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Município do Seixal Câmara Municipal Ata n.º 22/2012 Reunião Ordinária da Câmara Municipal do Seixal de 18 de outubro de 2012 1/70 ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DO SEIXAL REALIZADA A 18 DE OUTUBRO DE 2012 Aos dezoito dias do mês de outubro de dois mil e doze realizou-se pelas 15:50 horas, no Auditório dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal, uma Reunião Ordinária da Câmara Municipal do Seixal. Presidiu e dirigiu a Reunião o Senhor Vice-Presidente da Câmara Joaquim Cesário Cardador dos Santos e na mesma participaram os Senhores Vereadores Joaquim Carlos Coelho Tavares, Jorge Osvaldo Dias dos Santos Gonçalves, Vanessa Alexandra Vilela da Silva, Samuel Pedro da Silva Cruz, Helena Maria Parreira Domingues, Eduardo Manuel Rodrigues, Paulo Edson Carvalho Borges da Cunha e Luís Manuel Rendeiro Cordeiro. Faltaram à presente reunião, por motivos justificados o Senhor Presidente da Câmara Alfredo José Monteiro da Costa e a Senhora Vereadora Corália Maria Mariano de Almeida Sargaço Loureiro. Secretariou a Reunião, a Técnica Superior, Maria João Paiva dos Santos, no uso das suas competências, designada pelo despacho nº 1587-PCM/2010, de 18 de novembro de 2010, e, nos termos da lei aplicável. O Senhor Vereador Joaquim Santos, cumprimentou os presentes e começou por pedir desculpas pelo seu atraso que se justificava por dois motivos, primeiro uma reunião na Junta Metropolitana em Lisboa, com a presença do Presidente da CCDR que se tinha prolongou e, para além disso, também o trânsito que se verificava na ponte 25 de Abril que, sem explicação, estava congestionado. Aproveitou para informar que o Senhor Presidente da CCDR tinha vindo dar conta, apresentar aos municípios, as linhas mestras do quadro comunitário de apoio para os anos dois mil e catorze a dois mil e vinte. Mais informou que se tratavam, grosso modo, de onze objetivos estratégicos para a área, para a região de Lisboa, mas que só se conheceria melhor e em maior profundidade todo o processo, a partir de fevereiro de dois mil e treze, depois de acertado entre União Europeia e os estados membros e a partir do estabelecimento dos vários programas operacionais para cada região. Referiu que tinha sido dito que existiriam novas configurações, em termos dos apoios comunitários, sendo que a região de Lisboa estava muito avançada em termos da média do país e portanto teria direito a um valor menor de fundos. Por outro lado salientou que se perspetivava, estando neste momento em discussão na União Europeia, o acabar dos fundos perdidos, ou seja que toda a comparticipação financeira da União Europeia fosse encarada como empréstimo. Observou que se tratava de uma nova modalidade que estava também em cima da mesa e que fora transmitida pelo Senhor Presidente da CCDR, confessando entender que não eram notícias nada animadoras, para o próximo quadro comunitário de apoio, dois mil e catorze a dois mil e vinte. De seguida referiu que o Senhor Presidente da Câmara Municipal chegaria no decorrer da reunião, pois tinha uma reunião agendada para esta tarde, para tratar de assuntos relacionados com investimentos para o Município e que a Senhora Vereadora Corália Loureiro também estava numa iniciativa, esperando que ainda conseguisse estar presente na reunião. Relativamente aos senhores vereadores do PS referiu que admitia que estivessem em trânsito e que chegariam entretanto. Deu início à reunião, informando que no período aberto à população não havia nenhuma inscrição pelo que se passaria ao período de antes da ordem do dia, cumprimentando a população que estava presente e também a comunicação social.

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Município do Seixal Câmara Municipal Ata n.º 22/2012 Reunião Ordinária da Câmara Municipal do Seixal de 18 de outubro de 2012

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ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DO SEIXAL

REALIZADA A 18 DE OUTUBRO DE 2012 Aos dezoito dias do mês de outubro de dois mil e doze realizou-se pelas 15:50 horas, no Auditório dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal, uma Reunião Ordinária da Câmara Municipal do Seixal. Presidiu e dirigiu a Reunião o Senhor Vice-Presidente da Câmara Joaquim Cesário Cardador dos Santos e na mesma participaram os Senhores Vereadores Joaquim Carlos Coelho Tavares, Jorge Osvaldo Dias dos Santos Gonçalves, Vanessa Alexandra Vilela da Silva, Samuel Pedro da Silva Cruz, Helena Maria Parreira Domingues, Eduardo Manuel Rodrigues, Paulo Edson Carvalho Borges da Cunha e Luís Manuel Rendeiro Cordeiro. Faltaram à presente reunião, por motivos justificados o Senhor Presidente da Câmara Alfredo José Monteiro da Costa e a Senhora Vereadora Corália Maria Mariano de Almeida Sargaço Loureiro. Secretariou a Reunião, a Técnica Superior, Maria João Paiva dos Santos, no uso das suas competências, designada pelo despacho nº 1587-PCM/2010, de 18 de novembro de 2010, e, nos termos da lei aplicável. O Senhor Vereador Joaquim Santos, cumprimentou os presentes e começou por pedir desculpas pelo seu atraso que se justificava por dois motivos, primeiro uma reunião na Junta Metropolitana em Lisboa, com a presença do Presidente da CCDR que se tinha prolongou e, para além disso, também o trânsito que se verificava na ponte 25 de Abril que, sem explicação, estava congestionado. Aproveitou para informar que o Senhor Presidente da CCDR tinha vindo dar conta, apresentar aos municípios, as linhas mestras do quadro comunitário de apoio para os anos dois mil e catorze a dois mil e vinte. Mais informou que se tratavam, grosso modo, de onze objetivos estratégicos para a área, para a região de Lisboa, mas que só se conheceria melhor e em maior profundidade todo o processo, a partir de fevereiro de dois mil e treze, depois de acertado entre União Europeia e os estados membros e a partir do estabelecimento dos vários programas operacionais para cada região. Referiu que tinha sido dito que existiriam novas configurações, em termos dos apoios comunitários, sendo que a região de Lisboa estava muito avançada em termos da média do país e portanto teria direito a um valor menor de fundos. Por outro lado salientou que se perspetivava, estando neste momento em discussão na União Europeia, o acabar dos fundos perdidos, ou seja que toda a comparticipação financeira da União Europeia fosse encarada como empréstimo. Observou que se tratava de uma nova modalidade que estava também em cima da mesa e que fora transmitida pelo Senhor Presidente da CCDR, confessando entender que não eram notícias nada animadoras, para o próximo quadro comunitário de apoio, dois mil e catorze a dois mil e vinte. De seguida referiu que o Senhor Presidente da Câmara Municipal chegaria no decorrer da reunião, pois tinha uma reunião agendada para esta tarde, para tratar de assuntos relacionados com investimentos para o Município e que a Senhora Vereadora Corália Loureiro também estava numa iniciativa, esperando que ainda conseguisse estar presente na reunião. Relativamente aos senhores vereadores do PS referiu que admitia que estivessem em trânsito e que chegariam entretanto. Deu início à reunião, informando que no período aberto à população não havia nenhuma inscrição pelo que se passaria ao período de antes da ordem do dia, cumprimentando a população que estava presente e também a comunicação social.

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I – PERÍODO ABERTO À POPULAÇÃO *Não houve intervenções neste período. II – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA. O Senhor Vereador Paulo Cunha, deu as boas vindas à população e cumprimentou todos os presentes começando por se referir, neste período, a um programa que havia noutras autarquias sugerindo que a Câmara Municipal estudasse, pelo menos, o seu enquadramento dentro do orçamento. Concretizando referiu que deixava uma proposta, já não era a primeira que aqui apresentava e não seria certamente a última, no sentido de uma possível ajuda do Município do Seixal às pessoas com mais necessidades e com rendimentos baixos, acima dos cinquenta e cinco anos, no sentido de melhorar a mobilidade da população mais idosa, nomeadamente no que dizia respeito ao acesso aos vários centros de saúde. Referiu que a proposta pretendia que fosse assegurado, de forma gratuita, o transporte de pessoas com mais de cinquenta e cinco anos, através de uma carrinha adaptada para esse efeito e que estivesse disponível nos períodos de funcionamento destes centros. Observou que sabia que algumas AURPIS, com apoio da Câmara Municipal, já tinham este tipo de serviço, mas que de qualquer forma não seria despiciendo a Câmara Municipal pensar em algo deste género, até porque a população idosa era felizmente cada vez mais numerosa e poderia vir a carecer cada vez com mais necessidade, deste tipo de ajuda. De seguida deixou uma nota para o ranking das escolas do segundo e terceiro ciclos e do secundário do concelho do Seixal, em concreto relativamente à classificação das escolas, privadas e públicas do concelho do Seixal. Referiu que tirando as privadas como o Colégio Guadalupe e o Colégio Atlântico, que felicitava, que se encontravam com uma classificação de referência, as escolas públicas do concelho não tinha obtido classificação dentro das primeiras trezentas escolas. Referiu ainda que algumas escolas denotavam uma descida acentuada nessa tabela, entendendo que seria relevante para o Município compreender algumas das dificuldades das escolas e possíveis projetos de incentivo às escolas com mais dificuldades e aos alunos, no sentido de se assegurar uma melhor qualidade no ensino do concelho, aquilo que todos certamente queriam. Depois colocou questões sobre o PAEL, tendo em conta que a autarquia não tinha aderido a este programa de financiamento, sendo que já tinha colocado esta questão na última reunião de Câmara e ficado com sérias dúvidas sobre quais eram as alternativas que a Câmara Municipal tinha para fazer frente às crescentes dificuldades. Observou que era fácil desculpar-nos com a conjuntura atual, com a conjuntura internacional, que era fácil pôr as culpas no governo A ou B, mas que as soluções tinham de ser encontradas, sendo que a verdade era que o Senhor Presidente tinha respondido aqui na última reunião de Câmara que não se iria aderir, mas que não tinha conseguido descortinar as soluções. Nesse sentido voltava a colocar a questão, reforçando que não tendo aderido a este programa de apoio, e até compreendendo que era bastante restritivo, era necessário encontrar as soluções, até porque, mais tarde ou mais cedo iriam ser confrontados com problemas que seriam solucionados de outra forma se se tivesse aderido ao programa ou a este tipo de programa. Referiu que os senhores vereadores da oposição tinha o direito de entender porque não se tinha aderido ao PAEL, entendendo que não tinham sido dadas explicações que justificassem essa decisão e sobretudo, não tendo aderido, quais eram as alternativas. Referiu ainda que bastava olhar para os mapas financeiros, sendo que todos sabiam fazer contas, para ficar na dúvida sobre qual seria a solução milagrosa que a Câmara Municipal do Seixal tinha, tendo em conta até que no distrito de Setúbal outras autarquias tinham aderido. Salientou que se tinha também de ter em conta aquilo que se previa que o Orçamento do Estado viesse a contemplar e concretamente o facto de estabelecer que as entidades da administração local, onde a Câmara Municipal estava enquadrada, teriam de reduzir o seu endividamento no mínimo em 10%, até ao final do próximo ano, incluindo os pagamentos em atraso com mais de

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noventa dias situação em que se tinha meio ano para cumprir, para reduzir no mínimo 5% do endividamento a esse nível. Voltou a perguntar quais seriam as alternativas, não se tendo aderido a nenhum programa de financiamento alternativo ou aquele que estava em cima da mesa, não se tendo grande margem em termos de capacidade de endividamento com a banca ou tendo mesmo a capacidade de endividamento praticamente esgotada. Repetiu como se iria cumprir aqueles objetivos audaciosos e muito difíceis de atingir que, aí sim, o Governo colocava, sendo que em caso se incumprimento haveria lugar a uma redução das transferências do Orçamento de Estado de cerca de 20%. Referiu-se ainda à necessidade de redução de 3,5% da despesa com remunerações em dois mil e onze. Depois referiu-se à questão que todos os senhores vereadores da oposição já vinha a colocar há algum tempo e que dizia respeito às dívidas das autarquias ao setor da água, saneamento e resíduos e ao facto de se dispor de sessenta dias para apresentar um plano de pagamentos, perguntando qual era o ponto da situação da Câmara Municipal, até porque em situação de incumprimento os municípios poderiam ficar sujeitos a verem cortadas as transferências do Estado. Por fim referiu que, durante o ano de dois mil e treze, relativamente às dívidas das autarquias locais que se encontrassem vencidas a um de janeiro de dois mil e doze era conferido o privilégio creditório às entidades gestoras dos sistemas municipais de abastecimento de água, saneamentos ou resíduos urbanos, na dedução das transferências, perguntando se tal estava consignado nas contas da autarquia. O Senhor Vereador Luís Cordeiro, cumprimentou os presentes e começou por referir que hoje no período de antes da ordem do dia iria enaltecer efetivamente uma situação com a qual comungava, em concreto a realização, neste espaço, no passado dia dezasseis, terça-feira passada, de um encontro/debate promovido por duas associações de dimensão nacional: a Confederação Portuguesa das Micro Pequenas e Médias Empresas e também a Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura Recreio e Desporto. Mais referiu que para além destas duas confederações estivera também presente o Senhor Presidente da Câmara e fora convidado um economista de renome a nível nacional o Senhor Dr. João Ferreira do Amaral, sendo que o encontro tinha como objetivo promover um espaço de análise da situação do país do qual resultara uma proposta na área da fiscalidade, do crédito e do investimento produtivo do que dizia respeito a esta faixa extremamente importante do país, as micro, pequenas e médias empresas. Sublinhou que o debate fora interessante, bem como a discussão, ainda que se tivesse prolongado e arrastado um pouco e poderia ter tido outros resultados, valorizando no entanto este evento. De qualquer forma referiu que aquilo que o levava a abordar esta questão, para além de realçar a importância deste encontro/debate, era exatamente um dos pontos abordados nesse encontro/debate, ou seja a questão do crédito que era, neste momento, uma das situações que muito afligia as micro, pequenas e médias empresas deste país. Referiu que era importante que no concelho se fizessem estes debates, encontros e análises, mas que infelizmente ainda se estava num primeiro patamar que era de discutir estas necessidades e as enormes premências que estas estruturas tinham, sabendo que as micro, pequenas e médias empresas tinham junto da banca e junto das estruturas financeiras, neste momento, uma maior dificuldade em aceder a créditos para conseguir desenvolver as suas atividades. Salientou que lhe causava alguma angustia que, na mesma altura que aqui no concelho se discutia isto, concelho onde se continuava a aguardar o pôr em funcionamento o Núcleo Empresarial do Seixal que permitiria efetivamente a alocação de um conjunto de micro, pequenas e médias empresas que muitas vezes tinham uma enorme dificuldade para se manter no terreno, enquanto que, num município muito vizinho, se desenvolvia um protocolo, assinado com quatro entidades parceiras de maneira a criar um fundo de quinhentos mil euros de apoio ao tecido empresarial.

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Realçou que era importante discutir, mas que também era importante caminhar-se um pouco mais à frente, era importante que o Município primeiro criasse condições, em termos logísticos, para que essas micro, pequenas e médias empresas conseguissem começar a dar os primeiros passos e que o Núcleo Empresarial era uma estrutura com essas condições. Observou que era pena que ainda se continuasse sem ter em funcionamento pleno esse Núcleo, quando em simultâneo se via que municípios vizinhos já estavam muito mais à frente, que para além de já terem esses núcleos empresariais há anos, já estavam noutro patamar, que era o de conseguir fazer protocolos com um conjunto de entidades de maneira a garantir financiamento de um montante importante, na ordem dos quinhentos mil euros, sendo que o montante máximo de cada proposta, de cada candidatura, era de quarenta e cinco mil euros. Referiu que desta maneira se conseguia efetivamente dinamizar a economia local e dinamizar toda uma situação social que se sabia que passava por situações muito desagradáveis. Perguntou porque não se estava ainda neste patamar, sublinhando que para além de discutir as dificuldades, era importante ser o próprio Município a ter capacidade de apresentar propostas concretas e objetivas para ir ao encontro das enormes carências e necessidades que estas estruturas tinham, ainda mais pelo facto de estar sedeada no concelho a Confederação Nacional das Micro, Pequenas e Médias Empresas. Por outro lado apresentou uma outra situação que ia no sentido de algumas propostas já aqui referidas de permitir a intervenção e divulgação, em espaços próprios da autarquia, desde do Boletim Municipal ao site da autarquia, às forças da oposição, sendo importante a diversidade, outras opiniões e pensamentos. Acrescentou que só assim se podia crescer, com as forças da oposição a conseguirem, nos espaços oficiais do Município, expressar a sua opinião, o seu pensamento, as suas ideias e as suas propostas para o Município. Observou que dizia isto porque tinha conhecimento que também num município próximo fora apresentado, pela força política que dirigia esse município, uma proposta de no site da autarquia concretamente na área da Assembleia Municipal fosse disponibilizado um espaço para que todos os grupos da oposição tivessem possibilidade de expor, num espaço próprio, com uma dimensão adequada à dimensão da representatividade política de cada um dos grupos municipais, as suas ideias e as suas propostas. Referiu que era um exemplo que o Município devia seguir, um exemplo que achava que deveria ser aqui repercutido, sendo muito restritivo continuar-se a ter espaços do município em que só a força politica maioritária tinha todo o poder para o fazer, não permitindo que a oposição conseguisse difundir e divulgar as suas propostas. Voltou a realçar a importância dessa diversidade de opiniões que iria melhorar o trabalho do próprio executivo, porque era na diversidade que se poderia melhorar o desempenho, crescer como Município e dar uma maior resposta a todos os munícipes do concelho. Por último referiu que gostaria de falar num ponto que o Senhor Vereador Paulo Cunha já tinha falado e que tinha a ver com a questão do ranking das escolas, começando por dizer que não era um fundamentalista de repercutir na análise do ensino no concelho, de olhar só para o ranking das escolas. Ainda assim referiu que era importante olhar para esses dados porque ajudavam, muitas vezes, a ter uma compreensão real daquilo que se ia fazendo no concelho e no todo nacional. Referiu que, numa última reunião do Conselho Municipal de Educação, o Senhor Presidente da Assembleia Municipal, Joaquim Judas dissera, em determinada altura na sua intervenção, que se tinha de ter em atenção esta questão porque se precisava de jovens cada vez melhor preparados e qualificados. Mais referiu que tal era verdade, mas que perante esta enorme necessidade, este enorme ensejo se tinha de olhar para aquilo que era a realidade no ensino, no concelho. Sublinhou que estivera a analisar o ranking e que, pela primeira vez, os rankings apresentavam dois parâmetros que achava fundamentais para além de se dizer qual era a melhor e a pior escola. Concretizando referiu-se à média de escolaridade dos progenitores, algo importantíssimo para se perceber porque determinada escola tinha uma avaliação mais positiva ou menos positiva, ou seja ter em linha de conta a estrutura social e a estrutura familiar desses jovens e, por outro lado, a percentagem desses jovens que recebiam apoio social. Referiu que esses indicadores davam para perceber qual era o público, ou seja os alunos que frequentavam as escolas, realçando que, pela primeira vez, os rankings não se limitavam

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simplesmente a apresentar os resultados dos exames, mas tinham a preocupação de perceber qual era o envolvimento de cada uma das escolas, em termos dos progenitores dos alunos que as frequentavam e em termos das situações sociais que essas famílias apresentavam. Concretamente sobre o concelho referiu ter verificado que existiam onze ou doze escolas do ensino básico, sendo que no país eram mil e trezentas e que tirando duas ou três dessas escolas no concelho, todas as outras estavam na última parte da tabela, imaginando que a tabela tinha três partes. Ou seja estavam classificadas para além da posição oitocentos num universo de mil e trezentas e só três escolas estavam posicionadas acima das últimas quatrocentas. Referiu que uma dessas escolas era a EB 2, 3 de Vale de Milhaços que estava na posição quatrocentos e sessenta e três, num universo de mil e trezentas, sendo que analisando os dois parâmetros há pouco referidos, observou que em relação ao nível de habilitação académica dos pais se tratava de um nível médio de 11,16 anos de escolaridade e com um apoio social que abrangia 11,89% dos alunos dessa escola. Mais referiu que em função desses dois parâmetros, essa escola era no concelho aquela que estava melhor posicionada. Ao contrário referiu que se se olhasse para a última escola do concelho ao nível básico, que estava posicionada na posição mil duzentos e vinte e cinco, num universo de mil e trezentas, se constatava e não era por acaso que os pais dos alunos tinham uma média de escolaridade de 8,31 anos de escolaridade e o apoio social nessa escola abrangia 37,95% dos alunos. Sublinhou que existiam assim dados que permitiam refletir um pouco mais sobre a justificação dos valores de posicionamento no ranking, nomeadamente o facto de se ter alunos provenientes de estratos sociais e socioeconómicos com enormes debilidades. Observou que tal os devia levar a debruçarem-se acerca dessa problemática e ainda que tendo em conta que esta era uma matéria da responsabilidade e competência do Governo, referiu que como executivo e como concelho não se podiam demitir de analisar esta situação e de pensar de que maneira se podia contribuir, como executivo, para melhorar esta situação. Referiu que uma das grandes riquezas que o concelho do Seixal tinha, não a única mas uma importantíssima, era sem dúvida nenhuma a dimensão em termos populacionais em termos de jovens, sendo um dos concelhos com maior percentagem de jovens com menos de vinte e cinco anos. Mais referiu que era uma riqueza que se tinha de agarrar, mas agarrar muito fortemente porque cada vez mais os territórios seriam vistos e a sua capacidade de crescimento e desenvolvimento seria vista em termos do nível de qualificação e educação dos seus recursos humanos. Observou que o concelho tinha esses recursos, mas tinha de lhes garantir a possibilidade de alcançarem um nível de conhecimento e educação para que consiguissem, a partir daí, ser elementos atrativos que permitisse o desenvolvimento e o crescimento do concelho. Sublinhou que só dessa maneira, no futuro, o concelho poderia ser um local em que todos os munícipes se sentissem muito satisfeitos de aqui habitar e de aqui viver. Referiu que este era um problema que sentia, para o qual não tinha respostas diretas, mas que deixava o alerta no sentido de se refletir, de pensar em conjunto, sendo que não havia varinhas de condão que resolvessem este problema. Terminou referindo que o ranking das escolas não era uma bíblia para se seguir fidedignamente, mas era um elemento e que, este ano, apresentava dois valores acrescidos, dois fatores muito importantes. O Senhor Vereador Samuel Cruz, cumprimentou os presentes e colocou em primeiro lugar uma questão relacionada com a recolha do lixo no dia cinco de outubro, feriado pela última vez, sendo que lhe parecia que não teria havido recolha de lixo no concelho do Seixal, o que fruto da nova forma de recolha de lixo que implicava que em várias zonas do concelho a recolha fosse só feita duas vezes por semana, tinha criado dificuldades. Observou no entanto que o que lhe tinha causado estranheza fora o facto de, apesar de não ter existido recolha de lixo, ter-se mantido nesse dia a recolha de monos, não lhe parecendo, até fruto deste contexto de crise, que existisse uma necessidade absoluta de se estar a recolher monos num dia em que havia a suspensão da atividade de recolha do lixo, solicitando esclarecimentos.

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Depois referiu-se a uma carta, um ofício, dirigido ao Senhor Vereador Jorge Gonçalves, pelo trabalhador Daniel Macedo Pina, trabalhador que conhecia e acompanhara, quando tivera responsabilidades de gestão. Acrescentou que o tinha acarinhado no sentido de ele estudar e de criar oportunidades para que se pudesse valorizar, correspondendo a uma necessidade do gabinete, do Gabinete do Médico Veterinário. Recordou que o Gabinete Médico Veterinário tinha duas vertentes fundamentais, uma que tinha a ver com o bem-estar animal e com a recolha de canídeos e outros animais na via pública e depois uma outra parte, que era inexistente até à sua entrada nesta Câmara, mas que lhe parecia fundamental que tinha a ver com a fiscalização de todos os locais onde se manipulavam géneros de origem animal. Esclareceu que se estava a falar de talhos, peixarias, restaurantes, etc. Referiu que quando fora vereador com responsabilidades tinha criado essa área de intervenção na Câmara Municipal já que, estranhamente, ao fim de trinta e poucos anos de democracia não existia, acrescentando que alguém andará distraído nesse sentido. Repetiu que tinha procurado valorizar esse trabalhador que era um trabalhador novo de idade, para que pudesse corresponder a uma real necessidade, não havendo dúvida acerca da necessidade deste trabalhador. Referiu que a Câmara lhe tinha dado o estatuto de trabalhador estudante para que ele pudesse terminar a sua formação, mas que na realidade este trabalhador, que desempenhava funções na área da higiene e salubridade não estava classificado de acordo com aquilo que eram as suas funções nesta Câmara. Observou que a Câmara tivera oportunidade de corrigir essa situação, tendo tipo oportunidade de aprovar o mapa de pessoal completamente à sua vontade, oportunidade de criar o seu mapa de pessoal e com uma liberdade tão grande tão grande que se permitiu duplicar o número de chefias, uma coisa em termos de despesa corrente muito violenta. Sobre esta matéria observou que tinha sido uma opção de gestão, que respeitavam mas que, do ponto de vista de onerar os recursos públicos, era muito exigente, sendo que esta Câmara teria bem mais de uma centena de funcionários a ganhar muito acima dos dois mil e quinhentos euros mensais mas muito para cima, porque eram os funcionários enfim que, com as relações partidárias, tinham sido nomeados agora. Voltando ao caso concreto deste funcionário repetiu que o mesmo já desempenhava as suas funções pelo que deveria ter sido resolvida a situação e não fora, sendo um erro de gestão da Câmara para o qual queria alertar. Observou que não era ignorando os problemas que eles se resolviam e que existia na exposição do funcionário Daniel uma coisa que ele achava que era de realçar, o facto de se tratar de uma informação que fora transferida para o gabinete do Senhor Presidente no dia seis de outubro de dois mil e dez e aí se tinha mantido até dia seis de julho de dois mil e onze, ou seja durante nove meses, tempo suficiente para nascer uma criança. Sublinhou que não havia, de facto, explicação para que os documentos ficassem nove meses parados em cima de uma secretária, isto não podia acontecer, sendo que bastava consultar os registos de correspondência que eram públicos para verificar que o mesmo tipo de informação de um funcionário diferente, entrara dia nove de outubro e três dias depois, a doze, era despachada. Realçou esta disparidade no tratamento dos trabalhadores, algo que não devia acontecer, porque uma pessoa não podia estar à espera de uma resposta nove meses quando outra, ao seu lado e na mesma situação, obtinha a mesma resposta em três dias, sendo que isto para além de ilegal, era imoral. De seguida abordou a questão do PAEL, o Plano de Apoio às Autarquias Locais que era uma espécie da Troika do Governo às Autarquias Locais, referindo que a Câmara Municipal do Seixal, estranhamente, não quisera aderir, pensando que essa opção se justificava porque a Câmara Municipal do Seixal sabia que aderindo seria como no caso das famílias, ou seja quem dava o dinheiro exige em troca. Referiu que neste caso concreto era exigido rigor. Sobre esta matéria apresento alguns dados que o preocupavam, até porque este assunto não fora discutido entre a vereação, mas os dados de que disponham sobre a situação financeira da Câmara Municipal do Seixal não podiam ser mais preocupantes. Referiu que a dívida contabilizada neste momento e só deste ano, ou seja de um de janeiro de dois mil e doze a dezoito de outubro de dois mil e doze, ascendia a vinte e três milhões de euros.

