a interdisciplinaridade especificamente da...
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UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Educação Física em Licenciatura
Débora de Oliveira Serafim
Flávio Vitor Candido dos Santos
A INTERDISCIPLINARIDADE ESPECIFICAMENTE
DA EDUCAÇÃO FÍSICA E MATEMÁTICA NO
5ºANO
Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora
Lins - SP
LINS – SP
2011
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DÉBORA DE OLIVEIRA SERAFIM
FLÁVIO VITOR CANDIDO DOS SANTOS
A INTERDISCIPLINARIDADE ESPECIFICAMENTE DA EDUCAÇÃO FÍSICA E
MATEMÁTICA NO 5ºANO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Educação Física Licenciatura, sob a orientação da Prof.ª Especialista Liliane Donizete da Silva Valbom e orientação técnica da Profª Especialista Ana Beatriz Lima
LINS – SP
2011
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Serafim, Debora de Oliveira; Santos, Flavio Vitor Candido dos Educação Física Licenciatura: CENSA, Centro Educacional
Nossa Senhora Auxiliadora / Debora de Oliveira Serafim, Flavio Vitor Candido dos Santos. – – Lins, 2011.
53p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Educação Física Licenciatura, 2011.
Orientadores: Ana Beatriz Lima ; Liliane Donizete da Silva Valbom
1. Interdisciplinaridade. 2. Educação Física. 3. Matemática. 4. Lúdico 5. Conhecimento I Título.
CDU 796
S487e
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DÉBORA DE OLIVEIRA SERAFIM
FLÁVIO VITOR CANDIDO DOS SANTOS
A INTERDISCIPLINARIDADE ESPECIFICAMENTE DA EDUCAÇÃO FÍSICA E
MATEMÁTICA NO 5ºANO
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do titulo de Licenciado em Educação Física.
Aprovada em: ____/____/_____
Banca Examinadora:
Profª Orientador(a): Liliane Donizete da Silva Valbom
Titulação: Especialista
Assinatura: ______________________________________
1º Prof(a): ______________________________________________________
Titulação:_______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: ________________________________
2º Prof(a): ______________________________________________________
Titulação:_______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: ________________________________
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Queremos dedicar este trabalho a todos os nossos familiares que nos
acompanharam nesta caminhada.
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente queremos agradecer a Deus, pela sabedoria que tem nos
dado. Agradecemos, em especial, a Professora Ana Beatriz Lima e Professora
Liliane Valbom que não mediram esforços para nos orientar e ensinar neste
Trabalho de Conclusão de Curso. A todos os nossos familiares que, de muitas
formas, nos incentivaram e nos deram apoio nesses anos de caminhada.
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RESUMO
A busca pelo novo nos traz sempre duvidas; duvidas estas que devem ser testadas experimentadas, quando se deseja fazer algo diferente... A interdisciplinaridade é isso: trabalhar, juntar o velho e o novo. Interligar os conteúdos e atividades, não deixar que uma matéria seja desligada da outra ao acabar a aula. Ligar também o conteúdo da matemática ao cotidiano, à vivencia do aluno, melhorando a busca pelo conhecimento de tal forma que esta seja uma busca mais prazerosa. A Educação Física ajuda neste ponto, pois as dificuldades encontras na sala de aula são levadas para a quadra como forma de recreação, usando o lúdico para atrair a atenção do aluno e proporcionar a aprendizagem. A interdisciplinaridade promove também melhor convivência entre professores, alunos, e famílias. Enfim, ser interdisciplinar é ter uma postura diferente; uma postura que busque o conhecimento mais prazeroso do conteúdo.
Palavras-chaves: Interdisciplinaridade. Educação Física. Matemática. Lúdico. Conhecimento
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ABSTRACT
The search new always brings doubts, these doubts should be tried and testd, when you want should be tried and tested, when you want to something different. Interdisciplinarity is this: work, joining the old and new. Link the content and activities, not a matter to be let off the other end od the lesson. Connect also the content of mathematics to everyday experiences to the student, improving the search for knowledge in such a way that it is seeking a more pleasurable. Physical education helps at this point, because the difficulties encountered in the classroom are taken to court for recreation, using the playful to attract attention and provide the student learning. Interdisciplinarity also promoters better interaction between teachers, students, and families. Finally, be interdisciplinary is to have a different attitude, a posture that seeks knowledge of the content more enjoyable.
Keywords: Interdisciplinarity, Physucal Education, Mathematics, Playful, Knowledge
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Forma original do Tangram........................................................... 35
Figura 2: Imagens criadas na utilização do Tangram................................... 35
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................. 12
CAPITULO I – A INTERDISCIPLINARIDADE................................................. 15
1 CONCEITO ................................................................................................... 15
1.1 O que é a interdisciplinaridade................................................................... 15
1.2 Quais os benefícios da interdisciplinaridade .............................................. 17
1.3 Interdisciplinaridade no desenvolvimento cognitivo da criança .................. 18
1.4 Educação Física e Matemática ................................................................. 21
CAPITULO II – A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO E DA RECREAÇÃO NO
ENSINO DA MATEMÁTICA ............................................................................ 24
2 IMPORTÂNCIA............................................................................................. 24
2.1 Objetivo do lúdico e recreação................................................................... 24
2.2 Conhecimento dos jogos e aprendizagem da Matemática......................... 26
2.3 O conhecimento abstrato e o lúdico como ferramenta para o conhecimento
......................................................................................................................... 28
2.4 Importância do Lúdico ................................................................................ 29
CAPITULO III – A PESQUISA......................................................................... 32
3 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 32
3.1 Relato e discussão sobre a interdisciplinaridade na Educação Física ....... 32
3.1.1 Aula 1 ...................................................................................................... 33
3.1.2 Aula 2 ...................................................................................................... 34
3.1.3 Aula 3 ...................................................................................................... 35
3.2 A interdisciplinaridade aplicada a prática .................................................. 36
3.3 Opinião dos profissionais ........................................................................... 39
3.3.1 Depoimentos ........................................................................................... 39
3.4 Parecer final sobre o caso.......................................................................... 39
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO .................................................................... 41
CONCLUSÕES................................................................................................ 42
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REFERÊNCIAS .............................................................................................. 45
APÊNDICES .................................................................................................... 46
ANEXOS.......................................................................................................... 53
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INTRODUÇÃO
As atividades desenvolvidas terão como principal objetivo do grupo usar
a Educação Física para proporcionar ao aluno o aprendizado da matemática,
ou seja, buscar alternativas para novas possibilidades no processo ensino-
aprendizagem.
Há muitas vantagens no uso da interdisciplinaridade, pois ela pode
abranger varias disciplinas, uma complementando a outra tornando a prática
pedagógica mais competente. O primeiro passo para usar a
interdisciplinaridade é abandonar postura antiga e unidirecionada, que não é
consistente e se torna rigorosa e restrita.
A interdisciplinaridade é virtude e força quando conscientiza-mos de sua abrangência e de seu significado, pois o próprio ato de viver ou de gerar vida é interdisciplinar, nele, o conhecimento é imprescindível e o autoconhecimento, mais ainda. (Fazenda, 1999, p. 161)
A criança deve sempre experimentar a recreação como forma de
desenvolvimento motor e cognitivo. A interdisciplinaridade vem juntar saberes;
trazer uma forma de facilitar a aprendizagem e garantir que o conhecimento
não se perca ao longo do tempo. A interdisciplina no cotidiano é uma forma de
usar o movimento da Educação Física, junto com as demais matérias; utilizar-
se de um modo que não é novo, mas pouco usado. Trazer até a criança a
prática do movimento junto com o conhecimento adquirido em sala de aula traz
bons resultados tanto para o professor quanto para o aluno.
A Educação Física está sempre usando o movimento global e segmentar
e, quando se usa a interdisciplinaridade para desenvolver o que está planejado,
o objetivo se torna mais fácil de ser alcançado.
Acreditar que sempre é possível juntar, ao invés de separar as matérias,
faz com que muitos objetivos cheguem ao final com resultados positivos, em
um denominador comum.
