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  • 1

    FACULDADE DE PAR DE MINAS Curso de Pedagogia

    Fernanda Cristina de Oliveira Fonseca

    A IMPORTNCIA DA LITERATURA INFANTIL NA FORMAO DE ALUNOS LEITORES

    Par de Minas - MG 2015

  • 1

    Fernanda Cristina de Oliveira Fonseca

    A IMPORTNCIA DA LITERATURA INFANTIL NA FORMAO DE ALUNOS LEITORES

    Monografia apresentada Coordenao de Pedagogia da Faculdade de Par de Minas como

    requisito parcial para a concluso do Curso de Pedagogia.

    Orientadora: Vanessa Faria Viana

    Par de Minas - MG 2015

  • 2

    Fernanda Cristina de Oliveira Fonseca

    A IMPORTNCIA DA LITERATURA INFANTIL NA FORMAO DO ALUNO LEITORES

    Monografia apresentada Coordenao de Pedagogia da Faculdade de Par de Minas como requisito parcial para a concluso do Curso de Pedagogia.

    Aprovada em: ____/____/____

    Orientadora: Prof Ms. Vanessa Faria Viana

    Examinador:

    Examinador:

  • 3

    DEDICATRIA

    Dedico este trabalho a Deus, que iluminou

    o meu caminho durante esta caminhada,

    e, especialmente, a Guilherme Soares de

    Almeida (in memorian) pelo amor e

    incentivo.

  • 4

    AGRADECIMENTO

    Primeiramente a Deus por no deixar que eu desistisse de concluir meu sonho,

    por me dar foras para continuar esta caminhada.

    A minha famlia, pela compreenso e capacidade de acreditar em mim. Minha

    querida me, pelo amor incondicional; pai, pela presena que me d segurana

    e certeza de que no estou sozinha nesta caminhada; meus irmos Leonardo e

    Lorena pelo amor, carinho, pacincia.

    Em especial a Natlia Scoralick e a Maria Aparecida Duarte Lima, pelo carinho

    e por ter me apoiado nas decises mais difceis que precisei tomar.

    A minha orientadora Vanessa Faria Viana pela dedicao, pacincia,

    disponibilidade e carinho.

    Aos meus amigos que de alguma maneira contriburam para meu sucesso,

    obrigada por existirem em minha vida.

    A todos os professores do CMEI Jos de Queiroz e E.E Ademar de Melo por

    contriburem na troca de experincias e agregarem conhecimentos para minha

    formao.

    Ao meu saudoso marido Guilherme (in memorian) pelo amor, carinho, por ter

    me incentivado a lutar pelos meus sonhos, pois sem seu incentivo no teria

    chegado at aqui. Sei que de onde estiver estar feliz por eu ter conseguido

    esta graduao. Esta vitria dedico a voc, obrigado por tudo, saudades

    eternas!

  • 5

    Ainda acabo fazendo livros onde as nossas

    crianas possam morar.

    (Monteiro Lobato)

  • 6

    RESUMO

    Atravs de pesquisas bibliogrficas e abordagem qualitativa quantitativa, por meio

    de questionrios, este trabalho tem o objetivo de analisar a importncia da

    literatura infantil na formao de alunos leitores, averiguando como est sendo

    inserida a literatura infantil na formao de leitores. A literatura infantil

    fundamental para se formar alunos leitores e, junto com a famlia, professores tm

    grandes chances de formar alunos leitores crticos, competentes e que apreciem

    o mundo da leitura. Quando se faz um trabalho significativo, percebe-se um fator

    construtivo no desenvolvimento do leitor, que estimula e favorece o trabalho

    enriquecedor que a literatura infantil propicia. Na anlise dos dados foi feita uma

    pesquisa com professores da rede estadual e particular, sendo utilizados

    questionrios para a obteno dos resultados.

    Palavras chaves: literatura infantil. Formao de leitores

  • 7

    ABSTRACT

    Through bibliographical research and quantitative qualitative approach through

    questionnaires this work aims to analyze the importance of children's literature

    in the formation of readers students. Ascertaining how it is being inserted into

    the children's literature in the formation of readers. Children's literature is

    fundamental to graduate students and readers together with the family;

    teachers have high chances of graduating critical readers students, competent

    that enjoy the world of reading. When doing meaningful work, you can see a

    constructive factor in the development of the reader, which encourages and

    promotes enriching work that children's literature provides. Data analysis was

    done a research with teachers at state and private schools, and used

    questionnaires to obtain the results.

    Key words: children's literature. Training of readers

  • 8

    LISTA DE FIGURAS

    GRFICO 1: Especificao do cargo

    25

    GRFICO 2: Especificao da rede de ensino

    26

    GRFICO 3: Tempo de atuao como docente

    26

    GRFICO 4: Voc se considera um professor leitor

    27

    GRFICO 5: A escola possui biblioteca

    28

    GRFICO 6: Existe algum projeto que incentive os alunos a ler

    29

    GRFICO 7: A literatura infantil apresentada de maneira prazerosa

    29

    GRFICO 8: Os alunos possuem um ambiente que proporcione o contato com a leitura

    30

    GRFICO 9: As atividades literrias acontecem com participao da famlia

    31

    GRFICO 10: As crianas j trazem algum contato com o mundo da literatura

    31

    GRFICO 11: Voc como professor se apropria da literatura infantil na formao de alunos leitores

    32

  • 9

    SUMRIO

    INTRODUO ................................................................................................... 9

    2. CONTEXTO HISTRICO DA LITERATURA INFANTIL ..............................12

    2.1 LITERATURA INFANTIL ........................................................................................... 12

    2.2 LITERATURA INFANTIL NO BRASIL.......................................................................... 15

    3. PROFESSORES E FAMLIA NO PROCESSO DE FORMAO DE

    ALUNOS LEITORES ........................................................................................18

    3.1 A IMPORTNCIA DO INCENTIVO LEITURA PARA FORMAO DE ALUNOS LEITORES18

    4. METODOLOGIA ...........................................................................................23

    5. ANLISE SOBRE A METODOLOGIA APLICADA ......................................25

    5.1 A IMPORTNCIA DA FORMAO CONTNUA DOS PROFESSORES ............................. 25

    5.2 ANLISE DE DADOS ............................................................................................... 25

    5.2.1 A insero da Literatura Infantil e seus ambientes ....................................28

    5.2.2 Reflexo sobre as opinies dos professores sobre o tema a importncia

    da literatura infantil na formao de alunos leitores. ............................................ 33

    6. CONCLUSO ...............................................................................................37

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .................................................................39

    APNDICE A QUESTIONRIO.....................................................................41

  • 10

  • 9

    INTRODUO

    O presente estudo tem por finalidade destacar a importncia da literatura

    infantil na formao de alunos leitores, levando em considerao a participao de

    pais e professores nessa insero da leitura. Objetiva-se mostrar o campo de

    possibilidades que a participao desde os primeiros anos da criana em um

    ambiente que lhe proporcione o contato com a leitura possa possibilitar capacidades

    cognitivas, afetivas, intelectuais que sejam motivadoras para a insero no mundo

    da literatura infantil.

