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ABIM 005 JV Ano XIII - Nº 110 - Jun/19 São João Nosso Patrono

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ABIM 005 JV Ano XIII - Nº 110 - Jun/19

São João

Nosso Patrono

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A Revista Arte Real é um periódico maçônico virtual, fundado em 24 de fevereiro de 2007, de periodicidade mensal, distribuído, gratuitamente, pela Internet, atualmente, para 27.874 e-mails de leitores cadastrados, no Brasil e no exterior, com registro na ABIM - Associação Brasileira de Imprensa Maçônica, sob o nº 005 JV, tendo como Editor Responsável o Irmão Francisco Feitosa da Fonseca, 33º - Jornalista MTb 19038/MG.

www.revistaartereal.com.br - [email protected] - Facebook RevistaArteReal - (35) 99198-7175 Whats App.

EditorialO temário desta edição, assim como vimos

fazendo em edições anteriores, foi especialmente selecionado, com um diferencial de ter sido fruto de um “insight”, quando daremos especial atenção ao personagem bíblico João, o Batista, que, somente, nas entrelinhas das Sagradas Escrituras e com “olhos de ver”, atributo de um verdadeiro Iniciado, poder-se-á desvendar sua nobilíssima função de Arauto no processo do Advento de Jeoshua Ben Pandira, o Jesus bíblico, o Cristo, o Avatara da Era de Piscis.

Quando da manifestação da Essência Divina na face da Terra, em que as Escrituras nos revelam que, “o Verbo se fez carne”, fato que ocorre ciclicamente, uma corte de Seres de Altíssima Espiritualidade participa ativamente de tal manifestação, criando mecanismos para o êxito desse hercúleo e altruístico Trabalho, em prol da evolução da humanidade.

Assim, João, o Batista, teve um papel importantíssimo de Anunciador dAquele que veio trazer um novo estado de consciência para a humanidade. Segundo o Professor Henrique José de Souza, fundador da Sociedade Brasileira de Eubiose, “O nome ‘João’, só por si, é uma legenda. Johan, Johanes, Jean, Joiin, Jing, Dzyan, Dzin ou Djin, em várias línguas, não é mais do que o “Jênio” ou Jina, que serve de Guia aos homens vulgares da Terra”.

Ainda, segundo o Professor Henrique, “A Igreja distingue o termo ‘Yokanan’ do de João Batista. Mas, a Verdade é que o Arauto ou Anunciador do “Messias Prometido”, possuía aquele “título iniciático”. E isto porque, Yokanan ou Iocanaan, é o Guia, além de Arauto, de um clã, família, etc., para a “Terra da Promissão”. Nesse caso é o Chefe de um Movimento, ao mesmo tempo que anunciador de um avatara ou da manifestação da Divindade na Terra. E a prova está em que é Ele mesmo quem batiza Jesus no Rio Jordão, quando o Espírito Santo descendo sobre Aquele, dá-lhe o valor integral do seu messiânico papel na face da Terra. Jesus, João e Jordão, 3 ‘jotas’ ou três mistérios ligados ao Mundo Jina ou Agartino”.

Falando, ainda, de João, o Batista, continua: “As duas iniciais por Ele adotadas (J e B), como Iokanaan do Ciclo de Piscis, são as mesmas das Colunas do Templo de Salomão, adotadas pela Maçonaria, ou sejam Jakim e Bohaz – uma de Ouro, outra de Prata (Sol e Lua). Do mesmo modo que, das cidades onde Jesus nasceu e morreu: Belém e Jerusalém. Jnana (o Conhecimento, a Sabedoria) e Bhakti (o Amor, a Devoção, etc.), são os dois Caminhos da Vedanta”.

A Revista Arte Real, em seu nobre trabalho de difundir o conhecimento iniciático, jamais, poderia deixar de dar a nossa contribuição, intuitos que fomos, selecionando matérias de cunho exotérico e esotérico, à guisa de estimular nossos leitores a se enveredarem em pesquisas e estudos sobre tão valioso tema.

Adotado, mais tarde, como Patrono da Maçonaria Simbólica, João, em seu breve tempo de vida física, representou bem mais do que a religião revela. Seu compromisso de defender a verdade e os bons costumes, que lhe custou a própria vida, é um magnífico exemplo de sacrifício (em seu caso de “sacro-ofício”), que o Maçom deve seguir em defesa da moralidade. Apesar de sua divina missão, jamais, deixou que a vaidade lhe subisse à cabeça. Como nos revela Ernani Souza, em seu trabalho “Patronos da Maçonaria”, publicado nesta edição: “No que diz respeito à Maçonaria, São João Batista é um profeta que anuncia e prepara, no sistema iniciático, a vinda da Luz. Ele ensina a humildade, a renúncia ao ego, sem as quais a iniciação e o progresso espiritual são impossíveis”.

