2º relatório extração Ácido base
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Relatório química organicaTRANSCRIPT
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
CCE – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS
DQI – DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
DISCIPLINA DE QUÍMICA ORGÂNICA EXPERIMENTAL
EXTRAÇÃO ÁCIDO-BASE A PARTIR DE COMPOSTOS ORGÂNICOS
RELATÓRIO
MARINGÁ
11/2015
EXTRAÇÃO ÁCIDO-BASE A PARTIR DE COMPOSTOS ORGÂNICOS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................4
2. MATERIAIS E MÉTODOS...................................................................................5
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO...........................................................................7
4. CONCLUSÃO.......................................................................................................9
5. REFERÊNCIAS..................................................................................................10
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1. INTRODUÇÃO
Inicialmente os químicos chamavam qualquer substância que tinha gosto
azedo de ácido (do latim acidus, azedo). Alguns ácidos eram familiares, como ácido
cítrico (encontrado no limão e em outras frutas cítricas), ácido acético (encontrado
no vinagre) e ácido hidroclórico (presente no estômago).
A definição de “ácido” e “base” que usamos hoje foi estabelecida por
Bronsted e Lowry em 1923. Na definição de Bronsted-Lowry, um ácido é uma
espécie que doa um próton, e base é uma espécie que aceita um próton.
A força de um ácido é determinada pela estabilidade de sua base conjugada,
que é formada quando um ácido libera o seu próton. Quanto mais estável a base,
mais forte é seu ácido conjugado. Uma base estável é a que prontamente suporta os
elétrons anteriormente compartilhados com um próton. Em outras palavras, bases
estáveis são bases fracas elas não compartilham bem seus elétrons. Então
podemos dizer: quanto mais fraca a base, mais forte é seu ácido conjugado, ou
quanto mais estável a base, mais forte é seu ácido conjugado.
O relatório trata-se da Extração Ácido-Base. O procedimento mais comum
que se utiliza para fazer uma extração ácido-base baseia-se em extrações por
solvente sequenciais, buscando purificar ácidos e bases presentes na solução
problema. Outra aplicação da Extração Ácido-Base é a separação de ácidos muito
fracos de ácidos muito fortes, ou de bases muito fracas de bases muito fortes,
sabendo que deve haver uma grande diferença entre suas constantes (pKa e
pKb).Uma solução em determinado solvente orgânico da qual se deseja extrair um
composto ácido dentre uma mistura, essa separação pode ser feita adicionando-se
uma base solubilizada em um solvente imiscível àquele da solução problema. Então,
o novo solvente reagirá com o composto ácido formando um sal solúvel em um dos
solventes. Com uma solução heterogênea em mãos, é fácil separar as fases e
sintetizar o composto ácido extraído novamente.
1.1 Objetivos
O experimento tem como objetivo obter por extração ácido-base os compostos
orgânicos: β-naftol, naftaleno, anilina e ácido benzoico.
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. Materiais utilizados:
Tubos de ensaio;
Estante de madeira;
Pipeta;
Seringa;
Vidro de relógio;
Capela.
2.2. Reagentes utilizados:
Naftaleno;
Anilina;
Ácido benzoico;
β-naftol;
Éter
Bicarbonato de sódio;
Hidróxido de sódio;
Ácido clorídrico.
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2.3. Métodos:
Para esse experimento foi utilizada como solução problema uma mistura de
naftaleno, anilina, ácido benzóico e β-naftol em éter etílico. Com o objetivo de
separar os reagentes dessa solução, foram realizadas reações ácido-base para
obter um a um dos reagentes.
Primeiramente, rotulou-se os tubos de ensaio com números de 1 a 4. Com o
auxílio de uma pipeta, transferiu-se 4mL da solução problema para o Tubo 1 e em
seguida, adicionou-se 2mL de NaHCO3 5% e agitou-se. Houve a formação de duas
fases, sendo que a fase aquosa, mais densa, foi transferida para o Tubo 2 com o
auxílio de uma pipeta. No Tubo 2, foi adicionado 1mL de HCl.
Ao remanescente do Tubo 1, foi adicionado 1mL de NaOH 1N e agitou-se.
Houve também a formação de duas fases e a fase aquosa foi transferida da mesma
forma realizada anteriormente para o Tubo 3. Ao Tubo 3 foi adicionado 1mL de HCl.
