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O objetivo desse curso é familiarizar o candidato com a disciplina de Direito Constitucional que será cobradono concurso da Abin 2010.

Faremos uma abordagem de todos os pontos de nossa disciplina, chamando a atenção para as questões quefreqüentemente vêm sendo cobradas nas provas das bancas em geral e ao final dos tópicos, colocaremos

algumas questões de grandes concursos para que o candidato já se familiarize com o que lhe será cobrado nasprovas.

Vamos aos estudos!

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O descumprimento dessas vedações implicará na imediata ação por parte de nosso conselho jurídico.

O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de sendo vedada, por quaisquer meios e aqualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.

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1 - Constituição: Princípios fundamentais1 - Constituição: Princípios fundamentais1 - Constituição: Princípios fundamentais1 - Constituição: Princípios fundamentais 

Os Princípios Fundamentais estão dispostos nos primeiros artigos da Constituição Federal de 1988. São difíceisde ser conceituado de forma sintética, mas Gomes Canotilho e Vital Moreira nos ensinam que "os princípios fundamentais visam essencialmente definir e caracterizar a coletividade política e o Estado e enumerar as 

 principais opções político-constitucionais".

Canotilho nos dá a seguinte classificação de tais princípios:

Princípios relativos à essência, forma, estrutura e tipo de Estado: estão contidos no artigo 1º da ConstituiçãoFederal - República Federativa do Brasil, soberania e Estado Democrático de Direito.

O Brasil é um Estado Democrático, regido por leis emanadas do povo, através de seus representantes eleitospelo voto direto, secreto e universal. A soberania, a cidadania e a dignidade da pessoa humana são fundamentosque servem de base para a estruturação do Estado brasileiro. Isso implica no exercício de um poder político

supremo e independente, porém respeitando o cidadão brasileiro em todos os seus direitos políticos e civis e adignidade da pessoa humana, ou seja, tudo que ofender a dignidade da pessoa humana afrontará a ordemconstitucional.

Princípios relativos à forma de governo e à organização dos poderes: estão contidos no artigo 1º e 2º daConstituição Federal – República e separação de poderes.

A Constituição estabelece uma forma de Estado federativa, ou seja, fracionada em Estados-membros emunicípios, com autonomia administrativa e financeira.

O artigo 2º da Constituição brasileira estabelece a tripartição dos poderes da União, independentes eharmônicos entre si, um não deve invadir a esfera de competências e atribuições do outro. Cabe ao LegislativoLegislativoLegislativoLegislativofazer leis, ao JudiciárioJudiciárioJudiciárioJudiciário julgas os casos concretos sobre sua aplicação e ao ExecutivoExecutivoExecutivoExecutivo cumprir tais leis e satisfazer os interesses da sociedade.

Princípios relativos à organização da sociedade: estão contidos no artigo 3º, inciso I, da Constituição Federal –principio do livre organização social, principio de convivência justa e o principio da solidariedade. Aqui a Leifala de "objetivos fundamentais".

O artigo 3º fornece diretrizes para o cidadão e, mais do que isso, para os ocupantes de cargos políticos,principalmente da área legislativa responsáveis pela criação de leis.

Princípios relativos ao regime político: estão contidos no parágrafo único do artigo 1º da Constituição Federal –principio da cidadania, principio da dignidade da pessoa, principio do pluralismo, principio da soberaniapopular, principio da representação política e principio da participação popular direta.

Princípios relativos à prestação positiva do Estado: estão dispostos no artigo 3º da Constituição Federal –

principio da independência e do desenvolvimento nacional, principio da justiça social e principio da não-discriminação.

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Essas são normas de natureza programática, elas apontam os objetivos a serem alcançados pela RepúblicaFederativa do Brasil, dentro do seu território. Estão intimamente ligadas a busca da minimização das diferençassociais e a não discriminação do cidadão seja por sua classe social, raça, sexo e idade. Tais normas apontam oobjetivo primordial do Estado, atender as necessidades públicas e perseguir o bem comum.

Princípios relativos à comunidade internacional: o artigo 4º da Constituição brasileira expressa normas que

regem as relações internacionais. Qualquer norma que violar um dos princípios contidos nesse artigo seráconsiderada inconstitucional e, conseqüentemente, banida do nosso sistema jurídico. Qualquer ação deverespeitar a independência nacional, a prevalência dos direitos humanos, a autodeterminação dos povos, a nãointervenção, a igualdade entre os Estados, a defesa da paz, a solução pacifica dos conflitos, o repudio aoterrorismo e ao racismo, a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade e a concessão de asilopolítico.

1 - ( FCC - 2008 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário )

Nas suas relações internacionais, a República Federativa do Brasil rege-se, dentre outros, pelo princípio da

* a) dependência nacional e do pluralismo político.

* b) intervenção e da cidadania.

* c) autodeterminação dos povos.

* d) solução bélica dos conflitos e da soberania.

* e) vedação de asilo político.

2 - ( FCC - 2008 - TRF - 5ª REGIÃO - Técnico Judiciário )

NÃO constitui princípio fundamental da República Federativa do Brasil

* a) o valor social do trabalho e da livre iniciativa.

* b) a soberania.

* c) a dignidade da pessoa humana.

* d) a determinação dos povos.

* e) o pluralismo político.

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3 - ( FCC - 2006 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário )

Dentre as proposições abaixo, é INCORRETO afirmar que a República Federativa do Brasil, nas suas relaçõesinternacionais, rege-se pelo princípio da

* a) independência nacional.

* b) vedação ao asilo político.

* c) não intervenção.

* d) prevalência dos direitos humanos.

* e) autodeterminação dos povos.

4 - ( CESGRANRIO - 2008 - TJ-RO - Técnico Judiciário )

O chamado princípio do Juiz Natural assegura que

* a) a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.

* b) ninguém será processado nem sentenciado, senão pela autoridade competente.

* c) ninguém será preso, senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente.

* d) nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes danaturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins.

* e) aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, são assegurados o contraditório e a ampla defesa.

5 - ( CESPE - 2008 - STJ - Analista Judiciário )

Julgue os itens que se seguem, relativos aos princípios e aos direitos e garantias fundamentais previstos na CF.

O Brasil é regido, nas suas relações internacionais, pelo princípio da autodeterminação dos povos, mas repudiao terrorismo e o racismo.

* ( ) Certo ( ) Errado

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6 - ( FGV - 2008 - TJ-PA - Juiz / Direito Constitucional / Princípios Fundamentais; )

Com base na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e suas atualizações, assinale a afirmativaincorreta.

* a) O princípio geral que norteia a repartição de competências entre os entes federativos é o dapredominância de interesses. À União e ao Distrito Federal caberão as matérias e questões de predominanteinteresse geral; aos Estados membros, as matérias e questões de predominância de interesse regional; e aosMunicípios, as de interesse local.

* b) Aos Estados-membros são reservadas as competências administrativas que não lhes sejam vedadas pelaConstituição Federal, ou seja, todas as que não sejam da União, dos Municípios e comuns. É a denominada"competência remanescente dos Estados-membros".

* c) Aos Municípios também são reservadas as competências administrativas que não lhes sejam vedadas pelaConstituição Federal, ou seja, todas as que não sejam da União, dos Estados-membros e comuns. É a também

denominada "competência remanescente dos Municípios".

* d) A imunidade tributária recíproca ressalta a essência da Federação, baseada na divisão de poderes epartilha de competências entre os entes federativos, todos autônomos, e tem sido tratada no direitoconstitucional pátrio como um dos pilares do Estado Federal Brasileiro.

* e) Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados membros exercerão a competência legislativaplena, para atender a suas peculiaridades. A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende aeficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

7 - ( FGV - 2008 - TJ-PA - Juiz / Direito Constitucional / Princípios Fundamentais; )

Com base na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e suas atualizações, assinale a alternativacorreta.

* a) Conforme a Constituição Federal, são princípios da ordem econômica a soberania nacional, apropriedade privada, a função social da propriedade, a livre concorrência, a defesa do consumidor, a defesa do

meio ambiente, a redução das desigualdades regionais e sociais, busca do pleno emprego, tratamento favorecidopara as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras que tenham sua sede e administração noPaís.

* b) A função social da propriedade encontra-se no texto da Constituição Federal no artigo 5o, inciso XII, e,ainda, é princípio da ordem econômica. Isso reflete a face neoliberal da Constituição Federal de 1988,denominada de "Constituição Cidadã".

* c) Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma de lei

complementar, apenas as funções de incentivo e planejamento, sendo este indicativo para o setor público edeterminante para o setor privado.

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* d) Ressalvados os casos previstos na própria Constituição Federal, a exploração direta e indireta deatividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional oua relevante interesse coletivo das minorias, conforme definidos em lei.

* e) As empresas públicas e as sociedades de economia mista só poderão gozar de privilégios fiscais nãoextensivos às do setor privado, na hipótese de abuso do poder econômico por parte destas.

8 - ( CESPE - 2009 - PC - PB - Agente de Investigação e Agente de Polícia )

Os princípios constitucionais podem ser positivados ou nãopositivados. Os positivados são aqueles previstosexpressamente no texto constitucional; os não-positivados não estão escritos no texto, mas dele podem ser diretamente deduzidos. Nesse sentido, constitui princípio constitucional não-positivado

* a) o federativo.

* b) o republicano.

* c) o estado democrático de direito.

* d) o devido processo legal.

* e) a proporcionalidade.

9 -( CESPE - 2009 - PC - PB - Agente de Investigação e Agente de Polícia )

A CF estabelece a garantia da inviolabilidade domiciliar, porém autoriza a violação do lar durante o períodonoturno

* a) por meio de determinação judicial.

* b) por meio de autorização ou determinação do MP.

* c) para cumprimento de diligência policial.

* d) em caso de desastre.

* e) em caso de descumprimento de lei.

GABARITO:

1 - C 2 - D 3 - B 4 - B 5 - C 6 - C 7 - A 8 - E 9 - D

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2 -2 -2 -2 - Da aplicabilidade das normas constitucionaisDa aplicabilidade das normas constitucionaisDa aplicabilidade das normas constitucionaisDa aplicabilidade das normas constitucionais

Em relação à aplicabilidade das normas constitucionais é tradicional a teoria de José Afonso da Silva. Para ocitado autor as normas constitucionais podem ser:

De aplicabilidade imediata e eficácia plena: De aplicabilidade imediata e eficácia plena: De aplicabilidade imediata e eficácia plena: De aplicabilidade imediata e eficácia plena: 

Para o citado autor, são normas constitucionais de aplicabilidade imediata e eficácia plenaaplicabilidade imediata e eficácia plenaaplicabilidade imediata e eficácia plenaaplicabilidade imediata e eficácia plena aquelas que nãodependem de atuação legislativa posterior para a sua regulamentação, isto é, desde a entrada em vigor dadesde a entrada em vigor dadesde a entrada em vigor dadesde a entrada em vigor daConstituição estas normas já estão aptas a produzirem todos os seus efeitosConstituição estas normas já estão aptas a produzirem todos os seus efeitosConstituição estas normas já estão aptas a produzirem todos os seus efeitosConstituição estas normas já estão aptas a produzirem todos os seus efeitos. A título de exemplo podemosapontar as normas referentes às competências dos órgãos (CF, art.48 e 49) e os remédios constitucionais (CF,art. 5°, LXVIII, LXIX, LXX, LXXI, LXXII, LXIII).

De aplicabilidade imediata e eficácia contida ou restringível: De aplicabilidade imediata e eficácia contida ou restringível: De aplicabilidade imediata e eficácia contida ou restringível: De aplicabilidade imediata e eficácia contida ou restringível: 

São normas constitucionais em que o legislador constituinte regulou suficientemente a matéria, masregulou suficientemente a matéria, masregulou suficientemente a matéria, masregulou suficientemente a matéria, maspossibilitou ao legislador ordinário restringir os efeitos da norma constitucionalpossibilitou ao legislador ordinário restringir os efeitos da norma constitucionalpossibilitou ao legislador ordinário restringir os efeitos da norma constitucionalpossibilitou ao legislador ordinário restringir os efeitos da norma constitucional. Estas normas constitucionaistêm aplicabilidade imediata, quer dizer, com a entrada em vigor da Constituição elas já são aplicáveis, noentanto, uma lei posterior poderá restringir, conter seus efeitosuma lei posterior poderá restringir, conter seus efeitosuma lei posterior poderá restringir, conter seus efeitosuma lei posterior poderá restringir, conter seus efeitos.

Temos como exemplo o art. 5°, XIII da Carta Republicana de 1988, que diz ser livre o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Observando esteartigo veremos que, se não houver uma lei regulamentado as profissões, qualquer pessoa poderá exercer se não houver uma lei regulamentado as profissões, qualquer pessoa poderá exercer se não houver uma lei regulamentado as profissões, qualquer pessoa poderá exercer se não houver uma lei regulamentado as profissões, qualquer pessoa poderá exercer qualquer tipo de atividadequalquer tipo de atividadequalquer tipo de atividadequalquer tipo de atividade. No entanto, o legislador ordinário poderá, através de leiatravés de leiatravés de leiatravés de lei, estabelecer requisitos parao exercício de algumas profissões, como é o caso da profissão de advogado, onde a Lei 8.906/94 veio aestabelecer a necessidade de conclusão do curso de bacharelado em direito e ainda a aprovação no exame deordem para aqueles que pretendam exercer a mencionada profissão, assim, é de se apontar que a lei veioveioveioveiorestringir o alcance da norma constitucional, estabelecendo requisitos para o exercício profissionalrestringir o alcance da norma constitucional, estabelecendo requisitos para o exercício profissionalrestringir o alcance da norma constitucional, estabelecendo requisitos para o exercício profissionalrestringir o alcance da norma constitucional, estabelecendo requisitos para o exercício profissional.

De aplicabilidade mediata e eficácia limitada: De aplicabilidade mediata e eficácia limitada: De aplicabilidade mediata e eficácia limitada: De aplicabilidade mediata e eficácia limitada: 

Classificam-se como normas de aplicabilidade mediata e eficácia limitada aquelas que precisam de atuaçãolegislativa posterior para que possam gerar plenamente todos os direitos e obrigações e se subdividem em:

• Normas de eficácia limitada quanto aos princípios institutivosNormas de eficácia limitada quanto aos princípios institutivosNormas de eficácia limitada quanto aos princípios institutivosNormas de eficácia limitada quanto aos princípios institutivos, que são as normas onde o legislador 

constituinte traça esquemas gerais de estruturação e atribuições dos órgãos, entidades ou institutos, para que olegislador ordinário os estruture em definitivo, mediante Lei.

Conforme apontado pelo professor Paulo Bonavides,

“ as exigências de uma legislação posterior que lhes complete a eficácia são de ordem ou natureza as exigências de uma legislação posterior que lhes complete a eficácia são de ordem ou natureza as exigências de uma legislação posterior que lhes complete a eficácia são de ordem ou natureza as exigências de uma legislação posterior que lhes complete a eficácia são de ordem ou natureza meramente técnica ou instrumental” .meramente técnica ou instrumental” .meramente técnica ou instrumental” .meramente técnica ou instrumental” .

Podemos citar como exemplos a previsão de criação do código de defesa do consumidor (CF, art. 5°, XXXII), aregulamentação do direito de greve do servidor público (CF, art. 37, VII), a organização administrativa e judiciária dos Territórios Federais (CF, art. 33).

• Normas de eficácia limitada quanto aos princípios programáticosNormas de eficácia limitada quanto aos princípios programáticosNormas de eficácia limitada quanto aos princípios programáticosNormas de eficácia limitada quanto aos princípios programáticos, que são “aquelas normas constitucionais,através das quais o constituinte, em vez de regular direta e imediatamente determinados interesses, limitou-sea traçar-lhes os princípios para serem cumpridos pelos seus órgãos como programas das respectivas atividades,

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visando à realização dos fins sociais do Estado” São normas que dependem de ações metajurídicas para seremimplementadas, temos como exemplo o direito ao salário mínimo digno (CF, art. 7º, IV), o direito à moradia, aotrabalho, a segurança (CF, art. 6º).

