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Curso Máster de Vitrinismo – Prof. Nívea Guimarães Alves CDL MANAUS SUFRAMA SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO................................................................................................................... 2 2. HISTÓRIA DA ARTE......................................................................................................... 3 3. EVOLUÇÃO E IMPORTÂNCIA DO VITRINISMO............................................................. 3 3.1. HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA VITRINE......................................................................... 3 4. A VITRINE NA PROMOÇÃO E MARKETING DA EMPRESA........................................... 4 5. ENTENDENDO O QUE É VITRINE................................................................................... 5 5.1. OQUE É VITRINE........................................................................................................... 5 6. TÉCNICAS DE COMPOSIÇÃO DE VITRINES................................................................. 7 6.1. IMAGEM......................................................................................................................... 8 6.2. CARACTERÍSTICAS...................................................................................................... 8 6.3. TIPOS DE VITRINES...................................................................................................... 9 6.3.1. VITRINE EXPOSITIVA................................................................................................ 9 6.3.2. VITRINE FOLK............................................................................................................ 9 6.3.3. VITRINE CENOGRÁFICA........................................................................................... 10 6.4. CALENDÁRIO................................................................................................................. 10 7. LINGUAGEM ESTÉTICA DE COMPOSIÇÃO DE VITRINES........................................... 12 7.1. ILUMINAÇÃO.................................................................................................................. 12 7.2. PONTO FOCAL.............................................................................................................. 13 8. PLANEJAMENTO.............................................................................................................. 14 8.1. LEVANTAMENTO DE IDÉIAS........................................................................................ 15 8.1.1. CONCRETIZANDO IDÉIAS......................................................................................... 16 8.1.2. ESBOÇO...................................................................................................................... 16 8.1.3. ESQUEMA DE CORES............................................................................................... 16 8.1.4. DECORAÇÃO.............................................................................................................. 17 8.2. PARTES INTEGRANTES DA VITRINE.......................................................................... 17 8.2.1. PISOS, LATERAIS, FUNDO E TETO.......................................................................... 17 9. TÉCNICAS DE EXPOSIÇÃO............................................................................................. 18 9.1. CONFECÇÔES............................................................................................................... 18 9.2. TECIDOS........................................................................................................................ 20 9.3. CAMA, MESA E BANHO................................................................................................ 20 9.4. ELETRO E UTENSÍLIOS DOMÉSTICOS....................................................................... 20 9.5. MÓVEIS.......................................................................................................................... 21 9.6. PERFUMARIA................................................................................................................ 22 9.7. JÕIAS E BIJOTERIAS.................................................................................................... 22 9.8. ÓTICA............................................................................................................................. 23 10. REFERÊNCIAS 24 CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE MANAUS Rua Delfim de Souza, 125 – Raiz E-mail: [email protected] FONE: 3215-9792/9793 1

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Curso Máster de Vitrinismo – Prof. Nívea Guimarães Alves

CDL MANAUS SUFRAMA

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................................... 22. HISTÓRIA DA ARTE......................................................................................................... 33. EVOLUÇÃO E IMPORTÂNCIA DO VITRINISMO............................................................. 33.1. HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA VITRINE......................................................................... 34. A VITRINE NA PROMOÇÃO E MARKETING DA EMPRESA........................................... 45. ENTENDENDO O QUE É VITRINE................................................................................... 55.1. OQUE É VITRINE........................................................................................................... 56. TÉCNICAS DE COMPOSIÇÃO DE VITRINES................................................................. 76.1. IMAGEM......................................................................................................................... 86.2. CARACTERÍSTICAS...................................................................................................... 86.3. TIPOS DE VITRINES...................................................................................................... 96.3.1. VITRINE EXPOSITIVA................................................................................................ 96.3.2. VITRINE FOLK............................................................................................................ 96.3.3. VITRINE CENOGRÁFICA........................................................................................... 106.4. CALENDÁRIO................................................................................................................. 107. LINGUAGEM ESTÉTICA DE COMPOSIÇÃO DE VITRINES........................................... 127.1. ILUMINAÇÃO.................................................................................................................. 127.2. PONTO FOCAL.............................................................................................................. 138. PLANEJAMENTO.............................................................................................................. 148.1. LEVANTAMENTO DE IDÉIAS........................................................................................ 158.1.1. CONCRETIZANDO IDÉIAS......................................................................................... 168.1.2. ESBOÇO...................................................................................................................... 168.1.3. ESQUEMA DE CORES............................................................................................... 168.1.4. DECORAÇÃO.............................................................................................................. 178.2. PARTES INTEGRANTES DA VITRINE.......................................................................... 178.2.1. PISOS, LATERAIS, FUNDO E TETO.......................................................................... 179. TÉCNICAS DE EXPOSIÇÃO............................................................................................. 189.1. CONFECÇÔES............................................................................................................... 189.2. TECIDOS........................................................................................................................ 209.3. CAMA, MESA E BANHO................................................................................................ 209.4. ELETRO E UTENSÍLIOS DOMÉSTICOS....................................................................... 209.5. MÓVEIS.......................................................................................................................... 219.6. PERFUMARIA................................................................................................................ 229.7. JÕIAS E BIJOTERIAS.................................................................................................... 229.8. ÓTICA............................................................................................................................. 2310. REFERÊNCIAS 24

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1. INTRODUÇÃO

A chegada numa loja ou ponto comercial é um momento único, capaz de convidar, sem

palavras, o cliente a entrar ou simplesmente afastá-lo definitivamente. O que um lojista espera, é

que o consumidor entre e se sinta tão à vontade que não tenha pressa nenhuma de sair. E

quanto mais tempo uma pessoa passa perto dos produtos, maior é a chance de consumo.