De volta ao Tubo 1, adicionou-se 1mL de HCl 1N e agitou-se, sendo que a fase
aquosa e mais densa foi mais uma vez separada, agora no Tubo 4. Ao Tubo 4 foi
adicionado 1mL de NaOH.
Por fim, foi realizado a secagem do conteúdo do Tubo 1, para isso, era
necessário utilizar uma solução de Na2SO4 e CaCl2 anidro, filtrar e evaporar.
Entretanto, optou-se por utilizar um método mais simples que consistiu em pingar
cerca de 10 gotas do Tubo 1 em um vidro de relógio, agitar em ambiente externo até
a secagem do material.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para que houvesse a separação de todos os reagentes (naftaleno, anilina,
ácido benzoico e β-naftol) da solução problema, utilizou-se reações ácido-base. O
Tubo 1 contendo a solução problema integral, recebeu a adição de 2mL de NaHCO3
5%. O NaHCO3 adicionado é uma base fraca e por isso, reage com o composto
orgânico mais ácido, o ácido benzoico e forma benzoato de sódio, dióxido de
carbono e água. A preferência dessa reação pelo ácido benzóico é devido à sua
característica de ácido forte e estabilidade proveniente da ressonância. Os produtos
formados são solúveis em água, por isso ocorre a formação de duas fases. Há
solvatação nessa fase aquosa contendo sal de ácido carboxílico e ela é estabilizada
por hidratação. A fase aquosa, mais densa, foi transferida para o Tubo 2 e foi
adicionado HCl para obter-se o ácido benzóico pela reação do sal de ácido
carboxílico com HCl. Foi observado um precipitado branco que é o ácido benzóico.
Reação 1: 1ª formação da fase aquosa no Tubo 1.
Reação 2: Obtenção do ácido benzóico pela adição de HCl.
O Tubo 1 recebeu a adição de 1mL de NaOH 1N que por se tratar de uma
base forte, reage com o β-naftol formando sal β-naftalato de sódio e água. Os
produtos formados são solúveis em água, por isso ocorre a formação de duas fases.
A fase aquosa, mais densa, foi transferida para o Tubo 3 e foi adicionado 1mL de
HCl para obter-se o β-naftol, que é visto na forma de precipitado branco, e NaCl
solvatado.
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Reação 3: 2ª formação da fase aquosa no Tubo 1.
Reação 4: Obtenção do β-naftol pela adição de HCl.
Ao remanescente do Tubo 1 adicionou-se 1mL de HCl.. O HCl por sua vez,
reage com a base mais forte, a anilina e doa um próton. Obtivemos novamente duas
fases, sendo que a aquosa continha cloreto de anilina e foi transferida para o Tubo
4. A solução do Tubo 4 recebeu 1mL de NaOH para recuperar a anilina formando
também NaCl e água. A reação de recuperação da anilina ocorre entre o íon anilínio
e o NaOH formando a anilina que não se solubiliza na água portanto, observamos
uma fase oleosa.
Reação 5: Formação do íon anílio.
Reação 6: Recuperação da anilina pela adição de NaOH.
Por fim, a solução que restou no Tubo 1 continha apenas naftaleno em éter
etílico. Para separar esses compostos, foi colocada uma pequena quantidade (cerca
de 10 gotas) em um vidro de relógio e agitou-se em ambiente externo para facilitar a
evaporação do éter etílico, uma vez que ele é bem volátil.
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4. CONCLUSÃO
Após o fim do experimento, conclui-se que, para a separação de uma
substância homogênea, um método útil é o de separação ácido-base. Conclui-se
também que a prática segue as regras da teoria, que diz que, em uma reação, o
equilíbro desloca-se para o lado de reagente ou produto que possui o maior pKa
(constante de acidez), e para que ocorra a separação de substâncias, este equilíbrio
deve ser deslocado para o lado dos produtos, ocorrendo a afinidade entre a
substância a ser separada e o seu elemento separador. É concluído também que é
preciso usar um elemento separador ácido, para a retirada de uma base da
substância, e vice-versa.
5. REFERÊNCIAS
SOLOMONS, T. W. G.; FRYHLE, C. B.. Química Orgânica, 8ª Edição, Rio de
Janeiro: LTC, 2005, v.2.
ATKINS, Peter; JONES, Loretta. Princípios de Química: Questionando a vida
moderna e o meio ambiente. 5 ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.
BRUICE, Paula. Química Orgânica.4ª edição. São Paulo: Pearson Prentice Hall,.
2006. Volume 1. Páginas 39-40.