2° encontro nordestino de espeleologia -sbe noticias_311

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01 de Fevereiro de 2015 | N° 311 | www.cavernas.org.br SBE SBE 1 SBE SBE Bolem Eletrônico da Sociedade Brasileira de Espeleologia Helbert Lopes ISSN 1809-3213 - Ano 10 - nº 311 - 01 de Fevereiro de 2015 SBE REALIZA O 2° ENCONTRO NORDESTINO DE ESPELEOLOGIA Por Chrisane Donato (SBE 1714) e Mário Dantas D urante os dias 12 a 14 de janeiro de 2015 a SBE, em parceria com a Uni- versidade Federal de Sergipe, realizou o 2° Encontro Nordesno de Espeleologia na cidade de São Cristóvão, e teve como tema “O Sistema Cársco e o Ser Huma- no”. Como objevos principais do evento, a organização pretendeu retomar os en- contros regionais e divulgar informações cienficas para a comunidade. O 2º ENE contou com um público for- mado por espeleólogos, pesquisadores, estudantes, aventureiros, monitores e curiosos de sete estados brasileiros: Ser- gipe, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraí- ba, Rio Grande do Norte e São Paulo. O evento foi de grande relevância para o fortalecimento da espeleologia e dos es- tudos no sistema cársco. Nas avidades que foram desenvolvidas, 24 profissionais parciparam com o auxílio de 13 monito- res voluntários. O público foi de 144 parcipantes incluindo espeleólogos, pesquisadores, estudantes, aventureiros, monitores e curiosos. O encontro teve parcipação de 10 grupos de espeleologia, estudantes e professores das universidades do Nordes- te e São Paulo, endades governamen- tais, endades não governamentais e empresa privada. Houve apresentações de palestras, mesas redondas, conferências, minicursos com profissionais de Espeleologia, Geo- morfologia, Hidrologia, Espeleoturismo, Espeleobiologia, Geologia, Paleoclimato- logia e Paleontologia, pertencentes a diversas instuições, lançamento de um livro sobre Espeleoturismo e o mais im- portante, a conferência entre os grupos de Espeleologia da região Nordeste. A conferência entre os grupos nor- desnos contou com a parcipação do Centro da Terra – Grupo Espeleológico de Sergipe (Sergipe), Grupo Mundo Sub- terrâneo de Espeleologia - GMSE (Bahia), Sociedade Espeleológica Azimu- te - SEA (Bahia), Grupo de Expedições de Pesquisas Espeleológicas - GEPE (Alagoas), Sociedade Espeleológica Po- guar - SEP (Rio Grande do Norte), e Soci- edade Baiana de Espeleologia - SBAE (Bahia). Os parcipantes fizeram vários elogios à organização, assim como crícas e suges- tões para os próximos even- tos. Ao final do evento foi dis- tribuída uma folha de avalia- ção, á qual 56 parcipantes responderam. Dentre os que responderam 60,1% não tra- balham com Espeleologia e de maneira geral, 98% considera- ram o evento muito bom co- mentando a boa iniciava dos organizadores, a oportunidade para troca de ideias, informações e a possibi- lidade do encontro entre os grupos de espeleologia da região e de outros esta- dos. A TV Globo do estado de Sergipe, também esteve presente no Segundo Encontro Nordesno de Espeleologia e fez uma matéria sobre o evento. O programa Estação Agrícola explici- tou a importância da espeleologia para a região e para toda a sociedade. A principal sugestão dos presentes no encontro foi que no próximo evento ocor- ressem avidades de campo. Algumas sugestões de temas também foram capta- das e as mais pedidas foram: Antropolo- gia, Arqueologia, Espeleotemas raros, mapeamento de cavernas e resgate. Já há propostas para a organização do 3° Encontro Nordesno de Espeleolo- gia que pode ocorrer em 2016, e, que assim ele ocorra de dois em dois anos, intercalando com a realização do Con- gresso Brasileiro de Espeleologia também organizado pela SBE. Que venha o próximo! Conferencia reuniu grupos nordesnos de espeleologia Helbert Lopes Assista a reportagem da TV Globo Marcelo Rasteiro

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Espeleologia - Sergipe - 2° ENE - 2015

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  • 01 de Fevereiro de 2015 | N 311 | www.cavernas.org.br SBESBE 1

    SBESBE Boletim Eletrnico da Sociedade Brasileira de Espeleologia

    Hel

    ber

    t Lo

    pes

    ISSN 1809-3213 - Ano 10 - n 311 - 01 de Fevereiro de 2015

    SBE REALIZA O 2 ENCONTRO NORDESTINO DE ESPELEOLOGIA

    Por Christiane Donato (SBE 1714) e Mrio Dantas

    D urante os dias 12 a 14 de janeiro de 2015 a SBE, em parceria com a Uni-versidade Federal de Sergipe, realizou o 2 Encontro Nordestino de Espeleologia na cidade de So Cristvo, e teve como tema O Sistema Crstico e o Ser Huma-no.

