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Antônio Carlos viu-se eleito presidente da Câmara Municipal e prefeito de Juiz de Fora. Em 1911o ar. Antônio Carlos foi para a Câmara Federal, onde entrou para a Commissão cie Finanças, relator do orçamento da Fazenda nos annos dc 1912, 1913 e 1914. Em fins de 1914 foi eleito presidente da Commissão de Finanças c: designado para relatar a Receita. Nesse tempo o relatório da Receita constituía a gran- dc attracção da sessão legislativa. Os maiores oradores, os deputados mais notáveis pela intelligcncia jlt cultura e cessivamentç, relatores da Receita. Em 1914 inaugurou- se o governo Wcnccslau Braz. O sr. Antônio Carlos, na qualidade de leader da maioria da Câmara, dirigiu os dif- ficeis c tumultuosos trabalhos de reconhecimento de po- deres da legislatura de 1915, quando demonstrou as mais raras qualidades de tacto e de firmeza, collaborando mui- las vezes em franca divergência com o grande chefe da politica nacional, então todo poderoso, o senador Pinhei- ro Machado. Em 1917, o sr. Antônio Carlos foi chamado par:; oecupar a pasta da Fazenda. Terminado o periodo dc governo Wencesiau Braz, o sr. Antônio Carlos voltou s Câmara Federal, tornando a figurar na sua Comniissãc de Finanças. Em. 1914, foi novamente escolhido pare leader da bancada mineira e leader da maioria da Cama ra. Em 1926, foi eleito senador federal e pre sidenle do Estado de Minas, cargo que ainda hoje occiipE con. extraordinário relevo. 4 « * A carreira politica do sr. Antônio Carlos c, pois uma das mais longas e completas dos homens publico.-- jocnocoocrooc 5 o t__~3 o cni-> o cn^j o <. ;.•:. Ai-i.Htic.es Kòcha taçõès contra o novo serviço publico, enviadas ás duas casas do Congresso palas companhias de seguros e asso- ciações commerciaes^ Km face de uma dessas representa- ções, distribuída á Commissão de Con- stltulção c Justiça do Senado, esta adoptotuo anno passado um projecto do sr. Aristides Rocha, attendendo ás reclamações das referidas companhias com substancial modificação da lei quo instituiu o registro cm questão. Até eiú não nada de sensacional, pois estamos acostumados a ver o Congresso avançar e recuar, fazer c desfazer, sem a mínima cerimonia. O que se nes afigura de indiscutível gra- vidade são as il3VelaçÕ03 que agora, com o andamento dado a esses proje- elos, apresenta o serventuário cio car- torio criado. Depois de considerações sobre os motivas que determinaram tal criação, reproduzindo textualmente pa- la-vras de relatórios do ministro dn. Fazenda, segundo o qual :<i compa- nhias clc seguíos não sellavam dc ac. cordo com a lei as respectivas apólices, do que resultava o desvio de uma ren- cia avultada, diz esse interessado que, com o apparecimento da proposição do sr. Aristides Rocha, exultavam as mesmas companhias, o foi tão grande u seu enthusiasmo, que publicaram, no seu órgão official —¦ "Revista de Seguros1' n." 91, anno VIII, de ja- neiro do corrente anno, um commen- tario cie que destacamos os seguintes trechos, transcrlptos sem a menor ai- teração na sua fôrma, na sua graphiã, na sua pontuação, aspas, etc: "A Commissão cie Legislação e Jus- tlça do Senado, a 17 cie dezembro ul- limo, assignou um parecei- sobre a re- presentação que aquella casa legisla- tiva enviaram as associações commer- ci«3S, o qual declara que as apólices cte seguros não estão sujeitas a re- gistro". "Sem o nosso brado de alarma, tal- vez subsistisse essa mysttficaçfio en- gendrada contra o espirito da própria lei". "E' numa oceasião dessas, que umn associação cie classe presta os melho- res serviços. Sem coordenação de es- forços. sem unidade na defesa dos in- tc!»-csses superiores c geraes nada po- cleria ser feito. Por outro lado, não é direito que companhias que não con- correram para as despesas communs, que sc Jtecram e sc tem cia jazer ahi- da, para a devida retribuição desse? serviços extraordinários, colham dire, cta ou lndlrectamcnte o resultado do esforço alheio". Viram? Comprehenderam? Affirma-. .se ahi, eom todas as letras, que o pro- jeclo révógador acarretou despesas c houve retribuição dc serviços extraor- ciinarios. Mas não se admire ninguém ac- crescentá o serventuário do cartório com a audácia dessas expressões, por- que ha coisa ainda mais grave, por extensiva a todo o Congresso Nacio- nal. Lé-se, por exemplo, uo artigo da "Revista de Seguros", a seguinte ad- vertencia: "Vae ser discutido na Câmara dc;» Deputados o projecto cio Código Com mercial. Nellc ha, pelo menos, uma disposição que poderá ser ineonvenien- te ao seguro. Disposições benéficas po- dcriiun ali figurar o que será fácil obter so as Companhias "QOIZE- REM", ou se não se mostrarem "RI- D1CULAS" ou indifferentes aos seus próprios interesses". Viram? ComprehcnclevB.ni? E' claro como água: se as companhias "QUI- 7.EREM" abrir a bolsa... se não kl- mostrarem "RIDÍCULAS" com ra- teações... Convém accentüar e repetir que as palavras Quiserem e ri.d.i- cuias estão em versalete e eom as- pas no próprio artigo daquella revis- ta, o que torna evidente a sur» signi- ficação, E', positivamente, deplorável que o Poder Legislativo do Brasil tenha des- cido assim ao ponto de ser enxová- lhado num órgão official de compa- nhias que, tomo se sabe, em sua maior parte são .estrangeiras. Terminou, em parte, o movimento grevista dos graphicos de S. Paulo SAO PAULO, 4 (A. B.) O Comitê de Defesa Proletária disstrlbuiu á imprensa o seguin- te eommunicado: "O Comitê de Defesa/ de São Paulo, em sua ultima reunião, depois cie acura- do estudo, levando em conside- ração: a)que a maioria absoluta das officinas graphicas de São Paulo entrou em accordo com os operários, clirccta ou indire- j ctamente do Comitê; b)que existem numerosos I operários que sc desempregaram j durante o movimento: ; ci que é necessário conti- j nuar o trabalho normal de or- J gani/ação; d) que somente as casas Siqueira, Duprat, Mayença <fe Cia., Godinho Brown & Vanor- dem continuam, intransigentes; Resolveu: a)decretar, desta, data, o fim do movimento grevista ini- ciado a 23 de março; b)sustental-o, ainda nas offieina.? acima citadas; c)iniciar o trabalho de collocação dos operários que não quizeram voltar ás antigas offi- einas. revoltados pela atitude reaccionaria dos seus patrões, durante o movimento que ora linda; d)entregar a corporação graphlca a organização do tra- balho e a sua normalização con- tinüando o Comitê de Defesa Proletária a dirigir a greve nas casas citadas; e)lançar um manifesto ao operariado graphico e ao prole- tariado brasileiro, expondo a verdadeira victoria e a signifi- cação do movimento; conhecimentos administrativos c financeiros foram, sue-1 que têm, actualmente, maiores responsabilidades ,na Re- >.-JOC=IOC3tC=)OC=>OC=IIIC=>OC30C= 0 CONGRESSO NACIO- ML APONTADO COMO SUBORNADO E 8ÜB0R- NÀYEL! Decretada e regulamentada a lei es- tabelecendo o registro dos contratos marítimos, e decorrido algum tempo cie funecionamento do respectivo car- t..- io, cerrieçarani u afíluir repre»sn- publica. Quando ingressou na politica, tinha uma pro- fissão que exercia com todo o brilho. Homem politico, jamais abandonou os livros e a penna, sendo vasta a sua bibliographia, na qual se salientam os livros sobre "Ban- cos de Emissão no Brasil" e o "Ministro da Fazenda da Independência c da IVlaioridade" . Se, por vezes, o sr. Antônio Carlos teve que fazer concessões á politica extremaclamente personalista, que envergonhou alguns períodos da historia da Republica, no Brasil, fel-o, sempre, com o intuito de attenuar e rcduzii os Ímpetos de violência e estupidez dos governantes cm briagados pelo mandonismo nos governos fugazes que exerciam. Essas concessões de palavras são tidas como pedra de escândalo por adversários sem finura c sem psyçhologin. Mas se o sr. Antônio Carlos não tivesse defendido a carreira publica cm que se empenhara, fa- zendo irônicas concessões' aos regulo» dc unia hora, ha muito estaria encerrada essa carreira tão útil e necessária á evolução politica do regime. Transigindo no momento opportuno, quando não tinha a responsabilidade do governo, o sr. Antônio Car- io» ponde chegar, por sua vez, íts posições de governo, nas quaes está prestando fulgurantes serviços ás grandes causas moraes do paiz. As historias de todas as nações civilizadas do mundo estão cheias de exemplos dc gran- des homens que transigiram até o momento triumphal dc assumirem a responsabilidade do mando-, nessa oceasião, elles restaram as concessões feitas no regimen da boca- lidade, sem as quaes não teriam vencido para prestarem, ao paiz, os grandes serviços de que se mostrann capazes. Do sr. Antônio Carlos póde-se dizer que não pretere. ninguém na Republica, c que seria por todos preterido. Nos Estados Unidos, em reverencia á mediocridade Invejosa, própria das democracias, ha uma lista dos gran- des homens do paiz que não foram, mas deviam ter sido prcsidcnlcs da Republica. Em França; sc faz a historia da 41" cadeira da Academia, que não foi oecupada por muitos dos maiores gênios literários da grande nnção lati- na, pois nunca se sentaram sob a cúpola. No Brasil, Ruy Barbosa nem Rio Branco foram presidentes da Re- publica. E' possivel que o sr. Antônio Carlos perquo sua opportunidade, mas isso não seria razão para des* cambarmos, para q extremo opposlo, transformando o Cat« tete cm gaiola de passarinhos de estimação. jrrTDo.>ni,r>.in,,n,iqi,n/——f 5oc=3ocr=>ocn=>o<: IDÉAS EXCESSIVAMENTE AVANÇADAS DE MORAL SOCIAL NUMA CON- . FERENCÍ PEDAGÓGICA Vem-se realizando uma serie de cohlerencias, para as professoras, or- ganlzadu pela Directoria de Instru- cção, de accordo eom a nova organi- zação do ensino, Incumbem-se dessas palestras os diversos membros do ma- gisterio secundário, versando assum- ptos pedagógicos e questões que com elles se relacionem, a iniciativa foi tomada a titulo cie contribuir para a uniformidade do ensino primário, e a applicação dos princípios mais nioder- nos de pedagogia. O que oceorreu numa das ultimas dessas conferências, realizada a sema- na passada, no antigo edifício do Pe- dagogium, provocou segundo recla- inações què recebemos verdodeiro vexame para a assistência. O conferenclsta, professor Carlos Portocarrero, abordou assumptos de tal modo delicados que a sua palestrai constrangeu scriiunente as pessoas que tiveram cie ouvll-a. Afastando-se do terreno estrictamen- te pedagógico, o illustre professor feriu certas questões, com um sen- so decerto exaggeradamente realista, e a respeito dellas exarou conceitos evidentemente avançados demais, e, mesmo, chocantes para a moral social vigente entre nós. Não se pode leal- mente pôr em duvida as excellentes intenções e o espirito digamos puramente seientifico do conferenclsta. Mas, segundo o testemunho que nos deu pessoa de toda respeitabllidadej,, que assistiu a conferência, o illustref aducador parece ter peTdido um pouco de visto, ao expor as suas idéas, certos princípios que formam a base da nos- sa organização social. Defendeu s.s. a these de que deve- mos ensinar ãs crianças tudo que se refere ás leis naturaes. Mais ou me- nos, a thocria pregada num film sei- entifico recentemente exhlbido num dos nossos cinemas. E" um ponto de vista ijcrfciiamento respeitável, mes- mo paro os que o Impugnam como norma educativa. Mas o professor Portocarrero segundo a impressão colhida poi- um dos sans ouvintes c n, nós trausmittnda não teve o senso 0 COMITÊ DE PERITOS CHEGOU A UM ACCOR- DO EM TODOS OS PONTOS ESSENCIAES PARIS, 4 (A. B.) As deliberações da Conferência dos Peritos continua- ram hoje paralysadas. por motivo da resistência opposta pelos delegados bel- gas á assignatura do accordo baseado no Plano Yoiing. A delegação belga, accentuando essa atitude, fez retirarem-se os seus re- presentantes das commissões de que faziam parte, allcganclo divergências que acreditava encontrar nas propôs- tas submettldas pela delegação allemã. Sabe-se que, depois de prévia con- sulta ao gabinete do Reich, o sr. Schacht, presidente cia delegação ai- lema. estava tratando de convencer os delegados dn Bélgica cie que estavam equivocados. BRUXELLAS, 4 (Havas) O cheíe do governo, sr. Jaspor, chegou a esta capital de regresso de Paris, onde es- teve em conferência com o chefe da delegação belga ao Comitê de Peritos das Reparações, sr. Francqui, sobre a questão dos marcos papel pastos em circulação na Bélgica por oceasião da invasão allemã. Dessa troca de vistas resultou a de- cisão de se manter todas as exigências anteriores no que concerne ao assum- pto, exigências que contam com a so- lenne promessa de apoio das chefes da-s delegações dos paizes creadores. BERLIM, 4 (Havas) —- A questão das seis bilhões de marcos emittldõs na Bélgica durante a cecupação allemã e a cargo do sr. Ritier, director des Negócios Commerciaes junto ao Minis- t-erio do Estrangeiro, acha-se em bom andamento. Os peritos, segundo infor- mam de Paris, esperam chegar a um accordo final até sexta-feira próxima. PARIS, 4 (Havas) Em vista da questão de confiança formulada pelo governo, a Câmara- adiou por 321 vo- tos contra 249 a Interpelação do depu- tado Renaudel sobre a atitude do ga- büiete com referencia as dividas de guerra e ás reparações. BERLIM, 4 (Havas) A pedido cio chanceller, a Commisr-ão dos Negócios Estrangeiros do Rcichstag foram adia- dos os debates sobre as questões das reparações para depois de encerrada a conferência dc peritos. Os nrxionalis- tas protestaram contra essa decisão e depois de uma discussão acalorada abandonaram a sala das sessões. BERLIM, 4 (A. B.) O conhecido pacifista inglez c fervoraso advogado da Liga das Nações, lord Robert Cecil, presentemente em Berlim, realizara amanhã uma. conferência no Reichstag, perante o Comitê Pró-Discussão In- ternacional, falando sobre "A idéa das reparações". PARIS, 4 (Havas) O Comitê de Peritos acaba de chegar a um accor- do em todos os pontos essenciaes cia questão das Reparações de Guerra. Acrèdita-se que até ao fim desta se- mana esteja assignado o relatório por todos os delegados dos governos in- teressados. "Nunca o paiz necessi- fcou tanio de uma revo- lução como agora" -. RECIFE, 4 (A. B.) O jor- nalista Nelson Firmo, em artigo publicado pela "Noite", sob o ti- uilo "Remédio heróico", estuda o momento brasileiro, dizendo que nunca o paiz necessitou lan- to dc uma revolução como ago- ra. Após diversas considerações, termina nestes termos: "O voto secreto c, não ha) du- vida, uma arma de regeneração politica. Mas, em certos paizes, ou em certos momentos da vicia de um povo, como o do Brasil de hoje, o voto secreto é rieli- etilo". Sr. Fernando Azevedo da opportunidade, alongando-se em certos detalhes, sem attender a que era ouvido por jovens professoras, ao mesmo tempo que por muitos cava- lheiros c rapazes, nem todos decerto, dotadas cio mesmo espirito seientifico ao ouvirem a exposição de taes assum- ptos. Assim, quando o canferencista ex- planou as leis da procriação, e certas normas cie hygione, e isto com um luxo clc minudencias perfeitamente desnecessário. Passando a tratar de questões de menor interesse pedagogi- co, expõz o professor Portocarrero theorias de moral social, não so im- próprias para. serern ventiladas em tal causaram verdadeiro mal-estar na as- siste-ncia, segundo as informações que nos foram trazidas. Estamos ainda informados <le que sc verifica, nos circulas do magistério municipal, um movimento de franca repulsa á orientação que, parece, se quer ciar aquella serie de conferência.» ixdagogicas. Em principio, pode aceitar-se ou re- pcllir taes doutrinas avançadas que pretendem abolir no ensino, certos preconceitos. Náo pôde haver duvida é quanto á facilidade condemnavel com que se pretende impor, de chofre, j taes doutrinas num meio não prepa- | rado para essa revolução, e sem o de- I vido critério de opportunidade, relati- I vãmente ao ambiente em que ellas [ tenham de scr ventiladas. Convém salientar a propósito, o que | sc vem verificando em Pernambuco, em torno da reforma de instrucção. O governo do Estado entregou a um pe- dagcgo importado de São Paulo a missão de remodelar o apparelho edu- I cativo. Esse pedagogo iniciou um pro- gramma revolucionário de ensino, que ! provocou, logo de inicio, formidável movimento de repulsa. Depois de rui- dosa campanha de imprensa e do cie- ro contra as innovaçoes do pedagogo paulista, foi dirigido ao governo um memorial assignado por centenas de senhoras da sociedade recifense, pro- testando contra p que- lhes parecia uma oífensa àfcfc seus sentimentos ohristãoe e á moral social do paiz. As idéaa da conferência do professor Portocarrero conforme as informa- ções que acima divulgamos filiam- se, parece-nos, a essa mentalidade re- volucionario nos dominios da pedago- gia e da moralidade social, capaz de provocar uma crise tão delicada, um movimento de opinião tão grave quan- to o que se verifica em Pernambuco, por motivos idênticos. 0 prof. Mario Mazagão c contra o divorcio e o direito dc testar. SAO PAULO, 4 (A. B.) O "Diário Nacional" ouviu, hon- tom, o sr. Mario Mazagão, pro- fessor cathedratico da Faculda- do de Direito de São Paulo, so- bre a liberdade de testai- e o di- vorcio a vinculo: "A idéa nascida na Oommis- são de Justiça do Senado de se reformar o Código Civil, para introduzir no nosso Direito o di- vorcio a vinculo e a liberdade absoluta de testar, nfio poderia ter sido mais inopportuna. No Brasil as condições socloes são muito diversas daquellas que entre outros povos determi- naram o movimento a favor do divorcio a vinculo. A' Legisla- ção deve competir, no assumpto, não o papel de vanguardista, mas, pelo contrario, o de força conservadora. Mesmo que eu não fosse, como sou, adversário do divorcio a vinculo, haveria de considerar intempestiva a refor- ma projectada. Quanto é modificação refe- rente á liberdade de testar, a inopportunidade é a mesma; nâo consta que as condições so- ciaes no Brasil exijam essa me- dida; pelo 'con tro rio, os costu- mes c as tradições do nosso Di- reito a repeilem. OS TRABALHISTAS FORAM CONVIDADOS A FORMAR 0 NOVO GABINETE BRITANNÍCO LONDRES, 4 (Havas) Seguindo a praxie, o rei Jorge, uma vez aceito o pedido de demissão collectiva do ga- binete, terá de chamar, ainda hoje, ou ambiente^ cemo attentatorias_ aos prin-! amanhã, ao castello real de Wlndsor, cipios básicos da organização da ia- mllla entre nós. Combateu, por exem- pio, o preconceito da castidade para as mulheres que não se casam, o usou de argumentos, desceu a detalhes que 0 EMBARQUE DO SR. J. C. DE MACEDO SOARES PARA OU- RO PRETO E MARIANNA BELLO HORIZONTE, 4 (Do corres- pondrnte) O sr. José Carlos de Macedo Soares e senhora, acabam de embarcar pr.ra Ouro Preto o Marian- na. Acompanham-nos os s'.s. José Cas- sio de Macedo Sos.res e Manoel Victor. Ao bota-íòra compareceram a sra. Antônio Carlos, representantes do pre- sidente e secretários do Estado, os srs. Francisco Campos. Mendes Pimentel, Edmundo Lins, professores e univer- sitarios. MAIS UM CANDIDATO Á PRESIDÊNCIA DA REPU- BLICA Ao Supremo Tribunal Federal foi dirigida mna interessante petição de habeas-còrpusj na. qual mn cidadão requer essa medida para o fim dc fazer sua propaganda como cândida- to á presidência da Republica. O pedido íoi distribuicio ao minis- tro Rodrigo Octavio, que, em breve, relatará o feito. o chefe do Partido Trabalhista, sr. Ramsr/,' MaCdonaJd. p*ra com elle tratar da c^anização do novo go- verno. Segundo as ultimas informações dc fonte segura, recebidas de Wlndsor. o estado de saúde do soberano permit- tir-lhe-á dar todos os. passes necessa- rios na presente emergência, se bem que os r.ctos em que deverá tomar par- te> se devam revestir da maior brevi- dade possivel. WINDSOR, 4 (Havas) O primt-1- ro ministro, sr. Baldwin, acaba de ser Ainda vigora o regimen da palmatória nas esco- las paraenses BELÉM, 4 (A. B.) r- Acre- ditava-se que os castigos cor- poraes não eram mais applica- dos a alumnos das escolas, mas uma reportagem da imp.-ensa apurou que, uo contrario, em varias escolas publicas e, prin- cipalmente, particulares, ainda é mantido o regimen da palma- toria. Os jornaes citam os nomes de muitos alumnos que foram sub- metidos :-, esse castigo e pedem providencias enérgicas ao go- v-l-no. recebido em audiência, especial pelo rei Jorge, a quem apresentou o pedido de demissão collectiva do gabinente. LONDRES, 4 (Havas) A demissão do Ministério Conservador foi apre- sentada ao rei pelo sr. Stanley Bal- dwin, nos aposentos particulares de S. M., no real castello de Wlndsor. A audiência durou pouco mais de mela hora. Ao principio da tarde o leader laboiista sr. Ramsay Mac Do- nald foi convidado a apresentav-sc pe- rante o soberano. Annundà-se que a visita dr» chefe trabalhista se reallrará, somente áma- nhã, afim de poupar ao rei a fadiga de uma nova recepção. E' crença geral que o sr. Mac Do- nald se declarará prompto a formar o novo Ministério, cuja organização deverá estar concluída por todo o de- curso da s'imana. Os trabalhos de escolha dos futuros titulares acham-se bastante adeanta- dos, o que deixa prever para breve a installação do segundo gabinete tra- balhista na historia constitucional e política da Gran-Bretanha. LONDRES, 4 (Havas)"— O soberanc passou o dja calmo não se verificando a menor alteração no seu estado de saúde. Sua Majestade receberá, amanhã, o chefe do Partido Trabalhista para o encarregar de constituir Ministério. E' multo provável que os nomes dos novos ministros sejam conhecidos ain da antes do fim da semana.. LONDRES, 4 (Havas) Foi eieito pelo districto de Orkney e Shetland o candidato liberal sir Robert W. Ha- miltoii. E' a seguinte a situação respective» dos vavios partidos: trabalhistas, 238; conservf.dores, 255; llberaes, 58; vários, S. Faltam ainda os resultados de 6 dis- trictos afim de perfazer o numero total dos representantes á câmara baixa, que é de 615 membros. ?QCZ>OCZ)OC ¦^r».-<-—-MIC>QC^OC^30CSS>OÇ___>0<>nt.n.>n<»r><¦, QCIIDOCrr^OCrziOCZZ^CCII^OCIIDOCZlDOC^^OCr^OC CnZ^OC elaboração i leis contra es "trusts' í a dever.imperioso da representação cie As extorsões de que tem sido vi- ctima o consumidor brasileiro, nestes últimos mezes, estão impondo á con- sciencia publica a noção da necessidade premente de medidas repressivas dos "trusts". O abuso do poder do capital para manipular mercados e organizar combinações, com o objectivo de pro- mover a alta artificial do custo das uti- lidades, vae passando do dominio da censura moral para constituir matéria em que se devem fazer sentir as san- cções penaes da lei. Ha perto de vin- te annos, que nos Estados Unidos, a terra da liberdade commercial, existe a Anti-Trust Law, cujos dispositivos res- tringem as possibilidades das combina- ções capitalistas lesarem o interesse ge- ral. A falta de legislação análoga entre nós está permittindo que se multipli- quem os "trusts", tanto para encarecer ainda mais o custo intolerável da vida, como para collocar nas mãos de grupos restrictos de grandes capitalis- tas o controle das fontes de producção. Nenhum problema delinea-se na actua- REGRESSOU HONTEM DE SUA VIAGEM AO JAPÃO 0 PROF, JULIA- NO MOREIRA . Regressou, hontem. ao Rio, tenda viajado pelo "Cap Arcona", o nota- vel psyohiatra brasileiro, professor Ju- liauo Moreira, director do Hospital Na- lidade brasileira, envolvendo maiores possibilidades de perturbação do desen- volvimento normal da nacionalidade, do que a questão dos "trusts". A inacção dos poderes públicos deante desse gravíssimo problema é, agora, ainda mais imperdoável, porque entre os dispositivos da reforma consti- tucional figura a attribuição explicita- mente conferida ao Congresso, para le- gislar sobre a liberdade commercial. O uso dessa prerogativa na elaboração de leis contra os "trusts" é um dever im- perioso da representação nacional PRISÃO DE 19 FORAGIDOS PAE.AI1YBA, 4 (A. B.) No niea -': inalo a policia aprisionou li) crimina- pronunciados que se encontravam for. (ridos, send-o que seis deites estavam honr slados em Pernambuco. Professor Juliano Moreira ciónal de Alienados e figura de gran- de relevo na sciencia nacional. O professor Juliano Moreira fõr.1 convidado para realizar, no Japão, na- Universidades Imperiaes cie Osaka, Tc klo e Kioto, tres conferências sobi psychiatria. Realizadas essas palestn teve, porém, o scienlista. patrício, n< cessidade de prolongar sua estadia 1 - Império nipponieo, afim de attender ••¦ outros convites, o que o levou a rcai zer mais conferências e palestras c: 1 quasi todas as universidades do Japa- A propósito das impressões colhid-. na sua viagem, não poude, devido ; confusão do desembarque, nol-as tran; - míitir, como era de seu desejo, det; lhndameute e com minúcias. Atter dendo, porém, á nossa solicitação, c professor Juliano Moreira, condesc ) - deu em nos dar alguns minutos de pi.- lestra. Vim principiou encantac'; com os nossos antipodas. O Japr é, sem favor nenhum, uma grande ai - firmação racial. Seu progresso, em te dos os ramos da actividade humana, z grande, é maravilhoso. Povo discipl.- nado, activo, o que os nippôBs reali- zam nas suas pequenas ilhas, é de a- - sombrar. Totalmente, ou quasi, refe:- tos da ultima catastrophe scismlca <jt os sacudiu, ha tempos, os japoneze . em pouco, reconstruíram as suas c. - dades, dotando-as d3 edificação ad quada á pouca estabilidade do terrer 1 em que habitam. Reorganizaram se - viços públicos, emfim, reconstruíra i tudo em pouco tempo, parecendo q- i a desventura, ao invés de desanima - os, tomal-os apathlcos, ao contrario, ij uma. fonte de energias e de estimul. - formidáveis. A minha admiração pelo peque;— grande povo é inur_iisa e quem de - que os nossos patiwos tivessem u 1 terço, sequer, do seu patriotismo e c.; sua energia. E proseguindo na palestra, o profe - scr. Juliano Moreira disse-nos que : 1 Japão, ha, actualmente, grande r - terf-sse pelo Brasil e que alguns pr - duetos brasileiros, taes como o café -. o algodão, têm grande extracção, h - vendo, mesmo, uma certa amizade p; - ra comtudo que é brasileiro. E' pot' - vel que para Isso contribua a libf ¦- alidade e a ausência de preconcef ;. de raça que orientam a nossa politl com relação á immigração. O facte e que o Japão nos tem amizade. Quanto ao progresso do império r-ri! sol nascente, no que se refere á sc' - encia, o professor Juliano Moreira dis» se-nos que elle corre parelha com n das demais actividades, sendo notável o grande numero ds sábios e scie-i- tistas que saem dos grandes laborai'-»- rios amarellòs, cs quaes podem con' - petir em competência o valor, co i os do Occidente. E após gabar as bellezas naturaes -.'-¦ Japão, o professor Juliano Moreira d' •; por terminada a nossa palestra. E ni » pedia ser de outra fôrma, pois cr;-- scido era o numero deviessoas que jail procuravam para dar-i^ as boas vil das. E í-isonho, af lavei, o professor Mc - reira desembarcou em companhia i - seus amigos, collegas e admiradore- .

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Anno II — Numero 264 RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA,, 5 DE JUNHO DE 1929 Numero avulso 100 reis

A carreira política do sr. Antônio CarlosBELLO HORIZONTE, 3 — (Do correspondente)A carreira politica do sr. Antônio Carlos foi inicia-

da em 1902, quando o sr. Francisco Salles, então presiden-ic dc; Minas, o convidou para dirigir a secretaria de Fi-nanças, cargo que exerceu durante quatro annos. Cum-j-lativamente com essas funeções administrativas, em 1905 e1906 o sr. Antônio Carlos foi o prefeito eleito de BelloHorizonte. Terminado o governo de que fazia parte, osr. Antônio Carlos ingressou no Senado mineiro, fazendoparto da respectiva Commissão dc Finanças, na qual foisempre o relator do orçamento do Estado. Senador es-tadual, o sr. Antônio Carlos viu-se eleito presidente daCâmara Municipal e prefeito de Juiz de Fora. Em 1911oar. Antônio Carlos foi para a Câmara Federal, onde entroupara a Commissão cie Finanças, relator do orçamento daFazenda nos annos dc 1912, 1913 e 1914. Em fins de1914 foi eleito presidente da Commissão de Finanças

c: designado para relatar a Receita.Nesse tempo o relatório da Receita constituía a gran-

dc attracção da sessão legislativa. Os maiores oradores,os deputados mais notáveis pela intelligcncia jltcultura e

cessivamentç, relatores da Receita. Em 1914 inaugurou-se o governo Wcnccslau Braz. O sr. Antônio Carlos, naqualidade de leader da maioria da Câmara, dirigiu os dif-ficeis c tumultuosos trabalhos de reconhecimento de po-deres da legislatura de 1915, quando demonstrou as maisraras qualidades de tacto e de firmeza, collaborando mui-las vezes em franca divergência com o grande chefe dapolitica nacional, então todo poderoso, o senador Pinhei-ro Machado.

Em 1917, o sr. Antônio Carlos foi chamado par:;oecupar a pasta da Fazenda. Terminado o periodo dcgoverno Wencesiau Braz, o sr. Antônio Carlos voltou sCâmara Federal, tornando a figurar na sua Comniissãcde Finanças. Em. 1914, foi novamente escolhido pareleader da bancada mineira e leader da maioria da Camara. Em 1926, foi eleito senador federal e presidenle do Estado de Minas, cargo que ainda hoje occiipEcon. extraordinário relevo.

4 « *

A carreira politica do sr. Antônio Carlos c, poisuma das mais longas e completas dos homens publico.--

jocnocoocrooc 5 o t__~3 o cni-> o cn^j o <.

;.•:. Ai-i.Htic.es Kòchataçõès contra o novo serviço publico,enviadas ás duas casas do Congressopalas companhias de seguros e asso-ciações commerciaes^

Km face de uma dessas representa-ções, distribuída á Commissão de Con-stltulção c Justiça do Senado, estaadoptotuo anno passado um projectodo sr. Aristides Rocha, attendendo ásreclamações das referidas companhiascom substancial modificação da leiquo instituiu o registro cm questão.

Até eiú não há nada de sensacional,pois estamos acostumados a ver oCongresso avançar e recuar, fazer cdesfazer, sem a mínima cerimonia. Oque se nes afigura de indiscutível gra-vidade são as il3VelaçÕ03 que agora,com o andamento dado a esses proje-elos, apresenta o serventuário cio car-torio criado. Depois de consideraçõessobre os motivas que determinaram talcriação, reproduzindo textualmente pa-la-vras de relatórios do ministro dn.Fazenda, segundo o qual :<i compa-nhias clc seguíos não sellavam dc ac.cordo com a lei as respectivas apólices,do que resultava o desvio de uma ren-cia avultada, diz esse interessado que,com o apparecimento da proposiçãodo sr. Aristides Rocha, exultavam asmesmas companhias, o foi tão grandeu seu enthusiasmo, que publicaram,no seu órgão official —¦ "Revista deSeguros1' — n." 91, anno VIII, de ja-neiro do corrente anno, um commen-tario cie que destacamos os seguintestrechos, transcrlptos sem a menor ai-teração na sua fôrma, na sua graphiã,na sua pontuação, aspas, etc:"A Commissão cie Legislação e Jus-tlça do Senado, a 17 cie dezembro ul-limo, assignou um parecei- sobre a re-presentação que aquella casa legisla-tiva enviaram as associações commer-ci«3S, o qual declara que as apólicescte seguros não estão sujeitas a re-gistro"."Sem o nosso brado de alarma, tal-vez subsistisse essa mysttficaçfio en-gendrada contra o espirito da próprialei"."E' numa oceasião dessas, que umnassociação cie classe presta os melho-res serviços. Sem coordenação de es-forços. sem unidade na defesa dos in-tc!»-csses superiores c geraes nada po-cleria ser feito. Por outro lado, não édireito que companhias que não con-correram para as despesas communs,que sc Jtecram e sc tem cia jazer ahi-da, para a devida retribuição desse?serviços extraordinários, colham dire,cta ou lndlrectamcnte o resultado doesforço alheio".

Viram? Comprehenderam? Affirma-..se ahi, eom todas as letras, que o pro-jeclo révógador acarretou despesas chouve retribuição dc serviços extraor-ciinarios.

