4- saude mental e a atenção básica

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    A Estratgia de Sade da Famlia e as propostas territoriaisde Sade Mental deslocam para o espao da comunidade aatuao profissional.

    Isso faz com que os profissionais se deparem com uma realida-de complexa, estranha a cultura dos profissonais, repleta de di-ficuldades e conflitos. Uma realidade vivencial e social que em-gendra a doena e o sofrimento fsico e mental, os quais pas-

    sam a ser vistos como inseparveis dessa realidade.E a surgem as dificuldades, pois a maleta tcnica tradicional,biomdica, no tem instrumentos para operar nessa realidade.Da impotncia surge a onipotncia. Essa realidade confusa, fo-ra de controle, da qual nascem condutas estranhas e incom-preensveis, sofre uma tentativa medicalizante de controle, co-dificando esse sofrimento, ao mesmo tempo informe e multiforme,como doena mental.Acaba por desembocar na Sade mental toda essa realidade que

    a sade tradicional no consegue lidar

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    ATENDIMENTO HEGEMNICO NA REA DA SADE

    COMUNIDADE

    EMERGE UMA CONDUTA VISTA COMOESTRANHA, CAUSADORA DE

    PROBLEMAS, OU QUESISTEMA DE SADENO CONSEGUE DAR

    CONTA

    Identificada comodoena mental encaminhadapara atendimentopsiquitrico

    O atendimento tradicional funciona no sentido desolucionar de forma corretiva o mau funcionamentoorgnico objetificado enquanto doena mental e nodevolve a situao para a comunidade

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    CARACTERSTICAS DESSE TIPO DE ATENDIMENTO

    1 NO LEVA EM CONTA A COMPLEXIDADE DAS RELAOES MULTIFATORIAIS DO SO-

    FRIMENTO QUE EXISTEM DENTRO DA COMUNIDADE

    2- POSSUI UMA VISO ORGANICISTA E BIOMDICA DA DOENA MENTAL VENDO-A CO-MO UMA ENTIDADE ABSTRATA QUE EXISTE INDEPENDENTE DOS INDIVDUOS

    3- NO PERMITE AO INDIVIDUO COMPREENDER AS CAUSAS DE SEU SOFRIMENTO

    4- TEM IMPLICTA UMA RELAO DE PODER NA QUAL OS PROFISSIONAIS DETM OSABER E OS USURIOS COMO MEROS OBJETOS DESSE SABER

    5- IMPEDE A CONSTRUO DE NOVAS FORMAS SUBJETIVAS DE COMPREENDER A SIMESMO E AO MUNDO

    6- IMPEDE QUE A COMUNIDADE POSSA SE ORGANIZAR DE FORMA MAIS EFETIVA

    7- NO ESTABELECE VINCULOS COM ATENO BSICA OU OUTROS RECURSOS CO-MUNITRIOS

    8- ACABA POR MEDICALIZAR PROBLEMAS SOCIAIS

    9- OS PROFISSIONAIS TEM PAPEL RGIDOS E DISCIPLINARES

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    ALM DISSO....

    COMO OS PROFISSIONAIS DE SADE MENTAL ASSUMEM TODA ADEMANDA, E TENDEM AO ATENDIMENTO INDIVIDUAL, TEM SUAS AGENDASSEMPRE LOTADAS E COM GRANDES FILAS DE ESPERAS.

    EM CONSEQUENCIA, AS SITUAES SE AGRAVAM DENTRO DACOMUNIDADE, CHEGANDO A UM PONTO INSUSTENTVEL ONDE REQUERI-DA INTERNAO PSIQUITRICA

    Em consequncia

    Refora e alimenta um sistema de sade mentalfundamentado na hospitalizao psiquitrica.