    Esse despertar nas crianas o fascnio pelo mundo da leitura visa um trabalho

    engajado pelos educadores, para que as descobertas sejam significativas. Trabalha-

    se a oralidade, a traduo das imagens que cercam a leitura, a capacidade de

    escutar entre outros aspectos relevantes para contribuio do processo de

    desenvolvimento como leitor.

    As crianas que esto envolvidas com histrias no seu cotidiano, sejam elas

    orais ou escritas, sero as que mais tm chances de serem leitores fluentes, que

    despertaro o gosto pela leitura. Geralmente os primeiros contatos das crianas com

    o universo da literatura so com os adultos, vindo aps o seu contato com os livros

    no qual podero reproduzir atravs de suas prprias imagens, fatos que viram de

    sua imaginao atravs da histria que escutou do adulto. Esse processo

    fundamental para a formao de pequenos leitores.

    A relevncia de se ter um ambiente com materiais didticos, variedades de

    livros infantis, acessibilidade para que possam explorar toda a magia que a literatura

    propicia, tambm elemento fundamental da prtica pedaggica que desenvolve a

    fantasia, imaginao, formulao de ideias, estimula a ateno, a observao,

    memria, reflexo. Mas todo esse trabalho s realmente significativo quando o

    professor se tem entusiasmo e busca maneiras diferentes de englobar literatura

    infantil com as crianas, diariamente.

    A formao de alunos leitores algo fundamental. A insero da leitura

    propicia um melhor desenvolvimento no leitor, seja na oralidade, na escrita, na

    formao de leitores crticos, na percepo de mundo, no convvio social e pessoal.

    Para Fanny Abramovich (2008), ler, para mim, sempre significou abrir todas as

  • 10

    portas pra entender o mundo atravs dos olhos dos autores e da vivncia das

    personagens..."

    O processo de formao de alunos em conjunto com a literatura visa em um

    trabalho desafiador, pois necessrio formar alunos leitores fluentes capazes de

    interpretar, questionar, analisar e compreender o que est escrito explcitoe ou

    implcito no texto.

    A literatura infantil em parceria com a leitura na formao de alunos leitores

    compartilham do mesmo mundo, pois ambas so mgicas, ldicas, questionadoras e

    desafiadoras. Juntas, elas fazem com que o professor englobe-as em uma

    aprendizagem significativa, tornando o aluno mais culto, desenvolvendo suas

    habilidades, atribuindo fantasia no processo de imaginao, criao e aprendizagem

    pela leitura.

    Ao professor cabe despertar o adormecido no prazer pela leitura de maneira

    que motive seu aluno, deixando de lado que ler uma simples obrigao.

    Disso decorre o papel primordial da insero e valorizao da literatura infantil

    como uma ferramenta eficaz para que o professor faa um trabalho que leve a

    leitura a uma ao significativa na formao do leitor. Implica em todo o

    envolvimento que o professor dar a consolidao desse processo, a literatura

    exerce uma tarefa a ser cumprida socialmente, num papel transformador, seja na

    formao de leitores, no convvio natural entre leitor/livro.

    Nessa perspectiva, faz-se necessrio refletir: O professor apropria da

    literatura infantil para formar leitores? Existe participao da famlia na insero da

    leitura? As crianas j trazem contato com o mundo da literatura infantil?

    Diante das consideraes acima, pode-se dizer que o contato com as estrias

    infantis um momento oportuno para convidar o pequeno leitor a participar de um

    processo interativo, visto que as crianas nessa faixa etria necessitam ser

    despertadas para uma aprendizagem mais ldica e prazerosa.

    Pensando em vrias possibilidades de como trabalhado a literatura infantil

    na formao de alunos leitores e sua importncia surgiu o interesse de estudar esta

    temtica. Ressalta-se, que a princpio o que motivou a desenvolver o determinado

    estudo foi o contato com alunos de escolas estaduais e particulares, nas quais se

    observou algumas prticas de leituras. Com o interesse crescendo gradativamente,

    foi desenvolvida uma pesquisa de campo de abordagem quantitativo-qualitativo,

    cujos professores das duas redes de ensino responderam aos questionrios.

  • 11

    Os captulos que compem esta monografia apresentam-se, quanto

    distribuio de contedos da seguinte maneira: no segundo captulo apresentado

    contextos histricos da literatura infantil at sua chegada ao Brasil, mostrando os

    avanos e contribuies dos autores que mais se destacaram do sculo XVII at os

    dias atuais.

    No terceiro captulo enfatizam-se novos olhares: professores e famlia no

    processo de formao de alunos leitores. Esse captulo suma importncia para o

    desenvolvimento do trabalho.

    No quarto captulo apresenta-se a metodologia aplicada na pesquisa em

    forma de questionrio

    O quinto captulo destina-se anlise sobre a metodologia aplicada, seguida

    de relatos dos professores que participaram da pesquisa.

    A concluso seguida das referncias bibliogrficas e apndice.

  • 12

    2. CONTEXTO HISTRICO DA LITERATURA INFANTIL

    2.1 Literatura infantil

    Durante o sculo XVIII, a viso de infncia no era concebida. A criana era intercalada no mundo do adulto, ouvia as mesmas estrias que eles ouviam,

    participava da literatura na qual o adulto era inserido.

    Eram, porm, estrias bem diferentes, pois as crianas nobres ouviam

    geralmente grandes clssicos e as crianas da classe popular ouviam as estrias de

    aventuras, os contos, as lendas folclricas e a literatura de cordel que despertavam

    o interesse da classe popular.

    A literatura infantil iniciou sua trajetria com as mudanas da estrutura

    familiar, que no focava mais na amplitude de parentesco, mantendo a privacidade

    familiar e impedindo que seus parentes distantes participassem dos planos

    familiares individuais. Regina Zilberman (1987) salienta:

    Antes da constituio deste modelo familiar burgus, inexistia uma considerao especial para com a infncia. Esta faixa etria no era percebida como um tempo diferente, nem o mundo da criana como um espao separado. Pequenos e grandes compartilhavam dos mesmos eventos, porm nenhum lao amoroso especial os aproximava. A nova valorizao da infncia gerou maior unio familiar, mas igualmente os meios de controle do desenvolvimento intelectual da criana e a manipulao de suas emoes. Literatura Infantil e escola, inventada a primeira e reformada a segunda, so convocadas para cumprir esta misso. (ZILBERMAN, 1987, p.13).

    Com a decadncia do feudalismo, criou-se um novo modelo de estrutura

    familiar voltado a preservar os filhos e o afeto. Desagregam-se os laos familiares e

    descentralizam os vnculos de favores, elos de sangue, dvidas ou compadrio. O

    Estado Absolutista, seguido do liberalismo burgus, centralizou o poder da poltica

    para minimizar a rivalidade que existia na nobreza feudal, gerando grandes valores

    familiares, com vises de unio familiar dando-se nfase ao afeto interno,

    solidariedade entre seus parentes, formulando uma identidade familiar com

    condies de privacidade assim valorizando a nova viso de infncia.

  • 13

    Essa viso passou a ver a criana de maneira especial, inserida na

    organizao familiar que visa responsabilidade no crescimento dos filhos para que

    alcanassem a idade adulta de forma saudvel. So novos olhares ao

    desenvolvimento intelectual dos filhos e controle de suas emoes. Nessa

    perspectiva se une escola e literatura infantil para alcanar xito na nova misso de

    propor textos voltados para as crianas.