Mas não se admire ninguém — ac-crescentá o serventuário do cartório —com a audácia dessas expressões, por-que ha coisa ainda mais grave, porextensiva a todo o Congresso Nacio-nal. Lé-se, por exemplo, uo artigo da"Revista de Seguros", a seguinte ad-vertencia:"Vae ser discutido na Câmara dc;»Deputados o projecto cio Código Commercial. Nellc ha, pelo menos, umadisposição que poderá ser ineonvenien-te ao seguro. Disposições benéficas po-dcriiun ali figurar — o que será fácilobter — so as Companhias "QOIZE-REM", ou se não se mostrarem "RI-D1CULAS" ou indifferentes aos seuspróprios interesses".

Viram? ComprehcnclevB.ni? E' clarocomo água: se as companhias "QUI-7.EREM" abrir a bolsa... se não kl-mostrarem "RIDÍCULAS" com ra-teações... Convém accentüar e repetirque as palavras — Quiserem e ri.d.i-cuias — estão em versalete e eom as-pas no próprio artigo daquella revis-ta, o que torna evidente a sur» signi-ficação,

E', positivamente, deplorável que oPoder Legislativo do Brasil tenha des-cido assim ao ponto de ser enxová-lhado num órgão official de compa-nhias que, tomo se sabe, em sua maiorparte são .estrangeiras.

Terminou, em parte, omovimento grevista dos

graphicos de S. PauloSAO PAULO, 4 (A. B.) — O

Comitê de Defesa Proletáriadisstrlbuiu á imprensa o seguin-te eommunicado: "O Comitê deDefesa/ de São Paulo, em suaultima reunião, depois cie acura-do estudo, levando em conside-ração:

a) — que a maioria absolutadas officinas graphicas de SãoPaulo entrou em accordo comos operários, clirccta ou indire-

j ctamente do Comitê;b) — que existem numerosos

I operários que sc desempregaramj durante o movimento:; ci — que é necessário conti-j nuar o trabalho normal de or-J gani/ação;

d) — que somente as casasSiqueira, Duprat, Mayença <feCia., Godinho Brown & Vanor-dem continuam, intransigentes;

Resolveu:a) — decretar, desta, data, o

fim do movimento grevista ini-ciado a 23 de março;

b) — sustental-o, ainda nasoffieina.? acima citadas;

c) — iniciar o trabalho decollocação dos operários que nãoquizeram voltar ás antigas offi-einas. revoltados pela atitudereaccionaria dos seus patrões,durante o movimento que oralinda;

d) — entregar a corporaçãographlca a organização do tra-balho e a sua normalização con-tinüando o Comitê de DefesaProletária a dirigir a greve nascasas citadas;

e) — lançar um manifesto aooperariado graphico e ao prole-tariado brasileiro, expondo averdadeira victoria e a signifi-cação do movimento;

conhecimentos administrativos c financeiros foram, sue-1 que têm, actualmente, maiores responsabilidades ,na Re-

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0 CONGRESSO NACIO-ML APONTADO COMOSUBORNADO E 8ÜB0R-

NÀYEL!Decretada e regulamentada a lei es-

tabelecendo o registro dos contratosmarítimos, e decorrido algum tempocie funecionamento do respectivo car-t..- io, cerrieçarani u afíluir repre»sn-

publica. Quando ingressou na politica, tinha uma pro-fissão que exercia com todo o brilho. Homem politico,jamais abandonou os livros e a penna, sendo vasta a suabibliographia, na qual se salientam os livros sobre "Ban-cos de Emissão no Brasil" e o "Ministro da Fazenda daIndependência c da IVlaioridade" .

Se, por vezes, o sr. Antônio Carlos teve que fazerconcessões á politica extremaclamente personalista, queenvergonhou alguns períodos da historia da Republica, noBrasil, fel-o, sempre, com o intuito de attenuar e rcduziios Ímpetos de violência e estupidez dos governantes cmbriagados pelo mandonismo nos governos fugazes queexerciam. Essas concessões de palavras são tidas comopedra de escândalo por adversários sem finura c sempsyçhologin. Mas se o sr. Antônio Carlos não tivessedefendido a carreira publica cm que se empenhara, fa-zendo irônicas concessões' aos regulo» dc unia hora, hamuito estaria encerrada essa carreira tão útil e necessáriaá evolução politica do regime.

Transigindo no momento opportuno, quando nãotinha a responsabilidade do governo, o sr. Antônio Car-io» ponde chegar, por sua vez, íts posições de governo,

nas quaes está prestando fulgurantes serviços ás grandescausas moraes do paiz. As historias de todas as naçõescivilizadas do mundo estão cheias de exemplos dc gran-des homens que transigiram até o momento triumphal dcassumirem a responsabilidade do mando-, nessa oceasião,elles restaram as concessões feitas no regimen da boca-lidade, sem as quaes não teriam vencido para prestarem,ao paiz, os grandes serviços de que se mostrann capazes.

Do sr. Antônio Carlos póde-se dizer que não pretere.ninguém na Republica, c que seria por todos preterido.

Nos Estados Unidos, em reverencia á mediocridadeInvejosa, própria das democracias, ha uma lista dos gran-des homens do paiz que não foram, mas deviam ter sidoprcsidcnlcs da Republica. Em França; sc faz a historiada 41" cadeira da Academia, que não foi oecupada pormuitos dos maiores gênios literários da grande nnção lati-na, pois nunca se sentaram sob a cúpola. No Brasil,Ruy Barbosa nem Rio Branco foram presidentes da Re-publica. E' possivel que o sr. Antônio Carlos perquosua opportunidade, mas isso não seria razão para des*cambarmos, para q extremo opposlo, transformando o Cat«tete cm gaiola de passarinhos de estimação.

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IDÉAS EXCESSIVAMENTE AVANÇADAS DE MORAL SOCIAL NUMA CON-. FERENCÍÂ PEDAGÓGICA

Vem-se realizando uma serie decohlerencias, para as professoras, or-ganlzadu pela Directoria de Instru-cção, de accordo eom a nova organi-zação do ensino, Incumbem-se dessaspalestras os diversos membros do ma-gisterio secundário, versando assum-ptos pedagógicos e questões que comelles se relacionem, a iniciativa foitomada a titulo cie contribuir para auniformidade do ensino primário, e aapplicação dos princípios mais nioder-nos de pedagogia.

O que oceorreu numa das ultimasdessas conferências, realizada a sema-na passada, no antigo edifício do Pe-dagogium, provocou — segundo recla-inações què recebemos — verdodeirovexame para a assistência.

O conferenclsta, professor CarlosPortocarrero, abordou assumptos detal modo delicados que a sua palestraiconstrangeu scriiunente as pessoas quetiveram cie ouvll-a.

Afastando-se do terreno estrictamen-te pedagógico, o illustre professorferiu certas questões, com um sen-so decerto exaggeradamente realista,e a respeito dellas exarou conceitosevidentemente avançados demais, e,mesmo, chocantes para a moral socialvigente entre nós. Não se pode leal-mente pôr em duvida as excellentesintenções e o espirito — digamos —puramente seientifico do conferenclsta.

Mas, segundo o testemunho que nosdeu pessoa de toda respeitabllidadej,,que assistiu a conferência, o illustrefaducador parece ter peTdido um poucode visto, ao expor as suas idéas, certosprincípios que formam a base da nos-sa organização social.

Defendeu s.s. a these de que deve-mos ensinar ãs crianças tudo que serefere ás leis naturaes. Mais ou me-nos, a thocria pregada num film sei-entifico recentemente exhlbido numdos nossos cinemas. E" um ponto de

vista ijcrfciiamento respeitável, mes-mo paro os que o Impugnam comonorma educativa. Mas o professorPortocarrero — segundo a impressãocolhida poi- um dos sans ouvintes c n,nós trausmittnda — não teve o senso

0 COMITÊ DE PERITOS CHEGOU A UM ACCOR-DO EM TODOS OS PONTOS ESSENCIAES

PARIS, 4 (A. B.) — As deliberaçõesda Conferência dos Peritos continua-ram hoje paralysadas. por motivo daresistência opposta pelos delegados bel-gas á assignatura do accordo baseadono Plano Yoiing.

A delegação belga, accentuando essaatitude, fez retirarem-se os seus re-presentantes das commissões de quefaziam parte, allcganclo divergênciasque acreditava encontrar nas propôs-tas submettldas pela delegação allemã.

Sabe-se que, depois de prévia con-sulta ao gabinete do Reich, o sr.Schacht, presidente cia delegação ai-lema. estava tratando de convencer osdelegados dn Bélgica cie que estavamequivocados.

BRUXELLAS, 4 (Havas) — O cheíedo governo, sr. Jaspor, chegou a estacapital de regresso de Paris, onde es-teve em conferência com o chefe dadelegação belga ao Comitê de Peritosdas Reparações, sr. Francqui, sobre aquestão dos marcos papel pastos emcirculação na Bélgica por oceasião dainvasão allemã.

Dessa troca de vistas resultou a de-cisão de se manter todas as exigênciasanteriores no que concerne ao assum-pto, exigências que contam com a so-lenne promessa de apoio das chefesda-s delegações dos paizes creadores.

BERLIM, 4 (Havas) —- A questãodas seis bilhões de marcos emittldõsna Bélgica durante a cecupação allemãe a cargo do sr. Ritier, director desNegócios Commerciaes junto ao Minis-t-erio do Estrangeiro, acha-se em bomandamento. Os peritos, segundo infor-mam de Paris, esperam chegar a umaccordo final até sexta-feira próxima.

PARIS, 4 (Havas) — Em vista daquestão de confiança formulada pelogoverno, a Câmara- adiou por 321 vo-tos contra 249 a Interpelação do depu-tado Renaudel sobre a atitude do ga-büiete com referencia as dividas deguerra e ás reparações.

BERLIM, 4 (Havas) — A pedido cio

chanceller, a Commisr-ão dos NegóciosEstrangeiros do Rcichstag foram adia-dos os debates sobre as questões dasreparações para depois de encerrada aconferência dc peritos. Os nrxionalis-tas protestaram contra essa decisão edepois de uma discussão acaloradaabandonaram a sala das sessões.

BERLIM, 4 (A. B.) — O conhecidopacifista inglez c fervoraso advogadoda Liga das Nações, lord Robert Cecil,presentemente em Berlim, realizaraamanhã uma. conferência no Reichstag,perante o Comitê Pró-Discussão In-ternacional, falando sobre "A idéa dasreparações".

PARIS, 4 (Havas) — O Comitê dePeritos acaba de chegar a um accor-do em todos os pontos essenciaes ciaquestão das Reparações de Guerra.Acrèdita-se que até ao fim desta se-mana esteja assignado o relatório portodos os delegados dos governos in-teressados.

"Nunca o paiz necessi-fcou tanio de uma revo-

lução como agora" -.RECIFE, 4 (A. B.) — O jor-

nalista Nelson Firmo, em artigopublicado pela "Noite", sob o ti-uilo "Remédio heróico", estudao momento brasileiro, dizendoque nunca o paiz necessitou lan-to dc uma revolução como ago-ra. Após diversas considerações,termina nestes termos:

"O voto secreto c, não ha) du-vida, uma arma de regeneraçãopolitica. Mas, em certos paizes,ou em certos momentos da viciade um povo, como o do Brasilde hoje, o voto secreto é rieli-etilo".

Sr. Fernando Azevedoda opportunidade, alongando-se emcertos detalhes, sem attender a queera ouvido por jovens professoras, aomesmo tempo que por muitos cava-lheiros c rapazes, nem todos decerto,dotadas cio mesmo espirito seientificoao ouvirem a exposição de taes assum-ptos.

Assim, quando o canferencista ex-planou as leis da procriação, e certasnormas cie hygione, e isto com umluxo clc minudencias perfeitamentedesnecessário. Passando a tratar dequestões de menor interesse pedagogi-co, expõz o professor Portocarrerotheorias de moral social, não so im-próprias para. serern ventiladas em tal

causaram verdadeiro mal-estar na as-siste-ncia, segundo as informações quenos foram trazidas.Estamos ainda informados <le quesc verifica, nos circulas do magistériomunicipal, um movimento de francarepulsa á orientação que, parece, se

quer ciar aquella serie de conferência.»ixdagogicas.

Em principio, pode aceitar-se ou re-pcllir taes doutrinas avançadas quepretendem abolir no ensino, certospreconceitos. Náo pôde haver duvidaé quanto á facilidade condemnavelcom que se pretende impor, de chofre,

j taes doutrinas num meio não prepa-| rado para essa revolução, e sem o de-I vido critério de opportunidade, relati-I vãmente ao ambiente em que ellas[ tenham de scr ventiladas.

Convém salientar a propósito, o que| sc vem verificando em Pernambuco,

em torno da reforma de instrucção. Ogoverno do Estado entregou a um pe-dagcgo importado de São Paulo amissão de remodelar o apparelho edu-

I cativo. Esse pedagogo iniciou um pro-gramma revolucionário de ensino, que! provocou, logo de inicio, formidávelmovimento de repulsa. Depois de rui-dosa campanha de imprensa e do cie-ro contra as innovaçoes do pedagogopaulista, foi dirigido ao governo ummemorial assignado por centenas desenhoras da sociedade recifense, pro-testando contra p que- lhes pareciauma oífensa àfcfc seus sentimentosohristãoe e á moral social do paiz.As idéaa da conferência do professorPortocarrero — conforme as informa-ções que acima divulgamos — filiam-se, parece-nos, a essa mentalidade re-volucionario nos dominios da pedago-gia e da moralidade social, capaz deprovocar uma crise tão delicada, ummovimento de opinião tão grave quan-to o que se verifica em Pernambuco,por motivos idênticos.

0 prof. Mario Mazagãoc contra o divorcio e o

direito dc testar.SAO PAULO, 4 (A. B.) — O

"Diário Nacional" ouviu, hon-tom, o sr. Mario Mazagão, pro-fessor cathedratico da Faculda-do de Direito de São Paulo, so-bre a liberdade de testai- e o di-vorcio a vinculo:

"A idéa nascida na Oommis-são de Justiça do Senado de sereformar o Código Civil, paraintroduzir no nosso Direito o di-vorcio a vinculo e a liberdadeabsoluta de testar, nfio poderiater sido mais inopportuna.

No Brasil as condições socloessão muito diversas daquellasque entre outros povos determi-naram o movimento a favor dodivorcio a vinculo. A' Legisla-ção deve competir, no assumpto,não o papel de vanguardista,mas, pelo contrario, o de forçaconservadora. Mesmo que eunão fosse, como sou, adversáriodo divorcio a vinculo, haveria deconsiderar intempestiva a refor-ma projectada.

Quanto é modificação refe-rente á liberdade de testar, ainopportunidade é a mesma;nâo consta que as condições so-ciaes no Brasil exijam essa me-dida; pelo 'con tro rio, os costu-mes c as tradições do nosso Di-reito a repeilem.

OS TRABALHISTAS FORAM CONVIDADOS AFORMAR 0 NOVO GABINETE BRITANNÍCO

LONDRES, 4 (Havas) — Seguindoa praxie, o rei Jorge, uma vez aceito opedido de demissão collectiva do ga-binete, terá de chamar, ainda hoje, ou

ambiente^ cemo attentatorias_ aos prin-! amanhã, ao castello real de Wlndsor,cipios básicos da organização da ia-mllla entre nós. Combateu, por exem-pio, o preconceito da castidade paraas mulheres que não se casam, o usoude argumentos, desceu a detalhes que

0 EMBARQUE DO SR. J. C. DEMACEDO SOARES PARA OU-

RO PRETO E MARIANNABELLO HORIZONTE, 4 (Do corres-

pondrnte) — O sr. José Carlos deMacedo Soares e senhora, acabam deembarcar pr.ra Ouro Preto o Marian-na. Acompanham-nos os s'.s. José Cas-sio de Macedo Sos.res e Manoel Victor.

Ao bota-íòra compareceram a sra.Antônio Carlos, representantes do pre-sidente e secretários do Estado, os srs.Francisco Campos. Mendes Pimentel,Edmundo Lins, professores e univer-sitarios.

MAIS UM CANDIDATO ÁPRESIDÊNCIA DA REPU-

BLICAAo Supremo Tribunal Federal foi

dirigida mna interessante petição dehabeas-còrpusj na. qual mn cidadãorequer essa medida para o fim dcfazer sua propaganda como cândida-to á presidência da Republica.

O pedido íoi distribuicio ao minis-tro Rodrigo Octavio, que, em breve,relatará o feito.

o chefe do Partido Trabalhista, sr.Ramsr/,' MaCdonaJd. p*ra com elletratar da c^anização do novo go-verno.

Segundo as ultimas informações dcfonte segura, recebidas de Wlndsor. oestado de saúde do soberano permit-tir-lhe-á dar todos os. passes necessa-rios na presente emergência, se bemque os r.ctos em que deverá tomar par-te> se devam revestir da maior brevi-dade possivel.

WINDSOR, 4 (Havas) — O primt-1-ro ministro, sr. Baldwin, acaba de ser

Ainda vigora o regimenda palmatória nas esco-

las paraensesBELÉM, 4 (A. B.) r- Acre-

ditava-se que os castigos cor-poraes não eram mais applica-dos a alumnos das escolas, masuma reportagem da imp.-ensaapurou que, uo contrario, emvarias escolas publicas e, prin-cipalmente, particulares, ainda émantido o regimen da palma-toria.

Os jornaes citam os nomes demuitos alumnos que foram sub-metidos :-, esse castigo e pedemprovidencias enérgicas ao go-v-l-no.

recebido em audiência, especial pelorei Jorge, a quem apresentou o pedidode demissão collectiva do gabinente.LONDRES, 4 (Havas) — A demissãodo Ministério Conservador foi apre-sentada ao rei pelo sr. Stanley Bal-dwin, nos aposentos particulares deS. M., no real castello de Wlndsor.

A audiência durou pouco mais demela hora. Ao principio da tarde oleader laboiista sr. Ramsay Mac Do-nald foi convidado a apresentav-sc pe-rante o soberano.

Annundà-se que a visita dr» chefetrabalhista se reallrará, somente áma-nhã, afim de poupar ao rei a fadigade uma nova recepção.

E' crença geral que o sr. Mac Do-nald se declarará prompto a formaro novo Ministério, cuja organizaçãodeverá estar concluída por todo o de-curso da s'imana.

Os trabalhos de escolha dos futurostitulares acham-se bastante adeanta-dos, o que deixa prever para breve ainstallação do segundo gabinete tra-balhista na historia constitucional epolítica da Gran-Bretanha.

LONDRES, 4 (Havas)"— O soberancpassou o dja calmo não se verificandoa menor alteração no seu estado desaúde.

Sua Majestade receberá, amanhã, ochefe do Partido Trabalhista para oencarregar de constituir Ministério.

E' multo provável que os nomes dosnovos ministros sejam conhecidos ain •da antes do fim da semana..

LONDRES, 4 (Havas) — Foi eieitopelo districto de Orkney e Shetland ocandidato liberal sir Robert W. Ha-miltoii.

E' a seguinte a situação respective»dos vavios partidos: — trabalhistas,238; conservf.dores, 255; llberaes, 58;vários, S.

Faltam ainda os resultados de 6 dis-trictos afim de perfazer o numero totaldos representantes á câmara baixa,que é de 615 membros.

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elaboração i leis contra es "trusts' í a dever.imperioso da representação cieAs extorsões de que tem sido vi-

ctima o consumidor brasileiro, nestesúltimos mezes, estão impondo á con-sciencia publica a noção da necessidadepremente de medidas repressivas dos"trusts". O abuso do poder do capitalpara manipular mercados e organizarcombinações, com o objectivo de pro-mover a alta artificial do custo das uti-lidades, já vae passando do dominio dacensura moral para constituir matériaem que se devem fazer sentir as san-cções penaes da lei. Ha perto de vin-

te annos, que nos Estados Unidos, aterra da liberdade commercial, existe aAnti-Trust Law, cujos dispositivos res-tringem as possibilidades das combina-ções capitalistas lesarem o interesse ge-ral.

A falta de legislação análoga entrenós está permittindo que se multipli-quem os "trusts", tanto para encarecerainda mais o custo já intolerável davida, como para collocar nas mãos degrupos restrictos de grandes capitalis-tas o controle das fontes de producção.Nenhum problema delinea-se na actua-

REGRESSOU HONTEMDE SUA VIAGEM AOJAPÃO 0 PROF, JULIA-

NO MOREIRA .Regressou, hontem. ao Rio, tenda

viajado pelo "Cap Arcona", o nota-vel psyohiatra brasileiro, professor Ju-liauo Moreira, director do Hospital Na-

lidade brasileira, envolvendo maiorespossibilidades de perturbação do desen-volvimento normal da nacionalidade, doque a questão dos "trusts".

A inacção dos poderes públicosdeante desse gravíssimo problema é,agora, ainda mais imperdoável, porqueentre os dispositivos da reforma consti-tucional figura a attribuição explicita-mente conferida ao Congresso, para le-gislar sobre a liberdade commercial. Ouso dessa prerogativa na elaboração deleis contra os "trusts" é um dever im-perioso da representação nacional

PRISÃO DE 19 FORAGIDOSPAE.AI1YBA, 4 (A. B.) — No niea -':

inalo a policia aprisionou li) crimina-pronunciados que se encontravam for.(ridos, send-o que seis deites estavam honrslados em Pernambuco.

Professor Juliano Moreiraciónal de Alienados e figura de gran-de relevo na sciencia nacional.

O professor Juliano Moreira fõr.1convidado para realizar, no Japão, na-Universidades Imperiaes cie Osaka, Tc •klo e Kioto, tres conferências sobipsychiatria. Realizadas essas palestnteve, porém, o scienlista. patrício, n<cessidade de prolongar sua estadia 1 -Império nipponieo, afim de attender ••¦outros convites, o que o levou a rcaizer mais conferências e palestras c: 1quasi todas as universidades do Japa-

A propósito das impressões colhid-.na sua viagem, não poude, devido ;confusão do desembarque, nol-as tran; -míitir, como era de seu desejo, det; •lhndameute e com minúcias. Atter •dendo, porém, á nossa solicitação, cprofessor Juliano Moreira, condesc ) -deu em nos dar alguns minutos de pi.-lestra.

— Vim — principiou — encantac';com os nossos antipodas. O Japré, sem favor nenhum, uma grande ai -firmação racial. Seu progresso, em te •dos os ramos da actividade humana, zgrande, é maravilhoso. Povo discipl.-nado, activo, o que os nippôBs reali-zam nas suas pequenas ilhas, é de a- -sombrar. Totalmente, ou quasi, refe:-tos da ultima catastrophe scismlca <jt •os sacudiu, ha tempos, os japoneze .em pouco, reconstruíram as suas c. -dades, dotando-as d3 edificação ad •quada á pouca estabilidade do terrer 1em que habitam. Reorganizaram se -viços públicos, emfim, reconstruíra itudo em pouco tempo, parecendo q- ia desventura, ao invés de desanima -os, tomal-os apathlcos, ao contrario, ijuma. fonte de energias e de estimul. -formidáveis.

A minha admiração pelo peque;—grande povo é inur_iisa e quem de -que os nossos patiwos tivessem u 1terço, sequer, do seu patriotismo e c.;sua energia.

E proseguindo na palestra, o profe -scr. Juliano Moreira disse-nos que : 1Japão, ha, actualmente, grande r -terf-sse pelo Brasil e que alguns pr -duetos brasileiros, taes como o café -.o algodão, têm grande extracção, h -vendo, mesmo, uma certa amizade p; -ra comtudo que é brasileiro. E' pot' -vel que para Isso contribua a libf ¦-alidade e a ausência de preconcef ;.de raça que orientam a nossa politl •com relação á immigração. O facte eque o Japão nos tem amizade.

Quanto ao progresso do império r-ri!sol nascente, no que se refere á sc' -encia, o professor Juliano Moreira dis»se-nos que elle corre parelha com ndas demais actividades, sendo notávelo grande numero ds sábios e scie-i-tistas que saem dos grandes laborai'-»-rios amarellòs, cs quaes podem con' -petir em competência o valor, co ios do Occidente.

E após gabar as bellezas naturaes -.'-¦Japão, o professor Juliano Moreira d' •;por terminada a nossa palestra. E ni »pedia ser de outra fôrma, pois cr;--scido era o numero deviessoas que jailprocuravam para dar-i^ as boas vildas.

E í-isonho, af lavei, o professor Mc -reira desembarcou em companhia i -seus amigos, collegas e admiradore- .

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'CINEMAS QUINTA-FEIRA, 23 DE MAIO DE 1929

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mmmmmwm&mzummmikmmmmm' ICINEMAS 5

D "Programi Urania'' lançará, amanhã, no Cinema Rialto, a magnífica pétala da "Ufa "Paixões Parisienses", lindo trabalho de arteEm Paris, a deliciosa escrava do amor que se

reclina languidamentc sobre as águas adormeci-das do Sena, viviam num mesmo andar duas fa-milias de nome Duval, entre as quaes reinavagrande inimizade.

O celebre' cantor da Opera, Gambeta Duval,residia num modesto apartamento em compa-nhia de suas filhas Nita e Joanna. Emquanto es-ta era uma moça de bons costumes e coraçãomeigo, sua irmã tinha um caracter singular quebeirava as raias da leviandade. Do outro ladodo corredor morava o dr. Monnier, joven e insi-nuante esculapio, como pensionista de MadameKosa Duval que bebia a sua felicidade de matro-na nos olhos cândidos de um netinho chamadoPhilippe. Um dia, a creança brincando com osf-rrrr^r" >o< >b<—i>o< ¦*•>< iót—^Qf* ccrDoc.r;ocr ->o __z>ocrDocr:=>ocrDoc

filhos de um visinho no andar térreo saiu feridae encontrou no coração piedoso de Joanna os ca-rinhos tão próprios á innocencia (Tos primeirosannos. Esse facto alterou um pouco as hostili-dades entre os moradores que não se toleravame ao mesmo" tempo formou um vinculo de amiza-de entre o dr. Monnier e'a encantadora Joanna.Com o tempo, porém, quem teve a melhor parti-da foi Nita a quem o medico deu o nome e mãode esposo.

De regresso da viagem de nupeias, os conju-ges notaram a incompatibilidade de gênios comos primeiros malentendidos de esposo para espo-sa. Nita, cujo temperamento contrastava com odo marido, sentiu-se saudosa da ribalta onde, ou-trora, fizera os primeiros passos para uma car-reira de fama e tambem nunca pudera esquecer

á sua ligação amorosa com Armando de Marny,dramaturgo em voga na Cidade Luís. Como sem-pre acontece, após a primeira visita a titulo deouvir a leitura da ultima peça, seguiram-se en-contros á tarde na residência do hábil conquista-dor de mulheres bonitas e... casadas.

Certa vez, Nita e Armando brincavam comointerpretes de uma scena trágica quando, ines-peradamente, o revolver que a amante seguravadisparou e feriu mortalmente o apaixonado es-criptor theatral. Colhida de surpreza pela des-graça, Nita correu a revelar sua infelicidade airmã que, num gesto de altruísmo, offerece-scpara representar o papel de esposa do ferido.li-vrando assim o cunhado de um escândalo formi-davel. e compromettedor.

A pedido de Joanna, Monnier faz uma ligei-30<S£>OC—>n< tO.ÇSpQt

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ÜM HOMEM QUE NÂO GOSTAVA DE DANSAS NEM DOS CABA-RETS...--EP TINHA MEDO DO MUNDO E DAS MULHERES...Quem o visse falar estranharia. Quem

lhe ouvisse dizer: Odeio o mundo e as mu-lheres, aborreço-me nesses cabarets, ondese dansa e se. . . pecca! haveria, certa-mente, de o tomar por retrogrado. . .

Na época de hoje, em que todos sen-tem a necessidade de viver, de esgotar atéá ultima gotta a taça do prazer, um ho-mem moço, 'bello, amado pelas mulheres,levantar-se contra ella c as desprezar. . .

Assim, fazia, Phillip, o filho de ummulti-millionano inglez, cujos pães tinhamculpas na consciência. O velho, na ânsiade ganhar dinheiro, nao media obstáculosá sua ambição; a mãe, frivola, criatura domundo e arrastada por uma onda de ju-ventude que a rodeava, carinhosamente...,passava as noites no carabet, onde com oseu ultimo "brinquedo", dansava e be-bia...

O filho, puro de sentimentos, vendo a

vida como era, cheia de impecilhos e des-graças, condoendo-se dos pobres opera-rios das empresas de seu pae, abandonaaquelles salões, onde imperava a devassi-dão e a bacchanal e se entrega a uma obrapura e santa. Na missão, nos bairros ondemaior era a pobreza e a miséria, elle iniciauma vida de caridade. Mas, até lá chegoua mulher, tentando-o e fazendo-o esque-cer o que promettera. . .

Estas scenas pertencem a um grandefilm da United Artists, que a Capitólioprincipia a exhibir, no dia 27 do correntee de que são principaes interpretes AliceTerry, Ivan Petrovitch e Shayle Gardner,um excellente artista dos palcos inglezes eque estréa, agora, em films."As tres paixões" é o titulo do filmque Rex Ingram dirigiu e que constituiuenorme suecesso em toda a Europa e nosEstados Unidos.

Scena do film do riojramma Uraniaamanhã,

"• Paixões I'arifJÍen2»BS 'no Rialto

que estréa

A propósito de "ORomance de Lena"

UM PAPEL Dli ANJO, PARACOMEÇAR

Estlier Ralston, a famosa es-trella da Paramount, iniciou asua carreira artistlca na tela in-terpretando lm I)apei de anjo.Foi isso no film intitulado "DeepPurple", cm quo apparecia comoestrella Clara Kimball Young, ccujas scenas foram posadas emFort Lcc, porto de Nova York.

Sob as leves azas de plumas,com os seus graciosos cachosdourados, suspensa entre gn-naldas de flores, Esthcr Ralstonparecia um Mijo de verdade.

Actualmente. já consagrada, apopular artista representa na-peis de grande importância drs,-ma tica. Uma dn.s sua.-> mais re-centos criações foi "O Roman-ce de Lena", que n. Paramountvae apresentar segunda-feirapróxima no Império e que é umadas grandes producções destemez. Nesse iilin, caracteriwiEstlier Ralston uma figura demulher, através as vicissltudesque cila enfrenta num perlcr'ode vinte annos, uma desafortu-nada mãe quo luta em vão pelafelicidade de seu filho, e a suamagistral' criação dessa clolpro -~sa figura proporciona-nos mo-mentos de aguda emoção, comosó os grandes artistas nos po-dem offerecer.

Na caracterização do Lena,vcmol-a com effeito, não só v.i-riar a expressão dramatle?. riasua figura, mas tambem os seusgestos, c seu modo de andar, assuas atitudes, os seus attracti-vos de mulher, assim nos offf-recendo uma protagonista, dra.-maticã como deve ser, emocio-naüto como o reclamam as si-Uiações, abatida, humilhada,vencida, como o requerem asangustiosas lutas que ella atra-vossa.

Com "O Romance de Lena"— üm triumpho para EstlierRaltson, uma obra Insuperáveldo director Joseph von Sterne-berg — a Paramount, faz-se umavez mais credora dos maioreselogios.'

O que prefere dinheirosó ou dinheiro em

penca7.Entre as coisas agradáveis que a

vida nos offerecc, não ha duvida ne-nhuma que as que mais apreciamossáo aquellas que nos vêm com a mu-sica do dinheiro e com a do... amor...Difficilmente as duas delicias nos ap-parecem de mãos dadas, pois quandouma nos iarta pela demasia outra nosfalta pela ausência. Pois bem, "Di-nheiro em penca", a interessante pro-ducção da First National Pictures, queo Palacio-Theatro vae começar a cxhi-blr na próxima segunda-feira, 27, re-cume, além da musica do dinheiro cdo amor, n_dos encantos de uma ir-resistivcl mulher que põe em polvo-rosa dezenas de corações. Encarna-cão viva do jazz com todas as suasloucuras, Dorothy Mac-Kaill o aprotagonista do film. em cujas setepartes cila derrama dinheiro em pen-ca c encantos em penca tambem...Jack Mulhall que surge ao seu ladoreaffirma, mais uma vez. c de maneiracategórica, o seu valor dando vida aum curioso papel — um chauffeurque apaixona a patroa, casando-secom ella e ainda tirando outra sortegrande que o poz millionario... Nãosó pelo seu enredo, que é uma histo-ria sentimental, mas pelo movimentoe pela vivacidade do seu desenrolar,"Dinheiro em penca" é uma deliciosacomedia que agrada e que proporcionaagradáveis momentos a que a assis-tir... '-——

Uma dispensa na GuerraO minist.ro'da Guerra dispensou o

segundo tenente commisslonado JoséCorrêa dos Santos, conforme pediu,do cargo dc delegado da junta dc alls-lamento do municipio de Cachoeira,nò Estado da Bahia.

NO INSTITUTO BENJAMIN CONSTANTEM TORNO DA SUSPENSÃO DO PROF ESSOR L. CÂNDIDO DE FIGUEIREDO

Rocebemas a seguinte carta:"Sr. redactor do "Diário Carioca".. Como a imprensa tem se preoecupa-do do acto do sr. ministro da Justiça

suependendo-ine, por tres mezes, doexercício de minhas funeções, c comoo sr. dr. Campos de Medeiros tratoudo assumpto em vosso conceituado epopular Jornal, a 17 do corrente, to-mei a deliberação de vos pedir a pu-blicação do minha fé de officio, quepasso a reproduzir. ,

Quando a Republica perigava e ogoverno legal chefiado pelo grande esaudoso marechal Floriano Peixoto,eu troquei o arco do violoncello pelacarablna, e dahi a patente de officialhonorário do Exercito que se segue:"O presidente da Republica dos Es-tados Unidos do Brasil. Faço saberaos que esta Carta Patente virem, queattendendo a que por decreto de 12 deoutubro de 1894, foram concedidas aocidadão Luiz Cândido de Figueiredo,as honras do posto de Capitão doExercito, em attenção aos serviçosprestedea á. Republica, resolvi deter-minar que se lho expeça a presentePatente.

