociabilidade confiante; ao en-tusiasmo coletivo; à participação social; à informação para todos; ao cuida-do ambiental; à qualidade da nova institucionalidade e ao empoderamento das pessoas e das organizações.
INHUMA
AROAZES
PIMENTEIRAS
FRANCINÓPOLIS
VÁRZEAGRANDE
PRATADO PIAUÍ
ELESBÃOVELOSO
LAGOA DO SÍTIO
VALÊNCA DO PIAUÍ
BARRAD'ALCANTARA
IPIRANGADO PIAUÍ
SÃO FÉLIXDO PIAUÍ
NOVO ORIENTEDO PIAUÍ
SANTA CRUZDOS MILAGRES
SÃO MIGUELDA BAIXA GRANDE
AG11
AG10
3.2. Dimensão sociocultural
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3.2.1.Saúde
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investimento
• 3 hospitais estaduais, 7 unidades mistas, 16 centros de
saúde e postos de saúde em todo o Território
• 8 ambulâncias no Território
• Equipes epidemiológicas e de vigilância sanitária no
Território
• Médicos especialistas no Território: cardiologistas,
fisioterapeutas, dermatologistas, ortopedistas,
obstetras, pediatras e ginecologistas
• Doenças endêmicas
• Ambulâncias e médicos insuficientes
• Distância considerável entre alguns municípios
e os hospitais de referência
• Destino inadequado do lixo
• Saneamento básico inexistente
• Má qualidade da água para abastecimento
humano
tecnologia
• Laboratórios de análises clínicas nas unidades mistas
• Centros cirúrgicos de baixa complexidade
• Consultórios odontológicos
• SIAB nas secretarias municipais de saúde
• Fabricação de multimistura para a população carente
• Insuficiência de equipamentos
• Laboratórios sem condições adequadas para
realização de análises clínicas
Organização
e gestão
• Conselho municipal de saúde e Pastoral da Criança em
todos os municípios do Território
• 252 agentes comunitários de saúde, equipes do
programa de saúde bucal, do PSF, equipes de vigilância
sanitária e epidemiológica em todos os municípios do
Território
• Secretaria municipal de saúde em todo o Território
• Coordenação regional de saúde em Valença do Piauí
• Vigilância ambiental – controle da água consumida
pelo município – vigilantes ambientais treinados pela
Secretaria Estadual de Saúde em Inhuma
• Escritório da FUNASA no Território
• Desconhecimento pela sociedade civil
e por seus representantes do papel dos
conselheiros
• Equipes do PSF e de agentes comunitários de
saúde insuficientes para atender ao Território
• Presença de animais soltos na zona urbana
• Presença expressiva de lixo nas margens das
rodovias e nos perímetros urbanos
• Utilização de bicicletas pelos agentes de saúde
para locomoção, o que torna ineficiente o
atendimento de toda a população
Casa em Valença do Piauí-PI
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3.2.2.Educaçãoecultura
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investimento
• Educação infantil, ensinos fundamental e médio
em todos os municípios
• Programas educacionais: PDDE, EJA, Brasil
Alfabetizado, PNAE, PNAT, Alfabetização
Solidária, Fazendo Escola, Escola Ativa
• Universidade estadual e 4 faculdades particulares
• Biblioteca municipal em 70% dos municípios
• Casa da Cultura em Inhuma
• Escola Família Agrícola em Aroazes
• Academia de Letras em Valença
• Casa da Cultura Monsenhor Mateus Cortês Rufino,
de artesanato, em Ipiranga
• 26 sítios arqueológicos no Território
• 50% das escolas da zona rural não possuem energia
elétrica
• Salas de aula na zona rural funcionando em casas
alugadas e com turmas multisseriadas
• Evasão escolar, em média, de 10%
• Transporte escolar inadequado e insuficiente
• Cursos superiores funcionando apenas nos finais de
semana ou no período de férias
• Insuficiência de quadras esportivas no Território
• Algumas escolas na zona rural desativadas por falta
de alunos
tecnologia
• Cursos universitários para os professores e de
capacitação em convênios com a UESPI
• Programa Escola Básica Ideal (gov. federal/
estadual/municipal) em Pimenteiras e em Valença
do Piauí
• Escola Família Agrícola, sistema de alternância
de 15 dias – da 5a à 8a séries;
• Jornal GazetaMunicipal em Ipiranga do Piauí
• Pouco atendimento ao contexto vocacional do
Território pelos cursos superiores
• Acesso à informática de apenas duas escolas e de
algumas secretarias municipais de educação
• Número expressivo de professores ainda sem
qualificação exigida pelo MEC
• Kitde tv e vídeo disponível em pouquíssimas escolas
Organização
e Gestão
• Conselhos gestores da merenda escolar e do
FUNDEF
• APAE em Valença
• Comunidade quilombola em Lagoa do Sítio
composta de 800 pessoas
• Sindicato de Professores em Valença
• Centro de Educação Popular de Valença (CEPAVA)
• Secretarias municipais de educação
• Secretaria Municipal de Esporte, Cultura e Lazer
• Oferta de transporte e de merenda escolar com
cardápio feito por nutricionistas
• Convênios dos municípios com a Universidade
Estadual do Piauí (UESPI)
• Não-utilização do ensino multisseriado pelas
escolas de Várzea Grande
• Concentração da maior oferta de oportunidades em
Valença do Piauí
• Inexistência de conselho de educação em todos os
municípios do Território
• Não-atendimento às necessidades do Território pela
APAE
• Salas multisseriadas na zona rural
• Grande número de professores contratados sem
concurso público
• Apenas 30% dos professores com curso superior
completo
• Salas de aulas funcionando em casas de professores,
barracões e centros paroquiais
• Inexistência de classes para crianças especiais
• Inexistência de programas voltados para os jovens
3.2.3.assistênciasocial
itog potencialidades Limitações
investimento
• Programas sociais do governo federal: PETI,
PAC, FOME ZERO, PAIF, PPD, API, BPC
• Promoção de cursos profissionalizantes para
mulheres, homens, inclusive idosos
• Benefícios eventuais do município: distribuição
de urna funerária, enxoval para bebê,
medicamentos, passagens de ônibus, cesta
básica
• Benefícios insuficientes para o atendimento da
população mais carente e mau gerenciamento
destes
• Inexistência do Programa Agente Jovem no
Território
(continua...)
Engenho de rapadura Inhuma-PI Culturas Locais-PI
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3.3. Dimensão econômica
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• Programas sociais do município:
Anjo da Guarda, em São Miguel da Baixa Grande,
e Amigos da Cidade e Idade Melhor, em Santa
Cruz dos Milagres
tecnologia• Existência de computadores com acesso
à Internet em algumas secretarias
do Território
• Inexistência de inclusão digital cidadã
Organização
• Conselhos de assistência social
• Igrejas católicas e evangélicas
• ONG Kolping em Pimenteiras
• Conselhos tutelares
• Pastorais sociais
• Fóruns de Justiça
• Órgão de segurança pública
• Baixa capacitação nas áreas de associativismo,
cooperativismo e gestão social
• Concentração em Valença de órgãos públicos e
serviços do Território
Gestão
• Secretarias municipais de assistência social no
Território
• Planos e fundos municipais de assistência social
em alguns municípios
• Forte caráter assistencialista nos programas
oferecidos pelo governo
• Inexistência de programas voltados para os jovens
• Alcoolismo e uso de drogas fortemente presentes
entre os jovens, além de gravidez precoce
• Alto índice de depressão e alguns suicídios entre
os jovens em alguns municípios
• Inexistência de secretaria de assistência social em
Aroazes.
(...continuação)
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3.3.1.agricultura
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• Horticultura: cultivo de tomate
e pimentão
• Fruticultura irrigada: banana, manga,
melancia, coco-da-praia, uva, goiaba,
laranja
• Potencial para a fruticultura: solos
férteis, baixa umidade relativa do ar, alta
insolação (média diária de 12 horas de
sol) e grande potencial hídrico
• Agricultura: caju, cana-de-açúcar e
mamona
• Agricultura familiar: arroz de sequeiro,
milho, fava, feijão e mandioca
• Horta comunitária em Novo Oriente
• Exportação da castanha de caju colhida
em Inhuma para a Europa
• Assistência técnica deficiente; sem
técnicos em Prata do Piauí, São Miguel
da Baixa Grande e Santa Cruz dos
Milagres
• Uso intenso de agrotóxicos na produção
sem orientação técnica
• Plantação em sistema de consórcio, sem
utilização de tecnologia adequada por
agricultores familiares
• Baixo aproveitamento do pedúnculo do
caju e redução da produtividade
• Êxodo contínuo para os Estados de Mato
Grosso, São Paulo e Maranhão para o
corte da cana-de-açúcar e da madeira
tecnologia
• Iniciativa de atividade agrícola
empresarial no Território com o uso de
mão-de-obra local treinada e auxílio de
consultoria especializada
• Cultivo de tomate e pimentão irrigado em
Inhuma e Ipiranga
• Produção de frutas irrigadas (uva,
mamão, manga, maracujá e goiaba) em
Inhuma e Valença
• Cursos de capacitação de produtores pelo
SEBRAE
• Pouca utilização de tecnologia e de
sementes selecionadas
• Baixa produtividade da mandioca
• Pouca divulgação e utilização das
tecnologias disponíveis
• Manejo inadequado dos solos provocando
a diminuição da fertilidade
• Atividades agrícolas praticadas com
equipamentos rudimentares (tração
animal para preparo do solo)
• Baixo nível tecnológico no cultivo do caju
Organização
e gestão
• Sindicato dos Trabalhadores Rurais
• Associações de agricultores
• Cooperativas
• Conselhos do FUMAC em 90% dos
municípios
• Agência de Desenvolvimento Municipal
(ADM) em Inhuma, Ipiranga, Valença e
Elesbão Veloso
• Secretarias municipais de agricultura
• Escritórios locais da EMATER em quase
todos os municípios e regional em São
Félix e Valença do Piauí
• Escritório do IBGE em Valença e
representação do SEBRAE em Valença,
Inhuma e Ipiranga
• Pouca atuação das organizações de
representação dos pequenos agricultores
• Pequenos produtores sem organização
para comercializar a produção
• Pouca capacitação na formação e no
acompanhamento das cooperativas e das
associações comunitárias
• Escritórios locais da EMATER sem
estrutura adequada para atendimento e
acompanhamento dos agropecuaristas da
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itog potencialidades Limitações
investimento
Pecuária
• Criação de ovinos, caprinos, suínos e bovinos,
além de aves caipiras para consumo familiar
• Produção de leite, ovos e mel
• Grandes áreas de pastagens nativas e
cultivadas
• Produção de peles de ovinos e caprinos
• Fazenda Serra Negra, uma holding do Ceará,
de 198 mil hectares, com 8 mil hectares
de pastagens, estendendo-se por Aroazes,
Valença, Pimenteiras, São Miguel do Tapuio
e Santa Cruz dos Milagres com criação de
bovinos, ovinos, caprinos, cavalos, burros e
jumentos
Apicultura
• Grande produção de mel no Território, com
destaque para o município de Pimenteiras
• Região muito favorável à apicultura devido
a diversificação da flora, aliada ao potencial
hídrico
• Duas associações de apicultores em Santa
Cruz dos Milagres comercializando por
intermédio da cooperativa de Valença do Piauí
Pesca artesanal/piscicultura
• Pesca artesanal fluvial em todo o Território.