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Reforçou que até hoje a Câmara Municipal do Seixal tinha gasto vinte e três milhões, setecentos e trinta e um mil euros e não tinha pago. Referiu igualmente que sem falar nos empréstimos bancários a dívida total era muito mais, sublinhando que a dívida neste momento da Câmara Municipal do Seixal ascendia a oitenta milhões de euros, de curto prazo, sendo que as dívidas a fornecedores tinham um prazo de pagamento médio, ainda que falseado, de trezentos e cinquenta e quatro dias. Salientou que esta Câmara demorava a pagar aos seus fornecedores, pelo menos, um ano e que tal situação era muito grave porque muitos dos fornecedores desta Câmara eram pequenas e médias empresas do concelho que não tinham capacidade para fornecer e esperar um ano que lhes pagassem e como não tinham essa capacidade eram forçadas a despedir e, em última análise, a falir. Voltando ao prazo médio de trezentos e cinquenta e quatro dias, ou seja aquilo que era publicado na página da Direção Geral das Autarquias Locais, referiu que era um prazo falseado porque a Câmara na sequência de uma injunção, que era um pedido de pagamento de um fornecedor, fazia um acordo, pagavam a primeira prestação e não pagavam mais. Mas que assim se conseguia uma habilidade, ou seja retirar estas pessoas da dívida que estava em incumprimento. Sublinhou que a dívida era, assim, superior e o prazo de pagamento era superior àquele que aqui estava vertido. De seguida deu alguns exemplos concretos sobre a situação financeira, dizendo que gostaria que lhe explicassem porque aconteciam, como era possível uma coisa destas. Começou pelo facto dos serviços operacionais da Câmara, vulgo a Cucena, estarem sem ar condicionado há meses, o ar condicionado não funcionava e não havia dinheiro para reparar os ares condicionados, três aparelhos muito caros, estando em causa as condições de trabalho dos funcionários. De seguida referiu-se ao facto da Câmara ter, neste momento, os carros a andar sem inspeção, serem inclusivamente multados porque não tinham a inspeção em dia, andavam a circular sem inspeção. Referiu que até tinha havido uma altura em que esta coisa andava porque não se multava, só que agora havia um problema, era que a Câmara também não pagava aos gratificados, à polícia e a polícia também estava chateada porque também não recebia o trabalho que fazia, e agora multava. Finalmente a cereja em cima do bolo, o facto dos senhores não terem pago a renda das instalações da Cucena e terem uma ação em tribunal que vos tinha penhorado todas as transferências do Orçamento de Estado, perguntando como era possível. Repetiu que esta Câmara não podia receber o dinheiro das transferências do Orçamento do Estado porque não tinha pago a renda das suas instalações e o seu senhorio tinha penhorado tudo aquilo que a Câmara devia receber do Estado. Perguntou se uma família não tinha dinheiro para pagar a renda da casa, tinha então dinheiro para quê. Referiu que era uma família que não tinha dinheiro para nada e que precisava de ajuda. Salientou que esta Câmara precisava de ajuda, até porque os senhores neste caso faziam como a avestruz, enterravam a cabeça na areia e fingiam que não acontecia, perguntando até quando iam continuar a empurrar com a barriga. Terminou dizendo que os senhores estavam a afundar esta Câmara e isto não tinha saída assim. A Senhora Vereadora Vanessa Silva, cumprimentou os presentes e referiu que a Câmara Municipal do Seixal analisava todos os dados que podia recolher em matéria de educação no sentido de identificar elementos, como já dissera o Senhor Vereador Luís Cordeiro, que pudessem ser úteis à análise e depois às propostas que se elaboravam e ao trabalho desenvolvido junto das escolas. Acrescentou que faziam isso independentemente de, por vezes, a análise dos dados concretos que obtinham suscitar dúvidas, até ao nível de estudos elaborados por vezes não da melhor forma como era o caso do ranking das escolas. Mais referiu que neste momento se estava a fazer uma análise conjunta de documentos, de estudos concretos, como era o caso do Estado da Educação de 2011, preparado pelo Conselho

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Nacional de Educação e o relatório estudo da OCDE que tinha como título Regard l’éducation, bem como o ranking das escolas portuguesas. Depois referiu uma primeira questão sobre o ranking das escolas, em concreto o facto de se tratar logo de um título que era um desastre porque qualquer processo de avaliação devia ter em conta que era um processo para detetar as dificuldades e procurar superá-las e o ranking parecia que se estava num pódio de valorização dos melhores em que não interessava porque motivo os últimos tinham chegado em último. Ainda que lhe parecendo o nome de ranking desajustado referiu que estava absolutamente de acordo com o que já fora dito que este ano havia uma melhoria nesta análise, sendo que o contexto sócio económico das escolas passava a ter algo a ver com o ranking. Recordou que a classificação tinha a ver com as provas pelo que apenas um elemento era chamado à colação, sendo que os dois indicadores de contexto sócio económico já referidos não eram tidos em conta depois na classificação final das escolas. A este respeito lembrou ainda um outro dado, em concreto o facto da Península de Setúbal e o Distrito de Setúbal terem uma média de desemprego superior à média nacional que era algo que também importava ter em conta, e por outro lado que as escolas avaliadas pelo ranking eram dos segundo e terceiro ciclos e do ensino secundário onde os municípios não tinham competência. Referiu que ainda que não tendo competência tinham muitas preocupações sobre a educação, sobre a cultura integral do individuo, com a situação que também estes ciclos de ensino atravessavam, até porque essa era uma preocupação com a própria sociedade. Mais referiu que embora o Município não tivesse competências diretas nestes ciclos de ensino, a verdade era que, desde a década de setenta, que desenvolvia projetos dirigidos a estes ciclos de ensino. Acrescentou por outro lado que desde mil novecentos e oitenta e nove que existia o Plano de Ação Cultural da Câmara e seguidamente o Plano Educativo Municipal que consubstanciava, por um lado programas que tinham a ver com as competências legais dos municípios em matéria da educação e por outro projetos e ações que tinham a ver com aspetos da educação, áreas onde a Câmara considerava que podia ajudar as escolas a desenvolver, que também se aplicava ao segundo e terceiro ciclos e ao ensino secundário. Referiu que, para além disso, este Plano Educativo Municipal tinha ainda uma outra realidade que era o apoio financeiro a projetos próprios das escolas. Lembrou algumas questões que vinham a ser tratadas quer no Conselho Municipal de Educação quer aqui em reunião de Câmara, em concreto que o sucesso educativo dos alunos e o sucesso do processo de aprendizagem dependia também de questões objetivas materiais que hoje não estavam a ser consideradas pelo Governo português e pelo Ministério da Educação, bastando olhar-se para o ranking, mesmo com todas estas dificuldades de análise e lacunas, para se ver que escolas estavam nos primeiros lugares. Perguntou se os alunos que estavam nos colégios privados tinham mais capacidade que os alunos da escola pública, mais capacidade intelectual e de aprendizagem. Observou que se calhar intelectual não, mas de aprendizagem sim, porque as suas famílias tinham condições de apoio ao processo de aprendizagem que as famílias mais carenciadas não tinham. Por outro lado perguntou se sabiam quantos alunos tinham as turmas dos colégios, do ensino privado, que não seriam os trinta e tal alunos que as escolas públicas do concelho tinham ou os vinte e muito, quase trinta. Recordou que esta média este ano fora agravada fruto das orientações do Governo e do Ministério da Educação, numa perspetiva absolutamente economicista que colocara na rua dezenas, centenas e milhares de professores em todo o país, pessoas qualificadas e qualificadas nas mesmas instituições de ensino superior que os professores do ensino particular e cooperativo. Ainda sobre dados importantes perguntou se os colégios privados tinham trabalhadores não docentes, claro que tinham mas as escolas públicas não porque há anos que o Ministério da Educação não contratava funcionários públicos para suprir o próprio rácio local que se tinha instituído e que já era um número muito abaixo das necessidades reais das escolas. Referiu que estes era exemplos de carater material, existindo muito outros e que a Câmara continuava a analisar esta matéria na procura de projetos que pudessem, de alguma forma,

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auxiliar as escolas e que de alguma forma consubstanciassem até melhorias do Plano Educativo Municipal, de ano para ano, de forma a ajudar a colmatar algumas dificuldades. Sublinhou o ajudar a colmatar porque não tinha a veleidade de pensar que era possível uma câmara municipal colmatar questões que eram tão estruturais. Deu dois exemplos disso mesmo primeiro o facto de terem detetado que ao nível do português havia resultados que não se podiam considerar bons, tendo por isso um conjunto de projetos muito alargados no âmbito do português e da leitura pública a partir da Biblioteca Municipal. Em segundo o facto de se ter detetado que muitas questões de educação se colocavam ao nível da escolaridade básica, pelo que a Câmara tinha por exemplo um programa de apoio à expressão física motora, nomeadamente um programa de apoio à educação física nas escolas do primeiro ciclo que procurava colmatar uma falha, que não era uma falha dos currículos, mas uma falha porque o Ministério da Educação não colocava os técnicos desta área que pudessem coadjuvar o professor titular. Referiu que havia muitos mais projetos e a propósito da questão do contexto socio económico ser importante e que agora, felizmente, parecia que outros se preocupam com esta situação, salientou que a Câmara Municipal do Seixal, há muitos anos que tinha lançado um projeto que era o Dar de Volta, baseado no fundo nas famílias entregarem os livros escolares e outras famílias usarem esses livros escolares, até porque os livros escolares eram muito caros e havia por exemplo crianças que não eram apoiadas ao nível da ação social escolar, mas começavam a escola sem terem livros. Informou que este ano tinham sido recebidos cinquenta e três mil, quatrocentos e cinquenta e nove livros, isto até trinta de setembro de dois mil e doze, dos quais trinta mil, setecentos e vinte e dois eram válidos para entrega. Acrescentou que a diferença resultava do facto de alguns dos livros entregues não serem válidos ou porque estavam rasurados ou não podiam ser reutilizados por estar em más condições ou porque já não eram usados pelas escolas. Esclareceu ainda que tinham sido entregues até esta data vinte e um mil, quatrocentos e dez manuais, sendo que a ideia que tinham era que cerca de dez mil, oitocentas e vinte e quatro famílias tinham sido apoiadas por este projeto. Referiu que eram tudo apoios singelos, mas que extravasavam o âmbito de competências da Câmara Municipal e que consideravam apoios importantíssimos para que as escolas do concelho não viessem ainda mais abaixo no ranking. Finalmente referiu que era importante ver-se as médias e os resultados e perceber-se que o problema não podia ser o problema da escola pública, mas sim o problema do superficialmente da escola pública e das políticas educativas muitíssimo más que nos últimos anos vinham a ser seguidas. Terminou dizendo que defendiam a valorização da escola pública e que do ponto de vista estrutural se considerassem medidas que qualificassem os processos de aprendizagem, objetivo que pensava que também estava inerente às palavras que tinham antecedido as suas sobre esta matéria e que se garantisse o sucesso educativo dos alunos, não só enquanto trabalhadores, mas também enquanto cidadãos. O Senhor Vereador Joaquim Tavares, cumprimentou os presentes e em relação a uma primeira questão relativamente ao documento que fora distribuído e que tinha a ver com a participação no Movimento a Água é de Todos, recordou que a Câmara era subscritora na elaboração de um documento dirigido à Comissão Europeia e que tinha a ver com a privatização da água. Esclareceu que existia um pressing muito grande, através da Troika, para privatizar a água. De seguida deixou um conjunto de esclarecimentos, realçando o facto da Troika estar a impor particularmente a Portugal esta situação que era contrária ao que acontecia nos estados membros. Referiu que Paris e outras cidades voltarem a ter os serviços de água na sua dependência, se assistia a uma remunicipalização dos serviços de água, movimentos contrários à privatização e que o próprio governo holandês tinha aprovado uma lei a proibir a entrega, ao setor privado, do abastecimento de água e o tribunal constitucional italiano a decretar que qualquer tentativa de

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legislação, mesmo futura, relativamente à privatização dos serviços públicos da água seria inconstitucional. Sublinhou que era neste contexto que a Comissão Europeia continuava a insistir na privatização da água em toda a Europa, mas em particularmente nos países que estavam com mais dificuldades e neste caso em Portugal e na Grécia e com muita insistência, sendo que o próprio Governo português, do PSD e do PP, vinha a criar restrições às iniciativas dos municípios e das associações de municípios nesta matéria. Observou que se chantageava os municípios dizendo-se que ou estavam de acordo com esta linha privatizadora ou então não tinham a possibilidade de ter acesso aos fundos comunitários que estavam disponíveis para a resolução do setor. Voltando ao documento agora dado a conhecer à Câmara, referiu que era bem elucidativo de como hoje o país estava a ser governado, com diretivas externas através da Troika, mas com orientações muito claras da Comissão Europeia e com os países que tinham mais poder na Comissão Europeia a determinar o que se fazia no nosso país. Referiu que eram todas estas situações que levavam ao descontentamento de milhares de pessoas que se vinha a manifestar e que se iriam continuar a manifestar, sendo que a vida política era muito intensa e nos últimos meses se vinha a viver com a conversa da crise, da falta de dinheiro, mas que hoje o que marcava a vida política era precisamente a revolta e a necessidade de demissão do Governo, um imperativo nacional. Realçou que esse imperativo nacional era a mudança de política para se conseguir resolver tantos problemas, até alguns daqueles que os senhores vereadores aqui colocavam como sendo responsabilidade da Câmara bem sabendo que não estavam só na responsabilidade do Município mas também das políticas do Governo que vinham a condicionar a vida do próprio município. De seguida respondeu a algumas das questões colocadas, começando por dizer que o Senhor Vereador Samuel tinha referido uma situação relativamente a carros multados sem inspeção, esclarecendo que tinha conhecimento de uma ocorrência dessa natureza, registada. Recordou que os carros da Câmara eram viaturas que estavam sujeitas à lei como qualquer outra, sendo que não conhecia essa relação de amizade estreita e de convivência menos correta entre as forças da ordem e a Câmara. Acrescentou que conhecia várias multas por diferentes situações que decorriam da lei e também conhecia uma ocorrência de um carro sem inspeção, mas não conhecia mais nenhuma. Referiu que naturalmente iria estar atento a isso, mas que achava estranho que o Senhor Vereador conhecesse e ele não que tinha de tratar destes assuntos, assuntos que passavam por si obrigatoriamente. Quanto ao carro sem inspeção esclareceu que tal não resultava de nenhuma destas situações descritas, mas sim de um problema de procedimento que tinha a ver com a documentação que fora fornecida pelo stand de venda do carro, que classificava o carro de uma forma e que essa classificação levaria a que o carro só fosse à inspeção ao fim de dois anos. A verdade era que estava mal classificado e portanto o carro tinha inspeção ao fim de um ano. Por fim deu uma nota sobre a questão da recolha no dia cinco de outubro, esclarecendo que tinha de facto existido um reforço da recolha de monos no sentido de se desenvolver esforços para recuperar atrasos significativos que havia nessa matéria e estavam a causar alguns problemas e algum descontentamento da população. Por outro lado esclareceu que se tinha verificado igualmente recolha de RSU de uma forma geral, existindo algum atraso na recolha de porta-a-porta, mas que o grosso da recolha fora realizada. O Senhor Vereador Joaquim Santos, deixou também algumas notas sobre as questões colocadas começando exatamente pela sugestão do Senhor Vereador Paulo Cunha, da proposta de transporte gratuito para as pessoas com mais de cinquenta e cinco anos até aos centros de saúde. Sobre esta matéria referiu que se tinha à disposição, como instrumento, a rede de transportes públicos do concelho e da Área Metropolitana de Lisboa devendo ser assim, na rede de transportes públicos, que se deveria exatamente fazer essa discriminação positiva que o Senhor Vereador defendia ao permitir que pessoas com mais de cinquenta e cinco anos utilizassem esses

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transportes para acederem não só à saúde, como também a muitos outros direitos constitucionais que as populações tinham, neste caso os idosos. Referiu que esta seria uma boa proposta e que acompanhavam, mas que, infelizmente e apesar da boa vontade do Senhor Vereador a verdade era que o Governo apoiado pelo Senhor Vereador, pelo PSD e CDS, estava a fazer o contrário. Deu como exemplo o facto de ter recentemente terminado com os descontos de 50% nos passes 4,18 e sub23, ou seja o facto de a partir do dia um de setembro os estudantes e as famílias pagarem o dobro do que pagavam em janeiro deste ano para utilização do sistema de transportes. Recordou que a Junta Metropolitana de Lisboa tinha aprovado uma proposta neste sentido, por maioria, com uma abstenção curiosamente de um presidente de câmara do PSD, mas que tivera o cuidado de se abster e não votar contra. Acrescentou que todos os outros vereadores da mobilidade tinham aprovado a proposta. Referiu que quando não se estava no Governo havia boas intenções, mas depois quando se estava no Governo as ações eram exatamente contrárias. Ainda sobre esta matéria pegou num exemplo que tinha lido na comunicação social, onde vinha uma foto onde estava o Senhor Vereador Paulo Cunha e onde um seu companheiro vinha dizer que se deveriam acelerar as privatizações e concessões no domínio dos transportes. Perguntou se todos pensavam que estas concessões e privatizações, no domínio dos transportes, iriam também assegurar esse direito à mobilidade que o Senhor Vereador aqui manifestara como um desígnio que, de facto, partilhavam. Referiu que se se olhasse para o espetro do que fora privatizado ou do que fora concessionado, pegando em exemplos próximos como o da Fertagus ou do MST, se percebia claramente que uma medida que seria de todo adequada era a integração destes operadores no passe social, medida que era aquela que servia a maior parte das pessoas na Área Metropolitana de Lisboa. Sublinhou que a verdade era que não estava integrado, sendo que na Fertagus nem sequer se podia utilizar o passe e no MST se tinha de pagar um complemento de cerca de nove euros se não estava em erro. Observou que se estava ainda muito longe da gratuitidade para os mais de cinquenta e cinco anos como defendia o Senhor Vereador Paulo Cunha, sendo que se calhar era bom que as suas opiniões, aquelas que trazia e emitira na Câmara fossem apresentadas também nestes fóruns que o Senhor promovia ao lado de figuras. De seguida referiu-se a uma segunda questão relacionada com o Núcleo Empresarial do Seixal e dos bons exemplos que existiam à volta, observando que não tinham exatamente as mesmas opiniões que o Senhor Vereador Luís Cordeiro aqui transmitira. Referiu que era preciso de facto conhecer os bons exemplos e que, felizmente, no espetro da CDU existiam muitos bons exemplos, em muitas áreas, sendo que ninguém conseguia, nenhuma força autárquica conseguia estar à frente em todas as áreas. Por outro lado referiu que este Núcleo não iria resolver a questão e que a questão de fundo tinha a ver com o problema do emprego em Portugal, problema crescente e que estava muito relacionado com o facto de haver, neste momento, uma forte pressão sobre as próprias empresas. Referiu que era preciso não esquecer que mais de 90% do tecido empresarial era de pequena dimensão, pelo que quando se cortava o crédito, quando se aumenta as taxas de IVA se percebia claramente que este Núcleo Empresarial iria significar muito pouco, num problema que era global. Ainda assim referiu que este era um desígnio do Município, apoiando jovens, apoiando pequenas empresas que de facto pudessem trazer mais-valias. Observou esperar que brevemente este Núcleo Empresarial entrasse em funcionamento, sendo que estava concluído do ponto de vista físico, faltando a parte da instalação e depois a sua operacionalização. Depois e sobre a sugestão apresentada pelo Senhor Vereador Luís Cordeiro no sentido da abertura de espaços de comunicação às forças da oposição, recordou a posição que tinham, ou seja de que os recursos públicos e o Estado deviam estar separados da componente política, dos partidos, tendo sido esta a conduta adotada. Referiu que entendiam que não se deviam utilizar meios que eram de todos, que eram públicos, quer da Câmara ou da Assembleia Municipal para aí se expressar determinada política ou determinada posição.

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Mais referiu que a CDU também não o fazia, sendo que os partidos tinham a sua forma própria de informação e não se devia confundir as duas situações, as funções executivas que desenvolviam e as estratégicas de comunicação dos eleitos para os munícipes. Ainda assim referiu que era uma questão que se tinha de continuar a debater, sendo que não existiam posições fechadas, mas que se estava um pouco longe do consenso que seria necessário para se avançar para uma determinada solução. Acrescentou que pensava que se tratava de uma ótima questão para se debater nas reuniões não deliberativas. Por último referiu-se às questões relacionadas como PAEL e à não adesão da Câmara Municipal do Seixal não ao Programa de Apoio às Autarquias Locais, mas sim ao Programa de Apoio à Economia Local, acrescentando que não era um programa de apoio às autarquias locais apesar do Senhor Vereador Samuel Cruz ter avançado com essa designação. Referiu que fora exatamente por não responder às autarquias locais que se tinha decidido não avançar, ou seja entre a avaliação realizada àquilo que era imposto e à mais-valia obtida com a adesão a este programa tinham entendido que, para já, não era interessante, não tinham considerado que fosse útil aderir a este programa de apoio. Referiu que existiam questões que eram fundamentais, aliás debatidas e fundamentadas pelo Senhor Presidente da Câmara, Alfredo Monteiro, no XX Congresso extraordinário da Associação Nacional de Municípios, sendo que entre as muitas propostas que tinham apresentado e que tinham sido aprovadas uma era exatamente relacionada com a revogação das normas atentatórias da autonomia do poder local, para apoio à economia local. Referiu que enquanto essas normas não fossem revogadas, enquanto quisessem obrigar o Município a aumentar as taxas 223%, a acabar com o apoio ao movimento associativo, a acabar com o apoio às instituições sociais, a não ceder qualquer terreno ou qualquer equipamento de forma gratuita, enquanto quisessem obrigar a avançar por um caminho que não defendiam e que fosse limitador da opção política, não iriam aderir. Mais referiu que entendiam que se tratava de uma violência, em primeiro lugar para a gestão política fosse qual fosse e em segundo lugar também para as populações que representavam, repetindo que enquanto não fosse dada satisfação desta situação de revogação destas normas atentatórias da autonomia ao poder local, entendiam não aderir ao PAEL. Observou que tal não queria dizer que não pudessem ou necessitassem de aderir numa próxima oportunidade, mas que não podiam entrar num programa a todo o custo sem olhar às várias dimensões dessa adesão, sendo essa situação que tinha motivado a não adesão. Reforçou que era necessário continuar a encontrar uma forma de consolidação das contas das autarquias locais, sendo que este mesmo PAEL não dava satisfação a todas as necessidades de consolidação orçamental dos municípios portugueses. Acrescentou que esta era uma constatação não só dos municípios, não só da Associação Nacional de Municípios, mas também do próprio Secretário de Estado da Administração Local que já viera referir que este PAEL não iria resolver o problema de fundo, seria apenas um mero paliativo com consequências gravíssimas. Referiu que se estava assim a lançar austeridade sobre as autarquias através deste PAEL e das autarquias sobre as pessoas, mais austeridade sobre as pessoas, sendo que não entravam nesta situação e defendiam que o Governo, por si, deveria promover uma saída de apoio às autarquias locais no sentido de se continuar com as políticas sociais que defendiam, tendo sido eleitos com um projeto e um programa e que não queriam desvirtuar. Referiu que não iam dar o “dito por não dito”, que se manteriam fiéis ao projeto e ao programa apresentado apesar das alterações com que vinham a ser confrontados desde dois mil e nove, aquando das eleições autárquicas. Recordou que as contas de dois mil e onze, apesar dos números que vinham para cima da mesa, aprovadas pela Câmara Municipal e pela Assembleia Municipal e certificadas pelo revisor oficial de contas, diziam que a Câmara Municipal tivera um resultado líquido positivo de cerca de dez milhões de euros e que a dívida da Câmara Municipal do Seixal era de apenas 5% da sua receita corrente. Referiu que se se fizessem as contas e se se transformasse esta questão numa questão familiar como muito bem o Senhor Vereador Samuel Cruz aqui quiser colocar, a verdade era que se todos os portugueses tivessem dívidas de médio e longo prazo, eventualmente com a habitação que

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seria aquela que era normal para a maioria, de 5%, então os portugueses estariam de facto numa situação ótima. Mais referiu que o Município do Seixal tinha perfeitas condições para poder transformar dívida de curto prazo, em dívida de longo prazo, sendo que o que se esperava era que houvesse disponibilidade e abertura do Governo para, de uma forma séria e não de forma chantagista como estava a fazer com o PAEL, disponibilizar uma linha de crédito com taxas de juros aceitáveis e não especulativas e assim que a Câmara Municipal do Seixal pudesse contrair um empréstimo para resolver a situação, duplicando o seu rácio da divida para 10% das receitas correntes que era perfeitamente possível, até em qualquer empresa. Para concluir esta questão reforçou que pretendiam continuar na via do desenvolvimento e não entrar na via da austeridade que era isso que o PAEL transmitia e era isso que rejeitavam. Observou que a Câmara tinha condições de pagar o dobro dos empréstimos que tinha hoje de médio e longo prazo, pelo que se deveriam abrir linhas de financiamento, questão fundamental para a consolidação orçamental. Terminou dizendo que em relação a uma questão que o Senhor Vereador Samuel aqui tinha colocado de um trabalhador que tinha dirigido uma informação, se estava a analisar a matéria, sendo uma situação recente e que se iria tomar medidas no sentido de proceder a uma averiguação das várias situações que eram relatadas e que depois a Câmara Municipal seria informada do desenvolvimento desse processo. O Senhor Vereador Paulo Cunha, sobre o apontamento aqui trazido pelo Senhor Vice- Presidente acerca da reportagem, da cronicazinha esclareceu que se tratava de uma pessoa de grande estatura, mas que não representava o Governo ao contrário do que se tinha tentado fazer crer. Reforçou que o Dr.º Marques Mendes não era do Governo sendo até público que critica algumas medidas do Governo, não compreendendo por isso este tipo de alusão. De seguida referiu que era necessário refletir sobre um conjunto de coisas que o Senhor Vice-Presidente aqui dissera sendo que a primeira era de que, se calhar, nem estava no órgão certo. Observou que não sabia quais eram as suas pretensões para o futuro relativamente à Câmara Municipal, mas que tendo em conta as suas preocupações exclusivamente viradas para o Governo da nação se calhar era melhor ser deputado da Assembleia da República do que estar a ser candidato neste caso a vice-presidente. Acrescentou que se esquecia aquilo que era a função de eleitos na Câmara Municipal e a realidade autárquica, sendo que se devia falar do país, mas de um ponto de vista enquadrador. Referiu que em rigor se falava do país esquecendo-se completamente a realidade autárquica, quase parecendo analistas políticos do trabalho do Governo, esquecendo que se estava aqui para avaliar o trabalho da Câmara Municipal e não para avaliar o trabalho do Governo já que para isso havia a Assembleia da República. Referiu ainda que o Senhor Vice-Presidente a propósito da sua proposta tinha falado no subsídio que era dado aos passes sociais dos estudantes, recordando que quanto tal fora discutido em pelo menos duas ou três reuniões de Câmara se tinha colocado ao lado da Câmara Municipal e ao lado dos munícipes do Seixal contra a medida do Governo. Ainda assim referiu que quando falava de uma outra medida que poderia ser implementada pela Câmara Municipal do Seixal a verdade era que há falta de melhor argumento, o argumento que o Senhor Vice-Presidente tinha era ir buscar novamente uma passe social, uma situação que já fora discutida três ou quatro vezes. Referiu que esta era uma excelente oportunidade para a Câmara não fazer aquilo que o Senhor Vice-Presidente dizia que o Governo fazia, uma excelente oportunidade da Câmara Municipal com o executivo maioritariamente de esquerda, mostrar o seu lado social. Observou que em vez de responder sempre da mesma forma, mais valia responder que não tinha condições, que não tinha capacidade. Quanto à questão do PAEL referiu que se passava a mesma coisa e que relativamente a toda a discussão que se vinha a ter parecia que a Câmara Municipal fazia aquilo que o Senhor Vereador Samuel tinha referido ou seja enfiar a cabeça na areia, uma modalidade a que parecia estar bastante habituada. Acrescentou que não conseguiam ver a realidade da situação económica e