Pelo que mando á autoridade aquem compete, que por tal o tenha ereconheça. Em firmeza do que lhemandei passar a presente Carta Paten-te. Cidade do Rio de Janeiro, aos 25 diasdo mez de abril de 1895. — PrudenteJ. de Moraes e Barros. — BernardoVasques."

Attestado do sr. coronel Hermes daFonseca quando commandava o 2" Rc-pimento (1898): •"Attesto que o sr. Luiz Cândido deFigueiredo, capitão honorário do Exer-cito, é ensaiacior da banda de musicadeste Regimento, logar que tem exer-cldo com proficiência.

E' elle muito intelllgente c de. es-morada educação c c pena que as ar-tes no Brasil sejam tão pouco prote-gidas, pois do .contrario seria elle

"O poder do silencio",com Belle Bennet,

"Poder do Silencio" c um film daTiffany Stahl, mas c um grande film.Ha nelle ensinamentos moraes mara-vilhosos. Belle Bennett. a heroina, fazo papel dc mãe que, abandonada peloseu esposo, cria o filhinho com todo ocuidado, contra todas as malavéntu-ras que a perseguem. E, Mais tarde,levada ã barra do tribunal, aceusadado um crime, ella se cala embora comIsso possa arriscar a. própria vida., ase perder no choque electrico, senta-da em uma cadeira da. penitenciaria...E, porque se cala cila? Simplesmenteporque qualquer revelação sua iria fe-rir mui principalmente esse filho quecila criara com tanto amor, apesardas aclversidadcs: iria revelar-lhe opro-jeder da piepria esposa! E a pobremãe calou-se, náo querendo so defen-der, porque náo queria aceusar. En-tretanto, apesar desse seu "silencio",a sua innocencia ficou palpável antea lógica desenvolvida por um advoga-do — e o que a salvou, salvando tam-bem a felicidade do seu filho, pelaignorância de factos que elle não de-veria conhecer, foi o "Poder do Si-lencio".

Esse film lindo da Tiffany seráapresentado pelo Programma Serva-dor, cie hoje a uma semana, isto é, napróxima qulria-fcira, no Cinema Glo-ria.

Jllctstair TTIackintoshaprtfanta o froduecão af

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CAPITÓLIO fefl^^ɦ ¦¦¦j.j_.^ji a_ii_ii_iw^...l___wl_i,M.,. ¦iMMíBiMim^-jaLL mmmtam-

ma TERRYIVAN PETROVITÍHiUAYLI GARDNERS£OMDA'F£/PA,

aproveitado, com o talento que tem.Quartel em São Christovão, 2 demarço de 1898. — Hermes R. da Fon-seca."Attestado do 5° Regimento (1909):"Attesto que o maestro Luiz Can-dido de Flpgueiredo serviu como éri-salador da. Banda de Musica do 5o Re-

pgimento de Artilharia, onde fui ma-jor fiscal por espaço de cinco annos.

Durante esse tempo o maestro Fi-guciredo provou ser artista hábil e deEXEMPLAR COMPORTAMENTO,concorrendo para que a Banda de Mu-sica melhorasse consideravelmente; epoi- ser verdade passo o presente, af-firmando a. competência e inexcedivelzelo desse professor. »

Quartel, cm São Cliristovão. 13 defevereiro de 1909. — João ManoelBruce Junior.

1" Regimento dc Artilharia dc Mon-tanha."

Resposta da carta que dirigi ao ex-director professor Jesulno dc Mello:"Illmo. sr. ministro Luiz Cândidode Figueiredo.

Respondo a carta supra, dizendoque durante o tempo em que,exerci ocargo de director do Instituto Benja-min Constant, não tive oceasião deadmoestal-o, reprehendel-o e de ap-pllcar-lhe qualquer pena, em virtudede falta commettida, o que significaque o seu comportamento foi bom du-rante esse periodo. — De v. s. cro.obro. Jesulno da Silva Mello."

Attestado do impolluto Juiz de Me-nores. ,-.--/ "Attesto. sob a fé do meu cargo, queo sr. professor Luis Cândido de Fi-guciredo. dura-nte o tempo em que foidirector do Instituto Benjamin Con-stant, nunca foi admoestado ou repre-hendido por mim, nem lhe appliqueiqualquer outra penalidade, tendo sidoIRREPREHENSIVEL o seu procedi-mento. Rio de Janeiro. 17 de dezem-bro de 1928. — José Cândido de A.Mello Mattos. — Juiz de Menores"

Chamo a attenção do? publico paraesse attestado do antecessor do actualdirector. i

Agora o motivo de minha primeirasuspensão, depois de dez annos deexercicio. Transcrevo as cartas troca-das entre mim e o director do Insti-tuto: >¦"Illmo. sr. professor Jesulno deMello.

Saudações affectuosas. — Tendochegado ao meu conhecimento que oexmo. sr. dr. Alfredo Pinto, dias an-tes de mandai- abrir inquérito admi-nistrativo no Instituto, mandou elia-mar-lhes ao seu gabinete, dizetndo-lheque tinha, uma ssnhorita. filha de umseu amigo quo j estava . cm condiçõesprecárias, c era' hábil violoncelllsta, aquem desejava collccar em seu logarno Instituto, o que v. s. me observouque eu não PODIA SER DEMITTIDOsem processo c condemnação, que poristo ambos accordaram em propor acriação do logar de auxiliar para aulade violoncello, o que não se realizoupor circumstancias alheias á sua von-tade, rogo responder-me o que ha deverdade em tudo isso c se posso fazerqualquer uso de sua resposta."

Resposta:"Amigo c senhor.Permltta-me " que responda aqui

mesmo á sua carta de G do corrente(abril de 1920).

Faço-o unicamente em cumprimen-to a um dever de lealdade, por tratar-se de sua legitima defesa, em um. ca-to cm que foi v. s. malcvolamcntc de-n iniciado.

Declaro quo é puramente exacta aassereíio de sua carta relativa á con-lerencia havida entre mim e o sr. ini-nistro dos Negocies Interiores. "Emvista da gravidade tia denuncia, dada,conforme declarou si ex., por pessoade toda confiança, eu declarei desdelogo ser a mesma falsa, e invcridjca,mas promcttl syndicar e dar-lhe con-ta do que apurasse, o que fiz logo de-pois, confirmando ás. ex. a minhaprimeira affirmação, isto é. que o pro-fessor Figueiredo jamais commetterao que falsamente me haviam denun-ciado.

Neste ínterim como s. ex-, alvi-trasse o caso da demissão do profes-sor, lembrei-lhe que o emprego era vi-talicio e accresccntei que se s. cx. tá-nha pessoa competente para ensinarvioloncello, o que convinha era criaro logar de auxiliar da mesma cadeira.

Respondeu :-¦. cx. que, dc facto, tra-tava-sè de uma moça. habilitada emerecedora do. protecção, pelo que ln-

do ao encontro da boa -vontade do sr.ministro, eu me offereci para falarcom o deputado, sr. Eloy Chaves, oque fiz no mesmo dia. tendo dali mes-mo partido para a Câmara dos Depu-tados, afim de empenhar-me com omesmo sr. deputado, no sentido, com-binado com o sr. ministro.

Este sr. deputado como estivesse departida para São Paulo (28 de setem-bro de 1919), deu-me uma carta derecommendação para seu collega sr.Cezar de Vergueiro, a quem procureino Hotel Continental, mas que nãoencontrei por haver o sr. deputadoVergueiro partido para Sao Paulo,afim de tomar parte em uma excursãoaviatoria, que se realizava por aquel-les dias. Essa carta deixou, portanto,de ser entregue. — Eis sr. professor,o que se passou em relação a esta par-te jia conferência havida entre mimo o sr. ministro dr. Alfredo Pinto.

Autorizo a v. s. a empregar estacarta em prol de sua defesa.

Sou de v. s. seu amigo e collega,venerador Jesuino da Silva Mello.

A denuncia dizia quo eu era bebedohabitual.

A SEGUNDA SUSPENSÃOA segunda suspensão me foi impôs-

ta pelo actual director, da qual recor-ri em 5 de^novembro de 1928, e comonáo houvesse sido minha petição des-pachada até agora, escrevi uma cariaao exame, sr. presidente da Republica,originando esta ultima suspensão portres mezes.

A publicação-da minha fé de offi-cio é uma satisfação aos meus amigos,o quanto aos factos graves, oceorridosno Instituto, com os quaes vem a im-prensa se oecupando, os que eu sei, enão são poucos, nada direi em publi-co, reservando-me para depor se hou-ver inquérito, e lhe afianço sob pala-vra de honra, que meu depoimento se-rá todo acompanhado de documentosque apresentarei á Conimissáo.

Sempre com a maior consideração,leitor assíduo. — Luiz Cândido de Fi-•rueiredo."

Para pagamento de despe-zas com a cultura do fumo

A Directoria da Despesa Pnblicaconcedeu á Delegacia Fiscal no Paráo credito dé" 210:000$000, para atten-der as despesas, no corrente anno, daEstação Experimental para a Culturado Fumo, em Tramatena.

Designações na pasta daGuerra

O ministro da Guerra designou oscapitães médicos, drs. Domingos Car-los Gerson de Saboya c Lino Rodrl-gues Machado, o I" tenente pharma-ceutico Manoel Joaquim de MattosJunior, para matricula no Curso dcAperfeiçoamento do Serviço de Sau-de, designando, outrosim, o' major Sal-vador de Mello Cardoso e capitão At-tila Magno da Silva, para os cargos,respetivamente, de fiscal da Escolade Estado Maior e auxiliar do instru-ctor dc transmissões da Escola deAperfeiçoamento de Officiaes.

Caldos de canna condemna-dos pela Saude Publica

O laboratório Bromatologico do De-partamento Nacional de Saude Publi-ca condemnou os caldos de camia im-próprios para o consumo, por teremrevelado presença de terra, e contami-niação do coübacillo, apprehendidosnos- estabelecimentos commerciaes deManoel Martins Machado, á rua Coro-nel Figueira dc Mello ii. 3: Va.«|ti°s& Gonçalves, á avenida Lauro Mullern. 10; José Esteves dc Barro;, á maVisconde de Itauna ti: 130, e Barbosa& Souza, á Avenida Rio Branco nu-mero 94.

ra intervenção cirúrgica e salva Armando e co-mo se considerava infeliz na escolha feita napessoa da esposa, soffre profundamente em verque a cunhada era a victima de um homem semcaracter e indigno de seu affecto. Na sua ulti-ma visita, porém, Monnier encontra, em casa dèArmando a sua própria mulher e então descobreque ella o traia ha muito tempo. Houve, comtu-do, uma compensação do destino : Armando pro-va ao seu medico assistente que nem JoanVta erasua amante, nem fora a responsável pela trage-,dia que o attingira.-Então, Nita e Armando fi-cam vivendo juntos e Joanna vae fazer a felici-dade de Monnier e do pequenino neto de Mada-me Kosa. Em linhas rápidas é este o delicioso en-redo da sublime pellicula da Ufa que o Program-ma Urania lança amanhã no elegante Rialto,.DOC=OC=30l=30C=OCriO<==POC=50C=)OC=30(=3(>C=10C30G=OC=>OC_

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Rcx logram e sua esposa Alice Tcrry, respectivamente director oinsta do film da United Artista, "As Tres Paixões'" protago-

'Symphonia da Fio-resta"

FILM NACIONAL — PRODUCÇÃOV. VERGA, DO CIRCUITO NACIO-

NAL DOS EXHIBIDORESConhecida como está a perfeição ar-

tlstica e photographica da grande pel-licula nacional do Circuito Nacionaldos Exhibidores, que sob a competen-te direcçâo de V. Verga será breve-mente apresentada em um dos nossosmelhores cinemas da nossa já hojevictoriosa Cinelandia, com o sugesti-vo nome de "Symphonia da Floresta"justifica-se plenamente a ansiedadepopular e dos nossos meios artisti-cos em conhecel-a. Comedia calcadaem casos e costumes da nossa actualsociedade, com magnlficentes scena-rios, onde a preoecupação foi só oexclusivamente apresentai- na tela ecom a mais fiel observância o que demais bello possuimos em scenariosnaturaes e confeccionados artistlca-mente em o completo e perfeitíssimostudio do Circuito, V. Verga conse-guiu inegavelmente um triumpho paraa cinematographla nacional, apresen-tando um film, "que sobre qualqueraspecto não teme confronto com qual-«llier similar estrangeiro. Jayme Pi-nheiro, o conhecido operador, temnesse film, incontestavelmente a suaconsagração nas filmagens de arte.Da grandiosa parte artlstfca de "Sym-phonla da Floresta", estão encarre-gados: Lya Brasil, incomparavel emsua belleza, graça e plástica, a pontode ter sido mui justamente cognomi-nada a "Miss Brasil da Nossa Cine-landia"; Luiza Del Valle, a inconfun-divel "D. Chincha" que tem nessefilm inegavelmente o seu melhor emais completo trabalho artístico, co-mico e typico; Luiz Barreira que maistuna vez, ps'a sua elegância o eleva-do correctismo scenlco, não desmen-tira as suas glorias de grande galãque foi da primeira companhia portu-gueza' de declamaçáo; Augusto Annit-bal, o Irresistível e popular cômicobrasileiro e ainda o nosso conhecidocollega de imprensa, fino humorista eveterano sportsman N. Bittencourt,"K. K. Reco". Coipo de baile de Ri-cardo ¦ Nemanoff e .grande e escolhi-da comparsaria, completam as gran-des causas da victoria com que estáansiosamente aguardada "Symphoniada Floresta".

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"Barro Humano"O enredo de "Barro Huma-

no" é um pedaço da vida realque todos nõs vivemos. Adhe-mar Gonzaga, o director dessefilm de ouro. da producção na-cional, soube conduzir com ra,roacerto o com habilidade difficilde ser imitada, os artistas quenelle figuram, não perdendo omais Insignificante detalhe --antes dando-lhe relevo notávele delle tirando grande partido.Por Isso mesmo "Barro Huma-no" é um film dlfferente degrande numero de films estran-geiros que por ahi passam, poisem clrcumstanlrjias apparente-men|c despidas dc importan-cia. ,

Vivem coincidências humanasque marcam nas sete curiosaspartes dessa producção motivosdas mais fortes emoções. Ence-nando a historia de um amor amor quo envolveu uma lindacriatura e a fez baquear ante atrama de seducção de um con-quistador vulgar — "Barro Hu-mano", como o seu próprio no-me suggere, é a prova materialtransportada para a tela da fra-gllidade do barro que se huma-nlzou — que foi o que aconto-ceu ao homem, na sua origem,segundo as mais velhas theoriashistóricas.

Os artistas que figuram em"Barro Humano" tém, cadaqual. a. sua personalidade in-confundlvel e perfeitamente de-finida.. A "estrella" do film —Graciosa Morena, é bem a ex-pressão viva da mulher, brasi-leira com todas as subtilezasde uma aüna nobre. Gracia dátal relevo ao papel que Incarnaque vendo-lhe o trabalho naose acredita seja essa a primeiravez que filma. Do mesmo modoCarlos Modesto se porta, viven-do um "D. Juan" que só temlábios para' beijar, sem cora-ção... Typo sem enthusiasmos,sem nervos e olhando tudo emredor com indifferença — diffi-cil pois, Carlos Modesto o en-cama bem, com segurança e fe-:licidade. Eva Schnoor, por suavez, empresta todo o clarão dasua formosura a vários detalhes jdo film, animando em typo ar-rançado da vida real no quallembra as mulheres-serpentesdo cinema americano. Eva Nilla, doçura e o amor infeliz, acoragem e a resignação, o ne-roismo de saber soffrer em si-lencio e a gloria de amar semesperança, Uhlarlha Tora, Car-men Violeba,, Lulza dei Vallee Lelita Rosa dão grande brilhoainda ao film, nelle apparecen-do ainda o velho esteio do ci-nema, o Araújo e os meninosLia Renée e Oly-Mar.

Não estava provada a denun-cia, e o acçusado foi ab-

solvidoAntônio José Nunes foi denunciado e

processado, no juízo da 1," Vara Cri-minai, como tendo, em dezembro de1927, em Santa Cruz, infelicitado umamenor.

Hontem. o juiz Ary dc AzevedoFranco ábsòlyeü-o, ipor não ficar nro-vacla d referida denuncia.

Concessão dc créditos pelaDespeza Publica

A Directoria da Despesa Publicaconcedeu os seguintes créditos:^De 20:0005000, á delegacia fiscal emSão Paulo, á disposição do sr. generalHastimphilo de Moura, commandaaiteda 2.* regiáo militar, para obras coma installação do esquadrão de cavalla-ria e Centro de Prepar&ção de Offl-claes da Reserva; de 2Q:000S000, á de-legacia fiscal no Paraná, para desp^-sas de ajuda de custo; de 20:8128000,á mesma delegacia, para pagamentoaos segundos tenentes Abílio GomesChacon. Joaquim José da Costa e Sil-va e Paulino Cordeiro Ribas e 1.? sar-gento Manoel Gonçalves Pombo, todo:;reformados.

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INFORMAÇÕES DE TODA A PARTE QUARTA-FEIRA, 5 DE JUNHO DE 1929 VIDA CAK1UUA

Tem diminuído consideravelmente a erupção da nova cratera do Vesuvío,__. _<___>.<—Micsocno,—>o _::=,. _=.oc_..<:

DECLINA Á VIOLENTAACTiyiDADEDO

VESÜVIONÁPOLES, 4 (Havas) —- A commu-

nlcado dc hoje do director do Obscr-vatorio do Vcsuvio, annuncia que atictlvidade do vulcão recrudesceu sen-slvelmente no decurso desta manhã. Alava que se desprende do cone menorda montanha, Já attingiu cerca de .0metros de largura c está correndo comuma velocidade approximada de doismetros por segundo. O valle do In-forno acha-se completamente tomadopelo lençol Incandescente e começa atransbordar. Essa torrente divide-secm dois ramos, uni dos quaes deslisnna direcção dc Terzigno, emquanto ooutro se espraia pelo leito das imti-gas lavas de 1906, já alcançando aplanície c o leito das lavas de CapoSecchl. A erupção c acompanhada dcviolentas explosões dc effeito deslum-brador, lui a força e a abundânciacom que salta o material inilammado.

NÁPOLES, 4 (Huvas) — O commu-nlcudo do director do Observatório, ex-pedido ás 3 horas du tarde, declaraque a erupção do Vcsuvio entrou emdeclínio, c accresccnta: "Ainda ás 14horas e 20 minutos, deram-se suecos-slvas c formidáveis explosões, formam-do espessas columnas de fumo que at-tingiam cinco kilometros de altura.

O pequeno cone está lançando enor-me quantidade de lava, que já Invadequasl toda a superfície da grande era-tera, o continua a cxpellir, em pro-íusáo. enormes pedras c bombas vul-canlcas, por vezes superiores a 100 kl-los. As margens da cratera sul-orl-ental acham-so entulhadas de grossaicinzas.

Em seguida a esta phase, os derra-mamentos de lava, no interior da era-tera, cessaram quasl completamente.

Nenhuma corrente se acha em acti-vidade. As próprias cascatas do Valledo Inferno, permanecem fechadas. Aslavas quo vertem da frente caminhamcada vez mais lentamente, durandoapenas algumas horas a actividode ex-plosiva, ainda assim limitada.

O pequeno cone apresenta-se, porassim dizer, totalmente desmantelado.A emissão de matérias em fusão pro-segue mas notavelmente domlnuida.Esta manhã, náo havia qualquer ves-tlgio de formação de lago de lavas".

"DIÁRIO CARIOCA"Registrando a investldura dos srs.deputado Salles Pilho e commendador

Antônio Ferreira Botelho, respectiva-mente, nos cargos dc redactor-chefe cdirector-thesoureiro desta folha, osnc_so_ confrades usaram das seguintesexpressões, a que somos vivamente re-conhecidos:

"CORREIO DA MANHA". O "Diário Carioca" acaba de passarl>or uma alteração, tendo entrado pa-ra a sua alta administração, no cargode director-thesoureiro, o commenda-

dor Antônio Ferreira Botelho, comuma velha experiência na organizaçãoe chefia de empresas jornalísticas.Para o cargo de redactor-chefe domesmo matutino entrou o deputadoSalles Filho, seu antigo collaborador.

A' frente do "Diário Carioca", comoseu director, continua o nosso collegaJ. E. Macedo Soares, que o fundou.

"A ESQUERDA"Desde hontem se encontra occupan-

do o cargo de redactor chefe do vigo-roso matutino de Macedo Soares, odeputado Salles Filho, seu antigo col-laborador que, na nova Investldura,com maior amplitude, irradiará as lu-vas do seu talento multlplice. a queserve uma orientação segura dos nos-sos homens e das nossas coisas.

Também, desde hontem, o cargo dedirector thcsourelro do mesmo matu-tino passou a ser exercido pelo com-mendador Antônio Ferreira Botelho,capacidade inconfundível nà organiza-<,ão c chefia de empresas jornalísticas,cie que deixou provas a sua fecundaadministração no "Jornal do Com-mereto".

O autorizado e vibrante jornalistasr. J. E. de Macedo Soares, seu fun-dador e director, continuará, no mes-mo posto em que o temos visto e ad-mirado, o que conpleta a garantia deque. maior fulguração se consubstan-ciará nos dias futuros do querido ma-tutino.

"VANGUARDA"A alta administração do "Diário

Cario-a" acaba de passar por grandetransformação. Assumiu o cargo deredactor-chefe o deputado Salles Fi-lho, figiu-a de destaque na representa-cjao carioca i* político prestigioso. Osr, Salles Filho, ha multo, milita naimprensa, collaborando em vários jor-naes. O ca.rgt) do director-thesoureiroloi confiado ao commendador Ferrei-ra Botelho, antigo proprietário do"Jornal do Commercio".

"O GLOBO"Os nossos collegas do "Diário Cario-

ca" vêm de soffrer uma mudança noquadro de sua directoria e redacção,porquanto desde hontem que assumiuali as funeções de director-thesourei-ro, o commendador Antônio FerreiraBotelho, nome de tradição na vida deimprensa do Rio, e de capacidade deadministração especializada e profi-cua, Por outro lado os nossos brilhan-tes collegas do "Diário Carioca" aca-bam de conquistar a intelügencia dodeputado Salles Filho, que vem deaceitar o cargo de redactor-chefe da-quella folha.

"A NOITE"Nossos collegas. do "Diário Carioca"

acabam de fazer acqulsição de novoselementos, de real valor, augmentan-do assim a sua já grande cffícienciajornalística, com a entrada, para o po-pular matutino, do commendador An-tonio Ferreira Botelho, experimentadoe antigo labutador da Imprensa, quevae oecupar o cargo de director tne-«ourelro, e do sr. Salles Filho, repre-sentante do Districto Federal, na Ca-mara dos Deputados, espirito comba-tlvo; quer como político, quer comojornalista; e que vae oecupar o cargodc redactor-chefe.

>o<—>ot=>oc

Insubordinou-sc o 26B. C. do Maranhão?FORTALEZA, 2 (A. B.) —

Retardado — Passageiros pro-codentes do Maranhão, que hojedesembarcaram nesta capital,trouxeram a noticia de um mo-vimento de insubordinação quese teria descoberto a tempo noselo do 26" Batalhão de Caça-dores, que tem'o seu quartel nacapital daquelle Estado, Essespassageiros pretendem mesmoquo a Imprensa maranhense ha-via tratado do caso, que fora ra--pldamento abafado. Sabla-sc,entretanto, que os insubordina-dos tinham chegado mesmo aconceber planos para extermíniodo chefe de policia maranhensee saque da capital. O represen-tanto da Agencia Brasileira co-lheu aqui estes informes, trans-mlttlndo-osi porém, sob reserva,porquanto nenhuma InformaçãoLelegraphica dera anteriormen-te noticia de semelhante facto.

REGRESSOU, HONTEM, AO RIO, 0 DEPUTADO ASSIS BRASILS. EX. NÂÔ QUIZ FALAR AOS REPRESENTANTES DA IMPRENSA !

0 MINISTRO DAS RELAÇÕESEXTERIORES DESPACHOU

HONTEM COM 0 PRESIDEN-TE DA REPUBLICA

No palácio do Cattetc esteve,hontem, em conferência com o sr.Washington Luis, presidente daRepubllca, com quem despachou, o sr.Octavlo Mangabeiras,Relações Exteriores.

r*__—KW_*^_B______ __________k____^<%rT___HIH __!•____ H^BCS^^S^^v>-'^^-^Q__________.^___ÉI-------L.^*^3UkSt-£_ii*^^TT^VT^^Vk^T1'*XXlrWi^ ,~,3vr* ^-_!9_PifKfl^_E_l

-_E----__^-._ _^r ^'* ___ l_____P_l_rVf' ^V.„__l^*. t'yH0^_*^^_»*'-*_H_1-- Bfl^B ___É_^_tP^-_-_-_r_----E _________ ____r ^Êm\ __H_Y_r_____l^_t _* t^__l____ frr_wX-YrfiB __^l*M_rr^5-*^v "* #¦'

lS__*_*Bff__^___ ^^Wtr--*»—afcm^B^^Kj^BM—^_. WBBWWwék JWWWWra^wHL ' Wü**___;• .^Wr * ^

Tchdo procedido da Europa, ondafora em viagem dc recreio, regressouao Rio, hontem, pelo "Cap Arcona",o deputado gaúcho sr. Assis Brasil,chefe do Partido Libertador e flgu.iidc Inconfundível destaque na políticanacional.

A bordo da nave allemã, abordámoso iilustre parlamentar gaúcho, ao qualapresentámos cumprimentos em nomedo DIÁRIO CARIOCA.

O sr. Assis Brasil quo fez optimaviagem, o que se poderia deduzir deobserval-o, pois que trazia a physio-nomiii louça, aberta, um sorriso sau-

ministro das davel, não quiz ou não poude nos fa-lar de coisa alguma com relação á po-

O sr. Assis Brasil descendo a pran<_, d.?litlca interna. Disse quo fora' á In-glaterra emvvlagem de negócios e dcsaude. Estava fatlgado e um tantoadoentado. Procurou, por isso. os aresdo velho mundo, afim dc se*refazer.

— Em Londres — é < o - parlamentargaúcho que fala — assisti aos prodo-mos da grande luta eleitoral britannl-ca para a Câmara dos Comniuns, ondetive oceasião de verificar o enorme in-teresse que os inglezes tomam pelavictoria dos seus partidos e o respeitoque ha. pela verdade do voto.

Soube, á bordo, da victoria dos tra-balhlsta do sr. Macdonald e não mesurprehendeu esse triumpho, pois cstrabalhistas inglezes são a força eleito-

bordoral organizada, mais pujante da Eu-ropa.

Em seguida, emquanto esperava lhepuzessem o "visto" no passaporte, odeputado Assis Brasil indagou do pro-gresso da terra, so as câmaras esta-vam a funcclonar, se o estado sanlta-rio era bom, etc.

A essa tentativa de inversão depapeis, demos por terminada a palcs-tra. i

No cáes, grande era o numero depessoas que aguardava o desembar-que do Iilustre parlamentar, entre osquaes muitos membros da colônia gau- curador geraTda -tepublicacha.

0 sr. Pires Leal bancan-do o Braço Forte. . .THEREZINA, 4 (A. B.) — A

imprensa independente examinaa mensagem apresentada pelogovernador Pires Leal, A Cama-ra Legislativa, oceentuando aimpressão pouco Jl.onj.lra cau-sacia por caso documento, quodeixa de lado importantes as-sumptos interessando a vida doEstado, para se estender em ob-jurgatorias contra a adminls-tração passada.

O "Estado do Plauhy", tra-lundu da mensagem, publica aseguinte "manchette":

"O triplice aspecto da mensa-gem lida na Gamara Legislativaestá perfeita e integralmentecaracterizada pela ausência detemperança, dc grammatica cde verdade. Náo houve até hoje,do.umento publico tão folho deserenidade, táo distante da ve-rosimllhança e tão farto de er-ros."

MINISTROS E PARLAMEN-TARES QUE ESTIVERAM

HONTEM NO PALÁCIO DOCATTETE

O sr. presidente da Republlcarecebeu, hontem, no Palácio do Cat-tete, os srs. senador Arnolfo Azevc-do, deputado Manoel Villaboim e sr.Pires e Albuquerque, ministro pro-

50 ___>_<=__- C__-OC

A GREVEEncerrando a greve dos graphicos

paulistas, o Comitê de Defesa Prole-taria de São Paulo publicou o seguin-te boletim:

"O Comitê de Defesa Proletária deS. Paulo, ex-Comitê de Greve dbsGraphicos, depois de 72 dias de gre-ve, resolve fazer um estudo dáscausas, das conseqüências e das ex-perlcncias colhidas neste movimento eexpor, claramente, aos trabalhadoresgraphicos o em geral ao proletariadobrasileiro. Necessitamos para issofazer uma analyse detalhada da actualsltução, do fim do presente movi-mento, sem o que não seria possívelsaber do verdadeiro resultado da lu-ta.

I — ANTECEDENTES

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DOS.0-_.<=_,,<=___<- ,n< ,n, >n, >n, ,n, >r,, ,n, ,n, ,-, ,n, ,n, .-, ,~, ,n

GRAPHICOS PAULISTAS0 ULTIMO BOLETIM DO COMITÊ DE DEFESA PROLETÁRIA DE S. PAULO

A exploração da senhoriaarrastou-a ao suicídio

Conforme noticiamos hontem, a de-cahlda Irene Alves de Souza, resi-dente á rua Pereira Franco n. 54,na véspera, não podendo pagar á se-nhoria, uma polaca que diz chamar-üo Paula, a quantia de 12SO00, que lhedevia do aluguel do quarto, com ...ISOOO, único dinheiro que então pos-suia, adquirira uma garrafa de kc-ronene, com que embebeu suas vestes,ás quaes ateou a chamma de umphosphoro.

Envolta em chammas e tresloucadarapariga sahiu a correr para a, rua,indo cair na esquina da rua Rodri-go dos Santos, onde lhe abafaram ofogo.

Apresentando queimaduras generali-sadas dos 1.", 2." e 3." grãos' a infe-liz íol internada no Hospital de Prom-pro Soccorro, depois de receber cura-ti"os no Posto Central da Assisten-cia.

Pela manhã dc hontem, a treslou-cada veio a fallecer, sendo o seu ca-üaver removido para o necrotério doInstiuto Medico Legal.

A situação dos operários graphicosde São Paulo era não só econômicacomo politicamente das peores. Os sa-larios, de uma estabilidade revoltou-te ou de um crescimento ridículo, in-signilfcante, grandemente despropor-cionaes ao augmento, cada vez maisintenso da carestia da vida. A ex-ploração do trabalho de aprendizagemo dos operários, em prejuizo do sala-rio dos adultos, acompanhados dacentralização das pequenas officinasem grandes firmas industriaes, torna-vam intolerável a nossa situação eco-nomica.

As leis que beneficiam os trabalha-dores nunca foram tomadas em con-sideração pelo patronato, principal-mente porque o governo nunca sepreoecupou com sua fiscalização.

Politicamente, os graphicos comotodos os trabalhadores de' São Pau-Io e de todo o Brasil, achavam-se ln,-telramente abatidos e sujeitos à von-tade do patronato que não nos respeita. Assim é que os nossos mais in-íimos direitos não eram acatados;nenhuma autoridade nos reconheciao patronato para discutir os regula-mentos que nos impunha.

Nesta situação impunha-se ao pro-letariado graphlco uma luta em queesses trbalhadores, não só plelteas

dos chefes das officinas chamando o.operários ao trabalho; depois os boa-tos espalhados pelas agencias burgue-zas da volta dos operários em mas-Sa; o emprego, confesso, aliás, de

operárias de outras Industrias, semnenhuma aprendizagem, 'para assus-tar os trabalhadores; as circulara!"estriotamente confldenciaes" doCentro dos Industriaes prohiblndo oemprego de graphicos em outras in-dustrias, e, finalmente, até a comprade elementos Inconscientes pára quearrastassem os companheiros ao Ira-balho, taes os vergonhosos method_>do patronato para nos abater.

Tudo em vão; a luta continuava.A pretença indlfíerença pelo movi-mento, propagada por elles, era des-mentida por estes processos vlolen-tos que demonstravam a sua ânsia dover os operários trabalhando.

Não fora uma luta em que estives-sem interessados todos os operário,e todos os patrões e por certo tc-riam já cedido os industriaes graphi-cos. Todo o patronato brasileiro, opróprio governo, interessado em nãoter de cumprir _ de fazer cumprirleis que nos beneficiam, impediamaos industriaes graphicos de se dei-xarem Jogo derrotar.

IV — A REACÇÃO POLICIALA arma. porém, mais violenta e

mais decisiva do movimento foi a re-acção policial. -

A começar pela prisão da commis-são executiva, e pelo fechamento daséde, diariamente, se suecediam pri-soes as mais arbitrarias. Verdadeiros"pegas" loucos, pelas ruas, em todosos pontos da cidade. O simples factode ser graphlco era razão demais paraser preso.

Quantos e quantos companheiros seviram obrigados pela policia a fugirda cidade, deixando desamparadosmulheres e filhos. Quantos compa

do Impedir a distribuição dos gene-ros aos grevistas; a perseguição e se-qúestro feito pela policia do Rio aoctinheiro destinado aos grevist_s, fo-ram tentativas poljdaes dc nos es-magar pela fome.

Tudo, pprém, em vão. Nem mesmoquando, sob a ameaça de serem pre-sos, se viram os trabalhadores na ne-cessldade de mandarem suas compa-nhelros buscar os gêneros e, estasviam seus cartões furtados pelosagentes de policia, houve abalo ai-gum.

