2 encontro(2)adcsddsv

25

Upload: eduardo-ribeiro

Post on 28-Sep-2015

261 views

Category:

Documents


43 download

DESCRIPTION

asfsd

TRANSCRIPT

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    1 Bloco

    I. Lei Dos Crimes Ambientais lei n 9605/98: Mandados expressos de penalizao; Principal objetivo da lei; Concurso de pessoas; Denncia Genrica x Denncia Geral; Responsabilidade Penal da Pessoa Jurdica; Teoria da Dupla Imputao; Desconsiderao da Pessoa Jurdica; Aplicao da Pena

    2 Bloco

    I. Continuao da Lei Dos Crimes Ambientais: Atenuantes/Agravantes; Penas Restritivas de Direitos; Penas de Multa e Sursis; Penas Aplicveis Pessoa Jurdicas; Liquidao Forada, Percia, Prova emprestada e Sentena Ambiental. Competncia para Julgamento dos Crimes Ambientais; Aspectos Processuais; Dos Crimes em Espcie.

    3 Bloco

    I. Lei de Abuso de Autoridade (Lei 4898/65): Natureza Jurdica da Representao; Ao Penal Pblica Incondicionada; Trplice Responsabilidade; Elemento Subjetivo: Dolo; Autoridade Pblica; Concurso de Crimes e Tentativa; Sujeitos Passivos; Das modalidades de Crime de abuso de Autoridade; Dos Efeitos Extrapenais.

    4 Bloco I. Lei de Tortura (lei 9455/97).

    5 Bloco I. Exerccios Relativos ao Encontro.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    I. LEI DOS CRIMES AMBIENTAIS LEI 9605/98

    MANDADOS EXPRESSOS DE PENALIZAO

    Mandados expressos de penalizao so situaes em que a prpria Constituio Federal considera determinada conduta como crime independente de legislao ordinria. A Constituio Federal serve como vertente para que o legislador ordinrio crie as leis e, dessa forma, estar obrigado a considerar tal conduta como crime, pois assim prev a CF. Como exemplo de mandados expressos de penalizao temos o caso da tortura e do racismo que, mesmo antes de existir lei sobre o assunto, a CF j determinava que essas condutas seriam consideradas crimes e j elencavam certas consequncias para elas. Quanto ao Crime ambiental, A CF j previa que a conduta provocadora de dano ao meio ambiente seria crime em seu artigo 225 3.

    PRINCIPAL OBJETIVO DA LEI

    O principal objetivo da lei a reparao ou compensao dos danos ambientais, por isso prev, em sua maioria, crimes de menor potencial ofensivo (princpio do poluidor-pagador).

    CONCURSO DE PESSOAS

    Art. 2 Quem, de qualquer forma, concorre para a prtica dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de rgo tcnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatrio de pessoa jurdica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prtica, quando podia agir para evit-la.

    O artigo 2 da lei ambiental prev na parte sublinhada, a teoria monista quanto ao concurso de crimes adotada pelo cdigo penal no artigo 29. Quanto ao concurso existem teorias, a saber:

    TEORIA MONISTA: A teoria monista aquela que, quando os agentes praticam crime em concurso de pessoas, eles respondero por crime nico.

    TEORIA DUALISTA: Para a teoria dualista, os autores respondero por um crime e os partcipes por outro crime.

    TEORIA PLURALISTA: Cada agente responde por um crime de acordo com sua conduta. Ex.: Corrupo ativa e corrupo passiva.

    OMISSO PENALMENTE RELEVANTE

    Art. 2 Quem, de qualquer forma, concorre para a prtica dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de rgo tcnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatrio de pessoa jurdica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prtica, quando podia agir para evit-la.

    A parte sublinhada prev que esses sujeitos respondero pelo crime assim como os autores, ou seja, mesmo agindo omissivamente eles respondero como se tivesse agido comissivamente, por isso se fala em omisso penalmente relevante que est prevista no art. 13 2 do CP:

    Art. 13 2 - A omisso penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:

    Tenha por lei obrigao de cuidado, proteo ou vigilncia;

    Como se percebe, a alnea a prev a omisso determinada por lei e foi justamente isso que a lei ambiental fez.

    REQUISITOS PARA RESPONDER POR OMISSO:

    Saber da prtica criminosa; Poder agir para evita-la.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    DENNCIA GENRICA X DENNCIA REAL

    Denncia genrica aquela denncia que descreve apenas o tipo penal e o imputa genericamente a todos os scios e denncia geral a denncia que descreve minuciosamente a conduta delituosa e imputa a todos os scios da empresa. Importante lembrar que a denncia genrica considerada inapta pelo STJ, j a denncia geral aceita. Essa regra vale para todos os crimes societrios.

    RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURDICA

    Art. 3 As pessoas jurdicas sero responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infrao seja cometida por deciso de seu representante legal ou contratual, ou de seu rgo colegiado, no interesse ou benefcio da sua entidade.

    A lei ambiental prev que a pessoa jurdica poder ser responsabilizada administrativa, civil e penalmente e essa responsabilidade penal est baseada na teoria da realidade ou da personalidade real, entendida como a teoria que explica a existncia da pessoa jurdica no mundo real, dotada de vontades e, por esse motivo, poder cometer crimes. Em contrapartida a esta teoria, existe a teoria da fico jurdica de Savigni entendida como a teoria que defende que a pessoa jurdica no passa de uma fico jurdica e, deste modo, no existe no mundo real e jamais poder cometer crimes.

    REQUISITOS PARA RESPONSABILIZAO DA PESSOA JURDICA

    Deciso de representante legal ou contratual, ou rgo colegiado; No interesse ou benefcio da pessoa jurdica.

    RESPONSABILIDADE PENAL POR RICOCHETE, POR PROCURAO OU DE EMPRSTIMO: A responsabilidade da pessoa jurdica no exclui a das pessoas fsicas, autoras, co-autoras ou partcipes do mesmo fato. Se a pessoa fsica for imputada penalmente e estiverem presente os demais requisitos, a pessoa jurdica sofrer essa imputao por ricochete, de emprstimo.

    - TEORIA DA DUPLA IMPUTAO: Nos crimes ambientais, para que a pessoa jurdica seja denunciada, a pessoa fsica tambm dever o ser, seno a denncia nem ser aceita. O MP deve denunciar os dois ao mesmo tempo.

    DESCONSIDERAO DA PESSOA JURDICA

    Art. 4 Poder ser desconsiderada a pessoa jurdica sempre que sua personalidade for obstculo ao ressarcimento de prejuzos causados qualidade do meio ambiente.

