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XIII SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS
RIO DE JANEIRO
ABRIL 1980
APROVEITAMENTO HIDRELETRICO DE ITAIPU
INSTRUMENTAcAO DAS ENSECADEIRAS PRINCIPAIS
TEMA III
Geo19 Adilson Luiz Barbi
Divisao de Geologia , Mecanica de
Rochas e Instrumentacao
Eng9 Evangelista Caetano Porto
Setor de Instrumentacao
Itaipu Binacional
597
R E S U M 0
0 nucleo das ensecadeiras principais da Usina de
Itaipu, construido atraves de langamento de argila em agua de
ate 50 metros de profundidade, foi instrumentado o mais cedo
possivel, visando controlar o seu comportamento juntamente com
o inicio do carregamento da argila submersa.
Deste modo conseguiu-se caracterizar toda a fase
inicial de deformacao plastica e definir a existencia de bol
soes de material em estado inconsistente em alguns niveis do
macigo.
Muitos problemas foram encontrados na instalacao
dos piezometros como consequencia da condicao do material argi
loso langado em agua.
Neste trabalho procuram - se mostrar o plano de
instrumentacao elaborado , as dificuldades na sua execugao e os
resultados obtidos na fase de construcao do aterro.
599
INSTRUMENTAcAO DAS ENSECADEIRAS PRINCIPAIS
DA USINA DE ITAIPU
1. INTRODUQAO
A instrumentacao instalada nas ensecadeiras prin
cipais da Usina de Itaipu teve um desempenho muito importan
to no controle daquelas estruturas, ao longo do periodo
construtivo.
A inexistencia de obras identicas no porte que
pudessem ser assumidas como padrao de comportamento, imps
a esta instrumentagao um carter pioneiro. A instalacao dos
instrumentos, apesar de dificultosa permitiu obter resulta
dos durante a fase inicial de carregamento do nu'cleo cons
truido com argila submersa. A analise dos resultados e as
inspeg6es de campo se tornaram uma rotina diaria como meio
de prever com antecedencia qualquer indicio de problema
mais serio nestas estruturas.
0 objetivo deste trabalho e divulgar as diversas
fases de pesquisas e instrumentacao, bem como os resultados
obtidos durante a construcao das ensecadeiras . Embora o tem
po de observacao nao seja grande , os dados ate agora levan
tados ja permitem extrapolar o comportamento do macigo argi
loso.
2. PLANO DE INSTRUMENTAQAO
0 projeto de instrumentagao foi elaborado visando
a obtencao de dados simultaneamente com a construgao objeti
vando orientar o andamento dos servigos durante a sua execu
gao. Basicamente propunha:
- acompanhar o comportamento da rocha de fundacao, supos
to altamente permeavel pelos resultados das primeiras inves
tigacoes efetuadas em campanhas anteriores.
- investigar o desenvolvimento de presses neutras em di
versos niveis do nucleo de argila.
- medir a deformacao total em pianos verticais paralelos
e transversais ao ei.xo da estrutura.
6oi
Posteriormente, este ultimo item foi complementa
do pela instalacao de marcos superficiais para possibilitar
a deteccao de recalques diferenciais que pudessem originar
trincas transversais.
As figuras 1 e 2 mostram os planos finais confor
me proposto para as ensecadeiras de montante e jusante, e
as secoes tipicas instrumentadas.
Foram utilizados unicamente instrumentos disponT
veis ou fabricados na obra, ou sejam:
- celulas Geonor de Gorda vibrante, tipo M-600, com capa
cidade de 10 kg/cm2 e leitura com contador digital;
- piezometros de tubo, com o bulbo protegido por duas ca
madas de " Bidim";
- medidores de recalque de placa unica, com leitura fei
to por topografia de precisao. Alguns destes foram construT
dos acoplados a piezometros;
- marcos superficiais de recalque, construidos de concre
to e nivelados topograficamente.