Nestas poucas palavras foram destacados três aspectos: a vitrine, o layout e a própria loja.

A vitrine é a primeiro contato que a loja faz com um cliente em potencial, o layout é o que há

dentro da loja, podendo fazer uma pessoa e a equipe de vendas se sentir bem ou não, e a loja é

o conjunto disto aliados aos produtos que possui para vender.

A vitrine da loja é uma ferramenta fundamental para que o cliente seja “chamado” para

dentro da loja e lá permaneça pelo maior tempo possível. Tempo que deve ser suficiente para

que a pessoa comece a desejar os diversos produtos apresentados através de prateleiras bem

iluminadas, manequins (no caso de lojas de roupas), ilhas de supermercados, etc.

Como fazer com que o cliente entre e consuma o maior tempo possível? Através de uma

vitrine chamativa, coerente com o cliente que pretende atrair, e um layout que induza a pessoa a

encontrar tudo, e mais um pouco, com facilidade.

Definir como fazer a entrada, que produtos dispor em cada local e saber quais os produtos

que devem ser colocados ao fundo de um supermercado, por exemplo, são algumas das coisas a

serem analisadas ao definir-se o layout de uma loja. Já a vitrine é a demonstração dos produtos

de forma a induzir o consumidor a comprá-los. E isto pode ser feito ao se expor os produtos para

que as pessoas os vejam facilmente.

Para que esta apostila seja eficiente na sua função, espera-se que ela ajude a conquistar

o conhecimento necessário para atuar na área de vitrinismo. Desta forma esta apostila está

organizada a partir dos conhecimentos básicos, onde são abordados o histórico, contexto e os

tipos básicos existentes de vitrines. Depois será possível encontrar um vasto conteúdo sobre

vitrine e sua importância, E após, planejamento, execução e exposição de produtos.

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2. HISTÓRIA DA ARTE

"Há leis de proporção, de luz, de sombra e de perspectiva, que é preciso conhecer

para desenhar um motivo; se essa ciência nos falha, arriscamos travar eternamente uma luta

estéril e não conseguimos nunca criar." (Van Gogh – 1880)

3. EVOLUÇÃO E IMPORTÂNCIA DO VITRINISMO

História e evolução da vitrine

A sociedade usa a vitrina desde os primórdios, e em muitos casos até não sabendo. Pois

toda exposição de mercadorias deve ser coordenada de maneira que o consumidor a entenda e

assimile de imediato. E esta pratica teve inicio com os Mesopotâmicos e os Egípcios e data de

milhares de anos antes de Cristo.

Segundo Nascimento (2008), as vitrines existem desde antes de Cristo. Já naquela época,

os comerciantes percebiam a necessidade de conquistar os clientes e se destacarem da maioria.

Na antiguidade os egípcios, segunda civilização mais antiga da história, optaram por outro

caminho: o uso da imagem para representar suas idéias. Foi a primeira manifestação de

publicidade e identificação das lojas. Eles utilizavam placas de madeira ou pedra com um único

símbolo que identificava a mercadoria vendida naquele estabelecimento, ex: uma uva entalhada

na pedra mostrava que ali se vendia vinho, uma cabra-leite, um trigo-pão, e assim por diante.

Outro exemplo de que se têm notícia surgiu nos mercados árabes. Lá, cada "lojista" exibia

seus produtos em meio a muita cor com o uso de tecidos rebuscados. Outra técnica era pendurar

os objetos na fachada.

Pode-se citar, também, o Mercado de Trajano, dos romanos, que é a primeira organização

das lojas nos moldes do que hoje se conhece por shopping center. Suas mais de 100 lojas eram

dividas por segmentos de modo a concentrar os interessados em cada tipo de produto.

Desses e de tantos outros exemplos o que se pode concluir é que as pessoas sempre

foram atraídas para o comércio pelo olhar. Na Idade Média a janela da morada do comerciante se

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abria em duas partes: a parte inferior se transformava num balcão e possibilitava que os produtos

expostos fossem manuseados ou tocados; a parte superior cobria a de baixo como um toldo.

As vitrines, hoje, com suas superfícies de vidro impedem o toque e precisam chamar os

sentidos de outra forma. Nas vitrines do mundo moderno, outras janelas se abrem como na tela

do computador, o vidro separa o internauta do seu objeto, mas em ambas as mídias, computador

e vitrines, luzes piscam, textos e imagens convocam as pessoas. A transparência do vidro divide

essas mídias do mesmo modo: de um lado o ilusório e o inatingível; o acessível; de outro lado,

quando o objeto vem a nós, e a ele então agregamos um valor de uso.

Sabe-se, também, que as vitrines qualificam o lugar em que se encontram. No caso de

vitrines de rua, por exemplo, ajudam a construir tanto a imagem da loja como a do próprio espaço

urbano que as circunscrevem. Encontram-se nas vitrines textos e imagens que dialogam com um

personagem, o consumidor. Nesses textos, apresentam-se objetos revestidos de valores,

encenados a partir da criatividade do vitrinista. A vitrine hoje, mais do que nunca, é transitória,

temporária. O seu valor no mercado é reavaliado incessantemente e nasce do encontro dos

desejos sociais.

