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CURSO DE COMÉRCIO EXTERIOR : LEGISLAÇÃO ADUANEIRA REIKO MUTO LOJA FRANCA (FREE SHOP) 1 1. CONCEITO (RA art 424) Lojas Francas ou “Free Shops” são estabelecimentos localizados nos portos ou aeroportos alfandegados destinados à comercialização de mercadorias nacionais ou estrangeiras (importadas com suspensão) e vendidas com isenção de tributos à passageiros de viagem internacional, mediante pagamento em moeda estrangeira. Art. 424. O regime aduaneiro especial de loja franca é o que permite a estabelecimento instalado em zona primária de porto ou de aeroporto alfandegado vender mercadoria nacional ou estrangeira a passageiro em viagem internacional, contra pagamento em cheque de viagem ou em moeda estrangeira conversível . 2. CONCESSÃO (RA art. 424 § 1º a 4º) § 1 o O regime será outorgado somente às empresas selecionadas mediante concorrência pública, e habilitadas pela Secretaria da Receita Federal . § 2 o A mercadoria estrangeira importada diretamente pelos concessionários das lojas francas permanecerá com suspensão do pagamento de tributos até a sua venda nas condições deste Capítulo. § 3 o A venda da mercadoria estrangeira converterá automaticamente a suspensão de que trata o § 2 o na isenção a que se refere a alínea "e" do inciso II do art. 135. § 4 o Quando se tratar de aquisição de produtos nacionais, estes sairão do estabelecimento industrial ou equiparado com isenção de tributos. As concessionárias de lojas francas são empresas comerciais brasileiras, concedidos através de processo licitatório, a título precário. 3. BENEFICIÁRIOS DO REGIME (RA art. 426 e IN SRF 180/2002) Art. 426. As vendas referidas no § 3 o do art. 424 e no § 1 o do art. 425 poderão ser realizadas, com observância da regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda, a: I - tripulantes e passageiros em viagem internacional; II - missões diplomáticas, repartições consulares, representações de organismos internacionais de caráter permanente e a seus integrantes e assemelhados; e (NR) III - empresas de navegação aérea ou marítima, para uso ou consumo de bordo de embarcações ou aeronaves, de bandeira estrangeira, aportadas no País . (NR) A IN SRF 180/2002 assim dispõe: Art. 1º A loja franca poderá fornecer, com isenção de impostos, a empresas de navegação aérea ou marítima, mercadorias destinadas a consumo de bordo ou a venda a passageiros, em viagem internacional, nos termos e condições estabelecidos nesta Instrução Normativa. Parágrafo único. O fornecimento será feito, preferencialmente, por loja franca instalada na Região Fiscal que jurisdicione o porto ou o aeroporto alfandegado onde se encontre a embarcação ou a aeronave. Podemos dizer que usufruem do regime de Loja Franca: - Passageiros procedentes do exterior - isenção de US$500,00 como bagagem; - Passageiros e tripulantes destinados ao exterior - sem limite; - Missões diplomáticas e órgãos internacionais e seus integrantes – sem limite; - Empresas de navegação aérea e marítima – sem limite; 4. ADMISSÃO NO REGIME (RA art. 425) Art. 425. Poderão ser admitidas no regime de loja franca as mercadorias nacionais submetidas ao regime de depósito alfandegado certificado, conforme previsto na alínea "c" do inciso III do art. 445. (NR)

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CURSO DE COMÉRCIO EXTERIOR : LEGISLAÇÃO ADUANEIRA REIKO MUTO

LOJA FRANCA (FREE SHOP)

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1. CONCEITO (RA art 424) Lojas Francas ou “Free Shops” são estabelecimentos localizados nos portos ou

aeroportos alfandegados destinados à comercialização de mercadorias nacionais ou estrangeiras (importadas com suspensão) e vendidas com isenção de tributos à passageiros de viagem internacional, mediante pagamento em moeda estrangeira.

Art. 424. O regime aduaneiro especial de loja franca é o que permite a estabelecimento instalado em zona primária de porto ou de aeroporto alfandegado vender mercadoria nacional ou estrangeira a passageiro em viagem internacional, contra pagamento em cheque de viagem ou em moeda estrangeira conversível .

2. CONCESSÃO (RA ar t. 424 § 1º a 4º)

§ 1o O regime será outorgado somente às empresas selecionadas mediante concorrência pública, e habilitadas pela Secretaria da Receita Federal . § 2o A mercadoria estrangeira importada diretamente pelos concessionários das lojas francas permanecerá com suspensão do pagamento de tributos até a sua venda nas condições deste Capítulo. § 3o A venda da mercadoria estrangeira converterá automaticamente a suspensão de que trata o § 2o na isenção a que se refere a alínea "e" do inciso II do art. 135. § 4o Quando se tratar de aquisição de produtos nacionais, estes sairão do estabelecimento industrial ou equiparado com isenção de tributos.