    Educadores de vrias partes da Europa comearam a criar obras literrias

    mostrando a unio entre a Pedagogia e a Literatura Infantil. Os primeiros textos

    seguiam uma linha educacional que pretendia dominar a criana. Surge, assim, na

    Europa, uma preocupao em se criar uma literatura adequada para as crianas.

    Os textos criados daquela poca eram mais informativos e formativos,

    procura de uma literatura adequada para a infncia e juventude, observaram-se

    duas tendncias prximas das existentes: dos clssicos com novas adaptaes do

    folclore; e dos contos de fadas, ainda no voltados especificamente para a infncia,

    segundo Zilberman (1987).

    As obras literrias se tornaram universais, e, em cada pas, propostas

    diferentes foram voltadas para a literatura infantil. Autores importantes se

    destacaram como: Andersen, Carlo Collodi, Amicis, Lewis Carrol, J.M. Barrie, Mark

    Twain, Charles Dickens, Ferenc Molnar. Assim muitas obras literrias infantis

    ficaram duvidosas, sendo que obras adultas eram lidas para crianas. Andrade

    citado por Cunha (1983) ressalta que a origem da literatura infantil foi traada em

    uma prtica que leva a muitas dvidas, mas esse universo da literatura existe e traa

    suas prprias caractersticas particulares.

    O gnero literatura infantil tem a meu ver, existncia duvidosa. Haver msica infantil? Pintura infantil? A partir de que ponto uma obra literria deixa de constituir alimento para o esprito da criana ou do jovem e se dirige ao esprito do adulto? Qual o bom livro para crianas, que no seja lido com interesse pelo homem feito? Qual o livro de viagens ou aventuras, destinado a adultos, que no possa ser dado a crianas, desde que vazado em linguagem simples e isento de matria de escndalo? Observados alguns cuidados de linguagem e decncia, a distino preconceituosa se desfaz. Ser a criana um ser parte, estranho ao homem, e reclamando uma literatura tambm parte? Ou ser literatura infantil algo de mutilado, de reduzido, de desvitalizado --- porque coisa primria, fabricada na persuaso de que a imitao a prpria infncia? ( ANDRADE, apud CUNHA, 1983, p.21)

  • 14

    J no sculo XVII, se percebia um interesse com olhar especial para a

    infncia, protestantes ingleses e franceses publicaram seus primeiros livros e no

    sculo XVIII passa-se a assistir a passagem completa da infncia ao centro das

    consideraes. Stone citado por Zilberman (2003) comenta:

    Um quarto sinal era a identificao das crianas como um grupo de status especial, distinto dos adultos, com suas instituies especiais prprias, como as escolas, e seus prprios circuitos de informao, dos quais os adultos tentaram excluir, de modo crescente, o conhecimento sobre o sexo e a morte. (STONE, apud ZILBERMAN, 2003, p.38).

    Charles Perrault destacou-se na histria literria no como um poeta clssico,

    mas sim como autor de uma literatura popular, em uma poca to menosprezada

    pelo ideal que tinha em seu tempo. Perrault se torna um dos autores com maiores

    sucessos voltados para o pblico infantil: criou os contos de fadas. Les Contes de

    Ma Mre I Oye uma coletnea criada em 1697, traduzidas em vrios idiomas,

    marcada por oito contos podendo destacar A Bela Adormecida no Bosque,

    Chapeuzinho Vermelho, O Barba Azul, A Gata Borralheira ou Cinderela que

    esto inseridos no folclore infantil.

    Atribuindo poderes aos seus personagens monstros e animais das estrias

    que eram contadas pelos camponeses, Perrault destacava o combate entre o bem e

    o mau, os fracos e os fortes, o belo e o feio, caracterizando seus personagens da

    classe inferior por vencer a classe nobre pela inteligncia.

    Jacob (1785-1863) e Wilhelm (1786-1859), popularmente conhecidos como

    Irmos Grimm, no incio do sculo XIX adaptaram algumas fbulas para o estilo da

    literatura infantil, surgindo famosos personagens como Rapunzel, Branca de Neve,

    Joo e Maria, entre outros. Na primeira coletnea publicaram 86 contos e ao se

    passar dois anos, publicaram outra coletnea com 70 contos.

    Tal como fizeram os Irmos Grimm, Hans Christian Andersen criou contos

    que acabaram o consagrando como um dos escritores mais famosos para a

    literatura infantil. Em seus contos predominavam o mundo maravilhoso e, dentre

    suas obras mais divulgadas, podemos destacar: O Patinho Feio, O Soldadinho de

    Chumbo, O Rouxinol do Imperador. Apesar das exigncias do mundo atual,

    Andersen continua com um pblico grande, suas obras foram escritas com ternuras,

    sendo realistas e no omitia as relaes que a violncia trazia nas vidas das

    pessoas.

  • 15

    Ao que consta, segundo Nelly Novaes Coelho (2010), as narrativas e

    adaptaes que foram recolhidas pelos Irmos Grimm pertenciam variada tradio

    oral, com Andersen no aconteceu o mesmo, ele utilizou de duas fontes, sendo que

    a primeira pertencia literatura popular que era preservada pela tradio oral ou

    sem manuscritos e a segunda vida real que era presenciada atravs de seus

    olhos. Suas obras mostram que Andersen teve mais ousadia em inventar do que os

    outros autores antecessores.

    2.2 Literatura Infantil no Brasil

    Final do sculo XIX, no Brasil, surgem as primeiras edies de livros da

    literatura infantil, com a implantao da Imprensa Rgia que servia s exigncias da

    linha pedaggica e ideolgica. No primeiro momento havia uma ideia fixa de adaptar

    ou traduzir os livros que estavam fazendo grande sucesso na Europa. A partir da

    Proclamao da Repblica, comeou-se a consolidar os livros infantis, a sociedade

    brasileira que passava em momentos de urbanizao, se deparou com a

    necessidade de instruir seu pblico com produes culturais modernas.

    Com todo o processo de transformao que acontecia na poca, as escolas

    passaram a ter papis fundamentais na formao das crianas, os livros escolares e

    os infantis acabaram se aproximando. As caractersticas que marcavam as obras

    que estavam surgindo eram: modelar um Brasil exuberante e antecipar um futuro

    vitorioso. No muito diferente dos outros pases, o Brasil teve seu incio com obras

    literrias mais voltadas ao pedaggico, trazendo adaptaes portuguesas que

    mostravam a dependncia que existia entre as colnias.

    Na fase inicial, a literatura infantil brasileira foi marcada por Carlos Jansen em

    Contos seletos das mil e uma noites, Robinson Cruse em As viagens de Gulliver

    a terras desconhecidas, Figueiredo Pimentel com Contos da Carochinha, Contos

    ptrios com Coelho Neto e Olavo Bilac. Maria Antonieta Antunes Cunha (1983,

    p.20) nos mostra: Com Monteiro Lobato que se tem incio a verdadeira literatura infantil brasileira. Com uma obra diversificada quanto a gneros e orientao, cria esse autor uma literatura centralizada em alguns personagens, que percorrem e unificam seu universo ficcional. No Stio do Pica-pau Amarelo vivem Dona Benta e Tia Nastcia, as personagens adultas que orientam crianas (Pedrinho e Narizinho), outras criaturas (Emlia e Visconde de Sabugosa) e animais como Quindim e Rabic. (CUNHA, 1983, p.20).