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preferiam arranjar outro tipo de argumentação que não tinha o mínimo enquadramento com aquilo que era a situação real da Câmara Municipal. Referiu que parecia um doente que estava já em estado bastante preocupante para não usar determinadas palavras mais fortes, em estado bastante preocupante mas se recusava a tomar qualquer tipo de medicação, sendo que todos sabiam que a medicação era sempre dolorosa. Observou que era o que se passava relativamente ao PAEL, a medicação era uma medicação extremamente dolorosa e que esta Câmara Municipal rejeitava preliminarmente tomar qualquer tipo de medicação ou qualquer tipo de medidas que pudessem vir a minorar todos os problemas que se conseguiam antever para dois mil e treze. Referiu que em dois mil e treze, claro que iriam ter outro tipo de discurso, iriam preferir responsabilizar o Governo dizer que não tinham dinheiro e que não iriam conseguir realizar um conjunto de obrigações que tinham para realizar. Mais referiu que havia dados muito preocupantes sobretudo relativamente aos pagamentos às pequenas e médias empresas, aos prazos de cumprimento que não jogavam minimamente com aquilo que o Senhor Vice-Presidente dissera. Sublinhou que a realidade da Câmara Municipal do Seixal, a realidade das dívidas que tinha para terceiros, do abastecimento de água não jogavam minimamente com os dados e com a situação que o Senhor Vice-Presidente referira. Referiu que ainda que pudesse estar de acordo com algumas das preocupações apresentadas sobre este apoio financeiro, a verdade era que não se tinha recorrido ao empréstimo e ao programa de apoio e não lhes fora dito, em momento nenhum, qual era o plano B, ou seria o plano B empurrar com a barriga para a frente e depois logo se veria. Referiu que esta era a postura, aliás à semelhança de noutras situações que infelizmente quem tinha a maioria e geria os destinos da Câmara agia desta forma, dando como exemplo a medida que o Senhor Vereador Luís Cordeiro viera aqui apresentar a qual merecera uma resposta do Senhor que era do mais demagógico que era possível. Perguntou o que queria dizer que: “não é consensual nesta Câmara”, mas valia assumir que a CDU não queria, o PS por várias vezes dissera que queria, o Bloco de Esquerda tinha acabado de o dizer, o PSD sempre o dissera, mas a verdade era que a falta de consenso estava na falta de vontade política da CDU. Sublinhou que não havia unanimidade porque, em quatro partidos, havia um que não queria e três que queriam, acrescentando que havia um partido que não queria e depois vinha dizer que não era consensual. Quanto à questão da utilização dos meios públicos referiu que era verdade que não se tratava de uma utilização por parte dos partidos políticos, era uma evidência não serem os partidos políticos que apareciam, mas não deixavam de ser alguns representantes de alguns partidos políticos. Referiu que já se tinha discutido por diversas vezes a questão do Boletim Municipal, a proposta que o Senhor Vereador Luís Cordeiro apresentara já fora colocada de diversas formas, já se tinha solicitado a gravação desta reunião, que estivesse on-line na internet, proposta sem custos financeiros, já se tinha pedido que a Assembleia Municipal tivesse on-line, até já se tinha pedido um horário diferente para esta reunião de Câmara e a sua descentralização. Terminou dizendo que a verdade era que a CDU tinha uma posição absolutamente inflexível, era assim e não se mudava uma vírgula, vindo depois dizer que era falta consenso. Sublinhou que era sim falta de vontade política da CDU, porque consenso na oposição existia. O Senhor Vereador Luís Cordeiro, sobre as questões que tinha apresentado referiu que sobre a matéria da educação queria realçar a intervenção da Senhora Vereadora Vanessa e dizer claramente e era um facto o que acabara de elencar no que respeitava aos projetos da Câmara. E sobre o programa que a Câmara tinha em termos da Biblioteca e da leitura referiu que se se analisasse o resultado das quatro principais disciplinas do ensino secundário era de realçar que, nas cinco escolas públicas do concelho ao nível do secundário, em quatro delas a disciplina de português era aquela que tinha melhor nota. Observou que tal poderia ser interpretado como um fator resultante do trabalho da Câmara nessa área. Nesse sentido apresentou uma proposta para que, à semelhança desse programa na área da língua portuguesa se conceber um programa na área da ciência, até porque nas outras três

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disciplinas que constavam deste pacote de quatro, a matemática, a biologia e físico-química, os valores eram mais baixos. Depois e sobre a intervenção do Senhor Vice-Presidente no que dizia respeito ao enaltecimento das contas, do resultado das contas do exercício de dois mil e onze, realçando que a autarquia tinha tido um resultado positivo de onze milhões, apenas chamou a atenção para o facto de entre o segundo trimestre de dois mil e onze e o segundo trimestre de dois mil e doze, num prazo de um ano, a autarquia ter deixado de ter um prazo médio de pagamento de dívidas de duzentos e seis dias para passar a ter um prazo médio de trezentos e cinquenta e quatro dias. Tendo em conta o tal resultado positivo nas contas de dois mil e onze de onze milhões de euros, perguntou como é que o prazo de pagamento se tinha alargado, quando em regra deveria ter descido, uma inversão que não conseguia perceber, mas que gostaria de perceber. O Senhor Vereador Samuel Cruz, deixou algumas notas acerca das questões que tinham sido abordadas, uma primeira para a educação dizendo que o que o preocupava era aquilo que eram as responsabilidades da Câmara Municipal do Seixal, porque não se estava na Assembleia da República, sendo que no que concerne à educação a Câmara Municipal tinha obrigações explícitas e nomeadamente quanto ao primeiro ciclo e aos jardins-de-infância. Referiu que há quatro anos tinha ficado contentíssimo porque a Câmara Municipal do Seixal se tinha dado ao trabalho de gastar dinheiro e de colocar um outdoor, muito próximo da sua porta, na Quinta S. Nicolau que dizia jardim-de-infância da Quinta de S. Nicolau com a obra a começar em dois mil e dez e a ser inaugurada em dois mil e onze. Confessou que como a sua mulher estava grávida até tinha pensado que era um bom sítio para colocar o seu filho, sendo que o filho já tinha ido este ano para a escola e nem jardim-de-infância havia, estava lá um monte. Observou que deste tipo de cartazes colocados podia dar “n” exemplos, mas “n”, eram dezenas. Referiu que tinham gasto dinheiro a meter outdoors para fazer promessas que sabiam que não iriam cumprir, sendo que na educação então era uma vergonha aquilo que tinham colocado em dois mil e nove em plena campanha eleitoral a dizer que iam fazer em dois mil e nove, dois mil e dez e dois mil e onze e que não fizeram. Era uma perfeita vergonha, sendo que o pouco que tinham feito que era a escola dos Redondos mais valia não terem feito porque aquilo que lá estava agora era uma escola a meio, absolutamente parada. Observou que diziam que a culpa era do empreiteiro que tinha falido, mas que isso era uma história muito mal explicada, porque o administrador da insolvência estava na disposição de acabar a escola desde que a Câmara pagasse aquilo que deviam, o que os senhores não queriam fazer. Repetiu que tinham feito muito pouco ou nada nesta área da educação, jardins-de-infância era bola, zero, não havia no concelho uma rede, aquilo que se podia considerar uma rede que servisse as pessoas, uma oferta para cobrir as necessidades. Existia um ou outro mas que não cobria as necessidades do concelho. Quanto a escolas do primeiro ciclo bastava olhar para a carta escolar para se ver que faltavam trinta escolas, ou mais de trinta, situação que levava ao flagelo que era o turno duplo, coisa que não existia em praticamente nenhum sítio deste país. Referiu que podiam ir para Mogadouro ou para sítios do interior que viviam com grande dificuldade, em aldeias pequeniníssimas que tinham duzentos habitantes onde as crianças tinham jardins-de-infância e ninguém tinha turno duplo. Referiu que o turno duplo no país era uma exceção não era regra e uma exceção que o Ministério da Educação não aconselhava, acrescentando que o Ministério da Educação já dissera que no primeiro ciclo não devia existir turno duplo. Mais referiu que não sabia qual era a piada, até porque os pais que tinha a necessidade de colocar os filhos na escola primária e que depois os tinham de ir buscar ao meio dia e não podiam trabalhar por causa disso não achavam piada nenhuma, mas a Senhora Vereadora pelos vistos achava piada e estava farta de se rir. Salientou que as famílias tinham de ter condições para criar os seus filhos e obrigá-las a ter os filhos na escola só de manhã ou só de tarde era não criar condições às famílias para terem filhos e para criarem os seus filhos e isto não tinha piada Senhora Vereadora, não tinha piada nenhuma. Observou que só havia turno duplo no concelho do Seixal porque a Câmara não tivera a capacidade de fazer as escolas necessárias, nem as necessárias nem sequer aquelas que tinha

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prometido fazer e para as quais tinha gasto dinheiro em outdoors para nada, só tinha gasto dinheiro em propaganda. Referiu que era do PS também não gostava deste Governo, não gostava daquilo que este Governo estava a fazer, só que estava na Câmara Municipal do Seixal e aquilo que o preocupava era aquilo que a Câmara Municipal do Seixal tinha que fazer e não fazia e na área da educação, para finalizar, a Câmara Municipal do Seixal não tinha criado uma rede de jardins-de-infância e tinha menos trinta escolas do que aquelas que devia ter de acordo com a Carta Educativa Municipal. Acrescentou que se tivesse as escolas necessárias não tinha crianças em turno duplo, um verdadeiro flagelo para as famílias deste concelho. Em relação à comunicação social paga com o dinheiro de todos, paga com o dinheiro dos impostos dos munícipes do concelho do Seixal, realçou que não se estava a falar da comunicação social privada porque aí cada um fazia o que entendia. Referiu que existia uma Entidade Reguladora da Comunicação Social a ERC e que esta entidade reguladora já se tinha pronunciado dizendo que se devia abrir espaço para as forças políticas da oposição, sendo que o Senhor Presidente da Câmara tinha um entendimento diferente, era um “reizinho” que dizia “eu não acho e aqui faço aquilo que faço” ou “eu aqui não me interessa o que as instituições do país dizem aqui mando eu e aqui faz-se como eu quero”. Referiu que isto não era democrático e que os senhores enquanto tivessem esse tipo de posturas não eram democratas e já tinham um triste passado. Confessou que não sabia do que tinham medo, qual era o problema e porque razão os senhores vereadores da oposição podiam falar para uma sala, com todo o respeito pelos que estavam presente hoje, praticamente vazia e não podiam expressar as suas opiniões no Boletim Municipal, na internet, etc., sendo algo que nem custava dinheiro, o jornal estava lá era só arranjar um espacinho, em vez das fotografias dos vereadores da maioria e do Senhor Presidente da Câmara era deixarem os senhores vereadores da oposição escrever um bocadinho, dar opinião. Referiu que seria muito mais esclarecedor, muito mais bonito, muito mais democrático, perguntando se tinham medo do debate. Acrescentou que o politicamente correto era dizer que não era unânime ou consensual, sendo que de facto havia uma minoria que achava que devia haver debate e uma maioria que achava que não devia haver debate, sendo esta aliás a única forma de se perpetuar como maioria. Em relação ao PAEL, Plano de Apoio à Economia Local, começou por referir que era de direito e não era um especialista em finanças, mas que estava em crer que o Senhor Vereador sabia o que era a contabilidade e que um resultado líquido positivo de onze milhões de euros não correspondia a que a atividade anual da Câmara, entre aquilo que recebera e aquilo que gastara, tivesse um resultado de onze milhões de euros. Referiu sim que eram muito habilidosos, que diria mesmo que na Câmara Municipal do Seixal não se fazia contabilidade fazia-se uma nova forma de contabilidade que era a contabilidade criativa, uma coisa deliciosa. Deu como exemplo o facto da Câmara Municipal do Seixal dizer que os jardins eram imóveis e até aí tudo bem, mas acrescentar que quando cortava a relva aquilo era beneficiação no imóvel e que portanto era um investimento. Referiu que isto era uma criatividade e assim se chegava aos onze milhões, mas que ainda se podia fazer muita coisa, por exemplo reavaliar imóveis ou condutas que estava de baixo do chão e dar-lhes um valor novo, nada teria acontecido, nada crescera, o dinheiro não entrara, não existira receita ou fora cortada despesa, apenas se tinha reavaliado de forma diferente e logo se alcançara um resultado diferente. Mais referiu que só assim se tinha conseguido chegar a esse número absolutamente mágico dos onze milhões de euros, número que não fazia sentido porque a Câmara no seu exercício entre aquilo que recebera e aquilo que gastara, seguramente gastara mais dez milhões do que recebera e não o contrário. Por outro lado referiu que ficava preocupado porque o Senhor Vice-Presidente da Câmara não percebera nada do que ele dissera sobre o plano de apoio às autarquias locais, porque este plano apesar de ter um nome diferente e já explicaria porquê, apenas servia para injetar dinheiro às

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autarquias locais, não dava dinheiro às empresas, não dava dinheiro aos bancos, não dava dinheiro às associações, dava dinheiro às autarquias locais. Mais referiu que se chamava Plano de Apoio à Economia Local por uma coisa muito simples, porque as câmaras, infelizmente, eram dos maiores consumidores dos concelhos e portanto injetando dinheiro nas câmaras, para pagar aos fornecedores, a quem estas deviam também se estaria a ajudar a economia local, a proteger o emprego. Depois referiu-se a um jornal que era publicado como um encarte no Expresso que nesta semana se falava acerca da atividade da Câmara Municipal e se dizia que a Câmara Municipal do Seixal fazia uma reunião para apresentar propostas para o Orçamento de Estado, entendendo que os senhores vereadores da maioria andavam distraídos, porque a Câmara Municipal do Seixal devia estar preocupada em fazer o seu próprio orçamento, até porque tinha dificuldades financeiras que bastassem e não a apresentar propostas para o Orçamento de Estado. Observou que isto era o que se lia na parte reservada ao Seixal, já na parte reservada à Câmara Municipal de Almada se dizia que a Câmara Municipal de Almada tinha criado um fundo de investimento de quinhentos mil euros para apoiar as empresas do concelho, sendo esta a diferença: uns falavam sobre pagar e os outros faziam, era a diferença entre os que faziam e os que falavam. Referiu que o que tinham de fazer era criar medidas, sendo que o PS tinha uma proposta por exemplo para a Derrama no sentido de que este ano existisse isenção da Derrama para as empresas que se fixassem neste concelho ou que tivessem criado empregos no último ano. Referiu que se tratava de uma proposta de incentivo à economia, de incentivo às empresas que tinham saúde e que criavam emprego. Observou que era uma iniciativa que a Câmara Municipal podia tomar, assim como criar um fundo de investimento para apoiar as pequenas e médias empresas no concelho tal e qual como a Câmara Municipal de Almada fizera para dinamizar a economia. A verdade era que esta Câmara não fazia nada e preocupava-se em apresentar propostas para o Orçamento de Estado. Continuando no mesmo jornal referiu-se a algo que devia ter passado pelo Gabinete de Imprensa e Relações Públicas da Câmara em concreto um documento curiosíssimo que dizia que a água era de todos e que a Comissão Europeia promovia a privatização da água. De seguida e sobre as notas de imprensa enviadas pelo Gabinete de Imprensa e Relações Públicas da Câmara referiu que estava preocupado porque vinha no tal jornal a referência de que em julho do próximo ano se iria inaugurar, na Quinta da Fidalga, o Centro da Medalhística e o Museu Manuel Cargaleiro, sendo que dizer isto era mentira deliberada e que não acreditava que o Gabinete de Imprensa ou os serviços desta Câmara ou já não funcionavam ou o Gabinete de Imprensa enviava mentiras para a imprensa deliberadamente. Referiu que em relação ao Centro da Medalhística já tinham assumido que não tinha qualquer viabilidade, não havia nenhum projeto a obra fora parada a empresa tinha abandonado a obra e já tinham assumido para eles próprios que não havia qualquer viabilidade de a fazer para o próximo ano. Observou que era pacífico na administração da Câmara que a obra não iria ser feita, mas isso não impedia o Gabinete de Relações Públicas de mandar para os jornais, para a imprensa, informação falsa a dizer que iria ser inaugurado para o ano. Quanto ao Museu referiu que era delicioso, até porque hoje se ia analisar na reunião uma nova calendarização e no entanto o Gabinete de Imprensa da Câmara continuava a mandar informação que não correspondia à correta para a comunicação social. Terminou dizendo que era com isto que se preocupavam, com propaganda mas em resolver problemas e trabalhar, zero. O Senhor Vereador Paulo Cunha, acrescentou só que a questão colocada numa reunião anterior sobre a Praceta dos Fanqueiros tinha evoluído e a obra fora feita. No entanto referiu que tinha ficado incompleta. Transmitiu o que os moradores lhe tinham dito, ou seja o agradecer por terem diligenciado no sentido de fazer a obra, mas que faltava o espelho de visualização para quem estava a sair da Praceta, importante para evitar acidentes.

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Terminou dizendo que também havia uma sinalização dentro da praceta que estava ao contrário, aparentemente por vandalismo, que era um sinal de STOP. A Senhora Vereadora Vanessa Silva, relativamente ao horário duplo no primeiro ciclo e nos restantes ciclos de ensino informou que do ponto de vista pessoal era absolutamente a favor do horário normal, achando que do ponto de vista pedagógico era, de facto, uma mais-valia e era nessa perspetiva que o defendia convictamente. Numa perspetiva pedagógica e de sucesso educativo do aluno. Por outro lado referiu que a Câmara Municipal do Seixal, muito antes de ela cá estar, também o defendia estando tal plasmado na Carta Educativa e mesmo antes da legislação prever as cartas educativas o Seixal tinha uma carta escolar que só podia valorizar. De seguida esclareceu que o seu sorriso não era para esse aspeto, era para o facto do Senhor Vereador ter dito que o horário duplo se tratava de uma exceção mas, infelizmente, na Área Metropolitana de Lisboa não ser uma exceção, ser a regra e a exceção ser o horário normal. Reforçou que o horário duplo, em todos os ciclos de ensino, não só no primeiro ciclo do ensino básico, até por uma informação proveniente do Ministério da Educação e da DREL, existia na maior parte dos municípios, nas suas escolas e de todos os ciclos de ensino. Referiu ainda que havia uma evolução positiva, relativamente a instituir o horário normal e que não tinha apenas que ver com a construção de novas escolas ou novas salas, mas também com uma realidade demográfica da Área Metropolitana de Lisboa que era absolutamente idêntica, ou seja a diminuição da taxa de natalidade e a própria emigração, havendo menos alunos nas escolas. Observou que conhecia naturalmente a Carta Educativa e que várias escolas faziam falta, estando identificadas nessa Carta Educativa, escolas de primeiro ciclo, de pré-escolar, de segundo e terceiro ciclos e de ensino secundário, mas que tinham horizontes diferenciados ou seja nem todas estavam previstas para o horizonte em que se estava neste momento. Referiu que a reavaliação da Carta Educativa já iniciada iria dar a todos dados concretos para se avaliar a rede escolar do concelho, referindo que quando o trabalho estivesse concluído o traria à Câmara entendendo-o como uma excelente oportunidade para se aprofundar não só as questões do parque escolar, mas todas as questões inerentes ao ato educativo. Esclareceu que não tinha nenhum tipo de confusão relativamente ao órgão em que estava e que a medicação errada podia matar, sendo que não tinham de facto a mesma conceção de poder local. Mais esclareceu considerar que discutir aqui questões que condicionavam a ação da Câmara, quer fosse de forma positiva ou de forma negativa, era importante no debate, aliás se não fosse importante não se aproveitava a maior parte do tempo que estavam reunidos em reunião de Câmara, no período que se chamava de antes da ordem do dia, para isso mesmo e que esta era uma realidade para todos. De seguida referiu que consenso queria dizer acordo, anuência, consentimento e de facto não havia acordo relativamente às matérias que o Senhor Vereador Joaquim Santos tinha referido, recordando que eram seis eleitos da CDU, três do PS, um do PSD e um do Bloco de Esquerda, sendo este o resultado eleitoral. Acrescentou que não havia acordo, todos sabiam isso e que portanto não valia a pena estar aqui a “chutar” uns para os outros as questões. Continuando valorizou a intervenção do Senhor Vice-Presidente relativamente às questões da mobilidade, até porque era mais profunda que aquela que fora a interpretação que lhe fora dada pelo Senhor Vereador Paulo Cunha. Sublinhou que o sistema de transportes coletivos públicos era muitíssimo importante para um conjunto de aspetos da vida que não estavam a ser considerados, pelo que este tipo de projetos que não aproveitava o facto de se ter um sistema de transportes, em vez de ajudar as populações, era sim muitíssimo redutor. O Senhor Vereador Jorge Gonçalves, em relação à questão do PAEL e tendo em conta toda a tentativa de mascarar aquilo que o PAEL de todo não era, referiu em primeiro lugar que o tal programa de apoio à economia do poder local, o PAEL, que se alguma letra ficava deste programa era o P, porque de apoio à economia local não tinha absolutamente nada.

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Em segundo lugar era preciso dizer que este exercício financeiro era um claro atentado, já de si, às finanças das autarquias locais já que aquele dinheiro fora roubado às autarquias locais em dois mil e onze e dois mil e doze por via das reduções nas transferências do Orçamento de Estado para as autarquias e a que se juntava o roubo dos 5% do IMI deste ano, sendo exatamente o mesmo valor que queriam apresentar para este PAEL às autarquias. Referiu ainda que este programa se alguma coisa não era, era de financiamento das autarquias por parte do Governo central. Mais referiu que este programa, ia chamar-lhe programa porque ele de PAEL com as outras letras todas não tinha nada, partia de duas premissas que eram totalmente erradas, em primeiro lugar porque a própria situação que pretendia, nos seus objetivos, supostamente de méritos, resolver era aquilo que o Governo tinha criado às autarquias nos últimos dois anos e ainda conseguindo fazer isso, supostamente, com o dinheiro que estava a receber da Troika. Por outro lado e essencial para apreciação política e que os senhores aqui tentaram mascarar era que este programa, continuando a omitir as outras letras, era uma clara ingerência na autonomia local e principalmente um ataque não ao poder local, mas às populações, porque ao mesmo tempo que o fazia e cobrava juros pelo dinheiro que tinha roubou às autarquias ainda obrigava a que por exemplo se colocasse a taxa de IMI nos limites máximos e que as tarifas, no quadro da água e do saneamento, tivessem que passar por valores de referência da entidade reguladora. Acrescentou que já aqui o Senhor Vice-Presidente tinha referido que tal significaria passar para o dobro ou triplo daquilo que eram os preçários no quadro do concelho. Referiu que ainda tinha um terceiro aspeto gravoso aquele que dizia claramente que não se podia contratualizar nenhum apoio com o movimento associativo e popular do concelho, contratos-programa, cedência de terrenos para efeitos de apoios desse tipo de parcerias teriam de acabar. Reforçou que este programa porque ele de PAEL não tinha absolutamente nada não era mais do que um atentado ao poder local, sendo estas todas as razoes para não se ter aderido a este PAEL. O Senhor Vereador Joaquim Santos, na sequência do que dissera o Senhor Vereador e muito bem sobre esta matéria referiu que pensava que quer o PSD, quer o PS, antes de defenderem a adesão da Câmara a este PAEL deveriam de facto avaliar todos os âmbitos dessa ação para não terem uma atitude inconsciente, sendo apenas uma sugestão e que os senhores vereadores deveriam entender como quisessem. Esclareceu que sobre essa matéria a posição dos senhores vereadores do PCP era clara, não se tinha aderido porque era penoso para as populações e que enquanto não fossem revogadas estas normas para poder local não se iria aderir. Repetiu que esta era uma questão que o Congresso da Associação Nacional dos Municípios e a maioria dos congressistas presentes tinham votado a favor no sentido da revogação, não só a CDU, mas também autarcas do PS e do PSD, do CDS e do Bloco de Esquerda. Como segunda nota agradeceu ao Senhor Vereador Paulo Cunha a intervenção sobre o trabalho realizado na Praceta do Fanqueiro e até em resposta ao Senhor Vereador Samuel Cruz que dizia que não se fazia nada, que não trabalhavam, esclareceu que nem tinha precisado de intervir nesta matéria. Referiu que tal demonstrava toda a força dos trabalhadores da Câmara que, todos os dias, na rua desenvolviam um conjunto de ações muito importantes para a qualidade de vida das populações. Acrescentou que tinha tomado nota da questão que recolocara. Relativamente à questão da abertura dos espaços comunicacionais do Município aos partidos políticos, esclareceu que dissera de forma muito política que não havia consenso, mas que não dissera que não se podia chegar até ele. Referiu no entanto que existia uma questão de fundo e sem abrir agora qualquer espaço para a discussão porque hoje não era o sítio para o fazer, que os dividia sendo que entendiam que não se devia utilizar os serviços públicos para estar a fazer política partidária. Recordou que os senhores vereadores eleitos para este executivo tinham sido convidados pela CDU para terem pelouros, para trabalharem em prol do Município e tinham recusado com as devidas justificações que eram perfeitamente aceitáveis.

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Referiu que se tivessem aceite um pelouro como por exemplo o Senhor Vereador Paulo Cunha os senhores vereadores com certeza que também apareciam nas comunicações, também apareciam nos vários debates, na vida do Município que era retratada no Boletim Municipal e no site da Câmara Municipal. Esclareceu que era a vida do Município que era refletida e não defender as posições do PCP contra o governo, do PCP contra aquele partido, ou do PS contra o outro, sendo que os partidos deveriam ter outros meios. Referiu que o Boletim Municipal tinha a função de informar o que acontecia no Município, as deliberações da reunião de Câmara, os boletins de qualidade da água, as informações do Município sobre várias matérias, a programação cultural, enfim a vida municipal que acontecia todos os dias no concelho. Mais referiu que os senhores vereadores do PCP tinham uma opinião e tinham legitimidade democrática para o dizer porque tinham sido eleitos pela maioria da população, sendo que não era uma questão fechada, podia haver debate. III – PERÍODO DA ORDEM DO DIA Neste período foram apreciados os seguintes assuntos, constantes no Edital nº 142/2012, e arquivados em pasta anexa à presente Ata. 1.INFORMAÇÕES

Informação nº 406/2012 – Agenda

Quinzenal de Atividades – Destaques. Informação nº 407/2012 - Relação de

despachos proferidos pela Senhora Diretora do Departamento de Comunicação e Imagem, Drª Leontina de Sousa, decorrente do despacho n.º 221-PCM/2011 de 11 de março e nos termos do art. 70º, aplicável por remissão do nº 6 do art. 70º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei nº 67/2007 de 31 de dezembro, referente ao mês de setembro, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 408/2011 - Relação de despachos proferidos pela Senhora Diretora de Departamento de Desenvolvimento Estratégico, Drª Ana Paula Magalhães, decorrente do despacho n.º 221-PCM/2011 de 11 de março e nos termos do art. 70º, aplicável por remissão do nº 6 do art. 70º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei nº 67/2007 de 31 de dezembro, referente ao mês de setembro, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 409/2012 - Relação de despachos proferidos pelo Senhor Diretor de Departamento de Administração Geral e Finanças, Dr Carlos Mateus, decorrente do

despacho n.º 221-PCM/2011 de 11 de março e nos termos do art. 70º, da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei nº 67/2007 de 31 de dezembro, no período compreendido entre 01/09/2012 a 30/09/2012, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 410/2012 - Relação de despachos proferidos pelo Senhor Diretor do Departamento de Plano, Orçamento e Gestão Financeira, Dr. Fernando Castilho, no âmbito da delegação de competências de autorização de despesas do fundo de maneio, decorrente dos despachos nºs 01-PCM/2012, 02-PCM/2012, 03-PCM/2012, 04-PCM/2012, 05-PCM/2012, 06-PCM12012, 07-PCM/2012, 08-PCM/2012, referente ao mês de setembro e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 411/2012 – Relatório de atividades das seguintes unidades orgânicas – Departamento do Desporto; Gabinete de Apoio ao Movimento Associativo; Gabinete de Projetos Estratégicos de Mobilidade e Transportes; Departamento de equipamentos e de Gestão do Espaço Público; Gabinete do Metropolitano Sul do Tejo, referente ao mês de agosto.

Informação nº 412/2012 – Relatório de atividades das seguintes unidades orgânicas – Gabinete do Conhecimento, Inovação e

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Qualidade; Gabinete de Contratação Pública, referente ao mês de setembro.

Informação nº 413/2012 – Informação sobre a atividade do Gabinete de Contratação Pública, refente ao terceiro trimestre.

Informação nº 414/2012 – Informação da Divisão de Ação Social – Transporte escolar dos alunos do bairro da Cucena e santa Marta – dados de abandono e absentismo no 1º ciclo.

Informação nº 415/2012 – Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social – Correspondência recebida – Associação de Reformados e Idosos da Freguesia de Amora – Agradecimento.

Informação nº 416/2012 – Informação das Migrações e Cidadania – registo da EU referentes ao mês de setembro.

Informação nº 416-A/2012 – Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social – Correspondência recebida – União das Associações dos Reformados, Pensionistas e Idosos do Concelho do Seixal – Seminário “Saber Envelhecer”.

Informação nº 417/2012 – Jornal Solidariedade – Publicação de artigo sobre a Cooperativa “Pelo Sonho é Que Vamos”.

Informação nº 418/2012 – Relatório de atividades do ano 2011/2012 da Divisão de Migrações e Cidadania – projeto “Povos, Culturas e Pontes”.

Informação nº 419/2012 – Relatórios de atividades das seguintes unidades orgânicas – Departamento de Planeamento e Gestão Urbanística; Departamento de Fiscalização e Intervenção Veterinária; Gabinete de Informação Geográfica, referente ao mês de setembro.

