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RESUMÃO DE TI (ÁREA: SUPORTE A REDE DE DADOS) P/ ABIN PROFESSORES: PATRÍCIA LIMA QUINTÃO E ALEXANDRE LÊNIN CARNEIRO www.pontodosconcursos.com.br 1/75 AULA 1: SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E ALTA DISPONIBILIDADE Olá pessoal, nossos cumprimentos!!! Sejam bem-vindos à primeira aula do RESUMÃO para o cargo de OFICIAL DE INTELIGÊNCIA (SUPORTE A REDE DE DADOS) / ABIN. O nosso objetivo foi criar um material diferenciado, voltado para o concurso público da ABIN, de forma a prepará-lo para os pontos com maior probabilidade de serem cobrados na prova. Esperamos que este material seja de grande valia para o seu sucesso, rumo à aprovação. Tópicos da aula: SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Vulnerabilidades e ataques a sistemas computacionais. Algoritmos de criptografia simétricos e assimétricos; assinatura e certificação digital; VPN e VPN-SSL; Firewall; prevenção de intrusão; Proxy; filtro de conteúdo WEB; combate a códigos maliciosos; norma ABNT NBR ISO/IEC 27002:2005 (Análise/Avaliação e tratamento dos riscos, política de segurança da informação, gestão de ativos, segurança física e do ambiente, gerenciamento das operações e comunicações, controle de acessos, aquisição, desenvolvimento e manutenção de sistemas de informação, gestão de incidentes de segurança da informação e gestão da continuidade do negócio). ALTA DISPONIBILIDADE RAID; soluções de armazenamento SAN e NAS; clusters de servidores; balanceamento de carga; contingência e continuidade de operação. Grande abraço, Patrícia e Lênin.

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RESUMÃO DE TI (ÁREA: SUPORTE A REDE DE DADOS) P/ ABIN PROFESSORES: PATRÍCIA LIMA QUINTÃO E ALEXANDRE LÊNIN CARNEIRO

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AULA 1: SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E ALTA DISPONIBILIDADE

Olá pessoal, nossos cumprimentos!!!

Sejam bem-vindos à primeira aula do RESUMÃO para o cargo de OFICIAL DE INTELIGÊNCIA (SUPORTE A REDE DE DADOS) / ABIN.

O nosso objetivo foi criar um material diferenciado, voltado para o concurso público da ABIN, de forma a prepará-lo para os pontos com maior probabilidade de serem cobrados na prova.

Esperamos que este material seja de grande valia para o seu sucesso, rumo à aprovação.

Tópicos da aula:

SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Vulnerabilidades e ataques a sistemas computacionais. Algoritmos de criptografia simétricos e assimétricos; assinatura e certificação digital; VPN e VPN-SSL; Firewall; prevenção de intrusão; Proxy; filtro de conteúdo WEB; combate a códigos maliciosos; norma ABNT NBR ISO/IEC 27002:2005 (Análise/Avaliação e tratamento dos riscos, política de segurança da informação, gestão de ativos, segurança física e do ambiente, gerenciamento das operações e comunicações, controle de acessos, aquisição, desenvolvimento e manutenção de sistemas de informação, gestão de incidentes de segurança da informação e gestão da continuidade do negócio).

ALTA DISPONIBILIDADE RAID; soluções de armazenamento SAN e NAS; clusters de servidores; balanceamento de carga; contingência e continuidade de operação.

Grande abraço,

Patrícia e Lênin.

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1.SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

Conceitos de Segurança da informação

O que significa Segurança?

A segurança é uma palavra que está presente em nosso cotidiano e refere-se a um estado de proteção, em que estamos “livres” de perigos e incertezas.

A Tecnologia da informação só se torna uma ferramenta capaz de alavancar verdadeiramente os negócios, quando seu uso está vinculado às medidas de proteção dos dados corporativos, para assegurar a sobrevivência da empresa e a continuidade dos negócios da organização.

Segurança da informação é o processo de proteger a informação de diversos tipos de ameaças externas e internas para garantir a continuidade dos negócios, minimizar os danos aos negócios e maximizar o retorno dos investimentos e as oportunidades de negócio.

Soluções pontuais isoladas não resolvem toda a problemática associada à segurança da informação. Segurança se faz em pedaços, porém todos eles integrados, como se fossem uma corrente.

Isso reafirma o ditado popular, muito citado pelos especialistas em segurança, que diz que nenhuma corrente é mais forte do que o seu elo mais fraco. De nada adianta uma corrente ser a mais resistente de todas se existe um elo que é fraco. É claro que a resistência da corrente será a resistência do elo mais fraco e não dos demais. Se a corrente passar por um teste de esforço, certamente o elo que partirá será o mais fraco.

Essa mesma ideia aplica-se ao contexto da informação. Quando precisamos garantir a segurança da informação, precisamos eliminar os “elos fracos” do ambiente em que a informação está armazenada. Já que eliminar, neste contexto é sempre difícil, então buscamos sempre reduzir ao máximo os riscos de que a segurança da informação seja violada.

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A segurança da informação não deve ser tratada como um fator isolado e tecnológico APENAS, mas sim como a gestão inteligente da informação em todos os ambientes, desde o ambiente tecnológico passando pelas aplicações, infraestrutura e as pessoas.

Segurança se faz protegendo todos os elos da corrente, ou seja, todos os ativos (físicos, tecnológicos e humanos) que compõem seu negócio. Afinal, o poder de proteção da corrente está diretamente associado ao elo mais fraco!

Em uma corporação, a segurança está ligada a tudo o que manipula direta ou indiretamente a informação (inclui-se aí também a própria informação e os usuários!!!), e que merece proteção. Esses elementos são chamados de ATIVOS, e podem ser divididos em:

• tangíveis: informações impressas, móveis, hardware (Ex.:impressoras, scanners);

• intangíveis: marca de um produto, nome da empresa, confiabilidade de um órgão federal etc.;

• lógicos: informações armazenadas em uma rede, sistema ERP (sistema de gestão integrada) etc.;

• físicos: galpão, sistema de eletricidade, estação de trabalho etc.;

• humanos: funcionários.

Os ativos são os elementos que sustentam a operação do negócio e estes sempre trarão consigo VULNERABILIDADES que, por sua vez, submetem os ativos a AMEAÇAS.

Quanto maior for a organização maior será sua dependência com relação à informação, que pode estar armazenada de várias formas: impressa em papel, em meios digitais (discos, fitas, DVDs, disquetes, etc.), na mente das pessoas, em imagens armazenadas em fotografias/filmes...

Nesse sentido, é propósito da segurança proteger os elementos que fazem parte da comunicação, são eles:

• as informações;

• os equipamentos e sistemas que oferecem suporte a elas;

• as pessoas que as utilizam.

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Figura. Elementos que a Segurança da Informação Busca Proteger

Princípios de segurança da informação

Ao estudarmos o tema, deparamo-nos com alguns princípios norteadores, segundo os padrões internacionais. Dentre estes princípios, podemos destacar a tríade CID – Confidencialidade, I ntegridade e Disponibilidade.Estes três atributos orientam a análise, o planejamento e a implementação da segurança da informação nas organizações.

Segundo a norma ABNT-ISO-IEC 27001, “adicionalmente outras propriedades, tais como autenticidade, responsabilidade, não repúdio e confiabilidade, podem também estar envolvidas”. Estudemos, primeiramente, as três propriedades que fazem parte do conceito de segurança da informação.

• Confidencialidade: preocupa-se com quem acessa as informações. Dizemos que existe confidencialidade quando somente as pessoas autorizadas possuem acesso à informação. Quando contamos um segredo a alguém - fazemos uma confidência - estamos dando acesso à informação. Mas não queremos que outras pessoas tenham acesso ao segredo, exceto à pessoa a quem estamos contando. Em outras palavras, a confidencialidade protege as informações de uma eventual revelação a alguém não autorizado. Observe que esta proteção não se aplica apenas à informação em sua forma digital; aplica-se a quaisquer mídias onde a informação esteja armazenada: CD, DVD, mídia impressa, entre outros. Além disso, nem mesmo uma pequena parte da informação poderá ser violada. A informação deve ser completamente protegida contra acessos indevidos. Se pensarmos, como exemplo, na Internet, onde os dados trafegam por vários caminhos e passam por diversas redes de computadores até chegarem ao destino, a confidencialidade deve garantir que os dados não serão vistos nem copiados por agentes não autorizados durante todo o percurso que realizarem na grande rede mundial.

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• Integridade: a informação deve manter todas as características originais durante sua existência. Estas características originais são as estabelecidas pelo proprietário da informação quando da criação ou manutenção da informação (se a informação for alterada por quem possui tal direito, isso não invalida a integridade). Existem vários exemplos de ataques feitos à integridade da informação: alteração em mensagens que trafegam na rede; modificação de sites da Internet; substituição de textos impressos ou em mídia digital etc.

Em resumo, a Integridade é o princípio da proteção da informação contra a criação ou modificação não autorizada. A violação da integridade pode estar relacionada com erro humano, por atos dolosos ou não. Esta violação pode tornar a informação sem valor ou, até, perigosa, especialmente se a violação for uma alteração da informação, o que pode levar a decisões equivocadas e causadoras de prejuízos.

• Disponibilidade: garante que a informação esteja sempre disponível quando um usuário autorizado quiser acessar. A informação está lá quando for necessário recuperá-la. Claro que não consiste em uma violação da disponibilidade as interrupções dos serviços de acesso de forma autorizada ou programada, como nos casos de manutenção preventiva do sistema. A disponibilidade aplica-se à informação e aos canais de acesso a ela.

Veja o quadro seguinte. Resumimos os três princípios básicos em segurança da informação.

Segurança da Informação

Princípio básico Conceito Objetivo

Confidencialidade

Propriedade de que a informação não esteja disponível ou revelada a indivíduos, entidades ou processos não autorizados.

Proteger contra o acesso não autorizado, mesmo para dados em trânsito.

Integridade

Propriedade de salvaguarda da exatidão e completeza de ativos

Proteger informação contra modificação sem permissão;

garantir a fidedignidade das informações.

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Disponibilidade

Propriedade de estar acessível e utilizável sob demanda por uma entidade autorizada

Proteger contra indisponibi-lidade dos serviços (ou degradação);

garantir aos usuários com autorização, o acesso aos dados.

O que a segurança da informação pretende é diminuir o risco de sofrer qualquer perda do valor da informação. A ideia é evitar a ocorrência de incidentes de segurança da informação que, segundo a ABNT, é “um simples ou uma série de eventos de segurança da informação indesejados ou inesperados, que tenham uma grande probabilidade de comprometer as operações do negócio e ameaçar a segurança da informação”.

Já um evento é “uma ocorrência identificada de um estado de sistema, serviço ou rede, indicando uma possível violação da política de segurança da informação ou falha de controles, ou uma situação previamente desconhecida, que possa ser relevante para a segurança da informação”.

Para a norma ISO 27001, um risco para a segurança da informação é uma combinação de fatores. De um modo geral, é a combinação de uma ameaça (temos aqui um agente) e uma vulnerabilidade (temos aqui uma fraqueza). Daí, combinando um agente com uma fraqueza, temos o risco. É um conceito mais geral para a ideia de risco.

Cuidado para não pensar que as vulnerabilidades são apenas ligadas aos sistemas de informação em si. Lembre-se de que existem os aspectos físicos e os aspectos lógicos. Existem os acontecimentos naturais que podem resultar em incidentes de segurança: incêndio, terremotos, inundações etc. Sem esquecermos dos incidentes com causa humana: negligência, imperícia, imprudência, vingança, terrorismo etc.; e, claro de fatos puramente técnicos: equipamentos com defeito, ruídos etc.

Nesse sentido, uma ameaça é qualquer coisa que possa afetar a operação, a disponibilidade, a integridade da informação. Uma ameaça busca explorar uma vulnerabilidade – fraqueza – por meio de um ataque (técnica para explorar a vulnerabilidade). Do outro lado estão as contramedidas ou os mecanismos de defesa, que são as técnicas para defesa contra os ataques ou para reduzir as vulnerabilidades. As principais origens das vulnerabilidades residem em falhas de projeto de hardware ou software, falhas na implantação (configuração errada, falta de treinamento), falhas de gerenciamento (problemas de monitoramento, procedimentos inadequados ou incorretos).

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Vulnerabilidades de Segurança

Um conceito bastante comum para o termo vulnerabilidade: trata-se de falha no projeto, implementação ou configuração de software ou sistema operacional que, quando explorada por um atacante, resulta na violação da segurança de um computador. Em outras palavras,

vulnerabilidade é uma fragilidade que poderia ser explorada por uma ameaça para concretizar um ataque.

O conhecimento do maior número de vulnerabilidades possíveis permite à equipe de segurança tomar medidas para proteção, evitando assim ataques e conseqüentemente perda de dados. Não há uma receita ou lista padrão de vulnerabilidades. Esta deve ser levantada junto a cada organização ou ambiente em questão. Sempre se deve ter em mente o que precisa ser protegido e de quem precisa ser protegido de acordo com as ameaças existentes.

Podemos citar como exemplo inicial, uma análise de ambiente em uma sala de servidores de conectividade e Internet com a seguinte descrição: a sala dos servidores não possui controle de acesso físico!! Eis a vulnerabilidade detectada nesse ambiente.

Outros exemplos de vulnerabilidades:

• uso de senhas não encriptadas, mal formuladas e mal utilizadas;

• ambientes com informações sigilosas com acesso não controlado;

• software mal desenvolvido;

• hardware sem o devido acondicionamento e proteção;

• falta de atualização de software e hardware;

• falta de mecanismos de monitoramento e controle (auditoria);

• ausência de pessoal capacitado para a segurança;

• inexistência de políticas de segurança.

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A seguir serão citadas as vulnerabilidades existentes em uma organização, segundo classificação própria da área:

Vulnerabilidades Físicas

Presentes em ambientes onde se armazenam as informações, como:

• instalações prediais fora do padrão;

• ausência de recursos para combate a incêndios;

• CPDs mal planejados;

• disposição desorganizada de fios de energia e cabos de rede;

• ausência de controle de acesso físico etc.

Vulnerabilidades de Hardware

Compreendem possíveis defeitos de fabricação, erros de configuração ou falhas nos equipamentos. Como exemplos citam-se erros decorrentes da instalação, desgaste, obsolescência ou má utilização do equipamento etc.

