a antiguidade tardia em textos - outras regiões do mundo - andré bueno

8/13/2019 A Antiguidade Tardia em Textos - Outras Regies do Mundo - Andr Bueno

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Outras Regies do Mundo

. Bizncio- A Civilizao do Imprio Romano do Oriente,

por Michael Angold

. Bizncio e a divio do caminho! A eparao entre oocidente e o imprio romano do oriente.

. O Il! a aceno do movimento pol"tico e religioo#$e a%alaria o m$ndo da antig$idade tardia& $acaracter"tica gerai e $m po$co de $a hit'ria.

. Imprio (anida! o imprio #$e domino$ a )ria,
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ameao$ Roma e manteve a hegemonia do Orientepr'*imo d$rante c$lo.

. O +$pta! A ndia d$rante a Antig$idade ardia, poreaninne A$%o/er

. O 0$no- 1ma apreentao geral o%re a civilizao#$e ameao$ a 2$ropa, por )hilipe Conrad.

. )er"odo da 3 4inatia- A China vive$, tal como oOcidente, $m per"odo de tranio pol"tica e c$lt$ral

intenamente rico. 5ete te*to de 6. Morton, vemo $maapreentao dete acontecimento 7na p8gina 9ChinaImperial9:.

. A 4inatia ($i e ang- Contin$ao do te*to deMorton, motrando a re-$ni;icao da China 7na p8gina9China Imperial9:.

Bizncio

A criao de $ma capital imperial em Contantinopla, no c$lo I

con#$ita do %8r%aro, #$e ;oi tanto mai $m in$lto por#$e o

con#$itadore aleme adotaram a ;orma hertica ariana do
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critianimo. O imperadore em Contantinopla a princ"pio

c$mpriram $a repona%ilidade de ir em a?$da do Ocidente. Io

c$lmino$ na grande e*pedio #$e o Imperador @eo I 7-:

lano$ em 3D contra o 5orte da E;rica, n$ma tentativa de arranc8-

la do vndalo. Ao memo tempo, depacho$ o$tro e*rcito para a

It8lia, com o o%?etivo de pFr $m candidato oriental no trono

ocidental. 2a tentativa de rec$perar o Imprio do Ocidente

antecipo$ o plano de $tiniano, ma ;oi $m deatre total. O

$ceore de @eo a%andonaram o Ocidente > pr'pria orte. O

governo imperial em Contantinopla red$zi$ $a perda e

reconhece$ a a$toridade do l"dere %8r%aro #$e controlavam a

It8lia. At o lao eclei8tico ;oram, para todo o e;eito,cortado.

O credo acertado em CalcedFnia em G devia m$ito >

;orm$laHe do )apa @eo I. 5o ;oi, cont$do, aceit8vel para a

maioria da prov"ncia orientai, onde a opinio ;avorecia $ma

interpretao mono;iita, en;atizando a divindade de Crito. O

governo imperial no demontro$ a menor vontade de convocar

o$tro Conc"lio +eral da Igre?a para decidir a #$eto. CalcedFniateve certa vantagen. Apreento$ $ma teologia conciliat'ria e

con;irmo$ a pretenHe da Igre?a de Contantinopla a tat$

patriarcal. 2ra, em todo o cao, repona%ilidade do imperador pFr

em pr8tica a deciHe aGcanada n$m Conc"lio +eral. O re$ltado

;oi $m edito imperial de D, conhecido como 0enotion. 2te no

a%-rogo$ o cnone prom$lgado em CalcedFnia. Admitia #$e

Crito era homem per;eito e 4e$ per;eito, ma initia em #$e,

n$m determinado n"vel- m$ito alm da compreeno h$mana-, o

elemento divino e h$mano em Crito e ;$ndiam n$ma '

nat$reza. O papado entende$ io como endo dirigido contra o

)apa @eo I, e eg$i$-e $m etado de cima.

J$ando o Imperador Anat8cio 7KG-GD: acende$ ao trono de

Contantinopla, contato$ #$e governava $ma Igre?a e $m Imprio

limitado > prov"ncia orientai. O Ocidente ;ora ali?ado. O #$eno igni;icava #$e e*itie ,$m Imprio 9Bizantino9. O imprio #$e


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Anat8cio preidi$ ;oi c$rioamente inati;at'rio. Como ele dei*o$

para tr8 o maior teo$ro ?8 regitrado por $m imperador romano,

pao$ para a hit'ria como $m grande governante. 5a verdade,

e$ reinado ;oi e*ceivamente t$m$lt$ado. A mai ria opoio

veio de dentro de $a capital, e pode er vita como a cont"n$a

dore do parto de Bizncio. O patriarca de Contantinopla opF-e >

aceno de Anat8cio e initi$ em #$e, como preo de $a

coroao, ;izee $ma pro;io de ; con;irmando #$e, em

#$etHe de ; e cond$ta, o imperador e $?eitava > vigilncia no

apena da Igre?a, ma epeci;icamente do patriarca de

Contantinopla. Io ca$o$ $ma nova reviravolta n$m

relacionamento it$ado no corao de Bizncio. Anat8cio ;ico$n$ma di;"cil poio. 2ra $m mono;iita convicto& o patriarca de

Contantinopla, $m eg$idor de CaGcedFnia. A pop$lao da capital

;ico$ dividida, com $ma grande parte de l"ng$a latina #$e tendia a

;avorecer Roma. 2m GG, Anat8cio depF o patriarca e $%tit$i$-o

por $m clrigo mai ;le*"vel, #$e ;ez a eg$inte conceo >

impatia religioa do imperador= permiti$ o acrcimo do lema

mono;iita 9#$e ;oi cr$ci;icado por n'9 ao canto proceional

conhecido como triagion= 9(anto 4e$, anto e poderoo, anto eimortal, tende piedade de n'9. Io levo$ a ditLr%io na r$a de

Contantinopla. Anat8cio era velho ento, com mai de oitenta

ano. Apreento$-e perante a ple%e no hip'dromo e o;erece$ $a

renLncia ao trono, diante do decontentamento pop$lar. O povo

;ico$ encantado com ea e*i%io de h$mildade e aclamo$-o mai

$ma vez. J$ando todo partiram, o imperador mando$ o g$arda

maacr8-lo. 2m%ora terminae da ;orma como termino$, o inci-

dente ervi$ como prova do poder da opinio pop$lar.

O maacre no aca%o$ com o ditLr%io pop$lare, #$e paaram

ento a er epontaneamente gerado por ca$a da atividade da

;acHe do circo - o Az$i e o


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e a ;acHe eram repon8vei pela organizao da corrida e de

o$tra atividade #$e ali e realizavam. am%m e envolviam na

aclamao de $m novo imperador, depoi da tran;erncia do

cerimonial da elevao ao cargo imperial para l8 em meado do

c$lo < Io dava > $a aHe $m car8ter pol"tico #$e ;altava

ante, e o imperadore paaram a pretar mai ateno > ;acHe

do circo no trancorrer do c$lo < Como $m geto, Anat8cio

mando$ decorar o camarote imperial no hip'dromo com retrato de

;amoo corredore de %iga da poca. (e$ ;avorito era $m l"%io

chamado )'r;iro, para #$em erg$e$ pelo meno d$a et8t$a.

2e mon$mento repreentavam em parte o reconhecimento

imperial de $a proeza eportiva, ma tam%m $m inal degratido pela maneira como o competidor a?$dara, na liderana do

maneira pera& copiavam o

nFmade elvagen da etepe, dei*ando o ca%elo crecer e

ecorrer pela cota como $ma ?$%a, cortando-o ao memo tempo

rente na teta. 1avam capa e cala ao etilo %8r%aro, e $ma

tLnica prea %em ?$ta no p$lo, com manga %$;ante

encapelada e om%reira de larg$ra e*agerada. Adotavam de

prop'ito $m etilo de ro$pa e penteado #$e o detacaem do

reto da ociedade. ($a lealdade eram e*altada, paando por

cima de #$al#$er o$tro lao ocial conce%"vel, ma ' de vez em

#$ando e revelava a %ae dea lealdade.


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5o cao de eodora, #$e e torno$ a imperatriz de $tiniano, ;oi

$ma amarga e*perincia. 2la vinha de $ma ;am"lia #$e tra%alhava

para o


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indi;erena a CalcedFnia re$lto$ na ;alta de clareza na #$etHe

centrai do dogma. A%andonar Roma e o Ocidente ao %8r%aro

igni;ico$ o evaziamento de entido de Romanita - o #$e deveria

er $m romano. ConceHe dee tipo ;eita por Anat8cio '

en;atizaram como era ;raco o controle imperial da capital. O centro

no e agentava. Ma, aim #$e $tiniano a$mi$ o poder,

comeo$ a re;rear a atividade da ;acHe do circo, como $m

primeiro pao para reta$rar a ordem na r$a da capital.

(o% $tiniano, linha clara $%tit$"ram a deriva caracter"tica do

reinado de Anat8cio. ($a primeira ao importante ;oi li#$idar o

cima #$e iolara a Igre?a de Contantinopla do papado. Areta$rao da $nidade eclei8tica era $ma condio eencial

para a reta$rao da $nidade pol"tica. $tiniano talvez tenha

eperado #$e o governante germnico do Ocidente p$deem er

ind$zido a a%andonar a ;orma de critianimo ariano como $m

primeiro pao para $a incorporao no novo Imprio Romano.

2ta%elece$ lao peoai com a ;am"lia vndala e otrogoda

governante, o #$e ca$o$ o e$ ;racao. )rovoco$ apena $ma

violenta reao, poi a elite germnica conidero$ ameaada a $aprivilegiada poio. $tiniano recorre$ > ;ora. 2m SS, mando$ o

general Beli8rio contra o reino vndalo de Cartago. O novo

e*rcito romano tomaram t$do de roldo. Cartago ;oi capt$rada

em S e o rei do vndalo levado como priioneiro para Contanti-

nopla, onde em tri$n;o o ;izeram de;ilar pelo hip'dromo. Beli8rio

depoi ;ez a traveia para a (ic"lia e avano$ pelo ($l da It8lia em

direo a Roma. O otrogodo o;ereceram $ma reitncia mai

;orte #$e o vndalo, ma em N Beli8rio entro$ vitorioo na

capital dele, Ravena. 2e no ;oi o ;im da hit'ria, poi o

otrogodo lanaram $m contra-ata#$e, envolvendo a I t8lia em

acirrada g$erra #$e d$ro$ $n doze ano e dei*o$ a pen"n$la

devatada. O e*rcito de $tiniano com%ateram at a vit'ria

;inal. O$tro e*rcito coneg$i$ capt$rar a cota do ($l da

2panha. Apear de enorme di;ic$ldade, $tiniano coneg$i$ em

grande parte pFr a prov"ncia ocidentai - pelo meno a#$ela emtorno do Mediterrneo- o% e$ controle. Criara $m novo Imprio


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Romano - em termo aim to literai, por#$e era governado a

partir da nova Roma.

O imperador no tinha inteno de reta$rar $m Imprio do

Ocidente com capital em Roma o$ em Ravena. alvez tenha

apreentado $a pol"tica em termo de $ma reta$rao, o$

renovatio, do Imprio Romano, ma io com%ina com a regrinha de

%olo #$e $gere #$e a medida mai radicai o tomada por

a#$ele #$e alegam reta$rar o paado. O eno de romanidade de

$tiniano era prod$to de $ma nova Roma, #$e talvez ;oe em ter-

mo $per;iciai e e#$em8tico modelada na antiga, ma de

car8ter inteiramente di;erente. Pormava-a $ma ideologia derealeza crit, no $ma notalgia do acordo a$g$tano. O pro?eto

de contr$o de $tiniano dei*am io claro.


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por $a imperatriz, eodora, parti$ para a repreo %r$tal.

Mando$ e$ g$arda, o% o comando de Beli8rio, ao hip'dromo,

onde dizem #$e ele maacraram SN mil peoa. Mando$ e*ec$tar

e$ mai detacado adver8rio pol"tico e con;ico$ a

propriedade de o$tro enadore. 2m cone#ncia da (edio de

5ica, $tiniano teve no apena o controle total de $a capital,

ma tam%m $ma eplndida oport$nidade de contr$ir.

