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1 Anno IV ASSIGNATURAS (Recife) ' Trimestre 4$000 Anno 16$0Q0 (Inteiior e Províncias) Trimestre4$600 Anno 18$000 As assignaturas come- çam em qualquer tempo e terminam no ultimo de Mar- ço, Junho, Setembro e De- zembro. Putolioase to* dos os dias. PAGAMENTOS ADIANTADOS Recife—Quinta-feira 30 de Setembro de 1875 N. 693 mk ORGAO DO PARTIDO LIBIRAL Vejo por toda parte um symptoma, que me assusta pela liberdade das nações e da Igreja : acentralisação. > Ura dia os povos despertarão clamando :-—Onde nossas liberdades ? P. felix —Dise. no Congree. ãe MalinaB. 1864. COBSESPONDENCIA '. •! ABedação acceita o agra- decea òolíaboraoção. A correspondência, política será dirigida á rua Duque de Caxias n. 1-andar. Toda a demais çorrespon- dencia, annuncios e reclama- ções serão dirigidos para o es- criptorío da typographia a rna do IMPERADOR N. 77. PAGAMENTOS ADIANTADOS Edicção de hoje 1700. A PROVÍNCIA Becife, 29 de Setembro de 1875'. O que querem conserva. «ia» res ? Em 1871 faziainos essa pergunta, e então chegamos a mostrar, que os conservadores queriam o poder, e o poder. Hoje fazemos a mesma pergunta, e não sa- bemos o que hão do dizer os nossos adversa- rios ? N'aquelle tom po os factos vieram confirmar a nossa proposição. . Os conservadores devididos, e olíeios de rivalidades uns oontrá os outros, dilacera- vam-se, e parecia impossível, que continuas* sem á mant.erem-8e no poder. Mas uma fa^al desillusão veio para logo convencer-nos, que aquelle, que pelos con- servadorè8 era chamado inimigo astuto e ma- nhoso descobria se e mostrava-se na verdade inimigo das nossas instituições. Uma assembléa de conservadores foi dis- «olvida por um ministério também conser- vador! Era a luva atirada ao paiz; era uma tre- menda provocação aos sentimentos e aos brios de um povo livre. E oomtudo, como parece, quo o paiz dor- me, tudo passou se, como si nada fora, e no- va câmara foi nomeada pela vontade e cal- oulo de quem tudo pôde e tudo faz. E essa câmara assim nomeada veio fazer aquillo mesmo, que o seu partido não quiz fazer; aquillo mesmo contra que esse mes- mo partido se manifestara na tribuna, e na imprensa. Era nm espectaculo tão triste, que, temos fé, o Brasil jamais o verá em scena. Fizeram-so, então, reformas, que, sem per- da de tempo, devem ser modifioadas, ou abo- lidas para evitar, que o povo oomece a dés- obedecer á lei, por convencer-se que fora ella filha do engano, e do desejo de illudir-- se a justa aspiração "do paiz, que quer go- vernar-se por leis adaptáveis aos sous usos e oostumes actuaes, e ás oondicções que lhe e&o peculiares. E todos sabem, que os conservadores nes- ta, e nas outras províncias do Império es- palhavam, que hiam fazer as reformas, que os liberaes pediam-, e que,feito isto, o poder lhes seria mau tido. Eis a causa da fallada dissolução da ca- mara. A nomeação de uma outra, que viesse ser- vir ao poder pessoal, com solemne despreso dos iut.jresseB do povo. E. portanto, dia.se a' verdade o partido li- beral, quando eoucluio, que os conservado- res em 1871 queriam o poder, e o poder. E agora perguntamos ainda : o que que- rem os conservadores ? A mesma cousa. Depcis de algumas glorias, teve o gabine- te Bio Branco, a morte do usurario, que acumula fortuna para os outros, sem ter o praser de desfrucUl-a." No leito da morte conheceu, que perdera o seu tempo, e que fora traido. Um grande banqueiro, em quem deposi-, tara muita confiança, roubára-lhe o nome, que devera deixar aos seus e á pátria. E* qiie elle lia via praticado um grande crime, qual foi o de trair as suas profundas convicções, para ui.inter-se uo poder, de que fora despedido; como lacaio, que prejudica á seu patrão. E para que nada mais faltasse, e para que se conheça, a canna patente,, manifesta de todos os.nossas males, foi chamado ao poder o ministério Caxias, auxiliado pelo talento . do Cotegipe. E eis que, mu com a sua espada,' e outro com a sua palavra nempre authorisHda, até para negar bojo o. q;ie houtem asseverava, e ambos, com animo desprevenido, se aproxi- / mam do throno e do altar reverentes, e arre- pendidos de suas desculpas passadas. Ora, em vista d'esse estado actual de cou- sas, quem ò que, tendo o seu animo prevê- nido, não perguntará : o qne querem os con- servadores ? E nós, que vivemos com muita malda- de, repetimos, que querem o desconhecido : que querem a desgraça do Brasil, uma vez, que lhes caiba por sorte o pod»r, que dos- fruetam para gloria sua, e daquelle á quem serve. p; .mim ; ¦ Xelegraaiatin»—Transcrevemos da folha officiàl os seguintes : - Bro de Janeiro, 28 de Setembro. D. Frei Vital, bispo da diocese de Olinda, acaba de dirigir uma pastoral aos fieis de sua diocese, na qual, depois de tocar muito rapi- damente na sua amnistia, commanica-lhee sua próxima viagem á Boma,' onde irá enten- der-se com o Santo Padre. Versailles; 28 de Setembro. Em uma ultima reunião do conselho de ministros foi discutida a questão das proxi- mas eleições. Os debates foram animadissi- mos, em vista das declarações feitas pelos membros do gabinete que são partidários da eleição por escrutínio de lista. Ao sahirem, porem, da conferência todos os ministros es- tavam accordes em proceder-se á eleição por escrutínio de districto (arrondissement), ten- do sido o Sr. Dufaure encarregado de redigir nesse sentido o projecto de lei que deve ser apresentado á Assembléa Nacional na proxi- ma continuação dos trabalhos parlamentares. Essa discussão, havida no conselho de mi- uistros, provocar debates'calorosissinios no seio da Assembléa Nacional, onde á maioria dos membros é favorável ao voto por èscru- tinio de lista, voto que foi mesmo adoptado pela Commissão dos Triuta. Affirma-se que o Sr. Buffet pretende apre- sentar es>.<e assumpto como questão de gabi- nete., os seguintes actos da presidência da proyin- cia: « 4.a secção. Palácio da presidência de Pernambuco-.—Beoife, 28 de Setembro de 1875.—O presidente da proviucia teudo pre- sente o officio de 26 de Julho fiudo, com o qual o prisidente da câmara municipal da villa de Flo'resta enviou o livro das actas de qualificação-de votantes da freguezia do mes- mo nome; e considerando qae a copi>i authen- tica, enviada' pelo presidente da junta, con- frontada com o mencionado livro das actas apresenta differença por troca, inversão de nome e idade dos cidadãos qualificados que o livro das actas declara somente por lettras iniciaes,, a idade, estado e profissão dos cida- dãos, ao passo que a copia authentica, além destas declarações, menciona a renda e dis- tingue os indivíduos elegiveis, dos simples votantes, que por conseguinte a copia au- thentica enviada pelo juiz de paz presidente, da junta não sendo reproducção exacta do livro das actis,. não foi delle extrahida con. forme preceitua o art. 21 da lei n. 387 de 19 de Agosto deg!846; resolve, á vista das irre- gularidades lpontad-is, annullar a referida qualificação e designar a primeira dominga ,de Novembro próximo futuro.afim de reunir- se de novamente a junta qualificadora da mencionada freguezia de Floresta. E orde- na que neste sentido se façam as devidas communicações. João Pedro Carvalho de Moraes. » «4.- secção. Palácio da presidência de Pernambuco.—Becife, 32 de Setembro de 1875.—O presidente da provincia, attenden- do á petição pela qual o Dr. Pedro de Athay- de Lobo Moscoso interpoz recurso da* decisão da câmara municipal desta cidade, que relê. vou a José Augusto de Araújo, arrematante da obra do mercado de S. José, da multa que lhe impozera por deliberação anterior; tén- do presente a informação da mesma munici- palid«de e considerando de accordo com o avizo expedido em 7 de Agosto ultimo, pelo ministério do império, sobre consulta das secções dos negócios do império e da justiça do conselho de estado'; « Que^contratada pela câmara a construo- cão do mercado com a cláusula de ficar Pariz, 27 de Setembro. JNotiçias, aqui recebidas de diversas fon-) prompto dentro do prazo de 20 mezes, re- tes, relativas á revolução na Herzegovina, nada de novo dizem. Continuam as hostilidades ; tendo, em di- versos pontos, os facciosos sido batidos, sen- do de pouca importância as victorias aloau- çadas pelas tropas ottomanas nesses rtícon- tros. Roma, 27 de Setembro. Uma nota officiàl, publicada pelo vatica- no, repelle algumas accusnções feitas acerca da nomeação de monsenhor Simeoni, e sus- tenta que a Santa «ó confirmou a nomea- ção desse prelado para núncio aposstolico em Madrid depois da promessa formal, feito pelo governo hespanhol, de restabelecer próxima- mente a concordata. A nota, ao terminar, apella para a lealda- de do gabinete de Madrid, provocando-a a cumprir suas promessas. Vienna, 28 de Setembro. Um telegrama Constantinopla annun- cia que as negociações eutaboladas pelo cor- po consular estrangeiro, no propósito de con- vencer os facciosos da Herzegovina- a dopo rem as armas, abortaram compl£<-amcnte. Os facciosos exigem que o governo ottomano decrete innumeras reformas na administra- ção, e que a execução dessas -reformas seja garantida, pelas grandes potências. O governo de Constontinopla enviou uma nota á Seroer-Pachá, declarando que de for- ma alguma accéde ás propostas dos faccio- sos, em quanto elles se não submetterem. Madrid, 27 de Setemlro. Annuucia-se que o rei D. Affonso deixará, no correr do mez próximo, a capital, afim de transferir-se para o meio do exercito que opera contra os carlistas. (Havas Rheuter.) AfllRiiiMisfraçno «Ia proviu- cia—Publicou a folha officiàl de hontem, nunoiando o empreiteiro os casos fortuitos, é certo que, imposta a multa de 10:000$000,' por falta de cumprimento daquella cláusula, tornou se essa quantia—verba de receita mu- nicipal e obrigatória sua cobrança, salvos os recursos legaes ; « Que a multa, de que se trata, estava no mesmo caso das coimas ou dividas cuja qui- tação e prohibida no art. 52 da lei do 1* de Outubro de 1828 e avizos de 2 de Julho de 1840, e 4 de Julho de 1850; « Que não foi regular o relevamento da multa, depois de ordenada a cobrança judi- ciai; porque: 1.* torna-se contencioso o di- reito do cofre municipal pela impugnação do devedor, e as câmaras não tem competência para exercer jurisdieção alguma contenciosa, segundo é expresso no art. 24 da lei do !• de Outubro de 1828 ; 2- a resolução da questão devolvera-se ao presidente da provincia, a quem podiam recorrer as partes offendidas, nos termos do art. 73 da citada lei, e tam- bem o vereador vencido, pela iutelligencia que se tem dado ao mesmo artigo ; 3* a pra- tica de replica das partes, em considerações pelas autoridades que decidiram a ques- tão, é contraria ao principio, também adrai- uistrativo dos casos julgados, de que as par- tes não interpozeram recurso para a autori- üade superior legal; « Besolve no uso das attribuições que lhe coufere o art. 73 da citado lei do 1* de 0'itu- bro de 1828, dar provimento ao recurso in- terposto, e determina á câmara municipal desta cidade que, declarando sem effeito a deliberação pela qual relevou da multa ao eobredito arrematante, mande proceder a co- branca da mesma multa como ordenara por sua primeira decisão.—João Pedro Carvalho de Moraes. > Violência—Informam-nos que ha 15 dias, pouco mais ou menos, acha-se recolhi- do, prezo em um quarto da guarda da Bi- beira, por ordem e sob responsabilidade da subdelegacia da Bôa-Vista.um pobre escravo easado, cujo senhor pretende vendel-o para tora da provincia, contra a lei, separando-o de sua mulher ;e bem assim que diversos compradores o tem ido ver para entrar em negocio. Se o facto é verdadeiro, constitue um es- candalo, tanto mais deplorável quanto n'eile intervém a policia que não deve converter-se em instrumento da violação da lei. Será bom que as autoridades aquém com- petir, tire a limpo a verdade do facto, e as necessárias providencias; se assim for preciso. Supremo tribunal «Ie fus- côfte*J0rml Çommercio da « Por decreto de 22 do corrente mez foi' nomeado o desembargador D. Francisco Bal- thazar da Silveira, para o lugar vago de mi- nistro do supremo tribunal de justiça.» O perdão dos bispos-Lê-se no Jornal do Commercio de 21 do corrente « No senado, hontem, entrando em 3- dis- cussao o orçamento geral, para o exercicio ue 1876 a 1877. O Sr. Zacharias disse que não era seu in* tento discutir o orçamento, mas aproveitar o ensejo para applaudir o acto de 17 de Se- teuibro que impoz perpetuo silencio aos pro- cessos nascidos da questão religiosa. Este acto e um documento de coherenoia, de sa- bedonaede magnanimidade. De coheren- cia, porque é sabido que eminentes membros do gabinete actual censuraram o procedi- mento do transacto, no que diz respeito á questão religiosa e portanto se o gabinete actual não aconselhasse e conseguisse a me- dida de que trata, ficaria descoberta a coroa, dizendo-se que nella estava a origem da luta e a permanência da mesma ; entretanto que com a amnistia aconselhada pelo governo ficou a coroa acoberto de qualquer censura pairando na posição superior e neutra que he compete. Se um ministério lhe acouse- luou um procedimento máo, outro ministe- no deu-lhe melhor, e por isso louva o ora- dor o passo que deu o gabinete 25 de Junho. De sabedoria foi o acto, porque a experiência tem mostrado que com processos e violen- cias, a questão não chegaria aos devidos ter- mos, e portanto sabiamente aconselhou o governo á coroa e esta assentio á medida do decreto. Ha por ultimo magnanimidade no acto e essa sobresahe, dando-se não perdão mas amnistia: o perdão importa remissão pena, mas não fica abolida a idéa, entretanto que a amnistia tende a abolir a própria idéa do crime. A imprensa, que mal tem apre- ciado o acto do governo, tem levado a mal que se concedesse amnistia em vez de per- dão. Não tem ella razão, pois que a amuis- tia é a expressão mais alta da graça e tudo abrange. O decreto de 17 honra a Santa Sé, e a coroa, aconselhada pelos seus ministros,' confiando que os actos amnistiados não serão' repetidos. Louva, portanto, o governo por ter aconselhado amnistia e uão perdão. In- cumbe, entretanto ao governo defender o seu acto na imprensa. A sua proposta deve outro sim ser publicada e igualmente o pa- recer do conselho de estado, que em sua maioria foi favorável á medida, dizendo-se todavia, o contrario, e que dous foram os votos que alli teve o governo. Dizem também que o acto foi arrancado ao amor paternal por instâncias de sua filha eminentemente catholica. Não applaudiria o orador o acto se tal origem tivesse. Am- nistia ou perdão nunca deve nascer de con- siderações pessoaes, más fundar-se em mo- tivos de utilidade publica, e, pois, a amnis- tia foi altamente politica ; foi devida a altas razões de Estado e de justiça, e não ás lagri- mas de uma filha. Se apparecesse o decre- to em 29 de Julho não acharia bom. A ver. dade e que a Princeza é muito catholica 6 muito catholico também seu esposo, e com0 taes lamentavam, assim oomo o oradort 0

