revista backstage - edição 211

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Sumário

Há algum tempo os musicais da

Broadway vêm ganhando

versões brasileiras, adaptadas

aos nossos teatros. Nesta edição,

entramos na produção de

Cabaret, que já passou por Rio e

São Paulo, sendo indicada ao

prêmio Shell de iluminação, e

conferimos tudo o que é

necessário para se produzir um

espetáculo deste porte com luz e

áudio de qualidade. Veja

também neste mês, uma matéria

sobre rádio digital e saiba

porque essa ideia ainda não

decolou no País.

Danielli Marinho

Coordenadora de redação

SumárioAno. 18 - junho / 2012 - Nº 211

18 VitrineSaiba as características do maisnovo processador de áudio: oUX-8800, da EAW, e o novomoving head PLS 600.

28 Rápidas e rasteirasMúsicos aprendem a transformararte em lucro e a Sennheiser temnovo presidente para a AméricaLatina.

38 Gustavo VictorinoMais três nomes são indicadospara homenagem na FestaNacional da Música de 2012.

40 Play-recA banda Cachorro Grande lançao sexto álbum pela Trama ecoloca músicas disponíveis paradownload.

42 GramophoneAlém Paraíso, disco que foimarco na carreira da bandamineira 14 Bis completa 30 anos.

“ 48 A CASA EstúdioPensado para atender gravações clás-sicas, o espaço na zona norte do RJhoje atende a diversos estilos.

54 Liebe ParadisoO velho que se transforma no no-vo. Assim pode ser definida a re-gravação de Paradiso, o segundodisco da trilogia de Celso Fonsecae Ronaldo Bastos.

120 Novo Line Série VA Decomac e d&b audiotechnikapresentam a nova série V, de linearray. Evento de demonstração foidurante a AES 2012.

124 Boas NovasO cantor Edu Porto abraça a causacontra o crack e a banda Êxodosvolta com novo video clipe, suces-so absoluto no You Tube.

128 Vida de artistaNo terceiro capítulo Vai de Van,

finalmente a banda chega a seudestino, não sem antes passar pormais algumas provações.

NESTA EDIÇÃO

Rádio DigitalFalta de definição para escolha do sis-

tema que será adotado no Brasil im-pede a melhora na qualidade do rádio.

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Fast Track C400 e C600Conheça as duas novas inter-

faces que vieram se juntar à fa-

mília da M-Audio.

CADERNO TECNOLOGIA

Expediente

Os artigos e matériasassinadas são de respon-sabilidade dos autores.É permitida a reproduçãodesde que seja citada afonte e que nos seja envia-da cópia do material. Arevista não se responsa-biliza pelo conteúdo dosanúncios veiculados.

70 LogicNesta edição, explore osintetizador ES1, disponível nopacote Logic Pro.

74 Cubase

Como manipular bem umaworkstation e conseguir tirarum grande som.

78 Sibelius

Este mês, confira a entrevistacom James Humberstone,autor do livro Sibelius Essentials.

Iluminação para RepertórioComo dar conta de tantas produções diferentes

em um mesmo teatro, por exemplo? A respostapode estar no Repertory Plot, método que per-

mite planejar uma iluminação geral no palco.

84 Produção Musical

O colunista Ricardo Mendes dádicas de como trabalhar eescolher os inputs de acordo como tamanho do seu estúdio.

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DiretorNelson [email protected] administrativaStella [email protected] Silva [email protected] de redaçãoDanielli [email protected]ãoHeloisa BrumRevisão TécnicaJosé Anselmo (Paulista)

TraduçãoFernando CastroColunistasCristiano Moura, Elcio Cáfaro, Gustavo Victorino,Jorge Pescara, Jamile Tormann, Julio Hammer-schlag, Luciano Freitas, Luiz Carlos Sá, MarcelloDalla, Nilton Valle, Ricardo Mendes, SergioIzecksohn, Silvia Gadelha e Vera MedinaColaboraram nesta ediçãoAlexandre Coelho, Luiz Urjais, Miguel Sá,Rodrigo Bertollucci e Victor BelloEdição de Arte / DiagramaçãoLeandro J. Nazá[email protected] Gráfico / CapaLeandro J. NazárioFoto: Caio Gallucci / DivulgaçãoPublicidade:Hélder Brito da SilvaPABX: (21) [email protected]@backstage.com.brAssinaturasMaristella AlvesPABX: (21) [email protected]çãoAdilson Santiago, Ernani [email protected]í[email protected]

Backstage é uma publicação da editora

H.Sheldon Serviços de Marketing Ltda.

Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - JacarepaguáRio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549CNPJ. 29.418.852/0001-85Distribuição exclusiva para todo o Brasil pelaFernando Chinaglia Distribuidora S.A.Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 - Sl. A

Jardim Belmonte - Osasco - SPCep. 06045-390 - Tel.: (11) 3789-1628Disk-banca: A Distribuidora Fernando Chinaglia atenderá aos

pedidos de números atrasados enquanto houver estoque, através do

seu jornaleiro.

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siga: twitter.com/BackstageBr

O Futuro é agorao mês de maio, aconteceu a 16ª Convenção Nacional da AES Brasil,juntamente com o 10º Congresso de Engenharia de Áudio, em São

Paulo. A presença de centenas de participantes, muitos deles jovens es-tudantes em busca de conhecimento, mostra que o Brasil, embora estejasofrendo com a falta de mão-de-obra, anda ávido por educação.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) di-vulgou, recentemente, que as taxas de rendimento escolar pioraram apartir do 6º ano do ensino fundamental, no entanto, outras estatísticasmostram que o número de pessoas que ingressam no ensino superioraumentou. Esse fato evidencia que a educação vem sendo a escolha dosnossos jovens, seja no ensino técnico profissionalizante ou superior.

Na edição de 2012 da AES pudemos, de certa forma, confirmar positi-vamente essa afirmativa. Com a maioria das palestras lotadas não ape-nas por profissionais já conhecidos no mercado, mas também por muita“cara nova” e que, com certeza, serão os futuros profissionais do merca-do, o encontro anual dos profissionais de áudio do Brasil já faz parte docurrículo acadêmico do estudante.

Neste caso, ponto para a qualidade da mão-de-obra dos profissionaisque vem se formando aqui no País e ponto para a própria nação, que secoloca entre as melhores do mundo nesse segmento, haja vista o grandenúmero de palestrantes estrangeiros que participaram da AES 2012,promovendo um intercâmbio de informações notadamente nunca vis-to nas duas últimas décadas.

Um exemplo desse intercâmbio de informações que acaba também ele-vando a competência dos nossos técnicos brasileiros são as megapro-duções trazidas ou produzidas por aqui mesmo, entre elas os musicais daBroadway, os megashows de Madonna, U2 e Roger Waters e o próprioRock in Rio, que empregam profissionais brasileiros.

Sabemos que ainda há uma grande jornada na esfera educacional, mas atorcida é para que o Brasil tenha finalmente acordado e se levantado doseu berço esplêndido e que comece a caminhar junto com o mundo de-senvolvido. Eventos, publicações e escolas que ajudam a construir essapróspera etapa do país devem andar de mãos dadas.

Boa leitura,

Danielli Marinho

CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

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KLARK TEKNIKwww.proshows.com.br

A Klark Teknik, distribuída pela Proshows aqui no Brasil, criou o DN-540, um compressorcompacto e de interface amigável num pacote de processamento dinâmico, condensado ecom latência zero. Dentre suas principais aplicações, podemos citar: proteção contra picosde sinal e compressão consciente de frequência para remover ruídos tonais indesejados.

HERCULESwww.jptech.com.br

A JP Tech trouxe ao Brasil os headphones da Hercules. Comexcelente qualidade de áudio, são ideais para DJ’s e produtoresde som. Dentre os modelos, podemos citar o HDP DJ-PROM1001. Esse modelo forma uma curva de uma orelha à outra eé feito com tecido preto, estrutura fosca com linhas azuis oupreta brilhante com linhas verdes e ligamento revestido comuma camada brilhante.

CSRwww.csr.com.br

A CSR lançou no mercado brasileiroa caixa acústica ativa tipo trapézio3000A. O equipamento possui exce-lentes características dentre as quaispodemos destacar: Woofer de 12”,Corneta com drive de titânio de 1”,Sistema Bass-Reflex de duas vias ePotência de 200W RMS.

ROLANDroland.com.br/roland/produtos/783

A Roland traz para o Brasil o mais novo lançamento, o R-Mix, umsoftware de edição musical, que permite selecionar os componentesna mixagem, alterar o volume, adicionar efeitos, controlar afinação,alterar a velocidade da música e realizar limpeza de áudios. Outranovidade é a versão reduzida para iPad, o “R-MIX Tab”, disponívelpara compra na App Store.

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EAWwww.proshows.com.br

A Proshows divulgou no Brasil um dos equipamentos mais avançados em tecnologia deprocessamento de áudio: é o gerenciador de transdutores UX-8800 da EAW. Com uma real capa-cidade tipo “dual-mode”, esta unidade de quatro entradas e oito saídas adapta-se facilmente paraser utilizada como um processador de uma única caixa ou de um sistema inteiro.

TAKAMINEwww.sonotec.com.br/takamineA Sonotec, distribuidora da marca Takamine no Brasilhá mais de 20 anos, apresenta o novo modelo EG50TH,série exclusiva em comemoração aos 50 anos da Ta-kamine, produzido com tampo sólido de Spruce, corpoem Mogno, escala em Rosewood e com marcaçõesestilizadas em formato de videiras no braço e no escudo.

STEINBERGbr.yamaha.com/pt/news_events/music_production/cubase-v6-5A Steinberg, marca controlada pela Yamaha Musical, lançou a novaversão de seu sistema avançado de produção musical, o Cubase 6.5. Osoftware conta com novas funções, novos VSTis, Retrologue, Padshop,Morphfilter, DJ-EQ, melhorias no VST Amp Rack, Comping e suporteà SoundCloud, FLAC, Rewire em 64 bits e muito mais.

NORDwww.quanta.com.br/web/quanta-music

O Nord Piano 88 é um piano digital de alta qualidadesonora, teclas pesadas com hammer-action, porém oteclado é leve e fácil de transportar. Foi desenvolvidovisando a melhor performance do músico sem com-prometer a qualidade. Timbres de pianos acústicos,elétricos, vintage e contemporâneos estão todos noequipamento e com características únicas, como res-sonância das cordas, sons completamente orga-nizáveis pelo usuário, etc.

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LINE 6www.habro.com.br/habroA guitarra modeladora JamesTyler Variax 59 da Line 6, marcadistribuída no Brasil pela Ha-bro, possui excelentes caracte-rísticas físicas dentre as quaiscorpo em mogno, top em maple,braço em mogno (colado), esca-la em rosewood, 22 trastes, mar-cação dot, 2 captadores hum-bucker, ponte James Tyler comcaptadores Piezo, 25 modelos deguitarra e 12 afinações.

DIGITECHwww.digitech.com/en-US/product_families/combo-ampsA Harman apresentou a nova linha de amplificadores Digitech, comtrês modelos: DG15, DG15R e DB15 (para contrabaixo). Modernos ecompactos, os produtos fo-ram desenvolvidos para pro-porcionar qualidade e versa-tilidade. Os equipamentospossuem 15 Watts RMS, ca-nal Clean e Over Drive,equalização em três vias(grave, médio e agudo) e saí-da para fone de ouvido. Os fa-lantes JBL Selenium de 8” ga-rantem a fidelidade sonoraem diferentes sons e estilos.

B&C SPEAKERSwww.bcspeakers.comO novo subwoofer 18TBW100 da B&C eleva a performancedos subwoofers de 18” com imã em ferrite a níveis nunca con-seguidos antes. Isto ocorre graças a uma bobina de 100milimetros, que utiliza a tecnologia split-wound cooper coile, eé a mais alta bobina em uso na linha de subwoofer cerâmico.

CONDOR MUSICwww.condormusic.com.br

A Condor Music traz ao mercado o novo afinador / metrônomo CMT40. O equipamento possui controle de volume, entrada para fone deouvido e os tipos de afinação são: cromático, guitarra, baixo, violino eukulele. Também apresenta modos de afinação em microfone ou clip. Oalcance de afinação é A(27.50Hz) – C(4186 Hz).

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LINE 6www.habro.com.brA StageScape M20D é o primeiro produto domercado pensado para produções ao vivo. Asoperações são feitas a partir de tela comtecnologia touchscreen. Com design modernoe prático, a mesa possui ainda a opção de con-trolar o que foi mixado a partir de um iPad viaadaptador Wi-Fi. A StageScape M20d possui16 canais, formato WAV de 24 bits para cartãoSD e entradas USB.

TASCAMwww.quanta.com.br/web/quanta-music

O iXZ da TASCAM é uma interface de gravação especialmentedesenvolvida para usuários de iPhone/iPad/iPod Touch trans-formando estes equipamentos em estúdios de gravação. Ele per-mite ligar microfones, inclusive os que dependam de phantom,guitarras e baixos interagindo com os Apps feitos para iPhone/iPad/iPod Touch. Esta pequena interface conta com controle devolume de entrada, seleção entre microfone e instrumento eacionamento de phantom, além de saída de fone de ouvido.

AKGwww.akg.comA Harman divulgou ao mercado nacional o mi-crofone sem fio AKG WMS 40 mini, da AKG.De fácil manuseio, o produto se destaca pelaversatilidade e excelente relação custo-benefí-cio. Desenvolvido com a tecnologia HDAP(Performance de Áudio de Alta Definição) ofe-rece um som de qualidade e alta performance.

YAMAHAbr.yamaha.com/pt/products/musical-instruments

O PSR-S650, lançamento da Yamaha, tem o novo sistema ampliado para reprodução de “Styles”, com tecnologia“MegaVoice” para reprodução de acompanhamento instrumental ultrarrealista - especialmente para sons de gui-tarra. Tem ainda o recurso “Voice Expansion”, que permite acrescentar Audio Samples, Voices, Drum Kits eStyles para aumentar as possibilidades de criação.

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PLSwww.proshows.com.br

Chegou o moving head PLS 600.A PLS apresentou aos ilumina-dores brasileiros uma renovadaproposta do seu já consagrado port-fólio de moving heads com a che-gada do novo PLS 600. Uma má-quina totalmente remodelada, queoferece ainda mais luz com sua lâm-pada NSD 575W e movimentos rá-pidos e silenciosos, tornando-se oequipamento perfeito para inúme-ras aplicações de shows, palcos e atémesmo teatros.

PLSwww.proshows.com.br

O Fan V-60 da PLS é um ventilador especial para uso commáquinas de fumaça. Sua grande vantagem é o duplo siste-ma de turbilhonamento que espalha a fumaça em múltiplasdireções, permitindo ainda o controle de velocidade e dire-ção do vento. Tudo operável via controle sem fio W-2 que jáacompanha o ventilador.

PRG OHMwww.telem.com.brA luminária OHM, da PRG, é uma fonte de luz com alto nível desaída, correção de cor e maciez e foi projetada para uso em cine-ma e televisão, onde se requer um grande volume de luz ambien-te. Sua lâmpada de LED tem nível de saída similar a uma detungstênio. O aparelho conta com controle de temperatura decor sem igual, é equipado com um display LCD e um painel decomando para total flexibilidade e tem a carcaça construída emalumínio e aço.

ROBEwww.robe.cz/products/article/

robin-1200-ledwashO super-slim ROBIN 1200 apre-senta o LEDWash de 61 RGBW emultichip LEDs com saída de co-res que vão desde tons suaves atéa mais rica saturação. Organiza-do em 4 anéis concêntricos, es-ses LEDs oferecem possibilida-des únicas para a criação de co-res deslumbrante e padrão deefeitos de audiência.

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Com qual frequência vocêutiliza fones in-ears durante

os shows?

ENQUETE

Apenas em gigs. (66,67 %)

Utilizo com muita frequencia, mas não

gosto. (33,33 %)

Nunca utilizo in-ears. (0,00 %)

Sempre utilizo, porque gosto. (0,00 %)

SESC LANÇA PORTAL DE PARTITURAS

No dia 14 de abril foi lançado oSesc Partituras, um portal deacervos que inclui obras brasilei-

ras contemporâneas e do períodocolonial, além de raras composi-ções de artistas consagrados co-mo Francisco Mignone, Guerra-Peixe e Glauco Velásquez. OSesc Partituras é uma bibliotecavirtual e sem fins lucrativos,que foi criada com o objetivo depreservar e difundir o patri-mônio cultural brasileiro. Oobjetivo do portal é democrati-

zar o acesso a partituras digita-lizadas, além de funcionar comouma importante ferramenta para

músicos, estudantes e pes-quisadores da área.As pesquisas podem ser reali-zadas de várias maneiras: tí-tulo da obra, nome do autor,formação do grupo ou instru-mentos ou obras de relevân-cia histórico-patrimonial.As obras presentes no acervodo SESC Partituras perten-cem ao domínio público ou

possuem licença para sua inclu-são no catálogo, inclusive comautorização para impressão. Noentanto, para o caso de gravaçãofonográfica das obras, adaptaçãoe outras formas de uso não previs-tas, é necessário realizar negocia-ção direta com cada compositorou representante legal da obra. Oacervo pode ser consultado emwww.sesc.com.br/sescpartituras

A próxima edição do42º Festival Nacio-nal da Canção (Fe-nac) acontecerá deagosto a setembro emseis cidades mineiras.Com o objetivo devalorizar e divulgar acultura nacional, oevento é dividido emcinco etapas elimina-tórias, começando pe-la cidade de Extrema, nos dias 3 e 4de agosto; e passando por PousoAlegre, nos dias 10 e 11 de agosto;Formiga, nos dias 17 e 18 de agos-to; Guapé, 24 e 25 de agosto;Varginha, entre 31 de agosto e 1de setembro; e Boa Esperança, en-tre os dias 6 e 8 de setembro,

Fenac abre inscriçõesFestival de música distribuirá R$200 mil em prêmios

quando acontecem as semifinais ea final. Não existem restrições agêneros musicais, e obrigatoria-mente as letras dos participantesdevem ser em português. Mais in-formações pelo site www.festi-valnacionaldacancao.com.br

POLYSOM LANÇA ADISCOGRAFIA COMPLETA DOLOS HERMANOS EM VINIL

Uma das bandas mais criativas e festeja-

das do Brasil, o Los Hermanos terá sua

discografia completa lançada em vinil

pela Polysom. Com supervisão do pró-

prio grupo, o projeto constará do lança-

mento dos quatro álbuns de estúdio e

de uma caixa de luxe contendo os qua-

tro discos e mais um item exclusivo: o

álbum Ao Vivo na Fundição. Tudo em

LPs de 180 gramas, com prensagem

premium de alta qualidade. Serão três

discos duplos - Bloco do Eu Sozinho,

Ventura e Ao Vivo na Fundição - e dois

simples - Los Hermanos e 4.

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TRINTA ANOSDO CONSERVATÓRIOSOUZA LIMAO Conservatório Musical Souza Lima

comemorou 30 anos com uma sessão

solene na Câmara Municipal de São

Paulo. O evento foi no dia 27 de abril.

A AVTech, distribuidora da PaxtLtd.’s para a Allen & Heath noQatar, instalou uma solução ami-gável no hotel cinco es-trelas Torch of Doha, noQatar. Para fornecer ge-renciamento de áudio econtrole separados, optoupelo sistema integrado Q-Sys, desenvolvido pela QSC,e pela matrix mixer da Allen& Heath iDR-8, instaladasnas sete salas de conferênciado hotel.

CAIXA ATIVA NASHVILLEOutro projeto acústico do Professor

Homero Sette, em conjunto com os

engenheiros Francisco e Ruy Mon-

teiro, é a caixa Nash 1244. Entre as

novidades, controle remoto sem fio,

player mp3 e WMA com entrada

para cartão SD e USB, rádio AM/

FM integrado, mixer com 2 entra-

das para microfone ou linha balan-

ceadas XLR e P10, mais entrada es-

téreo P2. As caixas ainda possuem

equalizador de 3 bandas, saída

mixada e fonte bivolt de seleção au-

tomática. A Nash 1244 possui ainda

falante de 12" mais driver de titânio

acompanhados de biamplificação

processada classe AB e classe D

de ventilação passiva e silenciosa

com potência combinada de 640

watts. Tudo isso em um gabinete

com sistema para fly PA integrado,

angulação para uso como monitor

de palco e suporte para pedestal.

O melhor de tudo? O preço, que

fica na faixa dos R$ 1.500.

De 14 a 17 de junho acontece oSantos Jazz Festival, primeirogrande evento do gênero no litoralpaulista. O compositor, arranjadore multi-instrumentista HermetoPascoal será o patrono do evento eapresentará uma canção inéditano show de abertura, Do Brasil

Para o Mundo, feita especialmentepara a ocasião.Para os músicos da região e de foraestão programados workshops com

SANTOS JAZZ FESTIVAL

Hermeto Pascoal, Michel Leme,Luis do Monte e Mauro Hector.Toda a programação é gratuita econtará ainda com as participaçõesde André Christovam, Heraldo doMonte, Delicatessen, YamanduCosta, Filó Machado, RobertoSion e Arismar Espírito Santo. Ofestival acontecerá em ruas e bou-levares do centro histórico do mu-nicípio, Bolsa Oficial do Café enos teatros Coliseu e Guarany.

Disponíveis em quatro modelos, anova linha combina portabilidadee alto desempenho.A JBL Selenium lança a linha deCaixas JS, que oferece a potência jáconsagrada das Caixas S, aliada àversatilidade de tamanhos. Antesdisponíveis apenas em 12 e 15 pole-gadas, as novas caixas JS agora con-tam com as opções em 8 e 10 polega-das. Os modelos JS081A, JS101A,JS121A e JS151A são amplificados evêm com entrada para MP3, no me-lhor estilo “plug and play”. Basta

ligá-los na tomada, co-nectar um pendrivecom suas músicas fa-voritas, apertar o playe fazer a festa.Mesmo sendo as meno-res entre as caixas da li-nha (com apenas 13,3 Kg), aJS081A e a JS101A têm potência desaída de 4 x 3500W e quatro canaiscom a tecnologia DriveCore, quegarante uma eficiência até 90% su-perior, sem comprometer o desem-penho. Já os modelos JS121A e

JS151A também apresentam entra-da para microfone, controle de ga-nho mic e linha independente, alémde equalizador cinco bandas. Paraconhecer a linha de Caixas JS, visiteo site www.jblselenium.com.br

Allen & Heathno Qatar

JBL Selenium apresentalinhas de Caixas JS

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Empresa gaúchaadquire VertecA gaúcha Impacto/Vento Norte So-norização recentemente adquiriu umVertec VT 4889 ADP DA, sistemaproduzido pela JBL e que já foi utiliza-

do em eventos como o Rock in Rioe as Olimpíadas de Pequim. Prati-cidade e ótima resposta de fre-quências foram alguns dos motivosque levaram Ricardo Salomão a ad-quirir o sistema. “Escolhi o Vertecpor sua grande pressão sonora. Ele é

amplificado, pertence a uma marcaaceita no mundo inteiro e oferece umexcelente serviço de pós-venda, o queé um diferencial muito importante. Etodos técnicos de som já conhecemsua sonoridade”, explica Ricardo.Entre os eventos realizados pelaImpacto/Vento Norte com o VT4889 ADP DA está o show da can-tora Maria Rita, que homenageousua mãe Elis Regina, no dia 24 demarço, no Anfiteatro Por do Sol,em Porto Alegre. O show da bandaSorriso Maroto, no dia 7 de março,durante o Pepsi on Stage, e a festa daRede Record RS, que reuniu 50 milpessoas no Anfiteatro Por do Solno dia 25 de março, também tive-ram a qualidade de som proporcio-nada pelo VT 4889, da JBL. Maisinformações sobre a linha Vertec,visite o site www.jblaudio.com.br.

Músicos aprendema transformar arte em lucroCom o objetivo de orientar músi-cos sobre as oportunidades e ten-dências do setor, o Sebrae-MGpromoveu no dia 25 de abril o se-minário Cenário da Música Brasi-

leira: Oportunidades e Ameaças. Oevento foi realizado em Belo Ho-rizonte e contou com a participa-ção de três especialistas que fala-ram sobre a necessidade da gestãona produção musical, a importân-cia das parcerias e estratégias derelacionamento e em como am-

pliar a comercialização. De acordocom levantamento do Sebrae,aproximadamente 80% da produ-ção nacional de música está nasmãos dos independentes, o querepresenta cerca de 25% do totalvendido no País.Desde 2010 o Sebrae-MG realizao projeto Comercialização da Pro-

dução Musical na RMBH nos Mer-

cados Nacional e Internacional. Oprojeto abrange a gestão dos em-preendimentos musicais, do mar-

keting e do acesso a mercados. Aprimeira ação do projeto é umacapacitação para desenvolver ascompetências fundamentais nagestão da carreira de artistas egrupos musicais. Os participan-tes aprendem a planejar shows,controlar gastos e participam demissões técnicas. A intenção éaumentar a comercialização damúsica independente a partir deum modelo de gestão voltadopara a busca de novos mercados.“A música é uma ‘empresa’. Saberplanejar, administrar a carreira eidentificar problemas e solucio-ná-los são fundamentais para osucesso”, explica a analista téc-nica de projetos do Sebrae-MGKennya Barboza.

SENNHEISER NA NABEspecialistas de áudio da Sen-

nheiser realizaram uma série de

apresentações no estande do

Intel NAB Show Theater, durante a

NAB Show, nos EUA. A exibição

destacou os diferenciais do uso

dos microfones Sennheiser e

Neumann na área de broadcast.