Mando$ recontr$ir toda a 8rea em volta da A$g$taion, #$e era o

centro cerimonial da cidade. J$ae at a #$eda ;inal da cidade,

$a ;orma e aparncia contin$aram endo a c$nhada por

$tiniano. ($a lem%rana ainda preervada em ;orma da grandeIgre?a de (ta. (o;ia. A o%ra comeo$ #$ae aim #$e termino$ a

(edio de 5ica, e a contr$o ;ico$ pronta em apena cinco ano,

per"odo $rpreendentemente c$rto, em vita da dimenHe e da

comple*idade da igre?a. O contemporneo e impreionavam no

apena com a ecala da contr$o e a $nt$oidade de $a

decorao, ma tam%m com o ineditimo de e$ plane?amento,

o%ra de doi matem8tico, Antmio de rale e Iidoro de Mileto. A

igre?a era $ma %a"lica a%o%adada, ma tam%m ditri%$"da emvolta do nLcleo central, de ;orma tal a dei*ar o epectador com a

impreo de $m prdio no alinhado em torno de $m ei*o, ma

$ni;icado o% a giganteca cLp$la. A decrio do hitoriador

)roc'pio, #$e ?amai ;oi $plantada por opinio melhor, diz #$e o

domo parecia 9de alg$m modo pairar no ar, em nenh$ma %ae

;irme9.

O corpo principal da nave em%ai*o da cLp$la proporcionava $m

conveniente palco para o encontro do imperador com $a corte, e

do patriarca com e$ clero, na grande ;etividade do calend8rio

crito. A mit$ra de lit$rgia imperial e crit o% o domo de (ta.

(o;ia tornava-e ainda mai impreionante com a l$z #$e %rincava

acima do participante. 2ntrava pelo c"rc$lo de ?anela intalado

na %orda da a%'%ada e pela ;ileira de o$tra no cleret'rio, e

pro?etava-e do moaico do$rado da cLp$la e do revetimento dem8rmore da parede. Mai $ma vez, eg$ndo )roc'pio, tinha-e a


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impreo de 9#$e no era il$minada de ;ora pelo ol, ma de #$e a

radiao era criada de dentro dela mema9.

4$rante a cele%rao da mia, o patriarca e o imperador e

encontravam logo na a"da do ant$8rio e trocavam o 9Bei?o da

)az9. Io im%olizava a harmonia #$e $tiniano initia em #$e

devia e*itir entre o imperador e a Igre?a, e o imprio #$iee

c$mprir $a ;$no no divino deenrolar da hit'ria. 2ra $m

conceito de relaHe Igre?a-etado #$e ele e*plico$ no pre;8cio de

$a 5ovela coia divina& o Lltimogoverna o a$nto h$mano e dele c$ida9. Initia em #$e Igre?a

e etado ;ormaem $ma $nidade harmonioa, em virt$de de $ma

divio claramente delineada de tra%alho, ma #$e tinha o

irrevog8vel e;eito de ;$ndir am%o.

A maior realizao de $tiniano ;oi $a codi;icao da lei romana.

Mai $ma vez, ela%oro$-a com impreionante rapidez, graa >

competncia do conelho de ?$rita #$e re$ni$, com ri%oniano >;rente. A primeira codi;icao ;ico$ pronta em K, e $ma eg$nda

por volta de S. Complementada pelo 4igeto e pela Intit$ta,

a d$a ;oram concl$"da em SS. O primeiro era $m pe#$eno livro

de ?$ripr$dncia e o eg$ndo $m man$al de 4ireito. 2m%ora

apreentada como $m retorno > ra"ze da lei romana cl8ica, a

o%ra de $tiniano remodelo$ a lei, para #$e ;$ndamentae $ma

monar#$ia crit. 2le pr'prio redigi$ a maior parte da legilao

relacionada com a Igre?a e a religio. A lei romana perde$ #$ae

toda a $a independncia. 2m%ora ele contin$ae a a#$iecer >

idia de #$e o imperador como indiv"d$o etava $?eito > lei,

initia em #$e, devido a e$ cargo, ele era a encarnao da lei. A

lei ;oi atrelada > ideologia a%ol$tita da monar#$ia crit, e

rece%e$ ;orma concreta na et8t$a e#etre #$e $tiniano mando$

erg$er de i memo diante da Igre?a de (ta. (o;ia= na mo

e#$erda, eg$rava $ma e;era com $ma cr$z o%repota, "m%olode $a a$toridade $niveral e origem divina.


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4$rante o per"odo ina$g$ral de e$ reinado, com a a?$da da e#$ipe

de epecialita eplendidamente talentoo #$e re$ni$ > $a volta,

$tiniano levo$ t$do de roldo. (e$ e*rcito entraram vitorioo

em Cartago, Roma e Ravena& a re$ni;icao do imprio parecia

iminente. Organizo$ con;erncia teol'gica #$e pareciam o;erecer

ol$He para a diviHe do$trinai dentro da Igre?a. Artic$lo$ $ma

ideologia de imprio, #$e a%rangia ao memo tempo lei e teologia,

e contr$i$ $m conveniente palco para $a decretao. Crio$ o

ideal do Imprio Romano Crito, #$e contin$aria endo a %ae e

inpirao de Bizncio. alvez malograe por #$erer a%arcar o

m$ndo com a perna. 5a conagrao de (ta. (o;ia, em dezem%rode S, acredita-e #$e tenha m$rm$rado= 9(alomo, e$ vo

$perei9.

(e aim ;oi, $a palavra continham, poi, m$ita arrogncia. A

circ$ntncia voltaram-e contra ele. 2m G, o otrogodo

re%elaram-e na It8lia. O generai de $tiniano levaram $n doze

ano para dominar a it$ao. A It8lia o;re$ terr"vel devatao e

Roma perde$ grande parte de $a anterior magni;icncia ao paarde $m lado para o o$tro. A l$ta ;oi to prolongada por#$e

$tiniano en;rento$ $ma renovao da g$erra ao longo da ;ronteira

oriental com a dinatia anida do Ir, ao memo tempo #$e a

;ronteira do 4anL%io ameaava ceder o% preo da tri%o

elava. 2ta eram $m povo #$e ;azia $a etria no palco da

hit'ria, #$ando comearam a a;l$ir de $a terra original no

pntano do )ripiat e arredore. Ma o principal perigo era mai

inidioo. 2m G, a pete %$%Fnica atingi$ o 2gito, e no ano

eg$inte alatro$-e por toda a prov"ncia orientai, chegando a

Contantinopla, onde ;ez entir $m terr"vel peo. )roc'pio

o%revive$ a ela e reconhece$ #$e no a$ge morriam mil peoa

por dia. A pete paralio$ o governo e a ociedade por pelo meno

tr ano. O pr'prio $tiniano adoece$, ma rec$pero$-e e

conce%e$ engenhoo e*pediente para ;azer ;ace ao

demantelamento prod$zido pela epidemia. Cont$do, ap' $perara di;ic$ldade imediata #$e e apreentaram, teve de en;rentar


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$ma amarga tragdia peoal. 2m ?$nho de D, $a conorte, a

Imperatriz eodora, morre$. 2le levo$ v8rio ano para e

rec$perar da perda.

O Lltimo ano de $tiniano ;oram implac8vei. A pete %$%Fnica

re$rgi$ a intervalo reg$lare. Mino$ a ;$ndaHe econFmica e

demogr8;ica do imprio e olapo$ a via%ilidade da poli, #$e

etivera no centro da vida provinciana. o importante #$anto e$

e;eito ociai e econFmico ;oi o impacto picol'gico. )elo

detalhado relato de )roc'pio o%re a pete em Contantinopla,

a%emo #$e o mdico e deeperaram com $a cincia. 5ada

podiam ;azer para com%ater a doena. A peoa e aglomeravamdentro da igre?a como a melhor eperana de proteo. Apear de

;$gir para 8rea mai eg$ra > apro*imao da pete, o$tro

hitoriador da poca perde$ #$ae toda a ;am"lia em $rto

%$%Fnico& $a imprevii%ilidade dei*o$-lhe apena 4e$ a #$em

recorrer. Poi tomado por $m entimento de #$e 4e$ p$nia e$

povo pelo pecado cometido. $tiniano %ai*o$ legilao contra

o homoe*$alimo, a #$al precrevia a pena de morte. Acho$ #$e

e$ imprio poderia o;rer o memo ;ado da cidade da plan"cie -(odoma e +omorra - e pelo memo motivo.

$tiniano empre ;ora intenamente religioo. Be%ia po$ca coia

alm de 8g$a& comia com parcimFnia - apena leg$me, picle e

erva, eg$ndo $m relato - e e ati;azia com $m m"nimo de ono.

4eleitava-e na companhia de monge, e a teologia proporcionava-

lhe o a$nto pre;erido de convera. 1ma vez contrai$ $ma

in;eco no ?oelho, provocada por e*ten$ante devoHe d$rante a

J$arema. 2m o$tra ocaio - talvez tenha ido #$ando adoece$

com a pete - o mdico deeperaram-e por $a vida. Ma o

anto mdico, Come e 4amio, viitaram-no n$ma vio e ele e

rec$pero$. 2le mando$ recontr$ir o ant$8rio do doi ;ora de

Contantinopla e ;ez $ma peregrinao ao local. 2m 3S, ;ez o$tra

peregrinao ao ant$8rio do Arcan?o Mig$el em +erme, no interior

da Anat'lia. inha oitenta ano na poca. 1m ;eito e*traordin8riopara alg$m #$e dede a adolecncia #$ae n$nca via?ara alm


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do arredore da capital.

A ;ora de car8ter de $tiniano evidente pela maneira como

en;rento$ a crie do per"odo mdio de e$ reinado e a $pero$

em grande parte. 1m "m%olo dio ;oi $a reao ao colapo da

cLp$la de (ta. (o;ia em D= mando$ recontr$"-la, e a igre?a ;oi

reconagrada #$atro ano depoi. A realizaHe da primeira parte

de e$ reinado ;oram pota > prova, ma motraram-e

%aicamente acertada. O e;oro para preerv8-la apena e*pF

com mai clareza e$ verdadeiro entido e car8ter radical. A n;ae

;oi dada ao critianimo. $tiniano dedico$ $ma imena parte de

e$ tempo a pro%lema de teologia, na eperana de levar paz >Igre?a. )ercorre$ $m longo caminho para a%randar o mono;iita,

condenando o te'logo ortodo*o #$e pareciam dar e*ceiva

n;ae > h$manidade de Crito. Io no era do agrado do papado.

J$ando, em S, $tiniano convoco$ $m Conc"lio +eral em

Contantinopla, coagi$ o papa da poca a aceitar a ;'rm$la de #$e

Crito poderia er homem per;eito e 4e$ per;eito, 9ditinto, ma

inepar8vei9, porm, no n"vel mai "ntimo do er, era $m '. (o% a

orientao de $tiniano, Contantin%pla deenvolve$ $a pr'priateologia ditintiva, #$e ao longo do tr c$lo eg$inte eria

mai criativa do #$e a de Ale*andria o$ a de Roma.

$tiniano realizo$ #$ae tanto #$anto pode $m homem vivo, ma

pr'*imo ao ;im da vida parecia nada ter de novo a o;erecer. Pico$

iolado e impop$lar - detino do governante, por maiore #$e

e?am, #$e viveram tempo demai -, e $a morte em 3 ;oi $m

al"vio. ($cede$-lhe o o%rinho $tino, #$e tento$ e ditanciar da

impop$laridade do tio. Cont$do, $a tentativa de reverter a paiva

pol"tica e*terna do Lltimo ano de $tiniano ;oi mal avaliada.

@evo$ ao rompimento da relaHe com o Imprio (anida, ao

en;ra#$ecimento da ;ronteira do 4anL%io e, por ;im, > invao da

It8lia pelo lom%ardo, o #$e de;ez grande parte da o%ra de

$tiniano. O malogro de $tino contri%$"ram para e$ colapo

mental e $%tit$io por i%rio, mem%ro de e$ etado-maior.i%rio reino$ por $m %reve per"odo 7D-D: e ;oi $cedido pelo


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genro, Ma$r"cio 7D-3N:, por acao $m do po$co generai %em-

$cedido da poca. 2e imperadore, cada $m a e$ modo,

l$taram para preervar o legado de $tiniano. 2m%ora mai

prolongado, ;oi $m per"odo emelhante ao ano intermedi8rio do

reinado de $tiniano, #$ando a l$ta para $perar todo o tipo de

di;ic$ldade era alentada pela neceidade de preervar, como $ma

o%rigao religioa, o imprio crito e $a capital, a nova Roma.

5io, ho$ve completa contin$idade com o reinado de $tiniano.