Mais a policia e o patronato seexasperavam, mais se intensificava onosso trabalho, os nossos comícios, anossa propaganda e, finalmente, de-pois da victoria conseguida, voltamos trabalhadores ao serviço, altivos,indlfíerentes á sanha louca da po-

licla. Mas ante essa reacção brutal,toao o proletariado brasileiro se le-vantou em comício de protesto e vo-tos de solidariedade aos companhei-ros graphicos. .

Tal a resposta dos trabalhadores áperseguição policial

paração dos trabalhadores para aslutas mais geraes, mais amplas e mui-to mais serias, com que brevementese verá ás mãos o proletariado brasi-leiro.

Formidáveis e innumeras lições de-vemos tirar deste movimento. Liçõessobre as nossas próprias tarefas esobre o conhecimento da verdadeirasignificação do governo, da policia edo patronato.

Jamais nenhum trabalhador duvi-V — A Victoria rroNOMTPt "arB de 1ue em seu patrão deve verA VLV_"Í"_. "VONOMICA ,lm pvnlnrnrtnr n m,. «_ünln ™_

MAJOR JOSÉ CÂNDIDO DEBARROS -

FALLECEU HONTEM O ESTIMADOESCRIVÃO DA 2- VARA CÍVELA nossa justiça local perdeu hontem

uma das suas figuras mais tradlccio-naes e acatadas, com o desappareci-mento do velho escrivão da 2* VaraCivel, major José Cândido de Barros,que, em conseqüência'de graves pade-cimentes, afastado ha tempos, já, dassuas actividades, pelo largo circulo deamizades que auferia, não só nos meiosforenses, como em nossa melhor so-

sem algumas melhorias immedlatos, \ nhelros não foram atirados durantecom que pudessem fazer frente á caréstia da vida, como ainda e princl-palmente, uma luta em que demons-trasse ao patronato a sua capacidadede resistência, a sua força, e protes-tasso contra essa usurpação dos seusmais Íntimos direitos de trabalhado-res. Era uma luta essencialmente po-litica, para nos dar autoridade paraImpor as nossas reivindicações. Aprova de que essa situação se re-flectia sobre os trabalhadores, fazen-do com que elles reconhecessem igual-mente essa necessidade, está no en-thusiasmo das assembléas de prepa-ração e da declaração da greve.

A' União dos Trabalhadores Gra-phlcos de São Paulo, organização re-presentativa dos interesses dos gra-phlcos paulistas, Incumbia e de factocumpriu, a importante tarefa de pre-parar e dirigir a prova que se . con-cròtizou nessa formidável greve de74 dias.

II — NOSSA PREPARAÇÃO ENOSSAS FORÇAS

Uma greve como a presente neces-sitava para seu completo e perfeitodesempenho, de uma preparação se-gura e um acertado exame e aqui-latação ds forças.

Foi o trabalho insano de tres me-zes, de onde resultou a segurança denossa capacidade de victoria nessacampanha. A experiência de lutasanteriores, o conhecimento de tactl-ca e da estratégia das greves, bem co-mo da situação política do patronatoe dos seus processos de reacção, nosgarantia a melhor parte na luta.

O nosso "Memorial" representan-do não só as aspirações dos graphi-cos, mas de todos os trabalhadores,transformando, portanto, a luta deum ramo de industria para uma lu-ta aberta de todo o operarldo contratodo o patronato, determinou, porparte deste, a applicação de novos emais violentos processos de1 repressão,de onde os trabalhadores necessitamtirar as experiências e as lições parasua educação.

Náo obstante, porém, todas asviolências e todas as perseguições,não obstante todos os meios empre-gados pelo patronato, para nos demo-ver, deixamos a nossa força e. nossasolida preparação- patenteada na re-sistencia opposta, e na duração domovimento até a victoria.

A situação de exploração dos tra-balhadores graphicos, a consciência ea solidariedade de classe existentes eo apoio incondicional do proletária-do brasileiro, eis em que se concre-tiza a nossa força.

III — O PATRONATOPor um lado o patronato, rèíonlie-

cendo a gravidade da luta," tratoutambém de sua preparação, recor-rendo a processos das mais vergonho-sos e extremos. Na ânsia de não daruma migalha, do multo a que os tra-balhadores têm direito nada os em-baraçave, na vontade louca de esma-gar o movimento.

Afora a reacção policial, por c-llesimposta, foram numerosos os proces-sos empregados.

A ameaça do fechamento das offi.clnas, lançada logo ao inicio do mo-vimento, teve o resultado conhecido:a¦ indiferença das trabalhadores.

A seguir os passeios de automóvel.

vinte e mais dias em Infectos cala-Uouços, sem mesmo serem interro-gados.

Os próprios patrões, por varias ve-zes, davam indicações e endeieços pa-r aa prisão dos menhores elementosda corporação.

A ansla incontida de prender o Co-mlté de Greve e a redacção do "Bo-letlm" fazia a policia commetter osmaiores loucuras, nunca se conven-cendo da absoluta inutilidade de seusesforços. Até a; ordem ' absurda deprender todos os graphicos, até pegaro Comitê surgiu, na desesperação doaúltimos momentos. i

A prisão dos vendeiros, procuran-

PRISÃO EM BERLIM, PORESPIONAGEM, DE,UM OFFI-

CIAL TCHECOSLOVACOPARIS, 4 (Havas) — O correspon-

dente do "Paris Midi", em Berlim,em telegramma aquelle Jornal, infor-ma que acaba de ser effectuada a pri-são de um capitão do exercito tcheco,aceusado de espionagem. ..

Esta prisão tem causado profundaconsternação em toda _ Tcheco-Slova-quia. s>

Vários jornaes adeantam que ou-tros officiaes estariam seriamentecompromettidos. •

Um magistrado do Acreaccidentalmente ferido por

uma thesoura, ao quese diz ...

A Assistência fc-1 chamada a soecor-rer o dr. Antônio Pinheiro Chagas,juiz no Acre, que, ha um mez, residecom sua senhora no Hotel Globo.

Apresentava esse magistrado um fe-rimento penetrante no thorax, produ-zido por uma tesoura.

Segundo se referiu o ferido, elle seteria golpeado na cama, accidental-mente. Entretanto informam que pa-rece tratar-se de um caso de tentati-va de suicidio.

Após os curativos, foi elle internadoem estado grave no Instituto Paes deCarvalho.

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Apanhado por um autoQuando, hontem, á noite, passava

pela rua Primeiro de Março, José An-tonio da Silva, solteiro, de 24 annosresidente em Nictheroy, foi apanhadopor um automóvel, recebendo umacontusão no hombro esquerdo.

A vlctima que ficou em estado de"shock", foi soecorrida pela Assisten-cia e internada no Hospital de Prom-pto Soccorro.

Melhorou um pouco, pelamadrugada o senador Rosa

e SilvaO senador P„osa c Silva, cujo estado

de saude se tem aggravado bariantenestes ultimas dias, pela madrugadade hoje, segundo informações que ob-tivemos na residência desse paivla-mentar, apresentou algumas melho-ras.

Major José Cândido de Barrosciedade, não sentira dihiinulr, - táoapreciáveis eram as suas virtudes mo-raes, a grahde admiração de que sem-pre fora objecto.i Serventuário da .justiça ha longosannos,., como dedicado turfman, o ma-jor Barros, como todos carinhosamentao tratavam, era uma criatura bonis-slma, que repartira a sua proveitosaexistência com a extremosa companhsi-ra, que a morte ainda ha pouco ihearrebatara e ao carinho-de sua pro-le, a sua virtuosa esposa d.'MariaBarros, senhora quo pelos seus rarospredicados e espirito piedoso, via-secoberta de bênçãos permanentes, a.innumeras pessoas a quem soecorria.Profundo o abalo soffrldo com essutranse, mais precário ainda teve o ma-jor José Cândido de Barros o séu es-tado de sauds. sobrevindo na tardede hontem o fatal desfecho, após umlongo soffrimentó.

Tendo feito a campanha do Para-guay, Como tenente da Guarda Na-cional, para ali seguindo aos 18 annosde edade, no 21° Corpo de Volunta-rios, o extineto que ali serviu em ou-tros corpos da mesma arma, tomouparte saliente em vários combates, en-tre os quaes o do assalto ao Forte Ita-piru', o do Esteio Bellaco e o de Tiiyíi-ty, sempre com elogios dos seus che-fes, que lhe reconheciam dedicação eválqr, sendo-lhe conferida a medalhade mérito militar.

No. foro, no exercido das suas fun-cçõès, o velho serventuário da justiça,que morre aos 78 annos de edade, te-ve sempre os mais francos elogios, ten-do o seu passamento, que oceorreu emsua residência, na Avenida 28 de Se-tembro ií. 330, causado profundo pe-zar.

Deixa o major José Cândido de Bar-ros, os seguintes filhos: D. Maria Can-dido de Barros Nunes, esposa do ca-pitão de mar e guerra Aadlberto Nu-nes; d. Maria José de Barros Moura,casada com o deputado fluminense srHelenlo de Moura; srtas.: Maria Edithde BàiTOS e Maria de Lourdes de Bar-ros c o sr. José Cândido de Barros Fi-lho. Deixa vários netos.

O enterro do querido funecionariodc justiça, será realizado hoje, ás 16hora.s, no cemitério de S. FranciscoXavier, saindo o et retrdoa.VoVnh.MiiXavier, saindo o feretro da casa acima.

E POLÍTICANão obstante as transigencias quenos vimos obrigados a fazer ante os

novos processos de oppressão empre-gados pelo patronato e policia, asnossas princlpaes reivindicações eco-nomicas, o augmento dos nossos sa-lartbs foi conseguido em todas asofficinas, com. excepção das quatrocasos que ainda estão paradas.-Por todos os lados os salários es-tão augmentados e as condições devidas dos trabalhadores melhoradas.

Politicamente, porém, obtlvemos avictoria grandiosa e absoluta.

Com 72 dias de uma resistênciaheróica, os trabalhadores graphicos,conquistaram a autoridade de imporos nossos direitos. Deixaram paten-teados ao patronato sua resistência,sua capacidade de luta, sua união csua firme vontade de vencer.

O patronato terá que nos respeitar,porque viu agora do que somos ca-pazes, quando unidos e conscientes.Os formidáveis prejuízos políticos eecoonmicos que nossa loiiga resisten-cia lhes causou, deu-lhes tambémgrandes lições que elles saberão apro-veltar, respeitando mais os nossos di-rei tos.

Por outro lado nossa luta despertouo.operariado paulista, para o movi-mento operário, para a organização.O surgimento do Comitê de DefesaProletária é um facto que evidenciaesse despertar. O comício do dia 23de maio, não obstante a reacção po-licial, teve os deslumbrantes resulta-dos conhecidos.

Para as lutas futuras, contamoscom. o apoio dos operários de outrasindustrias de São Paulo, já organl-zados, já educados, Já conscientes...

Esta é que é a verdadeira victoria.O proletariado brasileiro e latino-americano levantou-se e se agitou.As camadas mais affastedas do in-terior do Brasil se movimentaram pe-los graphicos de São Paulo. Por todaparte listas, contribulc.es, comidos eprotestos. Por toda parte enthusias-mo e agitação. Por todos os ladoseducação e organização.

A gréVe dos graphicos foi o des-pertar de consciências e o inicio daorganização das mais largas i massasesploradas dp Brasil. Ella foi a pre-

DECRETOS HONTEmIssTGNAD0S PELO PRESIDENTE

DA REPUBLICAO sr. presidente da Republlca

assignou, hontem, os seguintes, napasta das Relações Exteriores:

Fazendo publico o deposito .de ra-tifleação, por parte da Hungria, doaccoi-dõ internacional, para a cria-ção de uma repartição Internacionalde Eplzootias e publicando a adhesãpde Irak á Convenção Postal Uníver-sal, assignada em Stockolmo a 28 deagosto de 1924.

flPp5AÕTv_NTP_^<fl2^. J

FÍGADO? J_f\\WÍ \BAÇO? 0£_3^&&y& \

\£g&&\Pur NSoPnàmtm CoUjr J

Chocaram-se a " barata "8862 e o bonde Ipanema

n° 140, saindo feridos o pro-prietario e o passageiro

daquelles vehiculosQuando, ante-hontem, ás 20 horas,

descia pelo Tumiel Alaor Prata a "ba-rata" Chrysler h; 8.862, dirigida porseu' proprietário, sr "Renato Santos, etendo como passageiro, seu primo, osr. Luiz Goulart Guimarães, succedeuchooar-se, violentamente, de encontroao bonde, da linha Ipanema, h. 140,que rodava em sentido contrario. Dacollisão resultou ficarem feridos, ochauífeur amador e seu primo, sof-frendo ambos escoriações generaliza-das. Depois de soscorridos no PostoCentral de Assistência, as victimas serecolheram á sua residência, na Ave-nida Rainha Elfzabeth n. 138.

A "barata" soífreu ligeiras avarias.

um explorador e que, portanto, ne-nhum patrão pode ser amigo. O in-teresse do patronato é nos ver traba-lhar mais, pagando menos, quando onosso é de melhorar as nossas sltüa-ções; Interesses, portanto, oppostos,que se chocam."Por outro lado a greve deixou pro-vado o partidarismo do governo e dapolicia, pondo-se á serviço do patro-nato que desrespeitava as leis dopaiz, numa inversão monstruosa doseu verdadeiro papel... Existe entreelles — patrão e policia — uma in-tlma alllança, para mais facilitar aexploração dos operários. O governoe a policia são sustentados pelos ri-cos, o os ricos, portanto, é que gover-nam e policiam. Por conta do patro-nato correm todas as perseguições po-liciaes e a indiffercnça do governopela nossa causa.

Foi a nossa união, a nossa con-sciencia, o apoio do proletariado na-cional que nos permittiram tão gran-de resistência. A união dos trabalha-dores é a sua força!

Taes são as lições que o proleta-riado colheu deste movimento.Sua importância ficou já demons-

trada pelo formidável obra que rea-llzpu no melhoramento da situaçãoeconômica e política dos graphicos eno alevantamento das organizaçõesde todos os trabalhadores do Brasil.

VI. — NOSSAS TAREFASIMMEDIATAS

Levando em consideração a actualsituação do movimento, isto é, que amaioria absoluta de casas concederamaugmento de salário aos seus empre-gados, que somente quatro officinascontinuam paradas, que existe apre-ciavel numero de desempregados, quesão excellente. os resultados já obtl-dos pela greve, o Comitê de DefesaProletária de São Paulo, resolve:

1°.) — Declarar findo, nesta data, omovimento grevista iniciado a 23 demarço;

?.-.) — Fazer continual-o, porémunicamente para as seguintes casas:Typographla Siqueira.; Casa Dunrat eMayença, Godinho Brawn e Vanor-den;

3°.) —Iniciar o trabalho de collo-ca.cão dos operários que não quizeramvoltar ás antigas officinas, revoltadospela atitude reacclonaria dos ex-pa-trões durante o movimento que orafinda;

4o.) — Reentregar a «xjrporaçãograpliica ; sua, commissao executivapara o trabalho normal de organiza-cão. continuando o Comitê de DefesaProletária a dirigir a greve nas qua-tro casas acima citadas.

Taes resoluções tem por fim faclli-tar a collo.açâo dos operários paradosnos innumeras vagas existentes e per-mittir a continuação da obra de or-ganização dos trabalhadores.

Os proprietários desses casas maisintransigentes verão suas officinas pa-radas até que se resolvam entrar emaccordo com seus operários. A expe-riencia de 1923 lhes falará sobre o as-sumpto...

VII — A LUTA CONTINUA*Companheiros graphicos: finda, em-

bora a greve, precisamos comprehen-der, mais do que nunca, que nossa lutrcontinua, sob outro aspecto, é verdade, mas sempre em defesa dos nossoInteresses.

Precisamos, agora, urgentementetratar de nossa organização- total runião regional e nacional, com o-outros trabalhadores. Precisamo-agradecer o auxilio prestado pelo pro-letariado brasileiro, unindo-nos mal'e mais entre nós e com elle próprioUma formidável frente unlca regionaldentro da União dos Trabalhadove*Graphicos de São Paulo e uma frenteunlca nacional dentro da nassa prin-cipal gula. a Confederação Geral dcTrabalho Brasileira.

Mais uma vez companheiros, a lutrcontinua e diária e constantementedentro da officina e no syndlcato ln-centivemos mais ainda a nossa uniãoinvencível!

Abaixo os lacaios do natronato!Abaixo a "justiça" de classe bur-

gueza!Viva a- União -dos Trabalhadores

Granhico*-- dfi São Paulo!Viva a Federação dos Trabalhadores

Granhlcoí do Brasil!Viva a C. G. T.!,

NOT\ IMPORTANTE DO REDA-CTOR-CHEFE DO BOLETIM

"Com o nresente numero encerra-mos a publicação do nosso "Boletimde ereve" que tanto nos facilitou atarefa de informar os comnanheirospobre o andamento da pareda. Obri-R-ado a aonarecer illegalmente, apesarde defender uma causa justíssima, eller.omnleteu a sua tarefa, sem que o seurna.ior "amlcro" (o sr. Hlbraim No-br<»i '•onsegmssp impedir a sua cir-culaçãó... A's dezenas de companhei-res aue collaboraram nesta obra dei-xambs aqui os nossos sinceras agrade-cimentes."

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INDEMNIZA» EMCONSEQÜÊNCIA DA

REVOLUÇÃO ¦S. PAULO, 4 (A. B.) — O Juiz dai5.' Vara Civel julgou o processo que o1." tenente da Força Publica, Antônio

Reynoldo Gonçalves, movo contra oEstado..Esse Wocesso originou-se do facto

de ter sido o tenente Reynaldo demit-tido da Força Publica, como implica-do na revolta do 1924.

Não tendo sido movido processo cri-minai, por actfo sedicioso do tenente,seus advogados propuzarnm uma acçãoordinária á Fazenda Estadual, afimdo rehaver seus salários desde a datada demissão até o final da acção. '

O juiz Junqueira Sobrinho Julgouprocedente a acção e condemnou aF._enda ao pagamento da indenualza-çao requerida.

S. PAULO, 4 (A. B.) — Por sentençade hontem, o sr. Vicente Mamede dcFreitas, juiz dc Direito da 3.* VaraCivel e Criminal, desta cidade, julgouprocedente a acção ordinária dc in-demnização que a Sociedado Anonyma"O Estado de S&o Paulo" propoz con-tea a Fazenda do Estado para resarclrps prejuízos que acarretou á autora pe-Ia suspensão da publicação dessa folha,por ordem emanada do governo, du-rante vários dias após a retirada dosrevolucionários dessa capital. A ré foi-condemnada ao pagamento de réis248:481$713, Juros de mora, honora-rios de 20 %, para os advogados ocustas.

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A SESSÃO DO SENADO t-Uma sessão de poucos minutos, • a

de hontem, no Senado.Leu-se no expediente apenas uni

bllca do Senad do Chile agradecendotelegramma do presidente do Sena-do do Clüle, agradecendo as congratuláções que lhe foram enviadas pe-Ia solução conciliatória da velha quês-tão do Pacifico.

Apresentado pelo sr. Pires Ferret»ra, foi considerado objecto de deli-beração um projecto de lei autori-zando o presidente da Republica aabrir o credito especial de 400:000$para edificação de um pavilhão, emterrenos da Universidade Catholicade Washington, nos Estados Unidos,afim de receber a "Livraria O. Lima",doada pelo dr. Manoel de OliveiraLima e que fará parte integrante daBibliotheca Ibero-Amerlcana da mes-ma Universidade.

Não houve oradores nem no expe-dlente, nem na ordem do dia. Nes-ta ultima parte dos trabalhos, fal-tando "quorum" para vptação, foramencerradas as seguintes discussões:unlca da resolução legislativa, par-clalmente vetada pelo presidente daRepubllca (paragrapho único do ar-tigo Io), regulando a promoção dosofficiaes do Corpo de Commissariosda Armada; e 3\ do projecto revigo-rando a lei n. 4.828, de 1924, quamanda abrir um credito de 30:000.$para auxiliar o aperfeiçoamento doum apparelho destinado á contensaode anlmaes.

A SESSÃO DE HONTEM NACÂMARA

DOIS ORADORES NA TRIBUNA -*NAO HOUVE VOTAÇÕES

Houve dois oradores, np expedienteda sessão de hontem, na Câmara. Oprimeiro foi o sr. Nelson de Lima.Formulou, s. excia., em nome daCommlssãp de Diplomacia e Tratadosda Câmara, um requerimento no sen-tido dc se inserir na acta dos tra-balhos um voto de congratulaçõescom o Chile e o Peru', e, ao mesmptempo, cem a Republica Norte Ame-rlcana, a qual funecionou como me-diadora, pelo ajuste a que chegaramna solução amigável da velha questãoque separara, por mais de quarenta an-nos, as duas sympathicas irmãs trans-andinas, requerendo, outrosim, que' amesa se digne transmlttir aos repre-'sentantes diplomáticos, não só des-ses dois paizes do Pacifico, cemo dosEstados Unidos, esse voto de congra-tuláções, cordiallssimo, que p oradorestava certo de traduzir tanto o sen-tir unanime da Commissao de Diplo-macia como dos srs. deputados e detoda a Republlca Brasileira.

O segundo orador foi p sr. OscarFontenelle. Occupou-se do problemaeugenico e do saneamento do Brasil.Disse que o legislativo não deve serindifferente ás angustias por que pas-sa a população do paiz, victimadapelas endemias, pelo abuso da aguar-dente e por doenças que produzema degenerescencia da raça. Entendeque o combate a esses males, bem jcomo ao analphabetismo, constltue oproblema fundamental para o pro-gresso e a felicidade do Brasil.

Refere-se a difficuldades que sal-teiam os governes para realizaremobra de saneamento. Cita projectós.instituindo o exame pre-nupclal, re-,primindo o alcoolismo, determinando,p afastamento, mediante aposentado-"ria ou licença remunerada, de f_n*v:.ceionaries portadpres de doença con-i-taglosa, punindo a contaminação va-.-luntaria ou consciente das enfermi-dades transmissíveis, instituindo ¦cursos de hyglene individual e sexual-,nas escolas, bem como nas corporá-"ções militares, projectós esses que es'--peram andamento. Aos flagellos da*-doença multiforme e da miséria; *_>¦orador addiclona os erros de orienv -teção em face do problema immigrá- *torlo, quer pela falta de seieccão doaelementos que entram no paiz,- quer/.,pela permissão que se lhes dá de^ss'-concentrarem, conforme a sua proce--'-dencla, em determinados pontos __*território nacional, onde formam n_-•*.cleos com características própria.,fontes de perturbações actuaes e mais,graves ainda no futuro para a' boa',constituição ethnica do Brasil, - çquiçá para a unidade politlca da Na'-"ção.

Depois de outras considerações lon-1.gas, termina com palavras de fé na..,capacidade da raça brasileira, quando-esta, sadia e desembaraçada das pelas'que a tolhem, venha a poder alçando-. ,rar o paiz, pelas expressões do seuvalor moral e material ás culmlnan-cias sonhadas pelo seu civismo.

Na ordem do dia, não houve nu- -mero para votações. Foi encerrada adiscussão, sem debate, da matériaconstante do avulso.

Foram presos os ladrões"Já te dou" e-"Chauífeur'»Foram presos pelo investigador Iso-

Uno Pedroso, os coRhecldos ladrõesAntônio Ronha Godinho e ManoelRodrigues Pinto, que dão, respectiva-mente, pelos vulgos de Já Te Dóe eChauífeur.

Interrogados, confessaram elles se-rem os autores de muitos assaltos ve-rificados ultimamente nos subúrbios,inclusive o de que foi vietima JoãoBaptlsta Resolen, residente na ruaParanhos, n. 33, que íoi roubado naquantia de 70$000, cm um relógio cuma capa dc -gabardine.

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Page 4: A carreira política do sr. Antônio Carlosmemoria.bn.br/pdf/093092/per093092_1929_00264.pdf · 2013-09-11 · Seguros1' — n." 91, anno VIII, de ja-neiro do corrente anno, um commen-tario

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QUARTA-FEIRA, 5 DE JUNHO DE 1929 EDITORIAL

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Díarío CariocaRedactor-cheíe

SALLES FII/HODlrector-Çhcsourclro

A. FERRETft-A BOTELHO

EXPEDIENTE

5 DE JUNHO DE 1920

IledacçAo, .ulmlnltiravio a officlnasRUA A1.CINDO GUANABARA, 5

Endereço telegraphlco: "DIAKIO CARIOCA

) Redacção, Central 15S9Telephones: | Gerencia, Central 0821

) Publicidade, Contrai 0173

ASSIONATUR-SPura u Brasil:

Anno .... 40*000íjemcslrc . . . 20SO0O

Estrangeiro:Anno .... TOS003Semestre . . . 25J00J

Venda avulsa 100 rals — Interior, 200 réU

Secção de publicidade: Largo da Carioca, 15,Sobrado.

Prevenimos aos nossos amigos c clientes, quao sr. Arlindo FruaVento deixou de ser nosso co.-retor ofílclal de publicidade.

Avisamos aos nossos onnunclantes quo sú de-verso pagar suas contaa aos cobradores dovlda-mento autorizados pela gerencia do Dlarloi carioca", ou pelo chefe do nossa secção de publici-dade, sr. Fellppe E. do Lima.

SUCCURSAL, EM S. PAULO

Director: Paulo DuarteRei>. Commercíal: Octavio Barbosa

flua Libero Badarô n. 6-2» andar - Tel. 2—2-10

NO REGIMEN LIBERALA actual administração do Rio Grande

do Sul despertou, desde seu início, geraessympathlas que nâo se limitaram ao circuloapenas dos correligionários políticos, masque se estenderam até aos próprios adver-sarios, que assumiram, promptamente, umnatitude de expectativa confiante.

Vários motivos contribuíram para a cria-ção do ambiente em que transcorreu a pos-Be do sr. Getulio Vargas, que se viu cerca-do, nesse acto banalissimo, na vida politícados nossos Estados, de um prestígio inteira-mente desusado.

O principal deiles, entretanto, era decor-rente das suas fdrmaes declarações acercada orientação liberal que pretendia impri-mir ao seu governo, votado principalmente aoexame e solução dos grandes problemas quese ligam á vida e ao desenvolvimento da-quelle grande Estado.

Effectlvamente, não ficou no terreno va-go das promessas o compromisso assumidopelo presidente gaúcho, cuja actividade sefez sentir, nos múltiplos aspectos da admi-nistração, ao mesmo passo que os assumptosattinentes á defesa da producção do Esta-do .iram encaminhados com habilidade, ai-cançando exito incontestável.

Pov outro ledo, a atmosphera politica,tão carregada nas regiões dos pampas, sedesanuviava á medida que as forças oppo-sicionistas iam sentindo diminuir a pressãodas cadelas compressoras da intoloxancia po-litica.

Em algumas localidades puderam mes-mo, os ajdversarios da situação, conquistar,nas urnas, alguns postos, não se oppondo ogoverno, pelo emprego da força, a esses re-imitados.

• Espe regimen liberal adoptado no RioGrande do Sul, pelo sr. Getulio Vargas, temmuitos pontos de contacto com a politícainiciada, no governo de Minas, peto sr. An-tonio Carlos, cuja obra acaba de receber osapplausos unanimes da população mineira.

Mas o que torna curioso o parallelo en-tre as administrações dos dois Estados, éque á sombra desse regimen liberal as duasunidades da Federação puderam realizar umaobra inconfundível de prosperidade, que setraduz nas respectivas situações financei-ras, constatada pdos saldos dos seus ba-lanços orçamentários.

INSTRUCÇÃO POPULAR EDEMOCRACIA

Pronunciados quasi no mesmo dia, poihomens de grande respons&billdade social,ajustam-se de tal maneira os dois concei-tos que não nos evadimos ao anseio de osreuni.- e os commentar. Ao agradecer, o sr.Antônio Carlos, a Justificada homenagemcom que os representantes de todas es cias-ses mineiras quizeram exprimir a sua gra-tidiVi pelas realizações de um bom governoe ao lembrar o que já fizera pela instrucçãojopular, disse:

"Que valem as instituições políticasque a democn »:ia propugna, sem a in-strucção e a educação do povo, empoder do qual hajam sido estabeleci1-das? Ta<s instituições viverão apenasno papel, constituindo mera literatu-ra, expressando -unicamente lamenta-vel simulacro, concretizando tão des-astrosa situação que melhor fora ras-gav a mascara dissimulatoria afim deexperimentar se a ostentação francado sic volo, sic jubeo, sit pro rationovoluntas, despertando a consciênciapopular, determinaria a necessária re-acção trlumphante.

Que valsm, sem o aperfeiçoamentocivíco, que só a instrucção e a edu-cação garantem, os melha.-es preces-sos legaes para o exercido do direito•soben--no do voto?"

Por seu turno, desenvolvendo todo umprogramma de política financeira, com com-petencia de technico e inspiração de pátrio-ta, expoz J. C. de Macedo Soares:

"Consideremos, entretanto, a situa-ção r.olitica dos povos americanos eobservaremos que os regimeixs adopta-dos nas differentes Republicas, apenasuT,'ergem adjectivamenta, nas suasfórmulas coiistitucionaes. Em todosclles, uniformemente, se faz a evolu-ção da democracia. O ideal commum éa liberdade e a justiça. O que separaos diversos povos americanos na con-secução desse ideal, é o grão de matu-ração da cultura politica, que em to-dos se processa conforme as leis damesma evolução. O que disscmelhapoliticamente os povos americanos é.pois, o grão de energia com que sen-tem a necessidade de se governarempor si mesmos, e, portanto, o direitoque se arrogam de praticar em seusterritórios o ideal da deir),x:racia".

Appliqueinos uma e outra affirmaüva árealidade brasileira.

Em 1809, habilmente aproveitado porum grupo de republicanos um, levante mill-tar, se estabeleceu o regimen sob o qual vi-vemos, cm cuja formação constitucional foiadoptada a formula democrática.

Innegavelmente, porém, somos uma de-

mocracla apenas nominal. Aqui, as Institui-ções democráticas existem tão somente 7iopapel, são mera literatura, lamentável siinu-lacro. Aqui não se encontra a cultura poli-lica u que alludlu Macedo Soares e nu qualassenta a democracia.

Porvyue?Precisamente, porque estão, eínda, fal-

tando a instrucção e a educação do povo.E o mal vem de longe. „Não é necessairio recorrer aos dois for-

midavels relatórios parlamentares dc RuyBarbosa, sobre a instrucção publica, no tem-po do Império, para reconhecer que o outrore-gínv-n bem pouco fez pelo ensino popu-lar.

Ao lado de pequena elite culta, foimnn-do guai da cio honra a um Imperador tidopor sablo, uma multidão de analphabetosdepunha contra as intenções educativas daMonarchia. N&o correspondiam as parcasprovidencias raramente tomadas em bene-iicio da instrucção primaria ros skIos e cul-dados que, de aommum, mereciam os cur-ses superiores, dos quaes sahla, em regra, opessoal dirigente do paiz, na sua maior par-te ligado á plutoo.-acia rural.

Sobrevindo a Republica, falou-se, logo,cm Universidades e tratou-so do ensino aca-derrriqD, mas não se cogitou de expandir ainstrucção primaria, a complementar e aprofissional.

Outrosim, deante da organização fe-derativa e em face da interp etação maiscorrente de um dispositivo constitucional,surgiram objecções a embaraçar qualqueriniciativa dnj União, r.p sentido de suppriras deficiências estaduaes no tocante á in-strucção do povo.

Começou-se, desde ha uns, vinte annos,a procurar a maneira do intervir a União,sem offensa do alludido dictame, mas sóultimamente se encontrou o meio, aliás, nãoempregado.

Verdade é que poucos Estados se inte-ressaram seriamente pelo problema, e, mes-mo nos cm que elle costituiu preoecupaçãodemorada dos administradores e dos legis-lacíores — como, para exemplo, São Paulo— FORAM MAIS AS VOZES DO QUE ASNOZES...

Noutras unidades da Federação Brasi-leira pouco além se foi do que legara o Im-perio, desmentindo-se, por desgraça, as dou-trinas e as previsões dos que, outróra, en-xergavam nos excessos de centralização aã-ministrativa a causa directa, quasi única, doatrazo da instrucção publica no paiz. Dlr-se-ia que certos ollgarchas republicanos nu-trem, no tocante ao ensino do povo, o mes-mo critério dos antiEíw senliores de escra-vos, temendo venha a Instrucção esclare-cer o espirito dos dominados e opprimidos,levando-os a reivindicar os seus direitos. Ob-servou-se, a propósito, este, phenomeno: —ao passo que esforçado c bem preparado re-presentante de uma da*? satraptas do Nor-te enunciava, na Câmara, idéas> valiosas cmprol da instrucção e propunha um planoaceitável de disseminação do ensino, o go-verno da sua terra não se distinguia dos dasterras vizinhas no indiíferentismo pelo ma-ximo problema nacional. N5o tinha a theo-ria do deputado a menor repercussão napratica governamental do seu Estado, ondea proporção dos analphabetos, aquelle tem-po, era deplorável...

* * *Perguntou o sr. Antônio Carlos:

"Que valem, sem o aparfelçoainen-to cívico, quo só a instrucção e a edu-cação garantem, os melhores preces-sos legaes para o exercido do direitosoberano de voto?"

Não ó difficil a resposta negativa, res-posta que pode ser da«ia aos pregoelros en-thusiastas do voto secreto.