Pedimos uma especial reflexão sob o tema!

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O Enigmático

São João

Batista

Como demonstrou Edouard Schuré, em “Os Grandes Iniciados”, o estado de consciência da Humanidade atual está, ainda, infelizmente, longe de poder

perceber o significado do trabalho de Seres Superiores como Gautama, Jesus, Krishna, Orfeu, Hermes Trismegisto, etc., não apenas, porque alguns deles, pouco mais do que míticos para a maior parte dos investigadores, deixaram poucos registros escritos, mas, também, porque, apenas, uma pequena parte do que operam os Avatares ou manifestações do Espírito da Verdade, é realmente incompreensível para o homem comum, por falta de preparação intelectual, cultural e por simples falta de interesse pelos aspectos mais profundos das coisas. Em resumo: a espiritualidade! Henrique José de Souza está dentro dessas grandes Luzes em forma humana, muitas das quais foram reduzidas à razão de ídolos pelas próprias religiões – que não fundaram – e em nome das quais foram impostas aos povos aberrações psíquicas e dogmas redutores em vez de ensinamentos verdadeiramente redentores – os verdadeiros e originais!

Desde tempos muito antigos, da Índia às civilizações meso e sul-americanas, que solstícios e equinócios eram, no curso anual, pontos fundamentais para todos quantos sentiam dever harmonizar-se com os ritmos do Cosmo. Essas etapas devidamente ritualizadas e teatralizadas de várias formas, de modo a que o povo sentisse algo de superior nos símbolos e incompreensíveis gestos e discursos dos Iniciados, dos Hierofantes dos Mistérios. No hemisfério Norte, o solstício de Inverno, atingido entre

21 e 22 de dezembro, era marco no qual o Sol atingia menos tempo durante o seu curso diurno. Algo como uma morte física, na qual eram exaltados os aspectos ocultos e espirituais, redentores, no dualismo manifestado entre Morte e Ressurreição – a Morte como passagem para a Vida Eterna, e o nascimento como passagem da Morte para a vida manifestada. Um paradigma destas festividades era, por exemplo, os Mistérios de Mitra, na Pérsia, e depois em todo o Império Romano, celebrados na noite de 24 para 25 de dezembro, donde a Igreja retirou, por assimilação, a data do nascimento de Jesus. O dia menor do ano era, portanto, a festa da Luz Espiritual Onipresente, mesmo nas trevas, nas mais fundas cavernas, hipogeus e criptas... e, também, no céu e na Terra.

Já nos três dias rituais, que se seguiam a 21-22 de junho, eram exaltados os valores relativos à pujança do Sol físico, a saber, o fogo, com sua energia vivificante, que na Índia assumia a identidade de Agni, com os seus três aspectos védicos: no céu, o astro-sol; o relâmpago no ar ou mundo intermédio; o Fogo Ritual propriamente dito, na Terra, entre os homens. Deste modo, se em dezembro se exaltava o Sol Espiritual, em junho era o Sol Físico, ou psíquico, diríamos com o Professor Henrique José de Souza, que recordava ser o nosso Sol a roupagem ou veste psíquica – acessível ao corpo e aos sentidos – do verdadeiro Sol Espiritual, único e verdadeiro, invisível, que por detrás desse se acha.

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Na tradição paleocristã, existe um personagem que se relaciona, particularmente, com o Fogo e com o Simbolismo do Cordeiro – Ram ou Rama – que é São João Batista. É de se notar que é com o signo do Carneiro que se dá início ao ano astrológico. Justamente, no Equinócio da Primavera (hem. Norte), ponto anual no qual o Sol Espiritual “nascido” na noite de 24 de dezembro atinge a maturidade e está apto, durante 6 meses, a dispensar a sua ação benéfica em termos tangíveis, palpáveis (sementeiras e colheitas, alegria e calor, etc.) sobre os homens e as suas obras. De tal forma que podemos, talvez, dizer que é ele mesmo, João Batista – e não Jesus – o próprio Agnus Dei (o Cordeiro de Deus), portador e síntese da tradição judaica mais pura, que ardia entre os Essênios, antes do novo impulso que seria dado à Civilização pelo Avatara Jeoshua Ben Pandira, designado o Cristo.