5enh$m dee imperadore teve oport$nidade de contr$ir na

ecala de $tiniano na primeira parte de e$ reinado, ma ele e

mantiveram na mema tradio de patrocinar relic8rio de anto e

en;atizar a pro*imidade do imperador com Crito. $tino II acre-cento$ $ma nova ala do trono ao Chr/otrilino, o principal alo

de recepo do +rande )al8cio. O trono ;icava na a%ide, o% $m

moaico de Crito, e acent$ava o papel do imperador como

repreentante de Crito na terra, em grande cononncia com a

concepo do cargo imperial ela%orada por $tiniano.

Complementava-e pela ;orma como o "m%olo do cargo imperial

perdiam e$ c$nho romano. O Imperador Ma$r"cio $%tit$i$ $ma

vit'ria romana pela imagem da Me de 4e$ no inete imperial.alvez tam%m tenha ido repon8vel por intalar $ma imagem de

Crito o%re o )orto Chale, a principal entrada do pal8cio

imperial.

por A5+O@4, M. Bizncio= a )onte da Antig$idade para a Idade

Mdia. (o )a$lo= Imago, NN.

Bizncio e a diviso dos caminhos

A hit'ria do m$ndo mediterrneo de $nidade e diveridade. 4$-

rante alg$m tempo, Roma coneg$ira $nir o m$ndo mediterrneo,

ma, por volta do c$lo III, a cidade no mai c$mpria ee papel.

5o c$lo < e


15/78

in;l$i$ no reino %8r%aro #$e $rgiram no Ocidente no decorrer do

c$lo


16/78

de Bizncio, para oete, na direo da It8lia. 2m 3D, o lom%ardo

oc$param o

8rea ao redor de Ravena, Roma e Bari. +rande parte do territ'rio

con#$itado com to grande e;oro pelo e*rcito ;oi perdida de

$m ' golpe. Io no igni;ico$ #$e o governo imperial em

Contantinopla tendia a a%andonar a realizaHe de $tiniano.

M$ito pelo contr8rio= o territ'rio ocidentai eram organizado por

governadore militare chamado e*arca, #$e e*erciam podere de

vice-rei a partir de $a capitai, Ravena e Cartago. 2e

e*arcado a?$dam a e*plicar por #$e Bizncio manteve por tanto

tempo $ma ca%ea-de-ponte no Ocidente.

Ao memo tempo, eclodi$ a g$erra contra o anida no Oriente.

O con;lito entre Contantinopla e Ctei;onte era inevit8vel, em

vita da di;ic$ldade para dividir o Crecente Prtil entre a d$a

potncia. ratava-e de $ma l$ta #$e vinha ocorrendo dede pelo

meno o c$lo < a.C. 2m m$ito apecto, a l$ta entre o

anida e Bizncio ;oi $m enaio geral para a g$erra entre o

Il e Bizncio.

O $ceore de $tiniano tiveram de reagir no apena >

preHe e*terna, ma tam%m a pro;$nda diviHe interna, #$e

e revelaram de ;orma mai '%via em ;orma de dip$ta religioa.

A paz #$e $tiniano impF > Igre?a ;oi il$'ria. O mono;iita da

("ria e do 2gito e*ploraram-na para criar $a pr'pria organizao

eclei8tica. A reativao da g$erra com o anida lana dLvida

- de modo %atante denece8rio - o%re $a lealdade. A

a$toridade em Contantinopla ;icaram trantornada com o

caminho #$e a Igre?a Mono;iita tomava o% o patroc"nio do

ganida, $ma tri%o 8ra%e do Imen #$e e eta%elece$ ao longo

da ;ronteira do deerto da ("ria no in"cio do c$lo


17/78

$peito. )or ;im, em D, o Imperador Ma$r"cio entro$ em ao

contra ele e diolve$ a ;ilar#$ia ganida. Io no apena

alieno$ a Igre?a Mono;iita, ma tam%m ameao$ a eta%ilidade

da ;ronteira oriental, com, como veremo, deatroa

cone#ncia.

capital,

epalhando-e por todo o imprio. A ;acHe do circo comearam a

aparecer em toda cidade de %om tamanho. 5o pareciam ter

#$ai#$er a;iliaHe ociai o$ religioa clara, maproporcionavam $m ecape para a violncia ?$venil, #$e podia ao

memo tempo er $ada pelo l"dere locai. 2m Contantinopla, e

talvez em o$tra parte, paaram a contit$ir $ma mil"cia, o #$e

lhe dava maior poder.

A vol8til mit$ra pego$ ;ogo no in"cio do c$lo


18/78

da adminitrao provinciana at ;in do c$lo


19/78

imena catedral ;oi $%tit$"da por $ma nova igre?a com apena

metade de e$ tamanho, de acordo com a red$zida dimenHe da

cidade. A rede de cidade em volta de Contantinopla ;oi im-

pli;icada em termo radicai. A maioria da ;$nHe $r%ana

concentrava-e agora na capital, o #$e a torno$ mai dominante

#$e n$nca e ainalo$ o car8ter da c$lt$ra e da ociedade

%izantina. A c$lt$ra $r%ana de ampla %ae de ;in da Antigidade

de$ l$gar a $ma etreita c$lt$ra metropolitana. O #$e repreento$

ao memo tempo a ;ora e a ;ra#$eza de Bizncio. 4eciivo para

ee acontecimento ;oi o reinado do Imperador 0er8clio 73GN-G:.

02REC@IO 2 O( (A((X5I4A(0er8clio vinha da ;ronteira orientai do Imprio Bizantino, ma

e$ pai ;ora nomeado e*arca de Cartago. Poi da" #$e ele parti$

para regatar o imprio de Poca. 2m 3GN, entro$ vitorioo em

Contantinopla, graa ao apoio do )atriarca (rgio e da Paco


20/78

da cidade convenceram 0er8clio a ;icar, n$ma demontrao da

olidariedade do patriarca e do povo, alm de $m apelo > lealdade

com$m > Me de 4e$, padroeira de Contantinopla. @em%raram

0er8clio de $a repona%ilidade pela promoo do c$lto dela. ($a

d$a mai precioa rel"#$ia - o v$ e o cint$rohaviam ido

trazida da erra (anta o% o a$p"cio imperiai e con;iada >

g$arda eg$rada igre?a de Bla#$erne e de Chaloprateiai,

repectivamente. 2a igre?a haviam ido reta$rada por $tino

II, #$e parece m$ito ter ;eito para promover o c$lto da Me de

4e$. O Imperador Ma$r"cio mai tarde eta%elece$ a Pet"vidade

do 4ormitio da


21/78

coneg$i$ avanar ;$ndo no Ira#$e em direo > capital anida

Ctei;onte. 2m 3, con#$ito$ $ma grande vit'ria, #$e $%?$go$ o

anida e o o%rigo$ a $plicar a paz. 0er8clio apreento$-a

como $ma vit'ria pela cr$z o%re o anida adoradore do ;ogo.

A;irmo$-e #$e, #$ando con#$itaram er$alm em 3G, ele

haviam levado a rel"#$ia da verdadeira cr$z para Ctei;onte. A

rel"#$ia retornara ento. 0er8clio devolve$-a ;ormalmente a e$

l$gar de direito na Igre?a do (anto (ep$lcro n$ma grande cerimFnia

em 3SG, a c$lminao de $a vitorioa marcha atrav de toda a

recm-rec$perada prov"ncia orientai. Ao memo tempo, em

reconhecimento de #$e a origem de $a a$toridade era mai crit

#$e romana, 0er8clio adoto$ %aile$ como t"t$lo o;icial.

A pedra ang$lar da reta$rao de 0er8clio ap' a vit'ria o%re o

anida ;oi $a pol"tica religioa. A religio empre ;oi o meio

mai e;icaz de ligar a prov"ncia > capital. Cont$do, d$rante o

ano da oc$pao anida, a Igre?a Mono;iita no 2gito e na ("ria

tornara-e cada vez mai poderoa. 2ra irrealita eperar #$e

aceitaem a ortodo*ia calcedFnia procedente de Contantinopla.

)or io, o )atriarca (rgio crio$ $ma ;'rm$la conciliat'ria= Critopoderia er homem per;eito e 4e$ per;eito, ma po$"a apena

$ma energia individ$al. A princ"pio, o mono;iita rece%eram-na

com ati;ao. Mai $rpreendente ;oi o ;ato de o papa da poca

t-la ?$lgado aceit8vel. 4o patriarcado, ' er$alm conteto$.

A opoio torno$-e mai acirrada aim #$e a ;'rm$la ;oi incl$"da

n$m decreto imperial, o 2cthei 73SD:. )arece$ ento #$e o

imperador etava $$rpando a ;$no de $m Conc"lio +eral da

Igre?a, o Lnico #$e tinha a a$toridade para alterar dogma. 2m

todo o cao, m$ita coia m$dara. 5o comeo da primavera de 3SD,

er$alm $c$m%ira a $m novo poder, o ilamimo. J$ando o

)atriarca (o;rnio vi$ o l"der m$$lmano Omar entrando na cidade,

dizem #$e e*clamo$= 95a verdade, eta a a%ominao da

deolao eta%elecida no l$gar anto, de #$e ;alo$ o pro;eta

4aniel9. Re;lete a atordoante reao ao $rgimento do ilamimo.

8 em 3S, 0er8clio a%andonara a ("ria, deeperado, tran;erindoa (anta Cr$z de er$alm para Contantinopla.


22/78

O I(@Y

A aceno do Il o ;ato mai $rpreendente e importante da

Idade Mdia. A princ"pio, ' poderia er e*plicado em termo

apocal"ptico. ($a rapidez e completit$de ainda atordoam o poder

da crena. O 8ra%e eram m$ito conhecido do romano& e $a

#$alidade marciai, admirada. 4$rante c$lo ante do Il,

vinham e m$dando do deerto do 0e?az para o con;in do

Crecente Prtil. O padro normal era o governo em Contantino

pia empregar che;e tri%ai 8ra%e para g$ardar a ;ronteira do

deerto. O ganida haviam ;eito io de modo admir8vel at o

rompimento da relaHe com a adminitrao imperial, pr'*imo ao;im do c$lo


23/78

veze atri%$"da > delealdade da com$nidade crit, #$e,

eg$ndo conta, viram o 8ra%e como li%ertadore do ?$go

%izantino. Io %o%agem. 2a com$nidade implemente

eg$iam o #$e e tornara pr8tica tradicional na g$erra com o

pera= era melhor render-e e eperar o de;echo da g$erra. O

%izantino haviam empre retomado vitorioo, ma no dea vez.

2m vez dio, viram-e rechaado Anat'lia adentro pela ;ora do

Il. 4$rante $m c$lo, envolveram-e n$ma l$ta de vida e morte

para manter a Anat'lia contra o e*rcito m$$lmano. 5ee

per"odo, o ilamimo coneg$i$ deenvolver $ma eplendoroa

civilizao, #$e no apena torno$ $ma impoi%ilidade a

rec$perao %izantina, ma tam%m dei*o$ Bizncio m$itodimin$"da em comparao.

)rovavelmente #$ae no ;ez di;erena o ;ato de #$e a morte de

0er8clio em 3G tenha ido eg$ida por $ma dip$tada $ceo em

Contantinopla. O "mpeto ilmico ;oi poderoo demai. Ap'

dominar o %atiHe do 5orte da ("ria, e$ e*rcito avanaram

para a Anat'lia e a Armnia. O 8ra%e ganharam o mar com o

memo "mpeto #$e o romano em $a g$erra com ocartaginee. Apoderaram-e da ilha de Chipre e em 3

derrotaram a ;rota %izantina na Batalha do Matro, ao largo da

cota $l da Anat'lia. 2ra $ma vit'ria #$e teria a%erto o

Mediterrneo oriental ao ilamimo, no ho$vee ido logo eg$ida

pelo aainato do cali;a 1thman.

A decorrente g$erra civil de$ $ma trg$a tempor8ria a Bizncio. O

Imperador Contncio 73G-3D: coneg$i$ re;orti;icar alg$n do

ponto etratgico da Anat'lia, ma, aim #$e o ilamimo e

re$ni$ o% o cali;a M$Wa]i/a 733G-DN:, recomearam o ata#$e

m$$lmano. Contncio deepero$-e e ;ez o #$e o avF 0er8clio

ameaara ;azer= a%andono$ Contantinopla pelo Ocidente em 33.