É importante observar detalhes como o dimensionamento adequado do equipamento, ou seja, se sua capacidade de armazenamento, processamento e velocidade estão compatíveis com as necessidades, de modo a não sub ou super dimensioná-lo.

Vulnerabilidades de Software

São possíveis falhas de programação, erros de instalação e configuração, que podem, por exemplo, causar acesso indevido, vazamento de informações, perda de dados etc. Sistemas operacionais são altamente visados para ataque, pois através deles é possível ter acesso ao hardware do computador. Ataques como estes são de alta gravidade, e podem comprometer todo o sistema.

Um grande número de empresas, ao identificarem alguma vulnerabilidade em seus softwares, lançam boletins informativos a fim de alertar os usuários, e normalmente disponibilizam pacotes de atualização, denominados Service Packs, para correção desta vulnerabilidade.

Vulnerabilidades de Armazenamento

Relacionadas com a forma de utilização das mídias (disquetes, CD-ROMs, fitas magnéticas, discos rígidos dos servidores etc.) em que estão armazenadas as informações, como armazenamento de disquetes em local inadequado etc.

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Vulnerabilidades de Comunicação

Relacionadas com o tráfego de informações, independente do meio de transmissão, podendo envolver ondas de rádio, satélite, fibra ótica etc. Podem, por exemplo, permitir acesso não autorizado ou perda de dados durante a transmissão de uma informação.

A escolha do meio de transmissão e das medidas de segurança é de suma importância, pois a informação poderá ser interceptada antes de chegar ao destino. Uma opção de segurança nesse contexto envolveria por exemplo o uso de criptografia.

Vulnerabilidades Humanas

Relacionadas aos danos que as pessoas podem causar às informações e ao ambiente tecnológico que as suporta, podendo ser intencionais ou não. Podem ocorrer devido a desconhecimentos das medidas de segurança, falta de capacitação para execução da tarefa dentro dos princípios de segurança, erros e omissões.

Ciclo da Segurança

Como mostrado na figura seguinte os ativos de uma organização precisam ser protegidos, pois estão sujeitos a vulnerabilidades. Se as vulnerabilidades aumentam, aumentam-se os riscos permitindo a exploração por uma ameaça e a concretização de um ataque.

Se estas ameaças crescem, aumentam-se ainda mais os riscos de perda da integridade, disponibilidade e confidencialidade da informação podendo causar impacto nos negócios.

Nesse contexto, medidas de segurança devem ser tomadas, os riscos devem ser analisados e diminuídos para que se estabeleça a segurança dos ativos da informação.

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Ativos

Medidas de Segurança diminui

limitados

Vulnerabilidades aumenta

sujeitos

Impactos no negócio

causam

aumenta

Riscos

Confidencialidade Integridade

Disponibilidade perdas

aumenta

permitem

aumentaAmeaças

protege

Ciclo da segurança

Figura - Ciclo da Segurança da Informação

Fonte: (MOREIRA, 2001)

As políticas de segurança da informação devem fornecer meios para garantir que as informações de uso restrito não serão acessadas, copiadas ou codificadas por pessoas não autorizadas. Uma das maneiras de se evitar o acesso indevido a informações confidenciais é através da codificação ou cifragem da informação, conhecida como criptografia, fazendo com que apenas as pessoas às quais estas informações são destinadas consigam compreendê-las.

Ataques a Sistemas Computacionais

Ataque é uma alteração no fluxo normal de uma informação que afeta um dos serviços oferecidos pela segurança da informação. Ele é decorrente de uma vulnerabilidade que é explorada por um atacante em potencial.

A figura seguinte representa um fluxo de informações e quatro ameaças possíveis para a segurança de um sistema de informação:

Interrupção: ataque na transmissão da mensagem, em que o fluxo de dados é interrompido. Um exemplo pode ser a danificação de componentes de hardware ou a queda do sistema de comunicação por sabotagem.

Interceptação: este é um ataque sobre a confidencialidade. Ocorre quando uma pessoa não autorizada tem acesso às informações confidenciais de outra. Um exemplo seria a captura de dados na rede ou a cópia ilegal de um arquivo.

Modificação: este é um ataque à integridade da mensagem. Ocorre quando uma pessoa não autorizada, além de interceptar as mensagens, altera o conteúdo da mensagem e envia o conteúdo alterado para o destinatário.

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Fabricação: este é um ataque sobre a autenticidade. Uma pessoa não autorizada insere mensagens no sistema assumindo o perfil de um usuário autorizado.

Figura - Exemplos de ataques contra um sistema de informação

Os principais tipos de ataque são:

• Engenharia Social É o método de se obter dados importantes de pessoas através da velha “lábia”. No popular é o tipo de vigarice mesmo pois é assim que muitos habitantes do underground da internet operam para conseguir senhas de acesso, números de telefones, nomes e outros dados que deveriam ser sigilosos.

A engenharia social é a técnica que explora as fraquezas humanas e sociais, em vez de explorar a tecnologia. Guarde isso!!!

A tecnologia avança e passos largos mas a condição humana continua na mesma em relação a critérios éticos e morais. Enganar os outros deve ter sua origem na pré-história portanto o que mudou foram apenas os meios para isso.

Em redes corporativas que são alvos mais apetitosos para invasores, o perigo é ainda maior e pode estar até sentado ao seu lado. Um colega poderia tentar obter sua senha de acesso mesmo tendo uma própria, pois uma sabotagem feita com sua senha parece bem mais interessante do que com a senha do próprio autor.

• Phishing (também conhecido como Phishing scam, ou apenas scam)

Phishing é um tipo de fraude eletrônica projetada para roubar informações particulares que sejam valiosas para cometer um roubo ou fraude posteriormente.

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O golpe de phishing é realizado por uma pessoa mal-intencionada através da criação de um website falso e/ou do envio de uma mensagem eletrônica falsa, geralmente um e-mail ou recado através de scrapbooks como no sítio Orkut, entre outros exemplos.

Utilizando de pretextos falsos, tenta enganar o receptor da mensagem e induzi-lo a fornecer informações sensíveis (números de cartões de crédito, senhas, dados de contas bancárias, entre outras).

As duas figuras seguintes apresentam “iscas” (e-mails) utilizadas em golpes de phishing, uma envolvendo o Banco de Brasil e a outra o Serasa.

Figura. Isca de Phishing Relacionada ao Banco do Brasil

Figura. Isca de Phishing Relacionada ao SERASA

A palavra phishing (de fishing) vem de uma analogia criada pelos fraudadores, em que “iscas” (e-mails) são usadas para “pescar” informações sensíveis (senhas e dados financeiros, por exemplo) de usuários da Internet.

Atualmente, este termo vem sendo utilizado também para se referir aos seguintes casos:

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• mensagem que procura induzir o usuário à instalação de códigos maliciosos, projetados para furtar dados pessoais e financeiros;

• mensagem que, no próprio conteúdo, apresenta formulários para o preenchimento e envio de dados pessoais e financeiros de usuários.

• Pharming

O Pharming é uma técnica que utiliza o sequestro ou a "contaminação" do DNS (Domain Name Server) para levar os usuários a um site falso, alterando o DNS do site de destino. O sistema também pode redirecionar os usuários para sites autênticos através de proxies controlados pelos phishers, que podem ser usados para monitorar e interceptar a digitação.

Os sites falsificados coletam números de cartões de crédito, nomes de contas, senhas e números de documentos. Isso é feito através da exibição de um pop-up para roubar a informação antes de levar o usuário ao site real. O programa mal-intencionado usa um certificado auto-assinado para fingir a autenticação e induzir o usuário a acreditar nele o bastante para inserir seus dados pessoais no site falsificado.

Outra forma de enganar o usuário é sobrepor a barra de endereço e status de navegador para induzi-lo a pensar que está no site legítimo e inserir suas informações.

Os phishers utilizam truques para instalar programas criminosos nos PCs dos consumidores e roubar diretamente as informações. Na maioria dos casos, o usuário não sabe que está infectado, percebendo apenas uma ligeira redução na velocidade do computador ou falhas de funcionamento atribuídas a vulnerabilidades normais de software. Um software de segurança é uma ferramenta necessária para evitar a instalação de programas criminosos se o usuário for atingido por um ataque.

• Ataques de senhas A utilização de senhas seguras é um dos pontos fundamentais para uma estratégia efetiva de segurança. As senhas garantem que somente as pessoas autorizadas terão acesso a um sistema ou à rede. Infelizmente isso nem sempre é realidade. As senhas geralmente são criadas e implementadas pelos próprios usuários que utilizam os sistemas ou a rede. Palavras, símbolos ou datas fazem com que as senhas tenham algum significado para os usuários, permitindo que eles possam facilmente lembrá-las. Neste ponto é que existe o problema, pois muitos usuários priorizam a conveniência ao invés da segurança. Como resultado, eles escolhem senhas que são relativamente simples. Enquanto isso permite que possam lembrar facilmente das senhas, também facilita o trabalho de quebra dessas senhas por hackers. Em virtude disso, invasores em potencial estão sempre testando as redes e sistemas em busca de falhas

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para entrar. O modo mais notório e fácil a ser explorado é a utilização de senhas inseguras.

A primeira linha de defesa, a utilização de senhas, pode se tornar um dos pontos mais falhos. Parte da responsabilidade dos administradores de sistemas é garantir que os usuários estejam cientes da necessidade de utilizar senhas seguras.

Isto leva a dois objetivos a serem alcançados: primeiro, educar os usuários sobre a importância do uso de senhas seguras; e segundo, implementar medidas que garantam que as senhas escolhidas pelos usuários são efetivamente adequadas.

Para alcançar o primeiro objetivo, a educação do usuário é o ponto chave. Já para alcançar o segundo objetivo, é necessário que o administrador de sistemas esteja um passo à frente, descobrindo senhas inseguras antes dos atacantes. Para fazer isso é necessária a utilização das mesmas ferramentas utilizadas pelos atacantes.

As duas principais técnicas de ataque a senhas são: • Ataque de Dicionário: nesse tipo de ataque são utilizadas

combinações de palavras, frases, letras, números, símbolos, ou qualquer outro tipo de combinação geralmente que possa ser utilizada na criação das senhas pelos usuários. Os programas responsáveis por realizar essa tarefa trabalham com diversas permutações e combinações sobre essas palavras. Quando alguma dessas combinações se referir à senha, ela é considerada como quebrada (Cracked).

Geralmente as senhas estão armazenadas criptografadas utilizando um sistema de criptografia HASH. Dessa maneira os programas utilizam o mesmo algoritmo de criptografia para comparar as combinações com as senhas armazenadas. Em outras palavras, eles adotam a mesma configuração de criptografia das senhas, e então criptogra-fam as palavras do dicionário e comparam com senha.

• Força-Bruta: enquanto as listas de palavras, ou dicionários, dão ênfase na velocidade, o segundo método de quebra de senhas se baseia simplesmente na repetição. Força-Bruta é uma forma de se descobrir senhas que compara cada combinação e permutação possível de caracteres até achar a senha. Este é um método muito poderoso para descoberta de senhas, no entanto é extremamente lento porque cada combinação consecutiva de caracteres é comparada. Ex: aaa, aab, aac ..... aaA, aaB, aaC... aa0, aa1, aa2, aa3... aba, aca, ada...

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• Sniffing É o processo de captura das informações da rede por meio de um software de escuta de rede (sniffer), que é capaz de interpretar as informações transmitidas no meio físico. Para isso, a pilha TCP/IP é configurada para atuar em modo promíscuo, ou seja, desta forma irá repassar todos os pacotes para as camadas de aplicação, mesmo que não sejam endereçados para a máquina. Esse é um ataque à confidencialidade dos dados, e costuma ser bastante nocivo, uma vez que boa parte dos protocolos mais utilizados em uma rede (FTP, POP3, SMTP, IMAP, Telnet) transmitem o login e a senha em aberto pela rede.

Importante

Sniffers (Farejadores ou ainda Capturados de Pacote): Por padrão, os computadores (pertencentes à mesma rede) escutam e respondem somente pacotes endereçados a eles. Entretanto, é possível utilizar um software que coloca a interface num estado chamado de modo promíscuo. Nessa condição o computador pode monitorar e capturar os dados trafegados através da rede, não importando o seu destino legítimo.

Os programas responsáveis por capturar os pacotes de rede são chamados Sniffers. Eles exploram o fato do tráfego dos pacotes das aplicações TCP/IP não utilizar nenhum tipo de cifragem nos dados. Dessa maneira um sniffer pode obter nomes de usuários, senhas ou qualquer outra informação transmitida que não esteja criptografada.

A dificuldade no uso de um sniffer é que o atacante precisa instalar o programa em algum ponto estratégico da rede, como entre duas máquinas, (com o tráfego entre elas passando pela máquina com o farejador) ou em uma rede local com a interface de rede em modo promíscuo.

Em outras palavras, para reforçar o conceito.......

Sniffers (farejadores): são programas que agem na rede farejando pacotes na tentativa de encontrar certas informações, como senhas de acesso, nomes de usuários, informações confidenciais, etc. Foram desenvolvidos como ferramentas auxiliares de diagnóstico em redes e posteriormente alterados para fins ilícitos.

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• Spoofing – Falsificação de Endereço

Spoofing é a modificação de campos de identificação de pacotes de forma que o atacante possa atuar se passando por outro host.

Pode ser considerado como sendo uma técnica utilizada por invasores para conseguirem se autenticar a serviços, ou outras máquinas, falsificando o seu endereço de origem. Ou seja, é uma técnica de ataque contra a autenticidade, uma forma de personificação que consiste em um usuário externo assumir a identidade de um usuário ou computador interno, atuando no seu lugar legítimo. A técnica de spoofing pode ser utilizada para acessar serviços que são controlados apenas pelo endereço de rede de origem da entidade que irá acessar o recurso específico, como também para evitar que o endereço real de um atacante seja reconhecido durante uma tentativa da invasão.

Essa técnica é utilizada constantemente pelos Hackers, sendo que existem várias ferramentas que facilitam o processo de geração de pacotes de rede com endereços falsos.

• IP Spoofing (Falsificação de endereço IP) A falsificação de endereço IP não é exatamente um ataque, ela na verdade é utilizada juntamente com outros ataques para esconder a identidade do atacante. Consiste na manipulação direta dos campos do cabeçalho de um pacote para falsificar o número IP da máquina que dispara a conexão.

