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Caros Irmãos: Estamos chegando novamente ao convívio fraterno dos Irmãos, com nossa edição de nº 120 do Boletim Virtual da Chico da Botica. Iniciamos esta formatação em junho de 2005 levando, com a benevolência dos Irmãos que o repassam a seus grupos e listas a um universo em torno e 15 mil leitores, e esperamos sempre crescer mais com o objetivo de divulgar a nossa cultura maçônica. Iniciado sob o Veneralato de nosso saudoso Armênio dos Santos Farias, foi gradativamente crescendo e se tornando conhecido dentro da nossa Ordem, no Brasil e fora dele, sempre buscando apresentar nossos reconhecidos escri- tores e, em especial, revelar novos e promissores valores no estudo e pesquisa maçônica. Acreditamos estarmos atingindo estes objetivos. Para orgulho de nossa Loja de Pesquisas temos leitores nas Américas, Europa e Ásia. Assim, com o objetivo maior de espalhar conhecimento maçônico, nos co- locamos a disposição de nossos Irmãos para, dentro do possível, receber e pu- blicar seus escritos. Os Boletins, desde o número 01, de junho de 2005, estão disponíveis para consultas e utilização no site http://www.abemdaordem.com.br/sfu/wp/? page_id=971. Desejando ao Irmão uma boa e útil leitura ficamos sempre na esperança de que os temas publicados sejam úteis para nosso desenvolvimento harmônico e fraterno. Um TFA a todos Loja Francisco Xavier de Pesquisas Maçônicas - GORGS EDITORIAL: “Um Universo em Torno e 15 mil LeitoresINFORMATIVO CHICO DA BOTICA Registro na ABIM nº. 18-B AUG :. RESP :. LOJ :. “FRANCISCO XAVIER FERREIRA DE PESQUISAS MAÇÔNICAS”AO GORGS Ano 14, Edição nº. 120 Data: 30 de abril de 2018 Editorial: “Um Universo em Torno e 15 mil Leito- resp oema: DETERMI- NANTE - Irmão Adilson Zotovici - Pág. 2 1 S essão Maçônica Motivadora Irmão Charles Eval- do Boller - Pág. 3 e 4 2 A QUEM INTERESSA A VERDADE? Irmão Luiz A Rebouças dos Santos - Pág. 5, 6 e 7 3 B ASTÕES, VARAS, HASTES. INSTRUMENTOS DE TRA- BALHO DA LITURGIA MA- ÇÔNICA - Irmão PEDRO JUK - Pág. 8 a 12 4 Nesta edição: À GLÓRIA DO G A D U Fundada em 19 de novembro de 1995 Especiais: Chico Social Reflexões Conhecimento Notícias Rapidinhas "A Ciência e a Arte pertencem ao mundo inteiro, e diante delas desaparecem as barreiras da nacionalidade." (GOETHE )

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Caros Irmãos:

Estamos chegando novamente ao convívio fraterno dos Irmãos, com nossa

edição de nº 120 do Boletim Virtual da Chico da Botica. Iniciamos esta formatação em junho de 2005 levando, com a benevolência

dos Irmãos que o repassam a seus grupos e listas a um universo em torno e 15 mil leitores, e esperamos sempre crescer mais com o objetivo de divulgar a nossa cultura maçônica.

Iniciado sob o Veneralato de nosso saudoso Armênio dos Santos Farias,

foi gradativamente crescendo e se tornando conhecido dentro da nossa Ordem, no Brasil e fora dele, sempre buscando apresentar nossos reconhecidos escri-tores e, em especial, revelar novos e promissores valores no estudo e pesquisa maçônica. Acreditamos estarmos atingindo estes objetivos. Para orgulho de nossa Loja de Pesquisas temos leitores nas Américas, Europa e Ásia.

Assim, com o objetivo maior de espalhar conhecimento maçônico, nos co-

locamos a disposição de nossos Irmãos para, dentro do possível, receber e pu-blicar seus escritos.

Os Boletins, desde o número 01, de junho de 2005, estão disponíveis para

consultas e utilização no site http://www.abemdaordem.com.br/sfu/wp/?page_id=971.

Desejando ao Irmão uma boa e útil leitura ficamos sempre na esperança de

que os temas publicados sejam úteis para nosso desenvolvimento harmônico e fraterno.

Um TFA a todos Loja Francisco Xavier de Pesquisas Maçônicas - GORGS

EDITORIAL: “Um Universo em Torno e 15 mil Leitores”

INFORMATIVO CHICO DA BOTICA Registro na ABIM nº. 18-B

AUG :. RESP :. LOJ :. “FRANCISCO XAVIER FERREIRA

DE PESQUISAS MAÇÔNICAS”AO GORGS

Ano 14, Edição nº. 120 Data: 30 de abril de 2018

Editorial: “Um Universo

em Torno e 15 mil Leito-

res”

p oema: DETERMI-

NANTE - Irmão

Adilson Zotovici -

Pág. 2

1

S essão Maçônica

Motivadora

Irmão Charles Eval-

do Boller - Pág. 3 e 4

2

A QUEM INTERESSA A

VERDADE?

Irmão Luiz A Rebouças

dos Santos - Pág. 5, 6 e 7

3

B ASTÕES, VARAS, HASTES.

INSTRUMENTOS DE TRA-BALHO DA LITURGIA MA-ÇÔNICA - Irmão PEDRO JUK - Pág. 8 a 12

4

Nesta edição:

À GLÓRIA DO GA DU

Fundada em 19 de novembro de 1995

Especiais: Chico Social Reflexões Conhecimento Notícias Rapidinhas

"A Ciência e a Arte pertencem ao mundo inteiro, e diante

delas desaparecem as barreiras da nacionalidade." (GOETHE )

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DETERMINANTE

Respeitável irmão sindicante

Com respeito e serventia

Trago algo preocupante

Que a Ordem vivencia

Sei que és bem vigilante

De grande sabedoria

Que estás um passo adiante

Entre os teus da confraria

Inda assim sou suplicante

Sobre a missão de valia

Que te deu o comandante

Confiante, com alegria

Labor assaz relevante

Conjunção de astúcia e energia

“Ver igual num semelhante”

Exigindo de ti maestria

Com amor, austero, pujante

“Perscrutação à porfia”

Sem temor, não obstante,

Até alguma teimosia...

Vez que é determinante

O aspirante à Maçonaria...

Que pode ser um farsante

Ou teu Grão Mestre algum dia !

Adilson Zotovici

ARLS Chequer Nassif-169

Página 2

Informativo

CHICO DA BOTICA

ojá Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

CONHECIMENTO Henri-Benjamin Constant de Rebecque, mais conhecido como Benjamin Cons-tant (Lausana, 25 de outubro de 1767 — Paris, 8 de dezembro de 1830) foi um pensa-dor, escritor e político francês de ori-gem suíça.