Certo é que pela própria natureza de direitos que exigem do Estado uma conduta prestativa, positivaconduta prestativa, positivaconduta prestativa, positivaconduta prestativa, positiva, nemsempre é possível a sua pronta concretização, haja vista a carência e a limitação de recursos financeiros para arealização dos atos estatais.

Consoante o entendimento de Gilmar Ferreira Mendes, estes direitos não dependem apenas de uma decisão jurídica, mas exigem atuações legislativas e administrativas para a sua real concretização, ou seja, são limitadospela conhecida teorização da Reserva do Financeiramente Possível.

Assim, leciona o citado autor,

“Observe-se que, embora tais decisões estejam vinculadas juridicamente, é certo que a sua efetivação Observe-se que, embora tais decisões estejam vinculadas juridicamente, é certo que a sua efetivação Observe-se que, embora tais decisões estejam vinculadas juridicamente, é certo que a sua efetivação Observe-se que, embora tais decisões estejam vinculadas juridicamente, é certo que a sua efetivação está submetida, dentre outras condicionantes à reserva do financeiramente possível (Vorbehalt des está submetida, dentre outras condicionantes à reserva do financeiramente possível (Vorbehalt des está submetida, dentre outras condicionantes à reserva do financeiramente possível (Vorbehalt des está submetida, dentre outras condicionantes à reserva do financeiramente possível (Vorbehalt des finanziell Moglichen”) finanziell Moglichen”) finanziell Moglichen”) finanziell Moglichen”) 

Na mesma esteira de pensamento, o eminente Ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, expende

magistério irrepreensível,Não se ignora que a realização dos direitos econômicos, sociais e culturais - além de caracterizar-se pela Não se ignora que a realização dos direitos econômicos, sociais e culturais - além de caracterizar-se pela Não se ignora que a realização dos direitos econômicos, sociais e culturais - além de caracterizar-se pela Não se ignora que a realização dos direitos econômicos, sociais e culturais - além de caracterizar-se pela 

 gradualidade de seu processo de concretização - depende, em grande medida, de um inescapável  gradualidade de seu processo de concretização - depende, em grande medida, de um inescapável  gradualidade de seu processo de concretização - depende, em grande medida, de um inescapável  gradualidade de seu processo de concretização - depende, em grande medida, de um inescapável vínculo financeiro subordinado às possibilidades orçamentárias do Estado, de tal modo que,vínculo financeiro subordinado às possibilidades orçamentárias do Estado, de tal modo que,vínculo financeiro subordinado às possibilidades orçamentárias do Estado, de tal modo que,vínculo financeiro subordinado às possibilidades orçamentárias do Estado, de tal modo que,comprovada, objetivamente, a alegação de incapacidade econômico-financeira da pessoa estatal, desta comprovada, objetivamente, a alegação de incapacidade econômico-financeira da pessoa estatal, desta comprovada, objetivamente, a alegação de incapacidade econômico-financeira da pessoa estatal, desta comprovada, objetivamente, a alegação de incapacidade econômico-financeira da pessoa estatal, desta não se poderá razoavelmente exigir, então, considerada a limitação material referida, a imediata não se poderá razoavelmente exigir, então, considerada a limitação material referida, a imediata não se poderá razoavelmente exigir, então, considerada a limitação material referida, a imediata não se poderá razoavelmente exigir, então, considerada a limitação material referida, a imediata efetivação do comando fundado no texto da Carta Política.efetivação do comando fundado no texto da Carta Política.efetivação do comando fundado no texto da Carta Política.efetivação do comando fundado no texto da Carta Política.

Portanto, com fundamento no que até agora debatido, pode surgir o seguinte questionamento: estas normasestas normasestas normasestas normasnão têm nenhuma eficácia jurídica?não têm nenhuma eficácia jurídica?não têm nenhuma eficácia jurídica?não têm nenhuma eficácia jurídica? Para responder a esta pergunta trago o pensamento do ilustre professor 

Ingo Wolfgang Sarlet,

“(...) Os direitos fundamentais sociais de cunho prestacional, independentemente da forma de sua (...) Os direitos fundamentais sociais de cunho prestacional, independentemente da forma de sua (...) Os direitos fundamentais sociais de cunho prestacional, independentemente da forma de sua (...) Os direitos fundamentais sociais de cunho prestacional, independentemente da forma de sua  positivação (mesmo quando eminentemente programáticos ou impositivos), por menor que seja sua  positivação (mesmo quando eminentemente programáticos ou impositivos), por menor que seja sua  positivação (mesmo quando eminentemente programáticos ou impositivos), por menor que seja sua  positivação (mesmo quando eminentemente programáticos ou impositivos), por menor que seja sua densidade normativa ao nível da Constituição, sempre estarão aptos a gerar um mínimo de efeitos densidade normativa ao nível da Constituição, sempre estarão aptos a gerar um mínimo de efeitos densidade normativa ao nível da Constituição, sempre estarão aptos a gerar um mínimo de efeitos densidade normativa ao nível da Constituição, sempre estarão aptos a gerar um mínimo de efeitos 

 jurídicos, já que não há mais praticamente quem sustente que existam normas constitucionais (ainda  jurídicos, já que não há mais praticamente quem sustente que existam normas constitucionais (ainda  jurídicos, já que não há mais praticamente quem sustente que existam normas constitucionais (ainda  jurídicos, já que não há mais praticamente quem sustente que existam normas constitucionais (ainda mais quando definidoras de direitos fundamentais) destituídas de eficácia e, portanto, de aplicabilidade” mais quando definidoras de direitos fundamentais) destituídas de eficácia e, portanto, de aplicabilidade” mais quando definidoras de direitos fundamentais) destituídas de eficácia e, portanto, de aplicabilidade” mais quando definidoras de direitos fundamentais) destituídas de eficácia e, portanto, de aplicabilidade” 

Baseado no ensinamento do professor Ingo, destacamos os efeitos normalmente atribuídos a estas normas:

a) Acarretam a revogação dos atos normativos anteriores e contrários ao seu conteúdo e, por via de

conseqüência, sua desaplicação, independentemente de um declaração de inconstitucionalidade, ressaltando-seque entre nós o Supremo Tribunal Federal consagrou a tese da revogação, em detrimento da assim chamadainconstitucionalidade superveniente.

b) Contêm imposições que vinculam permanentemente o legislador, no sentido de que não apenas estáobrigado a concretizar os programas, tarefas, fins e ordens mais ou menos concretas previstas na norma, mastambém que o legislador, ao cumprir seu desiderato, não se poderá afastar dos parâmetros prescritos nasnormas de direitos fundamentais a prestações.

c) Implicam a declaração de inconstitucionalidade (por ação) de todos os atos normativos editados após avigência da Constituição, caso colidentes com o conteúdo das normas de direitos fundamentais, isto é, casocontrários ao sentido dos princípios e regras contidos nas normas que os consagram.

d) Geram um direito subjetivo de cunho negativo no sentido de que o particular poderá sempre exigir doEstado que se abstenha de atuar em sentido contrário ao disposto na norma de direito fundamental

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prestacional. Cuida-se, portanto, de uma dimensão negativa dos direitos positivos, já que as normas que osconsagram, além de vedarem a emissão de atos normativos contrários, proíbem a prática de comportamentosque tenham por objetivo impedir a produção dos atos destinados à execução das tarefas, fins ou imposiçõescontidas na norma de natureza eminentemente programática.

e) Por fim, ainda verifica-se a possibilidade de ser exigido do Estado a concretização dos direitos prestacionais,através da ação direta de inconstitucionalidade por omissão (CF, art. 103, § 2º) ou através do mandado de

injunção (CF, art. 5º, LXXI).Concluindo, vale rememorar preciosa lição de Rui Barbosa,

“Não há, numa Constituição, cláusulas a que se deve atribuir meramente o valor material de conselhos,Não há, numa Constituição, cláusulas a que se deve atribuir meramente o valor material de conselhos,Não há, numa Constituição, cláusulas a que se deve atribuir meramente o valor material de conselhos,Não há, numa Constituição, cláusulas a que se deve atribuir meramente o valor material de conselhos,avisos ou lições. Todas têm a força imperativa de regras, ditadas pela soberania nacional ou popular aos avisos ou lições. Todas têm a força imperativa de regras, ditadas pela soberania nacional ou popular aos avisos ou lições. Todas têm a força imperativa de regras, ditadas pela soberania nacional ou popular aos avisos ou lições. Todas têm a força imperativa de regras, ditadas pela soberania nacional ou popular aos seus órgãos. Muitas, porém, não revestem dos meios de ação essenciais ao seu exercício os direitos, que seus órgãos. Muitas, porém, não revestem dos meios de ação essenciais ao seu exercício os direitos, que seus órgãos. Muitas, porém, não revestem dos meios de ação essenciais ao seu exercício os direitos, que seus órgãos. Muitas, porém, não revestem dos meios de ação essenciais ao seu exercício os direitos, que outorgam, ou os encargos, que impõem: estabelecem competências, atribuições, poderes, cujo uso tem outorgam, ou os encargos, que impõem: estabelecem competências, atribuições, poderes, cujo uso tem outorgam, ou os encargos, que impõem: estabelecem competências, atribuições, poderes, cujo uso tem outorgam, ou os encargos, que impõem: estabelecem competências, atribuições, poderes, cujo uso tem de aguardar que a legislatura, segundo o seu critério, os habilite a se exercerem.” de aguardar que a legislatura, segundo o seu critério, os habilite a se exercerem.” de aguardar que a legislatura, segundo o seu critério, os habilite a se exercerem.” de aguardar que a legislatura, segundo o seu critério, os habilite a se exercerem.” 

3 -3 -3 -3 - Controle de ConstitucionalidadeControle de ConstitucionalidadeControle de ConstitucionalidadeControle de Constitucionalidade

O objetivo maior do Direito Constitucional é o que se chama de “filtragem constitucional”. Isso quer dizer quetodas as espécies normativas do ordenamento jurídico devem existir, ser consideradas como válidas e analisadassempre sob à luz da Constituição Federal. Através dessa observância é que se afere se elas são ou nãoconstitucionais. É nesse momento que entra o controle de constitucionalidade, para observar se as leis enormas estão compatíveis com a Carta Magna.

Chama-se de compatibilidade vertical, pois é a CF quem rege todas as outras espécies normativas de modohierárquico, tanto do ponto de vista formal (procedimental), quanto material (conteúdo da norma).

Quando se tem a idéia de controle de constitucionalidade, significa dizer então que é feita uma verificação parasaber se as leis ou atos normativos estão compatíveis com a Constituição Federal, tanto sob o ponto de vistaformal, quanto o material.

Requisitos de constitucionalidade das espécies normativas:

Todas as espécies normativas prevista no artigo 59 da CF, devem ser comparadas com determinados requisitosformais e materiais.

Requisitos formais - existem regras do processo legislativo constitucional que devem ser obrigatoriamenteseguidas, caso contrário terá como conseqüência a inconstitucionalidade formal da lei ou ato normativo,possibilitando assim um controle repressivo por parte do Poder Judiciário através do método difuso ouconcentrado.

a) Requisitos formais subjetivos - ainda na fase introdutória do processo legislativo, ou seja, quando o projetode lei é encaminhado ao Congresso Nacional para análise, poderá ser identificado algum tipo de inobservânciaà CF. Caso aconteça, apresenta-se o flagrante vício de inconstitucionalidade.

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b) Requisitos formais objetivos - esse tipo de requisito faz referência as outras duas fases do processo legislativo,a constitutiva e a complementar. Assim como na fase introdutória, nestas também poderá ser verificado aincompatibilidade com à CF.

Requisitos materiais- a obediência a esse tipo de requisito deve ser feita em relação a compatibilidade do objetoda lei ou ato normativo com a Constituição Federal.

Supremacia constitucional - rigidez (imutabilidade relativa):

Nos casos em que a constituição é rígida e formalmente escrita, tem-se como conseqüência a garantia daSupremacia da mesma, pois exige a criação de leis e atos normativos compatíveis com o que vem prescrito naconstituição. Dessa forma poderá ser feito um controle de constitucionalidade em razão das espéciesnormativas que venham a confrontar a lei maior do país.

Existem constituições que não são escritas, nem flexíveis como é o caso da Inglaterra. Nessas circunstâncias nãose admiti o controle de constitucionalidade.

No Brasil a Constituição Federal é rígida e escrita, há portanto o controle da mesma.

O controle de constitucionalidade pode ser divido:

Quanto ao momento:

Preventivo - aquele que tem por finalidade impedir que um projeto de lei inconstitucional venha a ser uma lei.

Repressivo - é utilizado quando a lei já está em vigor. Caso haja um erro do lado preventivo, pode se desfazer essa lei que escapou dos trâmites legais e passou a ser uma lei inconstitucional.

Quanto ao órgão que exerce o controle de constitucionalidade:

Político - ato de bem governar em prol do interesse público. É a corte constitucional, não integra a estrutura do

Poder Judiciário.

Jurisdicional - é exercido por um órgão do Poder Judiciário. Só o juiz ou tribunal pode apreciar o controleconstitucional sob o aspecto jurisdicional.

Misto - assim é porque é exercido tanto sob o âmbito difuso quanto pelo concentrado, tanto pelo órgão jurisdicional quanto pelo político (abstrato).

Em regra, cabe ao órgão jurisdicional o papel repressivo, já a prevenção ao órgão político, porém aos dois

órgãos há exceções.

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Sistemas de controle de constitucionalidade:Sistemas de controle de constitucionalidade:Sistemas de controle de constitucionalidade:Sistemas de controle de constitucionalidade:

Sistema Difuso

No Brasil o sistema é misto, ou seja, difuso e concentrado. Possui sua origem do modelo americano, criado em1803, onde possuía como premissa a decisão arbitrária e inafastável.

Inspirado nesse modelo, a constituição de 1891 iniciou o controle de constitucionalidade. A partir daí qualquer  juiz monocrático, ou tribunal (órgão jurisdicional colegiado), poderia deixar de aplicar a norma no casoconcreto.

Esse sistema é exercido no âmbito do caso concreto tendo, portanto natureza subjetiva, por envolver interessesde autor e réu. Assim, permite a todo e qualquer juiz analisar o controle de constitucionalidade. Este por suavez, não julga a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, apenas aprecia a questão e deixa de aplica-la por achar inconstitucional àquele caso específico que está julgando.

Exemplo: “A” entra com uma ação de pretensão contra o Estado em face de “B” de reintegração de posse,baseada em uma lei “x”, onde “B”, por sua vez entra com uma resistência alegando que aquela lei que “A”utilizou como recurso é considerada inconstitucional.

O juiz irá apreciar a questão pré-judicial, que é possessória, sem a qual não há como dá a sua sentença final.

Assim, após essa fase, o juiz faz o julgamento do mérito do processo como procedente ou improcedente a ação.Caso entenda como improcedente, afasta a aplicação da lei por considerar inconstitucional no caso concreto efundamenta a sua sentença sob a alegação de que a lei pela qual “A” utilizou não procede, a título de ser prejudicial na apreciação do mérito daquele caso específico.

Dessa forma, o juiz aplicou o Dogma da Nulidade da lei inconstitucional, a qual tem por base que, caso o juizvenha a reconhecer que uma lei é inconstitucional, não cria um novo Estado, apenas declara ainconstitucionalidade no caso concreto. A norma já é inconstitucional desde o início da sua criação e o juizapenas irá deixar de aplica-la.

O artigo 97 da CF consagra uma cláusula chamada de cláusula de reserva de plenário, onde nela especifica queao ser declarada a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, esta deve ser feita através da maioria absolutada totalidade dos membros do tribunal, sob pena de nulidade da decisão.

Deve ser observada também a regra do “Full Bench”, apenas nos casos de inconstitucionalidade da lei, ondetoda vez que um tribunal observar a inconstitucionalidade da norma, se o órgão for colegiado, a decisãotambém será colegiada.

No sistema difuso, tanto autor quanto réu pode propor uma ação de inconstitucionalidade, pois o caso concreto

é inter partes. Assim, a abrangência da decisão que será sentenciada pelo juiz, é apenas entre as partesenvolvidas no processo. Conseqüentemente terá efeito retroativo, pois foi aplicado o dogma da nulidade.