    De acordo com o art. 4, a pessoa jurdica poder desconsiderada para alcanar os bens dos scios para que os prejuzos causados sejam ressarcidos. No entanto, a desconsiderao s vlida para pagamento multa administrativa ou condenao de reparao civil e nunca para pagamento de multa decorrente de condenao penal, pois esta ltima no poder transcender a pessoa jurdica (princpio da intranscendncia da pena)

    APLICAO DA PENA

    Sero aplicadas etapas diferentes para aplicao da pena em pessoas fsicas e pessoas jurdicas:

    INICIAREMOS COM A APLICAO DA PENA PESSOA FSICA:

    Quantidade da pena A aplicao da pena passa por trs fases:

    Circunstncias judiciais; Circunstncias legais (Agravantes/Atenuantes); Causas de Aumento/diminuio.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    I. CONTINUAO DE CRIMES AMBIENTAIS

    ATENUANTES (BARCOCO)

    I - baixo grau de instruo ou escolaridade do agente;

    II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontnea reparao do dano, ou limitao significativa da degradao ambiental causada;

    NOTA: No cdigo penal, a reparao do dano manifestada pelo infrator antes do recebimento da denncia configura arrependimento posterior que uma causa geral de diminuio de pena, se for depois do recebimento da denncia configurar uma atenuante genrica. Na lei ambiental sempre ser atenuante, seja anterior ou posterior ao recebimento da denncia.

    III - comunicao prvia pelo agente do perigo iminente de degradao ambiental;

    IV - colaborao com os agentes encarregados da vigilncia e do controle ambiental.

    AGRAVANTES (PASSAR O OLHO APENAS)

    I - reincidncia nos crimes de natureza ambiental; (crimes de outra natureza no geram reincidncia)

    II - ter o agente cometido a infrao:

    a) para obter vantagem pecuniria;

    b) coagindo outrem para a execuo material da infrao;

    c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a sade pblica ou o meio ambiente;

    d) concorrendo para danos propriedade alheia;

    e) atingindo reas de unidades de conservao ou reas sujeitas, por ato do Poder Pblico, a regime especial de uso;

    f) atingindo reas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;

    g) em perodo de defeso fauna;

    h) em domingos ou feriados;

    i) noite;

    j) em pocas de seca ou inundaes;

    l) no interior do espao territorial especialmente protegido;

    m) com o emprego de mtodos cruis para abate ou captura de animais;

    n) mediante fraude ou abuso de confiana;

    o) mediante abuso do direito de licena, permisso ou autorizao ambiental;

    p) no interesse de pessoa jurdica mantida, total ou parcialmente, por verbas pblicas ou beneficiada por incentivos fiscais;

    q) atingindo espcies ameaadas, listadas em relatrios oficiais das autoridades competentes;

    r) facilitada por funcionrio pblico no exerccio de suas funes.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    RESTRITIVAS DE DIREITO PARA AS PESSOAS FSICAS CARACTERSTICAS

    Autonomia Substitutividade Conversibilidade em priso (CP)

    DURAO: Em regra, a restritiva de direitos durar o tempo da pena substituda. Exceo: a interdio temporria de direitos durar 05 anos, se o crime for doloso e 03 anos, se o crime for culposo.

    ESPCIES

    Prestao de servios comunidade; Interdio temporria de direitos; Suspenso parcial ou total de atividades (no possui corresponde no CP); Prestao pecuniria. (No CP, a prestao pode ser aos dependentes); Recolhimento domiciliar (parecido com limitao de fim de semana do CP).

    REQUISITOS PARA SUBSTITUIO

    Ser crime culposo ou doloso inferior a 04 anos circunstncias judiciais favorveis

    MULTA

    A priso com pena no superior a um ano pode ser substituda por multa e caso ainda seja ineficaz, poder ser aumentada at trs vezes, tendo em vista o valor da vantagem econmica auferida (no CP, observa-se a situao econmica do ru).

    SURSIS

    A suspenso condicional da pena no cdigo penal pode ser aplicada em condenaes no superiores a 02 anos, na lei ambiental poder ocorrer a substituio em condenaes no superiores a 03 anos!!!

    No caso de sursis em que se exija reparao do dano, na lei ambiental a comprovao se dar por laudo de reparao do dano ambiental.

    PENAS APLICVEIS PESSOA JURDICA

    MULTA RESTRITIVA DE DIREITOS PRESTAO DE SERVIOS COMUNIDADE

    As penas restritivas de direitos so:

    I - suspenso parcial ou total de atividades;

    II - interdio temporria de estabelecimento, obra ou atividade;

    III - proibio de contratar com o Poder Pblico, bem como dele obter subsdios, subvenes ou doaes.

    CUIDADO: A proibio de contratar com o poder pblico poder ser de at 10 anos no caso de pessoa jurdica. Se for pessoa fsica, o prazo de 05 anos, se crime doloso e 03 anos, se crime culposo.

    LIQUIDAO FORADA DA PESSOA JURDICA

    Art. 24. A pessoa jurdica constituda ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a prtica de crime definido nesta Lei ter decretada sua liquidao forada, seu patrimnio ser considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitencirio Nacional.

    PERCIA DE DANO AMBIENTAL

    A percia criminal ambiental, alm de constatar a materialidade delitiva, tambm deve, se possvel, calcular o valor do prejuzo causado pelo crime ambiental para fins de concesso de fiana ou aplicao de multa.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    PROVA EMPRESTADA

    Art. 19, pargrafo nico. A percia produzida no inqurito civil ou no juzo cvel poder ser aproveitada no processo penal, instaurando-se o contraditrio (contraditrio diferido ou postergado).

    SENTENA PENAL AMBIENTAL

    Art. 20. A sentena penal condenatria, sempre que possvel, fixar o valor mnimo para reparao dos danos causados pela infrao, considerando os prejuzos sofridos pelo ofendido ou pelo meio ambiente.

    Isso mesmo, o juiz criminal fixar o valor mnimo para reparao dos danos na rea cvel. TRANSPORTE IN UTILIBUS DA SENTENA PENAL: Nas aes coletivas, quando procedente o pedido, a

    coisa julgada pode ser utilizada em aes individuais de execuo.

    TRANCAMENTO DE AO PENAL

    No caso de manifesta ilegalidade, a pessoa fsica impetrar um habeas corpus para trancamento da ao penal. No entanto, a pessoa jurdica no sofre de coao a sua liberdade e para trancamento de ao penal dever usar o remdio constitucional do mandado de segurana.

    COMPETENCIA EM CRIMES AMBIENTAIS

    Entendimento dos tribunais:

    Se atingir interesse direto e especfico da unio: JUSTIA FEDERAL Se atingir interesse apenas genrico e indireto da unio: JUSTIA ESTADUAL. os crimes contra a fauna seguem a regra acima. (smula 91 cancelada) contravenes penais ambientais, a competncia ser sempre da JUSTIA ESTADUAL. Se o interesse da unio surgir ou desaparecer no meio do processo, a competncia no ser modificada e

    sim permanecer com quela que comeou (perpetuatio jurisditionis). trfico internacional de animais: JUSTIA FEDERAL

    ASPECTOS PROCESSUAIS PENAIS

    Art. 26. Nas infraes penais previstas nesta Lei, a ao penal pblica incondicionada.

    A transao penal nas infraes de menor potencial ofensivo ambiental tem como requisito a composio civil dos danos (compromisso formal de reparar o dano), salvo dano irreparvel.