Os números e a matemática estão no nosso dia a dia, então por que não
tornar sua prática mais amistosa? Junto com a Educação Física isto é possível;
desde que os professores estejam unidos, sem pensar sobre qual matéria é
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mais importante , sem diferenciação, sem querer impor uma matéria sobre a
outra.
O trabalho isolado faz com quem o aluno, ao sair da sala de aula e ir
para casa, deixe tudo no portão da escola, entrando em outra parte do seu
mundo; com a interdisciplinaridade ele leva o conteúdo até as suas atividades
diárias, sem deixa-lo isolado, e só ser relembrada ao retornar à escola.
O esporte é socializador, coletivo e traz para a vida da criança muita
coisa benéfica; ela aprende a viver em sociedade e respeitar os limites e
espaço das outras pessoas.
Muitas matérias trazem este objetivo de socializar, a própria escola é um
meio de socializar, mas a criança não a observa no seu todo. Dentro da
Educação Física a criança sente na prática o que a teoria havia lhe ensinado.
Buscar a interdisciplinaridade nesse contexto significa se abrir ao novo,
movimentar o saber dos alunos, envolver a escola toda de forma a levar ao
aluno o conhecimento que vai ser usado ao longo de sua vida. Buscamos um
elo entre todas matérias, pois todas têm total e fundamental importância no
desenvolvimento da criança.
A interdisciplinaridade é um meio alternativo para se trabalhar e nesta
pesquisa, queremos afirmar e mostrar como pode ser benéfica tanto para o
professor de Educação Física, quanto para o professor de Matemática, como
alternativa para melhor aprendizado dos alunos, em especial, dos alunos do 5°
ano.
A interdisciplinaridade é uma ferramenta para que os alunos sintam
prazer de ver a teoria na prática que envolve a Educação Física, assim eles se
divertem, mas conscientes de que estão aprendendo.
Para abordar esse tema é preciso ousar, inovar, criar, pois a criatividade
na elaboração das aulas é muito importante e desafiadora ao mesmo tempo.
Interdisciplinaridade seria uma troca em que um profissional
especializado em uma matéria, tenta ajudar o outro, sem sair da sua própria
matéria, oferecendo mais conhecimento aos alunos.
É necessário derrubar muitas barreiras ao se trabalhar com
interdisciplinaridade, pois preciso será dialogar muito com o professor de outra
disciplina que às vezes, por insegurança, se fecha apenas em sua própria
especialização até mesmo por medo de perder o seu prestigio pessoal.
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Esta pesquisa será importante para o reconhecimento do professor de
Educação Física que pode, em sua aula, abordar vários temas em forma de
lazer e de brincadeiras recreativas, contribuindo muito também para
aprendizagem teórica.
Até que ponto a educação fisica pode contribuir para a assimilação dos
conteúdos abstratos relacionados à Matemática no ensino dos alunos do 5°,
ano do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora?
O presente trabalho ficou assim organizado
Capitulo I, conceituo a Interdisciplinaridade.
Capitulo II, apresentou a importância do lúdico e da recreação no ensino
da matemática.
Capitulo II, apresentou se a pesquisa que fora realizada no Centro
Educacional Nossa Senhora Auxiliadora.
Por fim a proposta de Intervenção, Conclusão, Referências e Apêndices
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CAPITULO I
A INTERDISCIPLINARIDADE
1 CONCEITO
1.1 O que é a interdisciplinaridade
Sua origem se deu no século XV, quando ocorrem grandes mudanças
que, resultaram em novos conhecimentos, com a perda do poder da igreja
sobre a sociedade.
Pesquisas até então condenadas, começaram a serem feitas, como a
anatomia humana, através de Galileu, na dissecação de cadáveres.
A ciência, levará a disciplina para a escola e dela surgira a
interdisciplina. A disciplina escolar busca estudar, entender algo a fundo.
Quando isso já está bem entendido, surge uma subcategoria, a disciplina é
divida, então, em um novo campo ou área pouco conhecida a ser estudada,
buscando novos conhecimentos.
Cada disciplina tem uma parte a ser ensinada e todas juntas vão formar
um conhecimento maior.
O aluno é visto pela escola como uma pasta de arquivos, um professor
de uma matéria entra e abre o arquivo de matemática; acaba a aula e fecha o
arquivo; inicia outra aula e outro arquivo é aberto e novamente fechado.
Quando o aluno vai embora da escola, vem a realidade de fora e todos
os arquivos continuam fechados. Com a interdisciplinaridade isso não
acontece, pois tudo se liga à realidade e aos problemas.
Podemos citar a interdisciplinaridade como conceito novo, atual, mas
desde a Grécia antiga, Sócrates pressuponha que um conhecimento só existe
quando é junto pensando desse modo. Portanto não se trata de um conceito
atual, é apenas pouco usado.
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No ambiente escolar as salas de aula não se ligam pelos corredores e
sim por todo conhecimento que lhe é transmitido; conhecimento este que pode
ser transmitido sob diferentes ângulos.
A definição de interdisciplinaridade pode ser difícil, mas deve ser vista
com olhar diferenciado na busca pelo novo.
A ideia de interdisciplina é como o pensar e o agir; estão ligados. Assim
são as matérias, não se deve ter um saber isolado, mas haver diálogo e
cooperação entre todos.
O diálogo estabelecido com objetivo comum tem como consequência a
reciprocidade entre as matérias. A interdisciplinaridade só acontece quando
todas se juntam para um resultado comum. Além das disciplinas reconhecerem
seus saberes, também devem reconhecer o objeto de estudo escolar.
A interdisciplinaridade veio como resposta aos grandes problemas da
educação, que não poderiam ser resolvidos em uma única disciplina.
É uma espécie de interação entre as áreas do saber, mas com sua
complexidade diferente; o conjunto de um ou mais saberes, onde há
colaboração entre duas ou mais disciplinas.
De acordo com Fazenda(1999) a interdisciplinaridade é buscar
alternativas para descobrir novas possibilidades de ensino e aprendizagem, da
melhor forma. É o desafio do novo, usando o velho.
A interdisciplinaridade sugere que se associe o aprendizado motor com
o aprendizado escolar; que se promova uma socialização entre todas, para
melhor desempenho e aprendizado do aluno, além de melhor desenvolvimento
e aprimoramento dos movimentos, o que resulta em melhor convivência social
e familiar. Além disso propõe também inclusão social.
Para ser interdisciplinar sempre devemos ousar para poder sair da
mesmice, buscar alternativa, o novo, o diferente.
Muitos falam, mas poucos entendem a interdisciplinaridade; é
necessário ter comprometimento com todas as matérias, pois nenhuma está
isolada, todas formam uma teia, estão ligadas, uma tentando ajudar a outra,
com um único objetivo: o aprendizado do aluno.
As experiências escolares ensinam o aluno que em Matemática se
conta, em Língua Portuguesa aprende a escrever e falar corretamente e assim
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por diante, mas interdisciplinaridade vem nos mostrar que tudo isso pode estar
unido e ser vivenciado mesmo em matérias diferentes.
A atividade interdisciplinar é pensar, sentir e por em prática aquilo que
foi analisado, os desafios e os riscos.
Tudo que é novo traz sentimento de medo, mas pensar em
interdisciplinaridade, apesar do grau de exigências e de riscos serem grandes,
é sempre inovador.
1.2 Quais os benefícios da interdisciplinaridade
O beneficio da interdisciplinaridade é ser diferente. Pegar a matéria
presa na sala de aula e transformá-la em conjunto.
Ser interdisciplinar é não restringir-se aos seus resultados e sim abrir-se
a novas oportunidades, a resultados conjuntos. Transformar o teórico em
prático.
São sempre utilizados na interdisciplinaridade questionamentos e
reflexões, a fim de se transformar a dificuldade em facilidade; o teórico em
prática.
Um dos mais observados benefícios é a assimilação das matérias de
sala de aula quando levadas para outro ambiente como a quadra, ensinadas
através de jogos, brincadeiras e recreações.