3, INSTRUMENTAQAO DE FUNDAcAO
3.1, CARACTERISTICAS DO TOPO ROCHOSO
Os dados disponiveis sobre a fundacao da rocha
abaixo do nucleo de argila, se restringiam aqueles ob
tidos a partir de sondagens realizadas na fase inicial
da obra e executadas sobre flutuador ancorado.
As grandes e bruscas variacoes do nivel do rio,
alta velocidade da agua com profundidade de atg 70 me
tros e a neblina constante no local dificultavam a lo
cacao topografica dos furos e geravam problemas que se
refletiam na qualidade das amostras e dos ensaios de
perda d'agua.
Consequentemente, os valores assumidos para a fa
se inicial dos trabalhos foram bastante pessimistas, a
tribuindo a rocha qualidades inferiores, tanto em ter
mos de fraturamento como de permeabilidade.
As principais preocupag6es com respeito as funda
toes do nucleo argiloso eram:
- existencia de fraturamento continuo e paralelo
602
ao fluxo, As sondagens , conforme citado acima, mostra
vam intenso fraturamento sub-horizontal em ambas as en
secadeiras , e localmente , pontos de elevada permeabili
dade, Na ensecadeira de jusante , a situagio se agrava
va, tendo em vista a proximidade entre o topo rochoso
e o contato do derrame subjacente, sabidamente aberto
e permeavel.
- linhas continuas de blocos soltos ( matacoes)
no sentido do fluxo no removidos nos trabalhos de lim
peza, e que pudessem constituir linhas de percolacao.
- taludes negativos ao longo da parede quase sem
pre abrupta do canal do rio, e que, se continuos,colo
cariam em contato os lados montante e jusante do nu
cleo.
- bancos de areia ou cascalho em area tal que pu
desse definir um piano de percolacao.
Os trabalhos de limpeza da fundacao foram inicia
dos logo ap6s o fechamento dos diques de rocha e pi
longaram - se ate se ter garantido um contato adequado
do nucleo com a fundagao rochosa.
Nesta fase foram muito uteis as informacoes dos
mergulhadores e circuito fechado de televisao, no au
xilio dos trabalhos de interpretacao dos registros do
"Side Scan Sonar".
A eficiencia dos trabalhos de limpeza foi compro
vada em fases posteriores , atraves de pesquisas em fu
ros de sondagens executados com o objetivo de verifi
car a necessidade de tratamento da fundacao. As amos
tras coletadas mostraram claramente a diferenga entre
o topo rochoso nos locais com e sem limpeza, pela au
sencia de material solto , seja, areia ou matacoes.
Ensaios de perda d'agua, realizados agora em con
dig6es melhores , mostraram que a rocha era na verdade
mais estanque , com K variavel entre 10-3 e 10 -4 cm/seg,
e as fraturas quasi sempre preenchidas por material
concrecionado.
A comprovacao da estanqueidade da fundacao pode
ser melhor caracterizada durante o esgotamento do re
603
cinto. Nesta fase foi programado uma paralisacao do
bombeamento na el. 85 de modo a permitir o calculo
da vazao total de infiltracao, baseado nas medidas
de recuperagao do nivel d'agua no recinto.
0 resultado indicou uma vazao de 1,0 m3/min para
uma carga hidraulica de 15,0 m, a qual engloba tanto
as infiltracoes pelas ensecadeiras, como tambem a con
tribuicao lateral dos aquiferos que afloram no vale do
rio,
Estes dados praticamente definiram a eliminagao
da extensa cortina de injegao, a qual, se necessaria,
acarretaria enormes problemas executivos, com possibi
lidade de comprometer seriamente o cronograma da obra.
3.2. INSTRUMENTOS INSTALADOS E PRIMEIROS RESULTADOS
A instrumentacao para acompanhamento das pres
s6es no contato argila/rocha foi instalada em duas se
toes na ensecadeira de montante (est. 2 + 55 e 4 + 09)
e numa na de jusante (est. 2 + 50), Em cada secao fo
ram instalados quatro piezometros, sendo duas celulas
Geonor e dois piezometros de tubo, instalados aos pa
res de modo a permitir a comparagaoentre os resultados.
