a antiguidade tardia em textos - a arte chinesa através dos tempos - andré bueno

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  • 8/13/2019 A Antiguidade Tardia em Textos - A Arte Chinesa Atravs Dos Tempos - Andr Bueno

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    ndice

    O objetivo desta seleo , antes de tudo, fornecer uma

    base didtica para o estudo da China Antiga. Longe de

    ser uma base completa, trato aui dos dados mais

    superficiais e abrangentes ue possam condu!ir o

    interessado num estudo srio e esclarecido sobre o tema,

    de modo a reali!ar uma e"posio ue no seja nem

    http://chinaimperial.blogspot.com/2008/03/apresentao.htmlhttp://4.bp.blogspot.com/_KlfjjUIPn_Y/SBdsiSJFdwI/AAAAAAAAANI/_3jCOS__KYQ/s1600-h/chine.bmphttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/03/apresentao.html
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    cansativa, nem muito comple"a. #nevitavelmente, somos

    obrigados a nos deparar com algumas relativi!a$es

    te%ricas necessrias ao aprofundamento do estudo desta

    civili!ao, cujas especificidades invocam um olhar

    bastante cuidadoso. &o entanto, nos deteremos, aui,

    num conjunto de e"plana$es bsicas ue sirvam de

    referencial a todas estas uest$es. #gualmente, a

    determinao dos elementos bibliogrficos serve a

    proposta inicial de tornar um pouco mais acess'vel este

    nosso estudo. (uscamos, pois, indicar te"tos ue sejam

    facilmente encontrados, ue estejam em nosso idioma e

    ue sejam de academicamente vlidos, afastando)mepropositalmente de toda e ualuer publicao de

    carter e"otrico ou de fonte duvidosa. &o caso

    espec'fico da sinologia, sabemos ue tais te"tos abundam

    em profuso, dificultando o estudo srio da China e

    comprometendo um trabalho esclarecido.

    Andr (ueno

    .......................................................

    NDICE

    . Histria- Uma apresentao geral sobre a histria daChina, organizada atra!s dos se"s prin#ipais per$odos

    din%sti#os.

    . & 'ensamento Chin(s- )e*tos sobre a histria dopensamento #hin(s, se" desenolimento e #one*+es #omo pensamento o#idental.

    . eligio e itologia- &s prin#ipais #"ltos #hineses, a

    interpretao religiosa das es#olas ilosi#as,religiosidade pop"lar e o"tras religi+es na China.

    http://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/histria.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-pensamento-chins.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/religio-e-mitologia.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/histria.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-pensamento-chins.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/religio-e-mitologia.html
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    . /s Ci(n#ias na China- Como era a matem%ti#a, a $si#a,a geograia, et#. na China Imperial0 Uma apresentaodiersa do tema, a partir dos trabalhos de Colin onan.

    . / arte #hinesa atra!s dos tempos- / eol"o da arte#hinesa desde os primrdios na Dinastia 1hang at!s os diasde Ho2e.

    . 3ebgraia- 1"gest+es bibliogr%i#as e lin4s interessantespara a pes5"isa sinolgi#a.

    ..................................................

    obs6 No to#ante a graia dos nomes #hineses, preseramosa orma original "tilizada nos te*tos.

    A arte chinesa atravs dos tempos

    http://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/as-cincias-na-china.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/arte-chinesa-atravs-dos-tempos.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/03/webgrafia.htmlhttp://4.bp.blogspot.com/_KlfjjUIPn_Y/R_1aOTyr3vI/AAAAAAAAAIk/E1-AhDW_dS8/s1600-h/24.jpghttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/as-cincias-na-china.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/arte-chinesa-atravs-dos-tempos.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/03/webgrafia.html
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    . /rte Chinesa - introd"o

    . Es#rita e /rte

    . & 7in - 7ang, sombra e l"z

    . 8ronzes na antig"idade #hinesa

    . 9po#a :e"dal

    . :antasia das ;inhas

    . Da "nii#ao < !po#a Han

    . Des#entralizao e /rte 8=di#a

    . Da China de#adente < !po#a 1ong

    . /g"ada #om tinta da China

    . / /r5"itet"ra #hinesa

    . & 1!#"lo >?

    . & s!#"lo >@ - a es#ola de Che4iang e de 3"

    . & 1!#"lo >A

    . & 1!#"lo >B

    Arte Chinesa - introduo

    / sit"ao da arte do E*tremo &riente no #on2"nto da arte"niersal ainda no se en#ontra #laramente determinada. / arte

    http://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/arte-chinesa-introduo.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/escrita-e-arte.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-yin-yang-sombre-e-luz.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/bronzes-na-antiguidade-chinesa.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/poca-feudal.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/fantasia-das-linhas.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/da-unificao-poca-han.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/descentralizao-e-arte-bdica.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/da-china-decadente-poca-song.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/aguada-com-tinta-da-china.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/arquitetura-chinesa.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-sculo-14.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-sculo-15-escola-de-chekiang-e-de-wu.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-sculo-16.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-sculo-17.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/arte-chinesa-introduo.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/escrita-e-arte.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-yin-yang-sombre-e-luz.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/bronzes-na-antiguidade-chinesa.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/poca-feudal.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/fantasia-das-linhas.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/da-unificao-poca-han.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/descentralizao-e-arte-bdica.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/da-china-decadente-poca-song.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/aguada-com-tinta-da-china.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/arquitetura-chinesa.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-sculo-14.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-sculo-15-escola-de-chekiang-e-de-wu.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-sculo-16.htmlhttp://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/o-sculo-17.html
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    desta regio poss"i, 2"stii#adamente, rep"tao eleada e atrai"

    n"merosos amadores e #ole##ionadores. / partir do s!#"lo III

    inl"en#io" a arte e"rop!ia, e pode at! ser #onsiderada #omo "ma

    des#oberta do estilo o#o#. 'elos ins do s!#"lo I, as gra"ras

    em madeira e a pint"ra reol"#ionaram a arte m"ndial e inspiraram

    os artistas modernos. E, no entanto, isso no impede 5"e e*istam

    ainda ho2e in=meros pre#on#eitos a respeito do E*tremo &riente.

    / China no se in#l"i entre as mais antigas #iiliza+es do "ndo

    oi pelo menos "m mil!nio depois do Egipto e da Fsia /nterior 5"e

    al#ano" "m n$el de alta #iilizao. /s es#aa+es, ini#iadas em

    >G, mas somente protegidas e #ond"zidas sistemati#amente

    desde >G@, azem progressiamente apare#er os limites em 5"epodem ins#reer-se as nossas inestiga+es. 9 5"ase #erto no

    des#obrirmos obras de arte de grande #ategoria antes de >@ a.

    C. mas por olta dessa !po#a 2% e*istiam #idades, "ma arte do

    bronze m"ito aanada e proaelmente a es#rita, 5"e

    en#ontramos desde >J a. C. )amb!m seria errado #rer 5"e, atr%s

    da Krande "ralha, erg"ida em a. C. e originariamente simples

    anteparo de terra, a China tenha iido e#hada em si prpria, sem

    5"al5"er #onta#to #om o resto do "ndo.Ln.t6 no ano de p"bli#ao deste liro, as pes5"isas ar5"eolgi#as

    #hinesas no haiam orado os limites #ronolgi#os desta

    #iilizao at! "m passado mais remoto, o 5"e seria eito

    posteriormenteM

    % no #omeo do Neol$ti#o, #er#a de a. C., as rela+es #om

    importOn#ia histri#a entre todas as partes do #ontinente e"ro-

    asi%ti#o eram m"ito mais intensas do 5"e temos imaginado. /s

    #erOmi#as, de 5"alidade s"rpreendente e m"itas ezes de grande

    in"ra, 5"e #onstit"em o #ontrib"to mais antigo e mais belo da

    China para a arte "niersal, mostram representa+es e de#ora+es

    indis#"tielmente semelhantes < #erOmi#a Pde ai*asQ e < #erOmi#a

    Rde #ordasS e"rop!ias. / origem, a idade e a disperso destas

    #iiliza+es pr!-histri#as so problemas 5"e no se resolero,

    erossimilmente, en5"anto no se tier "m mais e*a#to

    #onhe#imento da eol"o da China. L...M'ara mais, temos propenso para simplii#ar e atrib"ir

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    indis#riminadamente ao E*tremo &riente todo o g(nero de

    des#obertas, #omo o papel, a imprensa, a plora para armas, a

    b=ssola e a por#elana. 1im"ltaneamente imaginamos 5"e t"do se

    desenole" de maneira #ont$n"a e 5"e a China al#ano" "m alto

    n$el de #iilizao mas de modo relatiamente lento e n"ma 5"ase

    imobilidade. Con!m re#ordar 5"e a distOn#ia de 'e5"im a Hong -

    Tong - #er#a de 5"ilmetros - #orresponde mais o" menos < de

    N%poles a Esto#olmo e 5"e, por #onse5V(n#ia, a arte e*tremo-

    oriental e a arte e"rop!ia dominam espaos sensielmente

    id(nti#os. 'or esse motio, tamb!m a s"a histria apare#e to ri#a

    e to moimentada #omo a da E"ropa, se bem 5"e no tenha

    #onhe#ido, no mesmo gra", #at%stroes e deasta+es iolentas ed"rado"ras.

    )endemos ainda para ig"rar a pop"lao do E*tremo &riente #omo

    B milh+es de indi$d"os id(nti#os "ns aos o"tros. Consoante a

    simplii#ao 5"e nos az #onsiderar a :rana #omo o pa$s da

    literat"ra, a It%lia o da pint"ra e a /lemanha o da m=si#a, poder-

    se-ia #ara#terizar a China #omo o pa$s da #erOmi#a e o apo o da

    la#a. Estes dois pa$ses #riaram nestes dois g(neros, e tamb!m na

    arte t(*til, parti#"larmente na da seda, obras 5"e o"tros podemig"alar, mas 5"e no #onseg"em "ltrapassar.

    3. 1peiser e E. . Erdberg-Consten RE*tremo &rienteS. ;isboa6

    erbo, >GAG

    Escrita e Arte

    N"m dom$nio essen#ial, a China e o apo disting"em-se do resto

    do "ndo, in#apaz de nele os seg"ir e at! de #ompreend(-los6

    trata-se da es#rita e do alor s"premo 5"e estes dois poos lhe

    #on#edem. No temos palaras para o e*primir, e a5"ilo a 5"e

    #hamamos R#aligraiaS no ! mais do 5"e "ma grosseira

    apro*imao. / #aligraia ! "ma es#rita ornamental, desenhada por

    espe#ialistas o" por t!#ni#os de arte mas para os E*tremo-

    &rientais a es#rita no #omporta apenas "m alto alor est!ti#o6 ! a

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    e*presso e o prprio s$mbolo da arte h"mana e at! da #iilizao.

    1eg"ndo eles, s desde 5"e se sabe es#reer e*iste "ma #iilizao

    a palara Wen pode signii#ar Pliterat"raQ, ParteQ o" PornatoQ.

    / es#rita !, sim"ltOneamente, a primeira e a s"prema arte do

    E*tremo &riente. / China ! talez o =ni#o pa$s do "ndo em 5"e

    e*iste "ma arte lire, a da es#rita, 5"e se prati#a apenas por si

    prpria, sem 5"al5"er inalidade l"#ratia. &s instr"mentos 5"e

    serem para es#reer so os mesmos 5"e serem para pintar, e a

    5"em aprende a es#reer #om a2"da do pin#el az-se pintar ao

    mesmo tempo alg"mas lores o" #anas de bamb", a im de ormar o

    se" sentido da #omposio dos #ara#teres assim, 5"em

    simplesmente aprende" a es#reer domina ao mesmo tempo os"tens$lios do pintor. 'or olta do s!#"lo I a. C., a pint"ra torna-se

    passatempo dos esp$ritos mais deli#ados, 5"e tieram o mais seero

    treino, e 5"e mane2am o pin#el #om "ma seg"rana "namb"les#a.

    as aprender a es#reer signii#a tamb!m dizer-se o 5"e se tem a

    dizer de "ma orma pereitamente #lara e agrad%el e, por

    #onse5V(n#ia, poss"ir "m estilo, no sentido liter%rio da palara.

    /l!m disso, desde a !po#a de Con=#io 5"e os Chineses aprendiam

    de #or tanto #antos #omo poemas, 5"e no se limitaam a ler6#antaam-nos. Disso res"ltaram 5"atro g!neros essen#iais6 a

    #aligraia, a pint"ra, a poesia e a m=si#a, podendo somente eles ser

    #onsiderados #omo artes lires e a"t(nti#as. 1eria poss$el, embora

    di$#il, azer "ma histria do estilo das artes do E*tremo &riente,

    do s!#"lo III aos nossos dias, seg"indo "ni#amente a histria da

    #aligraia.

