6 estrategias inovadoras para metodos de ensino tradicionais aspectos gerais

Upload: danielmnettoacupunturabioenergetica

Post on 26-Feb-2018

220 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

  • 7/25/2019 6 Estrategias Inovadoras Para Metodos de Ensino Tradicionais Aspectos Gerais

    1/9

    Medicina (Ribeiro Preto) 2014;47(3): 284-92

    Correspondncia:Cacilda da Silva Souza

    Diviso de Dermatologia, Departamento de Clinica Medica daFaculdade de Medicina de Ribeiro Preto- USP

    Campus UniversitrioCEP 14048-900 Ribeiro Preto - SP

    Artigo recebido em 22/05/2014Aprovado para publicao em 19/06/2014

    EstrEstrEstrEstrEstraaaaatgias inotgias inotgias inotgias inotgias inovvvvvadoradoradoradoradoras paras paras paras paras para mtodosa mtodosa mtodosa mtodosa mtodos

    de ensino trde ensino trde ensino trde ensino trde ensino tradicionais aspectosadicionais aspectosadicionais aspectosadicionais aspectosadicionais aspectos

    gggggerererereraisaisaisaisais

    New approaches to traditional learning general aspects

    Cacilda da Silva Souza1, Alessandro Giraldes Iglesias2, Antonio Pazin-Filho3

    RESUMO

    Novos desafios se impem nos cenrios atuais da educao e currculos universitrios altamente com-

    plexos. Para atender as demandas sociais, transformaes na educao de profissionais de sade e

    novas formas de trabalhar com o conhecimento foram exigidas do aparelho formador. Nesse artigo sero

    discutidos: o avano em diferentes mbitos, as caractersticas e obstculos para a ruptura com a estru-

    tura tradicional e a implantao de metodologias de ensino-aprendizagem inovadoras, sob a perspectiva

    institucional, do docente e do aluno.

    Palavras-chave:Metodologias de Ensino-aprendizagem; Estratgias inovadoras; Educao Superior;Educao em sade

    O que so mtodos inoO que so mtodos inoO que so mtodos inoO que so mtodos inoO que so mtodos inovvvvvadoradoradoradoradoreseseseses

    de ensinode ensinode ensinode ensinode ensino

    Novos desafios se impem nos cenrios atuaisda educao e currculos universitrios altamentecomplexos. O acmulo exponencial de conhecimen-tos e a incorporao crescente de tecnologias de apli-cao nas vrias reas da sade impulsionaram parauma formao mdica fragmentada em campos alta-

    mente especializados e a busca da eficincia tcnica.No entanto, as transformaes da sociedade contem-pornea tm colocado em questo os aspectos relati-vos formao profissional. Nas reas de sade, essedebate ganhou contornos prprios, na medida em quea indissociabilidade entre teoria e prtica, a viso in-tegral do homem e a ampliao da concepo de cui-dado se tornaram essenciais para o adequado desem-penho laboral.1,2

    1. Docente e Chefe da Diviso de Dermatologia do Departamen-to de Clnica Mdica da Faculdade de Medicina de RibeiroPreto Universidade de So Paulo (FMRP-USP).

    2. Mdico egresso da FMRP-USP; Especialista em Cardiologia;Ps-Graduando no Programa de Ensino em Sade da FMRP-USP, Professor do Curso de Medicina da Universidade do Pla-nalto Catarinense.

    3Professor Associado II e Chefe da Diviso de Emergncias Cl-nicas do Departamento de Clnica Mdica da FMRP-USP.Coordenador do Laboratrio de Simulao da FMRP-USP.

    SIMPSIO: Tpicos fundamentais para a formao e o desenvolvimentodocente para professores dos cursos da rea da sadeCaptulo VI

  • 7/25/2019 6 Estrategias Inovadoras Para Metodos de Ensino Tradicionais Aspectos Gerais

    2/9

    285

    Souza CS, Iglesias AG, Pazin-Filho A.Estratgias inovadoras de ensino

    Medicina (Ribeiro Preto) 2014;47(3):284-92http://revista.fmrp.usp.br/

    Frente inadequao do aparelho formador emresponder s demandas sociais, h o reconhecimentoconsensual da necessidade de transformaes na edu-cao de profissionais de sade e novas formas detrabalhar com o conhecimento. As Instituies de

    Ensino Superior (IES) tem sido estimuladas a refletiracerca das mudanas do processo da educao, reco-nhecer seu papel social e enfrentar seus desafios, en-tre os quais o de romper com estruturas cristalizadase modelos de ensino tradicional, e formar profissio-nais de sade com competncias que lhes permitamrecuperar a dimenso essencial do cuidado.3