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Page 1: p; .mim - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1875_00693.pdf1 Anno IV ASSIGNATURAS ' (Recife) Trimestre 4$000 Anno 16$0Q0 (Inteiior e Províncias) Trimestre4$600 Anno 18$000

1

Anno IVASSIGNATURAS

(Recife)' Trimestre 4$000Anno 16$0Q0

(Inteiior e Províncias)Trimestre 4$600Anno 18$000

As assignaturas come-çam em qualquer tempo eterminam no ultimo de Mar-ço, Junho, Setembro e De-zembro. Putolioase to*dos os dias.PAGAMENTOS ADIANTADOS

Recife—Quinta-feira 30 de Setembro de 1875 N. 693

mk

ORGAO DO PARTIDO LIBIRALVejo por toda parte um symptoma, que me assusta

pela liberdade das nações e da Igreja : acentralisação.> Ura dia os povos despertarão clamando :-—Ondenossas liberdades ?¦'.¦'¦ ¦ P. felix —Dise. no Congree. ãe

MalinaB. 1864.

COBSESPONDENCIA'. •!

ABedação acceita o agra-decea òolíaboraoção.

A correspondência, políticaserá dirigida á rua Duque deCaxias n. 5© 1-andar.

Toda a demais çorrespon-dencia, annuncios e reclama-ções serão dirigidos para o es-criptorío da typographia a rnado IMPERADOR N.77.PAGAMENTOS ADIANTADOS

Edicção de hoje 1700.A PROVÍNCIA

Becife, 29 de Setembro de 1875'.O que querem o» conserva.

«ia» res ?• Em 1871 faziainos essa pergunta, e então

chegamos a mostrar, que os conservadoresqueriam o poder, e só o poder.

Hoje fazemos a mesma pergunta, e não sa-bemos o que hão do dizer os nossos adversa-rios ?

N'aquelle tom po os factos vieram confirmara nossa proposição. .

Os conservadores devididos, e olíeios derivalidades uns oontrá os outros, dilacera-vam-se, e parecia impossível, que continuas*sem á mant.erem-8e no poder.

Mas uma fa^al desillusão veio para logoconvencer-nos, que aquelle, que pelos con-servadorè8 era chamado inimigo astuto e ma-nhoso descobria se e mostrava-se na verdadeinimigo das nossas instituições.

Uma assembléa de conservadores foi dis-«olvida por um ministério também conser-vador!

Era a luva atirada ao paiz; era uma tre-menda provocação aos sentimentos e aosbrios de um povo livre.

E oomtudo, como parece, quo o paiz dor-me, tudo passou se, como si nada fora, e no-va câmara foi nomeada pela vontade e cal-oulo de quem tudo pôde e tudo faz.