Há a possibilidade de que a decisão proferida em um caso concreto tenha a sua abrangência ampliada, passando

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a ser oponível contra todos (eficácia erga omnes). A constituição prevê que poderá o Senado Federal suspender a execução de lei (municipal, estadual ou federal), declarada inconstitucional por decisão definitiva doSupremo Tribunal Federal. Tal atribuição prevista no artigo 52, X, CF, permitirá, portanto, a ampliação dosefeitos da declaração de inconstitucionalidade originária de casos concretos (via difusa). A suspensão daexecução será procedida por meio de resolução do Senado federal, que é provocado pelo STF, cujos efeitosvincularão a todos apenas após a publicação da resolução. Nesses casos o efeito é irretroativo, pois é paraterceiros.

Cabe ressaltar que o Senado Federal entra nesses casos para tornar essas decisões ex nunc, ou seja, fazer comque seus efeitos passem a valer erga omnes, a partir de sua publicação.

A interpretação conforme a constituição, é uma técnica de interpretação das leis inconstitucionais, utilizada emrazão do princípio da presunção de constitucionalidade das leis e atos normativos. Este princípio faz com que adeclaração de inconstitucionalidade seja uma medida excepcional, pois não cabe ao juiz deixar de aplicar umalei por mera suspeita, sem que haja robusta comprovação de sua incompatibilidade vertical.

Portanto, antes de declarar a inconstitucionalidade de uma lei, deverá o julgador aferir se existe alguma formade interpreta-la que seja compatível com a constituição. Pra tanto deve existir o chamado “espaço de decisão”,ou seja, deve ser configurada a existência de mais de uma forma de interpretação do dispositivo legal e que umadelas seja compatível com a Carta Magna. Essa interpretação aplica-se tanto ao controle difuso, como aoconcentrado.

Sistema Concentrado

As ações diretas no sistema concentrado tem por mérito a questão da inconstitucionalidade das leis ou atosnormativos federais e estaduais.

Não se discuti nenhum interesse subjetivo, por não haver partes (autor e réu) envolvidas no processo. Logo, aocontrário do sistema difuso, o sistema concentrado possui natureza objetiva, com interesse maior de propor uma ADIN para discutir se uma lei é ou não inconstitucional e na manutenção da supremacia constitucional.

Sabe-se que o Supremo Tribunal Federal é o órgão de cúpula do Poder Judiciário e o guardião da ConstituiçãoFederal, e o Superior Tribunal de Justiça é o guardião da Constituição Estadual, assim cada um julga a ADIN

dentro do seu âmbito. Se houver violação da CF e CE, respectivamente, quem irá julgar é o STF e o STJ.

Só se propõe a inconstitucionalidade, quem tiver legitimidade para isso (art. 103, CF), quando a lei ou atonormativo violar diretamente a Constituição Federal, ou Estadual.

Casos em que não cabe a ADIN:

* Leis anteriores a atual constituição- se propõe em casos de leis contemporâneas a atual Constituição. Épermitido a análise em cada caso concreto da compatibilidade ou não da norma editada antes da atual

constituição com seu texto. É o fenômeno da recepção, quando se dá uma nova roupagem formal a uma lei dopassado que está entrando na nova CF.

* Contra atos administrativos ou materiais.* Contra leis municipais

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Quem estiver com legitimidade para propor uma ADIN, não pode pedir a sua desistência, pois a mesma éregida pelo princípio da indisponibilidade, nem cabe a sua suspensão. No controle concentrado também nãocabe a intervenção de terceiros.

O STF tem o feito da “Ampla Cognição”, ou seja, amplo conhecimento para julgar o processo. Não está limitadoaos fundamentos do requerente (pedido mediato), está apenas ao pedido imediato.

Ações que fazem parte do Sistema Concentrado

1) Ação declaratória de inconstitucionalidade (ADIN):

a) Genérica

Tem por objetivo retirar do ordenamento jurídico a lei contemporânea estadual ou federal, que seja

incompatível com a CF, com a finalidade de obter a invalidade dessa lei, pois relações jurídicas não podem sebasear em normas inconstitucionais. Dessa maneira fica garantida a segurança das relações.

Fica a cargo do Supremo Tribunal Federal, a função de processar e julgar, originariamente, a ADIN de lei ouato normativo federal ou estadual.

Tem legitimidade para propor uma ADIN, todos aqueles que estão prescritos no artigo 103 CF. O STF exige a

chamada “Relação de Pertinência Temática”, que nada mais é do que a demonstração da utilidade napropositura daquela ação, interesse, utilidade e legitimidade para propô-la. Isso é usado nos casos em que oslegitimados não são universais, que estão no artigo 103, incisos IV, V e IX.

Não é a mesa do Congresso Nacional quem propõe a ADIN, e sim a Mesa da Câmara e do Senado.

A propositura de uma ação desse tipo, não está sujeita a nenhum prazo de natureza prescricional ou de caráter decadencial, pois de acordo com o vício imprescritível, os atos constitucionais não se invalidam com o passar do tempo.

O procedimento que uma ação direta de inconstitucionalidade deve seguir está prescrito na Lei No 9.868/99.

Uma vez declarada a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo em discussão, a decisão terá os seguintesefeitos:

* Ex tunc, retroativo como conseqüência do dogma da nulidade, que por ser inconstitucional, torna-se nula,por isso perde seus efeitos jurídicos.

* Erga omnes, será assim oponível contra todos.* Vinculante, relaciona-se aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública Federal, Estadual e

Municipal. Uma vez decida procedente a ação dada pelo STF, sua vinculação será obrigatória em relação atodos os órgãos do Poder Executivo e do Judiciário, que daí por diante deverá exercer as suas funções de acordocom a interpretação dada pelo STF. Esse efeito vinculante aplica-se também ao legislador, pois esse não poderámais editar nova norma com preceito igual ao declarado inconstitucional.

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* Represtinatório, em princípio vai ser restaurada uma lei que poderia ser revogada.

São relacionada com a matéria que foi discutida a declaração de inconstitucionalidade de uma determinada lei.O STF não pode ir além da matéria discutida. Logo, todo julgado está limitado ao pedido que foi feito ao juiz.Dessa maneira, a decisão irá versar apenas sobre a ADIN. Essa decisão poderá ser através de sentença (decisãode um juiz monocrático), ou acórdão (decisão do tribunal colegiado).

Quem será atingido pela decisão do STF são aqueles que participaram da relação jurídica processual: o Poder Executivo, legislativo, Judiciário, STF e também toda a sociedade.

Depois de formada a decisão da coisa julgada, sua eficácia será preclusiva, ou seja, aquela questão uma vezdecidida não poderá ser mais discutida. A decisão judicial é uma lei entre as partes.

O juiz não pode desconsiderar a decisão dada como inconstitucional pelo STF, e sim passar a cumpri-ladeixando de aplicar. Quando o juiz insistir em aplicar a lei já decidida como inconstitucional, ocorrerá areclamação constitucional, que é um instrumento que busca a preservação da competência e garantir a

autoridade da decisão do STF (art.102 CF I).

Conseqüências da declaração de inconstitucionalidade de uma lei nos casos julgados: ocorre o ajuizamento deação decisória, dentro do prazo de dois anos. Após esse período se dá a coisa soberanamente julgada (pretensãobem maior de imutabilidade da decisão). Após ter o título judicial, as partes podem ajuizar outro processoembargando (contestando) a decisão.

Artigo 26 lei 9868/99 - Embargo declaratório é um meio de impugnação de decisão judicial “endo processual”

(dentro do processo). Não tem a finalidade de reformar ou invalidar a decisão judicial de um julgado, e simbuscar esclarecer algo que não decisão dada pelo STF ficou omisso, contraditório ou obscuro. Poderá ter umefeito modificativo (infringente), quando for o caso de omissão que possa resultar na modificação de um julgado.

b) Por omissão

A Constituição Federal determinou que o Poder Público competente adotasse as providências necessárias emrelação a efetividade de uma determinada norma constitucional. Dessa maneira, quando esse poder cumprecom a obrigação que lhe foi atribuída pela CF, está tendo uma conduta positiva, garantindo a sua finalidade que

é a de garantir a aplicabilidade e eficácia da norma constitucional.

Assim, quando o Poder Público deixa de regulamentar ou criar uma nova lei ou ato normativo, ocorre umainconstitucionalidade por omissão. Resulta então, da inércia do legislador, falta de ação para regulamentar umalei inconstitucional. Essa conduta é tida como negativa. E é a incompatibilidade entre a conduta positivaexigida pela Constituição e a conduta negativa do Poder público omisso, que resulta na chamadainconstitucionalidade por omissão.

Os mecanismos usados para evitar a inércia do Poder Público são o Mandado de Injunção na via difusa e a ação

direta de inconstitucionalidade por omissão na via concentrada.

Os legitimados para esse tipo de ADIN são os mesmos da ADIN genérica e o procedimento a ser seguidotambém.

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Ao declarar a ADIN por omissão, o STF deverá dar ciência ao Poder ou órgão competente para, se for um órgãoadministrativo, adotar as providências necessárias em 30 dias. Caso seja o Poder Legislativo, deverá fazer amesma coisa do órgão administrativo, mas sem prazo preestabelecido. Uma vez declara a inconstitucionalidadee dada a ciência ao Poder Legislativo, fixa-se judicialmente a ocorrência da omissão, com seus efeitos.

Os efeitos retroativos da ADIN por omissão são ex tunc e erga omnes, permitindo-se sua responsabilização por perdas e danos, na qualidade de pessoa de direito público da União Federal, se da omissão ocorrer qualquer prejuízo.

Dessa maneira a a da decisão nesse tipo de ADIN tem caráter obrigatório ou mandamental, pois o que sepretende constitucionalmente é a obtenção de uma ordem judicial dirigida a outro órgão do Estado.

Não cabe a concessão de medida liminar nos casos de ADIN por omissão.

c) Interventiva

A representação interventiva é uma medida excepcionalíssima prevista no artigo 34, VII da CF e fundamenta-se na defesa da observância dos Princípios Sensíveis. São assim denominados, pois sua inobservância pelosEstados-membros ou Distrito Federal no exercício de suas competências, pode acarretar a sanção politicamentemais grave que é a intervenção na autonomia política.

Dessa maneira, toda vez que o Poder Público, no exercício de sua competência venha a violar um dosprincípios sensíveis, será passível de controle concentrado de constitucionalidade, pela via de ação

interventiva.

Quem decreta a intervenção é o chefe do Poder Executivo (Presidente da República), mas depende darequisição do Supremo Tribunal Federal, o qual se limitará a suspender a execução do ato impugnado, se essamedida bastar ao restabelecimento da normalidade.

Esse tipo de ADIN pode ser espontânea ou provocada. A espontânea é aquela que é decretada por vontadeprópria. Já a provocada é provocada por algum poder ou órgão.

A representação interventiva é uma ação que possui uma natureza (finalidade) jurídico-político. Ao ser violado

o princípio sensível pelo governo e o STF processar e julgar procedente a representação interventiva, oPresidente da República fica obrigado a expedir o decreto interventivo, sustando os efeitos da lei, para quedeixe de utilizá-la por ser inconstitucional.

Assim, declara a inconstitucionalidade formal ou material da lei ou ato normativo estadual. Essa é a dimensão jurídica. Caso o governo insista, o Presidente vai expedir um novo decreto afastando o governador do cargo.Com isso, decreta a intervenção federal no Estado-membro ou Distrito Federal, constituindo-se um controledireto, para fins concretos. Essa a dimensão política.

Na ADIN por intervenção, não é viável a concessão de liminar.

A legitimidade para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade por intervenção, está prevista na CF,artigo 36, III.

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Essa espécie de ADIN é provocada por requisição. Uma vez decretada a intervenção, não haverá controlepolítico, pois a CF exclui a necessidade de apreciação pelo Congresso Nacional. Sua duração, bem como oslimites, serão fixados no Decreto presidencial, até que ocorra o retorno da normalidade do pacto federativo.

2) Ação declaratória de constitucionalidade (ADC):

A ação declaratória de constitucionalidade é uma modalidade de controle por via principal, concentrado eabstrato, cuja finalidade da medida é muito clara : afastar a incerteza jurídica e evitar as diversas interpretaçõese contrastes que estão sujeitos os textos normativos.

Há casos em que câmaras ou turmas de um mesmo tribunal firmam linhas jurisprudenciais contrárias. Isso tudoenvolve um grande número de pessoas, onde por essa razão se faz necessário uma segurança jurídica acerca dasrazões de interesses públicos, a qual é estabelecida pela ação direta de constitucionalidade, para assim tornar mais rápida a definição do Poder Judiciário.

De acordo com o artigo 102 da CF, cabe ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar a ação declaratóriaconstitucional.

Em relação a legitimidade para a propositura dessa ação a Carta Magna elenca em seu artigo 103 e também noparágrafo 4.. Todos os agentes políticos e órgãos previstos no dispositivo constitucional possuem legitimaçãouniversal e extraordinária, bem como capacidade postulatória.

Apenas poderá ser objeto desse tipo de ação, lei ou ato normativo federal, com o pedido de que se reconheça a

compatibilidade entre determinada norma infra constitucional e a Constituição.

Uma vez proposta a ação declaratória, não caberá mais desistência e nem intervenção de terceiros. A decisãoserá irrecorrível em todos os casos, admitindo-se apenas interposição de embargos declaratórios.

A declaração de constitucionalidade tem eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos doPoder Judiciário e a Administração Pública federal, estadual e municipal.

Enfim, uma norma que era válida agora mais do que nunca continua sendo, apenas tendo sido reafirmada suaforça impositiva.

3) Argüição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF):

A argüição de descumprimento de preceito fundamental é uma ação constitucional, pois está prevista naConstituição Federal que funciona como parte integrante e complementar do sistema concentrado.

Seu texto vem previsto na CF, artigo 102, parágrafo 1o e foi regulamentada pela lei no 9882/99.

De acordo com o que reza a lei 9882/99, em seu parágrafo 1o, a ADPF terá a finalidade de “evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do poder público”.Pode se entender que preceitos fundamentaissão decisões políticas e rol de direitos e garantias fundamentais.

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Assim, a ADPF tem duas finalidades que são a preventiva e repressiva, de evitar ou reparar lesão não só apreceito fundamental, mas também de ato do poder público seja este normativo ou administrativo.

A doutrina se utiliza duas espécies de ADPF, que são:

a) Argüição autônoma- pode ser inserida no artigo 1o da lei em questão, por ter como objetivo prevenir oureprimir lesão a algum preceito fundamental, resultante de ato do poder público. Logo, essa espécie tem comopressuposto a inexistência de qualquer outro tipo de meio eficaz que possa evitar a lesividade.

b) Argüição incidental- essa espécie enquadra-se no inciso I do artigo e lei anteriormente citados. A argüiçãoincidental, ou por equiparação em relação ao seu objeto, é mais restrita e exigente. Isso se justifica pelo fato deque para propô-la deve existir controvérsia de extrema relevância a lei ou ato normativo federal, estadual, oumunicipal e também as anteriores a atual constituição.

Nas duas espécies de ADPF, compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar a ação de acordo com osprocedimentos corretos. Essa ação é proposta perante o STF, o qual irá apreciar a questão para posteriormente,

caso ache procedente, processar e julgar.

De acordo com o artigo 2o, I da lei, pode ajuizar uma ADPF os mesmos legitimados para a ADIN, onde estessão os que estão previstos no artigo 103 da CF. Os legitimados têm que se ater a alguns requisitos comocapacidade postulatória, legitimação universal e a relação de pertinência temática.

O teor do princípio da subsidiariedade (que é visto por muitos como uma regra) está inserido no artigo 4oparágrafo 1o da lei 9882/99. Desse artigo pode-se entender que ele possui requisitos extremamente específicos,

que torna essa regra tão importante que com a ausência dele, não poderia ser proposta uma ADPF.

Como regra geral, o juízo da subsidiariedade, há de ter em vista a verificação da exaustão de todos os meioseficazes de afastar a lesão no âmbito judicial.

É através desse princípio que torna-se possível a utilização de ADPF, quando não existir nenhum outro meiode caráter objetivo, apto a acabar, de uma vez por todas, a controvérsia constitucional relevante, de formaampla, imediata e geral.

O fato primordial é a solução que esse princípio é capaz de produzir, por ter uma natureza objetiva, seu caráter 

é vinculante e contra todos.