    O que refora o rtulo de doente mental, o estigma dentro dacomunidade e uma subjetividade empobrecida, que provavelmentesofrer novas internaes

    oucaso no implique em internao psiquitricaimplica em estigma, rechao e desamparo

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    A PROPOSTAS DE SERVIOS EM REDE E DE REDES DE APOIO SOCIAL

    COMUNIDADE

    conflitossociais

    pobreza

    violncia

    alcoolismo

    faltadevnculossociais

    drogas

    sentimentodeimp

    otncia

    desemprego

    sociedade mais ampla

    concentrao de renda

    desigualdade social

    valor

    esco

    mpetitiv

    os

    exclusosocial

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    ATENDIMENTO EM REDES

    COMUNIDADE

    O emergente visto como um fato psicos-cial complexo e multifatorial

    Identificada comosofrimento psquico encaminhado paraavaliao em sade

    mental

    Visa-se realizar um diagnstico amplo da situao de pes-soa, propor intervenes negociadas, sem cumprir manda-tos sociais e reeencaminhar a situao para a comunida-de

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    ORGANIZANDO RECURSOS COMUNITRIOS(NOO DE TERRITRIO)(REDES DE APOIO SOCIAL)

    UB

    ESF

    CAPS

    ESPECIALI-DADES

    REDE DE SERVIOS

    Ministrio pblico

    poder publico muni-cipal

    CMS

    Recursoscomunitrios

    interse

    toriali

    dade

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    PRINCIPIOS FUINDAMENTAIS DA ARTICULAO ENTRESADE MENTAL E REDE BSICA:

    1- Noo de territrio

    2- Organizao da sade mental em rede

    3- Intersetorialidade

    4- Interdisciplinaridade

    5- Desistitucionalizao

    6- Promoo da cidadania dos usurios

    7- Construo da automia possivel de usurios e familiares9- Propiciao de formao de redes de apoio social

    10- Acolhimento

    12- Participao popular

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    A RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA DOS CASOS EXCLUIA LOGICA DO ENCAMINHAMENTO, POIS VISA AUMENTAR A CA-PACIDADE RESOLUTIVA DE PROBLEMAS PELA EQUIPE LOCAL

    ISTO FACILITADO PELA FORMAO DE REDES DE APOIO SOCIALCOMUNITRIAS

    PARA TANTO NECESSRIO:

    1- Conhecer e respeitar a cultura local2- perceber problemas emergentes e comuns a vrias pessoas3- propiciar formas de reunir as pessoas de formas criativas e no centra-das no problema4- Facilitar clima de acolhimento e interao5- Facilitar a descoberta de tarefa em torno da qual o grupo se organize

    6- Fomentar o sentimento de cidadania e direito a sade7- Discutir as multideterminaes sociais do sofrimento8- Propiciar eclodir o sentimento de solidariedade9- Propiciar o surgimento de novas formas de subjetividade e sociabilidade

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    RESPONSABILADES COMPARTILHADAS ENTRE AS EQUIPES MATRI-CIAIS DE SADE E MENTAL E A REDE BSICA:

    1- Desenvolver aes conjuntas priorizando casos de transtornos mentais

    severos, abuso de alcool e dorgas, egressos de internaes psiquitricas,tentativas de suicdio e vtimas de violencia domstica intrafamiliar

    2- Discutir casos identificados pelas equipes de ateno bsica que necessi-tem de uma ampliao da clnica em relao a questes subjetivas

    3- Criar estratgias comuns para abordagem de problemas vinculados aviolncia, abuso de alcool e drogas, reduo de danos nos grupos de risco ena populao em geral

    4- Evitar prticas que levem a psiquiatrizao e medicalizao de situaes

    individuais e sociais comuns a vida cotidiana5- Fomentar aes que visem a difuso de uma cultura de assistencia nomanicomial, diminuindo o preconceitp e a segregao com a loucura

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    6- Desenvolver aes de mobilizao de recursos comunitrios, buscandoconstruir espas de reabilitao psicossocial na comunidade, como oficinas

    comunitrias7- Priorizar abordagens coletivas e de grupo como estratgias para atenoem sade mental, que podem ser ddesenvolvidas nas unidades de sadebem como na comunidade

    8- Trabalhar o vnculo com as famlias, tornando-as parceiras no tratamentoe buscar constituir redes de apoio e integrao