    A suspenso condicional do processo prevista na lei dos juizados prev que sero suspensos os processos de crimes cuja pena mnima no seja superior a um ano. No entanto, a lei ambiental prev a suspenso para crimes de menor potencial ofensivo (pena mxima at dois anos).

    DOS CRIMES EM ESPCIE

    As normas penais incriminadoras ambientais so, em sua maioria, normas penais em branco. cabvel o princpio da insignificncia em crimes ambientais (STJ)

    Dos Crimes contra a Fauna

    Art. 29. Matar, perseguir, caar, apanhar, utilizar espcimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratria, sem a devida permisso, licena ou autorizao da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:

    Pena - deteno de seis meses a um ano, e multa.

    1 Incorre nas mesmas penas:

    I - quem impede a procriao da fauna, sem licena, autorizao ou em desacordo com a obtida;

    II - quem modifica, danifica ou destri ninho, abrigo ou criadouro natural;

    III - quem vende, expe venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depsito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espcimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratria, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros no autorizados ou sem a devida permisso, licena ou autorizao da autoridade competente.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    PERDO JUDICIAL

    2 No caso de guarda domstica de espcie silvestre no considerada ameaada de extino, pode o juiz, considerando as circunstncias, deixar de aplicar a pena.

    3 So espcimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes s espcies nativas, migratrias e quaisquer outras, aquticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do territrio brasileiro, ou guas jurisdicionais brasileiras.

    4 A pena aumentada de metade, se o crime praticado:

    I - contra espcie rara ou considerada ameaada de extino, ainda que somente no local da infrao;

    II - em perodo proibido caa;

    III - durante a noite;

    IV - com abuso de licena;

    V - em unidade de conservao;

    VI - com emprego de mtodos ou instrumentos capazes de provocar destruio em massa.

    5 A pena aumentada at o triplo, se o crime decorre do exerccio de caa profissional.

    6 As disposies deste artigo no se aplicam aos atos de pesca.

    Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfbios e rpteis em bruto, sem a autorizao da autoridade ambiental competente:

    Pena - recluso, de um a trs anos, e multa.

    Art. 31. Introduzir espcime animal no Pas, sem parecer tcnico oficial favorvel e licena expedida por autoridade competente:

    Pena - deteno, de trs meses a um ano, e multa.

    Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domsticos ou domesticados, nativos ou exticos:

    Pena - deteno, de trs meses a um ano, e multa.

    1 Incorre nas mesmas penas quem realiza experincia dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didticos ou cientficos, quando existirem recursos alternativos.

    2 A pena aumentada de um sexto a um tero, se ocorre morte do animal.

    Art. 33. Provocar, pela emisso de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de espcimes da fauna aqutica existentes em rios, lagos, audes, lagoas, baas ou guas jurisdicionais brasileiras:

    Pena - deteno, de um a trs anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.

    Pargrafo nico. Incorre nas mesmas penas:

    I - quem causa degradao em viveiros, audes ou estaes de aquicultura de domnio pblico;

    II - quem explora campos naturais de invertebrados aquticos e algas, sem licena, permisso ou autorizao da autoridade competente;

    III - quem fundeia embarcaes ou lana detritos de qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou corais, devidamente demarcados em carta nutica.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    Art. 34. Pescar em perodo no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por rgo competente:

    Pena - deteno de um ano a trs anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

    Pargrafo nico. Incorre nas mesmas penas quem:

    I - pesca espcies que devam ser preservadas ou espcimes com tamanhos inferiores aos permitidos;

    II - pesca quantidades superiores s permitidas, ou mediante a utilizao de aparelhos, petrechos, tcnicas e mtodos no permitidos;

    III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espcimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas.

    Art. 35. Pescar mediante a utilizao de:

    I - explosivos ou substncias que, em contato com a gua, produzam efeito semelhante;

    II - substncias txicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente:

    Pena - recluso de um ano a cinco anos.

    Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espcimes dos grupos dos peixes, crustceos, moluscos e vegetais hidrbios, suscetveis ou no de aproveitamento econmico, ressalvadas as espcies ameaadas de extino, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora.

    CAUSAS EXCLUDENTES DA ILICITUDE

    Art. 37. No crime o abate de animal, quando realizado:

    I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua famlia;

    II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ao predatria ou destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente;

    IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo rgo competente.

    Seo II

    Dos Crimes contra a Flora

    Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservao permanente, mesmo que em formao, ou utiliz-la com infringncia das normas de proteo:

    Pena - deteno, de um a trs anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

    Pargrafo nico. Se o crime for culposo, a pena ser reduzida metade.

    Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetao primria ou secundria, em estgio avanado ou mdio de regenerao, do Bioma Mata Atlntica, ou utiliz-la com infringncia das normas de proteo:

    Pena - deteno, de 1 (um) a 3 (trs) anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

    Pargrafo nico. Se o crime for culposo, a pena ser reduzida metade.

    Art. 39. Cortar rvores em floresta considerada de preservao permanente, sem permisso da autoridade competente:

    Pena - deteno, de um a trs anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

    Art. 40. Causar dano direto ou indireto s Unidades de Conservao e s reas de que trata o art. 27 do Decreto n 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localizao:

    Pena - recluso, de um a cinco anos.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    1o Entende-se por Unidades de Conservao de Proteo Integral as Estaes Ecolgicas, as Reservas Biolgicas, os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refgios de Vida Silvestre.

    2o A ocorrncia de dano afetando espcies ameaadas de extino no interior das Unidades de Conservao de Proteo Integral ser considerada circunstncia agravante para a fixao da pena.

    3 Se o crime for culposo, a pena ser reduzida metade.

    Art. 40-A. (VETADO)

    1o Entende-se por Unidades de Conservao de Uso Sustentvel as reas de Proteo Ambiental, as reas de Relevante Interesse Ecolgico, as Florestas Nacionais, as Reservas Extrativistas, as Reservas de Fauna, as Reservas de Desenvolvimento Sustentvel e as Reservas Particulares do Patrimnio Natural.

    2o A ocorrncia de dano afetando espcies ameaadas de extino no interior das Unidades de Conservao de Uso Sustentvel ser considerada circunstncia agravante para a fixao da pena.

    3o Se o crime for culposo, a pena ser reduzida metade.

    Art. 41. Provocar incndio em mata ou floresta:

    Pena - recluso, de dois a quatro anos, e multa.

    Pargrafo nico. Se o crime culposo, a pena de deteno de seis meses a um ano, e multa.

    NOTA: Se o incndio for em lavoura ou pastagem, estar configurado o crime do art. 250, CP.

    Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar bales que possam provocar incndios nas florestas e demais formas de vegetao, em reas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano:

    Pena - deteno de um a trs anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

    Art. 44. Extrair de florestas de domnio pblico ou consideradas de preservao permanente, sem prvia autorizao, pedra, areia, cal ou qualquer espcie de minerais:

    Pena - deteno, de seis meses a um ano, e multa.

    Art. 45. Cortar ou transformar em carvo madeira de lei, assim classificada por ato do Poder Pblico, para fins industriais, energticos ou para qualquer outra explorao, econmica ou no, em desacordo com as determinaes legais:

    Pena - recluso, de um a dois anos, e multa.

    Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvo e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibio de licena do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que dever acompanhar o produto at final beneficiamento:

    Pena - deteno, de seis meses a um ano, e multa.

    Pargrafo nico. Incorre nas mesmas penas quem vende, expe venda, tem em depsito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvo e outros produtos de origem vegetal, sem licena vlida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente.

    Art. 48. Impedir ou dificultar a regenerao natural de florestas e demais formas de vegetao:

    Pena - deteno, de seis meses a um ano, e multa.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentao de logradouros pblicos ou em propriedade privada alheia:

    Pena - deteno, de trs meses a um ano, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

    Pargrafo nico. No crime culposo, a pena de um a seis meses, ou multa.

    Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetao fixadora de dunas, protetora de mangues, objeto de especial preservao:

    Pena - deteno, de trs meses a um ano, e multa.

    Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de domnio pblico ou devolutas, sem autorizao do rgo competente:

    Pena - recluso de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa.

    1o No crime a conduta praticada quando necessria subsistncia imediata pessoal do agente ou de sua famlia.

    2o Se a rea explorada for superior a 1.000 ha (mil hectares), a pena ser aumentada de 1 (um) ano por milhar de hectare.

    Art. 51. Comercializar motosserra ou utiliz-la em florestas e nas demais formas de vegetao, sem licena ou registro da autoridade competente:

    Pena - deteno, de trs meses a um ano, e multa.

    Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservao conduzindo substncias ou instrumentos prprios para caa ou para explorao de produtos ou subprodutos florestais, sem licena da autoridade competente:

    Pena - deteno, de seis meses a um ano, e multa.

    Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seo, a pena aumentada de um sexto a um tero se:

    I - do fato resulta a diminuio de guas naturais, a eroso do solo ou a modificao do regime climtico;

    II - o crime cometido:

    a) no perodo de queda das sementes;

    b) no perodo de formao de vegetaes;

    c) contra espcies raras ou ameaadas de extino, ainda que a ameaa ocorra somente no local da infrao;

    d) em poca de seca ou inundao;

    e) durante a noite, em domingo ou feriado.

    Seo III

    Da Poluio e outros Crimes Ambientais

    Art. 54. Causar poluio de qualquer natureza em nveis tais que resultem ou possam resultar em danos sade humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruio significativa da flora:

    Pena - recluso, de um a quatro anos, e multa.

    1 Se o crime culposo:

    Pena - deteno, de seis meses a um ano, e multa.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    2 Se o crime:

    I - tornar uma rea, urbana ou rural, imprpria para a ocupao humana;

    II - causar poluio atmosfrica que provoque a retirada, ainda que momentnea, dos habitantes das reas afetadas, ou que cause danos diretos sade da populao;

    III - causar poluio hdrica que torne necessria a interrupo do abastecimento pblico de gua de uma comunidade;

    IV - dificultar ou impedir o uso pblico das praias;

    V - ocorrer por lanamento de resduos slidos, lquidos ou gasosos, ou detritos, leos ou substncias oleosas, em desacordo com as exigncias estabelecidas em leis ou regulamentos:

    Pena - recluso, de um a cinco anos.

    3 Incorre nas mesmas penas previstas no pargrafo anterior quem deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precauo em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversvel.

    Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extrao de recursos minerais sem a competente autorizao, permisso, concesso ou licena, ou em desacordo com a obtida:

    Pena - deteno, de seis meses a um ano, e multa.

    Pargrafo nico. Nas mesmas penas incorre quem deixa de recuperar a rea pesquisada ou explorada, nos termos da autorizao, permisso, licena, concesso ou determinao do rgo competente.

    Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depsito ou usar produto ou substncia txica, perigosa ou nociva sade humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigncias estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos:

    Pena - recluso, de um a quatro anos, e multa.

    1o Nas mesmas penas incorre quem:

    I - abandona os produtos ou substncias referidos no caput ou os utiliza em desacordo com as normas ambientais ou de segurana;

    II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou d destinao final a resduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou regulamento.

    2 Se o produto ou a substncia for nuclear ou radioativa, a pena aumentada de um sexto a um tero.

    3 Se o crime culposo:

    Pena - deteno, de seis meses a um ano, e multa.

    Art. 58. Nos crimes dolosos previstos nesta Seo, as penas sero aumentadas:

    I - de um sexto a um tero, se resulta dano irreversvel flora ou ao meio ambiente em geral;

    II - de um tero at a metade, se resulta leso corporal de natureza grave em outrem;

    III - at o dobro, se resultar a morte de outrem.

    Pargrafo nico. As penalidades previstas neste artigo somente sero aplicadas se do fato no resultar crime mais grave.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do territrio nacional, estabelecimentos, obras ou servios potencialmente poluidores, sem licena ou autorizao dos rgos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes:

    Pena - deteno, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

    Art. 61. Disseminar doena ou praga ou espcies que possam causar dano agricultura, pecuria, fauna, flora ou aos ecossistemas:

    Pena - recluso, de um a quatro anos, e multa.

    Seo IV

    Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimnio Cultural

    Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar:

    I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou deciso judicial;

    II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalao cientfica ou similar protegido por lei, ato administrativo ou deciso judicial:

    Pena - recluso, de um a trs anos, e multa.

    Pargrafo nico. Se o crime for culposo, a pena de seis meses a um ano de deteno, sem prejuzo da multa.

    Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificao ou local especialmente protegido por lei, ato administrativo ou deciso judicial, em razo de seu valor paisagstico, ecolgico, turstico, artstico, histrico, cultural, religioso, arqueolgico, etnogrfico ou monumental, sem autorizao da autoridade competente ou em desacordo com a concedida:

    Pena - recluso, de um a trs anos, e multa.

    Art. 64. Promover construo em solo no edificvel, ou no seu entorno, assim considerado em razo de seu valor paisagstico, ecolgico, artstico, turstico, histrico, cultural, religioso, arqueolgico, etnogrfico ou monumental, sem autorizao da autoridade competente ou em desacordo com a concedida:

    Pena - deteno, de seis meses a um ano, e multa.

    Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificao ou monumento urbano:

    Pena - deteno, de 3 (trs) meses a 1 (um) ano, e multa.

    1o Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artstico, arqueolgico ou histrico, a pena de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de deteno e multa.

    IMPORTANTSSIMO

    2o No constitui crime a prtica de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimnio pblico ou privado mediante manifestao artstica, desde que consentida pelo proprietrio e, quando couber, pelo locatrio ou arrendatrio do bem privado e, no caso de bem pblico, com a autorizao do rgo competente e a observncia das posturas municipais e das normas editadas pelos rgos governamentais responsveis pela preservao e conservao do patrimnio histrico e artstico nacional.