A e*plicao na poca ;oi #$e ele #$eria tran;erir $a capital para

Roma. Ma, ap' $ma viita de etado ali, eta%elece$ na (ic"lia e$

#$artel-general. A adminitrao em Contantinopla rec$o$-e apermitir #$e o ;ilho de Contncio ;oem e ?$ntar a ele na


24/78

(ic"lia, o #$e demontrava a e;etiva divio do Imprio. rata-e^

de $m epi'dio intrigante, ainda mai importante pela maneira

como Contncio levo$ conigo o groo do e*rcito oriental. 5o

parece haver concl$"do #$e Contantinopla era inde;en8vel, ma

$a m$dana para o Ocidente lhe rende$ m$ito inimigo. Poi

aainado no %anho em 33D.

Co$%e a e$ ;ilho Contantino I< 733D-D:, em Contantinopla,

en;rentar $m e;oro con?$nto do cali;a M$_a]i/a para con#$itar a

cidade. A marinha m$$lmana tomo$ a via mar"tima #$e ligavam

o porto da ("ria ao Mar de M8rmara, onde em 3N coneg$i$

eta%elecer $ma %ae avanada em Z/zio. 4$rante ete ano,Contantinopla ;ico$ o% %lo#$eio, ma o ata#$e ;inal em 3D

malogro$, graa > e;ic8cia do 9l"#$ido9 o$ 9;ogo grego9, #$e parece

ter ido emelhante ao napalm.. )or m$ito tempo, o materiai

com%$t"vei ;eito de petr'leo haviam ido $ado no Oriente

)r'*imo. A novidade era o meio de prop$lo. 1avam-e agora

%om%a para lanar por $m t$%o $ma mit$ra com%$t"vel, #$e e

incendiava o% preo. O mecanimo parece emelhante ao de $m

i;o de oda e ;oi inveno de $m re;$giado da ("ria chamadoCal"nico. (e$ e;eito ;oram devatadore. (alvo$ Contantinopla e

de$ a Bizncio $ma deciiva vantagem de;eniva. 2ra $m do

egredo de etado do imprio. O e*rcito m$$lmano achavam-

e inteiramente detroado #$ando e retiraram de Contantinopla

para a Anat'lia, en#$anto $a ;rota, colhida n$ma tempetade, ;oi

a pi#$e ao largo da traioeira cota do ($doete da Eia Menor.

Poi $ma derrota generalizada para o Il, #$e reta$ro$ o pret"gio

%izantino. O governante do Ocidente, do Zhagan do 8varo para

%ai*o, mandaram enviado a Contantinopla em %$ca de paz. )ela

primeira vez, a iniciativa paava mai $ma vez a Bizncio. O

pr'prio cali;a M$Wa]i/a vi$-e > volta com $ma re%elio, #$e

ameao$ $a capital, 4amaco. 2ra o%ra de $m miterioo gr$po

conhecido como marda"ta, #$e e haviam eta%elecido na

montanha do @"%ano.

1MA PRE+I@ )A`


25/78

A vit'ria de 3D de$ a Contantino I< a oport$nidade de reorganizar

o imprio. Mai importante era a neceidade de reta$rar a

$nidade eclei8tica. O a;atamento da Igre?a no Ocidente de

Contantinopla, tanto #$anto a decio de Contncio II de m$dar a

capital para o Ocidente, en;atizo$ a ;ragmentao do Imprio

diante do avano m$$lmano.

2m%ora a pol"tica religioa de 0er8clio a princ"pio tivee o apoio

do papado, na poca em #$e e$ neto Contncio II a revive$ em

e$ decreto conhecido como /po 73D:, Roma e havia tornado o

principal centro de opoio. O papado agora contetava a ;'rm$la

- monotelita, como pao$ a er chamada - #$e admitia Crito$nido por $ma Lnica vontade e energia. Roma adotava o manto de

er$alm, #$e ;ora a ;onte original de cr"tica. Io ocorre$ em

parte por#$e, em cone#ncia da #$eda de er$alm para o

m$$lmano, m$ito clrigo paletino encontraram re;Lgio na

It8lia, atra"do em certa medida pelo )apa eodoro I 73-K:, #$e

era de origem paletina. 5o centro da opoio etava $m monge

paletino, M8*imo, o Con;eor, $m do grande te'logo

%izantino. 5acido em ;in do c$lo linha monotelita impota por Contantinopla. am%m

etava por tr8 do Conc"lio de @atro de 3K, convocado pelo )apa

Martinho I 73K-S:, e redigi$ a ata dee encontro, #$e condeno$

o /po de Contncio II.

Contncio reagi$, ordenando #$e o e*arca de Ravena prendeeM8*imo e o )apa Martinho. O e*arca e rec$o$ e contin$o$ e$


26/78

dea;io at a morte, em 3. 2nvio$-e $m novo e*arca, #$e de

;ato c$mpri$ a orden imperiai. Martinho ;oi mandado para

Contantinopla, onde o condenaram por traio e o e*ilaram na

Crimia. M8*imo, #$e e rec$o$ com o%tinao a reconhecer a

a$toridade imperial em #$etHe de dogma, ;oi tratado de modo

emelhante. Aca%o$ morrendo em 33 no e*"lio, em alg$m l$gar

remoto do C8$cao. O implac8vel tratamento dado a Martinho e >

M8*imo $%?$go$ Roma, ma gero$ $m d$rado$ro reentimento.

J$ando Contantino I< convoco$ $m Conc"lio +eral da Igre?a ap'

$a vit'ria o%re o Il em 3D, viava > reconciliao=

reconciliao dentro da Igre?a, e com o papado e o patriarca deer$alm, #$e haviam ido o principai centro de opoio >

pol"tica monotelita. O conc"lio aca%o$ por re$nir-e em 3DN.

Condeno$-e o monotelimo, de acordo com $m tomo lanado pelo

)apa Agato. Reta$rara-e o ideal da $nidade eclei8tica. A ;ragi-

lidade dea $nio logo ;ico$ clara, d$rante o primeiro reinado do

;ilho de Contantino I


27/78

73DN(:, aceito$ pagar o tri%$to ante acertado por M$Wa]i/a, #$e

o cronita de Bizncio eta%elecem na conider8vel oma de mil

nomimata por dia, #$e correponderiam a mai de mil li%ra

eterlina de o$ro por ano. 2e terrmo ;oram depoi

renegociado com $tiniano lI. O tri%$to contin$o$ o memo, ma

o governante %izantino concordo$ em evac$ar o marda"ta da ("ria

e da Cil"cia, onde haviam repreentado $ma enorme ameaa ao

cali;ado. Io ;azia parte de $ma tentativa de criar $ma ;ronteira

claramente de;inida entre Bizncio e o Il, para proteger a Eia

Menor. Crio$-e $ma zona ne$tra, #$e e etendia da ilha de Chipre

at a Armnia e a I%ria. A renda dee territ'rio deveriam er

dividida ig$almente entre Bizncio e o cali;ado. $tiniano II ;oicriticado por $a ao, por#$e perde$ a iniciativa ao longo da

;ronteira oriental. 2m c$rto prazo, porm, io lhe de$ ieno para

e concentrar no B8lc, onde ealonica h8 m$ito ;ora deligada

de Contantinopla pela circ$nvizinha tri%o elava. 2m 3DD,

lidero$ $ma p$nitiva e*pedio #$e li%erto$ ealonica e a dei*o$

o% controle imperial mai ;irme. Arre%anho$ grande nLmero de

elavo e o pF na Anat'lia como colono militare. O $ceo

dea pol"tica de tran;erir pop$laHe contin$a endo motivo dede%ate. Alg$n elavo e revoltaram e recorreram ao

m$$lmano. 2m repre8lia, $tiniano maacro$ o$tro, ma a

prov8vel cone#ncia total talvez tenha ido o ;ortalecimento da

pop$lao do 5oroete da Anat'lia, onde ocorre$ a maior parte do

aentamento.

O CO5C@IO 42 R1@@O

)ara comemorar a con#$ita do primeiro ano de e$ reinado,

$tiniano II convoco$ $m Conc"lio +eral da Igre?a em 3KG.

Chamam-no em geral de Conc"lio de r$llo, por ca$a da cmara de

a$dincia no pal8cio imperial em #$e ;oi realizado. $tiniano

conidero$-o $ma contin$ao do #$into e e*to Conc"lio +erai,

realizado em Contantinopla repectivamente em S e 3DN-DG,

da" o nome J$intie*to #$e > veze lhe dado. 4ee modo,

$tiniano II coneg$i$ apreentar o conc"lio no apena como $macontin$ao da o%ra do pai, ma tam%m da de e$ il$tre


28/78

homFnimo. O o%?etivo era ;ornecer a medida pr8tica e legai

nece8ria para complementar a o%ra do$trinal do #$into e e*to

Conc"lio +erai. Como o Conc"lio de r$llo e encai*a de modo

meio canhetro na geto de Conc"lio +erai da Igre?a, $a

importncia ;oi no apena m$ito negligenciada como mal

entendida.

2m%ora apreentado como contin$ao de $ma o%ra anterior, o

decreto do Conc"lio de r$llo repreentam $ma realizao de certa

originalidade. A li#$idao, para todo o e;eito, da controvria

monotelita em 3DN-DG aca%o$ com o de%ate critol'gico em #$e e

haviam empenhado o te'logo dede o in"cio do c$lo #$eto de interceo e da

interao de h$mano e divino. Mai #$e o$tro, peoa o$ o%?eto

o;ereciam $m aceo mai imediato ao divino 2ta #$eto e

tornara de interee mai pro;$ndo com o $rgimento de $ma

pol"tica crit, onde o elemento ec$lare herdado do paado

romano e helnico haviam ^ido a%orvido e tran;ormado.

M8*imo, o Con;eor, m$ita veze lem%rado por $a opoio ao

monotelimo, ma io ;oi apena parte de $a o%ra teol'gica. ($a

maior realizao ;oi a%ordar o novo tema #$e $rgiam. 2 o ;ez de

$m ponto de vita mon8tico. O princ"pio ;$ndamental de $ateologia era a 9dei;icao9 o$ per;ecti%ilidade= ito , a


29/78

poi%ilidade de e tornar ig$al a 4e$ #$e e a%ria > h$manidade

pela 2ncarnao. 2ra $m programa #$e convinha a monge e

aceta, e tran;ormava a ordem mon8tica n$ma elite mon8tica.

A maior d"vida intelect$al de M8*imo ;oi com )e$do-4ion"io, o

penador #$e chego$ mai pr'*imo de captar o ;$ndamento do

m$ndo do penamento %izantino com $a initncia em hierar#$ia,

harmonia e re;le*o. 2a miterioa ;ig$ra, #$e dizia er al$no

ateniene de (. )a$lo, 4ion"io, o Aeropagita, ecreve$ na virada do

c$lo


30/78

imperador como 8r%itro da ociedade. M8*imo rec$o$-e a aceitar

#$e o imperador tivee #$al#$er papel na ;i*ao de dogma. 2e

;oi $m do motivo para e opor > ;'rm$la monotelita p$%licada

no edito imperiai. A negao de M8*imo de #$al#$er papel ao

imperador na #$etHe de ; talvez e*pli#$e o etranho ;ato de

#$e o Conc"lio de 3DN-DG ?amai o ho$vee mencionado e#$er $ma

vez, apear da opoio dele ao monotelimo. Citar a o%ra de

M8*imo teria dimin$"do o papel do imperador como de;enor da

ortodo*ia.

O Conc"lio de r$llo initi$ no papel central do imperador.

$tiniano II $o$-o a ;im de legilar para $ma ociedade crit.Erea da vida - magia, protit$io, caamento, ;orma de devoo,

o tat$ e o comportamento do clero - #$e $tiniano I

reg$lamentara pela legilao imperial deveriam agora er ;$no

de $m Conc"lio +eral da Igre?a. ($por, como m$ito o ;izeram, #$e

io a prova da ;orma como $tiniano II $%ordino$ de %om grado

o poder > a$toridade eclei8tica $m deprop'ito. 2t8 em dea-

cordo com o car8ter a$tocr8tico do homem. 1ar $m Conc"lio +eral

da Igre?a para legilar o interee cotidiano de $ma ociedadecrit era $m devio radical. )arece eg$ro aceitar #$e a iniciativa

veio de $tiniano II. A Igre?a %izantina achava-e na poca

ing$larmente evaziada de grande peronalidade. $do aponta

para a compreeno de $tiniano II de #$e $m %aile$ -rei crito

- devia governar por intermdio da Igre?a, e no por $a pr'pria

conta. 2ra $m programa cearopapita& conce%ia $m novo Irael,

governado por $m novo 4avi.