4. A VITRINE NA PROMOÇÃO E MARKETING DA EMPRESA

A vitrine é uma ferramenta de comunicação, ou seja, ela faz parte de um processo que tem

inicio no estudo do marketing que a empresa adotou. O marketing adota várias ferramentas no

seu processo, entre essas ferramentas está à comunicação. A comunicação por sua vez, utiliza

entre suas ações o merchandising, e o merchandising faz uso de varias peças, dentre elas, a

mais significativa é a Vitrine.

Existem algumas definições para vitrine. Ela pode ser: Um vendedor silencioso; O cartão

de visitas da empresa e o agente formador da imagem da empresa. Além de ser

comprovadamente responsável direta por mais de 70% das vendas, ela cria a identidade da loja.

Ela é uma grande ferramenta de comunicação e deve ser usada adequadamente, pois sua

relação custo beneficio é dos mais atraentes.

Ela é a peça de comunicação de:

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• Menor custo – Se analisarmos os recurso financeiros mobilizados paras as campanhas

de comunicação como catálogos, folder, mídias (televisão, rádio, revistas, jornais, etc.), brindes,

etc., seu custo é muito menor. Ela custa mensalmente menos que um vendedor, com a diferença

que é responsável direto por mais de 80% das vendas.

• Imediatismo – A resposta do consumidor é imediata, pois, após sua montagem o

consumidor estará frente a frente com o produto e se a vitrina estiver atraente seu impulso de

compra é instantâneo. Então no mesmo dia a vitrine começa a exercer seu papel de grande

vendedor.

• Menor risco – Por ser imediata, fica fácil medir seu resultado nos primeiros dias, se o

resultado não for satisfatório sua readaptação pode ser feito com grande velocidade,

diferentemente das campanhas que só podem ser medidas após um considerável período.

5. ENTENDENDO O QUE É VITRINE SUA IMPORATÂNCIA

5.1. O que é vitrine

“A vitrina deve ser concebida de modo que seja a essência do que é a loja, e de tudo o que

ela oferece e simboliza, pois, quando habilmente apresentada com imaginação e sedução, tem a

eficácia da publicidade além de atrair os olhares do mundo exterior para si e trazer o consumidor

para dentro da loja”.

A vitrine pode ser relativamente simples e econômica em relação às outras mídias, devido

a sua posição quase íntima entre o ver e o ter, entre o contato visual e a materialização da ação

da compra, isto é, entre o sabor do olhar e o poder de tocar.

Segundo Demetresco (2004), as vitrines podem ser Mise-en-scène, que é o ato de só

colocar o produto em cena, no espaço da vitrine, com simplicidade e estética. E Miseen-

spectacle que é dar maior valorização do produto numa cenografia com iluminação e tematização

no mesmo espaço.

A vitrine se torna então um espetáculo, quase que imediato, faz acontecer uma relação

humana muito próxima, e é isso que o homem social procura, precisa e quer.

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A encenação da vitrine fabrica uma ilusão de realidade, por isso seu impacto e sua

aceitação instantâneos. Observe uma loja de roupas, por exemplo, todas as roupas estarão

combinando, fazendo com que o cliente se apaixone pelo conjunto. Numa loja de materiais de

construção. Será muito difícil comprar um vaso sanitário em um lugar e os acessórios em outros.

Existirão sempre ambientes preparados, para criar uma sensação do todo, fazendo com que o

cliente visualize o produto nele ou na sua casa.

A arte do vitrinista faz com que um simples objeto se torne interessante e chegue até

mesmo a ser desejado graças ao investimento num espaço imaginário e do desejo, ou da própria

ilusão da necessidade. Como um guia, nas montagens aponta-se o que pode ser sonhado e

informa-se o que deve ser consumido.

Fazer vitrines, hoje, vai muito além de simplesmente mostrar ou expor um produto, objeto-

estrela, seja uma marca ou um objeto propriamente dito. Há todo um trabalho de pesquisa por

trás dessa performance que determina hipoteticamente os melhores caminhos para serem

desenvolvidas a produção e a criação da vitrine.

Com efeito, como as publicidades, como as campanhas de marketing sensorial e como

propostas do design, as vitrines tem o poder de fazer sentir mais; cheirar mais, tocar mais, ouvir

mais, experimentar mais. Ao visualizar um produto as pessoas acabam despertando diversos

desejos. Estes fazem com que a pessoa sonhe e compre o que deseja.

O ápice de uma vitrine é a venda, e para que isso ocorra da melhor maneira deve-se evitar

a poluição visual causada pelo excesso de elementos, tanto de decoração quanto de produtos.

O mais difícil em uma vitrine, por mais incrível que possa parecer, é conseguir de maneira

harmoniosa a simplicidade. Essa simplicidade deve ser calculada com muito critério, pois se for

em demasia nada fala e assim nada vai vender. Mas, se bem projetada, seu resultado é de

grande aproveitamento.

Para Demetresco (2001), “As vitrines podem ser consideradas como textos que estão

entre nós, pelos quais passamos vários momentos de nosso dia-a-dia e cujas instalações podem

ser desfrutadas”.

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A vitrina é o meio promocional mais econômico, imediato e de resultado seguro. Porém,

para que alcance esta eficiência sua mensagem deve estar de acordo com o público alvo, a

imagem do produto e a localização do ponto de venda. A função da vitrina é apresentar um

produto de acordo com um tema, em uma data específica.

6. TÉCNICAS DE COMPOSIÇÃO EM VITRINES

“A vitrine é considerada como uma imagem que contém várias propostas: primeiro o de ser

vista; segundo o de prometer algo; e, terceiro o de incitar a venda de um produto”

(DEMETRESCO, 2004). As vitrines procuram não só apresentar uma amostra representativa do

tipo de produto que a loja oferece, mas também estimular que os consumidores entrem na loja.