Grande número de pescadores na Barragem
Mesa de Pedra, chegando às vezes a ter 120
canoas no lago
• No rio São Nicolau, em Santa Cruz dos
Milagres, existência de dez tanques-rede, e em
Aroazes, dois tanques de piscicultura
• Projeto de Piscicultura Mesa de Pedra para
produção de 18 t de peixes – 36 tanques-rede
– envolvendo 30 famílias e 20 adolescentes
Pecuária
• Emprego de mão-de-obra familiar com baixa
qualificação
• Baixa absorção da mão-de-obra local, pela
Fazenda Serra Negra
• A maior parte dos animais criados são tipo
SRD (sem raça definida), soltos, sem manejo sanitário,
alimentar e reprodutivo
• Grande resistência para adoção de novas tecnologias e
vacinação dos animais (aftosa)
• Assistência técnica pública insuficiente
• Matadouros públicos em precárias condições de
higiene sanitária
• Maioria dos animais abatidos nas propriedades
do criadores
• Má qualidade do couro produzido
Apicultura
• Desorganização dos apicultores na produção e na
comercialização do mel
• Pouco aproveitamento da cera de abelha para
fins industriais
Pesca artesanal/piscicultura
• Não-repovoamento dos mananciais e desrespeito dos
pescadores ao período da piracema
• Fiscalização do IBAMA só na época da piracema
• Mais de 50 tanques-rede adquiridos para a Barragem
Mesa de Pedra ainda sem instalação
• Baixa tecnologia e volume de produção
tecnologia
• Utilização das seguintes tecnologias na
Fazenda Serra Negra:
– Confecção de silagem e feno para
alimentação do rebanho de corte com
volumoso
– Alimentação do rebanho bovino com
concentrado e minerais
– Melhoramento genético do rebanho
de corte com introdução de reprodutores
de alta linhagem e matrizes de outras
regiões produtoras
• Técnicas inadequadas de manejo e de melhoramento
de raça por parte da maioria dos criadores
• Animais sem vacinação em razão da resistência
cultural de alguns produtores
• Uso incipiente da inseminação artificial no
Aglomerado
3.3.2.Pecuária,apicultura,pescaartesanalepiscicultura
(continua...)
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Organização
e gestão
• Sindicato dos Pescadores em Prata do Piauí
• Associação dos Pescadores em Prata do Piauí
e em Valença do Piauí
• Associação de Apicultores em Santa Cruz dos
Milagres
• Cooperativa dos Apicultores em Valença
• Secretarias municipais de agricultura
• Escritórios locais da EMATER em quase
todos os municípios e regional em São Félix e
em Valença do Piauí
• Escritório do IBGE em Valença e
representação do SEBRAE em Valença,
Inhuma e Ipiranga
• Convênio do governo do estado/prefeitura
com SEBRAE e CODEVASF no projeto de
piscicultura Mesa de Pedra
• Deficiência na fiscalização do controle sanitário dos
animais
• Deficiência dos órgãos competentes no controle da
produção e na comercialização do mel
• Reduzido número de técnicos dos órgãos públicos para
elaboração de projetos e fiscalização ambiental no
Território
• Classificação do Estado do Piauí como área de risco
desconhecido de aftosa
(...continuação)
3.3.3.Turismo,crédito,instituiçõesfinanceiras,comércioeserviçoseindústria
itog potencialidades Limitações
investimento
Turismo
• Atrativos naturais:
– Formações rochosas com inscrições
rupestres
– Lagoas, cachoeiras e grutas
– Poço Feio (poços com urnas funerárias
de cerâmica contendo ossadas) e piscina
natural nas nascentes do rio Berlenga
• Projeto de turismo na Barragem Mesa de
Pedra do BNB/SEBRAE/prefeitura
• Refúgio dos índios na época da invasão
dos jesuítas em 1730, cercas de pedras e
mandacaru
• Balneário e banhos em fontes naturais
• Casa Grande – residência construída por
escravos em 1776, localizada na Fazenda
Serra Negra. Anualmente uma grande missa
é celebrada à N. Sra. Santana, que salvou
uma negra de ser devorada por uma onça
no Curral das Pedras em 26 de julho. Nessa
data, a Casa Grande recebe centenas de
visitantes
• Santa Cruz dos Milagres é considerada o
terceiro maior santuário do Nordeste. Cerca
de 75 mil fiéis de todas as partes do Brasil
visitam-no no período de 5 a 15 de setembro
• Pousada e pequenas barracas na Barragem
Mesa de Pedra
Turismo
• Pouco incentivo por parte dos administradores em
desenvolver o turismo na região
• Deficiência da estrutura dos balneários na recepção
para turistas
• Pequena infra-estrutura hoteleira em Valença e
Elesbão Veloso
• Ausência de estudos de viabilidade turística no
Território e de projetos que os viabilizem
• Carência de mão-de-obra qualificada para os
setores de serviços e atendimento ao público
• Em Santa Cruz dos Milagres, existe apenas uma
pequena pousada, sem estrutura adequada.
É comum fiéis dormirem no chão, em barracas
improvisadas ou nos arredores da igreja matriz. A
casa dos romeiros é bastante precária, fazendo com
que muita gente durma e coma mal. Há também
problemas de abastecimento d’água e o saneamento
básico é inexistente
• Para se consolidar como um pólo do turismo
religioso tem de se investir em infra-estrutura, que é
muito deficiente, para atender à demanda turística
do Território (energia, água, saneamento básico,
estradas, hotelaria, etc.)
(continua...)
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investimento
Crédito
• Linhas de crédito para agricultura familiar:
PRONAF B, C e D, com maior número para
operações de financiamento de ovinocaprinos
• Linhas de crédito disponíveis para
associações com produções mistas, pastagens,
ovinocaprinocultura e apicultura para a região
• Crédito disponível de 1 milhão de reais do
BB para aplicação em caprinocultura para
melhoria do plantel de pequenos produtores
Instituições financeiras
• Banco Postal e Caixa Aqui em todos os
municípios
• Banco do Brasil em Elesbão Veloso e em
Valença do Piauí
• Banco do Nordeste em Valença do Piauí
Comércio e serviços
• Comércio atacadista e varejista de pequeno
e médio portes concentrado em Valença do
Piauí e em Elesbão Veloso
• Apoio do SEBRAE e do CDL para as
atividades do comércio
• Associação Comercial em Valença do Piauí
• Existência de uma única feira livre na região,
em Prata do Piauí
Indústria
• Existência de cerâmicas de pequeno porte em
todo o Território
• Duas indústrias de cerâmica em Várzea Grande
• Fábrica de fibra de vidro e metalúrgica em
Valença do Piauí
Crédito
• Má aplicação dos recursos do PRONAF por 50%
dos pequenos produtores
• Ausência de esclarecimentos e de divulgação das
linhas de crédito para as atividades produtivas
• Falta de assistência técnica,o que dificulta a
aprovação dos projetos
• Grande restrição ao crédito como resultado da
inadimplência, principalmente no Banco do Nordeste
Instituições financeiras
• Dificuldade de acesso ao crédito decorrente do
pequeno número de agências bancárias no Território
Comércio e serviços
• Limitação das compras no Território pela
proximidade de Teresina e Picos
• Aquisição dos produtos de confecção, na maioria, no
Ceará e em Teresina
• Falta de qualificação nos serviços oferecidos na área
de alimentação e hospedagem
• Importação de outros centros de todos os produtos
alimentícios
Indústria
• Grande oscilação de energia no Território nos
horários de uso intenso, impossibilitando a realização
de novos investimentos no setor
tecnologia• Serviços online e auto-atendimento na rede
bancária
Organização
e gestão
• Clube de Diretores Lojistas em Valença • Incipiente organização dos comerciantes – estes
esperam as benesses do desenvolvimento sem
participar da construção
• Pouco incentivo por parte dos administradores no
desenvolvimento do turismo na região
(...continuação)
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Piscicultura em tanques-rede no lago da Barragem Mesa de Pedra –Valença do Piauí-PI
(continua...)