Informação nº 420/2012 – Informação sobre a atividade das seguintes unidades orgânicas - Departamento de Planeamento e Gestão Urbanística; Departamento de Fiscalização e Intervenção Veterinária; Gabinete de Informação Geográfica, referente ao terceiro trimestre.

Informação nº 421/2011 – Despachos proferidos pelo Senhor Vereador Jorge Gonçalves, no âmbito da delegação/subdelegação de competências decorrente do despacho n.º 768-PCM/2011, datado de 9 de setembro de 2011, e nos

termos do art. 65º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro de 2002, no período compreendido entre 27/09/2012 a 10/10/2012, no âmbito da Divisão Administrativa de Urbanismo, e arquivados em pasta anexa. - - ALVARÁ DE AUTORIZAÇÃO DE ALTERAÇÃO DE UTILIZAÇÃO - PRETENSÕES APRECIADAS E DEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2427/VJG/2012 - 19/C/01 - OLIVEIRA MARISCOS, LDA.). - ALVARÁ DE AUTORIZAÇÃO DE UTILIZAÇÃO - PRETENSÕES APRECIADAS E DEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2414/VJG/2012 - 59/B/07 - MANUEL COSTA RODRIGUES; 2423/VJG/2012 - 5/R/09 - MARCIA CARINA GUERREIRO MARTINS; 2429/VJG/2012 - 211/B/07 - SIUNA CONSTRUÇÕES, SA.). - ALVARÁ DE OBRAS DE EDIFICAÇÃO - PRETENSÕES APRECIADAS E DEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2422/VJG/2012 - 13/R/12 - MARIA IRENE NERY PEREIRA PAIXÃO; 2425/VJG/2012 - 12/R/12 - FRANCELINA NUNES SERRA E SILVA). - APROVAÇÃO DO LICENCIAMENTO - PRETENSÕES APRECIADAS E DEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2410/VJG/2012 - 638/B/93 - FRANCISCO BRAGANÇA ROSA). - AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS - LISTA DOS DESPACHOS EFECTUADOS PELO SR. VEREADOR JORGE GONÇALVES, POR DELEGAÇÃO/SUBDELEGAÇÃO DO SR. PRESIDENTE DA CÂMARA. DESPACHO(S) Nº(S) (2373/VJG/2012 - ADJUDICAÇÃO POR AJUSTE DIRETO À EMPRESA CAMPUR, LDA.). - AUDIÊNCIA INTERESSADOS - LISTA DOS DESPACHOS EFECTUADOS PELO SR. VEREADOR JORGE GONÇALVES, POR DELEGAÇÃO/SUBDELEGAÇÃO DO SR. PRESIDENTE DA CÂMARA. DESPACHO(S) Nº(S) (2372/VJG/2012 - F 32/2006 - NOTIFICAÇÃO PARA EFEITOS DE AUDIÊNCIA DE INETERESSADOS A

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INRIVEST, SA). - AUGI`S - PRETENSÕES APRECIADAS E DEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2374/VJG/2012 - 5/G/98 - PEDRO MIGUEL GONÇALVES MOREIRA MIRANDA/ CANCELAMENTO DO ONÚS DE HIPOTECA; 2399/VJG/2012 - 8/G/96 - FERNANDO ANTONIO DOS SANTOS PERNAS GUERREIRO/ CANCELAMENTO DO ONUS DE HIPOTECA; 2418/VJG/2012 - 15/G/97 - FERNANDO MARQUES FRANCISCO/ CANCELAMENTO DO ONUS DE HIPOTECA; 2420/VJG/2012 - 50/G/96 - ANTONIO MANUEL MARTINS FIALHO/ SUBSTITUIÇÃO DA CAUÇÃO DAS OBRAS DE INFRAESTRUTURAS POR DEPOSITO BANCAR 2426/VJG/2012 - 50/G/96 - ANTONIO MANUEL MARTINS FIALHO/ CANCELAMENTO DO ONUS DE HIPOTECA). - AUTO DE CONTRA-ORDENAÇÃO - LISTA DOS DESPACHOS EFECTUADOS PELO SR. VEREADOR JORGE GONÇALVES, POR DELEGAÇÃO/SUBDELEGAÇÃO DO SR. PRESIDENTE DA CÂMARA. DESPACHO(S) Nº(S) (2387/VJG/2012 - F 236/2012 - AUTO DE CONTRA ORDENAÇÃO Nº 82/DFOU/2012, CONTRA ANÍBAL MORAIS GONÇALVES; 2389/VJG/2012 - F 259/2012 - AUTO DE CONTRA ORDENAÇÃO Nº 90/DFOU/2012 CONTRA LUIS MIGUEL FARIA PINTO; 2391/VJG/2012 - F 263/2012 - AUTO DE CONTRA ORDENAÇÃO Nº 91/DFOU/12, CONTRA FERNANDO JOÃO CEREJEIRA MENDONÇA). - AUTO DE EMBARGO DE OBRAS - LISTA DOS DESPACHOS EFECTUADOS PELO SR. VEREADOR JORGE GONÇALVES, POR DELEGAÇÃO/SUBDELEGAÇÃO DO SR. PRESIDENTE DA CÂMARA. DESPACHO(S) Nº(S) (2386/VJG/2012 - F 236/2012 - RATIFICAÇÃO DO AUTO DE EMBARGO DE OBRAS Nº 39/DFOU/2012, A ANÍBAL MORAIS GONÇALVES; 2388/VJG/2012 - F 259/2102 - RATIFICAÇÃO DO AUTO DE EMBARGO DE OBRAS Nº 45/DFOU/2012, A LUIS MIGUEL FARIA PINTO; 2390/VJG/2012 - F 263/2012 - RATIFICAÇÃO AUTO DE EMBARGO DE OBRAS Nº 46/DFOU/2012 A

FERNANDO JOÃO CEREJEIRA MENDONÇA). - AUTORIZAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS - PRETENSÕES APRECIADAS E DEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2400/VJG/2012 - 26/T/12 - VODAFONE, S.A./AUTORIZAÇÃO PARA ABERTURA DE VALA). - AVERBAMENTO - PRETENSÕES APRECIADAS E DEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2396/VJG/2012 - 17-E-01 - FRANCISCO MARTINS DINIS; 2409/VJG/2012 - 2-C-01 - ELEMENTO RADICAL, LDA.). - CANCELAMENTO DE HIPOTECA - PRETENSÕES APRECIADAS E DEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2379/VJG/2012 - 8/G/96 - FERNANDO ANTÓNIO DOS SANTOS PERNAS GUERREIRO/CANCELAMENTO DE HIPOTECA). - COMUNICAÇÃO PRÉVIA - PRETENSÕES APRECIADAS E ADMITIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2424/VJG/2012 - 15/C/11 - CREDIMO SOC. INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS LDA). - CORRECÇÃO DO PROCEDIMENTO - PROPOSTAS DE CORRECÇÃO DOS PEDIDOS, DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2417/VJG/2012 - 257/E/99 - SILVIO LUCENA GONÇALVES; 2437/VJG/2012 - 11/E/05 - ARISTIDES MANUEL JESUS CEPAS). - DECLARAÇÃO PRÉVIA 259/2007 - PRETENSÕES APRECIADAS E DEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2385/VJG/2012 - 280/B/83 - SINFONIAFRESCA , UNIPESSOAL, LDA; 2401/VJG/2012 - 377-BS-70 - ELISA DO ROSARIO CAMACHO DE ALMEIDA; 2419/VJG/2012 - 1073-B-87 - MARIETA PAIS NUNES MARIA.) - DELIBERAÇÃO FINAL - PRETENSÕES APRECIADAS E DEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2416/VJG/2012 - 119/R/95 - CARLOS ALBERTO CRUZ DE

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RIBEIRO; 2430/VJG/2012 - 311/R/01 - MARIA PRAZERES ALMEIDA; 2432/VJG/2012 - 502/B/95 - SABINO DOS SANTOS). - ESTUDO DE LOTEAMENTO E OBRAS DE URBANIZAÇÃO - PRETENSÕES APRECIADAS INDEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2371/VJG/2012 - 139/A/81 - PARQUE VERDE - SOC. CAMPISMO E CARAVANISMO, SA / PEDIDO DE COPIAS AUTENTICADAS; 2376/VJG/2012 - 5/A/02 - CONDE & FILHOS, SA / PEDIDO DE RECEÇÃO DEFINITIVA DAS OBRAS DE INFRAESTRUTURAS). - INFORMAÇÃO À ASSEMBLEIA MUNICIPAL - LISTA DOS DESPACHOS EFECTUADOS PELO SR. VEREADOR JORGE GONÇALVES, POR DELEGAÇÃO/SUBDELEGAÇÃO DO SR. PRESIDENTE DA CÂMARA. DESPACHO(S) Nº(S) (2438/VJG/2012 - RELATÓRIOS DE ACTIVIDADES TRIMETRAIS - 3º TRIMESTRE). - LICENCIAMENTO DE OBRAS - PRETENSÕES APRECIADAS INDEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2383/VJG/2012 - 418/B/78 - MARIA GREGÓRIO SILVA; 2405/VJG/2012 - 893/B/91 - VIRGILIO JUDICIBUS INOCÊNCIO). - LICENCIAMENTO DE OBRAS DE DEMOLIÇÃO - PROPOSTAS DE APERFEIÇOAMENTO DOS PEDIDOS, DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2382/VJG/2012 - 368/B/92 - MANUEL MARTINS). LICENCIAMENTO PARA COMUNICAÇÃO PRÉVIA - PROPOSTAS DE CORRECÇÃO DOS PEDIDOS, DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2406/VJG/2012 - 208/B/80 - ANTÓNIO DA FONSECA PEIXOTO; 2407/VJG/2012 - 245/B/91 - CONDOMÍNIO DO PRÉDIO; 2408/VJG/2012 - 276/B/91 - ALBINO SOUSA DAS NEVES). - MANUTENÇÃO TEMPORARIA - PRETENSÕES APRECIADAS INDEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2398/VJG/2012 -

109/R/04 - LAUDELINA CONCEIÇÃO EMIDIO). - OCUPAÇÃO DE ESPAÇO PÚBLICO - PRETENSÕES APRECIADAS E DEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2377/VJG/2012 - 13/B/63 - ADMINISTRAÇÃO CONDOMINIO DA RUA JOÃO GONÇALO ZARCO, 20- ARRENTELA). - OCUPAÇÃO VIA PUBLICA - PRETENSÕES APRECIADAS E DEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2378/VJG/2012 - 963/B/87 - VICENTE & MATOS, LDA.; 2380/VJG/2012 - 244/B/61 - JOAQUIM AMÉRICO FONSECA; 2384/VJG/2012 - 340/B/60 - GONÇALVES & VARELA LDA - AV HUMBERTO DELGADO N.º26 - PAIO PIRES; 2392/VJG/2012 - 309/B/79 - CONDOMINIO PRÉDIO SITO RUA MAGALHÃES LIMA N.º1 - AMORA; 2393/VJG/2012 - 939/B/80 - CONDOMINIO DO PRÉDIO SITO NA AVENIDA 1º MAIO N.º93 ALDEIA DE PAIO PIRES; 2394/VJG/2012 - 389/B/70 - CONDOMINIO PRÉDIO SITO N RUA MOUZINHO ALBUQUERQUE N.º3 AMORA; 2395/VJG/2012 - 100/B/60 - CONDOMINIO DO PRÉDIO SITO NA RUA ILHA DE STA MARIA Nº15 TORRE DA MARINHA; 2397/VJG/2012 - 136/R/10 - PAULO ALEXANDRE MARQUES LOUREIRO). - PEDIDO DE REEMBOLSO DE TAXAS - PRETENSÕES APRECIADAS E DEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2375/VJG/2012 - 0/B/00 - VITOR JOSE LOPES MARTINS). - PROJECTO DE ALTERAÇÕES - PRETENSÕES APRECIADAS E DEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2431/VJG/2012 - 22/R/10 - MIGUEL ANGELO RODRIGUES BANHA). - PROJECTO DE ARQUITECTURA - PRETENSÕES APRECIADAS E DEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2428/VJG/2012 - 29/R/11 - MARIA FERNANDA NUNES TEIXEIRA SIMÕES SILVA; 2435/VJG/2012 -

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412/B/81 - JOSÉ GASPAR VIEIRA E MANUEL SILVA DIOGO). - PRORROGAÇÃO DE ADMISSÃO DE COMUNICAÇÃO PRÉVIA - PRETENSÕES APRECIADAS E DEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2381/VJG/2012 - 130/R/10 - JOSÉ MARIA GARCIA FERNANDES E OUTROS). - PRORROGAÇÃO DE ALVARÁ DE OBRAS DE EDIFICAÇÃO - PRETENSÕES APRECIADAS E DEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2402/VJG/2012 - 150/B/04 - CONSTRUÇÕES ALFREDO SILVA & SERAFIM, LDA.; 2403/VJG/2012 - 74/B/09 - INSPIRAR FUNDO INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO; 2404/VJG/2012 - 113/R/10 - LUÍS MANUEL SILVA SANTOS; 2411/VJG/2012 - 68/B/09 - INSPIRAR FUNDO ESPECIAL INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO; 2412/VJG/2012 - 73/B/09 - INSPIRAR FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO; 2413/VJG/2012 - 59/R/10 - ANTÓNIO MANUEL ALVES DA SILVA; 2434/VJG/2012 - 482/R/00 - JORGE MANUEL PINHÃO LOPES CRUZ). -PRORROGAÇÃO DE PRAZO - PRETENSÕES APRECIADAS INDEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2421/VJG/2012 - 63/B/10 - FRANCISCO MURTINHEIRA, CONSTRUÇÕES, LDA.). - PRORROGAÇÃO DO PRAZO PARA ENTREGA DE ELEMENTOS - PRETENSÕES APRECIADAS E DEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2433/VJG/2012 - 31/B/11 - ASSOCIAÇÃO REFEORMADOS FREGUESIA DA AMORA - CRECHE BALEIA AMARELA; 2436/VJG/2012 - 1021/B/87 - JOAQUIM ELIAS DUARTE BILHEU). - SUBSTITUIÇÃO DE EMPREITEIRO - PRETENSÕES APRECIADAS E DEFERIDAS DE ACORDO COM OS PARECERES DOS SERVIÇOS: DESPACHO(S) Nº(S) (2415/VJG/2012 - 79/B/2010 - RUI PEDRO PROENÇA DE CASTRO).

Informação nº 422/2012 – Relatório de atividades da Divisão de Gestão da Frota Municipal, referente ao mês de setembro.

Informação nº 423/2012 – Informação sobre a atividade da Divisão de Gestão da Frota Municipal, referente ao terceiro trimestre.

Informação nº 424/2012 - Relação de despachos proferidos pelo Senhor Chefe de Divisão Gestão Frota Municipal, Drº Rui Pablo, decorrente do despacho n.º 221-PCM/2011 de 11 de março e para efeitos do art. 69º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei nº 67/2007 de 31 de dezembro, no período compreendido entre 01/09/2012 a 30/09/2012, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 425/2012 – Informação sobre a atividade da Divisão de Logística e Apoio a Eventos, referente ao terceiro trimestre.

Informação nº 426/2012 – Relatório de atividades da Divisão de Logística e Apoio a Eventos, referente ao mês de setembro.

Informação nº 427/2012 – Nota de imprensa outubro 2012 – Comissão Europeia promove a privatização da água.

Informação nº 428/2012 – Relatório de atividades das seguintes unidades orgânicas – Divisão de Ação Cultural; Gabinete de Gestão Cultural da Quinta da Fidalga; Divisão de Biblioteca Municipal; Divisão de Património Histórico e Museus; Gabinete de Gestão das Embarcações Tradicionais, referente ao mês de setembro.

Informação nº 429/2012 – Relatório de atividades das seguintes unidades orgânicas – Divisão de Projetos Educativos e Ação Social Escolar, Gabinete de Gestão e Ação Social Escolar; Divisão de Equipamentos e Recursos Educativos; Gabinete de Planeamento e Gestão de Equipamentos e Parque Escolar; Gabinete da Juventude, referente ao mês de setembro.

Informação nº 430/2012 – Informação sobre a atividade das seguintes unidades orgânicas – Divisão de Ação Cultural; Gabinete de Gestão Cultural da Quinta da Fidalga; Divisão de Biblioteca Municipal; Divisão de Património Histórico e Museus; Gabinete de Gestão das Embarcações Tradicionais, referente ao terceiro trimestre.

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Informação nº 431/2012 – Informação sobre a atividade das seguintes unidades orgânicas – Divisão de Projetos Educativos e Ação Social Escolar, Gabinete de Gestão e Ação Social Escolar; Divisão de Equipamentos e Recursos Educativos; Gabinete de Planeamento e Gestão de Equipamentos e Parque Escolar; Gabinete da Juventude, referente ao terceiro trimestre.

Informação nº 432/2012 – Relação de despachos proferidos pela Senhora Vereadora Vanessa Silva, no âmbito da subdelegação de competências decorrente do despacho n.º 221-PCM/2011 datado de 11 de março e, nos termos do art. 65º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro de 2002 e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro, durante o período de 01/09/2012 a 30/09/2012, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 433/2012 – Relação de despachos proferidos pela Senhora Diretora do Departamento da Educação, Drª Ana Cristina Silva, no âmbito da subdelegação de competências decorrente do despacho n.º 221-PCM/2011 datado de 11 de março e, nos termos do nº 3 art. 65º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro de 2002 e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro, durante o período de 01/09/2012 a 30/09/2012, e arquivados em pasta anexa.

Informação nº 434/2012 – Relatório de atividades do Pelouro da Proteção Civil, referente ao mês de setembro.

Informação nº 435/2012 – Informação sobre a atividade do Pelouro da Proteção Civil, referente ao terceiro trimestre.

2. Deliberação nº 205/2012 – CMS – ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DE 20 DE SETEMBRO DE 2012 (ATA Nº 19/2012). O Senhor Presidente da Câmara, submeteu à aprovação a Ata da reunião extraordinária de 20 de setembro de 2012, com dispensa de leitura, em virtude do respetivo texto ter sido previamente distribuído por todos os presentes, nos termos do disposto no art.º 4º do Dec. Lei n.º 45362, de 21 de novembro de 1963, tendo a mesma sido aprovada por unanimidade e em minuta. 3.Deliberação nº 206/2012-CMS – REGULAMENTO MUNICIPAL DE UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS, INFRAESTRUTURAS E SERVIÇOS DA ESTAÇÃO NÁUTICA BAÍA DO SEIXAL. APROVAÇÃO. Proposta: Presidência. “Considerando que: - Com a deliberação de reunião de câmara n.º 167/2012-CMS de 16 de agosto de 2012, aprovou-se o Projeto de Regulamento Municipal de Utilização de Equipamentos, Infraestruturas e Serviços da Estação Náutica Baía do Seixal e determinou-se a respetiva apreciação pública; - Tendo ocorrido a publicação do aviso n.º 11324/2012, do projeto de regulamento referenciado, no Diário da Republica, 2ª série, n.º 164 de 24 de agosto de 2012, deu-se início ao prazo de 30 dias de apreciação pública para recolha de sugestões e ao abrigo dos n.ºs 1 e 2 do art.º 118º do Código do Procedimento Administrativo; - Cumulativamente a Administração do Porto de Lisboa e a Capitania do Porto de Lisboa foram informadas, no início do período da apreciação pública, da publicação em Diário da República deste projeto de regulamento e do prazo para a respetiva apresentação de apreciações - Durante este período de apreciação pública não foram rececionadas observações ou sugestões. Tendo em conta o exposto e dado estarem reunidas as condições para tal, propõe-se, ao abrigo do disposto no artigo 241º da Constituição da República Portuguesa e no uso da competência prevista alínea a) do n.º 7 do artigo 64º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redação que lhe foi dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º

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67/2007, de 31 de dezembro, a aprovação do Regulamento Municipal de Utilização de Equipamentos, Infraestruturas e Serviços da Estação Náutica Baía do Seixal. Propõe-se, ainda, e ao abrigo da alínea a) do n.º 2 do artigo 53º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redação que lhe foi dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007, de 31 de dezembro, submeter a presente deliberação à apreciação da Assembleia Municipal.

Regulamento Municipal de Utilização de Equipamentos, Infraestruturas e Serviços da Estação Náutica Baía do Seixal

Nota Justificativa

O projeto “Estação Náutica Baía do Seixal”, surge no âmbito do “Modelo de Desenvolvimento Local da Náutica de Recreio”, integrado no “Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo no Concelho do Seixal”, e operacionalizado pelo programa “Ação Integrada de Regeneração e Valorização da Frente Ribeirinha Seixal-Arrentela”. Consubstancia a criação de infraestruturas de suporte à atividade náutica, salvaguardando as características naturais da Baía do Seixal e a íntima ligação entre as dinâmicas do território e as características ambientais e sociais do local, tendo como principal objetivo o desenvolvimento socioeconómico da Frente Ribeirinha do Seixal. Com efeito, a Baía do Seixal, nos seus 500 ha, e devido à sua configuração e posicionamento geográfico, apresenta-se como um porto de abrigo natural, tendo sido historicamente um local procurado para o invernar de embarcações, e até à atualidade, tem sido alvo de instalação de atividades económicas nas suas margens, das quais são exemplo os moinhos de maré, os estaleiros navais, e, mais recentemente, as atividades de turismo e lazer. Ao longo do ano, é constatável a presença de embarcações de recreio na Baía do Seixal, sendo, no entanto, inadequados ou insuficientes os equipamentos de acostagem e de apoio, fazendo sentir-se a inexistência de uma estrutura, particularmente de amarrações em poita, que permita o desenvolvimento da náutica de recreio, de uma forma sustentável, e que, simultaneamente, induza e fomente ao nível local, o desenvolvimento económico. A implementação deste projeto, com a instalação de equipamentos, infraestruturas e serviços, visa garantir capacidade de acostagem, de amarração em fundeadouro ou em poita, e o acesso a serviços, como água, eletricidade, recolha de águas negras e óleos, entre outros. Por outro lado, e no que concerne à gestão de autorizações de colocação de poitas na Baía do Seixal, o processo de transição desenvolvido entre o Município do Seixal e a Administração do Porto de Lisboa, permite dotar o Município de suportes de apoio à amarração, assim como de uma maior capacidade de ordenamento do leito do rio e da sua navegação. Estes equipamentos, infraestruturas e serviços, em conjugação com as atividades económicas existentes, como os estaleiros navais e zonas de estacionamento a seco, bem como outras que venham a surgir, direta ou indiretamente relacionadas com o sector, permitirão a criação de um destino náutico, com uma oferta diversificada e organizada, oferecendo uma estadia de qualidade e propiciando a criação de novos postos de trabalho e a dinamização económica e empresarial dos núcleos urbanos antigos ribeirinhos. Considerando (i) a multiplicidade de equipamentos e serviços, (ii) a dispersão dos mesmos no território de implementação – Baía do Seixal, e (iii) a procura de processos que garantam uma eficiente e eficaz gestão pública de equipamentos municipais, apresenta-se a necessidade de estabelecer um regime de regras e condutas, assim como modelos de gestão, enquadrados num

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regulamento municipal, enquanto instrumento complementar dos normativos existentes para o setor da náutica de recreio. Este Regulamento visa definir os procedimentos de acesso aos equipamentos, infraestruturas e serviços da Estação Náutica Baía do Seixal, assim como os direitos e deveres dos utilizadores e a interação entre os mesmos. O presente Regulamento foi elaborado ao abrigo do disposto no artigo 241º da Constituição da República Portuguesa e no uso da competência prevista na alínea a) do n.º 7 do artigo 64º e da alínea a) do n.º 2 do artigo 53º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, na redação que lhe foi dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, bem como nas Licenças de Utilização Privativa de Parcela de Leito do Rio do Domínio Público do Estado afeta à Administração do Porto de Lisboa, com os n.ºs 48-NC/GD-2012 e 12-12NC/GD-2011, respetivos aditamentos e prorrogações.

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1.º

Objeto e âmbito 1. O presente Regulamento estabelece as normas de funcionamento e gestão da Estação

Náutica Baía do Seixal, nomeadamente, no que respeita às condições gerais de acesso, frequência e utilização dos equipamentos, infraestruturas e serviços de apoio, bem como o procedimento de colocação de poita na Baía do Seixal, e é aplicável a todas as pessoas, individuais ou coletivas, bem como às embarcações, máquinas e quaisquer objetos ou animais que se encontrem, a qualquer título, dentro do seu perímetro geográfico.

2. A Estação Náutica Baía do Seixal abrange as áreas pré-determinadas do plano de água designado por Baía do Seixal, bem como o seu interface com terra, conforme planta provisória anexa, que faz parte integrante do presente diploma.

3. A planta referida na alínea anterior será atualizada em conformidade com a evolução do projeto, podendo ser consultada no Posto Municipal de Turismo, no Serviço de Marinheiro ou em www.cm-seixal.pt.

4. A Estação Náutica Baía do Seixal, é constituída pelos seguintes equipamentos, infraestruturas e serviços de apoio:

a) Pontes-cais; b) Cais de acostagem para embarcações de recreio e de pesca local; c) Fundeadouro; d) Rampa de alagem; e) Grua de alagem; f) Centro de Recursos Náuticos; g) Serviço de marinheiro; h) Receção; i) Abastecimento de água e eletricidade; j) Bomba pump-out; k) Depósito para Recolha de Óleos Usados das Embarcações.

5. As zonas estabelecidas para colocação de poitas integram o máximo de 147 lugares de amarração, não podendo ocupar, no seu somatório, uma área de leito de rio superior a 500 m2.

Artigo 2.º

Definições 1. Para efeitos de aplicação do presente Regulamento considera-se:

a. Acostagem: ato de atracar em cais de acostagem ou de braço dado com outra embarcação;

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b. Atividades marítimo-turísticas e de animação turística: as que se encontram previstas no D.L. n.º 21/2002, de 31 de janeiro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 269/2003, de 28 de Outubro e com as alterações constantes do D.L. n.º 289/2007, de 17 de agosto, e D.L. n.º 108/2009, de 15 de maio;

c. Amarração: ato de amarrar em poita ou em fundeadouro; d. Ancorar: ato de fundear por utilização de âncora; e. Cais de acostagem: equipamento flutuante atracado a uma ponte-cais, que permite a

acostagem e atracagem de embarcações; f. Centro de Recursos Náuticos: conjunto de abrigos náuticos, para apoio à atividade

náutica, desportiva, turística e recreativa, assim como a atividade piscatória local; g. Embarcação de recreio: embarcação matriculada nessa qualidade pelas autoridades

competentes e com a finalidade de utilização em lazer ou desportos náuticos, sem fins lucrativos;

h. Embarcação de pesca: embarcação matriculada nessa qualidade pelas autoridades competentes e com utilização para fins profissionais;

i. Fundeadouro: conjunto de postos de fundeio, estabilizadas com poitas de fixação, a cujos elos se fixam bóias de amarração, com distâncias calculadas de acordo com as tipologias das embarcações;

j. Poita: amarração fixa no plano de água, com bóia de sinalização, de cariz particular e fabricada por processo ambientalmente sustentável, de acordo com o tamanho e o peso da embarcação, tendo por finalidade exclusiva a amarração de embarcações;

k. Rampa e Grua de Alagem: equipamentos de acesso de embarcações de e para o plano de água;

l. Serviço de Marinheiro: principal serviço de apoio aos utilizadores, e interlocutor privilegiado na coordenação e utilização dos equipamentos, prestando serviço de vai-vem entre o(s) cais de acostagem e as embarcações fundeadas, assim como na gestão operacional dos atos de fundear, amarrar e atracar;

m. Serviço de Pump-out: serviço de bombagem de resíduos sanitários. n. Utilizador: toda a pessoa a quem a Câmara Municipal tenha autorizado o uso de

equipamento, infraestrutura e/ou serviço da Estação Náutica Baía do Seixal, e, quando devido, tenha procedido ao respetivo pagamento.

CAPÍTULO II

PROCEDIMENTOS SECÇÃO I

Amarrar, acostar e ancorar

Artigo 3.º Autorizações

1. Na Estação Náutica Baía do Seixal, apenas poderão acostar e/ou amarrar as embarcações de recreio autorizadas, e nos equipamentos para o efeito definidos.

2. A emissão de autorizações de acostagem e de amarração está condicionada à apresentação, pelo proprietário da embarcação de recreio, seu representante ou locador, de requerimento em formulário tipo, disponível no Serviço de Marinheiro, no Posto Municipal de Turismo ou em www.cm-seixal.pt e entregue no Serviço de Marinheiro.