    Tal demanda d lugar a crescente tendncia busca de mtodos inovadores, que admitam uma pr-tica pedaggica tica, crtica, reflexiva e transforma-dora, ultrapassando os limites do treinamento pura-

    mente tcnico, para efetivamente alcanar a forma-o.1Currculos inovadores buscam priorizar mto-dos ativos de ensino e aprendizado; definir o aprendi-zado baseado em resultados e competncias, enfati-zando aquisio de habilidades e atitudes tanto quan-to do conhecimento; reduzir a quantidade de conte-dos factuais apresentando e provendo oportunidadesde escolha; e igualmente incluir integrao vertical ehorizontal das disciplinas e ambientes de ensino nosdiversos nveis de assistncia sade.4,5,6

    Em substituio aos mtodos tradicionais, e par-ticularmente passivos, no processo de transformao

    dos modelos de educao, fortaleceram as considera-es acerca: das peculiaridades de aprendizado doadulto e suas relaes com a sociedade; da prtica dasmetodologias ativas; e da apropriao de novos recur-sos das tecnologias de informao e comunicao.

    Entende-se inovao como a ruptura com oparadigma dominante, o avano em diferentes mbi-tos, formas alternativas de trabalhos que quebrem coma estrutura tradicional. Segundo Cunha, uma inova-o no se caracteriza simplesmente pelo uso de no-vos elementos tecnolgicos no ensino, a menos queestes representem novas formas de pensar o ensinar

    e o aprender numa perspectiva emancipatria.3,7

    Entre as principais caractersticas, os mtodosinovadores de ensino-aprendizagem mostram clara-mente o movimento de migrao do ensinarpara oaprender, o desvio do foco do docente para o alu-no, que assume a co-responsabilidade pelo seu apren-dizado (Figura 1); a valorizao do aprender a apren-dere o desenvolvimento da autonomia individual edas habilidades de comunicao. Para tal, as novaspropostas educacionais privilegiam as metodologias

    ativas, participativas e problematizadoras de apren-dizagem, o aprendizado integrado e em cenrios di-versos, incluindo aquele baseado na comunidade, quepodem ser combinadas aos mtodos tradicionais.

    Novas oportunidades de aprendizado tm sido

    desenvolvidas no contexto da comunidade e em ser-vios de sade de menor complexidade, e ilustramque as tradicionais habilidades, anteriormente centra-das em hospitais, podem ser desenvolvidas em mode-los contemporneos de assistncia sade.4

    A educao problematizadora trabalha a cons-truo de conhecimentos a partir da vivncia de ex-perincias significativas. Em oposio aos processosde aprendizagem tradicionais e de recepo, em queos contedos so entregues ao aluno em sua formafinal e acabada, a problematizao est apoiada nos

    processos de aprendizagem por descoberta, e os con-tedos so oferecidos na forma de problemas. As re-laes devem ento ser descobertas e construdas,reorganizadas e adaptadas estrutura cognitiva pr-via do aluno para o processo final da assimilao.1,3,8

    Professor Alunos

    Resultados

    Facilitador

    Aluno

    BBBBB

    AAAAA

    Figura 1:Relao entre professor e aluno no mtodo de ensino

    tradicional (a) e nas tcnicas inovadoras (B).Obs.: Observar que no mtodo tradicional a interao entreprofessor e aluno pautada na transmisso de conhecimento (setacheia) e a reciprocidade do aluno pequena (seta tracejada). Jnas metodologias inovadoras, o professor passa a ser um facilitadore ambos trabalham em conjunto para obter resultados. Em ambasas situaes, o fato da representao do PROFESSOR (A) e doFACILITADOR (B) ser feita por uma forma maior que as querepresentam os alunos exemplificam que a relao no deixa deser assimtrica, ou seja, o Professor-Facilitador o responsvelpela atividade e est muito mais capacitado que os alunos. Adiferena para a metodologia ativa que o facilitador procura seadaptar ao nvel de aprendizado que o aluno se encontra e buscaresultados concretos em conjunto.

  • 7/25/2019 6 Estrategias Inovadoras Para Metodos de Ensino Tradicionais Aspectos Gerais

    3/9

    286

    Souza CS, Igles ias AG, Pazin-Filho A.Estratgias inovadoras de ensino

    Medicina (Ribeiro Preto) 2014;47(3):284-92http://revista.fmrp.usp.br/

    Outras oportunidades foram criadas com o ad-vento das tecnologias e que vieram a contemplar algu-mas das expectativas educacionais. Uma formaobaseada apenas na transmisso de conhecimentos, querapidamente podem se tornar obsoletos, e/ou aquela

    exclusivamente dependente da aprendizagem clnicaoportunstica a que possvel realizar com os doen-tes disponveis num determinado momento - no res-

    ponde s exigncias atuais, que apontam para umaformao slida nas dimenses sociais, comportamen-tais e relacionais se some aos conhecimentos cientfi-cos, a serem constante e incessantemente renovados.A simulao e as tecnologias de informao e comu-

    nicao (TIC) podem ser algumas das vias para con-tornar estas dificuldades e foram ento exemplifica-das em um modelo de disciplina (Tabela 1).