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3.3.4.Extrativismo,produçãoartesanal,agroindústria,acessoàterraeàinfra-estrutura
itog potencialidades Limitações
investimento
Extrativismo
• Exploração de buriti para fabricação de
doce. O talo e a palha são utilizados para a
fabricação artesanal de móveis, objetos de
decoração e utensílios domésticos
• Extração da palha da carnaúba para a
retirada do pó e aproveitamento para o
artesanato
• Extração artesanal de azeite do babaçu e
do pequi
• Aproveitamento da fava da Faveira Oiticica
e fava-danta
• Extração de brita para construção civil
• Exploração da argila para fabricação
artesanal e industrial de tijolos e telhas
Produção artesanal
• Produção artesanal diversificada: bordado,
crochê, palha, cestarias, chapéu, esteira,
balaios, cerâmica, madeira, fibras e couro
• Existência de centros de artesanato em
Ipiranga do Piauí e em Inhuma
• Expressiva produção artesanal com a
palha e a madeira do Buriti, envolvendo
cerca de 500 famílias, em Ipiranga do
Piauí
Agroindústria
• Engenhos de cana-de-açúcar para a
produção de cachaça e rapadura
• Fábrica artesanal de rapaduras padro-
nizadas e rotuladas em Inhuma
• Beneficiamento artesanal da mandioca
para produção de farinha
• Beneficiamento parcial da castanha de
caju e sua exportação para os Estados
Unidos e para a Itália pela ADECIPI
• Existência de pequenas máquinas
particulares de beneficiamento de arroz
• Fábrica de doces e licores, Lili Doces, em
Ipiranga do Piauí
Acesso à terra
• 32 assentamentos do INCRA no Território
e 1 da Igreja Católica em Sta. Cruz dos
Milagres
• Municípios formados por minifúndios
produtivos, em sua maioria
Extrativismo
• Pouca exploração comercial do buriti
• Produtos extraídos do pequi, da carnaúba, do
buriti e babaçu são obtidos de forma artesanal
• Proprietários das máquinas de bater palha
normalmente de fora do Território
• Ausência de política de incentivo à extração
da carnaúba e baixo preço, fazendo com que a
atividade esteja em retração
• Falta de recuperação das áreas dos carnaubais
desmatados
• Despreocupação com a recuperação das áreas
utilizadas na extração de areia e argila
Produção artesanal
• Pouca capacitação para produção artesanal de
doces e licores
• Ausência de feiras locais para venda e
divulgação dos produtos artesanais do
Território
• Artesãos não organizados em associações ou
cooperativas
• O artesanato no Território ainda não
aponta como fonte de renda complementar
significativa
Agroindústria
• Engenhos de cana-de-açúcar rudimentares e
apresentando baixas produções
• Inadequação do processo de embalagem e
rotulamento da farinha produzida
• Ausência de beneficiamento do pendúculo do
caju
• Falta de organização e controle na produção
de castanha, forte ação de intermediários
• Castanha de caju, em sua maior parte,
beneficiada no Ceará
Acesso à terra
• Áreas de herança e de domínio da União com
pendências de regularização
• Área de litígio na divisa do município de
Pimenteiras com o Estado do Ceará
• Grandes áreas no Território pertencentes à
Igreja
(...continuação)
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Infra-estrutura
• Rodovias pavimentadas em bom estado e com
sinalização razoável
– BR-316 – 85 km, ligando Elesbão Veloso,
Valença, Inhuma e Ipiranga do Piauí
– PI-120 – 42 km, ligando Valença a
Pimenteiras
• Em fase de pavimentação
– PI–120 – 20 km, ligando Novo Oriente do
Piauí a Valença
– PI–225 – 59 km, ligando a BR–316, São
Miguel da Baixa Grande, São Félix e Santa
Cruz dos Milagres
• Rodovias encascalhadas
– PI–224 – 27 km, ligando Prata a São
Miguel da Baixa Grande
– PI–225 – 52 km, ligando Santa Cruz dos
Milagres a Aroazes
– PI–237 – 26 km, ligando Aroazes à BR–316
• Exploração de águas subterrâneas
• Aproximadamente 90% da zona urbana e 60%
da zona rural do Território com energia elétrica
• Cerca de 70% das sedes dos municípios com
abastecimento d’água regular
Infra-estrutura
• 112 km de rodovias pavimentadas e 146 km sem
pavimentação asfáltica, em péssimas condições de
tráfego
• Falta de sinalização horizontal e vertical e
acostamento na maioria das rodovias
• Energia elétrica urbana e rural com baixa
qualidade, quedas freqüentes, redes
sobrecarregadas e oscilação na tensão elétrica
Rede rural na maioria é monofásica
• 80% dos municípios sem sistema de tratamento
de água e 90% das comunidades rurais sem rede
de distribuição
• Esgotamento e aterro sanitário quase inexistente
tecnologia
• Rádios comunitárias no Território
• Telefonia fixa em todos os municípios e móvel
celular em Valença e Elesbão Veloso
• Todos os municípios receptores de sinal de TV
• Sinal de TV com antena parabólica, sem acesso à
programação regional na maioria dos municípios
• Baixa cobertura de telefonia celular
Organização
e Gestão
• CEPISA, AGESPISA, TELEMAR,
secretarias de infra-estrutura, associações,
central de artesanato
• Baixíssima prioridade para o saneamento básico
• Rádios, em sua maioria, sem licença da ANATEL
e pertencentes a grupos políticos
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Vertedouro da Barragem Mesa de Pedra – Valença do Piauí-PI
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Box 3
apicultura–umarealidadeApicultura é uma atividade de grande potencial na Bacia do Parnaíba, onde é desenvolvida principalmente por pequenos agricultores. O Estado do Piauí é o maior produtor de mel na região Nordeste (2.221.510 kg/ano), seguido pelo Ceará (1.373.076 kg/ano) e 2o maior produtor nacional.
A atividade está em pleno desenvolvimento no Piauí; conta com Arranjo Produtivo Local (APL) formado, com participação de fortes organizações (associações, cooperativas, câmara setorial, etc.). Nos últimos anos, tem exportado principalmente para a Europa e os EUA. Recebe apoio de vá-rias instituições ligadas à atividade (governo do estado, BNB, SEBRAE, CODEVASF e outras).
A região do semi-árido contribui com 75% da produção total do estado, pois é nela que se encontram os municípios com maior produção de mel. Nesta região os agricultores sofrem com freqüentes perdas de safras de grãos por causa dos baixos índices de precipitações, e encontraram na api-cultura uma atividade com menor risco e maior lucratividade e que absorve a mão-de-obra familiar em épocas de baixa utilização desta (entressafra).
A diversidade botânica nesta região, com floradas de plantas melíferas du-rante praticamente todo o ano, favorece o desenvolvimento da atividade, que apresenta várias colheitas anuais e altas produtividade. A qualidade do mel da região também é destaque, sendo reconhecido como mel orgâ-nico, produzido a partir de flores de plantas silvestres, sem contaminação com agrotóxicos.
O Vale do Sambito é o 6a maior produtor de mel entre os 11 Territórios da bacia, com 144.761 kg/ano, sendo produzido em praticamente todos os municípios, porém concentrado em Pimenteiras (72,5%), com uma produção de 105.000 kg/ano sendo o quarto maior produtor do Piauí (IBGE/2002).
3.4. tendência das atividades produtivas
Os atores sociais durante as oficinas, tendo como base seus próprios conhecimentos dos Aglomerados e com o auxílio do diagnóstico da dimensão econômica, identificaram a si-tuação das atividades produtivas no Território.
A Figura 1 mostra a atual situação dessas atividades e possi-bilita verificar que os cultivos de arroz de sequeiro, algodão, milho e feijão vêm perdendo espaço e apresentam-se em declínio ou estagnados no Território. Isso acontece, prin-cipalmente, em razão da baixa precipitação pluviométrica média da região, o que tem provocado freqüentes perdas de safras. Atividades mais adaptadas ao clima semi-árido ganham esse espaço, apresentando-se consolidadas ou em expansão, como apicultura, ovinocaprinocultura, cultivo da mandioca, do caju e da mamona, além da irrigação de hortícolas e frutas.
Novas atividades surgem como opção para a região, como a produção artesanal e pequenas agroindústrias para bene-ficiamento de frutas, cana-de-açúcar e da mandioca para produção de doces, sucos, geléias, farinha, rapadura, cacha-ça, etc. Além dessas, o Território também apresenta poten-cial para o desenvolvimento do turismo de lazer, científico, religioso e para o ecoturismo.
As informações mapeadas possibilitaram indicar a tendên-cia das atividades produtivas do Território, caracterizan-do-o como produtor de matéria-prima, criando, assim, um ambiente potencial para o surgimento de atividades de transformação, que também demandam melhoria da infra-estrutura existente (Figura 2).
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Rapadura produzida no Vale do Rio São Vicente – Inhuma-PI
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Figura 1. Mapeamento das atividades produtivas
atividades em declínio estagnadas consolidadas em expansão tendências
Agroindústria AG 11 AGs 10 e 11
Algodão AG 10
Apicultura AGs 10 e 11 AGs 10 e 11
Arroz AG 11 AG 10
Artesanato AG 11 AGs 10 e 11
Babaçu AG 11
Bovinocultura de corte AG 11 AG 10
Bovinocultura de leite AG 10 AG 11 AG 11
Buriti AG 11
Cajucultura AG 10 AG 11 AGs 10 e 11
Cana-de-açúcar AG 10 AG 11 AG 11
Cerâmica AG 10
Extrativismo da carnaúba AGs 10 e 11
Feijão AG 11 AG 10
Fruticultura AG 10 AGs 10 e 11
Fumo AG 10
Galinha caipira AG 10 AG 11 AG 11
Horticultura AG 11 AGs 10 e 11
Mamona AGs 10 e 11
Mandioca AG 10 AG 11 AG 11
Milho AGs 10 e 11
Ovinocaprinocultura AG 10 AG 11 AGs 10 e 11
Piscicultura AGs 10 e 11 AG 11
Turismo AG 11 AGs 10 e 11
Figura 2. tendências das atividades produtivas
atividadesemdeclínio atividadesestagnadas atividadesconsolidadas atividadesemexpansão Tendências
Arroz de sequeiro Bovinocultura de corte Criação de ovinos/caprinos Apicultura Agroindústria
Algodão Extrativismo da carnaúba Cultivo da mandioca Bovinocultura de leite Criação de ovinos/caprinos
Feijão Milho Turismo Artesanato
Cana-de-açúcar Piscicultura Cajucultura
Cajucultura Fruticultura
Artesanato Horticultura
Horticultura Mamona
Agroindústria Apicultura
Fruticultura Piscicultura
Galinha caipira Cana-de-açúcar
Mandioca
Turismo
ÁreaS De reLevaNte iNtereSSe cOLetivO apreSeNtaDaS pOr DiMeNSãO 4
Barragem Mesa de pedra – valença do piauí-pi
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ne Nas oficinas realizadas nos Aglomerados 10 e 11, os atores sociais, de acordo com as poten-cialidades e as limitações das dimensões econômica (produtiva e infra-estrutura) e ambien-tal que compõem o diagnóstico, identificaram áreas de interesse coletivo conforme mostra as Figuras 3 e 4.