    Seo V

    Dos Crimes contra a Administrao Ambiental

    Art. 66. Fazer o funcionrio pblico afirmao falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegar informaes ou dados tcnico-cientficos em procedimentos de autorizao ou de licenciamento ambiental:

    Pena - recluso, de um a trs anos, e multa.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    Art. 67. Conceder o funcionrio pblico licena, autorizao ou permisso em desacordo com as normas ambientais, para as atividades, obras ou servios cuja realizao depende de ato autorizativo do Poder Pblico:

    Pena - deteno, de um a trs anos, e multa.

    Pargrafo nico. Se o crime culposo, a pena de trs meses a um ano de deteno, sem prejuzo da multa.

    Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de faz-lo, de cumprir obrigao de relevante interesse ambiental:

    Pena - deteno, de um a trs anos, e multa.

    Pargrafo nico. Se o crime culposo, a pena de trs meses a um ano, sem prejuzo da multa.

    Art. 69. Obstar ou dificultar a ao fiscalizadora do Poder Pblico no trato de questes ambientais:

    Pena - deteno, de um a trs anos, e multa.

    Art. 69-A. Elaborar ou apresentar, no licenciamento, concesso florestal ou qualquer outro procedimento administrativo, estudo, laudo ou relatrio ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omisso:

    Pena - recluso, de 3 (trs) a 6 (seis) anos, e multa.

    1o Se o crime culposo:

    Pena - deteno, de 1 (um) a 3 (trs) anos.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    I. ABUSO DE AUTORIDADE

    CUIDADO: H uma exceo a regra, de acordo com a previso legal - art. 16. Se o rgo do Ministrio Pblico

    no oferecer a denncia no prazo fixado nesta lei (4.898/65), ser admitida ao privada (ao privada subsidiria da pblica). O rgo do Ministrio Pblico poder, porm, aditar a queixa, repudi-la e oferecer denncia substitutiva e intervir em todos os termos do processo, interpor recursos e, a todo tempo, no caso de negligncia do querelante, retomar a ao como parte principal.

    IMPORTANTE: luz da lei 5.249/67, em seu art. 1. A falta de representao do ofendido, nos casos de abusos previstos na Lei n 4.898, de 9 de dezembro de 1965, no obsta (no atrapalha) a iniciativa ou o curso da ao pblica. Por isso, no se exige representao do ofendido e consequentemente no condio objetiva de procedibilidade.

    TRPLICE RESPONSABILIDADE

    Art. 1 O direito de representao e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, contra as autoridades que, no exerccio de suas funes, cometerem abusos, so regulados pela presente lei.

    A lei trata das trs responsabilidades: administrativa, civil e penal. Vale Lembrar que as instncias so autnomas tendo como consequncia que o processo administrativo no poder ser sobrestado para o fim de aguardar a deciso da ao penal ou civil.

    ELEMENTO SUBJETIVO

    Os crimes previstos na lei de abuso de autoridade no admitem a modalidade culposa, isto , s so admitidos na modalidade dolosa. Por isso, se um delegado, por negligncia, deixa de comunicar imediatamente ao juiz, a priso de qualquer pessoa, no comete o crime de abuso de autoridade.

    AUTORIDADE PBLICA PARA EFEITOS PENAIS

    Art. 5 - Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego ou funo pblica, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remunerao.

    Consoante a doutrina moderna a lei de abuso de autoridade adotou a teoria restritiva, no abrangendo pessoas que exercem cargo, emprego ou funo em entidade paraestatal, e quem trabalha para a empresa prestadora de servio contratada ou conveniada para execuo de atividade tpica da administrao pblica.

    OBS.: O particular pode cometer o crime de abuso de autoridade, desde que haja participao em tal delito e que o mesmo saiba que seu comparsa seja funcionrio pblico.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    CUIDADO: Haver crime de abuso de autoridade, ainda que o agente esteja de folga, frias ou licena, mas, para isso o agente tem que invocar a funo.

    Munus Pblico: As pessoas que exercem um mnus pblico no sero consideradas autoridade pblica para efeitos da lei de abuso de autoridade, exemplos dessa categoria so o tutor e o curador dativo, o advogado dativo.

    IMPORTANTE: Serventurio de Justia comete crime de abuso de autoridade.

    CONCURSO DE CRIMES E TENTATIVA

    Para o STJ, no h nenhum problema no concurso entre o abuso de autoridade e o crime que possa vir a ser cometido, por exemplo, se uma autoridade comete abuso de autoridade e tambm uma leso corporal responder pelos dois delitos. No entanto, se a leso constituir o prprio abuso de autoridade, o agente responder por crime nico. Outro ponto interessante se existe a possibilidade de tentativa nos crimes previstos pela lei de abuso de autoridade. Antes de adentrarmos a esse ponto vale lembrar o conceito de crimes de atentado.

    CRIMES DE ATENTADO: So aqueles em que a prpria tentativa ao bem jurdico tutelado j consuma o crime, por isso os crimes de atentado no admitem a tentativa.

    Voltando ao assunto de que os crimes de abuso de autoridade admitem ou no a tentativa, vale lembrar que o Art. 3 da lei 4898/65 prev qualquer atentado e dessa forma no admitir a tentativa. No entanto, o art. 4 da mesma lei prev outros casos de abuso de autoridade e, salvo os casos de crime omissivo prprio, admitem a tentativa. Por isso, vale dizer que os crimes de abuso de autoridade admitem a tentativa somente nos casos do art. 4 com exceo dos crimes omissivos prprios nele previstos.

    SUJEITOS PASSIVOS

    Sujeito passivo aquele que tem um bem jurdico lesado ou exposto leso pela conduta do sujeito ativo (agente). Uma questo interessante que pode surgir nesse ponto se as pessoas jurdicas e as crianas podem ser sujeitos passivos do delito de abuso de autoridade. Quanto pessoa jurdica o tema tranquilamente solucionado, pois a lei prev essa situao em seu artigo 4, h:

    Art. 4 - h) o ato lesivo da honra ou do patrimnio de pessoa natural ou jurdica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competncia legal;

    Vale ressaltar ainda que o sujeito passivo pode ser tanto pessoa jurdica de direito privado quanto de direito pblico.

    Quanto criana tambm no nos traz dificuldade pois ela tambm sujeita de direito e pode ter um direito seu lesado, no entanto, cabe cuidar que, por vezes, a conduta prevista na lei de abuso de autoridade se for praticada contra criana constituir crime previsto no estatuto da criana e do adolescente (ECA). Portanto, a criana poder ser sujeito passivo do crime de abuso de autoridade desde que no constitua, a conduta, um crime do ECA.