    Base metodolgica geralpara desenvolvimentode atividades

    Possibilidade de atingira excelncia (MILLERet al)

    Mtodos disponveis

    Papel Docente

    Papel do Aluno

    Vantagens

    Desvantagens

    Tradicional

    Pedagogia aplica conceitos de aprendi-zado desenvolvidos em crianas para adul-tos, no reconhecendo sua pecualiridade

    Geralmente se restringe ao conhecimentocognitivo, atingindo no mximo a demons-trao de habilidades.

    Geralmente restrito aula terica ou ativi-dades prticas diretamente no local de atu-ao profissional sob superviso

    Ativo atua como transmissor de infor-

    maes.

    Passivo se esfora para absorver umaquantidade enorme de informaes. Mui-tas vezes no h espao para crtica.

    Requer pouco trabalho docenteEnvolve o trabalho com grandes gruposGeralmente tem baixo custo

    Abrange todo o contedo a ser adquiridosobre um tpico

    Avaliao fica restrita a mtodos poucodiscriminativosNo se tem certeza do que o aluno apren-deu em profundidade

    Metodologia Ativa

    Andragogia reconhece a diferena no apren-dizado de adultos e busca estabelecer suascaractersticas especficas para fundamentar

    a aplicao da tcnica adequada.

    Permite a construo de estratgias que po-dem atingir o exerccio (demonstrar como sefaz) e at mesmo a excelncia.

    H inmeros mtodos disponveis, que vari-am em objetivo, complexidade e custo. Acombinao desses mtodos preenche a dis-tncia entre a sala de aula e a atuao diretano ambiente profissional

    Interativo interage com os alunos, atuando

    apenas quando necessrio. Facilita o apren-dizado. Ao contrrio da crena em geral, essaforma de atuao muito mais trabalhosapara o docente.

    Ativo o foco desviado para que seja res-ponsvel pelo seu prprio ensino. Passa aexercer atitude crtica e construtiva se bemorientado.

    possvel individualizar as necessidades dosalunos ao se trabalhar com grupos pequenos,facilitando a interao aluno-professor

    Consome enorme tempo docente de preparo,aplicao e avaliao da atividade.Requer o trabalho com pequenos grupos paraque seja efetivaRequer o sacrifcio de se transmitir todo ocontedo, sendo necessrio selecionar o con-tedo essencial que ser trabalhado exaus-tivamente.

    Tabela 1: Comparao entre os modelos tradicional e a metodologia ativa aspectos gerais

  • 7/25/2019 6 Estrategias Inovadoras Para Metodos de Ensino Tradicionais Aspectos Gerais

    4/9

    287

    Souza CS, Iglesias AG, Pazin-Filho A.Estratgias inovadoras de ensino

    Medicina (Ribeiro Preto) 2014;47(3):284-92http://revista.fmrp.usp.br/

    A simulao metodologia educativa centradano aluno e nas suas necessidades de aprendizagem,ao invs de se centrar no doente, como ocorre emcontexto clnico. Proporciona uma exposio siste-mtica, pr-ativa e controlada dos alunos aos desafi-

    os clnicos progressivamente mais complexos, inclu-indo aquelas situaes potencialmente fatais, que nopoderiam ser treinadas de outra forma.

    TIC propiciam acesso imediato aos contedose informaes disponveis em ambientes eletrnicosvirtuais; ao estudante so delegadas autonomia e res-ponsabilidades, do controle e administrao do tem-po dispensado ao acesso e recepo dos contedos, oque permitiria preservar os momentos com tutores/professores e grupos para a reflexo, anlise e elabo-rao de snteses.

    Para exemplificar a Tabela I apresenta a com-parao de algumas caractersticas relevantes pelasquais as estratgias inovadoras se diferenciam dosmtodos de ensino tradicional. A escolha isolada oucombinada de cada uma das metodologias propostasdepende da consecuo mais efetiva dos objetivos,resultados e competncias a serem alcanados em de-terminado momento, os quais devem estar explcitose claros no planejamento de uma experincia educa-cional.

    Nesse artigo sero ainda discutidas as caracte-rsticas e obstculos para a implantao de metodolo-

    gias ativas, sob a perspectiva institucional, do docen-te e do aluno (Figura 2). A discusso especfica decada uma desses mtodos ser objetivo de outros ar-tigos desse simpsio. Finalizaremos ilustrando comoa composio dessas tcnicas pode se empregada naconstruo de um programa de ensino.