  • 16

    Monteiro Lobato, no ano de 1921, ao publicar A menina do narizinho

    arrebitado deu uma grande virada na literatura. Mostrou-se preocupar em produzir

    estrias nas quais tivessem uma linguagem que a criana conseguisse compreender

    e fosse atrada por ela. Alcanou o sucesso desejado, pois sua publicao

    referncia nos nveis mais alto da literatura infantil no Brasil. Rompendo a

    subordinao do padro culto, Lobato inseriu a oralidade nas falas e discursos

    narrados pelos personagens de maneira que a linguagem usada fosse criativa.

    Ao criar Dona Benta, a personagem narradora que conta histrias, resgata as

    antigas narrativas orais. Com os avanos alcanados principalmente por Monteiro

    Lobato, a literatura infantil brasileira sofreu regresso no quesito criatividade de 1945

    at a dcada de 60. As obras de Lobato na dcada de 50 acabaram sendo

    absorvidas e repetidas por novos autores, sem criar ou mesmo se preocupar em

    reproduzir as variedades culturais do Brasil na sua prpria linguagem.

    A produo brasileira voltada para a infncia iniciou seu novo caminho na final

    da agitada dcada de 60, mas s se concretizou na prxima dcada. Os anos 60

    haviam iniciado de maneira promitente, com a revoluo militar contendo a

    sociedade, que podia de alguma forma colocar em perigo ou mesmo querer

    questionar a implantao do regime totalitrio. Muitos escritores incluindo os que

    escreviam livros infantis passaram a usar linguagens figurada para traduzir o que

    no era permitido. Nesse contexto, grandes obras eram usadas por smbolos e

    metforas. Sofrendo alteraes, muitas obras literrias j no eram mais adequadas

    ao pblico infantil, passaram a cumprir vozes que eram caladas pelos adultos para

    expressar o que a sociedade no podia falar ou manifestar.

    Novas apostas e reformas de ensino aconteceram nos anos 70 inserindo

    todas as camadas da populao. As portas das escolas foram abertas, passou-se a

    privilegiar o livro e a criana passou a ser vista como consumidores em potencial.

    Ainda na dcada de 70 surgiram novos autores que seguiam os traos de Lobato e

    comearam a estruturar uma nova literatura infantil traando caractersticas com

    humor, criatividade, linguagem moderna. Inserindo os problemas que a sociedade

    brasileira passava em seus temas, visavam formar crianas capazes de participar e

    serem reflexivas em suas prticas de leitura.

    A busca por expresso visual nas histrias infantis tambm foi destaque

    nessa dcada com Ana Maria Machado, Ruth Rocha e Ziraldo. Surgem tambm

  • 17

    outros autores renomados como Clarice Lispector, Vincius de Morais, Ceclia

    Meireles e Mrio Quintana. Em 1980, as publicaes voltadas para as crianas

    ganharam relevncia e muitos escritores mostraram-se interessados em produzir

    obras de boa qualidade que representassem o mundo infantil. Com a valorizao

    dos livros infantis, cuidados maiores ao produzi-los foram considerados e eles

    ganharam mais vida, humor e cor.

    As novas caractersticas aplicadas no decorrer desses tempos favoreceu que

    a leitura infantil fosse um caminho propcio de diversas linguagens possibilitando

    busca de aprendizagens e descobertas para que pudesse dar relevncia literatura

    infantil na formao de alunos leitores.

  • 18

    3. PROFESSORES E FAMLIA NO PROCESSO DE FORMAO DE ALUNOS LEITORES

    3.1 A importncia do incentivo leitura para formao de alunos leitores

    Para que se possam formar alunos leitores competentes, fluentes, crticos, no

    qual possam dominar a leitura e a escrita, atribuindo o uso constante de sua prtica,

    se faz necessrio que pais e professores incentivem a leitura durante toda a

    infncia. Desde pequena, as crianas j ouvem estrias na forma oral e esse

    processo enriquece o contato da criana com o mundo da leitura. Vygotsky citado

    em Maurcio (2010, p.63) relata que o adulto o mediador no processo de

    desenvolvimento da criana e oferece instrumentos para a apropriao do

    conhecimento.

    Esse primeiro contato com a literatura primordial no desenvolvimento da

    criana, quanto mais estmulos ao mundo da literatura, melhor ser a formao do

    pequeno leitor. de grande importncia a criana ser inserida no mundo da leitura

    pelos pais leitores, possibilitando o envolvimento, interesse e criando condies

    favorveis para a aprendizagem.

    Bem antes de a criana entrar na escola, ela j carrega consigo um contato

    cultural e social, propiciado pelos pais pela interao com a leitura, a fim de

    estimul-la. Vygotsky citado em Maurcio ( 2010, p.64) afirma que quando os pais

    ajudam e orientam a criana desde o incio de sua vida, do a ela uma ateno

    social mediada, a aprendizagem ganha significado e contribui para o bom

    desempenho da criana na sua vida escolar.

    Nessa perspectiva, os pais tm papel fundamental de propiciar o contato com

    a leitura de forma significativa e rica, facilitando o acesso no qual o professor

    desenvolver com a leitura. Abramovich (2008, p.16-17) afirma:

    Ah, como importante para a formao de qualquer criana ouvir muitas, muitas histrias... Escut-las o incio da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor ter o caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreenso do mundo... O PRIMEIRO CONTATO DA CRIANA COM UM TEXTO FEITO ORALMENTE, atravs da voz da me, do pai ou dos avs, contando contos

  • 19

    de fadas, trechos da Bblia, histrias inventadas (tendo a criana ou os pais como personagens), livros atuais e curtinhos, poemas sonoros e outros mais[...] (ABRAMOVICH, 2008, p.16-17).

    O contato com os livros propicia criana ter uma compreenso melhor de si

    e do mundo que a cerca. O contato com diversas leituras, de forma que fascine e lhe

    seja prazerosa, favorece o hbito de leitura, para que as crianas possam criar e

    recontar as estrias que ouvem, possam manusear os livros com prazer e

    encantamento.

    O professor deve ser o mediador entre a leitura e seus alunos. Abramovich

    (2008, p.17) ressalta:

    atravs duma histria que se podem descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra tica, outra tica... ficar sabendo Histria, Geografia, Filosofia, Poltica, Sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula... Porque, se tiver, deixa de ser literatura, deixa de ser prazer e passa a ser Didtica, que outro departamento (no to preocupado em abrir as portas da compreenso do mundo). (ABRAMOVICH, 2008, p.17).