Joe Claudelli, diretor de projetos

avançados e serviços de enge-

nharia da Sennheiser, e Dave Mis-

sal, responsável pelo desenvolvi-

mento da marca nos mercados

norte-americanos de broadcast

e cinema, falaram sobre a me-

lhoria de qualidade de broad-

cast e a possibilidade de controle

remoto de ajustes de áudio pro-

porcionadas pelos microfones

Shotgun Sennheiser MKH 8060/

8070 (acoplado ao módulo MZD

8000), o Shotgun Neumann KM

184D e o microfone TLM 103D

com condensador, o preferido

dos locutores de rádio. Dentre

as muitas vantagens, a tec-

nologia dos equipamentos me-

lhora a dinâmica, diminui drasti-

camente os ruídos e reduz as

despesas com cabeamento.

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A empresa SXS Events utilizouseu recém-adquirido console di-gital iLive da Allen&Heath parauma turnê mundial com a insti-tuição de ajuda Islamic Relief. Atour, chamada Noite de Inspiração

foi no início de abril e uniu al-guns artistas na área de entrete-nimento da cultura islâmica, in-cluindo nomes como Outlan-dish, Zain Bhikha, Junaid Jam-shed, Native Deen e o comedian-te Preacher Moss. “Como adqui-

SHOW BENEFICENTE

rimos ano passado tanto a iLive-T80 como o sistema T112, pres-sentimos que era perfeita para aturnê”, disse o gerente de projetosJohnny Palmer. “O show foi emvariados formatos, o que signifi-cou mudanças consideráveis naarquitetura entre cada apresenta-ção, e a iLive foi a escolha perfeitapara isso”. Toda a arrecadação aoprojeto Islamic Relief foi doadaem benefício às crianças e órfãosem mais de 40 países do mundo.

LIVRO RETRATA CENA MUSICAL DOS ANOS 90O livro Niterói rock underground, que mostra a transição da música no Brasil

durante o início dos anos 1990 até 2012 e seus reflexos em Niterói - RJ, foi lançado

na Livraria Cultura, na cidade de Guará (DF), no dia 5 de maio. A obra foi produ-

zida pelo gestor cultural Pedro de Luna, que conta essa parte da história do ponto

de vista de quem vivenciou aquele momento.

A Sennheiser anunciou que Ale-xander Schek será o novo vice-pre-sidente de vendas para a AméricaLatina. Nessa nova posição, Schektambém será responsável pelas es-tratégias de vendas dentro de cadalinha de negócios bem como fará o

Novo vice-presidente daSennheiser na América Latina

gerenciamento da área de vendas dacompanhia na América Latina.Schek começou sua carreira naSeinnheiser em 2009 como gerenteda área de vendas para a AméricaCentral e Caribe.Embora seja cidadão alemão, Schekfoi criado entre Brasil e Chile, possuiformação em marketing pela Uni-versidade de las Américas, Chile,tem experiência como executivo devendas na indústria de áudio e ele-trônicos, e conhece bem o mercado ea cultura Latino Americanos. Comovice-presidente de vendas, Scheksubstituirá Oliver Baumann, quedeixou a Seinnheiser em março. Onovo vice-presidente vai se reportardiretamente a Markus Warlitz, ge-rente geral para a América Latina.Alexander ficará lotado em Miami,na Florida, e viajará para a AmericaLatina com bastante frequência.

VANGUARDA PAULISTADe 7 de maio a 25 de junho aconte-

ce o projeto Esporte Clube Lira Con-

temporânea, no Espaço Zé Presi-

dente. Durante o festival, o local abri-

gará shows com nomes que fizeram

parte do movimento Vanguarda

Paulista e da nova cena musical

paulistana. Realizado às segundas-

feiras, a partir das 23h, a ideia do

evento é ser ponto de encontro dos

mais diversos ritmos, arranjos, esti-

los e tradições que fazem parte da

cena cultural paulistana. Sobem ao

palco do Espaço Zé Presidente re-

presentantes da cena paulistana

como Pélico, Trupe Chá de Boldo,

Arrigo Barnabé, Metá Metá e outros

nomes que fazem de São Paulo uma

cidade referência. Endereço: Rua

Cardeal Arcoverde, 1585, São Paulo.

MÚSICA PARA GAMESEm 2012 acontece a segunda edição

do Game Music Brasil Festival, o mai-

or festival de composição de música

para games e desenvolvimento de

jogos do país. Os interessados po-

dem se inscrever gratuitamente pelo

site www.gamemusicbrasil.com.br,

do dia 14 de maio a 9 de setembro. O

Game Music Brasil Festival, organiza-

do pela Conexão Cultural, vai premi-

ar em quatro categorias: melhor trilha

sonora, melhor jogo indie, melhor

chip tune e melhor remix. A apresen-

tação dos vencedores acontece no

dia 14 de outubro, durante o concer-

to Video Games Live, em São Paulo.

CURSOS INTENSIVOS DEFÉRIAS NO HOME STUDIOA escola está com inscrições abertas

para as turmas intensivas de Home

Studio (Produção Musical). As aulas

acontecem entre os dias 18 e 22 de

junho, das 11h às 18h30min, e aos sá-

bados, começando em 21 de julho,

das 14h às 18h30. Outras opções são

as especializações em Ableton Live

(de 9 a 13 de julho) e Sonar (de 16 a

20 de Julho), sempre de segunda a

sexta das 10h às 16h. Mais informa-

ções em www.homestudio.com.br e

pelo telefone (21) 2558-0300.

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No ano da comemoração de seu 50º ani-

versário de fundação, a Audio-Technica

anuncia a sua aliança estratégica com a

ProShows, empresa baseada em Sapu-

caia do Sul, RS, que será sua distribuidora

exclusiva para o Brasil e o Paraguai. O

anúncio foi durante a AES Expo 2012. A

partir de agora, as duas empresas têm

como objetivo encarar, juntas, os novos

desafios e realizar as novas oportunidades

dos mercados de áudio profissional e de

eletrônicos de consumo. Para isso o foco

será em eficiência logística, educação e

inteligência de mercado e suporte pós-

venda para toda a região.

Alexandre Algranti, Diretor de Vendas e

Marketing para o Brasil da Audio-

Technica; Roger dos Santos, Gerente de

Marketing da ProShows; e Carlos San-

tos, Gerente Nacional de Vendas da

ProShows, são os nomes que estarão à

frente deste novo desafio. Para Phil

Cajka, CEO da Audio-Technica US, Inc,

a parceria com a ProShows trará um alto

nível de satisfação aos clientes e usuário

AUDIO-TECHNICA ANUNCIA ALIANÇA COM PROSHOWS

finais dos produtos Audio-Technica, além

de contribuir para o desenvolvimento da

marca nesses dois mercados da América

Latina. “Estamos muito contentes em ter

a ProShows como nosso distribuidor ex-

clusivo para o Brasil e o Paraguai”, afir-

mou o CEO.

A ProShows irá distribuir a linha completa

de produtos da Audio-Technica, que inclui

os microfones de estúdio da Série 4000,

os microfones com interface USB da Série

2000, os microfones com fio e sem fio de

alto desempenho da Série Artist Elite, os

fones de ouvido da Série ATH e os fones

com cancelamento ativo de ruído da Série

ATH-ANC. “Estamos orgulhosos de poder

distribuir no Brasil e Paraguai esta

prestigiada marca, que complementará

de forma brilhante nosso portfólio de pro-

dutos”, completou Vladimir de Souza,

CEO da ProShows. Fundada em 2003 em

São Leopoldo, RS, a ProShows é a em-

presa líder na distribuição de equipamen-

tos de áudio profissional, iluminação pro-

fissional e instrumentos musicais no Brasil.

Vladimir de Souza, CEO da ProShows

Nova loja Vitória SomDurante a AES 2012 foi inau-gurada a nova loja da VitóriaSom. O coquetel, realizadono novo espaço da empresa,contou com a presença decentenas pazeiros e nomes li-gados ao áudio. O novo en-dereço passa a ser na Rua dosAndradas, 456, São Paulo.

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DÓLAR A 2 X 1A reviravolta no câmbio vem agitandoo mercado e lançando algumas questõesinteressantes. A principal delas é testara agilidade daqueles que lidam direta-mente com o mercado internacional,notadamente os importadores, na suacapacidade de adaptação aos novosparâmetros de cotação da moeda nacio-nal. Essa oscilação, que tem na retóricagovernamental um fator de absolutodescrédito, não é rara e volta e meiainferniza a vida de quem sonha se pla-nejar a médio e longo prazo em nossobagunçado país.

RECADO REDONDOEm entrevista a um canal a cabo brasi-leiro, a cantora inglesa Adele disse pou-co se importar com os comentários so-bre sua forma física e afirmou que fazmúsica para ouvir e não para ver. Reca-do direto às enganações que se escon-dem atrás de megaproduções entupidasde tecnologia que dispensam até voz.Ganhou um fã...

BOLA DA VEZO forró tecno brega paraense viroumoda. Tendo como puxadores a inde-fectível banda Calypso e a cantora GabyAmarantos, o gênero começa a pegar.Como a maioria dos modismos no nos-so país, a proposta é musicalmente po-bre e revela o natural desespero dosdivulgadores dessas coisas em alavancarpopularidade e arrancar dinheiro dasclasses mais baixas da população. Aonda já decolou, mas ainda não é possí-vel avaliar o tamanho do estrago e a di-mensão de sua sobrevivência.

VOZA morte da cantora Donna Summer fezalguns jovens descobrirem seu trabalhopela mídia que a noticiou. Dona de umadas mais belas e potentes vozes da disco

music e, quem sabe, de todos os tempos,depois de morta, a americana volta a sertocada em bares da moda e eventos seleti-vos. Tem meninada agora que está pen-sando duas vezes antes de chamar Ri-hanna, Byoncé e Lady Gaga de “cantoras”.

RECLAMAÇÃO RECORRENTEOs programas de edição de áudio andampecando nas informações contidas nosseus manuais, sejam eles físicos ou vir-tuais. Operadores, técnicos e usuárioscomuns vivem quebrando a cabeça nabusca de soluções para procedimentosque deveriam ser simples. Com uma so-fisticação desnecessária e na busca denovos recursos também de necessidadequestionável, a coisa vem desandando elembra bem a fase dos super relógios depulso que faziam tudo, menos mostrar ahora com destaque.

AINDA IMPOPULARA moda do earphone custa a pegar noBrasil e o motivo parece ser de fácildetecção. O equipamento com umaqualidade mínima é caro e os acessíveis

O Rio das Ostras

Jazz & Blues terá

na sua décima e

festiva edição um

componente

onipresente, mas

amplificado. A

conquista do título

de um dos maiores

festivais do gênero

no mundo vai

sacudir corações.

Nesse ano,

certamente a festa

terá como marca e

principal presença,

a emoção.

Lágrimas serão

inevitáveis. No

palco e fora dele...

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GUSTAVO VICTORINO | [email protected]

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têm desempenho sofrível. Puramaldade mercadológica, afinal osistema não tem nada que justifi-que custar três a quatro vezes o va-lor de um bom transmissor sem fiopara instrumentos. O princípio é omesmo, porém de forma reversa eainda mais simples. Parece que ocomponente da ganância foi inse-rido na novidade.

PLÁGIOAumentam os casos de acusaçãopor plágio no mundo neo sertanejo.Como a ruindade melódica do seg-mento criou um padrão uniformepara o sucesso, dezenas de casoscomeçam a pipocar nos tribunais evão virar dor de cabeça para magis-trados que diante da obrigato-riedade de analisar o caso ouvindotudo atentamente deveriam pediradicional de insalubridade. Até osrefrãos vêm sendo também substi-tuídos por grunhidos e gritinhosindecifráveis e fico imaginando oque passará na cabeça de um juiz dedireito na hora de sentenciar essaslides. Não custa lembrar que tortu-ra ainda é proibida no Brasil.

ECADParece que os políticos deram umtempo na pressão sobre o Ecad.Mesmo longe de ser unanimidade, oórgão é defendido pela classe artís-tica que logo percebeu o olho gran-de das quadrilhas engravatadas deBrasília nos milhões arrecadadosmensalmente pelo órgão. Concluí-ram que se ainda é ruim com ele,muito pior será sem ele...

RACISMOA acusação de racismo que virouuma investigação por parte do Mi-nistério Público contra o cantor

Alexandre Pires beira ao ridículo.O cantor notadamente usou bomhumor no clipe que gerou o mauhumor da turma que há muito vemtransformando o odioso racismoque ainda existe em nosso paísnuma indústria de interesses polí-ticos e midiáticos. No Brasil, cha-mar um afro-descendente de ne-gro ou crioulo tá virando crime,mas o pior é saber que tem gente fa-turando com isso. Não seria igual-mente ridículo reagir se me cha-massem de branquelo?

PARCERIAEventos culturais de todos os seg-mentos começam a descobrir namúsica a parceira ideal para captarmídia e frequentadores. Lançar li-vros com um pocket show no progra-ma não é novidade, mas o hábito sepopulariza e mostra bons resultadosna frequência desses eventos. Expo-sições de fotografias, artes plásticas eaté recitais de leitura abrem espaçopara apresentações de músicos comoforma de criar uma ambiência aindamais atrativa. A moda pegou e viroumais uma vitrine para a música dequalidade, afinal, quem lançaria umlivro ao som do Michel Teló?

LANDSCAPECaso raro de empresa nacional quese transformou em referência demercado, a Landscape praticamen-te travou a entrada de pedal boards

importados no país. Com a qualida-de do seu produto, infinitamentesuperior aos similares orientais, eum custo final acessível ao consu-midor, a marca mostrou como en-frentar concorrência com talento ecompetência. É líder e praticamen-te hegemônica no mercado. Pontopara a galera de Lençóis Paulista.

SANTA ESMERALDAO grupo que fez estrondoso suces-so nos anos 70 e 80 está a caminhodo Brasil. Criadores da iconoclas-ta Don’t Let Me Be Misunderstood, abanda está de malas prontas parao nosso país. O grupo vai se apre-sentar a partir da segunda quinze-na de setembro em várias cidadesbrasileiras. Conduzida pelo seucantor original, Jimmy Goings, emais cinco integrantes da forma-ção inicial, a banda terá na produ-ção o empresário Sérgio Lopes,criador do Vijazz, evento que nes-se ano acontece em duas cidades,Viçosa e Ponte Nova, entre os dias29 de agosto e 02 de setembro.

HOMENAGEADOSMais três nomes são divulgadosna lista de homenageados daFesta Nacional da Música 2012.João Bosco, George Israel e Leo-ni receberão o troféu pela con-tribuição à música brasileira nasúltimas décadas. Somados, ostrês artistas tem quase uma cen-tena de sucessos radiofônicos eclássicos da MPB.

BOM E BARATOOs pequenos pedais da Danelectroprecisam ser descobertos pelo mer-cado. No formato mini, o produto éde qualidade surpreendente pelopreço. Praticamente todos os mo-delos ficam bem abaixo de 200 reaisao consumidor final, e com desem-penho de gente grande. Na relaçãocusto-benefício são imbatíveis.

CALOTEIROArtista famoso com cheque devol-vido por falta de fundos é cons-trangedor. O rapaz já é bem conhe-cido na praça. E reincidente...

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PLAY

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DANIELLI MARINHO | [email protected]

A cantora presen-teia os fãs de Gua-dalupe da Vila comeste tributo memo-rável. E àqueles queainda não conhe-cem o músico, íco-ne da MPB brasilei-ra, o álbum acabapor apresentar damelhor forma pos-sível as obras do

compositor, que foi integrante da velha guarda da es-cola de samba Vila Isabel. Christina, que é sobrinha deGuadalupe, interpreta neste CD músicas que, só agora,seis anos depois da morte do compositor, chega ao co-nhecimento do grande público. Com exceção de Por

Aí, em que divide a autoria com Dunga, as demais 11canções são de Guadalupe da Vila. O CD conta aindacom Marcilio Lopes no bandolim, Fernando Carvalhono violão acústico, Higor Nunes no cavaquinho,André Dantas, no baixo, e Alberto Farah, no piano, eJimmy Santa Cruz no baixo.

CANTAR PARA VIVERChristina Paz

Gravado ao vivo emoito canais, com osmúsicos na mesmasala do estúdio, oque se ouve é exa-tamente da formaque foi tocado. Osefeitos colocadosna mixagem foramapenas para realçaro que já havia sidogravado. O resulta-

do é um som cru, sem efeitos, exatamente como os an-tigos discos de blues eram feitos, o que agradou muito àbanda, indo ao encontro do que o grupo buscava emrelação à sonoridade, à ambiência e à maneira de tocaras músicas.

PLAY AGAINCristiano Crochemore

A banda lança maisum trabalho, quesoa como uma im-pressão digital daformação da Patru-lha, com músicasque dizem algo paracada um dos inte-grantes. A ideia éque cada faixa doCD tivesse uma men-sagem própria e que

viesse do fundo da alma de cada integrante, sem esquecero conceito grupal e sonoro da banda. O resultado podeser conferido nas faixas Rolando Rock, canção autobio-gráfica do baterista Rolando Castello, Estrelas Dirão,Máquina do Tempo, que expressa momentos e sentimen-tos do guitarrista Danilo Zanite, e Riff Matador, uma co-laboração conjunta na composição, que expressa o espí-rito que dirige os caminhos da Patrulha. O álbum total-mente de estrada ainda inclui dois bônus: Rock com Roll,capturada ao vivo no Centro Cultual São Paulo; e Qua-

tro Cordas e um Vocal, uma homenagem a dois queridos esaudosos heróis do rock brasileiro.

DORMINDO EM CAMA DE PREGOSPatrulha do Espaço

Gravado nos Estú-dios da Trama, emSão Paulo, Baixo

Augusta é o sextoálbum do grupo eestá disponível pa-ra download no si-te www.cachorro-grande.com.br . OCD apresenta 11faixas com desta-que para o single

Difícil de Segurar, que ganhou uma versão em clipe. Ovideoclipe foi dirigido por Ricardo Spencer e podeser assistido nos canais de internet ou no própriosite da banda.

BAIXO AUGUSTACachorro Grande

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[email protected] | DANIELLI MARINHO

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Victor Bello

[email protected]

Fotos: Internet / divulgação

Disco Além Paraíso,

marco na trajetória do

grupo 14 Bis,

completa 30 anos.

das melodiasdas melodiasinspiradoO vooO voo

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anto pelo nível de composiçõescomo pela inovação em termos

de novos equipamentos de avança-da tecnologia, este foi um discomarcante na carreira do 14 Bis’ dizo tecladista Vermelho. Gravadodepois de uma viagem feita aos Es-tados Unidos, o disco Além Paraíso

foi um marco na discografia dabanda mineira 14 Bis. O grupo for-mado por Vermelho (piano, tecla-do, violão e vocal), Flávio Ventu-rini (teclado, violão e vocal), Clau-dio Venturini (guitarra, violão evocal), Hely Rodrigues (bateria evocal) e Sérgio Magrão (baixo evocal) desenvolveu um rock meló-dico com sofisticadas harmoniasvocais que procurou compreendera música brasileira aliada ao rock econstruir um som próprio, moder-no, lírico e de alcance popular.Antes da fundação do conjunto, osmúsicos absorveram toda uma ba-gagem em passagens anteriores porbailes, festivais e bandas, comoFlávio Venturini, que desempe-nhou forte papel em composiçõesdo grupo O Terço participando dos

T dois primeiros discos da banda eparticipando também do antoló-gico álbum do Clube da Esquina

juntamente com Vermelho. A cé-lula inicial se deu em uma garagemna cidade dos músicos, Belo Hori-zonte, e de lá saiu o núcleo que vi-ria a formar o 14 Bis tempos depoisem São Paulo, em 1979, com a in-corporação do carioca Magrão.Nesse mesmo ano sai o primeirodisco do 14, produzido por MiltonNascimento. Em 1982, a bandalança seu aclamado quartodisco que rendeu sucessos co-mo Linda Juventude e Uma Ve-

lha Canção Rock’n’Roll.Em conversa com a Backstage,o tecladista Vermelho contadetalhes do disco que, segundoele, foi elaborado em um perío-do em que a banda se encon-trava no auge, realizando umtrabalho maduro e experi-mental ao mesmo tempo.

A GRAVAÇÃOGravado no estúdio da Si-GLA (Som Livre), um dos

primeiros estúdios no Rio a ofere-cer gravação em 24 canais, a gui-tarra utilizada foi uma GR-300 daRoland, que se acoplava a um mó-dulo-sintetizador e produzia sonsincríveis. Um Prophet-5 - um po-deroso synth polifônico, tecladodigital Sinergy e um Poly-6 consi-derado o antecessor do atual Kro-nos, da Korg (esse modelo possuíaum arpeggiator que deu praticidadee flexibilidade do ponto de vistamusical e foi usado no fim de Uma

Gravado depois de uma viagem aos Estados Unidos, Além Paraíso foi um marco na discografia do 14 Bis

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velha canção rock ‘n ‘roll) - foi outro ins-trumento incorporado às gravações. Umpiano CP-70, eletro-acústico da Ya-maha; baixo Alembic, um modelo rarís-simo (também usado pelo baixista doThe Who); violão Ovation, que repro-duzia de maneira inédita na época o somacústico: como o sinal podia ser processa-do, deu o som característico, por exemplo,no inicio de Linda Juventude.

Além Paraíso foi gravado depois de umaviagem da banda feita aos EUA. EmNova Iorque os músicos tiveram contatocom muitos equipamentos novos quedespontavam em termos tecnológicosna época. Em Los Angeles visitaram aCapitol Tower, sede da EMI nos EstadosUnidos, conhecendo os incríveis estúdi-os onde gravaram tantos artistas famo-sos, inclusive os Beatles, grande influên-cia do grupo mineiro.Ao voltar, o grupo começou uma série deensaios que percorreram meses a fio. “Es-távamos fascinados pelos sons novos, to-cávamos dia e noite, a hora que davavontade, ou seja, quase toda hora.Ideias fluíam muito rápido e, princi-palmente eu e Flávio, fizemos boasparcerias como Uma velha canção

rock’n’roll, Passeio pelo Interior, Além

Paraiso, etc... O tom abstrato de ver-melho da capa reflete bem a energiadeste disco, o entusiasmo que tínha-mos tanto pelos novos equipamen-tos como por sentir que estávamosnum momento muito criativo nabanda”, observa Vermelho.

EXPERIMENTAÇÃOA SERVIÇO DARIQUEZA MELÓDICANo álbum encontram-se cançõesde estruturas melódicas bem delinea-das, orquestra, sintetizadores, guitarradistorcidas, bateria e baixo pesadosconvivendo com melodias serenas evocais elaborados. Até canto de passa-rinhos está presente nesse disco. Passeio

pelo interior, por exemplo, é uma músicabem rural que exalta uma paisagem docampo. A música começou com um rifftocado pelo Flávio no Prophet-5 e me-

lodia tocada no piano Yamaha pelo Ver-melho com letra de Murilo Antunesque, segundo o pianista, valorizou a can-ção e deu a ela um clima meio bucólico erural. “Eu nasci numa pequena cidadedo interior de Minas. Belo Horizontepor muito tempo teve este ar um poucointeriorano. E todo mineiro gosta sem-pre de um passeio pelo interior, aindamais em Minas, onde cada cidadezinhatem sua própria história bem delineadae culturalmente rica”, fala.Pequenas Coisas é uma música do Ma-grão e possui uma linha melódica bemdelineada e lírica. A letra é do Cesar deMercês, que também fez parte do grupoO Terço, numa formação anterior a deFlávio e Magrão. Além Paraíso, faixa quedá nome ao disco, é uma canção bem pop,ideia melódica do Flávio Venturini inspi-rada no som do violão Ovation, que ca-minhou para um vocal bem típico do 14,sobre uma base bem firme de baixo - ba-tera, seguido por um solo de synth do

Além Paraíso (1982)

Linda Juventude

Passeio Pelo Interior

Pequenas Coisas

Além Paraiso

Retrato Na Praça

Querer Bem (Birmingham)

Uma Velha Canção Rock’N’Roll

Pele De Verão

Beijo Sideral

Não Tá Com Essa Bola

Romance De Amor

“No álbum

encontram-se

canções de

estruturas

melódicas bem

estruturadas,

orquestra,

sintetizadores,

guitarra

distorcidas, bateria

e baixo pesados

convivendo com

melodias serenas e

vocais elaborados.