Muitas compras são realizadas por impulso. Isto é, fazer com que uma pessoa, que não

tinha a necessidade de comprar, venha a fazê-lo. A vitrine é parte fundamental neste contexto,

pois é a primeira a chamar a atenção do cliente. Ela pode ser muito mais forte que um panfleto

entregue em casa, ou que uma propaganda rodada na televisão.

Dizer que uma vitrine é um lugar onde são expostos artigos para serem vendidos é muito

restrito. Ela é hoje uma ferramenta de marketing, relacionada ao P de ponto. A vitrine tem um

papel determinante nas vendas de uma loja ou de uma marca, seu poder de sedução é

definitivamente inquestionável.

As decisões sobre vitrine envolvem aspectos como quantidade, formato, cores, temas,

produtos expostos e a freqüência com que são renovados. Quando se trata sobre a quantidade é

preciso ter a clareza do que se quer promover. Uma loja de grife, por exemplo, expõe poucos

produtos, para que todos sejam bem vistos e valorizados. Por outro lado, uma loja que busca

aumentar suas vendas através de preços mais competitivos, acaba por expor mais produtos, para

mostrar o grande potencial de compra que o cliente pode ter ao entrar na loja. De uma forma

geral, não é bom deixar um vitrine com poucos itens e nem com número excessivo, pois ambas

as situações caracterizam a sua subutilização.

Os formatos utilizados, as cores, os temas e os produtos expostos estão intimamente

relacionados. É comum as lojas promoverem seus produtos, durante o ano, através de temas de

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época, como festas regionais, passagens de estação, eventos esportivos, etc. Estas situações

requerem que as cores e os formatos sejam coerentes com os produtos e com o tema promovido.

Sugere-se que esta troca de temas seja feita a cada 5 semanas mais ou menos.

É preciso maximizar as oportunidades na vitrine. Isto pode ser feito ao utilizar expositores

bem resolvidos e adequados ao seu produto. Ao mesmo tempo podem ser utilizados anteparos,

atrás dos produtos, mantendo o foco no que se quer vender. Deixar algumas áreas de

transparência total ou parcial para que o interior da loja possa ser vislumbrado desde fora da loja,

é importante, pois ao fazê-lo o cliente terá menos dúvidas sobre o que poderá encontrar em seu

interior.

De acordo Demetresco (2001), a montagem de uma vitrine deve convencer

instantaneamente na sua apresentação de forma a sensibilizar o cliente. Essa sensibilização é o

convencimento. "A vitrine é uma montagem que concentra inúmeras áreas que se fundem para

criar uma imagem cujo propósito é gerar prazer por alguns segundos".

6.1. Imagem

A imagem da vitrine deve respeitar os seguintes itens:

• Publico Alvo

• Estilo das Mercadorias

• Preços

• Região da cidade, estado e país.

Esta imagem não esta declarada oficialmente, nem na vitrina e nem no interior do

estabelecimento. É uma linguagem que esta no inconsciente do publico. Ao olhar para a vitrina

de um determinado estabelecimento o publico identifica-se ou não com a loja. E esta imagem é a

grande causadora da empatia. Sendo então o CARTÃO DE VISITAS DA LOJA. Toda vitrine

transmite uma mensagem.

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6.2. Características

Dentre as características de uma vitrine, pode-se tratar dos padrões simétricos ou

assimétricos. No primeiro caso, a distribuição da informação e dos elementos tem o mesmo peso

em ambos os lados. Já no segundo caso, a composição tem pesos diferentes em cada ponto da

vitrine.

A composição assimétrica pode ser organizada em diferentes formas. Cada forma provoca

uma sensação diferente no espectador e, portanto, deve ser utilizada como mais uma ferramenta

para conquistar o cliente por meio da impressão que se deseja causar. As formas e suas

referências são:

• Circular: atenção, perfeição;

• Quadrada: firmeza, robustez;

• Irregular: desarmonia, instabilidade;

• Losango: elegância, bom gosto;

• Piramidal: equilíbrio, estabilidade; e

• Orgânica: emoção, movimento.

6.3. Tipos de vitrine

6.3.1. Vitrine expositiva

Este tipo de vitrine não utiliza uma ambientação tema para sua composição. Utiliza apenas

seus suportes e produtos, entendendo-se que suporte é tudo o que está de apoio do tem, como,

por exemplo, manequins, cubos, displays etc.

Vitrine folk

A palavra “folk” é de origem saxônica, que em inglês significa “povo”. Desta forma, este

estilo de vitrine significa “vitrine baseada em algum povo”. Na verdade, é uma das classificações

antigas do vitrinismo que utiliza esse termo como proposta de vitrine.

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A vitrine folk está em evidência, falar de povo e seus costumes sempre foi tema de vitrine,

talvez não tão declarado atualmente, mas sempre teve seu carimbo nas grandes vitrines do

mundo.

Vitrine cenográfica

A palavra “cenográfica” deriva de “cenografia”, que tem como significado a arte de

desenhar ou pintar segundo a regra de perspectiva ou arte de pintar decoração de teatros.

Para o vitrinismo, o seu significado termina na aplicação de técnicas cenográficas para a

representação completa de uma cena com a finalidade de os objetos que a compõem estejam

estilizados.

As vitrines cenográficas são consideradas superproduções, o que realmente é fato. Não se

pode fazer vitrine nesse estilo sem:

• um bom projeto;

• planejamento;

• um bom investimento; e

• principalmente, sem uma estrutura e espaço adequado.