A interdisciplinaridade na Educação Física visa fazer da matéria de sala
de aula uma matéria diferenciada, transformadora, inovadora, que busca o
conhecimento junto com o movimento, estimulando a criação, e o trabalho em
equipe.
A busca por ser interdisciplinar deve feita todos os dias; uma nova
realidade a cada dia.
Outro benefício é o abandono de uma postura unidirecionada, rigorosa,
restritiva, impeditivas que dá abertura para a liberdade de expressão dos
educandos e educadores.
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Uma atitude interdisciplinar poucos conseguem, pois tem que se libertar
de arrogâncias e ser compromissado com a humildade que a interdisciplina
oferece.
É benéfica quando traz alegria, felicidade em ir todos os dias e assistir
àquela aula que estará unida à outra , ou seja, os alunos entendem mais
facilmente as matérias e sentem prazer em assistir e praticar as aulas.
Um trabalho interdisciplinar é capaz de desenvolver maior interesse não
só nos alunos mas também entre os professores. Em conjunto, o trabalho
torna-se mais prazeroso para todos e os objetivos apresentados em sala mais
atraentes.
Se houver interesse de todas as partes pode-se atingir objetivos mais
rapidamente, sendo possível observar o resultado a curto prazo.
Podemos notar, então, que a aprendizagem ficaria muito mais fácil, mais
clara. Além disso com a interdisciplinaridade nenhum professor deixaria de
ensinar a sua matéria; podemos usar movimentos na aula de Educação Física
e fazer com que as crianças aprendam,memorizem o que já haviam visto
dentro da sala de aula,com o professor de Matemática.
Relacionar-se,comunicar-se são benefícios tanto para os alunos,quanto
para os professores; mais é essencial a troca de informações entre os
professores já que um irá ajudar o outro.
A interdisciplinaridade busca caminhos diferentes,ousados,inovadores
para melhorar a educação,o ensino e a aprendizagem dos alunos.
1.3 Conhecimento lúdico e desenvolvimento cognitivo da criança
O ato de brincar é um ato natural do mundo das crianças. Ele se
desenvolve no decorrer da vida, quando as crianças começam a socializar-se
com outros grupos e compreender o mundo dos adultos.
A reorganização do trabalho escolar, torna a prática do desenvolvimento
da criança, através do lúdico, mais prazerosa.
SMOLE(2000) cita em seu livro:
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Brincar é tão importante e serio para a criança como trabalhar é para o adulto. Isso explica por que encontramos tanta dedicação da criança em relação ao brincar. Brincando ela imita gestos e atitudes do mundo adulto, descobre o mundo, vivencia leis, regras, experimenta sensações. (SMOLE, 2000, p.107)
Em décadas passadas, as brincadeiras eram desenvolvidas fora do
espaço escolar. Apenas garantida no espaço de suas casas, nas ruas, nos
parques. Hoje as crianças vem sistematicamente perdendo o espaço,
especificamente para o brincar coletivo (ALMEIDA, p.24).
Frequentemente muitos professores vem observando que há no aluno
muita falta de concentração, a inquietação, a desorganização e principalmente
o desinteresse. Trabalhando o lúdico, principalmente em series iniciais, pode-
se diminuir esses problemas; desenvolver trabalhos frequentemente com estes
alunos amenizaria esses problemas.
Por causa de nossa sociedade capitalista, o poder da influência se torna
descontrolado, mostrando-se maior nas crianças, exercendo um certo controle
através dos meios de comunicação, principalmente da televisão.
Uma das alternativas para se burlar essa influencia está no lúdico, nas brincadeiras de uma forma geral, onde as crianças trabalhariam além do corpo a interação com o outro. A criança tem a característica de entrar no mundo dos sonhos das fábulas e normalmente utiliza como ponte às brincadeiras. Quando esta brincando se expressa mostrando seu intimo, seus sentimentos e sua afetividade. (ARIES, 1986, p. 56)
As atividades lúdicas são capazes de transformar essa influência do
atual mundo capitalista. Nas crianças através do desenvolvimento social e em
seu desenvolvimento cognitivo.
O lúdico faz parte do mundo das crianças, proporcionando momentos
agradáveis.
Para PIAGET o desenvolvimento cognitivo é dividido em etapas. E vai
sofrendo transformações, propondo que estamos sempre em desenvolvimento.
O processo cognitivo é um processo universal, porém individual. Cada
pessoa, desde o nascimento até a sua velhice, vai sofrendo alterações,
próprias de cada ser humano, todos, assim, acabam reagindo de formas
diferentes.
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Devemos sempre tomar cuidado quando apressamos o desenvolvimento
cognitivo,pois interferir no desenvolvimento natural pode causar sérias
consequências na construção do conhecimento.
O processo cognitivo sendo desenvolvido em seu tempo, respeitando
seu processo de amadurecimento, não se traz frustrações futuras.
O cognitivo desenvolvido juntamente com o lúdico oferece preparo maior
para o futuro. Vai proporcionando maior interação e despertando o prazer de
buscar aprender cada dia mais.
Para que a criança se desenvolva é necessária a sua interação com o seu corpo, com o mundo dos objetos (no qual ela cresce e exerce seu Ego) e com o mundo dos outros. Deve-se considerar que experiências desagradáveis e falta de interação dificultam a aprendizagem. (Vayer, 1982, pg
A interação social se torna, assim extremamente importante para o
desenvolvimento cognitivo.
Na fase escolar, a criança interage não só com o outro, mas também
conhece seu próprio corpo. Nessa fase ocorre o amadurecimento do seu
sistema nervoso central, que uma maior orientação e estímulo de processo de
desenvolvimento interno.
Estando a mesma com essa etapa bem desenvolvida, estará pronta para
o processo de ensino-aprendizagem, devendo sempre ser respeitado o seu
processo de desenvolvimento natural.
Muitas vezes esse processo pode ser apressado pelos pais, o que
ocorre na maioria das vezes, em crianças de classe media ou alta, devido
especialmente a aspectos culturais. Já nas famílias de classe baixa esse
desenvolvimento segue as regras da escola.
O fato das crianças viverem em ambientes com maior acesso à cultura,
faz com que os pais pensem as mesmas estão maduras o suficiente para o
desenvolvimento de aprendizagem formal, pulando etapas para o seu
amadurecimento.
A vida mais apressada e bem mais agitada dos dias de hoje torna a
escola uma necessidade, sendo ela obrigada a receber crianças bem
desenvolvidas e menos desenvolvidas.
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Os transtornos no desenvolvimento cognitivo, são mais visíveis na
aprendizagem da leitura/escrita e da Matemática. O fato de ler/escrever e
calcular exige da criança uma maturidade, que muitas vezes ela ainda não tem,
ai ocorre o apressamento cognitivo.
Neste momento deve se desenvolver atividades lúdicas com as crianças,
trabalhando a sua imaginação, produzindo uma compreensão e reformulação
do seu cotidiano.
Segundo o Referencial Curricular Nacional Para Educação Infantil (1998,
v1. p.27) “as atividades lúdicas, através das brincadeiras favorecem a
autoestima das crianças ajudando-as a superar progressivamente suas
aquisições de forma criativa”.
Assim o lúdico contribui para o desenvolvimento, respeitando suas fases
e proporcionando maior desenvolvimento na autoestima das crianças.
O lúdico não é apenas uma forma de atividade para o entretenimento,
para gasto da energia infantil, mas também para o seu desenvolvimento
intelectual, contribuindo significativamente para o seu desenvolvimento no
processo de ensino e aprendizagem e na socialização.
O lúdico não deve ser visto apenas como forma de competição ou forma
de imaginação. Deve ser encarado como uma forma de atividade física e
mental, organizada por regras, capaz de contribuir para o desenvolvimento
intelectual, garantindo maior contato com a cultura, os valores e os
conhecimentos criados pelo homem.
1.4 Educação Física e Matemática
Pode-se observar, que um trabalho interdisciplinar bem feito é capaz
propiciar maior desenvolvimento aos alunos, como é apresentado neste
trabalho especificamente entre os alunos do 5º Ano.
Atualmente a matemática, para muitos alunos, é muito maçante,
provocando um certo desinteresse mesmo nos professores.