Figura 3. composição das áreas de interesse coletivo no aG 10
AROAZES
PRATADO PIAUÍ
SÃO FÉLIXDO PIAUÍ
SANTA CRUZDOS MILAGRES
SÃO MIGUELDA BAIXA GRANDE
AG 10
aGLOMeraDO 10
Dimensão ambiental
• Recuperação de áreas
degradadas
• Conservação da
diversidade biológica
• Uso sustentável dos
recursos naturais
Dimensão econômica
infra-estrutura
• Implantação de
infra-estrutura
básica: melhoramento,
pavimentação e
recuperação de
rodovias
• Construção de
cisternas, perfuração
de poços
• Construção de pontes
e bueiros
• Elaboração e
implementação do
Plano Diretor dos
resíduos sólidos
produção
• Agroindústria de doces
• Piscicultura
• Hortifruticultura
• Ovinocaprinocultura
• Cultivo da mamona
• Inventário turístico e
cultural
40
INHUMA
PIMENTEIRAS
FRANCINÓPOLIS
VÁRZEAGRANDE
ELESBÃOVELOSO
LAGOA DO SÍTIO
VALÊNCA DO PIAUÍ
BARRAD'ALCANTARA
IPIRANGADO PIAUÍ
NOVO ORIENTEDO PIAUÍ
AG11
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Figura 4. composição das áreas de interesse coletivo no aG 11
aGLOMeraDO 11
Dimensão ambiental
• Recuperação de áreas
degradadas
• Conservação da
diversidade biológica
• Uso sustentável dos
recursos naturais
Dimensão econômica
infra-estrutura
• Saneamento básico:
esgotamento sanitário,
aterros sanitários
• Pavimentação de
rodovias, construção
de pontes e bueiros
• Implantação de rede
de distribuição de
energia elétrica e
melhoria da existente
• Construção de
adutoras, barragens e
poços tubulares
• Ampliação de sistema
de telefonia fixa rural
e móvel
produção
• Apicultura
• Ovinocaprinocultura
• Cajucultura
• Piscicultura
• Hortifruticultura
• Cana-de-açúcar
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Ao analisar as áreas de interesse expressas nas oficinas, é possível identificar claramente os elos do desenvolvimento sustentável (Figura 5).
A primeira preocupação manifestada é com a educação formal sugerindo planejamento e gestão participativa; a segunda está voltada para a expansão qualificada da saúde preventiva, para a modernização de equipamentos e para a gestão dos hospitais da região; a terceira, para o saneamen-to básico, compreendido pelos serviços de abastecimento de água com qualidade para consumo humano, esgotamen-to sanitário e coleta e destino final dos resíduos sólidos; a quarta, para a qualidade do fornecimento de energia elé-trica e abrangência da rede de energia e de telefonia fixa e móvel; a quinta está direcionada para a infra-estrutura e as rodovias de acesso.
Tendo a conservação ambiental como condicionamento decisivo para o desenvolvimento sustentável, as áreas de interesse para o desenvolvimento econômico estão defini-das de acordo com o potencial do Território, tais como: piscicultura, apicultura, ovinocaprinocultura, fruticultura, horticultura, mandioca, cajucultura, cana-de-açúcar, amo-na, artesanato e turismo.
Box 4
Religiosidade,históriaenaturezaO Território Vale do Sambito, entremeado com inúmeros locais de grande beleza natural, possui uma forte ligação com a fé e a religiosidade, associa-do a pontos marcantes da história da região e da pré-história.
A Igreja Matriz de Santa Cruz dos Milagres é o único santuário do Piauí reconhecido pelo Vaticano para peregrinação, datando da década de 40.
A história oral registra que, no século XIX, apareceu na região um beato que levou um vaqueiro para o morro, onde retirou alguns galhos de ár-vores e fez uma cruz. Disse então ao vaqueiro que aquele seria um local onde aconteceriam muitos milagres. Depois de algum tempo, a filha do vaqueiro adoeceu, ficando à beira da morte. Em meio ao seu desespero ele se lembrou das palavras do beato e foi até o morro. Ao pé da cruz, pediu pela vida da filha e foi atendido.
A notícia se espalhou, e a partir daí apareceram romeiros de todas as partes do Piauí e de outros estados para pagar suas promessas. É considerada a terceira maior romaria do Nordeste.
Outro ponto importante é a Casa Grande, localizada na Fazenda Serra Ne-gra em Aroazes que mantém vivas lendas da época da escravidão. Trata-se de uma residência antiga construída por escravos no período colonial, em 1776, onde ainda é mantida as mobília da época. O atrativo da casa está no contraste de maldição e religião que existe no local.
Conta a história que o senhor alimentava suas onças com os negros, em um local chamado Curral das Pedras; teria também serrado ao meio, como castigo, uma negra rebelde. Este fato deu origem ao nome da fazenda. Anualmente e, uma grande missa é celebrada à Nossa Senhora Santana, que salvou uma negra de ser devorada por uma onça no Curral das Pedras.
No Território existem, ainda, 26 sítios arqueológicos, com pinturas ru-pestres, registrados pelo IPHAN, sendo dois em Ipiranga do Piauí, seis em Pimenteiras, dois em Santa Cruz dos Milagres, um em São Miguel da Baixa Grande, 14 em Valença do Piauí e um em Várzea Grande; além de pinturas também em Inhuma e Lagoa do Sítio, ainda não registradas.
As grutas, as cavernas, as cachoeiras, as lagoas, os lagos e os banhos em fontes naturais, distribuídos por vários municípios (Aroazes, Barra d’Alcântara, Inhuma, Novo Oriente, Valença do Piauí e Várzea Grande), são os atrativos naturais do Território.
Todos esses elementos são potenciais atrativos turísticos, porém é neces-sário implementar as mínimas condições básicas (saneamento, energia, es-tradas) para que esse potencial se torne realidade e o Território possa se beneficiar disso.
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Figura 5. relação de interdependência das proposições
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Saúde
Ovinocaprinocultura
rodovias
Ovinocaprinocultura
energia elétrica
Meio ambiente
Saneamento básico
educação
Horticultura
artesanato
turismo
cajucultura
Mandiocaagroindústria
apicultura
Mamona
piscicultura
Fruticultura
Desenvolvimento sustentável
Aspecto urbano de Santa Cruz dos Milagres-PI
prOjetOS para O territóriO 5
Buritis
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ne Considerado o objetivo final do processo de construção, não foram propostas ações na dimensão sociocultural, por entender que já são objeto de políticas públicas consoli-dadas em programas federais. A implementação dessas políticas públicas ocorre com a descentralização dos recursos financeiros e da gestão para estados e municípios.
Fortalecendo a implementação dessas políticas a participação social é representada nos conselhos, que tem o papel de fiscalizar e fortalecer a participação democrática da po-pulação na formulação e na implementação dessas políticas.
Municípios, estados e governo federal firmaram um compromisso para a execução de um projeto coletivo de desenvolvimento. As instituições participantes do processo de construção são parceiras comprometidas e multiplicadoras da articulação e da concerta-ção das políticas públicas para a otimização e o adensamento dos recursos, num esforço conjunto para a implementação das ações e dos projetos de desenvolvimento para o Território.
5.1. Fundamentos técnicos que embasaram a proposição dos projetos
Tendo como base as áreas de interesse coletivo e de acordo com a demanda expressa pelos atores sociais, foram fornecidos, por meio de palestras, subsídios técnicos que os orienta-ram na definição dos projetos prioritários e estruturantes para o Território.
Figura 6. Fundamentos técnicos por atividade
apicultura Organização da cadeia produtiva da apicultura
Câmara Setorial de Apicultura do Piauí
Projetos em execução e em estudos para a atividade apícola no Piauí
agroindústria Necessidade de padronização dos produtos
Grande oferta regional de produtos passíveis de industrialização
Agregação de valor aos produtos industrializados – marca própria
Visão empreendedora do negócio
Fruticultura Potencial da região para a produção de frutas
Conta alta, paga pelo Estado do Piauí, pela importação de frutas
Localização privilegiada
Demanda do mercado local e regional
Meio ambiente Necessidade de recuperação das matas ciliares
Educação ambiental
Necessidade de maior controle do uso da água
Cuidado com o lixo
Ovinocaprinocultura Expressivo efetivo de rebanhos na região
Localização estratégica da região
Região com elevado potencial forrageiro nativo
Mão-de-obra familiar expressiva
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5.2. processo de priorização das propostas de projetos
Após o nivelamento técnico, as propostas de projetos fo-ram trabalhadas, tendo como referência uma visão de futu-ro diferente da atual e desejada para um período de vinte anos, possível de ser concretizada em ações de curto, mé-dio e longo prazos.
Para a obtenção de uma escala numérica que possibilitasse a identificação de três projetos prioritários para o Território, utilizou-se, então a matriz de multicritérios como instru-mento de priorização.
Os critérios definidos como referência foram:
• Abrangência territorial• Capacidade de geração e distribuição de renda• Capacidade de agregação de novas iniciativas e parcerias• Capacidade de promoção social• Impacto sobre o ambiente natural
Para a obtenção do resultado do cruzamento de projetos e cri-térios, trabalhou-se com os seguintes pesos e conceitos:
5 – forte 4 – meio forte 3 – médio2 – fraco 1 – muito fraco
Para o critério impacto sobre o ambiente natural, a leitura desses pesos foi invertida, ou seja:
5 – muito fraco4 – fraco3 – médio2 – meio forte1 – forte
Os Projetos Apicultura, Cajucultura, Hortifruticultura, Mamona, Ovinocaprinocultura e Piscicultura compuseram a matriz de multicritérios (resultado na Figura 7).
Figura 7. Matriz de multicritérios
pro
jeto
s
critérios
abrangência
territorial
capacidade
de geração e
distribuição de
renda
capacidade de
agregação de
novas iniciativas e
parcerias
capacidade
de promoção
social
impacto
sobre o
ambiente
natural
tota
l
cla
ssifi
caçã
o
Apicultura 5 3 3 3 5 19 4º
Cajucultura 5 5 5 5 5 25 1º
Hortifruticultura 5 5 5 5 3 23 3º
Mamona 3 3 3 3 2 14 6º
Ovinocaprinocultura 5 5 5 5 4 24 2º
Piscicultura 3 3 3 3 3 15 5º
5.3. propostas de projetos de desenvolvimento para o território
O diagnóstico identificou que o Território carece de infra-es-trutura básica para desenvolver plenamente suas potencialida-des e, assim, oferecer aos seus habitantes qualidade de vida e novas oportunidades de geração e distribuição de riquezas.
A proposta direcionada à ampliação e à qualificação dos investimentos públicos em infra-estrutura – que além de serem fundamentais para o desenvolvimento sustentável viabilizam novos arranjos produtivos – integra regiões pro-dutoras a mercados consumidores, acelera o avanço tec-nológico, aumenta a competitividade e propicia acesso à informação e ao conhecimento.