6.4. Calendário

O tempo de vida útil de uma vitrine é curto. Prolongá-la é um grande erro, pois no início de

sua exibição causa boa impressão e novidade, mas com o tempo se desgasta e se torna

cansativa. As vitrines de modo geral devem ser trocadas a cada duas ou três semanas, mas seus

artigos devem ser substituídos toda semana.

Em lojas de shopping nas quais o movimento é intenso devem ser trocadas com menor

tempo em relação às lojas de rua de trânsito intenso. Os shoppings têm grande circulação, e a

vitrine não pode ficar parada. Em ruas que se localizam em regiões mais residenciais, em que o

público é quase sempre o mesmo, a vitrine deve ser trocada semanalmente.

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A decoração cenográfica pode ficar um mês ou um pouco mais. O correto é que se

desenvolva um calendário de substituição da vitrine, evitando assim o improviso, dando também

continuidade ao padrão estabelecido para suas vitrines. Óticas, joalherias e lojas de material

esportivo podem permanecer mais tempo com a decoração, devendo-se observar sua limpeza e

a troca de seus produtos.

Em casos de datas promocionais, deve-se respeitar o tempo ditado pelo período. No caso

de vitrines de Natal, sua decoração deve manter por um período de um mês. Em outras datas,

como Dias dos namorados, Páscoa, Dia das Mães, efemérides, o ideal é três semanas.

Um dos aspectos fundamentais para o sucesso de uma vitrine é seu planejamento de

acordo com as datas promocionais.

O calendário promocional tem suas variações de acordo com cada região do país, é o que

se chama de vitrine de oportunidade. Essas vitrines são montadas em comemoração às festas

folclóricas de cada região, como, por exemplo, Bumba–meu–Boi e Festa do Divino.

Ainda em vitrine de oportunidade existe uma outra categoria, acontecimentos atuais, que

são feiras, olimpíadas, competição, um grande evento mundial, uma Copa do Mundo.

Essas vitrines trazem uma dificuldade que é não poder estar inserida num planejamento

anual, pois esses acontecimentos surgem no decorrer do ano sem nenhuma previsão, com

exceção de Copa do Mundo, das olimpíadas e das competições oficiais.

Na vitrine de oportunidade está inserido também o aniversário da cidade e do próprio

estabelecimento comercial.

A maneira correta de se começar seu planejamento é fazendo uma lista das datas que

sejam mais estratégicas para o seu ramo de atividade. Essas datas farão parte de planejamento

geral do ano para as suas montagens.

Veja as dicas das datas mais importantes, abaixo:

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Datas efemérides mais comuns

Datas de oportunidades mais comuns

Datassazonais

Ano-Novo Aniversário da cidade PrimaveraFérias Aniversário da Loja VerãoCarnaval Olimpíadas OutonoPáscoa Copa do Mundo InvernoVolta às aulas EleiçõesDia das Mães Festas folclóricasDia das NoivasDia dos NamoradosFestas juninasFériasDia dos PaisIndependênciaDia das CriançasNatal

As datas comemorativas podem sempre respeitar a sua real ligação com a loja, a menos

que a loja queira somente utilizar o tema para servir de base para uma composição. O lojista

deve ter sempre em mente que uma escolha errada significa gasto desnecessário.

Assim sendo, qualquer vitrine é composta de técnicas, observações, criatividade e

imaginação. Resumindo-se, é preciso ter uma boa seleção de cores, de produtos, manequins e

iluminação.

6. LINGUAGEM ESTÉTICA DA VITRINE

7.1. Iluminação

A iluminação pode ressaltar os produtos e fortalecer a mensagem que se deseja passar.

Por isso, é necessário que ela seja muito bem estudada, para, desta forma, utilizar ao máximo de

mais este recurso na vitrine.

A luz participa da construção do cenário, iluminação ou do colorido de maneira diferente

cada elemento conforme o planejado no projeto, com o intuito de realçar um produto, um

material, uma cor ou, ainda, as qualidades dos objetos ali instalados. (DEMETRESCO, 2001).

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No caso de lojas de rua, onde a luz solar provoca reflexo, esse fator deve ser analisado

com mais critério. Uma medida simples, que já resolve grande parte do problema, é utilizar

somente fundos claros nessas vitrines. A cor clara no interior da loja vai ressaltar a vitrine e a

iluminação.

A iluminação pode ser:

i) Direta: quando a luz é direcionada para o objeto sem haver fuga de luminosidade;

ii) Indireta: quando a luz que ilumina o objeto é refletida ou a fonte é difusa, sem foco

específico;

iii) Geral: define a visibilidade, é característica básica (quantidade, cor e distribuição) e

deve ser indireta;

iv) Perimetral ou planos verticais: fornecem luminosidade agradável e devem ser

diretas, destacando mercadorias, displays, painéis etc. .

7.2. O ponto focal

O ponto focal de uma vitrine é aquele onde está o "ponto forte", onde o cliente em

potencial mais presta atenção. O ser humano, dirige o olhar sempre da mesma forma ao observar

uma vitrine: da esquerda para a direita e de cima para baixo (LEHMKUHL, 2007).

O ponto focal da vitrine, portanto, está baseado nessas condições e divide a área (a cada

1 m, no caso de vitrines grandes) nos pontos em que há mais concentração de atenção por parte

do observador. No caso de vitrines com mais de 1 m de comprimento, é importante manter a

coerência em todo o conjunto, apesar dos diversos pontos focais

A primeiro momento é quando a pessoa se interessa pelo que a vitrina está mostrando. Ou

seja, a vitrina estava bem elaborada e conseguiu reter a atenção de um consumidor em potencial.