Quando um host A quer se conectar ao B, a identificação é feita através do número IP que vai no cabeçalho, por isto, se o IP do cabeçalho enviado pelo host A for falso (IP de um host C), o host B, por falta de outra forma de identificação, acredita estar se comunicando com o host A.

Através desta técnica, o hacker consegue atingir os seguintes objetivos: obter acesso a máquinas que confiam no IP que foi falsificado, capturar conexões já existentes e burlar os filtros de pacotes dos firewalls que bloqueiam o tráfego baseado nos endereços de origem e destino.

• Denial of Service (DoS) Os ataques de negação de serviço (denial of service - DoS) consistem em impedir o funcionamento de uma máquina ou de um serviço específico. No caso de ataques a redes, geralmente ocorre que os usuários legítimos de uma rede não consigam mais acessar seus recursos.

O DoS acontece quando um atacante envia vários pacotes ou requisições de serviço de uma vez, com objetivo de sobrecarregar um servidor e, como conseqüência, impedir o fornecimento de um serviço para os demais usuários, causando prejuízos.

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No DoS o atacante utiliza um computador para tirar de operação um serviço ou computador(es) conectado(s) à Internet!!

Como exemplo deste tipo de ataque tem-se o seguinte contexto: gerar uma sobrecarga no processamento de um computador, de modo que o usuário não consiga utilizá-lo; gerar um grande tráfego de dados para uma rede, ocasionando a indisponibilidade dela; indisponibilizar serviços importantes de um provedor, impossibilitando o acesso de seus usuários.

Cabe ressaltar que se uma rede ou computador sofrer um DoS, isto não significa que houve uma invasão, pois o objetivo de tais ataques é indisponibilizar o uso de um ou mais computadores, e não invadi-los.

CAIU EM PROVA (CESPE/2004/Polícia Federal)

Um dos mais conhecidos ataques a um computador conectado a uma rede é o de negação de serviço (DoS – denial of service), que ocorre quando um determinado recurso torna-se indisponível devido à ação de um agente que tem por finalidade, em muitos casos, diminuir a capacidade de processamento ou de armazenagem de dados.

• Distributed Denial of Service (DDoS) -> São os ataques coordenados!

Em dispositivos com grande capacidade de processamento, normalmente, é necessária uma enorme quantidade de requisições para que o ataque seja eficaz. Para isso, o atacante faz o uso de uma botnet (rede de computadores zumbis sob comando do atacante) para bombardear o servidor com requisições, fazendo com que o ataque seja feito de forma distribuída (Distributed Denial of Service – DDoS).

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No DDoS – ataque de negação de serviço distribuído - , um conjunto de computadores é utilizado para tirar de operação um ou mais serviços ou computadores conectados à Internet.

• SYN Flood O SYN Flood é um dos mais populares ataques de negação de serviço. O ataque consiste basicamente em se enviar um grande número de pacotes de abertura de conexão, com um endereço de origem forjado (IP Spoofing), para um determinado servidor.

O servidor ao receber estes pacotes, coloca uma entrada na fila de conexões em andamento, envia um pacote de resposta e fica aguardando uma confirmação da máquina cliente. Como o endereço de origem dos pacotes é falso, esta confirmação nunca chega ao servidor. O que acontece é que em um determinado momento, a fila de conexões em andamento do servidor fica lotada, a partir daí, todos os pedidos de abertura de conexão são descartados e o serviço inutilizado. Esta inutilização persiste durante alguns segundos, pois o servidor ao descobrir que a confirmação está demorando demais, remove a conexão em andamento da lista. Entretanto se o atacante persistir em mandar pacotes seguidamente, o serviço ficará inutilizado enquanto ele assim o fizer.

• Ataques de Loop Dentro desta categoria de ataque o mais conhecido é o Land. Ele consiste em mandar para um host um pacote IP com endereço de origem e destino iguais, o que ocasiona um loop na tabela de conexões de uma máquina atacada. Para executar um ataque como este, basta que o hacker tenha um software que permita a manipulação dos campos dos pacotes IP.

• Ataques via ICMP O protocolo ICMP (Internet Control Message Protocol) é utilizado no transporte de mensagens de erro e de controle. Essencialmente é um protocolo de transferência de mensagens entre gateways e estações. Como todos os protocolos do conjunto TCP/IP, o ICMP não tem como ter garantia se a informação recebida é verdadeira, e por este motivo, um atacante pode utilizar o ICMP para interromper conexões já estabelecidas, como por exemplo enviando uma mensagem ICMP de host inacessível para uma das máquinas.

• Ping of Death Ele consiste em enviar um pacote IP com tamanho maior que o máximo permitido (65.535 bytes) para a máquina atacada. O pacote é enviado na forma de fragmentos (porque nenhuma rede permite o tráfego de pacotes deste tamanho), e quando a máquina destino tenta montar

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estes fragmentos, inúmeras situações podem ocorrer: a maioria trava, algumas reinicializam, outras exibem mensagens no console, etc.

• Dumpster diving ou trashing É a atividade na qual o lixo é verificado em busca de informações sobre a organização ou a rede da vítima, como nomes de contas e senhas, informações pessoais e confidenciais. Muitos dados sigilosos podem ser obtidos dessa maneira.

Ameaças aos Sistemas de Informação

Ameaça é algo que possa provocar danos à segurança da informação, prejudicar as ações da empresa e sua sustentação no negócio, mediante a exploração de uma determinada vulnerabilidade.

Em outras palavras, uma AMEAÇA é tudo aquilo que pode comprometer a segurança de um sistema, podendo ser acidental (falha de hardware, erros de programação, desastres naturais, erros do usuário, bugs de software, uma ameaça secreta enviada a um endereço incorreto etc) ou deliberada(roubo, espionagem, fraude, sabotagem, invasão de hackers, entre outros).

Ameaça pode ser uma pessoa, uma coisa, um evento ou uma ideia capaz de causar dano a um recurso, em termos de confidencialidade, integridade, disponibilidade etc.

Basicamente existem dois tipos de ameaças: internas e externas.

• Ameaças externas: são aqui representadas por todas as tentativas de ataque e desvio de informações vindas de fora da empresa. Normalmente essas tentativas são realizadas por pessoas com a intenção

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de prejudicar a empresa ou para utilizar seus recursos para invadir outras empresas.

• Ameaças internas: estão presentes, independentemente das empresas estarem ou não conectadas à Internet. Podem causar desde incidentes leves até os mais graves, como a inatividade das operações da empresa.

Malware - Um tipo de ameaça que deve ser considerado!!

Malware (combinação de malicious software – programa malicioso) é uma expressão usada para todo e quaisquer softwares maliciosos, ou seja, programados com o intuito de prejudicar os sistemas de informação, alterar o funcionamento de programas, roubar informações, causar lentidões de redes computacionais, dentre outros.

Resumindo,

malwares são programas que executam deliberadamente ações mal-intencionadas em um computador!!

Os tipos mais comuns de malware: vírus, worms, bots, cavalos de troia, spyware, keylogger, screenlogger, estão descritos a seguir.

• Vírus: são pequenos códigos de programação maliciosos que se “agregam” a arquivos e são transmitidos com eles. Quando o arquivo é aberto na memória RAM, o vírus também é, e, a partir daí se propaga infectando, isto é, inserindo cópias de si mesmo e se tornando parte de outros programas e arquivos de um computador. O vírus depende da execução do programa ou arquivo hospedeiro para que possa se tornar ativo e dar continuidade ao processo de infecção. Alguns vírus são inofensivos, outros, porém, podem danificar um sistema operacional e os programas de um computador.

Dentre os tipos de vírus conhecidos, podemos citar:

Vírus de boot: infectam o setor de boot dos discos rígidos.

Vírus de macro: vírus de arquivos que infectam documentos que contém macros. Uma macro é um conjunto de comandos que são armazenados em alguns aplicativos e utilizados para automatizar algumas tarefas repetitivas. Um exemplo seria, em um editor de textos, definir uma macro que contenha a sequência de passos necessários para imprimir um documento com a orientação de retrato e utilizando a escala de cores em tons de cinza. Um vírus de macro é escrito de forma a explorar esta facilidade de automatização e é parte de um arquivo que normalmente é manipulado por algum aplicativo que utiliza macros. Para que o vírus possa ser executado, o arquivo que o

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contém precisa ser aberto e, a partir daí, o vírus pode executar uma série de comandos automaticamente e infectar outros arquivos no computador. Existem alguns aplicativos que possuem arquivos base (modelos) que são abertos sempre que o aplicativo é executado. Caso este arquivo base seja infectado pelo vírus de macro, toda vez que o aplicativo for executado, o vírus também será. Arquivos nos formatos gerados por programas da Microsoft, como o Word, Excel, Powerpoint e Access, são os mais suscetíveis a este tipo de vírus. Arquivos nos formatos RTF, PDF e PostScript são menos suscetíveis, mas isso não significa que não possam conter vírus.

Auto Spam: vírus de macro que enviam e-mails com arquivo infectado para endereços captados no programa de e-mail. Um vírus propagado por e-mail (e-mail borne virus) normalmente é recebido como um arquivo anexado a uma mensagem de correio eletrônico. O conteúdo dessa mensagem procura induzir o usuário a clicar sobre o arquivo anexado, fazendo com que o vírus seja executado. Quando este tipo de vírus entra em ação, ele infecta arquivos e programas e envia cópias de si mesmo para os contatos encontrados nas listas de endereços de e-mail armazenadas no computador do usuário. É importante ressaltar que este tipo específico de vírus não é capaz de se propagar automaticamente. O usuário precisa executar o arquivo anexado que contém o vírus, ou o programa leitor de e-mails precisa estar configurado para auto-executar arquivos anexados.

Vírus de programa: infectam arquivos de programa (de inúmeras extensões, como .exe, .com,.vbs, .pif.

Vírus stealth: programado para se esconder e enganar o antivírus durante uma varredura deste programa. Tem a capacidade de se remover da memória temporariamente para evitar que antivírus o detecte.

Vírus polimórficos: alteram seu formato (“mudam de forma”) constantemente. A cada nova infecção, esses vírus geram uma nova seqüência de bytes em seu código, para que o antivírus se confunda na hora de executar a varredura e não reconheça o invasor.

Vírus de script: propagam-se por meio de scripts, nome que designa uma sequência de comandos previamente estabelecidos e que são executados automaticamente em um sistema, sem necessidade de intervenção do usuário. Dois tipos de scripts muito usados são os projetados com as linguagens Javascript (JS) e Visual Basic Script (VBS). Segundo Oliveira (2008) tanto um quanto o outro podem ser inseridos em páginas Web e interpretados por navegadores como Internet Explorer e outros. Os arquivos Javascript tornaram-se tão comuns na Internet que é difícil encontrar algum site atual que não os utilize. Assim como as macros, os scripts não são necessariamente maléficos. Na maioria das vezes executam tarefas úteis, que facilitam a vida dos

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usuários – prova disso é que se a execução dos scripts for desativada nos navegadores, a maioria dos sites passará a ser apresentada de forma incompleta ou incorreta.

Vírus de celular: propaga de telefone para telefone através da tecnologia bluetooth ou da tecnologia MMS (Multimedia Message Service). O serviço MMS é usado para enviar mensagens multimídia, isto é, que contêm não só texto, mas também sons e imagens, como vídeos, fotos e animações.

A infecção ocorre da seguinte forma: o usuário recebe uma mensagem que diz que seu telefone está prestes a receber um arquivo e permite que o arquivo infectado seja recebido, instalado e executado em seu aparelho; o vírus, então, continua o processo de propagação para outros telefones, através de uma das tecnologias mencionadas anteriormente.

Os vírus de celular diferem-se dos vírus tradicionais, pois normalmente não inserem cópias de si mesmos em outros arquivos armazenados no telefone celular, mas podem ser especificamente projetados para sobrescrever arquivos de aplicativos ou do sistema operacional instalado no aparelho.

Depois de infectar um telefone celular, o vírus pode realizar diversas atividades, tais como:

destruir/sobrescrever arquivos,

remover contatos da agenda,

efetuar ligações telefônicas,

o aparelho fica desconfigurado e tentando se conectar via Bluetooth com outros celulares,

F-Secure divulgou reprodução de uma mensagem infectada

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a bateria do celular dura menos do que o previsto pelo fabricante, mesmo quando você não fica horas pendurado nele;

emitir algumas mensagens multimídia esquisitas;

tentar se propagar para outros telefones.

Já são contabilizados desde 2008 mais de 362 tipos de vírus. A maioria deles (80%) são cavalos de troia. Spams e spywares, ao contrário do que se possa imaginar, são minoria (4%). Na mira das pragas, estão os celulares com tecnologia Bluetooth —responsável por 70% das contaminações — e as mensagens multimídia (MMS).

• Worms (vermes): são programas parecidos com vírus, mas que na verdade são capazes de se propagarem automaticamente através de redes, enviando cópias de si mesmo de computador para computador (observe que os worms apenas se copiam, não infectam outros arquivos, eles mesmos são os arquivos!!). Além disso, geralmente utilizam as redes de comunicação para infectar outros computadores (via e-mails, Web, FTP, redes das empresas etc).

Diferentemente do vírus, o worm não embute cópias de si mesmo em outros programas ou arquivos e não necessita ser explicitamente executado para se propagar. Sua propagação se dá através da exploração de vulnerabilidades existentes ou falhas na configuração de softwares instalados em computadores.

Worms são notadamente responsáveis por consumir muitos recursos. Degradam sensivelmente o desempenho de redes e podem lotar o disco rígido de computadores, devido à grande quantidade de cópias de si mesmo que costumam propagar. Além disso, podem gerar grandes transtornos para aqueles que estão recebendo tais cópias.

Difíceis de serem detectados, muitas vezes os worms realizam uma série de atividades, incluindo sua propagação, sem que o usuário tenha conhecimento. Embora alguns programas antivírus permitam detectar a presença de worms e até mesmo evitar que eles se propaguem, isto nem sempre é possível.

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• Bots: de modo similar ao worm, é um programa capaz de se propagar automaticamente, explorando vulnerabilidades existentes ou falhas na configuração de software instalado em um computador. Adicionalmente ao worm, dispõe de mecanismos de comunicação com o invasor, permitindo que o bot seja controlado remotamente. Os bots esperam por comandos de um hacker, podendo manipular os sistemas infectados, sem o conhecimento do usuário.