E essa câmara assim nomeada veio fazeraquillo mesmo, que o seu partido não • quizfazer; aquillo mesmo contra que esse mes-mo partido se manifestara na tribuna, e naimprensa. Era nm espectaculo tão triste,que, temos fé, o Brasil jamais o verá emscena.

Fizeram-so, então, reformas, que, sem per-da de tempo, devem ser modifioadas, ou abo-lidas para evitar, que o povo oomece a dés-obedecer á lei, por convencer-se que foraella filha do engano, e do desejo de illudir--se a justa aspiração "do

paiz, que quer go-vernar-se por leis adaptáveis aos sous usos eoostumes actuaes, e ás oondicções que lhee&o peculiares.

E todos sabem, que os conservadores nes-ta, e nas outras províncias do Império es-palhavam, que hiam fazer as reformas, que osliberaes pediam-, e que,feito isto, o poder lhesseria mau tido.

Eis a causa da fallada dissolução da ca-mara.

A nomeação de uma outra, que viesse ser-vir ao poder pessoal, com solemne despresodos iut.jresseB do povo.

E. portanto, dia.se a' verdade o partido li-beral, quando eoucluio, que os conservado-res em 1871 queriam o poder, e só o poder.E agora perguntamos ainda : o que que-rem os conservadores ? A mesma cousa.

Depcis de algumas glorias, teve o gabine-te Bio Branco, a morte do usurario, queacumula fortuna para os outros, sem ter opraser de desfrucUl-a."

No leito da morte conheceu, que perderao seu tempo, e que fora traido.

Um grande banqueiro, em quem deposi-,tara muita confiança, roubára-lhe o nome,que devera deixar aos seus e á pátria.

E* qiie elle lia via praticado um grandecrime, qual foi o de trair as suas profundasconvicções, para ui.inter-se uo poder, de quefora despedido; como lacaio, que prejudica áseu patrão.

E para que nada mais faltasse, e para quese conheça, a canna patente,, manifesta detodos os.nossas males, foi chamado ao podero ministério Caxias, auxiliado pelo talento

. do Cotegipe.E eis que, mu com a sua espada,' e outro

com a sua palavra nempre authorisHda, atépara negar bojo o. q;ie houtem asseverava, eambos, com animo desprevenido, se aproxi- /

mam do throno e do altar reverentes, e arre-pendidos de suas desculpas passadas.

Ora, em vista d'esse estado actual de cou-sas, quem ò que, tendo o seu animo prevê-nido, não perguntará : o qne querem os con-servadores ?

E nós, que já vivemos com muita malda-de, repetimos, que querem o desconhecido :que querem a desgraça do Brasil, uma vez,que lhes caiba por sorte o pod»r, que dos-fruetam para gloria sua, e daquelle á quemserve.

p; .mim ; ¦Xelegraaiatin»—Transcrevemos da

folha officiàl os seguintes :- Bro de Janeiro, 28 de Setembro.D. Frei Vital, bispo da diocese de Olinda,

acaba de dirigir uma pastoral aos fieis de suadiocese, na qual, depois de tocar muito rapi-damente na sua amnistia, commanica-lheesua próxima viagem á Boma,' onde irá enten-der-se com o Santo Padre.

Versailles; 28 de Setembro.Em uma ultima reunião do conselho de

ministros foi discutida a questão das proxi-mas eleições. Os debates foram animadissi-mos, em vista das declarações feitas pelosmembros do gabinete que são partidários daeleição por escrutínio de lista. Ao sahirem,porem, da conferência todos os ministros es-tavam accordes em proceder-se á eleição porescrutínio de districto (arrondissement), ten-do sido o Sr. Dufaure encarregado de redigirnesse sentido o projecto de lei que deve serapresentado á Assembléa Nacional na proxi-ma continuação dos trabalhos parlamentares.Essa discussão, havida no conselho de mi-uistros, provocar debates'calorosissinios noseio da Assembléa Nacional, onde á maioriados membros é favorável ao voto por èscru-tinio de lista, voto que foi mesmo adoptadopela Commissão dos Triuta.

Affirma-se que o Sr. Buffet pretende apre-sentar es>.<e assumpto como questão de gabi-nete. ,

os seguintes actos da presidência da proyin-cia:« 4.a secção. — Palácio da presidência de

Pernambuco-.—Beoife, 28 de Setembro de1875.—O presidente da proviucia teudo pre-sente o officio de 26 de Julho fiudo, com oqual o prisidente da câmara municipal davilla de Flo'resta enviou o livro das actas dequalificação-de votantes da freguezia do mes-mo nome; e considerando qae a copi>i authen-tica, enviada' pelo presidente da junta, con-frontada com o mencionado livro das actasapresenta differença por troca, inversão denome e idade dos cidadãos qualificados • queo livro das actas declara somente por lettrasiniciaes,, a idade, estado e profissão dos cida-dãos, ao passo que a copia authentica, alémdestas declarações, menciona a renda e dis-tingue os indivíduos elegiveis, dos simplesvotantes, que por conseguinte a copia au-thentica enviada pelo juiz de paz presidente,da junta não sendo reproducção exacta dolivro das actis,. não foi delle extrahida con.forme preceitua o art. 21 da lei n. 387 de 19de Agosto deg!846; resolve, á vista das irre-gularidades lpontad-is, annullar a referidaqualificação e designar a primeira dominga

,de Novembro próximo futuro.afim de reunir-se de novamente a junta qualificadora damencionada freguezia de Floresta. E orde-na que neste sentido se façam as devidascommunicações. — João Pedro Carvalho deMoraes. »

• «4.- secção. — Palácio da presidência dePernambuco.—Becife, 32 de Setembro de1875.—O presidente da provincia, attenden-do á petição pela qual o Dr. Pedro de Athay-de Lobo Moscoso interpoz recurso da* decisãoda câmara municipal desta cidade, que relê.vou a José Augusto de Araújo, arrematanteda obra do mercado de S. José, da multa quelhe impozera por deliberação anterior; tén-do presente a informação da mesma munici-palid«de e considerando de accordo com oavizo expedido em 7 de Agosto ultimo, peloministério do império, sobre consulta dassecções dos negócios do império e da justiçado conselho de estado';

« Que^contratada pela câmara a construo-cão do mercado com a cláusula de ficarPariz, 27 de Setembro.

JNotiçias, aqui recebidas de diversas fon-) prompto dentro do prazo de 20 mezes, re-tes, relativas á revolução na Herzegovina,nada de novo dizem.

Continuam as hostilidades ; tendo, em di-versos pontos, os facciosos sido batidos, sen-do de pouca importância as victorias aloau-çadas pelas tropas ottomanas nesses rtícon-tros.

Roma, 27 de Setembro.Uma nota officiàl, publicada pelo vatica-

no, repelle algumas accusnções feitas acercada nomeação de monsenhor Simeoni, e sus-tenta que a Santa Sé «ó confirmou a nomea-ção desse prelado para núncio aposstolico emMadrid depois da promessa formal, feito pelogoverno hespanhol, de restabelecer próxima-mente a concordata.

A nota, ao terminar, apella para a lealda-de do gabinete de Madrid, provocando-a acumprir suas promessas.

Vienna, 28 de Setembro.Um telegrama dò Constantinopla annun-

cia que as negociações eutaboladas pelo cor-po consular estrangeiro, no propósito de con-vencer os facciosos da Herzegovina- a doporem as armas, abortaram compl£<-amcnte.Os facciosos exigem que o governo ottomanodecrete innumeras reformas na administra-ção, e que a execução dessas -reformas sejagarantida, pelas grandes potências.

O governo de Constontinopla enviou umanota á Seroer-Pachá, declarando que de for-ma alguma accéde ás propostas dos faccio-sos, em quanto elles se não submetterem.

Madrid, 27 de Setemlro.Annuucia-se que o rei D. Affonso deixará,

no correr do mez próximo, a capital, afimde transferir-se para o meio do exercito queopera contra os carlistas.