Constant acreditava que no mundo mo-derno o comércio era superior à guerra. Ele atacou o apetite marcial de Napoleão nos campos de batalha, alegando isto não ser liberal e por isso não cabia mais para uma organização social comercial moderna seguir desta maneira. A Liberdade dos Antigos tendia a ser guerreadora, porém um estado organiza-do pelos princípios da Liberdade dos Mo-dernos estaria em paz com todas as na-ções pacíficas. A distinção entre a Liberdade dos Antigos e a Liberdade dos Modernos é significan-te em inúmeras maneiras... SEGUE Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

POEMA

MAIO:

Membros Efetivos:

03- MARCO ANTONIO PEROTTONI

22- ALFREDO LUIZ PINHEIRO

25- FRANCISCO ROBERTO DE OLIVEIRA

Membros Correspondentes:

06- RAMÃO CARMOS RODRIGUES AGU-

LAR

09- ARI DE SOUSA LIMA

15 - JOÃO WASHINGTON DE ANDRADE

MELO

25 NELSON JUNG

Aniversariantes!

Nossas Felicitações!!!

À TODAS AS MÃES NOSSO

ABRAÇO FRATERNAL

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Informativo CHICO DA BOTICA

- Ano 14 Edição 120 - 30 Abr 2018 -

ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

O objetivo do maçom em loja é participar de sessão maçônica motivadora para realimentar sua alma na vivência

do dia-a-dia. Sessões com assuntos administrativos reduzidos ao mínimo para sobrar mais tempo para degustar bons

pensamentos em animadas atividades que visam o crescimento e a autoeducação. O tempo de instrução e estudos é a

alma da sessão maçônica!

Cabe apenas aos aprendizes e companheiros maçons a tarefa de manterem acesa a chama do pensamento ma-

çônico? Aprendizes e companheiros são pessoas sedentas de informações e conhecimentos ou os instrutores nas ses-

sões? Instrução é dever do mestre maçom! Ultimamente os aprendizes e companheiros, e só estes, por obrigação regi-

mental, apresentam peças de arquitetura, trabalhos de cunho intelectual visando aumento de salário. Por que os mes-

tres maçons não se encontram motivados para tal? Faltam provocações! Carecem de debates e conversas informais

dos assuntos da Maçonaria dentro e fora da loja. Tristemente, são comuns os aprendizes e companheiros ensinarem

de forma proativa enquanto os mestres maçons dormem! Como aconteceu isto? Porque o mestre maçom está tão des-

motivado? São as sessões maçônicas desmotivadoras! Ou o mestre desce do pedestal em que ele foi colocado em

resultado de sessões monótonas ou deixa de ser o eterno e motivado aprendiz ou deixa a ordem maçônica! Esta última

é a realidade universal!

Mestre motivador e motivado nasce do atrito com os outros intelectos que o acompanham numa sessão maçônica,

daí a importância de debates. A tarefa dos embates por pensamentos em animadas argumentações é arrancar lascas

de imperfeição das pedras uns dos outros, o polimento exige trabalho, atividade em equipe - não é assim que são for-

madas as pedras roladas dos fundos de rios? Uma pedra vai batendo na outra até que todas adquirem formas harmoni-

osas, quase lisas, nunca perfeitas, apenas aperfeiçoadas. São pancadas ora suaves ora bruscas, mas continuas! O

resultado são pedras diferentes umas das outras: grandes, pequenas, achatadas, ovais, arredondadas, mas nunca per-

feitas. Cada pedra mantém sua forma própria e reflete a luz com maior ou menor intensidade, dependendo de quanto

ela rolou em contado com outras pedras maiores e menores, até com pedras tão pequenas como grãos de areia. Todas

se modificam pelo atrito constante. Não há necessidade de erudição elevada, apenas conhecimento médio já é sufici-

ente numa motivadora sessão maçônica, é semelhante à diversificação das pedras do fundo dos rios. Em verdade, bas-

ta apenas uma mente sadia - qualquer mente humana! O objetivo deve ser o canteiro de obras movimentado onde cada

obreiro é aprendiz, um eterno aprendiz, mesmo que seja apenas um grão de areia em erudição ele vai influir no pensa-

mento de seu irmão.

Promover debate em loja é retornar à prática da Maçonaria especulativa, que preconiza o filosofar, o estudo teóri-

co, o raciocínio abstrato e investigativo, que usos e costumes deturparam a ponto de descaracterizar as sessões maçô-

nicas. Urge despertar nos irmãos a salutar capacidade em desenvolver o pensamento em animadas discussões das

coisas da sociedade e da ordem maçônica. O propósito central das sessões motivadoras é eliminar o inconformismo

gerado pelo comparecimento semana após semana em loja apenas para ouvir o som seco, duro, impessoal dos malhe-

tes, em detrimento do trabalho no polimento das pedras chocando-se umas nas outras no exercício do pensamento.

Sessões sem debate e instrução mecânicas revelam perda de tempo; são vazias e sem propósito; devem ser defenes-

tradas do templo. O obreiro da pedra deve terminar seu dia em loja com algo novo e consistente dentro da mochila que

Sessão Maçônica Motivadora

*Irmão Charles Evaldo Boller Sinopse: Considerações a respeito promoção de

sessões maçônicas motivadoras imprescindíveis

para a sobrevivência da Maçonaria.

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Informativo CHICO DA BOTICA

- Ano 14 Edição 119 - 31 Mar 2018 -

ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

ele leva de volta para casa. Urge acabar com a mente desocupada, oca, vazia, cheia de lacunas em resultado de ativi-

dade passiva e deixar a capacidade de pensar fazer sua parte na construção do templo ideal da sociedade, onde cada

homem é apenas uma pedra. Atividades motivadoras em loja levantam a egrégora, um campo de força do pensamento

em uníssono e vibrante, algo revelado no brilho dos olhos dos participantes. Como é possível ver os olhos do irmão que

dorme o sono dos anjos? O objetivo da Maçonaria é despertar o equilíbrio da razão, emoção e espiritualidade - quando

poderão fazer isto se suas mentes estão adormecidas pelo enfadonho e repetitivo som monótono das mesmas ideias

repetidas vez após vez?

O obreiro deve voltar à prática do salutar e edificante afiar da espada, a língua, e praticar o manuseio do maço e

do cinzel, dar tratos à capacidade de pensar, que há muito foi substituído por outras atividades nada motivadoras; mes-

mices, tão entediantes que apenas embalam o sono dos ouvintes passivos. Urge incrementar a qualidade das sessões

maçônicas de modo a torná-las motivadores de tal forma que estabeleçam contágio para edificantes conversas entre

irmãos, o que é de fato o real objetivo da Maçonaria especulativa com sua filosofia e liturgia.

Mestres maçons devem ser compelidos na confecção de peças de arquitetura? Não! Ninguém é obrigado a fazer

nada além do determinado pelas leis que regem a loja. O mestre maçom só confeccionará peças de arquitetura quando

estiver inspirado para isto. Tais construções surgem no canteiro de obras principalmente se esta for a sua vontade e

depois do obreiro se ver provocado por novas inspirações provindas em loja dos irmãos, das outras pedras, pedriscos e

grãos de areia.

O salão é o mesmo, as músicas e o ritmo é que devem mudar. O baile será alegre e trará prazer aos dançarinos

se a sessão for motivadora e entusiasta! O que interessa é cada músico dar o que tem de bom em si e animar o baile

ao sabor de seus pensamentos temperados com alegria. O que se objetiva é alimentar com o sadio, construtivo e con-

sistente alimento da filosofia maçônica. A sede de conhecimento maçônico deve ser aplacada para que o homem pro-

duza frutos. O gênio da motivação vem do ritmo impelido pelos músicos e maestro, onde todos participam da orquestra

e ao mesmo tempo dançam ao som de seus pensamentos, sonhos e até devaneios. E assim, os dançarinos vão se mo-

vimentando na pista do tempo construído à semelhança de um rio e onde cada pedra lustra a outra para honra e à gló-

ria do Grande Arquiteto do Universo.