Nesse ponto, cabe destacar um termo que já foi cobrado várias vezes em prova!! Trata-se do significado do termo botnet, junção da contração das palavras robot (bot) e network (net). Uma rede infectada por bots é denominada de botnet (também conhecida como rede zumbi), sendo composta geralmente por milhares desses elementos maliciosos que ficam residentes nas máquinas, aguardando o comando de um invasor. Um invasor que tenha controle sobre uma botnet pode utilizá-la para aumentar a potência de seus ataques, por exemplo, para enviar centenas de milhares de e-mails de phishing ou spam, desferir ataques de negação de serviço etc (CERT.br, 2006).

• Trojan horse (cavalo de troia): é um programa aparentemente inofensivo que entra em seu computador na forma de cartão virtual, álbum de fotos, protetor de tela, jogo etc, e que, quando executado (com a sua autorização!), parece lhe divertir, mas, por trás abre portas de comunicação do seu computador para que ele possa ser invadido.

Por definição, o cavalo de troia distingue-se de um vírus ou de um worm por não infectar outros arquivos, nem propagar cópias de si mesmo automaticamente.

O trojans ficaram famosos na Internet pela facilidade de uso, e por permitirem a qualquer pessoa possuir o controle de um outro computador apenas com o envio de um arquivo.

Os trojans atuais são divididos em duas partes, que são: o servidor e o cliente. Normalmente, o servidor encontra-se oculto em algum outro arquivo e, no momento em que o arquivo é executado, o servidor se instala e se oculta no computador da vítima. Nesse momento, o computador já pode ser acessado pelo cliente, que enviará informações para o servidor executar certas operações no computador da vítima.

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O Cavalo de Troia não é um vírus, pois não se duplica e não se dissemina como os vírus. Na maioria das vezes, ele irá instalar programas para possibilitar que um invasor tenha controle total sobre um computador. Estes programas podem permitir:

• que o invasor veja e copie ou destrua todos os arquivos armazenados no computador;

• a instalação de keyloggers ou screenloggers (descubra todas as senhas digitadas pelo usuário);

• o furto de senhas e outras informações sensíveis, como números de cartões de crédito;

• a inclusão de backdoors, para permitir que um atacante tenha total controle sobre o computador;

• a formatação do disco rígido do computador, etc.

Exemplos comuns de cavalos de troia são programas que você recebe ou obtém de algum site e que parecem ser apenas cartões virtuais animados, álbuns de fotos de alguma celebridade, jogos, protetores de tela, entre outros. Enquanto estão sendo executados, estes programas podem ao mesmo tempo enviar dados confidenciais para outro computador, instalar backdoors, alterar informações, apagar arquivos ou formatar o disco rígido. Existem também cavalos de troia utilizados normalmente em esquemas fraudulentos, que, ao serem instalados com sucesso, apenas exibem uma mensagem de erro.

• Adware (advertising software): este tipo de programa geralmente não prejudica o computador. O adware apresenta anúncios, cria ícones ou modifica itens do sistema operacional com o intuito de exibir alguma propaganda. Nem sempre são maliciosos! Um adware malicioso pode abrir uma janela do navegador apontando para páginas de cassinos, vendas de remédios, páginas pornográficas, etc. Um exemplo do uso legítimo de adwares pode ser observado no programa de troca instantânea de mensagens MSN Messenger.

• Spyware: trata-se de um programa espião (spy em inglês = espião). É um programa que tem por finalidade monitorar as atividades de um sistema e enviar as informações coletadas para terceiros.

• Keylogger: um tipo de malware que é capaz de capturar e armazenar as teclas digitadas pelo usuário no teclado de um computador. Dentre as informações capturadas podem estar o texto de um e-mail, dados digitados na declaração de Imposto de Renda e outras informações sensíveis, como senhas bancárias e números de cartões de crédito. Em muitos casos, a ativação do keylogger é condicionada a uma ação prévia do usuário, como por exemplo, após o acesso a um site específico de comércio eletrônico ou Internet Banking. Normalmente, o

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keylogger contém mecanismos que permitem o envio automático das informações capturadas para terceiros (por exemplo, através de e-mails).

As instituições financeiras desenvolveram os teclados virtuais para evitar que os keyloggers pudessem capturar informações sensíveis de usuários. Então, foram desenvolvidas formas mais avançadas de keyloggers, também conhecidas como screenloggers, capazes de:

• armazenar a posição do cursor e a tela apresentada no monitor, nos momentos em que o mouse é clicado, ou

• armazenar a região que circunda a posição onde o mouse é clicado.

Normalmente, o keylogger vem como parte de um programa spyware ou cavalo de troia. Desta forma, é necessário que este programa seja executado para que o keylogger se instale em um computador. Geralmente, tais programas vêm anexados a e-mails ou estão disponíveis em sites na Internet.

Existem ainda programas leitores de e-mails que podem estar configurados para executar automaticamente arquivos anexados às mensagens. Neste caso, o simples fato de ler uma mensagem é suficiente para que qualquer arquivo anexado seja executado.

• Screenlogger: forma avançada de keylogger, capaz de armazenar a posição do cursor e a tela apresentada no monitor, nos momentos em que o mouse é clicado, ou armazenar a região que circunda a posição onde o mouse é clicado.

• Ransomwares: são softwares maliciosos que, ao infectarem um computador, criptografam todo ou parte do conteúdo do disco rígido. Os responsáveis pelo software exigem da vítima, um pagamento pelo "resgate" dos dados.

• Backdoors Normalmente um atacante procura garantir uma forma de retornar a um computador comprometido, sem precisar recorrer aos métodos utilizados na realização da invasão. Na maioria dos casos, também é intenção do atacante poder retornar ao computador comprometido sem ser notado. A esses programas que permitem o retorno de um invasor a um computador comprometido, utilizando serviços criados ou modificados para este fim, dá-se o nome de backdoor.

A forma usual de inclusão de um backdoor consiste na disponibilização de um novo serviço ou substituição de um determinado serviço por uma versão alterada, normalmente possuindo recursos que permitam acesso remoto (através da Internet). Pode ser incluído por um invasor ou através de um cavalo de troia.

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• Rootkits Um invasor, ao realizar uma invasão, pode utilizar mecanismos para esconder e assegurar a sua presença no computador comprometido. O conjunto de programas que fornece estes mecanismos é conhecido como rootkit. É muito importante ficar claro que o nome rootkit não indica que as ferramentas que o compõem são usadas para obter acesso privilegiado (root ou Administrator) em um computador, mas sim para mantê-lo. Isto significa que o invasor, após instalar o rootkit, terá acesso privilegiado ao computador previamente comprometido, sem precisar recorrer novamente aos métodos utilizados na realização da invasão, e suas atividades serão escondidas do responsável e/ou dos usuários do computador.

Um rootkit pode fornecer programas com as mais diversas funcionalidades. Dentre eles, podem ser citados:

• programas para esconder atividades e informações deixadas pelo invasor (normalmente presentes em todos os rootkits), tais como arquivos, diretórios, processos, conexões de rede, etc;

• backdoors, para assegurar o acesso futuro do invasor ao computador comprometido (presentes na maioria dos rootkits);

• programas para remoção de evidências em arquivos de logs;

• sniffers, para capturar informações na rede onde o computador está localizado, como por exemplo senhas que estejam trafegando em claro, ou seja, sem qualquer método de criptografia;

• scanners, para mapear potenciais vulnerabilidades em outros computadores.

Algoritmos de criptografia simétricos e assimétricos; assinatura e certificação digital

Criptografia

A palavra criptografia é composta dos termos gregos KRIPTOS (secreto, oculto, ininteligível) e GRAPHO (escrita, escrever). Trata-se de um conjunto de conceitos e técnicas que visa codificar uma informação de forma que somente o emissor e o receptor possam acessá-la. A criptografia é, provavelmente, tão antiga quanto a própria escrita, sendo alvo constante de extenso estudo de suas técnicas. Na informática, as técnicas mais conhecidas envolvem o conceito de chaves, as chamadas "chaves criptográficas". Trata-se de um conjunto de bits (unidade de medida de armazenamento) baseado em um determinado algoritmo capaz de codificar e de decodificar informações. Se o receptor da mensagem usar

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uma chave incompatível com a chave do emissor, não conseguirá extrair a informação.

Os primeiros métodos criptográficos existentes usavam apenas um algoritmo de codificação. Assim, bastava que o receptor da informação conhecesse esse algoritmo para poder extraí-la. No entanto, se um intruso tiver posse desse algoritmo, também poderá decifrá-la, caso capture os dados criptografados. Há ainda outro problema: imagine que a pessoa A tenha que enviar uma informação criptografada à pessoa B. Esta última terá que conhecer o algoritmo usado. Imagine agora que uma pessoa C também precisa receber uma informação da pessoa A, porém a pessoa C não pode descobrir qual é a informação que a pessoa B recebeu. Se a pessoa C capturar a informação envida à pessoa B, também conseguirá decifrá-la, pois quando a pessoa A enviou sua informação, a pessoa C também teve que conhecer o algoritmo usado. Para a pessoa A evitar esse problema, a única solução é usar um algoritmo diferente para cada receptor.

Terminologia básica sobre Criptografia:

• Mensagem ou texto é a informação que se deseja proteger. Esse texto quando em sua forma original, ou seja, a ser transmitido, é chamado de texto puro ou texto claro.

• Remetente ou emissor refere-se à pessoa que envia a mensagem.

• Destinatário ou receptor refere-se à pessoa que receberá a mensagem.

• Encriptação é o processo em que um texto puro passa, transformando-se em texto cifrado.

• Desencriptação é o processo de recuperação de um texto puro a partir de um texto cifrado.

• Criptografar é o ato de encriptar um texto puro, assim como, descriptografar é o ato de desencriptar um texto cifrado.

Importante! Criptografia = arte e ciência de manter mensagens seguras. Criptoanálise = arte e ciência de quebrar textos cifrados. Criptologia = combinação da criptografia + criptoanálise.

Sistemas Criptográficos Chave é a informação que o remetente e o destinatário possuem, e que será usada para criptografar e descriptografar um texto ou mensagem.

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Chaves criptográficas Na criptografia, para proteger os dados é necessário um algoritmo (método/processo), que para encriptar (criptografar) os dados necessita de uma chave (número ou frase secreta).

Hoje, podemos afirmar que a criptografia computadorizada opera por meio da utilização de chaves secretas, ao invés de algoritmos secretos. Se protegermos os dados com uma chave, precisamos proteger somente a chave. Se utilizarmos chaves para proteger segredos, podemos utilizar diversas chaves para proteger diferentes segredos. Em outras palavras, se uma chave for quebrada, os outros segredos ainda estarão seguros. Por outro lado, se um algoritmo secreto for quebrado por um invasor, este terá acesso a todos os outros segredos.

Com o uso de chaves, um emissor pode usar o mesmo algoritmo (o mesmo método) para vários receptores. Basta que cada um receba uma chave diferente. Além disso, caso um receptor perca ou exponha determinada chave, é possível trocá-la, mantendo-se o mesmo algoritmo.

Você já deve ter ouvido falar de chave de 64 bits, chave de 128 bits e assim por diante. Esses valores expressam o tamanho de uma determinada chave. Quanto mais bits forem utilizados, maior será a chave e mais difícil de descobrir o segredo por meio da força bruta (tentativa e erro) ou técnicas automatizadas de quebra da chave. Assim, sendo maior a chave, mais segura será a criptografia.

Explico: caso um algoritmo use chaves de 8 bits, apenas 256 chaves poderão ser usadas na decodificação, pois 2 elevado a 8 é 256. Isso deixa claro que 8 bits é inseguro, pois até uma pessoa é capaz de gerar as 256 combinações (embora demore), imagine então um computador. Porém, se forem usados 128 ou mais bits para chaves (faça 2 elevado a 128 para ver o que acontece), teremos uma quantidade extremamente grande de combinações, deixando a informação criptografada bem mais segura.

Primeiro, tenha em mente que o bit (Binary Digit) ou dígito binário é a menor unidade de armazenamento na memória do computador. Ele pode representar dois valores apenas. No caso da computação, ou armazena o zero ou armazena o um (0-1). Para formar mensagens, é preciso agrupar os bits. O padrão atual é o byte (Binary Term) ou termo binário, que é composto por 8 bits. Isto não é ao acaso. Oito bits que podem valer 0 ou 1 cada, permitem 256 combinações diferentes. Então, para representar os símbolos, basta existir uma tabela com 256 posições e, em casa posição da tabela, um símbolo. Assim, internamente ao computador temos uma sequência de 8 dígitos (zeros ou uns), que, associados a uma tabela, representam um símbolo. Já ouviu falar da tabela ASCII (American Code for Interchange Information)? Ela é o padrão para as tabelas de codificação de símbolos. Nela temos desde as letras e dígitos, aos caracteres especiais e outras teclas

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especiais. Por exemplo, a letra “A” é ocupa a casa de número 65 nesta tabela (convertendo 65 para o sistema de numeração binário – zeros e uns – temos 1000001). Bom, o interessante é que você pode armazenar símbolos na memória por meio deste sistema de numeração e da tabela ASCII. Veja a mensagem abaixo (texto = “PASSEI!”

Texto (símbolos) P A S S E I !

Tabela ASCII 80 65 83 83 69 73 33

Binário 1010000 1000001 1010011 1010011 1000101 1001001 100001

É essa a ideia. Cada símbolo do texto “PASSEI!” possui um número na tabela ASCII. Este número é armazenado na memória do computador (em binário). Então, falando em criptografia, estamos falando em fazer contas com estes números para encontrar novos números que, quando associados à tabela, ficam estranhos. Por exemplo, somemos 30 a cada número da tabela ASCII que representa um símbolo do texto claro. Temos: 90, 75, 83, 83, 69, 73 e 43. Usando a tabela, teríamos:

Texto (símbolos) P A S S E I ! Tabela ASCII 80 65 83 83 69 73 33 Binário 1010000 1000001 1010011 1010011 1000101 1001001 100001Algoritmo = Ascii+10 90 75 93 93 79 83 43 Texto Cifrado Z K ] ] O S +

Na tabela acima, temos o texto cifrado como resultado da aplicação do algoritmo: “some 10 ao código ASCII de cada símbolo do texto claro”. O resultado é: “ZK]]OS+”. Assim, quem conseguir obter a mensagem não conseguirá entendê-la, exceto se conhecer o algoritmo que cifrou a mensagem.