    Sob a PSob a PSob a PSob a PSob a Perererererspectispectispectispectispectivvvvva da Instituioa da Instituioa da Instituioa da Instituioa da Instituio

    As necessidades de mudanas em estratgias edu-cacionais nas reas de sade vo alm da utilizao de

    novas tcnicas de ensino-aprendizagem, passando pelorearranjo no contedo do curso. Baseiam-se, sobretu-do na cultura do ensino, no ensino e na aprendizagemorientados por objetivos, princpios de aprendizadodo adulto e aplicao metodologias ativas.9

    As diretrizes educacionais e as estratgias deensino-aprendizagem devem ser discutidas em seucontexto de determinantes: o Projeto Poltico Peda-ggico da instituio, a organizao curricular, e se-gundo a viso de cincia e de conhecimento, e da fun-o social da Universidade. A flexibilidade curricular

    um dos grandes facilitadores para que as metodolo-gias ativas possam ser implantadas.10

    Ainda, a adoo de qualquer estratgia de ino-vao deve considerar a prtica de avaliao, integra-da reflexo e transformao. A avaliao deve ser

    processual e formativa para a incluso, autonomia,dilogo e reflexes coletivas, na busca de respostas ecaminhos para a soluo de problemas, intervenese acompanhamento de avanos discentes. Sem o ca-rter de punio, proporciona diretrizes para tomadade decises e definio de prioridades.1

    A prtica de avaliao tem sido recomenda-da como uma atividade permanente e indissociadada dinmica das metodologias de ensino-aprendi-zagem nas diretrizes curriculares dos cursos da reade sade.1

    Considerando todos esses princpios, um dosgrandes desafios para a Instituio de Ensino Superi-or (IES) estimular, capacitar o corpo docente e pro-porcionar infra-estrutura para o emprego dos varia-dos mtodos de ensino-aprendizagem. Como exem-plo da necessidade dos substanciais investimentos estimplantao de um laboratrio apropriado do ensi-no-aprendizagem baseado na simulao; ou da estru-turao de redes de ensino distncia (EAD) e acessos TIC.

    Alm de prover as condies estruturais, a IEStambm deve manter treinamento e capacitao con-

    tnua para seu corpo docente. A rede instituda de apoioao ensino, disponvel ao docente e ao aluno, faz-senecessria para planejamento e execuo de interven-es no currculo.

    Em suma, a IES deve planejar e conduzir osesforos educacionais para prover estrutura e cenri-os diversificados e especficos; definir diretrizes pro-piciadoras ao uso das metodologias ativas; promovercapacitao do corpo docente e a avaliao sistemti-ca da eficcia de sua utilizao (Figura 2).

    Sob a PSob a PSob a PSob a PSob a Perererererspectispectispectispectispectivvvvva do Docentea do Docentea do Docentea do Docentea do Docente

    O objeto do trabalho docente, mais do que atransmisso de um contedo, passa a consistir em umprocessoque envolve um conjunto de pessoas na cons-truo de saberes.

    Na metodologia tradicional, a memorizao,como a principal operao exercitada, insuficientepara os processos efetivos de ensino-aprendizagem econjunturas contemporneas. O docente deve proporaes que desafiem ou possibilitem o emprego das

  • 7/25/2019 6 Estrategias Inovadoras Para Metodos de Ensino Tradicionais Aspectos Gerais

    5/9

    288

    Souza CS, Igles ias AG, Pazin-Filho A.Estratgias inovadoras de ensino

    Medicina (Ribeiro Preto) 2014;47(3):284-92http://revista.fmrp.usp.br/

    demais operaes mentais para captao e assimila-o do contedo; para isso organiza os processos deapreenso de tal maneira que as operaes de pensa-mento sejam despertadas, praticadas, construdas eflexveis para as necessrias rupturas. Por meio damobilizao, da construo e das snteses, vistas erevistas, o estudante agrega sensaes de vivncia ede renovao.10

    A tarefa de lidar com novas e diferentes estra-tgias algo complexo e exige mudanas de habituse paradigmas: entre os docentes universitrios h apredominncia na exposio do contedo, em aulas

    expositivas, ou palestras, uma estratgia funcionalpara a passagem de informao. Esse habitusreforaa ao de transmisso de contedos prontos, acaba-dos e determinados, semelhante s vivencias pregres-sas. Ainda, a atual configurao curricular e a organi-zao disciplinar (em grade) predominantemente con-ceitual, tm a palestra como a principal forma de tra-balho, e os prprios alunos esperam do professor acontnua e passiva exposio dos assuntos que seroaprendidos.10

    No modelo de ensino centrado no professor ena transmisso de contedos, com predomnio de au-las expositivas e prticas fragmentadas h alto graude dependncia intelectual e afetiva dos alunos emrelao ao professor. Corroboram estas caractersti-cas o estudo realizado por Figueiredo e colaborado-res (1996), que mostrou que a estratgia de ensinoAula Terica percebida como de mdia ou grandeimportncia para o aprendizado pela expressiva maio-ria, aproximadamente 75% dos alunos, em todos osanos acadmicos da Faculdade de Medicina de Ri-beiro Preto-USP. Os achados do aumento na valori-

    zao do Estudo Individual, a partir do segundo ano,e da reduo na importncia do Estudo em Grupo,a partir do terceiro ano so indicativos da desvalori-zao ou falta de vivncia do trabalho compartilhadopor grupos ou equipes.11

    Frente ao desafio de atuar numa nova viso doprocesso de ensino-aprendizagem, o docente poderencontrar dificuldades que se iniciam pela prpriacompreenso da necessidade de ruptura com o tradi-cional.10

    Figura 2: Nveis hierrquicos dos diversos componentes da estruturao de um programa de aprendizagem com as respectivascaractersticas ou exemplos.Obs.: O interesse desse artigo o de abordar o tpico estratgias inovadoras de ensino-aprendizagem, suas caractersticas gerais, comnfase na sua implantao e seus obstculos. Algumas experincias foram exemplificadas sem esgotar o tema, pois ser foco de outrosartigos desse simpsio.