    DAS MODALIDADES DE CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE

    Os crimes do art. 3 so conhecidos como crimes de atentado ou de empreendimento, vamos a eles:

    Art. 3 - Constitui abuso de autoridade QUALQUER ATENTADO:

    a) liberdade de locomoo;

    Quanto a esse inciso, cabe uma pertinente diferenciao, a saber:

    DETENES MOMENTNEAS X PRISES PARA AVERIGUAES

    As detenes momentneas so aquelas em que a autoridade policial detm uma pessoa para que se averigue rapidamente um fato suspeito de crime. J as prises para averiguaes so aquelas em que a autoridade policial recolhe o suspeito ao crcere para investigaes. As detenes momentneas so legais desde que acontea sem exageros, j as prises para averiguaes so consideradas ilegtimas e constituem o crime de abuso de autoridade.

    b) inviolabilidade do domiclio;

    c) Ao sigilo da correspondncia;

    d) liberdade de conscincia e de crena;

    e) Ao livre exerccio do culto religioso;

    f) liberdade de associao;

    g) Ao direito de reunio;

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    Vale ressaltar que esses direito no so absolutos, logo se tiverem sendo exercidos com excesso ou ilicitamente poder a autoridade restringi-los. Portanto, se uma reunio estiver constituda com uso de armas e ocorrendo pancadarias poder a autoridade dissuadi-la.

    h) Aos direitos e garantias legais assegurados ao exerccio do voto;

    - Desde que no constitua crime eleitoral

    i) incolumidade fsica do indivduo;

    - No engloba a incolumidade mental

    j) Aos direitos e garantias legais assegurados ao exerccio profissional.

    OBS.: Todos os delitos tipificados acima (art.3) so na verdade, direitos e garantias fundamentais, preceituados no art. 5 da CF/88. No admitem a forma tentada por serem crimes de atentado.

    OUTROS CRIMES

    Art. 4 - Constitui tambm abuso de autoridade:

    a) Ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder;

    - Se for contra criana ou adolescente constitui o crime do art. 230 do Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA).

    b) Submeter pessoa sob sua guarda ou custdia a vexame ou a constrangimento no autorizado em lei;

    - Se for contra criana ou adolescente constitui crime do art. 232 do ECA.

    c) Deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a priso ou deteno de qualquer pessoa;

    Se deixar de comunicar famlia no constitui crime de abuso de autoridade. No entanto, Se a pessoa privada da liberdade for criana ou adolescente, o agente responder pelo crime do art. 231 do ECA se deixar de comunicar tanto famlia quanto ao juiz. De acordo com as novas alteraes do CPP pela lei 12.403/11 (nova lei de prises), a autoridade que deter ou prender algum tambm ter que comunicar ao MP, porm no constitui crime algum se o deixar de fazer.

    d) Deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de priso ou deteno ilegal que lhe seja comunicada;

    e) Levar priso e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiana, permitida em lei;

    f) Cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa, desde que a cobrana no tenha apoio em lei, quer quanto espcie quer quanto ao seu valor;

    g) Recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo de importncia recebida a ttulo de carceragem, custas, emolumentos ou de qualquer outra despesa;

    Como no existe em lei a cobrana de custas ou emolumentos carcerrios, qualquer que seja a cobrana nesse sentido, incidir o agente no inciso f, e o inciso g, por esse mesmo motivo, perde a razo de ser, entrando em total desuso.

    h) O ato lesivo da honra ou do patrimnio de pessoa natural ou jurdica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competncia legal;

    i) Prolongar a execuo de priso temporria, de pena ou de medida de segurana, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade.

    Se for priso preventiva incidir na alnea a. OBS.: No h crime de abuso de autoridade na forma culposa.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    DOS EFEITOS EXTRAPENAIS

    O principal efeito a perda do cargo, funo ou emprego pblico e nesse ponto cabe uma importante diferenciao. Como efeito geral se tem:

    Perda do cargo e a inabilitao para o exerccio de qualquer outra funo pblica por prazo at trs anos. Agora quando se tratar de atividade policial poder ser cominada pena autnoma ou acessria, a saber: Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, poder ser

    cominada a pena autnoma ou acessria, de no poder o acusado exercer funes de natureza policial ou militar no municpio da culpa, por prazo de um a cinco anos.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    I. LEI DE TORTURA (LEI 9455/97)

    A vedao da tortura comeou a ser discutida em mbito internacional a partir da segunda guerra mundial, pois a partir da iniciou-se a preocupao com a proteo dos direitos humanos por causa das barbries ocorridas durante a guerra.

    TORTURA PRESCREVE?

    Para respondermos a essa pergunta, antes faremos uma anlise dos dispositivos que preveem a tortura. A Constituio Federal prev a tortura em seu art. 5, III Ningum ser submetido a tortura, nem a tratamento

    desumano ou degradante. Como podemos perceber do dispositivo, nada ela fala sobre a prescrio. Para a Constituio Federal somente so imprescritveis a ao de grupos armados, civis ou militares, contra ordem constitucional e o estado democrtico de direito e o racismo. Portanto, para a Constituio Federal a tortura prescreve.

    A contrario sensu, os tratados internacionais de direito humanos consideram a tortura imprescritvel. Logo, coube ao STF definir essa questo e esse o entendimento que voc ir levar para a prova. O STF quando do julgamento sobre a constitucionalidade da lei de Anistia entendeu que a tortura prescreve.

    CRIMES DE TORTURA

    ANLISE DOS CRIMES DE TORTURA

    Art. 1 Constitui Crime de Tortura:

    I. constranger algum com emprego de violncia ou grave ameaa, causando-lhe sofrimento fsico ou mental:

    OBS.: luz da doutrina moderna o crime se consuma com o constrangimento, independentemente da ocorrncia do resultado, sendo considerado crime formal.

    a) Tortura persecutria ou Tortura prova: com o fim de obter informao, declarao ou confisso da vtima ou de terceira pessoa;

    b) Tortura crime: para provocar ao ou omisso de natureza criminosa (no existe tortura crime contra contraveno penal DL 3.688/41, s contra fato delituoso);

    Exemplo: Wallace, mediante coao moral irresistvel, coage Dos anjos a matar Evandro. Nesse caso, Dos anjos no responder por nada, pois agiu sob coao moral irresistvel e ser isento de pena. J Wallace responder pelo homicdio mediante autoria mediata e tambm por tortura, pois torturou Dos anjos a praticar um crime.

    c) Tortura racismo: em razo de discriminao racial ou religiosa.

    CUIDADO: No h tortura por motivos homossexuais, por procedncia nacional, por vingana ou paga promessa.

    II. submeter algum, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violncia ou grave ameaa, a intenso sofrimento fsico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de carter preventivo.

    OBS.: O crime se consuma no momento em que a pessoa submetida guarda, ao poder ou autoridade efetivamente passa por INTENSO sofrimento fsico ou mental.

    ATENO: O crime de maus tratos preceituado no art.136 do Cdigo Penal no foi revogado pela Lei de Tortura (9.455/97):

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    Maus tratos: Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a sade de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilncia, para fim de educao, ensino, tratamento ou custdia, quer privando-a de alimentao ou cuidados indispensveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correo ou disciplina:

    Como se percebe as finalidades so diferentes, porm se for verificado que houve intenso sofrimento fsico ou mental estar configurado a tortura.

    Art. 1, 1:

    Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurana a sofrimento fsico ou mental, por intermdio da prtica de ato no previsto em lei ou no resultante de medida legal.