Sacrificado por degolação, o valor simbólico e filosófico de João, o Batista, é muito importante e ultrapassa completamente o dogma católico: João batizava os seus adeptos com água (ou seja, utilizando um símbolo material), mas afirmava que o que viria depois dele “batizaria com fogo”, diríamos, envolvendo os discípulos com uma poderosa aura, ou impacto relativo ao Mundo das Causas, o Akasha, etc. etc. ou ... Espírito Santo.

Deste modo, o simbolismo do “Yohanan” (João, em hebraico) ganha, com os séculos uma poderosa força, que é cultivada por várias correntes gnósticas até chegar à Idade Média. Os Mestres Construtores da época, igualmente, até hoje os Maçons identificam as suas Lojas como “de São João”.

São João, o Fogo e o Solstício de Verão, no hemisfério Norte, estão, então, indissoluvelmente ligados com uma ação, um trabalho essencialmente transformador, no qual o Fogo Sagrado agirá, quer como agente hermético-alquímico, quer como condição necessária para o trabalho com os metais – vejam-se os vários mitos maçônicos relativos ao Mestre Hiram e à construção do Templo de Jerusalém – quer como inteligência criadora, criativa, genial, avessa a qualquer tipo de controle, ou seja, própria do Livre Pensador, o verdadeiro discípulo do Avatara, porque compartilha desse “mesmo Fogo Divino”, aquele que não reconhece poder na Terra superior a Deus...

É por tudo isto que o trabalho que temos à frente junto à Humanidade é imenso e riquíssimo também, praticamente inesgotável na medida em que aquela necessita de perceber que existe uma unidade fundamental muito acima de todos os mitos, ritos, religiões e sistemas filosóficos, representada pelo Avatara, presença essa, a qual, daqui para frente, será permanente na face da Terra. Com efeito, a demonstração ao mundo dessas sublimes verdades, terminando, apenas, quando o ser humano vier sentir em si mesmo – e não fora – essa mesma Luz Única e esse mesmo Fogo Sagrado que arde no seio do Universo.

* Este trabalho foi compilado de um artigo, editado em 24 de junho de 2001, pela Sociedade Brasileira de Eubiose, Departamento de Lisboa – Portugal.

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A Morte de São João

Ruy Silva Barbosa

São João é o Patrono da Maçonaria. Não se deve confundir com Padroeiro. A Maçonaria é uma entidade filosófica e filantrópica, que visa,

também, o aperfeiçoamento espiritual do homem. Caso fosse padroeiro seríamos voltados para uma religião e a Maçonaria não está voltada à nenhuma religião.

Existem achados arqueológicos comprobatórios que João Batista e, também, Jesus e sua família, viveram próximo a Qumran. Nesses achados existem muitos pontos comuns com a mensagem cristã. Deve-se levar em conta, que João Batista tenha convivido com esta comunidade e parte de sua formação religiosa tenha sido ali recebida, bem como Jesus Cristo, que viveu bem próximo a esta comunidade.

Após a morte de Herodes I, o Grande (4 a.C.), fundador da dinastia dos Herodes, segundo a Bíblia, foi o responsável pela lendária morte de João Batista. Amigo dos romanos, casou-se com a filha do Rei Nabateu Aretas IV, mas repudiou-a e casou-se com a mulher de seu meio irmão Herodes Felipo, isto veio mais tarde causar-lhe uma represália do Rei Nabateu Aretas IV, que guerreou contra ele e o derrotou.

João Batista era considerado um homem santo e extremamente respeitado, fazia pregações em praça pública fazendo críticas à Herodes e afirmando que seu casamento era ilícito, posto que tomara como esposa a cunhada, mulher de seu meio-irmão (Felipo) e casando com ela, mandara matar seu meio-irmão.

Apesar de diversas mensagens de Herodes e até mesmo ter falado, pessoalmente, com João, este continuava a fazer suas pregações críticas. Herodíades (esposa de Herodes), pediu a condenação à morte de João inúmeras vezes, no entanto, este tinha receio de prendê-lo, já que ele era tido como um homem santo e extremamente respeitado pelo povo. Com medo de uma revolta protelou ao máximo sua decisão.

Pela insistência de Heroniadíades, esposa de Herodes, este mandara prender João e acorrentá-lo no cárcere quando João disse-lhe: Não é lícito possuir a mulher de seu irmão. Herodíades, então, voltou-se contra ele e queria matá-lo, mas não podia, pois Herodes tinha medo de João e sabendo que era um homem santo e justo o protegia. E quando o ouvia ficava muito confuso e o escutava com prazer.