3. O requerimento referido no número anterior deve ser instruído com cópia simples dos seguintes documentos: a. Bilhete de Identidade, cartão de cidadão ou passaporte do proprietário, do seu

representante ou do locador; b. Cartão de contribuinte do proprietário, do seu representante ou do locador; c. Certidão do registo comercial, caso se trate de pessoa coletiva; d. Livrete da embarcação com vistoria válida; e. Certificado de registo, quando legalmente exigível;

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f. Contrato de locação financeira; g. Apólice de Seguro de Responsabilidade Civil, nos termos do Regulamento da Náutica

de Recreio, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 124/2004, de 25 de maio, e de acordo com a Portaria n.º 689/01, de 10 de julho e demais legislação aplicável.

4. As autorizações de acostagem e de amarração, comprovam-se com a exibição de cópia do requerimento referido no número 2 e do respetivo recibo de pagamento, devendo os seus titulares fazer-se sempre acompanhar destes documentos.

5. No caso de autorização de acostagem ou de amarração gratuitas, o respetivo comprovativo é efetuado através da exibição de cópia do requerimento referido no número 2 e do ofício da Câmara Municipal.

6. A renovação das autorizações efetua-se pelo mesmo processo do pedido inicial, com as necessárias adaptações, podendo ser recusada em caso de verificação de incumprimento do presente Regulamento.

7. O cancelamento das autorizações, mesmo por iniciativa do utilizador, implica a perda dos valores já pagos e a retirada imediata da embarcação.

8. Caso a embarcação não seja imediata e voluntariamente retirada pelo proprietário, seu representante ou pelo locador, a Câmara Municipal do Seixal poderá removê-la sem a sua autorização, sendo aquele responsável pelas despesas ocasionadas.

9. Caso inexistam lugares e/ou postos para amarração ou acostagem em número suficiente para as solicitações, os proponentes poderão ser integrados em lista de espera, desde que demonstrem tal pretensão, sendo a posterior atribuição efetuada de acordo com os seguintes critérios: a. Pela ordem constante da lista de espera; b. Adequação do lugar e/ou posto disponível às características da embarcação.

10. A integração em lista de espera está condicionada a pedidos de autorização superiores a 30 dias consecutivos e inferiores a 12 meses.

Artigo 4.º

Amarrar em fundeadouro 1. A autorização de amarração em fundeadouro tem uma periodicidade diária ou mensal,

pelo mínimo de um dia e máximo de doze meses consecutivos, com termo em 31 de dezembro de cada ano civil, sendo o respetivo pagamento efetuado de acordo com o Preçário e Tarifário da Câmara Municipal do Seixal.

2. A utilização do fundeadouro está condicionada à retirada da embarcação de recreio por parte do proprietário, seu representante ou locador, por um período de 48 horas seguidas, a ocorrer de dois em dois meses, preferencialmente ao fim-de-semana.

3. O utilizador de lugar de amarração em fundeadouro deve informar o Serviço de Marinheiro através de requerimento em formulário tipo ou para o endereço de correio eletrónico: [email protected], com a maior antecedência possível, dos períodos em que o respetivo lugar de amarração se encontrará vago ou disponível por períodos de tempo iguais ou superiores a 36 horas, bem como da respetiva data e hora de reocupação.

4. Durante o período de ausência referido no número anterior, a Câmara Municipal do Seixal poderá autorizar a amarração de outra embarcação naquele local, comprovada que seja a detenção de autorização válida, sendo garantido um lugar à data e hora de regresso indicada pelo utilizador.

Artigo 5.º

Colocação, recolocação e remoção de poita 1. A autorização para colocação de poita na Baía do Seixal, sua recolocação ou renovação

da autorização existente, depende da apresentação de prévio requerimento em formulário tipo, cumprindo as formalidades previstas no artigo 3º, a que acresce a entrega de termo

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de responsabilidade quanto à manutenção, segurança, condições técnicas e materiais da poita e do respetivo sistema de amarração.

2. A colocação, recolocação ou remoção de poita, é efetuada pelos respetivos proprietários, a suas expensas, e em data indicada pela Câmara Municipal e sob a sua supervisão.

3. Os pedidos de autorização para colocação ou recolocação de poita ou a renovação da autorização existente, apenas produzem efeitos após deferimento.

4. A colocação ou recolocação de poita deve ser efetuada fora da área de fundeadouro e equipamentos de acostagem, de forma a não prejudicar, nomeadamente, a navegação e manobras de acostagem e de amarração, e em zonas pré-estabelecidas pela Câmara Municipal e publicitadas junto ao Serviço de Marinheiro, Posto Municipal de Turismo e em www.cm-seixal.pt.

5. Sob pena de caducidade da autorização, o pedido de renovação deve ser entregue com a antecedência mínima de 30 dias úteis em relação ao seu termo.

6. Caducando a autorização para colocação de poita e do respetivo sistema de amarração, sem que o proprietário proceda à sua imediata remoção, será notificado, por carta registada, do prazo em que voluntariamente ainda o pode fazer.

7. Quando a notificação referida no número anterior se frustrar, por causa imputável ao proprietário ou, quando notificado, o mesmo não atue em conformidade, pode a Câmara Municipal proceder à imediata remoção da poita, sendo as despesas efetuadas com a sua remoção e depósito suportadas total e integralmente pelo respetivo proprietário, comunicando-se o incumprimento à Administração do Porto de Lisboa e à Capitania do Porto de Lisboa.

8. Em caso de obras promovidas pelo Município do Seixal em áreas onde se encontrem fundeadas poitas devidamente autorizadas, serão os respetivos proprietários notificados do prazo para a sua remoção, aplicando-se com as necessárias adaptações o disposto nos n.ºs 6 e 7 deste artigo.

9. Caso a remoção da poita não implique despesas para a Câmara Municipal, serão devolvidos aos seus proprietários os valores já pagos pela respetiva autorização, referentes ao período não utilizado.

10. Os proprietários de poitas são, ainda, responsáveis: a. Pela sua capacidade para a amarração da embarcação pretendida; b. Pela sua manutenção e segurança; c. Por manter um sistema de amarração adequado à poita e embarcação, garantindo

a sua segurança e das restantes embarcações; d. Pela colocação de bóia devidamente identificada, e de material equivalente ao das

que são utilizadas para o fundeadouro; e. Por manter o seguro de responsabilidade civil válido.

11. Só serão autorizadas poitas que: a. Sejam fabricadas em betão armado, ou outros materiais não poluentes do meio

marinho; b. Obedeçam às dimensões de referência constantes da Tabela anexa e que faz

parte integrante do presente Regulamento.

Artigo 6.º Amarrar em poita

1. A autorização de amarração em poita tem uma periodicidade mensal, pelo mínimo de um mês e máximo de doze meses, com termo em 31 de dezembro de cada ano civil, sendo o respetivo pagamento efetuado por embarcação, de acordo com o Preçário e Tarifário da Câmara Municipal do Seixal.

2. Salvo situações devidamente fundamentadas e autorizadas, apenas é permitida a amarração de uma embarcação por poita.

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Artigo 7.º Acostar em Cais

1. A acostagem em cais deverá preferencialmente efetuar-se por períodos curtos e privilegiando os seguintes fins:

a. Acesso aos serviços; b. Registo e inscrição; c. Embarque e desembarque de passageiros e tripulação; d. Permanência, manobras e operações das Embarcações Tradicionais da Câmara

Municipal do Seixal; e. Acostagem de embarcações da Administração do Porto de Lisboa e da Capitania

do Porto de Lisboa; f. Atividades de desporto náutico, profissional ou recreativo, incluindo a realização

de eventos náuticos; g. Atividades marítimo-turísticas e de animação turística; h. Permanência de embarcações de recreio em espera por lugar em fundeadouro,

em caso de ser previsível a existência de vaga num prazo de 72 horas, ou para operações para colocação/recolocação de poita;

i. Permanência de embarcações de recreio que, pelas suas características e/ou dimensão, não possam amarrar no fundeadouro ou em poita;

j. Permanência de embarcações de recreio por períodos não superiores a 72 horas. 2. A autorização de acostagem tem a duração mínima de uma hora e máxima de trinta dias

consecutivos, por embarcação de recreio, à exceção das situações previstas na parte final da alínea h) e alínea i) do número anterior.

3. O pagamento devido pela acostagem é efetuado de acordo com o Preçário e Tarifário da Câmara Municipal do Seixal, encontrando-se isentas as embarcações da Administração do Porto de Lisboa e da Capitania do Porto de Lisboa, que estejam devidamente identificadas.

4. É possibilitada a acostagem lado a lado de embarcações de recreio, dependendo das respetivas características e da análise efetuada pelo Serviço de Marinheiro, desde que os seus proprietários, representantes ou locadores cumpram as seguintes imposições:

a. Não dificultem a navegação e as manobras de outras embarcações; b. Procedam à amarração de forma a garantir a saída do barco interior com

facilidade de manobramento e navegabilidade; c. Possuam os equipamentos necessários para garantir a segurança das

embarcações; d. A embarcação interior deverá ter um comprimento superior à exterior.

5. Às embarcações acostadas lado a lado é cobrada tarifa individual. 6. Não existem postos de acostagem cativos, pelo que, aquando do regresso ao respetivo

cais, será garantida a acostagem, desde que esteja devidamente autorizada, podendo efetuar-se em posto distinto, mas adequado às características da embarcação de recreio.

7. Os utilizadores que validamente detenham poita na Baía do Seixal, não se enquadram nas alíneas h) e j) do n.º 1, exceto se a poita tiver sido removida no âmbito de obra promovida pelo Município do Seixal.

8. Aos períodos previsíveis de ausência aplica-se, com as necessárias adaptações, o disposto nos números 3 e 4 do artigo 4.º.

Artigo 8.º

Acostar em Ponte-Cais 1. A acostagem nas pontes-cais da Estação Náutica Baía do Seixal poderá ser autorizada,

após avaliação do Serviço de Marinheiro. 2. Às situações de acostagem nas pontes-cais aplicam-se as regras e formalidades

estabelecidas para a autorização, pagamento e respetivas tarifas, da acostagem em cais.

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Artigo 9.º Ancorar

Quem pretenda fundear com a âncora da embarcação de recreio, deverá fazê-lo em área que não prejudique a navegação, as operações e manobras de acostagem e amarração, e fora das zonas de fundeadouro ou de poitas, bem como dos respetivos canais de navegação.

Artigo 10.º Acesso aos equipamentos

1. O acesso dos utilizadores aos equipamentos, infraestruturas e serviços de apoio, é efetuado através de cartão magnético, pessoal e intransmissível, mediante o pagamento de caução pelo valor constante do Preçário e Tarifário da Câmara Municipal do Seixal.

2. O cartão magnético será entregue aquando do procedimento a que se refere o artigo 3.º. 3. Os detentores de autorização de amarração ou de acostagem por tempo superior a um

dia terão direito, por embarcação, a um cartão de acesso, válido para o período da autorização, bem como à atribuição de cartões suplementares, até um limite máximo de cinco.

4. A atribuição de cartões suplementares de acesso depende da apresentação de pedido e do respetivo pagamento de acordo com o estabelecido no Preçário e Tarifário da Câmara Municipal do Seixal.

5. A validade dos cartões suplementares reporta-se à data do cartão principal. 6. Na situação referida no artigo 9.º, bem como aos detentores de autorização de amarração

ou de acostagem por tempo igual ou inferior a um dia, será atribuído um código de acesso, por embarcação de recreio.

7. A solicitação do código de acesso é efetuada junto do Serviço de Marinheiro, em formulário tipo, acompanhado da documentação referida no número 3 do artigo 3.º.

8. O código de acesso referido nas alíneas anteriores é alterado diariamente, entre as 9h00m e as 10h00m.

9. Poderá ser entregue um cartão de acesso por embarcação, mas já não cartões suplementares, aos proprietários de embarcações de recreio, seus representantes ou locadores, que na situação prevista no artigo 9.º, fundeiem temporariamente na Baía do Seixal, por períodos superiores a 1 dia, desde que para o efeito apresentem requerimento em formulário tipo, acompanhado da documentação referida no número 3 do artigo 3.º.

a. A atribuição de cartão de acesso está dependente de pagamento, igual ao praticado para os cartões suplementares de acesso, de acordo com o estabelecido no Preçário e Tarifário da Câmara Municipal do Seixal;

b. O cartão de acesso é válido por vinte dias consecutivos; c. Após o período referido na alínea anterior, o cartão de acesso deverá ser

entregue ou solicitada a sua renovação; 10. Às entidades e autoridades portuárias, de segurança, socorro e fiscalização, será

atribuído, a título gratuito, cartão de acesso permanente. 11. A substituição do cartão atribuído, devido a extravio ou perda, está dependente da

apresentação de requerimento, em formulário tipo, e do pagamento efetuado de acordo com o Preçário e Tarifário da Câmara Municipal do Seixal.

12. Em caso de furto ou roubo, aplica-se o disposto no número anterior, sendo gratuita a substituição do cartão atribuído se for entregue cópia do documento oficial comprovativo da apresentação de denúncia criminal às autoridades competentes.

13. O cartão de acesso deverá ser devolvido quando cessarem as condições subjacentes à sua entrega, sendo posteriormente restituído o valor da caução.

SECÇÃO II

Embarcações Tradicionais da Câmara Municipal, Movimento Associativo Local e Pescadores Locais

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Artigo 11.º Embarcações Tradicionais da Câmara Municipal do Seixal

1. As embarcações tradicionais da Câmara Municipal do Seixal gozam de preferência em relação às restantes, na acostagem e permanência.

2. O serviço municipal responsável pela gestão destas embarcações deve comunicar ao Serviço de Marinheiro o planeamento previsto para as saídas e chegadas, que será confirmado pelo mestre da cada embarcação, via VHF, 30 minutos antes do início das respetivas manobras.

Artigo 12.º Embarcações do Movimento Associativo Local

1. Para a prossecução dos seus objetivos estatutários, poderá ser concedida autorização de acostagem gratuita ao movimento associativo local.

2. A autorização de acostagem está dependente da prévia apresentação de requerimento fundamentado, respeitando, com as necessárias adaptações, as formalidades enunciadas no artigo 3.º, e deve conter a indicação do período de acostagem e as especificações das embarcações.

Artigo 13.º

Pescadores locais 1. Para o desempenho da atividade piscatória, será assegurada aos pescadores

profissionais, com residência na área deste município, a autorização de acostagem em cais próprio ou amarração em poita, gozando de preferência aqueles que à data da entrada em vigor do presente Regulamento já desenvolvam a sua atividade em zona próxima dos locais para acostagem ou amarração.

2. As autorizações referidas no número anterior dependem da prévia apresentação de requerimento dirigido à Câmara Municipal, acompanhado de cópia simples dos seguintes documentos:

a. Bilhete de identidade, cartão de cidadão ou passaporte; b. Cartão de contribuinte; c. Apólice de seguro de responsabilidade civil, quando legalmente exigível; d. Atestado de residência emitido pela Junta de Freguesia; e. Cédula Marítima; f. Licença de pesca profissional por método artesanal e de âmbito local, e de acordo

com o estabelecido no Regulamento de Pesca nas Águas Interiores não Marítimas do Rio Tejo, alterado e republicado pela Portaria n.º 85/2011, de 25 de Fevereiro;

g. Registo de propriedade da embarcação; h. Rol de matrícula; i. Termo de vistoria.

3. A autorização de acostagem ou de amarração tem uma periodicidade mensal, com o mínimo de um mês e máximo de doze meses consecutivos, por embarcação de pesca, com termo em 31 de dezembro de cada ano civil, sendo o respetivo pagamento efetuado por embarcação e de acordo com o Preçário e Tarifário da Câmara Municipal do Seixal.

4. O processo de comprovação e renovação da autorização efetua-se, com as devidas adaptações, de acordo com o estabelecido, respetivamente, nos n.ºs 4 e 6 do artigo 3.º.

5. O acesso aos equipamentos rege-se, com as necessárias adaptações, pelo estabelecido no artigo 10.º.

6. É obrigação específica dos pescadores locais, garantir a salubridade e limpeza dos equipamentos náuticos que utilizem.

7. A utilização do cais para a atividade piscatória está limitada a uma embarcação por pescador, podendo, excecionalmente, após avaliação do pedido e capacidade do cais, ser autorizada a utilização para duas.

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8. É estabelecida a quota máxima de 20 autorizações de amarração em poita para embarcações de pesca, e de uma poita para cada embarcação.

9. As artes a utilizar limitam-se às constantes do Regulamento de Pesca nas Águas Interiores não Marítimas do Rio Tejo, alterado e republicado pela Portaria n.º 85/2011, de 25 de fevereiro.

10. As caixas existentes no cais destinam-se, preferencialmente, ao arrumo das redes de pesca, podendo, desde que exista espaço, permitir a guarda de outros instrumentos e aprestos, desde que contemplados nas respetivas licenças, de acordo com o Regulamento de Pesca nas Águas Interiores não Marítimas do Rio Tejo, alterado e republicado pela Portaria n.º 85/2011, de 25 de fevereiro.

SECÇÃO III

Utilização da Rampa e Grua de Alagem e do Centro de Recursos Náuticos

Artigo 14.º Rampa e grua de Alagem

1. A rampa de alagem da Estação Náutica Baía do Seixal deve respeitar na sua utilização as seguintes condições:

a. Varar e alar apenas com embarcações adequadas à respetiva rampa; b. Permanência de apenas uma viatura e respetivo atrelado na ponte-cais, e pelo

tempo estritamente necessário para as manobras de colocação ou retirada da embarcação;

c. Não praticar atos e ações que impeçam, de forma prolongada ou permanente, a utilização da rampa e o seu acesso, por terra ou água.

2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, têm prioridade de utilização da rampa de alagem, as atividades relacionadas com o desenvolvimento e prática da vela, canoagem e remo.

3. À utilização da grua de alagem é aplicável o disposto no n.º 1, com as necessárias adaptações.

Artigo 15.º

Centro de Recursos Náuticos 1. A utilização do Centro de Recursos Náuticos está dependente da apresentação de prévio

requerimento em formulário tipo, apenas produzindo efeitos após deferimento e emissão de autorização.

2. A autorização tem uma validade máxima de 12 meses, que caducará se o pedido de renovação não for entregue com a antecedência mínima de 60 dias úteis em relação ao seu termo.

3. Têm direito de preferência de utilização e pela seguinte ordem: a. Os serviços da Câmara Municipal do Seixal com competências nas áreas do turismo,

do desporto e da gestão de embarcações tradicionais; b. As pessoas coletivas sem fins lucrativos que, por atribuição estatutária promovam

atividades náuticas, de recreio ou desportivas, na Baía do Seixal, e de forma contínua e permanente;

c. Os pescadores locais com autorização de acostagem ou de amarração válidas. 4. O acesso ao Centro de Recursos Náuticos é efetuado através de chave, ou sistema

equivalente, que será entregue após conclusão do procedimento referido no n.º 1.

CAPÍTULO III PAGAMENTOS

Artigo 16.º

Formalidades do pagamento

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1. Os pagamentos devidos nos termos do presente Regulamento constam do Preçário e Tarifário da Câmara Municipal do Seixal.

2. Os pagamentos são efetuados nos serviços de atendimento da Câmara Municipal, incluindo o Serviço de Marinheiro, através de dinheiro, cheque emitido à ordem do Município do Seixal ou outro meio disponibilizado no local.

3. No caso de operadores marítimo-turísticos e de empresas de animação turística, cujo número de visitantes seja igual ou superior a 15, não sendo considerada como tal a respetiva tripulação, e o tempo de permanência seja superior a 4 horas, do pagamento devido, constante do Preçário e Tarifário da Câmara Municipal do Seixal, é deduzido 50%.

4. Aos utilizadores com autorizações de amarração, de acostagem ou para colocação de poita, em zona comprovadamente sem condições de navegabilidade superiores a 12 (doze) horas diárias seguidas, será aplicada uma redução de 25% ao valor da respetiva autorização, constante do Preçário e Tarifário da Câmara Municipal do Seixal.

CAPÍTULO IV

SERVIÇOS

Artigo 17.º Serviço de Marinheiro

1. O Serviço de Marinheiro é o principal serviço de apoio aos utilizadores e tem caráter gratuito.

2. O serviço referido no número anterior funciona todo o ano, de acordo com a escala de serviço afixada junto aos cais de acostagem e acessível em www.cm-seixal.pt e está dotado de embarcação, marinheiros encartados e serviço de comunicação rádio VHF – canal 9, com o chamamento “O Seixo”.

3. Em situações excecionais, o Serviço de Marinheiro poderá ser apoiado pelas embarcações do movimento associativo local ou outras.

Artigo 18.º

Serviços de abastecimento de água e eletricidade 1. O fornecimento de água e eletricidade está dependente da apresentação de pedido

expresso, em formulário tipo, junto do Serviço de Marinheiro. 2. Os detentores de autorização de acostagem ou de amarração por período igual ou

superior a um dia, e que tenham efetuado o respetivo pagamento, dispõem de fornecimento de energia elétrica por sessenta minutos, diários, por embarcação de recreio ou de pesca, e não acumuláveis.

3. O acesso ao fornecimento de energia elétrica para além do período diário de sessenta minutos, depende do pagamento de uma taxa de 25% da tarifa horária de acostagem para embarcações de recreio, por cada hora utilizada, não podendo ultrapassar as 14 horas diárias.

4. O sistema referido no n.º 2 será aplicável até ser instalado e definido o processo tecnológico de pré-pagamento para abastecimento de água.

5. Os detentores de autorização de acostagem ou de amarração a título gratuito, ou inferior a um dia, não têm acesso a abastecimento de energia eléctrica ou de água.

Artigo 19.º

Serviços de Bomba Pump Out e Depósito para Recolha de Óleos Usados das Embarcações 1. É gratuito e garantido a todos os utilizadores, o acesso aos serviços de bomba pump out

e de depósito para recolha de óleos usados das embarcações. 2. A localização, características e procedimento de acesso a estes serviços, estará afixado

nos cais de acostagem, e acessível em www.cm-seixal.pt.

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CAPÍTULO V Competência e Responsabilidade

Artigo 20.º

Competência 1. Compete à Câmara Municipal do Seixal a gestão e operacionalização da Estação Náutica

Baía do Seixal, nomeadamente, a manutenção dos equipamentos e infraestruturas, com exceção daqueles que são propriedade e/ou concessão ou exploração de terceiros, podendo efetuar acordos, protocolos e outros negócios jurídicos, assim como delegar e/ou concessionar, no todo ou em parte, a gestão e manutenção.

2. Em caso de catástrofes naturais, vandalismo ou outras ações de grave prejuízo para os equipamentos e infraestruturas, a Câmara Municipal do Seixal não garante os lugares de amarração e acostagem, sem as intervenções necessárias que permitam a segurança dos equipamentos.

3. Sempre que motivos de força maior ou de segurança assim o exijam, a Câmara Municipal do Seixal poderá proceder à mudança da embarcação de um lugar de acostagem ou de amarração, para outro.

Artigo 21.º

Responsabilidade A Câmara Municipal do Seixal não assume qualquer responsabilidade:

a. Por perdas, danos, acidentes, furtos, roubos ou atos de vandalismo ocorridos nas embarcações, nos equipamentos e na pessoa de todos aqueles que frequentem a Estação Náutica Baía do Seixal.

b. Pela impossibilidade de utilização de equipamentos e infraestruturas se, por ocorrência excecional, os mesmos estiverem temporariamente indisponíveis.

CAPÍTULO VI

Deveres e Proibições

Artigo 22.º Deveres

1. Os utilizadores da Estação Náutica Baía do Seixal, são responsáveis perante a Câmara Municipal do Seixal e terceiros, nos termos gerais de direito, pelos danos causados, devendo utilizar os equipamentos, infraestruturas e/ou serviços com redobrada atenção e tomar as indispensáveis precauções com vista a evitar a ocorrência de acidentes.

2. Sem prejuízo dos demais deveres estabelecidos no presente Regulamento, os utilizadores da Estação Náutica Baía do Seixal, deverão observar o seguinte:

a. Acostar e amarrar as suas embarcações nos locais indicados pela Câmara Municipal do Seixal, em condições de segurança, nomeadamente, mantendo-as bem amarradas, com cabos corretamente dimensionados, em bom estado de conservação, de forma a não causar avarias ou desgaste anormal nos equipamentos ou em outras embarcações;

b. Tomar todas as precauções para evitar riscos de qualquer natureza, designadamente, os resultantes das condições meteorológicas, incêndio ou furto;

c. Respeitar as instruções e orientações do Serviço de Marinheiro; d. Manter as embarcações em condições de perfeita flutuabilidade e em bom estado

de limpeza e conservação; e. Respeitar os canais de navegação e corredores para acesso e circulação das

embarcações nas áreas designadas para o efeito; f. Manter atualizadas as informações respeitantes à morada, contato telefónico e de

correio eletrónico; g. Manter hasteada a bandeira da nacionalidade da embarcação, e caso se trate de

embarcação estrangeira, manter igualmente hasteada a Bandeira Portuguesa;

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h. Manter atualizadas as vistorias e os seguros das suas embarcações; i. Cumprir os avisos emitidos pela Câmara Municipal do Seixal, Autoridade

Portuária, Capitania, Bombeiros, Polícia Marítima e outras forças policiais, de segurança e socorro;

j. Respeitar e fazer respeitar pelos utilizadores da sua embarcação, as regras de boa vizinhança, urbanidade e mútuo respeito entre os cidadãos;

k. Facilitar, em todas as circunstâncias, o movimento e a manobra de outras embarcações, cumprindo as indicações do Serviço de Marinheiro, mesmo nos casos em que a sua embarcação se encontre amarrada, acostada ou ancorada;

l. Fechar devidamente as embarcações e outros equipamentos a que legitimamente tenham acesso, guardando convenientemente acessórios, ferramentas e objetos que sejam da sua propriedade.

3. Os proprietários das embarcações e utilizadores dos equipamentos e infraestruturas respondem perante a Câmara Municipal do Seixal, conjunta e solidariamente, pelos danos e inconvenientes provocados pelos seus representantes ou terceiros, que a seu convite ou com o seu assentimento, tenham sido introduzidos na Estação Náutica Baía do Seixal.

Artigo 23.º Proibições

1. Aos utilizadores da Estação Náutica Baía do Seixal, é proibido, designadamente: a. Ceder a terceiros os lugares de acostagem ou amarração, bem como ceder ou

copiar chaves e/ou cartões de acesso aos equipamentos; b. Deter simultaneamente e para a mesma embarcação lugares de amarração e de

acostagem; c. Efetuar reparações no exterior das embarcações acostadas no plano de água,

sem autorização da Câmara Municipal do Seixal; d. Navegar, à entrada ou saída, a velocidade que provoque ondulação que possa

prejudicar a segurança e bem‐estar dos demais utilizadores e, em caso algum, a velocidade superior a 3 (três) nós;

e. Causar poluição, nomeadamente, despejando óleos, águas sujas, lixo, detritos ou quaisquer objetos nas áreas líquida ou terrestre;

f. Ensaiar motores ou executar quaisquer trabalhos e ações no interior das embarcações que possam causar incómodos aos demais utilizadores;

g. Realizar qualquer atividade comercial; h. Acostar, amarrar, ancorar ou causar qualquer obstáculo à livre manobra e

navegação de embarcações, nomeadamente, nos acessos aos lugares de acostagem e de amarração, e nos canais de navegação;

i. Fazer lume, lançar detritos ou manusear e abandonar objetos suscetíveis de causar danos nas infraestruturas ou nos equipamentos, ou risco para os utilizadores;

j. Guardar no Centro de Recursos Náuticos materiais e instrumentos não autorizados pela Câmara Municipal, nomeadamente, combustível e outros produtos inflamáveis;

k. Fazer uso dos equipamentos para outros fins que não aqueles a que estão destinados;

l. Deter animais, a não ser que esteja assegurado que os mesmos não incomodem os demais utilizadores, nem andem à solta e desde que, nestes casos, sejam cumpridas as normas sanitárias em vigor.

CAPÍTULO VII

FISCALIZAÇÃO E SANÇÕES

Artigo 24.º

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Regime aplicável O regime legal e de processamento das contraordenações obedece ao disposto no Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de outubro e na Lei n.º 2/2007, de 15 de janeiro, ambos na redação em vigor e respetiva legislação complementar.