A falta de competência dos alunos e métodos muitas vezes defasados,
parecem bons motivos para que ocorram mudanças, na forma como vem
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sendo trabalhada a disciplina em sala de aula. Para tornar o aluno mais
interessado há necessidade de atividade diferenciadas,e, para que isso possa
ocorrer, a Educação Física acaba se tornando uma ótima aliada da
Matemática, pois ela passa a ser tratada não mais como uma disciplina para
recreação e lazer, forma de fortalecimento do corpo físico e sim como forma de
apoio para os estudos em sala, transformando-se em um excelente
componente curricular.
O trabalho entre a Educação Física e a Matemática se torna importante
pelo fato de propor aos alunos momentos descontraídos, e aos poucos ir
saindo da mesmice da sala de aula.
Cabe sempre reafirmar que a Educação Física usada na
interdisciplinaridade proporciona um vasto desenvolvimento de habilidades,
além de maior conhecimento corporal.
A Matemática é a ciência que tem como objetivo o estudo númericos,
formas e operações.
Nas culturas antigas, pensava-se que a Matemática era para poucas
pessoas; somente para aquelas que tinham talento. Atualmente tornou-se
universal, e acessível á todos.
Hoje os Parâmetros Curriculares Nacionais, do Ministério da Educação
defendem uma postura interdisciplinar, uma matemática mais lúdica, e
recreações matemáticas, ou seja, buscar os problemas do cotidiano do aluno e
levar até o ensino da Matemática, para que se torne mais prazerosa e
motivadora.
Com isso a aprendizagem se torna agradável e interessante. Há tambem
o estímulo visual, que busca a curiosidade do aluno, como o Tangram, as
dobraduras, que estimulam e fazem com que o aluno perceba a Matemática
em tudo aquilo que está vivenciando.
É importante que o professor traga a interdisciplinaridade para a sala de
aula, pois os alunos se interessam mais pelo novo. Quando saem da rotina, da
mesmice, é perceptível o quanto eles se interessam e mostram o que estão
aprendendo com maior facilidade.
Com a interdisciplina o aluno percebe outros métodos de ver uma
questão, tornando-se mais confiante, arriscando, sem medo de errar. A postura
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interdisciplinar do professor de Matemática é indispensável para diversificar a
visão do educando.
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CAPITULO II
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO E DA RECREAÇÃO NO ENSINO DA
MATEMATICA
2 A IMPORTÂNCIA
2.1 Objetivo do lúdico e recreação
O lúdico trabalha a expressão corporal, a cultura corporal. Os jogos e
recreações proporcionam à criança momentos agradáveis de bem estar, um
ambiente planejado traz à criança possibilidades de aprender fora da sala de
aula, como também dentro dela.(ALMEIDA, 2009, p. 1)
Os professores devem trabalhar em conjunto para que o benefício do
ensino seja concreto, usando a realidade do educando para que ele perceba
em que esta inserido. A criança deve estar livre em seu imaginário para que se
desenvolva bem no lúdico e jogos, com corpo e mente, pois o importante no
lúdico não é apenas o resultado e sim a ação vivenciada experiência, a
imaginação.
Por outro lado, há também o desenvolvimento do educador; portanto o
trabalho em conjunto permite o desenvolvimento dos indivíduos.
Um dos objetivos mais claros é a aprendizagem de forma particular,
saudável e prazerosa. Por meio de recreação a criança se envolve, e sem
perceber, se interessa e aprende o conteúdo. E nesta particularidade busca o
amigo para dividir e somar sua experiência, testando seus limites e emoções.
Os jogos e recreações trazem benefícios para a vida inteira, pois
desenvolvem a concentração, ou seja, sempre que necessário, o individuo
estará concentrado na sua vida adulta. Este brincar põe também à prova a
inteligência.
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Platão afirmava que quando a criança brinca com jogos nos seus
primeiros anos de vida, ela dificilmente esquece o conteúdo que aprendeu
facilmente nos jogos e brincadeiras, e também terá incentivo para ensinar seus
colegas e se socializar com os outros.
O jogo e recreação podem ajudar nas dificuldades dos alunos, trazendo,
de maneira prazerosa, o conteúdo, que irão aprender de forma dinâmica. Isto
facilita o trabalho árduo do educador, e é fundamental para quem busca
alternativas no ensino.
Nesse trabalho em conjunto as aulas de Educação Física deixam de ser
vistas como alienação e brincadeira, e se percebe a sua importância na vida
adulta das crianças; uma disciplina necessária dentro da escola e legitima.
Quando o educador traz os jogos usados nas ruas pelas crianças para
as aulas, sentem-se bem e rompem as barreiras de dois lugares distintos, quer
sejam, a escola e o mundo fora de seus muros.
Explorar esses jogos como ferramenta lúdica é ter beneficio como
resposta; é ter uma socialização espontânea, satisfação; é trabalhar o
cognitivo, o motor e o afetivo. A criança que joga acaba desenvolvendo suas
percepções, inteligências, tendências a experimentação seus instintos sociais.
(PIAGET, 1972, pg 37)
O lúdico é ferramenta para educar. Para a maioria das crianças, a aula
de Educação Física é um momento muito aguardado, por ser para eles, mais
livre de movimentos, de alegria, companheirismo.
Esse entusiasmo deveria ser sentido em todas as outras matérias, mas
sem o lúdico as aulas se tornam monótonas e restritivas. Tendo esta visão,
pensa-se que se todas as matérias e professores se unissem mais, tornariam
as aulas mas aguardadas, os alunos ficariam mais ansiosos por elas.
Porém essa transformação interdisciplinar traz muitas dúvidas, pois
alguns acreditam que o ensino e a aprendizagem serão defasados.
Pensam que o lúdico não é sério e o mesmo tiraria , a autoridade do
educador; o que não é verídico; pois muitos jogos e recreações exigem
seriedade para poderem ser bem realizados.
A partir do lúdico e da recreação podemos desenvolver a linguagem, o
pensamento, a socialização, a iniciativa e a autoestima, construindo assim, um
26
cidadão capaz de enfrentar desafios e participar da construção de um mundo
melhor.
Para Ramos de acordo com Piaget (1967) o jogo não pode ser visto
apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele
favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral. Através dele é
capaz de se processar a construção de conhecimento. Dessa forma as
crianças se tornam mais motivadas para utilizar a sua inteligência, querendo,
assim, jogarem bem, esforçando-se cada dia mais para superarem os
obstáculos impostos, tanto no sentido cognitivo quanto no emocional.
O lúdico exige profundo esforço do organismo e acaba-se ocupando
lugar extraordinário na educação escolar. Sendo estimulado; portanto, o
crescimento e o desenvolvimento, a coordenação muscular, as faculdades
intelectuais, a iniciativa individual, favorecendo o advento e o progresso da
palavra.
Usar a brincadeira se torna um ato natural, pois todos se sentem mais à
vontade, podendo utilizar e buscar conhecimentos do ambiente em que se vive,
o que favorece, ainda, a capacidade de explorar toda a sua espontaneidade
criativa. O lúdico é capaz de estimular a criatividade, utilizando as
potencialidades da criança de maneira integral.
O brincar é uma forma de divertimento típico da infância, pois não
implica nenhum compromisso, planejamento e seriedade, sendo apenas
exigido que haja comportamentos espontâneos e geradores de prazer. Fazer
exercícios, se divertir, construir conhecimento e aprender a conviver com os
que os rodeiam são elementos que podem ser conseguidos através do brincar.
Para cada fase de vida o lúdico apresenta certos valores; na idade
infantil, ele é visto com finalidades essencialmente pedagógicas.
Brincar e praticar atividades lúdicas fazem com que a criança tenha uma
relação maior com o mundo em que vive, formando, conceitos, selecionando
idéias ela vai se socializando.