    Perfil do profissional a ser formado Teorias de Aprendizagem

    Aprendizado de Adultos

    Infraestrutura laboratrios e cenrios de ensino Apoio Emocional ao Estudante

    INTISTUIO

    Diretrizes Gerais

    Estratgias

    Valorizar a capacitao docente Prover interao entre as diversas disciplinas para evitar

    contedos repetitivos ou contraditrios Estruturao de currculos Propor mtodos de avaliao padronizados para a instituio Feedback continuo para o aluno, para os docentes e para a

    Instituio com correes que se faam necessrias

    Aprendizado baseado em problemas (PBL) Aprendizado baseado em equipes (Team-Based Learning TBL) Educao distancia Simulao Ensino em ambientes profissionais enfermarias, ambulatrios,

    comunidade

    Tcnicas de avaliao formativa

  • 7/25/2019 6 Estrategias Inovadoras Para Metodos de Ensino Tradicionais Aspectos Gerais

    6/9

    289

    Souza CS, Iglesias AG, Pazin-Filho A.Estratgias inovadoras de ensino

    Medicina (Ribeiro Preto) 2014;47(3):284-92http://revista.fmrp.usp.br/

    Caso esse obstculo seja transposto, seguemnovos desafios: lidar com situaes imprevistas e des-conhecidas; exerccio permanente do trabalho refle-xivo; e mudanas na dinmica da sala de aula, o queinclui a organizao espacial e o rompimento com a

    antiga disciplina estabelecida. Ainda, restam as crti-cas e a incerteza quanto aos resultados, j que na es-tratgia da aula expositiva h maior domnio da rela-o tempo/contedo.1,10

    H variadas estratgias de trabalhobaseadasem grupo efetivamente recomendadas aos processosde ensino-aprendizagem na sala de aula, mas que exi-giro distintas habilidades, diretividade e conduesmais especficas para sua execuo, e particularmen-te mudanas do habituscentrado na aula expositiva eem seu cenrio j dominado.10

    Com a proposta do desenvolvimento da inteli-gncia relacional, autonomia e maior responsabilida-de sobre o auto-aprendizado, as metodologias ativaspriorizam o trabalho em grupos ou equipes. Para aaplicao de estratgias grupais so fundamentais:organizao, preparao, planejamento compartilha-do e mutuamente comprometido com o aluno, que,como sujeito de seu processo de aprendiz atuar ati-vamente: assim, os objetivos, as normas, as formasde ao, os papis, as responsabilidades, enfim o pro-cesso e o produto desejados devem estar explcitos epactuados.10

    O trabalho em grupo auxilia no desenvolvimen-to de habilidades e da inteligncia relacional, quecompreende a inteligncia intrapessoal(autoconhe-cimento emocional, controle emocional e automoti-vao) e a inteligncia interpessoal(reconhecimentode emoes de outras pessoas e habilidades em rela-cionamentos interpessoais).9,12O trabalho em grupomais do que a juno dos alunos, pode proporcionardesenvolvimento inter e intrapessoal, por meio doestabelecimento de objetivos compartilhados, que sealteram conforme a estratgia proposta. A despeitodas variadas formas de organizao grupal, em co-mum a todas est o desenvolvimento da habilidadede conversar e compartilhar.10

    Alm disto, ser necessrio domnio do pro-cesso, conhecimento e a preparao das suas etapas.A ao docente ser to ou mais exigida do que numatradicional aula expositiva ou numa expositiva dialo-gada. Trabalhar para alm do contedo um desafio,que corresponde participao no processo de auto-nomia a ser conquistado com e pelo aluno.10

    Sob a PSob a PSob a PSob a PSob a Perererererspectispectispectispectispectivvvvva doa doa doa doa do AlunoAlunoAlunoAlunoAluno

    Na nova relao docente-aluno, os aprendizesdevem gradualmente assumir mais controle e partici-pao sobre seu prprio aprendizado, e os docentes,o papel de facilitadores do aprendizado. O nvel deconhecimento do aluno essencial para a escolha daestratgia, tanto quanto influentes so as dinmicasindividuais e a do grupo.1,10

    Nas prticas profissionais atuais h a constata-o de movimentos dinmicos, contradies, mudan-as, incertezas e imprevisibilidade. O mecanicismo eo determinismo devem dar lugar espontaneidade,auto-organizao, evoluo e criatividade; e a hist-ria do aprendizado deve ser construda com a aoconjunta de indivduos.10,13