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Poly-6 Korg. “Esse grande synth,que tinha coisas interessantíssi-mas, como seu incomparável Ar-

peggiator, usado também no final deUma velha canção... tinha recursosde muita riqueza musical. Infeliz-mente foram descartados pelas fá-bricas de instrumentos, muitas ve-zes com modelos novos que atraí-am mais atenção do consumidorcomum. Outros até desapareceram,a empresa que fabricou fechou, seilá. É o caso do Sinergy, primeiro te-clado que trazia um gravador digitalde 4 canais, coisa que descobri poracaso, já que o manual era péssimo.O Flávio o comprou meio que ‘noescuro’, por um preço bem alto (eucomprei o PH-5), mas tinha sonsinigualáveis” observa Vermelho.Romance de Amor foi uma melodiacomposta pelo Flávio com um somtipo Hammond, do Sinergy, com aletra romântica da poeta SuzanaNunes. No final contém um belosolo de guitarra, acordes bem chei-os com o som incomparável doProphet-5, baixo acentuando eharmonia junto com marcação fir-me da bateria. Uma velha canção

rock’n’roll evoca os velhos clássicosdo rock, parceria de Vermelho como Flaávio. “O som da guitarra, queaparece em todo o disco, é na maio-ria das vezes, e acho que aqui tam-bém, da GR-300 Synth-guitar, daRoland, talvez a melhor guitarrasynth que já tenha sido lançada.Parece-me que tinha um sistemapróprio e meio complicado (um

sistema da Roland que evoluiupara o midi) que conectava a ummodulo JX-300, da linha dos Jupi-ter-8 e outros do mesmo nível, ouseja, você podia processar o som daguitarra via sons sintetizados, ecom isto mexer em afinação, enve-lopes, filtros, cutoff, ADSR e todasestas coisinhas fantásticas quenós, que programamos sintetiza-dores, sabemos como é. Somado aisto, o próprio som da guitarra tra-dicional fica um instrumento mui-to poderoso e expressivo; coisa queum guitarrista igual ao Claudio, quetem ótima técnica e veia melódica,sabe explorar bem” conta o pianista.Pele de Verão é uma música leve,alegre e descontraída, bem a carada cidade do Rio de Janeiro, ondeforam morar em seguida à funda-ção da banda e por lá permanece-ram durante os seis primeiros dis-cos. Linda Juventude, o grande car-

ro-chefe do disco e música degrande sucesso, com letra de Már-cio Borges, foi trabalhada em cimade uma ideia em homenagem aocélebre Milton Nascimento. Seutítulo e letra expressam bem o queé parte do público da banda e exal-ta um sentimento interior dentrodo próprio conjunto. “A últimamúsica a ser incluída no disco.Gravamos um pouco mais rápido emais pesado, com som dos equipa-mentos novos, começando com oótimo som do Ovation em stereo.O que deu mais trabalho e me cus-

tou algumas horas de conversasnum bar foi convencer o Marcinhoque o nome da musica tinha de serLinda Juventude” observa Vermelho.Em 2012, a banda continua na ati-va fazendo shows por todo o país edivulgando o atual CD e DVD 14

Bis ao vivo. “Acho o 14 Bis um gru-po que, de forma discreta e semgrande alarde, construiu uma dis-cografia consistente e repleta decanções bacanas, conseguindo afaçanha de soar como rock and rolle MPB ao mesmo tempo e transi-tando bem nesses dois cenáriosmusicais com desenvoltura. Suasharmonias vocais e as ótimas can-ções que gravou, especialmenteentre 1979 e 1983, reservaram aeles um lugar importante no rockbrasileiro. Esse requinte vocal tema ver com Beatles e Crosby, Stills& Nash, que os influenciaram bas-tante. O grupo conseguiu criar um

estilo próprio, facilmente reco-nhecível logo nos primeiros segun-dos de cada uma de suas músicas. Éuma de suas marcas registradas.Eles certamente também ouviramcom atenção grupos vocais brasilei-ros como Os Cariocas e o MPB-4,pois possuem uma pitada da tradi-ção desses grupos” salienta o jorna-lista Fabian Chacur. A banda sus-tenta sua longevidade atraindo nãosó publico de sua geração, como amoçada mais nova, a linda juventu-de que cada vez mais percorre seusshows por todo o país.

Fabio Chacur

Acho o 14 Bis um grupo que, de

forma discreta e sem grande alarde,

construiu uma discografia consistente e

repleta de canções bacanas (Fabio)

““

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Luiz Urjais

[email protected]

Fotos: Ernani Matos /

Divulgação

omes de peso como Quarteto Ra-damés Gnatalli, Duo Santoro, Ar-

mildo Uzeda, Elodie Bounie e LuizCarlos Barbieri já passaram por lá. Re-conhecido no meio musical como umdos principais polos para gravação demúsica erudita, ‘A Casa’ é dirigido peloprodutor e compositor Sergio Robertode Oliveira que, ano passado, represen-tou o Brasil na disputa pelo GrammyLatino na categoria “Melhor composi-ção clássica contemporânea”.

O ESTÚDIOCom cerca de 80 metros quadrados, o es-túdio possui uma sala de gravação reves-

N

Locado em um casarãodo século passado, naZona Norte do Rio de

Janeiro, o ‘A CasaEstúdio’ talvez possa

ser considerado oresultado de um

trabalho no começodespretensioso e

experimental que deucerto. Desde o nome do

lugar – queinicialmente servia de

ponto de referênciapara os donos – até a

aquisição dosequipamentos, o local

foi evoluindo conformea demanda de serviços

e, atualmente, nãoresponde apenas por

uma sala de gravação,mas é sede de uma

produtora e homônimode um selo fonográfico.

tida em vidro e madeira, com espelho erebatedores. Abriu as portas em 1998, fru-to de uma parceria entre o produtor e oguitarrista Marcelo Cotta. Sergio contaque tudo começou em 1995, a convite deCotta, quando participou da gravação deum jingle para um carro de som.“Na época, eu usava um software chamado“Cakewalk” e ele tinha um microfoneSM-58. Criamos a trilha usando os tim-bres de uma placa Turtle Beach. Gravamosatravés de uma mesinha de som Staner, de8 canais, emprestada, ligada a um TapeDeck Technics. A cantora ficou no ba-nheiro de empregada da minha casa, e adependência serviu de “técnica”. Mi-

A CASAA CASAEstúdioEstúdio

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xagem em tempo real!”, recorda. “Apartir deste trabalho, montamos umhome studio. E, com o aumento daprocura, passamos a alugar um estú-dio de ensaio para fazer as gravações,até, enfim, comprar A Casa”, diz.Apesar do reconhecimento pelostrabalhos no gênero erudito, deacordo com o produtor – que desde2008 atua em parceria com o téc-nico de áudio Matheus Dias – o es-túdio tem a preocupação de ser“bilíngue”. Isso significa não aten-der apenas a um estilo em específi-co, principalmente em meio à crisedo mercado fonográfico mundial.“A música clássica ocupa 5%, oumenos, do nicho de mercado. Re-parei que, apesar deste segmentonão ter sido tão diretamente afeta-do com o momento, não dá parater um estúdio apenas para isso.Acredito que a versatilidade seja aalma do negócio, desde que vocêdisponha de profissionais específi-cos para trabalhar nas áreas deseja-das. Acredito que a associação coma música clássica se deva aos meusprojetos como compositor. Talvezpor isso a demanda. Em contrapar-tida, o Matheus é técnico de PA devários artistas e traz a experiênciada música popular”, avalia.Sergio explica que a proporção degravações entre os gêneros populare clássico está de “dois para um”,respectivamente. “Tenho, em mé-

dia, duas seções de música brasilei-ra por semana. Houve época emque a música gospel era o grandefilão do estúdio. Varia bastante.Por isso as portas abertas para en-saios. Acaba sendo entrada de umapotencial gravação. Uma forma de

atrair clientes e, alternativamen-te, ganhar dinheiro. O dia a dia da-qui não é música clássica, apesardas referências. Por isso, a criaçãoda produtora e do selo. Com o mer-cado volátil, temos que estar aten-tos”, afirma.

Diversidade de equipamentos permite atender a vários estilos musicais, incluindo o clássico

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Com relação às peculiaridades de se tra-balhar com gêneros opostos da música,Sergio confere ao engenheiro de áudio aresponsabilidade de entender a cabeçado músico em questão, para obter bonsresultados nas seções. “Geralmente omúsico popular está acostumado a ou-

Lista de Equipamentos

Equipamentos

1 Bateria Tama Super Star (bumbo 20, caixa

14, tons 10, 12, surdo 14 - Peles para grava-

ção: Evans G2)

1 Amplificador de Baixo Hartke LH1000 -

Caixa VX 410; 1 Amplificador MG Fillmore

(Modelo Fender Jazzbass 69);

1 Amplificador de Guitarra Laney LV 300; 1

Amplificador de Guitarra Roland Jazz

Chorus 55 e 1 Amplificador de Guitarra

Marshal MG 100

1 Piano meia cauda Yamaha C6

1 Piano digital Roland FP-1

1 Controlador Roland A-800 Pro (61 teclas)

Equipamentos de Gravação:

Mac Pro rodando Pro Tools 9 HD 2

Interface Apogee Symphony 24/8 I/O

Avalon 737 (1 ch)

Amek Neve 8093 (2 ch)

TL Audio 5001 (4 ch)

Drawmer DL 441

DBX 160A

Mesa Presonus Studio Live 24.4.2

20 Fones para Gravação

Monitoração:

Yamaha NS10M

KRK 13000B

Sub Resolv 120A

Microfones:

1 Neumann U87

1 Neumann U89

2 AKG C 414 ULS

3 Sennheiser MD 421

2 AKG C 391

2 AKG C 2000B

1 AKG C 3000

1 AKG D 112

1 Crown PZM

2 Shure SM 57

1 Sub Kick Yamaha

Equipamentos de Ensaio:

2 Caixas Mackie S 225

2 Caixas Mackie C 200

1 Subwoofer Samsom DB 1500A

1 DBX Drive Rack PA

8 vias independentes de fone

1 Kit Microfones Bateria Shure ( 1PG 52, 2

PG 81, 3 PG 56)

Observação:

Cabeamento Moogami.

Conectores Neutrik Gold.

Pianos acústico e digital são alugados à parte

vir seus instrumentos amplificados, oerudito, desde sempre, se acostuma como som acústico. Cabe ao profissional teressa sensibilidade e tentar ouvir, de ou-tra forma, a questão do timbre, como elefunciona naquele gênero. Entender asonoridade é o maior desafio. Além do

Piano meia cauda

“Geralmente omúsico popular

está acostumado aouvir seus

instrumentosamplificados, o

erudito, desdesempre, se

acostuma com osom acústico. Cabeao profissional ter

essa sensibilidade etentar ouvir, deoutra forma, a

questão do timbre,como ele funciona

naquele gênero.

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processo criativo, que é diferente.Por exemplo, no popular tudo éfeito em partes separadas; no eru-dito, todos de uma só vez. Confes-so que, como produtor, gosto de

gravar tudo junto. Penso que o re-gistro musical é um retrato quevocê até pode retocar e adicionarelementos – desde que tenha umaboa foto inicial”, enfatiza.

ACÚSTICAO projeto acústico é de curadoria doengenheiro de áudio John PatrickSullivan. Sergio explica que a estruturado casarão, de 1945, ajudou na questãodo isolamento sonoro. “A intençãoera aproveitar da melhor forma o espa-ço. Tanto que, no projeto, a escada foiconsiderada importante, por separar agravação da técnica. Depois alteramosa acústica, usando placas de madeira eposicionando oito rebatedores de du-pla face. O revestimento é de vidro emadeira. Há um grande espelho, paramelhorar o campo de reverberação, etrês colunas de tijolo de vidro no inte-rior da sala, para favorecer a claridadenatural”, comenta o produtor, queafirma caber uma orquestra, de até 20pessoas, no interior do estúdio.

SELOCom 11 títulos lançados, Sergioafirma que o enfoque do selo está,

Estúdio possui sala de gravação revestida em vidro e madeira

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sobretudo, no segmento erudito. Entre osartistas no catálogo, além de títulos dopróprio, figuram nomes como Luiz CarlosBarbieri, Armildo Uzeda e Elodie Bounie.Sergio que, neste ano em que celebra 15anos de carreira, lançará, em setembro,um box de quatro CDs com obras suas edo compositor americano Mark Hagerty.

PARCERIASParceiro do selo A Casa, o violinistaLuis Carlos Barbieri conta que conhe-ceu Sergio através de uma mostra emque trabalhou como curador, em 2009.Junto com o selo ‘A Casa’, o músico estápreparando o lançamento do seu segun-do CD pela produtora, chamado Violão

Urbano. “O gerenciamento feito porum compositor com a abrangência doSergio, que atua em vários tipos de for-mações camerísticas, dá peso a qualquermaterial. Além deste, estamos traba-lhando juntos no Box comemorativo desua carreira, e criamos o grupo Oitiz, demúsica de câmara”, frisa.Integrante do Quarteto Radamés Gna-talli, a musicista Carla Rincón elogia onível de profissionalismo do estúdio. Se-gundo ela, o fator mais complicado de gra-vação é se expressar dentro de quatro pa-redes cinza, sem a troca humana, propor-cionada com a plateia num concerto, porexemplo. “Gravamos sete obras no ‘A

Casa’. É estranhamente positivo gravar lá.Em diversos estúdios, muitos são os enge-nheiros de som que acabam atrapalhandoo músico no processo. Digo isso, pois jus-tamente naquele take valioso, ele se esque-ce de fazer a sua parte, seja apertando obotão de ‘rec’, seja na microfonação”, opi-na. “É importante que o técnico estejaacompanhando o músico no trabalho deexecução. O Sergio tem a sensibilidade doouvido musical. Afinal, é outro músicoatuando junto ao quarteto”, completa.

“Gravamos sete obrasno ‘A Casa’. É

estranhamentepositivo gravar lá.

Em diversosestúdios, muitos são

os engenheiros desom que acabamatrapalhando o

músico no processo.Digo isso, pois

justamente naqueletake valioso, ele seesquece de fazer a

sua parte

Mesa Pre Sonus Studio Live

Caixas Mackie podem ser usadas para os ensaios

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Miguel Sá

[email protected]

Fotos: Divulgação

o cinema, muitas vezes se pegaum filme antigo e faz- se uma

nova versão, uma refilmagem. Talvezesta situação seja a que chegue mais

perto quando se tenta explicar o ál-bum Liebe Paradiso, inspirado no

N Paradiso, segundo disco de uma trilo-

gia de Celso Fonseca e Ronaldo Bas-tos, lançado em 1998. Os outros ál-

buns foram Sorte, de 1994, e Juventu-

de/Slow Motion Bossa Nova , de

2001, todos lançados pela Dubas.

LiebeParadisoLiebeParadiso

Revisitando o paraíso em

Leonel Pereda eDuda Mello

Duda Melo e

Leonel Pereda

falam sobre

como a

tecnologia

renova a arte de

construir um

álbum.

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A IDEIAAlém do Paradiso no nome, Liebe

tem, com duas exceções, as mes-mas canções de Ronaldo Bastos e

Celso Fonseca. No entanto, é ou-tro disco. Um novo álbum motiva-

do por novas escolhas artísticas epelas limitações e possibilidades

da tecnologia. O disco foi produzi-do por Duda Mello – técnico de

som e produtor que começou a car-reira no antigo AR Studio – e Leo-

nel Pereda, da Dubas. A direção ar-tística foi de Ronaldo Bastos, que

deu toda a liberdade para que elesdesenvolvessem o trabalho. O di-

retor artístico elogiou o desempe-nho técnico e artístico dos produ-

tores. “O Duda é produtor mesmo.Ele e o Leonel Pereda”.

O disco original não foi muito di-fundido. A música Polaroides ainda

teve boa execução em rádios seg-mentadas de MPB, mas, fora isto, o

álbum ficou praticamente desco-nhecido do grande público. Bas-

tante aquém, por exemplo, do ter-ceiro CD da trilogia, que ficou co-

nhecido devido à entrada da músi-ca Slow Motion Bossa Nova em um

comercial. O produtor musicaluruguaio Leonel Pereda ficava in-

trigado: como um disco de qualida-de como aquele não acontecia no

mercado brasileiro? “Foi um dosprimeiros discos de música brasilei-

ra que eu curti, mas não tocava norádio e as pessoas não o conheciam.

Um dia tive a ideia de abrir o disco etentar algo novo com aquelas can-

ções para aproximá-las das pessoas.Não era para melhorar nada, o disco

original é muito bonito, era maispara fazer com que as canções che-

gassem a mais gente”, reflete.

“VELHA ERA” DIGITALParadiso é um disco já da era do Pro

Tools. Bem de quando ele começoua ser mais usado no Brasil. Foi gra-

vado em 24 bits / 44.1 kHz no estú-dio Gorila Mix, como era o usual

na época. “Não quis fazer upsample,já que a ideia era que não entras-

sem tantas coisas novas”, comentao produtor.

As mixes foram abertas há cerca detrês anos. Elas estavam arquivadas

em fitas DDS, o que quase chegou aser um problema, porque os pro-

gramas deste tipo de backup e osplayers das fitas praticamente não

existem mais. Na época, o ARStudio ainda estava aberto e era

Um dia tive a ideia de abrir o disco

e tentar algo novo com aquelas canções

para aproximá-las das pessoas. Não era

para melhorar nada

Hammond do estúdio Rock It usado por Jorjão

Neve 8816 usado para a soma dos canais Prés Neve 1081

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um dos poucos lugares onde o arquivoainda poderia ser aberto. “Fizemos a

transcrição das fitas para um HD meu.São umas fitinhas tipo as de DAT, mas

que armazenam dados. Depois trou-xemos para o estúdio (Rock It) e abrimos

aqui. Tinha um mapa dos canais antigos,tudo guardado, aí a gente começou o

processo de ouvir e ver que caminho se-guir”, relembra o técnico de som.

Toda a gravação passou por equipamen-tos analógicos. Dos prés Neve 1084 até

os Urei 1776 passando pelos Summit. Jáos efeitos, como reverb, foram todos

construídos a partir de plug-ins. No for-mato plug-in, Duda Melo gosta de usar

o sistema TC 6000. “Tem efeitos exter-nos que ainda não ficaram bons no for-

mato plug-in. O Outverb simula legalalgumas coisas, mas não é igual ao som

real. O que sempre uso é o da TC, oVSS3”. A soma dos canais na mixagem

foi feita por meio do amplificador Neve8816, o que melhora a qualidade da soma

em relação à que é feita pelo Pro Tools.

DESAFIOSAs limitações técnicas acabaram aju-

dando a fazer surgir a ideia de um novoálbum. Neste momento, o “espírito”

Liebe Paradiso – um disco de produtor– começava definitivamente a substi-

tuir a ideia do original, um álbum

Um disco de produtor

Duda e Leonel “pintaram” o disco como se

fosse um quadro, usando várias texturas e

cores diferentes, aproveitando as grava-

ções originais e as características dos intér-

pretes e músicos convidados para a nova

gravação. A ordem das músicas foi comple-

tamente alterada. Nana Caymmi entrou por

sugestão direta de Ronaldo Bastos, que

sempre quis que ela gravasse a canção Flor

da Noite. Sandra de Sá gravou o sucesso da

primeira versão do álbum, Polaroides. Com

a voz dobrada em oitavas diferentes Paulo

Miklos gravou Você Não Sacou acompanha-

do pela cozinha do Pharaphernalia, Renato

Massa e Alberto Continentino, e do bom gos-

to roquenrol da guitarra de Pedro Sá. Can-

deeiro foi a que mais preservou o clima acús-

tico intimista do álbum original, baseada na

percussão “suingada” e nos efeitos sonoros

de Robertinho Silva.

Adriana Calcanhoto trouxe a música O Tem-

po Não Passou, originalmente gravada no

primeiro álbum da trilogia, para o Liebe

Paradiso. Esta foi inteiramente regravada

sem uso de nada da versão original, assim

como A Thing Of Beauty/Juventude, que teve

a participação de João Donato.

Os timbres e acordes do tecladista Sacha

Amback tiveram participação importante na

construção da sonoridade do disco. Vale

ainda destacar as participações de Jorjão,

dando o toque samba jazz no Hammond;

com Leslie na música Denise Bandeira, de

Marcos Valle, tocando o Fender Rohdes em

Ela Vai Pro Mar, e a de Jota Moraes no

vibrafone de Out of the Blues.

intimista em que os compositores são ospersonagens principais. Logo de cara,

foi constatado um “problema”: CelsoFonseca havia gravado as vozes junto

com os violões em todas as músicas. Nãodaria para utilizá-las, a não ser que se

usasse o violão junto. Ainda que a in-tenção inicial não fosse mudar muito o

disco, tampouco os produtores queriammanter o clima intimista-acústico da

primeira versão do álbum em todas asfaixas. “Para algumas músicas estava

OK, mas para outras, não. Para estas, de-cidimos chamar o Celso e colocar de

novo a voz”, explica Duda. No entanto,os produtores perceberam que o novo

disco com as antigas canções pediamalgo diferente. Apenas Paradiso ficou

com a nova voz de Celso. As outras, oumantiveram a voz antiga com violão, ou

ganharam novos intérpretes.Em Flor da Noite, Nana Caymmi queria

que o arranjo original das cordas esti-vesse presente. Eduardo Souto Neto –

arranjador do primeiro disco – ficoucom a missão de transcrever o arranjo

para o tom de Nana Caymmi, mais bai-xo que o original. Foi necessário rees-

crever algumas passagens para que onaipe de cordas pudesse soar bem no

novo tom. Já em Polaroides, Duda Melloteve que se esmerar na edição do baixo

de Arthur Maia, que ele quis preservar

“Toda a gravação

passou por

equipamentos

analógicos. Dos

prés Neve 1084 até

os Urei 1776

passando pelos

Summit. Já os

efeitos, como reverb,

foram todos

construídos a partir

de plug-ins. O

Outverb simula

legal algumas

coisas, mas não é

igual ao som real.

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na música. O andamento era um pouco diferente dooriginal e era preciso fazer a edição de forma que o bai-

xo não soasse artificial.

O ÁLBUM NA ERA DOS SINGLESO resultado final é um álbum com “A” maiúsculo, onde

os arranjos, efeitos e interpretações estão a serviço dasótimas canções de Ronaldo Bastos – responsável, junto

com Milton Nascimento, por incontáveis clássicos daMPB – com o guitarrista e compositor Celso Fonseca. A

mixagem cristalina de Duda Mello ajuda a valorizar odesempenho dos intérpretes que, por sua vez, foram

muito bem escalados para cada uma das músicas. Na Erados Singles, Liebe Paradiso mostra que, com belas can-

ções e um trabalho apurado de produção, ainda é possí-vel criar um disco com personalidade.

www.dubas.net

Para saber online

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Rodrigo Ber tollucci

[email protected]

Fotos: Caio Gallucci e

Rodrigo Ber tollucci / Divulgação

A versão brasileira do musical

da Broadway, assinada pelo

ator, diretor e autor Miguel

Falabella e estrelada por

Claudia Raia, já é sucesso de

públicos.

Page 59: Revista Backstage - Edição 211

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UM ESPETÁCULO À PARTEão 80 profissionais envolvidos(entre artistas e técnicos), 150

figurinos, 18 músicas e um cenáriode sete toneladas - tudo isso, paradeixar o espetáculo Cabaret, estre-lado pela atriz Claudia Raia - nopapel da cantora Sally Bowles -,sob os holofotes dos principaispalcos nacionais. Em cartaz no Riode Janeiro desde o dia 30 de março,

S no Teatro Oi Casa Grande, noLeblon, a megamontagem já é su-cesso absoluto de público, comcinco meses de lotação esgotadadesde sua estreia, no mês de outu-bro, na capital paulista.Vinte e um atores compõem o elen-co do musical, que conta tambémcom uma orquestra de 14 músicos,regida em cena pela maestrina Bea-

triz de Luca. Cabaret, que é uma ver-são brasileira de Miguel Falabella,direção de José Possi Neto e pro-dução de Sandro Chaim – em par-ceria com Claudia Raia, foi encenadopela primeira vez há 45 anos, com tex-to de Joe Masteroff, música de JohnKander e letras de Fred Ebb. A dire-ção musical e vocal ficou sob a res-ponsabilidade do maestro Marconi

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Araújo, a coreografia é de Alonso Barros, ce-nários de Chris Aizner e Renato Theobaldoe figurinos de Fábio Namatame.O brilho dos figurinos, o cenário impe-cável e as músicas alegres dão o tom au-dacioso ao espetáculo, orçado em R$ 6milhões para montar e circular nas prin-cipais capitais brasileiras. “Estou cercadade profissionais fantásticos que admiromuito e a versão das músicas e do textoeu tinha certeza que seriam de Miguel”,

garante Claudia Raia, se referindo ao seugrande amigo, o ator, produtor e drama-turgo Miguel Falabella. “Nós temos umamor comum por este musical e dentretodas as adaptações maravilhosas dele,esta é a melhor”, considera.Cabaret foi indicado a dois prêmios Shellna temporada paulista: Melhor AtorCoadjuvante, Jarbas Homem de Mello, eMelhor Iluminação, Paulo Cesar Medei-ros. “Trabalhar em Cabaret, para mim, é

Paulo Cesar Medeiros: indicação ao prêmio Shell Silnei Marcondes é o técnico de monitor e microfonista

“A luz de um

musical ajuda a

trazer climas de

toda sorte,

possibilitando

conduzir o público

de forma sutil e

subjetiva para

diferentes

linguagens de

encenação (Paulo

Cesar Medeiros)

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uma conquista muito grande, prin-cipalmente em São Paulo, onde exis-te realmente uma visão diferenciadasobre as grandes produções e dificil-mente esses trabalhos são indicadosa prêmios de teatro”, enfatiza o res-ponsável pela iluminação.O especialista, que reúne uma vas-ta experiência na área, garante queos musicais com estrutura de re-produção dos musicais da Broad-

way, ou seja, que são cópiasfiéis das produções ameri-canas ou inglesas, usamuma quantidade muitosuperior às utilizadas nasproduções nacionais e osmoving lights são maisfortes e de melhor quali-dade. “Mesmo assim, commenos equipamentos, ten-tamos fazer luzes tão cria-tivas e bonitas como asdeles”, enfatiza Medei-ros, justificando que osequipamentos usadossão materiais básicospara uma luz atual demusicais: os movings,por sua enorme flexi-bilidade, e os LEDspor permitirem en-contrar diversas ga-mas de cores com osmesmos aparelhos.Mesmo com os cenários fixos,como é o caso do musical, as luzescriam um ambiente especial àmontagem. Para Medeiros, a ilu-minação de uma megaproduçãocomo esta é de extrema importân-

cia. “A luz de um musical ajuda atrazer climas de toda sorte, possi-bilitando conduzir o público deforma sutil e subjetiva para dife-rentes linguagens de encenação”,reforça. No caso de Cabaret, deacordo com Paulo, existem as ce-nas dramáticas, sem glamour e li-gadas a uma estética de simplicida-de e tristeza andando lado a ladocom uma iluminação totalmentefeérica e grandiosa para os núme-ros musicais.Paulo Cesar Medeiros já iluminouintérpretes como Maria Bethânia,Ivan Lins, Edson Cordeiro, Pau-linho da Viola e diversos outrosnomes, além de ter atuado ao ladode diretores consagrados comoBibi Ferreira, André Monteiro,Marília Pêra, José Possi Neto,Marco Nanini e Amir Haddad.“Tivemos duas indicações e isso émuito válido, pois, já que não te-mos uma premiação específicapara espetáculos musicais, é mui-to importante que se olhe para es-

Tocko é o responsável pela parte de áudio

Lista de equipamentos de áudio

PA - Loudness Sonorização

01 Cadac J-Type

16 Meyer Sound M’elodie c/ acessórios

e sistema de rigging (Main)

02 Meyer Sound UPA-2P c/ Yoke (Dfill)

03 Meyer Sound CQ 2 c/ Yoke (Inner,FX)

08 Meyer Sound MM-4XP (Frontfill,

Foldback piso)

06 Meyer Sound UPM-1P c/ bracket

(Surround)

06 Meyer Sound UPA-1P c/ Yoke (Palco)

02 Meyer Sound 650 P (Sub)

01 Meyer Sound UM-1P (Bateria)

Processadores e efeitos

02 Meyer Sound Galilleo 616

01 Klark DN 540

(quadra compressor)

01 Klark DN 530 (quadra gate)

02 Lexicon PCM 80 reverb

01 Lexicon PCM 81

(multi-effects processor)

Microfones

01 Shure SM 91 (Bb) e 01 SM B57 (Cx Top)

10 Neuman KM 184 (Cx B, HH, OH,

Reeds, Violins)

03 Shure SM 98 com clamp (T1,T2,Sd)

01 Sennheiser E 609 (Pete I, II)

01 Neuman U 87 (Bass)

01 AKG C 414 (Cello)

07 DPA 4099 com acessórios (Violi-

no,Clarinete,3 Sax,Banjo,Bone)

06 Radial J48 DirectBox

02 Shure SM 58 c/ chave on/off

Microfones sem fio

16 Sennheiser EM 3732 UHF Receivers

(04 Protag,22 Elenco,06 instr)

04 Sennheiser SK 5212 UHF Transmiters

28 Sennheiser SK 50 UHF Transmiters

02 Sistemas UHF Hand Held VOG

Senheiser/Shure

04 Sennheiser MKE1 (Protagonistas)

16 Sennheiser MKE2 Gold (Elenco)

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sas grandes produções com um olharsem preconceitos”, almeja.Para a montagem nacional de Cabaret,de acordo com Paulo Medeiros, foramutilizados os seguintes equipamentosde iluminação: Moving Lights NEO700 da American Pró, DTS 700, ParesLED RGBW, Ribaltas de LED RGB daI-Led, Elipsoidais ETC, Pares 64, Fres-

néis e Canhões de 1500W, além deMesa Avolite Pérola 2010.