E não se supponha que a alta da in-strucção seja, apenas, notavsl na massa ge-'ral do povo, entre os governadores e os di-rígidos, oceasionando a respectiva incaprei-dade cívica. Tambem da banda dos gover-nantes o dos dirigentes ella se faz sentir,com o mesmo resultado. Muitos dos que, nointerior da maioria dos Estados, represen-tam /orcas políticas, com as quaes contamos mandões das cidades, são victimas daprópria ignorância, são criaturas seml-anal-phabetas, sem nenhuma comprehensão dosseus deveres e com errônea concepção dosseus.i. direitos.

Actos de cppressão e violência, praticasselvagens, denegações de direitos alheios, vi-sando determinadas victorias eleitoraes, re-sultom, muitas vezes, da absoluta falta deins&rucção dos que os praticam.

Mais criminosos, incomparavelmente,são os chefes, políticos, os mandantes, quese utilizam da mentalidade atrazada desseschefetes do interior, para seus propósitos deelevação e mostra de influencia.

Emquanto não se realizar, com pertina-cia e sinceridade, em toda a Republica, umprogramma de cultura generalizada nos mol-des do que está èm execução no,Estado deMinas, a democracia será uma burla, a des-peito dos processos mais seguros para acolheita dos votos.

Maiis perigoso do que o eleitor que seabstem é o que vota inconscientemente, en-cabrestado peto "coronel" ou pelo "doutor",não valorizando a sua cédula, náo sabendoo que ella significa, deixando a terceiros aincumbência de pensar e de decidir acercados negócios públicos. Até agora, e quasi portoda a parte no Brasil, tem sido esta a ma-neira de proceder do eleitorado. Por isto,acontece o que estamos, ainda uma vez, pre-senceando: — nenhum manda-chuva contacom elle quando se vae approximando a épo-ca de escolher o primeiro magistrado daNação. Por que, se elle não é capaz de resis-tenda, nem de revolta? P,or que, se não estána sua maioria, habilitado a separar o joiodo trigo?

EVARISTO DE MORAES

O IMPOSTO SOBRE ARENDA

Não está mais por definir a anarchia rei-nante em todos os serviços relativos ao re-gimen tributário que, desde muito, vimos ob-servando. As rendas crescem anno a snno,porque a marcha evolutiva do paiz se man-tem a despeito de tudo, mas, forçoso seráconfessar que, se o systema tributário fossemais justo, menos iniquo e estivesse maisintelligentemente organizado, a, arrecaüaçãodes tributos seria muitíssimo mais vantajo-sa, demandando fiscalização considerável-mente mais suave.

Promovendo a reorganização dos im-postos sobro a renda que, desd? éra remo-ta, vigoravam entre nós, sob formulas mai:brandas e mais accessivels á comprehensãopublica, o governo e o legislador, uoderianl

escapar á regra geral, o subverteram por!completo, cnarehica e radicalmente, a orga- •nização anterior, E' o mio veso da,", nos&ns!clatties dirigentes. Um ou outro político, de jmaior actividade ou dc mais alevantiulos ivôos, faz uma ligeira leitura sobre os actos jquo regulam qualquer w_umj)to cm outros [povos c, sem dntença, ti anspurtom o queleram, o mal digeriram, paiv„ o scenario bra-sileiro. Assim se faz com rofeio-hcla ao im-posto sobre a renda.

Como u Inglaterra, os Estados Unidos eoutros paizes de civilização aeoulav adopta-vam dete míiiiido j.yaíeina, nodí. mais seriapreciso do que traduvir aa leis e regulamen-tas, de mala convidativa leitura, e incorporai-os ao arohivo jurídico do Brasil.

Não se estudou a gênese do Imposto uea-sus nações, n.To se acompanhou a sua evo-lução, nin_uem pjdlu a um professor de ori-thmetica que lho industriasse nos princlpaes Ifundamentos da seiencia dos numwos e, ten-do em viste, somente o que o tributo produ-zla por ahi além, transformaram-se em leitodos os absurdos que, na espécie, vêm ator-mentando o contribuinte indefeso.

Varias incidências do imposto., já foramdeclaradas inconstltuclonaes em sentença dainstância suprema, entre outras, sobe a ren-da de Immoveis, sobre a renda de apólices,sobre os vencimentos dos magistrados, so-bre os veaicimentos do funccionalismo esta-dual, etc., destYirte, reduzindo-se, progrés-slvamente, as fontes tributarias e, portanto,tornando a exigência fiscal cada vez maisiníqua.

Confundindo a paga do trabalho presta-do com o que os economistas chamam renda,os vencimentos e soldadas do íunccionalis-mo, dos empregados do coinmercio e da in-dustrla, dos operários e, até, as pensões de-feridas a titulo de alimentos, todos, incidemno imposto, desde que excedem a uma de-terminada importância. Foi tal a usura naultima reforma, levada a termo por essemesmo legislador, que não teve remorsos deinventar o sitio permanente e de fa_er arevisão deformadora da-Constituição, que,para possibilitar a arrecadação em 1926, foipreciso conceder o abatimento de 75 %, nastaxas estipuladas.

Do anno seguinte em deante, essa per-centagem íiceu reduzida a 50 %, como ain-da hoje vigora. Bastaria essa circumstancia,da lei orgânica do imposto estabelecer umataxa c dr> cobrança os fazer pela metade,embora em virtude de outra lei, para resal-tar a leviana comprehensão que o legisla-dor tem do assumpto, por elle próprio, co-dificàdo.

Por outro lado, os regulamentos e in-strucções administrativas, muita vez, con-traditorios entre si e destoantes da próprialei, e os modc3>s de declarações, hoje, comuns e amanhã, com outros dizpres, só servempara atrapalhar o contribuinte, induzindo-os,sempre que possivel, a furtarem-se ao ex-pedlente das declarações.

Não me proponho, e nem poderia fazel-onos limites destas considerações, a exami-nar o assumpto em toda a sua v«_ta lati-tude. Pretendo apenas salientar alguns fa-ctos a elle referentes.

Declarada a inconstitucionalidade da co-branca sobre cs vencimentos dos magistra-dos e do functíonalismo estadual, resal ta lo-go a gravíssima iniqüidade de continuaremsujeitos ao imposto o funccionalismo federale os empregados de empresas privadas, nes-ta capital e nos Estadas, o que não pareceaccorde com o preceito constitucional do ar-tigo 72, parag.apho 2.°, que declara a egual-dade de todos perante a lei.

Outra clamorosa injustiça tem oecorridocom os contribuintes, lançados em 1926. Coma diíferença de dias e, ás vézcs, no mesmonumero dò "Diário Official", o expedientedo Ministério da Fazenda tem publicado de-cisões concedendo ou negando o abatimentode 75 %, aos contribuintes que se prompti-ficam a fazer o retardado pagamento. Nãosei se haverá, mas penso que não ha lei ai-guma que permítta ao governo fazer seme-lhante concessão e, muito menos, sem a ne"-cessaria generalidede.

Ainda ultimamente, o Ministerio da Fa-zenda expediu um aviso em que nova injus-tlça se revela. Prescrevendo que as declara-ções apresentadas até o próximo mez de ou-tuceo, do imposto referente a 1028, isentamos declarantes da multa proveniente da mó-ra, desde que o pagamento seja feito na mes-ma oceasião, exceptuou dessa vantagem osdeclEirantC6 dos Estados. Não parece que se-melhante critério encontre justificativa ra-zoavel.

Felizmente, o senador Frontin acaba deapresentar um projecto de lei, que tende arepavar as iniqüidade» apontadas nos actosdo Ministerio da Fazenda, a que me estou re-ferindo;

Por esse projecto, todos os contribuintesdo imposto de 1926, que, a um tempo, fizerema declaração e o pagamento até 31 de- ou-tubro do corrente anno, goscrão do abati-mento de 75 %, e os contribuintes de 1927,1928 e 1929, que tiverem egual p.-ocedimento,ficarão dispensados de todas as multas, ex-cepto das que decorrerem de declaraçõesfalsas. i

Se essa proposição lograr transformar-se em lei, desapparecerão as injustiças e ini-quidades que o critério administrativo temgerado sobre o ponto em causa, mas o sys-tema continuará a sacrificar a todos aquel-les que, impropriamente sujeitos ao impôs-to, não se possam eximir, por qualquer mo-tivo, dos declarações regulamentares.

O qüe convinha era uma reforma radicalno systema, escoimando-o das inconstitu-cionalidades que, nelle, se encartaram e desinjustiças e iníquidades, de que está inçado.

No primeiro anno.de vigência do extor-sivo imposto, a paroella isenta de taxação erade dez contos de réis e, entretanto, aindanão nos achávamos sob a asphyxiante esta-bilização por decreto. Infelizmente, coube aomesmo senador Frontin promover a reducçãodessa quota para seis contos de réis. Ora,coliseu ntemonte, não ha çjuem supponha pos-slvel alguém prover a subsistência de suafamília, por pequena e modesta que seja, coma insignificanda de 500$000 mensaes e, sea quota isenta é realmente destinada, a ali-mentos, parece fora de duvida que, esti-pulaJ-a nessa baixa percentagem, é profun-da improbidade politif)-aclmii» b.ativa.

Entretanto, ninguém acrediíi que o le-¦jislador deste quadriennío, de saldos pro-gressívos, se anime a modificar a estmctu-ra do imposto de renda, a não ser para es-•-•orchar o contribuinte, tanto mais, quantonaior fôr o numero de incidências que oSupremo Tribunal vá declarando inconsti-tucionaes.

PEDRO LIBORIO

A SllgCESSÂO E O RIOGRANDE DO SUL

A politica profissional ignora sempre osgrandes factos ooplaca e históricos. Christonwcla num i-stabulo e nenhum político con-temporaneo foi, ou se/ria, capaz de adivinhara immensá revolução que 0*% determinariana ordem do mundo. Qualquer poliUco daépoca' sorriria dcsdcnlosamente, se lhe dis-ssEscm que e mundo romano estava próximoa ruir por tev.a carcomido pelos seus vi-oles.

E assim: se processam todas as grandestri msformáções da historia. São as revo-luçõos produzidos pela cegueira dos políticosno governo do palz. Ditam-nos estas con-siderações os intuitos manifestos da politicado sr. p.esidonte da Republica.

O Brasil atravessa um momento gravis-simo de sua existência.

Se os governos não derem uma directrlzliberal á sua oritaitação, os factos podemnos trazer as' peores conseqüências na or-dem política. E' que todos os íaotores quetém p\odu_.do as differentes revoluções nospaizes dellas victimas, todos essc6 íaotoresaqui se aooumulam em gráo aooenturdissi-mo. O mal' estar econômico, o espirito pu-blico agitado, a prolongada existência deum regimen de suecessivas usurpações, umgoverno ha quarenta annos estranho à von-trido do povo, uma imprensa liberal toda emofíenslva contra as Instituições, eis sympto-mas graves que podem, ajudados de impre-vistos, nos acai.Tetar temerosas complica-ções.

Pedno I, ate á véspera de sua abdicação,ainda julgava poder resistir á cólera popu-lar. Não via que tinha deante um podercansado de supportal-o.

O Brasil actualmente está cansado desoffrer governos que se fabricam, sem scien-cia nem consentimento da Nação, em con-chavos e cambalachos palacianos. Se a Na-ção é independente, como é que ella pôderesignar-se a viver nessa vergonhosa depen-dencia da vontade dc um indivíduo instai-lado no Cattete, nem melhor nem mais in-telllgente que os outros? E esse oecupantedo Cattete não foi posto ahi pelo consenti-mento da Nação, mas por um capricho doseu rntecessor.

O cérebro de um individuo qualquer, pe-lo facto de ser presidente da Republica, édiíferente ou melhor que o cérebro dos de-mais individuos?

O cfliebro do presidente da Republica temcomposição differente ou melhor do que odos demais cidadãos?

Entretanto, rio Brasil, um individuo qual-quer, pelo facto de estar na presidência daRepublica, entende que o seu átpebro fica.dotado de infalllbilidade papal, se torna In-capaz de errar.

A Nação brasileira sente-se coacta, osbu-lhada, escavneclda, ludibriada pelos gover-nos que se suecedem sem o seu consenti-mento, sem a sua consulta. O tyranno deViçosa, por gratidão pessoal, entendeu na suacabeça de nomear o cidadão de Macahé pa-ra chefe deste presidio, e nós, quarenta mi-Ihões de brasileiros, não temos vontade ai-guma, interferência, alguma, opinião algu-ma, nós que pagamos todos os impostos quesustentam o governo do paiz. *r

E agora, nós. quarenta milhões de bra-sileiros, transidos de Tiorror, como quarentamilhões de presidiários, de condemnados, es-peramos, ansiados, qual o novo feitor que,como Minerva saiu da cabeço de Júpiter,vae sahir da cabeça do homem de-Macahé,para. nos infligir a politica que quizer, cstormentos que houver por bem de decretar,as durezas que bem entender.

E a Nação torturada não tem direitoa opinião alguma. Os quarenta milhões dcbrasileiros assistem de fora, como estranhos,quaes espectadores das galeriES de um thea-tro, a esse espeetaculo em que se Jogam osseus i destinos.

A vontade do cidadão de Macahé vai»mais que a vontade dos quarenta milhõesde brasileiros. A vontade do cidadão de Ma-cahé vale tudo e a vontade dos quarenta ml-Ihões de brasileiros não vale coisa nenhuma.

Eis ahi a situação miseranda em quenos encontramos.

Quem quer que nao tenha scmgue aeescravo nas veias, sente-o instlnctivamenteborbulhar impetuoso na cólera do patriotis-mo indignado, ante a immensa degradaçãode um'paiz assim (villipendiado, reduzido aproprieds_te particular de um individuo qual-quer nomeado chefe da Nação pelo seu an-tecessor.

"Uma instituição armada de tantos re-cursos para o bem; e que, entretanto, vaeincutindo no animp do povo estas impres-soes p-rigosas, sem dar-lhe nunca uma com-pensaição animadora — uma instituição des-asada ,assim, esqueceu, decerto, que o espi-rito'das revoluções não morre, porque o es-pirito das revoluções é o espirito da liber-dade comprimida, é o meio heróico com quea Providencia dotou os povos para recon-quistarem seus direitos rias épocas de deses-per.ção". E', como dizia Ruy Barbosa, nodiscurso pronunciado na .Bahia, cm 2 deagosto de 1874.

O sr. Washington Luis, escolhendo umcandidato pessoal seu, para continuar-me 6governo no Cattete, esbulha a Nação inteira,nos seus quarenta milhões de habitantes, codireito mais sagrado, o 'direito á própriaindependência e á própria dignidade, entre-gando o paiz aos azares de uma situação re-volucionaria, obrigando-o quasi ao desfor-ço violento pela brutalidade do ultrage, peialmmensidatte da vergonha, pelo incommcn-suravel da abjecção em que o colloca.

E' tempo de retroceder nes,sa corrida pa-ra o rtoysmo, a qus nos leva a cegueira aos,políticos" nò governo.

Para caracterizar a situação actual oc-correm as palawas de um grande pariamcn-tar brasileiro:

"Somos, ew mesmo tempo, um povo em-pobrecido moralmente, um povo aviltado de-flnitivamente, um povo que Já perdeu tu-do, até suas esperanças, povo que não crêna voto, nem na Republica, nem nas finan-ças do governo, que não crê no credito ex-terior, que não crê nos seus representantes,que não crê na sua liberdade, mesmo na sunvida, e que perambula ppr essa grande re-gião americana, como uma legião de escra-vos, de fantasmas, que rastejam por força deum prodígio inexplicável, sem honra, semlibe.-dade, sem consciência!"

Paira actualmente, sobre a Nação, asombra tetrlca de um cataclysmo temeroso.

O governo tem um meio fácil de evital-o— é permittir a escolha de um candidato po-pular á suecessão presidencial, e decretaruma reforma eleitoral como a fez Saens Pe-na na Argentina.

O sr. Washington Luis, tirando do bolso j administração Jullo Prestes, expondo-a cdo colide o nome de um seu amigo qual- seus verdadeiros «içados, relatando.»

quer, para ln,pol-o á Nação, assume a mais « $g„£«ggf ^grave das resiionsabilidades hlstoricr.s^

Não acredilamoe que os políticos rio-Srandcnscs tenham medo da.s caretas do sr.Washington Luis e se tornem cúmplices nos-se attentado que se prepara cont, a a sobe-râni&v a independência e a dignidade na-cional.

O Brasil inteiro, ansioso o confiante, cs-psni que os políticos riograndei_es, nestetrágico monunto histórico, em que se Jo-gam os destinos collectivos numa cartadadecisiva, saberão cumprir o dever de pôrembargos ao poder pessoal e á autocraciado Cattete, pugnando pela independêncianacional psrdida, pela verdade da Republi-ca e p3la emancipação do povo brasileirodessa tutela caclqulsta, afírontosa e extern-poranea, em pleno século XX, quando.todosos povos caminham em absoluta liberdadepara o mais complete governo popular, deque dá exemplo a victoria trabalhista na In-glaterra.

MARIO PINTO SERVA

TÓPICOS DO "DIÁRIO"

O TEMPO

BOLETIM DA DIRECTORIA DEMETEOROLOGIA

di;Previsões para o periodo das 18 horashontem ás 18 horas de hoje

Districto Federal c Nlctheroy — Tempo:bom, com augmento de nebulosidade. Tem-peratura: estável á noite, em ascensão dedia. Ventos: variáveis.

Estado do Rio do Janeiro — Tempo;bom, com augmento de nebulosidade. Tem-peratura: estavel á noite, em ascensão dedia

Estados do Sul — Tempo: bom, com nebu-losidade, salvo no litoral de S. Paulo, ondede instável passará a bom com nebulosidade.Temperatura: estavel á noite, em ascensão dedia. Ventos: variáveis, salvo no Rio Grando,onde serão de norte a leste.

Serviço especial para o trajcclo rodoviárioRio-São Paulo

Previsões para o periodo das 18 horas dehontem ás 18 horas de hoje:

Tempo — Bom, com nebulosidade no E. doRio e instável, passando a bom. Temperatu-ra: estavel á noite, cm ascensão de dia.Ventos: variáveis. . »

Já chegou ao Monroe oCimento armado diploma senatorial do sr.

Dionysio Bentes, ex-go-vernador do Pará. Veiu telegraphicamente,para que não se tenha o incommodo de exa-minar os livros eleitoraes, onde o bico depenna trabalhou a farta, com o único objc-ctivo de amontoar votos "a valer num candi-dato imlco, para que do lado de cá se acre-dite no seu apregoado prestigio.

O Senado, que já tem um "Senador Ra-mona", vae ter assim, agora, um "SenadorCimento Armado". O appcllido de "CimentoArmado" íoi posto no sr. Dionysio quandoelle era deputado, em conseqüência da suavictoria num concurso humorístico que sefez na Câmara para a proclamação do seumembro mais obtuso.

Pobre gloria... Mas a verdade é que nin-guem mais que o sr. Bentes a merecia. Sãoinnumeros os episódios que se contam e nosquaes apparece o ex-soba paraense com assuas "gaffes", as suas estupendos revelaçõesde ignorância e bestialogia, principalmentequando, na qualidade de vice-presidente, di-rigía os trabalhos da Câmara. Conta-se porexemplo, que nessas oceasiões, seiripre quese levantava no recinto uma questão de or-dem mais ou menos intricada, o homem seempertigava no seu vistoso canastro e, si-zudo, com ares solennes, respondia:

— Deixo de resolver a questão levantadapelo nobre deputado por ser precária a mi-ilha presidência.

Puro cimento armado...

Chegam-nos reclamações, porCoisas do parte de inferiores do Exercito,Exercito quanto a certos factos que te

têm repetido. Assim, no tocanteás reformas forçadas. Hospitaes militaresrituados nos Estados, sem hygiene. despro-vidos de quaesquer recursos para o necessa-rio conforto dos enfermos, são, as mais dasvezes, as verdadeiras razões, que justificamum sem numero de attestados de incapaci-dade, passado a inferiores do Exercito, for-çando-os a um pedido immediato de- reforma,para que não fiquem impedidos, em qual-quer tempo, da reversão ás fileiras.

Esses pedidos de reforma, por sua vez, fl-cam dormindo mezes e mezes nas repartiçõesdo Exercito, sem qualquer despacho, em-quanto os interessados, sem nada percebe-rem, passando necessidades conjuntamentecom suas famílias,' ao passo que os verdadel-ros responsáveis por esta situação lastima-vel não pensam sequer em evital-a.."•São casos freqüentes esses, revelando ouuma incúria criminosa ou perseguições des-humanas e odiosas.

nlh«

e o.s erroo clanioio-;euíi povmenores, r.

produzindo um llbello.O eivo règionaí teria agora um sentlcí

novo, quando r.v cogita, dts candidaturas aircatdencia do paiz, c a Nação inteira <_.¦dispensa o cuidado de conhecer os titulo.? cgalardões do3 que se offerecnu aos suffra-glo.:, com spffregiüdãp pouco explicável, emzeladores da dignidade do cargo, em que <•,-..tfio investido::, o das responsabilidades, quedevem ao eleitorado de todas as províncias.A palavra do representante opposlcionisla ã-:S. Faulo náo deve ser empregada nos cem-pròmlssos hábeis e geitosca, com que raiiu...vezes sc ladeiam problemus de singular ini-portancla. Será. antes de mais nada um dc-polmento. Porém, é sabido que as te.stcmu-nhas- autorizadas nada devem occultm- emsuas declarações, para o conhecimento im-parcial dos episódios ou a caracterizaçãoorystellina da verdade^

4- MUSICA.;; O 6'2." concerto do Centro Artístico

Musical — Essa esforçada associação, cujomaior mérito é não haver ainda desistido dasua campanha pró arte, no Brasil, deu, nodomingo, mais um concerto excellente. Jaé sabido que não lhe cederam de graça o sa-láo, nem a Prefeitura lhe relevou os im-postos, por ter ousado ella abalancar-se aínzer o que náo fazem os governos federa!e municipal. Em qualquer outra parte dumundo civilizado, essa agremiação seria sub-venclonada con» elemento valioso de edu-cação popular. Aqui, são os governos os prin.cipaes empecilhos á sua expansão. Não fos-sem, com oífeito, os duros ônus taxados pelosgovernos, poderia eissa associação dar maüconcertos, remunerar melhor os artistas, cs-tender seu campo de acção.

No concerto de domingo, cxhlbiram-ssas irmãs Barroso Netto nas Variações vjm*phnnicns, de Ccs?,r Frank, nas Varku;óns so.bre um thema de Beethovcn, de Saint-Saens, e no Schcrzo, do' mesmo autor, todaspara dois pianos. As pianistas sahiram-sooptimamente. Digno de rpta o uso dos pc-daes, feito discretamente, a rigor, de tal mo-do que não houve a menor confusão nu.quatro mãos. Num meio onde o immoder;.-do abiuj do pedal direito é lamentável rc«gra, essa elementar virtude merece louvor,

O Centro teve a louvável idéa de dar-nos tres números em trio, confiando as par-tes ao pianista Mario Azevedo, ao violinistaLambert Filho e ao violoncelllsta NelsonCintra. Piano um tanto for to; mas todos sohouveram bem.

Não posso, todavia, calar meu espantocom aquella Fantasie do Tannhauser! Otrio parecia dessas orchestras de bars, tal amediocridade desse arranjo de opera. Fran-camente, aquillo, em concerto artístico, cs-teve, off-side.

Tambem ojf-síde esteve aquelle O Ci-nario, ensossa composição do Luigl Provesl.Não achou a sra. Margarida Simões coiramenos vulgar? E não acha a distineta pro-fessora ser duro ouvlr-se ainda, cm concertomoderno, árias da T-avlata? Teria a canto-ra parado cm Carlos Gomes, Verdi e Pro-vesl?

Penso que o Centro deveria ser um pou-co mais severo na organização dos program-mas, exigindo dos artistas mais cuidada se-lecção nos números. E' mister, hoje, avan-car um pouco, estimular os espirites com au-dições da época, obrigal-os a melhorar seumodo dc sentir, evolver na linha das con-quistos sempre crescentes. Sobretudo, cortarsem piedade as velharias fanadas irremis-sivelmènte.

O esforço do Centro é admirável c merc-ce todo o noso apoio. Importai seja aprovei-tado do melhor modo.

AZALAN

A minoria parlamentar,A atitude da traçando-sc um programma- ppposição de coherencia com os senti-

mentos geraes da Nação, an-nuncia que não pretende limitar-se aos ex-pedientes regimentaes, nos debates que setravem no Senado e na Câmara, em tornode questões de maior relevo para a politicado paiz. Ate ha pouco, se estranhava, comrazão, aos Democráticos de S- Paulo o pre-cioso alheamento, com que pareciam enca-.ar problemas do xadrez partidário, sem ati-nar com a solução ou a formula de exitoNem se podia comprehenderit-que uma sadi«arregimentação, presumidamente inspiradanas atitudes e nos sentimentos da opiniãopublica, pudesse, passivamente, condicionar-se a um logar secundário de assistente ouespectadora, deante de lutes liberaes, quejomeçam a inspirar os procedimentos e adefinição dos credos e das preferencias.

O sr, Moraes Barros vae oecupar a tribu-na. Com' que intenções, propósitos e íinalida-de interviria nas discussões o deputado pau-lista, — eleito sem compromissos, que não osde seu código republicano, sem appello aaonchavos nem a entendimentos, sem ne-cessidade de encerrar o seu nome nos cir-oulos de bronze, em que se accommodam osfamiliares dóceis do governo ?

O representante de uma prospera zona dogrande Estado do sul náo tomaria atitudesplatônicas, destinadas a um registro leviancna imprensa e sem repercussão na opiniãogeral do Brasil. Para tanto, lhe bastariareeditar os pontos theoricos do programma,3 confortar-se.com a deslumbrante pyrote-.ihnia das promessas inconseqüentes — o luxoamável e pittoresco, interessante e variado,com que muitos entendem em sua língua-gem, cs sagrados deveres de opposlçáo... Acque hontem corria ria Câmara (e só o po-diam dizer pessoas accommodadas á planíciepolitica de S. Paulo) o deputado democra-tico, fiel aos termos de seu mandato, se nãoperderá em divagações inopportunas, friatfou indifferentes: mas focaliyjim n* prrns ria

POLÍTICA pittorescaO Conselho Municipal acaba da abrir a

temporada de 192,9, elegendo a sua mesa.Graças aos cambalaolios da politica pro-

fissional, que explora os eleitoHss de cabres-to, o sr. J. J. Seabra leve de ceder a presi-dencia dessa casa ao sr. Marioli, Mafioli ouMavioli. Se não c bem essa o nome, deveser coisa parecida.

O Districto Federal tem dessas surpre-sas. Aqui, o eleitorado 6 o mais independentee o que dispõe mais livremente do seu vo-to; indo até ao pontot de vcnãel-o.

As eleições cariocas, nem por isso, en-tretanto, deixam de sor as mais verdadeira!do paiz, desde a ultima reforma eleitoral.

Esse caso de agora é bem o testcmurüwda liberdade do eleitorado carioca dc dispordo seu voto, como elle bem entende.

* *Depois de eleita a nova mesa do Con-

selho, nos grupos formados na Gaiola daOuro, surgiram logo os commentarios e nspi evisões sobre a política ão Districto, soui-cas futuras eleições federaes, para renovaçãoda Câmara dos Deputados e do terço doSenado.

Tínhamos ido ali abraçar o Maurício dcLacerda, que fazia annos e sem que pro-curássemos ouvir o que diziam, fomos ou-vindo...

* #Como vae o trabalho do Henrique

Lage?De vento cm popa... Dinliciro liajtil

O Machado CocVio tem homem pela frente...—• Tambem o Lage é insaciável... Quzt

ser tudo neste paiz!_'... Uma verdadeira méga...loma'

nia...

Que fim levou o Pache?O Pache? Está empachado... fiar,

pode gemer...* *

— E em que ficou a senatoria?Vae ser um, parto difficil... O As««

vedo Lima já offereceu até os seus preslhmos de porteiro, para uma cezariana...

* *Afinal, quem è que suslentu o Mo-

zart Lago?O Sampaio...Só?Adia pouco?..,Uhrif Vem muito escoteiro para a /or«

?ureia...* * *

Então. Clapp'pComo vae na corrida?Co?7io »:.'... Sempre abusam das «»"

nlias forças... Tenho de correr o parco cri-dois jockeys... Felizmente, são leves, «<>peso...

Dois jockeys?!Pois não sabe que terei dc carrega

o Jienriquinho c o Mozart?...MARFOKIO

* âífHíaí&í.u/.-, -.i»Wr,W-_.*»___._.;ia-i__Tiífc,_-rJ^,.':i,,. _.. _;__., ¦. _* * * * A vJpÈÊSÜ Ií-1 .

Page 5: A carreira política do sr. Antônio Carlosmemoria.bn.br/pdf/093092/per093092_1929_00264.pdf · 2013-09-11 · Seguros1' — n." 91, anno VIII, de ja-neiro do corrente anno, um commen-tario

,t:...i)^T.li...fw*-M—yr ¦.Pig^jg^ljjiill^

"NOTAS SOCIAES - MODAS QUARTA-FEIRA, 5 DE JUNHO DE 1929 THEATRO

VIDA MUNDANA

ANNIVERSARIÜSFazem annos, hoje;Sras. Aiwão Reis, Luiza üalvão, Es-

ther Duque Estrada o Cella Teixeirarle Carvalho FeiTando; ws. AguiarMoreira e A.iax Dutra da Fonseca c omenino Hélio, íilho do sr; FranciscoCardoso Coelho; a srta. Maria Izabeldo Espirito Santo.

Fez turnos, hontem, o ar. Fran-cisco Acquarone, nosso collega da "ANoite".NOIVADOS

Contrataram casamento o sr. Alta-miro de Oliveira, auxiliai- áo Poc Ro-yal, e a srta. Elza Simões Gomes.

Com a srta. Guiomar Pinna, fl-lha do sr. Sérgio Pinna, contratou ca-somento o sr. Gabino Rodriguez, donosso commercio.

Realiaou-se, iiontem, o enlace ma-'brimouüu do sr. Eduardo Chermontdc Eritto, com a srta. Nallia de Car-valho Kaos, filha da viuva ArthurKaos.

Após a cerimonia religiosa, houverecepção no Hotel Gloria.FESTAS

Commemorando a data de sua íun-riação, o Grêmio Onze d© Junho leva-rã a effeito, no próximo dia 11 do cor-rente, nm grande baile, que está sen-do ansiosamente esperado.

Para esaa festa o traje exigido serácasaca ou "smoking".

I tów de lisA que distribue maior

percentagem emprêmios

HOJEDOIS PRÊMIOS DE

100:0003000Num só sorteio

30$000por

ALMOÇOSOs amigos e admiradores do sr.

Porto da Silveira vão offerener-lhe,antes ile sua partida para os EstadosUnidos, um almoço cm regoaljo pelasua recente nomeação para o cargo dedelegado geral do Serviço do Matenas Américas Central e do Norte.

As listas de adhesões para este aga-pe, quo terá logar a 16 do corrrente,encontram-se com os srs. Berilo Ne-ves, Martino Capistrano e MartinsAlonso.

THE A «IP&

MARILITA pozzoli, poetisa realista e deolamadoraVisitou-nos, hontem, a poetiza e de- l

clnmadora parahybana Marilita T?w,-1zcll, autora dos livros "Peccoües" e|"Ban Io". :

Declamando versos seus c de Bilac,Vicente de Carvalho, Da Costa e Silva,Olegario Marianno, Álvaro Morcyra oioutros, a i>oetlza Marilita Pozzoli jápercorreu 14 Estados do Brasil, pre-tendendo visitar ainda as restantesunidades da Federação.

O primeiro livro do Marilita Pozzoli,escripto em estylo realista, soffreu vi-vos ataques da critica passadisia. donorte, tendo logrado obter, cm com-pensação, lisonjelros conceitos de ai-giins doa espirites mais modernos da-quclla região.

Em seu ultimo livro pôde dizer-seque a poetisa Marilita Pozzoli realizoua 3ua transição para o modernismo,reunindo produeções que pela sua sim-plieidede c pelo seu espirito estariammuito bem dentro de uma anthologiados nossos actuaes futuristas.

Da sua primitiva feição realista,dão bem uma idéa os seguintes ver-sos:'

"MEUS OITO ANNOS

Quando eu era meninatinha uma camisola de fitae ia para todo canto com ella...

Quando havia um casamento,

mít0:- * ÜS' '¦ ' -*W' :*'; ¦•'

Marilita Pozzoli

quando havia um baptisado,eu passava a. ferro a minha camisola

[de fita,e quando, em casa, mamãedizia que eu não tinha roupa,

eu me empertigava toda ,e dizia:"E minha camisola de fita?". Hoie eu tenho tanta roupa

e todas as vezes que quero ir a algu-[ma porte

preciso fazer uni vestido!Porque não liquel menina toda vidacom a minha camisola dc fita?..."Em suas produeções móis recentes, a

srta, Pczzoll exhibe a evolução pro-cessada no sou espirito, alcançando osseus versos, cm alguns casos, um im-bor particular e sensual, como porexemplo, nos 'Gritos de carne moça",em que diz:"O Incêndio dos desejos me abrasa

todo o corpo!E' a queimada bemdicla!

Coito! Lança com os teus beijos,Ua terra promettlda,a semente do Amor!

Trazc o invorno num Beijo!Dá-me um beijo de Vida!Dá-ine a Vida num Beijo!"

Dentro de algiuis dias, o Rio vae teropportunidade de ouvir a encantadorapoética parahybana, que realizará,provavelmente no Lyrico, alguns recl-toes, nos quaes interpretará versosseus e do alguns dos maiores poetas

nacionaes.

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liza, no próximo dia 11 do corrente,ás 17 horas, em sua sede, uma homé-n&gem civica á memória do marinhei-ro Marcillo Dias, com uma sessão so-lenne em que usará da palavra, paradiscorrer sobre a data e a heroicidadodaquelle morujo brasileiro, o sr. Alei-des Bezerra.