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Aliadas a essas variáveis, as proposições dos projetos infra-es-truturais bem como os de meio ambiente estão tratados de forma diferencial, isto é, buscam ações, normas ou diretrizes
que contribuam para melhorar o impacto dos investimentos públicos e a articulação entre a referida ação e as demais políti-cas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável.
infra-estrutura * US$ 26.579.723,40
OBjetivO
implantar infra-estrutura básica
Metas• Pavimentação de 459 km de rodovias estaduais e construção de 8 pontes
– 5 anos• Construção de 8 barramentos no rio São Vicente – 2 anos• Construção de 5 barragens – 10 anos• Construção de 1 adutora para abastecimento de água do município de
Ipiranga – 10 anos• Melhoria da qualidade e ampliação da rede de distribuição de energia
elétrica trifásica, rural e urbana (565 km) – 5 anos• Ampliação de 3 subestações elétricas – 2 anos• Construção de 2 subestações – 10 anos• Perfuração de 19 poços tubulares – 3 anos
atividades principais• Composição de parcerias públicas e privadas para captação
de recursos para investimento em infra-estrutura• Pavimentação asfáltica das rodovias estaduais no Território• Construção de pontes, pequenos barramentos, barragens e
adutora• Construção e ampliação de subestações de energia elétrica• Ampliação da rede de distribuição de energia elétrica• Perfuração de poços tubulares
resultados esperados• Ampliação para 100% de cobertura de energia elétrica no Território, com melhoria da qualidade desta• Facilidade de acesso aos municípios e de escoamento da produção do Território• Atração de novos investimentos para o Território• Aumento da oferta de água e melhoria da qualidade desta para a população• Melhoria da qualidade de vida da população do Território
* Custo estimado.
O ordenamento territorial permite potencializar os aproveita-mentos naturais para o desenvolvimento e, dessa forma, mini-
mizar o processo de degradação ambiental, provocando efeito contrário, ou seja, promovendo a recuperação ambiental.
Meio ambiente
OBjetivO
recuperar e conservar os recursos ambientais do território
Metas• Construção de 4 aterros sanitários no território – 10 anos
• Implantação de 1 usina de reciclagem e aproveitamento do lixo – 10 anos
• Recuperação das matas ciliares de rios, lagoas e nascentes – 10 anos
• Construção de 1 viveiro de mudas de árvores nativas para
reflorestamento – 1 ano
atividades principais• Estudo para identificação de áreas para a construção de
aterros sanitários no Território
• Elaboração de projeto de educação ambiental
• Criação de conselhos municipais de meio ambiente
• Construção de aterros sanitários e usina de reciclagem de lixo
• Construção e manutenção de viveiros de mudas para
reflorestamento
resultados esperados• Recuperação e conservação das matas ciliares
• Fortalecimento do lençol freático subterrâneo
• Conscientização ambiental da população
• Redução de doenças provocadas por carência de saneamento básico
• Melhoria das condições de vida da população
A implantação de projetos que promovam o desenvolvi-mento do Território Vale do Sambito esbarra na neces-sidade de qualificar e implantar infra-estruturas como estradas e saneamento básico, além de melhorar o tra-
tamento das questões ambientais, que são fatores con-dicionantes e perpassam todas as ações, sociais ou pro-dutivas, voltadas para a construção do desenvolvimento sustentável.
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5.4. propostas de projetos prioritários para geração de renda e inclusão social
A cajucultura, a ovinocaprinocultura e a hortifruticultu-ra são, para o Território, consideradas atividades produti-vas estruturantes e prioritárias porque mobilizam grande número de pequenos produtores, além de diversos ou-tros atores, tais como centros de pesquisa, universida-
des, instituições governamentais e empresas públicas e privadas que buscam promover mudanças tecnológicas do setor.
São projetos de forte impacto econômico e social e, tam-bém, competentes para criar um ambiente capaz de res-ponder aos desafios da inclusão social, com melhoria da qualidade de vida e do desenvolvimento sustentável.
cajucultura
OBjetivO
Dinamizar o cultivo do caju com ênfase na industrialização* custosUS$ 1.00
Metas• Capacitação de 2.250 produtores em 4 anos
• Capacitação de 500 jovens na industrialização do
caju em 4 anos
• Construção de 4 Unidades de Transferência de
Tecnologia (UTTs)** e 2 viveiros de mudas em 2
anos
• Produção de 4 milhões de mudas em 4 anos
• Implantação de 6 unidades de beneficiamento da
castanha e/ou do pedúnculo em 4 anos
• Implantação de 1 central de padronização e
comercialização dos produtos da cajucultura em 4
anos
atividades principais• Contratação e capacitação da equipe de assistência
técnica
• Cadastramento e seleção dos agricultores beneficiários
do projeto
• Capacitação dos técnicos e dos agricultores, com ênfase
na formação de multiplicadores
• Capacitação dos jovens visando à formação de mão-de-
obra qualificada na industrialização da castanha
• Construção de viveiros de mudas e jardins clonais
• Implantação de unidades de beneficiamento e
comercialização
Fomento1.556,0
Crédito5.391,0
resultados esperados• 4 milhões de mudas de caju-anão precoce produzidas
• 2.250 agricultores capacitados e estruturados nas suas unidades produtivas
• 500 jovens capacitados na industrialização da castanha
• 18 mil ha de caju-anão precoce implantados e/ou recuperados no Território
• 4 UTTs instaladas e funcionando no Território
• 1 central de padronização e comercialização dos produtos da cajucultura implantada e funcionando no Território
• 6 unidades de beneficiamento da castanha e/ou do pedúnculo implantadas e funcionando
• Ofertas de empregos e renda percapita familiar incrementadas no Território
* Custos estimados. **Jardins clonais.
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Ovinocultura tradicional
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Estes projetos prioritários demandam capacitação tecno-lógica para o adensamento das atividades em um arranjo produtivo objetivando favorecer o aumento do índice de investimentos em infra-estrutura básica pelo governo.
Essas atividades estruturantes geram outras oportunidades. Estas, por sua vez, indicam novas oportunidades associadas, que geram negócios e investimentos de empresas de trans-formação de matéria-prima no Território.
Ovinocaprinocultura
OBjetivO
Dinamizar a cadeia produtiva da ovinocaprinocultura no território* custosUS$ 1.00
Metas• Capacitação de 1.150 ovinocaprinocultores durante os
4 primeiros anos
• Aquisição de 1.150 reprodutores melhorados
geneticamente durante os 4 primeiros anos
• Implantação de 13 UTTs no primeiro ano
• Disponibilização de 3 equipes técnicas (3 veterinários
e 13 técnicos) permanentes a partir do primeiro ano
• Seleção e capacitação de 30 monitores de campo no
primeiro ano
atividades principais• Contratação e capacitação da equipe de assistência
técnica
• Cadastramento, seleção e capacitação dos produtores
beneficiários
• Prestação de assessoramento tecnológico, organizacional
e gerencial aos produtores
• Implantação de UTTs
• Identificação e implantação de infra-estruturas coletivas
de suporte à atividade
Fomento911,0
Crédito3.446,0
resultados esperados• 1.150 produtores capacitados, organizados em associações ou cooperativas, recebendo assistência técnica
diretamente em suas unidades produtivas
• 2 monitores de campo capacitados e atuando por município, como auxiliares no assessoramento técnico aos produtores
• 13 UTTs apoiando o processo de adoção de tecnologias melhoradas no Território
• 100% dos produtores envolvidos no projeto adotando práticas agroecológicas no manejo dos recursos naturais
• Aumento da produtividade dos rebanhos com a elevação da taxa de desfrute para 40% e redução do índice de
mortalidade para 10%
• Inserção dos produtos locais nos mercados regional, estadual e nacional
* Custos estimados.
Hortifruticultura
OBjetivO
implantar projeto de irrigação em hortifruticultura no território* custosUS$ 1.00
Metas• Implantação de 2.400 ha irrigados em 5 anos, com 480
ha por ano• Incorporação de 600 produtores à atividade, sendo 120
por ano• Capacitação de 120 agricultores por ano durante 5 anos• Aquisição de 120 kits de irrigação por ano, em 5 anos• Construção de 1 unidade de comercialização no segundo
ano• Implantação de um centro de produção de mudas no
primeiro ano• Contratação de uma equipe técnica (técnicos de nível
superior e nível médio) no primeiro ano
atividades principais• Mapeamento das possíveis áreas irrigáveis• Análise de viabilidade técnica e econômica dos produtos a
serem cultivados (hortaliças e frutas)• Formação de parcerias com instituições públicas e privadas• Aproveitamento de esterco animal na adubação• Capacitação dos produtores em tecnologia de produção e
em gestão• Capacitação da equipe técnica em irrigação• Aquisição de equipamentos de irrigação• Incorporação de novas áreas à agricultura irrigada• Implantação de centros de comercialização e de produção
de mudas
Fomento2.640,0
Crédito10.468,0
resultados esperados• Aumento da produção agrícola do Território • Oferta de produtos de qualidade na região• Incremento da área irrigada do Território • Agricultores com assistência técnica permanente• Produtores capacitados na tecnologia de irrigação • Melhoria da qualidade de vida da população• Maior oferta de empregos• Aumento da rentabilidade dos agricultores• Redução do êxodo rural
* Custos estimados.
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5.5. Outros projetos
Faz-se necessário um rápido comentário sobre a importân-cia dos projetos que obtiveram menor peso na matriz mul-ticritério, uma vez que para o Território as propostas de projetos que obtiveram menores pontuações são, também, prioritárias e, conseqüentemente, de importância econô-mico-social significativa:
• Mamona – é uma atividade que está em destaque graças às ações governamentais para incremento da produção de bio-diesel. O Piauí conta com iniciativas de cultivos de grandes áreas, por agricultores familiares, em assentamentos pro-movidos por empresa privada. É uma opção a mais para a região semi-árida, onde se localiza o Território do Vale do Sambito.
• Apicultura – o Estado do Piauí é, hoje, o segundo maior produtor de mel no Brasil. No Território do Vale do Sambito, é importante ressaltar o potencial e a diversi-dade da florada apícola, porém é necessária uma maior organização e melhor capacitação dos apicultores para que a atividade possa desenvolver-se de forma sustentá-vel, promovendo a inclusão social e a geração de renda.