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Entretanto, chegou o dia propício. Herodes, por ocasião do seu aniversário, ofereceu um banquete aos seus magnatas, oficiais e às grandes personalidades da Galileia. E a filha de Herodíades entrou e dançou. Seu nome era Salomé e tinha, apenas, 15 anos. Agradou a Herodes e aos convivas. Então, o rei disse à moça: “peça-me o que bem quiseres e te darei”. E fez um juramento: “qualquer coisa que pedires te darei, até a metade de meu reino”. Ela saiu e perguntou a mãe: que peço? E ela respondeu: a cabeça de João Batista. Voltando logo, apressadamente, à presença do rei, fez o pedido: “quero, agora mesmo, que me dês, num prato, a cabeça de João Batista.

O rei ficou profundamente triste. Mas por causa do juramento que fizera e dos convivas, não quis deixar de atendê-la. E, imediatamente, o rei enviou um executor com ordens de trazer a cabeça de João. E saindo, o decapitou na prisão, trazendo a sua cabeça num prato. Deu-a à moça e esta entregou-a à mãe. Os discípulos de João sabendo disso, foram lá pegaram o corpo e o colocaram num túmulo.

São João Batista é um símbolo de grande significado. Como “precursor” da Grande Obra de Redenção Universal, realizada por Jesus, ele simboliza o “mediador”, aquele que tem a missão de abrir a porta da iniciação. Daí o porquê de pensarmos que a escolha de São João Batista como patrono das Lojas Simbólicas, tem sua fundamentação em temas alquímicos. Esse Santo, que, provavelmente, foi um adepto da seita dos helênicos, é considerado pelos esotéricos um mediador entre duas estruturas cósmicas, representadas por suas partes: material e espiritual.

Para a Maçonaria, a tradição de invocar esse Santo como Patrono, teria a postura de despertar a sua mediação para a realização da transmutação do caráter profano do recipiandário para o estado de consciência superior, que caracteriza o iniciado na Maçonaria.

Matéria extraída do site Recanto das Letras, onde o autor tem acervo de 177 artigos publicados, dos mais variados temas.

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Patronos da Maçonaria

Ernani Souza

Dentre os trinta e seis São Joãos canonizados pela igreja católica, o Batista, o Evangelista e o Esmoler, são tidos como os mais prováveis e mais

recomendáveis candidatos a patronos da Maçonaria, em virtude de atributos históricos e místicos que envolvem seus nomes.

Os Solstícios de Inverno, por exemplo, por sua importância esotérica, influenciaram para a escolha dos dois primeiros Joãos patronos (o Batista e o Evangelista), além de o forte apelo religioso que os dois São Joãos possuem junto à comunidade católica cristã, em seus respectivos hemisférios.

No hemisfério Sul, o Solstício de inverno tem início em 22 de junho, data aproximada da consagração de São João Batista, que é 24 de junho. São João Batista, ainda, beneficia-se do fato de a primeira Potência Maçônica do mundo ter sido registrada, de forma oficial, em 1717, em Londres, Inglaterra, na mesma data consagrada ao santo.

Já no hemisfério Norte, o Solstício de Inverno tem início em 22 de dezembro, data aproximada da consagração de São João Evangelista, que é 27 de dezembro, ocasião em que o referido santo recebe grandes homenagens reverenciais de toda a comunidade desse hemisfério.

Já, São João Esmoler não se beneficia dessas prerrogativas solsticiais, em virtude de sua data de consagração ocorrer no dia 23 de janeiro, data relativamente distante, se comparada com as dos outros dois concorrentes. Porém, São João Esmoler tem a seu favor o fato de ter sido

eleito o patrono da Cavalaria do Templo (Templários), em virtude de seus trabalhos assistenciais feitos ao povo pobre e enfermo de sua região.

Nos hemisférios Sul e Norte, em uma mesma data, os Solstícios são contrários, podendo apresentar, de um ano para outro, variação de um dia, para mais ou para menos, nas datas base 22 de junho e 22 de dezembro.

Na Antiguidade, as iniciações eram feitas, sempre, no Solstício de Inverno, porque, sendo o último dia de maior noite, significava a marca do início do ciclo de dias de luz cada vez maiores e dias com menores ciclos de escuridão, dessa forma, as iniciações passavam a ter o significado de renascer, ou nascer de novo da escuridão para a luz, gradativamente.