0 comportamento destes piezometros, mostrados
nas figuras 3 e 4, caracteriza a dissipagao da sub
pressao em direcao ao trecho ensecado, refletindo per
da de carga quase que total ao longo da fundacao.
As infiltracoes medidas dentro do recinto enseca
do mostram valores em torno de 400 f/min, tanto para a
ensecadeira de montante como para a de jusante.
Estes dados caracterizam a importancia da rigi
dez observada nos criterios de limpeza do topo rocho
so, como o fator principal pelo excelente resultado
obtido.
As fraturas superficiais da rocha possivelmente
continuam sendo obstruidas pelo material langado, me
lhorando ainda mais sua estanqueidade com o passar do
tempo.
4. INSTRUMENTACAO DO ATERRO
604
4.1. INVESTIGACOES GEOTECNICAS
Durante a fase de construcao, o aterro de argila
submerso foi acompanhado por investigacoes de campo e
ensaios de laboratorio . Os trabalhos de campo foram
iniciados numa fase preliminar durante a construgao do
aterro experimental , utilizando o equipamento DEEPSOUN
DING para medida da variacao de resistencia do materi
al com a profundidade. Os resultados deste primeiro
teste nao foram consistentes tendo em vista principal
mente a baixa resistencia do material e pequena sensibi
lidade do aparelho utilizado.
Ja na fase de construcao, as caracteristicas geo
tecnicas do nucleo de argila lancado sob agua foram a
companhadas por ensaios de resistencia a penetragao
(SPT) e retirada de amostras indeformadas em diversas
profundidades, atraves de cravagao de tubos "shelby".
As amostras extraidas, de uma ou outra forma, foram en
viadas para ensaio de laboratorio Posteriormente os
ensaios SPT foram suspensos e intensificaram-se os tra
bathos de retirada de amostras indeformadas do aterro,
tambe"m utilizadas para determinacao dos teores de umi
dade da argila. Os demais resultados dos ensaios exe
cutados no aterro sao relatados em outro trabalho apre
sentado neste Congresso.
4.2. DISPOSIQAO DOS INSTRUMENTOS E DIFICULDADES DE INSTALAQAO
Para medir a pressao neutra do nucleo de argila
foram instaladas celulas eletricas e piez6metros de
tubo ao longo do seu eixo, conforme mostrado nas secoes
tipicas das figuras 1 e 2.
Os trabalhos de instaladao foram marcados por
uma serie de particularidades e dificuldades raramente
enfrentadas em instaladao convencional, resultantes
das caracteristicas do material do aterro Assim, pode
mos citar:
- dificuldades de perfuragao do aterro em estado
aaramente pla"stico e as vezes fluido, geralmente sub
metido a presses neutras elevadas. Estes fatos condi
cionavam o refluxo da argila para dentro do revestimen
to, o que, em diveras vezes, impediu o prosseguimento
605
PMIT^
do furo. Nesta fase foi tentada sem sucesso a circula
cao de lama bentonitica e trabalhar com o furo preen
chido com agua.
- expulsao do instrumento da cota prevista, logo
ap6s a instalacao devido ao refluxo acima mencionado.
A solugao encontrada no caso das celulas, foi a adapta
cao de um tubo galvanizado preso a mesma, atraves do
qual o instrumento era forgado para baixo durante are
tirada do revestimento.
- fechamento do furo, concomitantemente a retira
da do revestimento, impedindo a cc,locacao do filtro de
areia em torno dos piezo"metros.
- dificuldades para sacar o revistimento aderen
to a argila e circunjacente aos cabos das celulas, tor
nando a operagao lenta e com grande risco de danos ao
instrumento. Frequentemente o refluxo do material pren
dia os cabos ou o tubo dos piezometros dentro do reves
timento o que os tirava da posigao prevista. Nesta ope
ragao a posigao de instalacao do instrumento era con
trolada a partir da superficie atraves de marcas nos
cabos.