Agora, imagine que o algoritmo fosse tal que ao invés de usar um valor constante para calcular o novo caractere, usasse um valor fornecido pelo usuário. Esta chave informada resultaria em textos diferentes, para chaves diferentes. Neste caso, a chave deve ser conhecida pelos participantes do processo, tanto o emissor quanto o receptor, além do algoritmo, é claro. Além deste esquema, existe um que possui não uma, mas duas chaves. Uma para cifrar e outra para decifrar.

Vamos estudar estes casos separadamente. Existem dois tipos de chaves: simétricas e assimétricas.

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Chave simétrica

Esse é um tipo de chave mais simples, em que o emissor e o receptor fazem uso da mesma chave, isto é, uma única chave é usada na codificação e na decodificação da informação.

Nas figuras acima, podemos observar o funcionamento da criptografia simétrica. Uma informação é encriptada através de um polinômio utilizando-se de uma chave (Chave A) que também serve para decriptar a informação.

Na criptografia simétrica (ou de chave única) tanto o emissor quanto o receptor da mensagem devem conhecer a chave utilizada!!

As principais vantagens dos algoritmos simétricos são:

• Rapidez: um polinômio simétrico encripta um texto longo em milésimos de segundos

• Chaves pequenas: uma chave de criptografia de 128bits torna um algoritmo simétrico praticamente impossível de ser quebrado.

A maior desvantagem da criptografia simétrica é que a chave utilizada para encriptar é igual à chave que decripta. Quando um grande número de pessoas tem conhecimento da chave, a informação deixa de ser um segredo.

O uso de chaves simétricas tem algumas desvantagens, fazendo com que sua utilização não seja adequada em situações onde a informação é muito valiosa. Para começar, é necessário usar uma grande quantidade de chaves caso muitas pessoas estejam envolvidas.

Ainda, há o fato de que tanto o emissor quanto o receptor precisa conhecer a chave usada. A transmissão dessa chave de um para o outro pode não ser tão segura e cair em "mãos erradas".

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Existem vários algoritmos que usam chaves simétricas, como o DES, o IDEA, e o RC:

• DES (Data Encryption Standard): criado pela IBM em 1977, faz uso de chaves de 56 bits. Isso corresponde a 72 quadrilhões de combinações (256 = 72.057.594.037.927.936). É um valor absurdamente alto, mas não para um computador potente. Em 1997, ele foi quebrado por técnicas de "força bruta" (tentativa e erro) em um desafio promovido na internet;

• IDEA (International Data Encryption Algorithm): criado em 1991 por James Massey e Xuejia Lai, o IDEA é um algoritmo que faz uso de chaves de 128 bits e que tem uma estrutura semelhante ao DES. Sua implementação em software é mais fácil do que a implementação deste último;

• RC (Ron's Code ou Rivest Cipher): criado por Ron Rivest na empresa RSA Data Security, esse algoritmo é muito utilizado em e-mails e faz uso de chaves que vão de 8 a 1024 bits. Possui várias versões: RC2, RC4, RC5 e RC6. Essencialmente, cada versão difere da outra por trabalhar com chaves maiores.

Há ainda outros algoritmos conhecidos, como o AES (Advanced Encryption Standard) - que é baseado no DES, o 3DES, o Twofish e sua variante Blowfish, por exemplo.

Chave assimétrica

Também conhecida como "chave pública", a técnica de criptografia por chave assimétrica trabalha com duas chaves: uma denominada privada e outra denominada pública. Nesse método, uma pessoa deve criar uma chave de codificação e enviá-la a quem for mandar informações a ela. Essa é a chave pública. Outra chave deve ser criada para a decodificação. Esta – a chave privada – é secreta.

Para entender melhor, imagine o seguinte: O USUÁRIO-A criou uma chave pública e a enviou a vários outros sites. Quando qualquer desses sites quiser enviar uma informação criptografada ao USUÁRIO-A deverá utilizar a chave pública deste. Quando o USUÁRIO-A receber a informação, apenas será possível extraí-la com o uso da chave privada, que só o USUÁRIO-A tem.

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Caso o USUÁRIO-A queira enviar uma informação criptografada a outro site, deverá conhecer sua chave pública.

A criptografia de chaves pública e privada (criptografia assimétrica) utiliza DUAS chaves distintas, uma para codificar e outra para decodificar mensagens.

Entre os algoritmos que usam chaves assimétricas, têm-se o RSA (o mais conhecido) e o Diffie-Hellman:

• RSA (Rivest, Shamir and Adleman): criado em 1977 por Ron Rivest, Adi Shamir e Len Adleman nos laboratórios do MIT (Massachusetts Institute of Technology), é um dos algoritmos de chave assimétrica mais usados. Nesse algoritmo, números primos (número primo é aquele que só pode ser dividido por 1 e por ele mesmo) são utilizados da seguinte forma: dois números primos são multiplicados para se obter um terceiro valor. Porém, descobrir os dois primeiros números a partir do terceiro (ou seja, fazer uma fatoração) é muito trabalhoso.

Se dois números primos grandes (realmente grandes) forem usados na multiplicação, será necessário usar muito processamento para descobri-los, tornando essa tarefa quase sempre inviável. Basicamente, a chave privada no RSA são os números multiplicados e a chave pública é o valor obtido;

• ElGamal: criado por Taher ElGamal, esse algoritmo faz uso de um problema matemático conhecido por "logaritmo discreto" para se tornar seguro. Sua utilização é frequente em assinaturas digitais.

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Existem ainda outros algoritmos, como o DSA (Digital Signature Algorithm), o Schnorr (praticamente usado apenas em assinaturas digitais) e Diffie-Hellman.

Exemplo:

Quando Alice quer mandar uma mensagem para Bob, ela procura a chave pública dele em um diretório e usa esta chave para encriptar a mensagem. Bob, ao receber a mensagem de Alice, usa a sua chave privada para decriptar a mensagem e lê-la. Este sistema também permite a autenticação digital de mensagens, ou seja, é possível garantir ao receptor a identidade do transmissor e a integridade da mensagem.

Quando uma mensagem é encriptada com uma chave privada, ao invés da chave pública, o resultado é uma assinatura digital: uma mensagem que só uma pessoa poderia produzir, mas que todos possam verificar. Normalmente autenticação se refere ao uso de assinaturas digitais: a assinatura é um conjunto inforjável de dados assegurando o nome do autor ou funcionando como uma assinatura de documentos. Isto indica que a pessoa concorda com o que está escrito. Além do que, evita que a pessoa que assinou a mensagem depois possa se livrar de responsabilidades, alegando que a mensagem foi forjada (garantia do não-repúdio).

Sistemas de uma chave são bem mais rápidos, e sistemas de duas chaves são bem mais seguros. Uma possível solução é combinar as duas, fornecendo assim um misto de velocidade e segurança. Simplesmente usa-se a encriptação de uma chave para encriptar a mensagem, e a chave secreta é transmitida usando a chave pública do destinatário. NÃO confunda a chave privada com chave secreta. A primeira é mantida em segredo, enquanto que a segunda é enviada para as pessoas que efetivarão a comunicação.

PGP – Pretty Good Privacy Trata-se de um software de criptografia, de uso livre, criado por Philip Zimmermman em 1991. A intenção de Zimmermman foi a de ajudar na defesa da liberdade individual nos Estados Unidos e no mundo inteiro, uma vez que ele percebeu que o uso do computador seria algo cada vez maior e que o direito à privacidade deveria ser mantido nesse meio. Por ser disponibilizado de forma gratuita, o PGP acabou se tornando uns dos meios de criptografia mais conhecidos, principalmente na troca de e-mails.

No PGP, chaves assimétricas são usadas. Além disso, para reforçar a segurança, o software pode realizar um segundo tipo de criptografia através de um método conhecido como "chave de sessão" que, na verdade, é um tipo de chave simétrica.

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Assinatura e Certificacão Digital

O termo Certificação digital é utilizado para se referir ao processo que dá suporte à implementação da assinatura digital. É o processo que dá garantia de que a assinatura emitida é da entidade indicada na mesma. A certificação digital realiza o registro das assinaturas e fornece informações para que qualquer outra entidade possa conferir a sua autenticidade. A implementação de assinaturas digitais depende desse processo. Afinal, como seria possível confiar na assinatura de uma pessoa se não tivesse uma estrutura para confirmar sua veracidade?

Um certificado digital é um documento eletrônico que identifica pessoas, físicas ou jurídicas, URLs, contas de usuário, servidores (computadores) dentre outras entidades. Este “documento” na verdade é uma estrutura de dados que contém a chave pública do seu titular e outras informações de interesse. Contêm informações relevantes para a identificação “real” da entidade a que visam certificar (CPF, CNPJ, endereço, nome, etc) e informações relevantes para a aplicação a que se destinam.

Um certificado de chave pública, normalmente denominado apenas de certificado, é uma declaração assinada digitalmente que vincula o valor de uma chave pública à identidade da pessoa, ao dispositivo ou ao serviço que contém a chave particular correspondente.

Dentre as informações que geralmente compõem um certificado temos:

• Versão: indica qual formato de certificado está sendo seguido.

• Número de série: identifica unicamente um certificado dentro do escopo do seu emissor.

• Algoritmo: identificador dos algoritmos de hash+assinatura utilizados pelo emissor para assinar o certificado.

• Emissor: entidade que emitiu o certificado.

• Validade: data de emissão e expiração (prazo de validade do certificado).

• Titular: nome da pessoa, URL ou demais informações que estão sendo certificadas.

• Chave pública: informações da chave pública do titular.

• Extensões: campo opcional para estender o certificado.

• Assinatura: valor da assinatura digital feita pelo emissor.

O certificado fica armazenado em dispositivos de segurança, como por ex.: Token ou Smart Card, ilustrados na figura a seguir.

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Token

Smart Card

Figura. Ilustração de dispositivos de segurança

Para se fazer a certificação de uma assinatura digital, é necessária uma infraestrutura que valide o certificado para as demais entidades. Para isso, existem dois modelos de certificação que podem ser utilizados. São eles:

• Modelo de malha de confiança: baseado na criação de uma rede em que as entidades pertencentes devem confiar umas nas outras. Cada vez que um usuário obtém a chave pública de outro usuário, ele pode verificar a assinatura digital da chave obtida por meio das demais entidades, garantindo a certeza de que a chave é a verdadeira.

Nesse modelo, a confiança é controlada pelo próprio usuário. Além disso, a confiança não é transitiva, ou seja, se uma entidade A confia em B e B confia em C, isso não significa necessariamente que A confia em C. Esse modelo é utilizado no software PGP, que faz a certificação de mensagens eletrônicas.

• Modelo hierárquico: baseado na montagem de uma hierarquia de Autoridades Certificadoras (ACs). As ACs certificam os usuários e existe uma autoridade certificadora raiz (AC-Raiz) que faz a certificação de todas as ACs de sua jurisdição. Nesse modelo, os certificados digitais precisam da assinatura digital de uma AC para ser válido. Caso alguma entidade duvide de sua validade, basta consultar na AC para verificar se o certificado não foi revogado. Caso haja dúvida da validade do certificado da AC, basta conferir na AC-Raiz, que, em regra, possui um certificado assinado por si mesmo e é mantida por uma entidade governamental. Esse é o modelo utilizado para a montagem de Infraestruturas de Chaves Públicas (ICPs).

O padrão mais comum para certificados digitais no âmbito de uma infraestrutura de Chaves Públicas (ICP) é o ITU-T X.509. O X.509, atualmente, está na versão 3, e padroniza os formatos das chaves públicas e atributos para os certificados, listas de revogação de certificados (certificate revocation lists – CRL), e algoritmos para procura do caminho de validação.

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O X.509 é um padrão derivado da família de padrões X.500, que definiram o Directory Access Protocol - DAP (que originou o LDAP), e por isso, ele é organizado por uma estrutura de diretórios em árvore, cujos elementos podem ser identificados pelos Distinguished Names (DN).

A assinatura digital busca resolver dois problemas não garantidos apenas com uso da criptografia para codificar as informações: a integridade e a procedência. Ela utiliza uma função chamada one-way hash function, também conhecida como: compression function, cryptographic checksum, message digest ou fingerprint. Essa função gera uma sequência de símbolos única (hash) sobre uma informação, se esse valor for o mesmo tanto no remetente quanto destinatário, significa que essa informação não foi alterada.

Mesmo assim isso ainda não garante total integridade, pois a informação pode ter sido alterada no seu envio e um novo hash pode ter sido calculado. Para solucionar esse problema, é utilizada a criptografia assimétrica com a função das chaves num sentido inverso, onde o hash é criptografado usando a chave privada do remetente, sendo assim o destinatário de posse da chave pública do remetente poderá decriptar o hash. Dessa maneira garantimos a procedência, pois somente o remetente possui a chave privada para codificar o hash que será aberto pela sua chave pública. Já o hash, gerado a partir da informação original, protegido pela criptografia, garantirá a integridade da informação.

Conforme visto, a maior parte dos certificados de uso comum se baseia no padrão de certificado X.509v31, aplicados em criptografia de chave pública (criptografia assimétrica) - método de criptografia no qual duas chaves diferentes são usadas: uma chave pública para criptografar dados e uma chave particular para descriptografá-los.

Os certificados podem ser emitidos para diversos fins como, por exemplo, a autenticação de usuários da Web, a autenticação de servidores Web, email seguro, segurança do protocolo Internet (IPSec), segurança de camada de transporte do protocolo TCP/IP e assinatura de código.

Um certificado só é válido pelo período de tempo nele especificado; cada certificado contém datas Válido de e Válido até, que definem os prazos do período de validade. Quando o prazo de validade de um certificado termina, a entidade do certificado vencido deve solicitar um novo certificado.

1 Versão 3 da recomendação X.509 da ITU (International Telecommunication Union) para formato e sintaxe de certificado. É o formato de certificado padrão usado pelos processos com base em certificados do Windows XP. Um certificado X.509 inclui a chave pública e informações sobre a pessoa ou entidade para a qual o certificado é emitido, informações sobre o certificado, além de informações opcionais sobre a autoridade de certificação (CA) que emite o certificado.

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Se for preciso desfazer o vínculo declarado em um certificado, esse pode ser revogado pelo emissor. Cada emissor mantém uma lista de certificados revogados, que pode ser usada pelos programas quando a validade de um determinado certificado é verificada.