(Havas Rheuter.)AfllRiiiMisfraçno «Ia proviu-

cia—Publicou a folha officiàl de hontem,

nunoiando o empreiteiro os casos fortuitos,é certo que, imposta a multa de 10:000$000,'por falta de cumprimento daquella cláusula,tornou se essa quantia—verba de receita mu-nicipal e obrigatória sua cobrança, salvos osrecursos legaes ;

« Que a multa, de que se trata, estava nomesmo caso das coimas ou dividas cuja qui-tação e prohibida no art. 52 da lei do 1* deOutubro de 1828 e avizos de 2 de Julho de1840, e 4 de Julho de 1850;

« Que não foi regular o relevamento damulta, depois de ordenada a cobrança judi-ciai; porque: 1.* torna-se contencioso o di-reito do cofre municipal pela impugnação dodevedor, e as câmaras não tem competênciapara exercer jurisdieção alguma contenciosa,segundo é expresso no art. 24 da lei do !• deOutubro de 1828 ; 2- a resolução da questãodevolvera-se ao presidente da provincia, aquem podiam recorrer as partes offendidas,nos termos do art. 73 da citada lei, e tam-bem o vereador vencido, pela iutelligenciaque se tem dado ao mesmo artigo ; 3* a pra-tica de replica das partes, em consideraçõespelas autoridades que já decidiram a ques-tão, é contraria ao principio, também adrai-uistrativo dos casos julgados, de que as par-tes não interpozeram recurso para a autori-üade superior legal;

« Besolve no uso das attribuições que lhecoufere o art. 73 da citado lei do 1* de 0'itu-bro de 1828, dar provimento ao recurso in-terposto, e determina á câmara municipaldesta cidade que, declarando sem effeito adeliberação pela qual relevou da multa aoeobredito arrematante, mande proceder a co-branca da mesma multa como ordenara porsua primeira decisão.—João Pedro Carvalhode Moraes. >

Violência—Informam-nos que ha 15

dias, pouco mais ou menos, acha-se recolhi-do, prezo em um quarto da guarda da Bi-beira, por ordem e sob responsabilidade dasubdelegacia da Bôa-Vista.um pobre escravoeasado, cujo senhor pretende vendel-o paratora da provincia, contra a lei, separando-ode sua mulher ;e bem assim que diversoscompradores já o tem ido ver para entrar emnegocio.Se o facto é verdadeiro, constitue um es-candalo, tanto mais deplorável quanto n'eileintervém a policia que não deve converter-seem instrumento da violação da lei.Será bom que as autoridades aquém com-

petir, tire a limpo a verdade do facto, e dêas necessárias providencias; se assim forpreciso.

Supremo tribunal «Ie fus-côfte* n° J0rml d° Çommercio da

« Por decreto de 22 do corrente mez foi'nomeado o desembargador D. Francisco Bal-thazar da Silveira, para o lugar vago de mi-nistro do supremo tribunal de justiça.»O perdão dos bispos-Lê-se noJornal do Commercio de 21 do corrente •« No senado, hontem, entrando em 3- dis-cussao o orçamento geral, para o exercicioue 1876 a 1877.O Sr. Zacharias disse que não era seu in*tento discutir o orçamento, mas aproveitaro ensejo para applaudir o acto de 17 de Se-teuibro que impoz perpetuo silencio aos pro-cessos nascidos da questão religiosa. Esteacto e um documento de coherenoia, de sa-bedonaede magnanimidade. De coheren-cia, porque é sabido que eminentes membrosdo gabinete actual censuraram o procedi-mento do transacto, no que diz respeito á

questão religiosa • e portanto se o gabineteactual não aconselhasse e conseguisse a me-dida de que trata, ficaria descoberta a coroa,dizendo-se que nella estava a origem da lutae a permanência da mesma ; entretanto quecom a amnistia aconselhada pelo governoficou a coroa acoberto de qualquer censurapairando na posição superior e neutra quehe compete. Se um ministério lhe acouse-luou um procedimento máo, outro ministe-no deu-lhe melhor, e por isso louva o ora-dor o passo que deu o gabinete 25 de Junho.De sabedoria foi o acto, porque a experiênciatem mostrado que com processos e violen-cias, a questão não chegaria aos devidos ter-mos, e portanto sabiamente aconselhou ogoverno á coroa e esta assentio á medida dodecreto. Ha por ultimo magnanimidade noacto e essa sobresahe, dando-se não perdãomas amnistia: o perdão importa remissão dêpena, mas não fica abolida a idéa, entretantoque a amnistia tende a abolir a própria idéado crime. A imprensa, que mal tem apre-ciado o acto do governo, tem levado a malque se concedesse amnistia em vez de per-dão. Não tem ella razão, pois que a amuis-tia é a expressão mais alta da graça e tudoabrange. O decreto de 17 honra a Santa Sé,e a coroa, aconselhada pelos seus ministros,'confiando que os actos amnistiados não serão'repetidos. Louva, portanto, o governo porter aconselhado amnistia e uão perdão. In-cumbe, entretanto ao governo defender oseu acto na imprensa. A sua proposta deveoutro sim ser publicada e igualmente o pa-recer do conselho de estado, que em suamaioria foi favorável á medida, dizendo-setodavia, o contrario, e que só dous foram osvotos que alli teve o governo.

Dizem também que o acto foi arrancadoao amor paternal por instâncias de sua filhaeminentemente catholica. Não applaudiriao orador o acto se tal origem tivesse. Am-nistia ou perdão nunca deve nascer de con-siderações pessoaes, más fundar-se em mo-tivos de utilidade publica, e, pois, a amnis-tia foi altamente politica ; foi devida a altasrazões de Estado e de justiça, e não ás lagri-mas de uma filha. Se apparecesse o decre-to em 29 de Julho não acharia bom. A ver.dade e que a Princeza é muito catholica 6muito catholico também seu esposo, e com0taes lamentavam, assim oomo o oradort 0

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f*ocesso dos bispos, e a Princeza tinha o di-reito de fazer neste sentido petição a seu paiComo qualquer cidadão. O acto è puramen-te governamental e o orador aproveita a op-portunidade para notar nélle mais uma pro-va de que não são os actos do poder modera-dor tão pessoaes que os ministros os não pos-sara solicitar como meio de governo e sobsua responsabilidade. O de. 7 de Setembrohabilita o gabinete a proseguir desembaraça-damente no desempenho' dos seus deveres.E considera o acto não como' reconciliação,sim como base para a desejada reconciliação.0 que farão d'hoje avante os ministros ? Ve-remos. Pelo que diz respeito ao orador vi-giará o comportamento do governo. Emconclusão, o decreto de 17 revela sabedoria,

* coherencia e magnanimidade. Prcsiga o go-verno, certo que neste ponto, em que o ora-dor não está com partido algum, terá o souapoio. ,',...

O Sr. barão de Çotegipe (ministro de es-trangeirss) agradece ao Sr. Zacharias a ap-

provação que se dignou prestar ao acto dogoverno e ás suas palavras benevolas.

Pouco dirá em additamento. Quando osministros solicitaram ao poder moderador amedida de que se trata, desejaram que fosseconcedida estando ainda aberto o parlamen-to, para responderem por ella. Estão, por-tanto, promptos para isso. N?o militou in-fluencia alguma, senão a da consideração dointeresse,publico. (Apoiado do Sr. Duque doCaxias. )

S. A. a Princeza não influio nem directa,nem indirectamente, nem eram capazes osministros de estar por suggestões de quemquer que fosse.

O Sr. Presidenta do Conselho :—Apoiado.Vozes :—Muito bem.O Sr. Ministro de Estrangeiros :—A res-

ponsabilidade e iniciativa do acto são do go-verno, sobre este deve recahir o bom ou máoresultado.

Não declinam os ministros da responsabi-lidade que lhes cabe. Não sabe o oradorporque, tratando-se de cousa secreta, afian-cam algumas pessoas o numero dos votospró e contra a medida produzidos no conse-lho de estado. O orador declara que quan-do fosse todo contrario o conselho de estado,procederia o governo conio procedeu, corren-do a sua responsabilidade.

O Sr. visconde do Born Retiro:—Muito bem.O Sr. ministro de estrangeiros:—O governo

quiz esslarecer-se com as opiniões do couse-lho de estado ; e se ellas podem trazer forçaao acto, afiança que a maioria foi favorávelao governo. Acha o orador ser suffieienteo que tem dito. Espera que o estudo calmoe reíiectido do estado do paiz levará aos ani-mos á convicção de que outra não poderiaser a solução ; não deixará o governo sacri-ficar os direitos da soberania nacional.

O Sr. Ponipéo felicita também o governopelo caminho que encet_u, o faz votos paraque consiga pôr termo honroso á questão re-ligiòsa e termo que agrade a todos. O ora-dor passa a tomar em consideração o ultimodiscurso que no senado pronunciou o Sr. mi-nistro da agricultura, ao qual em tempo nãopude replicar.

O Sr. Octariano diz que ao modo do no-bre senador Sr. Zacharias vem fallar porsua conta : o acto de 17 de Setembro nãosendo, como ficou explicado, um acto de ge-nerosidade, é forçosamente um acto de poli-tica e como tal deve ser justificado. Se haacto que mereça ser explicado é esse, sem oque não pôde achar adhesão. Não impug-na o acto, se não pôde julgal-o, Sò o tempopoderá dizer se foi bem ou mal aconselhado.

Será elle reparação do qua fez o gabineteEio Branco ? Explicar-se :ha como acto quese prenda a qualquer negociação externa?

Nada adiantou o nobre Sr. barão de Cote-gipe e continuam todos sobre a impressãodás palavras do nobre ministro do império,quando appellava para a Divina Providenciapara a solução da questão. Praticaria o go-verno o acto sem dependência da negociação?

Se assim é, fez política contraria á do seuantecessor. No caso contrario, bom é saber

'¦ que nãó houve, que não se deu uma repara-.ção.

Deseja, pois, o orador explicações, poisnão basta ouvir dizer que nãoüouvè sugges-soes de terceira pessoa.. Não pôde, portan-to, adherir ao acto do governo, desejaria sa-heras causas que lhe deram origem, e se óverdade que a coroa dentro de um partidopôde encontrar estadistas possíveis para to-das as combinações nesta questão.