    3. 1peiser e E. . Erdberg-Consten RE*tremo &rienteS. ;isboa6

    erbo, >GAG

    O Yin - Yang, sombre e luz

    No s!#"lo III a. C. a #apital da dinastia Chang en#ontraa-se em

    Ngan-7ang, na pro$n#ia de Hono. H% #er#a de #in5"enta anos, as

    es#aa+es des#obriram mais de #em mil #arapaas de tartar"ga,

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    sobre as 5"ais haiam sido graados sinais de es#rita. Estas

    #arapaas e estas ins#ri+es, 5"e seriam para a pr%ti#a dos

    or%#"los, #ont(m os nomes dos reis 5"e os liros de histria

    posteriores men#ionam. 1o abstra#+es pi#togr%i#as estes sinais

    da es#rita, representando as #oisas e no a pron=n#ia. No total, 2%

    se disp"nha de #er#a de tr(s mil #ara#teres, 5"e, em grande parte

    e sob ormas diersamente estilizadas, ainda se empregam

    a#t"almente. Estes te*tos relatios aos or%#"los do#"mentam-nos

    po"#o a#er#a da ida 5"otidiana da !po#a, mas m"ito sobre a ida

    religiosa e espirit"al. &s dois #on#eitos, de #erto modo

    ar5"et$pi#os, do 7in e do 7ang X5"e na s"a origem signii#am o

    Es#"ro e o ClaroY 2% ento eram #orrentemente empregados. /t!ho2e, os Chineses no pensam em erdadeiras oposi+es,

    entendendo estas #omo apar(n#ias 5"e se #ompletam e 5"e no

    podem, em absol"to, e*istir "ma sem a o"tra.

    Conse5Ventemente, o #onhe#imento dos #on#eitos do 7in e do 7ang

    d%-nos a #hae da mais antiga das artes, #"2as realiza+es mais

    pre#iosas so os bel$ssimos bronzes sagrados en#ontrados em

    grande 5"antidade, prin#ipalmente nos t=m"los dos reis antigos.

    Ho"e grande dii#"ldade em des#obrir o sentido das ins#ri+es 5"eig"ram neles. 'ara nos atermos ao essen#ial, podemos res"mi-lo

    assim6 no #entro da #iilizao #amponesa e da ida r"ral de ento,

    5"e abrangia somente alg"ns #entros "rbanos, en#ontraa-se a

    terra, s"bstOn#ia sombria, tran5Vila e !rtil, da 5"al toda a ida

    pro#ede e < 5"al t"do o 5"e ! io regressa. &ere#iam-se-lhe

    sa#ri$#ios, e a ela se destinaam altares ao ar lire tamb!m se lhe

    reerem as ins#ri+es mais antigas.

    Na /ntig"idade Chinesa, para ig"rar as oras ina#ess$eis 5"e se

    en#ontram em todas as religi+es primitias, empregaa-se o animal

    de maneira 5"ase e*#l"sia.

    &s antigos #ara#teres das ins#ri+es relatias aos or%#"los 5"e

    designam as serpentes e os drag+es deem #onsiderar-se sinnimos,

    e a representao do drago #om o sentido 5"e ter% mais tarde

    pare#e no ter e*istido nesta !po#a. / par de bronzes de animais

    a#ilmente identii#%eis apare#em #ombina+es de #orpos deserpente e #abea de tigre, #om #hires de boi o" de #arneiro. il

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    anos mais tarde, 5"ando o signii#ado destes s$mbolos #ompsitos

    2% no era aper#ebido, oram designados por "ma palara estranha

    e intrad"z$el6 tZao-tZieh.

    Considera-se o esp$rito transparente, mel, 5"e no poss"i

    s"bstOn#ia, "m elemento se#"nd%rio e ra#o, #omo "ma #riat"ra da

    terra. Era simbolizado pela representao do ar e pelos animais 5"e

    o habitam, nomeadamente as #or"2as. ais tarde, o aiso, por

    e*emplo, oi #onsiderado s$mbolo do #laro 1ol e do prin#$pio 7ang.

    & #i#lo no 5"al a ida se #"mpre, #omeando na terra e inalmente

    regressando < terra, ! signii#ado pela representao de grilos -

    erradamente 5"alii#ados de #igarras -, #"2as laras

    iem na terra, 5"e depois saem na 'rimaera para semetamorosearem em animais do ar 5"e, de noo, #oniam < terra

    os se"s oos. Estas id!ias "ndamentais, m"ito simples, #om

    m=ltiplas ariantes, orne#em a #hae-mestra da arte religiosa da

    /ntig"idade Chinesa. Nessa !po#a no e*iste, a bem dizer, o"tra

    arte, e o a#to de "ndir em bronze, material ento sem d=ida

    e*tremamente pre#ioso, os ob2e#tos destinados aos sa#ri$#ios

    #orrespondia a "ma e*traordin%ria despesa.

    Um s"mpt"oso bronze sagrado deste g!nero en#ontra-se no "se"de Etnologia de "ni5"e. & #orpo deste aso, 5"adrang"lar e

    rigorosamente arti#"lado, tem "ma tampa 5"e lembra "m telhado.

    &s lados so ornamentados #om motios 5"e, possielmente, no

    poss"$am inalidade de#oratia, antes indi#am o sentido religioso e

    a inteno desta oerenda.

    'ara melhor se #ompreender este m"ndo das ormas #on!m

    sempre partir da representao dos olhos, o ele- mento 5"e melhor

    se disting"e. & triOng"lo inerior apresenta, por e*emplo, "m tZao-

    tZieh #l%ssi#o, o" a s"a #abea sob a orma de m%s#ara. Esta #abea

    ! diidida, por "ma aresta m!dia, em d"as metades sim!tri#as.

    e#onhe#em-se os olhos e, ao lado, "ma orelha a#ima, "m #hire

    #"ro de #arneiro, e, em bai*o, os dentes ar5"eados para o

    interior. Esta m%s#ara apare#e ainda no #imo, enri5"e#ida #om "m

    #orpo de serpente 5"e poss"i "ma esp!#ie de patas. /o lado (-se

    "m p%ssaro de peril, 5"e olha para o e*terior./s asas do aso retomam tamb!m o tema do tZao-tZieh, 5"e apare#e

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    ainda na tampa em orma de telhado. as a5"i a m%s#ara do tZao-

    tZieh est% de #erto modo inertida6 os #hires esto em bai*o e a

    a"#e, #om os dentes, abre-se para a parte s"perior em dire#o ao

    ori$#io do de"mador, protegido por "ma esp!#ie de telhado mais

    pe5"eno. )alez se2a temeridade interpretar esta representao

    #omo se os tZao-tZieh, s$mbolos da terra, e*p"lsassem o ar deste

    habit%#"lo, mas "m #onhe#imento mais e*a#to do simbolismo da

    !po#a torna esta interpretao m"ito signii#atia.

    3. 1peiser e E. . Erdberg-Consten RE*tremo &rienteS. ;isboa6

    erbo, >GAG

    ronzes na antiguidade chinesa

    &s bronzes sagrados da /ntig"idade Chinesa oere#em apenas "m

    limitado #on2"nto de tipos e de ormas. Desprende-se deles "ma

    grande ora, 5"e toma dire#tamente per#ept$el o signii#ado

    religioso e 5"e re5Ventemente d% "ma impresso de

    mon"mentalidade as#inante.Cer#a do ano > a. C. s"rge "ma noidade mar#ante. / orma

    e*terior dos bronzes no se modii#a, e #onsera-se a alta

    5"alidade artesanal da e*e#"o, mas en#ontram-se agora

    ins#ri+es nos "ndos e nas tampas.

    )rata-se 5"ase sempre de "ma homenagem e"dal o" de "ma

    eleao a "m plano so#ial s"perior, e o dia e o m(s so 5"ase

    sempre indi#ados #om e*a#tido. )amb!m ! nestas ins#ri+es 5"e

    pela primeira ez apare#e o tit"lo de P:ilho do C!"Y apli#ado aosoberano #hin(s, tit"lo 5"e ainda no e*istia nas ins#ri+es de

    or%#"los de Ngan- 7an. Esta noidade en#ontra a e*pli#ao n"m

    importante a#onte#imento histri#o.

    'or olta do s!#"lo a. C., "m poo do Noroeste da China tinha

    ata#ado a dinastia Chang, "tilizando #arros de #ombate p"*ados por

    #aalos, e destronara-a. No l"gar dos antigos reis #"ltiadores, 5"e

    tamb!m e*istiram, sem d=ida, ao mesmo tempo 5"e os Chang,

    instalaram-se os g"erreiros )#he". Distrib"$ram terras em e"do aos

  • 8/13/2019 A Antiguidade Tardia em Textos - A Arte Chinesa Atravs Dos Tempos - Andr Bueno

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    #hees dos se"s e*!r#itos e aos parentes da #asa real. De #omeo,

    adoptaram as ormas de arte dos Chang e os antigos artesos

    #ontin"aram a abri#ar os mesmos asos, enri5"e#endo-os, por

    ezes, #om ins#ri+es 5"e para ns so ontes histri#as #apitais.

    'or elas sabemos 5"e os reis )#he" prati#aam proaelmente

    o"tra religio, mais #onorme < s"a ida de g"erreiros. Nas

    ins#ri+es salienta-se o tema do #"lto dos antepassados, e os asos

    rit"ais so #olo#ados nos templos e salas de antepassados, no

    interior de grandes moradas, em honra dos as#endentes e para

    edii#ao dos des#endentes.

    Cer#a de G a. C., 5"ando o poderio dos reis )#he" atinge o

    apoge", o estilo dos bronzes de sa#ri$#io transorma- -se, sem 5"ese modii5"e a importOn#ia e a reda#o das ins#ri+es. Da

    de#orao dos asos desapare#em as representa+es simbli#as da

    /ntig"idade, o", ento, red"zem-se a "ma estreita ai*a

    ornamental e degeneram em p"ros ornatos, pobres de signii#ado.

    /o mesmo tempo, nota-se re5Ventemente "m eidente de#l$nio na

    e*e#"o t!#ni#a dos bronzes. En#ontram-se peas deeit"osas,

    #"2as ormas oram "ndidas em s!rie na #era sem 5"e os

    elementos se2am sempre deidamente nielados nas 2"ntas,dei*adas em br"to. /l!m dos bronzes, este estilo apare#e tamb!m

    em trabalhos de 2ade X2ade o" nerite ! "ma pedra de "m erde

    a#inzentadoY, de#orados #om os mesmos desenhos, mais

    ornamentais do 5"e simbli#os.

    Este estilo mant!m-se d"rante perto de trezentos anos, at! A a.

    C., e ! "lgarmente denominado [estilo )#he" m!dioS, mas talez

    #oniesse #onsider%-lo antes simplesmente #omo Restilo )#he"S. 9

    nele 5"e se e*pressa mais p"ra- mente a #on#epo destes

    #on5"istadores militares, 5"e #riaram a primeira grande ederao

    de estados no solo #hin(s e introd"ziram a id!ia da "nidade do

    Imp!rio sob "m =ni#o soberano.

    3. 1peiser e E. . Erdberg-Consten RE*tremo &rienteS. ;isboa6

    erbo, >GAG

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    !poca "eudal

    Cer#a de A a. C., 5"ando os pr$n#ipes das pro$n#ias de h% m"ito

    se haiam tomado senhores e"dais independentes, o estilo m"da

    de noo e desenole "ma magnii#(n#ia proana #omo n"n#a seira na China. /s ormas da !po#a m!dia )#he", #onsagradas pela

    tradio real, #onseraram-se, sem d=ida, ainda por m"ito tempo,

    nos bronzes de sa#ri$#io, mas os #ontornos e os pormenores

    obede#em agora a leis mais rigorosas e mais #laras. 'or o"tro lado,

    as ormas da /ntig"idade reapare#em em grande parte, mas

    interpretadas #om "m sentido noo, se#"lar e 5"ase ra#ionalista.

    1"rge "ma m"ltido de o"tras noidades, 5"er nos motios

    ornamentais 5"er nas representa+es, nos materiais o" nas

    t!#ni#as. % no ! somente o bronze 5"e est% ao serio do

    sagrado. Este material, o"trora e*tremamente pre#ioso, ! agora

    "tilizado em m"itos ob2e#tos de "so pessoal, #omo espelhos, #ai*as

    de to"#ador, ielas de #int"ro e $b"las. /o mesmo tempo,

    asso#ia-se o bronze a o"tros materiais e, em geral, pro#"ram-se os

    mais ariados eeitos de #or, graas a magn$i#as in#r"sta+es de

    o"ro e prata, de 2ade, de t"r5"esa e de mala5"ita. E*a#tamente

    #omo os pr$n#ipes e"rope"s do s!#"lo III, os senhores #hineses da

    !po#a e"dal X#er#a de A- a. C.Y rializam entre si na pro"so

    das ri5"ezas, na a5"isio de ob2e#tos pre#iosos de adorno, no

    esplendor dos se"s pal%#ios, 2ardins e par5"es de #aa.