    Contudo, a literatura infantil, seja apresentada por um conto de fadas, fbulas,

    gibis, mitos e ou lendas deve estar inserida na rotina de maneira prazerosa e ao

    mesmo tempo levada a srio. A literatura infantil uma pea essencial para formar

    leitores, alm de divertir, envolver e educar contribui na formao de leitores crticos,

    fluentes e pensantes. Avaliando essas contribuies, o professor deve aprimorar e

    valorizar suas aulas, envolvendo o aluno com prticas ldicas, prazerosas em sala

    de aula para que ele possa despertar na criana quando adulto um leitor

    competente, que no veja o momento de leitura como obrigao. Nesse sentido,

    Aguiar (2001, p.134) salienta que Formar leitores tarefa complexa que desafia

    professores, bibliotecrios e educadores em geral, especialmente nesta poca to

    dominada pelos meios de comunicao de massa, sobretudo pela televiso.

    O professor deve ser um leitor assduo, mostrar interesse pela leitura,

    conhecer as diferentes etapas de desenvolvimento, fazer escolhas apropriadas para

    a idade do aluno, disponibilizar livros diferentes, fazer leitura em voz alta, relatar

    estrias, apresentar livros, nomes de autores. Bamberger (1988, p.32) enfatiza o

    papel do professor como motivador para que ler seja um momento que tenha alegria

    para praticar as habilidades, prazer da atividade intelectual e domnio da habilidade

    mecnica.

  • 20

    Se o professor responder a essa motivao com material de leitura fcil, emocionante, apropriado ao grupo de idade especfico, e desenvolver esse primeiro material com livros de dificuldade crescente, as crianas se tornaro bons leitores. Um bom leitor gosta de ler. (BAMBERGER, 1988, p.32).

    O professor conhecendo os processos, respeitando as faixas etrias,

    desenvolver prticas de leitura que motivar os alunos a ler, despertar interesses

    pela leitura. Para que todo esse sucesso almejado acontea, preciso tambm que

    nas salas tenham espaos como cantinho de leitura, projetos literrios. O acesso

    biblioteca outro fator importante para formao de um leitor e nela deve conter

    obras literrias diversas, um acervo rico, diversidade de gneros e suportes. Ao

    poder ter contato com os livros de maneira prazerosa, de acordo com sua

    curiosidade e desejo, os alunos se sentiro motivados a ler, encontraro muitos

    momentos que podero requisitar ao professor obras que despertem interesse e

    vontade de conhec-la.

    Ler com prazer, desperta no aluno um mundo de possibilidades, de

    encantamento, de poder descobrir o mundo enorme de conflitos, de impasses, de

    encontrar solues, despertar o imaginrio, ter curiosidades a tantas perguntas,

    encontrar novas ideias para solucionar novas questes (como os personagens

    fazem), se identificar com os personagens os momentos relatados.

    O professor deve ter conhecimento de que criatividade e motivao so

    fundamentais, importante enfatizar o ldico para que seja bom o desempenho das

    prticas propostas e que consiga alcanar o que se espera da criana. A insero de

    leituras possibilitar que se formem alunos leitores crticos. A escola um dos

    espaos que se deve oferecer ambiente de leitura em variadas situaes.

    As crianas apresentam sentimentos diversos quando esto ouvindo estrias

    como, por exemplo, a tristeza, medo, alegria etc. Esse momento de aprendizado

    permite que a criana faa suas interpretaes, d suas opinies sobre o que foi lido

    e essa vivncia contribua para criar autonomia dos pensamentos. Nessa viso, a

    literatura infantil tem papel importante na vida de qualquer criana, pois proporciona

    melhor desenvolvimento cognitivo. Abramovic (2008) enfatiza que O ouvir histrias

    pode estimular o desenhar, o musicar, o sair, o ficar, o pensar, o teatrar, o imaginar,

    o brincar, o ver o livro, o escrever, o querer ouvir de novo (a mesma histria ou

    outra). Afinal, tudo pode nascer dum texto!

  • 21

    O contato com o mundo literrio, ao ouvir, manusear o livro pode despertar

    um interesse que contribuir com a formao enquanto leitor e dar uma viso mais

    ampla do meio em que est inserido. Dessa maneira, o professor deve ter a

    literatura infantil como uma ferramenta eficaz na insero do pequeno leitor.

    Muitos so os motivos que enfatizam a literatura infantil no processo de

    formao de leitores e no basta que a criana oua apenas uma estria, mas que

    essa prtica esteja nas suas rotinas, seja em casa com os pais e na escola com os

    professores. Abramovich (2008) afirma ouvir histrias viver um momento de

    gostosura, de prazer, de divertimento dos melhores... encantamento,

    maravilhamento, seduo...

    Em entrevista para a Revista Nova Escola (2007), Regina Zilberman enfatiza

    o trabalho com a leitura nas escolas e como importante que o professor seja ele

    mesmo um leitor, no seja s mais uma pessoa letrada, mas que com frequncia,

    seja um leitor que desfrute ler todos os tipos de leituras possveis, como ler jornais,

    revistas, bulas de remdio, romances, gibis.

    O professor reconhecendo-se como um leitor, poder transmitir aos seus

    alunos com prazer, demonstrando gosto e percebendo o que atrai seus alunos para

    poder desenvolver uma melhor insero literria. Mesmo sendo difcil essa

    percepo pelos gostos do aluno, que muitas vezes rejeita a leitura, como sendo um

    momento obrigatrio, vista somente como obrigao a aprender.

    Cabe ao professor saber avanar e desconstruir essa viso obrigatria em se

    aprender a ler, para que se possa caminhar em frente na obteno de muito mais

    que s aprender a ler, construir valores de reconhecimento da literatura, criando

    essa valorizao, oportunizando condies favorveis para esse processo para que

    se possam construir momentos prazerosos de leitura e vale ressaltar que esse

    processo tambm depende das condies que a escola favorece, como acesso

    biblioteca, participao ativa da famlia, formao continuada para os professores e

    reconhecimento deles mesmos como leitores.

    Ainda em entrevista da Revista Nova Escola (2015), Telma Weisz,

    especialista em alfabetizao, destaca que para se construir leitores, abrange toda a

    comunidade escolar professores, alunos e pais, mostrando a importncia de se

    garantir que as bibliotecas das escolas devem estar sempre de portas abertas para

    que todos tenham direito de tirar o livro da escola, que a biblioteca seja sempre

    circulante para no estar ao contrrio da formao de leitores.

  • 22

    Sabe-se que os alunos que melhor leem nas escolas, geralmente so os que

    tiram livros da biblioteca, que se interessam pela leitura. O professor deve mostrar

    que a leitura um momento procedimental que aprender a ler uma competncia

    que deve estar inserida em situaes em que a leitura um meio e no como um fim

    em si mesmo, o individuo l para alguma coisa e no s para aprender a ler.

  • 23

    4. METODOLOGIA

    A pesquisa realizada tem carter quantitativo-qualitativa, a escolha dessa

    metodologia definida atravs do questionrio. Gil (1999) relata:

    Pode-se definir questionrio como a tcnica de investigao composta por um nmero mais ou menos elevado de questes apresentadas por escrito s pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opinies, crenas, sentimentos, interesses, expectativas, situaes vivenciadas etc. (GIL, 1999, p.128)

    A metodologia utilizada contribuiu para levantar dados sobre o tema, a

    importncia da literatura infantil na formao de alunos leitores. Para que se

    averiguassem os dados propostos para anlise, foram escolhidos educadores de

    escolas particulares e estaduais, situadas em Par de Minas.