2m cononncia com a nova ordem, o novo Irael tinha de er

e*p$rgado do cot$me ?$de$ e pago #$e peritiam. 5o e

deviam re%ai*ar o "m%olo do critianimo. 5em a cr$z er

colocada em oleira, onde p$dee er piada, ma ;icar ao n"vel

do olhar, para er devidamente venerada. Ainda mai intereante,

Crito eria repreentado em ;orma h$mana. Motr8-lo em ;orma

im%'lica era re%ai*ar $a h$manidade e o mitrio da 2ncarnao.2a medida era dirigida contra o critianimo latino, em #$e era


31/78

normal motrar Crito como o cordeiro pacal. O preconceito

antilatino do conc"lio era $m re$ltado direto do dee?o de impor

como normativa a pr8tica da Igre?a de Contantinopla. O conc"lio

aprovo$ o privilgio da Lltima e initi$ em $a ig$aldade legal

com a Igre?a de Roma. Condenaram-e v8rio cot$me latino,

como o celi%ato clerical e o ?e?$m ao 8%ado na J$arema. b

g$ia de proteto, o )apa (rgio I 73D-NG: rec$o$-e a ainar a

ata do Conc"lio de r$llo. $tiniano II ordeno$ $a prio, ma,

diante do apoio geral ao )apa, o e*arca %izantino volto$ atr8. 2m

todo o cao, o pr'prio $tiniano GG ;oi depoto em 3K. J$ando

rec$pero$ o poder em N, ?8 dei*ara de er to ditatorial em e$

tratamento ao papado. 2m GG, o )apa Contantino ;ez $ma viagema Bizncio, onde e reconcilio$ com $tiniano.

O Conc"lio de r$llo no apena revelo$ $m padro de con;ronto e

reconciliao entre Bizncio e Roma, ma tam%m en;atizo$ o

e;oro de $tiniano II, por mai vo #$e e revelaem, para

reta$rar a $nidade imperial em torno de Contantinopla. O padro

da hit'ria %izantina em todo o c$lo


32/78

niano, #$e coneg$i$ rec$perar o trono em N. O o$tro

imperadore ;oram governadore militare de prov"ncia,

convencido de #$e apena o controle da capital garantiria $a

poio e o interee de e$ homen.

O t$m$lto pol"tico da poca ;oi $ma rami;icao do $rgimento,

dede o reinado de 0er8clio, do chamado e*rcito do thema,

diviHe adminitrativa do Imprio Bizantino. )ara en;rentar o

dea;io do Il, a Anat'lia ;oi dividida n$ma rie de comando

militare. O e*rcito do @ete, o$ anat'lio, a#$artelo$-e no

($dete da Anat'lia para $perviionar a rota de invao pela

Montanha a$r$& o e*rcito da Armnia, o$armnio, de;endia o5oroete da Anat'lia& en#$anto a etratgica reerva, o O%e#$i$m

- helenizado para Opiion -, comandava o aceo a

Contantinopla. O governo militar, o$ tratego, a$mi$ o controle

de $a 8rea de comando, ao memo tempo #$e ia recr$tando cada


33/78

Coniderado pelo m$$lmano o Lltimo pro;eta enviado por 4e$,

M$hammad nace$ por volta de N na tri%o do corai*ita, em

Meca, cidade #$e ho? e ;az parte do Reino da Ar8%ia (a$dita.

(eg$ndo a tradio, $m an?o aparece$ a $a me, Arnina 79 a#$ela

em #$em e pode con;iar9:, para proclamar a chegada do pro;eta e

intr$"-Ia a cham8-Io de M$hammad 79o mai lo$vado9:. 9Com ee

nome a 2crit$ra (agrada o an$nciaram e er8 lo$vado por todo

o ha%itante do C$ e da erra9, die o an?o.

(e$ pai, A%d$llah 79ervo de 4e$9:, morre$ ante de ele nacer. A

grande ;am"lia da cidade 8ra%e tinham por cot$me enviar e$

;ilho logo ap' o nacimento para o deerto, a ;im de #$e ;oemamamentado e paaem parte da in;ncia entre o %ed$"no.

Meca no era e*ceo, o%ret$do devido > epidemia e ao alto

"ndice de mortalidade in;antil. O ar ;reco do deerto, e$ idioma

8ra%e p$ro e a enao de li%erdade tam%m ;ortaleciam ea

opo. 0avia po$co tempo #$e a tri%o do corai*ita adotara $m

modo de vida edent8rio& ante de ter contr$"do $a caa em

volta do ant$8rio em Meca, ela era praticamente nFmade.

M$hammad pao$ e$ primeiro ano com a ama-de-leite

0alimah, #$e inicialmente rel$to$ em aceitar tomar conta dele e

mai tarde initi$ em prolongar $m po$co $a permanncia no

deerto, ap' o doi ano previto. A princ"pio ecao, o leite e

torno$ ;arto no peito de 0alimah, o #$e ;ez com #$e ela

decrevee a criana como $m 9er a%enoado9.

Ao ei ano, M$hammad ;ico$ 'r;o de me e pao$ ao c$idado

de e$ avF - che;e da tri%o corai*ita e g$ardio do templo agrado

da Caa%a -, morto doi ano depoi. O menino ;oi con;iado ento ao

tio A%$ ali%, c$?o ;ilho - Ali - etaria entre o primeiro dic"p$lo

do pro;eta.

J$ando adolecente, M$hammad ;ez divera viagen > ("ria em

companhia do tio comerciante. 5$ma dea ocaiHe, entro$ emcontato com. $m eremita crito chamado Bahira, #$e morava em


34/78

Bora e reconhece$ nele o ;$t$ro pro;eta #$e div$lgaria o

ilamimo.

M$hammad, chamado > poca de AI Amin 79o con;i8vel9, 9o

honeto9:, contin$o$ a tra%alhar como mercador e ;oi contratado

por $ma viLva chamada Zhadi?a, tam%m da tri%o do corai*ita,

para cond$zir caravana atrav da pen"n$la Ar8%ica, onde entro$

em contato com crena monote"ta e o%ret$do polite"ta - entre

a v8ria divindade, detacavam-e Al 1zza e Al @at.

J$ando o pro;eta tinha ano, Zhadi?a, #$e era G ano mai

velha, propF caar-e com ele. A $nio apro*imo$ d$aimportante ;am"lia de Meca, e ele tiveram ete ;ilho, ma

apena a #$atro menina o%reviveram. 2ntre ela, P8tima, #$e e

tornaria m$lher de Ali.

(eg$ndo a tradio, dede e$ primeiro ano M$hammad etava

predetinado > grandeza. J$ando era criana e vivia no deerto,

doi an?o totalmente vetido de %ranco e apro*imaram dele,

a%riram e$ peito e dali tiraram $m co8g$lo de ang$e negro #$elanaram ao longe. O corao de M$hammad ;oi lavado com neve,

retirada de $ma %acia de o$ro, e nenh$ma marca ;oi dei*ada em

e$ peito. Contada no Alcoro, o livro agrado do m$$lmano,

ea hit'ria e torno$ $ma par8%ola da p$ri;icao divna a #$e

M$hamn$d etaria detinado.

R2


35/78

O primeiro ver"c$lo do Alcoro 7do 8ra%e Al J$r_an a leit$ra9, 9a

recitao9: aca%ava de er revelado.

Ante de deaparecer, +a%riel o preveni$ de #$e ele e veriam

com ;re#ncia, a ;im de contin$ar a revelao cornica.

M$hammad volto$ para caa, tranpirando e entindo ;rio.

A tradio a;irma #$e a orao e o tetem$nho de ; 7hahada: da

$nidade divina ;oram o primeiro eninamento revelado ao

pro;eta. 4$rante alg$m tempo, M$hammad ' ;alo$ dea

revelaHe e de $a mio pro;tica > peoa mai pr'*ima,

comeando por Zhadi?a e depoi incl$indo Ali, ;ilho de A%$ ali%, eA%$ Bar, #$e viria a er o primeiro cali;a m$$lmano. (e$ c"rc$lo

de eg$idore, porm, ;oi crecendo rapidamente, e a re$niHe e

tornaram contante.

O primeiro m$$lmano eram proi%ido de ler o Alcoro em

pL%lico, epecialmente diante do templo agrado da Caa%a.

Certa noite, eg$ndo a ;onte agrada, M$hammad ;oi levado deMeca a er$alm n$m animal celete %ranco, 9maior #$e $m ano

e menor #$e $ma m$la9, denominado B$ra# 79replandecente9:. 5a

cidade agrada, encontro$ pro;eta como A%rao, Moi e e$ e

oro$ com ele. 4$a vailha ;oram pota diante de M$hammad=

$ma com vinho e o$tra com leite. 2le tomo$ a #$e continha leite,

ma ignoro$ a o$tra ainda ho?e, m$$lmano no devem %e%er

vinho nem tipo alg$m de 8lcool. 4a rocha #$e ho?e e encontra na

2planada da Me#$ita, em er$alm, acende$ e atraveo$ o

ete c$, revendo em todo o e$ eplendor o pro;eta e o arcan?o

+a%riel. Ap' ter decendido a er$alm, retorno$ a Meca pelo

memo caminho e, #$ando chego$ > Caa%a, ainda era noite.

orge @$i Borge e Margarita +$errero contam, em O @ivro do

(ere Imagin8rio, #$e 9$ma da tradiHe ilmica menciona #$e

B$ra#, ao dei*ar a erra, derr$%o$ $ma ?arra cheia dW8g$a. O)ro;eta ;oi arre%atado at o timo c$ e convero$ em cada c$


36/78

com o patriarca e an?o #$e nele ha%itam e atraveo$ a 1nidade

e enti$ $m ;rio #$e lhe gelo$ o corao #$ando a mo do (enhor

lhe de$ $ma palmada no om%ro. O tempo do homen no

comen$r8vel ao de 4e$& em e$ regreo, o )ro;eta levanto$ a

?arra da #$al ainda no e havia derramado $ma ' gota9.

(eg$ndo Richard B$rton, $m do principai trad$tore de A Mil e

1ma 5oite no c$lo GK, m$$lmano da ndia cot$mam

repreentar B$ra# com roto de homem, orelha de ano, corpo de

cavalo e aa e ca$da de pavo.

A 0T+IRA 2 O I5CIO 4O CA@254ERIOAp' pereg$iHe e con;lito, parte do adepto da nova religio

emigro$ para a A%i"nia 72ti'pia:. 1m ano ap' $a 9viagem

not$rna9, M$hammad dei*o$ Meca, em 3, com detino ao o8i de

\athri% 7mai tarde, Medina:, a cerca de SN #$ilFmetro, tam%m

na pen"n$la Ar8%ica. T a chamada 0gira 7do 8ra%e hi?ra= e*"lio,

emigrao:, #$e marca o in"cio do calend8rio l$nar ilmico.

5o caminho, M$hammad e A%$ Bar e re;$giaram n$ma gr$ta, c$?aentrada ;oi logo co%erta pela teia de $ma aranha, com o prop'ito

de diim$l8-la ao olho de oldado inimigo. Ali permaneceram

tr dia e tr noite, ante de retomarem a viagem.

A chegada a \athri% ;oi tri$n;al. O 8ra%e dip$tavam o privilgio

de rece%er o ra$l Allah 79menageiro de 4e$9:. 5o local onde

M$hammad coloco$ a pedra ;$ndamental de $a caa, $rgiria a

primeira me#$ita, chamada de ma?id anna%i 79a me#$ita do

pro;eta9:, onde e encontra e$ tLm$lo. \athri% e torno$ Medina,

de mad"nat anna%" 79a cidade do pro;eta9:.

T em Medina #$e e eta%elece a orao da e*ta-;eira, dia agrado

para o ilamimo, em #$e o m$$lmano lotam a me#$ita para

rezar e o$vir o dic$ro tradicional de re;le*o. A chamada para a

orao ;eita pela primeira vez nea cidade, pelo ecravoa%i"nio Bilal, li%ertado por A%$ Bar no in"cio do ilamimo.


37/78

am%m ali e determina a direo da orao 7#"%la:. At ho?e,

m$$lmano do m$ndo inteiro devem voltar-e para Meca #$ando

rezam.

5o plano pol"tico, comeo$ a tomar ;orma a com$nidade ilmica

71mmah:, com $a legilao, $a aem%lia e $ma ordem ocial e

pol"tica. Medina , en;im, o em%lema do novo poder= divera

e*pediHe e %atalha contra polite"ta, epecialmente o

me#$ene, plane?aram-e na cidade-etado, entre a #$ai a de

Badr 73:, 1h$d 73: e Poe 73:.