Com isso, a subsidiariedade desse princípio deve ser invocada para casos estritamente objetivos. Onde arealização jurisdicional possa ser um instrumento disponível capaz de sanar, de maneira eficaz a lesão causada adireitos básicos, de valores essenciais e preceitos fundamentais contemplados no texto da CF.

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1 - ( FGV - 2010 - CODESP - SP - Advogado )

Considere as afirmativas abaixo:

I. São legitimados para intentar ação de inconstitucionalidade o Presidente da República e a entidade de classede âmbito municipal ou estadual.

II. Não se admite declaração de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo com força de lei por lei ou atonormativo com força de lei posteriores.

III. Admite-se o efeito ex nunc na declaração de inconstitucionalidade de lei municipal em processo de

controle difuso.

IV. Na ação direta de inconstitucionalidade, é vedada a intervenção de terceiros, mas admite-se a desistência daação.

Somente é correto o que se afirma em

* a) I e III.

* b) II e III.

* c) I e IV.

* d) II e IV.

* e) III e IV.

2 - ( CESPE - 2010 - Caixa - Advogado )

A CAIXA pretende discutir a inconstitucionalidade da cobrança do imposto sobre serviços que lhe está sendoimposta pelo município de Itaperuna - RJ.

Considerando essa situação hipotética, é correto afirmar que o advogado da CAIXA deverá ajuizar a ação

* a) originariamente no STF, por se tratar de causa entre entidade da administração indireta da União e ummunicípio, dando ensejo a conflito federativo.

* b) originariamente no STJ, por se tratar de causa entre entidade da administração indireta da União e ummunicípio, dando ensejo a conflito federativo.

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* c) em uma das varas federais da seção judiciária do DF, por se tratar de causa em que empresa públicafederal é interessada na condição de autora e por ser esta a seção judiciária onde tem domicílio a CAIXA.

* d) em uma das varas de fazenda pública da comarca da capital do estado do Rio de Janeiro, por se tratar decausa de interesse de município daquele estado.

* e) na vara federal da subseção judiciária de Itaperuna, por se tratar de causa em que empresa pública federalé interessada na condição de autora e por ser esta a subseção que jurisdiciona territorialmente o município deItaperuna.

3 - ( CESPE - 2010 - DPU - Técnico em Comunicação Social )

É comum o emprego da expressão jurisdição constitucional para designar a sindicabilidade desenvolvida judicialmente tendo por parâmetro a CF e por hipótese de cabimento o comportamento em geral,

principalmente, do poder público, contrário àquela norma paramétrica.André Ramos Tavares. Curso de direito constitucional, 6.ª ed., p. 240 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, assinale a opção correta, acerca do controle deconstitucionalidade.

* a) O controle de constitucionalidade preventivo é realizado durante a etapa de formação do ato normativo,com o objetivo de resguardar o processo legislativo hígido. Caso haja proposta de emenda constitucionaltendente a abolir direito fundamental, qualquer dos legitimados poderá ajuizar, ainda durante o processo

legislativo, ação direta de inconstitucionalidade para impedir o trâmite dessa emenda.

* b) O sistema jurisdicional instituído com a Constituição Federal de 1891, influenciado peloconstitucionalismo norteamericano, acolheu o critério de controle de constitucionalidade difuso, ou seja, por via de exceção, que permanece até a Constituição vigente. No entanto, nas constituições posteriores à de 1891,foram introduzidos novos elementos e, aos poucos, o sistema se afastou do puro critério difuso, com a adoçãodo método concentrado.

* c) A CF mantém regra segundo a qual somente pelo voto de dois terços de seus membros ou dos membrosdo respectivo órgão especial podem os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do

poder público. Essa norma se refere à reserva de plenário.

* d) A inobservância da competência constitucional de um ente federativo para a elaboração de determinadalei enseja a declaração da inconstitucionalidade material do ato normativo.

* e) A inconstitucionalidade formal se verifica quando a lei ou ato normativo apresenta algum vício em seuprocesso de formação. O desrespeito a uma regra de iniciativa exclusiva para o desencadeamento do processolegislativo constitui exemplo de vício formal objetivo.

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4 - ( FCC - 2006 - TRE-SP - Analista Judiciário - Área Administrativa )

A ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual, a ser processada e julgadaoriginariamente pelo Supremo Tribunal Federal, titular dessa competência, poderá ser proposta também pelo

* a) Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil e pelas Mesas dos Poderes Legislativos, inclusive nas açõesdiretas de constitucionalidade ou atos normativos de qualquer natureza.

* b) Presidente de federação sindical ou Presidente de Partido Político, mas não em sede de ação direta deconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal.

* c) Prefeito Municipal ou Mesa de Câmara Municipal, o mesmo ocorrendo no que se refere às ações diretasde constitucionalidade de lei ou ato normativo municipal.

* d) Conselho Nacional de Justiça e Ministério Público, mas não em sede de ação direta deconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual.

* e) Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e pela Mesa da Câmara Legislativa do DistritoFederal, o mesmo ocorrendo em relação às ações declaratórias de constitucionalidade de lei ou ato normativofederal.

5 - ( FCC - 2006 - TRE-SP - Analista Judiciário - Área Judiciária )

No que diz respeito ao controle da constitucionalidade das leis, considere as assertivas abaixo:

I. A ação direta de inconstitucionalidade compreende quatro modalidades: a genérica, a específica, a supridorade omissão e a inominada.

II. À vista da Constituição Federal vigente, temos a inconstitucionalidade por ação ou por omissão, e o controlede constitucionalidade é o jurisdicional combinando os critérios difuso e concentrado.

III. A sentença que decide a inconstitucionalidade na via de exceção tem natureza condenatória e tem eficáciaerga omnes.

IV. A sentença que reconhece a inconstitucionalidade por omissão é declaratória quanto a essereconhecimento, mas não é meramente declaratória porque dela decorre um efeito ulterior de naturezamandamental.

Nesses casos, está correto o que consta APENAS em

* a) II, III e IV.* b) I e III.

* c) I e IV.* d) I, II e III.* e) II e IV.

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6 - ( FCC - 2008 - METRÔ-SP - Advogado )

Quanto ao controle de constitucionalidade por omissão e a ação de inconstitucionalidade por omissão, éINCORRETO afirmar que

* a) a ação só é cabível quando a constituição obriga o Poder Público a emitir um comando normativo e estequeda-se inerte.

* b) o Ministério Público sempre deverá se manifestar, antes da análise do pedido.

* c) o procedimento a ser seguido é o mesmo da ação de inconstitucionalidade genérica.

* d) são legitimados para a sua propositura, além de outros, as Mesas das Assembléias Legislativas e daCâmara Legislativa do Distrito Federal.

* e) é obrigatória a oitiva do Advogado Geral da União, em razão da defesa do ato impugnado.

7 - ( CESPE - 2008 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário - Área Administrativa )

A respeito do processo legislativo e do papel do Tribunal de Contas da União (TCU) no controle dos recursospúblicos, julgue os itens seguintes.

O senador da República tem legitimidade ativa para impetrar mandado de segurança para o controle da

constitucionalidade de aspecto procedimental relativo a processo legislativo de decreto legislativo que estejaem tramitação no Senado Federal.

* ( ) Certo ( ) Errado

8 - ( CONSULPLAN - 2008 - TRE-RS - Técnico Administrativo )

Podem propor a ação declaratória de constitucionalidade, EXCETO:

* a) O Presidente da República.

* b) A Mesa do Congresso Nacional.

* c) O Governador de Estado ou do Distrito Federal.

* d) O Procurador-Geral da República.

* e) O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Bra

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9 - ( FGV - 2008 - TJ-PA - Juiz )

A respeito do controle de constitucionalidade de lei municipal, assinale a alternativa correta.

* a) Se lei ou ato normativo municipal, além de contrariar dispositivos da Constituição Federal, contrariaremigualmente previsões expressas do texto da Constituição Estadual de repetição obrigatória e redação idêntica, acompetência para processar e julgar a representação de inconstitucionalidade será do Tribunal de Justiça dorespectivo Estado-membro.

* b) Se lei ou ato normativo municipal, além de contrariar dispositivos da Constituição Federal, contrariar igualmente previsões expressas do texto da Constituição Estadual de repetição obrigatória e redação idêntica, acompetência para processar e julgar a ação direta de inconstitucionalidade será do Supremo Tribunal Federal.

* c) O único controle de constitucionalidade de lei municipal em face da Constituição Federal é o difuso,exercido incidenter tantum, por todos os órgãos do Poder Judiciário, quando do julgamento de cada casoconcreto. No entanto, o controle concentrado de lei municipal em face da Constituição Federal poderá se dar,

excepcionalmente, por meio de ação direta de constitucionalidade, caso a lei impugnada fira os princípiossensíveis previstos na Carta Maior.

* d) Se lei ou ato normativo municipal, além de contrariar dispositivos da Constituição Federal, contrariaremigualmente previsões expressas do texto da Constituição Estadual de repetição obrigatória e redação idêntica, oslegitimados para propor a ação cabível podem escolher onde ajuizá-la, uma vez que a própria ConstituiçãoFederal abriga, no artigo 5º, inciso XXXV, o princípio da inafastabilidade da jurisdição.

* e) O único controle de constitucionalidade de lei municipal em face da Constituição Federal é o difuso,

exercido incidenter tantum, por todos os órgãos do Poder Judiciário, quando do julgamento de cada casoconcreto.

10 - ( FGV - 2008 - TCM-RJ - Procurador )

A via de exceção para o controle de constitucionalidade é própria:

* a) do controle difuso.

* b) do controle concentrado.

* c) do controle concentrado e difuso.

* d) do controle feito pelo Magistrado, ex officio.

* e) da ação popular.

GABARITO:

1 - B 2 - E 3 - B 4 - E 5 - E 6 - E 7 - C 8 - B 9 - A 10 - A

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 4 -4 -4 -4 - Dos direitos e garantias fundamentaisDos direitos e garantias fundamentaisDos direitos e garantias fundamentaisDos direitos e garantias fundamentais

Um dos temas mais atuais e, portanto, mais cobrados nas provas de Direito Constitucional em qualquer concurso público é a análise, conhecimento e interpretação dos Direitos e Garantias Fundamentais.

Neste sentido, toda leitura destes direitos fundamentais deve partir da lição de que os direitos e garantiasfundamentais constituem um dos pilares do tripé do Estado de Direito, ao lado do enunciado da Legalidade edo Princípio da Separação de Poderes.

De toda a literatura doutrinária sobre a figura dos direitos e garantias fundamentais são válidas as palavras doProfessor JOSÉ AFONSO DA SILVA para quem “são aquelas prerrogativas e instituições que o Direito Positivo concretiza em garantias de uma convivência digna, livre e igual de todas as pessoas” . Exatamente por contadesta natureza básica para a própria existência das pessoas e, quiçá, sua sobrevivência, reconheceu-se ainda asseguintes características:

- Historicidade

- Inalienabilidade - não é possível a transferência de direitos fundamentais, a qualquer título ou forma (aindaque gratuita);

- Irrenunciabilidade - não está sequer na disposição do seu titular, abrir mão de sua existência;

- Imprescritibilidade - não se perdem com o decurso do tempo;

- Relatividade ou Limitabilidade - não há nenhuma hipótese de direito humano absoluto, eis que todos podemser ponderados com os demais;

- Universalidade - são reconhecidos em todo o mundo.

Por outro lado, nem todo direito fundamental sempre foi expressamente previsto nas Constituições, ainda quea grande maioria ali esteja.

Neste sentido, extrai-se da Carta de 1988 o exemplo de que a mesma não trata de alguns direitos dapersonalidade, como o nome. Exatamente para que não fosse entendida tal previsão como uma lacuna, opróprio art. 5° contemplou o §2° com a admissão de que existiriam outros decorrentes dos sistemas adotadospelo país.

Ademais, esta discriminação não se deu na Constituição de forma exaustiva ou taxativa, ex vi o parágrafosegundo do próprio artigo. Trata-se, na verdade, de rol apenas exemplificativo:

“ §2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos  princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa seja parte.” 

- EVOLUÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS- EVOLUÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS- EVOLUÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS- EVOLUÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Como estes direitos fundamentais foram sendo reconhecidos pelos textos constitucionais e o ordenamento jurídico dos países de forma gradativa e histórica, os autores começaram a reconhecer as gerações destes,podendo assim ser sintetizado tal pensamento:

Direitos de primeira geraçãoDireitos de primeira geraçãoDireitos de primeira geraçãoDireitos de primeira geração: Surgidos no século XVII, eles cuidam da proteção das liberdades públicas,

ou seja, os direitos individuais, compreendidos como aqueles inerentes ao homem e que devem ser respeitados por todos os Estados, como o direito à liberdade, à vida, à propriedade, à manifestação, àexpressão, ao voto, entre outros.

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Como afirma ALEXANDRE DE MORAES, “essas idéias encontravam um ponto fundamental em comum, anecessidade de limitação e controle dos abusos de poder do próprio Estado e de suas autoridades constituídas ea consagração dos princípios básicos da igualdade e da legalidade como regentes do Estado moderno econtemporâneo”.

Direitos de segunda geraçãoDireitos de segunda geraçãoDireitos de segunda geraçãoDireitos de segunda geração: os ora chamados direitos sociais, econômicos e culturais, onde passou aexigir do Estado sua intervenção para que a liberdade do homem fosse protegida totalmente (o direito à

saúde, ao trabalho, à educação, o direito de greve, entre outros). Veio atrelado ao Estado Social daprimeira metade do século passado.

A natureza do comportamento perante o Estado serviu de critério distintivo entre as gerações, eis que os deprimeira geração exigiam do Estado abstenções (prestações negativas), enquanto os de segunda exigem umaprestação positiva.

Direitos de terceira geraçãoDireitos de terceira geraçãoDireitos de terceira geraçãoDireitos de terceira geração: os chamados de solidariedade ou fraternidade, voltados para a proteção dacoletividade. As Constituições passam a tratar da preocupação com o meio ambiente, da conservação dopatrimônio histórico e cultural, etc.;

A partir destas, vários outros autores passam a identificar outras gerações, ainda que não reconhecidas pelaunanimidade de todos os doutrinadores.

Direitos de quarta geraçãoDireitos de quarta geraçãoDireitos de quarta geraçãoDireitos de quarta geração: o defensor é o Professor PAULO BONAVIDES, para quem seriam resultadoda globalização dos direitos fundamentais, de forma a universalizá-los institucionalmente, citando comoexemplos o direito à democracia, à informação, ao comércio eletrônico entre os Estados.

Direitos da quinta geração (?)Direitos da quinta geração (?)Direitos da quinta geração (?)Direitos da quinta geração (?): defendida por apenas poucos autores para tentar justificar os avançostecnológicos, como as questões básicas da cibernética ou da internet.

Vale observar que ainda que se fale em gerações, não existe qualquer relação de hierarquia entre estes direitos,mesmo porque todos interagem entre si, de nada servindo um sem a existência dos outros. Esta nomenclatura

adveio apenas em decorrência do tempo de surgimento, na eterna e constante busca do homem por maisproteção e mais garantias, com o objetivo de alcançar uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna, comodefendia NOBERTO BOBBIO . Por isto, a mais moderna doutrina defende o emprego do termo dimensões no lugar de gerações.

Ainda para prestigiar sua importância, em geral, os direitos e garantias fundamentais têm aplicabilidadeaplicabilidadeaplicabilidadeaplicabilidadeimediata (art. 5º §1ºimediata (art. 5º §1ºimediata (art. 5º §1ºimediata (art. 5º §1º CRFB), dependendo naturalmente da forma que foi enunciada pela Constituição para queseja afirmada se a mesma será de eficácia plena ou limitada.