A SONORIDADE DO MUSICALO design de som Tocko Michelazzo, res-ponsável por toda a parte de áudio do

Rigging de iluminação

PA principal no Oi Casa Grande: L´Acoustics KUDO

Caixas de som do balcão

Caixa da primeira fileira

Microfones usados por Claudia Raia no espetáculo

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musical, enfatiza que trabalharcom Claudia Raia é muito bom,pois, além de ótima atriz, bailarinae cantora, ela é uma excelente pro-dutora e muito exigente quanto àqualidade. “Tive total liberdade

para pedir o melhor equipa-mento para atender o espe-táculo, áudio intercomu-nicação e vídeo”, garante.Segundo Michelazzo, fo-ram utilizados dois tiposde equipamentos no es-petáculo. Na primeirafase, em São Paulo, ele usouum line array M’elodie, daMeyer Sound, pois se ade-quava mais ao projeto(cenário, tamanho doteatro e proposta musi-cal). A console Cadac J-Type analógica com au-tomação dupla com doisframes e 86 canais - usa-das nos maiores musi-cais da Broadway comoMiss Saigon, Rei Leão en-

tre outros -; 32 canais de micro-fones sem fio Sennheiser série3000 com cápsulas SennheiserMKE 2 gold e processador Ga-lileo 616 Meyer Sound. Na or-questra, foram utilizados micro-

fones Neumann, AKG, Shure emonitoração Yamaha MSP5.Já para a turnê e temporada do Riode Janeiro, conforme Tocko, fo-ram trocados o sistema de PA porum L’Acoustic KUDO e consoledigital Soundcraft Vi6, de 96 ca-nais. “A troca dos equipamentosfoi devido à diferença entre os te-atros que encontraríamos pelaturnê e a console digital facilitoutanto na montagem como na pro-gramação”, explica.A qualidade das duas consoles, con-forme o especialista, são ótimas eatenderam muito bem às necessida-des do operador do musical GabrielBoccuti. “Foi a primeira vez que useia Soundcraft em musicais e fiqueisurpreso pelo número de recursosdedicados a teatro como automação,endereçamentos e gravações de ce-nas”, avalia Tocko, destacando que osistema Sennheiser é muito robustoe confiável, necessário para os nú-meros de dança e movimento, e ascápsulas MKE 2 têm um timbre mui-

Musical conta com os melhores equipamentos de áudio e vídeo

Mesa de PA Souncraft Vi6 - 96 canais

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to natural. A empresa locadora foi aLoudness Sonorização, de Campinas.Entusiasmado com o musical, o desig-ner de som, que já esteve à frente do de-partamento de som do Teatro Abril re-alizando musicais de sucesso como ABela e a Fera, Chicago, O Fantasma daÓpera, Miss Saigon, Castelo Rá-tim-bum,Cats e Mamma Mia, frisa que foi muitobom buscar a sonoridade do ambientede Cabaret criados pelo diretor JoséPossi Neto e o diretor musical MarconiAraújo. “Há dificuldade de reproduzi-loem teatros tão diferentes em constru-ção e acústica, mas foi compensadorpelo resultado e mostra que as produ-ções nacionais estão cada vez mais pre-ocupadas com a qualidade do áudio e in-vestindo em equipamento e operadorese microfonistas experientes para suasproduções”, ressalta.

A HISTÓRIAAmbientada no Kit Kat Club, uma de-cadente casa noturna em Berlim, em1931, a trama, baseada no livro deChristopher Isherwood, gira em tornodo relacionamento da inglesa Sallycom o escritor americano Cliff Brad-shaw, encarnado pelo ator Guilherme

Magon. Paralelamente ao romance en-tre os personagens principais há aindaa relação entre uma alemã tolerante,Fräulein Schneider (vivida pela atriz LianeMaya), e um judeu, Herr Schultz (interpre-tado por Marcos Tumura).A versão original de Cabaret, em 1966,foi escrita pelo dramaturgo Joe Masteroff,que se baseou na peça Eu Sou uma Câ-mera, de John Van Druten, inspirada, porsua vez, no livro Adeus, Berlim, de Chris-topher Isherwood. O espetáculo teve1.165 apresentações na Broadway e de-pois recebeu uma versão londrina, onde aprotagonista era interpretada por nin-guém menos que Dame Judi Dench.

CARTAZDepois da temporada no Rio de Janeiro,onde fica em cartaz até 10 de junho,Cabaret segue para Porto Alegre e Curi-tiba e depois volta para São Paulo.

CURIOSIDADEA primeira e única produção nacionaldo musical foi realizada em 1989, comdireção de Jorge Takla. A protagonistafoi interpretada por Beth Goulart e oMestre de Cerimônias foi vivido porDiogo Vilela.

Mesa de iluminação Avolites Pérola 2010

“Foi a primeira vez

que usei a

Soundcraft em

musicais e fiquei

surpreso pelo

número de recursos

dedicados a teatro

como automação,

endereçamentos e

gravações de cenas.

(Tocko)

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oi então que muitos profissionais sequestionaram sobre como ficaria o

mercado de interfaces da Avid e da M-Audio perante esta “bem-vinda” liber-

F

No final de 2010, a Avid lança o Pro Tools 9.

Mais uma quebra de paradigma do que realmente

uma nova versão do software considerado o

padrão da indústria do áudio profissional, a

partir daquele momento seria possível executar o

Pro Tools com praticamente qualquer placa de

áudio existente no mercado.

dade exposta a um mercado repleto demaravilhosas opções.Um ano após, a Avid apresenta o ProTools 10. Recheado de novidades, aindaficaram de fora desta nova versão as re-quisitadas funções off line bounce (bouncemais rápido que em tempo real) e freezetrack (renderiza o processamento do ca-nal, liberando o processamento do com-putador), presentes em grande parte dosseus principais concorrentes.No entanto, com a intenção de prestigiaros usuários da M-Audio, a Avid realizouno início de 2012 uma readequação depreços do Pro Tools MP (atualmente em

Fast Track C400

e Fast Track C600

Fast Track C400

e Fast Track C600a nova geração deinterfaces da M-Audio

Luciano Freitas é técnico de áudio da

Pro Studio americana com formação

em ‘full mastering’ e piano erudito

Page 67: Revista Backstage - Edição 211

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sua versão 9), o qual não possuitoda a robustez da versão 10, po-rém oferece ferramentas capazesde suprir todas as necessidades dequalquer home studio.Novos bundles (pacote contendouma interface + Pro Tools MP) fo-ram disponibilizados no mercado,tornando a relação custo-benefí-cio ainda mais atrativa, além dolançamento de duas novas inter-faces, elevando a família Fast Trackda M-Audio (agora com seis dife-rentes modelos) a um novo pata-mar de produtos.Conheçamos um pouco sobre asnovas interfaces Fast Track C400 eFast Track C600.

COMPONENTESMETICULOSAMENTESELECIONADOSCom o objetivo de oferecer a melhorqualidade sonora disponível nasinterfaces da M-Audio, a Avid em-pregou na C400 e na C600 tecno-

logia derivada da sua atual famíliaMbox (3ª geração), com um fluxode sinal reduzido e novos pré-ampli-ficadores de microfones muito maistransparentes, utilizando compo-nentes high-end a fim de garantir amais fiel reprodução das fontes so-noras. Operando em amostragensde até 96 kHz/24 bits, seus novosconversores (A/D - D/A) respon-dem de 20 Hz a 20 kHz, com +/- 0,2dB, nas entradas de microfones, li-nha e instrumentos e de 20 Hz a 20kHz, com +/- 0,1 dB, nas saídasanalógicas (margem dinâmica de106 dBs e 104 dBs, respectivamente,para entradas e saídas analógicas).Fast Track C600, o “Big Brother”

Oferecendo seis canais de entrada(sendo dois desses digitais) e oitocanais de saída (sendo dois dessesdigitais) em sua seção I/O, a C600apresenta-se como o modelo maiscompleto da linha. Seus dois primei-ros canais permitem ao usuárioacessar as entradas de alta impedân-

cia (Hi-Z) existentes na partefrontal do equipamento, as quaisse mostram dedicadas à conexãode guitarras e contrabaixos. Já asconexões analógicas existentes naparte traseira (quatro, com conec-tores XLR combo) permitem aousuário conectar microfones (dis-ponível Phantom Power e Pad com-20 dBs) e equipamentos musicaiscom sinal de linha (teclados, bateri-as eletrônicas, samplers etc.), pro-porcionando áudio balanceado. Ainterface ainda conta com duas sa-ídas de fones de ouvido (com con-trole de volume e mixagens inde-pendentes) e com um par de cone-xões Midi (16 canais bilaterais).Sua alimentação de energia pode sedar via A/C externa (alimentadorincluso) ou diretamente pela portaUSB (neste caso a quantidade de ca-nais de áudio se apresenta reduzida).Uma novidade nesta categoria deinterfaces é a existência de umprocessador de efeitos dedicado

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(MX Core DSP) para a monitoração nosfones de ouvido (recurso também dispo-nível nos modelos Fast Track Ultra e FastTrack Ultra 8R). Este processador, quepossui oito algoritmos entre reverbs edelays, possibilita ao usuário ouvir o sinalprocessado nas saídas dos fones de ouvidosem que este efeito seja registrado (grava-do) na pista do software de gravação(DAW). Ou seja, o usuário não precisaráutilizar plug-ins de reverb (os quais, geral-mente, consomem boa parte do pro-cessamento do computador) no momen-to da captação, permitindo trabalhar commenores valores de buffer, o que represen-tará menor latência no sistema, fatorcrucial nesta etapa da produção musical.Outra novidade da C600 é a sua seçãode gerenciamento de monitoração.Graças às suas seis saídas de áudioanalógicas, aliadas a três seletores demonitoração existentes em seu painel(A = seleciona as saídas 1 e 2 / B = sele-ciona as saídas 3 e 4 / C = seleciona assaídas 5 e 6), o usuário pode conectar a

interface, bem como gerenciar, em tem-po real, três diferentes pares de moni-tores de áudio (sistemas de monito-ração). Deste modo, sem a aquisição deoutros equipamentos auxiliares, serápossível ouvir sua mixagem em três dife-rentes sistemas de alto falantes (possibi-lita diferentes perspectivas), analisandocomo esta soará em diferentes sistemasde monitoração. Como alternativa, ousuário poderá substituir os três pares demonitoração individuais por um sistemasurround 5.1 (ou 7.1, quando tambémutilizadas as saídas digitais S/PDif).Os novos controles de condução (trans-

port controls) permitem ao usuário na-vegar facilmente pelo projeto musicalatravés dos tradicionais comandos Play,Stop, Rec, Rew e Fw. Como alternativa, ousuário poderá definir outras funções(comandos ASC II) a esses botões indi-vidualmente, permitindo personalizarsuas ações às reais necessidades de cadaprojeto. Além desses cinco botões decondução personalizáveis, encontra-se”

“Os novos

controles de

condução

(transport

controls)

permitem ao

usuário navegar

facilmente pelo

projeto musical

através dos

tradicionais

comandos Play,

Stop, Rec, Rew

e Fw

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Para saber mais

[email protected]

Para saber on-line

www.quanta.com.br

disponível na C600 um botão “curinga” denominado“Multi”. Este botão permite estabelecer (criar) um fluxode ações com até oito comandos disparados sequen-cialmente. Em um rápido exemplo, imagine que você re-pete comumente a uma determinada sequência de coman-dos: (1º) iniciar a gravação; (2º) parar a gravação; (3º) sal-var o projeto; (4º) retornar ao início da música; (5º) iniciara reprodução da música. No software de comando dainterface, estas cinco (poderiam ser até oito) ações sãoregistradas de forma sequencial. Finalizada a configuração,a cada vez que o botão Multi é pressionado, uma das cincoações (chamadas pelo software de “passos”) referidas é exe-cutada conforme a sequência pré-determinada. Executada aúltima função (iniciar a reprodução da música), a sequênciaretorna novamente à primeira função (iniciar a gravação) eassim sucessivamente. Com um pouco de planejamento naconfiguração do comando Multi é possível reduzir signi-ficantemente a necessidade de acessar o teclado e o mousedo computador na etapa de gravação.

FAST TRACK C400,QUALIDADE SONORA POR PREÇO ATRATIVOA grande diferença entre a C600 e a C400 está na quanti-dade de conexões de áudio analógicas. Com quatro canaisde entrada (sendo dois desses digitais) e seis canais de saída(sendo dois desses digitais) em sua seção I/O, a C400 man-tém a mesma qualidade sonora da C600 por utilizar osmesmos componentes, pré-amplificadores e conversores.Em virtude da redução na quantidade de canais de saídasanalógicas, estão disponíveis apenas dois seletores de sis-temas de monitoração (A e B) e uma saída de fones de ou-vido. Outra perda são os controles de condução, porém, ocontrolador Multi foi mantido no projeto.

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S1Com o ES1, a Emagic introduziu em

1999 na versão 4 do Logic o seu primei-ro desenvolvimento no campo de ins-trumentos virtuais com base em síntesesubtrativa e oferecendo tudo que umsintetizador análogo possui.Um sintetizador análogo trabalha comum fluxo de sinal análogo, ou seja, sinaiselétricos que podem ser mensurados emvolts. No contexto em que estamos tra-balhando, a síntese pode ser definidacomo a reprodução de um som que emu-la ou sintetiza o som de outro instru-mento ou de sons que não são naturais.Um sintetizador virtual análogo, talqual o ES1, trabalha com um fluxo de

sinal digital, simulando a arquitetura ecaracterísticas de um sintetizador análo-go, inclusive os controles que permitemacesso aos parâmetros de geração de som.O ES1 é totalmente programável, podeser automatizado, polifônico com até 16notas simultâneas e sensível à intensida-de (key velocity). Possui um oscilador eum sub-oscilador que gera formas de on-das ricas. Assim é possível subtrair ou fil-trar partes destas formas de onda ereformatá-las para criar novos sons. OES1 tem alguns pontos em comum com oES-M, mas é bem mais flexível.Podemos dividir a janela do ES1 em 6regiões específicas, conforme a figura 1:•Osciladores

E

SintentizadorVera Medina é produtora, cantora,

compositora e professora de canto e

produção de áudio

ES1Este mês vamosabordar o

sintetizador ES1que vem dentro

do pacote LogicPro. É um dossintetizadores

mais versáteis dopacote e vale apena entender

como programarnovos sons, uma

vez que podem sercriados de pads ecordas até baixos

bem definidos.

Page 71: Revista Backstage - Edição 211

71

•Filtros•Amplificador•Modulação•Envelope•Parâmetros gerais

Vamos abordar cada um dessesgrupos nos próximos itens:

1)OSCILADORES DO ES1O ES1 possui um oscilador e umsub-oscilador que se encontram àesquerda do painel e são responsá-veis por gerar as ondas de som bási-cas que formam o som. O osciladorprincipal gera uma forma de ondaque é enviada para outras partes dosintetizador para processamento.O sub-oscilador gera uma formade onda secundária que se caracte-riza por estar uma ou duas oitavasabaixo da forma de onda geradapelo oscilador principal.Totalmente à esquerda temos umpainel com as opções 2, 4, 8, 16 e32. Estes botões permitem esco-lher a oitava onde se quer traba-lhar, sendo o mais grave 32 pés e omais alto 2 pés.•2 – duas oitavas acima•4 – uma oitava acima•8 – valor original•16 – uma oitava abaixo•32 – duas oitavas abaixoEssa medida em pés está baseadaem termos utilizados para tubos

dos órgãos e assim permaneceunestes sintetizadores.Temos então as formas de ondasdos osciladores, as quais serão res-ponsáveis pelo timbre do instru-

mento. Podemos classificar rapi-damente as principais (considereos parâmetros da direita para a es-querda no seletor Wave):Forma de onda: Timbre básicoTriangle: Mais leve que a sawtooth eútil para construção de flautas e pads.Sawtooth: Mais pesada. Pode serutilizada na construção de cordas,pads, baixos e sons de metais.Square: útil para construção demetais, clarinetas e oboésPulse: Som nasal, útil para bai-xos, efeitosO seletor Sub gera formas de ondaSquare, Pulse e White Noise e des-ligado (off). Também permite ro-tear um sinal em side chain atravésdo sintetizador ES1: basta colocá-lo em off e escolher um sinal de en-trada no menu Side Chain da janela(visualizado no Logic).No slider de Mix, é possível definira porção de cada um dos sinais aserem utilizados. Se o sub-oscila-dor estiver em off, o Mix represen-tará somente o oscilador principal(Wave). O Sub dá um peso maiorao oscilador principal, portanto, ébastante utilizado.

Temos as seguintes opções de sub-oscilador, além de desligado (off) :•Uma onda Square que soa uma ouduas oitavas abaixo da frequênciado oscilador principal.•Uma onda Pulse que soa duas oi-tavas abaixo da frequência do os-cilador principal.•Variações destas formas de ondacom diferentes relacionamentosentre mixagem e fases.Para entender como as formas deonda soam, teste primeiro o pri-meiro oscilador e depois o sub-oscilador. Para ouvir um de cadavez, mova o botão deslizante Mixpara as extremidades.

2)FILTROOs parâmetros de filtro delinei-am as formas de onda enviadaspelos osciladores.•Cutoff: Controla a frequência decorte (cutoff frequency) do filtropassa baixa do ES1.•Resonance: diminui ou aumentaa porção do sinal que circunda afrequência definida no parâmetroCutoff. Se o Boost é muito intenso,o filtro pode oscilar por si mesmo.Tanto o parâmetro Cutoff quantoo Resonance podem ser alteradossimultaneamente arrastando omouse sobre a palavra Filter, bemno centro da tela.•Slope: O filtro passa baixa ofere-ce 4 tipos de curvas de rejeição debanda acima da frequência cutoff.

Os quatro parâmetros da esquer-da para a direita são:•24 dB classic: imita a condutade um filtro Moog. Aumentando aressonância, gera uma redução dosgraves do sinal.•24 dB fat: compensa pela reduçãode frequências graves causada porvalores altos de ressonância. Imita aconduta de um filtro Oberheim.•12 dB: gera um som mais do-ce, relembrando o filtro do Obe-

rheim SEM.

Figura 1 – ES1 – Parâmetros

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•18 dB: imita o filtro da TB-303

da Roland.

•Drive: Um controle de nível de entra-da que permite sobrecarregar o filtro.Utilizado para alterar a conduta da res-

sonância, distorcendo o som.•Key: controla como a altura do teclado(número da nota) modula o filtro defrequência cutoff. Se utilizado 0 (zero), afrequência cutoff não se altera, não impor-ta a nota que seja tocada no teclado. Fazcom que as notas mais graves soem maisbrilhantes do que as mais altas. Se utilizadoo nível máximo, o filtro segue a altura dasnotas, resultando em um constante relaci-onamento entre altura e frequência de cor-te. Espelha as propriedades de alguns ins-trumentos acústicos, onde notas mais altassoam mais brilhantes.•ADSR via Vel slider: Define como a in-tensidade da nota (velocity) afeta a mo-dulação do filtro de frequência de corte.

3)AMPLIFICADOROs parâmetros desta seção permitemajustar a conduta do nível de saída. Es-tão separados do parâmetro geral de saí-da (Out Level), o qual atua como umvolume master.•Level via Vel slider: Define como a in-tensidade da nota afeta o nível do sin-tetizador através da saída Out Level(parâmetro geral). A seta superior indicao nível quando se toca com grande inten-sidade (fortíssimo). A seta inferior indicao nível quando se toca com menor inten-sidade (pianíssimo – velocity =1). Quan-to maior a distância entre as setas, mais ovolume é afetado pelas mensagens de in-tensidade (velocity) recebidas. É possívelarrastar o cursor do mouse sobre a barraintermediária entre as setas para ajustes.•Seletor de Amplifier Envelope: defi-nem quais dos controles do ADSR têmum efeito sobre o amplificador.

4) ENVELOPEO ES1 tem um envelope ADSR (attack,decay, sustain, release) que modela a fre-quência de corte e o nível do amplificador.•Attack: define o tempo que leva para oenvelope alcançar o nível desejado.

•Decay: define quanto tempo leva parao envelope cair no nível de sustentação,após o tempo de ataque inicial.•Sustain: define o nível de sustentaçãoaté que a nota do teclado seja liberada.•Release: define o tempo que leva parao envelope cair do nível de sustentaçãopara zero.O gerador de envelope modula o filtro defrequência cutoff de acordo com a duraçãode uma nota. A intensidade desta modu-lação, assim como a resposta à informaçãode intensidade (velocity), é definida pelassetas ADSR via Vel (na seção de Filtro).A faixa de modulação é definida pelasduas setas que já vimos. A modulaçãomínima está representada pela seta in-ferior e a máxima pela seta superior.Já definimos a sigla ADSR. Gate se refe-re ao sinal de controle utilizado emsintetizadores análogos para informarao gerador de envelope que uma teclaestá sendo pressionada. Enquanto a te-cla está pressionada, o sinal de gatemantém uma voltagem constante.

No ES1, o seletor Amplifier Envelope temo seguinte efeito sobre as notas tocadas:•AGateR: Os botões deslizantes doAttack e Release do Envelope ADSRcontrolam as fases de ataque e release dosom. Entre estas fases, o controle do sinalGate é utilizado para manter um nívelconstante, enquanto a nota é pressiona-da. Assim que a nota é liberada, a fase derelease começa. Os botões deslizantes deDecay e Sustain do Envelope ADSR nãotêm impacto no nível do áudio.•ADSR: este é o modo padrão de operaçãoda maioria dos sintetizadores, onde o níveldo áudio no decorrer do tempo é totalmen-te controlado pelo Envelope ADSR.•GateR: O controle de sinal Gate é uti-lizado para manter um nível constante,enquanto a nota é pressionada. Assimque a nota é liberada, a fase de release seinicia. Os botões deslizantes de Attack,Decay e Sustain do Envelope ADSRnão têm impacto no nível do áudio.Ainda temos que falar sobre modulaçãoe parâmetros gerais, mas estes serãoabordados na próxima edição.

“O gerador deenvelope modula

o filtro defrequência cutoffde acordo com aduração de uma

nota. Aintensidade desta

modulação,assim como a

resposta àinformação de

intensidade(velocity), é

definida pelassetas ADSR viaVel (na seção de

Filtro)

Page 73: Revista Backstage - Edição 211

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Para não ficar com água na boca,seguem dicas para construir umsom de lead no ES1.1)Primeiro, dê um reset no ES1. Váno menu do sintetizador e onde está

Para saber online

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www.veramedina.com.br

#default procure na lista Reset.2)Nas oitavas, escolha 8’. Esco-lha em Wave a forma de onda Saw(a segunda do lado esquerdo)para o oscilador principal e uma

onda Square para sub-oscilador.3)Regule o Envelope ADSR paraA, D e R próximos ou iguais a zeroe S no máximo.4)ADSR via Vel e demais parâ-metros, conforme figura 2.5)Pronto, você já pode testar seuprimeiro som programado.Teste o impacto de alterações nos pa-râmetros para ir se acostumando comeste tipo de programação de sons.

Figura 2 - Programação Lead

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mixagem é o que vai definir a fun-ção de cada canal no contexto

artistico do que se deseja como “produ-to final”. Na verdade é uma delicada “ci-rurgia” onde procuramos equilibrar oque temos de material. Tenho observadodiscussões calorosas sob plug-ins e toda asorte de acessórios que se usam na em-preitada da mix, mas muitas vezes perce-bo que o desconhecimento de funçõesbásicas do mixer compromete resulta-dos. Por este motivo resolvi dar uma pas-

A sada geral em coisas básicas e importan-tes dentro do mixer do Cubase.Niveis de medição de sinal – clicandosobre qualquer campo vazio do mixer como botão auxiliar temos um menu de variasopções, dentre eles o que determina oponto de medida do sinal, o que é impor-tantíssimo. A figura 1 mostra esse menu.Meter Input – Mede o sinal na entradado software antes dos slots de inserts, ouseja, antes de serem processados porqualquer plug-in inserido em série. Nas

Misturae mandae manda

Olá amigos.Um dos

principais objetivosem se manipular

bem umaworkstation é

conseguir tirar umgrande som. Seja

uma produção cominstrumentosvirtuais ou a

gravação de umabanda, no final das

contas o quequeremos é que tudo

soe bem,equilibrado e com

transparência. É aíque mora a maioria

dos problemas,sofrimentos,

alegrias e o sensoartístico do que se

produz. Tenhofalado de vários

recursos do Cubase,ferramentas,

funções etc, massempre retorno a

conceitosfundamentais e

essenciais quepodem servir a

todos os níveis deusuários.