As concessionárias de lojas francas são empresas comerciais brasileiras, concedidos através de processo licitatório, a título precário. 3. BENEFICIÁRIOS DO REGIME (RA art. 426 e IN SRF 180/2002)

Art. 426. As vendas referidas no § 3o do art. 424 e no § 1o do art. 425 poderão ser realizadas, com observância da regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda, a: I - tripulantes e passageiros em viagem internacional; II - missões diplomáticas, repartições consulares, representações de organismos internacionais de caráter permanente e a seus integrantes e assemelhados; e (NR)

III - empresas de navegação aérea ou marítima, para uso ou consumo de bordo de embarcações ou aeronaves, de bandeira estrangeira, aportadas no País . (NR)

A IN SRF 180/2002 assim dispõe: Art. 1º A loja franca poderá fornecer, com isenção de impostos, a empresas de navegação aérea ou marítima, mercadorias destinadas a consumo de bordo ou a venda a passageiros, em viagem internacional, nos termos e condições estabelecidos nesta Instrução Normativa. Parágrafo único. O fornecimento será feito, preferencialmente, por loja franca instalada na Região Fiscal que jurisdicione o porto ou o aeroporto alfandegado onde se encontre a embarcação ou a aeronave. Podemos dizer que usufruem do regime de Loja Franca: - Passageiros procedentes do exterior - isenção de US$500,00 como bagagem; - Passageiros e tripulantes destinados ao exterior - sem limite; - Missões diplomáticas e órgãos internacionais e seus integrantes – sem limite; - Empresas de navegação aérea e marítima – sem limite;

4. ADMISSÃO NO REGIME (RA art. 425) Art. 425. Poderão ser admitidas no regime de loja franca as mercadorias nacionais submetidas ao regime de depósito alfandegado certificado, conforme previsto na alínea "c" do inciso III do art. 445. (NR)

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§ 1o A importação para admissão no regime, inclusive daquela que se encontra em depósito alfandegado certificado, será feita em consignação, permitido o pagamento ao consignante no exterior somente após a efetiva venda da mercadoria na loja franca. § 2o A Secretaria da Receita Federal poderá editar ato complementar à implementação do disposto neste artigo.

Os procedimentos de admissão na Loja Franca são distintos para: a) Produtos importados: mediante DI de admissão - em regime de consignação, sem cobertura cambial e com suspensão de tributos. b) Mercadorias nacionais: mediante NF que sairão do estabelecimento industrial ou equiparado com isenção de tributos. 5. RECINTO DO DELOF (IN SRF 113/2001)

Os depósitos da loja franca (DELOF) podem ser instalados em zona secundária, em recinto previamente autorizado. As mercadorias permanecerão em depósito da loja franca, com suspensão de tributos e sob controle fiscal, convertendo-se automaticamente a suspensão em isenção, com a venda da mercadoria.

Art. 3o As vendas realizadas em Delof poderão ser programadas ou ocasionais. § 1o Entende-se por vendas: I - programadas, aquelas efetivadas à vista de documento aprovado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE); e II - ocasionais, as realizadas diretamente à clientela autorizada, dentro dos limites e condições estabelecidos em norma, sem prévia autorização. § 2o As vendas programadas ou ocasionais serão procedidas com observância dos critérios estabelecidos pelo MRE. § 3o As vendas ocasionais serão realizadas somente nos Delof de Brasília e estarão sujeitas às seguintes condições: I - valor mensal de até US$ 500.00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América), não cumulativo; II - quantidades que não evidenciem destinação comercial; e III - limitação quantitativa mensal para os seguintes produtos: a) bebidas, até 20 litros; b) cigarros, até 10 pacotes; c) perfumes, até 10 unidades. § 4o A mercadoria adquirida em Delof situado em Brasília poderá ser objeto de substituição, conserto ou restituição da quantia paga, por intermédio de outro depósito de loja franca sob a responsabilidade da mesma autorizada, inclusive quando estiver localizado em outra Unidade da Federação.

LEGISLAÇÃO

ATOS LEGAIS - Dec. lei 1.455/76 - Dispõe sobre as Lojas Francas. - Dec. 4543/02 alterada pelo Dec. 4765/03 – art. 424 a 427 dispõe sobre regime de Loja franca. ATOS NORMATIVOS - Port. MF 204/96 - Estabelece termos e condições para instalação e o funcionamento de Lojas Francas. - IN SRF 113/2001 - Estabelece normas complementares à Portaria MF no 204, de 22 de agosto de 1996,

que dispõe sobre a instalação e o funcionamento de Depósitos de Loja Franca. - IN SRF 180 /2002 (DOU 25 /07/2002) -Estabelece normas complementares à Portaria MF no 204, de 22 de

agosto de 1996, que dispõe sobre a instalação e o funcionamento de lojas francas no País.

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1. CONCEITO Lojas Francas ou “Free Shops” são estabelecimentos

localizados nos portos ou aeroportos alfandegados destinados à comercialização de mercadorias nacionais ou estrangeiras (importadas com suspensão) e vendidas com isenção de tributos à passageiros de viagem internacional, mediante pagamento em moeda estrangeira. 2. CONCESSÃO As concessionárias de lojas francas são empresas comerciais brasileiras, concedidos em processo licitatório, a título precário.

As mercador ias importadas diretamente pelos concessionár ias permanecem com suspensão de tr ibutos até a sua venda. Os produtos nacionais saem do estabelecimento industr ial, ou equiparado, com isenção de tr ibutos.

3. BENEFICIÁRIOS DO REGIME

Usufruem do regime de loja franca: - passageiros procedentes do exterior - isenção de

US$500,00. - passageiros e tripulantes destinados ao exterior - sem

limite. - missões diplomáticas/órgãos internacionais e seus

integrantes. - empresas de navegação aérea e marítima.

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4. ADMISSÃO NO REGIME

Poderão ser admitidas no regime de loja franca as mercadorias nacionais submetidas ao regime de DAC.

A importação para admissão no regime, inclusive de DAC, será feita em consignação, sem cobertura cambial.

5. RECINTO DO DELOF - Os depósitos da loja franca (DELOF) podem ser instalados em zona secundária, em recinto previamente autorizado.