2.2 Conhecimento dos jogos e aprendizagem da Matemática
27
Quando os jogos são usados para iniciação de contas, se torna uma
poderosa ferramenta, porque é agradável brincar. Brincar é uma necessidade
do ser humano e não devemos olhá-la somente como diversão; jogos facilitam
a assimilação dos conteúdos aplicados na Matemática, suas regras, soma,
divisão, além de colaborar para a saúde mental, corporal, social, pessoal,
cultural, e ser uma expressão da construção do conhecimento e
desenvolvimento da inteligência.
Também incentiva a imaginação e permite que o afeto aflore no
desenvolvimento cognitivo e social, por isso devemos entender a função
educativa dos jogos como facilitadora da aprendizagem, capaz de aumentar o
saber e compreensão do mundo social em que a criança esta inserida.
Os jogos ajudam as crianças a perceber e compreender como
funcionam as coisas, as regras para uma boa convivência social.
Quando se observa a criança nos jogos, pode-se perceber, inclusive,
suas dificuldades em palavras, ou seja, ao brincar, é que se conhece a criança
em sua totalidade.
É dentro dos jogos que temas transversais são inseridos. O aluno deve
se divertir enquanto joga e adquiri novas aprendizagens.
A matemática atual defende uma abordagem interdisciplinar, que tem
por objetivo o uso de situações e problemas reais. A matemática, através de
uma forma simples e divertida, pode traduzir os problemas aritméticos e de
álgebra.
Dentro da educação moderna, cabe ao professor muitas vezes, o
conhecimento de abordagens lúdicas que podem ser usadas, mesmo quando
não há necessidade. Tais atividades devem ser aproveitas como forma de
motivação aos alunos. Tornando a abordagem mais agradável e interessante
para os alunos e para a aprendizagem da ciência.
Um exemplo de forma simples e capaz de tornar uma aula de
Matemática mais motivadora e interessante é o uso do Tangram, que é um
quebra-cabeça composto por sete formas geométricas (cinco triângulos, um
quadrado e um paralelograma), através dos quais podem ser formadas várias
figuras.
28
Este jogo tem a capacidade de desenvolver raciocínio, lógica e
criatividade, ou seja, é importante para que o aluno possa aprender a
matemática claramente.
Até hoje se sabe pouco sobre como surgiu o Tangram, Para que haja
maior compreensão do que seja e como surgiu muitos usam a seguinte
historia: “Um monge chinês deu ao seu discípulo um quadrado de porcelana,
um rolo de papel de arroz, pincel e tintas, e disse: - Vai e viaja pelo mundo.
Anota tudo que vires de belo e depois volta. A emoção da tarefa fez com que o
discípulo deixasse cair o quadrado de porcelana, que se partiu em sete
pedaços. O discípulo, tentando reproduzir o quadrado, viu formar uma
imensidão de figuras belas e conhecidas a partir das sete peças. De repente
percebeu que não precisaria mais correr o mundo. Tudo de belo que existia
poderia ser formado pelo Tangram.”
No ato da confecção de um Tangram pode-se observar o
desenvolvimento da coordenação motora, além de uma abordagem de vários
conceitos da Matemática, como identificação, compreensão, descrição,
classificação, desenho de formas geométricas planas, exploração de
transformações geométricas através de decomposição e composição de
figuras, compreensão das propriedades das figuras geométricas planas,
representação e resolução de problemas usando modelos geométricos, noções
de áreas e frações.
Para finalizar Tangram, significa que tudo é divisível em partes pode ser
reconstruídas de outras formas.
2.3 O conhecimento abstrato e o lúdico como ferramenta para o conhecimento
Para começarmos a falar de conhecimento, devemos pensar em
planejamento, escolher jogos adequados à idade e o momento adequado.
Com uma aula lúdica bem planejada, observado o desenvolvimento do
aluno e seu progresso, tem que haver um objetivo a ser alçando para saber
avaliar se aluno conseguiu chegar a ele. O conhecimento abstrato é quando
esse objetivo é universal.
29
Muitos alunos estão sempre querendo brincar, e por que não?
Devemos usar a brincadeira, o jogo, o lúdico como ferramenta para o
conhecimento, não só transmitindo as regras dos jogos, mas deixando espaço
para a criança agir livremente, criar, experimentar, descobrir a si e os outros.
2.4 Importância do Lúdico
Lúdico é uma palavra de origem latina, que significa jogo, movimento
espontâneo, brincar. (Almeida, 2011, p.1)
Mas a palavra evoluiu junto com as pesquisas de motricidade. Deixou de
ser apenas jogo e se transformou em algo essencial na dinâmica do ser
humano. Não é uma coisa sem objetivos, repetitiva, monótona, e sim flexível,
capaz de oferecer plenitude e ser saudável.
O importante é vivenciar o lúdico, conhecer a si e os outros, mas uma
aula lúdica não se dá exatamente com jogos e brinquedos, ela exige que
professor e educando tenham uma outra postura. O professor, uma postura de
formação, não só de conteúdo, mas de conceitos de ludicidade, com a
criatividade sendo estimulada; no aluno a espontaneidade para o aprendizado,
torna-o sujeito de seu aprendizado, saindo da mesmice do ponderável.
De acordo com Almeida(2011) o educando vive sua autonomia com o
lúdico; esse espaço gera consciência de si, autoconhecimento. São lúdicas as
vivências plenas do momento, que interagem com sentimento, ação,
pensamento ,são estas vivencias, varias experiências como brincadeiras jogos,
recreações, colagem e tantas outras possibilidades que condizem com uma
interação grupal e social, porém é muito importante citar como serão
orientadas, e o porquê de vivenciâ-las, a fim de gerar o prazer de fazer.
Os jogos e brincadeiras estão sempre presentes em qualquer faixa
etária. A criança ao brincar, se envolve com outros, compartilha suas emoções,
testa seus limites, desenvolve habilidades psicomotoras que na sua vida
adulta, serão necessários para a concentração e a inteligência.
Atividades interdisciplinares e ludicidade levam o educando à formação
de parcerias, a socializa-se, além de proporcionar o aprendizado que um jogo
30
permite. O lúdico é uma ferramenta facilitadora do aprendizado, por isso, não
deve ser visto só como diversão, mas como diversão que busca a criatividade,
coordenação motora, raciocínio, socialização.
A criança ao ser estimulada, fica mais interessada no aprendizado e,
como há satisfação em aprender, ela realmente aprende.
O lúdico tem por objetivo o uso dos jogos, das brincadeiras, que
proporcionem ao aluno conhecimentos e aprendizagem.
O ato do educar ludicamente está diretamente ligado aos demais atos
em nossa vida, por isso é importante propor aos alunos atividades que sejam
atraentes, desafiadores e estimulantes.
Ao trabalhar com o lúdico, a recreação e os jogos mostre apenas os
procedimentos básicos, devem ser motivados, deixando que os próprios alunos
descubram as possíveis alternativas de solução; assim as atividades se
tornam motivadoras.
As atividades com jogos são importantes na fase de aprendizado porque os alunos são levados as experiências que envolvem erros, incertezas, construções de hipóteses, entre outras, o que contribui para o desenvolvimento e o aprimoramento do raciocínio lógico do educando. (MOREIRA, 2010, pg. 1)
As atividades lúdicas proporcionam momentos de plenitudes, fazendo
com que os alunos se dediquem de corpo inteiro, levando, assim, uma vida
saudável.
Com o lúdico, as crianças demonstram-se mais satisfeitas, com seus
desejos e interesses particulares, pois o lúdico expressa a maneira como a
criança reflete, ordena, desorganiza, destrói e reconstrói o mundo
(DALLABONA e MENDES, 2004, p. 1).
Quando educa-se com alegria e divertimento, observa-se claramente a
disposição que todos tem em aprender. Sneyders (1996, p.36) comenta que
“Educar é ir em direção a alegria”. O educar através das técnicas lúdicas é
prazeroso e alegre, e faze com que as crianças caminhem, de forma geral, em
uma mesma direção.
A educação lúdica, se bem compreendida, pode melhorar o ensino, tanto
em questão de qualificação quanto na formação critica do educando.
31
Segundo Almeida(2011) conceitos, como jogos, brinquedos e
brincadeiras são formados ao longo de nossa vivência. É a forma que cada um
utiliza para nomear o seu brincar. No entanto, tanto a palavra jogo quanto a
palavra brincadeira podem ser sinônimos de divertimento.