    Como objetivos principais do evento, a organizao pretendeu retomar os en-contros regionais e divulgar informaes cientficas para a comunidade.

    O 2 ENE contou com um pblico for-mado por espelelogos, pesquisadores, estudantes, aventureiros, monitores e curiosos de sete estados brasileiros: Ser-gipe, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Para-ba, Rio Grande do Norte e So Paulo. O evento foi de grande relevncia para o fortalecimento da espeleologia e dos es-tudos no sistema crstico. Nas atividades que foram desenvolvidas, 24 profissionais participaram com o auxlio de 13 monito-res voluntrios.

    O pblico foi de 144 participantes incluindo espelelogos, pesquisadores, estudantes, aventureiros, monitores e curiosos. O encontro teve participao de 10 grupos de espeleologia, estudantes e professores das universidades do Nordes-te e So Paulo, entidades governamen-tais, entidades no governamentais e empresa privada.

    Houve apresentaes de palestras, mesas redondas, conferncias, minicursos com profissionais de Espeleologia, Geo-morfologia, Hidrologia, Espeleoturismo,

    Espeleobiologia, Geologia, Paleoclimato-logia e Paleontologia, pertencentes a diversas instituies, lanamento de um livro sobre Espeleoturismo e o mais im-portante, a conferncia entre os grupos de Espeleologia da regio Nordeste.

    A conferncia entre os grupos nor-destinos contou com a participao do Centro da Terra Grupo Espeleolgico de Sergipe (Sergipe), Grupo Mundo Sub-terrneo de Espeleologia - GMSE (Bahia), Sociedade Espeleolgica Azimu-te - SEA (Bahia), Grupo de Expedies de Pesquisas Espeleolgicas - GEPE (Alagoas), Sociedade Espeleolgica Poti-guar - SEP (Rio Grande do Norte), e Soci-edade Baiana de Espeleologia - SBAE (Bahia).

    Os participantes fizeram vrios elogios organizao, assim como crticas e suges-tes para os prximos even-tos. Ao final do evento foi dis-tribuda uma folha de avalia-o, qual 56 participantes responderam. Dentre os que responderam 60,1% no tra-balham com Espeleologia e de maneira geral, 98% considera-ram o evento muito bom co-mentando a boa iniciativa dos organizadores, a oportunidade para troca de ideias, informaes e a possibi-lidade do encontro entre os grupos de espeleologia da regio e de outros esta-dos.

    A TV Globo do estado de Sergipe, tambm esteve presente no Segundo

    Encontro Nordestino de Espeleologia e fez uma matria sobre o evento.

    O programa Estao Agrcola explici-tou a importncia da espeleologia para a regio e para toda a sociedade.

    A principal sugesto dos presentes no encontro foi que no prximo evento ocor-ressem atividades de campo. Algumas sugestes de temas tambm foram capta-das e as mais pedidas foram: Antropolo-gia, Arqueologia, Espeleotemas raros, mapeamento de cavernas e resgate.

    J h propostas para a organizao do 3 Encontro Nordestino de Espeleolo-gia que pode ocorrer em 2016, e, que assim ele ocorra de dois em dois anos, intercalando com a realizao do Con-gresso Brasileiro de Espeleologia tambm organizado pela SBE.

    Que venha o prximo!

    Conferencia reuniu grupos nordestinos de espeleologia

    Hel

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    Assista a reportagem da TV Globo

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    http://www.cavernas.org.brhttp://globotv.globo.com/tv-sergipe/estacao-agricola/v/encontro-de-cavernas-e-realizado-em-aracaju/3900182/

  • 01 de Fevereiro de 2015 | N 311 | www.cavernas.org.br SBESBE 2

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    Por Marcelo Rasteiro (SBE 1089)

    D urante o 2 Encontro Nordestino de Espeleologia houve o lana-mento do livro "O Relato da Experincia

    dos Cursos de Espeleoturismo para Guias

    e Condutores na Regio da Bacia do So

    Francisco" de Marcela Coutinho, Patrcia

    Pereira e Isabela Sette.