    Nesse processo de apropriao do conhecimen-to, o estudante deve realizar aes e construes men-tais variadas: comparao, observao, imaginao,obteno e organizao dos dados, elaborao e con-firmao de hipteses, classificao, interpretao,crtica, busca de suposies, construo de snteses eaplicao de fatos e princpios a novas situaes, pla-nejamento de projetos e pesquisas, anlise e tomadasde decises.10,14

    A expresso verbal do aluno diante dos cole-gas e a exposio s habituais crticas compreendemaes desenvolvidas com objetivo atitudinal. No en-

    tanto, a forma de o professor estimular, receber, aca-tar e aguardar a contribuio do aluno determinantedo clima de acolhimento essencial em processos co-letivos de construo de conhecimentos.10

    No trabalho em grupo fundamental a intera-o, o compartilhamento, o respeito singularidade,a habilidade de lidar com o outro em sua totalidade,que resultar em aquisio progressiva de autonomiae maturidade.10

    A exposio de cada participante e das suascontribuies pode ser progressiva, inicialmente mais

    restrita ao pequeno grupo, e no momento da sociali-zao da sntese, ser delegada pelo grupo aos colegascom desenvoltura e habilidades j desenvolvidas deexposio oral. Cabe ao professor mediar estmulos eoportunidades para que todos possam desenvolveressas habilidades e atitudes de representatividade,ressaltando que a sala de aula e a universidade solocais de treinamento e da aprendizagem, onde o errono fere e deve ser a referncia para a reconstruo esuperao de dificuldades.10

  • 7/25/2019 6 Estrategias Inovadoras Para Metodos de Ensino Tradicionais Aspectos Gerais

    7/9

    290

    Souza CS, Igles ias AG, Pazin-Filho A.Estratgias inovadoras de ensino

    Medicina (Ribeiro Preto) 2014;47(3):284-92http://revista.fmrp.usp.br/

    Portanto, ainda a ser considerado na viso doaluno, o grau de exposio que a metodologia ativaproporciona. No ensino tradicional, o estudante exer-ce um papel passivo, o de absorver o conhecimento.Atuar, agir, cometer erros na frente de seus pares pode

    consistir em fator estressor considervel. A institui-o deve estar aparelhada para acolher os estudantese minimizar o impactodo envolvimento emocionalnas metodologias ativas.10

    Participar de grupos de estudo permite o de-senvolvimento de uma srie de papis, que auxiliamna construo da autonomia, do auto-conhecimento,do lidar com as diferenas, a exposio, a contraposi-o, as divergncias e na capacidade de sntese, en-fim as habilidades necessrias no desempenho dopapel profissional, para o qual o aluno se prepara nauniversidade, local de ensaio, de acertos e de erros.10

    Para uma atmosfera de trabalho de grupo fun-damental: estabelecer processos de parceria, definirpapis e articular a direo da consecuo dos objeti-vos. H dinmicas de grupos que exigir a habilidadeda coordenao no sentido de atender as mais varia-das contribuies com participao de todos e em di-versos papis necessrios ao funcionamento da estra-tgia. A clareza da descrio dos papis facilita o de-sempenho, e o rodzio com variao das atribuiesauxilia os alunos com dificuldades em processosinterativos.10

    Por meio da atribuio de papis a todos oscomponentes, os participantes tornam-se responsveispelo desempenho pessoal, defesas de ideias e produ-o pretendida, desenvolvem a atitude de conver-sar e negociar com respeito s ideias do outro e aosmomentos de ouvir e esperar.10

    ExExExExExemplo de incemplo de incemplo de incemplo de incemplo de incluso de metodolo-luso de metodolo-luso de metodolo-luso de metodolo-luso de metodolo-gia agia agia agia agia atititititivvvvva em um cura em um cura em um cura em um cura em um currculo frculo frculo frculo frculo fororororormalmalmalmalmal

    A escolha e execuo de uma estratgia podepropiciar aos alunos o uso das variadas operaes

    mentais, num processo de crescente complexidade dopensamento. Para o emprego de quaisquer das estra-tgias de trabalho, o princpio dialtico da caminha-da com o aluno, da sncrese(viso inicial, no elabo-rada, catica e desorganizada) para a sntese(resulta-do das relaes realizadas e organizadas em nvelqualitativamente superior) deve ser considerado.10

    Para ilustrar a incluso de novas estratgias deensino aprendizagem com mtodos ativos num curr-culo tradicional, escolhemos o tema de atendimento parada crdio-respiratria (PCR) no ambiente pr-

    hospitalar. Cada uma das atividades do programa tra-dicional e o de metodologias ativas foram correlacio-nadas aos respectivos objetivos, listados direita daTabela 2.

    Na comparao da estimativa de tempo para a

    realizao dos dois programas, destaca-se a diferen-a do tempo despendido: 8 horas para o tradicionalversus 30 horas para o de metodologia ativa.