Bibliografia:

1. DANTAS, Marcos André Malta, Do Aprendiz ao Mestre, Primeira edição, Editora Maçônica a Trolha limitada, 248

páginas, Londrina, 2010;

2. PUSCH, Jaime, ABC do Aprendiz, segunda edição, 146 páginas, Tubarão Santa Catarina, 1982;

3. RODRIGUES, Raimundo, A Filosofia da Maçonaria Simbólica, Coleção Biblioteca do Maçom, Volume 04, ISBN

978-85-7252-233-5, primeira edição, Editora Maçônica a Trolha limitada., 172 páginas, Londrina, 2007.

Data do texto: 23/08/2011.

Sinopse do autor: Charles Evaldo Boller, autor, engenheiro eletricista e maçom de nacionalidade brasileira. Nasceu

em 4 de dezembro de 1949 em Corupá, Santa Catarina. Com 61 anos de idade.

Loja Apóstolo da Caridade 21 Grande loja do Paraná. Rito: Rito Escocês Antigo e Aceito. Local: Curitiba.

Grau do Texto: Aprendiz Maçom. Área de Estudo: Cultura, Educação, Filosofia, Maçonaria, Pensamento.

Cont.: Sessão Maçônica Motivadora

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Informativo CHICO DA BOTICA

- Ano 14 Edição 120 - 30 Abr 2018 -

ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

A QUEM INTERESSA A VERDADE?

*Irmão Luiz A Rebouças dos Santos

O título, tomei-o emprestado de um artigo publicado

na revista HIRAM, nº 1 / 2010 do Grande Oriente da Itália,

e reportava uma célebre discussão, um tanto parnasiana,

entre Emmanuel Kant e Benjamim Constant¹.

O texto comenta a discussão entre os dois pensado-

res, colocando a posição clássica e inflexível de Kant que

afirmava que o dever moral se impõe a evitar a mentira

em qualquer caso, mesmo se sua finalidade seja o bem,

enquanto Constant, mais flexível atenua o rigor kantiano

afirmando que um princípio moral que obriga a dizer em

absoluto a verdade tornaria impossível uma pacífica con-

vivência social.

Como parecem longe de nós essas discussões do

século XIX. A sensação é que hoje não se sente, talvez

por indiferença, a necessidade de distinguir entre a verda-

de e uma mentira, ou entre a realidade e a ficção.

A afirmação da verdade não interessa mais. O seu

sentido evaporou-se, como acontece com a palavra que

define mentira. Esta deveria ser uma anomalia, uma

transgressão à regra, mas como acontece cada vez mais,

a anomalia se transforma na regra. Se todos mentem

sem sentirem-se culpados, e sem temerem as conse-

quências, desaparece o conceito de mentira, para trans-

formar-se de uma forma ou outra, no exercício da sua

liberdade de falar. E, nos dias de hoje, isso se acentua

com o uso da Internet e das redes sociais.

E quanto ao que nos interessa sobre nosso Rito?

O Rito Escocês Antigo e Aceito, como o conhecemos

hoje, teve sua origem no continente europeu. Seu prede-

cessor imediato foi a Ordem do Real Segredo formada

por 25 graus, sob a Constituição de 1762. A tradição ma-

çônica afirma que Lojas deste rito, que foi transmitido da

cidade de Bordeaux, na França, através das Índias Oci-

dentais, para o continente norte-americano, estabelece-

ram-se em New Orleans, Louisiana, em 1763; em Albany,

New York, em 1767; na Philadelphia, Pennsylvania, em

1781/82 e em Charleston, South Carolina, em 1783.

________________________

¹Não confundir Benjamin Constant, pensador francês

de origem suíça, do séc. XVIII com o político republicano

brasileiro Benjamin Constant Botelho de Magalhães.

A maçonaria francesa tem tendência de uma tradição

templária, cavalheiresca, escocesa, jacobita, talvez porque

estas inovações foram experimentadas e aprovadas na

Loja Saint Tomas, do Grão-Mestre Derwentwater. O Esco-

cismo, concluía ele, existe entre nós desde 1726, católico,

galicista, monarquista, e independente da Grande Loja de

Londres.

E assim se foram constituindo os graus dos eleitos, e

os graus cavalheirescos, retomando a vingança de Hiram,

cuja lenda foi composta para o grau de Mestre de Loja lá

pelo ano de 1723, segundo Robert Ambelain em La Franc-

Maçonnerie Oubliée.

O Rito fixou-se em Marseille em 1751 com sete graus;

em Bordeaux, em 1760, com sete graus; novamente em

Marseille, com dezoito graus; em Lyon, em 1761, com de-

zoito graus; chegando, finalmente ao Rito de Perfeição,

com vinte e cinco graus, em Paris, em 1780, no Capítulo de

Clermont, que se transformou no Conselho dos Imperado-

res do Oriente e do Ocidente.

Essa maçonaria assim renovada foi exportada para a

América, através de Bordeaux, na pessoa de Stephen Mo-

rin, um comerciante de vinhos, que obteve uma Carta

Constitutiva, em 27 de agosto de 1761, para propagar os

Altos Graus na América do Norte. A autenticidade desse

documento é muito contestada. Quando essa carta foi con-

cedida, Stephen Morin, filho de um francês que se exilou

em Nova York, onde nasceu, pertencia a Loja parisiense A

Trindade, como cidadão inglês. O original dessa carta

constitutiva jamais foi encontrado; chegou à Europa uma

cópia, trazida por F. Delahorgue, reproduzida do registro do

irmão norte-americano Himan Isaac Lone.

Assim, nessa época, havia lojas trabalhando no Rito

Escocês Antigo e Aceito em São Domingos, São Pedro da

Martinica, Port de Paix, e até em Nova Orléans, no conti-

nente americano. Os poderes de Morin sempre foram con-

troversos. Morin morreu em Kingstown, Jamaica, antes de

23 de janeiro de 1772, e não teve qualquer envolvimento

na transmissão aos Estados Unidos das Grandes Constitui-

ções de 1786, que criaram o REAA. Morin apenas pode ter

tido parte na criação de Lojas do Rito de Perfeição; foi um

Deputado do Grande Inspetor Geral, Isaac da Costa, cujos

poderes eram superiores aos de Morin, que criou, em 1783,

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Informativo CHICO DA BOTICA

- Ano 14 Edição 120 - 30 Abr 2018 -

ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

a Sublime Grande Loja de Perfeição, em Charleston, Ca-

rolina do Sul. Esta organização foi a base do Rito Esco-

cês Antigo e Aceito, regido pelas Constituições de 1786, e

organizado em Sublime Conselho de 33 Graus, em 1801.