    LANADO LIVRO SOBRE CURSO DE ESPELEOTURISMO

    Seo de autgrafos durante o 2 ENE

    O livro apresenta os cursos realiza-

    dos pelo Instituto Brasileiro de Desen-

    volvimento e Sustentabilidade (IABS),

    um dos projetos que integram o Plano

    de Ao Nacional Cavernas do So Fran-

    cisco.

    Um exemplar do livro foi gentilmen-te doado SBE pelas autoras e j est disponvel para consulta na biblioteca Guy-Collet.

    Na solenidade de lanamento, os

    presentes receberam o livro autografa-

    do pelas autoras Marcela e Patrcia, mas

    quem no teve esta oportunidade pode

    acessar o livro gratuitamente em PDF na

    editora do IABS:

    Clique aqui para acessar

    Hel

    ber

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    BRASIL TEM UM NOVO

    BAGRINHO TROGLBIO Por Pedro Pereira Rizzato e Maria Elina

    Bichuette (SBE 0585)

    U ma nova espcie de peixe ex-clusivamente subterrneo (isto , troglbio) foi descrita para o Brasil.

    Batizada de Ituglanis boticario, a nova

    espcie ocorre apenas em dois sistemas

    de cavernas nas reas crsticas do muni-

    cpio de Mamba, nordeste de Gois: o

    Sistema Nova Esperana e o Sistema da

    Gruna da Tarimba.

    O nome da espcie uma homena-

    gem Fundao Grupo Boticrio de Pro-

    teo Natureza, que financiou um pro-

    jeto de Diagnstico Ambiental do Sistema

    da Gruna da Tarimba, envolvendo dife-

    rentes grupos de espeleologia nacionais,

    gelogos, turismlogos, entre outros

    pesquisadores, alm de uma equipe res-

    ponsvel pelo levantamento da fauna

    subterrnea, liderada pela Profa. Dra.

    Maria Elina Bichuette (SBE 0585) e com-

    posta por Diego M. Von Schimonsky,

    Jonas E. Gallo e Pedro P. Rizzato, todos

    do Laboratrio de Estudos Subterrneos

    da UFSCar.

    Alm de permitir a coleta de exem-

    plares da nova espcie, o projeto permi-

    tiu identificar vrios aspectos que fazem

    do Sistema Gruna da Tarimba altamente

    prioritrio para Conservao, entre eles

    o fato de ser a sexta maior caverna do

    Brasil e a segunda maior do estado de

    Gois.

    A prpria ocorrncia da nova esp-

    cie, I. boticario, na Gruna da Ta-

    rimba j a torna uma caverna de

    mxima prioridade para conserva-

    o segundo a legislao vigente

    no pas, o que significa que no

    pode ser sujeita a alteraes am-

    bientais irreversveis que afetem

    sua integridade fsica ou seu equi-

    lbrio ecolgico.

    Dessa forma, a descrio cien-

    tfica dessa nova espcie no s

    A espcie apresenta caractersticas

    troglbias, como olhos reduzidos e

    barbilhes mais longos

    contribui

    para o co-

    nhecimento da biodiversidade subterr-

    nea nacional e mundial, mas tambm

    contribui para a preservao tanto do

    Sistema da Gruna da Tarimba em si, como

    do seu ambiente de entorno, que consiste

    de uma rea de Cerrado nativo, um dos

    biomas mais ameaados e degradados do

    pas. O trabalho, que tambm foi financia-

    do pela Fundao de Amparo Pesquisa

    do Estado de So Paulo (FAPESP), foi pu-

    blicado na Revista Brasileira de Zoologia e

    pode ser conferido na verso impressa da

    mesma, ou acessado pelo seguinte ende-

    reo: www.scielo.br/pdf/zool/

    v31n6/06.pdf. A equipe de pesquisadores

    agradece a colaborao do associado SBE

    Ricardo Martinelli (1308) por fotos do

    ambiente encontradas no pdf.