Marcello Dalla é enge-

nheiro, produtor mu-

sical e instrutor

Figura 1

Page 75: Revista Backstage - Edição 211

75

edições anteriores da Backstage te-mos dois artigos completos sobreroteamento. Recomendo que voltemlá e deem uma olhada nos diagramas.Meter Post Fader – Me-dição do sinal após osinserts e após o fader.Acompanhe a mediçãodo sinal antes e depoisdos slots de inserts. Equa-lizadores e compressorespodem introduzir gan-ho de sinal e clipar oudistorcer, então é umaboa prática verificar osinal a cada etapa doseu caminho.

Meter Post Panner – Mede o sinalapós o controle de pan.Até aí começamos bem com uma dascoisas mais importantes: monitora-

mento do sinal. Observar onível de sinal de cada canalé básico e indispensável.Para visualizar melhor es-tes níveis, podemos traba-lhar com o mixer estendi-do como mostra a figura 2.À esquerda do mixer sele-cionamos a visualizaçãodas funções na parte supe-rior. Temos neste painel apossibilidade de escolher oque queremos visualizar econtrolar: Níveis de sinal,equalizadores, mandadasem paralelo, mandadas demonitoração, inserts etc.

À medida que passamos o mousesobre os ícones, observamos onome de cada painel a ser visuali-zado (Figura 3). Dominando essas

visualizações, temos con-trole sobre tudo que está re-lacionado ao mixer. O idealé que se trabalhe com 2monitores no computadoronde teremos a tela princi-pal de projeto em um mo-nitor e o mixer em outro.Outra dica importante ésaber utilizar as diferentesapresentações do mixer doCubase. No menu Devicestemos as opções Mixer,

Figura 2

Figura 3

Figura 4

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Para saber online

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www.ateliedosom.com.br

Facebook: ateliedosom

Twitter:@ateliedosom

Mixer 2 e Mixer 3 (Figura 4). Isso não querdizer que o Cubase tenha 3 mixers. O quetemos aqui são apresentações diferentesdo mixer mostrando funções diferentes.Na figura 4 podemos ver as mandadas au-xiliares no Mixer e os equalizadores noMixer 2 referentes aos mesmos canais.Poderiamos ter ainda o Mixer 3 mos-trando, por exemplo, as mandadas demonitoração em estúdio. São apenastelas separadas de comandos, referen-tes aos mesmos canais. Mais uma vezcompensa o trabalho com 2 monitoresde video para o computador. Nada im-pede de termos um só monitor comcampo visual maior, como uma TVLCD ou LED.A título de exemplo: uma das minhasmáquinas no estúdio tem saída para 4monitores em sistema SLI ( 2 placas devídeo idênticas em paralelo). Possovisualizar a janela principal da sessão detrabalho numa tela para edições, 2 telasdedicadas a Mixer/ Mixer2/ Mixer3 euma tela específica para edição de parâ-metros dos plug-ins. Para edição emixagem simultâneas, é a Disneylândia.Todas as configurações do mixer podemser salvas num formato próprio de ar-quivo para ser aproveitado em outrosprojetos. Isto pode ser feito no mixercomo um todo ou em canais seleciona-dos. Clicando numa área vazia do mixercom o botão auxiliar abrimos nova-mente nosso menu de comandos. A fi-

gura 5 mostra as opções de salvar asconfigurações do mixer em “Save AllMixer Settings”.Temos ainda outras funções disponí-veis e muito úteis no mixer do Cubase.Sugiro que explorem o que falamosaqui e que façam uso prático. Já aborda-mos em nossos artigos o conceito de“Somador” que o software atribui aomixer. Conhecer o básico desta ferra-menta e utilizá-la como paleta de coresque desejamos para nosso resultado so-noro final, é um ótimo começo nocomplexo trabalho de mixagem.O assunto “mixagem “ é amplo e sempreestaremos voltando a ele em nossos arti-gos. Abraço a todos e até a próxima.

Figura 5

“Todas asconfigurações domixer podem ser

salvas numformato própriode arquivo paraser aproveitado

em outrosprojetos. Isto

pode ser feito nomixer como um

todo ou emcanais

selecionados.

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ristiano Moura: Fale mais sobre suahistória com o Sibelius. Sei que você

chegou até a trabalhar na Sibelius antesdela ser comprada pela Avid.James Humbertone: Depois de com-pletar meu bacharelado em Compo-sição, pela universidade de Exeter,Inglaterra, eu me mudei para a Aus-trália. Descobri como era difícil vi-ver apenas como compositor ou atémesmo como copista para editoras,e por isso, fui trabalhar para umaloja e editora em Sydney. Rapida-mente ficou claro para mim quemúsica era um mercado em ex-pansão, não apenas em venderlivros e arranjos, mas que exis-tia um público interessado emaprender software.

C Então comecei a dar demonstrações decomo o Sibelius poderia ser usado comorecurso de ensino, e comecei a trabalhar

como “o cara que en-

Cristiano Moura é produtor, en-

genheiro de som e ministra cur-

sos de Sibelius na ProClass-RJ

Neste mês, tive a

oportunidade de

conversar com James

Humberstone.

Compositor e

arranjador que vêm

desenvolvendo

métodos de ensino

para o Sibelius há

muitos anos na

Austrália e que me

ajudou a desenvolver

o mesmo treinamento

no Brasil. Seu

trabalho foi coroado

neste ano, em que

lançou o sensacional

livro Sibelius

Essentials, pela

editora Cengage e

adotado pela Avid

como seu material

didático para seus

cursos oficiais.

JamesHumberstone

Entrevista com

JamesHumberstoneAutor do livro de treinamento oficial

da Avid “Sibelius Essentials”

Page 79: Revista Backstage - Edição 211

79

tende de Sibelius” para um distribui-dor australiano. Alguns anos depois, aSibelius (empresa) comprou este dis-tribuidor e assim nasceu a divisão daSibelius na Austrália da qual,fui dire-tor de aplicativos e educação.Isto também gerou uma oportunidadeem colaborar com a equipe de desen-

volvimento da Inglaterra, com a qualhoje ainda mantenho contato comograndes amigos.Além de trabalhar para a empresa,Sibelius sempre foi minha ferramentaprofissional. Comecei com um com-putador Acorn usando Sibelius 7 (aversão original! Não a versão atual –em 1996). Eu criava minhas composi-ções no Sibelius, mas também traba-lhava como copista para o composi-tor-residente da Halle Orquestra emManchester, na época, Camden Ree-ves. Na Austrália, trabalhei para a

maioria das grandes editoras como aWarner Chappell, ajustando seus li-vros por mais de 7 anos.Em 2002, completei meu mestrado emcomposição na universidade de Sid-ney e comecei a dividir meu tempocomo compositor-residente da escolaMLC, que tem uma bela tradição noensino de composição e dando suporteà música contemporânea australiana.Então, durante todo este tempo, fuirefinando meus métodos não apenasde como ensinar Sibelius mas tam-bém de como ensinar usando Sibe-lius. Em 2010, conclui meu mestradoem educação e venho lecionandocomposição e tecnologia musical emmuitas universidades de Sidney pormais de 5 anos. Em 2008 me torneicompositor-residente da MLC Schoolem tempo integral, o que na prática,me obrigou a deixar a Sibelius (empre-sa), mas foi um passo muito importan-te para minha carreira como composi-tor. Atualmente, estou quase termi-

nando meu doutorado em composiçãona universidade de New South Wales,escrevi uma ópera para crianças, umasinfonia e outros pequenos trabalhos,além de desenvolver este curso e livrosobre Sibelius pela Cengage.

CM: Há quanto tempo você ensi-na Sibelius?JH: Comecei a ensinar Sibelius desde aprimeira versão para Windows, em1998. Também fui aprendendo confor-me eu ia usando. Peguei um trabalho naWarner no primeiro dia em que cheguei!

Além de trabalhar para a empresa,

Sibelius sempre foi minha ferramenta

profissional. Comecei com um computador

Acorn usando Sibelius 7

““

Page 80: Revista Backstage - Edição 211

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Assim que comecei a trabalhar na Sibe-lius, desenvolvi uma rede “trainingpartners”, escolas que tinham o mesmoobjetivo de realizar treinamentos emSibelius. Juntamente com Peter e KatieWardrobe, criamos um sistema-padrãode treinamento e material de ensino.Neste momento, tínhamos o segundomaior número de usuários de Sibeliusper capita do mundo, logo atrás da Islân-dia. Certamente nosso treinamentoteve influência nisso, e virou um ciclo.Treinamento de qualidade gerou 85% deusuários e acabou recebendo mais in-vestimento e todos ficavam cada vezmais animados. Enfim, treinamento ébom para todo mundo – usuários de to-dos os tipos e para a própria empresa.

CM: Eu comecei escrevendo música nocomputador com o Encore 4.5. Depois,fiz algumas tentativas com o Finale epor último acabei “me achando” noSibelius. E você, tem experiências comoutros softwares de notação musical?JH: Comecei lá atrás com Steinberg Pro16. Depois o Pro 24, e, naquele tempo,queria saber porque alguém precisariade mais tracks do que o protocolo MIDIcomportava. Na universidade, tínha-mos o Score, mas por mais que eu gostas-se de computadores (comecei a progra-mar por diversão quando eu tinha 10anos), eu realmente odiava aquele soft-ware. Tudo era difícil nele!Consegui minha primeira cópia do Si-belius em 1996. Eu também consegui li-cenças de Encore e Finale quando traba-lhava em lojas, e até cheguei a fazer algunstrabalhos em que precisavam que o resul-tado final fosse entregue no Finale, mas euos achava tão lentos e não-intuitivos quecobrava o dobro do preço nestes casos.Apesar disso, eu nunca fiz questão de daratenção a todo esse debate de “Sibeliusvs. Finale”. O que eu sei é que, de fato,todos os dois softwares são capazes deproduzir resultados excelentes e usuáriosexperientes de Finale têm dificuldade desequer pensar em mudar para o Sibelius,pois isso significa que eles teriam que“desaprender” a maneira do Finale rea-

lizar as tarefas. A verdade é que existemcoisas que o Sibelius faz melhor que oFinale, e vice-versa.

CM: Depois de utilizar outros softwares,qual motivo fez você entender que oSibelius era o software ideal para você?Existe alguma função que só exista noSibelius que você não pode viver sem?JH: Posso dizer que realizei trabalhosbem complicados no Sibelius, apesar denão achar que minha música seja com-plicada. Basicamente, acredito que sevocê nunca usou nenhum dos doissoftwares, é nítido que o Sibelius é mui-to mais intuitivo para aprender. Tam-bém vale ressaltar que nos últimos anos,o software ganhou funções incríveis –onde Magnetic Layout talvez seja a prin-cipal – que usuários de Finale ainda nãotêm. Eu realmente não poderia mais vi-ver sem essa função.Existem muitas ótimas funções queuso o tempo todo. Me considero muitorápido usando o alphabetic layout, e atempos atrás, quando eu tinha queterminar uma partitura grande, mecustava alguns dias para realizar os úl-timos ajustes na partitura e parts.Hoje não gasto mais do que uma horapara realizar o mesmo trabalho.Então no final das contas, essas fun-ções representam um ganho de produ-tividade e de dinheiro por conse -quência. Qualquer compositor profis-sional que esteja lendo isso e ainda nãousa Sibelius, precisa conhecer o soft-ware, pelo menos por esta função. É tãobem implementada que ela não sim-plesmente evita colisões, mas tambémleva em consideração a posição de ou-tros objetivos similares na partiturapara manter uma consistência.

CM: Agora vou pegar pesado. E paravocês, existe alguma função em outrossoftwares que você sente falta no Sibelius?JH: Não agora, com a implementaçãodo Rewire. Obviamente não existe ne-nhuma função avançada de sequencia-mento, apesar de ser possível fazer mui-ta coisa com o Live Playback. No final, se”

“Basicamente,

acredito que se você

nunca usou

nenhum dos dois

softwares, é nítido

que o Sibelius é

muito mais

intuitivo para

aprender. Também

vale ressaltar que

nos últimos anos, o

software ganhou

funções incríveis –

onde Magnetic

Layout talvez seja

a principal – que

usuários de Finale

ainda não têm

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é isso que se procura, é o caso de fazerRewire para um Sequencer mais sério.

CM: Vamos falar do seu livro. Já deiuma olhada e não é apenas “um li-vro”. Eu diria que é “O livro”. Gosteimuito da maneira como você o divi-diu. Ele tem lições, capítulos, exercí-cios e vídeos. Fale mais sobre isso.JH: Muito obrigado. Bem, se a Avidnão tivesse me dito que gostaria quetodas as suas publicações tivessem queter projetos para o aprendizado, prova-velmente eu não teria feito. Mas euadorei a ideia de escrever o livro –Daniel e Tom da Sibelius em Londres eeu na verdade planejamos algo pareci-do em 2007, e alguns dos projetos doTom foram baseados nisso.Então, desenvolvi 15 projetos, ondeserá possível aprender função porfunção do Sibelius (é sério! Eu mapeeiisso!), e este livro contém os cincoprimeiros projetos. Se tudo der certo,vou dar continuidade em mais dois li-vros com os outros 10 projetos, ondeusuários poderão aprender Sibeliusnum nível extremamente elevado.Cada projeto aparece no livro comouma “lição” (é a nomenclatura que aAvid adotou). Cada lição é subdividi-da numa série de passos, e para cadapasso, eu fiz um vídeo de 10 minutosexplicando. No final de cada projetoexiste um exercício, como se fosse um“dever de casa”, para que o aluno te-nha oportunidade de praticar o quefoi aprendido. E, novamente, existeum passo a passo para consulta.Os vídeos não são apenas um “extra”do curso. Você pode, efetivamente,ver todo o curso apenas em vídeo eusar o livro apenas como revisão ouobter mais informações. Eu imagineique seria realmente importante pos-sibilitar estes dois métodos porquecada um aprende melhor de uma ma-neira. Atualmente, o YouTube já estáenraizado na nossa cultura, e as pes-soas esperam que informações este-jam colocadas lindamente e prontaspara o uso, então, é exatamente isso

que você obterá ao comprar este livro– 31 vídeos e todos os recursos neces-sários para realizar os projetos. Sevocê compra a versão eBook, tambémrecebe um link para download detodo o material.

CM: Com este livro, você e a Avidestão trazendo uma coisa nova para omercado da música. Este livro serámaterial didático para o programa decertificação internacional da Avidem Sibelius. Você pode explicar umpouco mais o que isso significa?

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SIBE

LIUS

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82 JH: O exame de certificação aindanão está terminado, mas essencial-mente o que significa é que ao con-cluir o curso, você poderá procurar

uma escola credenciada da Avid nasua região e realizar um exame deproficiência em Sibelius. Se aprova-do, você será reconhecido pela Avidcomo um “Sibelius Certified User”.Este sistema já existe para Pro Toolse Media Composer faz algum tempoe atesta a legitimidade de seus co-nhecimentos perante o mercado.

CM: Certificação é algo já bemconhecido em áreas tecnológicas.Além da Avid temos a Adobe,Oracle, Apple, Cisco e Microsoftcomo algumas empresas que le-vam seus treinamentos e certifi-cação a sério. A pergunta é: porque alguém deveria tentar a certi-

ficação em Sibelius, que é voltadamais para o mercado musical?JH: Sibelius é uma grande ferra-menta de ensino, então eu vejo

professores sendo muito benefici-ados com essa certificação. Tam-bém arranjadores e compositoresem busca de colocar um diferencialem seu currículo. E como hoje emdia o Sibelius é o software padrãopara editoras e produção de filmes,acho que dizer que você atingiu umnível de reconhecimento e com-petência pela própria Avid, semdúvida, pode contar a favor numpossível emprego ou trabalho.

CM: Vamos voltar ao livro. ACengage (editora do livro), diz queele faz parte da Avid Learning Series.Podemos então esperar um novomódulo mais avançado no futuro?

Para saber online

[email protected]

http://cristianomoura.com

JH: Eu projetei para três livros, comcinco projetos em cada livro. Então,sim, se tudo der certo, existe uma boachance disto acontecer. Mas é impor-tante entender que nestes primeiroscinco projetos eu ensino tudo quevocê precisa para fazer partituras eparts e provavelmente é o que mais dametade dos usuários de Sibelius pre-cisam saber. É uma questão de obser-vamos qual a demanda para usuáriosem busca de conhecimentos maiselevados do que já existe neste livro.

CM: Algum plano para tradução?O Brasil carece de material comoeste na sua língua local, e o públi-co sente muita falta.JH: Esta é uma questão a ser leva-da para a Cengage ou Avid. Semdúvida eu gostaria muito de ver

isso, mas não tenho mui-ta certeza se existe de-manda suficiente que jus-tificasse o custo para eles.

CM: Muito obrigadopela entrevista e pelasua atenção. Se quiser,fique à vontade e deixea sua mensagem paraos usuários brasileirosdo Sibelius.JH: Eu que agradeço por

prestigiar meu livro e pelas suaspalavras de incentivo. Eu estoutorcendo para que seja muito útilao público brasileiro.

Este sistema já existe para Pro Tools e Media

Composer faz algum tempo e atesta a legitimidade de

seus conhecimentos perante o mercado

““

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PROD

UÇÃO

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questão é: que tipo de inputs sãoesses? Bem, toda interface é um

conversor AD, DA ou ADDA (o A querdizer analógico e o D quer dizer digital).Não adianta ter um bom microfone, umbom pré-amplificador, se quando estesinal for transformado em 0 e 1 estaconversão não for feita com uma boaqualidade. Ou seja, para você poder cha-mar um estúdio de “médio”, com certezavocê terá de ter um conversor topo de li-nha. Os nomes mais conhecidos sãoApogee, RME, Great River, Lynx, Lavryl.Lembre-se de que cada conversor tam-bém é um word-clock (relógio digital usadopara sincronizar interfaces).Se você estiver utilizando mais de umainterface, você terá que escolher umadelas para ser a master e as outras asslaves. Caso as suas interfaces não sejamda mesma marca ou do mesmo modelo,você deve utilizar a melhor delas como a

A

Como vimos no

último artigo, ao

se falar de um

estúdio de médio

porte, não

podemos falar de

menos de 16

inputs. No

entanto existem

interfaces

baratinhas que

oferecem até

mais do que isso

por menos de

700 dólares...

master, pois o seu word-clock será utiliza-do para o cálculo da taxa de amostragemdas outras interfaces, o que irá aumen-tar a qualidade do áudio. Em caso de sis-temas com múltiplas interfaces pode serrecomendável a utilização de um relógiodedicado, como o Big Ben, da Apogee,que permite a conexão direta de váriasinterfaces ADDA a uma mesma inter-face que sincronizará todas elas atravésde conexão BNC, também consideradaa mais segura para o propósito de sin-cronismo de word-clock. Normalmentea conexão feita em “cascata” entre vári-as interfaces pode começar a apresentarproblemas de jitter (clicks e pops noáudio) após a terceira conexão no siste-ma. Com um relógio dedicado isto nãoocorrerá, pois todas as conexões serãodiretas. Em minha opinião, um relógiodedicado só é necessário em um sistemacom mais de três interfaces.

Estúdiodo seu

Ricardo Mendes é produtor,

professor e autor de ‘Guitarra:

harmonia, técnica e improvisação’

O tamanho

PARTE 2

Page 85: Revista Backstage - Edição 211

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Uma vez vista a questão ADDA eword-clock, temos que pensar no pró-ximo ponto: se temos um sistema queirá registrar o áudio impecavelmente,

temos que nos preocupar em comovamos alimentá-lo. Como esse áudiochega até os conversores? Através decabos e conectores. É uma parte quenormalmente costumamos não levar

em consideração nos nossos planos,mas que, com certeza, custam bemmais do que imaginamos. Mais umavez, não caia na tentação do xing-

ling. Existem conectores XLR quepodem custar de R$ 3 a R$ 30 a unida-de. E não é uma questão de grife.Conectores são feitos de metaiscondutivos e a condutividade de um

Normalmente a conexão feita em

“cascata” entre várias interfaces pode

começar a apresentar problemas de jitter

(clicks e pops no áudio)

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Para saber mais

[email protected]

material é ligada diretamente à com-posição química do mesmo. Por isso,alguns conectores são mais caros doque outros.Uma boa dica: normalmente um conec-tor mais pesado costuma ser melhor doque um mais leve. Existem marcas co-nhecidas tanto de cabos como de conec-tores como Neutrik, Switchcraft, Am-phenol, Planet Waves, Mogami, Mons-ter Cable, Santo Angelo, Sparflex. Nãose esqueça também de que a solda que iráunir estes cabos também tem que ser deboa qualidade. Soldas ruins podem teruma condutividade mais baixa, o quecausa perda de sinal e também podem separtir ou se soltar gerando maus contatosno sistema.Ok. Interfaces “topo de linha” com ca-bos escolhidos a dedo e soldados commaestria, vamos talvez para a parte maiscara do estúdio. É muito comum oshome studios terem um ou dois pré-am-plificadores topo de linha. No entanto,quando falamos de um estúdio de médioporte, existirão algumas situações ondeteremos que gravar vários inputs deuma só vez com qualidade máxima. Oideal é que um estúdio de médio portepossa gravar pelo menos uma banda(bateria, baixo e guitarra) ao vivo, emcanais separados e passando por bonspré-amplificadores. Se você já tem umanoção de quanto custa um bom pré-am-plificador, já deve estar suando frio, poisesse custo será multiplicado por, no mí-nimo, dezesseis.Apesar de ainda ser caro, felizmente al-guns pré-amplificadores topo de linhavêm oferecendo modelos em rack deum, dois ou quatro canais que permitemirmos passando gradativamente o nossoestúdio de home para médio. Alguns de-les na faixa entre 2.000 e 3.000 dólaressão o Universal Audio 2-610, o Neve1073 DPA, o Avalon 737, o API 3124,entre vários outros. Outra grande opção

é o formato lunch-box, como a 500 VPR,da API, que é um rack que permitealocar dentro dele de 6 a 10 pré-amplifi-cadores da série 500. Normalmentecada módulo fica abaixo de mil dólares,por que o power-supply já fica na pró-pria lunch-box alimentando todas asunidades que nela forem colocadas.Com certeza comprar uma lunch-box de10 unidades será mais barato que comprar10 pré-amplificadores do mesmo nívelseparados. A lunch-box da API aceitamódulos de outros fabricantes. Os pré-amplificadores da série 500 são: 512c daAPI, Neve 1073 LB 500, Chandler, GreatRiver, Empirical Labs, SSL etc.Alguns desses pré-amplificadores tam-bém possuem compressores e equaliza-dores como o Avalon 737. Na verdade,esses pré-amplificadores são mais doque justamente isso. Eles são conheci-dos como channel strips, ou seja, um ca-nal inteiro. Novamente, em minhaopinião, acho desnecessário que todosos pré-amplificadores do seu estúdiosejam channel strips. Muito dificilmen-te você estará gravando, comprimin-do e equalizando todos os inputs deuma mesma sessão. Para um estúdiomédio, ter um par de channel strips já éo suficiente. Uma outra boa alternati-va é ter compressores e equalizadoresseparados para utilizá-los após o pré-amplificador quando for necessário.Mais uma vez a série 500 (lunch-box)é uma ótima opção com equalizadorescomo o Neve 1073 LBEQ, o API 550bentre outros e compressores como oAPI 527, ou o Portico 543. As esco-lhas são muitas.Mês que vem falaremos sobre os micro-fones que um estúdio médio deveria ter.Abraços.

“Com certeza

comprar uma lunch-

box de 10 unidades

será mais barato que

comprar 10 pré-

amplificadores do

mesmo nível

separados. A lunch-

box da API aceita

módulos de outros

fabricantes

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Pawnshopshega uma hora em que precisamostrocar ou adquirir novos equipa-

mentos para nosso setup. Mas podemosnos deparar, volta e meia, com uma rea-lidade que aflige muitos de nós, ou seja, afalta de verba naquele momento especí-fico, para a compra tão desejada e neces-sária. Qual a solução possível? Lojas,

C sites e publicações de troca e venda deequipamentos usados!Novos equipamentos podem ter-nosdespertado o interesse apenas por so-nho de consumo, ou mesmo por um in-vestimento. Quem sabe até por uma ne-cessidade real do momento, como, porexemplo, entrar para uma gig onde o

Jorge Pescara é baixista, artista da

Jazz Station e autor do ‘Dicionário

brasileiro de contrabaixo elétrico’

Neste mês damos

início à nova saga

de artigos na bass

setup, onde teremos

bate-papos e

entrevistas com gente

interessante do meio

baixístico, reviews e

análises de

equipamentos, dicas

e conceitos sobre

estudos, gravação e

performance ao vivo

nas cordas graves.

Krocodille, em São Paulo

Page 89: Revista Backstage - Edição 211

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baixolão seja insubstituível, e vocênão tenha um naquele instante. Podeser também um upgrade do setup,pensando em, num futuro próximo,ter mais opções na palheta sonora.Ok, tudo isto é justificável, aqui ouali, mas se não tivermos a verba ne-cessária para um equipamento novo,ou mesmo usado, que esteja acima denossas posses momentâneas, teremosque buscar opções:

1 - venda de algum equipamento quenão esteja mais nos planos… o famosojargão futebolístico: ‘negociação do jo-gador que não está mais sendo usado naequipe’.2 - troca simples e direta, por vezes comalguma compensação financeira porcausa de uma possível diferença de va-lores entre si. Equipamento não maisutilizado x equipamento desejado!