• Piscicultura – a construção da Barragem Mesa de Pe-dra, que barra o rio Sambito e armazena um volume de mais de 55 milhões de m3 de água, propiciou à po-pulação da região a possibilidade de desenvolver mais esta atividade, e com grande potencial. Investimentos já estão sendo feitos no local, incentivando a piscicultura em tanques-rede e qualificando os produtores.
apicultura
OBjetivO
Melhorar a produção e a qualidade do mel no território
Metas• Atendimento a 3 mil produtores, com implantação de 30 mil
colméias em 3 anos
• Construção de 2 casas de mel em 2 anos, adequadas ao nível
de produção
• Capacitação de 3 mil produtores, sendo mil por ano
• Elevação da produtividade para 40 kg de mel por colméia
por ano em 3 anos
• Aquisição de 3 mil kits de proteção e manejo para atividade
apícola, sendo mil por ano
• Construção de 1 entreposto e de uma unidade de
comercialização em ponto estratégico do Território
em 3 anos
atividades principais• Viabilização de assistência técnica aos apicultores
• Capacitação dos apicultores na tecnologia de produção de mel
e em gestão empreendedora
• Criação e divulgação de uma marca própria para o produto do
Território
• Construção de casas de mel, entreposto e unidade de
comercialização
• Aproveitamento da cera para fins industriais
• Agregação de valor ao produto oferecido
• Organização dos apicultores em associações e/ou cooperativas
resultados esperados• Aproveitamento da florada permanente e temporária do Território
• Melhoria da qualidade dos produtos da apicultura
• Melhoria do padrão alimentar da população
• Apicultores organizados em associações e/ou cooperativas
• Manutenção do equilíbrio ecológico
• Aumento da renda dos apicultores
• Melhoria da qualidade de vida
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Mamona
OBjetivO
implantar o cultivo da mamona para a produção de biocombustível
Metas• Implantação de 20 mil hectares de mamona em 5 anos
• Atendimento de 2 mil famílias com 10 ha cada uma, sendo
400 famílias por ano em 5 anos
• Capacitação de 400 produtores por ano durante 5 anos
• Contratação de equipe técnica permanente, com técnicos de nível
superior e nível médio
• Implantação de 1 esmagadora do produto em local estratégico
em 5 anos
atividades principais• Implantação de 4 mil hectares de mamona por ano
• Capacitação da equipe de assistência técnica
• Capacitação de 400 produtores por ano na tecnologia de
produção da mamona em associativismo/cooperativismo e gestão
empresarial
• Criação e estruturação de cooperativas
resultados esperados• Aproveitamento das áreas com aptidão agrícola para a cultura
• Equipe técnica capacitada na tecnologia de produção da mamona
• Produtores organizados em associações ou cooperativas
• Geração de empregos diretos e indiretos
• Geração e distribuição de renda
• Inclusão social
Barragem Mesa de Pedra – Valença do Piauí-PI
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piscicultura
OBjetivO
introduzir novas tecnologias na exploração da piscicultura visando à ampliação da produção pesqueira do território
Metas• Capacitação de 600 piscicultores em 3 anos, sendo 200
por ano
• Construção de 30 ha de viveiros no período de 3 anos,
implantando 10 ha ao ano
• Aquisição de 60 tanques-rede em 3 anos, sendo 20 por ano
• Implantação de 1 unidade de comercialização no segundo ano
• Formação de uma equipe de assistência técnica especializada
no primeiro ano
atividades principais• Capacitação dos produtores em piscicultura
• Construção de viveiros e aquisição de tanques-rede
• Aquisição de alevinos diversificados para povoamento dos tanques
• Aquisição de material de pesca para os piscicultores
• Incentivo à organização dos piscicultores em associações ou
cooperativas
• Monitoramento semanal do desenvolvimento dos peixes com
medição de tamanho e peso
• Realização sistemática de análise da qualidade da água
• Promoção de seminários e/ou cursos visando ao aumento do
consumo do pescado em todo o Território
resultados esperados• Produção de 350 t de pescado por ano no Território
• Aproveitamento do potencial hídrico do Território
• Produtores organizados em associações e/ou cooperativas e capacitados em piscicultura
• Piscicultores com acompanhamento técnico especializado
• Melhoria no padrão alimentar da população
• Aumento da renda dos produtores
• Melhoria da qualidade de vida da população
Algumas experiências mostram que a agricultura familiar necessita de novo enfoque. “Para criar competitividade no agregado de produção, há que reconsiderar os conceitos, as formas, os métodos e os meios operativos com os quais se trata a atividade do agricultor: o produtor tem que entrar nas estruturas de geração e retenção de riqueza para vencer as
estruturas de pobreza. A estrutura de pobreza se caracteriza pela incapacidade crônica de expandir o potencial produtivo e a criatividade do grupo familiar agrícola para atividades com-plementares dentro ou fora da propriedade. A agregação de valor se faz simultaneamente na força de trabalho e no produ-to agrícola” (Eugênio Giovenardi em Os pobres do campo).
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Piscicultura em tanques-rede – lago da Barragem Mesa de Pedra – Valença do Piauí-PI
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ne “Nunca duvide da força de pequeno grupo de pessoas para transformar a realidade. Na verdade, elas são a única esperança de que isso possa acontecer.”
Margaret Mead
O diferencial do Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba (PLANAP) é justamente a capacidade de elaboração coletiva que os atores sociais demons-traram durante o processo de construção do plano.
O próprio desenho metodológico do processo gera nos atores sociais, durante as oficinas, grande expectativa do que virá depois. Essa expectativa vem transformando a mesmice em iniciativas continuadas para a definição da forma de gestão.
Para se compreender os processos de organização e gestão na Bacia do Rio Parnaíba, é necessário primeiro remeter-se ao universo das organizações públicas e privadas existentes que atuam no Território, que pelas informações levantadas, em nível primário e secundário, seriam suficientes para administrar os diferentes processos de gestão nas dimensões econô-mica, sociocultural, ambiental e político-institucional.
No entanto, as organizações públicas e privadas – unidades regionais técnicas, gerências, comitês, conselhos, associações, ONGs, cooperativas, empresas públicas e privadas, cen-tros sociais, instituições financeiras – não conseguem desenvolver uma gestão cuja função seja a de “construir organizações que funcionem”, quer na implantação, na implementação ou no controle, com uso de instrumentos de monitoramento e avaliação de ações.
A gestão, na visão mais ampla, tem por natureza, segundo Ruy Matos, a “função organiza-cional voltada para a liderança, a coordenação, o planejamento, o controle, a orientação e a integração das ações implantadas nos diversos níveis e setores da Organização”, tudo fundamentado nas seguintes premissas básicas:
• senso de propósitos e valores compartilhados;• agregação de valor mútuo;• compromissos e responsabilidades;• confiança e transparência na comunicação;• abertura a mudanças de paradigmas.
Porém, o que se observa na prática das organizações é a total desarticulação entre elas, além do distanciamento da concepção de gestão em relação a essas premissas básicas, fundamen-tais para a formação de parcerias e alianças.
É importante mencionar que as organizações existentes trabalham com a incapacidade de trazer a gestão para o centro da organização. O desafio está não em criar, e sim em contri-buir para que as organizações de agora e as que vierem a ser criadas descubram afinal para que foram criadas, seus propósitos e seu sentido maior na sociedade.
Vários caminhos poderão ser trilhados para a formação de uma nova institucionalidade, mas, hoje, a vocação que conduz às mudanças sociais, no campo político-democrático, está
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estruturada, tendo por natureza jurídica, entre outras, for-mas cujas características estão apresentadas no Quadro 6: Comitê de Bacia, Fórum, Organizações Sociais (OS), Or-ganização Não Governamental (ONG) e Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).
Essa nova institucionalidade demanda, também, o fortale-cimento – capacitação – das entidades que estiverem nela representadas, para que tragam consigo a capacidade da mobilização, da construção, do empoderamento, da postu-ra ética e da gestão.
Quadro 6. Formas alternativas de gestão
Formas características
comitê de
Bacia
O que é Órgão colegiado
Objetivo Normatizar, deliberar e consultar
Princípios Definidos no regimento interno
Gestão/organização Diretoria, secretaria executiva, plenária, câmaras técnicas e câmaras consultivas regionais
ComposiçãoRepresentantes da União, dos estados, dos municípios, dos usuários das águas, das entidades civis, conforme abrangência geográfica da bacia
Lei que regula Criado por decreto federal com base na Lei no 9.433/1997
Fórum
O que é Espaço aberto que congrega instituições públicas e privadas, representações de classe, segmentos organizados da sociedade, universidades e instituições financeiras
Objetivo Desenvolvimento regional
PrincípiosComprometimento, ética, participação democrática e resultados tangíveis socialmente justos e ecologicamente corretos
Gestão/organização Secretaria executiva e câmaras temáticas
Composição Plural e ilimitada
OS
O que é Entidade privada prestadora de serviço privado de interesse público
ObjetivoVoltada ao ensino, à pesquisa, ao desenvolvimento tecnológico, à cultura, à saúde e ao meio ambiente
PrincípiosPodem ser definidos pelos membros. A lei estipula o funcionamento, os órgãos e as deliberações
Gestão/organizaçãoFormada por membros do poder público e da sociedade civil com contrato de gestão com a sociedade civil
No de associados Ilimitado
Lei que regula Lei no 9.637/1998
ONG
O que é Organização sem fins lucrativos, autônoma, voltada para o atendimento de organização de base popular
ObjetivoContribuir para o desenvolvimento da sociedade por meio da promoção social, complementando a ação do Estado
Princípios Definidos pelos membros a partir das idéias que os unem
Gestão/organização Gerida pela assembléia-geral e pela diretoria executiva
No de associados Ilimitado
OScip
O que é Sociedade civil de direito privado sem fins lucrativos
Objetivo Sociais de interesse geral da sociedade, conforme artigo 4o da lei que a regula
Princípios Definidos na lei, de caráter ético e comportamental
Gestão/organizaçãoDefinido em estatuto, sendo formado por sócios. É instituído um termo de parceria com o poder público
No de associados Ilimitado
Lei que regula Lei no 9.790/1999
Ao ser formalizada, essa nova institucionalidade será um campo de articulação dos Territórios em redes, permi-tindo não só a busca de identidade, mas a construção de
plataformas de ação comuns às diversas realidades, que se conhece como que devem ser respeitadas e valoriza-das como tal.
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piscicultura em tanques-rede em valença-pi
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7.1. Bibliografia consultada
ANA/GEF/PNUMA/OEA. Projeto de Gerenciamento Integrado das Atividades Desenvolvidas em Terra na Bacia do Rio São Francisco: Programa de Ações Estratégicas para o Gerenciamento Integrado da Bacia do Rio São Francisco e da sua Zona Costeira (PAE): GEF São Francisco: Relatório Final. Brasília, 2004.
ANA/GEF/PNUMA/OEA. Implementação de Práticas de Gerenciamento Integrado de Bacia Hidrográfica para o Pantanal e Bacia do Alto Paraguai: Programa de Ações Estratégicas para o Gerenciamento Integrado do Pantanal e da Bacia do Alto Paraguai (PAE): Síntese Executiva. Brasília, 2004.
ATLAS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL 2000. PNUD Brasil. Disponível em http://www.pnud.org.br/atlas.
BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia. Arranjos Produtivos Locais (APLs), Secretaria da C&T para a Inclusão Social – Palestra em Power Point. 2004.
BUARQUE, Sérgio. Construindo o desenvolvimento sustentável – metodologia e planejamento. 2002.
CODEVASF – Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba. Almanaque Vale do Parnaíba. Brasília, 2004/2005.
GIOVENARDI, Eugênio. Os pobres do campo. Porto Alegre, 2003.IBGE. Macrozoneamento Geoambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba. Rio de
Janeiro, 1996.PIAUÍ. Secretaria de Planejamento. Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e
Sociais do Piauí (CEPRO). Anuário Estatístico do Piauí 2002. Teresina, 2004.ZONEAMENTO AGROECOLÓGICO DO NORDESTE DO BRASIL: diagnóstico
e prognóstico – Recife: Embrapa Solos – Escritório Regional de Pesquisa e Desenvolvimento Nordeste (ERP/NE); Petrolina: Embrapa Semi-Árido, 2000. CD-ROM (Embrapa Solos. Documentos, n. 14).
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7.2. Sites de interesse
CODEVASF – Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba http://www.codevasf.gov.br
DNIT – Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transporte http://www.dnit.gov.br
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária http://www.embrapa.gov.br
FAO – Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura http://www.fao.org
Governo do Estado do Piauí http://www.pi.gov.br
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística http://www.ibge.gov.br
IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional http:// www.iphan.gov.br
MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento http://www.mapa.gov.br
MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia http://www.mct.org.br
MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário http:// www.mda.gov.br
MI – Ministério da Integração Nacional http://www.integração.gov.br
MMA – Ministério do Meio Ambiente http://www.mma.gov.br
MT – Ministério do Turismo http:// www.turismo.gov.br
OEA – Organização dos Estados Americanos http://www.oas.org
PAB – Programa do Artesanato Brasileiro http://www.pab.desenvolvimento.gov.br
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento http://www.pnud.org.br
SEAP/PR – Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República http://www.presidencia.gov.br/seap
SEMAR-PI – Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Piauí http://www.semar.pi.gov.br
priNcipaiS atOreS Na eLaBOraçãO DO pLaNap para O
territóriO vaLe DO SaMBitO8
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valença-pi
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8.1. Organismos governamentais envolvidos no processo
8.1.1.Federais
aDENE Agência de Desenvolvimento do Nordeste
BB Banco do Brasil S. A.
BNB Banco do Nordeste do Brasil
CODEVaSF Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba
EMBRaPa Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
IBaMa Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
UFPI Universidade Federal do Piauí
8.1.2.Estaduais
aGESPISa Águas e Esgotos do Piauí S.A.
CâmaraSetorialdeapicul-turadoPiauíEMaTER-PI Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí
PM-PI Polícia Militar do Estado do Piauí
SDR-PI Secretaria de Desenvolvimento Rural do Piauí
SEDUC-PI Secretaria Estadual de Educação do Piauí
SEPlaN-PI Secretaria de Planejamento do Piauí
SESaPI Secretaria Estadual de Saúde do Piauí
8.1.3.Municipais
aroazes
Câmara Municipal
Prefeitura Municipal
Secretaria de Administração
Secretaria de Educação
Secretaria de Esporte, Lazer, Cultura e Turismo
Secretaria de Planejamento
Barrad’alcântara
Prefeitura Municipal
Secretaria de Assistência Social
Secretaria de Educação
Secretaria de Saúde
ElesbãoVeloso
Câmara Municipal
Prefeitura Municipal
Secretaria de Agricultura
Secretaria de Cultura
Secretaria de Educação
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FrancinópolisCâmara Municipal
Prefeitura Municipal
Secretaria de Assistência Social
Inhuma
Câmara Municipal
Prefeitura Municipal
Secretaria de Administração
Secretaria de Agricultura, Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Secretaria de Educação
Secretaria de Saúde
Secretaria do Trabalho
Secretaria de Urbanismo
IpirangadoPiauíAssessoria de Comunicação
Câmara Municipal
Departamento de Arte, Cultura e Turismo
Secretaria de Administração
Secretaria de Agricultura
Secretaria de Assistência Social
Secretaria de Educação
Secretaria de Saúde
lagoadoSítioCâmara Municipal
Prefeitura Municipal
Secretaria de Administração Geral
Secretaria de Assistência Social
Secretaria de Educação
NovoOrienteCâmara Municipal
Prefeitura Municipal
Secretaria de Agricultura
Secretaria de Educação
Secretaria de Saúde
Pimenteiras
Câmara Municipal
Prefeitura Municipal
Secretaria de Educação
Secretaria de Saúde
PratadoPiauíCâmara Municipal
Prefeitura Municipal
Secretaria de Administração
Secretaria de Educação
Secretaria de Saúde
SantaCruzdosMilagres
Câmara Municipal
Departamento de Esporte e Lazer
Prefeitura Municipal
Secretaria de Administração
Secretaria de Assistência e Ação Social
Secretaria de Educação
Secretaria de Meio Ambiente
Secretaria de Obras
Secretaria de Saúde
SãoFélixdoPiauí
Câmara Municipal
Prefeitura Municipal
Secretaria de Administração
Secretaria de Assistência Social
Secretaria de Desenvolvimento Econômico
Secretaria de Educação
Secretaria de Obras Públicas
Secretaria de Saúde
SãoMigueldaBaixaGrande
Câmara Municipal
Prefeitura Municipal
Secretaria de Administração
Secretaria de Educação
Secretaria de Saúde
ValençadoPiauí
Câmara Municipal
Prefeitura Municipal
Secretaria de Agricultura
Secretaria de Assistência Social
Secretaria de Cultura
Secretaria de Finanças
Secretaria de Gabinete
Secretaria de Obras
Secretaria de Saúde
VárzeaGrande
Câmara Municipal
Departamento de Agricultura
Prefeitura Municipal
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8.2. Organismos não governamentais
Academia de Letras de Valença do Piauí
AMOR – Associação das Mulheres Organizadas de Francinópolis
APAE de Ipiranga do Piauí
APICCOVI – Associação Piauiense dos Criadores de Caprinos e Ovinos
Associação das Donas de Casa de Francinópolis
Associação de Moradores de Santa Cruz dos Milagres, Novo Oriente, Ipiranga do Piauí, Valença do Piauí, Francinópolis, Inhuma
Associação dos Agricultores de Santa Cruz dos Milagres, São Félix do Piauí, São Miguel da Baixa Grande, Novo Oriente, Inhuma, Ipiranga do
Piauí, Francinópolis
CEPES – Centro de Educação Popular Esperantinense
Comitê Gestor do Fome Zero de Prata do Piauí
Conselho do FUMAC de Novo Oriente
Conselho do FUNDEF de Aroazes
Conselho Tutelar de Várzea Grande, Barra d’Alcântara, Pimenteiras, Novo Oriente, Inhuma, Ipiranga do Piauí, Lagoa do Sítio, Francinópolis,
Elesbão Veloso
Cooperativa de Produtores de Mel de Elesbão Veloso
Cooperativa Agrícola de Pimenteiras, Ipiranga do Piauí, Elesbão Veloso
COOTAPI – Cooperativa dos Técnicos Agrícolas do Piauí
Grupo de Jovens de Pimenteiras
Igreja Assembléia de Deus: Aroazes, Prata do Piauí, Várzea Grande, Inhuma, Ipiranga do Piauí, Francinópolis
Igreja Católica de Santa Cruz dos Milagres, Prata do Piauí, Várzea Grande, Barra d’Alcântara, Pimenteiras, Novo Oriente, Ipiranga do Piauí,
Francinópolis, Elesbão Veloso, Aroazes
Igreja Universal do Reino de Deus de Prata do Piauí
Obra Kolping de Pimenteiras
Rádio Nossa FM de Valença do Piauí
SEBRAE de Ipiranga do Piauí, Valença do Piauí, Elesbão Veloso
STR de Aroazes, São Félix do Piauí, São Miguel da Baixa Grande, Prata do Piauí, Várzea Grande, Barra d’Alcântara, Pimenteiras, Novo Oriente,
Inhuma, Valença do Piauí, Lagoa do Sítio, Francinópolis, Ipiranga do Piauí, Elesbão Veloso
8.3. Direção e coordenação da cODevaSF
CODEVaSF–CompanhiadeDesenvolvimentodosValesdoSãoFranciscoedoParnaíbaSGaN,Q.601Conj.I–Ed.Dep.ManoelNovaes–s.22270.830-901,Brasília-DF,Brasil.Site:http://www.codevasf.gov.brLuiz Carlos Everton de FariasPresidenteTel.: (55-61) 3312-4660/3312-4845/3225.3487
Ana Lourdes Nogueira AlmeidaDiretora da Área de Administração Tel.: (55-61) 3312-4710/3224-7862
Clementino Souza CoelhoDiretor da Área de EngenhariaTel.: (55-61) 3312-4734/3224-7980
Marcos Moreira (Respondendo pela Diretoria)Diretor da Área de ProduçãoTel.: (55-61) 3312-4680/3312-4684/3224-7690
Alexandre Isaac FreireGerente Executivo da Área de PlanejamentoTel.: (55-61) 3312-4640/3312-4646/3226-2145
Hildo Diniz da SilvaSuperintendente – 7a SRTel.: (55-86) 3215-0150, Fax: (55-86) 3221-0940E-mail: [email protected]
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8.5. Membros dos Grupos de trabalho das Oficinas de construção do pLaNap