A Grande Constituição de 1786 referendou a exten-

são do Rito para trinta e três graus, dirigido em cada país

por um Supremo Conselho formado pelo trigésimo tercei-

ro e último grau. Este reconhecimento ou referendo foi

citado em um manifesto em Charleston, que confirmou o

primeiro Supremo Conselho, criado sob esta Grande

Constituição, em 31 de maio de 1801, pelos irmãos John

Mitchell e Frederick Dalcho. Todos os Supremos Conse-

lhos regulares e reconhecidos de hoje, e seus Corpos

Subordinados, são descendentes diretos ou indiretos des-

te Supremo Conselho – Mãe, do Mundo, hoje sediado em

Washington.

No anúncio de seu estabelecimento ao mundo maçô-

nico, através do manifesto datado de 4 de dezembro de

1802, o nome que foi dado à nova instituição foi Supremo

Conselho do Trigésimo terceiro Grau para os Estados

Unidos da América. A palavra Escocês surgiu em conec-

ção com um dos primeiros graus conferidos pelo Supremo

Conselho. O nome Rito Escocês Antigo e Aceito apareceu

inicialmente em 1804, no acordo entre o Supremo Conse-

lho e o Grande Oriente da França.

Muitos maçons do Rito Escocês fugiram da França

durante os períodos de conturbação política dos séculos

XVII e XVIII, justamente quando os graus do Rito estavam

sendo criados e desenvolvidos naquele país. Isto às ve-

zes causa certa confusão entre os maçons, podendo pen-

sar que o Rito se tenha originado na Escócia, mas sabe-

se que o Supremo Conselho para Escócia só foi estabele-

cido em 1846.

Retornado à França no ano de 1804, o Rito Escocês

Antigo e Aceito tem sua sede hoje no nº 128 da Av. de

Villiers, no 17º Arr. de Paris. (Guide du Paris Maçonnique)

Esta organização maçônica, cujo primeiro Soberano

Grande Comendador foi o Conde Alexandre De Grasse –

Tilly, governa os Altos Graus do 4º ao 33º e a primeira

Carta Constitutiva, original, encontra-se presentemente lá.

De Grasse -Tilly assinava como Soberano Grande

Inspetor Geral 33o e cedia patentes a seu sogro e a refu-

giados franceses. De quem e quando obteve o Grau 33?

Isso ninguém explica! E desde 10 de dezembro de 1797,

De Grasse-Tilly assina documentos como Soberano Gran-

de Comendador do Supremo Conselho das Índias Ociden-

tais Francesas ou das Ilhas Francesas da América, sob o

Vento e ao Vento (este Supremo Conselho teria sido criado

em 1796). A existência daquele Supremo Conselho foi con-

firmada em 1801, pelo Supremo Conselho de Charleston.

Sabe-se que houve um outro Supremo Conselho na Jamai-

ca, em Kingstown, sob o nome de Supremo Conselho das

Índias Ocidentais Inglesas, do qual se tem notícias até

1817.

Após 1804, o Supremo Conselho e o Grande Oriente

de França concluíram um acordo nos termos do qual o Su-

premo Conselho resignava toda e qualquer ingerência na

organização das Lojas Azuis – isto é, as Lojas que adminis-

tram os três primeiros graus. O Grande Oriente se interdita-

va de conferir os Graus Superiores, do 4º ao 33º.

Entretanto, o Grande Oriente criou em sua sede o

Grande Diretório de Ritos, para o qual reconhecia o direito

de conferir os graus superiores, até o 33º. Esta decisão le-

vou o Supremo Conselho a retomar sua liberdade de ação,

aceitando o rompimento do acordo.

O Supremo Conselho não se considerando com voca-

ção para intervir na organização dos três primeiros graus,

constituiu uma nova Obediência, em 05 de novembro de

1894, denominada Grande Loge de France. Sua sede é um

local de alta espiritualidade, pois se situa no prédio que foi

a antiga abadia cisterciense, cuja estrutura foi reformada e

adaptada ao uso da maçonaria simbólica. Está onde a visi-

tei, no nº 8 da rue Puteaux, no 17º Arr. Paris.

A Grande Loja da França pratica essencialmente o

Rito Escocês Antigo e Aceito e assim tornou-se herdeira

dos poderes que lhe foram conferidos pelo Supremo Con-

selho do mesmo Rito, pois é herdeira da tradição maçônica

francesa existente antes de 1717. Admite em seu seio so-

mente homens, de qualquer raça, de todas as religiões e de

qualquer orientação política. Ao contrário do Grande Orien-

te, de orientação laica e positivista, proíbe qualquer posicio-

namento em matéria de política e de religião.

Entretanto, por efeito de uma cisão que afetou a Gran-

de Loja da França em 1964, Irmãos deste Supremo Conse-

lho migraram para a Grande Loja Nacional Francesa onde

criaram um novo Supremo Conselho, que passou a recrutar

seus membros nesta nova Potência, embora a Carta Cons-

Cont.: A QUEM INTERESSA A VERDADE?

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Informativo CHICO DA BOTICA

- Ano 14 Edição 120 - 30 Abr 2018 -

ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

titutiva permaneça com o Supremo Conselho original, na

Grande Loja da França.

A Grande Loja Nacional Francesa é uma Obediência

fundada por dissidentes do Grande Oriente em 15 de no-

vembro de 1913, ao amparo da Grande Loja da Inglaterra.

Durante a Primeira Guerra Mundial, esta obediência cres-

ceu pela criação de numerosas Lojas Militares, para abri-

gar os soldados aliados². Esta prática estendeu-se à Se-

gunda Guerra, durante a qual foi objeto de dura persegui-

ção por parte do Regime de Vichy, e das tropas de ocupa-

ção, nazistas.

Pelo exposto, a GLNF é a única Obediência francesa

reconhecida pela Grande Loja da Inglaterra, que lhe cedeu

a Carta Constitutiva, ainda que não tenha vínculos com a

tradição maçônica francesa, e não siga os parâmetros de

uma Grande Loja, que deve trabalhar em apenas um rito.

Cada Loja de sua jurisdição pode escolher o rito de

sua preferência – por excelência, bíblicos ou cavalheires-

cos. Conheci³ nessa potência o Rito Escocês Retificado.

Trabalham no Rito Francês ou Moderno, assim como em

todos os rituais do York e no REAA.

Ora, temos no território francês a Grande Loja da

França, herdeira dos antigos maçons operativos e de algu-

mas lojas especulativas criadas pela Inglaterra, no século

XVIII, como a Loja A Concordia, a Loja Au Louis D’Argent,

de 1725, na Rue de Boucherie, em Paris, patrocinada pela

Loja Saint-Thomas de Canterbury, as Lojas A Sabedoria e

A Perfeita Harmonia, no Havre e outras tantas, todas es-

peculativas, pois na Inglaterra não havia lojas operativas.

Esta antiga organização trocou de nome em 1736, dando

origem ao Grande Oriente da França, hoje considerada a

Potência mais antiga, sem solução de continuidade. A

Grande Loja Nacional Francesa tem a sua origem no exte-

rior, como era comum no século XVIII.

Então voltamos ao texto inicial: se a Carta Constituti-

va do primeiro Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo

e Aceito, que lhe garante a regularidade, permanece em

________________________

²N.do T. - Sem dúvida, para abrigar a espionagem

inglesa no Continente.