- CARACTERIZAÇÃO DOS DIREITOS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988- CARACTERIZAÇÃO DOS DIREITOS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988- CARACTERIZAÇÃO DOS DIREITOS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988- CARACTERIZAÇÃO DOS DIREITOS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988

Além da classificação acima, podemos reconhecer que a estrutura constitucional de 1988 tratou dos direitosfundamentais no título II de forma a separar o objeto de cada grupo. Assim, temos:

Direitos individuais:Direitos individuais:Direitos individuais:Direitos individuais: (art. 5º);

Direitos coletivos:Direitos coletivos:Direitos coletivos:Direitos coletivos: representam os direitos do homem integrante de uma coletividade (art. 5º);

Direitos sociais:Direitos sociais:Direitos sociais:Direitos sociais: subdivididos em direitos sociais propriamente ditos (art. 6º) e direitos trabalhistas (art.7º ao 11);

Direitos à nacionalidade:Direitos à nacionalidade:Direitos à nacionalidade:Direitos à nacionalidade: vínculo jurídico-político entre a pessoa e o Estado (art. 12 e 13);

Direitos políticosDireitos políticosDireitos políticosDireitos políticos; direito de participação na vida política do Estado; direito de votar e de ser votado, aocargo eletivo e suas condições (art. 14 ao 17).

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Todos estes temas serão sempre informados pelos conceitos básicos dos direitos e garantias fundamentais,guardando natural peculiaridade para cada um dos seus segmentos, mas aí já seria objeto de análise específicade cada um dos capítulos constitucionais daquele título II, o que não vem ao caso.

Mapa MentalMapa MentalMapa MentalMapa Mental

Questões ComentadasQuestões ComentadasQuestões ComentadasQuestões Comentadas

Julgue certo ou errado:

1- As normas constitucionais que estabelecem as garantias institucionais do Poder Judiciário e as garantias

funcionais de seus membros, como a vitaliciedade e a irredutibilidade de subsídios, bem assim as garantias

fundamentais que proíbem tribunais de exceção, visam, em última análise, à garantia da imparcialidade do juiz, a

fim de que a função jurisdicional possa ser exercida com justiça.

Certa;Certa;Certa;Certa; em verdade, todas as prerrogativas atribuídas aos membros do poder judiciário, bem assim ao própriopoder judiciário, são instrumentos que visam, em última análise, assegurar a independência na aplicação dodireito.

2 - Uma vez que as normas constitucionais definidoras de direitos e garantias individuais têm aplicaçãoimediata, nenhum direito fundamental pode deixar de ter a sua fruição judicialmente assegurada por falta deregulação legislativa.

Falsa;Falsa;Falsa;Falsa; embora o art. 5º, § 1º, de fato, estabeleça que as normas definidoras de direitos e garantias fundamentais

têm aplicação imediata, existem direitos fundamentais que são normas de eficácia limitada, que só terão plenaaplicabilidade após a regulamentação; veja os seguintes exemplos: art. 5º, XXXII, LXXVI; art. 7º, I, XI, XX etc.

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5 -5 -5 -5 - Da organização político-administrativa: das competências da União, Estados e MunicípiosDa organização político-administrativa: das competências da União, Estados e MunicípiosDa organização político-administrativa: das competências da União, Estados e MunicípiosDa organização político-administrativa: das competências da União, Estados e Municípios 

Esse conteúdo será apresentado também na matéria de Direito Administrativo porém com uma abordagemcondizente com a matéria e com os conteúdos cobrados em concursos.

A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, oDistrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição Federal.

Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado deorigem serão reguladas em lei complementar.

Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ouformarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada,

através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

UNIÃOUNIÃOUNIÃOUNIÃO

São bens da União:I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;II - as terras devolutas;III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um

Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bemcomo os terrenos marginais e as praias fluviais;IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas eas costeiras;V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;VI - o mar territorial;VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;VIII - os potenciais de energia hidráulica;IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

Compete à União: assegurar a defesa nacional; decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; emitir moeda; administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira; manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;

organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dosTerritórios; organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional.

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ESTADOS FEDERADOSESTADOS FEDERADOSESTADOS FEDERADOSESTADOS FEDERADOS

Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições Estaduais e leis que adotarem, observados os princípiosda Constituição Federal.

Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na formada lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.

Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas emicro-regiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, oplanejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

Incluem-se entre os bens dos Estados:I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na formada lei, as decorrentes de obras da União;II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da

União, Municípios ou terceiros;III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

MUNICÍPIOSMUNICÍPIOSMUNICÍPIOSMUNICÍPIOS

O Município reger-se-á por lei orgânica, votada pelos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federa e na Constituição do respectivo Estado.

O total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de 5% (cinco por cento) da receita do município;

Compete aos Municípios: legislar sobre assuntos de interesse local; suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

* Da Administração Pública: disposições gerais; dos servidores públicos* Da Administração Pública: disposições gerais; dos servidores públicos* Da Administração Pública: disposições gerais; dos servidores públicos* Da Administração Pública: disposições gerais; dos servidores públicos 

São princípios da Administração Pública:

LegalidadeÉ o princípio básico de todo o Direito Público. A doutrina costuma usar a seguinte expressão: na atividadeparticular tudo o que não está proibido é permitido, na Administração Pública tudo o que não está permitido é

proibido.O administrador está rigidamente preso à lei e sua atuação deve ser confrontada com a lei.

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ImpessoalidadeSignifica que o administrador deve orientar-se por critérios objetivos, não devendo fazer distinçõesfundamentadas em critérios pessoais. Toda a atividade da Administração Pública deve ser praticada tendo emvista a finalidade pública. Se não visar o bem público, ficará sujeita à invalidação, por desvio de finalidade. Éem decorrência desse princípio que temos, por exemplo, o concurso público e a licitação.• Desse princípio decorre a generalidade do serviço público – todos que preencham as exigências têm direito

ao serviço público.• A responsabilidade objetiva do Estado decorre do princípio da impessoalidade.

MoralidadeO Direito Administrativo elaborou um conceito próprio de moral, diferente da moral comum. A moraladministrativa significa que o dever do administrador não é apenas cumprir a lei formalmente, mas cumprir substancialmente, procurando sempre o melhor resultado para a administração. Pressuposto de validade detodo ato da Administração Pública, tem a ver com a ética, com a justiça, a honestidade, a conveniência e aoportunidade.

• Toda atuação do administrador é inspirada no interesse público.• Jamais a moralidade administrativa pode chocar-se com a lei.• Por esse princípio, o administrador não aplica apenas a lei, mas vai além, aplicando a sua substância.• A Constituição de 1988 enfatizou a moralidade administrativa, prevendo que “os atos de improbidade

importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e oressarcimento ao erário na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível”.

 Publicidade

Requisito da eficácia e moralidade, pois é através da divulgação oficial dos atos da Administração Pública queficam assegurados o seu cumprimento, observância e controle; destina-se, de um lado, à produção dos efeitosexternos dos atos administrativos. Existem atos que não se restringem ao ambiente interno da administraçãoporque se destinam a produzir efeitos externos – daí ser necessária a publicidade.

EficiênciaExige resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades dos administrados(público). Trata-se de princípio meramente retórico. É possível, no entanto, invocá-lo para limitar adiscricionaridade do Administrador, levando-o a escolher a melhor opção.Eficiência é a obtenção do melhor resultado com o uso racional dos meios. Atualmente, na Administração

Pública, a tendência é prevalência do controle de resultados sobre o controle de meios.

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SERVIDORES PÚBLICOSSERVIDORES PÚBLICOSSERVIDORES PÚBLICOSSERVIDORES PÚBLICOS

SERVIDOR PÚBLICO: são todas as pessoas físicas que mantêm relação de trabalho com a AdministraçãoPública, direta, indireta, autárquica e fundacional. Os servidores Públicos constituem uma espécie de AgentesPúblicos.

• Os servidores públicos podem ser:

Estatutários (Funcionários Públicos) possuem CARGOS

Empregados Públicos (celetistas) possuem EMPREGOS

Servidores Temporários possuem FUNÇÃO 

Cargos - são as mais simples e indivisíveis unidades de competência a serem expressas por um agentepúblico, previstos em número certo, com determinação própria e remunerados por pessoas jurídicas de direitopúblico, devendo ser criados por Lei.

Empregos - são núcleos de encargo de trabalho a serem preenchidos por agentes contratados paradesempenhá-los sob uma relação trabalhista (celetista). Sujeitam-se a uma disciplina jurídica que embora sofraalgumas influências, basicamente são aquelas aplicadas aos contratos trabalhistas em geral.

Função - é a atribuição ou conjunto de atribuições que a Administração confere a cada categoriaprofissional, ou comete individualmente a determinados servidores para a execução de serviços eventuais ou

temporários.

* Do Poder Executivo: das atribuições e responsabilidades do presidente da república* Do Poder Executivo: das atribuições e responsabilidades do presidente da república* Do Poder Executivo: das atribuições e responsabilidades do presidente da república* Do Poder Executivo: das atribuições e responsabilidades do presidente da república

O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. Nosistema Federalista o Presidente é ao mesmo tempo o Chefe de Governo e o Chefe de Estado.

O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso Nacional,prestando o COMPROMISSO de:

•••• MANTER, DEFENDER e CUMPRIR a Constituição,•••• OBSERVAR as leis,•••• PROMOVER o bem geral do povo brasileiro,•••• SUSTENTAR a união, a integridade e a independência do Brasil.

Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serãosucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o doSenado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

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•••• Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição 90dias depois de aberta a última vaga.

•••• Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição paraambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional,na forma da lei.

•••• Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.

•••• O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença doCongresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob penade perda do cargo.

ESTRUTURA DO PODER EXECUTIVOESTRUTURA DO PODER EXECUTIVOESTRUTURA DO PODER EXECUTIVOESTRUTURA DO PODER EXECUTIVO

  PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICAPRESIDÊNCIA DA REPÚBLICAPRESIDÊNCIA DA REPÚBLICAPRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

VICE-PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICAVICE-PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICAVICE-PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICAVICE-PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

MINISTROS DE ESTADOMINISTROS DE ESTADOMINISTROS DE ESTADOMINISTROS DE ESTADO

CONSELHO DA REPÚBLICACONSELHO DA REPÚBLICACONSELHO DA REPÚBLICACONSELHO DA REPÚBLICA

CONSELHO DE DEFESA NACIONALCONSELHO DE DEFESA NACIONALCONSELHO DE DEFESA NACIONALCONSELHO DE DEFESA NACIONAL

RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a ConstituiçãoFederal e, especialmente, contra:

I - a existência da União;II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos

Poderes constitucionais das unidades da Federação;III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

IV - a segurança interna do País;V - a probidade na administração;VI - a lei orçamentária;VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

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Admitida a acusação contra o Presidente da República, por 2/3 da Câmara dos Deputados, será elesubmetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou peranteo Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

•••• O Presidente ficará suspenso de suas funções:I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo

Supremo Tribunal Federal;

II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo SenadoFederal.

•••• Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente daRepública não estará sujeito a prisão.

•••• O Presidente da República, na vigência de seu mandato, NÃO PODE SER

RESPONSABILIZADO por atos estranhos ao exercício de suas funções.

ESTADO DE DEFESA

O Presidente da República PODE, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional,DECRETAR ESTADO DE DEFESA para PRESERVAR ou PRONTAMENTE RESTABELECER, emlocais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminenteinstabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.

• O decreto que instituir o estado de defesa determinará:• o tempo de sua duração,• as áreas a serem abrangidas• as medidas coercitivas

I - restrições aos direitos de:a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;b) sigilo de correspondência;

c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;

II - na hipótese de calamidade pública, ocupação e uso temporário de bens eserviços públicos,.

a) O tempo de duração do estado de defesa NÃO SERÁ SUPERIOR a 30 dias, podendo ser prorrogado umavez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.

b) Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatrohoras, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria

absoluta.c) O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados de seu recebimento, devendocontinuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa.

d) Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa.

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ESTADO DE SÍTIO

O Presidente da República PODE, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional,SOLICITAR AUTORIZAÇÃO ao Congresso Nacional para decretar o ESTADO DE SÍTIO nos casos de:

I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem aineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;

II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

• O Presidente da República relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacionaldecidir por maioria absoluta .

O decreto do ESTADO DE SÍTIO indicará :

sua dur ação, as normas necessárias a sua execução As garantias constitucionais que ficarão suspensas,

depois de publicado o decreto, o Presidente da República designará o executor dasmedidas específicas e as áreas abrangidas.

• O estado de sítio não poderá, no caso do inciso I, ser decretado por mais de 30 dias, nem prorrogado,

de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por todo o tempo que perdurar a  guerra ou a agressão armada estrangeira .

Na vigência do ESTADO DE SÍTIO, SÓ poderão ser tomadas as seguintes medidas:

I - obrigação de permanência em localidade determinada;II - detenção em edifício não destinado a acusados por crimes comuns;III- restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à

prestação de informações e à liberdade de imprensa;IV - suspensão da liberdade de reunião;V - busca e apreensão em domicílio;VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;VII - requisição de bens.

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* Do Poder Legislativo: da fiscalização contábil, financeira e orçamentária* Do Poder Legislativo: da fiscalização contábil, financeira e orçamentária* Do Poder Legislativo: da fiscalização contábil, financeira e orçamentária* Do Poder Legislativo: da fiscalização contábil, financeira e orçamentária

O PODER LEGISLATIVO é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados edo Senado Federal. A nível Federal, é um sistema Bicameral

•••• Cada legislatura terá a duração de quatro anos.

CONGRESSO NACIONAL: a função legislativa de competência da União É EXERCIDA peloCONGRESSO NACIONAL, que se compõe da Câmara dos Deputados e doSenado Federal, integrados respectivamente por deputados e senadores; nobicameralismo brasileiro, não há predominância substancial de uma câmarasobre outra.

CÂMARA DOS DEPUTADOS: compõe-se de REPRESENTANTES DO POVO, eleitos, pelo sistema

proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.

número total de Deputados: 513 (base: ano 2002)

nenhuma unidade da Federação terá menos de oito ou mais de setentaDeputados. O número de Deputados depende do número de eleitoresde cada Estado. Somente Lei Complementar pode definir mudanças aesse respeito.

SENADO FEDERAL: compõe-se de REPRESENTANTES DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL,eleitos segundo o princípio majoritário. É um requisito Federativo.

número total de Senadores: 81 (base: ano 2002)

Cada Estado e o Distrito Federal elegerão 3 Senadores, com mandato deoito anos (são eleitos para 2 legislaturas).

CÂMARA DE DEPUTADOSCÂMARA DE DEPUTADOSCÂMARA DE DEPUTADOSCÂMARA DE DEPUTADOS

(513 membros)

SENADO FEDERALSENADO FEDERALSENADO FEDERALSENADO FEDERAL

(81 membros)

REPRESENTANTESREPRESENTANTESREPRESENTANTESREPRESENTANTES Do Povo Dos Estados e do DF

REPRESENTAÇÃOREPRESENTAÇÃOREPRESENTAÇÃOREPRESENTAÇÃOProporcionalProporcionalProporcionalProporcional

mínimo = 8mínimo = 8mínimo = 8mínimo = 8 e máximo = 70máximo = 70máximo = 70máximo = 70ParitárioParitárioParitárioParitário = 3 por Estado

SISTEMA ELEITORALSISTEMA ELEITORALSISTEMA ELEITORALSISTEMA ELEITORAL ProporcionalProporcionalProporcionalProporcional MajoritárioMajoritárioMajoritárioMajoritário

DURAÇÃO DO MANDATODURAÇÃO DO MANDATODURAÇÃO DO MANDATODURAÇÃO DO MANDATO 4 anos 8 anos (1/3 e 2/3)

SUPLÊNCIASUPLÊNCIASUPLÊNCIASUPLÊNCIA Próximo mais votado no partido. 2 suplentes, eleitos na mesmachapa

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Sistema de Eleição para a Câmara de DeputadosSistema de Eleição para a Câmara de DeputadosSistema de Eleição para a Câmara de DeputadosSistema de Eleição para a Câmara de Deputados

Cada estado tem sua bancada e o número de representantes varia conforme o número de seus eleitores, deforma que um Estado menos populoso terá menos representantes que o mais populoso. Vejamos como é ocálculo para a definição dos eleitos:

Bancada de São PauloBancada de São PauloBancada de São PauloBancada de São Paulo = 70 cadeiras (deputados)

Votos válidosVotos válidosVotos válidosVotos válidos = Votos nos partidos (em candidato + legenda) + votos em branco

VOTOS VÁLIDOS = 19.615.000VOTOS VÁLIDOS = 19.615.000VOTOS VÁLIDOS = 19.615.000VOTOS VÁLIDOS = 19.615.000

QE (Coeficiente Eleitoral) = votos válidos / nº de cadeirasQE (Coeficiente Eleitoral) = votos válidos / nº de cadeirasQE (Coeficiente Eleitoral) = votos válidos / nº de cadeirasQE (Coeficiente Eleitoral) = votos válidos / nº de cadeiras = 19.615.000 / 70

QE = 280.214 votosQE = 280.214 votosQE = 280.214 votosQE = 280.214 votos ou seja, para cada 280.214 votos, um deputado é eleito.