A entrada é franca.

VIDA MUNDANA

NASCIMENTOS' O casal Domingos Antônio da Silva-Natalina Costa c Silva l annuncia onascimento da menina Regina Maria.

— Acha-se em festas o lar do sr.Pierre Malta do S4 c do sua esposa,sra. Yára Azevedo Sá, com o nasci-mento do menino Pierre.

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casadas, o sr. Guilherme de Sá e suaesposa, sra. Alzira Queiroz de Sá.

Por este motivo, á noite, o casaluuilherme de Sá recebeu as pessoasde suas relações.VIAJANTES

Chcgcu, hontem, da Europa, o sr.Guilherme Guinlc, director da Cia.Docas de Santos.

— A bordo do "Bagé", é esperado,hoje, da Europa, o sr. Hugo MartinsFerreira, advogado do nosso foro.ENFERMOS

Encontra-se enfermo, em sua resi-ücneia, o sr. Mello Mattos, juiz de me-nores, não inspirando sérios cuidadoso seu estado, que necessita de absolutorepouso.

No Casino

HEMORRHOIDASTratamento racional è nmbulatovo.sem operação o sem dor. DR. LAC-ÜO UOROES (assistente cio dr. Lmutíocirtt. Consultas diárias — Ouri-

ves, 5, sob. Tel. N. C21D.

SUA REABERTURA COM AS"INGÊNUAS DE NOVA YORK"Dcpol* de amanhã inaugura-se atemporada theatral do Casino do

corrente anno. Os empresários deci-diram realizar, ali, espectaculos degrande attração. Assim é que a es-tréa no elegante theatro do PasseioPublico, uma Companhia NorteAmericana de jazz composta de 22figuras, encantadoras "girls" queacabam de obter vivo suecesso noTheatro de Champs Elysées e Empi-re de Paris.

Viaja; essa curiosa e original trou-pe no Lutetia, que amanhã estaráno nosso porto ás primeiros horasdo dia."Les ingenues de New Yory.", no-me sob o qual se celebrizou a"troupe", ficará entre nós somentecinco dias. Trabalharão por sessõesrealizando verdadeiros concertos dejaz, á maneira norte americana, táodivertida e attrahente.

A LOTERIA DE MINAS,pagou o bilhete n. 15.873,premiado com 100 CONTOSna extracção dc 10 de maio,aos srs.: Antônio Carlos deAzeredo Coutinho, residenteá Av. Affonso Penna, 574,B e II o Horizonte, WagnerRoy, residente no Meyer, Rioc dois décimos foram pagospelo Banco de Londres.

MARÍTIMASA CHEGADA DO "BAGE'"

Entra hoje na Guanabara, proce-dnilc da Allemanha, o paquete "Ba-(.¦O", do Lloyd, que vom repleto de via-jantes estrangeiros e nacionaes

O transatlântico tem como 1" e 2"cpnunandantes, respectivamente, oscapitães de longo curso, srs. Jorge Lyrad'Azevedo c João Villa Lobos; chefede rnachinas, o 1" engenheiro machl-nista, sr. Dyonisio d'Araujo; commis-sario sr. Adolpho Ncry. e outros.

O "Bagé", despachado'pelas auto-ridades do porto, encostara ou no ar-mazem 17 ou no 14 do Cáes do Porto.

1NSPECTORES SANITÁRIOS MARI-TIM.OS E O AUGMENTO DOS

SEUS VENCIMENTOSPodemos assegurar que o augmento

ds vencimentos dos inspectores sani-larias maritimos está na cogitação doDepartamento da Saudc Publica e daDefesa Sanitária Marítima, a que, di-rectòmente, estão sujeitos os referi-cio.; funecionarios.

O sr. Newton Campos vem- se es-forçando, encontrando cia parte da-quelle Departamento, a melhor boavontade.

Assim, o memorial pedindo e justi-ficando esse augmento, já se encontraera poder do governo que, por sua vez— informam-nas seguramente — olhao assumpto com caruiho e promettesoluccional-p opportunamente.

NO LLOYD NACIONAL

Uma. revista que trata de assumptosmaritimos, publicou, recentemente,(|iie o Lloyd Nacional está prestes a re-ceber um novo paquete de passagei-ms de nome "Ararauma".

Podemos assegurar, bem informados,t(iie, embora, a construcção de um na-vio com aquelle nome esteja em pro-jocio da directoria de mencionada em-prosa, a respectiva construcção ainda

ão foi iniciada.— Procedente dos portos do sul, con-

(, -inrj~ .. ...•••^m-os vialantes, entrará,hote, ás 15 horas, o paquete "Araça-tuba", que encostará no armazém 11uu ui.ra ul) i-i/no, cie onde. na proxi-ma sexta-f.; ira, zarpará rumo á Por-to Alegre e escalas.

ROL DE TRIPULAÇÃO PERDIDONA CAPITANIA DO PORTO ?

Um official da Marinha Mercou-te, falando hontem, comnosco, quei-xou-se de haver sido bastante prejudi-fado, porquanto a Capitania do Por-Io perdeu o rol de equipagem que lhediz respeito.

O peor é que esse facto se vem re-petlndo com freqüência na Capitaniado Porto.

"REVISTA IUAR1TL\L\ BRA-SILEIRA"

O numero de maio dessa revista es-tá em circulação e, como sempre, trazabundante matéria de interesse dire-cio dos nossos officiaes das Marinhas(le Guerra e Mercante. •UNIÃO DOS S. DO L. BRASILEIRO

Recebemos um communicado desta;.<soclação, que por absoluta falta üc'spaço deixamos de publicar hoie.

IRRADIAÇÕES DE HOJERADIO SOCIEDADE DO RIO DE

JANEIROHora certa ,— Jorrftil

- Supplemonto musical12 horas -

do meio diaaté 13 horas.

17 horas — Hora certa — Jornal datarde — Supplemento musical.

17 horas e 15 minutos — Quartocie hora infantil, pela srta. Stclla Vel-loso.

10 horas — Informações commer-ciaes, especialmente para o interior dopaiz.

18 horas e 50 minutos — Transmls-são em radlo-tclegraphia, do program-ma a ser executado amanhã, no studioda Radio Sociedade do Rio dc Ja-nciro.

19 horas — Hora certa — Jornal danoite — Supplemento musical — Dis-cos.

20 horas e 30 minutos — Program-ma especial de discos.

21 horas e 15 minutos — Ephemcrl-des brasileiras do barão do Rio Bi'an-co — Notas de sciencia, arte e litera-tura — Momentos literários pelo poe-ta Attilio Milano — Radio-Jornal —Ultimas noticias do dia — Commen-tarios — Notas de interesse geral" —Concerto no studio da Radio Socieda-de, com o concluso do sr. De Mar-co. professor Nelson Cintra é orches-tra da Radio Sociedade do Rio de Ja-neiro, com o seguinte programma:

I — Marcucci — Artemisia — Ou-verture — Orchestra; II — a) Leonca-vallo — Zazá — Piccola Tingora; b)Leoncavallo — Matinata, canto, sr.De Marcoé III Arley — Gavotte

Orchestra; IV — Solo de violoncel-lo — Professor Nelson Cintra; V —Alberniz — Cordoba — Orchestra.

INTERVALLOVI — Tosti — Serenade — Orches-

tra; VII — Ponchielll — La Giocon-da — Monólogo — Sr. De Marcoé VIU

Ponchielll — La Gionconda — Da-mas das Horas — Orchestra; IX —Tosti — Ideale — Sr. De Marco; X

Fr. Manoel — Hymno Nacional —Orchestra.

RADIO CLUB DO BRASILDas 13 ás 13,10 — Boletim commer-

ciai e noticioso.Das 13,10 ás l4 horas — Programma

de discos variados.Das 16 ás 17 horas — Programma

de discos variados.Das 17 ás 17,10 — Boletim commer-

ciai e noticioso.Das 19 ás 20,30 — Concerto da or-

chestra do hotel Avenida — Notas deinteresse geral e discos variados noslntervallos.

Das 20,30 ás 20,55 — Programma dediscos variados.

Das 20,55 em diante — Audição aoGrupo Pery Cunha, composto de 10elementos de musicas regionaes.SOCIEDADE RADIO EDUCADORA

DO BRASILDas 18 ás 19 horas — Program-

ma de discos variados.Dos 20,30 ás 21 horas — Program-

ma de discos Parlophon.Das 21 ás" 21,15 — O quarto de hora

Philips.Das 21,15 em deante — Transmls-

são integral do concerto em ré, paraviolino Op 77 de Brahmis — DiscosColumbla.

O studio e a secretaria da Socieda-de Radio Educadora do Brasil acham-se abertos das 16 horas em deante, narua Treze de Maio n. 44, 2" andar, té-lephone Central 3227.

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GUARDfl-UVGuarda-livros, com longapratica de commercio,acceita escriptas de qual-quer ramo de negocio. Car-tas á V. F. neste jornal outelephonar para C. i0824

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No MunicipalAMANHA, ESTRÉA DO GUITAR-

RISTA SAINZ DELA MAZAEstreará, amanhã, no Municipal, o

extraordinário guitarrista hespanhol

Sainz dc Ia Maza

Salnz dela Maza, cujo nome é já con-sagrado no Velho Mundo.

O programma é interessantíssimo,nelle figurando Hendel, Bach, Mozart,Tarrega. Malats, Torropa, Albeni.z,Villa Lobos e Tiuine.

Do noüso grande Villa Lobos, Sainzdela Maza, tocará composições ine-ditas.

No Theatro RecreioTRANSFERIDA PARA AMANHA, A"PRE1VJJÉRE" DE HOJE

O grande publico carioca, que, comtanto vivo interesse está aguardandoas primeiras representações da ultra-moderna revista. '-'Vamos deixar de in-timidade... ", firmada pelo brilhanteescriptor e poeta Olegario Marianno,com "4 sketchs" cômicos de Humber-to de Campos, o príncipe de nossos hu-moristos, — esse publico sempre on-thusiasta pelos espectaculos deste thea-tro, terá, amanhã, impreterivclmente,satisfeita a sua justificada curiosidadeem torno de mais esta peça do consa-grado cantor de "Cigarras", que, com"Laranja da China!", se firmou navanguarda de nossos melhores e maisapreciados revistcgraphos."Vamos deixar de intimidade...",que uma deliciosa musica voe animare exaltar em todas as suas passagens,executada pela victoriosa "The Re-creio Jazz" e firmada" pelos festejadoscompositores Jullo Cristobál, Sá Pe-reira e Ary Barroso, vem cercada demuitos e importantes íactores de sue-cesso, dos quaes vale destacar: Inter-pretação pelo 'melhor e mais completoelenco que se tem organizado no Bra-sil; montagem apparatosissima, emque o luxo e arte da indumentária, sobfigurinos admiráveis de Luiz Peixoto,se vae harmonizar á scenographia demestre, que é, a de Jayme Silva, o qualpintou, para esta peça, 32 scenas ma-glstraes, sendo o único a engrande-cel-a com a sua arte privilegiada.

Diga-se, tambem. que a platéa ca-i-ioca uma vez mais vae ter opportuni-dade de recrear o espirito com a "ml-se-en-scene" de Ricardo Nemanoff,que está cheia de evoluções e rythmosnovos.

João de Deus, fará a sua "rentrée"no cargo de director do scena, e LiiiBrennier reapparecerá no desempenhode excellentes papeis.

Em "Vamos deixar de intimida-de...", dar-se-á, ainda, a estréa dedois novos artistas, quaes sejam o jo-ven actor Luclo Albuquerque e a bri-lhante cantora e bailarina norte-ame-rlcana Mary Swanson. que nestes doisactos teta actuação destacada e efíi-ciente.

Tudo, emfim, indica um suecesso rui-doso á "premiére" dc amanhã notheatro Recreio, que vae ficar, fácil áprever com a sua lotação completa-mente esgotada.

A Agencia Internado-nal de Autores já depo-sitou as procurações quea habilitam como repre-sentante de diversos

paizesO sr. Américo Roper.ce, director da

Agencia Internacional de Autores,nesta capital, já tem depositado naCensura Policial, para o effeito depercepção legal das pequenas c gi-nn-des direitos, as procurações que habi-litam essa Agencia, como represen-tante das sociedades de autores

*e com-

positores músicaês argentinos, norte-americanos, italianos, hespanhoes, ai-lemães e austríacos. Assim, tambem,agiu, em relação a sociedades conge-nêres de autores dramáticos france-zes, hespanhoes, argentinos, italianos,norte-americanos, etc

Temporada officialA GRANDE COMPANHIA FRANCE-

ZA DE FERAUDYA companhia que este anno nos

trará M. Feraud será constituída dcelementos de valor da scena dramáticaíranceza como sejam Margueretc Ro-manne, Lucienne Cauvieres, JeauMax, Germalne Geranne, GenevieveDubrcuilh, Henry Darbrey, MartheAlicia, Jacques Tarrlda, Gabriellc Cal-vi, Luclen Gadry, Emlle Ronet, FloreDavray, Leon Guy, René Delslne,Marc Darnault, Jacques Ener, LouisSaize, Luce Beniod, Aime Clarionddo Odeon de Paris) e René Debrenne.

O repertório é o seguinte: Les affai-res con les affaires, Primerose, LeBonheur du Jour, Paraitre, Eusebc,Jaz^, Lc Genre de M. Poirier, Poli-che, Je fAttendals, Mademoiselle deIa Selgliere, Le Procés de Mary Du-gan, Le Marchand de Paris, Sebas-tian Brichanteau, L'Ami Fritz, LaNouvelle Idole, La Beaulé du Dlable,Les Caprices ae Marianno, Le Medo-cin molgré lui, Le Marche, Le Voya-ge de M. Perrichon. Le Scandale, La40 C. V. du Roi, L'Avare, Ccs damesaux Chapeaux Verts, Monsier Broton-ncau, Le Condottiere.

No Theatro Phenix"COMO SE FAZ UM HOMEM", E'

O PRIMEniO CARTAZ"Como se faz um homem" é o ti-tulo da nova peça, esta de verdadeirogênero livre, que irá á scena no Thea-tro Phenix, na sexta-feira próxima."Como se faz um homem" é a rai-nha dos peças dc gênero livre, espi-rituoslssima c póde-se afirmar, semexàggero, que é uma gargalhada deduas horos.

A distribuição da peça está feitade molde a que os artistas da com-panhia gênero livre possam llvremen-te dar expansão aos seus tempera-mentos. Theda Diamant, á grande"divette" de revista; tem nesta peçapapeis interessantíssimos.

Finalmente, vamos ter'no Phenixespectaculo de verdadeiro gênero 11-vre, como são representados nos gran-des capitães européas, e quadras denu artístico como nunca foram vis-tas nesta capital.

S. «JOÃOO SANTO DAS SORTES

CENTRO LOTERICOO DISTRIBUIDOR DAS SORTES

Quando fôr comprar o seubilhete, para as grandesLoterias de São João lem-bre-se do

CENTRO LOTERICOá travessa do Ouvidor, 9

No Theatro LyricoABRE-SE, HOJE, A ASSIGNATURA

PARA A "TOURNE'E" MILTONConforme temos noticiado, estréa

no dia 6 de julho, no theatro Lyrico,a Companhia Franceza de Come-dias Musicadas e operetas modernas"Tournée" Milton, que é sem receiode contestação a melhor e a maiscompleta que tem vindo á Americado Sul. A Empresa, procurando at-tender a commódidade do publico,abre, hoje, uma assignatura de dezrecitas á base de vinte e cinco milréis a poltrona, preço mais que mo-derado e que é possivel somente noTheatro Lyrico, por ser grande asua lotação. Em Buenos Ayres a mes-ma companhia vae trabalhar ao pre-ço de dez pesos ou sejam trinta eseis mil réis na nossa moeda.

Traz a elegante troupe repertóriomodernisslmo, sendo todas as peçasde grande suecesso do theatro pari-siense. As des recitas dc assignatu-ras serão dados com Broadway, Gos-se dl Riche, Elle est á vous, Passiò-nement, Quand on est trois..., Passur Ia bouche, Un bon garçon, Lulu,Comte obligado, Deshabillez-vous.

Um dos grandes attractivos daCompanhia serão as toüettes dasactrizes, vestidas modelos das maisaf amadas casas de costura de Paris."DEMÔNIO", HOJE, PELA ULTIMA

VEZ"O Demônio", a empolgante peçade Ramada Curto sobe, hoje, á scena,

em reprise no theatro Lyrico, sendoessa irrevogavelmente a sua ultimarepresentação. Amolia Rey Colaçoencarna o typo de'uma mulher per-versa e o íaz com tamanha arte etamanha perfeição, que quo.si afastada sua pessoa a aura da sympathia-que os seus demais trabalhos lhecriaram. Isso retrata a exceUenciada actriz que, com Robles Monteiro,vem realizando uma das mais bellastemporadas de declamação a que oRio tem assitido.

Para amanhã está annunciado "Ocnso do dia", outra grande criaçãode Amélia Rsy Colaço. outro exccl-lente espectaculo da magnífica "trou-pe" portugueza, encerrando essa eu-cantadora comedia a serie de repri-ses promettidas ao publico.

Depois de amanhã, sexta-feira, terálogar a primeira representação dacomedia de Louis Verneuil, "Casascommigo", que foi em Lisboa um dosultimos suecessos tía Companhia, tra-tando-se como se trata dc uma daspeças mais interessantes do moder-no repertório írancez.

Berta SingermanSABBADO ESTRÉA A CONHECIDA

DECLAMADORA

Berta Singerman, a illustre decla-madora argentina, que i todo o Rioconhece, de volta de sua "tournée"pela Europa, estreará sabbado, no pai-co do Lyrico.

No Theatro S. JoséOS PRÓXIMOS ESPECTACULOSOs espectaculos da Companlüa de

Theatro Cômico no S. José tem ocondão especial de cada vez mais In-teressar o publico, como ora se veri-íica."Não posso viver assim...", o en-cantador sainete brasileiro, originalde Miguel Santos, vem sendo repre-sentado para casas cheias, nas duassessões habituaes, ás 4.20 e 8.20.

Hoje, suas ultimas exhlbições, vol-tando ao cartaz, na quinta-feira,"Coitado do João!", uma dos maisengraçadas peças do repertório.

Isso devido ao sainete argentino"Como é bom ser mulher!...", cujasprimeiras representações estavammarcadas para esta semana e quetiveram de ser odiados para a pro-xima segunda-feira, por não querero prof. Eduardo Vieira precipitar osensaios, para melhor harmonia sceni-ca dessa hilariantissima peça, extra-mento movimentada em suas compli-codas situações vaudevillescas.

Manoellno Teixeira, Manoel Durãcõe Affonso Stuart têm a seu cargo ostres papeis de importância, tres pa-peis intensamente cômicos. "Como ébom ser mulher!...", que CelestinoSilva traduziu e adaptou, deve con-stituir, segunda-feira, um exlto abso-luto de riso para o novo cartaz doTheatro S. José.

Na tela, o São José exhibe :0 pas-Sado não morre", da Fox, com MaryAstor, e "O capitão Lash", tambemda Fox, com Victor Mac Laglen eClaire Windsor.

Segunda-feira, com a renovação doprogramma, "Amores de Carmen",super da Fax( com Dolores Del Rio,Victor Mac Laglen e Don Al varado.

No Theatro CarlosGomes

O SUCCESSO DA GRANDE REVIS-TA ORA EM SCENA

"Guerra ao mosquito!", é p gritoque se houve em toda parte. E' acampanha contra o transmissor da fe-bre amarella ? Náo. E' a peça cem queestreou no Carlos Gomes, a compa-nhia Margarida Max, da parceria fa-mosa que nos tem dado as melhoresprodueções no gênero ultimamente.

A revista tem um luxo asiático, sócomparável ao delirio das montagensperisienses.

Depois deve se levar em conta umdesempenho por "azes", no gênerotheatral que explora a empresa M.Pinto & C. Margarida Max e PintoFilho, formam uma dupla respeitávelna .actualidade theatral. Dora Brasil,Edith Falcão, Elsa Gomes, Guy Mar-tlnelll, Sarah Nobre, Danillo de OU vel-ra, Grijó Sobrinho, João Martins, LuizCalazans. Pedro Dias, Rubem Lorena,Sanurelll e Olavo de Barros, que tam-bem é o ensaiodor do poema, são >>sartistas que levarão "Guerra ao mos-quito !" oo centenário.

Alcazar Palácio

UM GÊNERO INTERESSANTEBreve, a Empresa Jannini e Comp.

inaugurará, no antigo Palácio Club, oAlcazar Palácio, no gênero "Varieté".Já estão sendo feitas as adaptaçõesnecessárias no prédio, onde funecio-nará, á ma do Passeio n. 40, porcima do Palácio Theatro.

O Rio terá mais uma casa de es-pectaculos no gênero ainda não co-nhecido nesta Capital.

A Empresa Jannini e Comp. en-frentou muitos obstáculos para aore-

RIGN0T E ARRACHARDLONDRES, 4 (Havas) — Telegram-

ma de Karachi annuncia que os avio-dores 'fioncezes Rignot c Arrachard,quo haviam descido ali em boas con-dições, hontem, á noite, levantaramvôo esta manhã, com destino a Alia-habad.

FALLEC1MENTOSApós prolongada enfermidade, fal-

leceu, ante-hontem, em sua residência,á Avenida 28 t»e Setembro, 320, a sra,.Amélia Kopke Duarte Pinto.

Seus funeroes realizaram-se, hon-tem, saindo o ícretro da residência re-ferida para o cemitério dc São Fran-»cisco Xavier.

MISSASRezam-se. hoje, missas por alma das

seguintes pessoas:Miguel Mello, ás 10 horas, na igre-

ja da Candelária;— Anna Luiza da Fonseca, ás 7.30

horas, na igreja do Bom Jesus doMonte.

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VIDA PROLETÁRIAUMA ASSEMBLÉA NA UNIÃO RE-

GIONAL DOS OPERÁRIOS EMCONSTRUCÇÃO CIVIL

. Escrevem-nos:"Esta União convida a todos os

seus associados a comparecerem agrande osesmbléa geral ordinária quese realizará, amanhã, 6, ás 17 horas,afim de tratai-mos de assumptos im-portantes que bastante interessam anossa corporação.

A Thesouraria convida todos ossócios que se acham em .debito comesta União, a virem prestar suas con-tas. Avisamos que qualquer compa-nheiro que não tenha prestado suascontas no proso de 15 dias de ac-cordo com os estatutos, seus nomesserão publicados e soffrerão as pe-nalidades previstas nestes casos.

Convidamos o companheiro ManoelFerreira de Sousa, a comparecer comurgência nesta Sede.

O 1° secretario

FEDERAÇÃO DOS ESPORTES PRO-LETARIOS DO RIO DE JANEIRO

Realiza-se, hoje, ás 13 horas emponto, a assembléa gcrúl ordinária,cm continuação para a discussão eaprovação dos estatutos.

OS TRABALHADORES EM CONS-TRUCÇAO CIVIL EM CAMPOGRANDE — MATTO GROS-

SO, DECRETARAM AGREVE GERAL DO

TRABALHO* DO BRA-SIL

Enviaram-nos o seguinte telegram-ma:"Construcção civil declarou grevegeral, contamos solidariedade Coníe-deração".

AC. G. T. do Brasil respondeu:"Confederação completa solidorleda-de, 'enviem detalhes marcho movi-mento, orientação aqui.

A greve dos trabalhadores em cons-trucção civil de Campo Grande —Matto Grosso, era um facto esperadodeante do relatório apresentado pelosdelegados daquella localidade no Con-gresso Operário Nacional, realizadonesta Capital.

Os trabalhadores em construcçãcde Campo Grande, vem sendo vlcti-mas da mais desenfreada explora-ção, tendo chegado o momento dose unirem declarando a greve ge-ral, único meio de deterem a fúriacanlbalesca patronal, que naquella lo-calldade longínqua mais se evidencia,principalmente neste momento, emque a capital da republica tem sidotambem theatro da mais inlqula re-acção contra os trabalhadores, oque multo concorre para animar áexploração contra o proletariado, mastambem digamos, concorrerá grande-mente para unir os trabalhadores detodo o Brasil, o que positivamente vaeconseguindo a Confederação Gerai doTrabalho, com o apoio constante quevem recebendo dos trabalhadores detodos os recantos do Brasil.

AC. G. T. do Brasil, inteiramen-te solidaria com a greve dos trabalha-dores em construcção civil de CampoGrande — Matto Grosso, appello pa-ra o proletariado do Brasil, para queestejam attentos ao movimento ini-ciado por aquelesl companheiros e quenão se faça demorar o nosso concur-so no momento reclamado.

Companheiros, tudo pelo victoriados companheiros em construcção ei-vil de Campo Grande — Matto Gros-so!

Avante o patronato graphlco deSão Paulo, que já estão iniciando oaccordo com os companheiros daquel-Ia Industria!

Viva os trabalhadores em constru-cção civil de Matto Grosso!

Viva a confederação Geral do Tra-balho do Brasil!

Viva o proletariado do Brasil!Pela Commissão Executiva — O Io

Secretario.

sentar no Rio representações comoas do "Moulin Rouge" e "Casino".de Paris, com todo brilho e fausto deindumentária e "mis-en-scene", as-sim como poses plásticas por lindas"girls" vindas de Paris e de BuenasAires, dando opportunidade de apre-sentar os melhores artistas de varie-dades á culta platéa desta Capital.

Assim sendo, contará a Empresa.Jannini e Comp. com o apoio da Im-prensa em geral, para que sejam co-roados de êxito as suas representa-ções.

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SPORTS QUARTA-FEIRA, 5 DE JUNHO DE 192í> SPORTS

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O juiz Carliio Rocha não viu o que trinla mil pessoas viram!JOC-SOC->0C 30C_>OC_JOC_>OC_30C==OC_30—_^=0<_=o<-_)1)<: ocí-^c 30C=30C=>0C _. orr~¦-" '"' '"¦ "•" >p< '"' "" "" •"•" > fr*~"11 "" "" ""—r-inc^—0(=3QC

AlfredoO Fluminense possuo ayora

um novo ccntcr-forwarcJ... . .Foi aquelle que Jogou tiomin-

go contra o Syrio.Em nada ene se parece tom

o antigo commandante do utaquetricolor e isto 6 motivo du ju-bilo para todos, pois possuiu-do um club um bom elemen-to, este se torna necessário nasrepresentações officiaes da çl-dade ou do palz, c, porta; ito,todos devem reconhecer numsportmen o valor verdadeiroque possuc, não como defensordo club "a ou b", mas, õim,como um cultor do sport. E'isto que fazemos nestas Unhas.'

Alfredo, jogando domingocontra o Syrio, mostrou cia-ramente que possue todos ospredicados necessários para ,crum grande "center" e que, sejá não se tornou ha mais tem-po, é porque não havia umavoz que o obrigasse a corrigir-se dos seus defeitos...

Correr em demasia, abusan-do da sua formidável reslsten-cia, driblar muito, recorrendo,para isto, as suas grandes capa-cidades que ninguém lhe negao, finalmente, não "passar".apelota, o que só fazia quandojá cansado de driblar.

Tudo isso Alfredo supprimlu,no domingo ultimo, e por este

¦ motivo pode-se-lhe mostrar cia-ra e nitidamente que, actuan-do para o futuro dessa forma,só poderão lucrar elle e o seuclube.

Elle, porque aperfeiçoará osseus grandes conhecimentos ío-otballisücos e o seu club, por-que contará com um perfeitochefe de ataque. '

Se elle pudesse ter assistidoao seu Jogo de domingo, esta-mos certos de que ficaria ad-mirado do football que piatl-cou.

Os que tiveram opportunída-de de assitir a jogos do nu-minense, com os melhores"cencers" do Rio, ficaram sa-tisfeltos de ver que o lognr, cmque estes tanto brilharam, se-rá oecupado dóra avante porum suecessor digno.

JOKOTO'

O campeonato de athle-tismo da Escola de Me-

dicinaOrganizado pelo C. A. A. Medicina

uerá levado a effeito no próximo do-mingo, dia », ás 9 horas da manhã,nu estádio tio Fluminense F. C oCampeonato de Athletismo da Fucul-daue de Medicina.

O torneio está despertando vivo in-teresst! nu; meios acadêmicos, sendogrande o numero de athletas inseri-ptoü, muitos delles pertencentes aosclubs da Amea.

iAssistirá ao Campeonato o professorAbreu Fialho, director da Escola deMedicina e patrono da prova de hon-ra. C .programma c o seguinte:

f.OO horas — 110 metros — Barrei-raí> — Lançamento do peso.

!'.]*'¦ — 100 metros preliminares —Salto em altura.

U.ao — li.OUO metros rasos — Lan-comento do dardo.

9.45 — 400 metros rasos — Soltocorn vara.

9.50 — 100 metros final.10.00 — 800 metros rasos.10.05 — 200 metros — Lançamento

do dlsoo.10.15 — Salto em distancia.10.30 — Prova de honra — Prof es-

sor Abreu Fialho — Campeonato daEscola de Medicina.

Revezamento 4 :: 320 metros.As inscripções acham-se abertas até

ás 5 horas do dia 7, na sede do ClubAthletico Acadêmico de Medicina.

BATEMOS PALMAS, HOJE, AO AMERICA F.CQuasi toda a imprensa já noticiou, de

envolta com os mais justos encomios, ogesto do America F.C, pondo sua pra-ca de sports á disposição da Directoriade Instrucção Publica Municipal paraos exercícios physicos das creanças es-colares.

Fugiríamos ao programma que nostraçamos e que felizmente temos obser-vado com o máximo rigor, se não jun-tassemos os nossos, aos applausos ge-raes, despertados pela elogiosa atitudedo campeão do anno passado.

A critica severa, impenitente mes-mo, que temos feito aos administrado-Sf_30—=so—»o<—=>oc~íoctoocxidoc—>oc—:joc-- Soe—ioc—o<—=>oc

res do America, determinada por sua in-feliz idéa de excursionar ás republicasplatinas, com o sacrifício da própria di-gnidade, em obediência a necessidadessubalternas, põe-nos á vontade para te-cer encomios a um acto acertado dessesmesmos cavalheiros, agora, nessa emer-gencia, felizmente, bem orientados, oque se deprehende dos termos do of-ficio dirigido ao,.director da InstrucçãoPublica, a que o sr. Lafayette GomesRibeirq appoz sua assignatura.

Essa, sim é uma atitude digna doclub tão cheio de tradições gloriosas,cujo desvio, ao mesmo tempo que acer-bamente condemnavamos, éramos osprimeiros a lamentar, como admirado-

res de verdade do velho America, fulgu-rante de laureis, entre os grandes clubs,que mais se acreditaram no conceito pu-blico.

O reingresso do valoroso campeãodo anno passado, na senda, da qualnunca o quizeramos ver afastado, naestrada real da patriótica e nobre cam-panha sportiva, festejamol-o jubilosa-menter formulando sinceros votos paraque os inspiradores dos dirigentes dogrande club, continuem a ser sempre,dagora avante, da mesma elevação de-mentalidade, manifestada nesse gesto,que vale por um impulso heróico para osòerguimento do grêmio rubro, na opi-nião valiosa do grande publico.

^Ol—-IOC—>|1< IOC—1O—30C 301—)OI—50C—IO—30(—)OC—OC—IOC ">o—— —o< io——oc—ioc—,oc DOC->OC—>0<—%0—"SO-=30~^30<~30—= OC3O

Associação de Chronis-tas Desportivos do Rio

de JaneiroCom o resultado dos jogos realizados

no dia 2 de junho, a classificação dosconcurrentes as taças abaixo, ficaramsendo as seguintes:

TAÇA "AMERICA F. C."1"—Adaucio de Assis 6—762"—Ernesto Loureiro 5—733"—Alberto Monteiro 8—724"—Francisco Gusmão. . . 0—665"—Oliveira Santos 5—660"—Eduardo Magalhães. . . 5—657"—Ferreira Gomes 5—658"—A. P. Carvalho .' 5—639"—José Pitkler 5—6310"—Grámury 5—6.111"—Paulo Lyra Tavares. . . 6—6212"—Antônio Velloso 3—6113"—AUgúàtd Bastos 6—60H"—.1. Mello Júnior 3—59if¦•—Aloysio Aífonsèca 3—5916"—Attlla cie Carvalho. . . 4—5817"—Octavlo Silva 3—5718"—Antônio Sàritasusagna':. 6—5619"—P. Moraes Cardoso. . . 3—5620V-Bapttstá Franco 3—5521"—José Nascimento 3—5522'—Muni-ini Serôo da Motta. 4—5423"—Celio Barros 3—5424"—Zolachio Diniz 3—5425"—Eduardo Maia 3—5326"—Nelson Lourenço 2—5227"—Luisi Vianna 2—5228"—Ramcs Nogueira 1—5229"—Georglno S. Perez 2—5130"—Ahlizio M. Tavora. . . 2—4!)31"—Cdrrâá Lc.cl-_s 2—4732"—Antônio Figueiredo 2—4533"—Saldanha Júnior 1—4534"—Jorge Roxo 1—4435"—A. Cardoso Machado. . 3—4336'Carlos Alberto 0—4337"—Antônio F. Costa. . . . 3—4238"—Manfredo Liberal 1—41

Rccordmèn'— Scores (8), AlbertoMonteiro; pontos por dia de jogos, Au-gusto Bastos, média 3x6.

TAÇA "A. C. D."1"—Roberto Canongia 7—752"—Segada.1: Vianna 6—753"—Albertino M. Dias 6—744"—Rubens P. Souza 6—735°—Alcides Sanches 4—716"—Jorge Moreira 4—667°—Humberto Câmara. . . 3—648"—Rubens do Couto 4—639"—Eugênio de Oliveira. . . 3—62

10"—Lindolpho Ribeiro 4—6111"—D. Figueira Almeida. . . 4—6112"—Genezio Ribeiro 2—6113"—Humberto Coulomb. . . 3—5914"—Jasmino Rocha 3—5815"—Rhode da Silva 3—5816o—Carlos Cabral 4—5617"—Jorge Merker 3—56

Botafogo F. C.