5o oitavo ano da 0gira 73SN:, M$hammad re$ni$ $m e*rcito de GNmil homen e e dirigi$ para Meca. Ma o patriarca da cidade, A%$

($;ian, $m do principai inimigo do pro;eta, converte$-e ao

ilamimo ante #$e ho$vee $ma %atalha. M$hammad retorno$ >

cidade de onde havia ido e*p$lo, e o me#$ene ;oram

convocado ao monte (a;a para e tornarem m$$lmano. A nova

religio pao$ a crecer e contar com mai adepto, em

detrimento do antigo panteo, compoto de pelo meno S3N "dolo.

A imagen da divindade #$e decoravam a Caa%a ;oramdetr$"da.

2m marco de 3S, M$hammad realizo$ e$ Lltimo ermo, na#$ela

#$e ;ico$ conhecida como a 9peregrinao do ade$9= o pro;eta

delineo$ o pilare do Il e pedi$ #$e o m$$lmano e trataem

como irmo, repeitaem a m$lhere e eg$iem o Alcoro e e$

pr'prio e*emplo de vida. 4e volta a Medina, M$hammad adoece$ e

morre$ no memo ano, em ?$nho. 5a cidade onde vive$ no e*"lio

;oi tam%m enterrado.

O A@CORYO 2 O 0A4I0

Coniderado a principal ;onte do ilamimo, o Alcoro $m livro

agrado c$?a revelao completa levo$ S ano. O Alcoro

compoto de GG cap"t$lo, denominado $rata, com $m nLmero

variado de ver"c$lo 7a/a:, omando 3.S3.


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O cap"t$lo, > e*ceo de $m, iniciam-e pela e*preo 92m nome

de 4e$, o Clemente, o Miericordioo9, com$m na a%ert$ra do

mai divero doc$mento em pa"e ilmico, incl$ive em livro,

carta e doc$mento o;iciai.

2pecialita ilmico a%em onde, #$ando e em #$e

circ$ntncia cada ver"c$lo ;oi revelado, ma a dipoio do

cap"t$lo no eg$e a linha cronol'gica da revelaco. O conteLdo

do Alcoro comea a er compilado e anotado ?8 na vida do

pro;eta, ma ;i*ado de;initivamente d$rante o governo do cali;a

1thman %inA=;;an 73-3:. O te*to do Alcoro em vigor at$almente

o memo dea edio, coniderada a$tntica.

O Alcoro ecrito em 8ra%e, e todo m$$lmano deve ;azer $a

oraHe nee idioma, #$e ;$nciona como $m elo entre v8ria etnia

adepta do ilamimo. A maior parte do t$rco, pa#$itanee e

indonio, por e*emplo, no tem o 8ra%e como idioma nativo, ma

reza eg$indo o memo Alcoro de a$dita, ?ordaniano e

argelino. 2m ecola e ;ac$ldade, m$$lmano et$dam a

recitao do Alcoro para pron$nciar a palavra corretamente,deenvolver $m etilo de leit$ra e controlar a repirao. M$ito

decoram o livro inteiro. recho do Alcoro o recitado em v8ria

olenidade, a" incl$"do dic$ro, ;ormat$ra e ?ogo de ;$te%ol.

Ao contr8rio da l"ng$a indo-e$ropia, o 8ra%e, de origem

em"tica, preervo$ $ma ;orma %em pr'*ima > do c$lo na

literat$ra, na imprena, na < e na $niveridade. At$almente,

;alam-e divero dialeto locai no pa"e 8ra%e, ma a l"ng$a

ecrita $ma ', com divergncia m$ito $ti. O te*to alcornico,

modelo eencial ma no Lnico para o et$do da l"ng$a 8ra%e,

caracteriza-e pela preena de met8;ora e imagen aleg'rica.

8 ante do nacimento de M$hammad, o 8ra%e organizavam

conc$ro de poeia em Meca todo o ano. O poema vencedor era

copiado em letra de o$ro e pend$rado no local #$e ho?e a%riga aCaa%a, o #$e demontra a importncia #$e a literat$ra tinha >


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poca - e contin$a a ter.

Alm do Alcoro, o$tra ;onte ilmica eencial o 0ad"th, dito

atri%$"do a M$hammad #$e ;oram re$nido d$rante o primeiro

c$lo ap' $a morte. O termo original, al 0ad"th - 9o dito e a

aHe do pro;eta9 -, $ado ;re#entemente em o artigo de;inido

al. O m$$lmano recorrem ao 0ad"th #$ando no vem no

Alcoro $ma intr$o epec";ica o%re como agir diante de $ma

it$ao.

4o 3.S3 ver"c$lo do Alcoro, po$co lidam com #$etHe legai,

epecialmente tema relacionado > ;am"lia, ao caamento e >herana. Ma havia $m regitro oral do #$e M$hammad diera e

;izera como ?$iz e adminitrador. Como a maior parte de e$

companheiro tomara nota dee dizere e aHe, etava a%erto o

caminho para a codi;icao da ($nnah 79pr8tica9: do pro;eta #$ando

o ?$rita M$hammad i%n Idri al (ha;ii 73-DN: determino$ #$e

toda a deciHe legai #$e no eram a%ordada pelo Alcoro deve-

riam er %aeada n$ma tradio ligada diretamente ao ;$ndador

do ilamimo. O re$ltado ;oi o 0adith, em #$e cada tradio decrita por $m te*to e pela cadeia de tranmio #$e leva at a

;onte original.

O m$$lmano deenvolveram $ma cincia epecial #$e lida com a

tranmio e a a$tenticao do 0adith, a%rangendo a an8lie

%iogr8;ica do narradore e a comparao de parmetro

ling"tico e geogr8;ico. M$ito Ahadith 7pl$ral de 0adith:,

$%metido a $ma avaliao, revelaram-e ;alo.

Como a lei ilmica e %aeia no apena no te*to alcornico, ma

tam%m no 0adith, interpretaHe divera podem er ;eita, o #$e

permite, com ;re#ncia, o;erecer mai de $ma repota para $ma

mema perg$nta.

)I@AR2( 4O I(@AMI(MOO m$$lmano eg$em cinco pilare ;$ndamentai=


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O 2"d al Adha 79;eta do acri;"cio9: comemora a dipoio de

A%rao de acri;icar e$ ;ilho por ordem divina. O m$$lmano

acreditam #$e e$ ;ilho Imael ia er morto, ma ;oi po$pado por

4e$, #$e apena #$eria tetar a ; de A%rao. 5o 2id al Adha, o

m$$lmano #$e podem acri;icam $m cordeiro, #$e repreenta a

; e a $%mio a 4e$ mani;etada por A%rao. 1ma parte do

animal entreg$e a amigo o$ ;amiliare, e o$tra, ao po%re.

2m #$al#$er poca do ano, o m$$lmano no devem comer carne

de porco nem con$mir %e%ida alco'lica.

A (1C2((YO 5O I(@Y

2m 3S, ap' a morte de M$hammad, $m cali;a 7$ceor: ;oi eleito

para g$iar o m$$lmano= A%$ Bar, #$e migrara para Medina com

o pro;eta, na 0gira, e havia ido encarregado por ele de dirigir a

oraHe com$nit8ria em e$ l$gar, n$m inal de con;iana.

4$rante o doi ano de e$ cali;ado, A%$ Bar garanti$

de;initivamente o controle o%re a Ar8%ia, rec$perando a;idelidade da tri%o 8ra%e #$e tinham coniderado en;ra#$ecida

$a relao com o ilamimo devido > a$ncia do pro;eta e a

pro%lema pol"tico e econFmico.

Omar i%n al Zhatta% 73S-:, $ceor de A%$ Bar e eg$ndo

cali;a, con#$ito$ a ("ria e %oa parte do 2gito e da Meopotmia. A

in;l$ncia m$$lmana e ;ortalecia cada vez mai.

J$ando Omar morre$, o partid8rio de Ali i%n A%i ali%, primo e

genro do pro;eta 7caado com P8tima:, eperavam #$e e$

candidato a cali;a ;oe eleito, ma o ecolhido ;oi 1thman %in

A;;an 73-3:, pertencente ao cl om"ada 7Ban$ 1ma//a:, #$e era

$m do mai poderoo de Meca e agr$para importante adver8rio

de M$hammad. Mai tarde, o om"ada e tornaram m$c$lmano,

conervando a poio in;l$ente.


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O con;lito interno e inteni;icaram. +r$po ligado a Al"

entenderam #$e a linha $ce'ria devia er ;ormada com %ae em

etreito v"nc$lo de parenteco. (eg$ndo ele, o cali;a devia er

corai*ita e hachimita, o$ e?a, da mema tri%o do pro;eta, preente

em %oa parte da Ar8%ia, e do memo cl 7Ban$ 0achim:. O #$e

e*prearam ea poio ;oram denominado *i"ta 7de *"aat Ali,

9partido de Ali9:, poi acreditavam #$e a liderana da com$nidade

ilmica devia er ;ormada por decendente do pro;eta e de Ali.

2m 33, 1thman ;oi morto en#$anto rezava em caa. 2leito cali;a,

Ali teve de en;rentar doi inimigo #$e o ac$avam de c$mplicidade

no aainato= M$a]i/a, governador da ("ria e ;ilho de A%$ ($;ian7ante $m do principai inimigo do pro;eta, #$e depoi e

convertera:, e o general Amr i%n al A, do 2gito.

Alm dio, $ma parte importante do eg$idore de Ali a%andono$

a lealdade ao cali;a. O harid?ita 7diidente:, #$e con;eriam

n;ae > aHe e > retido moral, retiraram o apoio a Ali #$ando

ele aceito$ $ma ar%itragem #$e o de;avorece$ n$ma %atalha

contra M$a]i/a, em (i;;in. 5a vio dele, 1thman no colocara empr8tica o princ"pio ig$alit8rio do Alcoro e %ene;iciara ;amiliare

n$m governo marcado pelo nepotimo. 2m 3G, $m harid?ita

aaino$ Ali, primeiro homem a ter-e convertido ao ilamimo e

parente mai pr'*imo do pro;eta. Carta ecrita por Ali, em #$e

ele prega a neceidade de ?$tia e a importncia de lidar de

;orma compaiva com o$tro povo, tornaram-e te*to cl8ico

do ilamimo.

O #$e permaneciam leai a Ali em Z$;a 7Ira#$e: aclamaram e$

;ilho 0aan, ma ete chego$ a $m acordo com M$a]i/a e e

dirigi$ a Medina 7Ar8%ia:, onde permanece$ at a morte, em 33K. A

1mmah entro$ n$ma nova ;ae. O cali;a M$a]i/a 733G-DN:, #$e

ina$g$ro$ a chamada dinatia do om"ada 733GN:, ;ez de

4amaco $a capital e tento$ reta$rar a $nio da com$nidade

ilmica, ma o m$$lmano do Ira#$e e da ("ria ?8 eencontravam em poiHe antagFnica.


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)RI5CI)AI( CORR252( I(@XMICA(

O #$atro primeiro cali;a - A%$ Bar 73S-:, Ornar i%n al Zhatta%

73S-:, 1thman %inA;;an 73-3: e Ali %in A%i ali% 733-3G: -

;oram chamado de rach"d$n 79%em g$iado9:. O #$e aceitaram

ea linha $ce'ria paaram a er denominado $nita, de

$nnat anna%" 79tradio do pro;eta9:. Mai de Df do m$$lmano

o $nita. A Ar8%ia (a$dita, a Indonia, a ("ria, o 2gito, a

$n"ia, a ordnia e o )a#$ito o e*emplo de pa"e

ma?oritariamente $nita.

8 o #$e entenderam #$e apena o decendente do pro;eta e deAli podiam er verdadeiro l"dere ilmico 7im: paaram a er

denominado *i"ta. 2e o ramo do ilamimo ma?orit8rio no Ir,

no Ira#$e e no Bahrein. 08 tam%m importante com$nidade *iita

no @"%ano e no Imen. Aim, poi, pode-e notar #$e, ho?e em dia,

o *iimo eencialmente ai8tico.

4e acordo com parte do m$$lmano, Ali teria herdado do pro;eta

alg$ma #$alidade e*cepcionai& e$ detino 7o aainato:im%olizaria a in?$tia #$e h8 no m$ndo, e e$ decendente eri-

am reverenciado como l"dere religioo. Milhare de m$$lmano

recordam an$almente a tragdia de Zar%ala, a cidade ira#$iana

onde 0$ein 7;ilho de Ali e neto do pro;eta:, %oa parte de $a

;am"lia e $m pe#$eno gr$po de eg$idore ;oram maacrado pelo

e*rcito de \azid 7;ilho de M$a]i/a: em 3DN. 2m locai chamado

0$einia, o *iita recordam a morte de 0$ein, > veze com

a$to;lagelao. )ara o *iita d$odecimano 7#$e reconhecem G

im:, 0$ein coniderado $m m8rtir e o terceiro im. O

primeiro Ali, e o eg$ndo, 0aan. O ma$ol$ do im o

viitado como l$gare agrado, principalmente no Ira#$e.