    A preferncia por escolher as duas redes de ensino ocorreu por intermdio do

    estgio realizado no ensino estadual. Observando como o trabalho sobre a insero

    da literatura infantil, surgiu interesse em se pesquisar como desenvolvido esse

    trabalho nas duas redes de ensino e como est o papel do professor e da famlia.

    O presente estudo se d pelo levantamento bibliogrfico e que possibilitou

    abordagem didtica e histrica do tema proposto. Um dos conceitos de uma

    pesquisa bibliogrfica, Gil (1999) explica que:

    A pesquisa bibliogrfica desenvolvida a partir de material j elaborado, constitudo principalmente de livros e artigos cientficos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, h pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliogrficas. Parte dos estudos exploratrios podem ser definidos como pesquisas bibliogrficas, assim como certo nmero de pesquisas desenvolvidas a partir da tcnica de anlise de contedo. (GIL, 1999, p.65)

    Atravs dos dados bibliogrficos temos contato com outros trabalhos

    desenvolvidos nessa mesma linha de estudo que j se tornaram pblicos, atravs de

    publicaes em jornais, peridicos, monografias, teses etc. A pesquisa bibliogrfica

    tem por finalidade propor ao pesquisador contato direto com tudo que j foi escrito,

    dito, filmado sobre o tema proposto.

  • 24

    No primeiro passo para a pesquisa bibliogrfica buscou-se adquirir

    embasamento terico para correlacion-lo com os dados que foram obtidos na

    pesquisa.

    O embasamento terico possibilita saber em que estado est atualmente o

    problema, as pesquisas que j foram realizadas e opinies diversas sobre o assunto,

    permitindo estabelecer um modelo terico inicial como referncia, auxiliando na

    elaborao das ideias geral da pesquisa.

    Nesta pesquisa foi utilizada a coleta de dados por meio de um questionrio.

    Lakatos (2010) explica sobre como deve se direcionar uma pesquisa por um

    questionrio.

    Questionrio um instrumento de coleta de dados, constitudo por uma srie ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presena do entrevistador. Em geral, o pesquisador envia o questionrio ao informante, pelo correio ou um portador; depois de preenchido, o pesquisado devolve-o do mesmo modo. Junto com o questionrio deve-se enviar uma nota ou carta explicando a natureza da pesquisa, sua importncia e a necessidade de obter respostas, tentando despertar o interesse do recebedor, no sentido de que ele preencha e devolva o questionrio dentro de um prazo razovel. (LAKATOS, 2010, p.184)

    Pelo questionrio, podem-se obter respostas precisas, pois atravs desse

    mtodo de coleta de dados, o entrevistado se sente livre para responder em razo

    do anonimato. Foram dez educadores que participaram de maneira tranquila sendo

    cinco da rede estadual e cinco da rede particular. Aps ficarem prontos, os

    questionrios foram recolhidos para serem feitas as anlises dos dados.

    Atravs dos dados obtidos e observaes sobre a pesquisa, apresentam-se

    algumas contribuies para que novos olhares sejam voltados para a formao de

    alunos leitores atravs da literatura infantil.

  • 25

    5. ANLISE SOBRE A METODOLOGIA APLICADA

    5.1 A importncia da formao contnua dos professores

    A formao de professores deve estar em contnua capacitao, principalmente no quesito formao de alunos leitores, para que se possa estar

    sempre em busca de novas prticas e informaes que agreguem valor para se ter

    uma aprendizagem significativa.

    O aperfeioamento na formao do professor possibilita que ele forme leitores

    crticos, fluentes, conscientes.

    Quando se tem seriamente convencido a importncia da leitura e dos livros

    para a formao de seus alunos, seja ela individual, social e cultural, melhor ser a

    contribuio do professor.

    O professor em constante busca de aprendizado sabe como primordial a

    leitura tanto para sua formao de qualidade, quanto em desenvolver prticas que

    estimulem o hbito de ler e criar estmulos para que se construam atitudes comuns

    para que o aluno possa gostar de ler e desenvolva comportamentos leitores.

    5.2 Anlise de dados

    GRFICO 1: Especificao do cargo

  • 26

    Fonte: Elaborado pela autora

    GRFICO 2: Especificao da rede de ensino

    Fonte: Elaborado pela autora

    GRFICO 3: Tempo de atuao como docente

  • 27

    Fonte: Elaborado pela autora

    GRFICO 4: Voc se considera um professor leitor

    Fonte: Elaborado pela autora

    Atravs dos dados estatsticos, conforme nos GRFS. 1 e 2, fica evidenciado

    que a pesquisa foi feita na rede particular e estadual, com professores regentes. No

  • 28

    GRF. 3 dentre os docentes entrevistados 10% dos entrevistados atuam na rea h

    menos de 5 anos, 30% atuam de 5 a 10 anos e 60% atuam h mais de 10 anos

    como docente.

    No GRF. 4 foi evidenciado 100% que os professores se consideram

    professores leitores, levando em considerao que professores leitores podem fazer

    com que os alunos experimentem na leitura um prazer idntico ao seu. A mediao

    desses professores leitores facilitar seu trabalho, pois conhecem a importncia de

    se ler e de ter propsitos claros, especficos, fazendo com que o aluno usufrua das

    obras literrias, da capa at o posfcio, no qual so procedimentos que leitores

    devem aprender estimulando atitudes comuns de pessoas que gostam de ler, fazer

    indicaes literrias, seguir autores, fazendo assim que seus alunos desenvolvam os

    comportamentos leitores.

    5.2.1 A insero da Literatura Infantil e seus ambientes

    sabido que para a formao de alunos leitores deve acontecer diariamente

    nas escolas momentos favorveis para a insero da literatura infantil, pois sabemos

    que l que podemos identificar a mola motora do crescimento do aluno leitor.

    Um dos fatores importantes que possibilita essa insero a biblioteca, mas

    para que isso acontea deve-se ser garantida uma biblioteca digna, aberta para seu

    pblico para que todos tenham acesso a ela e possam retirar livros, encontrar um

    acervo rico e diversificado. A escola que oferece a retirada do livro da escola a

    favor da formao de leitores, pois possibilita que ela seja uma biblioteca circulante

    e no uma simples biblioteca com livros na prateleira.

    Desencadear os projetos de leitura tambm de suma importncia nas

    escolas, pois desenvolve vrias prticas significativas para a formao do aluno

    leitor, oportuniza o trabalho com a oralidade, estimula a criatividade.

    GRFICO 5: A escola possui biblioteca

  • 29

    Fonte: Elaborado pela autora

    GRFICO 6: Existe algum projeto que incentive os alunos a ler

    Fonte: Elaborado pela autora

  • 30

    GRFICO 7: A literatura infantil apresentada de maneira

    prazerosa

    Fonte: Elaborado pela autora

    GRFICO 8: Os alunos possuem um ambiente que proporcione o contato com a

    leitura

  • 31

    Fonte: Elaborado pela autora

    Atravs do GRF. 5, percebe-se que 100% das duas escolas entrevistadas

    possuem bibliotecas, que um fator importante para concluir se a insero da

    literatura infantil feita em ambientes prprios e adequados.