Essa época (Solstício de Inverno) era considerada um período ideal para uma reflexão pessoal e interior, objetivando encontrar, dentro de nós, uma nova fonte de luz e regeneração para nossa consciência, que marcasse o início de um novo ciclo, onde as plantas, os homens e os animais se regenerassem plena e positivamente para o ideal da construção de um futuro melhor, decorrente, nesse momento, da limpeza, renovação e pureza realizada em nosso espírito.

Por isso, a “noite de São João”, em cada hemisfério, é um grande festival folclórico e místico, que saúda com alegria uma nova vida e onde se homenageia a construção do universo material.

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Acredita-se que todos os anos, nessa época, uma onda espiritual de vitalidade e energia positiva penetre na Terra, por ocasião do Solstício de Inverno, para impregnar as sementes adormecidas e as almas arrefecidas na terra, para dar-lhes nova vitalidade, para elas e para o mundo em que vivemos.

Quanto aos três São Joãos, candidatos a patronos da Maçonaria, eles possuem histórias e evolução mística suficientes para atender a demanda exigida pelo cargo. João, mais tarde chamado, o Batista, nasceu numa cidade do reino de Judá, filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, parenta próxima de Maria, mãe de Jesus.

Um velho ritual pagão que festejava o Sol, no mês de junho, foi apropriado pelo culto romano da deusa “Vesta”, patrona do Fogo e, posteriormente, pelo cristianismo, que o atribuiu a São João Batista, no Solstício de Inverno, a 24 de junho. Etimologicamente, junho, deriva do latim “Junius-Junior”, que significa o mais novo, ou o que renova. Para o Cristianismo, São João Batista é o testemunho da Luz, do Verbo encarnado, o que introduz o Rito do Batismo, ou seja, da renovação.

Tradicionalmente, tanto para o mundo oriental, quanto para o ocidental, o Solstício de Câncer, ou da Esperança, alusivo a São João Batista (verão no hemisfério

Norte e inverno no hemisfério Sul), é a porta cruzada pelas almas mortais e, por isso, chamada de Porta dos Homens.

No que diz respeito à Maçonaria, São João Batista é um profeta que anuncia e prepara, no sistema iniciático, a vinda da Luz. Ele ensina a humildade, a renúncia ao ego, sem as quais a iniciação e o progresso espiritual são impossíveis. São João Batista simboliza, assim, o Grande Iniciador, o Mestre sábio que prepara, humildemente, o caminho para o Aprendiz.

A relevância do papel de São João Batista reside no fato de ter sido o “precursor” de Cristo, a voz que clamava no deserto e anunciava a chegada do Messias, insistindo para que os judeus se preparassem, pela penitência, para essa vinda. Com esse objetivo, ele praticava um Ritual de Purificação corporal por meio de imersão dos fiéis na água, para simbolizar uma mudança interior de vida.

São João Evangelista teve privilégio de ser o discípulo mais amado por Jesus. Nasceu na Galileia, filho de Zebedeu e Maria Salomé, irmão de Tiago, o maior. Foi discípulo de São João Batista e junto com André, foram os dois primeiros discípulos de Jesus. Formou junto com Pedro e Tiago, o pequeno grupo de preferidos, que Jesus levava a todos os lugares e foram eles (João, Pedro e Tiago) que presenciaram seus maiores momentos como: a transfiguração de Jesus, a ressurreição da filha de Jairo, a agonia de Cristo no Horto das Oliveiras e, também, encarregaram-se de preparar o local da Última Ceia.

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Foi o único dos apóstolos que esteve presente no Calvário e que recebeu de Jesus o mais precioso dos presentes. Cristo lhe encarregou de cuidar de sua Mãe, como se fora sua própria mãe, lhe dizendo: “Eis aí a sua Mãe”. E dizendo a Santa Maria: “Eis aí a seu filho”.

A imagem central do Cristo crucificado, tendo a sua direita Maria, a Mãe, e a sua esquerda, o discípulo que Ele mais amava, São João Evangelista, por sua pureza de vida, inocência e virgindade, simbolizam o Novo Testamento, a Luz, e o amigo fiel, que no domingo da ressurreição, foi o primeiro dos apóstolos a chegar ao sepulcro vazio de Jesus e depois da Ressurreição de Cristo, na segunda pesca milagrosa, foi o primeiro em reconhecer Jesus na borda do Lago de Tiberíades.