Encerra-se a discussão, e é approvado oorçamento. »

O ____«?-&-__*aç.a__-- Iüfi_&ea-©__-Cte__e_.Si—O Jornal do Commercio ' extrahedo Times:

h O encouraçado da torre Independência,<-onstruido pelos Sr.s Dudgeon & Filho para

governo brazileiro.está sendo inteiramenterenovado no estaleiro real de Welvcich emconseqüência dos estragos que soffreu poroceasião de cahir n'agoa em Gebrit Te-wa.As couraças dos lados foram ; tiradas na èx-tensão de cerca de 100 pés.íe bem assim uma

porção de madeira sobre que ellas assenta-vam e quasi todo o forro ; as cavernas e asobras internas do centro do navio estão sen-do renovadas, e uma das suas torres foi le-vantada afim de collocárem-se ias amarraçõesinternas. Cerca de 100 homens estão empre-gados nos reparos do navio, que diariamenteè visitado ppr uma porção de efficiaes e pes-soas relacionadas com o governo brazileiro.

_M_ ãt __. afiiji-ã_. — -A mortalidade do dia 25do- corrente mez, foi de 7 pessoas.

As moléstias que oocasionaram estes jiallecimentos foram as seguintes :Convulsões ...

Espasmo ! Hepatite

Colite aguda •••Delatação do coração

Passageiros—Chegados dos portosda Europa no vapor inglez Elbe:

Mr. Paul Guelfhe, José Lopes Olheiro,E. E. de Moraes, F. de Souza Dias, OutavioF. F. Leão, Manoel Gomes, dos Santos.

í _i.ír.

AVISOS.Leilões—Ha hoje os seguintes— De moveis, louças, vidros, crystaes,

jóias de ;ouro e prata de lei; pelo agenteEemigio, á rua de Marquez de Olinda n. 37,!'• andar, ás 11 horas.' _ De 15 barris com superior vinho bran-co, diversas caixas com chá verde e 20 cai-xas. com cebolas ; pelo agente Pestana, noarmazém do Sr. Annes, ás 11 horas.

Clllt- Foi»8-Iar—Esta sociedade de-mocratica celebra hoje 30 do corrente,ás 7 horas da noite, e no lugar do costume,sessões publica e familiar, divididas em duas

partes :1-—Revista de jornaes, pelo Sr. Dí\ José

Marianno Carneiro da Cunha, e prelecçãosobre o euffragio universal pelo Sr. acade-mico Carvalho Júnior.

2«—Admissão de sócios, comprehendendotodos os que já tenham sido approvados,embora não lhes tenha chegado ás mãos a

participação.Previne-se entretanto, que os que preten-

derem inscrever-se, devem previamente ha-bilitar-se perante a thesouraria do Club.

Para a sessão publica a entrada é franca._Mt*ería—Os Srs. Bento Manoel de

Castro Amaral, Pedro C. de Britto Macedoe José Neves, amigos do Sr. Penante offere-ceramlhe, em signal do muito em que o tem,o retraetó do mesmo, em ponto grande, cer-cado de folhas de loureiro, com o nome dosseus trabalhos para o theatro.

O retracto deve ser entregue ao Sr. Lima! Penante no dia do seu , beneficio, que effec-

tuar-se-ha na sexta-feira da semana próxima,sendo n'esta oceasião distribuído por todosos espectadores de cadeiras e camarotes.

.SMscali*So — Proferido no GabinetePortuguez de Leitura pelo cidadão democra-ta Fortunato Coelho Pinheiro, o qual vemacompanhado de uma importante critica doillustrado acadêmico Manoel Augusto daFonseca e Silva. A lifiOOO cada opusculona typograph ta da Provincia.'5Jj.aetí__ei_to Servil elBegrufia-_W_.__-_.-S—Números 3,885 é 5,135, comum iudice alphabetico—obra recente—anno-tada pelo Dr. V. A. de Paula Pessoa.

Vende-se em todas as livrarias—preço;3$'.Me. .fiiuo—O Dr. Murillo mudou o seu

consultório e residência para a praça doCorpo Santo n. 11, 2* andar, onde continuanos tüisteres da sua profissão.

Me__.__a_ã._a__e—O inspector geraldesta companhia de seguros mútuos sobre avida e contra fogo, João Martins de Andra-de, mudou, sua residência qara á rua doBarão da Victoria n. 15 1" andar.

ilIí.ííjiüllUA Estatuía. «He Carne

A moderna litteratura da Itália só começou a,ser um pouco mais conhecida entro nós depoisda vinda suceessiva dos tres grandes discípulosdo Modena, Eistori, Eossi e Salvini.

Alem do grande theatro de Alfieri, de quemdisse um celebre escriptor que so alguém conse-guir ir mais longe não será senão seguindo .lheos traços, apenas lá um ou outro conhecia os no-mes gloriosos dos escriptores dramáticos da Ita-lia, que abriram o século XIX, taes'como'Mon-ti, Pindemonte, Niccolini, Silvio Peljico e Man-zoni, sendo que de todos elles os mais conheci-dos eram exactamente os dous i últimos, isto é,Peilico, o prisioneiro de Spielberg, com sua im-

mortal Francesca de llimini, e Manzoni, o pa-triota fogoso, com o seu Comte de Carmaynola.

De toda esta pleiade brilhante; a critica mo-derna tem destacado, porem, Niccolini, que te-ve o singular distinode-seguir dous mestres emsua vida. ,' Na primeira metade de súá carreira inspirou-se exclusivamente cm Alfieri e nos monumen-tos.do grande theatro grego, e por sua simplici-dade como por sua energia collòcou-se n'umaposição digna e elevada; na segunda, porem, se-parada da primeira por dez annos de intervallo,passa a admittir as liberdades que o romantismotinha introduzido no theatro, e como escrupulosoobservador dos preceitos clássicos, o seu maioresforço é para tornal-as compativeis com as exi-génciás sceuicas, tão menosprezadas pelos seusiliustres pred-Cessores.

Foi por isso que o, seu Poscariui o Arnaldo deTlrcscia, duas obras primas, conquistaram umapopularidade incrivel.

Fazendo excepção a todos os escriptores ita-liauos, Niccolini,' longe de tudo subordinar áIgreja, considera-a como o principal obstáculo áliberdade, á emancipação da Itália, e âeclara-lhea guerra abertamente.

O Arnaldo de Brescia revela os seus senti-mentos contra o papado, sentimentos esses quenunca se desmentiram, mesmo no meio dostransportes de enthusiasmo que excitáramosprimeiros actos de Pio IX, a quem o próprioHugo, o semi-deus da poesia contemporânea, foium dos primeiros a elogiar.

O que, porem, ó verdade, ó que nenhum dossuecessores de Niccolini conseguio ainda elevar-se a sua altura, e hoje o theatro italiano pareceassignalar uma decadência que pouco a poucovae-se tornando palpável.

Não obstante elle ainda tem por si, alem dosnomes de Bataglia e Marenco, o autor da Piadei Tolomei, que o publico do Pão de Janeirovio magistralmente interpretada pela inexcedi-vel Eistori, Brofferio, cujo espirito ó sem igual eainda lievere, Turotti, o duque de Yentignano efiualmente Cicone, o autor da Estatua de Game,drama de que oecupamo-nos.

A Estatua de Carne é a historia de um dessesinfelizes, que depois de terem procurado a feli-cidade em todos os prazeres, em todos os goses,obtém como único resultado a saciedade e o te-dio, a morte do espirito, que sempre abate-sedepois dessas luetas estéreise ener .adoras, o em-botaníeu-O da sensibilidade e de todas as nobres.faculdades que constituem o mais .bello apanágioda nossa natureza racional.

Cançado dessa vida galantemente bohemia,de dissipações e de orgias, depois de perdidastodas as crenças, todas as illusões, depois degasto, estragado, prostituído ate a medulla dosossos, uma dia, encontra uma creaturinha mi-mosa, assim uma florzinha agreste, melindrosa,uma pobre menina costureira que o ama comtoda a sinceridade, com todo o fogo de um cora-ção juvenil, na persuasão de que elle é um sim-pies artista, uma cabeça que é a própria cabeçada phantasia e um coração que é a urna do pro-prio

'sentiruento. . iCompleição delicada, a necessidade de traba-

lhar para viver contribuo poderosamente paraaniquilar uma saúde já débil e fraca por si, eapobre menina fina-se ao peso desse amor, gran-de de mais para conter-se em seu peito. Elletudo sacrifica para saival-a, porem é muito tar-de, e por conseqüência fica elle só o abandonadooutra vez, tendo para expiação o remorso de ha-vel-á enganado tão cruelmente.

A morte da desgraçada menina, opera nelleuma metarmophose completa.

Fiel a memória desse amor, que foi a única ea verdadeira ventura que alcançou em toda suavida, elle conserva inalterável, indelével esseaffecto que tem por únicos objectivos :—uni tu-mulo e uma sombra, e dedica-lhes fervorosa-mente o resto da existência

Mas por uma dessas fatalidades vem a encon-trar-so uma noite, n'uma ceia, n'uin baile, comuma mulher que é sem mais nem menos umaphotographia viva e animada da outra.

E' uma dessas divindades do mundo elegante,cujo prestigio, cuja belleza tem a attracção fasci-nádora e irresistível dos abysmos, uma filha deEpicuro, cuja moral ó o prazer, e cujos beijossão pagos em sedas e diamantes.