QP = Coeficiente PartidárioQP = Coeficiente PartidárioQP = Coeficiente PartidárioQP = Coeficiente Partidário é a divisão dos votos válidos de um partidodos votos válidos de um partidodos votos válidos de um partidodos votos válidos de um partido pelo Coeficiente Eleitoral.

QP = votos do partido (candidatos + votos na legenda) / QEQP = votos do partido (candidatos + votos na legenda) / QEQP = votos do partido (candidatos + votos na legenda) / QEQP = votos do partido (candidatos + votos na legenda) / QE

No nosso exemplo, utilizaremos os dados da eleição de 2002 para o Estado de São Paulo, maisespecificamente do fenômeno Dr. Eneas, que sozinho, conseguiu levar junto com ele mais 5conseguiu levar junto com ele mais 5conseguiu levar junto com ele mais 5conseguiu levar junto com ele mais 5deputadosdeputadosdeputadosdeputados federaisfederaisfederaisfederais (4 deles com votações inexpressivas, abaixo de 600 votos cada). O Dr. Eneas teveDr. Eneas teveDr. Eneas teveDr. Eneas teve1.570.000 votos1.570.000 votos1.570.000 votos1.570.000 votos e os demais candidatos de seu partido tiveram, na soma, pouco mais de 20 mil votos20 mil votos20 mil votos20 mil votos.Somando-se os votos na legenda, o PRONAo PRONAo PRONAo PRONA atingiu o seguinte QP:QP:QP:QP:

QP = 1.700.000 / 280.212 = 6,06QP = 1.700.000 / 280.212 = 6,06QP = 1.700.000 / 280.212 = 6,06QP = 1.700.000 / 280.212 = 6,06

ou seja, o PRONAo PRONAo PRONAo PRONA tem direito a 6 cadeiras.direito a 6 cadeiras.direito a 6 cadeiras.direito a 6 cadeiras. Portanto, o Dr. Enéas com 1.600.000 votos, conseguiueleger mais 5 deputados.

OBS.:OBS.:OBS.:OBS.: O preenchimento das vagas com que cada partido ou coligação for contempladoobedecerá à ordem de votação recebida por seus candidatos

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Organização interna das Casas do CongressoOrganização interna das Casas do CongressoOrganização interna das Casas do CongressoOrganização interna das Casas do Congresso::::

elas possuem órgãos internos destinados a ordenar seus trabalhos; cada uma deve elaborar seuregimento interno que disporá sobre:

•••• sua organização e funcionamentoorganização e funcionamentoorganização e funcionamentoorganização e funcionamento,•••• criação, transformação ou extinção de cargos, empregos e funçõescriação, transformação ou extinção de cargos, empregos e funçõescriação, transformação ou extinção de cargos, empregos e funçõescriação, transformação ou extinção de cargos, empregos e funções de seus serviços•••• fixação da respectiva remuneraçãofixação da respectiva remuneraçãofixação da respectiva remuneraçãofixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de

diretrizes orçamentárias;•••• não há interferência de uma em outra, nem de outro órgão governamental não há interferência de uma em outra, nem de outro órgão governamental não há interferência de uma em outra, nem de outro órgão governamental não há interferência de uma em outra, nem de outro órgão governamental .

FUNCIONAMENTO DO CONGRESSO NACIONALFUNCIONAMENTO DO CONGRESSO NACIONALFUNCIONAMENTO DO CONGRESSO NACIONALFUNCIONAMENTO DO CONGRESSO NACIONAL::::

o CN desenvolve suas atividades por legislaturas, sessões legislativas ordinárias ou extraordinárias,sessões ordinárias e extraordinárias;

•••• a le  gislatura legislatura legislatura legislatura tem a duração de 4 anostem a duração de 4 anostem a duração de 4 anostem a duração de 4 anos, do início ao término do mandato dos membrosda Câmara dos Deputados;

•••• o Senado é contínuo por ser renovável parcialmenteSenado é contínuo por ser renovável parcialmenteSenado é contínuo por ser renovável parcialmenteSenado é contínuo por ser renovável parcialmente em cada período de 4 anos;

sessão legislativa ordinária: sessão legislativa ordinária: sessão legislativa ordinária: sessão legislativa ordinária:  é o período em que deve estar reunido o Congresso para os trabalhoslegislativos (15.02 a 30.0615.02 a 30.0615.02 a 30.0615.02 a 30.06 e 01.08 a 15.1201.08 a 15.1201.08 a 15.1201.08 a 15.12);

sessão legislativa extraordinária: sessão legislativa extraordinária: sessão legislativa extraordinária: sessão legislativa extraordinária:  os espaços de tempo entre as datas da sessão legislativa ordináriaconstituem o RECESSO PARLAMENTARRECESSO PARLAMENTARRECESSO PARLAMENTARRECESSO PARLAMENTAR, ou seja: 01.07 a 31.0701.07 a 31.0701.07 a 31.0701.07 a 31.07 e16.12 a 14.0216.12 a 14.0216.12 a 14.0216.12 a 14.02

sessão ordinária: sessão ordinária: sessão ordinária: sessão ordinária:  são as reuniões diáriasreuniões diáriasreuniões diáriasreuniões diárias que se processam nos dias úteis;

Reuniões conjuntas: Reuniões conjuntas: Reuniões conjuntas: Reuniões conjuntas:  são as hipóteses que a CF prevê (57, § 3º), caso em que a direção dos trabalhos cabeà Mesa do Congresso Nacional;

Quorum de Maioria absoluta Quorum de Maioria absoluta Quorum de Maioria absoluta Quorum de Maioria absoluta:  metade (nº inteiro) + 1 dos membros da respectiva casametade (nº inteiro) + 1 dos membros da respectiva casametade (nº inteiro) + 1 dos membros da respectiva casametade (nº inteiro) + 1 dos membros da respectiva casa. No caso da Câmara

de Deputados, a maioria absoluta éa maioria absoluta éa maioria absoluta éa maioria absoluta é 257 votos257 votos257 votos257 votos (513 / 2 = 256.5 nº inteiro =256 + 1 = 257)

Quorum de Maioria relativa: Quorum de Maioria relativa: Quorum de Maioria relativa: Quorum de Maioria relativa:  metade (nº inteiro) + 1 dos membros presentesmetade (nº inteiro) + 1 dos membros presentesmetade (nº inteiro) + 1 dos membros presentesmetade (nº inteiro) + 1 dos membros presentes na sessão legislativasessão legislativasessão legislativasessão legislativa.... Quorum Qualificado: Quorum Qualificado: Quorum Qualificado: Quorum Qualificado:  2/32/32/32/3 para aprovar a instauração de processo contra o Presidente da República e

aprovar a Lei Orgânica;3/53/53/53/5 somente no caso de aprovação de Emenda à Constituição.

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FUNÇÕES DO PODER LEGISLATIVOFUNÇÕES DO PODER LEGISLATIVOFUNÇÕES DO PODER LEGISLATIVOFUNÇÕES DO PODER LEGISLATIVO

Compete privativamente à CÂMARA DOS DEPUTADOS:

I - AUTORIZAR, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra oPresidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;

II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas aoCongresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;

III - ELABORAR seu regimento interno;

IV - DISPOR sobre sua organização, funcionamento, criação, transformação ou extinção doscargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para a fixação darespectiva remuneração;

V - ELEGER membros do Conselho da República.

Compete privativamente ao SENADO FEDERAL:

I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade,bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáuticanos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;

II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, o Procurador-Geral da República eo Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade;

III - APROVAR PREVIAMENTE, a escolha de:

a) magistrados;b) Ministros do Tribunal de Contas da União;c) Governador de Território;d) presidente e diretores do banco central;e) Procurador-Geral da República;

IV - AUTORIZAR operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, doDistrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;

VI - FIXAR limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municípios;

X - SUSPENDER A EXECUÇÃO, no todo ou em parte, de LEI DECLARADAINCONSTITUCIONAL por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;

XII - elaborar seu regimento interno;XIII - DISPOR sobre sua organização, funcionamento, criação, transformação ou extinção dos cargos,

empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração;XIV - eleger membros do Conselho da República

COMISSÕES PERMANENTES E TEMPORÁRIAS

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O Congresso Nacional e suas Casas terão COMISSÕES PERMANENTES E TEMPORÁRIAS,constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.

•••• Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, arepresentação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participamda respectiva Casa.

PROCESSO LEGISLATIVOPROCESSO LEGISLATIVOPROCESSO LEGISLATIVOPROCESSO LEGISLATIVO

Entende-se o CONJUNTO DE ATOSCONJUNTO DE ATOSCONJUNTO DE ATOSCONJUNTO DE ATOS (iniciativa, emenda, votação, sanção, veto) realizadosrealizadosrealizadosrealizados pelos órgãoslegislativos visando a formação das leis constitucionais, complementares e ordinárias, resoluções edecretos legislativos;

tem por OBJETOOBJETOOBJETOOBJETO a elaboração de emendas à Constituição, leis complementareselaboração de emendas à Constituição, leis complementareselaboração de emendas à Constituição, leis complementareselaboração de emendas à Constituição, leis complementares, ordinárias, delegadas,ordinárias, delegadas,ordinárias, delegadas,ordinárias, delegadas,medidas provisórias, decretos legislativos e resoluçõesmedidas provisórias, decretos legislativos e resoluçõesmedidas provisórias, decretos legislativos e resoluçõesmedidas provisórias, decretos legislativos e resoluções.

1. Atos do processo legislativo

a) iniciativa legislativa: é o ato pelo qual se inicia o processo legislativo; é a apresentação do Projeto deLei;

b) discussão: nas Comissões e no Plenário; análise da sua compatibilidade;

c) deliberação: votação / aprovação ou rejeição dos projetos de lei;

d) emendas: constituem proposições apresentadas como acessória a outra; sugeremmodificações nos interesses relativos à matéria contida em projetos de lei;

e) votação: constitui ato coletivo das casas do Congresso; é o ato de decisão que se toma por maioria de votos, simples ou absoluta, conforme o caso;

f) sanção e veto: são atos legislativos de competência exclusiva do Presidente; somente RECAEMsobre projeto de lei;VETO é a discordância com o projeto aprovado. SANÇÃO é a adesão ou aceitaçãodo projeto aprovado;

g) promulgação: ato que revela os fatos geradores da Lei, tornando-a executável e obrigatória;

h) publicação: torna pública a EXISTÊNCIA DA NORMA LEGAL.

1. PROCEDIMENTO LEGISLATIVO

é o modo pelo qual os atos do processo legislativo se realizam, distinguem-se em:

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I. Procedimento Legislativo Ordinário: é o procedimento comum, destinado à elaboração das leisordinárias; desenvolve-se em 5 fases: a introdutória, a de exame doprojeto nas comissões permanentes, a das discussões, a decisória ea revisória;

II. Procedimento Legislativo Sumário: se o Presidente solicitar urgência, o projeto deverá ser apreciadopela Câmara dos Deputados no prazo de 45 dias, a contar do seurecebimento; se for aprovado na Câmara, terá o Senado igualprazo;

III. Procedimento Legislativo Especial: são os estabelecidos para a elaboração de EMENDASCONSTITUCIONAIS, de leis financeiras, de leis delegadas,de medidas provisórias e de leis complementares.

Ex.: a seguir, exemplificamos como uma proposta feita por iniciativa do Presidente da República, tramita na

Câmara dos Deputados.

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ESPÉCIES NORMATIVAS

O PROCESSO LEGISLATIVO compreende a elaboração de:

I - EC - Emendas à Constituição;II - LC - Leis Complementares;III - LO - Leis Ordinárias;IV - LD - Leis delegadas;V - MP - Medidas Provisórias;VI - DL - Decretos Legislativos;VII - Resoluções.

EMENDA À CONSTITUIÇÃO

A Constituição poderá ser EMENDADA mediante PROPOSTA de 1/3 dos membros da Câmara, ou de1/3 dos membros do Senado, ou do Presidente da República ou de mais da metade das AssembléiasLegislativas (maioria relativa em cada uma delas).

Será discutida e votada em cada uma das casas, em 2 turnos, devendo, para ser aprovada, ter emcada turno o voto de 3/5 dos respectivos membros. A emenda à Constituição será promulgada pelas

Mesas da Câmara e do Senado.

•••• A Constituição não poderá ser emendada na VIGÊNCIA de INTERVENÇÃOFEDERAL, de ESTADO DE DEFESA ou de ESTADO DE SÍTIO.

Limitação ao poder de Emendar:

Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente A ABOLIR:

I - a forma federativa de Estado;II - o voto direto, secreto, universal e periódico;III - a separação dos Poderes;IV - os direitos e garantias individuais.

•••• A matéria constante de proposta de emenda REJEITADA ou HAVIDA PORPREJUDICADA não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

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LEI COMPLEMENTAR E ORDINÁRIA

A INICIATIVA das LEIS COMPLEMENTARES E ORDINÁRIAS cabe a qualquer membro ou Comissãoda Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, aoSupremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos.

São de INICIATIVA PRIVATIVA do Presidente da República as leis que:

I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;

II - disponham sobre:a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou

aumento de sua remuneração;b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços

públicos e pessoal da administração dos Territórios;

c) servidores públicos da União e militares das Forças Armadas, seu regime jurídico,provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;

d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União;e) criação, estruturação e atribuições dos Ministérios e órgãos da administração pública;

Os procedimentos tomados quando da apresentação da Lei Complementar e da Lei Ordinária sãoidênticos. Só existem 2 diferenças:

A INICIATIVA POPULAR pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados deprojeto de lei subscrito por, no mínimo, 1 % do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de 0.3 % dos eleitores de cada um deles.

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LEI COMPLEMENTAR LEI ORDINÁRIA

Aspecto material Constituição Federal, só asreservadas pelo Constituinte

O restante

Aspecto Formal Quorum: maioria absoluta Quorum: maioria relativa

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LEI DELEGADA

As LEIS DELEGADAS serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional .

•••• Não serão objeto de delegação: os atos de competência exclusiva do CongressoNacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do SenadoFederal, a matéria reservada à lei complementar, NEM a legislação sobre:

I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e agarantia de seus membros;

II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.

Toda delegação é temporária; se o Presidente não legislar extingue automaticamente os efeitos daresolução. O limite temporal não pode nunca exceder à legislatura.

Eficácia: A Lei Delegada tem o mesmo nível de eficácia da Lei Ordinária; a delegação não impede que oCongresso Nacional legisle sobre o mesmo tema. A delegação não é abdicação .

Lei Delegada Estadual: é possível, desde que tenha previsão na Constituição Estadual;

•••• É um instituto comum do Parlamentarismo, hoje pouco utilizado.

MEDIDA PROVISÓRIA

Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República PODERÁ ADOTAR MEDIDASPROVISÓRIAS, com força de lei, devendo submetê-las ao Congresso Nacional.

•••• As MEDIDAS PROVISÓRIAS perderão eficácia, desde a edição, se não foremconvertidas em lei no prazo de 60 dias, prorrogáveis por mais 60 dias, a partir de suapublicação, suspendendo-se o prazo durante os períodos de recesso parlamentar,

devendo o Congresso Nacional disciplinar as relações jurídicas delas decorrentes.

•••• se a MEDIDA PROVISÓRIA não for apreciada em até 45 dias contados de suapublicação, entrará em regime de urgência; as MP terão sua votação iniciada naCâmara dos Deputados;

•••• as MP são semelhantes ao Decreto-lei da CF/69 – criado para ser usado em casosexcepcionais e de extrema urgência.