    Outro ponto relevante o emprego das diver-sas metodologias ativas (ensino distncia; baseadona comunidade; simulao; grupos de discusso;portflio reflexivo; avaliao somativa). O contedoe a base cognitiva terica foram providos por ensino distncia e os mtodos foram empregues de acordocom o objetivo a ser atingido. Nessa experincia edu-cacional, a aula terica foi substituda pelo estudoindividual de contedo disponvel em plataforma ele-

    trnica, o que implicou em responsabilidade e auto-nomia da administrao do tempo para tal atividade.

    O Laboratrio de Simulao prov as neces-sidades de prtica de habilidades, em momentos deinterao com o docente, e em oportunidades de re-peties e prticas individuais do aluno. Essa estrat-gia busca reduzir a presso sobre o aluno, que podepraticar sem interferncia. A introduo de uma ava-liao somativa propicia ao aluno umfeedbackdo seudesenvolvimento individual e de sua insero no tra-balho em grupo.

    A estratgia da discusso em grupos menoresbuscou o desenvolvimento atitudinal e trouxe em focoproblemas comuns e diversos, tais como os esforosnecessrios para obteno dos melhores resultados eaquisio das habilidades, expectativas, limites e objeti-vos a serem atingidos naquele determinado momento.

    A aplicao da avaliao no-somativa foi rea-lizada por meio de questo aberta que permite anlisedo senso crtico e sntese do aluno; e a avaliao atitudi-nal, da sua atuao individual e em grupo. Finalmente,buscou-se provocar o aluno para uma auto-avaliaodo seu desenvolvimento no curso, o que possibilitaria

    o desenvolvimento do hbito de auto-crtica constan-te e a responsabilidade sobre o seu aprendizado.Todas essas etapas ilustram o tempo despendido

    no preparo das atividades e a necessidade da capaci-tao e do intenso envolvimento docente com o apren-dizado contnuo do aluno, possveis obstculos paraa aplicao das metodologias ativas. Na cultura doensino, o statusda arte de ensinar e o seu desafio otrabalho docente para alm do contedo, e a partici-pao no processo de autonomia e emancipao a se-rem conquistadas com e pelo aluno.

  • 7/25/2019 6 Estrategias Inovadoras Para Metodos de Ensino Tradicionais Aspectos Gerais

    8/9

    291

    Souza CS, Iglesias AG, Pazin-Filho A.Estratgias inovadoras de ensino

    Medicina (Ribeiro Preto) 2014;47(3):284-92http://revista.fmrp.usp.br/

    Associao de tcnicas inovadoras

    Utilizao de plataforma de ensino distnciapara armazenar vdeose aulas gravadas para que o aluno possa revisar durante todo o cursoNessa plataforma o aluno poder testar o conhecimento sobre essaaula e qualquer outra atividade usando provas simuladas que serogeradas a partir de um banco de questes.A plataforma tambm prover a aproximao do docente e aluno eeventuais temas que no estejam contemplados no plano de trabalhopodero ser acrescentados na forma de inquetes ou debates.

    Visita supervisionada ao Sistema de Atendimento Pr-hospitalar

    para compreenso do seu funcionamento.Aps a visita haver os alunos sero divididos em grupos, sendo atri-budas tarefas de sintetizar as caractersticas observadas na visita.Esses grupos produziro um relatrio que ser revisto pelo docente,com feed back apropriado.

    Esse relatrio far parte do portflio reflexivo que os alunos seroestimulados a manter e utilizar durante o curso.

    Massagem + desfibrilador Disponibilizar uma vdeo-aula ou umvdeo demonstrativo sobre os conceitos bsicos. Esses vdeos pode-ro ser utilizados antes ou aps a atividade no Laboratrio de Simu-laoAtividade de prtica de habilidades no Laboratrio de Simulao su-pervisionada por docente.Depois dessa prtica, sero disponibilizados horrios no Laboratriode Simulao para que o aluno volte a praticar o que aprendeu se-guindo uma guia especificamente desenvolvida.

    Avaliao somativa os alunos retornaram ao Laboratrio de Simu-lao para realizarem a combinao das atividades aprendidas. Elessero filmados e faro uma anlise crtica dos pontos positivos e pos-sibilidades de melhoria.Se sentirem necessidade, haver novos horrios disponibilizados no

    Laboratrio para que possam voltar a praticar seguindo guias especfi-cas.

    Grupos de Discusso - Os alunos sero divididos em grupos e deve-ro pesquisar aspectos ticos, posio do conselho de medicina e dalegislao brasileira. A sntese ir produzir uma apresentao simplesde no mximo 5 minutos sobre o tema. A final da atividade, ser feitoa sntese da resposta ao problema proposto. Os alunos mantero isso

    no portflio reflexivo.

    Prova cognitiva questo aberta discursiva sobre a compreenso dotemaProva prtica de habilidades ser realizada a filmagem do atendi-mento prestado pelos alunos isoladamente e em grupo. Esses filmessero analisados por dois observadores independentes para preenchi-mento de um check list padroAuto-avaliao do aluno com base no portflio reflexivo, apon-tando um aspecto que julgaria ser necessrio aprimorar.