Uma das principais vantagens dos certificados é que os hosts não têm mais que manter um conjunto de senhas para entidades individuais que precisam ser autenticadas para obterem acesso. Em vez disso, o host simplesmente deposita confiança em um emissor de certificados.

Quando um host, como um servidor Web seguro, designa um emissor como uma autoridade raiz confiável, ele confia implicitamente nas diretivas usadas pelo emissor para estabelecer os vínculos dos certificados que emite. Na prática, o host confia no fato de que o emissor verificou a identidade da entidade do certificado. Um host designa um emissor como uma autoridade raiz confiável colocando o certificado auto-assinado do emissor, que contém a chave pública do emissor, no armazenamento de certificado da autoridade de certificação raiz confiável do computador host. As autoridades de certificação intermediárias ou subordinadas serão confiáveis somente se tiverem um caminho de certificação válido de uma autoridade de certificação raiz confiável.

A ICP-Brasil definiu os tipos de certificados válidos. Foram definidos 8 tipos diferentes, divididos entre:

• Certificados de assinatura (só assina): A1, A2, A3 e A4; • Certificados de sigilo (assina e criptografa): S1, S2, S3 e S4. Quanto maior o número do certificado, maior o nível de segurança de seu par de chaves.

VPN - Virtual Private Network

Uma Virtual Private Network (VPN) ou Rede Virtual Privada é uma rede privada (rede com acesso restrito) construída sobre a estrutura de uma rede pública (recurso público, sem controle sobre o acesso aos dados), normalmente a Internet. Ou seja, ao invés de se utilizar links dedicados ou redes de pacotes para conectar redes remotas, utiliza-se a infraestrutura da Internet, uma vez que para os usuários a forma como as redes estão conectadas é transparente.

Normalmente as VPNs são utilizadas para interligar empresas onde os custos de linhas de comunicação direta de dados são elevados. Elas criam “túneis” virtuais de transmissão de dados utilizando criptografia para garantir a privacidade e integridade dos dados, e a autenticação para garantir que os dados estão sendo transmitidos por entidades ou dispositivos autorizados e não por outros quaisquer. Uma VPN pode ser criada tanto por dispositivos específicos, softwares ou até pelo próprio sistema operacional.

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Alguns aspectos negativos também devem ser considerados sobre a utilização de VPNs:

• Perda de velocidade de transmissão: as informações criptografadas têm seu tamanho aumentado, causando uma carga adicional na rede.

• Maiores exigências de processamento: o processo de criptografar e decriptar as informações transmitidas gera um maior consumo de processamento entre os dispositivos envolvidos.

Para garantir a segurança das VPNs existem algumas tecnologias como o Internet Protocol Security (IPSec), o Secure Socket Layer (SSL), entre outras.

As redes VPN-SSL não usam o protocolo IPSec para encriptar os dados, mas sim o protocolo SSL/TLS. Também a VPN-SSL é baseada na Web e não exige que os administradores pré-instalem um cliente em cada estação de trabalho remota. Isso possibilita um nível maior de flexibilidade e um grau mais amplo de acesso. Usando um navegador padrão, usuários remotos ativam um portal da Web personalizado para acesso a e-mails, arquivos, aplicativos e sites da Web internos, por exemplo.

Firewall

Basicamente, o firewall é um sistema para controlar o acesso às redes de computadores, desenvolvido para evitar acessos não autorizados em uma rede local ou rede privada de uma corporação. Pode ser desde um software sendo executado no ponto de conexão entre as redes de computadores ou um conjunto complexo de equipamentos e softwares.

A RFC 2828 (Request for Coments nº 2828) define o termo firewall como sendo uma ligação entre redes de computadores que restringem o tráfego de comunicação de dados entre a parte da rede que está “dentro” ou “antes” do firewall, protegendo-a assim das ameaças da rede de computadores que está “fora” ou depois do firewall. Esse mecanismo de proteção geralmente é utilizado para proteger uma rede menor (como os computadores de uma empresa) de uma rede maior (como a Internet).

Um firewall deve ser instalado no ponto de conexão entre as redes, onde, através de regras de segurança, controla o tráfego que flui para dentro e para fora da rede protegida. Pode ser desde um único computador, um software sendo executado no ponto de conexão entre as redes de computadores ou um conjunto complexo de equipamentos e softwares.

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Deve-se observar que isso o torna um potencial gargalo para o tráfego de dados e, caso não seja dimensionado corretamente, poderá causar atrasos e diminuir a performance da rede.

Os firewalls são implementados, em regra, em dispositivos que fazem a separação da rede interna e externa, chamados de estações guardiãs (bastion hosts).

As principais funcionalidades oferecidas pelos firewalls são:

• regular o tráfego de dados entre uma rede local e a rede externa não confiável, por meio da introdução de filtros para pacotes ou aplicações;

• impedir a transmissão e/ou recepção de acessos nocivos ou não autorizados dentro de uma rede local;

• mecanismo de defesa que restringe o fluxo de dados entre redes, podendo criar um “log” do tráfego de entrada e saída da rede;

• proteção de sistemas vulneráveis ou críticos, ocultando informações de rede como nome de sistemas, topologia da rede, identificações dos usuários etc.

Prevenção de Intrusão

Em um sistema em segurança de redes de computadores, a intrusão é qualquer conjunto de ações que tendem a comprometer a integridade, confidencialidade ou disponibilidade dos dados ou sistemas.

Os intrusos em uma rede podem ser de dois tipos: internos (que tentam acessar informações não autorizadas para ele); externos (tentam acessar informações via Internet).

IDS (Intrusion Detection Systems) são sistemas de detecção de intrusos, que têm por finalidade detectar atividades incorretas, maliciosas ou anômalas, em tempo real, permitindo que algumas ações sejam tomadas.

• Geram logs para casos de tentativas de ataques e para casos em que um ataque teve sucesso.

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• Mesmo sistemas com Firewall devem ter formas para detecção de intrusos.

• Assim como os firewalls, os IDSs também podem gerar falsos positivos (Uma situação em que o firewall ou IDS aponta uma atividade como sendo um ataque, quando na verdade não é).

As informações podem ser coletadas em redes, de várias formas:

• Sistemas de detecção de intrusão baseados em rede (NIDS) Neste tipo de sistema, as informações são coletadas na rede, normalmente por dispositivos dedicados que funcionam de forma similar a sniffers de pacotes.

Vantagens: diversas máquinas podem ser monitoradas utilizando-se apenas um agente (componente que coleta os dados).

Desvantagens: o IDS “enxerga” apenas os pacotes trafegando, sem ter visão do que ocorre na máquina atacada.

• Sistemas de detecção de intrusão baseados em host (HIDS)Coletam informações dentro das máquinas monitoradas, o que normalmente é feito através de um software instalado dentro delas.

• Hybrid IDS Combina as 2 soluções anteriores!!

• Baseados em Kernel (Kernel Based) Cuidam basicamente de buffer overflow, ou seja, do estouro da capacidade de armazenamento temporário. Sistemas de detecção de intrusos baseados em Kernel são uma nova forma de trabalho e estão começando a ser utilizados em plataformas mais comuns, especialmente no Linux e outros sistemas Unix.

Cabe ressaltar que o IDS (Intrusion Detection Systems) procura por ataques já catalogados e registrados, podendo, em alguns casos, fazer análise comportamental.

O firewall não tem a função de procurar por ataques. Ele realiza a filtragem dos pacotes e, então, bloqueia as transmissões não permitidas. O firewallatua entre a rede externa e interna, controlando o tráfego de informações que existem entre elas, procurando certificar-se de que este tráfego é confiável, em conformidade com a política de segurança do site acessado. Também pode ser utilizado para atuar entre redes com necessidades de segurança distintas.

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O IPS (Sistema de Prevenção de Intrusão) é que faz a detecção de ataques e intrusões, e não o firewall!! Um IPS é um sistema que detecta e obstrui automaticamente ataques computacionais a recursos protegidos. Diferente dos IDS tradicionais, que localizam e notificam os administradores sobre anomalias, um IPS defende o alvo sem uma participação direta humana.

Em outras palavras, os IDS podem ser classificados em:

• passivos: fazem a análise das informações recebidas, SEM interferir no funcionamento da rede, comunicando os administradores em caso de alerta;

• reativos: chamados de Intrusion Prevention Systems (IPS), pois, além de emitir o alerta, podem tomar contramedidas, como resetar conexões suspeitas e fazer reprogramações no firewall de acordo com a situação detectada.

Caiu na prova (CESPE/2010/Bco Amazônia)

IDS e IPS são sistemas que protegem a rede de intrusões, diferindo no tratamento dado quando uma intrusão é detectada. IDS limita-se a gerar alertas e ativar alarmes, e o IPS executa contramedidas, como interromper o fluxo de dados referente à intrusão detectada.

Um dos grandes desafios dos sistemas de detecção de intrusos é MinimizarFALSOS POSITIVOS e FALSOS NEGATIVOS!

- Falso Positivo: o IDS gera um alarme de ataque na ocorrência de um evento ou tráfego normal.

- Falso Negativo: o IDS não gera alarme na ocorrência de um evento ou tráfego mal intencionado.

Cabe destacar que o falso positivo é um evento observável e relevante, que é classificado pelo IDS como um evento intrusivo!!

Seu maior problema é a geração de um grande número de alertas, o que dificulta a administração e a análise das informações do IDS.

Caiu na prova (CESPE/2010/Bco Amazônia)

A ocorrência de falsos positivos normalmente acarreta consequências mais graves para as redes que utilizam IPS do que para aquelas que usam IDS!!

As conseqüências mais graves ocorrerão com a utilização do IPS, já que executa contramedidas, como resetar conexões suspeitas e fazer reprogramações no firewall de acordo com a situação detectada.

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Proxy

O Proxy atua como intermediário entre um cliente e outro servidor. Normalmente é utilizado em empresas para aumentar a performance de acesso a determinados serviços ou permitir que mais de uma máquina se conecte à Internet. Proxies mal configurados podem ser abusados por atacantes e utilizados como uma forma de tornar anônimas algumas ações na Internet, como atacar outras redes ou enviar spam.

Caiu na prova (CESPE/2010/Bco Amazônia)

Um proxy, ao agir no lugar do cliente ou do usuário para prover acesso a um serviço de rede, protege tanto o cliente quanto o servidor de uma conexão direta.

Filtro de conteúdo WEB

Basicamente os filtros de conteúdos capturam as palavras dentro de pacotes de dados e comparam com palavras-chave de listas de negação (blacklists) e listas de liberação (whitelists) de acesso. Se há uma palavra-chave numa das listas ele permite ou nega acesso a informação. Existem listas intermediárias que liberam acesso vindos de um determinado grupo de origem de requisição e nega para outros.

Para filtro de conteúdo web é de costume usar HTTP Proxy vinculado a outros serviços e listas. Existem diversos proxies, como o Squid e o ISA Server, além de listas de conteúdo frequentemente atualizadas como as gratuitas MESD, Shalla's, e pagas de baixo custo, de menor eficácia, da URL Blacklist e de custo moderado/alto com atualizações mais frequentes e eficazes como Netfilter, SmartWeb, WebSense, OPSEC etc.

A organização pode criar sua própria lista para controle com base em relatórios de acesso de usuários na empresa, porém para um grande número de usuários isso se torna um trabalho árduo e dispendioso.

Também é possível usar filtragem de conteúdo com firewalls camada 7, mas para grandes quantidades de filtros e palavras-chave é preferível o uso de um proxy à parte para evitar overhead no firewall.

Combate a códigos maliciosos

O combate a códigos maliciosos poderá envolver uma série de ações, como:

- instalação de ferramentas antivírus e antispyware no computador, lembrando de mantê-las atualizadas frequentemente;

-não realizar abertura de arquivos suspeitos recebidos por e-mail;

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-fazer a instalação de patches de segurança e atualizações corretivas de softwares e do sistema operacional quando forem disponibilizadas (proteção contra worms e bots); etc.

Norma ABNT NBR ISO/IEC 27002:2005

A ABNT NBR ISO/IEC 17799:2005 (renumerada para ABNT NBR ISO/IEC 27002) estabelece diretrizes e princípios gerais para iniciar, implementar, manter e melhorar a gestão de segurança da informação em uma organização. Os objetivos definidos nesta norma provêem diretrizes gerais sobre as metas geralmente aceitas para a gestão da segurança da informação.

Cabe ressaltar que não há certificação para pessoas, somente para as empresas. E essa certificação é baseada na ISO/IEC 27001 e não na ISO/IEC 27002!!

A norma 27001 é usada para fins de certificação (faz referência aos controles apenas para fins de checagem para certificação). É a norma que deve ser adotada como base para uma organização que deseja implantar um Sistema de Gestão de Segurança da Informação (SGSI). É importante destacar que o grupo internacional JTC1/SC27, formado pelas organizações ISO e IEC, criou em 2000 a norma ISO/IEC 17799 baseada na primeira parte da norma britânica BS 7799.

Esse grupo promoveu a revisão da ISO/IEC 17799, renomeando-a para ISO/IEC 17799:2005. Posteriormente, a ABNT NBR ISO/IEC 17799:2005 foi renumerada para NBR ISO/IEC 27.002, conforme quadro a seguir.

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As principais seções da norma ABNT NBR ISO IEC 17799:2005 (renumerada para ABNT NBR ISO/IEC 27002) são as seguintes:

0. Introdução

1. Objetivo

2. Termos e definições

3. Estrutura da norma

4. Análise/avaliação e tratamento de riscos

5. Política de segurança da informação

6. Organizando a segurança da informação

7. Gestão de ativos

8. Segurança em recursos humanos

9. Segurança física e do ambiente

10. Gerenciamento das operações e comunicações

11. Controle de acessos

12. Aquisição, desenvolvimento e manutenção de sistemas de informação

13. Gestão de incidentes de segurança da informação

14. Gestão da continuidade do negócio

15. Conformidade

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Conforme visto na tabela seguinte, a norma contém 11 seções de controles de segurança, totalizando 39 categorias principais de segurança e uma seção introdutória que aborda a análise/avaliação e o tratamento de riscos.