Nao foram poucas as vezes em que, no final de e-
xaustivo processo de instalacao, foi necessario lavar
o furo ate a profundidade do instrumento e refazer to
do o trabalho.
A todos estes problemas soma-se ainda a simulta
neidade das instalag6es com o trabalho de langamento
de argila em alta velocidade, e utilizando um numero
muito grande de equipamentos.
4.3. COMPORTAMENTO DO ATERRO - PRESSES NEUTRAS
A figura 3 mostra o desenvolvimento das pressoes
neutras na ensecadeira de montante desde a fase de fe
chamento do nucleo.
0 acrescimo do aterro e a variacao do nivel d'a
gua do rio tambem sao apresentados para caracterizar
sua influencia sobre o parametro em estudo.
Verifica-se, tanto para a estaca 2 + 55 como pa
606
ra a 4 + 09, uma evolucao rapida da pressao neutra co
mo consequencia da maior velocidade de langamento. Pos
teriormente, com a diminuicao do ritmo de subida do a
terro, as pressoes tendem a estabilizacao e ate a dis
sipacao. Os valores medios estao muito acima de pres
soes neutras de percolacao, nao havendo qualquer in
fluencia da variacao do nivel do rio sobre as mesmas.
As celulas das estacas 4 + 09 indicam pressoes
maiores como consequencia de sua localizagao na regiao
do fechamento do nucleo, onde possivelmente se acumula
ram maiores quantidades de lama fluida.
A tendencia atual para a ensecadeira de montante
e de dissipacao gradativa, porem lenta, devido a ine
xiste"mcia de filtro abaixo da elevacao media do nivel
do rio e a pequena permeabilidade do material do nucleo.
A figura 4 apresenta graficos tipicos para a en
secadeira de jusante, correspondentes as segoes instru
mentadas nas estacas 2 + SO e 2 + 80.
As considerac6es sao as mesmas enunciadas para
montante com as instrumentos mais profundos e situados
em material mais inconsistentes refletindo com maior
intensidade o crescimento da carga do aterro,
A pressao neutra abaixo da el. 70 foi investiga
da posteriormente, visando conhecer a zona de influen
cia do topo rochoso, ou seja, a faixa do nucleo argilo
so drenada mais rapidamente em diregao a rocha. Este
trabalho foi executado da seguinte maneira:
- abertura do furo 0 NX ate a el. 70, revestido.
- descida de uma celula M-600 ate apoiar-se no
fundo do furo. Esta celula foi colocada dentro de uma
capsula metalica acoplada a uma tubulagao de ago.
- cravagao da celula no aterro, utilizando o hi
draulico da sonda rotativa ate a el. 64, ou seja, 5,0
metros acima da superficie da rocha.
No inicio a celula foi cravada em trechos de 1,0
metro, aguardando-se a estabilizacao da pressao.
Abaixo da el. 67, o material era mais resistente
a penetracao, o que impunha a celula pressao muito pro
xima de seu valor limite de capacidade (10 kg/cm 2)^ Par
607
conseguinte o trecho cravado foi reduzido para 0,5 me
tro. Ao final de cada trecho esperava-se a estabiliza
gao da pressao. 0 resultado obtido e mostrado no deta
the 1 da figura 4. Pode-se observar que ate o ponto
pesquisado a pressao a crescente . Isto faz supor que a
dissipagio devida a fundacao ocorre bruscamente e a pe
quena distancia da rocha. Infelizmente nao foi possi
vel atingir este limite , pelo risco de sobrepassar a
pressao limite da celula.
4.4. COMPORTAMENTO DO ATERRO - DEFORMAcOES
A deformacao total do aterro argiloso das enseca
deiras de montante e jusante foi inicialmente acompa
nhada por medidores de recalque de placa unica, insta
lados no topo do material langado sob agua . Posterior
mente, com a finalidade de se conhecer as deformag6es
diferenciais ao longo das bordas das ensecadeiras e
que pudessem originar trincas transversais, foram ins
talados marcos superficiais dispostos em duas linhas
paralelas e afastadas 40 metros a montante e a jusante
do eixo do nucleo de argila.