Ella mesma retracta-se em sua caução :

humilhada, supplice, de rástos mendigando aluz do amor, ê o inflexível adorador de umacampa. _' . --

O drama é, pois, como se vò, de um meontes-tavele profundo alcance, de uma philosophiaelevada, austera e rigorosa.

A grandeza, o desinteresse das paixões quesubsistem alem do túmulo, a superioridade doespirito sobre a matéria e ainda mais a regene-ração da mulher, a transformação das Magdale-nas purificadas na caudal do amor, taes são astheses que encerra a Estatua dc Carne.

O drama, seja dito de passagem, pecca e nãopouco pela forma, mas não só o pensamento,como também o estylo superam pouco mais oumenos os senões por maiores que elles o sejam.

Tivemos oceasião de vel-o ultimamente repre-sentado pela Sra. Manuela, que . a fallar comfranqueza não nos satisfaz absolutamente.

Um physico desagradável, pequeno, acanha-do, enfezado; maneiras pouco distinetas; faltade graça e de elegância em todos os moyimen-tos, no porte, no andar, no gesto, são esses os ,defeitos que, por serem naturaes e por conse-guinte muito difiiceis de vencer, muito preju-dicam a Sra. Manuela, a quem seria precisoum talento descommunal para fazel-os eclypsar.

No prólogo, pouco estudo dos symptomas eda morte oceasionada pela phtysica, alein deinflexões desagradáveis; no 1. acto, pouca vida,pouca animação, ponca verve para uma mulherde vida eirada, n'uma ceia de carnaval; no 3*aoto, nenhum sentimento, nenhuma arte n'a-quella transição immensa que soffre a mulher, efinalmente no transporte ultimo, quando ella sedespedaça, nada de fogo, de alma, nem um sig-nal de desepero e de angustia, a não serem unsgritos desafinados, uma correria desnorteada edesastrosa por todos os ângulos da scena ; no 5*acto então, nenhuma uneção, nenhuma solem-nidade, nenhuma fé, nenhum fervor naquellaspalavras balbuciadas, ora junto do ministro deDeus, ora sobre a sepultura de uma santa !

Eis ao que reduzio o papel a Sra. Manuela! !Junte-se agora a tudo, umas inflexões desafi-

nadas que ella tem quando procura dar maissentimento ou tornar a voz mais suave, e aindaumas gargalhadas desenxabidas em algumas si-tuações, não querendo já fallar da canção do 1*acto, e calcule-se o que pode valer semelhantetrabalho artístico!

.0 Sr. Santos (faça-se justiça/ prestou-lhe, porseu lado, um auxilio efficassissimo para cómple-tar a execução do drama. Não temos esperan-çade encontrar em nossa vida um Conde Paulode Santa Eosa mais monótono.

Vimos a Estatua de Carne suecessivamentepor Ismenia, Emilia Adolaide e Paladini, temospor conseqüência tal ou qual conhecimentodessa producção, e uma idéia solidainente for-inada sobre èlla; pois bem, nós a desconhece-mos pela Sra Manuela!

Stenio.

.Il.flí!!III._TMSA g>etiçõo -le graça <lo senten-

eis. -1.. Antônio Feitosa «le

" Voglio con passo rápidoE colle bende in testaCorrera d'orgia in orgia,Balzar di festa in festa,Sognar Ia notte i cantici,E Io splendor dei dia !Ecco—cosi vo vivere !

. E vo morir cosi! "

A' vista disso, o excêntrico apaixonado de umespirito contracta e aluga aquelle corpo» aquellaestatua.

Mediante dinheiro,, muito dinheiro ella vaepassar duas horas apenas, durante todos os dias,na casinha modesta que foi o scenario onde pas-sou-se a triste e dolorosa comedia do amor, epara maior fidelidade' na reproducoão deve tra-jar sempre de branco e com toda a simplicidade.Ahi elle a.vó, contempla-a, mas não toca sequer.

Essa posição singular dc uma mulher bella,como ella se reconhece, junto a um homem queem sua pessoa adora um outro espirito, produz-: lhe a principio estranheza o admiração simples-mente. Depois a sua vaidade revolta-se, aquellesombrio amante de uma defunta impressiona-avivamente, e a mulher fácil, leviana, sente nofundo do coração vibrar uma fibra ignota, irrita-,se, estremece o ama finalmente pela primeiravez em sua vida, com toda a impetuosidade, comtodo o phren,esi.

A acção inteira passa-se n'iuna lucta grau-diosa e soberba entre a cortezã regenerada,

IEm constante luta com a adversidade teria-

se achado o infeliz sentenciado Antônio Fei-tosa de Mello.

E agora já nos últimos dias da vida, quan-do o peso de tantas infelicidades trazia-lho o.coração demasiadamente oppresso, mais umgolpe terrível e que a nobreza de seu carac-ter estaria longe i de esperar, veio certeirovictima aquella alma j a tão amargurada pelofel dos maiores dissabores.

Não foi bastante que uma condemuaçãoterrível trouxesse-lhe o. atroz desengano daesperança de dias mais felizes ; era aindanecessário que seus brios fossem offendidos.,que a injuria viesse abater-lhe inteiramenteafronte;—que se lhe assassinasse a. alma.

Não pretendemos foliar em seu algoz ; elleque campeie impunemente ; —o que nemmesmo o remorso possa tocar aquella figurade pedra.

Quando zomba-se da dignidade de um ei-dadão, não é certamente a repressão socialque se devia fazer ouvir.

Injuriado, Antonio FeitoSa do Mello, diri-ge ao supremo poder do Estado uma petiçãode graça, em que, narrando o terrível casti-

go de que fora victima implora da clemênciaimperial o perdão da sentença condemnato-ria a que se acha sujeito. E esta petiçãoque suppunhase já nas mãos do poder com-

petente, tem sido objecto de tantos embara-

ços, de tantas dificuldades, que ainda se achan'esta capital para ser informada.

O juiz que tem agora de dar as informa-

ções precisas, estamos certo,—o fará pensa-damente e compenetrado de que ainda quan-do a peua imposta seja com effeito merecida,hade dar o valor devido aos sofirimentos deque é victima o sentenciado Feitosa, a gran-de injuria porque passou, e que mais quequalquer pena é suffieiente ao crime de queé aceusado.

.Temos inteira consciência de que o juizinformador, que consta-nos ser o Sr. Dr.Correia de Andrade, hade ser o mais brevepossivel em sua informação, pois atteudeudoa excessiva demora de que tem sido objecto

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ai petição, fal-a-ha quanto antes despachar,afim de logo seguir ao seu devido destino.

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ANNONCIOS

ãJKÜifi—__.___C-S_g-___->g-

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a CHv «IO Sup-.* A-.cli-.' do Uir.'CONCILIAÇÃO

Por ordem do Eesp.-. Ir.-. Athers.-. convi-do todos os IIrr.\ Cap.-. da A^g.-. e E.\Loj.-. Conciliação, ao valle do Marciiio Dias,para comparecerem no dia 3 de Outubro, ás10 hora3 da manhã, na sala das suas sess.*.para proceder-se á eleição dos DDign.\ parao anno Maç.\ de 5876 a 5877.'.

£5ecret.\ do Cap.'. Conciliação, 29 de Se-tembro 1875.-. E.\ V.-.

O Secret/. H.\ 18/.

Excellente amaPara cozinhar e comprar, já de idade e

portugueza.- quem pretender dirija-se aopateo Floriano n. 12.

Garantia de CapitalPara remissão do servços

militarCUNHA, PINTO & C.

Capital de 100:000$000RIO I»J_ JAUEIftO

Esta sociedade segura por módica quantiaa quem se quizer isentar do serviço militar,quando seja sorteado.

Para as informações precizaô encontrarãoo Sr. João Pereira Eego á rua do Marquezde Olinda n. 45, que presta por obséquio.

ylTj-^T.I

1

AmaPrecisa-se de ama ama para casa de fa-

milia, com duas pessoas: a tratar na rua deS. Jorge n. 47.

"•: oo-_ií___.l _. coas» S. -.o o ^Sfc£_ "?'¦''*_ ^ '*_#23J E-i ?. m" **__.-4 t~t fQ 6D_. r_. ° _ w£s-X PH <Üter./ _^I .. •• "

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ADVOGrACIA '

taxiharííl Ji-. Jton^s ., í. ir_. s6 — Pateo de Pedbo II — 6

RETRAGTOSYende-se o retracto de D. Vital, bispo de

Olinda, e de D. Antônio, bispo do Pará,emponto grande, na Livraria Universal, ruado Imperador n* 54.

Queíií quiser crer ve-nha ver

A Papelaria e Encadernação Parisiensea rua do Imperador n. 71, acha-se providade um complecto sortimento de papeis detodas as sortes e para todos os misteres, va-riados objectos para escriptorio, livros embranco differentes formatos, tinta de todasas qualidades para escrever,' assim comopano e papel transparente, e outros objectospróprios para desenho : a dinheiro com vin-te por cento de abate, sobre os preços de ou-tra qualquer parte.

Empreza do Gaz do RecifeEespeitosamente soientificamos ao publico

e aos nossos freguezes que feichamos o nossoarmazém árua do Imperador n. 31 e abri-mos um espaçoso salão, na Fabrica do Gaz,onde encontrarão à Aenda de todos os apa-relhos necessários para qualquer casa ou es-tabeiecimento.