³N.do T. – Estive trabalhando em sua magnífica sede

à Rue Christine-de-Pisan, em 1995

poder da Grande Loja da França a qual encaminha seus

obreiros para os Altos Graus nessa organização, por que

este Supremo Conselho não é reconhecido pelos demais

Supremos Conselhos do mundo, que o fazem a uma orga-

nização sem tradição maçônica, surgida de uma dissidên-

cia de um Grande Oriente, e que deve sua Carta Constituti-

va a uma organização maçônica estranha ao País?

Política! Mera política maçônica a serviço dos ingle-

ses! A nova Obediência, criada pela Inglaterra em solo

francês, teve o reconhecimento das Obediências que a

Inglaterra reconhece, por influência desta, e que influen-

ciou também o reconhecimento de seu Supremo Conselho

pelo Supremo Conselho – Mãe, de Washington, mesmo

sem a Carta Constitutiva original.

Hoje, a verdade ou não existe ou não interessa a nin-

guém, diz o texto original de Salvatore Sansone, da Revis-

ta Hiram, citada. E conclui:

Em uma era na qual, em média, somos bem diversifi-

cados e, portanto, muito capazes de conhecer e estabele-

cer a verdade, a distinção entre o verdadeiro e o falso pa-

rece cada dia, mais ofuscada, perdida. Conhecer ou dizer a

verdade torna-se sempre mais irrelevante. E sobre tudo, se

a verdade e a mentira colocam-se no mesmo plano, e a

verdade não nos interessa, nos tornamos indiferentes a

ela.

*Irmão Luiz A Rebouças dos Santos

Referências:

Pesquisa realizada na Biblioteca da Grande Loja da

França, em abril de 2001

Salvatore Sansone, Revista Hiram nº 1 de 2010 - E-

rasmo Editore, Itália

Raphaël Aurillac, Le Guide du Paris Maçonnique -

1998 Ed. Dervy , Paris –, pg. 83

Robert Ambelain, La Franc-Maçonnerie Oubliée 1352

– 1688 – 1720 Ed. Robert Lafont SA, Paris

¹Não confundir Benjamin Constant, pensador francês

de origem suíça, do séc. XVIII com o político republicano

brasileiro Benjamin Constant Botelho de Magalhães.

Cont.: A QUEM INTERESSA A VERDADE?

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Informativo CHICO DA BOTICA

- Ano 14 Edição 120 - 30 Abr 2018 -

ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

BASTÕES, VARAS, HASTES. INSTRUMENTOS DE TRABALHO DA LITURGIA MAÇÔNICA

* Irmão PEDRO JUK

I. INTRODUÇÃO.

Na intenção de trazer um pouco de luz no sentido de esclarecer aspectos da liturgia maçônica, essa peça de arquitetura tem o mote de abordar a origem na Maçonaria de um instrumento de trabalho, até certo ponto bastante comum, utilizado em Loja na ritualística do Craft inglês pe-los Diáconos e pelo Diretor de Cerimônias.

Embora essa peça seja dirigida à prática maçônica inglesa em particular, algumas peculiaridades do tema, pelo seu caráter histórico, podem ser consideradas tam-bém para alguns ritos de origem francesa.

Devido ser um dos meus ofícios o de responder, dentro do possível, questões sobre Maçonaria, eu tenho recebido muitas perguntas e comentários que envolvem o uso do bastão e a sua origem.

Essa semana providencialmente eu recebi do Res-peitável Irmão Joselito Hencotte um site inglês referendado às Lojas da Província de “East Lancashire”, cujo qual trazi-a, dentre outros, uma palestra-instrução sobre antigos sím-bolos do Ofício, dos quais, um em especial, tratava das “varas” (como é comumente tratado o bastão nos trabalhos ingleses) utilizadas pelos Diáconos e pelo Diretor de Ceri-mônias nos trabalhos da Loja.

Esse texto foi baseado na Obra do Irmão Neville Cryer que, segundo o Irmão Joselito foi um dos melhores pesquisadores que a Maçonaria Inglesa teve. Cryer foi um pastor anglicano que após ter se aposentado do seu ofício religioso, dedicou-se profundamente à pesquisa maçônica.

Assim, devida a carência de informação sobre esses instrumentos de trabalho o conteúdo imediatamente me chamou atenção, pelo que me apressei em traduzi-lo a-daptando-o ao nosso vernáculo inserindo no texto aspec-tos linguísticos visando melhorar a sua compreensão. O texto original em inglês pode ser encontrado no site men-cionado no Item III desse trabalho.

Do mesmo modo ao apresentar essa tradução, so-bre ela vão adicionadas várias notas ao seu final com co-mentários explicativos que se destinam melhorar a com-preensão, bem como chamar a atenção para tópicos histó-ricos que deram algum suporte na construção da ritualísti-ca maçônica.

II. CONSIDERAÇÕES NECESSÁRIAS.

Sobre a tradução do texto baseado na obra do Ir-mão Neville, buscou-se nela não dar simplesmente uma tradução literal, mas sim buscar a expressão do pensa-mento do autor e dos elaboradores da instrução para as Lojas da província do Leste de Lancashire.

Ratifica-se que a abordagem litúrgica sobre os Diá-conos e o Diretor de Cerimônias aqui mencionados se relaciona aos oficiais que exercem ofício nas Lojas do Craft Inglês, porém pela amplitude que envolve a história maçônica, outros fatos foram acrescidos (na tradução e nos comentários do tradutor) na intenção de abordar e-ventos além do Craft.

Por conseguinte, e na medida do possível os meus comentários expressos nas notas objetivam com simplici-dade somar conhecimentos além dos que se apresentam no texto principal desse arrazoado.

III. O TEXTO TRADUZIDO. - Extraído de www.pglel.co.uk/wp-content/

uploads/2016/06/AncientSumbolsOfOffice.pdf

- Os números sequenciais encontrados no texto referem-

se às notas e comentários elaborados pelo tradutor e a-

presentados no item seguinte.

Província de East Lancashire

"Antigos Símbolos do Ofício”

Baseado na obra de Neville Cryer.

Encontramos frequentemente antigos sím-bolos nos nossos Templos (sala da Loja [1]), o que nos dá a certeza de que tudo a nossa volta ocorre de acordo com eles.

Há momentos, entretanto que os mais no-vos na Maçonaria, ou mesmo aqueles que se inte-ressam cada vez mais, querem saber sobre o que os maçons fazem e como as coisas se sucedem e como elas ali acontecem.

Um desses símbolos que normalmente des-perta interesse são os instrumentos de trabalho dos dois Diáconos e do Diretor de Cerimônias – as va-ras [2].

Esses instrumentos de trabalho certamente não apareceram de repente, ou do nada na Maço-naria. Há uma explicação para as suas existências e das suas ocupações no ofício.

Vamos começar com os Diáconos. O nome desse ofício vem da prática das antigas igrejas e paróquias da região [3]. Nelas, há mais de mil anos, os dois principais oficiais leigos eram chamados de “wardens” [4], cuja grafia “wardein” é oriunda do velho norte da França e o seu significado era o de “guardar, proteger” [5] e foi usado pelos anglo-saxões.

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Como zeladores ou diretores guardiões eles tinham a missão de proteger as pessoas dentro das paróquias e igrejas e possuíam como símbolo em sinal à sua autoridade de ofício “hastes” que mais tarde seriam chamadas de “varas” (N.T. - varinhas). Até hoje nas Igrejas Anglicanas os zeladores (N.T. - diretores) portam “varas” quando em serviço [6].