    Inelizmente, nada disto s"bsiste, e*#ept"ando des#ri+es 5"e

    men#ionam ainda "ma ri#a pint"ra ornamental e ig"ratia.

    Conhe#emos, desde h% po"#o, inas pint"ras sobre la#a do s!#"lo

    a. C., por ragmentos de#orados e representa+es ig"ratias eme*emplares do s!#"lo I. / mais antiga pea de seda #hinesa 5"e se

    #onhe#e, ornamentada #om "m motio de losangos te#idos, data

    ig"almente do s!#"lo I e oi en#ontrada no /ltai. 1"rpreende er-

    se apare#er, desde A a. C., "ma s!rie de motios ig"ratios at!

    ento des#onhe#idos na arte #hinesa, mas #orrespondendo a "ma

    anti5"$ssima tradio da Fsia enor6 ai*as entranadas o"

    entrelaadas, ros%#eas, #$r#"los de pontos, motios de irg"las,

    gotas e pinas. Em si prprio, #ada "m destes motios no poderiater grande signii#ado, mas a apario sim"ltOnea de "m n=mero

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    to grande de temas noos no pode e*pli#ar-se seno pelo

    #onta#to #om a /sia enor. & apare#imento do motio da planta,

    por e*emplo, ! inteiramente noo na China. Entre os milhares de

    bronzes sagrados antigos ! imposs$el en#ontrar a m$nima al"so a

    "ma planta, embora se tenha de admitir 5"e ! "m motio desde

    sempre oere#ido aos artistas de todo o "ndo.

    Nos bronzes (em-se pela primeira ez, ao mesmo tempo 5"e os

    motios de#oratios, #ombates de animais - motio 5"e pode

    seg"ir-se sem interr"po da /#%dia do inal do ter#eiro mil!nio at!

    ao Iro sassOnida. Este motio ! #ompletamente des#onhe#ido da

    /ntig"idade Chinesa, e as #ir#"nstOn#ias pre#isas da s"a di"so na

    arte do "ndo /ntigo, a oeste at! < Etr=ria, #omo a leste at! GAG

  • 8/13/2019 A Antiguidade Tardia em Textos - A Arte Chinesa Atravs Dos Tempos - Andr Bueno

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    "antasia das #inhas

    / partir do #omeo do s!#"lo a. C., !po#a de Con=#io, podemos

    seg"ir, graas a ob2e#tos datados, o noo estilo linear, ao mesmo

    tempo ra#ionalista e #heio de esp$rito e de antasia, no de#"rso doss!#"los seg"intes. Do ano ?\, por e*emplo, poss"$mos 5"atro sinos

    #"2a data #onsta das ins#ri+es.

    Um destes perten#e ao "se" de /mesterdo a pea 5"e sere

    para o pend"rar transmite "ma agrad%el impresso de linhas

    #ont$n"as a s"spenso propriamente dita, #onsta de dois tigres

    #om asas em orma de ol"tas sobre as arti#"la+es e a #abea e

    #om "ma serpente na bo#a. Deemos obserar, #ont"do, 5"e na

    China /ntiga n"n#a "m tigre #ombate" #om "ma serpente o" to-

    po"#o #ome" alg"ma. No meio da ai*a inerior do sino reapare#e

    "ma m%s#ara tZao-tZieh em releo m"ito a#ent"ado, pereitamente

    re#onhe#$el pelos olhos e narinas esta m%s#ara est%, por se"

    t"rno, entrelaada e rodeada de serpentes, 5"e ormam "ma

    esp!#ie de trana e terminam ora em #abeas de tigre ora em

    #abeas de ae.

    / bela asilha #om tampa, da #ole#o annotti, totalmente

    de#orada #om silh"etas de #ontornos mar#ados ortemente e "m

    modo m"ito espirit"al, a#ompanhadas de 5"adr=pedes, ! "ma

    erdadeira obra de arte. 1obre a p%tina, 5"ase sempre lisa e de "m

    erde pro"ndo, sobressaem estes. peris, realados pelo ermelho

    das in#r"sta+es, proaelmente pela maior per#entagem de #obre.

    Entre os n"merosos espelhos de bronze des#obertos em )#hZang-

    #ha, o gr"po #om ig"ras de "rsos poss"i en#anto parti#"lar. / a#e

    anterior destas peas de bronze planas e #ir#"lares erapereitamente polida e seria de espelho a a#e dorsal, 5"e tem

    "ma pega no #entro, era, por norma, ri#amente de#orada, e alg"ns

    motios, a 5"e se pode atrib"ir "m signii#ado astronmi#o,

    re5Ventemente azem pensar 5"e %rias destas peas tinham

    inalidade #"lt"ral, #omo mais tarde a#onte#e no apo.

    ]"atro "rsos-l!m"res 5"e danam e m"t"amente agarram as

    #a"das deiam inspirar, de#erto, "m ran#o prazer, pois 5"e a s"a

    disposio ainda ho2e nos agrada. /s ormas so to nat"rais 5"e"m zologo no tem dii#"ldade em identii#%-los. & moimento,

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    parti#"larmente o das #abeas oltadas de lado, 5"ase no poderia

    ser maniestado de maneira mais #on#reta e, no entanto, os

    #ontornos e as #"ras, 5"e mais no ossem os das #a"das, so

    traados #om demasiado esp$rito para 5"e possa alar-se de "m

    estilo nat"ralista. Na !po#a e"dal en#ontram-se, sem d=ida,

    e*emplos t$pi#os de "ma Rrenat"ralizaoS a prpria ig"ra dos

    drag+es, animais sobrenat"rais, ganha ento, pela primeira ez,

    orma tipi#amente #hinesa6 as a#"m"la+es de s$mbolos de todos os

    animais da terra, tal #omo se ( nos tZao-tZieh da /ntig"idade, e os

    e*ageros #ontraditrios so eliminados disso res"lta "m animal

    eidentemente ant%sti#o.

    & aspe#to dos noos drag+es, rodeados de aria+es espirit"ais deol"tas triang"lares, os motios em eitio de gota, na pelagem de

    animais #om ormas pl%sti#as pereitas, e o signii#ado da

    #aligraia, em arabes#os da !po#a e"dal, maniestam-se de

    maneira e*emplar no pe5"eno tr$pode #om tampa, de bronze, #om

    in#r"sta+es de prata, do "se" de inneapolis, 5"e pode datar-se

    do s!#"lo III a. C., no apoge" e no im desta !po#a.

    3. 1peiser e E. . Erdberg-Consten RE*tremo &rienteS. ;isboa6erbo, >GAG

    $a uni%icao & poca 'an

    / !po#a e"dal termina de modo iolento no ano > a. C. / regio

    de )sZin, no ale de 3ei, p%tria da antiga dinastia )#he", #on5"ista,

    "ma aps o"tra, as %rias pro$n#ias, i#ando 5"ase todo oterritrio da China Interior re"nido e s"bmetido < a"toridade

    #entral de "m imperador, 5"e toma o t$t"lo de R'rimeiro Imperador

    da Casa )sZinS X)sZin Che H"ang-tiY, e 5"e de#lara assim

    abertamente a pretenso de, #omo :ilho do C!", e*er#er por s"a

    ez a a"toridade pol$ti#a.

    & primeiro imperador )sZin oi "m amador de arte. 'elo menos, ez

    #onstr"ir para si "m pal%#io de lend%ria magnii#(n#ia e "m t=m"lo

    no menos admirado. 'o"#o depois da s"a morte, por!m, o pal%#io

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    oi in#endiado e o t=m"lo sa5"eado. 'ara os se"s grandes

    empreendimentos art$sti#os organizo" administra+es #entrais, o"

    se2am oi#inas reais, #"2a a#tiidade #ontin"o" sob os imperadores

    Han. Desde ento, nos asos de bronze pode er-se nitidamente a

    m"dana de #on#epo6 as ins#ri+es 2% no alam da honra dos

    antepassados nem da #on#esso de e"dos apenas indi#am, #om

    grande e*a#tido, o peso dos ob2e#tos o", tratando-se de ob2e#tos

    de la#a, os nomes dos artesos respons%eis por #ada ase do

    trabalho e os dos #ontroladores, a im de 5"e estes p"dessem, por

    se" t"rno, ser igiados.

    Uma importante ini#iatia do imperador, tanto para a China #omo

    para o "ndo, oi a "nii#ao da es#rita e a orma standard 5"elhe imprimi". No tempo do pl"ralismo e"dal, #riaram-se n"merosas

    ormas parti#"lares de #ara#teres e estabele#eram-se maneiras

    lo#ais de serem lidos. & n=mero de #ara#teres era teori#amente

    ilimitado #riaram-se - e ainda ho2e se #riam - noas #ombina+es a

    partir de #er#a de d"zentos #ara#teres 5"e #omp+em o "ndo desta

    es#rita ideogr%i#a.

    )odaia, os tipos de es#rita impostos pelo primeiro imperador

    modii#aram-se to po"#o at! < a#t"al es#rita da imprensa 5"e sel( to a#ilmente #omo "m 2ornal moderno "ma ins#rio #hinesa

    graada em pedra h% dois mil anos.

    / 9'&C/ H/N

    Da !po#a Han X a. C. - d. C. apro*imadamenteY poss"$mos

    m"it$ssimos ob2e#tos, parti#"larmente os asos e as ig"ras

    e*tra$dos dos t=m"los por es#aa+es #landestinas e endidos no

    "ndo inteiro. &s asos s"bstit"$am ento, pelo se" bai*o preo, os

    bronzes 5"e na /ntig"idade e na !po#a e"dal eram, por ezes,

    #olo#ados em 5"antidades espantosas ao lado dos mortos. /s

    #erOmi#as da !po#a Han imitam isielmente as ormas de bronze.

    /presentam, por e*emplo, an!is de preenso modelados, 5"e

    nestes ob2e#tos no so mais do 5"e ornatos i*os e in=teis.

    )amb!m o idrado, 5"ase sempre erde o" #astanho-aermelhado,

    isa lembrar a tonalidade do bronze. / t!#ni#a simples desteidrado #om #h"mbo e*p"nha as s"per$#ies a %#il ata5"e por

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    parte dos elementos do solo assim, m"itos destes asos ad5"iriram

    "ma p%tina de #ores espelhantes, por ezes magn$i#a.

    Nas paredes dos ob2e#tos mais em oga nesta !po#a, 5"er se2a nas

    2arras altas o" nas bilhas em orma de asos e em re#ipientes mais

    bai*os e arredondados, 5"e imitam as ormas das #ai*as de

    to"#ador em moda desde a !po#a e"dal, en#ontram-se todos os

    g(neros de representa+es dos atra#tios da ida 5"otidiana e, em

    primeiro l"gar, as #enas de #aa. /s mais das ezes #aa-se a

    #aalo e dispara-se o ar#o em pleno galope, oltando-se o #aador

    para tr%s de a#ordo #om a t%#ti#a dos #aaleiros partas #ontra os

    legion%rios romanos.

    /s ab"ndantes ig"rinhas "ner%rias, enernizadas #omo os asos o"5"ase sempre pintadas a rio para po"par "ma #ozed"ra, do-nos

    em red"o "ma imagem da ida na !po#a Han, imagem mais

    pre#isa do 5"e a dos s!#"los seg"intes. 1eridores, seridoras,

    danarinos, #aalos, #es e bois, instala+es de #ozinhas, lares e

    at! #asas inteiras e 5"intas a#ompanham o morto na s"a sep"lt"ra.

    Cont"do, na maior parte dos #asos, ! imposs$el datar e*a#tamente

    estas reprod"+es, m"ito semelhantes entre si po"#as se eleam

    a#ima de "ma 5"alidade m!dia geral, apesar de poss"$rem sempre"m #erto en#anto.

    Estamos in#omparaelmente mais bem es#lare#idos pelas la#as

    des#obertas em grande n=mero, 5"e nos oere#em alg"mas

    e*#elentes representa+es da ida 5"otidiana. / maior parte oi

    eita na pro$n#ia de 1ze#hWan e di"ndida a mais de mil

    5"ilmetros de distOn#ia. Esta inormao !-nos orne#ida pelas

    ins#ri+es 5"e do o ano pre#iso da e*e#"o de "m grande n=mero

    de taas nos primeiros s!#"los a. C. e d. C. /s primeiras es#aa+es

    importantes oram ee#t"adas no asto re#into dos t=m"los de ;o-

    ;ang, em rente da a#t"al '^ong-7ang, na Cor!ia do Norte. as oi

    em )#hZang-#ha, na China Central, 5"e se en#ontraram

    re#entemente la#as antigas, re5Ventemente pintadas #om e*trema

    in"ra, 5"e nos permitem imaginar o 5"e ter% sido

    a grande pint"ra nos s!#"los 5"e pre#ederam a nossa era. Uma das

    taas des#obertas em ;o-;ang 5"e ostenta "m#ir#"lo prote#tor de bronze, o"trora do"rado, apresenta sobre "m

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    "ndo de la#a ho2e a#astanhado, mas 5"e originariamente era,

    de#erto, mais es#"ro, e sob a orma de "ma pint"ra em la#a

    prateada 5"ase pastosa, "ma de#orao ant%sti#a #onstit"$da por

    linhas m"ito alongadas, 5"e se enrolam na e*tremidade e nas 5"ais

    se en#ontram as inen+es e a #aligraia em ol"tas da !po#a

    e"dal. No espelho em orma de medalho, desta#ado do "ndo da

    taa, (em-se tr(s "rsos danando, dos 5"ais apenas alg"mas

    po"#as linhas de la#a mar#am os #ontornos, #ada "m deles n"ma

    mold"ra traada #om ia#idade e separado dos o"tros por "ma

    iada de pontos 5"e ig"almente lembram a t!#ni#a de gran"la+es

    o" granalha apli#ada ento na China.