Para commoclidade dos seus" freguezesexiste na Livraria Franceza, rua 1- de Marçon. 9 (outr'ora rua do Crespo) uma caixadesta empreza. onde poderão depositar porescripta'odas as reclamações ; e, sendo estascom urgência, devem ser dirigidas directa-mente ao abaixo assignado na Fabrica doGaz, que dará proroptas providencias.

Eecife, 9 de Setembro de 1875.¦ F. A. Drcw. .' ;

Gerente.

DO DR.

MURILLOPraça do Corpo Santo

n.ll|| 2o. andar. .

Consultas das 6 horas ás 8 horasda manha, e do meio dia ás 2 horasda tarde.

ESPECIALIDADESPartos, moléstias da pelle, de se-4

ntíoras e crianças.Chamados per escripto a qualquer

hora do dia e da noite.

Casa de CampoS-bloca-se o arrendamento de uma easa,;

fresca, e de boas accommodações, com jar-dim moderno, pomar, horta, cacimba commuito bôa água potável, banheiro de choqueechovisco etc. etc, situada em um dosar-rebaldes mais saudáveis, e a dois passos deuma das estações da via-ferrea do Caxangá.

Para informações na rua do Encantamen-to n* 5, escriptorio.

los, sendo 8 castanhos, 2 rudados, 1 caxito,1 russo, 1 pedrez e 1 mellado.

As pessoas que se julgarem donos dos res-pectivos cavallos,Jpoãem-se apresentar na di-ta subdelegacia que provando lhes serão en-tregues.

Subdelegacia de policia da freguezia doPoço da Panella 22 de Setembro de 1875.

O subdelegado.' Antônio Soriano do Rego Barros.

Ama de leitePrecisa-se de uma ama de leite sem filho :

a tratar no pateo da Santa Cruz n. 24.

I Páo d'Alho I[| O Bacharel José' de Souto Lima, mu-|j dou-se da comarca de Santo Antão pa-M ra a de Páo d'Alho, onde continua a|j exercer a sua profissão de advogado.1 Eeside na villa.

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Ensaios e estudosDE

PHILOSOPHIA

COM URGÊNCIAPrecisa-se de uma ama para tomar confia

de uma menina : a tratar na rua do Faroln. 52.

FEITOR VPrecisa-se de um feitor : na rua do Prinoi*

pe, n* 2.

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GOlMpPRAÇA DO RECIFE, 29 DE SETEMBRO DE1875.

Algodão— do sertão 1- sorte 7:400 rs. por15 kils.

Dito—sobre mediano G:400 rs. por 15 kils.Dito—de 2- sorte 5:400 rs. por 15 kils.Desconto—de lettras 11 e 12 0[o ao anno.

ALFÂNDEGA DB PEENAMBUCO 29 DBSETEMBRO DE 1875.

Rendimento do dia Ia 28. 524:292$025c Idem d o dia 29 22:937^122

Venda de terrenoVende-se um terreno com vinte e cinco

palmos de frente e tresentos de fundo naEncruzilhada, ao lado do portão da casa doDr. Feitosa, á tractar á rua larga do Rosárion. 36 ou na rua do Lima com a Sra. D. Lau-rinda Maria da Silva, perto á capella.

.

Carne do Sertão, á 280 rs. $ e era arrobaa 8:500 rs., sò na ruá de Pedro Affonso (an-tiga da Praia) venda n. 43.'

POR

TOB1AS BAREJETO DE MENEZES

Está a venda a primeira livração destaobra, contendo 150 paginas, em todas asnossas livrarias, a 2$000 cada exemplar.

Contem esta primeira livração os artigosseguintes :

A sciencia da alma, ainda é sempre contes-tada.

Uma excursão de dilettaute no domínio dasciencia bíblica.'

Auerbach e V. Hugo.Sobre um escripto de A Eercxdano.Socialismo em litieratura.A Musa da felicidade,

VERDÃDEIBOLeão do Norte

ABMAZBM DE MARCINAEIA A RUA DE PA?

LINO CÂMARA (oüTR'0RA GAMBOA DO CAR

MO) N. 25.I

o dono deste estabelecimento e_carre-ga-se de fazer qualquer obra tendentea sua profissão, c©m todo o esmero epromptidão, assim barateza.

Raios sem Luzversos

I .'Alva Xavier . .ou antes de Guilherme de Castro Alves, irmão do poeta Antônio de Castro Alves.

Acham-se á venda na livraria de Lailha-car.

Cada volume em brochura—3|000.

Attenção"Vende-se violas, violões e guitarras de to-

das as qualidades, muito bem feitas: na ruada Eoda n. 39, fabrica.

547:229!ipl47Navios á descargapara o dia 30d'Setembro :

Brigue portuguez Damião (atracado) va-rios gêneros para trapiche Conceição.

Lugar inglez Emblyn, vários gêneros paraalfândega, cimento para deposito no trapi-che Cunha.

Brigue francez Gyghe, vinho para depositono trapiche Barbosa.

Brigue hollandez Goorècht Oldambt, fári-nha ja despachada para 1- ponto.

Brigue allemão Ilenriette carvão já despa-chado para o 1- ponto.

Barca ingleza Imogene, (atracado) baoalháojá despachado para.o trapiche Conceição.

CAPATAZIA DE PEENAMBUCO

Rendimento do dia la28 9:527$745Idem do dia 29 _57|'727

* 10:085 $472VOLUMES SAHIDOS

Do dia Ia 28 29:990dia 29

1- porta ....... 772* dita 3588-dita.. 372TrapicheOonceiç. 1:425Trapiche dá Alfândega 1

32:223

ÀYPela subdelegacia de policia da freguezia

do Poço da Panella, se faz publico que foramaprehèndidos por serem furtados nove cavai-

SERVIÇO MARÍTIMO

Alvarengas descarregadas nos trapi-ches d'alfandeg.do dia la28...;. 18

Idem no dia29

Navio atracado do dia 1 a 29...18

8

AdvogadoO Bacharel Fábio Alexandrino dos Eeise.

Silva, tem o sen escriptorio á rua do Imperador n. 67, í; andar, onde pôde ser procurado das dez horas da manhã, ás trez dtarde. i3£_.___i__-____i____-^ üI A?íW(f^4.M_> I[fj Antônio cie Siqueira |I 79—PRAÇA PEDRO 11-79 I58 m^3^^^^^g5l_gBS^SB_f_?__3______8_-__-

Offerece»seUma pessoa para caixeiro de cobrança

u'evsta cidade ou fora d'ella : quem precisardirija-se a rua do Calabouço, officina de en,.talhador.

Idem do dia 29 1:461$676

36:933^998

arte marítima• CONSULADO PROVINCIAL

Rendimento do dia 1 a 28.... 91:807>f880« do dia 29 $

*..

EECIFE DRAYNAGERendimento do dia 1 a 28

a do'dia 29 '

iRECEBEDORIA DE RENDAS INTER-

NASGERAESRendimento do dia 1 a 28 85:472^322

ENTRADAS—DIA 29Portos do Sul—5 dias, vapor inglez Elbe, de

1773 tons. com. "West, equip. 79, carga

vários gêneros a Adamson Howe & C.Terra-Nova—34 dias, barca ingleza Imogene,

de 311 tons. cap. J. "W. Thomaz, equip.

12, carga bacalháo a Keller & C.Lisboa—50 dias, brigue portuguez Damião,

de 275 tons. cap. A. dos Santos, equip. 9,carga vários gêneros aSilvaGuimarães&C.

Cardiff—5 dias, basca ingleza Day Brealc,de 287 tons. cap. Barber. equip. 8, cargacarvão a Companhia Draynagem.

SABIDAS

Portos da Europa—vapor inglez Elbe, com."West, carga vários gêneros.Caual—patacho norueguense Eatsèllo; cap.

S. Stang, carga assucar.

Page 4: p; .mim - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1875_00693.pdf1 Anno IV ASSIGNATURAS ' (Recife) Trimestre 4$000 Anno 16$0Q0 (Inteiior e Províncias) Trimestre4$600 Anno 18$000

4* A Prevlncia

• >

i t

Medalha de «ooperador da Casa Ménier, na Exposição universal de 1855, MEDALHA DE PBATA NA, EXPOSIÇÃO MARÍTIMA INTERNACIONAL DO HAVRE DE 1868

Medalha de bronze na Exposição internacional de Trieste de 1871. i -i

PRIVILEGIOS. G. D . G. papei iNNiN, i nsrm&n mus MARCA

DE FABRICADepositada

PARA SINAPISMOSADOPTADO PELOS HOSPITAES DE PARIS, PELAS AMBULÂNCIAS, E HOSPITAES MILITARES,

PELA MARINHA NACIONAL FRANCEZA E PELA MARINHA REAL INGLEZA -f

Sob o nome de Mostarda em folhas, inventei uma nova forma de sinapismos que supprime todos os inconvenientes occasio-nados pelo uso da farinha de mostarda em cataplasma.

Em vez das operações múltiplas, desagradáveis e dispendiosas que necessita a applicação de um sinapismo pelo methodo or-dinario, basta molhar-se uma d'estas folhas mergulhando-a em água ordinária, durante um meio minuto, e applical-á depois sobre apelle para obter-se um effeito igual ao do cataplasma de mostarda. Evita-se d'esta maneira emporcalhar pannos, incommodar o doentee as pessoas que o tratam com o cheiro desagradável e a exalação acre provenientes do cataplasma.