O que ocorre instantes após, praticamente junto com o primeiro interesse, é o

direcionamento do olhar para o ponto focal. Deste ponto focal a pessoa irá olhar para a direita,

procurando visualizar o conjunto inteiro. Após, ela irá retornar seu olhar para o ponto focal e

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visualizar a parte de baixo, e novamente fará o movimento da esquerda para direita. Repete-se o

mesmo quando a pessoa visualizar a parte acima do ponto focal.

8. PLANEJAMENTO DA VITRINE

A vitrine é uma ferramenta de comunicação, seu uso deve ser adequado levando-se em

consideração o custo x benefício. Segundo Rodrigues (2007), “se analisarmos o que é investido

por uma empresa em catálogos, mídias, folders, ou brindes, seu custo é bem menor”.

No mundo da vitrine, os conhecimentos de todos os elementos, comerciais e artísticos que

envolvem a criação de sistemas de exposições comerciais, são fundamentais para apresentar as

novas tendências. Em primeiro lugar deve-se definir a verba a ser investida em um projeto, o

material, o tempo e o custo do profissional.

Vale lembrar que nem sempre grandes investimentos representam boas idéias. Muitas

vezes, vitrines criativas são criadas com materiais de baixo custo. A definição do objetivo da

vitrine é o passo importante para dirigir toda a criação para a ocasião e o público correto. Uma

vitrine pode ter como objetivo, por exemplo, demonstrar ou vender um produto, pode ser

institucional, pode querer causar emoção etc.

Já o tema, assim que escolhido, vai definir as cores e as imagens que serão essenciais

para a construção da vitrine. Por exemplo, o tema "romance" sugere cores claras, com destaque

para cor-de-rosa e materiais fluidos ou naturais. Já o tema "guerra" remete a tons como verde,

preto, cinza e vermelho, com referências às texturas ásperas ou sujas, destruídas, rasgadas etc.

E para não errar na escolha de cores ou materiais, é muito importante conhecer o tema sobre o

qual se trabalha. Deve-se consultar livros e sites nos quais se possa estudar a escolha.

Essas imagens serão referências de onde se vão extrair as cores, as formas, as texturas

etc. Em entrevista para o livro de Demetresco (2004, p. 111), Denis Queiroz, designer, comenta:

“A luz é um elemento que sempre utilizamos, tanto para focalizar os produtos como para

iluminar os displays que os sustentam. Quanto à reincidência de materiais em nossas propostas,

ela se dá por motivos econômicos, mas sempre que possível procuramos modificar esse material,

alterando formas, texturas e acabamento.”

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Deve-se fazer um esboço da vitrine, o desenho não precisa ser técnico, basta ser

compreensível para quem vai montar a vitrine. Uma boa idéia é medir o espaço da vitrine da loja

e criar um gabarito. A partir da cópia desse gabarito pode-se experimentar idéias para selecionar

o resultado mais interessante. Uma lista de materiais vai auxiliar na hora da compra, reduzindo os

custos em itens desnecessários (LEHMKUHL, 2007).

Planejar significa estudar previamente o que se pretende fazer no espaço da vitrina. É,

também, traçar um roteiro para orientar sua montagem (BALDOVI & DESORDI, 1981).

A vitrina é arte visual aplicada á promoção de vendas e não apenas á decoração ou

disposição de objetos. Desta forma, para planejar a vitrina devem ser observados os seguintes

elementos:

• O espaço que geralmente é tridimensional;

• Os produtos e o mercado consumidor;

• A originalidade na exposição.

Levantamento de Idéias

No levantamento de idéias para a vitrina, o vitrinista deverá considerar o seguinte:

• Objetivos promocionais: a idéia geralmente está relacionada com alguma data

promocional determinada. Por exemplo: Dia dos pais, dia das mães, semana da criança, etc. com

alguma campanha promocional lançada pela empresa.

• A mercadoria: suas características quanto a tipo, tamanho, funcionalidade e ao

publico a que se destina.

• A vitrina: tipo e espaço disponível.

Uma idéia original torna a vitrina atraente e eficaz, permitindo atingir mais facilmente seu

objetivo.

O vitrinista não deve se satisfazer com a primeira solução encontrada, mas tentar reunir

uma série de idéias que lhe permita selecionar a melhor e de mais fácil execução.

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Concretização da idéia

Escolhida a idéia, compete ao vitrinista determinar a mensagem, os elementos decorativos

e a mercadoria a serem expostas. A mensagem é palavra ou frase curta que deverá sintetizar a

idéia.

Os elementos decorativos e suporte deverão ser selecionados, criados ou construídos de

acordo com a idéia. Sempre levando em consideração as possibilidades econômicas da loja. Já a

mercadoria será escolhida de acordo a promoção e com a idéia.

Esboço

O esboço dá ao vitrinista uma visão da vitrina quanto à distribuição dos elementos que irão

compô-la. Os conhecimentos de escala adquiridos permitem traduzir, em tamanho menor e

proporcional, a vitrina a ser realizada.

Neste esboço, é visualizada a organização de espaço, a distribuição da decoração,

destacando os pontos visuais para chamar a atenção, segundos os princípios de equilíbrio,

unidade e variedade.

Esquema de cores

No esboço, o vitrinista poderá fazer um estudo de esquema de cores e a sua distribuição

no espaço da vitrina. O vitrinista deve realizar diversos estudos para escolher o que melhor se

adapte á concretização da idéia.