Para todas as opções acima temos querecorrer a alguns artifícios, para alémdo ‘boca a boca’ de divulgar entrenossos colegas músicos. Vejamos, en-tão, cada caso.

WORD OF MOUTH

As revistas especializadas, tais comonossa querida Backstage aqui, ou mesmoas amigas concorrentes (M&T, GuitarPlayer, Modern Drummer, GuitarLoadetc.) possuem um mural nas páginas fi-nais onde se pode anunciar a venda/tro-ca de instrumentos e equipamentos quese deseja. Estas mesmas publicações, atu-almente, também oferecem um serviçoonline onde há espaços para estas finali-dades. Então… tá esperando o que?Acesse http://www.backstage.com.br/

classificados e veja!Podemos colar anúncios e cartazes decompra/venda/troca de instrumentose equipamentos nos murais das esco-las de música, conservatórios e facul-dades das artes musicais, ou mesmonas lojas de instrumentos, livros demúsica e/ou lojas de discos.Outra forma são os famosos jornais eportais da web que disponibilizam es-

paços para compra e venda de usa-dos, sendo os mais famosos o Balcão(www.anunciouvendeu.com), Primei-ra Mão (www.primeiramao.com.br) e,o mais usado atualmente pela comu-nidade musical, o Mercado Livre(www.mercadolivre.com.br).Porém, a maneira que, por vezes, semostra mais eficaz e cômoda fica porconta das lojas especializadas em ven-da e troca de equipamentos e instru-mentos usados. Para isto temos algu-mas opções interessantes, mas voucentrar em descrever duas em SãoPaulo e outra no Rio de Janeiro. Claroque existe uma ou outra opção extraem outras cidades, mas estas são asque, por uma razão óbvia, possuem maisoferta (e também mais procura) e varie-dade. O famoso: “é fresquinho porquevende mais, ou vende mais porque émais fresquinho?” Nestas lojas é possí-vel garimpar usados tais como: efeitos,amps, caixas acústicas, racks, instru-mentos, enfim, quase tudo que se possainteressar na área musical.

PAWNSHOPS

Uma prática iniciada na Europa eEUA desde há muito tempo, os pawn-shops, ou melhor, as lojas de usados,aqui chamadas de sebos (de livros,discos, roupas, calçados, móveis etc),também migraram para os instru-mentos musicais!Em São Paulo temos a conhecidaKrocodille. Localizada na badaladarua Teodoro Sampaio, esta loja temuma interessante possibilidade de‘comprar’ instrumentos usados, alémdas trocas e venda direta. Rua Teo-doro Sampaio, 826 Jardim América -São Paulo - Tel: (11) 3064-1617Outra opção interessante fica no ABCpaulista, mais precisamente em SantoAndré, onde está situada a Ponto deTroca. Aqui se pode também ‘locar’equipamentos de áudio e iluminação,para além das, também, troca e vendadireta de instrumentos. Rua PrefeitoJustino Paixão, 266 Centro - SantoAndré (SP) tel: (11) 4990-7033

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Para saber online

[email protected]

http://jorgepescara.com.br

“Portanto fique

atento aos preços,

marque sempre as

trocas de

instrumento e/ou

equipamento com

pessoas

desconhecidas em

locais públicos

Já no Rio de Janeiro temos a conhecidaProMusic Rio. No segundo andar de umantigo prédio da Rua Barata Ribeiro, emCopacabana, estão dispostos os maisvariados artigos que podem seduzirqualquer músico. Nela temos sessões es-pecíficas para a área de sopros, cordasetc, contando com luthieria. Rua BarataRibeiro, 391 - Copacabana - Rio de Ja-neiro (RJ) tel.: (21) 2236 0394.Claro que temos que ter critério e certoscuidados quando anunciamos a troca evenda de equipamentos, hoje em dia.Portanto fique atento aos preços, mar-que sempre as trocas de instrumento e/ou equipamento com pessoas desco-nhecidas em locais públicos onde sepossa eventualmente ter uma sensaçãomaior de segurança. Pesquise sempresobre a origem e o uso do equipamentojá usado, obtenha manuais de usuáriopara melhor compreender o modusoperandi de tudo que venha a ser trocadoe, principalmente, tente testar muitobem os instrumentos e equipamentosusados que venham a ser trocados, oumesmo comprados, tanto em lojas comodiretamente com seus antigos proprietá-rios. Nunca é demais atentar para che-ques, transferências bancárias etc, que

sejam necessárias por conta das já citadaspossíveis diferenças de valores entre osequipamentos, pois todo cuidado é váli-do, quando se envolve dinheiro!Além do mais, a finalidade deste artigo écomo uma dica. Não devemos encarareste texto como um comprovante de queas coisas sairão 100% corretas numa tro-ca ou aquisição de usado, se não tomar-mos as devidas precauções por nós pró-prios. E olha que podemos até nos en-contrar em algum momento num Pawn-shop destes para comprar ou trocar equi-pamentos.Hasta la vista, babe…Paz Profunda .:.

Ponto de troca em Santo André

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próprio Phill Collins usava umaGretsch com tambores single head

também. Tudo é cíclico mesmo, o que émoda hoje, deixa de ser amanhã e o queera há um tempo atrás (ou muito tempo)acaba voltando. Isso acontece em tudo, enão seria diferente no mundo da bateria.Refletindo sobre isso, resolvi falar umpouco sobre sets de bateria e suas pecu-liaridades. Não vou contar a história dabateria desde o início, mas vou fazer ob-servações sobre os sets que tenho visto

desde que me entendo como baterista,nos idos dos anos 70/80. Nessa época ossets eram enormes agregando algunsintrumentos de percussão como tímpa-nos e gongos. Usava-se uma variedadegrande de pratos de vários tamanhos etimbres. A música progressiva possibi-litava o uso desse set poderoso.Na época tive muita influência dessegênero, meu sonho era ter a maior bate-ria possível, coisa que não era muito fá-cil naqueles tempos aqui no Brasil. Em

Elcio Cáfaro é baterista e professor. Já

gravou com Chico Buarque, Ivan Lins e

outros, e toca com a cantora Roberta Sá

bateriaSets deSets de

Oi pessoal.

Estava assistindo na

TV o Foo Fighters (sou

fã total!!) no festival

Lollapalooza, em SP, e

achei interessante o set

de bateria do Taylor

Hawkins. Ele usa uma

Gretsch e todos os

tambores, inclusive os

surdos, são single head

(sem pele de resposta)

com direito a 3 tons

menores (6x6”, 8x6” e

10x7”) à esquerda

acima do hihat. Isso

me fez lembrar dos sets

usados na década de

70/80, quando a

música progressiva

estava em alta com

bandas como Yes,

Genesis, Emerson,

Lake and Palmer e

muitas outras.

O

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1981 acabei dando sorte de conse-guir comprar de um amigo umaPearl de maple por um preço justo,bateria que tenho até hoje. Pro-porcionalmente aos “gringos”,meu set era pequeno, mas chegueia usar um com 4 tons, 1 surdo e 2caixas - e me diverti bastante!É claro que o tamanho de um setdepende do gênero de música quese quer tocar. Não tem sentido porexemplo o Charlie Watts ter umkit grande lá nos Stones, pois seria

carregar peso à toa. As levadas sãobem econômicas e básicas e é assimque tem que ser, tudo se encaixa, éo estilo deles, gosto muito da ban-da e adoro tocar as músicas.No dia a dia do baterista freelancerno Brasil, os sets tem que ser flexí-veis de acordo com o trabalho e ascondições de infraestrutura e tam-bém do local onde se toca. Eu to-quei um bom tempo num quiosquena Lagoa Rodrigo de Freitas, noRio, e foi nessa época que meu sur-

do de 16” foi “promovido” a bum-bo - para se chegar ao quiosque eutinha que andar uns 100 metros doestacionamento até o local, entãomontei um set o menor possívelpara facilitar. Era o bumbo/surdode 16x16”, ton de 10” e outro tonde 14” como surdo, um crash de16” como ride, outro crash de 14” ehihat de 13”. Esse kit ficou tão gos-toso de tocar, e tão prático detransportar, que acabei usando emoutros shows maiores e até mesmo

Mike Portnoy

Bateras estranhas

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em teatros gran-des. Esse “bumbi-nho” bem micro-fonado e equali-zado, com um re-forço no grave,fala como gentegrande. Nessa épo-ca vi muita genteusando aquelemodelo da Pearl,o Rhythm Trave-

ler, que realmente é bem pequeno e prá-tico de carregar. Cheguei a testá-lo, masnão gostei muito da sonoridade - parameu gosto pessoal achei que falta som eum certo peso, principalmente no bumbo.Temos também os sets que chamam de“percuteria”, um set onde se misturamelementos de percussão e bateria. Às ve-zes com um bumbo pequeno e bongôs, àsvezes com um cajon e um hihat, é umuniverso ilimitado e funciona muitobem abrangendo diversos estilos.Uma coisa que eu nunca mais usei foi umsegundo ton, hoje em dia eu prefiro ter 2

surdos a ter 2 tons e pelo que vi por aí temmuitos bateras nessa mesma onda, tantoaqui como lá fora. Muitos gostam de usarum ride exatamente na posição dele, maseu uso um segundo hihat nesse lugar.Aqui no Brasil acho que é muito maisdifícil você se especializar só num gêne-ro musical como freelancer, pois temosque ter um grande leque de opções paraconseguirmos sobreviver, e isso acabarefletindo nas opções do instrumento.É importante estarmos preparados paracompor um set de acordo com o trabalhoque aparecer. O ideal seria ter um bumbode 20” para cima e um outro menor de16” ou 18”, além de alguns tambores en-tre 10” e 14”, o que vai te deixar confor-tável e apto a tocar em muitas gigs. Omesmo se aplica aos pratos: mesmo quevocê tenha um prato que em princípioserá pouco usado, é bom tê-lo ali na casepara essa ou aquela ocasião.Já os bateras que fazem parte de bandastem uma situação mais confortável,pois em princípio tocam um estilo só eem geral a banda toma todo o seu tem-

Terry Bozzio

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po, então o setseria mais fixo, salvo mudanças deacordo com a evolução do próprioinstrumento e da renovação musicalda banda. A infraestrutura com roa-dies e transporte também facilitamuito, é muito bom poder tocar sem-pre com sua própria batera onde querque você vá.Um estilo onde não houve muitas mu-danças com o passar dos anos foi o me-tal. Os sets continuam grandes, comoexemplificado nos ícones do Big Four:Slayer, Megadeth, Metallica e An-thrax, e outros. Talvez também porqueo estilo segue sem grandes mudanças:ele é o que é e, no meu entender, é as-sim que deve continuar; se mudar, per-de a identidade.Temos bateras que usam quase sempreseus sets enormes, como Neil Peart eseu kit 360º (esse cai na categoriabanda) e Mike Portnoy, dentre ou-tros. Fico impressionado com a capa-cidade desses bateras “polvo” - olharo set por trás e ver aquele mundo depedais é impressionante!! Um dos ícones dessa categoria é TerryBozzio, um capítulo à parte, um dosmaiores e mais bizarros sets que já vi,com um mundo de tambores, pratos,pads eletrônicos, marimba, etc... Ele éartista solo hoje em dia e já fez parteda banda do Frank Zappa e MissingPersons (nessa época ele tinha um kit

eletrônico super inovador para aque-les tempos). A bateria não é só ritmo,ele elevou o instrumento a outro ní-vel. Só tenho pena mesmo é do roadiedele, imagino quanto tempo leva paramontar tudo e quantos caminhões sãonecessários para o transporte... Brinca-deiras à parte, Terry é um músico ex-cepcional com técnica, musicalidade ecoordenação impressionantes e estásempre à frente do seu tempo.Para terminar vemos uns sets estra-nhos e bizarros. Alguns são feitosapenas como brincadeira e outrospara serem tocados realmente, en-trando no terreno do (mau) gosto...Mas aí é cada um na sua, o importanteé ser feliz e se divertir e, sobretudo,manter a música rolando!Abraços e até a próxima.

Para saber online

http://www.myspace.com/elciocafaro

Taylor Hawkins

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sensacional podermos criar umamúsica e, em minutos, podermos

gravá-la em múltiplos detalhes, cominúmeros recursos equivalentes aos dosmaiores estúdios. Em seguida, pegamosuma câmera, gravamos algumas cenas eas editamos com outros tantos recursos.Mais alguns minutos e nossa obra-pri-ma está sendo vista por milhares de pes-soas no YouTube.

É Hoje, temos todas as ferramentas paraproduzir nossos sons e imagens com amesma qualidade das grandes produto-ras de áudio e vídeo. Só não usa esses re-cursos quem não quer ou quem aindanão teve como obter conhecimentossuficientes para isso.Esta é uma situação recente, ainda vi-venciando profundas transformações.Há alguns anos, a produção de gravações

Como fizemosA REVOLUÇÃOA REVOLUÇÃO

Sergio Izecksohn, músico, é dire-

tor e coordenador pedagógico da

escola de produção musical Home

Studio. www.homestudio.com.br

Quando ligamos

o computador ou

o iPad e

assistimos a um

clipe no YouTube

nem nos passa

pela cabeça a

verdadeira guerra

que vêm sendo

travada nas

relações entre a

produção e o

consumo de

música, e a

sonorização da

internet.

Hoje, gravar e publicar se tornou banal

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era toda realizada em estúdios comerciais. Os equipamentosanalógicos eram muito caros, e ainda são. Até os cabos paraconectá-los tinham preço proibitivo para a maioria.Todo estúdio tinha um gravador multipista. Os estúdioscomerciais usavam gravadores de fita de rolo com 24 pistasde áudio. As pequenas produtoras usavam gravadores derolo com oito ou 16 pistas e os home studios, na maioria,“porta-estúdios” com quatro pistas em fita cassete. Quan-to mais barato, mais o gravador gerava ruídos.

Além desse gravador multipista, os estúdios tinham umgravador estéreo (rolo, cassete deck ou DAT), uma mesacom o dobro de canais, mais quantos processadores de efei-tos pudessem comprar.As produtoras e os músicos usavam incontáveis tecladossintetizadores e samplers. Os estúdios tinham muitos racksde efeitos e de instrumentos. E cabos. Muitos cabos. Sem aopção das bibliotecas dos instrumentos virtuais, a sonori-dade era obtida com a acústica tratada de grandes salas degravação e ótimos microfones.É fácil imaginar que esses recursos ficavam nas mãos de umaínfima minoria que tinha poder aquisitivo suficiente parainvestir na sua montagem e manutenção. Os músicos cria-vam suas obras e alugavam os estúdios para registrar o somem fitas de demonstração e partir em busca de um contrato.

Estúdio nos anos 1990

Há alguns anos, a produ-

ção de gravações era toda realiza-

da em estúdios comerciais

““

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Nesse período, toda a divulgação musi-cal e todo o comércio de gravações esta-vam a cargo das gravadoras. Essas em-presas mantinham grandes estúdios e seencarregavam de definir todos os aspec-tos da carreira musical de seus contrata-dos, também chamados de “artistas”.Assim, o artista podia gravar com arran-jador, banda, orquestra, produtor musicale todo o conforto, desde que fosse lucra-tivo para a gravadora. Sem nenhumadespesa. Em troca, deixava por lá bemmais de 90% do que era arrecadado comas vendas de cópias da sua criação.Com o tempo, a estratégia de marketingdessa indústria passou a ser o pagamentoregular em dinheiro a programadores derádio e TV, prática conhecida como“jabá”. A partir daí, só as produções mu-sicais que pagassem jabá seriam tocadaspelas emissoras, criando-se um verda-deiro latifúndio ou monopólio musical.Sem ganhar tanto, mas com toda essadivulgação, sobrava para artistas e ban-das o sustento através de apresentaçõesem público. A mentalidade que justifi-cava toda essa relação entre artistas,gravadoras e a mídia era a de que “o ar-tista vive de shows”.E não era pouco sustento. Quando agravadora trabalhava um artista razoá-vel, ele ganhava bem. Mas os artistaslançados por gravadoras sempre foramuma ínfima minoria no meio musical.Os raríssimos privilegiados que conse-guiam um contrato que fosse posto em

prática pela gravadora realmente ga-nhavam bem. Alguns estão riquíssimos.As gravadoras tinham total poder sobreos seus contratados, como a escolha demúsicas, de músicos, de arranjos, da so-noridade, das estratégias publicitárias eaté da aparência do “artista”.Muitas vezes, essa indústria recorria apráticas comerciais e trabalhistas abo-mináveis, como os “contratos de gela-deira”, em que o disco não era lançado,mas o incauto ficava preso a cláusulascontratuais que praticamente encerra-vam a sua carreira, sem poder assinarcom outra gravadora por anos, nem lan-çar o disco de forma independente.Isto ocorria com frequência, sempre queuma gravadora temia que um artista novo,concorrente de um contratado seu, fosselançado por outra “coirmã”. O contratonão previa lançamento de disco (!), só asobrigações do artista, como a exclusivida-de por alguns anos. A geladeira. Muitosmúsicos assinaram sorrindo.Ninguém chamou a polícia. Aliás, só oTim Maia. Depois, Lobão botou a bocano mundo e denunciou o jabá, mas ficoupor isso mesmo e ele vendeu cem milcópias do CD no jornaleiro.Mas isso, quando a maioria das pessoascompravam CDs.As coisas começaram a mudar para va-ler quando apareceram os arquivosmp3, os gravadores de CD-R e as novasinterfaces de áudio ou placas de som, nofinal dos anos 1990.”

“Estrategicamente

falando, as grandes

gravadoras tinham

o controle do

processo porque

seguravam as duas

pontas: a

qualidade da

gravação e a

capacidade de

comercialização

dos CDs.

Gravar custava caro

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Estrategicamente falando, as grandesgravadoras tinham o controle do pro-cesso porque seguravam as duas pon-tas: a qualidade da gravação e a capaci-dade de comercialização dos CDs.As placas de som eram caras como osgravadores de rolo, chegando a cus-tar dezenas de milhares de dólares.São elas que garantem a qualidade domaterial gravado, pois contêm osconversores de áudio analógico-di-gital (AD) e digital-analógico (DA),os principais responsáveis pela fide-lidade do som no computador.As interfaces mais baratas adicio-navam ruídos e distorções conside-ráveis, inviabilizando o seu uso parafins comerciais ou profissionais. Elevar os CDs aos quatro cantos dopaís ou do mundo era prática im-pensável fora da indústria.E a internet? Naquele tempo, comos modems telefônicos de 14,4 ou28,8 kbps, arquivos WAV comqualidade de CD consumiam horasde conexão para serem enviados.O surgimento do mp3 levou a umfenômeno que foi chamado de “áu-dio líquido”, ou sem suporte físico.Como as gravadoras estavam acos-tumadas ao monopólio da venda demúsicas baseadas em suporte (vinil,

CD), elas tiveram a pior reaçãopossível, buscando censurar a no-vidade. Criaram a campanha demarketing antipirataria e deramoutros tiros no pé, como a destrui-ção do Napster e as tentativas deproibir o mp3.

O objetivo não era só afugentar oouvinte de música da prática inci-piente dos downloads. O temor dasmajors, como essas empresas gosta-vam de ser chamadas, era que aclasse musical percebesse que nãoprecisaria mais delas.

FOI AÍ QUEAPARECEU A LAYLANo final de 1997, a Revista Back-stage publicou uma matéria minha

em que apresentávamos aos leitoresuma novidade: uma placa de somcom interface separada que custava999 dólares. Leia em http://home-studio.com.br/artigos/Layla.htm.Ela tinha oito canais de entrada esaída de áudio em conectores ba-

lanceados, conversores AD/DA dealta qualidade e um processadorDSP igualzinho ao Mac da época.Essa joia era compatível com quasetodos os programas, ao contráriodas concorrentes, muito mais ca-ras e cada qual compatível somen-te com seu software proprietário.Anunciadas antes de ficarem pron-tas, Layla e suas acessíveis irmãsGina e Darla, também de alta quali-dade, só com menos canais, foramtão assediadas pelo público consu-midor que quase a fábrica quebroudevido ao inchaço. Empresas me-lhor estruturadas como a M-Audio,a MOTU, a Edirol (Roland) e aRME souberam rapidamente ocu-par este mercado, com larga vanta-gem para a primeira.A partir daí, para um músico, a dis-tância entre ele e as gravações de altaqualidade passou a ser de poucascentenas de dólares, o equivalente aum dia de aluguel de um bom estú-dio. O preço de uma placa de som.Os programas e os computadorescontinuaram evoluindo, permitin-do aos poucos usarmos uma quanti-dade crescente de efeitos em temporeal, viabilizando a mixagem nocomputador, até, finalmente, subs-

Para um músico, a distância

entre ele e as gravações de alta

qualidade passou a ser o preço de uma

placa de som.

Discos de platina e os sem-gravadora

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tituirmos os instrumentos por outrosprogramas, os instrumentos virtuais.O gravador de CD já era uma realidade,porém logo ofuscada pelo MP3 e o frené-tico compartilhamento de arquivos queos sucedeu. Com produções bem traba-lhadas, milhões de músicos independen-tes passaram a divulgar seu material nainternet e a vender seus próprios CDs.Em outras palavras, cada músico passoua ser a sua gravadora. Exatamente o queas gravadoras mais temiam quando par-tiram para a luta armada mandandoprender internautas e camelôs.E sem esquecer que o artista vive é deshows. Ou do trabalho de sua produtora.Hoje, as placas ou interfaces de som usam,na maioria, conexões USB e ficam fora docomputador. Têm conversores de 24 bits ede 96 kHz ou conexões digitais. Elas têmficado mais bonitas e vistosas, mas não sãotão diferentes assim das velhas Layla ouDelta 1010. Placas e programas com pro-blemas de compatibilidade foram dandolugar a modelos que facilitam a nossa vida.Principal fábrica de placas de som parahome studios, a M-Audio acabou sendocomprada pela principal fábrica de pro-dutos para grandes estúdios, a Avid. Emvez de eliminar a compatibilidade das M-Audio, a necessidade fez prevalecer o bom

Para saber online

www.homestudio.com.br”

“Com produções bem

trabalhadas,

milhões de músicos

independentes

passaram a

divulgar seu

material na

internet e a vender

seus próprios CDs.

senso: hoje é o Pro Tools, carro-chefe daAvid, que se abre à compatibilidade comquase todas as placas do mercado.A internet vive uma explosão de com-partilhamento de músicas e clipes. Es-pecialmente os vídeos produzidos e co-locados pelo próprio público no You-Tube e divulgados pelo Facebook, oTwitter e outras redes sociais têm alcança-do um grau antes impensável de democra-tização do acesso às obras artísticas e deproliferação de gostos e tendências.Essa foi uma revolução em que os ven-cedores não chegaram a se articular.Não houve reuniões, conspirações ouatos públicos. Ao contrário. Cada pro-dutor musical e cada ouvinte de música,no aconchego de seu computador, mu-dou para sempre o som do mundo damaneira mais individual possível. E omundo ficou mais musical.Falta ainda a etapa superior desta revolução,que é a superação artística. Quando os cria-dores de obras musicais superarem a influ-ência do que foi a indústria fonográfica eaproveitarem toda a multiplicidade de ten-dências que soam na internet para se inspi-rar, então teremos colhido os frutos de todaesta luta pela liberdade musical.A liberdade de expressão na internetdeve ser sempre defendida pelos produ-tores musicais, já que ela é que garante olivre tráfego do áudio na rede.Com uma boa conexão, uma placa de sommuito bem escolhida, conhecimento téc-nico e musical e um bocado de inspiração,o mundo dos sons agora é nosso. Cada umde nós é a sua gravadora e a sua emissora derádio e TV. É só querer e estudar.

Layla, Gina eDarla, as irmãs Echo

em 1997

Layla e Gina

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DIGITALRÁDIO

Alexandre Coelho

[email protected]

Fotos: Divulgação

uito se fala sobre a TV digital, maso que pouca gente sabe é que, des-

de 2005, especula-se sobre a implanta-ção do rádio digital no Brasil. Enquan-

to, por um lado, se discute qual o me-

M lhor modelo técnico a ser adotado no

País, por outro, os profissionais que atu-am nesse meio de comunicação proje-

tam as melhorias passíveis de seremimplementadas nas transmissões e es-

DIGITALRÁDIOUMA ONDA AINDA FORA DO AR NO BRASIL

Demora na

escolha do sistema

a ser adotado

adia a

implantação no

país de um rádio

com mais

qualidade de

áudio e inúmeras

possibilidades

comerciais.

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boçam como será o rádio brasileiroem um futuro próximo. Por ora, no

entanto, o rádio digital no Brasilainda é apenas um plano que não

saiu do papel.Entre as novidades do rádio digi-

tal, duas melhorias se apresentamcomo as principais mudanças, na

comparação com o atual sistemaanalógico. A primeira é a maior qua-

lidade do áudio. Simples assim. A se-gunda é a possibilidade de ampliar

enormemente a quantidade de esta-ções e retransmissoras no dial de de-

terminada região, o que significamais diversidade, mais opções para o

ouvinte e a solução do problema dafalta de espaço no dial para novas rá-

dios em algumas localidades.“As principais capitais do País já

têm dificuldade para colocar maisuma rádio no sistema analógico. O

sistema digital resolverá isso, poisdará a possibilidade de, para cada

espaço utilizado com uma rádioanalógica, você ter no mínimo

quatro diferentes rádios ou entãoquatro diferentes programações”,

explica o secretário de Comunica-ção Eletrônica do Ministério das

Comunicações, Genildo Lins.Para Marcson Muller, DJ e diretor

artístico da rádio FM O Dia, do Riode Janeiro, outra importante aqui-

sição da rádio digital diz respeito àquantidade e à qualidade da infor-

mação que poderá ser passada.“Com a possibilidade de transmissão

de dados, poderemos dar informaçõescomo o nome da música, o intérpre-

te, uma foto ou até mesmo exibir o

clipe simultaneamente, dependen-do do tamanho da banda e das carac-

terísticas do receptor. A publicidadese tornará mais eficaz e também po-

deremos enviar notas sobre trânsito

Lentidão na frequência habitual

Como acontece em vários setores dopaís, a introdução do rádio digital poraqui tem sido lenta, arrastada. O Minis-tério das Comunicações justifica afir-mando que se trata de um processoque não é simples. Segundo GenildoLins, para se definir qual será o sistemaadotado, é preciso testar as tecno-logias disponíveis considerando as-pectos que vão de questões tecno-lógicas a socioeconômicas. Também épreciso observar detalhes como o fatode o padrão ter que atender tanto àsrádios FM quanto AM.“Há muitos elementos que precisamoslevar em conta, pois a escolha terá im-pactos diretos tanto para os radio-difusores quanto para a população.Não podemos ter, por exemplo, umequipamento receptor que seja muitocaro e se torne inacessível à popula-ção. Ou que não funcione em umagrande cidade como São Paulo. A es-colha deve ser rigidamente fundamen-tada, seguindo os preceitos que cons-tam na portaria de criação do rádio di-gital no Brasil”, esclarece.