32
CAPITULO III
A PESQUISA
3 INTRODUÇÃO
Para demonstrar a importância da interdisciplinaridade, especificamente
entre Educação Física e Matemática no 5º Ano, como ferramenta para que os
alunos sintam prazer de ver a teoria da Matemática da sala de aula, vivenciada
na prática das aulas de Educação Física, fora realizada uma pesquisa de
campo, no Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora, no período de
Fevereiro a Outubro de 2011.
Para realização deste estudo utilizou se os seguintes métodos:
a) método de estudo de caso: analisando aspectos voltados para a
interdisciplinaridade, especificamente entre Educação Física e Matemática, no
5ºano.
b) método de observação sistemática: observando, analisando e
acompanhando os procedimentos aplicados no uso da Interdisciplinaridade,
como suporte para desenvolvimento do Estudo de Caso;
Utilizaram-se também da seguintes técnicas:
a) roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A);
b) roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B);
c) Roteiro de Entrevista para os Alunos (Apêndice C);
d) Roteiro de Entrevista para o professor de sala (Apêndice D);
e) Roteiro de Entrevista para o professor de Educação Fisica (Apêndice
E);
f) Roteiro de Entrevista para o coordenador do 5º Ano (Apêndice F);
3.1 Relato e discussão sobre a interdisciplinaridade na Educação Física
33
3.1.1 Aula 1
A primeira aula desenvolvida teve como forma recreativa o Jogo da
Amarelinha, em uma sequência de atividades interessantes e divertidas,
capazes também de valorizar a cultura lúdica tradicional de nosso país. (JABU,
2011, p.1)
A primeira forma apresentada foi a amarelinha tradicional, com regras
simples, sem muitas variações. O jogo consiste em desenhos de casas simples
e duplas, numeradas de zero a dez. E o objetivo é do aluno é partir da “terra”
até chegar ao “céu”. Para que conclua o jogo, o aluno deve seguir a sequencia
numérica de zero a dez.
As regras básicas são as seguintes:
a) o jogador posicionado na casa “terra”, joga uma pedrinha na casa de
número 1 e inicia uma sequência de saltos alternados com um pé nas
casas simples e dois pés nas casas duplas, até a casa “céu”.
b) em seguida, retorna percorrendo a sequência de trás para frente, e ao
chegar na casa dupla 2 e 3, deve recolher a pedrinha que está na casa
1 e saltar sobre ela e sobre a casa “terra”.
c) se completar essa sequência de saltos com êxito, joga a pedrinha
novamente, agora na casa 2 e, realiza a sequência de saltos da
mesma forma da rodada anterior.
d) no trajeto de ida e de volta, o jogador deve pisar dentro das casas sem
tocar em nenhuma linha.
e) caso isso aconteça, passa a vez para o jogador seguinte e, quando
chegar novamente a sua vez, retoma a sequência da casa em que
acertou pela última vez.
Para que todos participem e que a aula tenha seu objetivo alcançado,
deve-se dividir a sala em pequenos grupos, de três a cinco alunos. Eles
mesmos desenharam a Amarelinha, é o momento de se trabalhar a noção de
figuras geométricas e a sequência numérica de zero a dez
34
3.1.2 Aula 2
A segunda aula vem com a proposta de fazer somas simples de
números inteiros até cinco, usando partes do próprio corpo.
Para essa aula é usada basicamente a quadra poliesportiva da unidade
escolar.
A aula inicia-se com alongamentos, tanto para membros inferiores
quanto superiores, após o qual os alunos correm livremente pelo espaço da
quadra. Em seguida aos mesmos é pedido que executem movimentos pedidos
pelo professor, como andar, correr, saltar, sentar ao chão, rolar, agachar.
A parte principal da aula, é a proposta de que o aluno conheça algumas
partes do seu corpo, e entre em contato físico com outro companheiro de sala.
Os alunos deverão ficar todos alinhados na lateral da quadra
aguardando o comando do professor. No inicio, o professor pede aos alunos
que atravessem a quadra andando em um pé só, em seguida pedir para que os
mesmos voltem novamente em um pé só, porém em dupla. Depois os mesmo
devem voltar saltando e formar grupos de cinco alunos. Seguindo assim até
formarem um único grupo
3.1.3 Aula 3
Como foi exposto anteriormente, o uso do Tangram nas aulas de
Educação Física pode gerar muitos resultados positivos tanto, para as aulas de
Educação Física quanto para as de Matemática.
O Tangram desenvolve no aluno um pensamento rápido e objetivo,
através da montagem de figuras usando apenas sete formas geométricas. Isso
exige que, tanto o de Matemática quanto o de Educação Física que
desenvolvam com os alunos trabalhos para reconhecimento destas formas.
Esta aula ela é desenvolvida primeiramente em sala, apresentando aos
alunos as mais variadas maneiras de se construir, usando o Tangram. Em
seguida, divididos em grupos, os alunos terão um tempo limite para montarem
algo, formarem uma figura usando o Tangram.
35
Na quadra, a sala será dividida apenas em duas equipes. Cada equipe
recebe um Tangram. O professor com o auxilio de uma lousa ou retro projetor
apresenta aos alunos a forma geométrica e as imagens que os mesmo deverão
montar. Vence a equipe que atingir primeiro o objetivo.
Exemplo:
3.2 A interdisciplinaridade aplicada à pratica
Fonte: Cultura Chinesa, 2011 Figura 1: Forma original do Tangram
Fonte: Racha Cuca, 2011 Figura 2: Imagens criadas na utilização do tangran
36
Pode ser observado que a interdisciplinaridade aplicada à pratica foi
capaz de despertar no aluno maior interesse em participar, tanto das aulas de
Matemática quanto das de Educação Física. Pois o objetivo da educação física
é transformar as matérias de sala de aula em atividades diferenciadas, mais
prazerosas, renovadora, que busca o conhecimento junto com o movimento.
Como já foi citado neste trabalho, através das palavras de Smole(2000),
o brincar é tão importante para a criança como o trabalhar é para o adulto.
Assim há uma maior dedicação da criança no ato do brincar.
O fato de atividades lúdicas virem tomando mais espaços na educação
de hoje em dia, é que as crianças estão se tornando cada vez mais inquietas,
desorganizadas, desinteressadas e desconcentradas. O brincar, o jogar, as
atividade lúdicas, podem proporcionar um maior interesse um divertimento,
usando o que é real para a criança.
Usufruindo dessa forma de trabalho obtém-se uma diminuição desses
problemas observados nas crianças nos dias de hoje.
3.3 Opinião dos profissionais
Entrevistas realizadas com a professora de Educação Física, professora
da sala de aula , coordenadora do ensino fundamental e dois alunos da sala de
aula.