    Comparao de pigmentao

    Do

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    http://www.cavernas.org.brhttp://www.editoraiabs.com.br/portal/index.php/publicacoes/category/1-turismohttp://www.cavernas.org.br/sbenoticias/SBENoticias_266.pdfhttp://www.cavernas.org.br/sbenoticias/SBENoticias_266.pdfhttp://www.cavernas.org.br/sbenoticias/SBENoticias_266.pdfhttp://www.cavernas.org.br/sbenoticias/SBENoticias_306.pdfhttp://www.cavernas.org.br/sbenoticias/SBENoticias_306.pdfhttp://www.scielo.br/pdf/zool/v31n6/06.pdfhttp://www.scielo.br/pdf/zool/v31n6/06.pdf

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    VANDALISMO EM STIOS DA PARABA

    Por Juvandi de Souza (SBE 1228)

    Q uem conhece a Paraba, especial-mente os Sertes (interior) sa-bem da existncia de um rico patrimnio natural e cultural dos mais relevantes do Brasil.

    O Vale dos Dinossauros, as Itaco-atiaras do Ing, o Lajedo de Pai Mateus, a Pedra da Boca, as cidades histricas de Areia, Cabaceiras, Bananeiras etc., e os stios espeleolgicos em granito de rara beleza, a exemplo dos existentes em Queimadas, Fagun-des, Araruna, Damio etc., so visitados por milhares de pessoas que desavisados ou por no receberem nenhuma noo de Educao Ambiental e Patrimonial, depre-dam os locais, trans-formando, em muitos dos casos esses ambi-entes em reas de risco.

    Recentemente, visitamos uma nova

    rea que vem sendo aberta para a prtica de esportes radicais (montanhismo, rapel, tirolesa), tratando-se o local no municpio de Damio (Agreste da Paraba), de rara beleza cnica.

    Os problemas que encontramos ao visitarmos o imenso abrigo rochoso deno-

    minado de Poo Doce, voltado para o vale do rio Curimata, so os j conheci-dos: apesar de o local ser de difcil aces-so, os visitantes muitas vezes levam em suas mochilas, tinta, carvo, cinzel e martelo para vandalizar o local.

    O resultado o incio da destruio de um dos locais mais bonitos do interi-

    or da Paraba que ainda guarda resqu-cios do bioma caatinga quase intocvel.

    Mas nossa principal preocupao com relao inrcia dos rgos fiscalizadores, pois o risco de des-truio dos painis rupestres do imenso abrigo rochoso real.

    No pretendemos o fechamento do local para aqueles que praticam esportes radicais, nem tam-pouco para os visi-tantes dos magnfi-cos painis rupestres da Tradio Agreste,

    apenas lutamos para que os rgos pblicos

    assumam sua parte: o de fiscalizar e proceder com atividades educativas e no deixar que cavidades naturais e s-tios arqueolgicos do Vale do Curima-ta, na Paraba, sigam o terrvel destino de outros tantos monumentos naturais e culturais do Estado, a sua completa des-truio.

    STIOS ARQUEOLGICOS

    REVELAM BELEZAS E

    HISTRIA EM ALTINPOLIS

    A cidade de Altinpolis, a 309 qui-lmetros de Campo Grande, tem paisagens maravilhosas que s agora es-to sendo abertas para o turismo.

    Pelos campos e chapadas da regio foram encontrados vestgios da presena do homem h mais de 12 mil anos. Eram tribos de caadores e coletores, que usa-vam o local como caminho. Os paredes de rocha tm abrigos e foram encontra-das pinturas rupestres. So desenhos e impresses dos primeiros moradores do Brasil central.

    Seguindo a rota da soja, pelas BR 163 e 060, chega-se a Altinpolis. So 390 quilmetros de rodovias novas. Alguns trechos esto em obras para a duplicao.

    Para entrar nos stios arqueolgicos preciso pagar a diria do guia, no valor de R$ 84. Por causa do terreno, o ideal um carro com trao nas quatro rodas.

    Seguindo uma estrada de terra, logo possvel ver o primeiro paredo. Aps uma leve subida pelo cerrado, o turista chega gruta do Barro Branco, onde j se v as pinturas rupestres: uma ona, uma tartaruga, um pssaro. No canto, a mo de uma pessoa, pintada h milhares de anos.

    Na gruta do Pitoco, o turista deixa o carro e sobe pela trilha at chegar a um abrigo. O local tem limite de visitantes por dia, apenas dez pessoas. O local tem o que os estudiosos chamam de tradio So Francisco, desenhos coloridos que tambm so encontrados no Sul do Brasil. H uma teoria de que esse era um ponto de encontro, de convergncia de diferen-tes grupos.