Artigo 25.º Contraordenações

1. A violação do preceituado nos artigos 22.º e 23.º constitui contraordenação punível com coima de € 500,00 a € 3.740,00, no caso de pessoas singulares, e de € 1.500,00 a € 44.890,00, no caso de pessoas coletivas. 2. A instauração de procedimento contraordenacional não prejudica a aplicação imediata do disposto nos artigos 29.º e 30.º.

Artigo 26.º

Negligência As contraordenações previstas no artigo anterior são puníveis a título de negligência, sendo nesse caso reduzidas para metade os limites mínimos e máximos das coimas aplicáveis.

Artigo 27.º Processamento das contraordenações e aplicação das coimas

1. A fiscalização, sem prejuízo das competências atribuídas às demais autoridades, a instauração e a instrução dos processos de contraordenação, assim como a aplicação das respetivas coimas compete ao Presidente da Câmara Municipal do Seixal. 2. A determinação da medida da coima faz-se em função da gravidade da contraordenação, o grau de culpa do agente e a sua situação económica e patrimonial, considerando essencialmente os seguintes fatores:

a. O perigo que envolva para as pessoas, a saúde pública, o ambiente e o património público ou privado;

b. O benefício económico obtido pelo agente com a prática da contraordenação, devendo, sempre que possível, exceder esse benefício.

3. Na graduação das coimas deve ainda atender-se ao tempo durante o qual se manteve a situação de infração, se for continuada.

Artigo 28.º

Produto das coimas O produto das coimas aplicadas reverte integralmente para a Câmara Municipal do Seixal.

Artigo 29.º Cessação de direitos

1. Sem prejuízo da instauração do procedimento contraordenacional a que eventualmente haja lugar, são considerados fundamento bastante para a cessação dos direitos dos utilizadores da Estação Náutica Baía do Seixal, designadamente, as seguintes situações:

a. A prestação de falsas declarações por parte dos proprietários das embarcações, seus representantes ou locadores;

b. A falta de entrega dos documentos referidos no n.º 3 do artigo 3.º e no n.º 2 do artigo 11.º ou quando solicitados pela Câmara Municipal do Seixal;

c. O cancelamento da autorização, mesmo por iniciativa do requerente; d. O incumprimento grave ou reiterado do presente Regulamento ou das ordens e

instruções necessárias ao bom funcionamento da Estação Náutica Baía do Seixal. 2. Para efeitos do disposto no número anterior, considera-se incumprimento grave ou

reiterado quando o faltoso, depois de interpelado para cumprir, não tenha acatado as ordens ou instruções emanadas pela Câmara Municipal do Seixal, no prazo que razoavelmente lhe tenha sido fixado.

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3. O incumprimento do presente Regulamento, e a ocorrência de comportamentos que constituam atentados à integridade de pessoas e bens, à segurança e ao pudor, ou desobediência aos marinheiros de serviço e funcionários da Câmara Municipal do Seixal em serviço nos equipamentos e infraestruturas náuticas da Baía do Seixal, sem prejuízo de responsabilidade civil ou criminal, implica o indeferimento dos pedidos formulados ou o cancelamento das autorizações concedidas e o impedimento de acostar e/ou amarrar por um período até 12 meses.

Artigo 30.º Remoção

1. A violação dos deveres e obrigações constantes do presente Regulamento, confere à Câmara Municipal do Seixal o direito de ordenar aos faltosos a imediata remoção da embarcação do lugar em que esteja amarrada, acostada ou ancorada, assim como a remoção da respetiva poita, se for esse o caso.

2. Quando a ordem referida no número anterior não puder ser notificada ao infrator ou, quando notificado, o mesmo não a acate prontamente, a Câmara Municipal do Seixal poderá executar a remoção, ficando os respetivos custos a cargo do proprietário da embarcação, seu representante ou locador.

3. Por necessidade de gestão da Estação Náutica Baía do Seixal, nomeadamente, de manutenção, conservação ou operacionalidade do plano de água, quando o mau tempo ou outras circunstâncias o aconselhem, pode, igualmente, ser ordenada a remoção de embarcações, aplicando‐se o disposto no número anterior, com as necessárias adaptações.

4. Em caso de embarcação amarrada, acostada ou ancorada de forma prejudicial ao normal funcionamento da Estação Náutica Baía do Seixal ou em caso de avaria que reconhecidamente não tenha viabilidade de reparação rápida, será da responsabilidade do proprietário, seu representante ou locador, a remoção da embarcação, podendo a Câmara Municipal do Seixal proceder à remoção nos termos dos números anteriores caso esta não seja efetuada com a prontidão necessária.

CAPÍTULO VIII

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 31.º Interpretação e Integração

Compete à Câmara Municipal a resolução de questões omissas ou dúvidas que a aplicação do presente Regulamento suscite.

Artigo 32.º Entrada em vigor

O presente Regulamento entra em vigor 15 (quinze) dias após a sua publicação na II Série do Diário da República.

Dimensões de referência para poitas

Tabela I

Embarcação Poita

Dimensões máximas de ocupação Leito de rio

Comprimento (m)

m2 Largura(m) Comprimento(m)

3m<L<6m 2,25 1,5 1,5 6m<L<10m 2,89 1,7 1,7

10m<L<15m 4,00 2 2 >15m 6,25 2,5 2,5

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Modelos de Formulários Modelo 1

Estação Náutica Baía do Seixal Requerimento de utilização de equipamentos – embarcações de recreio

Requerimento n.º _____________ Data ___________________ Renovação: ___Sim ____ Não

Dados do utilizador: Nome: Morada. Cód. Postal: País: NIF: BI/CC/Passaporte: Tel.: Telemóvel: Fax: E-Mail:

Dados da Embarcação de Recreio: Nome: Registo: Validade Vistoria: Validade Seguro: Livrete: Bandeira: Comprimento: Boca: Pontal: Calado:

Dados da Poita: Área de ocupação em leito de rio (m2): Peso (Kg): Principal material de construção: Material do sistema de amarração:

Solicita:

Lugar de acostagem no Cais de Acostagem Municipal / Pontes-cais ____/_____/______ a _____/_____/______ ou das _____h_____ m às _____h_____ m

Lugar de amarração no Fundeadouro Municipal ____/_____/______ a _____/_____/______ Colocação / recolocação / remoção de poita na Baía do Seixal de ____/_____/______ a

_____/_____/______

Lista de Espera Lugar de amarração/acostagem em zona sem condições permanentes de navegabilidade

Declaro que:

1- As informações que prestei são verdadeiras; 2- Tomei conhecimento do Regulamento Municipal de Utilização de Equipamentos,

Infraestruturas e Serviços da Estação Náutica Baía do Seixal, bem como do Preçário e Tarifário em vigor, cujos termos e condições aceito.

Tomei conhecimento de que a cópia deste requerimento, conjuntamente com o comprovativo de pagamento, quando devido, faz prova da autorização de utilização dos equipamentos, pelo que me farei sempre acompanhar dos mesmos. Seixal, ___ de _______________ de 20___ Assinatura: ________________________________________________

………………………………………….

Reservado à Câmara Municipal do Seixal:

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Recebido e conferido por: Nome_______________________________________________________________________ Ass.:___________________________________________________________ N.º da Guia de Recebimento: _______________ Data:_________________ Cartão eletrónico de acesso n.º:__________________________________ N.º de identificação do lugar de fundeadouro:_________________________ Coordenadas GPS (aproximadas) da bóia de amarração em poita: __________________________________ Data e hora para colocação, recolocação ou remoção de poita: _____________________________________ Colocação, recolocação ou remoção de poita confirmada no local por: _______________________________

Modelo 2 Estação Náutica Baía do Seixal

Requerimento de utilização de equipamentos – embarcações de pesca

Requerimento n..º _____________ Data ________________Renovação: ___Sim ____ Não

Dados do utilizador: Nome: Morada. Cód. Postal: País: NIF: BI/CC/Passaporte: Tel.: Telemóvel: Fax: E-Mail:

Dados da Embarcação Pesqueira: Nome: Registo: Validade Vistoria: Validade Seguro: Livrete: Comprimento: Boca: Pontal: Calado:

Dados da Atividade Profissional: Cédula Marítima: Licenças de Pesca Profissional: Aprestos e instrumentos de acordo com o Regulamento de Pescas em Águas Interiores não Marítimas do Rio Tejo que utiliza:

Dados da Poita: Área de ocupação em leito de rio (m2): Peso (Kg): Principal material de construção: Material do sistema de amarração:

Solicita:

Lugar de acostagem no Cais de Acostagem Municipal para atividade piscatória de ____/_____/______ a _____/_____/______

Colocação / recolocação / remoção de poita na Baía do Seixal de ____/_____/______ a _____/_____/______

Lista de Espera Lugar de amarração/acostagem em zona sem condições permanentes de navegabilidade

Declaro que:

1- As informações que prestei são verdadeiras;

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2- Tomei conhecimento do Regulamento Municipal de Utilização de Equipamentos, Infraestruturas e Serviços da Estação Náutica Baía do Seixal, bem como do Preçário e Tarifário em vigor, cujos termos e condições aceito.

3- Tomei conhecimento de que a cópia deste requerimento, conjuntamente com o comprovativo de pagamento, quando devido, faz prova da autorização de utilização dos equipamentos, pelo que me farei sempre acompanhar dos mesmos. Seixal, ___ de _______________ de 20___ Assinatura: ________________________________________________

………………………………………………………

Reservado à Câmara Municipal do Seixal: Recebido e conferido por: Nome________________________________________________________________________ Ass.:___________________________________________________________ N..º da Guia de Recebimento: _______________ Data:_________________ Cartão eletrónico de acesso n.º:__________________________________ N.º de chaves entregues para acesso ao cais de atividade piscatório: ________________________________ Coordenadas GPS (aproximadas) da bóia de amarração em poita: __________________________________ Data e hora para colocação, recolocação ou remoção de poita: _____________________________________ Colocação, recolocação ou remoção de poita confirmada no local por: _______________________________

Modelo 3 Estação Náutica Baía do Seixal

Requerimento de serviços

Dados Nome da Embarcação de Recreio / Pesca: Nome do Utilizador: Autorização n.º: Data: Tipo de Autorização: - Acostagem no Cais ou Ponte-cais: - Amarração no Fundeadouro no Lugar n.º: - Amarração em Poita nas coordenadas GPS:

Legenda de tipologias de serviços A – Acesso a eletricidade B – Acesso a água C – Acesso à bomba pump-out D – Requisição de cartões de acesso suplementares E – Comunicação de saída ≥ 36 horas F – Comunicação de regresso

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Data Tipologia de Serviço Quantidade Pago

(S/N) Assinatura do

Requerente Informações

Complementares Pedido recebido por (assinatura)

Modelo 4

Estação Náutica Baía do Seixal Requerimento de utilização de equipamentos – centro de recursos náuticos

Requerimento n.º ______ Data ________ Renovação: ___Sim ____ Não Dados do utilizador: Nome: Morada. Cód. Postal: País: NIF: BI/CC/Passaporte: Tel.: Telemóvel: Fax: E-Mail: Descrição e quantidade de equipamentos, bens e materiais a guardar nos abrigos:

Descrição sucinta das atividades a desenvolver e sua periodicidade:

Solicita a utilização do centro de recursos náuticos. Declaro que:

1- As informações que prestei são verdadeiras; 2- Tomei conhecimento do Regulamento Municipal de Utilização de Equipamentos,

Infraestruturas e Serviços da Estação Náutica Baía do Seixal, bem como do Preçário e Tarifário em vigor, cujos termos e condições aceito.

Seixal, ___ de _______________ de 20___ Assinatura: ________________________________________________

……………………………………………. Reservado à Câmara Municipal do Seixal: Recebido e conferido por: Nome__________________________________________________________ Ass.: ___________________________________________________________ Documentos anexos a esta proposta: • Proposta da Divisão de Desenvolvimento Económico e Promoção do Turismo – 08/08/2012 – anexo nº 452/2012. • Informação do Gabinete de Apoio aos Órgãos Autárquicos – 09/10/2012 – anexo nº 453/2012.

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O Proponente O Presidente da Câmara Municipal Alfredo José Monteiro da Costa”.

Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanime e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. O Senhor Vereador Joaquim Santos, sobre o Regulamento Municipal de Utilização de Equipamentos, Infraestruturas e Serviços da Estação Náutica Baía do Seixa, esclareceu que se tratava de cumprir um formalismo relacionado com o período de apreciação pública do Regulamento cujo projeto fora aprovado na reunião de Câmara de dezasseis de agosto. Informou que neste período não tinha havido qualquer participação, não tinham sido rececionadas quaisquer informações ou sugestões, pelo que se proponha novamente a sua aprovação e também a sua submissão à deliberação da Assembleia Municipal. Aproveitou para referir que a Estação Náutica do Seixal já estava a ter procura, já tendo recebido sessenta embarcações, desde quatro de setembro, 65% de acostagem em cais, 3,33% em fundeadouro e 31,6% em colocação e amarração em poita. Acrescentou que em termos das origens destas embarcações, 92% eram de portugueses, 5% de franceses e 2,5% de ingleses. Reforçou que a Estação Náutica Baía do Seixal estava a funcionar, tinha procura e se queria aumentar não só a participação nacional, como também internacional e por outro lado que o cais de atividade piscatória estava em funcionamento desde dia vinte e sete de setembro, há cerca de três semanas e que estava a ser utilizado nesta data por cinco pescadores locais. Observou que tinha ainda assim capacidade para o dobro, para dez pescadores e que seria uma intervenção onde se continuaria a investir, acrescentando que este era apenas um exemplo do desenvolvimento que os municípios deviam promover em parceria com as instituições no sentido de desenvolverem os concelhos. O Senhor Vereador Samuel Cruz, referiu que esta era uma temática que lhe era cara porque correspondia aquele que era o seu passatempo, mas que mais uma vez era obrigado e forçado a falar de Almada. Mais referiu que o concelho do Seixal nunca iria ter verdadeiramente uma estação náutica enquanto não tivesse um clube náutico com acesso direto à água, sendo que o polo dinamizador de qualquer estação náutica era o clube náutico, o sítio onde as pessoas recolhiam os barcos ou de onde retiravam o seu barco e o metiam na água para andar, ao fim de semana. Salientou que o Seixal, que ele conhecesse era a única terra que tinha um clube náutico que não tinha acesso direto à água, as pessoas tinham que atravessar uma estrada nacional com o barco atrás, a estrada nacional 378, havendo até barcos que tinham de passar diretos para a água. Observou que enquanto a Câmara Municipal do Seixal não resolver o problema da Associação Náutica do Seixal nunca iria ter uma estação náutica, porque o pilar base da estação náutica era o clube náutico. Voltando a Almada, referiu que a Câmara tinha recuperado a antiga estação fluvial que fora feita para a EXPO 98, sendo dali que era feito o acesso à água, estava no meio da população, todas as pessoas viam o clube estava em franca expansão e tinha todas as condições para se praticar vela e outro tipo de desportos náuticos. Perguntou qual era o desporto praticado pela Associação Náutica do Seixal, referindo que se tinha uma baía linda onde deveria haver desportos náuticos e a Associação Náutica do Seixal fazia natação na piscina de Corroios, não tinha qualquer tipo de atividade náutica. Por outro lado e muito importante seria também intenção da estação náutica trazer pessoas para o concelho, pessoas que depois gastassem aqui dinheiro, fossem aos restaurantes, passeassem e que trouxessem animação para dinamizar o concelho. Neste exato sentido referiu que em Almada estava a fragata Dom Fernando e Borges e iria estar o Barracuda, o submarino para que as pessoas pudessem visitarem, ou seja havia um plano com cabeça, um dinamizar da frente ribeirinha de Cacilhas.

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Terminou dizendo que tudo isto era muito bonito mas era uma falácia, não correspondia aquilo que quem praticava desportos náuticos procurava, sendo que quem vinha ao Seixal, acostava, almoçava e ia-se embora porque não havia outro sítio para trazer pessoas, de outra forma. Antes de passar à votação referiu que estivera, neste fim-de-semana numa atividade da Seixalíada e que se calhar até ia aparecer no Boletim Municipal, em concreto no triatlo que se tinha realizado na baía do Seixal, promovido pela Associação Náutica do Seixal, Clube Campismo Luz e Vida e Associação Naval Amorense. Acrescentou que se tinha tratado de uma grande prova desportiva, que tinha dinamizado a baía do Seixal e concretamente também à área do Seixal. Sublinhou que apesar da crise e da falta de apoios ao movimento associativo do concelho por parte do Estado os apoios da Câmara Municipal do Seixal continuavam e portanto os clubes do concelho continuavam a ter capacidade de desenvolvimento desportivo também na atividade náutica. Referiu ainda que tinha reunido com o Presidente da Associação Náutica do Seixal que era recente e que lhe tinha transmitido a intenção de novamente retomar várias atividades no rio, que infelizmente anteriores direções não tinham sabido manter e até ampliar. Referiu ainda assim que a Associação Náutica precisaria de ter quer embarcações, quer condições para desenvolver a sua atividade, sendo que do outro lado a Naval Amorense tinha uma grande projeção, atividade e resultados desportivos de grande interesse a nível nacional. 4.CONTRATAÇÃO PÚBLICA. CONCURSO PÚBLICO PARA A EMPREITADA DE CONSTRUÇÃO DO MUSEU OFICINA DE ARTES MANUEL CARGALEIRO, DA QUINTA DA FIDALGA. PLANO DE TRABALHOS E CRONOGRAMA FINANCEIRO. AJUSTAMENTO. PROCESSO N.º 01.010-2009/305. APROVAÇÃO. Proposta agendada para a próxima reunião de câmara. O Senhor Vereador Joaquim Santos, referiu que já se tinha trazido o plano de trabalhos e cronograma financeiro desta obra da Quinta da Fidalga, de construção do Museu Oficina de Artes Manuel Cargaleiro, sendo que tivera oportunidade de estar na segunda-feira de manhã na obra para também perceber o desenvolvimento da mesma. Quanto ao plano de trabalho aqui apresentado e relativamente ao anterior esclareceu que se mantinha a data de conclusão a trinta de novembro havendo sim a deslocação de algumas tarefas, nomeadamente de arquitetura em termos das coberturas, pavimentos, paredes e tetos e também de várias instalações especiais. O Senhor Vereador Luís Cordeiro, perguntou se a obra estaria mesmo concluída no dia trinta de novembro, daqui a mês e meio, acrescentou que mesmo não sendo especialista em construção civil, olhava para aquela obra e já mais estaria pronto nesse prazo, nem que fizessem quarenta e oito horas sobre vinte e quatro. Referiu que se a primeira programação já era complicada ainda pior tinha ficado e que este era um dado que devia ser tido em conta. Por outro lado e referindo-se à notícia publicada no tal jornal o Sem+, observou que ali se dizia que: “antes do verão a Câmara Municipal do Seixal prevê ter prontas as obras do Museu de Artes Manuel Cargaleiro”. Observou que antes do verão não era trinta de novembro, que ainda era inverno, recordando o que dissera sobre o edital que estava na porta da Quinta, sendo que o primeiro dizia que a obra iria decorrer por trezentos dias e que depois a Quinta estaria aberta ao público e agora dizia, muito mais honestamente, que quando as obras estivessem concluídas se reabriria a Quinta. Aproveitou ainda para referir que no mesmo jornal se podia ler que o núcleo antigo do Seixal entraria em obras em breve, as obras de qualificação dos espaço público do núcleo antigo do Seixal deveriam arrancar em breve, prevendo-se a sua conclusão para o verão, observando que, mais uma vez, o verão aparecia. Perguntou o porquê do verão, seria porque em outubro se realizariam eleições autárquicas ou seria mera coincidência. Acrescentou que não estava em crer que fosse coincidência.

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A Senhora Vereadora Helena Domingues, cumprimentou os presentes e referiu que tinha ficado perplexa quando estivera a analisar esta documentação, tendo até pensado sinceramente que o seu dossier não estivesse completo. Concretizando referiu que na ordem de trabalhos se dizia que era para aprovar o plano de trabalhos e o cronograma financeiro, mas que na documentação distribuída nada disto aparecia. Observou que aparecia uma carta da empresa subscrita pelo engenheiro Rogério Castelo que diz que juntava o plano de trabalhos com quatro folhas, mapa de pessoal e equipamento com quatro folhas, cronograma financeiro com duas folhas, mas que na documentação estava uma mera memória descritiva e justificativa e nada mais. Concluindo referiu que pela documentação distribuída só se podia perceber que a data prevista para a conclusão era trinta de novembro, que efetivamente era antes do verão, mas do verão de dois mil e treze. Por último referiu que embora fosse advogada e não engenheira civil, achava que só por artes mágicas era que a trinta de novembro a obra estaria concluída. Terminou dizendo que face à ausência de documentação aquilo que se proponha aqui aprovar era, manifestamente, impossível porque não disponham daquilo que era proposto ser aprovado. O Senhor Vereador Joaquim Santos, tendo em conta que não havia urgência nesta deliberação e a questão colocada pela Senhora Vereadora sobre a documentação, referiu que, se todos estivessem de acordo, se passaria esta proposta para a próxima reunião, tratando-se apenas de uma questão formal. Ainda assim esclareceu que quando se aprovava uma obra havia um calendário ou um plano de obra, de trabalhos que vinha à Câmara Municipal para ser aprovado e que sempre que havia alterações, sempre que o empreiteiro alterava, tal era analisado e depois submetido novamente à Câmara a sua aprovação. Esclareceu que neste caso concreto o prazo se mantinha havendo sim uma alteração em termos das entradas dos revestimentos de interiores, e um parecer do serviço neste sentido. Havendo acordo passou este ponto para a próxima reunião, solicitando ao apoio para então fazer uma digitalização do cronograma e das plantas para distribuir. De qualquer forma deixou algumas notas sobre o assunto, começando por dizer que na segunda-feira de manhã, quando visitara à obra, estavam exatamente uma empresa de impermeabilizações de cobertura a trabalhar, sendo que estava acordado com o próprio engenheiro diretor de obra terminar-se a impermeabilização das coberturas, antes de começar a chover. Depois e sobre o novo edital comentou que existia um processo de melhoria contínua na Câmara Municipal do Seixal também graças às sugestões dos senhores vereadores. Finalmente sobre esta notícia, o artigo no Semais, esclareceu que tinha consultado os serviços de informação da Câmara que tinha informado que não tinha existido qualquer comunicação da Câmara Municipal relativamente a esta matéria que vinha no Semais, pelo que se desconhecia a sua origem. Terminou referindo-se às questões eleitorais colocadas, sublinhando que tinham sido eleitos para um mandato de quatro anos pelo que tinham objetivos a concretizar em quatro anos. Observou que tinha depreendido das palavras do Senhor Vereador, e desde já agradecia a confiança, que a CDU iria continuar nos próximos quatro anos. A Senhora Vereadora Helena Domingues, reforçou apenas que o adiamento por uma semana desta deliberação não teria qualquer efeito negativo no decorrer da obra, até porque da análise, ainda que superficial ao processo, se verificava que esta proposta fora feita no dia dez de outubro e no dia onze de outubro fora logo pago um adiantamento da obra, estando tal espelhado no cronograma financeiro. O Senhor Vereador Joaquim Santos, referiu que se tratava apenas de uma questão formal que não impedia o desenvolvimento da obra, não havendo nenhum problema e que nunca diria que fora por causa deste adiamento que a obra não estivera concluída a trinta de novembro.

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5.PLANO ANUAL DE APOIOS ÀS ASSOCIAÇÕES DE IMIGRANTES DO CONCELHO DO SEIXAL 2012. CONTRATOS PROGRAMA E COMPARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS. Proposta retirada da ordem de trabalhos. A Senhora Vereadora Helena Domingues, aproveitou ainda sobre o ponto anterior para dizer que tinha registado o facto do Senhor Vice-Presidente ter dito que se tratava apenas de uma aprovação formal, observando que já sabia que as coisas quando vinham aqui à Câmara já estavam aprovadas porque a maioria ditava a aprovação. Sobre os pontos em apreço começou por referir que não tinha conseguido, pela análise destes programas ou destas propostas, descortinar qual era o critério orientador da atribuição dos subsídios. Mais referiu que no ponto cinco estavam em causa os apoios às associações de imigrantes do concelho do Seixal, bem como os respetivos contratos-programa, mas a verdade era que só estava na documentação um contrato-programa, eventualmente por serem todos iguais. Por outro lado podia ler-se no processo uma nota da Diretora de Departamento dizendo que para os contratos programa serem remetidos à reunião de Câmara a presente proposta teria de integrar o relatório síntese da execução financeira referente às atividades do ano de dois mil e onze, mas na realidade não integrava, a menos que também tivesse a documentação incompleta. Depois referiu que se ia atribuir verbas a quatro associações, sendo que contratos-programa apenas era apresentado um, pensando que mais uma vez deveria ter havido aqui algum equívoco e a documentação remetida não fora completa. Por outro lado sublinhou que não se percebia porque à Associação Cabo-Verdiana se atribuía uma verba de dois mil euros e à Associação de Angolanos se atribuía quinhentos euros ou à Associação dos Naturais e Amigos da Lobata em Portugal, oitocentos euros. Observou que também não se compreendia o que iam fazer e qual o critério de atribuição. Referiu que não tinha nada contra as associações de imigrantes entendendo que no concelho do Seixal vinham a desenvolver, ao longo dos anos, uma ação meritória até de integração dos imigrantes na comunidade. Ainda assim referiu que não lhes podiam pedir um voto cego, sem nenhuns elementos e que se aprovassem verbas sem perceber porquê, sendo tal um requisito essencial, ou seja a justificação da proposta para aprovação. A Dr.ª Maria João Santos, Coordenadora do Gabinete de Apoio aos Órgãos Autárquicos, esclareceu que conforme acordado no início do presente mandato da documentação distribuída faria parte apenas uma minuta de contrato programa sempre que estes fossem iguais para cada uma das associações em causa. Acrescentou que no processo constava o objeto de cada contrato programa e o fim da respetiva comparticipação financeira. Por outro lado referiu que se do processo não constavam relatórios era porque, provavelmente, os contratos programa para dois mil e onze não exigiam esses relatórios. O Senhor Vereador Samuel Cruz, face aos esclarecimentos prestados referiu que o contrato programa era o documento que era estabelecido entre as duas entidades, a Câmara Municipal do Seixal que pagava e a entidade que se comprometia a fazer determinada tarefa. Acrescentou que, salvo melhor opinião, a sua sensibilidade de jurista lhe dizia que devia estar plasmado nesse documento exatamente o que a entidade que recebia o dinheiro se comprometia a fazer, sendo com estranheza que via que o contrato-programa era igual para todos. Referiu que tinha alguma dificuldade em compreender como era que o Centro de Assistência Paroquial de Amora se comprometia a fazer a mesma coisa que uma associação de imigrantes ou que a Cooperativa Pelo Sonho é que Vamos ou que uma associação de reformados. Observou que eram entidades diferentes que necessariamente faziam coisas diferentes e que se comprometiam, através de contrato-programa, a receber dinheiro da Câmara para fazer a mesma coisa porque o contrato-programa era igual para todos. Referiu que tinham de ser responsáveis, que se viviam tempos de muitas dificuldades e que era preciso saber como era o dinheiro público gasto exatamente, daí o pedido inteiramente justo para

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que constassem nos processos os relatórios que dissessem o que as associações tinham feito no ano anterior ao dinheiro que lhes fora entregue por esta Câmara. Referiu que apenas se recordava de uma entidade que trouxera essa justificação e que mais valia que não tivesse trazido, porque a justificação era que todo o dinheiro que lhe fora entregue fora para pagar uma almoçarada em Cacilhas ou na Piedade, era uma almoçarada. Mais referiu que não se podia estar a atribuir dinheiro sem saber onde era empregue, o que se ia fazer com ele, como seria gasto e por outro lado havia que exigir responsabilidade nestas alturas. Sublinhou que pagava impostos e que lhe custava pagar impostos e não saber para onde o seu dinheiro ia, acreditando que todos os que pagavam impostos sentissem essa necessidade. Aproveitou para dizer que há pouco o Senhor Vereador tinha sido injusto, esclarecendo que não tinha aceite pelouro nesta Câmara porque o que o senhor Presidente da Câmara lhe tinha proposto que gerisse dez mil euros, durante o ano inteiro, e que recebesse mil e quinhentos euros, tivesse um adjunto que recebesse mil e oitocentos, bem como um carro da Câmara e mais uma secretária. Salientou que iria gastar trinta ou quarenta mil euros ao erário público, para gerir dez mil euros e dois funcionários numa loja no Continente. Referiu que não estava aqui para me aproveitar do cargo, sendo que até tinha acabado de ser pai e de comprar casa pelo que mais um ordenado lhe dava jeito, dá jeito a todos, mas não eram todos iguais, não teria sido justo aceitar quer do ponto de vista moral, considerando que a proposta feita era imoral, quer do ponto de vista político, até porque o PS representava mais nesta Câmara e porque não se devia propor a alguém gastar quarenta mil euros para gerir dez mil. O Senhor Vereador Joaquim Santos, esclareceu que as justificações do ponto 5 estavam descritas na informação técnica da Dr.ª Elsa Tavares para todas as instituições, sendo que poderiam tomar duas opções, a primeira opção seria aprovar estes apoios para estas associações de imigrantes, no valor global de quatro mil e quinhentos euros, sendo que entendia que, do ponto de vista político, estavam reunidas as condições para o fazer, até porque se conheciam as instituições, o trabalho sério que desenvolviam e o papel muito importante na comunidade imigrante no concelho do Seixal. Ou então solicitavam-se mais esclarecimentos, se os senhores vereadores, assim o entendessem, até porque a Senhora Vereadora responsável pelo pelouro ainda não estava presente. Reforçou estar em crer que havia condições de votar a proposta, que existia seriedade, confiança e enquadramento em termos legais, mas que era sensível às questões e às dúvidas apresentadas pelo PS. A Senhora Vereadora Helena Domingues, esclareceu que a verba disponível na rubrica era de facto quatro mil e quinhentos euros, mas que a verba atribuída era de três mil e oitocentos euros. De seguida referiu que reconhecia que algumas destas associações, que conhecia, tinham um papel meritório, mas ainda assim dizer que por exemplo a participação da Associação Moçambique no projeto Povos Culturas e Pontes e uma tertúlia justificava a atribuição de quinhentos euros era pouco, Era de facto necessário perceber que atividades iam desenvolver. Realçou que tinha de haver algum rigor e que era a própria diretora do departamento que tinha aqui uma informação para se juntar os relatórios sínteses de execução financeira, partindo-se do pressuposto que existiam, até porque de certeza que a diretora do departamento não anotava isto sem saber do que estava a falar. Terminou dizendo que o PS valorizava a ação que estas associações tinham, mas não podiam continuar a votar cegamente, sendo várias as nesta câmara as advertências para que estes contratos-programa viessem documentados com os relatórios das atividades, os relatórios de execução financeira. Reforçou que o PS não estava disponível para continuar a votar estas propostas nestes termos. O Senhor Vereador Joaquim Santos, perante o exposto sugeriu que se retirasse a proposta, dizendo que iria solicitar aos serviços as fundamentações respetivas.