adrianaCristinaSilvadeBritoRua Antonino Dantas, s/n64.315-000, Sta Cruz dos Milagres-PIFone: (89) 469-1159/9982-9964
antônioBarbosalimaRua Luiz Mendes Veira, 41164.370-000, Prata do Piauí-PIFone: (86) 250-1250
antôniodeDeusGonçalvesdeaguiarRua Antônio de Deus, Centro64.535-000, Inhuma-PIFone: (89) 477-1728
antôniodeSouzaNetoRua 8 de Dezembro, Centro64.525-000, Várzea Grande-PIFone: (89) 471-1279
antônioJoséPereiradaSilvaRua Edmundo Soares, Lavanderia64.300-000, Valença do Piauí[email protected]: (89) 465-1637
BeneditadaCostaSantosRua Valdino José de Sousa, 4864.528-000, Barra d’Alcântara-PIFone: (89) 423-0035
BeneditodaCostaMendesRua Cel. Luís Ferraz, Centro64.310-000, Aroazes-PIFone: 468-1221
BenonidaSilvaRodriguesRua Epaminondas Nogueira ,473 64.300-000, Valença-PI [email protected]: (89) 465-1325
CíceroBarretoRua Francisco José M. Neto, Vermelha64.325-000, Elesbão Veloso-PIFone: (86) 285-1152/285-1132
CíceroMarcosdeOliveiraRua Cel. Antônio Teixeira, 591, Piçarra64.325-000, Elesbão Veloso-PIFone: (86) 285-1145/285-1259
8.4. equipe de elaboração do pLaNap – território vale do Sambito
Ivan Dantas Mesquita MartinsCoordenador de Estudos, Planos e ProjetosTel.: (55-61) 3225-4878/3312-4620; Fax: 955-61) 3321-5673E-mail: [email protected]
Nelson da Franca Ribeiro dos AnjosCoordenador Internacional do PLANAPEspecialista Principal em Recursos Hídricos – UDSMA/OEASGAN, Q. 601, Conj. I – Ed. Dep. Manoel Novaes – s. 22270.830-901, Brasília-DF, BrasilE-mail: [email protected]
Rejane Tavares da SilvaCoordenadora técnica do PLANAPE-mail: [email protected]
CristinaMariadeMouraQuadra 54, casa 18, Parque Piauí64.025-100, [email protected]: (86) 220-6980
DevaldodaSilvaNunesAv. Santos Dumont, 1.194, Valentim64.300-000, Valença do Piauí-PIFone: (89) 4652975/465-1324
DomicianodeassisFerreiradaSilvaRua Sete de Setembro 207 64.530-000, Novo Oriente do Piauí-PIFone: (89) 475-1123 ou 475-1288
DomingosdaSilvaNetoPraça Imaculada Conceição, Centro64.375-000, São Félix do Piauí[email protected]: (86) 295-1134
EdmarleitedaSilvaAv. 27 de Fevereiro, 322, Pedrinhas64.310-000, Aroazes-PI
EdilsonFerreiraSoaresRua 14 de Outubro, 145, Centro64.530-000, Novo Oriente do Piauí-PIFone: (89) 475-1178/9978-1040
EdsonBasílioSoaresUFPI 64.001-270, [email protected]: (86) 215-5747
FranciscaalcinaPereiradaSilvaRua da Fundec, 639, Centro64.308-000, Lagoa do SítioFone: (89) 467-1232
FranciscadasChagaslopesRua Sen. Dirceu Arcoverde, 37064.370-000, Prata do Piauí[email protected]: (86) 250-1224
FranciscadeSousaCortezQuadra C, casa 05, COHAB II64.300-000, Valença do Piauí-PIFone: (89) 465-1183
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FranciscoavelinodearaújoSantosRua Demerval Lobão, 100, Centro64.535-000, Inhuma-PIFone: (89) 477-1444
FranciscodeassisMoreiradaSilvaRua 7 de Setembro s/n, Centro64.525-000, Várzea Grande-PIFone: (89) 471-1264
FranciscodeSouzaBorgesRua 15 de Novembro s/n64.530-000, Novo Oriente-PIFone: (89) 475-1180
FranciscodosanjosSilvaRua Professor João Soares, 1.04264.300-000, Valença do Piauí[email protected]: (89) 465-2085
FranciscodasChagasSilvaRua Manoel Vêncio, s/n64.315-000, Santa Cruz dos Milagres-PIFone: (89) 469-1200
FranciscodasChagasSimplíciodaSilvaAv. Getúlio Vargas, 170, Centro64.370-000, Prata do Piuaí-PIFone: (86) 250-1155/250-1233
FranciscoEstevãodaSilvaRua Severino Antão64.530-000, Novo Oriente-PIFone: (89) 475-1246
FranciscoJosédeSousaRua São Nicolau s/n64.315-000, Santa Cruz dos Milagres-PIFone: (89) 469-1118
FranciscoleonidadaSilvaRua Landri Sales, 419, Centro64.320-000, Pimenteiras-PIFone: (89) 474-1340
FranciscoPereiradaSilvaRua 21 de Dezembro, 44664.370-000, Prata do Piauí-PIFone: (86) 250-1150
FranklinBatistadeCarvalhoRua São João, Centro64.315-000, Santa Cruz dos [email protected]: (89) 465-1866
GilvandoFerreiradosSantosRua Joana Maria da Conceição, Centro64.528-000, Barra d’Alcântara-PIFone: (89) 423-0120
IsaurideMouraMatildesRua da Fundec s/n, Piçarra64.308-000, Lagoa do Sí[email protected]: (89) 467-1105
JoãoBoscoCarvalhoRibeiroRua Desembargador C. Lima, 20964.320-000, Pimenteiras-PIFone: (89) 474-1426
JoãodaCruzSousaPraça Juscelino Kubitschek, 229, Centro64.525-000, Várzea Grande-PIFone: (89) 471-1154
JosédaSilvaBorgesRua 7 de Dezembro, 3564.540-000, Ipiranga do Piauí-PIFone: (89) 440-1105
JoãoEvangelistadeandradeMeloAv. 27 de Fevereiro, Centro64.310-000, Aroazes-PIFone: (89) 468-1128
JoséGabrielRodriguesConj. Abdon Portela II, Quadra F, casa 0464.300-000, Valença do Piauí-PIFone: (89) 465-1537/9984-4762
JoséRaimundoBezerralimaRua Raimundo Flor s/n, Matias64.325-000, Elesbão Veloso-PIFone: (86) 285-1173
JusineidealvesdaSilvaRua Francisco Manoel de S. Martins, 28364.528-000, Barra d’Alcâ[email protected]: (89) 423-0018/423-0060
lindomardosanjosamâncioRua General Propécio, 466, Centro64.300-000, Valença do Piauí-PIFone: (86) 9977-9087
luzimaralvesdePaivaFélixAv. Mundim Ferreira, 27364.308-000, Lagoa do Sítio-PI
ManoeldaCruzSoaresRua 20 de Novembro, 52764.375-000, São Félix do Piauí-PIFone: (86) 295-1273
ManoeldaCruzSoareslucianoAv. 27 de Fevereiro, 620, Centro64.310-000, Aroazes-PIFone: (89) 468-1118
ManoelGonçalvesNunesRua Antônio de Deus s/n, Centro64.535-000, Inhuma-PIFone: (89) 477-1119/9482-7154
MariaadamirlealdeSousaRua 15 de Novembro, 18764.535-000, Inhuma-PI
MariaagnaRibeiroRua Lorival Moreira s/n64.520-000, Francinópolis-PIFone: (89) 472-1181
MariaantônialimaRua Presidente Castelo Branco s/n64.370-000, Prata do Piauí-PIFone: (86) 250-1250
MariadaConceiçãoSilvaCortesSecretaria Municipal de Ação Social64.308-000, Lagoa do Sítio-PIFone: (89) 467-7705
MariadeFátimaMouraAv. Júlio Teixeira, 5464.378-000, São Miguel da Baixa Grande-PIFone: (86) 296-0007
MariadoSocorroReisHenriquedeSousaRua da Fundec, 67564.308-000, Lagoa do Sítio-PIFone: (89) 467-1132
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MariadoSocorroVelosoBomfimPraça do Mercado s/n, Centro64.320-000, [email protected]: (89) 474-1171
MariaElenicedoNascimentoRua Francisco Manoel de Sousa Martins64.528-000, Barra d’Alcântara-PIFone: (89) 423-0135
MariaIzoldaM.CardosoQuadra 2, casa 01, Bela Vista64.000-000, [email protected]: (86) 8802-3780
MarialuciennedeMouraRua João do Vale, 26, Centro64.378-000,São Miguel da Baixa [email protected]: (86) 296-0040
MariaVilanideMouraSousaRua Carmino Paraíba, 229, centro64.535-000, Inhuma-PIFone: (89) 477-1101
MáriodoÓ.HipólitoNunesAv. Mundico Félix, s/n64.308-000, Lagoa do Sítio-PIFone: (89) 467-1142
MiltonCésaralvesdaRochaRua Ludgério, s/n64.315-000, Santa Cruz dos Milagres-PIFone: (89) 469-1188
PatríciadeMariaGomesFeitosaPraça Detinho Soares, 486, Centro64.310-000, Aroazes-PIFone: (89) 468-1154/468-1221
PauloCésarlealleiteRua Manoel Ribeiro, 425, Centro64.540-000, Ipiranga do Piauí-PIFone: (89) 440-1204
PaulodeSousaNunesAssociação de Aprasível, Aprasível64.530-000, Novo Oriente-PIFone: (89) 475-9007/475-1421
RaimundaBarbosadosSantosRua 8 de Dezembro, 345, Centro64.525-000, Várzea Grande –PIFone: (89) 471-1327
RaimundoluisdeOliveiraChavesRua Senador Arco Verde, 40, Centro64.520-000, Francinópolis-PIFone: (89) 472-1161
RaimundoMarcosdeSousaRua Albertina Ferreira da Silva64.528-000, Barra D’Alcântara-PIFone: (89) 423-0060
RaimundoNonatoGirãoRua Thomaz Tajra, 1.075, Jockey Club64.000-000, [email protected]: (86) 232-2621/9986-8740
RosileneGomesFreireRua Arlindo Nogueira, 1.260, Centro64.300-000, Valença do Paiuí[email protected]: (89) 9408-6291
SandraMariadeMesquitaAv. 29 de Julho, 556, Centro64.375-000, São Félix do Piauí-PIFone: (86) 295-1104
SebastianaRosadeMouraPraça Imaculada Conceição, Centro64.375-000, São Félix do Piauí-PIFone: (86) 295-1134
ValmirClarindoSalgueirodaSilvaRua Major Tonico, 137, de Fátima64.325-000, Elesbão Veloso-PIFone: (86) 285-1878
VicenteRufinoCortezRua José Borges, 101, Centro64.540-000, Ipiranga do Piauí-PIFone: (89) 440-1261
WallysonSoaresdosSantosRua Cícero Portela, 367
64.300-000, Valença do Piauí-PI
anexo
Para a preparação da proposta contida nesta Síntese Executiva, foram elaborados documentos considerados base para o desenvolvimento do trabalho.
O CD que acompanha este documento traz: os perfis dos Aglomerados, o diagnóstico com base na metodologia Itog nas dimensões ambiental, sociocultural e econômica, as propostas de projetos e os projetos priorizados elaborados e com estimativa de custo.
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SÍNTESE EXECUTIVA
TERRITÓRIO VALE DO SAMBITO
PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DA BACIA DO
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