    Fonte: G1 Jornal Hoje 16/01/2015

    Pichao em um dos painis rupestre do stio Poo Doce,

    Damio, Paraba

    Equipe do Grupo Paraba de Espeleologia realizando atividade

    de levantamento do stio Poo Doce, Damio, Paraba

    Juva

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    Local tem mais de duas mil pinturas e

    gravuras em cavernas e tneis

    http://www.cavernas.org.brhttps://www.google.com/url?rct=j&sa=t&url=http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2015/01/sitios-arqueologicos-revelam-belezas-e-historia-em-alcinopolis-ms.html&ct=ga&cd=CAEYACoUMTQ0OTQ0MTY3NTE2OTY0MTkwNTEyHTExODYxZDBmZWU1NTNlMjk6Y29tLmJyOnB0OkJS&usg=AFQjC

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    GT DE ELABORAO DAS

    REGRAS DE VISITAO DO

    PARQUE PERUAU ENTRA

    NA 2 FASE DOS TRABALHOS

    Por Lo Giunco ( SBE 0509)

    O GT Grupo de Trabalho, que est elaborando as normas e regras de visitao do Parque Nacional Cavernas do Peruau, iniciou o ano com muito trabalho.

    Logo no dia 04 de janeiro o grupo j estava reunido discutindo e elaborando as regras e normas que sero avaliadas pelo Conselho Consultivo do Parque e pelo ICM-Bio e que devero entrar em vigor juntamente com a abertura do Par-que ao pblico previsto para o 2 semes-tre deste ano.

    O trabalho tem como plataforma o plano de manejo e as normas e regras usadas em outros parques nacionais. A SBE participa representada por 2 espele-logos. A reunio teve a participao, alm dos membros do GT e do ICM-bio, tambm do comandante do quartel do Corpo de Bombeiros de Januria-MG te-nente J. Carlos onde foram elaboradas as estratgias de trabalho.

    Sero uma srie de 3 visitas tcnicas s cavernas do parque e que daro supor-te ao documento final que conter: plano de contingncia, protocolos, plano de ao, indicao de materiais e estrutura necessria para o bom funcionamento do parque com segurana aos visitantes e turistas, dentre outros. As visitas tcnicas ocorreram nos dias 22, 26 e 28 de janei-ro.

    Lo

    Giu

    nco

    Membros discutem normas para o parque

    MICROCLIMA DE AMBIENTES

    CAVERNCOLAS, CASO DA GRUTA

    JANE MANSFIELD LOCALIZADA EM

    INTERVALES

    O artigo Microclima de ambien-tes caverncolas: estudo de caso da gruta Jane Mansfield, parque estadual de Intervales, SP dos autores Brbara Nazar e Emerson Galvani, obje-tivou caracterizar o microclima da gruta Jane Mansfield do Parque Estadual de Intervales, SP, em condies naturais e na presena de turistas. Para isso, foram coletados dados de temperatura e umi-dade relativa do ar a cada seis minutos por meio de registradores automticos.

    Os dados foram comparados ao de uma estao meteorolgica instalada no meio externo. Tambm foi medida a concentrao de gs carbnico da gruta. A gruta Jane Mansfield se caracteriza por uma estabilidade trmica e hdrica em seu interior, praticamente sem influn-cias do meio externo, j que a caverna no apresenta claraboias.

    A concentrao de gs carbnico aumenta na medida em que se adentra na cavidade, apresentando, depois, uma reduo. Na presena de um pequeno grupo de visitantes (3 pessoas), as condi-es microclimticas da caverna perma-neceram estveis, o que demonstra au-

    sncia de impactos na atmosfera cavern-cola decorrentes da visitao turstica.

    Devido s suas caractersticas fsicas, as cavernas so ambientes nicos, com entra-da de nutrientes dificultada e ausncia total de luz nas zonas mais profundas, apresentando um microclima especfico. A iluminao e a presena de visitantes, den-tre outras variveis, modificam as condi-es ambientais das cavidades o que leva a uma degradao progressiva, favorecendo, inclusive, a destruio de espeleotemas. Essas variaes ambientais correspondem a alteraes na temperatura e umidade relativa do ar, na taxa de gs carbnico e na proliferao de algas.

    Fonte: Anais 32CBE

    Pontos de instalao dos termo-higrmetros

    CONHEA OS FINALISTAS DO V

    CONCURSO INTERNACIONAL DE

    FOTOGRAFIA DE FAUNA E FLORA

    CAVERNCOLA

    F inalizado o prazo para a apresen-tao das fotografias do V Con-curso Internacional de Fotografia de

    Fauna e Flora Caverncola, organizado

    pelo G.E.V e divulgado pela SBE, os jura-

    dos escolheram as melhores imagens

    para representar o mundo subterrneo.