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6.Deliberação n.º 207/2012 – CMS – PLANO ANUAL DE APOIOS ESPECÍFICOS. CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL DE CORROIOS. CONTRATO PROGRAMA E COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA. Proposta de acordo com a alínea b) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Proposta: Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social “Considerando a importância do trabalho desenvolvido pelo Centro Social e Paroquial de Corroios, nomeadamente com o apoio na área da infância, com a sua vertente de creche, jardim-de-infância, dinamização de tempos livres e apoio escolar, e sendo esta uma instituição sem fins lucrativos, e nos termos da alínea b) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Proponho a atribuição de uma comparticipação financeira ao Centro Paroquial de Corroios, no valor de € 1.040 (mil e quarenta euros), para apoio na aquisição e renovação do material didático e de desgaste da creche, conforme proposta da Divisão de Ação Social em anexo com o n.º 22745 de 2 de outubro de 2012. Documentos anexos a esta proposta: • Contrato programa de Desenvolvimento Social entre o Município do Seixal e o Centro Paroquial de Corroios – anexo n.º 454/2012. • Proposta da Divisão de Ação Social – 2012.10.02 – anexo n.º 455/2012. • Informação do cabimento n.º 130/CA/2012 – 2012.10.15 – anexo n.º 456/2012.

O Proponente

A Vereadora do Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social Corália Maria Mariano de Almeida Sargaço Loureiro.”

Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. A Senhora Vereadora Helena Domingues, em relação ao ponto seis referiu que se tratava, para si, de uma questão bastante delicada porque o Centro Social e Paroquial de Corroios era da sua terra e lhe dizia especialmente. Ainda assim referiu que queria compaginar o ponto seis com o ponto sete, começando por dizer que o Centro Social e Paroquial de Corroios tinha uma creche e que era nesta vertente que vinha aqui este apoio, apoio que se proponha que fosse de mil e quarenta euros para um Centro Paroquial que tinha sessenta e seis utentes. Por outro lado a proposta número sete, relativa ao Centro de Assistência Paroquial de Amora, que também tinha uma creche e que tinha trezentos e cinquenta e um utentes, com apoios escolares, consubstanciava um apoio de dois mil e quatrocentos euros. Realçou que tinha feito as contas e que para Corroios por cada utente era dado um apoio de quinze euros e setenta e cinco cêntimos e para a Amora de seis euros e oitenta e três cêntimos por utente. Observou que no processo não existia qualquer elemento que fundamentasse financeiramente este critério de atribuição e explicasse porque é que Centros que desenvolviam atividades no mesmo âmbito, com a mesma população alvo, tinham dotações tão diferentes por utente. Depois chamou a atenção para um mero pormenor, mas que lhe tinha saltado à vista tal como fora aquele celebre almoço que o Senhor Vereador Samuel já tinha referido, também aqui o Centro de Corroios, na sua execução financeira do ano anterior, apresentava uma fatura que era um

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duplicado, ou melhor uma fotocópia de um duplicado que em baixo tinha um carimbo de anulado. Solicitou esclarecimentos não sabendo se a fatura em causa fora ou não anulada. Terminou dizendo que não fariam processos de intenções contra ninguém, mas que gostaria que percebessem que estas coisas quando presentes a reunião de Câmara deveriam vir “limpas”, sem estes possíveis equívocos, entendendo que também neste processo não estava suficientemente demonstrado o porquê desta atribuição de verbas e nestes montantes, sendo duas instituições com o mesmo público. A Senhora Vereadora Vanessa Silva, começou por pedir desculpa por esta intervenção um bocadinho lateral, mas que tinha percebido que o Senhor Vereador Samuel Cruz não estava na reunião em que ela tinha prestado esclarecimentos e que não tinha lido a informação, mas que a Senhora Vereadora Helena estava na reunião em que tinham sido prestados os esclarecimentos e ainda assim voltara a referir o celebre almoço. Nesse sentido perguntou se a questão estava compreendida ou se havia alguma necessidade de esclarecimentos os senhores vereadores do PS, até porque referirem-se a algo que tinha sido justificado oralmente por si, que estava na ata e por escrito também, não lhe parecia um procedimento correto. A Senhora Vereadora Helena Domingues, referiu que efetivamente a Senhora Vereadora Vanessa tinha prestado esclarecimentos e todos tinham ficado informados do que se tinha passado, sendo que só chamara à colação esse assunto porque pensava que, tal como dessa vez, em que a documentação criava equívocos, também esta documentação junta pelo Centro Social e Paroquial de Corroios podia criar esses equívocos. O Senhor Vereador Joaquim Santos, em relação ao ponto seis esclareceu que a documentação apresentada tinha justificação para a verba, em concreto a aquisição de material didático e de desgaste. Referiu que não viam que existisse qualquer questão que fosse objeto de não aprovação ou que fosse obstáculo para colocar à votação a proposta pensando que estava fundamentada. A Senhora Vereadora Helena Domingues, referiu que votariam a favor, acreditando na explicação do Senhor Vice-Presidente e no facto destas atribuições terem por base uma rigorosa apreciação dos serviços, uma análise técnica. Ainda assim referiu que era esta análise técnica que não estava aqui, sendo os vereadores chamados a pronunciarem-se sem a conhecerem e realçando que a justificação era a mesma para os dois casos, ou seja o apoio na aquisição e renovação de material didático e de desgaste, só que num caso era uma instituição com sessenta e seis utentes e no outro caso com trezentos e cinquenta e um utentes e que apresentavam valores tão disparos de apoio. O Senhor Vereador Joaquim Santos, antes de avançar referiu que também iria pugnar junto dos serviços para que houvesse uma melhor fundamentação para se perceber melhor estas questões relacionadas com a atribuição das verbas em si. 7.Deliberação n.º 208/2012 – CMS – PLANO ANUAL DE APOIOS ESPECÍFICOS. CENTROS DE ASSISTÊNCIA PAROQUIAL DE AMORA. CONTRATO PROGRAMA E COMPARTICIPAÇÕES FINANCEIRA. Proposta de acordo com a alínea b) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Proposta: Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social

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“Considerando a importância do trabalho desenvolvido pelo Centro de Assistência Paroquial de Amora, nomeadamente com o apoio na área de infância, e sendo esta uma instituição sem fins lucrativos e tendo uma resposta social composta por creche, jardim-de-infância, dinamização de tempos livres e de apoio escolar, e nos termos da alínea b) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Proponho a atribuição de uma comparticipação financeira ao Centro de Assistência Paroquial de Amora, no valor de € 2.400 (dois mil e quatrocentos euros), para apoio na aquisição e renovação do material didático e de desgaste da creche, conforme proposta da Divisão de Ação Social em anexo com o n.º 22793 de 3 de outubro de 2012. Mais se propõe, a aprovação do contrato programa. Documentos anexos a esta proposta: • Contrato programa de Desenvolvimento Social entre o Município do Seixal e o Centro de Assistência paroquial de Amora – anexo n.º 457/2012. • Proposta da Divisão de Ação Social – 2012.10.03 – anexo n.º 458/2012. • Informação do cabimento n.º 129/CA/2012 – 2012.10.15 – anexo n.º 459/2012.

O Proponente A Vereadora do Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social

Corália Maria Mariano de Almeida Sargaço Loureiro.” Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. *Vide supra intervenções da Senhora Vereadora Helena Domingues, Vanessa Silva e Joaquim Santos. 8.Deliberação n.º 209/2012 – CMS – PLANO ANUAL DE APOIOS ESPECÍFICOS. CENTRO DE ATIVIDADES SOCIAIS DE MIRATEJO. CONTRATOPROGRAMA E COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA. Proposta de acordo com a alínea b) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Proposta: Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social “Considerando a importância do trabalho desenvolvido pelo Centro de Atividades Sociais de Miratejo, nomeadamente com apoio na área da infância, com a sua vertente de creche, jardim de infância, dinamização de tempos livres e apoio escolar, e sendo esta uma instituição sem fins lucrativos, e nos termos da alínea b) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Proponho a atribuição de uma comparticipação financeira ao Centro de Atividades Sociais de Miratejo, no valor de € 800 (oitocentos euros), para apoio na aquisição e renovação do material didático e de desgaste da creche, conforme proposta da Divisão de Ação Social em anexo com o n.º 22906 de 4 de outubro de 2012. Mais se propõe, a aprovação do contrato programa anexo. Documentos anexos a esta proposta: • Contrato programa de Desenvolvimento Social entre o Município do Seixal e o Centro de Atividades Sociais de Miratejo – anexo n.º 462/2012.

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• Proposta da Divisão de Ação Social – 2012.10.04 – anexo n.º 463/2012. • Informação do cabimento n.º 128/CA/2012 – 2012.10.15 – anexo n.º 464/2012.

O Proponente A Vereadora do Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social

Corália Maria Mariano de Almeida Sargaço Loureiro.” Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. 9.Deliberação n.º 210/2012 – CMS – CONTRATO PROGRAMA A CELEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DO SEIXAL E A FÁBRICA DA IGREJA PAROQUIAL DE Nª SRA. DA CONSOLAÇÃO. APOIO ÀS OBRAS DO SALÃO PAROQUIAL DA IGREJA DA TORRE DA MARINHA. APROVAÇÃO DE MINUTA E COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA. Proposta de acordo com a alínea b) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Proposta: Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social “Considerando a importância em termos patrimónios e sociais da construção da nova igreja da Torre da Marinha e atentado à necessidade de apoios nomeadamente para a concretização de quatro salas de catequese, e nos termos da alínea b) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Assim propõe-se a atribuição de uma comparticipação financeira no valor de € 25.000 (vinte cinco mil euros), à Fábrica da Igreja anexa da Divisão de Migrações e Cidadania com o n.º 23300 de 10 de outubro de 2012. Mais se propõe a aprovação do contrato programa em anexo. Documentos anexos a esta proposta: • Contrato programa de Desenvolvimento Sociocultural e de Cooperação entre o Município do Seixal e a Fábrica da Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Consolação – anexo n.º 463/2012. • Proposta da Divisão das Migrações e Cidadania – 2012.10.10 – anexo n.º 464/2012. • Informação do cabimento n.º 126/CA/2012 – 2012.10.15 – anexo n.º 465/2012.

O Proponente A Vereadora do Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social

Corália Maria Mariano de Almeida Sargaço Loureiro.” Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. 10.Deliberação n.º 211/2012 – CMS – CONTRATO PROGRAMA A CELEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DO SEIXAL E A COOPERATIVA PELO SONHO É QUE VAMOS, CRL, NO ÂMBITO DO APOIO À CASA DE ACOLHIMENTO TEMPORÁRIO “NOVA ESPERANÇA”. APROVAÇÃO DE MINUTA E COMPARTICIPAÇÃO FINNACEIRA. Proposta de acordo com a alínea b) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro.

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Proposta: Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social “Considerando a importância social de que se reveste a atividade desenvolvida pela Cooperativa de Solidariedade Social “Pelo Sonho é que Vamos, CRL”, concretamente a valência da Casa de Acolhimento Temporário “Nova Esperança” que é dirigida ao acolhimento temporário (diurno e noturno) de famílias em emergência e risco social, e nos termos da alínea b) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Proponho a atribuição de uma comparticipação financeira à referida Cooperativa, no valor de € 4.000 (quatro mil euros), para apoiar nas despesas inerentes ao funcionamento desta valência, conforme proposta anexa da Divisão de Ação Social com o n.º 22088 de 25 de setembro 2012. Mais se propõe, a aprovação do contrato programa em anexo. Documentos anexos a esta proposta: • Contrato programa de Desenvolvimento Social entre o Município do Seixal e a cooperativa Pelo Sonho é Que Vamos – anexo n.º 446/2012. • Proposta da Divisão de Ação Social – 2012.09.25 – anexo n.º 467/2012. • Informação do cabimento n.º 121/CA/2012 – 2012.10.11 – anexo n.º 468/2012.

O Proponente

A Vereadora do Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social Corália Maria Mariano de Almeida Sargaço Loureiro.”

Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. 11.Deliberação n.º 212/2012 – CMS – CONTRATO PROGRAMA A CELEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DO SEIXAL E A ASSOCIAÇÃO DE REFORMADOS E IDOSOS DA FREGUESIA DE AMORA, NO ÂMBITO DO APOIO À CONSTRUÇÃO DA UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS DE AMORA. APROVAÇÃO DE MINUTA E COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA. Proposta de acordo com a alínea b) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Proposta: Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social Considerando a importância do trabalho desenvolvido pela ARIFA – Associação de Reformados e Idosos da Freguesia de Amora junto da população sénior, nomeadamente com a implementação da Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração, e nos termos da alínea b) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro coma redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Proponho a atribuição de uma comparticipação financeira à ARIFA, no valor de € 80.000 (oitenta mil euros), para apoio na construção, conforme proposta anexa da Divisão de Ação Social, com o n.º 13046 de 30 de agosto de 2012. Mais se propõe a aprovação do respetivo contrato programa. Documentos anexos a esta proposta: • Contrato programa de Desenvolvimento Social entre o Município do Seixal e a Associação de Reformados e Idosos da Freguesia de Amora – anexo n.º 469/2012. • Proposta da Divisão de Ação Social – 2012.08.30 – anexo n.º 470/2012.

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• Informação do cabimento n.º 122/CA/2012 – 2012.10.09 – anexo n.º 471/2012.

O Proponente A Vereadora do Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social

Corália Maria Mariano de Almeida Sargaço Loureiro.” Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. 12.Deliberação n.º 213/2012 – CMS – CONTRATO PROGRAMA A CELEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DO SEIXAL E A COOPERATIVA DE EDUCAÇÃO E REABILITAÇÃO DE CIDADÃOS INADAPTADOS DE SEIXAL E ALMADA, CRL, NO ÂMBITO DO APOIO AO SISTEMA NACIONAL DE INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA DO SEIXAL.APROVAÇÃO DE MINUTA E COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA. Proposta de acordo com a alínea b) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Proposta: Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social “Considerando o acordo de cooperação em anexo, que visa criar as condições necessárias para a intervenção precoce dirigida a crianças com deficiência ou em risco de atraso grave de desenvolvimento e as suas famílias, e nos termos da alínea b) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Proponho a atribuição de uma comparticipação financeira à CERCISA, no valor de € 3.500 (três mil e quinhentos euros), para apoiar nas despesas inerentes ao funcionamento deste serviço, conforme proposta anexa da Divisão de Ação Social com o n.º 21314 de 17 de setembro de 2012. Mais se propõe, a aprovação do contrato programa em anexo. Documentos anexos a esta proposta: • Contrato programa de Desenvolvimento Social entre o Município do Seixal e a Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Seixal e Almada – anexo n.º 472/2012. • Proposta da Divisão de Ação Social – 2012.09.17 – anexo n.º 473/2012. • Informação do cabimento n.º 123/CA/2012 – 2012.10.09 – anexo n.º 474/2012.

O Proponente A Vereadora do Pelouro dos Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Ação Social

Corália Maria Mariano de Almeida Sargaço Loureiro.” Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. 13. Deliberação Nº 214/2012 – CMS - CONTRATO PROGRAMA A CELEBRAR ENTRE O MUNICÍPIO DO SEIXAL E A ASSOCIAÇÃO DE GRUPO DE VOLUNTÁRIOS NO CANIL/GATIL MUNICIPAL DO SEIXAL. APROVAÇÃO DE MINUTA E COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA. Proposta: Departamento de Fiscalização e Intervenção Veterinária “Considerando a importância da colaboração mútua entre a Câmara Municipal do Seixal e a Associação “Grupo de Voluntários no Canil/Gatil Municipal”, com resultados francamente positivos

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na promoção do bem-estar e saúde animal, bem como no funcionamento das instalações do Canil/Gatil Municipal. Considerando a necessidade de revisão do contrato programa anteriormente celebrado, a qual está prevista nas cláusulas 9ª e 11ª do referido acordo. Propõe-se que a Câmara Municipal delibere no sentido de:

1. Conferir ao Sr. Presidente da Câmara poderes para outorgar o contrato programa com o Grupo de Voluntários no Canil/Gatil Municipal do Seixal.

2. Aprovar a celebração do contrato programa em anexo a esta proposta.

O Proponente O Vereador do Pelouro do Urbanismo e Fiscalização Municipal

Jorge Osvaldo Dias Santos Gonçalves” Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. 14. Deliberação Nº 215/2012 – CMS – CONSTITUIÇÃO DE DIREITO DE SUPERFÍCIE SOBRE PARCELA DE TERRENO COM A ÁREA DE 3.550m2, REFERENTE AO LOTE 51, SITO NA QUINTA DO CONDE, FREGUESIA DE CORROIOS, PARA A CONSTRUÇÃO DO LAR DE IDOSOS. REQUERENTE: ASSOCIAÇÃO UNITÁRIA DE REFORMADOS, PENSIONISTAS E IDOSOS DE CORROIOS. PROCESSO Nº 6/M/2007. APROVAÇÃO DE MINUTA DA ESCRITURA. Proposta: Divisão Administrativa de Urbanismo “Em aditamento à deliberação de câmara nº 365/2010 de 21 de outubro e 172/2012 de 16 de agosto, propõe-se a aprovação da minuta da escritura de constituição do direito de superfície, com a Associação Unitária de Reformados Pensionistas e Idosos de Corroios, para a construção do lar de idosos e a delegação de poderes ao Sr. Presidente para outorgar a respetiva escritura.

O Proponente O Vereador do Pelouro do Urbanismo e Fiscalização Municipal

Jorge Osvaldo Dias Santos Gonçalves” Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. O Senhor Vereador Jorge Gonçalves, deu nota da presença e da paciência da Associação de Reformados Pensionistas e Idosos de Corroios, recordando que ainda no primeiro semestre se tinha aprovado a alteração ao loteamento que viabilizava as questões referentes à área de construção associada ao lote que hoje se proponha que fosse cedido, em direito de superfície, à Associação, estando em causa por isso a proposta de cedência e naturalmente dar a capacidade ao Senhor Presidente para poder celebrar este contrato. O Senhor Vereador Joaquim Santos, apresentou um cumprimento muito especial à Direção da Associação, realçando que se estava a dar mais um passo no sentido de se conferir ao concelho melhores condições para os idosos. O Senhor Vereador Paulo Cunha, referiu que votaria a favor com um cumprimento especial aos representantes da Associação e o desejo de boa sorte.

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15. Deliberação nº 216/2012 – CMS – LOTEAMENTO DO PINHAL DO GENERAL. OPERAÇÃO URBANÍSTICA. AUTORIZAÇÃO PRÉVIA. PROCESSO Nº 1/G/1998. APROVAÇÃO. Proposta: Divisão Administrativa de Urbanismo “Propõe-se que a Câmara delibere aceitar a proposta anexa de 2012.10.10 e a submeta à Assembleia Municipal para autorização prévia da operação de loteamento, nos termos do art. 7º, nº 3 do Dec – Lei nº 555/99 de 16 de dezembro, alterado e republicado pelo Dec – Lei nº 26/2010 de 30 de março.

O Proponente O Vereador do Pelouro do Urbanismo e Fiscalização Municipal

Jorge Osvaldo Dias Santos Gonçalves”

Submetida a votação foi a proposta aprovada por maioria e em minuta com cinco votos a favor, do Senhor Vice-Presidente Joaquim Cesário Cardador dos Santos e dos Senhores Vereadores Joaquim Carlos Coelho Tavares, Vanessa Alexandra Vilela da Silva, Jorge Osvaldo Dias Santos Gonçalves e Luís Manuel Rendeiro Cordeiro e quatro abstenções dos Senhores Vereadores Samuel Pedro da Silva Cruz, Helena Maria Parreira Domingues, Eduardo Manuel Rodrigues e Paulo Edson Borges Carvalho da Cunha, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. O Senhor Vereador Jorge Gonçalves, esclareceu que a questão de conteúdo já tinha sido discutida pelo que, em relação a esta matéria, o que se pretendia na prática era que se aprovasse remeter para aprovação prévia da Assembleia Municipal a elaboração do estudo de loteamento. Mais referiu que tal tinha a ver com o facto de não haver categoria retificada do PDM, pelo que cabia à Assembleia Municipal também deliberar que se fizesse o estudo do loteamento, cabendo depois à Câmara aprová-lo. O Senhor Vereador Samuel Cruz, em primeiro lugar começou por dizer que entendia que esta proposta vinha fora do tempo a esta Câmara ou se a proposta vinha dentro do tempo então alguém falara dela antes do tempo, porque por respeito institucional, não apreciava que pessoas estranhas a esta Câmara se pronunciassem sobre o que a Câmara iria fazer antes dele que era vereador. Referiu que tinha sabido o que a Câmara ia fazer, quando lera no jornal alguém anunciar que a Câmara agora tinha uma solução para o Pinhal do General que iria resolver aquilo tudo num instante, porque tinha descoberto uma lacuna na lei. Mais referiu que, obviamente com todo o respeito pela sua colega advogada, os vereadores ainda eram eles pelo que se alguém, que nem sequer tinha nenhum tipo de relação com esta Câmara, sabia o que a Câmara ia fazer e os vereadores ainda não, então algo ia mal. Repetiu que antes do verão tinha lido declarações de uma distinta advogada a dizer que isto ia acontecer e o facto era que isso mesmo estava agora plasmado em reunião de Câmara, portanto algo de estranho se passava acerca desta situação, considerando isto grave e um desrespeito institucional. Referiu que existiam regras e que quem mandava nesta casa era esta Câmara, este órgão executivo, não podendo haver pessoas externas que mandassem mais do que as pessoas que aqui se sentavam, eram as regras básicas de funcionamento, pelo que este processo começava logo enviesado e mal, muito mal, com desrespeito político e pessoal pelos eleitos, pelo cargo que desempenhavam e pelas pessoas que representavam. Por outro lado referiu que a Câmara vinha agora dizer uma coisa que era absolutamente fantástica, ao fim de anos, dezenas de anos, da Câmara andar a tentar resolver o problema do Pinhal do General da forma normal, quer dizer com a lei das AUGI, aliás como resolvera todos os

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outros casos do concelho e alguns já com o problema perfeitamente resolvido, vinha agora dizer que ia resolver a situação de outra forma. Sublinhou que a lei das AUGI fora criada e tinha servido para resolver o problema das AUGI no Seixal e pelo país no geral, só para o Pinhal do General é que parecia que não servia e com problemas já por diversas vezes apresentados por exemplo pelo Senhor Funina, problemas que todos conheciam. Sobre esta matéria do Pinhal General referiu que os contornos do que acontecera mostravam que o que fora feito, com a conivência, com a participação até da Câmara, fora um saneamento nomeadamente político e que essa parte estava arrumada. Sobre o processo em concreto referiu que se vinha dizer que não tinha sido possível resolver até agora, mas que agora se tinha descoberto que a Câmara Municipal do Seixal não trabalhava bem e que era a própria Câmara que vinha dizer: “nós não fizemos o PDM bem, porque nós criamos ali umas áreas que depois nos esquecemos de regulamentar o que é que eram e não regulamentamos bem, como não regulamentamos as áreas agora não se sabe bem o que é, não há ali PDM, há aqui um vazio na lei, há aqui uma coisa que a gente não sabe o que é e tal e portanto temos aqui uma fuga legal”. Referiu que a própria advogada que fizera as declarações utilizara a expressão “lacuna na lei”, tendo anunciado tal quatro meses antes de vir à Câmara para deliberação, acrescentando que a mesma dissera que tinha descoberto uma lacuna na lei e que iria aproveitar essa lacuna para resolver a questão. Salientou que não se tratava de uma lacuna na lei, mas sim de uma lacuna do regulamento que a Câmara Municipal do Seixal tinha aprovado porque não tinha classificado aquele espaço, aliás era nesse sentido o parecer da CCDR. Para finalizar referiu que o Pinhal do General era uma área urbana de géneses ilegal e como qualquer área urbana de géneses ilegal deveria ser resolvida no quadro da lei das AUGI, sendo que por isso mesmo sempre pugnara a Câmara Municipal do Seixal, até há poucos meses. Depois como segundo ponto referiu que a explicação que a Câmara Municipal do Seixal invocava, ou seja que naquele local o PDM não vigorava não era válida e nesse sentido ia o parecer da CCDR, que não se pronunciara favoravelmente, ou melhor não se pronunciara de todo. Terminou dizendo que agora os senhores vinha à procura de apoio político para conseguir aquilo que não tinham conseguido pelas vias normais, e sendo assim o PS não podia estar mais contra. Acrescentou que sabiam que estavam em causa muitos milhões de euros, muitos milhões de euros que esta Câmara Municipal precisava, mas que o PS entendia que as regras eram para cumprir e não compactuava com esta forma de fazer as coisas, pelo que votaria contra. O Senhor Vereador Paulo Cunha, relativamente a esta AUGI referiu que sempre pugnara no sentido de que a Câmara Municipal do Seixal podia e devia ter feito mais, mais depressa, ter encontrado a solução concreta e entre elas esta, ainda que tendo dúvidas que fosse a mais certa do ponto de vista jurídico. Mais referiu que não era uma solução consensual, mas sempre era uma solução que a “passar” nos diversos órgãos permitiria ultrapassar um problema e resolver um imbróglio jurídico num território que era necessário resolver, um território grande, com um conjunto de população que estava a ser grandemente prejudicada. Reforçou que o importante era encontrar uma solução que fosse minimamente aceite, entendendo que esta poderia “passar”, pelo que se iria abster exatamente porque tinha esperança que esta solução passasse, mas com algumas dúvidas que fosse a solução mais acertada. O Senhor Vereador Jorge Gonçalves, começou por referir que iria responder às questões por respeito institucional, entendendo que o facto dos senhores vereadores se pronunciarem e dizerem qual a intenção de voto antes de ouvirem as respostas era de um profundo desrespeito do ponto de vista democrático neste órgão. Quanto a todas as questões e a algumas não questões, referiu que todas eram legítimas de se colocar, repetindo que o facto de se colocar questões e dizer logo qual era a intenção de voto, sem se ouvir o outro lado era, em primeiro lugar, um desrespeito e fazia, isso sim, com que não

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houvesse razão para que os eleitos aqui estivessem a falar. Observou que não era demagogia, até porque achava que a questão que colocava era uma questão que fazia sentido, ao contrário de referir logo a intenção de voto antes de ouvir qual era a razão para esta solução, ainda que admitindo que existissem questões de ordem pessoal, mas lamentando que se colocassem questões e não se ouvissem as respostas, dando logo a intenção de voto. Em relação à questão da lacuna da lei, referiu que não era comentador, sendo que o Senhor Vereador Samuel comentava as intervenções de quem quisesse, mas que ele não era comentador de munícipes, nem de técnicos de AUGI, etc., pelo que não se iria pronunciar sobre esta matéria, até porque essa expressão nunca fora utlizada por si. Referiu que o que tinha explicado por mais do que uma vez aos senhores vereadores era que nesta área toda do Pinhal do General existia uma classificação de solo não ratificada, ou seja áreas pré-urbanas programadas mas não ratificadas. Sublinhou que nunca dissera que se tratavam de áreas não regulamentadas, ao contrário do que aqui fora afirmado pelo Senhor Vereador Samuel. Esclareceu que não era uma questão de regulamentação por parte da Câmara, mas sim o facto da na aprovação do PDM o Concelho de Ministros não ter ratificado esta classificação do solo, coisas completamente diferentes. Por outro lado referiu que a outra questão colocada pelo Senhor Vereador Samuel sobre o facto dos senhores vereadores não saberem ou de algum desrespeito, era é também do ponto de vista de tramitação processual, toda errada. Esclareceu que no quadro daquilo que fora a aprovação referiu que tinha delegação de competências o que fazia com que qualquer estudo de loteamento, mesmo fora das AUGI tivesse a sua proposta por parte dos particulares, fosse apreciada do ponto de vista técnico e quando estivessem reunidas todas as condições ia à Câmara para aprovação, sendo esta a tramitação processual normal. Acrescentou que não vinha à Câmara a dizer que o proprietário decidira apresentar um estudo de loteamento, sendo que o Senhor Vereador Samuel podia dizer e comentar as intervenções de quem quisesse, fora desta Câmara, mas que do ponto de vista da tramitação processual não havia o mínimo de atropelo. De seguida referiu que a questão particular deste estudo de loteamento, era o facto de ser a maior classificação de solo numa área não ratificada, sendo que por essa via a quem cabia, em primeiro lugar, a competência de se pronunciar sobre a elaboração de instrumentos de território para áreas onde não existia PDM era a CCDR, pelo que a primeira entidade que devia ser consultada era a CCDR, era isto que mandava a tramitação destes instrumentos. Referiu que a CCDR tinha entendido não se pronunciar, realçando que a informação enviada para a CCDR era perfeitamente clara sobre o que se ia fazer para que não houvesse dúvidas sobre esta matéria, com base numa planta síntese do estudo de loteamento. Acrescentou que tudo fora remetido para a CCDR para que tomasse conhecimento da proposta, ainda que em sua opinião a pronúncia da CCDR era, pelo menos incompleta, mas que também era verdade que esta pronúncia era no âmbito de pareceres não vinculativos. Depois esclareceu que fazia parte da proposta a referência de que se ia aprovar a evolução urbanística desta área e a mesma iria evoluir por conjugação de três diplomas: o Decreto-Lei n.º 380, o Decreto-Lei 555 do RGUE e a Lei n.º 91/95 que era o regime das AUGI, reforçando que em momento nenhum momento se dizia que esta proposta saía fora da lei das AUGI. Mais referiu que se tratava de uma conjugação naturalmente de legislação dessa área e que, até em relação aos procedimentos, não existia nenhuma alteração política, era precisamente o cumprimento das regras de tramitação deste processo que fazia com que viesse à Câmara e depois à Assembleia Municipal no quadro das suas competências, para autorização prévia à Câmara para aprovar um estudo de loteamento, para um sítio onde havia uma parte do território que não tinha PDM. Recordou que todas as questões que tinha o Pinhal do General, até para a sua execução mais global, não ficariam todas resolvidas com este estudo de loteamento, tal só aconteceria com a revisão do PDM, mas era uma questão essencial para uma melhor resposta, mais eficiente e mais rápida da reconversão urbanística desta zona.