    1e o eeito geral ! espirit"oso e #heio de ere, herana da !po#ae"dal pre#edente, o emold"rado do espelho redondo #onsiste

    apenas nas simples e se#as ig"ras de 5"adrados e losangos 5"e

    desempenharam to grande papel na !po#a Han. / "nidade e a

    sobriedade da #omposio, 5"e ento se en#ontram tamb!m nas

    sedas, no rele#tem somente as noas #on#ep+es da !po#a Han

    permitem a esta arte ser a#ilmente #ompreendida e pro#"rada

    m"ito para al!m das ronteiras da China. /s la#as, tal #omo as

    sedas, oram ob2e#to de #om!r#io #om pa$ses m"ito distantes6 aonglia, a 1ib!ria e at! o /no e o eganisto.

    / China, na !po#a e"dal, oi inl"en#iada nas s"as artes pela /sia

    idental doraante, ser% ela 5"e inl"en#iar% o resto do "ndo.

    'or e*emplo, retenhamos apenas a arte do Imp!rio das Estepes, do

    /ltai < H"ngria, 5"e pode essen#ialmente datar-se graas

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    #idades do Imp!rio omano.

    & 5"e melhor nos el"#ida a respeito da arte da !po#a Han so

    #ertamente os bai*os-releos das #apelas "ner%rias, des#obertas

    primeiramente no ant"m do 1"l e depois em 1et#h"an. 'erante os

    t"m"l"s dos sep"l#ros propriamente ditos, de bom grado as am$lias

    nobres erg"iam #apelas - simples edii#a+es #om o tamanho de "m

    5"arto, #om "m lado aberto, onde se sa#rii#aa aos antepassados.

    /s paredes de pedra eram ornadas #om bai*os-releos, 5"e,

    seg"ndo todas as probabilidades, transp"nham na pedra as imagens

    m"rais dos pal%#ios e das #asas.

    Entre os mais not%eis e*emplares destes bai*os-releos deem

    #ontar-se as la2es da #apela do pr$n#ipe /n, erossimilmenteproenientes de ;iang )#heng-#han, no ant"m do 1"l. :oram

    es#"lpidas #er#a de > d. C., e mais tarde 5"ebradas e "tilizadas

    em o"tros edi$#ios, onde ainda proaelmente se en#ontram.

    Deemos a /dol :is#her as otograias originais, obtidas em >GA,

    destas la2es, 5"e mostram a#onte#imentos da ida 5"otidiana. Um

    #asal est% sentado n"m pailho #onstr"$do sobre "m lago

    n"merosas seridoras esto sentadas < entrada do pailho, no

    telhado do 5"al "m ma#a#o prati#a a#roba#ias em bai*o, osseros, em bar#os, pro#"ram arpoar magn$i#as #arpas o" pes#%-las

    #om red(s na parte s"perior, 5"atro animais de #aa #ompletam a

    #ena.

    /o lado destas imagens da ida #orrente apare#em imagens

    histri#as o" morais em primeiro l"gar, e*emplos de amor ilial,

    "ma das irt"des #ardeais na China. 'or po"#as id!ias 5"e estes

    motios nos d(em do 5"e na realidade oi a pint"ra, #om os se"s

    temas e a ling"agem das s"as linhas e das s"as #ores, no dei*am,

    no entanto, d=ida alg"ma 5"anto < tem%ti#a, < ia#idade das

    representa+es e < mestria t!#ni#a.

    & DE1)/]UE D& INDIDU&

    No s!#"lo I d. C., parti#"larmente em Nan5"im, apare#eram dois

    noos a#tores a desempenhar "n+es de grande importOn#ia na

    arte #hinesa at! aos nossos dias. 3ang Hsi-t#he XJ>-JBGY inento""m noo estilo de es#rita, "tilizando as possibilidades do pin#el

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    terminado em ponta triang"lar e 5"e, em regra, ! seg"ro

    erti#almente sobre a olha de papel o" sobre a seda. /bandono"

    assim o sistema r$gido e seero das linhas re#tas, e ligo" estas entre

    si, graas a arabes#os #"rsios. Desde ento alo"-se da Pes#rita-

    eraQ, 5"e ond"la, le*$el, #omo a era sob o ento, e 5"e oi

    adoptada em n"merosos man"s#ritos. Dois pormenores deem ser

    apontados para o proano6 #ada ez 5"e se leanta o" se bai*a o

    pin#el seg"em-se dire#tamente as linhas traadas, 5"e se tomam

    ento mais largas o" mais inas. Esta alternOn#ia de #heios e de

    inos tomo"-se, depois de 3ang Hsi-t#he, #rit!rio da #aligraia

    est!ti#a e, "m po"#o mais tarde, da prpria pint"ra.

    'ara desenhar os traos do pin#el #om o maior prazer poss$el,mantendo entretanto "m #ontrole absol"to, #riaa-se o h%bito de

    azer linhas desde o ata5"e at! ao leantar do pin#el,

    pereitamente distintas "mas das o"tras, mas #om o m$nimo

    poss$el de #ortes. Em bree se e*e#"ta "m "ndo #om al=men,

    sobre o papel o" a seda, a im de 5"e o pin#el adira e*a#tamente e

    a tinta no es#orra. & 5"e impli#a 5"e os motios deem ser

    pintados alIa prima, sem esboo pr!io nem #orre#o o" repinte.

    No E*tremo &riente os letrados eram raros, ormando "ma minoria5"e se en#ontraa, deido ao se" a#esso a "n+es p=bli#as, liberta

    de 5"al5"er preo#"pao material. &s "n#ion%rios de n$el

    inerior, os #hees de pro$n#ia, administraam e 2"lgaam dezenas

    de milhares de homens. / China "ltrapasso" t"do, 5"anto ao

    pe5"eno n=mero de "n#ion%rios 5"e emprego", assim #omo 5"anto

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    raras, e os res#os e*e#"tados por #ons#ien#iosos artesos,

    nomeadamente nos t=m"los, no se lhe podem #omparar.

    Des#obriram-se res#os desses no opei, no ;iao-Ning Xan#h=riaY e

    na Cor!ia mas ainda no ! #erta a datao da !po#a em 5"e oram

    #riados, e somente #orrespondem a "m pe5"eno #ontrib"to para o

    #onhe#imento da pint"ra #hinesa propriamente dita. 'oss"$mos

    ainda elementos m"ito ins"i#ientes 5"anto

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    &s dois s!#"los entre @ e ?@ d. C. representam a !po#a mais

    obs#"ra da histria da arte #hinesa, mas no ! de es5"e#er 5"e as

    es#aa+es sistem%ti#as na China so re#entes, o 5"e nos lea a

    #oniar 5"e estas la#"nas iro a ser preen#hidas. 1em d=ida

    alg"ma ho"e ento grandes artistas, e os nomes dos pintores

    #!lebres 5"e nos oram transmitidos indi#am-no-los #omo 3ang Hsi-

    t#he e T"-Tai- -t#he Xpor olta de J?A-?BY, de 5"em se #onhe#em

    diersas #pias de dois rolos, #pias estas 5"e poss"em "m #erto

    alor do#"mental.

    / arte b=di#a na China

    /pro*imadamente em ?@ d. C. #omea a s!rie de obrases#"ltri#as b=di#as6 por "m lado, grandes est%t"as de pedra 5"e

    re#obrem os 8an#os de montanhas inteiras, onde se #aaram

    hipoge"s, e, por o"tro, os bronzes, 5"ase sempre de pe5"eno

    ormato, isto 5"e os maiores oram derretidos para se #"nharem

    moedas. /s ins#ri+es permitem-nos seg"ir o desenolimento

    destas es#"lt"ras de inspirao religiosa de de#!nio em de#!nio,

    at! B@. / maioria dos mon"mentos de pedra en#ontra-se no Norte,

    no territrio da dinastia 3ei, #"2o nome ! empregado para designaresta !po#a de arte mas no se limita a estas es#"lt"ras tos#as o"

    meramente simples toda a arte b=di#a de ento, nem to po"#o a

    arte #hinesa desta !po#a, nem se5"er o essen#ial desta arte. /

    importOn#ia de "m #entro #omo Nan5"im, #apital das 1eis Dinastias

    X;ie"-)#ha"Y, no pode ser s"bestimada, apesar de ainda no ser

    poss$el apre#i%-la #om 2"stia.

    'o"#as destas obras se #onseram. /penas as #olossais e grandiosas

    ig"ras de animais 5"e g"ardam os t=m"los dos imperadores e dos

    pr$n#ipes testem"nham esta antiga glria. /s ormas destas

    es#"lt"ras, poderosas, rigorosamente arti#"ladas e de #ontornos

    irmes, no t(m e5"ialente seno na #aligraia do estilo epigr%i#o

    de ento. / s!rie destes animais #omea, ig"almente, por olta de

    ?@ d. C. e #ontin"a at! ao s!#"lo I, #om alg"mas la#"nas e sem

    5"e esta pode- rosa grandeza, al#anada 2"stamente pelos mais

    antigos mon"mentos de Nan5"im, tenha sido mantida.Depois da dinastia Han prin#ipio" "ma !po#a de ermentao 5"e

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    Norte, )Zai 3"-tZi, depois da primeira grande perseg"io aos

    b"distas, 5"e de#orre" em ??A e se prolongo" por seis anos em

    todo o Imp!rio, empreende" "ma e*pedio de grande energad"ra

    em dire#o ao &este, tendo alargado as ronteiras do se" imp!rio

    at! ao Iro, #er#a de ?@. Estabele#e" assim "m #onta#to dire#to

    #om os 1assOnidas, e os teso"ros de moedas sassOnidas

    re#entemente des#obertos na China do Norte trazem-nos o

    testem"nho #on#reto das tro#as #omer#iais entre esta e o Iro, 5"e

    po"#o #onhe#ia do b"dismo e no dese2aa #onhe#(-lo melhor.

    /s ronteiras entre a China do Norte e a China Central n"n#a oram

    to ee#tias 5"e impedissem a #om"ni#ao nos dois sentidos.

    8odhidharma, ilho do pr$n#ipe de Ceilo, i#o" #!lebre por ter ido,#er#a do ano @, a Nan5"im e da5"i ter al#anado sem dii#"ldade

    a China do Norte, onde ie" #omo eremita no 1ong-Chan. 9

    enerado #omo "ndador, na China, da Es#ola da editao, a

    Es#ola do )#hZan, 5"e se torno" ainda mais amosa sob a orma

    2aponesa da mesma palara, o `en. No longe do lo#al em 5"e

    #onerte" o se" prin#ipal dis#$p"lo H"i-To, em 2apon(s Ei4a, erg"e-

    se ho2e o pagode #onstr"$do em @J, o mais antigo mon"mento de

    ar5"itet"ra #onserado em territrio #hin(s./ 5"esto 5"e nos p"semos, a propsito da arte sassOnida e da

    a#o 5"e pde e*er#er na arte #hinesa, est% ligado o importante

    problema da inl"(n#ia da /ntigVidade idental sobre o E*tremo

    &riente. &s 1assOnidas seg"iram-se aos 'artas, os mais

    en#arniados aders%rios dos omanos e #"2os reis se designam a si

    prprios nas s"as moedas #omo Rilo-helenos[, Ramigos dos gregosS

    mas os 1assOnidas oram ainda mais longe do 5"e os 'artas, pelo

    menos na adopo da ornamentao e das ormas de arte gre#o-

    romana, da 5"al g"ardaram, melhor do 5"e o idente, toda a

    p"reza, 5"ando 2% o imp!rio e arte romanos #aiam em r"$nas.