No momento, os testes com as duastecnologias candidatas a atenderemao rádio digital no Brasil estão sendorealizados em quatro capitais: Brasília,São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Hori-zonte. O objetivo é observar como osinal se comporta em cidades com ca-racterísticas distintas, tanto de relevoquanto de população. As avaliaçõesfeitas pelo Ministério das Comunica-ções levam em conta critérios relacio-nados à área de cobertura, condiçõesde propagação nas diferentes regiõesdo país, qualidade do sinal e adequa-ção do sistema à portaria que criou osistema brasileiro de rádio digital.Para Marco Antonio Grivet, contudo, alentidão não se justifica. O professorlembra que a Agência Nacional de Te-lecomunicações (Anatel), em 2006,acompanhou testes de transmissão emrádios digitais e, em 2007, lançou umesboço do que seria a rádio digital noBrasil, mas que, desde então, nadamais foi falado a respeito. “É difícil sa-ber que razões levaram a Anatel a nãopriorizar este serviço”, pondera.

Marcson Muller: mais informação aos ouvintes

Genildo Lins: ampliação de emissoras

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e jornalísticas, e até mesmo transmitirmais de uma programação em uma mes-

ma frequência”, ressalta.

INTERATIVIDADEMarco Antonio Grivet, professor associ-

ado do Centro de Estudos em Telecomu-nicações da PUC-Rio, destaca como um

dos principais ganhos do sistema digital ainteratividade. Ele frisa que essa atuação

do ouvinte poderá ser maior ou menor,dependendo do tipo de receptor (apare-

lho de rádio) usado. E dá o exemplo da TVdigital como forma de comparação.

“Você vê um produto, clica em um botãono seu controle remoto e aparecem infor-

mações em sua TV sobre onde o produtopode ser adquirido. Ao ouvir uma orques-

tra, você pode, também pelos botões do seu

controle remoto, ouvir apenas os violinos,as trombetas ou o piano. Ou ainda você

pode votar em programas ao vivo, tambémpelo controle remoto. Todas essas aplica-

ções podem, com maior ou menor sucesso,ser levadas para o rádio. Elas vão depender

da capacitação das rádios transmissoraspara suportar a interatividade e da imagi-

nação de seus agentes”, observa.Assim como aconteceu em outras mí-

dias, também os aparelhos de rádio, oureceptores, passarão por mudanças, a fim

de atender à nova tecnologia. Grivetacredita, no entanto, que essas adapta-

ções serão sutis, com os novos aparelhossendo bastante semelhantes aos mode-

los atuais do rádio convencional, ape-nas acrescido de um controle remoto

para facilitar a interatividade.

Os aspectos técnicos do sinal digital

Tecnicamente falando, de acordo com Mar-co Antonio Grivet, o rádio digital é atecnologia de rádio que utiliza dígitos bináriospara transmissão da informação através doprocesso de modulação. Ele propõe umaanalogia: os toca-discos de antigamente ti-nham sulcos impressos no acetato de modoque uma agulha, ao passar por este sulco,gerava um sinal elétrico que, quando amplifi-cado e conectado a um alto-falante, produziasons audíveis. Este processo é chamado deanalógico. O rádio dito “analógico”, formado

por transmissões denominadas de AM e FM,obedece a uma lógica semelhante.Ainda segundo Grivet, no processo chama-do “digital”, o sinal elétrico é convertido emoutro, cujos valores possíveis são discretose, por consequência, podem ser logica-mente associados a uma sequência de 0s e1s. Este processo recebe o nome de“digitalização do sinal analógico”.“Esta sequência é o que é fisicamente trans-mitido e, na recepção, ela é reconvertida nosinal elétrico capaz de ativar um alto-falante.A analogia agora é com o CD, que é umasuperfície que contém uma sequência de‘furos’, simulando a sequência de 0s e 1smencionada”, elucida Grivet.Mas como funciona uma rádio digital? Oprofessor explica que o som captado porum microfone (ou qualquer outro elementosensor) é convertido em um sinal analógicode natureza elétrica, na qual sua intensidadeem um determinado instante é diretamenteproporcional à intensidade sonora no mes-mo momento. No rádio analógico ou conven-cional, este sinal é transmitido pelo ar e rece-bido no receptor. Este o converte novamen-te em uma forma acústica, capaz de ser ou-vido pelo ser humano. No rádio digital, háuma etapa intermediária, na qual o sinal elé-trico é convertido em outro, apenas com ní-veis discretos. Este processo é desfeito noreceptor, de modo a recuperar a informa-ção sonora original.

“Você vê um produto,

clica em um botão no

seu controle remoto e

aparecem

informações em sua

TV sobre onde o

produto pode ser

adquirido. Ao ouvir

uma orquestra, você

pode, também pelos

botões do seu

controle remoto,

ouvir apenas os

violinos, as

trombetas ou o

piano. (Marco

Antonio Grivet)

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Se do lado do ouvinte as mudançastécnicas serão pequenas, para quem

pensa e faz o rádio no Brasil seránecessária uma complexa adapta-

ção. Segundo Marcson Muller, asrádios terão que rever seus concei-

tos de qualidade, uma vez que a pos-sibilidade de oferecer um áudio me-

lhor pode ter um efeito negativo, senão houver cuidados com níveis de

gravação, compressão e proces-samento de som. Mais uma vez, vale

a comparação com a TV digital.“No caso da TV, trocaram as câ-

meras, mas não prepararam a ilumi-nação, a maquiagem e o cenário.

Durante muito tempo, assistimos aartistas, apresentadores e repórte-

res expostos, parecendo fantasmas,por falta de um trabalho preventi-

vo. Para esta migração, são necessá-rios muitos testes antes de colocar-

mos em prática”, adverte.

DIVERSIDADENA PROGRAMAÇÃOO diretor da FM O Dia, entretanto,não tem dúvida de que esse upgrade

é necessário e que trará boas novi-dades para o ouvinte. “O mais inte-

ressante é a possibilidade de umamesma rádio transmitir progra-

mações diferentes. Assim, a FM ODia poderá transmitir, no mesmo

dial, por exemplo, uma programa-ção de pagode, outra de esportes,

outra gospel etc”, ilustra.Para que essa nova rádio se torne, en-

fim, uma realidade no Brasil, falta oMinistério das Comunicações con-

cluir os testes com os dois sistemasque estão sendo avaliados: o europeu

(Digital Radio Mondiale, ou DRM) eo americano (In-Band on-Channel,

ou IBOC). De acordo com o Ministé-rio das Comunicações, os testes com

o DRM estão praticamente concluí-

dos e os com o IBOC já começaram. Aprevisão era de que a etapa de avalia-

ções fosse concluída ao final do pri-meiro semestre desse ano.

“Após a análise técnica dos resul-tados de ambos os sistemas, terão

início as discussões de indústria erelações internacionais para, so-

mente então, definirmos o modeloa ser adotado. Além da questão

tecnológica, esses fatores tambémserão levados em conta na deci-

são”, avisa Genildo Lins.Enquanto o gigante brasileiro per-

manece deitado eternamente emberço esplêndido também na ques-

tão do rádio digital, essa nova formade comunicação já é uma realidade

em 35 países e atinge 280 milhõesde pessoas, com uma programação

produzida por mais de 400 emisso-ras, além da já contar com recepto-

res fabricados por 22 marcas.

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os 240 mil metros quadrados do Fairand Exhibition Centre, 2.100 expo-

sitores de 52 países representados emgrande harmonia participaram da séti-ma edição da LIGHT + BUILDING –Feira Bienal Internacional para Arqui-tetura e Engenharia em Frankfurt –Alemanha, que ocorreu de 15 a 20 deabril de 2012. O tema conversado evisto foi eficiência energética.Os mais de 180 mil participantes quepercorreram a maratona de expositorese palestrantes foram de arquitetos e en-genheiros, coordenadores e donos deempresas de iluminação, representantesde lojas, estudantes e negociantes. De-pois da Alemanha, as dez principais na-ções dos visitantes são os Países Baixos,Itália, Áustria, França, Suíça, Grã-

N

Jamile Tormann é Projetista de Ilu-

minação, arquiteta,especialista em

iluminação e design de interiores e

coordenadora Pedagógica dos

Cursos de Pós-Graduação em Ilu-

minação e Design de Interiores e

Master em Arquitetura do IPOG.

Bretanha, China, Espanha, Bélgica eSuécia. Um desfile de sacolas e bolsasque promoviam marcas alertava que sesairia de lá com as mãos carregadas deinformações e os olhos cheios de novi-dades... a mente repleta de ideias e von-tade de criar...Dentre os diversos segmentos de ilumi-nação representados, citam-se: sistemade computadores, automação e controle,materiais elétricos, iluminação residen-cial, comercial, industrial, decorativa epública, LED’s, tecnologias de rede, sis-temas de segurança, instrumentação(equipamentos de teste e medição). Den-tre as empresas presentes destacaram-se:Philips, Osram, Siemens, Siteco, Thorn,Zumtobel, Ledon, Space Cannon, Trilux,Ludwig Leughten, Brumberg, Highlite,

+Lighting+BuildingLighting

2012Os LED

inovadores e

os OLED:

soluções

orientadas

para o design

com eficiência

energética

certamente

serão o grande

acontecimento

dos próximos

anos.

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Delta light, Lighttech, TrolLighting,Belux, Target, Tridonic. Atco, o geni-al e colorido stand da Spectral, Lite-Puter, Havell’s, Bega, Beckhoff, Ercocom o conceito de iluminação e ce-nografia integrada, a Phoenix Con-tac com sua automação e controles, aCezos Led, o designer ousado da itali-ana Nova Luci, a Martin com proje-tores arquiteturais e moving headde LEDs com o princípio do RGB, aArri, com equipamentos de ilumi-nação cênica e de televisão; e High-lite International, embora estives-sem com o seu foco comercial volta-do para a arquitetura e construção,razão de ser da Feira; além do Comi-tê Espanhol de Iluminacion e a Itáliacom suas luminárias e designers ino-vadores e ousados.Entretanto, percebe-se que o mun-do da arquitetura rendeu-se aosconceitos da iluminação cênica.Automação e controle, mesas e com-putadores controlados por DMX e“wireless” (rede sem fio) são uma

amostra do que se pode ter em casa,desde que se possa pagar pelo pro-jeto. Ambientes com várias cenasprogramadas, uma para cada dia,situação ou função; persianas eportas que se abrem e se fecham aotoque de um botão no controle re-moto; cores criadas a partir doconceito do RGB para todas as situ-ações do dia, as emoções do mo-mento, o evento... o luxo. É o con-ceito de ter uma casa onde tudomuda, tudo é possível, tudo é efici-ente. Aliás, o que conta é a criati-vidade e os LEDs facilitam ousar nodesigner das luminárias e nas maisvariadas possibilidades que o cria-dor tem. Controle de temperaturade cor, por exemplo, já não parecemais ser problema, aliás as vedeteseram os O LED’s e LED’s com trocade “Kelvin.”Uma das principais razões paraesta mudança é a Diretiva EU2009/125/EC, ‘Requisitos de Eco-Design para Produtos relaciona-

dos com Energia’ (ErP), que supri-me progressivamente a ilumina-ção pouco eficiente como as lâm-padas incandescentes e pretendepromover reduções significativasnos ciclos de inovação e desenvol-vimento, bem como nas fases deprodução e o desenvolvimento deprodutos alternativos. A principalforça impulsionadora desta mu-dança tecnológica é o Díodo Emis-sor de Luz (LED). Os fatores pre-ponderantes incluem o grandeprogresso feito na qualidade da luz,bem como a redução de preços emcerca de 50% nos últimos trêsanos. Este assunto reflete-se navariedade de produtos presentesna Light+Building 2012.Quanto aos softwares, havia umandar inteiro com Autodesk –Autocad, 3D Studio, Relux, Dia-lux e outros. Expositores com umgrande banco de dados IES e DWGdisponibilizando catálogos dosprincipais fabricantes de luminári-

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as. Fica a dica para empresas de ilumi-nação cênica e “moving-head”: finan-ciar a pesquisa de softwares para apre-sentação de projetos e distribuir gra-tuitamente as especificações de seusrefletores, como: abertura de grau,peso, temperatura de cor, horas vida dalâmpada e consumo em ampére. Hojecontamos com poucos e muitas vezesdemoram para renderizar.Dentre as personalidades que fizeramnosso encontro ter “aquele toque bra-sileiro” muitos estudantes brasileirosdo curso de Pós-Graduação em ilumi-nação e design de interiores do IPOGestavam presentes e com os quaispude trocar ideias acerca do evento esuas novidades. Seus principais inte-resses eram encontrar expositores in-ternacionais, parceiros e fornecedo-res; procurar novos fornecedores; co-nhecer as tendências da iluminação ever novos produtos bem como ampli-ar o network e encontrar os colegas demercado profissional.Na Feira, tudo estava representado,da tecnologia LED, a fotovoltaica (pa-inéis que captam a luz do sol e trans-formam em energia) e eletro-mobili-dade, tecnologia com uso de eletrici-dade inteligente combinada com o

sistema de redes de comunicação -internet, demonstrando que o merca-do mundial de iluminação está emgrande processo de mudança.No “Congress Center”, os debates epalestras giravam em torno dos temassobre iluminação, construção, siste-mas de computador para construção eiluminação e crescimento de energiaeficiente em edifícios comerciais,para um público de aproximadamen-te 800 pessoas. Ouviu-se uma preocu-pação com a eficiência energética e oconsumo de energia por parte dosequipamentos de iluminação e o des-carte de lâmpadas atendendo às exi-gências do mercado atual.Uma mostra paralela de iluminação, oLuminale, ocorreu no mesmo períododa feira, em que era possível ver expos-tos projetos de iluminação de exterio-res assinados por diversos lightingdesigners, em 120 pontos da cidade, cri-ando uma atmosfera luminotécnica-turística, transformando Frankfurtnuma espécie de cidade da luz.Fruto das latentes necessidades e, so-bretudo, da crescente demanda demercado, nasce uma Iluminação maisflexível, dinâmica e adaptada; umnovo modelo que integra forma e fun-

Os OLED - Organic Light-Emitting Diodes

São uma solução orientada para o futuro.Irradiam uma luz suave e difusa e com-plementam perfeitamente os LEDs. Aindanuma fase inicial do seu desenvolvimento,o nível mais alto de eficiência é de 87 lm/Watingido por testes de laboratório em ju-nho de 2011.No entanto, apesar de estarem com umnível superior em 40% desde a última me-dição, estes representam apenas 50%dos produtos de iluminação de LED con-vencionais na feira. À semelhança dosLED, os OLED são baseados em tecno-logia semicondutora com a eletricidade aser transmitida por uma ou mais camadassemicondutora extremamente finas encai-xadas entre dois elétrodos.A cor da luz pode ser influenciada utilizan-do diferentes químicos produzidos a par-tir de materiais orgânicos, para obterem-se resultados como luzes brancas agra-

dáveis. Sendo este um dos principais pro-blemas para a iluminação cênica - baixosníveis de IRC (85). Os OLED têm um gran-de potencial em diversas áreas de aplica-ção. São extremamente finos e podem serproduzidos em praticamente qualquerforma. Este elevado nível de flexibilidadetorna a aplicação muito atrativa paradesigners, fabricantes e também para oconsumidor final, pois a base plana de luzadéqua-se bem à iluminação, ao mobiliá-rio e também serve para criar ambientesarquiteturais.As primeiras impressões podem ser vistasatravés do trabalho de designers comoIngo Maurer, Dietmar Fissl, do estúdio2DoDesign, o designer britânico TomDixon, os artistas da Random International eo estúdio de design Jason Bruges. Todoseles tentam dar uma ideia do potencial cria-tivo dos OLED.

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ção, técnica e emoção controladopelos sistemas automatizados. Oconceito de mudança de cenas, jáutilizado pelos iluminadores de es-petáculos há anos, agora integra oprojeto dos lighting designers deinteriores e, porque não, de ilumi-nação de fachadas e monumentoshistóricos. A iluminação comoconceito está presente nas casas,nos jardins, nas fachadas de edifíci-os, por toda parte. O principal atri-buto é a personalização dos projetosque combinam distintos elementosde técnica, cor e forma, compreen-dendo o ser humano contemporâ-neo como um ser dinâmico e sem-pre atualizado.

EXPOLUX 2012

Design, funcionalidade, sustentabili-dade e tecnologia em um só produto

A 13ª Expolux - Feira Internacionalda Indústria da Iluminação, ocorrido

de 24 a 28 de abril de 2012 nos pavi-lhões Branco e Verde do Expo Cen-ter Norte, em São Paulo, recebeuaproximadamente um público de200 mil visitantes formado por in-dustriais, compradores, comercian-tes nacionais e internacionais, in-corporadores, arquitetos, engenhei-ros, projetistas, construtores, desig-ners de interiores, revendedores,decoradores, lojistas e balconistas demateriais para construção.

Participaram da Expolux os setoresde lâmpadas e starters; Reatores,Ignitores e Transformadores; Ilumi-nação de Emergência, IluminaçãoIndustrial e Comercial; IluminaçãoPública, Iluminação Residencial eDecorativa com foco na tecnologiaLED, de baixo consumo de energia,sistemas integrados, sustentabili-dade e design. Os LED’s realmentevieram para ficar, mas não apenaspara economizar energia ou pro-

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Para saber [email protected]

“Está ocorrendo

uma grande

movimentação no

mercado de

iluminação, com a

viabilização dos

custos com

equipamentos,

lâmpadas e

luminárias com

tecnologia LED

mover uma iluminação com maior ren-dimento lúmen/watts, mas porque pos-sibilita formatos variados e abre paraum mercado mais imaginativo e ceno-gráfico que brinca com os espaços ar-quiteturais, nos quais o LED se mostra aalternativa mais viável em virtude doseu tamanho e flexibilidade em relação aoformato das lâmpadas fluorescentes eincandescentes. De acordo com o designerde luminárias da Phillips, Paulo Torni-ziello, além do apelo pela sustentabili-dade ambiental, as empresas estão vis-lumbrando a sustentabilidade econômi-ca e financeira em seus projetos. “Estáocorrendo uma grande movimentaçãono mercado de iluminação, com a viabi-lização dos custos com equipamentos,lâmpadas e luminárias com tecnologiaLED. As consultas e cotações com solu-ções do tipo já representam um terço domercado de iluminação e a tendênciadesse percentual é aumentar”, destaca ogerente comercial da Ledstar, Jin HoChung, expositora da Expolux.Em um clima de otimismo, o diretor daFeira, José Dagnhesi, ressaltou os inves-timentos realizados e a expectativa docrescimento no setor. “O Brasil vive umgrande momento e os investimentos re-alizados na feira têm mostrado a capaci-dade de se expandir os negócios de ilumi-nação no país”. Para a ABILUX o setorespera um crescimento de 12% durantetodo o ano de 2012. Um dos fatores quedeve contribuir para o desenvolvimentoé a redução do IPI de 15% para 5% paraluminárias e lustres anunciada pelo Go-verno Federal a partir de junho de 2012.

Outra solução interessante apresentadaeste ano no Brasil e no ano passado naEuroluce e Feira de Milão são os LEDS quemudam a temperatura de cor e dimerizáveis.Meu destaque este ano ficaria para aLumicenter, com 23 anos de profissão euns 10 anos de Feira. Foi sem dúvida noestande deles que recebi a melhor ex-posição “conceito” de seus produtosgenuinamente brasileiros. A paixãocom que Jair Jarek e Rafael Asme apre-sentaram o processo de criação e as ca-racterísticas técnicas dos produtos fo-ram de empolgar e me fazer sair de lácom vontade de especificar para as re-sidências e comércios, pois os produtosconseguiram conjugar de forma inova-dora design, funcionalidade, sustenta-bilidade e tecnologia em um só produ-to. É isto que esperamos da indústriabrasileira, de seus designers e projetis-tas. Espero ainda que em 2014, a Expo-lux apresente um programa comple-mentar de congressos, workshops,fórum de tendências e mostras especiaiscomo o Brasil merece. O que significaque em termos de pesquisa e estudo osegmento de iluminação no Brasil estáengatinhando. Mesmo com o tímidoprêmio de design promovido pela ABI-LUX e exposto durante a Feira, o que vifoi muita ideia copiada e pouca inovaçãotecnológica, com raríssimas exceções.Lamentável, pois o Brasil é original epossui grandes nomes e mentes que omercado internacional está de olho.

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David Bosboom

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Fotos: Internet / Divulgação

resposta é fazer uma Iluminaçãopara Repertório. Para aqueles que

nunca ouviram falar, o termo é conheci-do como “Repertory Plot”. Com muitosanos de existência, esse método ofereceuma iluminação geral no palco paracada temporada. A iluminação para re-pertório divide em segmentos o palco,como que em áreas, criando “colorwashes” para a iluminação na frente, la-teral e contra-luz em cada área. A essatécnica soma-se o controle do ambienteemocional “mood” e a intensidade emtodos os espaços no palco.Nesta minha amostragem de luz ouLight Plot, eu poderia iluminar umacompanhia de dança ou igualmente, deforma bem feita, uma peça de teatro. Eu

A

Iluminaçãopara RepertórioIluminação

A Inglaterra tem uma tradição de apresentar uma

variedade de peças encenadas que vai desde

Shakespeare até George Bernard Shaw. Muitas vezes

essas produções realizam espetáculos em noites

alternadas, no mesmo teatro, como parte de seu

repertório da temporada. Eles podem ter Hamlet em

uma noite, seguido de Pygmaleão na noite seguinte. Nos

EUA não é diferente. Companhias de teatro e

companhias de dança regularmente apresentam

diferentes programas em dias e noites alternados durante

a semana na época de alta temporada. Como pode então

cada produção dar conta adequadamente da

iluminação em tantas produções em apenas um teatro?

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teria no meu exemplo de iluminaçãopara repertório um circuito de luzquente (luz rosa claro) e um circuitoluz fria (luz azul clara) para cada umadas seis áreas iluminadas juntamentecom as laterais e a contra-luz. Aindaassim, cada peça de teatro ou dança,teria a sua marcação individual a quechamamos “specials”, ou seja, essetipo de design de iluminação agrega-ria também aspectos individuais decada produção.Um efeito “especial” é simplesmenteuma luz, às vezes mais do que uma luz,necessária para um momento especí-fico na dança ou peça de teatro, queserá adicionada à sua iluminação pararepertório. Em um ballet essa luz espe-cial pode ser um feixe de luz que cortao palco de forma diagonal. Na peça deteatro essa luz especial pode ser, porexemplo, o destacar de uma cadeiracom um feixe de luz que entra pela ja-nela em uma noite de luar.

ILUMINANDO O INESPERADOUm designer experiente em ilumina-ção para repertório irá adicionar cir-cuitos extras de reposição apenaspara essa finalidade, claro que tudovai depender do seu orçamento. Emgrandes produções sempre se colo-cam circuitos extras no repertório. Avantagem não passa pela questão fi-nanceira imediata, mas para se ga-nhar tempo quando o diretor precisade uma única luz para a sua “novaideia”. Planejar todas as necessidadesde luz já conhecidas para a produçãode um espetáculo é um fato, isso fazsentido para qualquer designer. Masiluminar o inesperado acontece comos circuitos extras e com uma boa Ilu-minação de Repertório.Posso até ouvir você dizendo que ascores quentes e frias funcionarammuito bem ontem à noite com a com-panhia de dança, mas não tem nada aver com a peça dramática da compa-nhia de teatro de amanhã. E você estácerto, mas a solução é simples. Vouexplicar. Em vez de pendurar uma

nova iluminação para a companhiade teatro, apenas mude as cores quen-tes e frias dos circuitos pelas coresadequadas. Instantaneamente, vocêtem um novo projeto sem a necessi-dade de reinventar completamente asua Iluminação para Repertório. Podefazer a mesma coisa com a iluminaçãolateral e de contra-luz.Outra questão que pode surgir é quecompanhias de teatro e espetáculosno Brasil tem geralmente um orça-mento pequeno para a iluminação.Diria que essa seria mais uma razãopara que os teatros trabalhem comuma “Iluminação para Repertório”,que nada mais é do que o combinar deideias, instrumentos e mais possibili-dades para os diversos espetáculos.Existe uma profissão que resolve par-te desse problema nos Estados Uni-dos, chama-se “Head Eletrician”.Essa função é padrão em todos os tea-tros, o “eletricista mestre” faz a tria-gem adequando o repertório do teatropara receber as diversas produções.Essa mesma ideia poderia ser im-plementada aqui no Brasil. Isso é feitoatravés da cooperação entre o teatro,produtores e designers dividindo o usoda iluminação, espaço nas varas, cus-tos do aluguel de equipamentos, umaeconomia que gera mais opções paratodos. Produtores gostam de econo-mizar dinheiro e designers podem usarmais instrumentos em seus designs deiluminação. Todo mundo ganha, coo-perando e compartilhando equipa-mentos e ideias.Vamos supor que você tenha trêsshows rodando “back-to-back”, umatrás do outro, em seu teatro. Usandoo sistema de Iluminação para Repertó-rio você coloca as cores corretas nosinstrumentos de luz geral, adapta asinformações com os lighting designersde cada espetáculo e grava em pastasseparadas todos os cues na mesa deluz. Agora você tem três espetáculosgravados para a sua temporada. Nodia da apresentação, você simples-mente recarrega o design do espetá-

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plesmente, coloca em cada instrumen-to as cores corretas da apresentação da-quele espetáculo. Sugiro que tenha se-parado envelopes com as cores de cadashow para facilitar o seu serviço. Garan-to que isso vai lhe poupar tempo. O quevocê quer evitar é, no troca-troca, terque ir à caça de mais um corte da gelati-na que se perdeu.Quanto a salvar as três produções nodisco da mesa de controle, um pontoimportante é que deve-se ter mais doque uma cópia dos movimentos e cues.Não dá para confiar apenas na mesapara gravar toda a programação. Seriaum desastre descobrir que sua marcaçãomisteriosamente sumiu ou que seu ar-quivo se corrompeu no HD da sua mesade luz. Meu conselho é: sempre faça umbackup do seu trabalho no pen drive,fazendo sempre uma cópia também im-pressa. Pode ser que nunca vá precisar,mas se você precisar, e não tiver, vaisentir-se um mau profissional com osacontecimentos que poderiam ter sidosevitados com uma simples cópia extrade segurança.Cópias impressas de todos os circuitos,dimmers, canais, posições e cores facilitam

encontrar a informação de até uma únicaluz no palco. Dê uma olhada na primeirapágina do meu channel hook-up. (Fig.1)Lendo a primeira linha superior do canalnúmero 1 você verá que o paperwork mos-tra um tipo de luz, a sua posição, cor, alémdo dimmer que é controlado por este canal(lembre-se que um canal pode controlarmuitos dimmers, mas um dimmer podeapenas ser endereçado a um canal).