    ATENO: Essa forma de Tortura a nica na lei 9.455/97 que admite a realizao por meio de violncia imprpria, ou seja, o legislador no trouxe uma forma especfica para que o agente delitivo a cometesse, como por exemplo, essa tortura pode ser realizada por hipnose, sonfero ou substncia psicoativa utilizada contra pessoa presa ou sujeita a medida de segurana. Outro detalhe importante que essa modalidade no exige que o agente tenha finalidade. Esse a nica modalidade da lei de tortura que no exige finalidade.

    OBS.: Segundo a doutrina tradicional o sujeito ativo do delito em comento (art.1,1) pode ser qualquer pessoa, enquanto o sujeito passivo somente pode ser a pessoa presa ou sujeita medida de segurana, denominada: sujeito passivo qualificado.

    CRIME DE OMISSO NO DEVER

    Art. 1, 2:

    Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evit-las ou apur-las, incorre na pena de deteno de um a quatro anos.

    OBS.: Essa tortura recebe conceitos doutrinrios de tortura imprpria, anmala ou atpica. CUIDADO: Conforme preceitua o 7 da lei em comento O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a

    hiptese do 2 (tortura omissiva), iniciar o cumprimento da pena em regime fechado. Assim, fica evidente que o legislador, na tortura omissiva, estipulou outro regime de pena (semiaberto) para quem cometer esse delito, caracterizando-se a nica hiptese na lei.

    A tortura omissiva tambm no ser considerada crime equiparado a hediondo.

    TORTURA QUALIFICADA OU PRETERDOLOSA

    Art. 1, 3:

    Resulta-se leso corporal de natureza grave ou gravssima, a pena de recluso de quatro a dez anos; se resulta morte, a recluso de oito a dezesseis anos.

    CUIDADO: A tortura qualificada, por ser preterdolosa, no admite tentativa. ATENO: Consoante a doutrina moderna, a diferena entre o crime de tortura qualificada pelo resultado morte

    (art.1, 3) e o crime de homicdio qualificado pelo emprego da tortura (art. 121, 2, III do Cd. Penal) reside no dolo (animus ou vontade) do agente criminoso. Assim, se o agente desejar o resultado morte, ainda que eventual, estar configurado o delito de homicdio qualificado (pela tortura).

    CAUSAS DE AUMENTO DE PENA

    Art. 1, 4:

    Aumenta-se a pena de um sexto at um tero:

    I. se o crime cometido por agente pblico;

    II. se o crime cometido contra criana, gestante, portador de deficincia, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;

    III. se o crime cometido mediante sequestro.

    CUIDADO: O STJ entende que o aumento de pena se estende, tambm, ao delito de crcere privado (art. 148 CP) e extorso mediante sequestro (art. 159, CP).

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    EFEITOS DA CONDENAO

    Art. 1, 5:

    A condenao acarretar a perda do cargo, funo ou emprego pblico e a interdio para seu exerccio pelo dobro do prazo da pena aplicada.

    OBS.: A doutrina majoritria e a banca examinadora CESPE/UNB entendem que o efeito da condenao automtico, ou seja, no depende de motivao na sentena feita pelo juiz.

    VEDAES

    Art. 1, 6:

    O crime de tortura inafianvel e insuscetvel de graa ou anistia + indulto (acrescentado pelo STF)

    REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA

    Art. 1, 7:

    O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hiptese do 2, iniciar o cumprimento da pena em regime fechado.

    PRINCPIO DA EXTRATERRITORIALIDADE

    Art. 2

    O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime no tenha sido cometido em territrio nacional, sendo a vtima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdio brasileira.

    O princpio da extraterritorialidade est previsto no CP em seu art. 7, sendo que as causas que no dependero de nenhuma condio so chamados de territorialidade incondicionada e esto no inciso I:

    a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da Repblica;

    b) contra o patrimnio ou a f pblica da Unio, do Distrito Federal, de Estado, de Territrio, de Municpio, de empresa pblica, sociedade de economia mista, autarquia ou fundao instituda pelo Poder Pblico;

    c) contra a administrao pblica, por quem est a seu servio;

    d) de genocdio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

    O que a lei de tortura fez foi aumentar esse rol prevendo mais um caso de extraterritorialidade incondicionada.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    I. EXERCCIOS RELATIVOS AO ENCONTRO

    Julgue o item a seguir:

    1. A ao penal para todos os delitos previstos na lei que dispe acerca das sanes penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente , exclusivamente, pblica incondicionada.

    2. Considerando a disciplina legal dos crimes contra o meio ambiente, assinale a opo correta.

    a) Incidem nas penas previstas em lei, na medida de sua culpabilidade, as pessoas que, tendo conhecimento da conduta criminosa de algum contra o ambiente e podendo agir para evit-la, deixem de impedir sua prtica.

    b) As sanes penais aplicveis s pessoas fsicas pela prtica de crimes ambientais so as penas restritivas de direitos e multa, mas no, as privativas de liberdade.

    c) Por se tratar de ente fictcio, a pessoa jurdica no pode ser sujeito ativo dos crimes ambientais. d) O ato de soltar bales somente se caracteriza como crime contra o meio ambiente se, em consequncia da

    conduta, houver incndio em floresta ou em outras formas de vegetao, em reas urbanas ou em qualquer tipo de assentamento humano.

    e) A responsabilidade penal por crimes ambientais est integralmente amparada no princpio da culpabilidade; desse modo, os tipos penais previstos na lei que dispe sobre os crimes ambientais (Lei n. 9.605/1998) s se consumam se os delitos forem praticados dolosamente.

    3. As penas restritivas de direito especificamente aplicveis aos crimes ambientais, previstas na Lei n. 9.605/1998, no incluem:

    a) o recolhimento domiciliar. b) a prestao pecuniria vtima ou entidade pblica ou privada com fim social. c) a prestao de servios comunidade junto a parques pblicos. d) a suspenso total de atividade que no obedecer prescrio legal. e) a proibio de participar de licitao por prazo indeterminado.

    4. O trfico de animais silvestres , hoje, o terceiro de maior relevncia, aps o de drogas e o de armas. A Polcia Militar de Minas Gerais (Polcia de Meio Ambiente) realizou recentemente a operao Senhor dos Anis, na qual apreendeu centenas de pssaros da fauna silvestre. Alm do procedimento criminal adequado, o Ministrio Pblico ajuizou ao civil pblica requerendo, contra os infratores processados, a fixao de indenizao. A respeito desse tipo de indenizao, marque a opo correta.

    a) arbitrada pelo Poder Judicirio. b) fixada em Tabela do IBAMA. c) estipulada pelo prprio Ministrio Pblico, segundo a sua planilha de clculos. d) fixada, por delegao do Estado, pelo IEF (Instituto Estadual de Florestas).

    5. Uma madeireira, por deciso unnime de sua diretoria, resolve cortar rvores de rea de preservao permanente e vender toda a madeira cortada, com obteno de vantagem patrimonial incorporada ao patrimnio da empresa.