    ]"ando se des#obriram em Kandara, no ale de Cab"l e nos

    arredores os primeiros sinais de ormas antigas, 2"lgo"-se deer ao

    2oem #on5"istador /le*andre agno a honra de "ma a#o

    #iilizadora mas de h% m"ito se re#onhe#era 5"e a arte de

    Kandara lhe ! posterior e, de 5"al5"er modo, rela#ionada #om aarte imperial de oma. /ssim, 5"e papel se haer% de atrib"ir,

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    nesta se5"(n#ia de tradi+es, aos 1assOnidas e aos se"s

    aparentados das plan$#ies izinhas do Norte0 Este !, ho2e ainda, "m

    grande enigma da histria "niersal da arte_.

    _Libidem #oment%rios anteriores. N.t.M

    Um dos mon"mentos mais #ara#ter$sti#os do estilo do s!#"lo I, e

    5"e mostra a larga e*tenso das rela+es nesta !po#a, !

    #ertamente o gr"po de bai*os-releos "ner%rios 5"e re#entemente

    oi ob2e#to de renoado interesse e de r"t"osas dis#"ss+es. )rata-

    se de #in#o o" sete la2es de pedra de "m t=m"lo #onhe#ido de h%

    m"ito tempo pela pop"lao lo#al e sit"ado nas redondezas de

    )#hZang- )!, no territrio da antiga Ngan-7ang, a #apital dos Chang

    - o", se se preere, de 7e, #apital da dinastia t"r#o-mongli#a dos)sZi do Norte X@@-@B@Y.

    Estes bai*os-releos ornaam, seg"ndo toda a erossimilhana, o

    t=m"lo de "m #omer#iante de #lasse eleada o" de "m pr$n#ipe de

    origem iraniana indo de "ma regio da ertente o#idental do

    'amir, #hamada :ergana. No tem nada de s"rpreendente 5"e "m

    dos n"merosos s=bditos destas regi+es, 5"e #em anos antes

    perten#iam < ederao do Imp!rio dos 3ei, tenha iido na #apital

    dos se"s s"#essores e 5"e, 5"ando ale#e", osse in"madoa"stosamente. & se" t=m"lo oi, sem d=ida, edii#ado #onorme

    os #ost"mes da s"a p%tria.

    /s interessantes 5"est+es 5"e se p+em a respeito deste #"lto, dos

    "sos e dos ob2e#tos representados oram, desde h% po"#o,

    notaelmente es#lare#idas por K"stina 1#aglia. / pro#isso 5"e se

    dirige a "ma #erimnia de sa#ri$#io ! proaelmente #ond"zida

    pelo prprio de"nto. &s seridores seg"em-no, #om estandartes e

    #aalos, e o #on2"nto d% "ma imagem m"ito lire e m"ito #on#reta

    dos "sos estrangeiros e dos tipos de #onstr"o ento empregados

    na China. No h% d=ida poss$el6 o artista 5"e es#"lpi" este bai*o-

    releo era "m #hin(s, e era #orrente #oniarem-se a #hineses

    trabalhos id(nti#os.

    & in#entio 5"e das tro#as #om o Iro res"lto" para a arte #hinesa

    maniesta o se" eeito #er#a de A, 5"ando se integro" no se"

    sistema de#oratio. /s grinaldas, os orna- tos e as #oroas de lt"sso, desde ento, traados por mos in#ontestaelmente #hinesas,

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    de tal modo 5"e ning"!m poderia re#onhe#(-los #omo #ontrib"tos

    estrangeiros. Na mesma !po#a, as #ara#ter$sti#as do estilo #hin(s

    ganham irmeza prpria. L...M

    8"da e 8odhisatta

    Em AJ os imperadores da dinastia )Zang de#idiram desenen#ilhar-

    se dos pert"rbadores 5"e ae#taam a paz no Norte, #onsolidar as

    ronteiras da China e ampli%-las para al!m do 'amir. /t! B@> a

    China ! o maior e mais poderoso imp!rio asi%ti#o, 5"e asseg"raa a

    todos os poos e a todas as religi+es "ma prote#o lire e seg"ra.

    / arte atingi" o se" apoge" #om o imperador ing-H"an XB>J-B@AY,

    na #orte de 5"em trabalharam alg"m tempo ;i )Zai-po e 3" )a"-ts!, o maior pintor do E*tremo &riente. /s ormas es#"lt"rais

    s"blinham as etapas desta as#enso e permitem-nos #onsiderar esta

    eol"o #omo "ma progresso em linha re#ta de "m estilo pr!-

    #l%ssi#o at! "m eleado #lassi#ismo.

    No mosteiro de Ch"g"-2i, perto de Nara, "ma est%t"a de madeira,

    es#"lpida de#erto por olta de AA, #om ormas do#es e lisas 5"e

    poderiam az(-la #rer "m modelo destinado < "ndio de bronze,

    representa proaelmente o bodhisatta aitre^a, a ig"ra do"t"ro 8"da. Nenh"m sinal permite "ma #ara#terizao mais e*a#ta

    da s"a apar(n#ia #arnal. 9 simplesmente "ma ig"ra h"mana,

    e*pressando "ma terna e 5"ase irreal disposio beneolente. s

    p"ras #"ras do #orpo, de "ma ine*prim$el deli#adeza,

    #orrespondem as pregas da este, orientadas mais pela id!ia de

    "ma beleza 5"ase ornamental do 5"e por "m dese2o de realismo.

    Um bodhisatta representa o =ltimo estado da e*ist(n#ia real antes

    da dissol"o, a entrada no estado do nirana, do 5"al no se pode

    dizer nem o 5"e ! nem o 5"e no !. 9 por esta razo 5"e os

    bodhisattas a#ompanham re5Ventemente as ig"ras dos b"das,

    ormando trindades o" at! gr"pos mais importantes. 'or ezes

    ostentam ri#as 2ias o" #orrentes, en5"anto a a"s(n#ia de eneites

    nos b"das, regra geral, indi#a 5"e a s"a apar(n#ia terrena no

    representa mais do 5"e "m habit%#"lo de ess(n#ias ideais de "ma

    ordem m"ito dierente, impessoais e s"prapessoais.&s bodhisattas de )Zien-Iong-#han so ig"ras 5"e a#ompanham o

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    8"da e, assim, ! di$#il #ompreender imediatamente todos os se"s

    moimentos e os se"s gestos se se no tier em ista o #on2"nto de

    5"e aziam parte. No gr!s mole das #aernas de )Zien-Iong-#han

    #aaram-se d"rante s!#"los sant"%rios e es#"lpiram-se nas paredes

    as ig"ras das personagens sagradas. Nos nossos dias, m"itas oram

    arran#adas em ragmentos primeiro as #abeas, depois #orpos

    inteiros, dispersaram-se por #ole#+es de todo o "ndo, 5"ando os

    #ole##ionadores #omearam a ent"siasmar-se por "m estilo

    es#"lt"ral 5"e se sit"a na ronteira entre o ar#a$smo e o

    #lassi#ismo.

    /s es#"lt"ras da gr"ta >?, do im do s!#"lo II, no mostram ainda

    esse pleno sentido #orporal, essa idelidade < realidade 5"e toa#ilmente pode dominar o #onte=do simbli#o. )"do nelas dee

    ainda ser adiinhado, t"do i#a ainda #omo "ma promessa de

    mat"ridade e de #onhe#imento, sem 5"e nada se reira ainda ao

    rigor e < dii#"ldade deste #onhe#imento. Depois do ornato dos

    meados do s!#"lo II, esp!#ie de imagem reestida do sagrado, 5"e

    era apenas am%el e bela, "m passo oi dado para "ma

    representao mais r"de, mas ainda no pereita da realidade.

    Este passo em rente oi ee#t"ado pela es#"lt"ra na primeirametade do s!#"lo III, o se" s!#"lo #l%ssi#o. / #abea, 5"ase de

    tamanho nat"ral, de T"an-^in Xo" se2a, literalmente, do

    bodhisatta 5"e es#"ta os gritos da #riat"ra atormentadaY mostra a

    ida na s"a plenit"de e, sob ormas do#es e am%eis, "m rosto

    h"mano #om o 5"al se poderia dialogar, apesar de os elementos

    se#"nd%rios, #omo, por e*emplo, os #abelos, serem de e*e#"o

    inerior. 1em negar a realidade h"mana pessoal, esta #abea

    e*pressa "ma eleao e "ma dignidade trans#endentes. Esta

    e*traordin%ria es#"lt"ra de bronze dee ser ho2e #onsiderada

    perdida, e dee-se ao Dr. T. . on o5"es t(-la otograado em

    angai h% alg"ns anos, e*istindo po"#os bronzes deste g(nero e

    #om semelhante 5"alidade na China do s!#"lo III.L...M

    3. 1peiser e E. . Erdberg-Consten RE*tremo &rienteS. ;isboa6

    erbo, >GAG

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    $a China decadente & poca )ong

    / iragem de#isia para a grandeza do imp!rio )Zang oi a 8atalhade 1amar#anda em B@>, onde i#aram itoriosos os #hees dos

    e*!r#itos %rabes, 5"e 2% haiam #on5"istado o Iro em A?, e 5"e

    depois realizaram re5Ventes in#"rs+es na China. No #onseg"iram

    #on5"ist%-la, mas aps essa pesada derrota X5"e, por o"tro lado,

    reelo" ao 'r*imo &riente, graas aos prisioneiros, o pro#esso da

    abri#ao de papelY a China, no interior, #ai" d"rante d"zentos

    anos de #at%stroe em #at%stroe, a ponto de, em \G@, os

    aponeses s"spenderem as s"as rela+es #om este imp!rio o"trorato admirado.

    Esta de#ad(n#ia tee "ma #onsider%el reper#"sso na religio o",

    pelo menos, nos sentimentos religiosos e nas ormas de e*presso

    art$sti#a. '"nha-se ne#essariamente o problema de saber em 5"e

    sentido se dirigiria a arte, depois de ter al#anado o ponto m%*imo

    #om as ormas #l%ssi#as. 1eria pre#iso parar, oltar a ormas

    anteriores, o" era poss$el #ontin"ar neste sentido sem #air n"m

    orado e*agero0 /inda no des#obrimos na China as s"i#ientes

    es#"lt"ras de 5"alidade 5"e tragam "ma resposta deinitia a estas

    perg"ntas, embora poss"amos, todaia, as s"i#ientes para

    #on#l"irmos 5"e o desenolimento da arte #hinesa oi paralelo ao

    5"e mais %#il e demoradamente podemos est"dar no apo - o do

    b"dismo m$sti#o, para o 5"al as ig"ras tomam "m alor de s$mbolo

    e so #omo "m re#ept%#"lo de pot(n#ias e oras 5"e podem trazer

    a salao, embora e*istam independentemente de 5"al5"er

    dese2o de salao. /s ormas so, de agora em diante, pesadas e

    e#hadas, en#arnando oras poderosas e at! br"tais, atr%s de 5"e

    se o#"lta "m poder espirit"al. L...M

    'oder-se-ia 5"alii#ar o s!#"lo I de [s!#"lo de T"an-Hie"[ X\J-

    G>Y. Este onge - pintor #rio" "m estilo 5"e das personagens

    sagradas de" "ma interpretao 5"ase #ho#ante, azendo-as de

    alg"m modo "ma esp!#ie de b"rg"eses se#"lares, por ezes eios,

    mas sempre ortemente e*pressios. No l"gar dos bodhisattas,T"an-hie" #olo#o" os ;o-han, as#etas 5"e, graas < s"a prpria

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    energia e a d"ras proas, ad5"irem o #onhe#imento do nada da

    e*ist(n#ia. eprod"+es de obras de T"an-hie", re5Ventemente

    graadas em pedra, podem ho2e ainda ser ad5"iridas #om

    a#ilidade.

    Da arte b=di#a #hinesa depois de B@> po"#o #onhe#emos e

    somente nos territrios e*teriores, #omo em )"en-h"ang, no

    #aminho do )"r5"esto &riental, e mais pre#isamente no o%sis de

    )"ran, podemos er ho2e %rias dezenas de templos trogloditas. Da

    s"a de#orao restam ainda res#os em grande n=mero e alg"mas

    es#"lt"ras. En#ontram-se tamb!m 5"artos m"rados, rolos pintados,

    es#ritos e alg"mas gra"ras em madeira 5"e proam 5"e na China

    do s!#"lo I esta t!#ni#a art$sti#a 2% era lores#ente. &s res#osapresentam material inesgot%el, sobret"do pelos in=meros temas

    da i#onograia b=di#a. s ezes so imita+es de antigos modelos

    #!lebres, parti#"larmente nas representa+es do para$so em 5"e

    reina o 8"da /mida. as ! raro 5"e a e*e#"o se elee a#ima de

    "m mero trabalho proin#ial.