TREINO DO 2° QUADROReallzar-se-á, hoje, quarta-feira, 5

do corrente, ás 16 horas, um rigorosoensaio de conjunto, entre os amadorescomponentes do 2" quadro de footballdo club, para o qual o DepartamentoTechnico solicita o comparecimentodos amadores abaixo escalados:

Team Verde: — Bocttcher, Teté, Pi-za, Affonso, Nabuco, Soares, Adalber-to, Paulinho, Braga, Castro e. Luiz No-bcs.

Team Preto c Branco: — Ribas, An-dré, Vairõo, Dlogencs, Emani, Samuel,Felix, Baptista, Jolibel, Hamilton eBebê to.

Reservas: — Castro Lima, Moacyr,Lauro, Álvaro, Simas, Leão e Corbal.

Confiança A. C.ASSEMBLÉA GERAL (ULTIMA

CONVOCAÇÃO)De ordem do sr. presidente convoco

tedes cs associados do club em gozodos seus direitos paar a sessão de as-sembléa geral a rcallzar-se no dia 10do corrente mez, ás 20 horas, com aseguinte ordem do dia: eleição parapreenchimento de cargos vagos noConselho Deliberativo e interesses ge-raes.

CONSELHO DELIBERATIVODe ordem do sr. presidente convoco

os srs. membros do Conselho Delibe-ratlvo do Confiança Athletico Club,afim de se reunirem, amanhã, dia- 6do corrente mez, as 20 horas, afim deprocederem a eleição para o preenchi-mento de cargos vagos na directoria.

Antônio Cordeiro, 1" secretario, in-lerino.

LIVRARIA ALVESLivros collegiaes e acadêmicos. —

aUA DO OUVIDOR. 166.i^mLm .m^. *.*•+•+•**¦•*¦*>¦*-*+***•*******

17o—Paulo Gomes ,2—5319"—Alberto Portella 6—5520"—J. Rodrigues da Motta. 6—5521"—Oscar Chaves 3—5122o—Marcionillo Cunha. . . 2—5323"—Augusto Chaves í—5324"—Deusdtdit Motta 2—5125"—Benedicto Sarmento. . . 4—5026"—Samuel Babo 3—5027"—J. B. Amaral. ...... 1—4928"—Mario Vllella. ....... 2—4729"—A. P. França 2—4630"—Francisco Tavares 3—4331"—Edgard Brandão 2—41

Record—en — Scores (7), RobertoCanongia; pontos por dia de jogos,Jasmino Rocha, média 3x0.

30C—>•<—30C 501 _—OC-IOC-IOC->OC

AS GRAVES OCCORRENCIASVERIFICADAS NO JOGO VAS-CO X AMERICA FORAM RE-GISTRADAS NO RELATÓRIO

DO REPRESENTANTE!Soubemos honteh, á ulti-

ma hora, de fonte que nosautoriza a passar aos nos-sos leitores, a nota sensa-cional de que, o represen-tante do jogo Vasco x Ame-rica, sr. Humberto Maia,pertencente ao C. de E. doFlamengo, havia feito nos e u relatório referenciassobre o oceorrido no estádiode S. Januário, quando alidisputavam o jogo officialdomingo ultimo, os clubsacima.

Accrescenta a nossa in-formação que sobre Wal-ter, Joel e Pepico pezamgraves aceusações, comoprincipaes autores do queali houve.

Dado o facto de ter ojuiz, sr. Carlos Martins daRocha, silenciado sobre ocaso, esta noticia toma fô-ros de sensacional !

Amanhã voltaremos aoassumpto com toda a ver-dade.

— Q< IO( io<—io<—io——o——oc—ioc—>oc

O match de . sabbadopróximo entre os boxea-dores Joe Assobrab e

Andrés MiguezSabbado próximo, dia 8 do corren-

te, o nosso publico pugillstlco teráoceasião de assistir a uma importan-te competição de box entre dois no-tavels cultores da arte que destacouJack Dempsey como uma das figurasmais populares do mundo inteiro.

O interesse despertado na cidade earrabaldes pelo match de sabbadopróximo, entre o campeão nacionaldos pesos leves, Joc Assobrad, e o ex-campeão sul americano Andrés Mi-guez, será a garantia de que a reuniãoalcançará o exito esperado pelos pro-motores, tanto mais que ella reúneainda outros nomes consagrados emnossos circAos pugilisticos, taes comoo hespanhol Ângelo Sobral, o sul-africano Peter Johnson, e os nacio-naes Euzebio Máximo c BalthazarCardoso.

O campo da rua Moraes e Silva,local onde será realizado o sensaclo-nal match,-está recebendo novos me-lhoromento de adaptação, de manei-ra a permittir maior conforto aosamantes do violento sport. O publi-co que ali comparecer sabbado pro-ximo, terá a opportunidade de veri-ficar os intuitos por todos os modosdignos do empresário que pretendeapresentar o esforço de um trabalhohonesto e capaz de merecer os ap-plausos sinceros dos apreciadores danobre arte.

Uma Liga de "amado-res puros"...

Este titulo que ahi vê o leitor, éo que pretendem fazer, actualmente,na Argentina, alguns clubs, dos chu-mados "grandes".

A noticia que nos chega, diz queuma vez organizada a tal instituição,a maioria dos cracks que actuam na"Associaciòn Amatcurs" passará aformar nas fileiras da nova liga.

Cremos não ser necessários acre-scentar mais nada...

Apenas, que a noticia é encabeça-da por esta phrase bem suggestiva:"Lo que no veremos".

Que "record"!O jogador inglez E. J. Norris,

center-íorward" do Windsor F. Oi,acaba de ver realizada a ambição desua vida. bem entendido, de sua exis-tencia de jogador...

Durante o match que o seu teamdisputou com o Eton F. C, no qualoecupou seu posto de costume, cen-ter-fonvard", teve opportunidade demarcar vários pontos, com os quaes,ao finalizar o jogo, disse haver con-seguido perfazer a formidável sommade 500 goals.

Que "record"!

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premiado com 400 contos,nas extrações de 22 e 24

do corrente. 3 sorteios

S. Christovão A. C.ASSEMBLE'A GERAI, EXTRAOR-

DINARIA

(I* Convocação)De ordem do sr. presidente convido

os srs. associados quites á reunirem-se em assembléa geral extraordinária,que se realizará, hoje, 5 do corrente, as20 1|2 horas.

Ordem do dia:a) — Concessão de títulos honorifi-

cos;b) — interesses sociaes.J. Castcllo Branco, secretario geral.

Federação Brasileiradas Sociedades do

RemoDe ordem do sr. presidente, convido

os srs. membros do Conselho de Jui-gamentos desta Federação, para umareunião, na próxima quinta-feira, 6 docorrente, ás 17 horas e 30 minutos, pa-ra tratar da seguinte ordem do dia: —Renuncias.

Secretaria da Federação Brasileiradas Sociedades do Remo, 3 de junhode 1929. — (a) José Maria Porto, 2"secretario.

¦>l>C=30C~)OC—»0——OC-50C->0——0——OC-IO—— OC

socrrjoc-^

Silencio infeliz!Embora acossados pela voa

quasi unanime da opinião pu-blica, até a ultima hora aguar-damas, serenos, a atitude dosr. Carlos Martins da Rocha,com relação ás scenas deplora-veis que se verificaram no sta-dio de São Januário, ao ter-minar a partida dos quadrosprincipaes do club losal e doAmerica F. C.

O prejulgamento do acto dojuiz aflgurava-se-nos coisa In-compatível com os cabedaes dujustiça, sobre os quaes construi-mos na vida os alicerces danossa independência moral.

Não demos ouvidos á voz pu-blica. sarcástica lia impenlten-cia dos seus conceitos e mor-daz em prever a impunidadedos culpados, dadas os condi-ções especiaes que desfrutamelles, mais em relação á cffl-ciência sportiva dos clubes pre-vllegiodos que ás suas própriasposições na sociedade.

Agora que a summula do jo-go já foi entregue á Associa-çfio Metropolitana, sem que emsuas linhas se fizesse ouvir uvoz justiceira do juiz, relatandonos seus aspectos reaes as oc-correncias reprováveis presen-ciadas por mais de 30 mil pes-soas e inobservadas pelo ir.Carlos Martins da Rocha, nãopodemos deixar de -manifestaro nosso desapontamento, tan-to mais justificável quando sen-timos ainda o éco das inten-ções moralizadoras da Amea,discutindo om suas sessões ha-bituaes a possibilidade de co-dlficação penal para o chama-do jogo bruto no football 1

De uma coisa deve estar ab-solutamente certo o sr. CarlosMartins da Rocha: que real-mente Pepico e Walter se em-penharam durante quasi todoo transcurso da partida, emdesmandos e brutaljdades quemereceram do próprio juizblandiciosos advertências quese repetiram desnecessária-mente, por isso que elles o nãoattendiam, talvez por saberemque afinal tudo acabaria bem,e que Joel provocou um tu-multo para cujo abafamento sefez mister a presença enérgicada cavallaria!

Esse silencio accommodatlclodo sr. Martins da Rocha teveduos conseqüências immediatar,e importantes: a primeira, criarcm torno do sr. presidente daAmea uma situação ar.mistio-sa pelas suas responsaplUda-des, no presente momento, pa-ra com a opinião sportiva doseu paiz, e u segunda, i fixarainda com cores mais vivas, asemente odiosa da descgualda-de na distribuição da justi,'i.cujo symbolo deixará de seruma venda para ser uma cs-cala por onde se deverá aferiro valor dos clubes que hajtimde ser punidos...

GRAMURY

O campeão disputará oresto do campeonato no

seu próprio campoAttendendo ao pedido feito pelos

jogadores de seu primeiro quodro. oAmerica F. C. desistiu de disputar oresto do campeonato no stadlum doVasco, como era conhecimento do

publico.Este pedido,dos "amadores ame-

ricanos" prende-se a um facto aliás,justo, que é de estarem sempre comaquella multidão, que é a torcida,vascaina contra o seu pavilhão, devi-do ser elle o mais serio candidato aotitulo máximo.z_o——o—=>oc—ioc—io——oc—ioc—:oc—l

NTO COMMERCIAL.Et/

&•-;

r

ffl

CAMBIOO mercado de acmblo funcclonou,

limitem' estável e sem movimento-çilo de negócios de Interesse, tantono bancário, como no particular.

O Banco do Brasil Kaccou a 5 01(61o os demais a 5 15110 d. com dlnhcil-ro para o particular a 5 247|256 ri'.O merendo fechou em especlatlva demelhortis.

Os soberanos regularam a 415300 n42VK.-J, a libra papel de 415450 a41t500„ o dollar á, vista de 8*430 a8J470 e a prazo de a»320 a 85370.

A DO d/v.Londres 5 59J64 a 5 61|64Paris 3328 a 5329Nova Yorlc .. .. 8*320 a 8S370Canada 85370

A' vistaLondresParisNova York ..ItáliaPortugal .. ..Províncias .. . iHespanha .. ..Províncias .'. ..E. Aires (papel)SulssaB. Aires (ouro)Japão Montevldéo ..Sue<| a .. ..Noruega .. ..Kollunda .. ..Dinamarca .. .,Canada Bélgica (papel)ChileSyrlo.Bélgica (ouro)Rumanla .. ..Slovaquia .. ..Áustria .. ..Allcmanha ., ..Café

27|32 a$330 a

85430 aS442 aS381 a8390 h

15200 a1*210 a35560 a15625 a

3.1800 a8S270 a3*264 a2*256 a3*305 a2*253 a

5235 a

1$175 a$053 aS250 a

1*190 a2*014 d

5 7|8«333

8S470$4455387$41)0

1S2201Í2153*5751Ç63.Í851MI83810854 00242702527035410'2527085470

S23.V.Í1S040S332

1S178S0!K5251

1519325031

$331Saques por cabogramma:

:A' vistaLondres .. ..ParisNova York ,.Itália Hespanha .. ,SulssaBelgtca (ouro)Bélgica (papel)NoruegaPortugal .. ,.Hollanda .. ..Canada .. ..Japão B. Aires (papel)SuéciaNoruega .. ..Dinamarca ....Montevldéo ..Allemanha ....Slovaquia .. ..Moedas estrangeira

Banco do

5 27132$334

8$5D0$4451.*,

152051S6451Í1B**)

$2372S275S384

Sítio&S50O3)18203S5302$2752S2752S275'•.$3H)25023

S250s cotadas peloBrasil

5 13]10 a$332 a

C$455 a$445 a

1$632 a

3*370 a

2S010 a

Libras (papel) 415450Dollar (ouro) —Dollar (papel) S.5G0Peso Uruguay /ouro) .. .. 8S34QPeso Argentino (ouro) .... 3S58.5Peseta 1S334lüscudo .. .' 3411Franco S340

Llrá $451Marco —1SO0O ouro 4S5S7

BOLSAO mercado da bolsa funcclonou.

hontem, ainda pouco movimentado,o com os negócios realizados empequena escala, sobre os vários tltu-los em evidencia. As apólices1 aoportador estiveram em alta e bemcollocados. As munlclpaes ficarammais ou menos firmes, assim comocs demais papeis cte Importância,conforme so vê abaixo:

VENDAsApólices:D. Emissões, port., 104 a .. 76i$000Idem, ldem, 264 7G2S0C0Idom, ldem, 41 763S000Obrl .gThes. 80:000$, a .. 975S030Idem. 80:000$ 976$00UObrlg. Kodov. pt. (IE) 100 a 747SO0OIdem Perrov. (3E) 12 a .. .. 9761000Estacniaês:E. E. Santos, d^í 4 a .. .. 72OÍO00E.. do Rio 4%, 10 a .. .. 103Í000Munlclpaes:Munlclpaes, 1917 pt. 18 a .. 159*000Idem, 1906, pt., 50 a .. .. 17OS0OOldem. 1914, pt., 50 a .. .. 170$000Munlc. <?06 pt. (d. 1623) 69 154SOQOIdem 8% pt. /d. 1933) 38 199*000Idem, /d. 2093) 2 a .. .. 199$0.'iOIdom, (tí. 1933) Ia 200*000Idem 7% Pt. (d. 209-7) 10 0a 174*000Idem (d. 1948) 100 a .. .. 175$000Idem, ldom 65 174J500

Bancos:Banco Portuguez, cI50, 30 a..102*500

Diversas:Petropolis (19181 40 a .. .. 180S0OODeb. Bellas Artes. W> a .. 222fJ0OOD. de Santos, nora., 4 a.. 352Í0OOIdem, pt. 4 358*000Deb. Conf. Indust. 100 a .. 186ÍOOO

OFFERTASVenci. Comp.

Emp. Nac. 1903. pt. 7725000 —D. Emissões pt. .. 7644!'O0 762$00.*>Obr. Thes. Nac. .. 9775000 9765000Idem Ferrov. (IE) 9805000 975*000Idcm, idem, 2» .. —Icfem, ldem, 3" .. —Munlclpaes do Districto Federal:Municipal 20 £ ri, 650$0X) —Idem, ldem. port. ~Idem, 1906, pt. .. 17OS000 1693000Idem, 1917, pt. .. 159SO0O —Idem, 1914, pt. .. 1G7SO00 —Tdem, 1920 nom. —Idem, pt 155$ÔiM 154S00OIdem, 7ÇJ 1535 .. 178$O00 177Í000Idem. ldem, 1623.. •— —Idem, 1550 179SOC0 1758000Idem, 19234 2OOSO00 199SO00Idem (d'. 1999) .. 177$50O —Idem, 7%, dec. 194B 1748000 —Idcm. (cl. 2093) .. 2003000 199$00OIdem, 2339 174S0OOIdem, 2097 1755500 1745500Municipaes dos Estados:Bello Horizonte .. — .Pref. Ptrop (1918) 1S5.*,000 1B0S0O0Pelotas 8% 930&000 —

E. Santo, 1:000S,6% —•

Idem, ldem, 8% .. 9105000 —M. Geraes, 1:000* n. —B. Jan., 500$ 5% 5005000 —Idem, 5O0S, 3623000Idom, 1005 ÍOJJOOO 102*000E. do Firahy, 8% 70*000Bancos:Brasil 468*000 46OMC0Commerclo ¦—Commerclal 225*000 221S000Funcolonarios ... 65S0aj —

Portuguez c|50 103SO0O 102SOÍMPortuguez pt 217S000 2155000Mercantil 52OSO00 —Boavlsta ' .. —• 600*000Tecidos:America Fabril ... 230$O*K) 2205000Brasil Inudst 4005000Cometa 180SOO3 —Fetropolitana .. .. 1985000 —Progresso Indust. .. 240*000Estrada de Ferro e Carris:S. Jeronymo .. .. 795000 7830)0D. Santos, nom. .. 352*000Idem, port 3605000 3585000Caxambu' ' 120*000Phymatozan .... 4205(100Mestre Blatgé .... 260S000Goyaz 18*000 9S0MVict. Minas 35*000 18*000D. Bahia 45SÜ00 415000Terras Colon 9*500Dcbcntures:T. Alllança .... —Corcovado ...... —D. Santos 16SP00 —Conf. Industrial .. 187*000 186500JMercado —Bcilas Artes .. .. 225SO0O 2225003Nova America .. .. 1:005S 1:003$üanufactura .. .. 1605000 '—Tljuca 19OS0OO 180*000Fluminense P ,B. .. 75SOOO —D. Bahia 120SOOO 113ÍOO0Ind. Mineira .. .. 1904000 —Mestre Blatgé .. .. 1945000 190SO0UMageense 150SO00

CAFÉ'O mercado do café funcclonou,

hontem, calmo c com os preços semalteração, conservandoo typo 7 Asua anterior cotação do 405000 porarroba. O movimento de procurapara novos negócios esteve sem In-teresse, tendo sido vendidas na aber-tura do mercado 2.086 saccas o du-rante o dia mais 388, no total de2.474 ditas, fechando o mercado malcollocado e frouxo.

O mercado a termo na primeirabolsa funcclonou calmo o sem ven-das a prazo o na segunda fraco ecom vendas do 6.-000 saccas a prazo

ESTATÍSTICAEntraram 6.953 saccas, sendo 2.530

pela E. F. Central do Brasil, 2.123pela E. F. Leopoldlna e 2.300 peloudiversos Armazéns Reguladores cAutorizados.

Foram embarcadas 4.127 saccac,rendo 1.511 para os Estados Um-dos, 2.316 para. a Europa. 100 psrao Rio da Prata e 200 por cabotagem.

O stock, de hontem, era de 315.043saccas. contra 298.367 ditas, no ariltópassado.

CotaçõesDisponível (arroba):

Typo .. 423000Typo 4 .. ,. .. .. ,. .. 41*500Typo 41*000Typo 405500Typo 405000Typo 395000Typo 7 anno passado .. .. 39*400Typo 7 anno passado .... EPauta (27|5 a 2 de-Junho). 2*710Imposto Mineiro (maio) .. 4*570

COTAÇÃO DO CAFÉ»DA BOLSA DK MERCADORIA!)

A TERMOPrimeira liolsa". C.

Junho 23S975 26537aJulho i .. .. 26*800 265600Agosto 2GS175 2S3000Setembro 26*000 25*825Outubro 25*800 25$900Novembro 25*000 25*500

Vendas —Mercado — Calmo.

Segunda lioliaV. C.

Junho 26*875 26*655Julho 26*700 :16«S53Agosto 265100 255850Setembro 25*900 255600Outubro 25*800 24$«'luNovembro 25*550 25$500

Mercado — Fraco.Vendas — 6.000 saccas.Rio — Mercado de hontem, 4 de

Junho de 1929. ,Preço typo 40SOOOVendas ató as 10 1|2 hora3 2.0815Idem, durante o dia .... 3S1

Total |:. .. 2.4l<Mercado — Calmo.

MERCADO DE SANTOS

AGENCIA'Gtf?a

mpuí(id0a^^*\W,REVIÍTAS'íS__i§»/] 3sil»a_í_ }

tarase

PÚBÍÍlJ[0Í5|

)FElíPP_!E.cíeLlA\ALarüo do Capioca-Id-SobradoTel.C.0178 - rio dè Janeiro

Entradas .. 25.11.1Desde o dia ». 50.73B

Media 16.912Do dia 1 do Julho .. ,. 8.200.947

Media .. 24.483Idcm o anno passado .... 9.302.459Saldas 6.986Desde o dia 114.632Do dia 1 de Julho 8.110.634Idem o anno passado .. 9.337.373Existência 1.135.739Idem o anno passado .... 939.794Preço typo 33*300tdem o anno passado .. 33*500

Mercado — Calmo.Vendas (a termo) .... —Embarques 11.640Existência para embarques 1.136.938

O mercado de assucar continuou,hontem, sem despertar Interesse porparte dos compradores, em vista daatitude assumida pelo "truts" açam-barcante que alnd'a conserva os pre-ços pouco acqulcesslvcls, razio pelaqual os negocio» realizados poram dopequena monta.

O mercado a termo somente func-clonou na segunda bolsa e peraly-sado.

Entradas:De Campos —De Sergipe —De Pernambuco ;.. 9.52!iDe Maceió 750

Total ., 10.270Saldas ".. .. .. 7.660Existência 147.310Preços branco crys-tal Nominal

Crystal amarello .. NominalMascavinho 46SO00 5050003" Jacto 44*000 46SOOOMascavo 385000 42$OO0

Mercado — Paralysado.MOVIMENTO DO ASSUCAR

A 1'ERMOSegunda Bolsa

V. C.Junho 59S3O0 54S5')0Julho 58S000 515000A(;c«to .. • 57*000 £0*000Setembro 55S000 495500Outubro 53$8iM 48SO00Novembro 53M00 47*000

ALGODÃOO mercado de algodão apresentou-

se, hontem, com o mesmo aspectodos outros dias, Isto é. frou::o e melcollocado, em razão d retrahlmentp.Is interessados aguardando melhp-•os expectativas de negócios. Os pife-;os não soííreram alteração., nao'.ondo funcoionado o merciado a'firmo.Eiitriicliis Fardo»'3o Maranhão —

Dó CeaJá —Do Parahyba — .¦3e Pernambuco ....... —">o R. G. do Nrte .... —3o ParA 125jo Sergipe —

Total 125oflJdas .. 340Existência .. 9.833

TrcçosSertões, typo 4« c, 2' 42*000 43SO00li sert., typo c, 1» 41*000 428000Medianos, typos 6 o 375000 38*000Tvno 5. 1" NominalTypos 5. Norte .... 39$O0O 40*000

Mercado — Frouxo. —¦

MOVIMENTO MARÍTIMOENTRADAS DO DIA 4 |

"Araçatuba" paquete nacional,procedente de. R. Grande."Gral. Belgrano" paqueto alie-mito, procedente de B. Aires."Madrld" paquete allemao, proce-dente de B. Aires."Cap. Arcona" paqueto allemao,procedente dç Hamburgo."Florida" paqríeto írancez, proce-dente do Gênova."Valparaiso" paquete sueco, pro-cedente de Stolcolmo."Crlgovstar", paquete Inglez, pro-cedente de Scotte."Itaglba", paquete nacional, pro-cedente de P. Alegre.."Gal. "Mltre"

paquete allemao,procedente de Hamburgo."Sáo João" hiate nacional, proce-dente de Cabo Frio."Martha Washington", paqueteItaliano, procedente de Triestre.

SAÍDAS DO DIA 4"Madrld" paquete allemao, para

Ercmen."Werra", paquete allemao, para B.Aires."Potyguar" hldro avião nacional,para Porto Alegre."Alice" paqueto nacional, paraSantos."Florida" paquete francez, para B.Aires."Gal. Belgrano" paquete allemao,para Hamburgo."Cap. Arcona" paquete allomao.ptra B. Aires."Martha Washington" paqueto Ita-llano, para B. Aires.

VAPORES ESPERADOS DURANTEO MEZ DE JUNHO

"Astrlda". Antuérpia .. 5"Bagé. Hamburgo .. .... .. 5"G. Mltre". Hamburgo 5"Lutetla". Bordéos 5'R. Crown", CarcUíf 5'Southern Cross", B. Alre3 .... 5"Carl Holpcke", Laguna 5"Itapé", Rio Grande 5"Miranda" Laguna .. £'•Enblé", Hamburgo 6"Itatlnga", Cabedello 6"Mantiqueira": P. Alegre .... 0"Argentina". Hamburgo 7"Artemlsla" Hamburgo ""CorHlcan Prlncle", R. Prata .. 7"Indlnn Prlnce" N. Yorlc .... 7"Murtinho", Reclíe 1"Crolx". R. da Prata fl"Alte. Jaceguay". Belém .. .. >l"Itauba", Aracaju' , .. 8"Itapagé", Bolem 8,"Itajubá", P. Alegro .i 8"Recife", Sul 8VAPORES A SAIR, DURANTE

O MEZ DE JUNHO"Oranla". Europa ., .. .... 5"R. V. Eugenia" Barcelona .... .**"Iraty", Iguape 5

"Itapema", R. Grande 5"Southern Cross', N. York .... 5"Icarahy", Caravellas 5"Itassucé", P. Alegre o"Cte. Capella", P. Alegre e'Itnpauy", Imbltuba o"Providencia", Amarração .... c"Uça". P. Alegre 6"Araçatuba", P. Alegre o"Miranda", Laguna 7"Rodrigues Alves", Belém .... 7"Itaglba", Recife .. .. 7

PAUTA MINEIRAINSPECTORIA FISCAL DO ESTADO

DE MINAS GERAESCafé — Imposto de 7 "l0 e taxa u»

vlaçfto.Arrecadação do dia 26:6005£0ODe 1 a 107:0555400Em egual período do

anno passado .. .. 150:8695000Pauta semanal

A vigorar da 4 a 10 do corrente:Café pilado, kllo , 2*820Idem torrado, moldo ou não 4$400

CÃES DO PORTOSITUAÇÃO DO CÃES HONTEM

A'S 10 HORASArmazém 1 — Chatas diversas cio

do "Lima"; vapor nacional "Ipa-nema", cabotagem.

Armazém 2 — Vapor nacional"Etha" cabotagem; vapor nacional"Providencia", cabotagem; tiaclo-nal "Belmonte", cabotagem.

Armazém 3—Vapor grego "Atreus;chatas diversas c|c. do "Trou-badour".

Armazém 4 — Vapor nacional"Pranahyba"; vapor sueco "Valpa-ralzo".

|_3RRE_J

B&HERM.STOLTZ&CojH|MM AVENIDA,66. «R

Arm&eem 5 — Vapor nacional"Poconé".Armaaem 6 — Vapor noruegueí"Salta"; chatas diversas cie. do "W.

B. Munson". desc. arm. ínt. 1.Armazém 7 — Cliatas dlvcrtra

c|c4 do "Severa"; vapor belga "Tu-nlsler".

Armazp.ra 8 — Vapor allemao "Al-blnglo"; chatas diversas c|o. do"Belvodere".

Armazém , 9 — Vapor allemãj"Nlederwald".Pateo 10 — Vapor allcmio "San-

ta Fé"; chatas diversas c|c. do"West Kenne"; chatas diversas do"Pon tor".Pateo 10 — Vapor grego "Eftlehla

V-rgottl.Pateo 11 — Vapor nacional "S?.-

verno", babotagem; hiate nacional"Eva", descarga de sal.Pateo 13 — Vapor inglez "Stro-

ma", descarga dé trigo.Armazcm 16 — Chatas diversas

c|c. do "Almanzorá", desc. P. s|rágua.

Armatwm 18 — Chatas díverssat|c. do "Pan America,".

Praça. Maua — Chatas inversosclc. do "Troubadour", descarga d»óleo.

MALAS POSTAESO correio geral expedirá as sw

gulntes malas postaes:DIA le!

Pelo "Miranda" para Itajahy, Fio-rlanopolls, o Laguna: Impressos atéás 7 horas do dia 7; objectos pararegistrar ate as 18 horas do dia 6;cartas para o Interior da. Republicaaté ils 7 1|2 horas do dia 7; ldeiu,Mem, com porte duplo até ás 8 bo-ras do dia 7.

Polo "Mantiqueira" para Bahli,Maceió e Recife: Impressos até as 7horas do dia 8; objectos para regls-trar até ás 18 horas do dià

'7; car-tas para o Interior da Republica atiás 7 1|2 horas do dia 8; ldem, idem,com porte duplo até ás 8 horas dodia 8.

ALFÂNDEGAEXPEDIENTE

Tendo em vista o que ficou apu-rado no processo d'e apprehcnsãon. 110, de 1928, relativamente aocontrabando de 2 peças de tecido doseda, oceultas em caixas de cebolasvindas da cidade de Pelotas no vapornacional "Araçatuba", entrado nesta

?orto em Junho do referido anno de

928, conforme decisão da Inspecto-ria, de hontem, o lhspéòtcV baixouportaria prohlblndo a entrada n»Alfândega e suas dependências a Da-mocrlto Jorge e J. £\ Pêra.

— Ao dlrector da Receita íol enca-mlnhado o requerimento cm que Oporteiro da Alfândega, Eugênio Jo»"*d'e Souza e Almeida, soUcita no ia.-nistro da Fazenda o pagamento d»quantia de 7905000 ,que despendeucom a acqulsiçáo de objectos meu-dos e de prompto pagamento, par»o expediente e serviços da Alfândega,nos mezas de Julho, agosto e setem-bro de 1927, a titulo de Indemniza-cão, visto ter o Tribunal d'e Containegado registro á despesa cm causa.

•¦ f« ,.\\l'*.r.'. . .< • , .,

Page 7: A carreira política do sr. Antônio Carlosmemoria.bn.br/pdf/093092/per093092_1929_00264.pdf · 2013-09-11 · Seguros1' — n." 91, anno VIII, de ja-neiro do corrente anno, um commen-tario

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INFORMAÇÕES DE TODA A PARTl. QUINTA-FEIRA, 23 DE MAIO DE 1929 VIDA CARIOCA 3:rss

A mwesmímk da belleza nacíonalem Galveston Soí recebida of f ícíalmente em N, YorkIOC 101—30< '"' '"<• Doczruocnso'MISS BRASIL"

NO RIO GRANDE SURGE UMA

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CHteSU HflHTEM j HOVfl YORK, SEM TOI EHTHUSlflSTlCfiMEHTEQUESTÃO EM TORNO DO FILM "ÁS MAIS BELLAS" - A SENHORITA CONNIE BRAZ DA CUNHA PATROCINARA' UMA

FESTA DE CARIDADE NO DIA 8 DE JUNHOA srta. Olga- Bergamini dc Sá,

"Miss Brasil", chegou a Neva York,pela manhã, á bordo do paquete"Western World", recebendo aindaali, antes do seu desembarque, os cum-primentos do cônsul geral do Brasil,sr. Sebastião Sampaio e sendo em se-gulda, saudaria por um representanteda Munson LIne e outro do BiltimorcHotel.

Diversos navios fizeram apitar suassereias, cm homenagem á "Miss Bra-sil", quando o navio avançava para adoca do Hoboken, New Jersey.

Pelas communicações chegadas aoRio, quanto á organização do pro-gramma das fc3tos em homenagem áembalxatriz da belleza brasileira, ho|c,acompanhada dos " Comitês "<*bfficlale de sua recepção, a srta. Bergaminide Sá, escoltada pela sua guarda po-licial, se dirigirá, ao meio-dia, para aCity Hall (Palácio da Municipalida-de), onde lhe será dada recepção peloprefeito Walker. Essa autoridade re-c-ebel-a-á na escadaria que dá para agrande praça, fazendo-lhe, ahi mes-mo, a saudação official, em nome dacidade de Nova York, que a conslde-rara, nesse momento, "sua hospedebem-querida".

Cercada dos mesmas solennidadcs,com que se dirigiu á Municipalidade,a srta. Bergamini, ainda acompanha-da de sua comitiva, se dirigirá ao Cor-po de Policia cia cidade, afim do agra-decer, pessoalmente, ao prefeito Gro-ver Whalen. tambem'' presidente docomitê official. as excepcionaes mani-festações com qus se viu acolhida peloelemento official e população da maiorcidade do mundo:

No grande salão dâ' honra do Boltl-more Hotel, ás 19 horas, será offere-cido á "Miss Brasil", um banqitete deduzentos talheres, a que estarão pre-sentes as primeiras autoridades do Es-tudo e da cidade, os directores dosgrandes órgãos de imprensa, c as íi-curas principaes da sociedade nova-yorkina.Essa homenagem terminará com um

3 czzr» o <=> o o o <z=> o <m> o <=> o <=> o czzz> o cz

0 GENERAL AARON SAENZRETIRA A SUA CANDIDATU-

RA A' PRESIDÊNCIA DOMÉXICO y

B. I. E. — (México, 21) — A cam-r.unha política presidencial reiniciou-.se cem toda intensidade. E' sem du-vida alguma o acto da mais altatranscedencia a atitude do generalAaron Saenz retirando do quadro po-lltico a sua candidatura á presidênciac!a Republica para o próximo periodo.A Convenção dc Queretaro trouxe aopinião publica, cer'a inouletude; poispreviam-se situações difficeis a en-írentar. O compromisso moral aceitopelc-j dois candidatos do Partido Na-cional Revolucionário, generaes OrtizRubio e Aaron Saenz, de acatar a de-ci;-.ão dos convencionaes íoi no emtan-to uma garantia dc paz e de elevadocivismo para fcstc partido que repre-senta a força mais cffectiva e que her-dou os princípios mais sólidos da Re-voluçáo. Tanto o general Saenz comoo general Ortiz Rubio deram um altoexemple de disciplina politica c res-peito ã opinião publica, antes, duranteo depois da Convenção. ¦ Conscientescia grave responsabilidade dos . seusrespectivos partidos que tinham sur-gido do próprio Partido Nacionai Re-volucionario, devido á discrepância naConvenção, suspenderam toda a acti-vidade politica afim de não diminuiri«m«i!i-< nem attencões ao governoconstituído. Este foi hontem, o gestocio sr. Vasconcellos, candidato do Pnr-tido Anti-reelccionista. Agora que no-vãmente se começa a effcctuar a pro-paganda eleitoral, o general Saenzconfirmando a sua integridade e dis-ciplina, renuncia a- sua candidatura.