    Acerca dessa situao hipottica e com base na proteo penal do meio ambiente prevista na Lei n. 9.605/1998, assinale a alternativa correta em relao responsabilizao criminal.

    a) A madeireira no pode ser responsabilizada criminalmente. b) Os diretores da madeireira no podem ser responsabilizados criminalmente. c) S a madeireira pode ser responsabilizada criminalmente. d) Tanto a madeireira quanto seus diretores esto amparados por lei, pois no h crime ambiental na situao em

    exame. e) A madeireira e os seus dirigentes podero ser responsabilizados criminalmente.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    6. Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta.

    I. Em razo da prtica de crime previsto na Lei 9.605/1998, as pessoas jurdicas podem receber multa, penas restritivas de direitos ou de prestao de servios comunidade nos casos em que a infrao seja cometida por deciso de seu representante legal ou contratual ou de seu rgo colegiado, no interesse ou benefcio da sua entidade.

    II. As penas previstas na Lei 9.605/1998 podero ser aplicadas s pessoas jurdicas de forma isolada, cumulativa ou alternativa e sero convertidas, em caso de injustificado descumprimento, em penas privativas de liberdade dos responsveis pela pessoa jurdica punida.

    III. As penas restritivas de direitos previstas na Lei 9.605/1998 para a pessoa jurdica infratora so a suspenso parcial ou total de atividades e a interdio temporria de estabelecimento, obra ou atividade, bem como a proibio de contratar com o Poder Pblico e de obter subsdio, subveno ou doaes.

    IV. O Fundo Penitencirio Nacional ser o beneficirio do patrimnio da pessoa jurdica que tiver liquidao forada por ter sido utilizada preponderantemente com o fim de ocultar a prtica de crime previsto na Lei 9.605/1998.

    Poder ser desconsiderada a pessoa jurdica sempre que a sua personalidade for obstculo ao ressarcimento de prejuzos causados qualidade do meio ambiente.

    a) Esto corretas apenas as assertivas II e V. b) Esto corretas apenas as assertivas I, II e V. c) Esto corretas apenas as assertivas I, III e V. d) Esto corretas apenas as assertivas I, III, IV e V. e) Esto corretas todas as assertivas.

    7. Assinale a alternativa correta com relao s sanes penais e administrativas relativas a crimes ambientais:

    a) As penas de interdio temporria de direito so o de fechamento temporrio da empresa e a proibio de contratar com o Poder Pblico, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefcios, bem como de participar de licitaes, pelo prazo de cinco anos.

    b) A responsabilidade das pessoas jurdicas exclui a das pessoas fsicas, autoras, coautoras ou partcipes do mesmo fato.

    c) A pessoa jurdica constituda ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a prtica de crime definido na legislao ambiental no poder ter decretada sua liquidao forada.

    d) No poder ser desconsiderada a pessoa jurdica sempre que sua personalidade for obstculo ao ressarcimento de prejuzos causados qualidade do meio ambiente.

    e) As pessoas jurdicas podero ser responsabilizadas penalmente conforme o disposto na legislao pertinente, nos casos em que a infrao seja cometida por deciso de seu representante legal ou contratual, ou de seu rgo colegiado, no interesse ou benefcio da sua entidade.

    8. Considerando a Lei 4898 de 1965 que trata do crime de abuso de autoridade, analise as afirmativas abaixo e assinale a incorreta:

    a) Constitui abuso de autoridade qualquer atentado, praticado por funcionrio pblico, a incolumidade fsica do indivduo.

    b) O abuso de autoridade sujeita o criminoso responsabilidade civil, administrativa e penal, todas tratadas inclusive pela lei 4.898/65.

    c) Levar priso e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiana, permitida em lei, constitui crime de abuso de autoridade.

    d) Ordenar ou executar medida privativa de liberdade, com as formalidades legais, constitui abuso de autoridade. e) A sano penal poder constituir na perda do cargo e na inabilitao para o exerccio de qualquer outra funo

    por prazo at trs anos.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    9. Relativamente legislao penal extravagante, assinale a afirmativa incorreta.

    a) Considera-se autoridade, para os efeitos da Lei n 4898/65, o serventurio da justia. b) Constitui crime de tortura constranger algum com emprego de grave ameaa, causando-lhe sofrimento mental,

    em razo de discriminao religiosa. c) Constitui crime previsto no Estatuto da Criana e do Adolescente submeter tortura criana ou adolescente sob

    sua autoridade, guarda ou vigilncia. d) De acordo com a doutrina, os sistemas de definio dos crimes hediondos so o legal, o misto e o judicial, sendo

    certo que o ordenamento jurdico brasileiro adotou o sistema legal. e) A pena do crime de tortura aumentada se o crime cometido mediante sequestro.

    Acerca da lei de abuso de autoridade (lei 4898/65) Julgue o item a seguir.

    10. As chamadas prises para averiguaes realizadas por policiais caracterizam o crime de abuso de autoridade, quando no for caso de priso em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciria.

    11. Nos termos do que prev a Lei n. 9.455/97, que define os crimes de tortura, correto afirmar que:

    a) a prtica de tortura mediante sequestro causa de aumento de pena. b) o homicdio praticado mediante tortura passou a ser disciplinado por esse estatuto legal. c) somente se caracteriza a tortura quando dela resultar leso corporal. d) quando a leso decorrente da tortura for de natureza leve, somente se procede mediante representao da

    vtima. e) o agente ativo do crime deve ser, obrigatoriamente, agente pblico.

    Acerca das legislaes penais extravagantes, julgue os itens a seguir.

    12. Assinale a alternativa incorreta.

    a) O crime de tortura, que imprescritvel, segundo a legislao penal brasileira somente pode ser praticado por funcionrio pblico ou outra pessoa no exerccio de funo pblica.

    b) A Constituio Federal tem como clusula ptrea a garantia de que ningum ser submetido tortura nem a tratamento desumano ou degradante.

    c) A decretao da perda do cargo, funo ou emprego pblico efeito automtico da sentena condenatria dos crimes de tortura.

    d) Define-se como tortura qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos, fsicos ou mentais, so infligidos intencionalmente a uma pessoa a fim de obter, dela ou de terceira pessoa, informaes ou confisses; de castig-la por ato que ela ou terceira pessoa tenha cometido, ou melhor, suspeita de ter cometido; de intimidar ou coagir essa pessoa ou outras pessoas; ou por qualquer motivo baseado em discriminao de natureza racial ou religiosa.

    e) Aplica-se a lei brasileira ao crime de tortura praticado no exterior, sendo a vtima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdio brasileira.

    13. Com relao ao crime de tortura, definido na Lei n. 9.455/97, considere as seguintes assertivas:

    I. A pena aumentada se o crime cometido por agente pblico; II. Se a vtima for adolescente, no se verifica causa de aumento de pena; III. Se o crime cometido mediante sequestro, a pena aumentada de um sexto a um tero.

    correto o que se afirma em:

    a) todas as assertivas. b) I, apenas. c) II, apenas. d) III, apenas. e) I e III, apenas.

  • Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com fins comerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    GABARITO

    1 - CORRETO

    2 - A

    3 - E

    4 - A

    5 - E

    6 - D

    7 - E

    8 - D

    9 - C

    10 - CORRETO

    11 - A

    12 - A

    13 - E