Nº Seção Nome Objetivos de Controle

(categorias)

Controles

5 Política de Segurança da Informação

1 2

6 Organizando a Segurança da Informação

2 11

7 Gestão de Ativos 2 5

8 Segurança em Recursos Humanos 3 9

9 Segurança Física e do Ambiente 2 13

10 Gestão das Operações e Comunicações

10 32

11 Controle de Acesso 7 25

12 Aquisição, Desenvolvimento e Manutenção de Sistemas de Informação

6 16

13 Gestão de Incidentes de Segurança da Informação

2 5

14 Gestão da Continuidade do Negócio

1 5

15 Conformidade 3 10

Total 39 133 Ao todo, a norma apresenta 39 objetivos de controle (categorias) e 133 controles de segurança. A ordem das seções não segue um grau de importância, ficando a cargo de cada organização identificar as seções aplicáveis e a relevância de cada uma.

A seguir, destacamos os tópicos que devem ser estudados para o edital ABIN/2010.

Análise/Avaliação e tratamento dos riscosAlguns conceitos necessitam ser expostos para o correto entendimento do que é risco e suas implicações.

Risco é a medida da exposição à qual o sistema computacional está sujeito. Depende da probabilidade de uma ameaça atacar o sistema e do impacto resultante desse ataque.

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Sêmola (2003, p. 50) diz que risco é a “probabilidade de ameaças explorarem vulnerabilidades, provocando perdas de confidencialidade, integridade e disponibilidade, causando, possivelmente, impactos nos negócios”.

Como exemplo de um risco pode-se imaginar um funcionário insatisfeito e um martelo ao seu alcance; nesse caso o funcionário poderia danificar algum ativo da informação. Assim pode-se entender como risco tudo aquilo que traz danos às informações e com isso promove perdas para a organização.

Risco: é medido pela probabilidade de uma ameaça acontecer e causar algum dano potencial à empresa.

Existem algumas maneiras de se classificar o grau de risco no mercado de segurança, mas de uma forma simples, poderíamos tratar como alto, médio e baixo risco. No caso do nosso exemplo da sala dos servidores, poderíamos dizer que, baseado na vulnerabilidade encontrada, a ameaça associada é de alto risco.

Vamos ao entendimento das ações que podem ser realizadas na identificação/análise/avaliação e tratamento dos riscos. Nesse caso, temos que:

1)identificar os ativos dentro do escopo do SGSI e os proprietários destes ativos;

2)identificar as ameaças a esses ativos;

3)identificar as vulnerabilidades que podem ser exploradas pelas ameaças;

4)identificar os impactos que as perdas de confidencialidade, integridade e disponibilidade podem causar aos ativos.

5)realizar a análise e avaliação dos riscos;

6)identificar e avaliar as opções para o tratamento dos riscos. Possíveis ações incluem:

6.1.aplicar os controles apropriados;

6.2.aceitar os riscos;

6.3.evitar riscos;

6.4.transferir os riscos associados ao negócio a outras partes, como seguradoras etc.

A norma ABNT NBR ISO/IEC 17799:2005 (renumerada para ABNT NBR ISO/IEC 27002) trata a avaliação dos riscos como uma atividade fundamental para ajuste das necessidades de controles. Assim, ANTES de se implementar qualquer controle, deve-se fazer uma análise e avaliação dos riscos de segurança.

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Importante ressaltar que não há controles mínimos OBRIGATÓRIOS a serem implementados, ou seja, nem todos os controles e diretrizes contidos na norma podem ser aplicados. Além disto, controles adicionais e recomendações não incluídos na norma podem ser necessários.

A ABNT NBR ISO/IEC 27002 NÃO é uma norma impositiva, ela faz recomendações de segurança baseadas nas melhores práticas relacionadas à segurança da informação, de forma que qualquer empresa possa fazer a implementação e a adaptação da norma de acordo com a sua conveniência ou necessidade.

O processo de gestão dos riscos de uma empresa passa pelas etapas listadas a seguir.

=>Estabelecimento de contexto para avaliação dos riscos, que envolve:

1) identificar uma metodologia de análise/avaliação de riscos adequada ao SGSI e aos requisitos legais, regulamentares e de segurança da informação para o negócio;

2) desenvolver critérios para aceitação de riscos e identificar os níveis aceitáveis de risco (risco residual).

=>Identificação dos riscos De acordo com o contexto em que a entidade está inserida, é necessário identificar os ativos dentro do escopo do SGSI e os seus proprietários, além de identificar as ameaças a esses ativos, as vulnerabilidades que podem ser exploradas pelas ameaças, os impactos que as perdas de confidencialidade, integridade e disponibilidade podem causar à organização.

=>Análise e mensuração dos riscos Após a identificação dos riscos, é necessário:

1) avaliar os impactos para o negócio da organização que podem resultar de falhas de segurança;

2) avaliar a probabilidade real da ocorrência de falhas de segurança, com base nas ameaças e vulnerabilidades, nos impactos associados a estes ativos, e nos controles atualmente implementados;

3) estimar os níveis de riscos e determinar se são aceitáveis ou não.

=>Tratamento dos riscos O tratamento de riscos pode incluir as seguintes medidas:

1) aplicar os controles apropriados (mitigar riscos);

2) não fazer nada para combater o risco, desde que isso não viole as políticas da organização (aceitar os riscos que se enquadrem no risco residual);

3) evitar situações que aumentem os riscos(evitar riscos); e

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4) transferir os riscos associados ao negócio a outras partes, por exemplo, seguradoras e fornecedores (transferir riscos).

=>Monitoração e revisão dos riscos O processo de gerenciamento dos riscos é contínuo, uma vez que o contexto dos negócios em que uma entidade está inserida muda constantemente. Dessa maneira, os riscos devem ser monitorados e revisados periodicamente para se adequar às mudanças no contexto.

Política de segurança da informação Esta seção possui 1 categoria:

- Política de segurança da informação.

Conforme Moreira (2001) a Política de Segurança é um conjunto de normas e diretrizes destinadas à proteção dos ativos da organização, sendo caracterizada pela tentativa de manter a confidencialidade, a integridade e a disponibilidade da mesma, independentemente de onde ela esteja. A Política de Segurança passa a ter uma importante função, visando à proteção dos ativos para que os negócios não parem e o ambiente fique seguro.

TCU (2007) destaca que a Política de Segurança de Informações é um conjunto de princípios que norteiam a gestão de segurança de informações e que deve ser observado pelo corpo técnico e gerencial e pelos usuários internos e externos. As diretrizes estabelecidas nesta política determinam as linhas mestras que devem ser seguidas pela organização para que sejam assegurados seus recursos computacionais e suas informações.

A política de segurança da informação tem como objetivo prover uma orientação e apoio da direção para a segurança da informação de acordo com os requisitos do negócio e com as leis e regulamentações relevantes” (ABNT NBR ISO/IEC 27002:2005).

Algumas observações:

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• deve prever o que pode ou não ser feito na instituição e o que será considerado inaceitável;

• atribui direitos e responsabilidades às pessoas que lidam com os recursos computacionais de uma instituição e com as informaçõesneles armazenados.;

• tudo que descumprir a política de segurança é considerado um incidente de segurança;

• na política estão definidas as penalidades às quais estão sujeitos aqueles que não cumprirem a política.

Caiu na prova (CESPE/2010)

A política de segurança cumpre três principais funções: define o que e mostra por que se deve proteger; atribui responsabilidades pela proteção; e serve de base para interpretar situações e resolver conflitos que venham a surgir no futuro.

Gestão de ativos Segundo Sêmola (2003), ativo é tudo aquilo que tem um valor significativo para a empresa. São os elementos que compõem e processam a informação, incluindo ela mesma. O termo ativo tem origem na área financeira, podendo ser descrito como um elemento de valor para um indivíduo ou empresa, e, portanto, merece ser protegido. Exemplificando, os ativos seriam as informações, equipamentos, usuários, aplicações e processos de apoio.

Esta seção da norma ABNT NBR ISO/IEC 27002:2005 possui 2 categorias, que são: responsabilidade pelos ativos; e classificação da informação.

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A norma ABNT NBR ISO/IEC 27002, destaca vários tipos de ativos, como:

a) ativos de informação: base de dados e arquivos, contratos e acordos, documentação de sistema, informações sobre pesquisa, manuais de usuário, material de treinamento, procedimentos de suporte ou operação, planos de continuidade do negócio, procedimentos de recuperação, trilhas de auditoria e informações armazenadas;

b) ativos de software: aplicativos, sistemas, ferramentas de desenvolvimento e utilitários;

c) ativos físicos: equipamentos computacionais, equipamentos de comunicação, mídias removíveis e outros equipamentos;

d) serviços: serviços de computação e comunicações, utilidades gerais, por exemplo aquecimento, iluminação, eletricidade e refrigeração;

e) pessoas e suas qualificações, habilidades e experiências;

f) intangíveis, tais como a reputação e a imagem da organização.

A organização só irá classificar seus ativos se o custo associado a essa atividade for justificável em relação aos benefícios de segurança. A classificação da informação não é obrigatória, e sim opcional!

Obs: essa foi uma das seções que sofreu modificação após a revisão consolidada em 2005, através da incorporação de novos tipos de ativos, a saber: -pessoas e suas qualificações, habilidades e experiências; -intangíveis, tais como a reputação e a imagem da organização.

Segurança física e do ambiente Esta seção da norma possui 2 categorias:

-áreas seguras; e

-segurança de equipamentos.

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Gerenciamento das operações e comunicações A norma destaca que a organização deve garantir a operação segura e correta dos recursos de processamento da informação. Para isso, os procedimentos e responsabilidades pela gestão e operação de todos os recursos de processamento das informações devem ser definidos.

Convém que seja utilizada a segregação de funções quando apropriado, para reduzir o risco de se ter um mau uso ou uso doloso dos sistemas da organização.

Esta seção possui 10 categorias:

- Procedimentos e responsabilidades operacionais;

- Gerenciamento de serviços terceirizados;

- Planejamento e aceitação dos sistemas;

- Proteção contra códigos maliciosos e códigos móveis;

- Cópias de segurança;

- Gerenciamento da segurança em redes;

- Manuseio de mídias;

-Troca de informações;

- Serviços de comércio eletrônico;

- Monitoramento.

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Controle de acessos Esta seção possui 7 categorias: -Requisitos de negócio para controle de acesso;

-Gerenciamento de acesso do usuário;

-Responsabilidades dos usuários;

-Controle de acesso à rede;

-Controle de acesso ao sistema operacional;

-Controle de acesso à aplicação e à informação;

-Computação móvel e trabalho remoto.

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Aquisição, desenvolvimento e manutenção de sistemas de informação Esta seção possui 6 categorias. São elas:

- Requisitos de segurança de sistemas de informação;

- Processamento correto nas aplicações;

- Controles criptográficos;

- Segurança dos arquivos do sistema;

- Segurança em processos de desenvolvimento e de suporte;

- Gestão de vulnerabilidades técnicas.

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Gestão de incidentes de segurança da informação Incidente de segurança da informação: é indicado por um simples ou por uma série de eventos de segurança da informação indesejados ou inesperados, que tenham uma grande probabilidade de comprometer as operações do negócio e ameaçar a segurança da informação.

Exemplos de alguns incidentes de segurança da informação: invasão digital; violação de padrões de segurança de informação.

AAAnnnnnneee JJJaaannnuuuááárrriii

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Figura. Impacto de incidentes de segurança nos negócios

A Seção 13 da Norma ISO 17799:2005 intitulada Gestão de Incidentes de Segurança da Informação, possui 2 categorias:

-Notificação de fragilidades e eventos de segurança da informação;

-Gestão de incidentes de segurança da informação e melhorias.

Gestão da Continuidade do Negócio

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Esta seção possui 1 categoria: aspectos da gestão da continuidade do negócio, relativos à segurança da informação.

Caiu na prova (CESPE/2010/ANEEL)

A gestão de continuidade de negócios é complementar à gestão de riscos e tem como foco o desenvolvimento de uma resposta a uma interrupção causada por um incidente de difícil previsão, materializada na forma de um plano de continuidade de negócios.

Os negócios da organização podem ser interrompidos por uma grande variedade de incidentes, como falhas tecnológicas, atos de terrorismo etc. No entanto, para a maioria desses incidentes, há como fazer uma previsão e, portanto, tomar medidas preventivas para evitar que realmente se tornem realidade. Nesse contexto temos a gestão de riscos!! Mas como a organização precisa estar preparada para enfrentar situações não previstas que atinjam seus recursos de informação, para os incidentes de difícil

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detecção (que não foram previstos e que podem causar uma interrupção) utilizamos a gestão de continuidade de negócios, com o objetivo de fazer com que os negócios da organização não sejam interrompidos em virtude do incidente.

O Plano de Continuidade de Negócios, nesse contexto, irá listar as medidas de resposta ao incidente que devem ser realizadas de forma que a organização continue trabalhando e, em seguida, volte à situação anterior de normalidade.

Caiu na prova (CESPE/2007/TCU)

Um plano de continuidade de negócios distingue-se de um plano de recuperação de desastres por vários aspectos, entre os quais a maior ênfase no gerenciamento de riscos.

Planos de continuidade de negócios (PCNs) têm como propósito permitir que uma organização recupere ou mantenha suas atividades em caso de uma interrupção das operações normais de negócios.

Os PCNs são ativados para dar suporte às atividades críticas necessárias para cumprir os objetivos da organização, e podem ser executados integral ou parcialmente e em qualquer etapa da resposta a um incidente.

A fase de avaliação de riscos e análise de impactos no negócio compõe uma das etapas de elaboração de um PCN e tem como objetivo levantar as ameaças a que o negócio está exposto; uma inspeção física é realizada nos sites onde há processamento de dados ou operação de processos considerados críticos para o negócio, essa inspeção física busca controles de segurança física nas instalações. De posse dessa análise, e através de entrevistas com pessoas envolvidas com a manutenção e operação das instalações é possível fazer uma análise de risco que será base para implementação de controles que mitigam esses riscos e análise de uma possível estratégia de contingência.

Já a Análise de Impactos nos Negócios é feita buscando identificar os processos críticos que suportam a cadeia de valor, e qual impacto para o negócio caso as ameaças mapeadas venham a se concretizar.

O plano de recuperação de desastres (também conhecido como Disaster Recovery Plan) é um plano focado exclusivamente na recuperação de ativos de TI danificados por uma catástrofe ou por uma falha de sistema.