    Tradicional

    Aspectos fisiopatolgi-cos da Parada Cardio-Respiratria (aula te-rica)

    Ativao do Sistema deEmergncia Pr-Hos-pitalar (aula terica)

    Massagem cardaca(aula terica)

    Desfibrilador ExternoAutomtico (aula teri-ca)

    Combinando as habili-dades massagem +desfibrilao

    At quando continuaros esforos? (aula te-rica)

    Avaliao (provatorica de mltiplaescolha)

    Objetivo

    Caracterizar osaspectos fisiopatol-gicos da ParadaCrdio-Respiratriacorrelacionando-oscom a corrente desobrevida

    Desenvolver habili-dades para realizarmassagem cardacae uso dodesfibriladorautomtico

    Discutir os aspectosticos do atendimen-to pr-hospitalar

    Tabela 2 Exemplo de insero de metodologia ativa em um currculo formal

  • 7/25/2019 6 Estrategias Inovadoras Para Metodos de Ensino Tradicionais Aspectos Gerais

    9/9

    292

    Souza CS, Igles ias AG, Pazin-Filho A.Estratgias inovadoras de ensino

    Medicina (Ribeiro Preto) 2014;47(3):284-92http://revista.fmrp.usp.br/

    RRRRRefefefefefernciasernciasernciasernciaserncias

    1. Mitre SM, Siqueira-Batista R, Girardi-de-Mendona JM, NeilaMorais-Pinto M et al. Metodologias ativas de ensino-aprendi-zagem na formao profissional em sade: debates atuais.Cinc sade coletiva. 2008; 13(Sup 2):2133-44.

    2. Troncon LEA. Ensino mdico de graduao: em busca de maiorqualidade. Medicina (Ribeiro Preto). 1996; 29: 365-71.

    3. Cyrino EG, Toralles-Pereira ML. Trabalhando com estratgiasde ensino-aprendizado por descoberta na rea da sade: aproblematizao e a aprendizagem baseada em problemas.Cad Sade Pblica. Rio de Janeiro 2004; 20: 780-8.

    4. Dent JA. Teaching and learning medicine. In: A practical guidefor medical teachers. Dent JA, Harden RM, editors. 2001.

    5. Harden RM, Crosby JR, Davis MH. AMEE Guide No. 14: Out-come-based education: Part 1- An introduction to outcome-based education. Medical Teacher, 1999; 21: 7-14.

    6. Sefton AJ. New Approaches to Medical Education: an Interna-tional Perspective. Med Princ Pract. 2004; 13:23948.

    7. Cunha MI, Marsico HL, Borges FA, Tavares P. Inovaes pe-

    daggicas na formao inicial de professores. In: FernandesCMB, Grillo M, organizadores. Educao superior: travessiase atravessamentos. Canoas: Editora da ULBRA; 2001. p. 33-90.

    ABSTRACT

    New challenges are needed in todays educational settings and highly complex university curricula. To

    meet the social demands, changes in health professional education and new ways of working with knowl-

    edge of the educational institutions were required. In this article will be discussed: the advancement in

    different spheres, characteristics and barriers to break with the traditional structure and implementation of

    innovative teaching methodologies and learning. The institutional, the teacher and the student perspec-tives of this process will be discussed.

    Key-words:Teaching-learning methodologies; Innovative strategies; Higher Educational; Health education.

    8. Madruga A. Aprendizagem pela descoberta frente aprendi-zagem pela recepo: a teoria da aprendizagem verbal sig-nificativa. In: Coll C, Palcios J, Marchesi A, organizadores.Desenvolvimento psicolgico e educao. Porto Alegre: Ar-tes Mdicas; 1996. p. 68-78.

    9. Coles C. Developing medical education. Postgrad Med J 1993;

    69: 57- 63.10. Anastasiou LGC, Alves LP. Estratgias de ensinagem. In: Pro-

    cessos de ensinagem na universidade: pressupostos paraas estratgias de trabalho em aula La das GraasCagargos Anastasiou Ed. Joinville, SC, 2007.

    11. Figueiredo JFC, Rodrigues MLV, Cianflone ARL, Colares MFA.Contribuio de diferentes atividades para o processo deaprendizagem, na percepo de alunos de medicina. Medi-cina (Ribeiro Preto) 1996; 29: 383-8.

    12. Osrio LC. In: Psicologia Grupal: uma nova disciplina pra oadvento de uma era. Porto Alegre, RS, Artmed, 2003.

    13. Moran JM. Ensino e Aprendizagem inovadores comTecnologias Audiovisuais e Telemticas. In: NovasTecnologias e Mediao Pedaggica. Campinas, SP. Papirus,2000.

    14. Raths LE et al. Ensinar a Pensar. So Paulo, EPU, 1977.