a construção de uma esfera pública na internet
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A construção de uma esfera púbica de A construção de uma esfera púbica de discussão na internet: a abordagem dessa discussão na internet: a abordagem dessa
temática nos congressos da Intercom e temática nos congressos da Intercom e ABCiber entre 2008 e 2012ABCiber entre 2008 e 2012
Carolina Lima Carolina Lima PPGCOM/UFJFPPGCOM/UFJF
Out. 2013Out. 2013
IntroduçãoIntrodução
• Mapeamento do “estado da arte”: Artigo busca mapear estudos que mostraram correlação com temática esfera pública e ciberespaço nos trabalhos apresentados nos últimos cinco anos em duas sociedades científicas brasileiras: Intercom e ABCiber.
• Justificativa: Importante investigar papel que novas mídias têm assumido na reconfiguração das esferas de participação política na sociedade, com a prática de uma comunicação horizontal e dialógica.
MetodologiaMetodologia• Recorte metodológico por ano, objeto empírico
analisado, metodologia e autores mais citados. Critério de seleção: pelas palavras-chave “redes sociais”; “participação política”.
• Justificativa: somente a partir de 2010 a Intercom disponibilizou a consulta por GP, antes trabalhos eram organizados em núcleos de pesquisa (Nupecom).
Congresso Quantidade de artigos
Intercom 29ABCiber 06Total 34
MetodologiaMetodologia
• Dificuldade para acessar banco de dados de congressos anteriores da ABCiber, site pouco navegável, busca feita pelo Google, encontrando artigos apenas no ano de 2009.
• Embora foco específico sejam redes sociais, nossa análise abarcou papers que trataram das mídias sociais como um todo, inclusive sobre uso da Internet como instrumento de participação política e cidadã.
• Em 2008 redes sociais estavam em processo de popularização no Brasil.
Quadro demonstrativoQuadro demonstrativo
Objetos empíricos
Intercom 2012
Intercom 2011
Intercom 2010
Intercom 2009
Intercom 2008
ABCiber 2009
TOTAL
Redes sociais (blog, Facebook, Orkut, Twitter Youtube, Ning)
5 1 2 5 1 2 16
Sites/ Avaaz.org
6 1 1 2 2 1 13
* cinco artigos exploratórios, de revisão bibliográfica, não entraram nessa tabela.
Diagnóstico preliminarDiagnóstico preliminar
• Aumento do interesse gradativo pelo tema, com
foco no estudo de redes sociais a partir de 2009 e aumento exponencial em 2012, com quase a metade dos pesquisadores elegendo como objeto empírico sites de redes sociais como Facebook, Twitter, além da Ning, uma plataforma online que permite a criação de redes sociais individualizadas.
2008: 2008:
Objeto de estudo:Objeto de estudo: pesquisadores focavam no estudo de sites para compreender a intricada relação entre construção de esfera pública através das Tecnologias de Comunicação. Isso é explicado no contexto da web 1.0 em que internet baseava-se em blogs de conteúdo e sites estáticos, sem interação com usuário.
Metodologias preferidas:Metodologias preferidas: entrevista e pesquisa descritivo-exploratória. Demonstra necessidade de mapear interação internet/participação política, revelando busca por traçar primeiros pilares na construção do campo.
Autores eleitos:Autores eleitos: Castells e Pierre Lévy, pioneiros no estudos de cibercultura e sociedade em rede. Visão pessimista: Muniz Sodré – potencialidades x desafios que Internet oferece.
Habermas é citado pela maioria dos pesquisadores, que se apropriam de sua noção de “esfera pública” para defender a revitalização dessa esfera de discussão pública após o advento da Internet.
2009: 2009:
Objetos de estudo:Objetos de estudo: aumento dos estudos relacionados a redes sociais, porém ainda com a presença de artigos sobre sites/blogs.
Metodologias preferidas:Metodologias preferidas: surgem mais quali-quantitativas, com predomínio de análise de conteúdo para mapear regularidades em sites, blogs, orkut. Com web 2.0 que popularizou ferramentas de produção de conteúdo, estas passaram a receber mais atenção dos pesquisadores.
Autores eleitos:Autores eleitos: Há a utilização de autores nacionais como André Parente, Alex Primo e André Lemos, além de Raquel Recuero, demonstrando uma certa consolidação do estudo do campo no Brasil.
Referências:Referências: Orozco, Barbero, Yochai Benkler, Habermas.
2010 e 2011: 2010 e 2011: Objetos de estudo:Objetos de estudo: Somente uma
pesquisa aborda o Twitter, as outras dão ênfase a sites e blogs.
Percepções:Percepções: -- Há ainda muita indefinição entre os termos
mídias sociais e redes sociais, não havendo padronização a respeito do assunto. Segundo Alterman (2013) mídias sociais abrangem espaços onde os indivíduos apenas postam informações ou arquivos, sem gerar relacionamento direto com nenhum indivíduo como Twitter, sites, blogs, Youtube. Já redes sociais são ferramentas online onde indivíduos se relacionam diretamente com um ou mais indivíduos formando grupos, como Facebook, Orkut.
- - Estudo do Orkut teve fôlego até 2009, quando foi sendo substituído por Facebook e Twitter.
Autores eleitos:Autores eleitos: Permanecem os mesmos, com acréscimo de Eugênio Trivinho, Tim O´Reilly, além de pesquisadores da linha de estudos culturais como Stuart Hall e Canclini.
2012: 2012:
Objetos de estudo:Objetos de estudo: Blogs, sites e redes sociais.
Metodologias:Metodologias: Análise de conteúdo e análise de discurso para estudo das postagens de blogs, sites e redes sociais. Equilíbrio no estudo de mídias e de redes sociais, com destaque para manifestações políticas em Facebook e Twitter.
Autores eleitos: Autores eleitos: Rousiley Maia, Alessandra Aldé, Raquel Recuero.
ConclusãoConclusão-- No ano inicial da pesquisa percebemos falta de
amadurecimento com muitos trabalhos exploratórios que tentaram fazer um mapeamento e chegar a algumas conclusões sobre o campo.
-- Anos seguintes pesquisas foram se consolidando com aplicação de metodologias quali-quantitativas para entender essa relação.
-- Indefinição acerca dos critérios que devem ser adotados para categorização dessas ferramentas.
- - Campo ainda precisa se consolidar mais, haja vista eleições de 2014 que serão campo fértil para entendimento de como redes sociais podem ser importantes ferramentas para fortalecimento democrático.
Obrigada pela Obrigada pela atenção!atenção!
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