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Figura. Linha do tempo de um incidente

Conforme prescrito na norma ABNT NBR ISO/IEC 17799:2005 (renumerada para ABNT NBR ISO/IEC 27002) os planos de continuidade do negócio devem ser testados e atualizados regularmente, de forma a assegurar sua permanente atualização e efetividade.

Nesse contexto diversas técnicas devem ser usadas para fornecer garantia de que os planos funcionarão na vida real, como as listadas a seguir:

a) testes de mesa (faz-se a leitura em conjunto dos procedimentos de um grupo/equipe discutindo os arranjos para recuperação);

b) simulações (particularmente para treinar pessoas em seus papéis de gerenciamento pós-incidente/crise);

c) testes da recuperação técnica (garantindo que os sistemas de informação podem ser restaurados eficientemente);

d) testar recuperação em um site alternativo (executando processos do negócio em paralelo com operações de recuperação longe do site principal);

e) testes das facilidades e serviços de fornecimento (garantindo que serviços e produtos providos externamente satisfarão o compromisso contratado);

f) ensaios completos (testando se a organização, pessoal, equipamento, facilidades e processos conseguem lidar com interrupções).

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Segundo a ISO/IEC 17799:2005 (renumerada para ABNT NBR ISO/IEC 27002), as técnicas podem ser usadas por qualquer organização e devem refletir a natureza do plano de recuperação específico.

A seguir disponibilizamos um quadro resumo sobre tipos e métodos de teste de estratégias de Gestão de Continuidade de Negócios.

Caiu na prova (CESPE/2009)

A identificação de eventos que podem causar interrupções aos processos de negócio e das probabilidades e impactos de tais interrupções, associada às consequências para a segurança de informação, constitui atividade executada no âmbito da gestão de continuidade de negócios, embora se constitua, mais especificamente, atividade de análise de risco.

Segundo a NBR 15999, os testes devem ser realistas, planejados cuidadosamente e acordados com as partes interessadas, de modo que haja um risco mínimo de interrupção dos processos de negócio, e de forma a minimizar a chance de que ocorra um incidente como resultado direto do teste.

Todo teste deve ter objetivos claramente definidos. Relatórios e análises que demonstrem se os objetivos do teste foram alcançados devem ser elaborados após o teste. Além disso, é importante que seja elaborado um relatório pós-teste, que contenha recomendações juntamente de uma previsão de tempo para a implementação destas.

A escala e a complexidade dos testes devem ser apropriadas aos objetivos de recuperação da organização. O programa de testes deve considerar o

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papel de todas as partes envolvidas, inclusive principais fornecedores, parceiros terceirizados e outros que poderiam participar das atividades de recuperação. A organização deve incluí-los nos testes.

2.ALTA DISPONIBILIDADE

RAID

RAID é um acrônimo para Redundant Array of Inexpensive Disks (Redundant Array of Independent Disks / Matriz redundante de discos independentes).

Este arranjo é uma técnica em que os dados ficam armazenados em vários discos para se obter um aumento na velocidade de acesso/gravação e/ou para aumentar a redundância do sistema. A tecnologia envolvida nesta teoria possui um princípio bem simples: através da combinação de uma matriz de discos "pequenos", não muito caros, um administrador poderá gravar dados com redundância para prover tolerância a falhas em um servidor.

Em outras palavras, o RAID é uma tecnologia utilizada com o objetivo de combinar diversos discos rígidos (como IDE, SATA, SCSI) para que sejam reconhecidos pelo sistema operacional como apenas uma única unidade de disco.

Existem vários tipos (chamados “modos”) de RAID, e os mais comuns são:

• RAID 0, RAID 1, e Raid 5.

RAID 0, também chamado de Stripping (Enfileiramento)• Combina dois (ou mais) HDs para que os dados gravados sejam divididos

entre eles.

• No caso de um RAID 0 entre dois discos, os arquivos salvos nesse conjunto serão gravados METADE em um disco, METADE no outro.

• Ganha-se muito em velocidade

o a gravação do arquivo é feita em metade do tempo, porque se grava metade dos dados em um disco e metade no outro simultaneamente (o barramento RAID é outro, separado, do IDE).

o A leitura dos dados dos discos também é acelerada!

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o Nesse RAID não há tolerância a falhas (segurança) porque de um dos discos “pifar”, os dados estarão perdidos completamente.

o Não se preocupa com segurança e sim com a velocidade!

RAID 1 - Mirroring (Espelhamento)• Cria uma matriz (array) de discos espelhados (discos idênticos). O que se

copia em um, copia-se igualmente no outro disco.

• O RAID 1 aumenta a segurança do sistema, oferecendo portanto redundância dos dados e fácil recuperação, com proteção contra falha em disco.

• RAID 1 aumenta a velocidade de leitura dos dados no disco (não a de escrita).

RAID 3Exige no mínimo 3 HDs. O primeiro par de discos fica ligado em RAID 0, aumentando a performance, e o terceiro HD guarda as informações de paridade de dados (para garantir a reconstrução das informações no caso de perda de um dos HDs de dados). Pode funcionar com mais de 3 HDs, mas um deles sempre guardará as informações de paridade (detecção de erros).

RAID 4Semelhante ao RAID 3, onde um dos HDs guarda dados de paridade (informações sobre divisão dos blocos de dados entre os HDs principais). A principal diferença entre eles é que no RAID 4, os blocos de paridade são maiores, acelerando o processo de leitura dos dados nos HDs e aumentando a segurança.

RAID 5• Sistema tolerante a falhas, cujos dados e paridades são distribuídos ao

longo de três ou mais discos físicos.

• A paridade é um valor calculado que é usado para reconstruir dados depois de uma falha.

• Se um disco falhar, é possível recriar os dados que estavam na parte com problema a partir da paridade e dados restantes.

• Caso dois discos falhem, os dados serão todos perdidos.

Soluções de armazenamento SAN e NAS

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SAN (Storage Area Network) poderia ser definida como uma rede de alta velocidade, comparada à LAN (Local Area Network), que permite o estabelecimento de conexões diretas entre os dispositivos de armazenamento e processadores (servidores) centralizados à extensão suportada pela distância das fibras óticas.

A SAN pode ser vista como uma extensão do conceito que permite que os dispositivos de armazenamento sejam compartilhados entre servidores e interconectados entre si. Uma SAN pode ser compartilhada entre servidores ou dedicada a um servidor local ou remoto.

A SAN (Storage Area Network), basicamente, é uma arquitetura que permite conectar dispositivos de armazenamento de dados remotos de diferentes tipos, a servidores, de maneira a que os dispositivos pareçam que estão ligados fisicamente ao servidor.

Outra definição diz que SAN são dois ou mais dispositivos se comunicando via protocolo serial SCSI, tal como Fibre Channel ou iSCSI. Segundo essa definição, uma LAN que trafega nada mais do que tráfego de storage não pode ser considerada uma SAN.

O que diferencia uma LAN de uma SAN (ou de uma NAS) é o protocolo que é usado. Assim, se o tráfego de storage trafega em uma LAN através do protocolo iSCSI, então essa LAN pode ser considerada uma SAN. Entretanto, simplesmente enviar dados de backup através de uma LAN dedicada não a torna uma SAN. Enfim, uma SAN é uma rede que usa um protocolo serial SCSI para transferir dados. A figura seguinte mostra uma visão geral de uma SAN conectando vários servidores a vários sistemas de armazenamento:

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As principais vantagens da SAN são:

• Aumenta a disponibilidade do sistema ao balancear a carga da rede, permitindo transferências rápidas de grandes volumes de dados, reduztambém a latência de E/S;

• Possibilita acesso rápido à informação;

• Permite aos servidores fazerem o boot diretamente pelo SAN, permitindo a rápida substituição de servidores defeituosos – aumentando assim a disponibilidade do sistema, tão almejada nos dias de hoje;

• Permite o processo de recuperação de dados, pois o SAN pode replicar dados de vários servidores para uma área de armazenamento secundária.

As principais desvantagens do SAN são:

• Elevado custo de implementação e de gestão;

• Falta de um “padrão”, para a sua implementação são necessários vários produtos de software e de hardware de diferentes vendedores, o que complica e aumenta o custo da implementação.

Finalizando, cabe ressaltar uma das vantagens da SAN, que permite transferências rápidas de grandes volumes de dados, o que permite uma REDUÇÃO da latência de E/S. A SAN pode ser usada para contornar os conhecidos gargalos de rede, pois suporta diretamente altas velocidades de transferência de dados entre os servidores e dispositivos de armazenamento, nas seguintes formas: servidor para storage, servidor para servidor, storage para storage.

O termo NAS (Network Attached Storage) refere-se, basicamente, a um computador dedicado a compartilhamento de arquivos através de NFS, CIFS ou DAFS (Direct Access Files). Cabe ressaltar que é um dispositivo dedicado exclusivamente ao compartilhamento de arquivos, centralizando a responsabilidade de servir os arquivos em uma rede e desse modo libera recursos de outros servidores.

Um dispositivo NAS combina a tecnologia dos arrays de discos com a inteligência de uma pequena unidade de processamento. Nesse sentido, é possível adicionar armazenamento na rede sem ser necessário desligar o servidor.

Em outras palavras, o termo NAS (Network Attached Storage) refere-se, basicamente, a um servidor de discos capaz de exportar áreas por protocolos como o NFS, CIFS ou até mesmo o HTTP. Para isto, é utilizada a rede local, o que traz a vantagem de permitir que qualquer host da rede tenha acesso a dados comuns, porém possui as desvantagens de congestionar o tráfego da rede, bem como uma velocidade de acesso pequena, se comparada à de uma SAN.

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Uma outra grande vantagem da arquitetura NAS é que os dados podem ser compartilhados entre diversos hosts, inclusive de sistemas operacionais diferentes, enquanto em uma SAN os dados são dependentes do sistema operacional.

A seguir um comparativo entre SAN e NAS, obtido em: http://errorstream.wordpress.com/2009/02/20/san-vs-nas-principais-diferencas/.

SAN NAS

Utiliza fibra óptica nas ligações, tendo uma rede própria separada da rede local, possui uma grande dimensão.

Utiliza ligações TCP/IP, está ligado à própria rede local, pequena dimensão.

Oferece apenas armazenamento de dados, deixando o sistema de arquivos a cargo do cliente.

Oferece armazenamento e sistema de arquivos, oferece e gere tudo que é necessário para acorreta disponibilização dos dadosde forma totalmente autônoma.

O acesso aos dados é de “baixo nível”, pois o servidor pede blocos de dados, é portanto “block-level”.

O acesso aos dados é de “alto nível” pois os clientes pedem uma porção de um determinado arquivo abstrato em vez de um bloco de dados de um disco, é “file-level”.

Caro e complexo de implementar e gerir, necessita de mão obra especializada. Só justificada em grandes organizações com grandes redes de computadores.

Simples e barato, fácil de gerir, normalmente é possível gerir um sistema NAS por uma interface WEB de forma simples e rápida.

Protocolo serial SCSI-3 Protocolo: TCP/IP, NFS/CIFS

Permite diferentes servidores acessarem o mesmo drive de disco ou fita de forma transparente para o usuário final.

Permite diferentes usuários acessarem o mesmo sistema de arquivos ou até um mesmo arquivo.

Clusters de servidores e balanceamento de carga

Um cluster nada mais é do que um grupo de servidores, ligados em rede, que graças a um software qualquer, dividem entre sí as tarefas necessárias para desempenhar uma tarefa qualquer, ou seja, vários servidores que trabalham como se fossem um só.

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Em rede de computadores, o balanceamento de carga é uma técnica para distribuir a carga de trabalho uniformemente entre dois ou mais computadores, enlaces de rede, CPUs, discos rígidos ou outros recursos, a fim de otimizar a utilização de recursos, maximizar o desempenho, minimizar o tempo de resposta e evitar sobrecarga. Utilizando múltiplos componentes com o balanceamento de carga, em vez de um único componente, pode aumentar a confiabilidade através da redundância.

Contingência e continuidade de operação

Sabemos que tanto em TI, quanto em outra área de negócio, as cópias de segurança são imprescindíveis para a continuidade dos negócios.

As informações são o ativo mais importante para as organizações, por isso a preocupação com a continuidade dos negócios deve ser uma constante. Deve ser estabelecido um ambiente que garanta a continuidade operacional de todos os processos críticos de TI e forme alta disponibilidade na reposição de serviços e sistemas críticos ao negócio da empresa.

O objetivo é garantir que em casos de sinistros e falhas em ambientes físicos/lógicos, as atividades não sejam interrompidas afetando os negócios da organização. Em ambientes corporativos, devem ser estabelecidas políticas de cópias de segurança (que devem ser constantemente testadas e armazenadas em locais seguros e diferentes do local de origem).

A fusão dos planos de contingência e dos planos de recuperação de desastres, formam a Gestão da Continuidade dos Negócios (GCN) que tem por objetivo garantir a recuperação de um ambiente de produção, independentemente de eventos que suspendam suas operações e de danos nos componentes (processos, pessoas, softwares, hardware, infraestrutura, etc.) por ele utilizados.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Bem, chegamos ao final da primeira aula do resumão de TI da área de suporte a rede de dados.

Caso tenham dúvidas, não deixem de nos enviar pelo fórum do curso. O retorno de vocês é de grande importância para que nossos objetivos estejam alinhados! Fiquem com Deus, bons estudos e até a nossa próxima aula!

Um forte abraço,

Patrícia Quintão e Alexandre Lênin

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ABNT NBR ISO/IEC 27002:2005 – Tecnologia da Informação – Técnicas de Segurança –Código de Prática para a Gestão de Segurança da Informação (antiga 17799:2005).

ALBUQUERQUE, R.; RIBEIRO, B. Segurança no Desenvolvimento de Software. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

Apostila TCU. Disponível em: http://74.125.47.132/search?q=cache%3AX-7rWT8IDOwJ%3Aportal2.tcu.gov.br%2Fportal%2Fpage%2Fportal%2FTCU%2Fcomunidades%2Fbiblioteca_tcu%2Fbiblioteca_digital%2FBOAS_PRATICAS_EM_SEGURANCA_DA_INFORMACAO_0.pdf+plano+de+conting%C3%AAncia+%2B+tcu&hl=pt-BR&gl=br.

ARIMA, C. H.; SCHMIDT, P.; J.L. Fundamentos de Auditoria de Sistemas. Vol. 9.São Paulo: Atlas, 2005.

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