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O Senhor Vereador Eduardo Rodrigues, perguntou apenas porque só agora era encontrada esta solução, num processo que se iniciara há dez ou até há quinze anos e porque uma solução completamente diferente das outras normais reconversões de AUGI. O Senhor Vereador Jorge Gonçalves, em primeiro lugar esclareceu que este tipo de procedimento não era novidade, tinha-se essa situação em todo o território, e também no território das AUGI, ou seja esta questão concreta de não se ter uma classificação de solo ratificada. Acrescentou que esta questão não se colocava em relação a outros processos de AUGI em que claramente o PDM obrigava à elaboração de plano de pormenor. Quanto ao caso concreto referiu que o estudo de loteamento ficara condicionado ao cumprimento estrito do PDM de mil novecentos e noventa e três e que todas as áreas que não pudessem ser integradas nesta primeira fase, digamos assim, do estudo só poderiam ser resolvidas no quadro da revisão do PDM, admitindo que o que se tivesse procurado durante este tempo fora uma resolução global do problema, através da tramitação de um plano de pormenor. Esclareceu ainda sobre esse plano de pormenor que o problema de não ter sido concluído, no seu devido tempo, não era da Câmara Municipal, mas sim das burocracias em torno da administração central e de toda a tramitação deste plano. Referiu que se estava a desenvolver esta zona de reconversão urbanística, sendo que na prática se estavam a antecipar àquilo que era a revisão do PDM, porque havia zonas que o próprio PDM de mil novecentos e noventa e três consagrava e permitia o seu desenvolvimento. Acrescentou que era naturalmente uma tentativa, no quadro da apreciação da proposta apresentada, de dar um incentivo a essa reconversão urbanística. Terminou repetindo que esta reconversão só estaria terminada plenamente com o PDM, a nova proposta eficaz previsivelmente durante o próximo ano, altura em que se teriam condições de fazer uma segunda fase do estudo de loteamento e concluir a reconversão do Pinhal de General. O Senhor Vereador Joaquim Santos, depois dos esclarecimentos e da procura de uma solução por parte da Câmara Municipal e dada a importância da reconversão também para milhares de pessoas que habitavam no Pinhal do General, referiu estar em crer que esta matéria era hoje aqui na Câmara, a par da questão relacionada com a cedência do terreno, uma das mais importantes, pelo que apelava a que houvesse a melhor convergência possível nos votos na Câmara Municipal. O Senhor Vereador Eduardo Rodrigues, referiu que considerando as explicações que posteriormente tinham sido aqui dadas e as questões colocadas alterariam o seu sentido de voto para abstenção. A Senhora Vereadora Helena Domingues, acrescentar não como declaração de voto, mas que esta posição tinha por base, apesar das dúvidas que este procedimento nos suscitava, a importância que este processo de loteamento tinha não só para a Câmara com evidentes ganhos financeiros, neste momento muito necessários, mas para toda a população. Recordou que se estava a falar, grosso modo de três mil e seiscentos lotes numa área considerada de quinhentos e tal hectares. Repetiu que o sentido de voto do PS tinha em conta esta realidade e sobretudo a população ali residente que era proprietária, não queremos de modo nenhum inviabilizar o procedimento, apesar das dúvidas. O Senhor Vereador Paulo Cunha, bem como eu disse eu vou-me abster e também conforme disse também não servirá como declaração de voto mas não deixará de constar em ata algumas reservas que vejo na solução encontrada no entanto congratulo-me com o facto de se ter encontrado uma solução mais importante do que tudo encontrar-se aqui uma solução para aquela franja enorme de população que ali está e que precisava de uma solução e lamentar que a câmara não o tivesse feito não o tivesse encontrado esta solução há muitos anos atrás.

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16.Deliberação n.º 217/2012 – CMS – PROJETO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE TRANSPORTES ESCOLARES. APRECIAÇÃO PÚBLICA. APROVAÇÃO. Proposta: Divisão de Projetos Educativos e Ação Social Escolar “Considerando a necessidade de definir as regras e os procedimentos de concessão de apoios, no quadro das atribuições e competências do município em matéria de transportes escolares proponho: 1. A aprovação do Projeto de Regulamento de Transportes Escolares, em anexo. 2. A abertura de um período de discussão pública por 30 dias. 3. A publicação do presente Projeto de Regulamento Municipal pela forma prevista ao n.º 1 do art.º 118º do Código do procedimento Administrativo, bem como no boletim municipal, no sítio oficial da câmara na internet e em jornal de circulação nacional. 4. A publicação de edital da deliberação que vier a ser tomada sobre esta proposta.

PROJETO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DOS TRANSPORTES ESCOLARES

Nota Justificativa Desde a entrada em vigor do Decreto–Lei n.º 299/84, de 5 de setembro, as autarquias assumiram um conjunto de competências em matéria de organização, financiamento e controlo de funcionamento dos Transportes Escolares. Tem sido objetivo da Câmara Municipal do Seixal proporcionar aos munícipes condições que favoreçam o sucesso educativo e o cumprimento da Lei de Bases que concebe o sistema educativo como o “conjunto de meios pelo qual se concretiza o direito à educação que se exprime pela garantida de uma ação formativa orientada para favorecer o desenvolvimento global da personalidade, o progresso social e a democratização da sociedade.” Considerando o supra exposto, elaborou-se o presente “Projeto de Regulamento Municipal dos Transportes Escolares”, a fim de ser submetido a apreciação e deliberação pelos órgãos municipais competentes, cumpridas as formalidades legalmente exigíveis. Foram ouvidos os Agrupamentos de Escolas e as Escolas Secundárias que integram os três territórios educativos do Município do Seixal.

Artigo 1.º Objeto

O presente Regulamento define as regras e os procedimentos do financiamento pelo Município do Seixal dos transportes escolares e tem como legislação habilitante: - o n.º 7 do art. 112º e o art. 241º da Constituição da República Portuguesa; - a alínea m) do n.º 1 e a alínea c) do n.º 4 do art. 64º, conjugado com a alínea a) do n.º 2 do art. 53º e com a alínea a) do n.º 6 do art. 64º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, alterada e republicada pela Lei n.º 5-A/2002, 11 de janeiro; - os Decretos-Leis n.º 299/84, de 5 de setembro, n.º 301/93, de 31 de agosto, n.º 144/2008, de 28 de julho, n.º 186/2008, de 19 de setembro, n.º 55/2009, de 2 de março e n.º176/2012 de 02 de agosto; - as Leis n.º 159/99, de 14 de setembro, e n.º 85/2009, de 27 de agosto. - a Portaria n.º 138/2009, de 3 de fevereiro.

Artigo 2.º Acesso aos Transportes Escolares

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1 - O presente regulamento aplica-se a todos os alunos do Ensino Básico e Secundário, Oficial, Particular ou Cooperativo, com Contrato de Associação e Paralelismo Pedagógico, com o limite de idade até aos 18 anos, inclusive, quando residam a mais de 3 quilómetros ou de 4 quilómetros, consoante os seus estabelecimentos de ensino não possuam ou possuam refeitório, desde que se enquadrem num dos seguintes requisitos: a) Alunos matriculados na escola da sua área de residência. b) Alunos que hajam sido obrigatoriamente deslocados de cursos diurnos para a frequência de cursos noturnos; c) Alunos matriculados compulsivamente em estabelecimentos de ensino situados fora da área de residência, por não haver vaga, ou por não existir curso e/ ou disciplina de formação específica; d) Alunos matriculados ao abrigo da atividade profissional dos pais. 2- O direito à perceção das comparticipações para o acesso ao transporte escolar previstas no presente regulamento só se adquire nos meses em que se verifiquem dez dias úteis de aulas curriculares. 3 - O serviço de transporte escolar não abrange o prolongamento de aulas para apoio de exames, estágios ou outro tipo de situações extracurriculares, salvo o disposto no número seguinte. 4 - No caso dos estágios que constituem condição obrigatória para a certificação, a comparticipação da Câmara Municipal só ocorrerá mediante confirmação, pela Direção do respetivo estabelecimento de ensino, do local de estágio e da respetiva duração e apenas nas seguintes situações: a) O aluno é beneficiário dos transportes escolares; b Inexistência de comparticipação para transporte de alguma entidade. 5- As comparticipações para o transporte escolar atribuídas nos termos do presente regulamento apenas se verificarão, para cada titular, uma vez por mês. 6 - As comparticipações da Câmara Municipal do Seixal atribuídas nos termos do presente regulamento cessam no final do ano escolar em que o aluno faz os 18 anos de idade, excetuando as situações em que é permitida o adiamento da matrícula. 7 - Os alunos que reúnam as condições indicadas nos números anteriores podem requerer à Câmara Municipal do Seixal a oferta de transportes escolares entre o local de residência e o local dos estabelecimentos de ensino que frequentam, nos termos do presente regulamento. 8 – Os alunos com necessidades educativas especiais beneficiarão dos apoios que resultem dos projetos anuais aprovados pela Câmara Municipal.

Artigo 3º Competência

Compete ao Presidente da Câmara, com a faculdade de delegação, executar e fiscalizar o cumprimento das normas do presente regulamento.

Artigo 4.º Comparticipações da Autarquia

1. A Câmara Municipal comparticipará 100% do valor do passe concedido aos seguintes alunos do ensino básico: a) Matriculados na escola da sua área de residência; b) Que hajam sido obrigatoriamente deslocados de cursos diurnos para a frequência de cursos noturnos; c) Matriculados compulsivamente em estabelecimentos de ensino situados fora da sua área de residência, por não haver vaga ou por não existir curso e/ou disciplina de formação específica;

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d) Matriculados ao abrigo da atividade profissional dos pais, com o limite de idade até aos 15 anos, inclusive, até ao final do ano letivo em curso, salvo se se tratarem de alunos com necessidades educativas especiais, em que o limite de idade é até aos 18 anos. 2 – A Câmara Municipal comparticipará 50% do valor do passe concedido aos alunos do ensino secundário que se encontrem nas condições descritas nas alíneas a), b) e c) do número anterior, e ainda os alunos: a) Que frequentem estabelecimentos de ensino fora da sua área de residência, mas que tenham beneficiado no ano letivo anterior de transporte escolar, por se encontrarem em continuação de estudos e desde que matriculados compulsivamente no 1º ano em que frequentaram a escola, respeitando o percurso sequencial do aluno. b) Matriculados ao abrigo da atividade profissional dos pais. 3 – A Câmara Municipal comparticipará 100% do valor do passe concedido aos seguintes alunos: a) Os alunos com necessidades educativas especiais, que se encontrem nas condições previstas no artigo 32º do Decreto-Lei n.º 55/2009, de 2 de março; b) Os alunos integrados no PETI - PROGRAMA PARA A PREVENÇÃO E ELIMINAÇÃO DA EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL, designadamente o PIEC – Programa para Inclusão e Cidadania, que residam à distância regulamentar do estabelecimento de ensino que se encontram a frequentar.

Artigo 5.º Procedimentos

1 - Compete aos Agrupamentos de Escolas/Estabelecimentos de Ensino organizar o processo de acesso ao transporte escolar por parte dos seus alunos, o qual será posteriormente analisado e validado pela Câmara Municipal do Seixal. 2 - É da responsabilidade dos Agrupamentos de Escolas/Estabelecimentos de Ensino divulgar os requisitos necessários para que os alunos possam beneficiar de apoio ao transporte escolar. 3 - O processo de candidatura para efeitos de benefício de transporte escolar é realizado anualmente no ato da matrícula dos alunos para o ano escolar seguinte. 4 - A inscrição nos transportes escolares dos alunos que estudam no Município do Seixal deverá ser realizada nos respetivos estabelecimentos de ensino. 5 - A inscrição nos transportes escolares dos alunos que estudam em escolas localizadas em Municípios limítrofes deve ser realizada nos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal. 6 - A ficha de inscrição, cujo modelo constitui o Anexo I ao presente regulamento, dele fazendo parte integrante, deverá ser devidamente preenchida pelos pais/encarregados de educação e acompanhada pela documentação referida no artigo 7.º 7 - As Direções de Escolas validam as informações constantes nas referidas fichas, em espaço reservado para o efeito. 8 - O prazo para a entrega das fichas de inscrição decorre no período entre 1 de junho e 31 de julho de cada ano, pelo que não serão aceites candidaturas apresentadas fora do prazo estipulado, salvo nas condições referidas no artigo seguinte. 9 - A requisição das senhas do passe é realizada pela Câmara Municipal do Seixal junto das empresas transportadoras, salvo se for concedida para o efeito autorização diretamente aos Agrupamentos de Escolas / Estabelecimentos de Ensino Secundário, e só ocorrerá nos meses com um mínimo de 10 dias úteis de aulas curriculares.

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10 – Os Agrupamentos de Escolas/Estabelecimentos de Ensino Secundário levantam junto das Empresas Transportadoras as senhas do passe necessárias ao transporte dos alunos, a partir do dia 27 do mês anterior a que respeita, mediante a exibição de credencial assinada pelo respetivo Diretor ou substituto por ele designado. 11 - O levantamento das senhas do passe deve ocorrer até ao dia 5 de cada mês, pelo Encarregado de Educação, salvo em caso de impossibilidade deste, em que poderá ser realizado por pessoa designada por aquele no Termo de Responsabilidade referido no artigo 7.º, mediante a apresentação dos elementos de identificação do aluno e da pessoa indicada, que deverá apor a respetiva assinatura no espaço reservado para o efeito. 12 - A devolução das senhas do passe não utilizadas é realizada pela Escola, até ao dia 8 de cada mês, junto das Empresas Transportadoras. 13 – Os Agrupamentos / Escolas deverão remeter à Câmara Municipal do Seixal, até ao dia 15 de cada mês, os 50% do custo dos transportes escolares não comparticipados, nos termos do n.º 2 do artigo 4.º, juntamente com os mapas mensais do movimento de vinhetas e da fotocópia da ficha de frequência dos alunos. 14 - A ficha de frequência é assinada pelo Diretor, justificando situações de irregularidade no levantamento das senhas do passe, com vista a evitar a entrega indevida de passes, designadamente em casos de desistência ou não frequência pelos alunos. 15 – Caso o aluno levante as senhas do passe nas Lojas do Munícipe, a devolução é realizada pela Câmara Municipal do Seixal, sempre que a respetiva vinheta não seja utilizada. 16 – Nas situações do número anterior, a Câmara Municipal do Seixal disponibilizará aos respetivos estabelecimentos de ensino uma lista mensal, como medida de controlo de frequência.

Artigo 6.º Candidaturas apresentadas fora do prazo estabelecido

As candidaturas entregues fora do prazo estabelecido no artigo anterior só podem ser aceites nos seguintes casos: a)Transferência de escola, por motivo de alteração de residência do agregado familiar do aluno; b) Transferência de escola, por motivo de alteração de escolha de curso e disciplina específica; c) Alteração de morada sem ter ocorrido transferência de escola; d) Matrícula realizada tardiamente, devendo, nesta situação, os pais/encarregados de educação comprovar o motivo pelo qual a mesma não se realizou dentro do prazo estabelecido.

Artigo 7.º Documentação necessária para instruir a candidatura

1. A ficha da candidatura à atribuição da comparticipação para o transporte escolar deverá ser validada pela Direção da Escola e acompanhada da apresentação dos seguintes documentos: a) Cópia do cartão do cidadão ou do bilhete de identidade ou cédula do aluno e número de identificação fiscal; b) Cópia do cartão do cidadão ou do bilhete de identidade dos pais/encarregado de educação e número de identificação fiscal; c) Termo de Responsabilidade do Encarregado de Educação com referência à pessoa que, em sua substituição, realizará o levantamento da senha do passe (no caso de alunos menores de idade) cujo modelo constitui o Anexo II ao presente regulamento, dele fazendo parte integrante; d) Termo de Responsabilidade do Encarregado de Educação referente ao trajeto que o aluno realiza para efetuar o levantamento da senha do passe escolar (facultativo); e) Comprovativo de Morada, nos seguintes termos:

i. Residência própria e permanente – recibo de água;

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-ii. Residência arrendada - recibo de água ou atestado de residência; 2. Em caso de matrícula compulsiva por inexistência de vaga na área da residência e/ou na área de estudo deverá ser entregue documento comprovativo. 3. Os Alunos matriculados ao abrigo da atividade profissional dos pais, para além da documentação exigível, nos termos dos números anteriores, deverão entregar declaração emitida pela Entidade Empregadora, dum dos progenitores, comprovativa do local de trabalho. 4. Nas situações de alteração do passe escolar, o encarregado de educação deverá proceder ao preenchimento do respetivo formulário, cujo modelo constitui o Anexo III ao presente regulamento, dele fazendo parte integrante, acompanhado de fotocópia do cartão do passe, frente e verso, indicando a respetiva senha.

Artigo 8.º Penalizações

1 - Os alunos perdem o direito à utilização de transporte escolar nos casos em que: a) Deixem de frequentar com regularidade o estabelecimento de ensino, nomeadamente a atividade letiva; b) Reprovem no mesmo ano de escolaridade, mais de 2 vezes consecutivas; c) As senhas de passe não sejam levantadas durante 3 (três) meses consecutivos. 2 - As falsas declarações implicarão, independentemente de participação criminal, a suspensão do transporte escolar e o reembolso do montante correspondente ao benefício auferido.

Artigo 9.º Cálculo da Distância

A Câmara Municipal do Seixal assegura o processo de medição das distâncias previstas no presente regulamento, com base no seu Sistema de Informação Geográfica (S.I.G.) que permite a localização da escola e a residência do aluno, medindo-se a distância em linha reta e dando, para o efeito, uma margem até 500 metros, nos casos em que a distância corresponda exatamente a 4quilómetros.

Artigo 10.º Apreciação dos Processos de Candidaturas

1 - O Departamento de Educação da Câmara Municipal procederá à apreciação dos processos de candidatura e remeterá aos Agrupamentos de Escolas/Estabelecimentos de Ensino a listagem dos respetivos alunos beneficiários da oferta de transportes escolares, a qual deverá ser afixada em local visível. 2 - Nas situações em que as inscrições são realizadas nos Serviços Centrais da Câmara Municipal, será dada resposta à candidatura, através de ofício dirigido ao requerente. 3 – As situações de indeferimento da candidatura serão sempre precedidas de audiência prévia, nos termos do Código do Procedimento Administrativo. 4 - As inscrições que não se façam acompanhar dos documentos e dados necessários à sua apreciação são automaticamente indeferidas.

Artigo 11.º Situações Omissas

Caberá à Câmara Municipal do Seixal proceder ao esclarecimento de qualquer dúvida sobre a aplicação deste regulamento, bem como a integração dos casos omissos.

Artigo 12.º

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Início de vigência O presente Regulamento entra em vigor no dia útil seguinte à data da sua publicação.

Artigo 13.º Anexos

Constituem anexos ao presente regulamento, dele fazendo parte integrante: - Anexo I – modelo de Ficha de Inscrição; - Anexo II – modelo de Termo de Responsabilidade; - Anexo III – modelo de Formulário dos pedidos de alteração do passe escolar.

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Documentos anexos a esta proposta: • Parecer do Conselho Municipal de Educação do Seixal – 2012.09.18 – anexo n.º 474-A/2012. • Proposta do Gabinete de Gestão e Ação Social Escolar – 2012.09.28 – anexo n.º 475/2012.

O Proponente

A Vereadora do Pelouro da Educação, Cultura e Juventude Vanessa Alexandra Vilela da Silva”.

Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. A Senhora Vereadora Vanessa Silva, referiu que os processos estavam devidamente apresentados e fundamentados, de qualquer das formas referiu estar em causa a aprovação de um projeto de Regulamento Municipal de Transportes Escolares. Esclareceu que se proponha a sua aprovação de acordo com aqueles que eram os critérios estipulados na lei, fazendo ainda assim uma extensão no que se referia aos alunos integrados no Programa para a Prevenção e Exploração do Trabalho Infantil, nomeadamente o programa para a inclusão e cidadania. Sublinhou que existia assim um alargamento do âmbito do direito que estava estabelecido na lei. Relativamente às outras questões que se regulamentavam referiu que era essencialmente procedimentos, sendo que anteriormente a esta reunião de Câmara as escolas e os agrupamentos tinham sido ouvidos, bem como o Conselho Municipal de Educação que votara, por unanimidade, este projeto de regulamento porque correspondia aquilo que eram os procedimentos mais habituais. Relativamente ao outro ponto esclareceu tratar-se de um apoio ao movimento associativo cultural do Seixal, de acordo com as normas e critérios de apoio ao movimento associativo, e em concreto um apoio pontual que dizia respeito ao III Encontro de Bandas do Seixal "O Seixal e a Música". Mais esclareceu que se proponha um apoio repartido entre as duas associações que organizavam o evento, estando em anexo o contrato programa bem como o relatório financeiro relativamente ao projeto. 17.Deliberação n.º 218/2012 – CMS – APOIO AO MOVIMENTO ASSOCIATIVO CULTURAL. III ENCONTRO DE BANDAS DO SEIXAL “O SEIXAL E A MÚSICA”. CONTRATOS PROGRAMA E COMPARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS. Proposta de acordo com a alínea b) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro. Proposta: Divisão de Ação Cultural “ Considerando o previsto na alínea b) do n.º 4 do art.º 64º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro, a informação da Divisão de Ação Cultural n.º 22246 de 27 de setembro de 2012 e tendo em conta estarem satisfeitas as condições das Normas e Critérios de Apoio ao Movimento associativo Cultural do Concelho do Seixal. Proponho, a aprovação dos contratos programa, bem como a atribuição de comparticipação financeira no valor de € 2.000 (dois mil euros) para o Movimento Associativo Cultural do Seixal – Projetos e programas pontuais – XIII Encontro de Bandas do Seixal “O Seixal e a Música”, de acordo com a proposta da Divisão de Ação Cultural, em anexo, sendo € 1.000 (mil euros) para a Sociedade Filarmónica União Seixalense e € 1.000 (mil euros) para a Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixalense. Documentos anexos a esta proposta:

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• Contrato programa de Desenvolvimento da Área Cultural entre o Município do Seixal e a Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixalense – anexo n.º 475-A/2012.

• Contrato programa de Desenvolvimento da Área Cultural entre o Município do Seixal e a Sociedade Filarmónica União Seixalense – anexo n.º 476/2012.

• Proposta da Divisão de Ação Cultural – 2012.09.27 – anexo n.º 477/2012. • Informação do cabimento n.º 124/CA//2012 – 2012.10.15 – anexo n.º 478/2012.

O Proponente

A Vereadora do Pelouro da Educação, Cultura e Juventude Vanessa Alexandra Vilela da Silva”.

Submetida a votação, foi a proposta aprovada por unanimidade e em minuta, ficando os documentos mencionados arquivados no respetivo processo. *Vide supra intervenções das Senhoras Vereadoras Helena Domingues, Vanessa Silva e do Senhor Vereador Joaquim Santos. O Senhor Vereador Joaquim Santos, deixou duas notas antes do final, a primeira para recordar a reunião de Câmara extraordinária no próximo dia vinte e cinco de outubro pelas dezasseis horas a pedido do Senhor Vereador Paulo Cunha e do Senhor Vereador Samuel Cruz. A segunda para convidar os senhores vereadores e toda a população para o encerramento da Seixalíada, no próximo sábado à noite, no Pavilhão Municipal da Torre da Marinha, com uma gala de artes marciais e também para a abertura do Seixal Jazz dois mil e doze, no dia vinte e quatro, quarta-feira à noite, às vinte e duas horas no auditório do Fórum Cultural do Seixal. Nos termos do art. 5º do Dec-Lei n.º 45362 de 21 de novembro de 1963 (com a redação atualizada pelo Dec-Lei n.º 334/82 de 19 de agosto, e de acordo com uma interpretação extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente Ata, ora no respetivo processo. Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido aprovada nos termos e para o efeito do disposto do art. 92º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com a redação atualizada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 67/2007 de 31 de dezembro.

O Vice-Presidente da Câmara Municipal

_______________________________________________________ Joaquim Cesário Cardador dos Santos

A Secretária

____________________________________________________________ Maria João Paiva dos Santos.

Elaboração da Ata:

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Coordenação geral e Secretária da Câmara Municipal Maria João Paiva dos Santos. Apoio Administrativo Lídia Maria Andrade Rodrigues Magda Isabel da Fonseca Bastos Sargento Galandim Carla Maria Ribeiro Dias Campos Almas