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É vedada a edição de MEDIDAS PROVISÓRIAS sobre matérias:

I. relativa a:a. nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito

eleitoral;b. direito penal, processual penal e processual civil;c. organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a

garantia de seus membros;d. planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos

II. que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro;

III. reservada a Lei Complementar;

IV. já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e

pendente de sanção ou veto do Presidente da República.

Pressupostos Constitucionais da MP: relevância e urgência, são cumulativos sob pena de abuso ouexcesso de poder - O Presidente tem juízo discricionáriomas deve observar o razoável, sob pena de controle judicial.

Seqüência dos Atos: editada a MP pelo Presidente sobre qualquer matéria, publicada no Diário Oficial,passa a ter vigência e eficácia, com força de lei; mas, depende de aprovação do CN,

sendo possíveis as seguintes hipóteses:

a) MP aprovada: se transforma em LO e é promulgada pelo Presidente do Congresso; dispensasanção.

b) rejeitada: é ato declaratório, a Medida Provisória deixa de existir desde sua publicação (ex tunc ). As relações jurídicas do período em que vigorava a MP posteriormenterejeitada serão disciplinadas pelo Congresso, por Decreto Legislativo. Rejeitada aMP não pode ser reeditada na mesma legislatura.

c) decurso do prazo: decorrido o prazo sem manifestação do Congresso a MP está rejeitada(aprovação só expressa). É possível reedição com o mesmo número sómudando o dígito, colocando cláusula de convalidação.

d) emendada: aprovado o projeto de lei com as alterações teremos o PROJETO DE LEI DECONVERSÃO - em substituição à MP - daí em diante segue o rito ordinário(sanção e veto)

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Limitações materiais: podem ser:

a) expressas –texto alterado por EC NÃO ADMITE MP 

b) implícitas:

1. norma penal incriminadora: princípio da legalidade e anterioridade, aplicabilidadeimediata e a provisoriedade da norma;

2. matéria tributária: princípio da legalidade – STF discorda;

3. matéria reservada a lei complementar.

MP Estadual: é possível, desde que tenha previsão na constituição estadual. A possibilidade de MP

Municipal depende de previsão na Constituição Estadual e na Lei Orgânica mas, adoutrina entende incompatível porque o pressuposto de relevância exigido não poderiater um âmbito territorial tão reduzido.

MP contrária a uma lei: não lhe revoga, somente lhe suspende a eficácia (continua vigente, mas ineficaz).Não se trata de anomia (falta de lei) ou represtinação (restabelecimento devigência).

DECRETO LEGISLATIVO

instrumento formal de que se vale o Congresso Nacional para praticar os atos de sua competênciaexclusiva.

I - RESOLVER definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais;

II - AUTORIZAR o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçamtemporariamente;

III - AUTORIZAR o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País,quando a ausência exceder a 15 dias;

IV - APROVAR o estado de defesa e a intervenção federal, AUTORIZAR o estado de sítio, oususpender qualquer uma dessas medidas;

V - SUSTAR os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar oudos limites de delegação legislativa;

VI - FIXAR idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores;

VII - FIXAR o subsídio do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros deEstado;

VIII - JULGAR anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar osrelatórios sobre a execução dos planos de governo;

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IX - FISCALIZAR e CONTROLAR, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos doPoder Executivo, incluídos os da administração indireta;

X - ZELAR pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativados outros Poderes;

XI - APRECIAR os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio etelevisão;

XII - APROVAR INICIATIVAS do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;XIII - AUTORIZAR referendo e CONVOCAR plebiscito;

XIV - AUTORIZAR, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricose a pesquisa e lavra de riquezas minerais;

XV - APROVAR, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior adois mil e quinhentos hectares.

GARANTIAS DOS PARLAMENTARES

São GARANTIASGARANTIASGARANTIASGARANTIAS dos membros do Senado FederalSenado FederalSenado FederalSenado Federal e Câmara dos DeputadosCâmara dos DeputadosCâmara dos DeputadosCâmara dos Deputados:

Vencimentos:Vencimentos:Vencimentos:Vencimentos: fixados por eles mesmos, mas não pode exceder ao teto;

Serviço Militar:Serviço Militar:Serviço Militar:Serviço Militar: é reservista civil mas não será convocado;

Dever de Testemunhar:Dever de Testemunhar:Dever de Testemunhar:Dever de Testemunhar: tem sigilo da fonte e não pratica falso testemunho;

Foro Privilegiado:Foro Privilegiado:Foro Privilegiado:Foro Privilegiado: processados e julgados pelo STFSTFSTFSTF, só para infrações penaissó para infrações penaissó para infrações penaissó para infrações penais, regra dacontemporaneidade e atualidade).

IIIImmmmuuuunnnniiiiddddaaaaddddeeee FFFFoooor rr rmmmmaaaallll

prisão:prisão:prisão:prisão: NÃO poderão sofrer QUALQUER TIPO DE PRISÃO, de natureza penalnatureza penalnatureza penalnatureza penal, sejaprovisória ou definitiva ou, de natureza civilnatureza civilnatureza civilnatureza civil, salvo o caso de flagrante por crime salvo o caso de flagrante por crime salvo o caso de flagrante por crime salvo o caso de flagrante por crime 

inafiançável inafiançável inafiançável inafiançável , desde que apreciada pela casa -

processo:processo:processo:processo: só no campo penalsó no campo penalsó no campo penalsó no campo penal, para ser processado precisa de autorização, licença da casa,prescrição fica suspensa até deliberaçãoprescrição fica suspensa até deliberaçãoprescrição fica suspensa até deliberaçãoprescrição fica suspensa até deliberação.

Imunidade Material:Imunidade Material:Imunidade Material:Imunidade Material: = inviolabilidade inviolabilidade inviolabilidade inviolabilidade , são invioláveis por suas palavras, votos e opiniõessão invioláveis por suas palavras, votos e opiniõessão invioláveis por suas palavras, votos e opiniõessão invioláveis por suas palavras, votos e opiniões, desde queproferidas no exercício do mandato; devem estar ligadas às suas funções. Se refereao campo penal, cível e político – tem caráter perpétuo.

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FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL,FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIAFISCALIZAÇÃO CONTÁBIL,FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIAFISCALIZAÇÃO CONTÁBIL,FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIAFISCALIZAÇÃO CONTÁBIL,FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades daadministração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação dassubvenções e renúncia de receitas, SERÁ EXERCIDA PELO CONGRESSO NACIONAL, mediantecontrole externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

•••• Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos .

Controle Externo: fica a cargo do Congresso Nacional, e será exercido com o auxílio do Tribunal deContas da União, ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República;II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos

da administração direta e indireta, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ououtra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, naadministração direta e indireta, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão;

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissãotécnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo eJudiciário, e demais entidades da Administração Pública Direta e Indireta;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe,

de forma direta ou indireta;VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo,ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, assanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao danocausado ao erário;

IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato

cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos

Deputados e ao Senado Federal;XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

•••• O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório desuas atividades.

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Controle Interno: Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário MANTERÃO, de forma integrada, sistemade controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas degoverno e dos orçamentos da União;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestãoorçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bemcomo da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres daUnião;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

•••• Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sobpena de responsabilidade solidária.

•••• Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é PARTE LEGÍTIMA para,na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal deContas da União.

* Do Poder Judiciário: disposições gerais; do Supremo Tribunal Federal; do Superior Tribunal de Justiça; dos* Do Poder Judiciário: disposições gerais; do Supremo Tribunal Federal; do Superior Tribunal de Justiça; dos* Do Poder Judiciário: disposições gerais; do Supremo Tribunal Federal; do Superior Tribunal de Justiça; dos* Do Poder Judiciário: disposições gerais; do Supremo Tribunal Federal; do Superior Tribunal de Justiça; dosTribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais; dos Tribunais e Juízes do TrabalhoTribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais; dos Tribunais e Juízes do TrabalhoTribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais; dos Tribunais e Juízes do TrabalhoTribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais; dos Tribunais e Juízes do Trabalho

São ÓRGÃOSÓRGÃOSÓRGÃOSÓRGÃOS do PODER JUDICIÁRIOPODER JUDICIÁRIOPODER JUDICIÁRIOPODER JUDICIÁRIO:

IIII - STFSTFSTFSTF - o Supremo Tribunal Federal;IIIIIIII - STJSTJSTJSTJ - o Superior Tribunal de Justiça;IIIIIIIIIIII - os Tribunais Regionais Federais e Juizes Federais;IVIVIVIV - os Tribunais e Juizes do Trabalho;VVVV - os Tribunais e Juizes Eleitorais;VIVIVIVI - os Tribunais e Juizes Militares;

VIIVIIVIIVII - os Tribunais e Juizes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

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•••• O STF - Supremo Tribunal FederalSTF - Supremo Tribunal FederalSTF - Supremo Tribunal FederalSTF - Supremo Tribunal Federal e os Tribunais SuperioresTribunais SuperioresTribunais SuperioresTribunais Superiores têm sede na CapitalFederal e jurisdição em todo o território nacional.

Supremo Tribunal FederalSupremo Tribunal FederalSupremo Tribunal FederalSupremo Tribunal Federal

STJSTJSTJSTJ TSTTSTTSTTST TSETSETSETSE STMSTMSTMSTM

TJ / TATJ / TATJ / TATJ / TA TRFTRFTRFTRF TRTTRTTRTTRT TRETRETRETRE

Juiz deJuiz deJuiz deJuiz de

DireitoDireitoDireitoDireitoJuiz FederalJuiz FederalJuiz FederalJuiz Federal

Vara deVara deVara deVara de

TrabalhoTrabalhoTrabalhoTrabalho

JuntaJuntaJuntaJunta

EleitoralEleitoralEleitoralEleitoralAuditoriaAuditoriaAuditoriaAuditoria

Justiça ComumJustiça ComumJustiça ComumJustiça Comum Justiça EspecialJustiça EspecialJustiça EspecialJustiça Especial

EstadualEstadualEstadualEstadual FederalFederalFederalFederal TrabalhoTrabalhoTrabalhoTrabalho EleitoralEleitoralEleitoralEleitoral Militar  Militar Militar Militar 

Regra do Quinto constitucionalRegra do Quinto constitucionalRegra do Quinto constitucionalRegra do Quinto constitucional - aplicado nos TRF’s e Tribunais Estaduais (TJ, TA) e DF - 1/5 dos lugares dotribunal será composto de membros do Ministério Público com mais de 10 anos de carreira e Advogados denotório saber jurídico e ilibada reputação com mais de 10 de efetiva atividade profissional (alternadamente).Os candidatos serão indicados em lista sêxtupla pelos órgãos representativos da respectiva classe, e o tribunal,recebida a lista, elaborará outra tríplice, enviando-a ao Poder Executivo que, então, nos 20 dias subsequentes,escolherá um dos integrantes para a nomeação.

•••• Compete PRIVATIVAMENTE:

I - aos TRIBUNAIS:

a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos;b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que

lhes forem vinculados;c) prover os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;d) propor a criação de novas varas judiciárias;

e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, os cargosnecessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assimdefinidos em lei;

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II - ao SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, aos TRIBUNAIS SUPERIORES e aosTRIBUNAIS DE JUSTIÇA propor ao Poder Legislativo respectivo:

a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares

e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio deseus membros e dos juizes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;

c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;

III - aos TRIBUNAIS DE JUSTIÇA julgar os juizes estaduais e do Distrito Federal eTerritórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e deresponsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.

SUPREMO TRIBUNAL FEDERALSUPREMO TRIBUNAL FEDERALSUPREMO TRIBUNAL FEDERALSUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

O Supremo Tribunal Federal compõe-se de 11 Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de 35 emenos de 65 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

•••• Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente daRepública, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I - PROCESSAR e JULGAR, originariamente:

a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a açãodeclaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;

b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membrosdo Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;

c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e osComandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, os membros dos TribunaisSuperiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática decaráter permanente;

d) o habeas corpus , sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; omandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesasda Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, doProcurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

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e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, oDistrito Federal ou o Território;

f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entreuns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta;

g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;h) a homologação das sentenças estrangeiras;i) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;

  j) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais,entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;

l) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;m) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do

Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do SenadoFederal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, deum dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal;

II - JULGAR, em recurso ordinário:

a) o habeas corpus , o mandado de segurança, o habeas data  e o mandado de injunçãodecididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;

b) o crime político;

III - JULGAR, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância,quando a decisão recorrida:

a) contrariar dispositivo desta Constituição;b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA compõe-se de, no mínimo, 33 Ministros.

Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, dentrebrasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada,

depois de aprovada a escolha pelo Senado Federal.

Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - PROCESSAR e JULGAR, originariamente:a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de

responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do DistritoFederal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos

Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, osmembros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do MinistérioPúblico da União que oficiem perante tribunais;

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b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dosComandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;

c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas naalínea a, ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ouComandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência daJustiça Eleitoral;

d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais,;e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;f) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de

órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados oscasos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, daJustiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;

II - JULGAR, em recurso ordinário:a) os habeas corpus  decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais

Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a

decisão for denegatória;b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais

Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quandodenegatória a decisão;

c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado,e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;

III - JULGAR, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos TribunaisRegionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a

decisão recorrida:a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;b) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face de lei federal;c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

  Macete para memorizar Macete para memorizar Macete para memorizar Macete para memorizar 

S.T.F. (Supremo Tribunal Federal) - Somos Time de Futebol - Um time de futebol possuí quantos jogadores?S.T.F. (Supremo Tribunal Federal) - Somos Time de Futebol - Um time de futebol possuí quantos jogadores?S.T.F. (Supremo Tribunal Federal) - Somos Time de Futebol - Um time de futebol possuí quantos jogadores?S.T.F. (Supremo Tribunal Federal) - Somos Time de Futebol - Um time de futebol possuí quantos jogadores?11 ministros11 ministros11 ministros11 ministros

S.T.J (Superior Tribunal de Justiça) - Somos Todos de Jesus - Com quantos anos Jesus morreu?S.T.J (Superior Tribunal de Justiça) - Somos Todos de Jesus - Com quantos anos Jesus morreu?S.T.J (Superior Tribunal de Justiça) - Somos Todos de Jesus - Com quantos anos Jesus morreu?S.T.J (Superior Tribunal de Justiça) - Somos Todos de Jesus - Com quantos anos Jesus morreu?33 ministros33 ministros33 ministros33 ministros

T.S.T (Tribunal Superior do Trabalho) - Trinta Sem Três - Pense na matemática, trinta sem 3 é ?T.S.T (Tribunal Superior do Trabalho) - Trinta Sem Três - Pense na matemática, trinta sem 3 é ?T.S.T (Tribunal Superior do Trabalho) - Trinta Sem Três - Pense na matemática, trinta sem 3 é ?T.S.T (Tribunal Superior do Trabalho) - Trinta Sem Três - Pense na matemática, trinta sem 3 é ?

27 ministros27 ministros27 ministros27 ministros

T.S.E. (Tribunal Superior Eleitoral) - Pega o T e põe depois do E. Virou o quê? SET isso mesmo, 7 ministros.T.S.E. (Tribunal Superior Eleitoral) - Pega o T e põe depois do E. Virou o quê? SET isso mesmo, 7 ministros.T.S.E. (Tribunal Superior Eleitoral) - Pega o T e põe depois do E. Virou o quê? SET isso mesmo, 7 ministros.T.S.E. (Tribunal Superior Eleitoral) - Pega o T e põe depois do E. Virou o quê? SET isso mesmo, 7 ministros.

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TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS

São órgãos da JUSTIÇA FEDERAL:

I - os Tribunais Regionais Federais;II - os Juizes Federais.

Os TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS compõem-se de, no mínimo, 7 juizes, recrutados, quandopossível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de30 e menos de 65 anos.

Compete aos TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS:

I - PROCESSAR e JULGAR, originariamente:a) os juizes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do

Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Públicoda União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juizes federais da região;c) os mandados de segurança e os habeas data  contra ato do próprio Tribunal ou de juiz

federal;d) os habeas corpus , quando a autoridade coatora for juiz federal;e) os conflitos de competência entre juizes federais vinculados ao Tribunal;

II - JULGAR, em grau de recurso, as causas decididas pelos juizes federais e pelos juizes estaduais no

exercício da competência federal da área de sua jurisdição.