(1PI(MO

O termo $;i e taa]]$; 7$;imo: derivam provavelmente do

tra?e de l 7$;, em 8ra%e: $tilizado pelo aceta m$$lmano,deignado genericamente como dervi*e o$ Pa#ir 79po%re9,


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memo livro, a;irma #$e 9a religiHe revelada o ditinta apena

por ca$a da diveridade da relaHe divina9& o$ e?a, para I%n

Ara%i, di;erente religiHe levam ao divino. 2a idia lem%rada

com ;re#ncia pelo de;enore de $m di8logo inter-religioo.

0$ein i%n Man$r al 0alla? 7D-K:, decapitado em praa

pL%lica em Bagd8, coniderado $m do maiore e mai

controvero repreentante do $;imo. Cle%re por $a devoo

epirit$al, em #$e e incl$"am longo ?e?$n, ;ico$ tam%m ;amoo

por eta $a declarao= 9Ana_l 0a##9 792$ o$ a


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pen"n$la I%rica, #$e a%range a 2panha e )ort$gal. Ap' a #$eda

da capital, oledo, o 8ra%e paaram a dominar toda a pen"n$la

at o )irene$. A e*pano ;oi detida depoi #$e ele tentaram

$ltrapaar ea montanha, o%ret$do #$ando Carlo Martel ;reo$,

em )oitier 7S:, o avano do m$$lmano na Prana. 4epoto no

ano de K pelo a%8ida de Bagd8 7#$e manteriam $a dinatia

at GD:, o Lltimo om"ada e re;$giaram na Andal$zia. O

cali;ado de C'rdo%a, #$e incentivo$ o ;lorecimento c$lt$ral e

cient";ico na regio, d$ro$ de 3 a GNSG.

... T importante o%ervar #$e, d$rante c$lo, o 8ra%e

tentaram con#$itar territ'rio ;ora da pen"n$la Ar8%ica. Ae*pano ilmica tomo$ proveito de $m v8c$o de poder= o imprio

pera e o %izantino tinham-e enga?ado n$ma longa e de%ilitante

rie de g$erra entre i, o #$e o en;ra#$ece$. 5a )ria, $ma

enchente arraara a agric$lt$ra. A maior parte da tropa

anida tinha origem 8ra%e e alio$-e ao m$$lmano. 5a

prov"ncia %izantina da ("ria e da E;rica do 5orte, a pop$lao

local era dicriminada em razo da intolerncia do governo e-

trangeiro e no e dipF a a?$d8-lo #$ando o 8ra%e promoveramcampanha e*panionita nea 8rea.

PARA0, ). O Il. (o )a$lo= )$%li;olha, NNG.

Imprio Sassnida

8 tivemo contantemente de atravear a ;ronteira anida. T

impo"vel, com e;eito, no deal%ar da ldade Mdia, retringir ao

2tado %izantino $m et$do do Oriente )r'*imo. (e$ rival e, ao

memo tempo, e$ m$lo, o Imprio #$e, dede o c$lo III,

regido pela dinatia anida, $tenta, em m$ito entido, $ma

comparao com ele. 2nglo%a, alm do Ir at a porta da ndia,

de $m lado a maior parte da Meopotmia e da Armnia e, de

o$tro, a (ogdiana, a Bactriana e o con?$nto da prov"ncia

ecalonada entre o Zorezm o$ Z]arizm 7Mar de Aral: e a


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paagen do at$al $r#$eto Chin. Palar de $m 2tado

9nacional9 eria e*agero= meopotmico o$ Armnio o to

iraniano como %izantino. (em dLvida alg$ma, entretanto, h8 em

relao ao regime anteriore, $ma ;orte coeo da maioria

iraniana o$, ao meno, de $a aritocracia.

O 2tado anida ;$nda-e no e#$il"%rio mai o$ meno et8vel de

tr cata dominante= $ma poderoa e antiga no%reza, territorial

e enhorial& $m clero o;icial, hierar#$izado e rico& $ma

adminitrao %$rocr8tica e centralizada, t$do ito encimado por

pretigioa monar#$ia. A%ai*o, tra%alha a maa camponea, en-

#$adrada por $ma viva clae mdia de propriet8rio r$rai& nacidade, #$e progridem e, em primeiro l$gar, na capital, Ctei;onte

o%re o igre, vive $m povo de ativo arteo. ai cata apreen-

tam #$ae a rigidez, #$ando no a m$ltiplicidade, da da ndia, e a

ligao heredit8ria da condio paterna, #$e o 2tado tenta impor

em Roma, increve-e a#$i na pr'pria etr$t$ra da ociedade. 5o

em e;oro, o%ret$do #$ando a ;ronteira etentrionai

encontram-e, como em Bizncio, ameaa da pelo 9%8r%aro9, a

monar#$ia mantm $a a$toridade o%re a alta aritocracia& a etaopHe-e tam%m o m$ndo campon, e po"vel #$e a re;orma

;ical de Cavad e de An$chirvan 7por volta de NN: viae, alm da

e;ic8cia, certa ?$tia na ditri%$io do impoto ;$ndi8rio. 5o

reta dLvida, tam%m, #$e a pol"tica %elicoa do anida

tentae, entre o$tra coia, reprear a indiciplina e a rapacidade

do grande no%re.

(o%re o e*rcito, c$?a parte eencial por ete contit$"da, paira

a lem%rana do imperialimo a#$emnida& contingente de

vaalo, armnio entre o$tro, contit$em o retante. Como em

toda parte, a in;antaria, recr$tada no povo miLdo, perde$ e$

antigo papel e, correlativamente, e$ alcance ocial.

O o%erano anida, 9rei do rei9, em%ora participe ativamente

da direo da g$erra e do governo, $m peronagem pretigioo,cercado de l$*o enacional, #$ae agrado e, ao contr8rio do


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Baile$, o%erano heredit8rio. 2plendor, ?$tia, arte de gover-

nar, %rav$ra, c$lt$ra, contit$em a imagem do Baram +$r e do

Coroe An$chirvan, tal como a tranmiti$, idealizada, a mem'ria

pop$lar, como e*emplo para a geraHe ;$t$ra, %em depoi do

;im da dinatia, e #$e encontraremo, por volta do ano mil, na

epopia nacional de PirdaLi, o @ivro do Rei. (o% o +rande Prah-

ma dar, prot'tipo do vizir m$$lmano, a adminitrao compartilha

dea rep$tao= o peoal %$rocr8tico, org$lhoo de $a regra

min$cioa e de e$ tra#$e?o pr8tico, contit$i tam%m $ma

verdadeira cata #$e, o% o Cali;ado a%8ida, recon#$itaria o

antigo poder.

Ao contr8rio do #$e acontecera no regime parto, a Igre?a madeana

o$ zoroatriana torno$-e igre?a o;icial, intimamente ligada >

monar#$ia& ning$m compreende #$e $ma poa e*itir em a

o$tra. Igre?a ;ortemente hierar#$izada, tendo > $a ;rente o Mo%ad

do Mo%ad o$ o +rande Mago e, por toda parte, o emplo do

Pogo. 5o decorrer do c$lo < e o$tra religiHe dotada de 2crit$ra, a

imena 9$ma9 do Aveta. odavia, a depeito da pereg$iHe #$e,por momento, como acontece tam%m no Imprio 9Romano9,

$cita contra o #$e no e reconhecem e$ ;ii, ela no repre-

enta $ma potncia incontete. Ito deriva do pr'prio lao #$e a

prendem ao regime e > aritocracia& de #$e, como Igre?a 9nacio-

nal9, n$nca proc$ro$ recr$tar o$tro elemento, alm do irania-

no& e da $a do$trina, apear de todo o elemento de 9cincia9 e

de direito, permanecer, #$ando comparada com a religiHe $ni-

veralita #$e e propagam ao e$ lado, con;$a, ecleroada e

incapaz de reponder ao novo pro%lema #$e o homem da poca

e propHe. )or io, o c$lo III tetem$nhara, no olo iraniano, o

$rto de $ma religio nova, detinada, apear da pereg$iHe, a

o%ter alg$ma notoriedade= o mani#$e"mo, mai pop$lar, mai cen-

tralizado no pro%lema da alvao, e #$e pretende er a "ntee de

toda a religiHe e, portanto, e*panionita. 5o c$lo


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entalhe, tecido de eda onde o artita reprod$z > $a maneira o

memo tema do ec$ltore no %ai*o-relevo e do poeta na

$a o%ra.

A in;l$ncia deta arte ;oi grande em todo o Oriente )r'*imo, en-

contrando-e memo e$ trao, #$e o epectadore no compre-

endiam, at em certa igre?a e nalg$n o%?eto de arte da 2$ropa

Ocidental, onde chegavam o artita do Oriente.

5a Eia Central, no Ir Ocidental e na Meopotmia, o (anida

;$ndaram cidade, toda pr'pera. O comrcio contri%$"a para

tanto e, como vimo, arre%ato$-e ao 2gito o trnito do Oceanondico para o Mediterrneo, em mencionar a caravana do

comrcio com a China. A circ$ntncia de er a moeda anida

$nicamente de prata, e no de o$ro, deve-e > nat$reza do rec$r-

o mineiro e no e preta a #$al#$er concl$o #$anto ao e#$i-

l"%rio dee comrcio. Ma a importncia do trnito da Eia lon-

g"n#$a para o Mediterrneo acarretava ag$da opoio entre

Bizncio e o Ir, proc$rando o primeiro li%ertar-e do monop'lio do

eg$ndo e ete, con#$itar, com o porto mediterrnico, o meiode;initivo de an$lar tai tentativa.

CRO1`2, M. 7org.: 0it'ria +eral da CivilizaHe. Rio de aneiro=

Bertrand Brail, GKK 7vol 3:

Os Guptas

1ma nova hegemonia, a do +$pta, deenha-e cerca de SN 7:=

como no tempo do Ma$ria, o movimento tem origem em Magada,

terra anta do %$dimo, na velha capital imperial de )atalip$tra.

)o$co e a%e do primeiro o%erano da nova dinatia,

Chandrag$pta, alvo #$e ele deve ter etendido %atante a $a

con#$ita, para tomar o t"t$lo de imperador 7mara?adira?a:. 2te

reinado era o prelLdio de $ma linhagem valoroa #$e iria originar

$ma a$tntica idade de o$ro da civilizao indiana.


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Pilho do precedente, (am$drag$pta 7SS-S: a$menta o e$

territ'rio e pratica com inteligncia o mtodo indiano e ;e$dal #$e

conite em ligar a i como vaalo o vencido, reta%elecendo-o

no repectivo trono. 4ete modo ane*a trinta e cinco etado, e

o e$ poderio etende-e na maior parte da ndia do 5orte e do

Centro, recontit$indo #$ae inteiramente o imprio de Aoa, c$?a

recordao contin$a viva& ;oi com plena concincia #$e o +$pta

e e;oraram por imit8-lo= no por $m acao, em dLvida, #$e o

primeiro imperador $a o memo nome do avF de Aoa, ;$ndador

da dinatia do Ma$ria. 2 com de"gnio %em claro #$e

(am$drag$pta $tiliza $ma da col$na erigida por Aoa, perto deAlaa%ade, para nela mandar gravar o e$ pr'prio paneg"rico e a

en$merao da $a con#$ita. 4e reto, apear do c$lo

decorrido, o tetem$nho dee jgrande c$lok contin$am

vi"vei, o%ret$do o pal8cio de Aoa, em )atalip$tra, #$e ' er8

detr$"do em GG. (e em dLvida nat$ral para monarca

am%icioo o vangloriarem-e dete modo de reinar no reino mai

pretigioo da ndia, no meno ito $%linha o dee?o de $ma

contin$idade %em eta%elecida na linha tradicional da civilizaoindiana& e no er8 intom8tico ver, mil e eicento ano mai

tarde, a moderna 1nio Indiana ecolher como arma nacionai o

cle%re jpilar de Aoak decorado com leHe eg$rando a Roda da

@ei, e encontrado em (arnate

O imprio g$pta crece$ ainda o% Chandrag$pta II 7cerca de S-

G:, chamado j(ol do 0ero"mok 7


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moteiro %$dita de A?anta, no Mara*tra. 7c$lo


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+$pta permiti$ por o$tro lado ao etado do 5orte e do centro

conolidar o e$ pr'prio poderio= entre o$tro, o de

narrativa #$e o peregrino chin 0i$an-tang no dei*o$. 2t8 de

reto completamente na linha tradicional da ndia= ecltico etolerante no plano religioo, protetor da c$lt$ra epirit$al, e

poivelmente o a$tor de v8ria pea de teatro e de doi hino

%$dita de grande per;eio. Bana, o Lltimo, no tempo, do

romancita ncrito, era poeta da corte dele, e$ ;avorito e e$

%ardo. 5o campo adminitrativo, 0archa perpet$a a tradio de

Aoa, aeg$rando dee modo a contin$idade da civilizao

indiana em interr$po, dede o princ"pio da $a hit'ria. )or

e;mero #$e tenha ido - $n #$arenta ano - ete Lltimore$rgimento pol"tico e c$lt$ral 7ante do a;$ndamento #$e lhe

$ceder8: no meno garanti$ a o%revivncia da %rilhante poca

do +$pta, no ' atrav da ndia inteira, como ainda na regiHe

$ltramarina, onde o etilo g$pta teve prolongada reonncia.