Na Idade Média o local de trabalho da Loja dos Pedreiros era governado por um diretor que pro-tegia o direito dos artesãos em trabalho [7]. Como sinal da sua autoridade, esse diretor possuía (N.T. - portava) uma vara.

Quando os maçons criaram suas guildas co-merciais [8] eles acabaram seguindo o costume da Igreja. Em vez de um reitor (como na Igreja), eles ti-nham um mestre da obra e dois diretores (N.T. - zela-dores) [9]. Como sinal de autoridade todos os três portavam varas nos trabalhos [10]. Eventualmente essa prática seria adotada no Craft (N.T. - Ofício), mas quando a Guilda (N.T. - operativa) foi separada da Loja (N.T. - especulativa) o costume de ter um Mestre da Obra e dois Vigilantes acabou permane-cendo [11].

Em algumas Lojas antigas as “varas” eram adornadas. A do Mestre com uma cruz [12], a do Pri-meiro Vigilante com a lua e a do Segundo Vigilante com o sol.

A cruz, originalmente representando Cristo, era a cabeça, ou a pedra angular (N.T. - o início, o princípio). A lua representando o ocaso (N.T. - fim do dia) e o sol representando seu lugar ao meridiano (N.T. - Meio-Dia).

Depois da União de 1813 uma nova forma de cerimonial na Loja foi incentivada pelo Duque de Sus-sex exigindo que os três principais detentores do ofí-cio da Loja não deveriam mais deixar os seus lugares como era comum ocorrer no passado [13].

O cargo de Diácono que fora introduzido nas Atholl Lodges (N.T. - Antigos de 1751) e tinham o ofí-cio se servir como assistentes da mesa, principalmen-te na ajuda com as refeições, ou como transmissor das mensagens do Mestre da Loja, passaram a partir dai a ter a obrigação de atender os candidatos, e não mais como os “zeladores” de antigamente [14].

Para demonstrar que os Diáconos permaneci-am agindo com a mesma autoridade dos zeladores diretores, foram então lhes dadas as “varas” que e-ram antes utilizadas pelos oficiais superiores (wardens). Dado a isso é que se pode ver ainda na Sala da Loja da Queen St., Sunderland and Elvet Old, Durham Lodge, Diáconos portando varas que tem nos seus topos respectivamente o Sol e a Lua [15].

Isso dá a certeza da sua origem e a quem pertenciam as “varas”. Também nos dá a entender como que os Diáconos originalmente se comporta-vam, trazendo com isso a razão pela qual hoje na abertura da Loja eles são descritos como aqueles que levavam mensagens do Mestre da Loja para os Vigilantes. Além do que nas suas posses tam-bém lhes é dito que sua tarefa adicional será a de atender os candidatos [16].

É certo também que saberemos por que as “varas” trazidas pelos Diáconos já não mais têm o sol e a lua como adornos.

Em algumas Lojas do século XVIII, o co-nhecimento clássico, só porque ele era um presti-moso emissário, pela sua aptidão, sugeria-o como mensageiro do deus Mercúrio. Com isso muitas Lojas ainda têm varas para os Diáconos com sím-bolo correspondente a essa figura [17].

Após a união das duas Grandes Lojas ri-vais em 1813 muitos aspectos bem antigos da Ma-çonaria inglesa, como a presença do personagem bíblico Noé, acabariam retornando às cerimônias, onde a pomba era uma criatura que simbolizava a paz, bem como se imagina ter sido ela a mensagei-ra que mostrou a Noé uma folha de uma árvore discretamente emergida do dilúvio [18].

A pomba como símbolo mais comum de mensageiro acabou sendo então adotada para or-namentar o topo das varas [19] (N.T. - instrumen-tos de trabalho dos Diáconos no Craft).

Enquanto as simbólicas pombas represen-tavam fielmente o ofício dos Diáconos, esse símbo-lo acabou tomando lugar se sobrepondo ao signifi-cado original da vara que era o da “autoridade”.

É certo que pelo menos o uso das pombas

nos dá a possibilidade de apreciar melhor o seu

significado no contexto.

No que diz respeito à vara e o Venerável Mestre, o mais intrigante é o fato de que ele, assim como os Vigilantes, por não poder mais se mover do seu lugar durante os trabalhos, a sua vara ou haste (N.T. - distintivo de autoridade), foi passada para um novo oficial da Loja que fora criado no pós-União denominado Diretor de Cerimônias [20].

O Diretor de Cerimônias então passou a partir daí a ser o único oficial a controlar o trabalho em deslocamento pelo chão da Loja, certificando-se que todos os oficiais estavam presentes, além de acompanhar, ou mesmo introduzir, a entrada de visitas especiais [21].

Cont.: BASTÕES, VARAS, HASTES ...

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Ainda a respeito do Diretor de Cerimônias, é interessante notar que embora a relevância do seu ofício (portando a vara) o mesmo não lhe dava o direi-to de se sobrepor ao porte do malhete que fora colo-cado nas mãos do Venerável Mestre por ocasião da sua instalação.

Outro aspecto interessante é o de se obser-var que apenas na haste, ou a vara, original confiada a um reitor da Igreja havia uma cruz a encimando. A Maçonaria inglesa, acompanhando esse costume, a vara confiada ao Diretor de Cerimônias ainda possui uma cruz no seu topo [22].

Em relação a esse objeto, é também interes-sante notar que os primeiros maestros de orquestras recebiam uma vara para reger. Como esse objeto com o tempo se tornou difícil de manejar, ele foi en-curtado se tornando um pequeno bastão (N.T. - batu-ta). É por isso que atualmente alguns Diretores de Cerimônias portam um bastão pequeno em vez de uma vara (N.T. - é o caso do Marechal nas Lojas A-zuis Norte-americanas).

No fim o bastão simbolizava a autoridade do Mestre da Loja e não propriamente a do Diretor de Cerimônias. Esse último deve sempre lembrar a quem ele serve.

NOTA - Elaborado por: COMITE DE EDUCAÇÃO E TREINAMENTO, Freemasons’ Hall. Bridge Street M3. Para Lojas em toda a Província do Leste de Lancashi-re. Tradução para o português exclusivamente para esse trabalho foi feita pelo Irmão Pedro Juk em janei-ro de 2018.

IV. NOTAS E COMENTÁRIOS DO TRADUTOR.

Obs. O termo em inglês “Craft” comumente utilizado no texto significa, como substantivo, a arte, o ofício. Como verbo designa a ação de ―fazer”. Assim o Craft nesse contexto é o mesmo que a arte ou o ofício de construir o que lhe dá, no caso, uma relação direta com a Maçonaria.

[1] Sala da Loja – é o título comum dado no Craft aos locais de trabalho da Loja. É o que na Maçonaria Latina comumente se conhece como Templo.

[2] Varas ou varinhas – são objetos de trabalho tipo bastões utilizados pelos Diáconos e pelo Diretor de Cerimônia nos Trabalhos Ingleses (vide Rito de York ou os Trabalhos de Emulação). Observe-se que embora com práticas diferenciadas devido o ritual, o Diretor de Cerimônias do Craft é o mesmo Mestre de Cerimônias do REAA\ (Rito de

origem francesa). Faz-se oportuno mencionar que no Craft os Diáconos portam “varas”, enquanto no REAA\ os Diáconos por serem apenas mensageiros originalmente não portam nenhum objeto de trabalho.