Decoração

A decoração é todo e qualquer elemento que entra na composição da vitrina para destacar

e valorizar a mercadoria. A vitrina comunica através da imagem visual devendo atrair e causar

impacto ao observador. O vitrinista, para isso, vai valer-se da composição, cores iluminação e

decoração.

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Partes integrantes da vitrina

Conforme foi sendo visto durante o texto, a vitrine é composta por diversas partes. Além

das partes, que serão vistas a seguir, é preciso dar atenção especial aos detalhes. O

acabamento da vitrina, por exemplo, é muito importante, pois será à base da exposição em geral.

Os materiais usados para o acabamento nos pisos laterais e ao fundo são diversos e

variam conforme o tipo da vitrina, mercadoria e decoração. Geralmente o revestimento deverá ser

neutro para dar maior flexibilidade na composição cromática.

Piso, Laterais, Fundo e Teto

Podem ser forrados ou pintados, qualquer material de acabamento usado nas partes

integrantes da vitrina. Devem ser estudados para criar uma combinação agradável de materiais.

Os pisos podem ser acabados com um material determinado e as outras partes podem

acompanhar ou não o mesmo material.

Exemplos:

• Piso com forração de tapete e as laterais e fundo pintados;

• Piso revestido em madeira e laterais e fundo de papel imitando azulejo;

• Piso de cerâmica com laterais e fundo com papel imitando azulejo.

• Piso de pedrinhas com laterais e fundo pintados;

• Piso de esteira com laterais e fundo revestidos de papel de parede imitando

samambaia, bambu ou qualquer outro motivo tropical.

Materiais freqüentemente usados:

• Pintura a óleo: fosco ou brilhante a base de água; plástica;

• Vernizes para acabamento de madeiras ou concreto aparente.

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Em geral estes acabamentos não são executados pelo vitrinista, embora seja ele quem

determine as cores a serem usadas.

Para forração podem ser utilizados diversos materiais:

• Tecidos os mais apropriados são os de trama grossa, por serem mais resistentes:

juta, cânhamo, linho, feltro, etc.

• Veludos e cetim para vitrinas mais delicadas.

• Papel de parede, contact, crepom, camurça, laminado, jornal, embrulho, etc.

• Tapetes especialmente indicados para pisos, embora também possam ser

usados para forrar laterais e fundos.

• Placas de cortiça, folhas secas, placas moduladas de plástico ou metal, pedras

azulejos e outros.

• Muitas vitrinas dispensam estes acabamentos e são aproveitados nos

revestimentos originais do projeto arquitetônico, tais como madeira, fórmica, concreto aparente,

mármore e outros.

Vale sempre ressaltar que a criatividade é fundamental nestes projetos.

TÉCNICAS DE EXPOSIÇÃO E MANUSEIO DE MERCADORIAS

Técnicas de exposição são os procedimentos adotados pelo vitrinista para expor a

mercadoria. O tratamento dado a elas é de caráter pessoal e cada vitrinista cria a sua própria

técnica de exposição. Todas as técnicas têm como objetivo principal valorizar a mercadoria.

O vitrinista é avaliado como profissional pela eficácia das suas exposições e sua

habilidade no manuseio da mercadoria. Ele aprende de imediato a importância do tratamento a

ser dado à mercadoria. Cada uma delas representa um problema diferente e exige manuseio

próprio que respeite e acentue suas qualidades específicas.

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9.1. Confecções

Masculinas, femininas, infantis, lingerie e outros artigos de vestir.

Existem duas formas básicas para expor estas mercadorias: com o auxilio de manequins

ou de suportes, industrializados ou especialmente confeccionados.

Quando são utilizados manequins basta vestir a roupa no mesmo, sendo necessário fazer

apenas alguns ajustamentos na parte que não poderá ser observada na vitrina. A roupa deve ser

o tamanho do manequim.

Quando são usados os suportes (de qualquer tipo) a colocação dos elementos de

vestuário oferece maior oportunidade para exercer a criatividade.

Seguem abaixo algumas sugestões para melhorar a qualidade da vitrine de confecções:

• Passar a mercadoria que vai ser exposta.

• Manter os vestidos, casacos, etc., em cabides ou araras, para não amarrotar até o

momento de expô-los.

• Expor a mercadoria mostrando seu melhor ângulo.

• Prender a mercadoria de tal forma a não danificá-la, escondendo os alfinetes embaixo de

golas, bainhas, costuras, etc.

• Não esticar demasiadamente a mercadoria para evitar deformá-la.

• Evitar mostrar alinhavos, etiquetas (a não ser que isto seja importante).

• Verificar botões, bainhas, cintos, colarinhos, etc.

• Adequar a decoração ao tipo de mercadoria.

Tecidos

Lãs, sedas, algodão, sintéticos e outros tecidos podem ser expostos em qualquer tipo de

suporte e mesmo sem auxilio de elementos, podendo ser aproveitado o caimento dos tecidos.

Algumas sugestões:

• Expor os tecidos de maneira a mostrar os detalhes importantes.

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• Não misturar qualidades de tecidos que não tenham afinidade.

• Não expor juntos estampados que não combinem.

9.3. Cama- Mesa-Banho

Compõem este grupo de produtos os lençóis, fronhas, toalhas de banho, toalhas de mesa,

etc. Estes artigos são apresentados pelo comércio em embalagens transparentes ou caixas. As

toalhas de banho geralmente não são empacotadas especialmente.