3.3.1 Depoimentos:
A importância da interdisciplinaridade é que ela evita a
fragmentação e a compartimentação dos diferentes
saberes, propiciando a integração das diferentes áreas do
conhecimento, permitindo a organização das diversas
áreas do conhecimento em torno de um eixo comum, m
eixo gerador, propiciando um dialogo entre as demais
áreas, reduzindo seu caráter fragmentado. Atualmente, por
força legal, a educação física é considerada disciplina
integrada do projeto pedagógico da escola. As aulas de
37
educação física devem ser entendidas muito além de uma
simples aula. A matéria de Educação Física passa
naturalmente a ser uma das mais importantes da grade
curricular porque é possível estender os conhecimentos
aprendidos nas aulas teóricas a pratica. É o tipo da matéria
que agrega valores, conhecimentos, posturas, ao invés do
professor polivalente, pressupõe a colaboração integrada
de diferentes especialistas que trazem a sua contribuição
para a análise de determinado tema. O rendimento dos
alunos nessa fase de ensino, usando a Educação Física e
a Matemática. Aprender a se movimentar implica planejar,
experimentar, avaliar, optar entre alternativas, coordenar
ações do corpo com objetos no tempo e no espaço,
interagir com outras pessoas, enfim, uma série de
procedimentos cognitivos que devem ser favorecidos e
considerados na construção do conhecimento. Nem a
sofisticação em Matemática que podem dar sozinhas um
conhecimento pertinente, mas sim a capacidade de colocar
o conhecimento no contexto. A criança enquanto brinca
pode ser incentivada a realizar contagens, comparação de
quantidades identificar algarismos, adicionar pontos,
perceber intervalos numérico, isto é, iniciar a aprendizagem
dos conteúdos relacionados ao desenvolvimento cognitivo
aritmético. Nesse sentido, a interdisciplinaridade possibilita
ao aluno uma discussão clara e mais estimulante de se
ensinar Matemática com o “prazer” da Educação Física. A
interdisciplinaridade trabalhada na escola com todas as
disciplinas já é de práxe no processo ensino aprendizagem
portanto, a integração entre os educadores se da de forma
normal dentro desse processo de ensino. Deixando claro
aqui o importante papel da escola no processo de
aprendizagem, no sentido de oferecer condições
adequadas em todos os aspectos, estruturais e
pedagógicos, para o desenvolvimento das capacidades e
38
uma discussão estimulante do conteúdo para a formação
dos alunos. Por meio de reuniões pedagógicas elas se
interagem elaborando plano de aulas adequando-se ao
conteúdo a ser ministrado. Esta é a convivência dos
professores dentro da instituição. (Coordenadora do Ensino
Fundamental, formada na Graduação de professores na
área de administração, Pedagoga e Psicopedagoga, com
43, do sexo feminino, residente na cidade de Lins, São
Paulo.)
Preparar as aulas de Educação Física através das
dificuldades dos alunos, através de encontros com a
professora de sala. Podendo desta forma desenvolver um
trabalho interdisciplinar. O resultado deste encontro, resulta
em atividades lúdicas, brincadeiras e recreações que
facilitam o entendimento da matemática através da
educação física. A interdisciplinaridade é mais usada
através das atividades recreativas. (Professora de
educação física, 41, residente na cidade de Lins.)
Esta mesma considera a Educação Física como um
importante complemento para o ensino da matemática, de
suma importância. Justificando que há um melhor
rendimento dos alunos a interdisciplinaridade. Percebe-se
que seus alunos tem um maior interesse pela matemática
apos ser desenvolvido a interdisciplinaridade com a
Educação Física. Isto é favorecido na construção do
conhecimento e na vivencia pratica, por meio de
brincadeiras e jogos. Fazer a relação da teórica com a
pratica na Matemática, é a dificuldade mais comum
apresentada entre os alunos observados. Com a Educação
Física pode se observar uma mudança em questão de
39
estudos. Essa mudança só pode ser concretizada através
do trabalho por meio de jogos e brincadeiras. (Professora
da sala de aula, 49, do sexo feminino, formada em
Pedagogia.)
As aulas de Educação Física podem tornar mais fácil o ato
de aprender a Matemática, atividades são mais
interessantes as brincadeiras propostas pela professora.
Mostram que a matemática pode ser uma matéria muito
difícil. A maior dificuldade que as crianças vinham
apresentando dentro da matemática era a área de
perímetros, mas através dos jogos que foram lhe
apresentados nas aulas de Educação Física ficou muito
mais fácil aprender. Com o brincar, aprender a Matemática
se torna possível. (Aluna, 10)
Os dados coletados do garoto foram parecidos com os da menina.
Afirmando que as aulas de Educação Física tornam mais fácil o aprendizado da
Matemática. Este aluno gosta mais dos jogos competitivos. Sua maior
dificuldade em sala de aula é realizar atividades da Matemática, ou seja,
realizar contas de dividir com três algarismos. A memorização das contas de
dividir com três algarismos foi facilitada através dos jogos. Ele disse que pode
aprender Matemática com o ato do brincar.
3.4 Parecer Final
Fica evidente que a interdisciplinaridade quando bem desenvolvida,
dentro do contexto pode ser uma forma de educar os alunos como os dessa
instituição.
40
Através do diálogo e da cooperação entre as matérias a
interdisciplinaridade busca novas alternativas, possibilidades de ensinar da
melhor forma.
Com a transformação das dificuldades em facilidades, a assimilação da
matéria da sala de aula se torna mais fácil, pois associação com o contexto é
bem mais constante e a aprendizagem se torna mais intensa, uma vez que os
conteúdos fixam mais na mente dos alunos.
O brincar já é algo natural da criança, é através dele que sua vida se
desenvolve, pois permite maior socialização entre os grupos com que convive.
A vivência escolar ensina aos alunos que a prática da Matemática é contar, e o
Português se aprende escrevendo. A interdisciplinaridade demonstra que tudo
pode se unir e ser vivenciado de forma conjunta.
O fato de ser interdisciplinar implica conhecer idéias novas, buscar formas
capazes de inovar, tornando, assim, a prática desafiadora, exigindo um novo
modo de agir e pensar. Exige que os profissionais da educação abandonem o
pensamento unidirecionado e busquem, no trabalho interdisciplinar, uma forma
de melhorar os problemas de aprendizagem que o ensino compartimentado em
disciplinas tem trazido às escolas.
41
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
A escola já trabalha com uma proposta interdisciplinar e, até o presente
momento pode se observar claramente um excelente trabalho desenvolvido.
Os alunos demonstram bastante interesse em participar das atividades
e, sempre que há necessidade, a coordenação da escola intervém, afim de
corrigir erros e promover a efetivação de um ambiente mais propicio ao
processo ensino-aprendizagem.
42
CONCLUSÃO
Conclui-se que a interdisciplinaridade só pode ser alcançada quando há
participação de todos os professores envolvidos nesse projeto, pois se cada
um se mantiver numa postura unidrecionada os objetivos não poderão ser
alcançados
Em uma postura interdisciplinar, uma disciplina completará a outra,
através de uma prática pedagógica mais competente. Cada disciplina tem seus
objetivos, com a Educação Física não é diferente, mas, se houver um trabalho
diferenciado cada disciplina alcançara tais objetivos mais rapidamente e com
resultados mais positivos.
A Matemática esta presente em nosso dia a dia, por isso, se for juntada
a Educação Física se tornara mais fácil. Com essa interdisciplinaridade, o
aluno projeta o conteúdo aprendido na teoria da sala de aula nas atividades do
seu cotidiano, através de jogos e recreações.
Usando as praticas da Educação Física, o aluno se torna mais
socializador, pois aprende a respeitar seus limites e a respeitar os limites e
espaços das outras pessoas.
A interdisciplinaridade é um meio alternativo para se trabalhar, nesta
pesquisa queremos afirmar e mostrar como pode ser benéfica tanto para o
professor de Educação Física, quanto para o professor de Matemática, e
consequentemente para melhor aprendizado dos alunos, no caso, em especial,
os alunos do 5° ano.
Uma forma interdisciplinar exige dos professores ousadia, inovação,
criação, para a elaboração das aulas, a partir de trocas de ideias e conteúdos,
com os professores das outras matérias. Neste caso entre os professores de
Educação Física e Matemática.
Porém a insegurança de alguns professores acaba complicando o
desenvolvimento de uma troca interdisciplinar, pois este acaba se fechando em
sua especialização e com medo de perder o prestigio pessoal em sua matéria.
Por isso, é preciso que haja uma queda de barreiras,uma vez que um trabalho
desse tipo,ou seja, o trabalho interdisciplinar exige, diálogo muito com
professores de outras disciplinas.
43
De acordo com Fazenda(2006, p.128) a interdisciplinaridade demanda
uma abordagem relacional, que tem como característica estabelecer ligações,
complementaridade, convergências, interconexões e uma a abordagem
ampliativa, caracterizada por preencher o vazio entre duas ciências existentes
e a abordagem radical que busca outra estruturação, em substituição á
disciplina.
As bases para uma teoria de ensino interdisciplinar são: pedagogia
apropriada, processo integrador, ensino em equipe, mudança institucional e
relação entre disciplinaridade e interdisciplinaridade. Estes são os pontos
essenciais para uma educação interdisciplinar de qualidade, que exigem um
esforço muito grande de todos que fazem parte de um processo para que
ocorram transformações amplas e significativas.