Tradicionalmente, tanto para o mundo oriental, quanto para o ocidental, o Solstício de Capricórnio, ou do Reconhecimento, alusivo a São João Evangelista (inverno no hemisfério Norte e verão no hemisfério Sul), é a porta cruzada pelas almas imortais e, por isso, denominada Porta dos Deuses.

Por fim, São João Esmoler, também, conhecido como São João da Escócia ou São João de Jerusalém ou São João Almoner ou São João Armsgiver, nasceu na cidade de Amatunte, antigo Limasol, na ilha de Chipre, ao Sul da Itália, em 556 d.C., filho de um nobre muito rico de nome Epifânio, governador de Chipre.

Foi escolhido Patriarca de Alexandria, em 606 d.C., e uma das primeiras ações de seu episcopado foi a distribuição de 80.000 peças de ouro para hospitais e monastérios. Mais tarde, seguiu para Jerusalém, com a intenção de montar um hospital que atendesse aos peregrinos enfermos, que iam a “Terra Santa” visitar o Santo Sepulcro e, também, os feridos da guerra.

Fundou a Ordem dos Cavaleiros Hospitalares, que tinha por principal função defender os hospitais e prestar socorro àqueles que se achavam enfermos. A Ordem dos Cavaleiros Hospitalares, logo, foi transformada na Ordem dos Cavaleiros de Jerusalém, que, então, não só tomava conta dos hospitais, como corriam em socorro dos doentes e necessitados, onde quer que se encontrassem.

Foi eleito e sagrado Grão-Mestre dos Cavaleiros de Jerusalém e recebeu as mais altas honrarias Templárias, pois estes o reconheciam como um puro e fiel Cavaleiro seguidor dos antigos valores que regiam a Ordem dos Cavaleiros do Templo.

Com sua experiência em Jerusalém fundou a Ordem dos Cavaleiros de Malta, que tinha a dupla função de proteger os hospitais, ajudar os enfermos e feridos e a de lutar pela manutenção da paz e preservação da independência de sua pátria, ficando conhecidos como os grandes defensores dos oprimidos e daqueles que precisavam de ajuda.

A Maçonaria herdou grande parte dos ensinamentos e do modo de agir dos Cavaleiros Templários, que elegeu São João Esmoler como seu Padroeiro, por ele ter sido elevado a condição de Santo e por adotar, fielmente, a doutrina e ideais de amor incondicional ao próximo estabelecidos pela Cavalaria.

*compilação do texto original “Os São Joãos – Patronos da Maçonaria, do mesmo autor.

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O Sagrado Coração e os Fogos de Baco

Alberto Vieira

As festas populares de São João nos dão um cenário adequado para conversarmos sobre o mito universal de um monarca divino, que reuniria, numa mesma

individualidade, o poder temporal e o poder espiritual. Bem no meio das fogueiras de São João, herdeiras dos “Fogos de Baco” da Antiguidade, sempre vem a reflexão da arbitrariedade do poder – representado por Herodes e corrompido por Salomé – face à espiritualidade do Profeta, o precursor do Messias.

Todos os que estudam as Sagradas Escrituras sabem que, ao fim de algum tempo com seus discípulos, Jesus começou a revelar-se com mais profundidade, e se apresentou como um monarca. Porém, algo diferente dos demais: seu reino não era desse mundo, e sim, do de Deus, o dos céus, o do Pai. Ora, ninguém tinha ouvido falar em semelhante prodígio. Porém, no início, havia esse homem misterioso chamado João, batizando com água e impressionando a todos com sabedoria e com sua visão mística. Tinha numerosos discípulos e levava uma vida austera, longe dos príncipes e poderes desse mundo. O que não impediu de ser sacrificado por eles.

O outro João, o Evangelista, deixou escrito (1,6): “Houve um homem, enviado de Deus, cujo nome era João”. Segundo o discípulo amado, quando, na margem do Jordão,

João viu a Jesus, disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo”. E continuou seu testemunho: “Vi o Espírito descer do céu como pomba, e repousar sobre ele”. Continua o Evangelista, dando voz ao Patrono da Maçonaria (1,33): “Eu não o conhecia; mas o que me enviou a batizar com água, esse me disse: Aquele sobre quem vires descer o Espírito e sobre ele permanecer, esse é o que batiza com o Espírito Santo”. Ora, o Espírito Santo traz consigo o símbolo sacrossanto da espiritualidade ocidental: a Taça do Santo Graal. A tradição iniciática, paralela desde sempre da religião popular, de uma busca pela Taça na qual foi recolhido o sangue do Salvador, jorrado da ferida aberta em seu coração, desencadeou desde cedo manifestações míticas, literárias e lendárias na Europa, no século sexto, que atravessaram toda a Idade Média e, ainda hoje, continuam despertando paixões, como o tão célebre como polêmico “Código da Vinci”.