    O GRF. 6 deixou ntido que os projetos desenvolvidos nas escolas so

    ferramentas eficazes no trabalho para desenvolver hbitos leitores que possam

    envolver os alunos, a comunidade escolar e pais visando a formao de alunos

    leitores e oportunizando trocas de experincias.

    No GRF. 7, conforme apresentado, mostra que 100% dos professores

    trabalham de maneira prazerosa a insero da literatura infantil, fazem que a leitura

    de textos literrios sejam atividades dirias e que professores tm se dedicado

    significativamente para desenvolver melhor envolvimento na leitura de seus alunos.

    O GRF. 8 evidenciou que os alunos possuem ambientes adequados que

    proporcionam o contato com a leitura, seja na sala de aula ou na biblioteca. A

    diversidade que se pode apresentar uma leitura seja na roda de leitura, em uma

    contao de estrias ou em uma narrao envolvendo os alunos, a imaginao de

    se criar algo atrativo em seus ambientes favorece a interao da leitura.

    GRFICO 9: As atividades literrias acontecem com participao da famlia

  • 32

    Fonte: Elaborado pela autora

    GRFICO 10: As crianas j trazem algum contato com o mundo da literatura

    Fonte: Elaborado pela autora

    Conforme estabelecido no GRF. 9, as famlias participam ativamente na

    formao de seus filhos, seja na participao de contao de estrias, estimulando a

    ler, recontando-as.

  • 33

    Sabe-se que de fundamental importncia a participao da famlia nas

    atividades literrias. O GRF. 10 revela que 100% das crianas esto chegando s

    escolas j inseridas no mundo da leitura e, com essa realidade, fica mais fcil fazer

    com que todos tenham oportunidades iguais de vivenciar as leituras e ter uma boa

    formao de alunos leitores fluentes, crticos capazes de ler e compreender o que se

    est sendo lido e o mais importante: de se ter o gosto de ler livros.

    5.2.2 Reflexo sobre as opinies dos professores sobre o tema a importncia da

    literatura infantil na formao de alunos leitores.

    GRFICO 11: Voc como professor se apropria da literatura infantil na formao de

    alunos leitores

    Fonte: Elaborado pela autora

    Todos os professores responderam que se apropriam da literatura infantil na

    formao de seus alunos.

    Nos questionrios aplicados foi pedido que se comentasse qual a viso sobre

    a importncia da literatura infantil na formao de alunos leitores, seguem as

    respostas dadas pelos professores participantes e classificados pela numerao 1 a

    10.

  • 34

    01-A literatura infantil abre portas para o mundo da imaginao. Ao competir

    com o rdio, cinema, televiso, celular e outros, o livro acaba perdendo seu

    espao principalmente entre as crianas. Em casa muitas vezes a criana no

    v ningum lendo, portanto, provvel que no adquira este hbito. Quando

    est na escola o momento de conhecer informaes que a levem a

    desenvolver conhecimentos sobre si e o mundo a sua volta. A literatura

    infantil viabiliza a compreenso de valores bsicos da conduta humana e

    convvio social. Alm de abrir portas para o encantamento, estimula a leitura,

    reconto e forma leitores pensantes, crticos e autnomos.

    02- A literatura infantil proporciona a criana a desenvolver a imaginao,

    emoo e sentimentos de forma prazerosa e significativa. Alm de contribuir

    na capacidade de expressar melhor suas ideias. Criando no aluno o gosto

    pela leitura. de grande importncia interao do aluno com a literatura

    infantil, pois contribui na sua aprendizagem e alfabetizao.

    03- A literatura, dentro das instituies de ensino, pode ir alm da simples

    transmisso de conceitos, regras e ajudar os alunos a obterem o gosto pela

    leitura e a construir sua viso de mundo. A literatura insere a criana no

    contato com o que diferente dela, pela existncia de pessoas e de

    pensamentos diferentes do seu, possibilitando relaes interdisciplinares e

    transversais do conhecimento sistematizado pela escola, garantindo o dilogo

    entre o mundo da leitura e a leitura do mundo.

    04- A literatura infantil um instrumento de suma importncia na construo de

    conhecimentos para a criana. Atravs da literatura, tornamos as crianas

    mais atentas, criativas, fazendo com que ela desperte para o mundo da leitura

    no s como um ato de aprendizagem significativa, mas tambm como uma

    atividade prazerosa.

    05- O desenvolvimento da leitura depende das estratgias que o professor

    utiliza, preciso colocar o aluno em contato com diferentes gneros literrios

    e lev-los compreenso, possibilitando que o aluno aflore a imaginao,

  • 35

    tenha gosto. Pois o bom da leitura o prazer. A criana que tem o prazer de

    ler nunca mais para, aprende a expressar.

    06- Na minha opinio, a literatura infantil o mundo do faz de conta na

    imaginao da criana. Percebo que o hbito de leitura difcil at para ser

    inserido juntamente com a famlia, mas atravs do incentivo dos projetos

    literrios que tentemos implantar essa sementinha nas crianas. O despertar

    pela leitura, quando alcanado com xito desperta na criana o gosto, o

    prazer de ler. Percebo que as crianas amam as histrias e no podemos

    deixar o encanto morrer.

    07- Projetos que chamem a ateno do aluno e faa que ele tenha gosto pelo

    livro e pela leitura.

    08- A bagagem de conhecimento que o aluno vai buscar a cada livro lido.

    09- Na minha opinio quanto mais cedo a criana comear a ter contato com os

    livros infantis, mais ela se desenvolve e toma gosto pela leitura.

    10- Atravs da leitura na educao infantil, a criana comea a ter hbito e gosto

    pela leitura, para ser futuramente um bom escritor. de pequeno que se

    aprende a ser grande.

    As respostas dadas pelos professores participantes relatam que de suma

    importncia a literatura infantil na formao de alunos leitores. Os entrevistados

    conhecem bem como se trabalha a leitura, consideram-se professores leitores, se

    apropriam da leitura como fator construtivo na formao de seus alunos.

    Observando a resposta 01 podemos perceber a preocupao que o professor

    tem com meios tecnolgicos que vm cada dia mais afastando o contato com os

    livros.

    Outro fator que podemos destacar a importncia do estmulo literrio em

    casa, atravs da famlia. Na resposta 06, o professor relata a dificuldade encontrada

    de inserir o hbito da leitura junto com a famlia. Na resposta 09 e 10 enfatizam que

  • 36

    quanto mais cedo o contato com a leitura, melhor ser o desenvolvimento do aluno

    pelo universo literrio.

    As respostas 05 e 07 nos revelam a importncia de se ter projetos que

    atraiam os alunos, que o papel do professor buscar estratgias para levar

    diferentes gneros literrios, trabalhando e despertando em seus alunos o senso

    crtico, fluncia e gosto pela leitura.

    As demais respostas 02, 03, 04 e 08 destacam a importncia da literatura

    infantil no desenvolvimento da criana e a importncia de ser um momento

    prazeroso para que se torne significativo para o aluno o ato de ler. Tambm para

    esses professores, os livros so bagagens de conhecimentos acessveis a cada

    livro lido.