    &s s!#"los e I #onstit"em ho2e ainda "ma lament%el la#"na,

    tanto mais deplor%el 5"anto ! #erto sabermos 5"e nestes dois

    s!#"los a arte estee lores#ente tanto na China #omo no apo e5"e se prod"ziram m"itas obras noas e originais. Na China, a

    dinastia dos 1ong desde GA 5"e se sobreps < ragmentao do

    pa$s, estabele#endo "ma paz 5"e mais do 5"e n"n#a oi rendosa

    para as artes. &s imperadores 1ong aore#eram-nas, alg"ns deles

    at! pintaram, #omo tamb!m n"merosos membros da s"a am$lia. /

    par da pint"ra #om personagens e*pande-se ento a pint"ra de

    lores e de aes, representadas em gr"pos determinados, de

    inspirao m"itas ezes po!ti#a. Estes temas, de e*trema

    deli#adeza, tomam-se pela primeira ez, e ao mesmo tempo 5"e a

    paisagem, a preo#"pao dominante da pint"ra. L...M

    / 9po#a 1ong

    / bem dizer, a histria da arte do E*tremo &riente s #omea por

    olta dos anos >>, isto 5"e os dois s!#"los anteriores perten#em

    sobret"do < ar5"eologia. / partir de >>, poss"$mos ainda,prin#ipalmente de pint"ra, as obras originais, e de tal 5"alidade

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    e enerado do 5"e em 5"al5"er o"tra parte, a tal ponto 5"e a ilha

    montanhosa de '"-)o-#han, em rente do est"%rio do Ianse5"io,

    passaa por ser o lo#al onde se erg"ia o se" trono terreno. /5"i,

    T"an-^in era m"lher, m"ito embora o estado de bodhisatta no

    tenha se*o, e apesar de haer tamb!m representado os T"an-^in

    sob orma mas#"lina. Era prote#tora de #rianas, marinheiros e

    pes#adores.

    as as n"merosas ig"ras pintadas o" es#"lpidas de T"an-^in, to

    h"manas e amig%eis, oram sem d=ida #onsideradas pelos artistas

    #omo modelos ideais. 9 #erto 5"e a i*ao de datas ainda se

    en#ontra s"2eita a dis#"sso, e pode a#onte#er 5"e nem todas as

    obras pertenam < !po#a 1ong, isto 5"e d"rante longo tempo no#essaram de #orresponder ao gosto do p=bli#o. as, se2a #omo or,

    no e*iste o"tra e*presso mais dire#ta da arte 1ong do 5"e a

    representao gra#iosa, m"itas ezes tenra e #ompletamente

    h"mana de T"an-^in, e pode-se erigi-la #omo entidade t"telar dos

    1ong.

    "ntamente #om a pint"ra e a es#"lt"ra de madeira, ! de

    men#ionar a #erOmi#a, 5"e, #om os se"s meios espe#$i#os,

    #ara#teriza e e*pressa a !po#a 1ong e 5"e n"merosos#ole##ionadores #onsideram #omo o 5"e de mais belo oi #riado

    pelos #eramistas do "ndo inteiro. 'ara apre#iar inteiramente

    estas peas ! ne#ess%rio to#ar-lhes, o" melhor, "tiliz%-las. /s s"as

    ormas so sempre m"ito "n#ionais e pode s"blinhar-se o interesse

    #om 5"e os amadores seg"ram nas mos estas #ane#as 1ong,

    simplesmente para est"darem as ormas de "m bi#o 5"e n"n#a

    pinga.

    & reinamento da de#orao e a arte do idrado en#hem os

    #onhe#edores de admirao. 'or ezes, o idrado #astanho no

    #obre a asilha totalmente dei*a er, em #amadas irreg"lares,

    aparentemente sem ordem nem inteno, o prprio material na

    base do ob2e#to. Esta a"tenti#idade do material, "nida ao rigor e GAG

    Aguada com tinta da China

    Em 5"e !po#a se #riaram na China as rm"las a"da#iosamente

    sint!ti#as e #"rsias 5"e ent"siasmaram os impressionistas0 No o

    sabemos #om e*a#tido, mas #onseram-se n"merosas obras

    magn$i#as desta es#ola, pintadas no s!#"lo III. / predile#o dos

    impressionistas pelas ag"adas #om tinta da !po#a 1ong oere#e-nos

    o e*emplo #l%ssi#o do Rmal-entendido e#"ndoS. iram-se nas

    grandes pint"ras #hinesas esboos geniais, lanados r%pida e

    instantaneamente no papel, "ma atmosera l"t"ante e "gidia,

    "ma mat!ria po!ti#a, aparentemente sem ligao #om os ob2e#tos

    reais e sem signii#ado ob2e#tio. &ra, estas pint"ras so

    e*a#tamente o #ontr%rio de esboos r%pidos so as ormas inais,

    sintetizadas at! ao e*tremo limite, de "m ideal 5"e #onsistia em

    dizer e s"gerir o m%*imo #om o m$nimo de meios. as a t!#ni#a do

    pin#el no E*tremo &riente, 5"er tratando-se de #aligraia o" depint"ra, no #onhe#e nem o reto5"e nem o repinte, e nada se

    apaga nem se #orrige.

    Haia, desde o s!#"lo I, "m #i#lo de paisagens pintadas m"itas

    ezes retomado6 o das &ito istas do io Hsia" e Hsiang, #"2os

    diersos temas pro#"raam e*pressar algo de po!ti#o, bem mais do

    5"e "ma lo#alizao e*a#ta. D"as s!ries de imagens ho"e 5"e no

    apo ad5"iriram grande #elebridade tinham sido #riadas por dois

    pintores da seita #hinesa da editao, no s!#"lo III- "-TZi, de5"em ainda se #onhe#em #in#o imagens entre as oito da s!rie, e

    7ing 7"-)#hien, de 5"em apenas s"bsistem tr(s obras. 'or olta de

    >, a Es#ola da editao oi transerida para o apo. Como

    dissemos, o se" nome #hin(s ! )#hZan, e no apo ! `en. Desde o

    s!#"lo III, todo o aderente 2apon(s do b"dismo `en alimentaa o

    dese2o de azer "ma ez "ma peregrinao < China, onde nos

    arredores da #apital, Hang-Che", se lo#alizaam os grandes

    mosteiros `en e de onde se podiam trazer alg"mas das imagens

  • 8/13/2019 A Antiguidade Tardia em Textos - A Arte Chinesa Atravs Dos Tempos - Andr Bueno

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    pintadas nesse estilo por monges, m"itas ezes notaelmente

    dotados, bem #omo por membros da /#ademia de Hang-Che".

    ]"ando esta #apital #ai" nas mos dos ongis, em >\, m"itos

    monges e pintores emigraram para o apo, #ertos de serem

    re#ebidos #om soli#it"de.

    9 a este gosto do apo pelas pint"ras `en, ad5"iridas ao preo de

    grandes sa#ri$#ios e #onseradas #om os maiores #"idados, 5"e o

    m"ndo ho2e dee o #onhe#imento desta arte 5"ase #ompletamente

    desapare#ida. "-TZi -o44ei, em 2apon(s-, 5"e 5"ase no ! #itado

    na China, toma-se o grande modelo do apo, d"rante s!#"los, e !

    #onsiderado #omo mestre in#ontestado da ag"ada. Ho2e leanta-se

    a5"i e al!m a 5"esto de saber se a interpretao das &ito istaspor "-TZi ! o" no s"perior < de 7ing 7"-t#hien. /mbos os mestres

    podem ser #onsiderados representantes de ig"al alor da ag"ada da

    !po#a 1ong tardia, esta arte to singela e not%el pela

    #on#entrao de eeitos e pelas abreiat"ras 5"ase abstra#tas.

    Na ;"a de &"tono sobre o ;ago de )ong-tZing, de 7ing 7"-t#hien, a

    ;"a ! indi#ada por "m simples #$r#"lo de tinta, #omo se o artista

    tiesse somente dese2ado #onidar o espe#tador a re#onhe#er a

    atmosera desta noite de &"tono na n!oa da 5"al emergemsimples man#has, alg"ns ramos sem olhas, o telhado de "m

    edi$#io, "m m"ro #om ameias e a silh"eta de montanhas esboadas

    de modo impre#iso. Estas imagens, 5"e s"gerem mais do 5"e

    des#reem, re5"erem do espe#tador 5"e a#res#ente por si prprio

    a iso do 5"e est% a"sente nelas, sentindo toda a poesia da

    paisagem. 7ing 7"-t#hien a#res#entaa a #ada "ma das s"as

    pint"ras "m bree poema, #omo este, 5"e a#ompanha a ;"a de

    &"tono6

    De todos os pontos a a#e do lago.

    /s montanhas #intilam ao l"ar.

    Eis 5"e os se"s #$r#"los po"sam na %g"a do lago.

    Em 7o^ang, do #imo da torre, o"imos a la"ta.

    as, ai o #aminho 5"e sobe at! l% ! m"ito di$#il.

    Este poema, na primeira leit"ra, pode ser mal #ompreendido pelos

    no ini#iados. 'oder-se-ia #rer 5"e o mestre pretende" #hamar aateno para "m parti#"lar da paisagem do lago de )ong-tZing. :%-

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    lo de#erto, mas de "m modo original 5"e s pode ser

    erdadeiramente entendido 5"ando se #onheam os n"merosos

    poemas e ins#ri+es #!lebres a respeito da torre de 7o^ang. &

    simples nome da torre de 7o^ang eo#a a lembrana de n"merosas

    melodias 5"e a#ompanham as poesias #l%ssi#as. L...M

    3. 1peiser e E. . Erdberg-Consten RE*tremo &rienteS. ;isboa6

    erbo, >GAG

    A Ar*uitetura chinesa

    / ar5"ite#t"ra #hinesa de" proas de to grande "nidade 5"e temos

    a impresso de 5"e d"rante mil!nios, no de#"rso dos 5"ais os

    o"tros estilos soreram transorma+es e desenolimentos de toda

    a esp!#ie, nenh"ma eol"o se opero" na arte da #onstr"o. Esta

    #on#l"so errnea tem d"as #a"sas6 a maior parte das #onstr"+es

    histri#as 5"e s"bsistem ho2e na China data da !po#a ing e da

    !po#a )sZing, e as obras mais antigas - #orrespondendo < nossa

    Idade !dia - so menos n"merosas do 5"e no idente e asdierenas no pro#esso de #onstr"ir no de#orrer dos s!#"los so

    pe5"en$ssimas, se #omparadas

  • 8/13/2019 A Antiguidade Tardia em Textos - A Arte Chinesa Atravs Dos Tempos - Andr Bueno

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    portanto, no ! mais do 5"e "m elemento em #omplementaridade

    #om o"tros sal+es, galerias, portas e pailh+es, e s se #ompleta

    #om a s"a integrao na paisagem.

    Constr"o e g!neros de edii#a+es

    No eram estes os prin#$pios 5"e animaam e g"iaam os

    ar5"ite#tos #hineses no inal do seg"ndo mil!nio a. C.

    En#ontraam-se ento perante problemas t!#ni#os6 edii#ar "ma

    armao 5"e s"stentasse "m telhado, e #"2os interalos p"dessem

    e#har-se #om paredes, pois a habitao era "ma #aerna o" "mb"ra#o na terra, #oberto por "ma esp!#ie de telhado, e assim

    #ontin"o" d"rante %rios s!#"los para os #amponeses e a maioria

    dos habitantes das #idades. 1e se dese2aa edii#ar "ma #onstr"o

    representatia, re#orria-se antes madeira, e #onstr"$a-se sobre

    pilares deste material.

    / orma redonda da #abana de taipa, #om telhado de palha o" de

    #anas, no podia eol"ir #omo orma espe#ial, rit"al o" art$sti#a.

    Inersamente, os espaos #aados de orma re#tang"lar #om "mtelhado de d"as %g"as podiam permitir "m desenolimento. Nos

    5"atro #antos erg"eram-se pilares e, entre estes, o"tros ainda,

    #onsoante o #omprimento dos lados depois eram ligados por traes

    e a#ima deles leantaa-se "m telhado de d"as %g"as. & pa" de

    ileira de "ma #onstr"o bastante grande deia ser s"stentado por

    "ma iada de esta#as erg"idas a meio do interior. N"m salo em

    Ngan-7ang, no Hono, =ltima #apital dos Chang, "ndada #er#a de

    >J a. C., #"2a planta pode ser re#onstit"$da graas aos est$gios

    das bases dos pilares, a5"eles pilares interm!dios ainda tinham

    "ma "no, mas pro#"raa-se elimin%-los, a im de se #riar "ma

    erdadeira sala, delimitada mas sem interr"po.

    / sol"o /, en#ontrada d"rante o primeiro mil!nio a. C., i#o"

    #omo norma para toda a ar5"ite#t"ra da China. 1obre as traes do

    telhado, assentes nos pilares, #onstr"i"-se "ma armao de traes

    #"rtas interm!dias, #ada "ma das 5"ais s"st!m "ma trae mais#"rta, dimin"indo progressiamente no sentido da alt"ra, at! 5"e

  • 8/13/2019 A Antiguidade Tardia em Textos - A Arte Chinesa Atravs Dos Tempos - Andr Bueno

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    "ma s trae #"rta, assente a meio do pilar mais alto, s"stentasse a

    #"meeira.