JUÍZES FEDERAIS

Ingressam no cargo inicial da carreira (juiz substituto) mediante concurso público de provas e títulos,com participação da OAB em todas as fases, devendo ser obedecida a ordem de classificação para asnomeações.

O concurso e a nomeação são da competência do Tribunal Regional Federal, sob cuja jurisdição seachem os cargos a serem provido.

COMPETÊNCIA: são TODAS AS CAUSAS em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federalFOREM INTERESSADAS NA CONDIÇÃO DE AUTORES, rés, assistentes ou oponentes,EXCETO AS DE FALÊNCIA, as de ACIDENTES DE TRABALHO e as SUJEITAS ÀJUSTIÇA ELEITORAL E À DO TRABALHO, e todas as causas indicadas no art. 109 daCF.

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GARANTIAS DA MAGISTRATURA

Os JUÍZES gozam das seguintes GARANTIAS:

a) VITALICIEDADE, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício,dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do

tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, desentença judicial transitada em julgado;

b) INAMOVIBILIDADE, salvo por motivo de interesse público;

c) IRREDUTIBILIDADE de subsídio.

Aos JUÍZES é VEDADO:

a) EXERCER, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; 

b) RECEBER, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;

c) DEDICAR-SE à atividade político-partidária.

DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇADAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇADAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇADAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA

MINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICO

O MINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICO é instituição permanente, essencial à função jurisdicionalessencial à função jurisdicionalessencial à função jurisdicionalessencial à função jurisdicional do Estado,incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.indisponíveis.indisponíveis.indisponíveis.

PRINCÍPIOS INSTITUCIONAISPRINCÍPIOS INSTITUCIONAISPRINCÍPIOS INSTITUCIONAISPRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS: a UNIDADE, a INDIVISIBILIDADE e a INDEPENDÊNCIA

FUNCIONAL.

Ao MINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICO é assegurada:assegurada:assegurada:assegurada:•••• AUTONOMIAAUTONOMIAAUTONOMIAAUTONOMIA funcional e administrativa, podendo propor propor propor propor ao Poder Legislativo:

a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliarescriação e extinção de seus cargos e serviços auxiliarescriação e extinção de seus cargos e serviços auxiliarescriação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-ospor concurso;

a política remuneratóriapolítica remuneratóriapolítica remuneratóriapolítica remuneratória e os planos de carreiraplanos de carreiraplanos de carreiraplanos de carreira;

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O MINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICO abrange:

IIII - o Ministério Público da União, que compreende:a)a)a)a) o Ministério Público Federal;b)b)b)b) o Ministério Público do Trabalho;c)c)c)c) o Ministério Público Militar;d)d)d)d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;

IIIIIIII - os Ministérios Públicos dos Estados. Os membros do MINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICO gozamgozamgozamgozam das seguintes GARANTIASGARANTIASGARANTIASGARANTIAS:

a)a)a)a) VITALICIEDADE:VITALICIEDADE:VITALICIEDADE:VITALICIEDADE: após 2 anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;

b)b)b)b) INAMOVIBILIDADEINAMOVIBILIDADEINAMOVIBILIDADEINAMOVIBILIDADE: salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgãocolegiado competente do Ministério Público, por voto de 2/3 de seus

membros, assegurada ampla defesa;

c)c)c)c) IRREDUTIBILIDADEIRREDUTIBILIDADEIRREDUTIBILIDADEIRREDUTIBILIDADE de subsídiode subsídiode subsídiode subsídio;

Aos membros do MINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICO é VEDADOVEDADOVEDADOVEDADO ::::

a)a)a)a) RECEBERRECEBERRECEBERRECEBER: a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ouhonorários, percentagens ouhonorários, percentagens ouhonorários, percentagens oucustas processuaiscustas processuaiscustas processuaiscustas processuais;

b)b)b)b) EXERCEREXERCEREXERCEREXERCER a advocacia;

c)c)c)c) PARTICIPARPARTICIPARPARTICIPARPARTICIPAR de sociedade comercial, na forma da lei;

d)d)d)d) EXERCER,EXERCER,EXERCER,EXERCER, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma dequalquer outra função pública, salvo uma dequalquer outra função pública, salvo uma dequalquer outra função pública, salvo uma demagistério;magistério;magistério;magistério; ou atividade político-partidáriaatividade político-partidáriaatividade político-partidáriaatividade político-partidária.

São FUNÇÕES INSTITUCIONAISFUNÇÕES INSTITUCIONAISFUNÇÕES INSTITUCIONAISFUNÇÕES INSTITUCIONAIS do MINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICOMINISTÉRIO PÚBLICO:

IIII - PROMOVER:PROMOVER:PROMOVER:PROMOVER:a)a)a)a) privativamenteprivativamenteprivativamenteprivativamente, a ação penal públicaação penal públicaação penal públicaação penal pública, na forma da lei;b) o inquérito civilinquérito civilinquérito civilinquérito civil e a ação civil públicaação civil públicaação civil públicaação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do

meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;c) a ação de inconstitucionalidadeação de inconstitucionalidadeação de inconstitucionalidadeação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos

Estados, nos casos previstos nesta Constituição;

IIIIIIII - ZELARZELARZELARZELAR pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos

direitos assegurados na Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;

IIIIIIIIIIII - DEFENDERDEFENDERDEFENDERDEFENDER judicialmente os direitos e interesses das populações indígenasdireitos e interesses das populações indígenasdireitos e interesses das populações indígenasdireitos e interesses das populações indígenas;

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IVIVIVIV - EXPEDIREXPEDIREXPEDIREXPEDIR notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitandoinformações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;

VIVIVIVI- REQUISITARREQUISITARREQUISITARREQUISITAR diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados osfundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;

VIVIVIVI - EXERCEREXERCEREXERCEREXERCERa)a)a)a) o controle externocontrole externocontrole externocontrole externo da atividade policial;b)b)b)b) outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidadedesde que compatíveis com sua finalidadedesde que compatíveis com sua finalidadedesde que compatíveis com sua finalidade,

sendo-lhe VEDADAVEDADAVEDADAVEDADA a representação judicial e a consultoria jurídica de entidadesa representação judicial e a consultoria jurídica de entidadesa representação judicial e a consultoria jurídica de entidadesa representação judicial e a consultoria jurídica de entidadespúblicaspúblicaspúblicaspúblicas

ADVOCACIA GERAL DA UNIÃOADVOCACIA GERAL DA UNIÃOADVOCACIA GERAL DA UNIÃOADVOCACIA GERAL DA UNIÃO

A ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃOADVOCACIA-GERAL DA UNIÃOADVOCACIA-GERAL DA UNIÃOADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado,

representa a Uniãorepresenta a Uniãorepresenta a Uniãorepresenta a União, JUDICIAL E EXTRAJUDICIALMENTE, cabendo-lhecabendo-lhecabendo-lhecabendo-lhe, nos termos da lei, asatividades deatividades deatividades deatividades de consultoriaconsultoriaconsultoriaconsultoria eeee assessoramento jurídicoassessoramento jurídicoassessoramento jurídicoassessoramento jurídico do Poder Executivo.do Poder Executivo.do Poder Executivo.do Poder Executivo.

•••• A ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃOADVOCACIA-GERAL DA UNIÃOADVOCACIA-GERAL DA UNIÃOADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO tem por chefe o ADVOGADO-GERAL DAADVOGADO-GERAL DAADVOGADO-GERAL DAADVOGADO-GERAL DAUNIÃOUNIÃOUNIÃOUNIÃO, de livre nomeaçãolivre nomeaçãolivre nomeaçãolivre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de35 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

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Marque a alternativa correta:

Questão -1-

a) Inclui entre os Direitos e Garantias Fundamentais, em título próprio, os direitos individuais e coletivos, osdireitos sociais, a nacionalidade, os direitos políticos e os partidos políticos, todos protegidos como cláusulaspétreas.

b) Ao prover acerca da Organização do Estado Federal, a Constituição da República insere entre as entidadesfederativas a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, a primeira soberana e as demais autônomas,

nos termos da lei.

c) A Constituição da República autoriza a criação, pelos Municípios, de Tribunais, Conselhos ou órgãos deContas, inseridos nas suas respectivas estruturas orgânicas, de sorte a viabilizar a fiscalização deferida àsCâmaras Municipais, mediante controle externo, a exemplo do que ocorre nos planos Federal e Estaduais.

d) A Constituição da República faculta a intervenção da União Federal, em hipóteses que menciona, nosEstados, no Distrito Federal e nos Municípios dos Estados.

e) princípio da responsabilidade objetiva do Estado se aplica aos atos do Poder Judiciário no exercício das

atividades administrativas.

Questão -2-

a) É competente o Supremo Tribunal Federal para processar e julgar, originariamente, a ação direta deinconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidadede lei ou ato normativo federal ou estadual.

b) Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduaisou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão.

c) Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a constitucionalidade, em tese, de norma legal ou atonormativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.

d) Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, oSupremo Tribunal Federal expedirá, desde logo, provimento normativo ou regulamentar, com o objetivo desuprir a omissão verberada.

e) As normas internacionais que estendam a eficácia de preceitos fundamentais da Constituição da Repúblicaadquirem estatura constitucional.

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Questão -3-

a) A Câmara dos Deputados compõem-se de representantes do povo, eleitos pelo sistema majoritário, em cadaEstado, em cada Território e no Distrito Federal, enquanto o Senado Federal se compõe de representantes dosEstados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio proporcional.

b) Admitida a acusação contra o Ministro de Estado, por dois terços da Câmara dos Deputados, será elesubmetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, em todas as infrações penais comuns e todos oscrimes de responsabilidade.

c) Substituirão o Presidente da República, no caso de impedimento, e suceder-lhe-ão, no de vaga, além doVice-Presidente da República, o Presidente do Congresso Nacional, o Presidente da Câmara dos Deputados, odo Senado Federal, e o do Supremo Tribunal Federal.

d) Compete ao Supremo Tribunal Federal julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou últimainstância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,

quando a decisão recorrida, dentre outras hipóteses, contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência.

e) O Senado Federal é competente para julgar os crimes de responsabilidade praticados pelo Presidente daRepública.

Questão -4-

a) A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal

Federal e dos Tribunais Superiores terão início no Senado Federal.

b) O veto parcial aposto pelo Presidente da República a projeto aprovado pelo Congresso Nacional pode incidir sobre expressões constantes de artigo, de caput, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

c) Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a forma federativa de Estado, a formarepublicana, o voto direto, secreto, universal e periódico, a separação dos Poderes e os direitos e garantiasindividuais.

d) As Comissões Parlamentares de Inquérito têm poderes de investigação vinculados à produção de elementos

probatórios para apurar fatos certos e, portanto, não podem decretar medidas assecuratórias para garantir aeficácia de eventual sentença condenatória.

e) A Constituição da República conferiu poder normativo ao Senado Federal que o legitimasse a adotar estatutopróprio, veiculado por meio de resolução, para disciplinar o regime jurídico de seus servidores, podendoredefinir o prazo da estabilidade.

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Questão -5-

a) Uma vez revogados os preceitos legais, cumpre ao Supremo Tribunal Federal continuar o julgamento da açãodireta de inconstitucionalidade com o fito de dar eficácia ex tunc a decisão.

b) O Supremo Tribunal Federal não tem admitido a prisão civil de depositário infiel, em alienação fiduciáriaem garantia.

c) O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de dezoito anos e facultativo para osanalfabetos, os maiores de setenta anos, os estrangeiros residentes do País, os conscritos, durante o período deserviço militar obrigatório, e os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

d) É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, oregime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados, dentreoutros preceitos, o caráter nacional e o funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

e) O art. 19 do ADCT ("Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios, da administração direta, autárquica e das fundações públicas, em exercício na data da promulgaçãoda Constituição, há pelo menos cinco anos continuados, e que não tenham sido admitidos na forma regulada noart. 37 da Constituição, são considerados estáveis no serviço público.") abrange a situação dos servidores cujovínculo jurídico com qualquer das pessoas jurídicas nele relacionadas haja sofrido interrupção nos cinco anos aque alude o dispositivo.

Questão -6-

a) Os impostos extraordinários poderão ser instituídos pela União, através de medida provisória, na iminênciaou no caso de guerra externa, observando-se os princípios da irretroatividade e da anualidade.

b) Compete privativamente aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal eTerritórios, bem como os membros do Ministério Público estadual, nos crimes comuns e de responsabilidade,ressalvada a competência da Justiça Militar.

c) A proibição de acumulação remunerada de cargos, empregos e funções públicas, exceto nas hipótesesprevistas na Constituição, e quando houver compatibilidade de horários, abrange autarquias, empresas

públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo Poder Público, mas não as subsidiárias, por não integrarem a Administração Pública Indireta.

d) Somente pelo voto da maioria de seus membros ou dos membros do respectivo órgão fracionário, poderão ostribunais declarar a constitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

e) A improbidade administrativa, o não cumprimento de obrigação a todos imposta e a condenação criminaltransitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos, são casos de suspensão dos direitos políticos.

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Questão -7-

a) De acordo com o ordenamento constitucional vigente, é possível a propriedade de empresa jornalística e deradiodifusão sonora e de sons e imagens pertencer à estrangeiro com residência permanente no Brasil por nomínimo dez anos.

b) Os decretos presidenciais ditos como autônomos editados antes da atual Carta Constitucional podem ser revogados por simples decretos.

c) Proposta a ação declaratória, admitir-se-á desistência, desde que faça até o despacho saneador realizado pelorelator.

d) O Supremo Tribunal Federal, por decisão de dois terços de seus membros, poderá deferir pedido de medidacautelar na ação declaratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e osTribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objetoda ação até seu julgamento definitivo.

e) A técnica de interpretação conforme a Constituição é admitida no atual ordenamento jurídico brasileiro.

Questão -8-

a) A transferência de domínio do bem expropriado somente ocorre mediante pagamento da indenização ou

depósito judicial do preço, sendo materializada no momento da publicação da sentença judicial transitada em julgado.

b) Não pode o Poder Judiciário declarar nulo o decreto declaratório de desapropriação, por ter naturezadiscricionária.

c) Segundo o entendimento doutrinário dominante, pode o Município desapropriar bens imóveis de autarquiasfederais.

d) Quando as limitações administrativas configuram a ocupação ou apossamento permanente, vedando o uso,

gozo e livre disposição da propriedade, materializam verdadeiras desapropriações, dependendo de indenização.

e) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a função social da propriedade é princípio aplicávelapenas aos bens públicos.

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Questão -9-

a) Segundo o entendimento jurisprudencial dominante, é possível a criação de Município por normaconstitucional estadual.

b) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios preservarão a continuidade e aunidade histórico-cultural do ambiente urbano, far-se-ão por lei estadual, obedecidos os requisitos previstosem lei complementar estadual, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populaçõesdiretamente interessadas.

c) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é constitucional lei municipal garantidora deestabilidade aos empregados públicos municipais, regidos pelo regime trabalhista.

d) Pode a Carta Estadual caracterizar como fato típico para fins de crime de responsabilidade determinadaconduta do Governador de Estado.

e) Pode a Carta Estadual fixar a estabilidade de seus servidores em quatro anos.

Questão -10-

a) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o art. 5º, LVII, da CF ("ninguém será consideradoculpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória") desqualifica, como índice de mausantecedentes do acusado, o fato de o mesmo haver sido processado e absolvido, noutra ação penal, pelo

reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva.

b) Tratando-se da anulação de ato administrativo cuja formalização haja repercutido no campo de interessesindividuais, a anulação prescinde da observância do contraditório, por tratar-se de um procedimentomeramente administrativo.

c) Segundo a jurisprudência dominante do Supremo tribunal Federal, o art. 594 do Código de Processo Penal -"o réu não poderá apelar sem recolher-se à prisão,(...)" - continua em vigor, não tendo sido revogada pelapresunção de inocência do art. 5º, LVII, da Constituição da República.

d) Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado, salvo nas entidades sindicais.

e) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não se pode cogitar, em qualquer hipótese, derenúncia de direito fundamental no ordenamento constitucional brasileiro.

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GABARITO

1 - E2 - B3 - E4 - D5 - D6 - B7 - E8 - D9 - B10 - C

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