A evolugao do recalque total da ensecadeira de
montante a mostrada na figura 59 Na construcao dos gra
ficos foi desprezada a parcela inicial de deformacao
plastica do aterro que ocorreu no periodo imediatamen
to apes o langamento . Estas deformacoes podem ser con
sideradas como consequencia de uma condicao excepcio
nal de drenagem e possivel migracao de lama para os va
zios de enrocamento.
Esta lama pode ser admitida como consequencia do
metodo de langamento de argila , o qual permitia o acumu
lo deste material fluido nas depressoes do terreno. Pos
teriormente , o peso do material sobrejacente a expulsa
va para as laterais em direcao aos diques de rocha epa
ra frente.
Alguns exemplos individuais de recalque sao en
contrados na figura 7. Pode-se observar que a deforma
cao inicial na estaca 3 + 75 (MR-M-6), desprezada na
primeira consideragao , a praticamente a metade daquela
que ocorre na estaca 4 + 35 (MR-M-10 ), onde o material
608
fluido tinha maior chance de ficar retido.
Por outro lado, observa-se tambem a tende"ncia de
estabilizacao cada vez mais pronunciada.
Para a ensecadeira de jusante , dados similares
sao fornecidos nas figuras 6 e 7.
Verifica- se que os valores de deformagao inicial
neste caso sao maiores , reforcando o que foi exposto
anteriormente , ou seja , o acumulo de argila em esta
do fluido nos pontos de depressao topografica.
Os valores de recalque medidos praticamente se
estabilizam na margem direita (MR-N-1) mas permanecem
crescentes na regiao correspondente ao fundo do canal,
A desativacao da construcao do aterro , a partir
de outubro de 1979, reflete - se numa menor inclinacao
da curva de recalque , indicando uma possivel tendencia
a estabilizacao.
Os primeiros resultados apresentados pelos mar
cos superficiais sao mostrados nas figuras 8 e 9 para
as ensecadeiras a montante e jusante , respectivamente.
Por se tratar de dados iniciais , ainda nao permitem
uma visualizacao realista dos recalques ao longo das
bordas das ensecadeiras , embora caminhem para uma situ
acao similar aquela mostrada pelos medidores anterior
mente instalados.
5. CONSIDERAQOES FINAIS
A analise dos dados de instrumentacao conforme
exposta anteriormente , as inspecoes de campo e os valores
medidos de infiltracao evidenciam um comportamento satisfa
t6rio para ambas as ensecadeiras.
A tendencia normal sera uma melhora constante
nas condicoes de fundagaao, pela colmatagao progressiva das
fraturas a montante . Tambdm o nucleo argilosa ja mostra cla
ro indicio de caminhamento para uma crescente dissipacao
dos valores de pressao . Estando atualmente o aterro em fase
final de construcao , a carga remanescente pouco afetara a a
tual situagao , visto que os metros finais do nucleo tim uma
segao bastante delgada.
As deformac6es por sua vez permanecem sem estabi
lizacao apenas na regiao do fechamento do nucleo da enseca
6og
deira de jusante, o que nao constitui surpresa quando se le
va em conta o acumulo de lama verificado naquela regiao.
Acreditamos que uma boa parte do resultado obti
do se deva ao criterioso e consciente trabalho de preparo
da fundagao para o qual nao foram poupados recursos tecni
cos e financeiros.
Tambem o rigido cumprimento das normas especifi
cadas para o lancamento de argila dentro d'agua e a experi
encia acumulada a partir do aterro experimental, contribui-
ram decisivamente para a boa performance da estrutura.
A consequencia imediata do sucesso alcangado foi
a eliminacao de custoso e demorado tratamento de fundacao,
baixo custo de bombeamento a partir da area ensecada e o a
vango de 3 meses da obra em relacao ao cronograma estabele
cido.
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