    / #"rat"ra do telhado, #ara#ter$sti#a da ar5"ite#t"ra e*tremo-

    oriental, leanto" m"itos problemas a respeito da s"a origem. No

    deria de#erto da tenda, por5"e os Chineses n"n#a ieram em

    tendas, e as dos ongis t(m orma #one*a e no #n#aa. 1eria

    de pro#"rar a s"a origem antes no emprego de bamb",

    re5Ventemente "tilizado no 1"l, no es5"e#endo 5"e a #obert"ra

    de palha e de #anas erga #om o tempo. / esta tentatia de

    e*pli#ao pode ob2e#tar-se 5"e as primeiras #obert"ras de telha,

    5"e #onhe#emos deido

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    %rios lados, a alt"ras dierentes. /s igas ineriores da ar5"itrae,

    por e*emplo, so en#ai*adas no pilar #omo se o atraessassem, e

    para red"zir os os das igas saem do pilar #onsolas 5"e alargam a

    s"per$#ie de s"porte e 5"e, graas a "ma pe5"ena es#ora,

    s"stentam o peso total. 1obre a es#ora podem en#ai*ar-se ainda

    o"tros braos - e assim a #onsola desenole-se at! seis n$eis e

    mais, ormando "m #on2"nto #omple*o. & desenolimento ri#o da

    armao e o telhado largamente saliente, a rep"gnOn#ia de

    reorar em diagonal e de empregar ad"elas res"ltaram em

    #onsolas ormando #on2"ntos #ompli#ados, 5"e a partir da !po#a

    1ong se tomam #ara#ter$sti#as da ar5"ite#t"ra e*tremo-oriental.

    1e se erg"e "ma armao de pilares e igas sobre "ma plataormare#tang"lar, e se #obre #om "m telhado de telhas, e se se ormam

    as paredes por "m en#himento de alenaria e de ti2olo, no 5"al se

    englobam as 2anelas e portas de madeira, obt!m-se a orma

    "ndamental da ar5"ite#t"ra #hinesa6 o salo. / entrada sit"a-se a

    meio do lado maior, onde esto ig"almente todas as 2anelas, o"

    pelo menos as maiores. Uma ila de #ol"nas em rente da parede,

    do lado da entrada, o" em toda a olta do edi$#io, pode ormar

    "ma aranda o" "m peristilo, re5Ventemente protegido por "mtelhado em #oroa de "ma s ertente. & telhado de d"as %g"as

    pode tamb!m ser s"bstit"$do por "m telhado de empena. )ais so

    as ariantes mais importantes do motio do salo.

    /s diersas partes da #onstr"o podem ser modii#adas de %rias

    maneiras6 a plataorma pode tornar-se "m terrao de m%rmore,

    #om tr(s degra"s e bala"stradas. s ezes, apenas as paredes das

    empenas testeiras so de alenaria as paredes dos lados maiores

    podem ser inteiramente #ompostas por portas altas o" grandes

    2anelas, #om grades de madeira ornamentada, sobre "m so#o bai*o

    em alenaria o" ento, as paredes sobem at! < ar5"itrae e so

    rasgadas por pe5"enas 2anelas. & interalo entre os pilares !

    ari%el, sendo o maior tramo no meio e #onserando-se sempre a

    simetria. "itos telhados podem sobrepor-se e rematar em

    empenas ornamentadas. No interior, o madeiramento apare#e em

    toda a ri5"eza dos se"s elementos, a#ent"ada ainda pela #or, o"ento "m te#to, a maior parte das ezes #onstit"$do por pe5"enos

  • 8/13/2019 A Antiguidade Tardia em Textos - A Arte Chinesa Atravs Dos Tempos - Andr Bueno

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    #ai*ot+es de madeira, es#onde-o.

    ]"ando o re#tOng"lo da planta se red"z a "m 5"adrado, tem-se o

    tipo da #onstr"o #entral #om telhado piramidal. % nos primeiros

    s!#"los da era #rist se en#ontram na China os te#tos Rem

    lanternaS, o" se2a, em #larabia. /s igas #ortando obli5"amente o

    Ong"lo do 5"adrado ormam no interior "m 5"adrado mais

    pe5"eno, repetindo-se at! ao e#ho da abert"ra. / #=p"la sobre

    #onsolas, 5"e ins#ree "m #$r#"lo n"m 5"adrado, ! "m pro#esso

    5"e, em ez de desta#ar #laramente a #onstr"o, #omo o te#to em

    #larabia, m"ltipli#a os meios de enri5"e#er a ornamentao.

    / m%*ima ariedade tanto na planta #omo nos alados en#ontra-se

    em pailh+es 5"e se erg"em sobre re#tOng"los, 5"adrados,losangos, he*%gonos e o#tgonos, #$r#"los, e em le5"e, podendo

    mesmo ter a orma de dois #$r#"los o" de dois 5"adrados 5"e se

    #ortam. 'lantas em orma de #r"z - #om braos largos e #"rtos -

    tamb!m se en#ontram nos grandes edi$#ios.

    Deste modo, ! #ara#ter$sti#o da ar5"ite#t"ra #hinesa poss"ir

    sempre "ma planta geom!tri#a na 5"al nenh"ma #onsiderao de

    "tilizao o" de disposio interior pode introd"zir "ma

    irreg"laridade. &s pagodes em andares so #onstr"+essobrepostas, do tipo #entrado, 5"e se erg"em a "ma alt"ra

    in"lgar. /ssim, tamb!m a importOn#ia de "ma obra ar5"ite#tni#a

    s pode ser a"mentada dentro de #ertos limites por "m edi$#io

    indiid"al, por e*emplo "m salo. / 2"staposio #ara#ter$sti#a de

    #orpos de edii#a+es, ormando #ada 5"al "m todo, s"rge #om

    espe#ial nitidez nos pagodes #om andares e galerias. )amb!m nos

    pagodes #om degra"s e nos pagodes )Zien-ning se s"#edem os n$eis

    em grad"al dimin"io. /s linhas horizontais dominam as erti#ais,

    5"e apenas i#am indi#adas ao longo da #onstr"o. & pagode de

    madeira ! #onstr"$do em tomo de "m grande pilar 5"e atraessa

    todos os andares e ao 5"al se prendem todas as partes do edi$#io,

    o 5"e no ! is$el no e*terior.

    )al #omo a st"pa indiana, assim o pagode #hin(s ! "m reli#%rio,

    embora tenha mantido esta inalidade sem lhe tomar a orma.

    Deria antes das torres de g"arda #om %rios andares, e i#o" #om"ma "no de igilOn#ia. 'or e*emplo, a torre do osteiro )Zien-

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    ning, perto de 'e5"im, protegia o pal%#io imperial #ontra as

    inl"(n#ias neastas 5"e poderiam penetrar por "m desiladeiro de

    montanhas do &este, em rente da #apital o pagode est% sit"ado

    e*a#tamente no ei*o do desiladeiro e do pal%#io dos imperadores

    )sZin.

    Uma o"tra orma t$pi#a da ar5"ite#t"ra #hinesa ! o pZai-l", isto !,

    porta de honra. Um pZai-l" aponta #ertas dire#+es6 a#esso aos

    templos, #r"zamentos, pontes, et#. "itos deles so mon"mentos

    dedi#ados a pessoas irt"osas o" de m!rito. 9 bela a id!ia de

    honrar a s"a memria, por meio de "ma porta atra!s da 5"al

    diariamente passam n"merosas pessoas. &riginariamente, oram

    edii#ados em madeira, e depois 5"ase sempre #om pe5"enostelhados de telha, por #ima das s"as tr(s o" #in#o abert"ras de

    passagem. as e*istem tamb!m de m%rmore o" de ti2olos idrados,

    po"#o se aastando, por!m, da orma das #onstr"+es de madeira.

    / madeira e o ti2olo so materiais pere#$eis e, ao #ontr%rio dos

    aponeses, os Chineses #"idaram po"5"$ssimo dos se"s

    mon"mentos. &s 5"e #aiam em r"$nas eram 5"ase sempre

    abandonados, at! 5"e osse ne#ess%rio e inan#eiramente poss$el

    #onstr"ir "ma edii#ao #om noa planta. 'or esse motio topo"#as obras antigas #hegaram at! ns. E*iste "m grande n=mero

    de templos e mosteiros #"2a histria remonta a mais de mil anos,

    mas no h% "m =ni#o edi$#io 5"e pertena < !po#a dos "ndadores

    e nenh"m poss"i mais do 5"e alg"mas #entenas de anos.

    /s e*#ep+es a esta deplor%el #ar(n#ia deem-se ao a#to de a

    ar5"ite#t"ra #hinesa no empregar e*#l"siamente madeira. /

    #onstr"o ma#ia de pedra e ti2olo no era des#onhe#ida, e a

    abbada Xalsa o" erdadeiraY empregaa-se na !po#a Han mas os

    Chineses re#orreram a estes materiais somente 5"ando #oagidos

    por e*ig(n#ias pr%ti#as. :oi sobret"do #om ins deensios 5"e

    "tilizaram a #onstr"o ma#ia de ti2olos e 5"e #obriram as galerias

    #om abbadas de bero. Um pe5"eno n=mero de sal+es de ti2olo

    abobadados ainda se #onsera, #omo, por e*emplo, em 3"-tZai-

    #han, no 1hansi. / pedra, material nobre, era empregada em ez

    de ti2olo no so#o das edii#a+es representatias. & m%rmores"bstit"$a a pedra #om"m nas bala"stradas dos terraos e das

  • 8/13/2019 A Antiguidade Tardia em Textos - A Arte Chinesa Atravs Dos Tempos - Andr Bueno

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    pontes e en5"adraa as ar#adas das 2anelas e das portas nas

    #onstr"+es importantes.

    &s sal+es de menor importOn#ia e os pailh+es eram por ezes

    inteiramente #onstr"$dos de pedra, mas so rar$ssimos. rente dos

    t=m"los, na !po#a Han, erigiam-se pilares de entrada ma#ios

    X#hamados #hV-eY e pe5"enas salas de sa#ri$#ios. Em ambos os

    #asos a #onstr"o de pedra. imita a de madeira, e assim podemos

    saber #omo eram as primitias ormas das #onsolas e das telhas. &

    metal m"ito raramente era empregado na #onstr"o. Um pe5"eno

    pailho de bronze no 'al%#io de ero de 'e5"im no ! mais do

    5"e "ma antasia, e oi a pedido do imperador TZien-long 5"e os

    mission%rios 2es"$tas dirigiram a s"a "ndio. 'or s"a ez, o)emplo Hing-4ong, em ehol, mostra "m telhado de bronze

    do"rado.

    9 no pagode 5"e se empregam mais liremente os dierentes

    materiais de #onstr"o. Um alto pagode de erro, esbelto, #om

    treze andares, erg"e-se em 7"-Tien-se", em Chin#h", no H"pei oi

    edil#ado em >A>. Um terrao de templo n"m mosteiro da

    montanha sagrada de 3"-tZai- #han, no 1hansi, tem #in#o pagodes

    de bronze, e "ma imaginao lire reala neles as ormasar5"ite#tni#as tradi#ionais, 5"e no so impostas pelo material.

    &s pagodes de pedra, #omo os de m%rmore, nas montanhas a oeste,

    perto de 'e5"im, so e*tremamente raros, ao #ontr%rio dos

    pagodes de ti2olo.. 5"e oram #onserados em grande n=mero o

    'agode do Kanso 8rao, em 1ian, #onstr"$do por olta de A@ e

    renoado entre B>-B@, apresenta "m aspe#to determinado pelo

    material, #om "m telhado m"ito po"#o saliente, as paredes lisas

    moderadamente arti#"ladas e as igas da ar5"itrae tamb!m

    imitadas em ieiras de ti2olos.

    &s pagodes de ti2olo dos s!#"los posteriores imitam as ,#onstr"+es

    de madeira, sendo os pilares e as #onsolas e*a#tamente

    reprod"zidos em ti2olo, #om min=#ia e*agerada esta ri5"eza de

    ormas ! ainda salientada por "ma ornamentao em releo. Nos

    pagodes denominados Rde por#elanaS, r"2as s"per$#ies esto

    g"arne#idas #om ti2olos idrados m"lti#olores, a #or a#res#enta-seao releo, dominando o amarelo, o erde, o az"l-t"r5"esa e o

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    bran#o. & maior e mais #!lebre dos pagodes de por#elana,

    reprod"zido em todos os liros de iagens do s!#"lo III, erg"ia-se

    em Nan5"im, desde >?J> at! >\@J, data da s"bleao dos )Zai-

    pZing. as nos par5"es imperiais em tomo de 'e5"im s"bsistem

    ainda tr(s pe5"enos pagodes idrados, 5"e se edii#aram por ordem

    de TZien-long, em meados do s!#"lo III.