ORGANIZANDO A INFORMAÇÃOExistem muitos programas que podemajudar a organizar esta informação. Eu gos-to do Lightwright, porque verifica possí-veis erros de cálculo no seu paperwork.Mas pode-se também usar WYSIWYG ouum arquivo em Excel para registrar infor-mações. Sempre digo e repito, não impor-ta qual ferramenta você utiliza, o impor-tante é ter um registro no papel. Casovocê não tenha acesso a computadores eprogramas use a forma antiga, bloco depapel e lápis, mas faça o seu registro.No meu exemplo de iluminação paraRepertório (Fig.2), dividi o palco emseis áreas, mas a ideia de luzes quentes efrias adaptei do conceito de StanleyMcCandless, no livro Syllabus de Ilumi-

nação Cênica. Note que no design de Ilu-

Fig. 1

“Sempre digo e

repito, não

importa qual

ferramenta você

utiliza, o importante

é ter um registro

no papel. Caso

você não tenha

acesso a

computadores

e programas use a

forma antiga,

bloco de papel e

lápis, mas faça

o seu registro

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aponto a posição da luz e um nú-mero de referência do instrumen-to, mas não incluo nenhuma outrainformação. Isso porque a Ilumina-ção para Repertório será usada parauma variedade de espetáculos. Vocêpode imprimir uma cópia da sua ilu-

minação para repertório no papel edepois marcar todas as luzes especi-ais para cada produção em cores di-ferentes. Todos os outros detalhes,como cor do gel, canal, dimmer,gobos, e a finalidade de cada luzdeve ser impressa no seu papelchamado “Chanel hook-up” e na

sua lista de instrumentos, ou “Ins-trument Schedule”, como se podeler no programa Lightright.Outro papel importante que deve serfeito é uma lista completa de sua afina-ção. (Fig.3). Ou seja, um registro com-pleto de todos os instrumentos de luzafinados no palco. O chão do palcotransforma-se em uma grade matriz.Normalmente, a linha da cortina é omarco zero na sua primeira linha degrade. O zero absoluto é marcado nomeio dessa primeira linha, que é o cen-tro do palco. A posição zero seria entãoo centro, onde teremos números docentro para a esquerda e números docentro para a direita. Depois, é neces-sário traçar do ponto zero uma segun-da linha perpendicular à linha da cor-tina: essa é a linha do centro do palco.Marque traçados em incrementos deum metro em ambas as linhas da corti-na e do centro do palco. (fig.)Se você tiver instrumentos de ilu-minação que ultrapassem a linha dacortina para a frente, usa-se um nú-mero negativo até alcançar a bordado palco. Com uma simples gradeX-Y você pode mostrar a posiçãoexata de qualquer instrumento de

Fig. 2

Fig. 3

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luz sobre o palco. Você também pode marcar na sua grade de afi-nação outro tipo de informação, tal como o ângulo dofilamento do seu PAR64, se você usa uma faca no seu elipsoidalpara afastar uma luz de um local específico (cortina, cenário), ouqual o tipo de gobo usado naquele instrumento de luz.Como exemplo, (Fig.4), tenho a luz número 1 na posição P-E(plateia esquerda) iluminando a área “A” que está à frente do pal-co direito. As coordenadas na grade X-Y para esta luz seria 3D+1.Ou seja, três metros à direita do centro e um metro acima da linhada cortina. Como eu cheguei nessa coordenada e localização nagrade? Fiquei em pé no palco, acendi a luz específica e me coloqueina frente do ponto mais brilhante. Olhando direto para a luz, vejao filamento da lente, esse é o centro da luz. Depois olhe para ochão e anote o número das coordenadas na grade X-Y.Com prática é possível anotar todas as coordenadas en-quanto você afina sua luzes no palco, mas caso não dispo-nha de tempo ou de um assistente, sugiro que ache o temponecessário para criar esse registro da afinação de todo o es-petáculo. Com esses dados anotados você pode reafinarqualquer instrumento de luz em qualquer circunstância.No caso da Iluminação para Repertório, luzes são às vezes em-purradas nas movimentações de cenário ou por ajudantes me-nos experientes. Esse registro é permanente e importantecaso seu espetáculo mude para outro teatro ou faça uma turnê.Este processo de paperwork elimina adivinhações, você sabecom exatidão aonde a sua luz deve ficar.Agora você sabe que uma Iluminação para Repertório servecomo base para vários espetáculos e eventos. Você criou umailuminação específica para cada um desses espetáculos, seuspontos especiais, bem como um paperwork específico paracada apresentação. Todos os seus movimentos de luz foramcriados, salvos na mesa de luz e você tem um back-up de tudo.Além de ter toda a informação nas mãos para eventuais afina-ções rápidas que se façam necessárias.Finalmente posso acrescentar que uma Iluminação para Re-pertório é uma grande ferramenta de economia de tempo parao lighting designer sem comprometer a criatividade. Arte é oque o lighting designer cria no palco. A criatividade vem nouso de cores, ângulos, intensidades e a capacidade de se criarum ambiente com todas as transições necessárias, de momen-to a momento, usando todos os recursos disponíveis no palco.A Iluminação para Repertório é a gestão da tecnologia que élogicamente organizada e criada por você.

Fig. 4

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Fotos: Divulgação

entenas de pessoas, entre pazeiros, do-nos de locadoras e imprensa especializa-

da, lotatam um dos salões nobres do HotelHoliday Inn, no Anhembi, não apenas paraouvir as especificações técnicas, mas tam-bém para comparar in loco a potência quecada sistema das linhas Q, J e V produz.O encontro, que foi seguido de coque-tel, contou com as explicações técnicasdo especialista alemão Stefan Goertz,gerente de projeto e educação da d&b

C audiotechnik, sobre o funcionamentoda série V. Além das especificações,Stefan falou sobre os rigging de susten-tação do sistema.Um dos pontos altos do encontro foi omomento da demonstraçao da linha V,que se junta a outras linhas já comer-cializadas pela empresa como a “Q” e “J”.A nova linha conta com duas caixas comresposta de frequência entre 67 Hz e 18kHz, sendo que o modelo V8 tem uma dis-

Série VEM SÃO PAULO

Série Vé apresentada

EM SÃO PAULO

Demonstração

impecável, com

direito a

especialista vindo

direto da

Alemanha, o evento

promovido pela

Decomac Pro e

pela d&B

Audiotechnik, no

dia 9 de maio, em

São Paulo, quando

foi apresentada a

Série V de line

array e subwoofer

d&b audioteknik,

contou com a

presença de

importantes nomes

do áudio.

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persão nominal de 80 grausenquanto o modelo V12 con-ta com uma dispersão de 120graus. A linha ainda tem o V-Sub, um subwoofer cuja res-posta de frequência abrangeentre 37 a 115 Hz.

Para comparar a eficiência, ospresentes puderam ouvir literal-mente e comparar o som dos sis-temas. Stefan, após explanar so-bre as qualidades de cada linha,deu início a uma série de exe-cuçoes musicais, contemplandodiversos estilos, e pediu para quecada um, em vez de ficar em ape-nas um lugar do salão, se deslo-casse para outros pontos. O obje-tivo era que, a partir de ângulosdiferentes, os participantes ti-vessem a ideia real do som produ-zido pelo sistema que estava sen-do executado.

Em um primeiro momento foramcomparadas 5 caixas J8 com doissubs. Logo em seguida, foi a vez

de o sistema V5,com seis caixas edois subs, ser de-monstrado.A cada momentoem que os sistemaseram colocados emevidência, um fa-cho de luz ilumina-va aquele que esta-va em execução, deforma que nao des-se margem de dúvi-da sobre qual somestava sendo repro-

duzido, apenas mais um detalhe paracompor a impecável apresentação.Stefan ainda aproveitou a de-monstração para falar do softwarede simulação de cálculo da d&b.Embora os sistemas “falem” bas-tante e tenham impressionado,não foi possível, no entanto, ou-vi-los na melhor performance,como enfatizou Stefan. Isso por-que, como a demonstração foidentro de um local fechado, osom ficou limitado.O evento contou com a presen-ça de Guillermo Distefano, daDecomac Pro.

Evento foi prestigiado por empresários e técnicos do setor de áudio

Ao centro, Guillermo e Macaio

Stefan fala sobre as especificações técnicas da Série V

Técnico opera mesa de som na demonstração

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Para a Nossa Alegriatraz Êxodos de volta

Os mais de 15 milhões de acessos alcançadospelo vídeo caseiro Para a Nossa Alegria, produzidopelos irmãos Jefferson e Suellen Barbosa, queaparecem cantando a música Galhos Secos – su-cesso nos anos 70 da banda Êxodos –, colocou ogrupo novamente em evidência. Consideradavanguardista ao extremo, e por isso discriminadano segmento gospel nacional naquela época, abanda viu um de seus maiores hits mantendo-seao longo dos anos através de mais de trintaregravações de cantores diversos. Além de Ga-

lhos Secos (dos autores e membros da bandaOsnyr e Osvayr Agreste), canções como Maravilhas, Fim da Viagem e Jesus é a resposta

também fizeram sucesso entre o público gospel, a despeito da resistência das deno-minações evangélicas mais conservadoras.Agora, com o estouro do vídeo no Youtube, a banda, que costumava receber nomáximo dois emails por semana, viu o correio eletrônico travar com mais de duasmil solicitações a serem respondidas. “Estamos felizes com a evidência súbita,pois apesar de termos o CD master com 13 músicas disponível para ven-da, um convite de gravadora seria bem-vindo”, diz o baterista da ban-da, Edson Donizetti.Já os irmãos Jefferson e SuellenBarbosa, que produziram o vídeocaseiro cantando Galhos Secos eatraíram milhões de acessos noYoutube, foram contratados pelagravadora paulista Salluz. Di-rigida pelo músico Paulo CesarBaruk, a gravadora resolveu con-vidar os jovens para a gravação deum CD, que deverá ser lançadoainda em junho deste ano.

Jars of Clay

A banda cristã Jars of Clay lançou paradownload gratuito um EP contendo seismúsicas. As canções são uma amostrada nova turnê que a banda realizarájuntamente com Matthew PerrymanJones e a banda Leagues. Para cele-brar a tour, o EP contém duas músicasde cada artista. Junto do download, osfãs podem realizar doações, que serãorevertidas integralmente para a MissãoBlood:Water, que auxilia pessoas em lo-cais da África onde a água é escassa.

EDU PORTOCONTRA OCRACKO cantor Edu Portoparticipou, em abril, doevento Crack, tire essa

pedra do seu caminho,

em Minas Gerais. Alémde shows gospel docantor no local, o even-to ofereceu serviços deação social, como ins-crição gratuita em cur-sos profissionalizantes,encaminhamento parao mercado de trabalhoe cadastramento nasatividades esportivasoferecidas pelo movi-mento de jovens daIgreja Universal do Rei-no de Deus.

Aline Barros

Disco de Diamante

A faixa Ressuscita-

me, que faz parte dorepertório do CD Ex-

traordinário Amor

de Deus, da cantoraAline Barros, atingiu amarca de um milhão emeio de visualizações

no Youtube. A música, que já superou amarca de 300 mil cópias, rendeu à can-tora um Disco de Diamante.

MARCHA PARAJESUS NO RIODE JANEIROO evento aconteceu nodia 19 de maio, reunin-do artistas evangélicosnacionais e internacio-nais na Central do Brasil.A marcha, que teve trioselétricos, seguiu até aCinelândia onde aconte-ceu a concentração eministração de pastores,além de shows evan-gélicos. O evento foi co-ordenado pelo Conse-lho de Ministros Evangé-licos do Estado do Riode Janeiro.

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ROBINSON MONTEIRO TEM NOVO PROJETODepois de assinar seu contrato com a Sony Music, o cantor Robinson Monteiro já começou atrabalhar na seleção de repertório para seu novo trabalho. Em parceria com o produtorPaulo César Baruk, o cantor começou a ouvir as composições para seu novo projeto. O CDdeverá ter umas duas canções românticas, muita música pop pentecostal, um pouquinho deblack music e mais umas músicas pop no melhor estilo Whitney Houston.

SAXOFONISTA ESDRAS GALLO LANÇA TRABALHO SOLOReconhecido por participar e produzir trabalhos ao lado de grandes nomes da músicagospel nacional e internacional, o saxofonista Esdras Gallo lançará disco solo pela gravadoraCanzion Brasil, de Marcos Witt. Esdras também participou da formação do coral Renascer,onde atua como produtor e arranjador há vários anos.

SHIRLEY CARVALHAES EM FASE FINAL DE PRODUÇÃOA cantora Shirley Carvalhaes finalizou a sessão de fotos para o projeto gráfico de seu novoCD, o primeiro pela Sony Music. Shirley também gravou uma faixa romântica exclusiva paraa versão do iTunes de seu novo trabalho.

DIANTE DO TRONO, BÍBLIA E HOTSITEDurante o 13º Congresso de Louvor e Adoração, em abril, o grupo de louvor Diante do Tronoanunciou que lançaria uma bíblia comemorativa dos quinze anos do Ministério, além de umhotsite com informações sobre a trajetória do grupo e a evolução do Ministério. A data aindanão foi confirmada.

EM FAMÍLIAO programa Aline Bar-

ros Em Família estreoudia 21 de abril na rádio93 FM e contou com aparticipação especialdo pastor Gilmar. Comassuntos que focamdesde a infância até aterceira idade, o pro-grama pretende ser umagregador de valores àfamília e vai ao ar todosos sábados, às 20h, etambém pela internetatravés do site da emis-sora: radio93.com.br

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O CD foi gravado ao vi-vo na Igreja Batista Cen-tral em Belo Horizonte,Minas Gerais, com mi-xagem de Gustavo Soa-res e masterização deChris Athens, no Ster-ling Sound, de NovaIorque. As canções des-

te novo trabalho enfatizam asobras de Jesus durante sua passa-gem no mundo.

Glória e honraNivea Soares

O repertório foi com-posto por sucessos doDiante do Trono para queo músico trompetistaMoises Nazaré lançasseseu primeiro CD solo,com participações es-peciais de André Va-ladão, Israel Salazar e

Ana Paula Valadão, com destaquepara a faixa Salvar. Já a faixa Pra Te

adorar está disponível para down-load em sites de música gospel.

Pra te adorarMoisés Nazareth

O título do álbum é amúsica de trabalho quetransmite mensagem defé e esperança. “Que-remos dizer aos irmãosque Deus sempre temBoas Notícias”, afirmoua dupla. Com 14 canções,o trabalho está bem di-

versificado e tem uma linha sertane-jo universitário.

Boas NotíciasSérgio Marques & Marquinhos

Em comemoração aos90 anos da Harpa Cris-

tã, a gravadora PatmosMusic lança o CD Hi-

nos da Harpa Cristã -

Acústico na voz de Mar-

celo Santos. O CD teráonze músicas e produ-ção de Melk Carvalhe-

do. É o sétimo álbum do cantor MarceloSantos, que traz o jazz como ritmo.

Hinos da Harpa CristãMarcelo Santos

LançamentosLançamentos

O CD e DVD contamcom 13 músicas que mar-caram a vida e o ministé-rio do apóstolo e de to-da uma geração, comoSepulcro Caiado, Cristo

ou Barrabás e Grito de

Alerta. Com o pré-lan-çamento realizado no

iTunes, chegou a figurar entre os 10álbuns mais baixados (top 100 naci-onal/internacional), chegando aosexto lugar no ranking.

InesquecívelEstevam Hernandes

Utilizando elementosda cultura hip hop, street

dance e rap para atrairjovens da periferia quenão frequentam igrejas,o Conexão iniciou umprojeto de distribuiçãode CDs evangelísticos,de forma gratuita, inti-

tulado Reconstruindo os Muros. Inicialmente, aquantidade de CD’s distribuídos foi de cincomil exemplares, porém a meta para 2012 émais ambiciosa: 30 mil CDs ao longo do ano.

Reconstruindo os murosConexão ZL

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OFERTAS IMPERDÍVEIS - BONS NEGÓCIOS

::::::::::::::::::::::: PREÇOS VÁLIDOS ATÉ 10/07/12 OU ENQUANTO DURAR O ESTOQUE ::::::::::::::::::::::::::::::::

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BONS NEGÓCIOS - OFERTAS IMPERDÍVEIS

::::::::::::::::::::: PARA ANUNCIAR: [email protected] - PABX.: (21) 3627-7945 :::::::::::::::::

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LUIZ

CAR

LOS

SÁ |

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ra quem não leu os dois capítulos anteriores: numagig chefiada pelo veterano e experiente empresário

Romildo de Paula, a caquética van de Everaldo dos San-tos leva a banda do quase-que-muito-famoso Carli-nhos Távora para um show a mais de quatrocentos qui-lômetros de distância. Mesmo precisando da merreca, abanda está irada e desconhece que nosso distinto caná-rio, que se pela de medo de asas em geral, foi de avião decarreira e não de teco-teco, como o imaginoso Romildofez crer a todos. Romildo recebe então um telefonemado nosso astro dizendo que o show foi cancelado em vir-tude da morte da sogra do prefeito, fulminada pela emo-ção de ter sido beijada pelo “famoso”. Piorando a coisa, avan enguiça. Um ônibus colegial com freiras e suas alu-nas vem socorrer os músicos.

Facilitando a vida dos leitores, cá fica a lista de per-sonagens, por desordem de entrada:Romildo, o empresárioEveraldo, o motoristaCordélio Graça, o guitarrista – magro, alto e devoz finiiinha...Toninho Franciosa, o baterista mal humorado

P

Betão, percussionista, corpo de MMA e cabeça dezen-budistaDenise Boca Divina, vocal e ombro de apoio do canárioDiego, o tecladista gozadorSerginho-quero-o-meu, vocalista mercenárioHumberto, o saxofonista fanho por vício profissionalNelson Bozó, o baixista-tieteCarlinhos Távora, o canário própriamente ditoBebel Távora, cara metade de infinita paciência,zelo e ferocidadeE mais os outros que virão...

Em meio à poeira levantada pela freada do ônibus noacostamento, nossos amigos assistem, incrédulos, a fi-gura antes imaculadamente branca e negra – agoratambém com tons marrons – de irmã Maria (muito apropósito) do Socorro emergir do caos como uma san-

ta levitada. Denise Boca Divina tem uma epifaniaimediata e cai de joelhos diante da freira:- Caraca! Uma santa!- Que é isso, menina! Levanta daí! – a irmã, uma tou-peira de míope, mas cheia de modernidade, ergue De-nise enquanto dirige a ela um olhar desconfiado: – Você fumou o quê?Diego rompe numa gargalhada incontida:- Ela não fuma não, dona freira, ela é assim mesmo denascença!- Cala essa boca, Diego! – interrompe Romildo – Des-culpe, irmã...- ...Maria do Socorro.- Estamos aqui numa situação catas-trófica...Romildo, só mesmo da suacabeça poderia sair essaideia: pegar uma

Vai de VanVai de VanCAPÍTULO 3

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carona até Guacapitanga, convencer o prefeito a vol-tar atrás no cancelamento e agraciar a cidade com maisuma fabulosa exibição do inimitável CarlinhosTávora, agora em homenagem à saudosa memória deD. Pinguinha, quer dizer, dona Beatriz Alvarenga, a fãnúmero 1! E visto que pra você, Romildo, ex-en-tregador de pizza, servente do INSS e camelô (issotudo, claro, fica entre nós!) o impossível é apenas maisuma polissilábica paroxítona, o ônibus do Sacré-Coeur ruma agora para Guacapitanga, fazendo um pe-queno desvio de cento e cinquenta quilômetros dodestino original, desvio esse concedido em troca deuma jam session a bordo com a inclusão da popular“Dominique”, sucesso mundial em 1963 da freira belgaSoeur Sourire, como lembrou a míope, idosa, porém ex-tremamente lúcida irmã Socorro, tão lúcida ela quelembrava da letra no original francês, aprendido e apre-endido rapidamente por Boca Divina. O que não impe-diu a banda de tocar também “Sympathy For the Devil”dos Stones num fantástico arranjo acústico feito nahora e conforme as possibilidades instrumentais à mão.Enquanto a banda, as freiras e a garotada se divertiamà vera, você, Romildo, prosseguia com seu plano: tran-cado no banheiro do sacro ônibus ligou para o celulardo prefeito:- Doutor Silas, é o Romildo Braga, empresário doCarlinhos Távora... Antes de qualquer coisa, meussentimentos...- Sentimentos do quê, seu Romildo... – a voz do doutorSilas soava um pouco embargada, no meio de uma zoei-ra de gente. (Um bar, Romildo? O prefeito estava to-mando umas?) – a velha já foi tarde! Aquilo era umaonça enjaulada, seu Romildo, uma onça! Ela só sosse-gava quando ouvia os discos do seu Carlinhos!Às vezes a gente não acredita nas oportunidades que avida nos proporciona. Mas Romildo, não. Romildo eraum crente, um oportunista, um otimista que acreditavanos atalhos, nas veredas, nas entradas ocultas, nas résti-as luminosas que apareciam por baixo de portas esqueci-das. Entre ouvir o desabafo do prefeito e convencê-lo deque o cancelamento seria um atentado à memória da

odiada sogra que dona Verbena, primeira dama do mu-nicípio, encararia como grave desfeita de

corpo presente foi coisa de poucosminutos. E em menos minutos

ainda, doutor Silas volta-va com a resposta:

- Ô seu Romildo, falei com a patroa. O senhor éporreta, seu Romildo! Foi como o senhor disse: umahomenagem à memória da bagaça véia! Não acredito,seu Romildo! A patroa até chorou no telefone! Aqui-lo não chora nem em enterro de anjinho!Naquela noite Guacapitanga parou, o que não era mui-to difícil visto que a cidade não chegava aos vinte milhabitantes... Mas parou com alma. Carlos Távora fez oshow da sua vida, apoiado por uma banda renovadapela agradável tarde musical com as freiras e os pré-adôs. O público foi ao delírio, embalado não só peloespetáculo impecável, mas também pelas emociona-das palavras do doutor Silas na abertura do show, porsua vez emolduradas por uma tremenda queima de fo-gos que fizeram a alma de Dona Pinguinha subir commais força ainda ao Céu das velhinhas pinguças. Dou-tor Silas foi à forra da sogra ali mesmo, garantindo umareeleição precoce.O voo de Carlinhos partiria no dia seguinte de PedraGrande, a metrópole mais próxima, para onde o caná-rio sairia depois do almoço. Mas às nove da manhã, elefoi acordado por enérgicas batidas na porta do quarto.Ainda estremunhado pela farra que varara a madruga-da e com as costas doendo por força dos vigorosos ta-pas de aprovação que o doutor Silas não cansara depregar em suas costelas noite adentro, Távora abriuuma fresta da porta. Surpresa: a banda toda estava alifora. E antes que Carlinhos pudesse pensar, como nor-malmente pensaria, que se tratava de uma homenagema ele pelo grande show da véspera, o mal humoradoToninho Franciosa falou:- Ou nós no voo...E Beto Percussionista rosnou, sério como nunca:- Ou você na van...E da boca divina de Denise ele ouviu o inesperado res-tante do ultimato:- Ou arranja outra banda.Romildo, você pode até ser um pouco doido, mas nãorasga dinheiro. De Pedra Grande pra São Paulo deavião é um bom pedaço de céu, fora o excesso de pesodo equipamento. E essa banda, Carlinhos, não é de sejogar fora. Talvez seja a última banda decente que vocêvai conseguir para acompanhar o assim honroso e dig-no final de sua longa carreira. Então, olhe bem para avelha Besta do Everaldo, ressuscitada pelas mágicasmãos de um mecânico de estrada, estacionada ali bemem frente ao hotel e ouça o conselho do seu empresá-rio de tantos anos:- Vai de van, Carlinhos. Vai de van.O único ruído que se ouviu naquele quarto depois dassábias palavras de Romildo foi o de duas passagens deavião sendo rasgadas.

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