0archa manteve, com $ceo, a relaHe diplom8tica do e$

predeceore, com a China e a Eia central& monge etrangeiro

vieram > ndia viitar o l$gare anto do %$dimo, e intr$ir-e o$

eninar na $niveridade recontr$"da ap' a paagem do 0$no.

O comrcio retorno$ > $a atividade. 2m re$mo, o

engrandecimento da ndia imperial etava reta$rado.

(-lo-ia por po$co tempo= logo ap' a morte de 0archa, o e$

imprio ;oi demantelado deta vez para empre. Reino$ a

anar#$ia.


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por#$e a a$ncia de $m poder central no permite ?8 ;alar de $ma

Lnica ndia= a hit'ria paa ao plano locai, e poder8 dizer-e da"

em diante, ja ndiak.

odavia, a ociedade conerva o car8ter #$e lhe era pec$liar havia

mai de $m milnio= e e*aminarmo doc$mento repeitante >

poca ($nga, > +$pta, o$ > Idade Mdia, encontra-e a mema %ae

;e$dal, a mema divio por cata e por corporaHe, o memo

rit$ai domtico. A di;erena dizem repeito, o%ret$do, >

moda de vet$8rio, alg$n cot$me pop$lare, e > modalidade

religioa e legilativa. O reto permanecer8 na linha tradicional= a

peoa do rei, a pompa #$e o rodeia, o e$ devere o$ o e$prazere, a decrio da capital, e?a ela #$al ;or, a mentalidade

do indiv"d$o, parecem idntico ao do tempo antigo. 2 como

haveria de er de o$tro modo, e a ;am"lia ortodo*a do

%ramanimo vivem no c$lo UU, apoiada em princ"pio #$e ;oram

o do antepaado dede tempo imemoriai @onge de deverem

er coniderado como arcaico, ete princ"pio motraram-e a

maior garantia da perenidade da civilizao indiana, apear da

viciit$de a #$e, em eg$ida, ;oi $%metida.

por A1BO\2R, .


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4$rante o c$lo iii a.c. , o imperador Chi 0$ang i organizo$ o

itema de ;orti;icaHe conhecido o% o nome de +rande M$ralha9,

para %lo#$ear a ameaa vinda do 5orte. oda ea medida

eram nece8ria, poi o 0iong 5$ repreentavam $m perigo

m$ito rio& ee nFmade eram tem"vei g$erreiro, o com%ate

contit$"a e$ modo de vida nat$ral. 2ntre ele, a criana

mane?avam o arco dede a mai tenra idade ante de $tilizarem, na

idade ad$lta, a lana e a epada. Montado em pe#$eno cavalo,

r8pido e reitente, ele im$lavam a ;$ga em meio ao

com%ate, a ;im de arratar o inimigo em $ma pereg$io

arricada, onde eria ;inalmente detroado.

At o c$lo III, o 0iong 5$, agr$pado em %ando de a#$eadore

e rivai, limitavam-e a inc$rHe irreg$lare no imprio chin&

ma a coia m$daram #$ando $m che;e o$%e e impor a toda

ea horda an8r#$ica. Mao-$n era $m peronagem po$co

agrad8vel. 2*ec$tando e$ pr'prio irmo, toda $a ;am"lia e e$

adver8rio, coneg$e o reconhecimento de $a a$toridade o%re o

con?$nto do povo hiong-n$& ete, $%metido, doravante, a $ma

diciplina mai rigoroa, iriam contit$ir $m perigo verdadeiramen-te grave para o vizinho chin.

8tica e eno de mano%ra o eninado > tropa nFmade, at

ento dei*ado > $a orte. A cavalaria ligeira de ar#$eiro e a

cavalaria peada, com armad$ra e lana, rece%em ;$nHe

epec";ica cada $ma. 5o momento da %atalha, ;ora de reerva

o previta e o $%ordinado do pr"ncipe, o chan-/$, vm

reg$larmente pretar conta do deenrolar da operaHe e rece%er

orden.

O( I541-21RO)21( AIRA4O( )ARA O IRY 2 A 54IA

4ipondo de $m aparato militar aim organizado, Mao$n etende$

$a o%erania o%re o povo nFmade intalado da %acia do arim

> (elenga, da 4z$ng8ria > mandchLria. A e*pano hiong-n$

de;ronto$-e com $ma horda indoe$ropia intalada no Zan-($,vang$arda da tri%o vinda do oete, #$ando da migraHe do II


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milnio= o \$e-ch.

O \$e-ch, chamado oharoi pelo hitoriadore grego,

;oram vencido $ma primeira vez no Lltimo ano do c$lo III e

tiveram #$e aceitar a dominao de e$ tem"vei vizinho. 2m G3N

A.C., $ma nova g$erra chego$ > li#$idao #$ae total dee nLcleo

indo-e$rope$ na etepe da Eia Oriental. @ao-Chan, ;ilho de Mao-

$n pode %e%er no crnio do pr"ncipe do \$e-ch, e o #$e

reto$ dee povo ;oi o%rigado a emigrar para o oete.

1ma parte do ;$gitivo, o 9)e#$eno \$e-ch9 intalo$-e no

noroete do planalto ti%etano& o retante veio chocar-e com o(ace, pop$lao cita da Eia Central, chamada (aa pelo )era

e (ai-6ang pelo chinee. O \$e-ch vieram $%tit$"-Ia ao

norte e oete do monte ien-Chan, ma no p$deram permanecer

m$ito tempo neta regio. 1ma o$tra pop$lao de origem indo-

e$ropia, ma em dLvida meclada a elemento t$rco-mong'i, o

6$($n, intalada no $l da (i%ria, na regio do alto leniei, vem

e*p$l8-Ia de e$ novo territ'rio.

2e movimento teriam cone#ncia long"n#$a, poi o (ace

;oram intalar-e no Ir centro-oriental, o (eito, c$?o nome

lem%ra, ainda ho?e, $a mem'ria, ante de invadir, no c$lo

eg$inte o noroete da "ndia, onde ;$ndariam o imprio do

Z$chana. Ap' o (ace, o \$e-ch, e*p$lo, por $a vez, da

Eia central, penetram em Bactriana, norte do at$al A;eganito e

em (ogdiana= entre o Am$ 4aria e o (ir 4aria, ;$t$ra rano*iana e

at$al 1%e#$ito, onde eta invao, contada por Apolodoro de Ar-

temita, pF ;im > dominao grega #$e remontara a Ale*andre. O

rei parta )hraate II ;oi por $a vez vencido e todo o Ir $%mergi$.

Memo a Meopotmia ;oi atingida e o invaore a" criaram o reino

de Adia%ena.

O( C0I52(2 R2A+2M

ran;ormado em metre incontet8vei da etepe do @ete, o0iong 5$ voltam-e ento para a China, c$?o em%ai*adore ;oram


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rece%ido de maneira po$co diplom8tica= 92nviado de 0an, no

;ale demai. Oc$pa-te apena da #$antidade de eda, de arroz e

malte #$e 0an deve ;ornecer a 0iong 5$& c$ida para #$e a conta

ete?a certa. 4e #$e mai #$ere ainda ;alar (e a coia a erem

entreg$e eto completa e de %oa #$alidade, o neg'cio et8

;echado. (eno, noo cavaleiro, no o$tono, to logo voa a;ra

ete?a pronta para a colheita e encarregaro da co%rana9.

O Chinee cedo dei*aram de pagar $m tri%$to #$e nem empre o

garantia contra a pilhagen e a co%rana e*ceiva de e$

t$r%$lento vizinho. )ara livrar-e da ameaa, o imprio do Meio

;ormo$, con;orme ?8 vimo, $ma cavalaria compar8vel > doadver8rio e $m ?ovem general chin, 0o ch$ )ing, coneg$ir8

%ater v8ria veze o inimigo hiong n$, pereg$ido alm do Ordo e

do Alachan, at > etepe #$e margeiam o norte do +o%i. )ara

aca%ar com o inimigo heredit8rio, o Chinee deenvolveram $a

criao e#ina e $%tit$"ram a montaria a$t'ctone, decendente,

como o cavalo do 0iong 5$, do cavalo )rzt]ali, ro%$to e

reitente, por cavalo iraniano #$e ;oram %$car at em Pergana,

no alto (ir 4aria. 2e animai eram mai poante e mai r8pido.A cavalaria chinea, dotada de melhore corci e e#$ipada com

armad$ra mai peada, %atia o nFmade em e$ pr'prio terreno.

5o c$lo I da era crit, ;oi empreendida $ma verdadeira

recon#$ita da regiHe ameaada pelo 0iong 5$& $m e*celente

general, )an chao, reta$ro$ a a$toridade imperial no )a" do

Oete9 e na %acia do arim, eenciai para o controle da rota da

eda, ligando o Ir > China. O o8i de 0a-mi, longamente

dip$tado, e ;inalmente oc$pado pelo chinee, inLmera colFnia

militare ;oram intalada e $m verdadeiro lime, prolongamento

da +rande M$ralha na direo oete, ;oi aim eta%elecido. Ao ;im

do c$lo I, o 0iong 5$ o ento mantido a ditncia da grande

rota comercial da Eia Central, do o8i do arim e da China

(edent8ria.

O( 0I5+51, ORI+2M 4O( 1RCO -MO5+VI(


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(endo impo"vel a e*pano em direo ao $l, o 0iong 5$

contin$aram a dominar a etepe do norte. Atrav de v8rio

vet"gio, a civilizao dee reino nFmade ?8 an$ncia a poterior

ociedade t$rco-mongo. O c$lto do c$ e a pr8tica *amanita

contit$em a encia do $nivero religioo. A tcnica da caa o$

da criao permanecem im$t8vei at o per"odo de +engi-Zhan. O

acampamento, contit$"do de tenda de ;eltro, an$nciam o

9/$rte9 Mong'i.

5o #$e toca > arte, o 0iong 5$ no legaram $m maior nLmero de

tetem$nho do #$e e$ primo e$rope$9, o 0$no. A Qcivilizao

do tLm$lo com l8pide9 #$e e etende de DNN a GN A.C., lego$-no apena alg$n o%?eto em %ronze em valor art"tico. )or volta

do c$lo I a t$m%a principeca de 5$an 1la apreentaram

tecido decorado, repreentando peronagen de tipo iraniano e

com%ate de animai, o%ra de origem ace, em dLvida. Ma,

tapete de ;eltro decorado trad$zem $ma clara evol$o do etilo

animalita= a repreentaHe o de per;il, e o movimento, a

corrida, ad#$irem maior importncia do #$e na o%ra cita do )on-

to o$ do Alta@

(1A AR2= O( QBRO5`2( 42 OR4O(

+eralmente ligamo > prod$o art"tica do 0iong 5$ o ;amoo

9%ronze de Ordo9, deco%erto ap' a )rimeira +$erra M$ndial, ao

norte da +rande M$ralha, na c$rva do rio Amarelo. ratam-e de

;aca, arma, parte de arreio, placa de cint$rHe decorado com

cena animalita ;re#entemente aociada a repreentaHe

h$mana.

2a pea ;oram, em princ"pio, atri%$"da ao 0iong 5$, ma logo

$rgi$ $ma controvria a ee repeito. Alg$n ?$lgaram ee

%ronze mai antigo, e viram nele a origem do etilo animalita,

em e$ todo& teriam ido o

a antiguidade tardia em textos - outras regiões do mundo - andré bueno

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