Isto eqüivale a dizer que dc accordonora o compromisso contraído acabade reatar o nome de Ortiz Rubio parapresidente da Republico-. Como ambossão do mesmo Partido a atitude dogeneral Saenz. ante a crescente e po-pular sympathia que conguistou Orti?Rubio, é uma consagração definitivaao honrado politico michoacanò, dccuio triumpho já não se pôde duvidarc cm cuja acção fundam-se as maioresesperanças.

Ferido na costella com umtiro de pistbla

Hontem, á noite, no botequim "Li-uerda.de", á rua General Bruce n. 2,o mecânico da fabrica dc vidros Es-berard, Antônio Ávila Soares, soltei-ro, de 18 annos dc edade, residente ãrua' São Januário ri. 282, por um mo-tivo íutil, entrou a discutir com. Ro-berto de tal,, mais conhecido por "Mi-nciro", cx-empregado daquella 1'abri-ca, hoje, trabalhando na firma Pa-checo Moreira,

Pouco a pouco a contenda se foi tor-nando acalorada c em meio da mesma"Mineiro", que se achava armado deuma pistola Mauser, ameaçou a ÁvilaSoares.

Este, conhecendo os inslinctos san-guinárlos do adversai-los, temendo-omesmo pela sua robustez, abandonouo botequim e ao chegar á rua deitouí\ correi'; em demanda da fabrica, on-de ia se homisiar.

"Mineiro", indignado com a fugacio mecânico, perseguiu-o e alcançan-do-u, desfechou-lhe um tiro que o foiatMngir na região carotldiana.

Ferido gravemente, Ávila Soarescaiu ao solo banhado em sangue, em-quanto "Mineiro", tomando o rumodo traplclie de carvão em que traba-lha, desappareceu.

O ferido foi soecorrido pela Assis-tériolá e recolhido em seguida ao Hos-pitai de Prompto Soccorro.

A policia do 10" districto, que tomouconhecimento do facto, está no en-calço do criminoso.

numero de forte emoção: a lllustre efestejada pianista brasileira Dyla Jo-setti executará o Hymno NacionalBrasileiro, de Gottschalk.

Um espectaculo de honra terá logar,em seguida, no Theatro Nova Amster-dam, O grande empresário PlorenzZiegfeld, que destinou as frisas e ca-

marotos do seu theatro ás mais íor-mosas jovens de Nova York, preparaverdadeira gloriíicação á "Miss Bra-sil", devendo se fazer, nessa opportu-nidade, a sua apresentação á alta so-ciedade que, para esse fim, ali estaráreunida.

Amanhã, a srta. Olga Bergaminiempregará o seu dia em visitas pes-aoaes e á imprensa.

Sabbado, "Miss Brasil" será recebi-da cm Christidora House. como hos-pede de honra da Sociedade de PoetasGulld, que commemorará, nessa ocea-sião, a Semana da Poesia Norte-amc-ricana, convidado o cônsul geral doBrasil pronunciará uma conferênciasobre a poesia do Brasil e de Portugal.

"MISS PERNAMBUCO" VAE PA-TROCINAR UMA FESTA DE

CARIDADENo dia 8 de, junho próximo, reall-

zar-se-á nos luxuosos salões do Bota-íogo P. O um attrahente festival —tarde dansante — em beneficio doGrupo Escolar "Martins Júnior".

"Miss Pernambuco",.a linda senho-rita'Connie Braz da Cunha, convida-da pelo corpo docente daquelle gru-

i po. escolar para patrocinar a festivl-| dacie, aceitou a distlncçâo de auxi-i liar, com todo o seu empenho, áquella

; instituição infantil..| As "misses estadoaes que ainda se| encontram no Rio íoram especial-| mente convidadas.I UMA COMPLICAÇÃO POR CAUSAI • DO FILM "AS MAIS BELLAS

DO RIO GRANDE DOSUL"

No Rio Grande do Sul acaba dci surgir uma complicação em torno do! film As mais bellas do Rio Grandt: do Sul, que fora tiraío quando da: escolha daquella que devia represen-

tar o grande Estado no concurso deMiss Brasil. Variai pessoas se dizem

. proprietárias da pellicula, oecupando-! se o Diário de Noticias, de Porto Ale-

gre, do facto, nos seguintes termos:"Por causa do recente concursoda mais bella do Rio Grande doSul, foi confeccionado, * como é sa-bldo, um íilm clnematographlco, queapanhou todas as provas daquelleimportante concurso, ficando aindadiversos aspectos da estada das "mis-ses" nesta cidade.

Depois de exhlbida nos cinemas lo-cães "Guarany" e "Central", destacidade, íoi aqueila pellicula objecto deduas demandas judiciaes, nas quaes:se verificaram diversos incidentes.

E' o caso que a 3 de abril ultimo,o sr. Bruno Costa foi a juízo e ex-hibindo diversos documentos, em ia-ce dos quaes allegava ter constituídouma^sociedade de facto com o sr.

José Ignacio Picoral, para a coníc-cção do alludido íilm, requereu aosr. Henrique 'de Casaes, supplente

em exercicio do 2:" Juiz distrlctal des-

ta capital, como noticiámos, uma res-tituiçáo de posse contra José A. Pi-coral, pae do sr. José Ignacio Pico-ral, sob a allegação de ter o mesmoesbulhado a sociedade na posse damencionada pellicula.

Este pedido, que foi feito pelo sr.J. Galvão Alvares de Abreu, advo-gado de Bruno Costa,- foi deferidopelo sr. Henrique de Casaes, quemandou expedir mandado de posseem favor de Bruno Costa, sendo adiligencia efíectuada no mesmo dia 3de abril e appreendlda a pellicula empoder da firma Sirangelo & Irmãos,que a recebera do sr. Ernesto Grie-

i^JãmüWrrrTmi<rvmrri,nwtmi-mm*tt™*iim >caaa»aa-.^3.^ggmaB=Be"^«^^«=^-,^--^g'g^

DIÁRIO CARIOCA^^##»#####»######l######»»######»#*^»»*»»#***

¦**

\E' vendido na Capital e emNictheroy a lOO réis e no

interior a 200 réis

I beler. para a sua exhlbiçao.i Achava-se já o film sendo exhlbi-i do por Bruno Costa,- em Pelotas,i quando, a 10 de abril, Ernesto Grie-í beler requereu ao sr. Henrique de'. Casaes a reconsideração do manda-i do passado a favor de Bruno Costa,

por ter comprado o film de José A.Picoral, conforme recibo que Junta-va á sua petiçáo. Em vista disso íoireconsiderado o mandado, sendo awellicula appreendlda em Pelotas eintregue a Ernesto Griebeler. |

Bruno Costa constituiu, então, seuadvogado o sr. Itlberê de Moura, quejuntamente com o advogado J. Gal-vão Alvores de Abreu, dirigiu ao sr.Amado da Fonseca Fagundes, 1." juizlilstrictal, longa petição, na qual, de-poi» de contestar a reconsideraçãofeita pelo sr. Henrique de Casaes ede juntar diversos outros documen-lo/, pedia fossem inquiridas testemu-nhas no sentido de ser provada a fa-var de Bruno Costa a propriedadedu film em questão.

Ouvidas as testemunhas arroladas3 salientado pelos srs. Itlberê deMoura e Galvão de Abreu que, nãotendo sido rena a cltaçáo do réo nosentido formulado ao 2." juiz, não ha-via sido firmada a sua competênciapara decidir sobre o caso, o sr. Ama-do Fagundes, em face da prova pro-duzida, determinou fosse expedido

I novo mandado de restituição do film"As mais bellas do Rio Grande doSul", em favor de Bruno Costa.

Expedido o mandado, foi o íilmnovamente appreendido no Coliseu, a22 de abril, e entregue a Bruno Cos-ta, que o está exhibindo neste Es-tado.

O sr. José A. Picoral constituiu,agora, seus advogados os srs. Adroal-do Mesquita da Costa, Antônio Por-tas e Anor Maciel, e o sr. ErnestoGriebeler constituiu os srs. Faustode Freitas e Castro e Paulo Francodos Reis para defendel-o na acçãopromovida por Bruno Costa, a qualestá proseguindo em seus termos le-gaes."

0 SR. HENRIQUE LAGE OF-FERECERA' UM BANQUE-TE AO COMMERCIO PAU-

LISTAS. FAULO, 22 — (A. B.) — O sr.

Henrique Lage, presidente da Compa-nhla Nacional Costeira, offèrecerá, a24 do corrente, um banquete ao com-mercio paulista nos salões do ClubCommerciai. Contam-se acima de 200os representantes do commercio c daindustria paulista que comparecerão,

O sr. Henrique Lage pronunciaraum - discurso sobre . as condiçõesactuaes da marinha mercante nacio-nal e as difficuldades com que vemlutando as empresas brasileiras de na-vegaçáo.

— I ¦.¦;-¦¦!„- -- -,.-¦- -v.v aBSB ¦-.-..-"¦¦ ,'1'--- .'T-:'.- .1- .,,--:¦,¦-.,- ...»U4.MllMiU^^^

AINDA A SCENA DE SANGUE DA RÜA SETE DE SETEMBROFoi hontem preso "Cabeça de Ovo", um dos indigitados autores materiaes do crime

I .¦¦¦!! .... .«—II I "¦!¦ ---'

O SR. MARIO RODRIGUES FOI POSTO EM LIBERDADE

30C=OC=30C30C=30C=>OC=>OC30Cr30C=30C=)OC=>0<=>OC=50C=>OC=>OC=)OC=>.

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0 HORRÍVEL DESASTRE DE HONTEM NA RÜÂCONDE DE BOMFIM

Conforme publicou em primeiramão o DIÁRIO CARIOCA, hontem,foi preso pela madrugada, quandoencerrávamos os nossos trabalhos, oIndividuo de nome Carlos José deCarvalho, ex-investigador de Policia,mais conhecido pelo vulgo de "Ca-beca de Ovo", que dá tambem pelonppellido de "Carlinhos" c aponta-do como um dos aggressores do sr.Carlos Pinto.

Vale a pena narrar as peripéciasdessa prisão. A policia tinha razãopara suspeitar que "Cabeça dé Ovo",após o bárbaro crime, se tivesse ho-mlsiado cm Merity, um dos, subur-bios mais afastados da Leopoldlna.

Pela madrugada de hontem, indoáouello subúrbio um investigador dapolicia, ali deparou com um individuoque lhe fez recordar o seu antigocompanheiro de repartição, contraquem tinha ordem de prisão. EraCarlos José dc Carvalho, o "Cabeçade Ovo*'.

Chamou-o á fala o investigador, eo culpado, que era passageiro de umautomóvel que por ali corria, mandouo chauffcur tocar, sendo trocados ti-ros entro elle ¦ e o investigador queo perseguia, l

Em meio do caminho, o persegui-do saltou do automóvel.

O policial bateu o local sem o me-nor resultado, resolvendo, por fim,communlcar-se com' a 4," DelegaciaAuxiliar, pelo telephone.

Avisada a repartição central, estabe-leceu-sc desde logo vigilância intensanos pontos em que poderia apparecerpara homisiar-se "Cabeça ds Ovo".

Assim nas immediações das residen-cias de todos os seus parentes foramcollocados policiaes.

Essas diligencias surtiram o resulta-do esperado, pois, cerca das 2 horas damadrugada de hontem, quando o cri-minoso passava pela travessa S. Dio-go, dirigindo-se para a residência desua sogra, á rua Nabuco de Freitasn.,158, casa 6, íoi preso por investiga-dores que ali aguardavam a sua passa-gem.

FOI POSTA EM LIBERDADE AMULHER DE "CABEÇA DE OVO*'

A' noite, depois de redusidas," atermo, as declarações de "Cabeça deOvo", íoi posta cm liberdade sua es-

Pondo fim ao vexamePORTO ALEGRE, 22 — CA.

B.) — Noticias vindas dc Ita-quy informam que esteve na-quella localidade, o medico J.Garcia, Inspector de Hygieneda Argentina, para conferen-ciar com as autoridades ds A!-véar e Itaquy sobre o estadosanitário da fronteira.

Espera-se que desí-fl. conforer.-cia resulte um entendimento quoponha termo ao féchárhènto dosportos determinado íxíla Argen-tina como medida sanitária.

i

Submergiu com seuspassageiros um avião

postal francezPARIS, 22 — (Havas) — Te-

legramma de Alger noticia que,na* oceasião em' que se apresta-va no porto para levantar vôorumo a Marselha, um hydro-avião de transporte capotou vio-lentamente e afundou, carre-gando comsigo quantos se en-contravam a bordo. Graças àrapidez dos soecorros prestados,fora possível salvar o piloto dcapparelho, quatro passageiros,presos no interior da aeronave,tinham perecido afogados.

AUGMENTOU 0 NUMERO DEMORTOS POR ACCIDENTES

DE ESTRADAS DE FERRONA INGLATERRA

LONDRES, 22 — (Havas) — A Se-cretaria dos Transportes acaba de pu-blicar a estatística dos accidentes nasestradas de ferro relativa ao annopassado. O total dos mortos elevou-se a 460, e a 24.213 o dos feridos. Aprimeira cifra aceusa um augmento de25 victimas em relação aó anno ce1D27, emquanto o numero dos feridosdecresceu de 1.193 em relação aomesmo periodo.

Em sua edição de hontem noticiouo "Diário Carioca" o'horrível desas-tre oceorrido na rua Conde de Bom-fim, na esquina da rua do Uruguay,em que um autoomnibus da Transpor-te Auto Viação Ltda., na oceasião emque procurava passar pelo lado da en-trellnha, junto a um bonde da linhaTiiuca, que rodava tambem em dlre-cção & cidade, arrebatou do estriboum passageiro, que teve morte quasiInstantânea.

A victima, como dissemos, era Octa-cillo Monteiro, de côr branca, brasi-leiro, com 30 annos de edade, casado,adjunto de conector, residente na ruaBarão de Ubã n. 156, casado com asra. Albertlna Nazarath Monteiro,brasileira, com 26 annos de edade, quefoi tambem ferida no desastre em quepassou pelo rude golpe de perder oseu esposo. _

A sra. Albertlna recebeu curativosno Posto Central de Assistência, reti-rando-se em seguida.

O cadáver de Ocíacilio Monteirofoi recolhido ao necrotério do InstitutoMedico Legal, de onde, hontem, saiuo feretro da victima, cujo sepulta-mento so realizou no cemitério de S.Francisco Xavier.

Chama-se o chauffeur culpado Ma-noel Costa Ramos, cujo clichê estam-pamos aqui.

A CONFISSÃO DEOVO"

'CABEÇA DE

Temos certeza de que Carlos José deCarvalho confessou ter atirado contraCarlos Pinto, independentemente de in-fluencia de terceiros, apenas no cum-primento de uma promessa sua feitana redacçâo dn "Critica" de que ati-raria contra aquelle jornalista logo queo encontrasse. E assim o fez.

Confessou ainda aue se oceultúra no"obrado da rua 7 de Setembro n. 172.onde pediu a Manoel José Al-ves Taline que declarasse á policiaser elle empresado ali. o que íoi feito,fugindo elle dali, após á visita da poli-cia, tendo deixado Rio local, paletot.chapéo e o seu revolver.

Suas declarações íoram reduzidas atermo, tendo sido elle, durante á noiteconfrontado com os demais implicadosno caso, afim de se ajustarem diver-gencias observadas nos respectivos de-poimentos.

EM 4 ANNOS 0 RIO GRANDEDO NORTE DUPLICOU A

ÁREA EXPLORADA DAS SA-LINAS

NATAL, 22 (A. B.) — O sr. RaidCaldas publicou um minucioso quadrodemonstrativo sobre as salinas do Es-tado, em numero actualmente de 68,sendo 18 mais do que em 1925.

As salinas estão comprehendidas emtres circumscripções fiscaes de impôs-to de consumo.

O quadro revela um augmento decerca de 40 por cento da arca expio-rada, sobre a base do anno de 1925,considerando-se esse incremento comoindico da prosperidade industrial doEstado.

A ESPOSA DE TALINE FOIDETIDA

posa, a senhora Margarida de Garva'-lho.', Após as declarações prestadas por"Cabeça de Ovo", e deante da perti-nacia de Manoel José Alves Taline,em negr^r tivesse em seu poder o re-volver, o chapéo e o paletot de CarlosJosé de Carvalho, deixados em seu po-der, foi, á noite, detida a senhora Ef-melinda Arcielli Taline. sua esposa,que foi recolhidrç á 4* Delegacia Au-xiliar sob rigorosa incommunicabill-dade.MAIS UM DETIDO EM LIBERDADE

Foi, ainda horitem,, posto em liber-dade, Frederico Stiim, envolvido nessecaso, em razão de ser companheiro deofficina de» prothese dentaria deManoel José Alves Taline.MAIS UMA TESTEMUNHA OUVIDA

NO INQUÉRITOFoi hontem ouvida, no inquérito,

Luiz José Reis, individuo em cuja ca-sa se homisiou Carlos José de Carva-lho.

Interrogado pelo 2» delegado auxi-liar, Reis disse que "Carlinhos"' lheappnrreceu em casa, pedindo-lhe pou-sada, mas sem se referir ao crimecm que se acha envolvido. ,

Como se tratava de um amigo deseu filho, não teve a menor duvidaem acolhel-o. Só mais tarde, quando-os jornaes se referiram ao caso, íoique elle vèlu a saber que se tratavade seu hospede.

As declarações de Luiz parecem sersinceras. Trata-se de um homemsimples, modesto, trabalhador e que,levado pelo seu bom coração, procuroufazer o bem, tão somente.

O SR. MARIO RODRIGUES EM LI-BERDADE, AFINAL

A' noite íoi posto em liberdade o sr.Mario Rodrigues, director da "Criti-ca", que, desde sexta-feira ultima, foidetido em virtude de suspeitar a poli-cia estar elle compromettido na scenade sangue, oceorrida na tarde daquel-le dia, na rua 7 de Setembro.

OS QUE CONTINUAM DETIDOSContinuam detidos no xadrez da 4»

Delegacia Auxiliar os auxiliares subal-ternos da "Critica", Quintino Rodri-gues da Silva, Sebastião Ribeiro Go-mes, José de Hollanda Cavalcanti eAntônio "Wanderley Lins.A ARMA DE QUE SE SERVIU "CA-BECA DE OVO" SERÁ' APPRE-

HENDIDA, HOJE'.Após apertados interrogatórios, Ma-noel José Alves Taline e sua esposa, asra. Ermelinda Arcielli Taline, confir-maram á policia que têm em seu po-der o revolver de que se serviu "Ca-beca de Ovo" para atira;." contra Cm,--los Pinto, bem como o paletot e o clía-péo que aquelle implicado trazia natarde do crime.

A apprehensão e o reconhecimentoserão feitas hoje, pela m&nhã.

O ESTADO DE CARLOS PINTO

Até á ifwíima hora, o estado de Car-los Pinto não apresentava nenhuma

alteração scnsivel.

NOVA YORK MARAVILHADACOM AS PROEZAS DE UM

AVIÃO *NOVA YORK, 22 JHavas) — A ei-

dade teve, hontem, a noite, um espe-ctaculo sensacional e inédito com oinicio do annunciado bombardeio si-mulado dos seus pontos de defesa pe-los aviões do exercito. Um apparelho,vir/do do centro de- manobras aéreasde Falfield, e que venceu sem escalaso percurso intermediário de 960 kllo-metros, appareceu inesperadamenteto cé» nova-yorkino, acompanhounum. vôo rápido a linha da Broadwaye íoi dar, sem ser notado, na entradadesprotegida do porto, donde rumouvivamente para o sul, sempre voandoá pequena altura.

Ao passar scrtnre o forte Jay, o pilo-to lançou uma bomba luminosa degrande poder, que clareou, como sefosse dia, as obras de defesa do portoe a estatua da Liberdade e arrancoureflexos fulgurantes em todas as ri-draças dos arranha-céoa do centro ur-bano. Mal desappareciom os resplen-dores da primeira, o hábil piloto lan-çou segunda bomba, qué caiu, nas pro-ximidades do posto, militar de Gover-nors Island e íoi seguida de uma ter-ceira, lançada com a mesma períciae os mesmos completos resultados.

Commentando a prova, os jornaesassignalam que, se ella veiu demonstrar, de nucdo categórico, a efficiencia das forças aéreas, deixou, por ou-tro lado, inequivocamente provada aprecariedade dos meios de defesa comque, no caso de qualquer eventual ata-que pelos ares, conta a metrópole nor-te-ameíicana.

ESTUDANTES AUSTRÁLIA-NOS ENFURECIDOS, DEPOISDE VAIAREM E ATACAREMOS ACTORES DE UM THEA-

TRO, DAMNIFICAM 0 MO-NUMENTO DO SOLDADO DES-

CONHECIDOSIDNEY, 22 — (Havas) — Um gru-

po numeroso de estudantes promoveuseria desordem durante a represnta-ção num dos theatros desta cidade e,depois de vaiar e alvejar com toda es-pecle de projectls os actores, saiu pa-ra as ruas, dirigindo-se ao monumen-to do soldado desconhecido, cujas co-roas foram arrancadas e destruídaspelos moços. O vice-presidente da Uni-versidade e o presidente da Associa-ção dos Estudantes tentaram, em vãòracalmar o vasto grupo, que, afinal, foidispersado pela policia. A Liga dos-ex-combatentes lançou um manifestoem que exige a punição dos profana-dores.

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Prâcturou o craneo de en-contro a um poste

O conduetor da Light regulamenton. 2.480, Manoel Martins dos Santos,de 38 annos presumíveis, hontem,quando procedia a cobrança no bondede linha "Villa Izabel-Engenho No-vo", em que trabalhava, na Praça daRepublica, em frente ao Quartel Ge-neral, bateu com a cabeça num poste,íracturando a base do craneo.

Com a [Violência da pancada, o in-feliz veiu a fallecer, sendo seu cada-ver, com guia da policia do 14ò dis-tricto, recolhido ao Necrotério, do In-tjítituto Medico Legal.

PHOTOGRAPHIAS TIRADASA MAIS DE ONZE MIL ME-

TROS DE ALTURANOVA YORK, 22 — (Havas) — Te-

legramma de Fairfield (Ohio) annun-cia que o capitão Albert W. Stevens,do serviço aero-photographico doexercito, attingtu, hontem, no seu ap-parelho, a altura de 11.582 metros,-edepois desceu, gradativamente ,com amesma felicidade, acanhando aspe-ctos. photographicos da região .

TALVEZ CHEGUEM A BOMTERMO AS CONTENDAS EN-

TRE A GRÉCIA E A TUR-.. QUIA

ATHENAS, £2 (Havas) — Os mem-bros neutros da Commissão Mixta dePetmutas, installada era Constatino-pia, entregaram ao governo da Gréciae da Turquia as propostas para a so-lução definitiva das contendas entreos dois paizes.

A Grécia pediu ao governo de An-gora informações mais precisas afimde ficar habilitado a responder ácommissão.

No alto: "Manoel da Cosia Ramos, o"ahanifenr culpado; no meio: Octa-cllio Monteiro, a victima; e em bai- **xo: o mesmo e soa, esposa, tombem

ferida no desastre

ENÉRGICAS MEDIDAS DEHYGIENE ADOPTADAS EM

CURITYBACURITYBA, 22 — (A. B.) — A

Inspectoria de Alimtentação Publicaintimou aos proprietários de confeita-rias, padarias, hotéis, restaurantes,botequins, cafés e outros estabeleci-mentos congêneres a assoalhar as sa-Ias, onde é fornecida ai alimentação aopublico, de ladrilho cerâmico, linoleoou outro material semelhante, no pra-zo de 60 dias.

0 4o CONGRESSO SCIENTIFI-CO DO PACIFICO, PREOC-

CUPA-SE COM A SISMOLOGIALONDRES, 22 (Havas) — Telegram-

ma de Bandoeng (Java) annunciaque o 4o Congresso Scientifico do Pa-clfico. ali reunido, examinou diversasmedidas de ordem pratica internacio-nal e nomeou uma commissão de eco-peração entre os differentes paizes re-presèntadcs no Congresso, encan-ega-da da redacçâo c troca de memóriasrelativas á sisrnologia.

A REFORMA DA CONSTITUI-ÇÃO BAHIANA :

BAHIA, 22 — (A. B.) — Continuamna Câmara Estadual os debates sobrea reforma constitucional.

O primeiro orador na sessão de hon-tem foi o sr. Epaminondas Berbert,leader do governo, que opinou não serpossivel emendar a Constituição poruma questão âe ordem, no, segundoturno. O sr. Pedro Caimon manlfes-tou-se contrario a essa doutrina, pro-mettendo continuar hoje a sua argu-mentação no sentido de provar a pos-sibilidade legal de emendas no se-gundo turno.

0 QUE AS AUTORIDADES <;BAHIAMS JÁ CONSEGUI-1RAM ELUCIDAR SOBRE 0 I

CONTRABANDO A BORDO DO?"ORANIA"

||-¦ ¦*Y||BAHIA, 22 — (Havas) .— Prd&-f

gue na Alfândega daqui o inquérito?aberto para apurar, as responsabilifla-ides no caso do contrabando "recente-Smente apprehendido a bordo do pa-*quete "Orania". Já está apurado que!cinco das malas apprehendidas per-Ytencem a uma íamilja que viaja navapor, e foram aqui desembarcadas por •engano. Nas demais, encontra-se: ô|contrabando denunciado á Guarda--?Moria.

Aceusados de falsidade ad-ministrativa entram hoje em

julgamentoNa 1» auditoria de guerra serão, hoJe;í

submefcfcldos a julgamento os seguintes',officiaes reformados: capitão Juvenal Pc-**reira do Souza, segundós-tenentes Josi'-Bezerra Wantòrley o Bruno de OUvelr»*e segundo sargento, tambem. reformado,.Arlstldes da Costa Figueiredo.

Todos nâo aceusados de lalsldade act«.ministrativa.

COMPLETAMENTE RESTA-BELECÍDO 0 MINISTRO DAS

FINANÇAS DE PORTUGALLISBOA, 22 (Havas) — O sr. Oli-

veira Salazar, ministro das Finançasjá esteve, heje, no seu gabinete, ondedespachou o expediente mais impor-tante.

Parallelo eloqüentePELOTAS, 22 — (A. B.) —

As malas postaes procedentesda Europa, que aqui chegarama 19 do corrente, tendo partidode Toulouse a 12 do corrente,gastaram assim sete- dias emeio, o que constitue mais um"record".

A essa rapidez oppõe-se cviagem de uma carta -que du-rou 63 dias entre Caxias c Ca-rasinho, loca.lidade situada' cmenos de 100 kilometros um?da outra. Os carimbos do correio não permittem contestara,a respeito.'

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Page 8: A carreira política do sr. Antônio Carlosmemoria.bn.br/pdf/093092/per093092_1929_00264.pdf · 2013-09-11 · Seguros1' — n." 91, anno VIII, de ja-neiro do corrente anno, um commen-tario

-4_-CP~£-S:'.£iv. '„.jmrt£í,^'". r—r™——™ ¦.'.. .5i,_»". ' " ¦'"¦»><¦

í:6 QUAKTA-FEIKA, 5 DL. JUNHO DE 1929' _ „_^_„__________

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Lista, geral dos prêmios da 12*extraccfto realizada em 4 de ju-nho de-929 — 104 do plano n. 45.

Prêmios sorteados-_cR7 .... 20:O00$O0OSfií'

'..... 5:000$OO0S9.9-:::::.... 3:ooo$ooo

i! prêmios de l:0W*e009988 19835

• '•

7 premio- de 5005000

OÜO ' 25817 34702 38535 5328162090 62990

19 prêmios dc 200$000

249 1094 4914 13618 1428514630 15527 15758 19944 3250537170 42288 48378 48397 5017461820 62188 67682 68882

54 prêmios de 10ü$000

168 468 598 2892 3990~ ~- 7886 9945 1124517823 19297 1972221190 23215 2361Ü26798 27139 2737229883 32036 3294U33392 36394 3740339953 40349 4291045936 51461 5158057354 59975 6573868822 69272

«088148782069624544289873306638012435648589465923

7181152062082025865289993316539916439605684966842Approximações

14566 e 14568 400$0005062 e 5064 2001000

39195 e 39197 100$000/ Dezenas

14561 a 14570 40|0005061 a 5070 20JOO0

39191 a 39200 10$000Terminações

Todos os números terminadosem 7, têm 21000.

O ajudante-do fiscal do gover-no. Octaviano dn Pin Galváo —Pelo director assistente, ManoelLuiz Pereira Bernardino, sub-chefe da Contabilidade — O es-cri vão, Ftrmino de Cantuaria.

Todos os números terminadosem 02, 10, 18, 35. 36, 63, 81, 88 90e 96 tendo o carimbo do balcãodo "Ao Mundo Loterico", e nãoestando premiados, têm direito ametade da quantia de seu preçoacqulsitivo, em bilhetes de outrasloterias.

Todos os bilhetes que tiverem• Impresso- no verso, em tinte ver-melha outro numero com a mar-ca: dois números em cada bl-lhete, que é registrada pelo "AoMundo Loterico" valem dez porcento (10 %) em todos os pre-mios desta lista inclusive appro-ximações e dezenas e o mesmodinheiro no final duplo do Io pre-

— O "Ao Mundo Loterico" —Paga os prêmios pela lista acima,visto a mesma ser officlal.

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validos, 163; tratar na Gerenciado Hotel Mem dc Sá.

A engraçadissima comedia dcARMANOO GONZAGA

que hontem obteve estrondososuecesso

PROTAGONISTA!— PROCOPIO -

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Tônico — Arrhas, meu amigul-nho. Um milhar embora inverti-do? N. S*. d'AgTella que não haoutra cemo ella. Isso é um nun-ca acabar; um milhar invertido!Você quando se levanta com qualdas mãos se benze? Estarão cer-tos para hoje os abaixo? — TuaZIZI.

9739 12360 18011 184322490. 24943 26516 2677935643 37885 39878 4268244660 47160 50252 5117056410 56860 58614 5909769468 75088 77777 7879382708 83301 84254 8562189891 90625 95239 95425

224553307444186559676137380337893189G442

Loteria do E. do Rio40:OOOS000

Lista geral dos prêmios da 40extracção extrahida em 4 de ju-nho de 1929 — 7o plano n. 24.

Prêmios sorteados78871. . 40:000$00020935.- 6:000$00097541. 4:000$00-

3 prêmios dc 2:000500037870 90341 90926

6 prêmios de l:0O0$000D028 7245 27279 31529 74206

7563412 prêmios de 500$000

37038 41955 43125 43619 5151360799 62151 73113 77319 79527

84150 9088346 prêmios dc 2OOS000

813 5446 5967 7087 70971236024943378854716056860750888330190625

99084' Approximações

78870 e 78872. ; . . . . 500*00020934 e 20936 400$00097540 e 97542 400$000

Dezenas78871 a 78880 120*00020931 a 20940.. 100$00087541*97550 80$000

TerminaçõesTodos os números terminados

em 871, tém 4OS000.Todos os números terminados

em 935, têm 30$000.Todos os números terminados

em 541. têm 30S000.Todos os números terminados

em 71, têm 8$000.Todos os números terminados

em 1, têm 4S00O.Exceptuando-se os números ter-

minados em 71.Todos os números terminados'em 06, 19, 25, 26, 28, 29, 34, 35, 38,

42, 43, 45, 55, 70 e 79, tendo o ca-rimbo do balcão do "Ao Mundo;Loterico" e não estando premia-dos, têm direito a metade daquantia de seu preço acqulsitivo,em bilhetes de outras loterias.

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Outras filas 6$000.JB_B_sBaB-ftiS-

CAPITÓLIO^: IMPÉRIOs® -pfl^HWBHft--

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Horário: 2, 3.40. 5.20, 7, 8.4C.e 10.20

Paramount Jornal 75O OASTRÔNOMO

Desenho Animado

ANJO PECCADOR(Showponi Angel)

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è NÀNCY CARROLUm film romântico da Pa-

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liorario: 2, 3.40, 5.20, 7, 8.40e 10.20

Paramount Jornal 73Manha contra força

Comedia

( Marquis Prcfcrrcd)—: com :—

Adolphc Menjou, Nora Lanec Chester .C.onklin

Um argumento parisiense da• ParamountA SEGUIR ;

Da United ArtLsls, com JohnBarrymore c Camilla Horn

A SEGUIR :Um film brasilein). producçao"Bcnedetti".

BARRO HUMANOcom Gracia Morena, EvaSchnor, Carlos Modesto, Eva

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6Expressamente contrrAada pela Em- J £_ "presa A. Neves & Cia., estréa em "Va- ¦ v>mos deixar de intimidade..." a can- TERÁ AS SUAS FRl-tora e bailarina norte americana Ma-! MEIRAS REPRE-ry Swanson.

^ SENTAÇOKS E COMlieaparecimento do director de sce-

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na, João de Deus, e da galante actriz ^XUOSAMOmflELili Brennier. GEM, AT. HWÇFRATínATlA í>0

Estréa, do actor Lúcio Albuquerque BRASILTODAS AS SCENAS EM NUMERO DE 32, SAO PINTADAS

PELO GENIAL SCENOGRAPHO JAYME SILVA

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