    Percebe-se que todas as respostas so conscientes do papel importante de

    se fazer um trabalho eficiente, prazeroso e que os professores se apropriam da

    literatura infantil para formar alunos leitores.

    A formao de alunos leitores no tarefa fcil, mas estratgias ajudam na

    formao de bons leitores como: valorizar a leitura de maneira prazerosa,

    disponibilizar a leitura de textos diversos.

    Os professores participantes mostraram saber como importante

    proporcionar aos seus alunos prticas e ambientes que envolvam, criem situaes

    para que o aluno tenha oportunidade de interagir com textos literrios.

    Em entrevista a Revista Nova Escola (2003) Tereza Colomer enfatiza a

    importncia de que professores tambm sejam frequentadores dos espaos de

    leitura, se convencendo da necessidade de se conhecer as obras voltadas ao

    pblico infantil e jovem, ampliando o universo literrio.

    Assim se faz necessrio que tambm a escola oferea a seus professores

    recursos, materiais, ambientes que desenvolvam um trabalho significativo que

    provoque nos leitores o prazer e envolva todo o corpo docente, discente e famlia

    para que juntos se construam alunos leitores competentes e possam formar um

    mundo repleto de leitores eficientes e crticos e que se encantem com o mundo da

    literatura infantil aproveitando o que os livros proporcionam de melhor.

  • 37

    6. CONCLUSO

    Este trabalho permitiu fazer uma reflexo sobre a importncia da literatura

    infantil na formao de alunos leitores.

    As pesquisas possibilitaram compreender como surgiu a literatura infantil

    desde seu incio at sua chegada ao Brasil, destacando-se Monteiro Lobato que

    pde proporcionar e ainda possibilita uma literatura de qualidade.

    O papel da famlia e professores de suma importncia para que se possam

    juntos formar alunos leitores competentes. A famlia com seu papel de apresentar

    desde cedo aos seus filhos o contato com os livros, com as estrias, possibilitando

    que esses leitores sejam mais desinibidos, estimulando e sendo parceiras com os

    professores para que juntos desenvolvam alunos leitores fluentes e que apreciem

    uma boa leitura.

    O papel do professor de grande importncia em desenvolver projetos

    estimulantes para despertar o gosto pela leitura. necessrio ser um professor

    leitor, que saiba dar importncia para o que a literatura infantil possa proporcionar

    em seus alunos.

    Atravs das pesquisas realizadas, em uma escola particular e em uma escola

    estadual, pde-se perceber que ambas desenvolvem trabalhos voltados para a

    insero da literatura infantil na formao de alunos leitores, dispem de ambientes

    que proporcionam o contato com a leitura. Nelas, as crianas j trazem consigo

    algum contato com o mundo da leitura e muitas vezes h participao da famlia.

    Analisando as respostas dos questionrios, evidenciou-se que todos os

    professores se apropriam da literatura infantil, se consideram professores leitores, e

    apresentam de maneira significativa e prazerosa a literatura infantil.

    Pde-se constatar, nas respostas dos professores, que a literatura infantil

    valorizada e aplicada, vem como instrumento primordial e eficaz para uma boa

    formao de leitores e que tanto a famlia como os professores so peas

    fundamentais para mediar a insero da literatura infantil na formao de leitores.

    Por isso novos olhares devem ser sempre adquiridos com novas prticas em sala de

    aula sendo estabelecidas e praticadas.

    Um livro brinquedo feito de letras...

  • 38

    Ler brincar Rubens Alves

  • 39

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. 5 .ed. So Paulo: Scipicione,1997. 174p. AGUIAR, Vera Teixeira de (coord)et alli. Era uma vez... na escola: formando educadores para formar leitores. 4. ed. Belo Horizonte: Formato Editorial, 2001. 161p. ARROYO, Leonardo. Literatura infantil brasileira. So Paulo: Melhoramentos. 1968. 248p. BALDI, Elizabeth. Leitura nas sries iniciais: uma proposta para formao de leitores de literatura. Porto Alegre: Projeto, 2009. 176p. BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hbito de leitura. 4. ed. So Paulo: tica, 1988. 109p. CARVALHO, Brbara Vasconcelos. A literatura infantil: viso histrica e crtica. 5. ed. So Paulo: Global, 1989. COELHO, Nelly Novaes. Panorama histrico da literatura infantil/juvenil: das origens indo-europeias ao Brasil contemporneo. 5. ed. So Paulo: Manoele, 2010. 308p. CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura infantil: teoria e prtica. So Paulo: tica, 1983. 143p. GESTO ESCOLAR. Formao/duas-perguntas-leitura-escola-telma-Weisz. Acesso em: 04 jun.2015. GIL, Antonio Carlos. Mtodos e tcnicas de pesquisa social. 5. Ed. So Paulo: Atlas,1999. LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia cientfica. 7. ed . So Paulo: Atlas, 2010. MAURICIO, Aline Cristina Lofrese. Psicologia da aprendizagem. 1. ed. So Paulo: Know Know, 2010. 122p. REVISTA ESCOLA. Palavra de especialista- lngua portuguesa-desafios- formao de leitores-escola. Acesso em: 04 jun.2015. ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 6. ed. So Paulo: Global, 1987. 118p.

  • 40

    ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 11. ed. So Paulo: Global, 2003. 235p.

  • 41

    APNDICE A Questionrio

    Questionrios para professores da rede estadual e particular do municpio de Par de Minas.

    Prezado (a) professor (a)

    Como graduanda do Curso de Pedagogia da Fapam Faculdade de Par de

    Minas, venho solicitar o preenchimento do questionrio para obter resultados para

    monografia cujo tema : A importncia da Literatura Infantil na formao de alunos leitores, sob a orientao da Prof: Vanessa Faria Viana.

    Antecipo desde j os meus agradecimentos pela ateno e disponibilidade.

    1. O cargo que ocupa:

    ( ) professor regente ( ) professor substituto

    Da rede:

    ( ) Pblica Municipal ( ) Pblica Estadual ( ) Particular

    2. Tempo de atuao como docente:

    ( ) Menos de 5 anos ( ) 5 a 10 anos ( ) Mais de 10 anos

    3. Voc se considera um professor leitor?

    ( ) Sim ( ) No

    4. Na escola em que trabalha possui biblioteca?

    ( ) Sim ( ) No

    5. Existe algum projeto que incentive os alunos a ler?

    ( ) Sim ( ) No

    6. A Literatura Infantil inserida de maneira prazerosa?

    ( ) Sim ( ) No

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    7. Os alunos possuem um ambiente que proporcione o contato com a leitura?

    ( ) Sim ( ) No

    8. As atividades literrias acontecem com participao da famlia?

    ( ) s vezes ( ) Sempre ( ) Nunca

    9. As crianas j trazem algum contato com o mundo da Literatura Infantil?

    ( ) Sim ( ) No ( ) s vezes

    10. Voc como professor se apropria da literatura infantil para formar alunos

    leitores?

    ( ) Sim ( ) No

    11. Comente, qual sua viso sobre a importncia da literatura infantil na formao

    de alunos leitores.

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    Par de Minas,___ de____________ de 2015.