    /rti#"lao e planta

    / prpria ess(n#ia da ar5"ite#t"ra #hinesa en#ontra-se no salo e

    no pailho. &s pagodes, os prti#os, os pZ ai-l" e os terraos#ontrib"em apenas para a#res#entar a esta base essen#ial as

    #ara#ter$sti#as de liberdade, inentia e engenho.

    & 5"e #ara#teriza #ada edii#ao ! a s"a #lara diiso em tr(s

    partes6 o so#o e os degra"s os pilares e as paredes, #om portas e

    2anelas a armao em #onsola e o telhado. &s andares no deriam

    "ns dos o"tros adi#ionam-se #omo elementos independentes e de

    ig"al importOn#ia. /s linhas de separao so linhas horizontais

    m"ito n$tidas, 5"e no dei*am penetrar nenh"ma erti#al no andars"perior, e s raramente se en#ontrando interrompidas por "ma

    g"arnio do telhado o" "m alpendre prote#tor #olo#ado a#ima da

    entrada. & peso dos tr(s andares ! mais o" menos o mesmo nos

    edi$#ios representatios. 1omente nas edii#a+es mais simples !

    5"e o so#o se en#ontra to bai*o 5"e se torna menos eidente.

    & so#o ! #onstit"$do por ti2olos o" pedra, tal #omo o paimento.

    'ara as paredes, t(m o mesmo alor a madeira e o ti2olo6 a madeira

    para os pilares, portas e 2anelas o ti2olo para as paredes #heias,

    5"e podem ser de#oradas, at! < alt"ra da ar5"itrae, a partir da

    5"al domina e*#l"siamente a madeira. /s pesadas telhas, o#as e

    #ompridas, assentes n"ma alternOn#ia #n#ao-#one*a,

    determinam, pelas linhas a#ent"adas de sombras, o #ar%#ter do

    n$el s"perior da edii#ao.

    &s tr(s andares so tratados dierentemente. & so#o no ! pintado,

    mostrando o tom pardo do ti2olo o" o bran#o do m%rmore. / paredede ti2olo ! tamb!m parda, o" rebo#ada a bran#o, o" negro e

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    #inzentas6 nelas no se apli#a a #or seno nos pilares e nas igas,

    nas portas e nas 2anelas, e mesmo nos edi$#ios p=bli#os so

    sobret"do os elementos pl%sti#os de #erOmi#a idrada, sob a orma

    de ilas de ig"ras animais, 5"e alegram o #on2"nto, sem #ont"do

    5"ebrarem a "nidade e o ol"me do telhado prote#tor.

    Na /ntig"idade, a parte anterior do salo seria de zona de

    re#epo do lado de tr%s en#ontraa-se "ma s!rie de pe5"enos

    5"artos priados. &s pal%#ios dos Han tinham, < direita e ?>B. No interior de "m retOng"lo

    m"ralhado, "m o"tro retOng"lo mais pe5"eno #ontinha os edi$#iosoi#iais, os pal%#ios prin#ipes#os e os grandes templos, rodeando

    estas edii#a+es o prprio pal%#io, 5"e era protegido e en#errado

    por ossos e m"ralhas. / #idade de 'e5"im, denominada dos

    )%rtaros, mostra ainda ho2e nitidamente essa disposio. 7"ng-lo

    prolongo" "m po"#o para o s"l o retOng"lo 5"e #ontiera Than-

    bali4, a #apital da dinastia 7"an assim, as torres #om sinos e

    #$mbalos 5"e se eleaam bem a#ima das #asas, a im de proteg(-

    las do ogo e dos inimigos, en#ontram-se agora na parte norte de'e5"im em ez de se sit"arem ao #entro. Como a #idade imperial,

    5"e rodeaa o 'al%#io de Inerno, os se"s par5"es #om lagos

    artii#iais, os grandes templos e os pal%#ios o#"paam m"ito espao

    na #idade t%rtara, a#res#ento"-se do lado s"l, tamb!m no s!#"lo

    , "ma R#idade #hinesaS - #idade #omer#ial e artesanal, #om a

    orma de "m retOng"lo #omprido. Esta #idade era rodeada pela

    prpria m"ralha e espalhaa-se por "m terreno maior do 5"e as

    oi#inas e as #asas 5"e ento podiam o#"par, pois era #on#ebida

    #omo re=gio para as !po#as agitadas.

    & a#to de no ser "m templo mas o pal%#io imperial o 5"e orma o

    #entro do Imp!rio do eio ! #ara#ter$sti#o da ligao estabele#ida

    pelos #on"#ianistas entre a religio e a pol$ti#a. Do pal%#io, o

    imperador, na s"a 5"alidade de :ilho do C!", dispensaa as oras

    ben!i#as sobre o imp!rio. & /ltar da )erra e do C!", o 1alo dos

    /ntepassados, o )emplo de Con=#io, do de"s das ;etras e do de"sda K"erra, e depois o #res#ente n=mero de sant"%rios b"distas,

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    lama$stas e ta"istas, estaam s"bordinados e "nidos < sede do :ilho

    do C!" #omo as estrelas em olta da Estrela 'olar.

    Eol"o da ar5"ite#t"ra dos pal%#ios

    Na !po#a Chang, at! as paredes das edii#a+es representatias

    eram eitas de terra batida, sendo o telhado "ma simples #obert"ra

    de palha o" de #anas. &s edi$#ios mais importantes eram

    g"arne#idos #om eneites nas portas, nos pilares e nas igas.

    En#ontraram-se em Ngan-^ang, #apital dos Chang, obras pl%sti#as

    ar5"ite#t"rais de m%rmore, ig"ras de animais e m%s#aras dedemnios. / a#e do tZao-tZieh. 5"e to re5"entemente apare#e

    nos bronzes sagrados desta !po#a, ig"ra no #imo das paredes e dos

    pilares. En#ontram-se ig"almente ragmentos de pint"ras m"rais,

    e*e#"tadas a ermelho e negro sobre argila amarela, e em parte

    in#r"stadas de n%#ar e osso. Nelas re#onhe#em-se os drag+es e os

    tZao-tZieh #omo prin#ipais motios.

    'are#e 5"e desde o inal da !po#a )#he" se "tilizaram telhas,

    primeiramente para a prote#o da #"meeira, e, em seg"ida, na#onsolidao dos beirais do telhado, mas neste #aso ornadas #om os

    rostos de demnios o" esp$ritos prte#tores. Na !po#a Han, o

    emprego de telhas 2% tem ins m=ltiplos, e as pla#as redondas 5"e

    e#ham as longas telhas semi-#il$ndri#as esto ornamentadas #om

    animais orientados nas 5"atro dire#+es do #!", e #om #ara#teres

    de es#rita 5"e prometem a eli#idade. Krandes pla#as de ti2olo o#o,

    #om mais de "m metro de #omprimento, ormaam as paredes

    interiores das #Omaras "ner%rias. Desenhos lineares em releo

    po"#o a#ent"ado, de #aalos, tigres, aes, %rores, g"ardas e

    iat"ras en#ontram-se nas la2es de pedra dos t=m"los mais ri#os, e

    so "m s"bstit"to das pint"ras m"rais ig"ratias, 5"e 2% nos

    =ltimos s!#"los antes da nossa era de#oraam os sal+es das grandes

    personagens.

    /s pla#as de argila e de pedra do s!#"lo II d. C. do 1ze#hWan e do

    ant"m do#"mentam-nos nomeadamente sobre o estado daar5"ite#t"ra. & telhado em #"ra ainda no se implantara, e a

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    ligao entre os pilares e as igas, graas a #apit!is-#onsolas, era

    realizada de maneira singela. &s edi$#ios dos sal+es eram, em

    parte, de dois andares6 no r!s-do-#ho os seridores preparaam a

    reeio de #erimnia, 5"e era serida na sala do andar s"perior.

    ;argas es#adarias #ond"ziam ao salo.

    & desenolimento 5"e tomo" a ar5"ite#t"ra dos pal%#ios no

    reinado de Che-H"ang- )i, primeiro imperador )sZin, a partir de >

    a. C., maniesta os progressos realizados na t!#ni#a da #onstr"o.

    &s imperadores Han 5"iseram retomar a magnii#(n#ia dos edi$#ios

    de Che-H"ang- )i 5"e haiam sido pasto das #hamas 5"ando da

    5"eda da dinastia e #"2a glria todos lo"aam ainda. Nas #apitais

    )#hang-ngan e ;o^ang edii#aram-se noos pal%#ios #om torres-prti#os e sal+es de #erimnia imensos #om terraos e galerias. &

    5"e ainda ho2e resta da plataorma em 5"e se eleaa o"trora o

    salo do 'al%#io 3ei-^ang, em ;o^ang, tem #er#a de #em metros de

    #omprimento.

    &s pailh+es 5"e se en#ontraam no e*terior da m"ralha da #idade

    eram rodeados por par5"es zoolgi#os, #om lagos, #olinas artii#iais

    e ro#hedos estranhos. &s #ronistas des#reem a ri#a de#orao, os

    ornatos pre#iosos de bronze e 2ade e os do"rados, 5"e aziamdestes pal%#ios m"ndos marailhosos 5"e nada tinham de #om"m

    #om as #abanas #obertas de palha. & releo ar5"ite#t"ral pare#e

    haer al#anado o se" apoge" na !po#a Han, #om tigres nos

    batentes das portas, "rsos s"stentando as igas e drag+es

    enrolando-se < olta dos pilares. Nas #ol"nas de pedra, #h"-e, 5"e

    protegem o a#esso aos t=m"los dos Han - dos 5"ais %rios se

    #onseram no 1ze#hWan - emos reprod"zidos estes releos

    ar5"ite#t"rais e estas ormas graadas. No de#orrer das !po#as

    seg"intes a ornamentao em releo perde progressiamente a

    importOn#ia, sendo na maioria dos #asos s"bstit"$da pela pint"ra.

    Dos pal%#ios Han no resta 5"al5"er edii#ao e, para o

    #onhe#imento das seis dinastias da !po#a )Zang at!

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    bem #omo os mosteiros 2aponeses, permitem-nos seg"ir a histria

    desta eol"o. & sistema de #onsolas oi melhor #on#ebido, e a

    #onstr"o de te#tos e telhados oi sistemati#amente apereioada

    para se obter maior solidez. Depois de "ma s"per- ab"ndOn#ia de

    de#ora+es, #hego"-se a "ma relao e5"ilibrada entre #onstr"o

    e ornamentao assim, o telhado de %rias %g"as predomino"

    sobre o telhado de empena, o 5"al, no entanto, 5"ebrando a #"ra

    das linhas das arestas, retomo" o predom$nio na !po#a )Zang. &s

    sal+es dos templos de Nara, no apo, #omo o de )oshodai2i, no

    Ho4aido, 5"e oram #onstr"$dos no s!#"lo III e 5"e seg"em de

    perto os modelos da ar5"ite#t"ra )Zang, t(m "m simples telhado de

    %rias %g"as, embora o telhado do edi$#io do 1alo de &"ro de)oshodai2i tenha sido sobreleado mais tarde. / #onstr"o sobre

    pilares de madeira #ontin"a #omo regra na ar5"ite#t"ra #hinesa, e

    as ormas deriadas da madeira serem de modelo 5"ando se

    emprega 5"al5"er o"tro material.

    / pint"ra da !po#a 1ong d%-nos "ma ri#a imagem da ar5"ite#t"ra

    de ento, 5"e tee grande predile#o pelo arran2o de 2ardins,

    #onstr"+es de planta m"ito lire e edi$#ios gra#iosos. Nela

    en#ontramos ig"almente a indi#ao do #ar%#ter ar5"ite#t"ral dospal%#ios, 5"e tamb!m se orientaam para a gra#iosidade, e "m

    aspe#to mais alegre do 5"e imponente e mais #onort%el do 5"e

    representatio. & salo era sempre ligado aos pailh+es por

    galerias preeria-se "m gr"po de #onstr"+es m!dias ri#amente

    dieren#iadas ao predom$nio de "m grande edi$#io prin#ipal, de

    maneira 5"e a orma "ndamental do salo, embora identii#%el,

    no se disting"ia 2% #laramente dos restantes #orpos. &s ar5"ite#tos

    #hineses edii#aram os pal%#ios dos soberanos e pr$n#ipes mongis

    da dinastia 7"an "tilizando este mesmo #rit!rio. No 7ing-tsao 'a-

    #hi, obra em %rios ol"mes sobre ar5"ite#t"ra, apresentada ao

    imperador pelo ar5"ite#to do estado ;i-ing-Chong, em >>, pode

    er-se at! 5"e ponto este estilo e esta t!#ni#a de #onstr"o se

    desenoleram e i*aram na !po#a 1ong.

    & aspe#to sobre#arregado no apare#e, na !po#a ing e )sZing,

    seno nas pe5"enas edii#a+es ane*as, #omo as torres de #anto daCidade 'roibida, #om os se"s telhados antasistas, e nos pailh+es