O professor na sociedade de hoje deve saber que o conhecimento, a
competência e o talento artístico estão incorporados à pratica hábil, o que se
domina “reflexão-em-ação”. Por isso, os professores trabalham em contexto de
complexidade, incertezas, singularidade, instabilidade e conflito de valores
(FAZENDA, 2006, p.130)
A escola constitui-se de um espaço de trabalho e de formação, o que
implica uma gestão democrática, praticas curriculares participativas e redes de
formação continuas. (Fazenda, 2006, p.132).
44
REFERÊNCIAS
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ARIÉS, P. História Social da Criança e da Família. 2. ed. Rio de Janeiro : Guanabara, 1986.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil/ – Brasília: MEC/SEF, 1998. V1 introdução.
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FAZENDA. I. Interdisciplinaridade na Educação Brasileira. 1ed. São Paulo: Sumaré, 2006.
______. A Virtude da Força nas Práticas Interdisciplinares. 1ed. São Paulo: Campinas, 1999.
JABU. M. Amarelinha. Educacao.uol.com.br. São Paulo, 4 de julho de 2011. Disponível em: HTTP://www.efdeportes.com. Acesso em: 29 de junho de 2011. http://educacao.uol.com.br/planos-aula/fundamental/educacao-fisica-amarelinhas.jhtm
Jogos Tangram. Racha Cuca. Disponível em: http://rachacuca.com.br/jogos/tangram/. Acesso em: 23 Agosto de 2011.
MARQUES, M. Saraya. O lúdico: jogos, brinquedos e brincadeiras na construção do processo de aprendizagem na educação infantil. Disponível em http://www.pedagogiaaopedaletra.com/posts/monografia-ludico-jogos-brinquedos/. Acesso em: 18 Agosto de 2011.
MAURICIO, J. Tavares. Aprender brincando: o lúdico na aprendizagem. Disponível em: HTTP://
MARQUES, M. S. O lúdico: Jogos, brinquedos e brincadeiras na construção do processo de aprendizagem na educação infantil. Pedagogia ao Pé da Letra em jun 24, 2011. Disponível em:
45
http://www.pedagogiaaopedaletra.com/posts/monografia-ludico-jogos-brinquedos/
MOREIRA. S. G. O Lúdico no Ensino Matemática. Disponível em http://www.impactosmt.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=57:o-ludico-no-ensino-da-matematica&catid=38:artigos&Itemid=59. Acesso em 21 de Junho de 2011.
PIAGET, Jean. A representação do mundo na criança. Rio de Janeiro: Record, 1975. ______. Jean. Psicologia e pedagogia, 2ed. Rio de Janeiro: Forense, 1972.
RAMOS, M. C. A. L. Jogar e Brincar: Representando papéis, a criança, constrói o próprio conhecimento e, consequentemente, sua própria personalidade. Disponível: http://www.icpg.com.br/artigos/rev01-07.pdf. Acesso em: 15 de Julho 20011.
SMOLE, Kátia Stocco. Brincadeiras infantis nas aulas de matemática. Porto Alegre: Armed, 2000.
VAYER, P. A criança diante do mundo: na idade da aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1982.
IAVORSKI. J; VENDITTI JUNIOR. R. A ludicidade no desenvolvimento e aprendizado da criança na escola: reflexões sobre a Educação Física, jogo e inteligências múltiplas. Efdeportes.com. São Paulo, 4 de julho de 2011. Disponível em: HTTP://www.efdeportes.com. Acesso em: 29 de junho de 2011.
46
APÊNDICES
47
APÊNDICE A – Roteiro de estudo de caso
1 INTRODUÇÃO
Será realizado estudo de caso no Centro Educacional Nossa Senhora
Auxiliadora, analisando aspectos voltados para o ensino da Matemática
utilizando-se de atividades lúdicas e recreativas nas aulas de Educação Física.
1 RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO ASSUNTO
ESTUDADO
O estudo será complementado pelo depoimento de dois alunos do 5º
Ano, do professor de Educação Física, do professor de Matemática do 5º Ano e
por fim depoimento da coordenação do 5º Ano.
2 DISCUSSÃO
Confronto entre teoria (referencial teórico dos primeiros capítulos) e a
prática utilizada pela Instituição.
3 PARECER FINAL SOBRE O CASO
A interdisciplinaridade vem mostrar e provar que a educação da criança,
melhora o aprendizado motor e cognitivo, e a criança se interessa mais quando
o conteúdo a ser trabalho é lúdico, e prazeroso ao aluno.
48
APENDICE B – Roteiro de Observação Sisitematica
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Empresa: Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora
Local: Rua: Dom Bosco 431, Centro Lins
II DADOS A SEREM OBSERVADOS
1 A prática interdisciplinaridade na Instituição de Ensino.
2 Observar a mudança comportamental e assimilatória dos alunos, através dos
conceitos matemáticos associados a atividades lúdicas.
49
APENDICE C - Roteiro de entrevista para os alunos
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Sexo: ............................................................................................................
Idade: ...........................................................................................................
Serie:............................................................................................................
Cidade: ..................................................... Estado:……………………………
II PERGUNTAS ESPECIFICAS
1 Através da aula de Educação Física é mais fácil aprender a matemática?
( ) Sim ( ) Não
1 Nas aulas de Educação Física do que você mais gosta?
( ) Jogos Competitivos ( ) Brincadeiras
( ) Atividades Lúdicas
2 É difícil aprender Matemática?
( ) Sim ( ) Não
3 Descreva em que você teve dificuldade na Matemática?
.....................................................................................................................
4 A memorização da Matemática em que você teve dificuldades, foi
facilitada pela Educação Física.
.....................................................................................................................
5 É possível brincar e aprender Matemática ao mesmo tempo?
( ) Sim ( ) Não
50
APÊNDICE C – Roteiro de entrevista para o professor da sala
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Sexo: ............................................................................................................
Idade: ...........................................................................................................
Formação Acadêmica: ................................................................................
Cidade:...................................................... Estado:…………………………..
II PERGUNTAS ESPECIFICAS
1 Você considera a Educação Física como um importante complemento para o
ensino da Matemática?
( ) Sim ( ) Não
1.1 Justifique
.....................................................................................................................
2 Seu alunos se interessaram mais pela Matemática após ser desenvolvido a
interdisciplinaridade com a Educação Fisica?
.....................................................................................................................
3 Na Matemática qual a dificuldade mais comum entre os alunos?
.....................................................................................................................
4 A Educação Física ajudou nesta dificuldade?
( ) Sim ( ) Não
4.1 Justifique
.....................................................................................................................
51
APÊNDICE D – Roteiro de entrevista para o professor de educação fisica
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Sexo: ............................................................................................................
Idade: ...........................................................................................................
Formação especifica: ...................................................................................
Cidade: ..................................................... Estado:………………………………...
II PERGUNTAS ESPECIFICAS
1 Ao preparar a aula você busca as dificuldades dos alunos com o professor da
sala?
.....................................................................................................................
2 É usado o lúdico, recreações e brincadeiras para facilitar o entendimento da
Matemática através da Educação Física?
.....................................................................................................................
4 Em que momento é usada a interdisciplinaridade nas aulas ou não é
utilizada?
.....................................................................................................................
52
APENDICE E – Roteiro de entrevista para o coordenador do 5º Ano
I DADOS DE IDENTIICAÇÃO
Sexo: ............................................................................................................
Idade: ...........................................................................................................
Formação: ....................................................................................................
Cidade:...................................................... Estado:………………………………….
II PERGUNTAS ESPECIFICAS
1 Qual a importância do processo interdisciplinar na aprendizagem de ensino?
.....................................................................................................................
2 É possível uma escola sem o professor de Educação Física?
.....................................................................................................................
3 Há melhor rendimento dos alunos com a interdisciplinaridade da Matemática
e Educação Física?
.....................................................................................................................
5 Como é a convivência entre o professor do 5º Ano com o professor de
Educação Física?
.....................................................................................................................
53
ANEXOS
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