A questão em torno de um monarca divino, representante de um Centro Espiritual único e universal, foi descrita e estudada, entre outros, desde o século XIX, por Ferdinand Ossendowski, Alexandra David-Neel, Saint-Yves d’Alveydre, Nicholas Roerich e René Guénon. Todos eles, autores consagrados, cujas obras continuam sendo reeditadas, uma após a outra, na Europa, nas Américas e

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em outros lugares O Brasil não é exceção. Índia, Tibete, Israel e Egito são as principais fontes de onde emerge um Mistério com diversos nomes, personagens e faces, mais ou menos diferentes, mais ou menos próximas, mas falando de uma só verdade.

Durante mais de 4.000 anos, o Egito praticou uma forma de governo teocrático, na qual religião, poder e espiritualidade se confundiam, antes do advento dos últimos Ptolomeus e do cesarismo romano, que deu o golpe derradeiro no antiquíssimo reino do Nilo, a “Morada dos Deuses”.

Um fragmento dos “Textos das Pirâmides”, citado pelo egiptólogo e autor Christian Jacq, em “Poder e Sabedoria no Antigo Egito”, coloca Nut, a deusa do Céu, falando do faraó: “O rei é como o meu filho mais velho / Que abre o meu ventre / Ele é aquele que eu amo / Eu estou em harmonia com ele”. Um papiro de Abydos, também, citado por Jacq, coloca o rei (faraó) como aquele que fala a linguagem dos deuses e a transmite aos seres humanos. O rei, ele mesmo, é a “Grande Morada” (Per-âa), onde o Ser divino, Um e múltiplo, reside em realeza: “Eu celebrarei os ritos em todos os lugares / … / enquanto os deuses estiverem sobre a Terra”.

Estamos falando de textos com cerca de 5.000 anos. Porém, a realeza egípcia, ainda que impregnada do Sagrado, não era mais do que o reflexo visível dos deuses ocultos, sobretudo de Osíris, que reinava sobre os Imortais nos reinos luminosos e subterrâneos do Amenti: eis porque ele era o julgador dos mortos. E o faraó é sempre Hórus, o filho de Osíris, que renasce e pontifica em nome de seu pai, sempre oculto. É de notar que esse “reino interior” nada tem a ver com o Inferno católico, lugar de dor e perdição, este radicado obscuramente em algumas tradições judaicas, através da crendice e da superstição.

Também, no Tibete e na Mongólia, o rei-pontífice, que, como Osíris no antigo Egito, rege os mortais e os Imortais a partir de um lugar interior e luminoso, é Rigden-Jyepo, Senhor de Shamballah, morada dos Deuses, cujo significado literal é, justamente, “Monarca Universal”, entre outras designações equivalentes, derivadas da tradição original hindu, tanto védica como budista, mais tarde: Padmapani Chenrazi, Avalokiteshvara, Sanat Kumara, embora esta última, apesar de muito difundida no Ocidente, confunda-se com outra e careça de alguma precisão.

Em Israel, a tradição de um “Santo dos Santos” passou discretamente ao Cristianismo e não lhe foi dada muita importância, porque não se sabia ao certo seu lugar no labirinto do dogma, arquitetado por simples mortais. Trata-se de Melki-Tsedek ou Melquisedeque, “Sacerdote do Altíssimo” e “Rei de Salém”, personagem, que o mesmo René Guénon examina com extremo detalhe em sua obra “O Rei do Mundo”, publicada em 1927.

Nas Escrituras cristãs, encontram-se breves, mas significativas referências a esse misterioso quanto excelso personagem: no Gênesis (14,18), nos Salmos (110) e na Epístola aos Hebreus, de São Paulo (5, 6 e 7), que conhecia bem as Escrituras judaicas. Saint-Yves d’Alveydre, em suas pesquisas da mesma tradição universal na Índia, também, encontra o “Chefe Supremo da Agartha”, o esplendoroso e espiritual reino subterrâneo, com o nome de Chakravarti, ou Brahmatmâ, o supremo pontífice universal.