[3] Denota a influência que a Igreja Católica teve sobre as Corporações de Ofício da Idade Média.

[4] Wardens (zeladores, diretores) – cargos que deram origem aos Vigilantes da Moderna Maçonaria.

[5] Os termos “guardar e proteger” eram mais apropriados à Maçonaria Operativa como ato de guardar e proteger o segredo do ofício que era utilizado na Arte (não era o de proteger o ambiente como uma sentinela propriamente dita). Nesse sentido os termos não se relacionam àquele que literalmente era o guarda ou a sentinela do recinto, ou aquele que não permitia o ingresso nos canteiros dos que não estavam aptos para o trabalho. Guardar e proteger nesse caso não possui relação com o ofício do Cobridor, Guarda do Templo, Tiler, etc., a quem munido de uma espada cabe vigiar e guardar a porta da Sala da Loja (Templo) contra os bisbilhoteiros.

[6] Destaque-se que a menção dos Diáconos e as “varas” nessa parte do texto aludem aos ofícios religiosos. Como sua protetora, a Igreja influenciou fortemente a Maçonaria, o que fez com que esse ofício religioso, devida a sua história, acabasse também sendo abordado.

[7] Loja dos Pedreiros – era o canteiro operativo (hoje simbolicamente a Loja) onde os Francomaçons se empenhavam na construção. No canteiro o “diretor principal” era um Companheiro experimentado designado como Mestre da Obra. Destaque-se que o termo Mestre não alude em hipótese alguma a grau maçônico. Naquela época existiam apenas “classes profissionais”.

[8] Guildas Comerciais – nesse caso eram associações organizadas de pedreiros. Dessas associações deve-se o uso pela primeira vez da palavra “loja”.

[9] Os zeladores, ou wardens deram origem aos cargos de Venerável Mestre e Vigilantes da Maçonaria Especulativa, por extensão da Moderna Maçonaria. Na liturgia maçônica eles são as Luzes da Loja.

[10] Varas – na época da Maçonaria de Ofício não existia como símbolo malhete (maço pequeno) tal como existe na Moderna Maçonaria. Por se tratar de um local onde literalmente se elevavam as construções, os três gover-nantes (diretores) do imenso canteiro se distinguiam en-tre os operários como autoridades por utilizarem as “varas” (bastões).

[11] Transição da Maçonaria Operativa para a Especulativa - com a presença dos “Aceitos” (elementos estranhos ao ofício) o sistema especulativo exigia um recinto separado para a prática dos trabalhos simbólicos. Os primeiros espaços específicos para essa finalidade

Cont.: BASTÕES, VARAS, HASTES ...

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eram constituídos por recintos reservados nos adros das igrejas e principalmente nas tabernas das hospedarias – longe das vistas dos não iniciados.

[12] Mais uma indicação da influência religiosa da época

sobre a Francomaçonaria. A Cruz representando a “pedra angular” (origem) ou a “cabeça de Cristo” se referia a Jesus como a pedra angular do Cristianismo.

[13] A União dos Antigos e dos Modernos em 1813 resultou na fundação da Grande Loja Unida da Inglaterra. Sacramen-tava-se a Moderna Maçonaria com a inauguração do primei-ro sistema obediencial e a figura do Grão-Mestre. Dentre outros se solidificava a prática ritualística especulativa den-tro da Loja. Em 27 de dezembro de 1813 na cerimonia de criação da Grande Loja Unida da Inglaterra foram convoca-dos todos os Past-Masters, Veneráveis Mestres e Vigilantes das Lojas dos Modernos e dos Antigos para prestarem o juramento de Mestre Maçom, que foi a primeira parte do novo Ritual que veio a publico. Em 1816 as novas práticas ritualísticas foram demonstradas e aprovadas. Na sequencia todas as Lojas as adotaram. Destaque-se que nessas práti-cas o Venerável Mestre e os dois Vigilantes não mais porta-vam varas em sinal de autoridade, mas sim passavam a ocupar cada qual um lugar fixo na Loja – a leste, a oeste e a sul respectivamente. As Luzes Menores, ou da Loja, assim designados os três dirigentes principais, agora traziam em sinal da sua autoridade não mais varas ou bastões, mas malhetes ou maços pequenos de madeira.

[14] Conforme ensina Harry Carr in Masons at Work, os mensageiros utilizados na Maçonaria Operativa eram conhecidos como antigos “oficiais de chão” (mais tarde denominados Diáconos) e tinham a missão de transmitir ordens dos dirigentes diretores auxiliando-os no trabalho. Entenda-se que os canteiros de obras da época medieval eram imensos em sua superfície e estavam sempre a depender de ajudantes que transmitiam ordens e auxiliavam na aferição dos cantos da obra para que os trabalhos se desenvolvessem “justos e perfeitos”. Imagine-se a construção de imensas catedrais.

[15] A despeito de que as “varas” eram originalmente objetos conduzidos por Diáconos, lembra-se que com o advento dos ritos e vertentes maçônicas surgidas a partir da Moderna Maçonaria, nem todos os ritos que adotam esses oficiais deram a eles o costume do uso de varas ou bastões. É o caso do REAA que se utiliza desses oficiais, mas apenas como mensageiros simbólicos que trabalham na liturgia da abertura e encerramento, mais precisamente na transmissão da palavra sagrada. No escocesismo os Diáconos, diferente do Craft, não utilizam varas ou bastões.

[16] Atender os Candidatos – no Craft (Maçonaria Inglesa) é comum no ofício dos Diáconos, vê-los conduzindo candidatos (na iniciação ou nos aumentos de salário). Já no REAA\ (Maçonaria Francesa) eles fazem apenas o papel simbólico de mensageiros, o que pode se constatar na

ocasião em que é transmitida a palavra e na dialética de abertura dos trabalhos. No escocesismo, diferente do Craft, substituem os Diáconos no atendimento aos candidatos, os Expertos (cargos inexistentes no Craft).

[17] Ratifica-se que o texto traduzido dessa instrução é

dirigido para o Craft inglês, daí a menção de “varas” como instrumento de trabalho dos Diáconos.

[18] Forte influência religiosa teísta oriunda dos Antigos de 1751 (Lawrence Dermott) e que permaneceu como condicionante para a União das duas Grandes Lojas em 1813.

[19] A pomba tem sido em muitos ritos também a joia distintiva do Diácono. A questão da autoridade representada pela “vara ou bastão” ficaria relevada ao segundo plano depois da fixação do Venerável Mestre e dos Vigilantes nos seus lugares em Loja – leste, oeste e sul.

[20] Com a criação de um cargo para substituir o ofício de chão que outrora fora ocupado pelo Diretor Principal (Mestre da Obra), o Diretor de Cerimônias receberia um dos antigos símbolos de autoridade – a vara ou o bastão – mas sem se sobrepor a autoridade do Venerável Mestre e dos Vigilantes.

[21] Como já mencionado, o Diretor de Cerimônia é

também conhecido, de acordo com o rito, por Mestre de Cerimônias. O objeto de trabalho do Diretor de Cerimônias no Craft é a vara, também conhecida como bastão. No REAA, rito de origem francesa, não se utiliza o termo vara, porém bastão.