O tratamento a ser dado a estas mercadorias difere de um produto para outro. Em geral o

empresário não gosta, e não permite que sejam desfeitas as embalagens, portanto, o material de

que se dispõe para realizar a exposição obedece a formas mais ou menos rígidas.

Entretanto, quando o artigo apresenta alguma peculiaridade como, por exemplo: lençóis

com a barra bordada, lençóis estampados etc, podem ser apresentados de maneira diferente,

mostrando-se estes detalhes.

Podem, também, ser expostos cobrindo camas ou mesas, como nas figuras anteriores.

Nestes casos a mercadoria é desdobrada total ou parcialmente.

Cama, Mesa e Banho costumam entrar juntos na mesma vitrina mas convém estabelecer

separações visuais para não confundir as mercadorias.

Eletro e utensílios Domésticos

O maior desafio para o vitrinista é representado por estas mercadorias volumosas,

pesadas, de formas rígidas e nem sempre atraentes. Quando a vitrina é de grandes dimensões o

trabalho de arrumação para eletrodoméstico fica bastante simplificado. Freqüentemente, a

própria loja se configura em vitrina e neste caso, a exposição se limita a mostrar linhas completas

de mercadorias, como displays publicitários indicando suas características.

Quando a vitrina está isolada da loja, nela são expostas as mercadorias que se pretende

promover. Podem ser completadas com plantas, frutas, manequim etc. e artigos afins.

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Móveis

A necessidade de espaço para uma boa exposição, faz com que estas mercadorias

tenham menor número de vitrines disponíveis. Neste ramo, a loja toda se transformou em

mostruário para sugerir soluções ao cliente, mediante arranjos que são verdadeiros projetos de

decoração de interiores.

A apresentação destas mercadorias deve ser feita de forma a assemelhar-se, tanto quanto

possível, aos ambientes reais com todos seus acessórios combinando: cortinas, tapetes,

quadros, livros, lustres etc., de acordo com os tipos de móveis.

Perfumaria

Esta mercadoria oferece diversas alternativas de exposição. A vitrina ideal para perfumes

e cosméticos é com pequenas dimensões, embora em lojas de departamentos sejam usadas,

também, grandes vitrinas.

Como a mercadoria é de pequenas dimensões deve-se colocar decorações que

preencham o espaço para valorizar a composição. Nestas vitrinas, são muito usados os displays

publicitários confeccionados pelos fabricantes que, apesar de facilitar o trabalho, limitam a

liberdade e a criatividade do profissional.

Conforme seja o produto destinado a um público masculino ou feminino, o ambiente da

vitrina deve refletir tais características. Pela sua fragilidade, estas mercadorias exigem cuidado

especial, pois, quando expostas ao sol, o produto pode sofrer alterações.

Este artigo é muito utilizado para complementar quase todas as vitrinas de outras

mercadorias: confecções masculinas, femininas, móveis (quando quartos) etc.

A perfumaria, assim como a lingerie, oferece um campo de trabalho enorme. As fábricas

mantêm um corpo de profissionais que atuam nas cidades atendendo a todas as lojas.

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Jóias e bijuterias

Estes artigos demandam vitrinas pequenas e à altura dos olhos. As jóias se apresentam na

vitrina de maneira diferente das bijuterias. Os grupos de jóias são menos compactos e podem

conservar bastante espaço entre si. Geralmente os motivos decorativos são luxuosos, embora

não dispensam o contraste com material rústico que lhes acentuem as qualidades.

As jóias demandam vitrinas formais, muito bem executadas. A bijuteria, pelo contrario,

estimula o informal e complementa vitrinas de outras mercadorias.

Apesar de existirem muitas lojas especializadas em bijuterias, o empresário não costuma

dar importância a sua exposição. As vitrinas se apresentam descuidadas e a mercadoria jogada,

sem preocupação de valorizá-la. Cabe ao Vitrinista mostrar, através de boas vitrinas de bijuterias,

que as vendas podem ser aumentadas.

Ótica

Estas mercadorias contam, para sua exposição, com suportes específicos. Por serem

rígidas e de difícil manuseio, o recurso que o vitrinista encontra para chamar a atenção é através

de uma boa decoração promocional que valorize a mercadoria.

O vitrinista deve saber quais as mercadorias que sofrem alterações e ficam inutilizadas

quando expostas em vitrinas que recebem muito sol. Nestes casos, a troca de vitrinas deve ser

feita com maior freqüência.

Dentre as mercadorias mais sensíveis a estes efeitos destacam-se:

• Tecidos;

• Confecções;

• Móveis estofados;

• Perfumes;

• Material fotográfico, etc.

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10. REFERÊNCIAS

• Apostila: Curso técnico de marketing e vendas: Layout e Vitrinismo. Amazonas: CETAM,

2008.

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• CÉZANNE, Geraldo, Vitrine: Seu melhor marketing. Belo Horizonte: SENAC, 2001.

• CÉZANNE, Geraldo, FERREIRA, Danielle Gomes da Silva; FERREIRA, Rozimar Gomes

da Silva. Técnicas de Decoração em Vitrines. Belo Horizonte: CPT, 2008.

• DEMETRESCO, Sylvia. Vitrina, Consturção de encenações. São Paulo: SENAC, 2001.

• HOMER, G. Os erros mais comuns. Acessado em 20/04/08 em

www.sindilojas.bwebsite.com.br/site/revista.asp

• ROSA, Cassiana J. Manual de Vitrine: sua ferramenta de marketing. São Paulo:

MZCebrián, 2005.

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