*O saudoso autor foi MI e membro da ARLS Ciência e Trabalho, nº 30, GOSC, Or. de Tubarão-SC. Pertenceu às fileiras da Sociedade Brasileira de Eubiose, onde foi instrutor por muitos anos.

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Page 13: ABIM 005 JV Ano XIII - Nº 110 - Jun/19 São João · 2019-06-11 · A Revista Arte Real é um periódico maçônico virtual, fundado em 24 de fevereiro de 2007, de periodicidade

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São João Batista, o Precursor de Jesus, filho do padre judeu Zacarias e de Elizabete, era um zeloso juiz de moralidade e destemido pregador do arrependimento. Ele obteve

grande celebridade, primeiramente, em sua terra pátria, depois nas montanhas da Judeia e, finalmente, em toda a nação. Sua maneira simples e sóbria de viver contribuiu muito para a sua fama e como símbolo daquela puridade moral, que ele tanto inculcava zelosamente.

Jesus se permitiu ser batizado por ele e, a partir daquele momento, João disse aos seus discípulos que Jesus era, certamente, o Messias. A sinceridade, seriedade e a fama com as quais ele pregava na Galileia, logo, trouxe sobre ele suspeita e ódio da corte do Tetrarca Antipas, ou Rei Herodes, que o aprisionou e, em 29 de agosto, em seu trigésimo segundo ou trigésimo terceiro ano de sua vida, o decapitou. Dia 24 de junho, seu aniversário, é dedicado a sua memória em toda Cristandade.

O santo padroeiro da irmandade maçônica, primeiramente, não foi São João Batista e sim, São João Evangelista, o qual o festival era comemorado em 27 de dezembro, no dia em que eles tinham sua assembleia geral, provavelmente conduzida dessa maneira, porque nessa época do ano os membros estavam mais desligados de seus trabalhos e profissões. Por essa razão, eles escolheram para seus festivais quaternários a Proclamação da Virgem Maria, Michaelmas, e o festival de São João Batista, que era o último festival, pois o clima era melhor e outras circunstâncias foram achadas ser mais convenientes para aquela reunião anual, era, geralmente, apontado para a época na qual deveria acontecer, de maneira que, agora, ele ficou um festival geral. Muitas Lojas, ainda, celebram o dia 27 de dezembro e chamam esse dia de “dia menor de São João”.

Entre os povos das muitas nações, tem sido um costume, há tempos, dedicar todos os templos, estátuas, altares, prédios públicos ou qualquer lugar sagrado à alguma divindade, geralmente, algum santo ou pessoa de caráter excepcional, o qual o trabalho para a sociedade ajudou em seu estabelecimento.

Os romanos da Antiguidade confiavam essa tarefa aos seus cônsules, pretores, censores e outros chefes magistrados e, em último caso, aos seus imperadores. Muitos desses edifícios

eram dedicados a algum santo padroeiro, de acordo com a fé religiosa local e, mesmo durante o período colonial, as Lojas Maçônicas da Inglaterra eram dedicadas a São João, enquanto as Lojas Escocesas eram dedicadas a Santo André. As duas primeiras Lojas, em Boston, eram divididas.

Enquanto as diferentes religiões dedicavam suas igrejas aos seus diferentes santos, entre os judeus, da sua história primária, todos os seus lugares de louvor eram dedicados a um Deus, Jeová. Assim, a Maçonaria foi dedicada ao Rei Salomão por muitos anos, pois ele foi o primeiro Grande Mestre, mas, posteriormente, do século XI ao século XV, a Maçonaria foi dedicada a São João Batista e era conhecida como a Loja do Sagrado Santo de Jerusalém.

Foi durante o século XV que São João Evangelista foi reconhecido e, a partir de então, a Maçonaria tem sido dedicada aos Sagrados Santos João, incluindo os dois. Até alguns anos atrás não era conhecido que João Batista tinha alguma conexão com Maçonaria ou por que ele deveria ser tão honrado, mas, através da descoberta dos documentos Essênios em Qumram, foi estabelecido que ele era um membro da sociedade dos Essênios e que ele tinha servido como capelão ou padre.

O fato dele batizar, o qualificava como um padre. Enquanto não é, definitivamente, estabelecida que a sociedade dos Essênios era a mesma que a Maçonaria, existe uma grande similaridade entre as duas e o moral dos ensinamentos das suas é o mesmo. A caridade das duas, assim como a prática de Amor Fraternal eram idênticas.

Curiosidades Sobre o Patrono de nossa Ordem

Sydney Grumberg

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