[22] A decoração do topo da vara utilizada pelo Diretor de Cerimônias varia em muitos casos conforme o rito praticado. No caso do Mestre de Cerimônias do REAA o adorno é uma pequena régua graduada. No caso do Diretor de Cerimônias do Craft inglês a vara pode ser encimada por uma cruz, o que traz ainda a influência religiosa de outrora. O mesmo adorno também lembra a cabeça ou a pedra angular do cristianismo. No Craft alguns Diretores usam um pequeno bastão em lugar da vara. Em síntese o significado é o mesmo – a vara ou o bastão representam a autoridade, entretanto sem se igualar ou se sobrepor à autoridade do Venerável Mestre. O Craft Norte-americano, oriundo dos Antigos ingleses de 1751, também utiliza bastões, inclusive os Stewards (mordomos). É comum nele também existir o cargo do Marechal (marchal) que utiliza um pequeno bastão.

V. CONCLUSÃO

Obviamente que esse assunto não se esgota e nem os comentários e observações inerentes a ele tem o caráter laudatório.

A intenção foi a de levar ao conhecimento dos Ir-

Cont.: BASTÕES, VARAS, HASTES ...

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mãos o quanto é complexa a liturgia e a ritualística maçô-nica, o que nos faz acreditar cada vez mais que os fatos não podem se restringir apenas no que nos trazem os rituais, a lembrar de que para que os rituais existam, an-tes deles existe a história autêntica.

A ideia é se conhecer por primeiro aquilo que al-guém se propõe a fazer.

Ao encerrar este quero deixar os meus agradeci-mentos ao Irmão Joselito Hencotte que me alertou para o tema e nele, do modo como aqui foi exposto, também teve a sua participação.

PEDRO JUK - JANEIRO/2018 - http://pedro-juk.blogspot.com.br [email protected]

NOTÍCIAS RAPIDINHAS DA CHICO

1. REUNIÃO DA CHICO DA BOTICA No mês de Abril, a reunião da Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas, que tem por local o Templo Leonello Paulo Paludo, Centro Templário - 3º an-dar, na Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, 945, como de costume no terceiro sábado, as 10:00h, sob a Presidência do Venerável Mestre Afrânio Marques Correa, em vista, mais uma vez, de problemas de ordem administrativa, não foi realizada.

2. PUBLICAÇÕES NA CHICO DA BOTICA - Contatar: Marco Antonio Perottoni: e-mail: [email protected] - Artêmio Gelci Hoffmann: e-mail: [email protected]

Obs.: textos publicados são de inteira responsabilidade dos seus autores

Sessenta segundos

Você pode praticar a meditação de um minuto, fecha os olhos, pense em algo lindo e sorria, deixe-se levar por sessenta segundos de paz, e faça isso quantas vezes puder no dia.

Você pode praticar a boa ação de um minuto, no trânsito não revide qualquer ação nervosa, na amizade, ouça um pouco mais, reclame menos, na sua casa, evite o palavrão, o grito, a palavra dura, e em sessenta segundos, ore pela paz no mundo.

Você pode ser uma nova pessoa em um minuto, basta refletir no erro que sempre comete, no vício que te segue por anos, bastam sessenta segundos de reflexão, uma decisão, diga agora: eu posso vencer qualquer coisa, até eu mesmo.

Pratique a vida em um minuto, cultive a alegria em cada segundo, e transforme horas e dias, em tempos das melhores realizações.

"É tempo de cultivar o tempo com bons sentimen-

tos."

Autoria de Paulo Roberto Gaefke

http://arcadoconhecimento.blogspot.com.br/2015/01/meditacao-de-1-minuto.html

COLUNA DA CHICO - REFLEXÃO

Cont.: BASTÕES, VARAS, HASTES ...

SER - MÃO

(....) Disse-me, então, que o maior sermão

que podemos pregar é ...

SER-MÃO que levanta quem caiu,

SER-MÃO que sinaliza esperança para quem se sente

sozinho,

SER-MÃO de solidariedade prá quem se encontra cerca-

do e encurralado por toda forma de conflito,

SER-MÃO de perdão prá quem traiu,

SER-MÃO de misericórdia prá quem se sente no fundo

do poço,

SER-MÃO de bênção prá quem não tem nada e um nada

se sente,

SER-MÃO que aponta o céu, mesmo quea única realida-

de presente seja o inferno,

SER-MÃO que fala sem palavra alguma, onde só se ouça

o gesto da mão ...

Retirado de um livro de Emmanuel / Francisco Cândido

Xavier)

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Templo : Leonello Paulo Paludo

Centro Templário - 3º andar

Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, 945

Dia da Oficina: 3º Sábado de cada mês Hora: 10:00 h

AUG :. RESP :. LOJ :.

“FRANCISCO XAVIER FERREIRA

DE PESQUISAS MAÇÔNICAS”

JURISDICIONADA AO GORGS

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Informativo Virtual Destaca:

Organização

Mês de Maio:

Dia das Mães - 2º Domingo de Maio

Datas Comemorativas

Fonte Web

Dia COMEMORAÇÃO

Dia das Mães - 2º Domingo de Maio

1 Dia Mundial do Trabalho

2 Dia Nacional do Ex-combatente

2 Dia do Taquígrafo

3 Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

3 Dia do Sol

3 Dia do Sertanejo

5 Dia Nacional das Comunicações

5 Dia do Campo

5 Dia da Comunidade

5 Dia Nacional do Expedicionário

5 Dia do Pintor

5 Dia do Marechal Rondon

6 Dia do Cartógrafo

7 Dia do Oftalmologista

7 Dia do Silêncio

8 Dia Internacional da Cruz Vermelha

8 Dia da Vitória

8 Dia do Artista Plástico

8 Dia do Profissional Marketing

9 Dia da Europa

10 Dia do Guia de Turismo

10 Dia da Cavalaria

10 Dia do Campo

12 Dia Mundial do Enfermeiro

13 Dia da Abolição da Escravatura

13 Dia do Automóvel

13 Dia da Fraternidade Brasileira

14 Dia do Seguro

14 Dia Continental do Seguro

15 Dia do Assistente Social

15 Dia do Gerente Bancário

15 Dia Internacional das Famílias

16 Dia do Gari

17 Dia Internacional das Telecomunicações

17 Dia da Constituição

18 Dia dos Vidreiros

18 Dia Internacional dos Museus

19 Dia dos Acadêmicos do Direito

20 Ascensão do Senhor

20 Dia do Comissário de Menores

21 Dia da Língua Nacional

22 Dia do Apicultor

23 Dia da Juventude Constitucionalista

24 Dia do Telegrafista

24 Dia do Vestibulando

24 Dia da Infantaria

24 Dia do Datilógrafo

24 Dia do Detento

25 Dia da Indústria

25 Dia do Massagista

25 Dia do Trabalhador Rural

27 Dia do Profissional Liberal

29 Dia do Estatístico

29 Dia do Geógrafo

30 Dia do Decorador

30 Dia do Geólogo

30 Dia das Bandeiras

31 Dia Mundial do Combate ao Fumo

31 Dia do Comissário de Bordo

31 Dia Mundial das Comunicações Sociais

31 Dia do Espírito Santo

Dia COMEMORAÇÃO