Eis além d'isto em que termos os mestres da sciencia caracterisam esta nova forma de sinapismo Cedo-lhes a palavra, por ,não querer fazer, eu mesmo, o elogio de minha invenção.

Paul EIGOLLOT.Antigo interno dos hospitaes, laureado da Escola de pharmacia.

Kua Vie^e-du-Temple, 26, em Paris.« O probema resolvido pelo Senhor Rigollot, com o mais feliz resultado na composição deste papel foi conservar á mostarda todas as suas propriedades, obtendo em

poucos instantes, e com facilidade um effeito decisivo com a menor quantidade possivel de medicamentos.« Em qualquer familia encontrar-se-ha o sinapismo em folhas, pois suarevulsão rápida torna-o medicamento urgente que em muitas moléstias vem á ser de primeira

utilidade. »A. BoUCHARDAT,

'

Professor d'hygiene da Faculdade de medicina de Paris,membro da Academia de medicina.

( Annuario de Therapeutica, 1868, pagina 204.)« Sob o nome Mostarda em folhas o Senhor Kigolloi. introduzio na therapeutica sinapismos summamente activos e commodos, cujo uso foi ndoptado nos hospitaes de

Paris, etc. ''•* Regnauld,

Professoo da Faculdade de medicina de Paris, membro da Academiade medicina, director da pharmacia central dos hospitaes.

( Tratado de Pharmacia theorica e pratica, de Soubeyran, 6.a edição, papina 675.)mi O Annuario precedente foi um dos primeiros a annunciar esta engenhosa invenção (a mostarda em folhas de Paul Eigollot) cuja apparição era completamente recor-

e prediziamos-lhe o êxito que não deixa de acompanhar as cousas úteis e o verdadeiro progresso.« Depois de um anno de experiências therapeuticas, vamos hoje certificar que o novo sinapismo obteve bom êxito. Todo o Corpo medico acolheu-o com unanime benevolência« As invenções realmente boas são tão raras na época actual que ninguém deverá admirar-se que elogiemos a que confirmou nosso prognostico favorável depois de um

anno dó felizes experiências, etc. »t

(Annuario Pharmaoeutico, 1869, pagina 239.)

Paeisel,Antigo preparador da Escola dnpharmacia de Paris, etc.

0 PAPEL RIGOLLOT E' VENDIDO POR TES IURFMAS1." Em caixinhas, forma de estojo, contendo 10 folhas de um decimetro quadrado de superfície; esta forma é a mais commoda para a medicina civil, o provimento de fa»

milia e o transporte em viagem;2.* Em rolos formando uma só tira, disposição commoda paia pôr-se uma cinta de sinapismos nos casos de cholera3.* Em caixinhas de folha deflandres.com 25 folhas, modelo da marinha nacional, para a armada e os hospitaes mantimos.

OPINUÓ DOS MÉDICOS ET DOS PHARMACEÜTiOOSSOBRE O PAPEL RIGOLLOT

Na ultima relação da Academia de medi-eina, annunçiamos que tornaríamos a fallarda Nota apresentada pêlo Senhor Bouchar-dat em nome do Senhor Rigollot, sobre umanova forma cie sinapismos. Lendo esia no-ta, os nossos leitores acharão certamenteque temos razão de publical-a in extenso,visto que a pharmacologia realisa raras ve-ses aperfeiçoamentos tão felizes como o doSenhor Eigollot, cuja nota dá a descripção.Este aperfeiçoamento não tora someute poreffeito de tornar mais commoda e mesmomais efficaz a applicação dos sinapismos;essa vantagem acarretará comsigo uma se-gunda mais importante, que ha de ser a ex-tensão da medicação revulsiva, medicaçãomuito poderosa em um grande numero deaffeções que tuem a dor por symptoma pre-dominante e da qual priva-se comtudo mui-tas vezes, por causa dos incommodos quetraz comsigo a applicação dos sinapismospelo methodo vulgar. Já vimos a prova danova preparação do Senhor Rigollot, e nósnos arriscaríamos a dizer, como alguns ma-thematicos dizem de certas soluções ou decertas demonstrações, que ella ê não sômuite efficaz, mas também muito elegante.

(Reforme medicaie de agosto de 1867)

Belação da Exposição de 1867Devemos louvar o Senhor Ménier de ter

dado asilo, na sna bella exposição,a um ou-tro produeto novo que eu me faço um deverdo assignalar e de recommendar aos meusloitors, desejando ao mesmo tempo cor-dialmente qua elle.-* uão tenham necessida-de de recorrer a elle.

Adivinha-se que é d'um medico que setrata, remédio bem vulgar, de um empregofreqüente e muitas vezes saudável: o sina-pismo as um sinapismo novo, infinita-mente mais commodo, mais activo, e, emsumma, mais limpo do que o cataplasmaque se emprega vulgarmente.

Sabe-se que o sinapismo é um revulsivoenérgico, ao qual tem-se recurso nos casosurgentes e que necessita, por conseqüência,serapplicado com promptidão. Ora, apre-psração do cataplasma sinapisado é lenta eas pessoas que tratam do doente nem sem-pre sãe babeis a fazel-o. De mais a maisa farinha de mostarda altera-se em poucotempo pela raneidez do óleo gordo que ellaconteém.

A mostarda cm folhas, do Senhor PauloRigollot, faz desapparecer todos esses in-convenientes. E' um sinapismo inteira-mente prompto, inalterável, que cada qualpode sempre tor comsigo em provimento ;que o medico do campo pode levar no bolçoquando é chamado para ver um doente,e que basta pôr de molho durante um meiominuto n'agna fria antes de applical-o.

O Senhor Rigollot desembaraça a farinhade mostarda do seu oloo gordo, e, depois deter d'esta maneira assegurado a conserva-ção elle a estende e a fixa com um untpde bnrraxa sobro folhas de papel qne se cor.tam á vontade em pedaços cie todas as di-menções. Essa invenção parece nada ser,não é assim ? parece que qualquer a pode-ria tor achado. Todavia ninguém antas doSenhor Rigollot pensou nella, e este sábiopharmaceutico .terá feito mais para a pra-iica medica com a sua mostarda em folhas

do que muitos outros com drogas mais com-plexas o mais dispediosas.

Arthur MANGIN.(La Prtrie, 5 de novembro de 1867)

A cada instante nos nossos campos o denoite nas nossas cidades, vê-se quanto apreparação d'um sinapismo com a farinhade mostarda ordinária dá incommodos,quanto tempo é ás vezes preciso para obter-se o elemento essencial, feliz ainda quandoproduz effeito. Por ;6so, o sinapismo secco,mostarda em folhas do Senhor Rigollot, é umapreparação que deve.fazer parte do estojo domedico e entrar no3 provimentos da phar-macia dos nossos castellos, dos nossos es-criptorios e estabelecimentos de beneficen-cia cie todas es sortes. E' prestar, por con-seqüência", um verdadeiro favor á sociedadeespalhando-se o uso e recommendando-o áattenção dos Senhores curas, mestres'e mes-trás dos campos. Üs ensaios feitos na nos-sa cidade pela maior parte dos nossos medi-cos e por nós mesmos, provarão de uma ma-neira peremptória a utilidede, a commodida-de, a economia eaprompta energia d'esteagente, medico indispensável. Evita-se comelle todas as manipulações que exige o sina-pismo ordinário, de uma mais fácil applica-ção não pode escorregar sobre a pelle nemsujar o doente e elle é uma garantia contraa má qualidade e b alteração da farinha demostarda quando o velha e hiruida.

C. BESNOU.Antigo pharmaceutico em chefe damarinha, em Cberbourg cavalheiroda Legião de Honra.

(UAvranchin', 13 de outubro de 1367.)

Esta ingenhosa preparação, que tem amúltipla vantagem:

1.* de apresentar um revulsivo inalterávele ãobre o qual se íW" nompre contar; 2.* deevitar aos doentes e ás pessoas que tratamd'elles os incommodos da preparaçõo de si-hapismo sob a forma de cataplasma; 8/ desupprimir o emprego do panno pouco abun-dante em casa dos solteiros e das famíliaspobres; 4/ de tornar portátil e immediata-mente applicavel sem preparações prelimi-nares o revulsivo por excellencia, respeitan-do ao mesmo tempo a tradição medica, eapresentando a própria mostarda e só ellaconstitue um verdadeiro serviço prestadoaos medices e aos doentes.

Doutor H. AfciTIER,

(Sqlup public de 30 de novembro de 1867.)As experiências relativas ao emprego dos

seus sinapismos em folhas foram feitas etconduzidas com um esmero minucioso; ex-perimentou- se mesmo sobre os mesmos doen-tes o emprego simultâneo das suas folhas eda farinha ordinária. Devo na verdade di-zer-lhe que o seu suecesso foi completo nãosó pela rapidez do effeito mas como tambémpela efficacia, o que é mais importante: porconseqüência acha-se a questão resolvida.

MAILLARD,Pharmaceutico em chefe dss nospitaes

• de Orleans. •

(7 de dezembro de 1867.)

Typ. da Província

,/