    Desta vez, a taxa de participao tam-

    bm foi muito alta (cerca de 180 fotos) de

    28 pases diferentes. Para os jurados, foi

    difcil escolher os finalistas e ser ainda

    mais difcil escolher os vencedores. Em 21

    de fevereiro de 2015, nas Jornadas de Di-

    vulgao de Espeleologia e Caving VI Gala

    que ter lugar em Villacarrillo (Jan, Espa-

    nha), as fotografias finalistas sero expos-

    tas e a organizao do evento anunciar o

    vencedor.

    Acesse o blog e conhea as fotos esco-

    lhidas para concorrer a final: bioespeleolo-

    gia.blogspot.com.es/2015/01/finalistas-

    del-v-concurso-internacional.html

    Fonte: La Bioespeleologia 30/01/2015

    Brasileiro est entre os finalistas

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    http://www.cavernas.org.brhttp://www.cavernas.org.br/anais32cbe/32cbe_331-339.pdfhttp://www.cavernas.org.br/anais32cbe/32cbe_331-339.pdfhttp://www.cavernas.org.br/anais32cbe/32cbe_331-339.pdfhttp://www.cavernas.org.br/anais32cbe/32cbe_331-339.pdfhttp://www.sbe.com.br/sbenoticias/SBENoticias_306.pdfhttp://bioespeleologia.blogspot.com.es/2015/01/finalistas-del-v-concurso-internacional.htmlhttp://bioespeleologia.blogspot.com.es/2015/01/finalistas-del-v-concurso-internacional.htmlhttp://bioespeleologia.blogspot.com.es/2015/01/finalistas-del-v-concurso-internacional.html

  • 01 de Fevereiro de 2015 | N 311 | www.cavernas.org.br SBESBE 5

    PESQUISA APONTA DIFERENAS

    ENTRE O RELEVO CRSTICO DO

    PLANALTO DE GUAPIARA E A SERRA

    DE PARANAPIACABA

    P esquisa cientfica orientada pelo pesquisador Dr. William Sallun Filho ( SBE 1434) recentemente publicada na revista de Geocincias da UNESP revela diferenas em compartimento geolgi-co no Vale do Ribeira.

    A rea de estudo est localizada na regio das cabeceiras dos rios das Al-mas e So Jos de Guapiara (Bacia hidrogrfica do Rio Paranapanema Planalto de Guapiara) e do Rio Piles (Bacia hidrogrfica do Rio Ribeira de Iguape Serra de Paranapiacaba).

    As rochas que ocorrem nessa rea so carbonticas (Calcrios e Dolomitos) datadas entre 1 bilho e 500 milhes de anos.

    Informaes levantadas em trabalhos de campo permitiram observar que, ape-sar de contnuas entre o Planalto de Gua-piara e a Serra de Paranapiacaba, as ro-chas carbonticas apresentam feies

    crsticas com caractersticas distintas entre estes dois compartimentos, suge-rindo que a geomorfologia pode ter con-tribudo para esta diferenciao entre os setores abordados.

    O Planalto de Guapiara apresenta relevo mais suavizado, onde a gua escor-re mais devagar, com regime hdrico pre-dominantemente fluvial (rios), exibindo um sistema crstico com feies menos

    desenvolvidas e mais dispersas em rela-o regio da serra.

    Na Serra de Paranapiacaba, compar-timento que predomina a topografia mais acidentada, onde a gua escorre mais rpida e regime fluviocrstico (rios e rios subterrneos), permitiram o de-senvolvimento de um sistema crstico mais expressivo com presena de rede

    de condutos e feies associ-adas com maior densidade de ocorrncia em relao regi-o do Planalto de Guapiara. Localizado na regio do Par-que Estadual Intervales, no sul do Estado de So Paulo.

    As pesquisas fazem parte do mestrado de Bruno Daniel Lenhare e contaram com a participao de alunos de graduao e pesquisadores do Instituto de Geocincias da Universidade de So Paulo (IG).

    O estudo foi financiado pela Fundao de Amparo Pesqui-

    sa do Estado de So Paulo (FAPESP) por meio do Auxlio Pesquisa e teve cola-borao da administrao e funcionrios do Parque Estadual Intervales (FF/SMA), Grupo Pierre Martin de Espeleologia (GPME) e tcnicos do Instituto Geolgi-co.

    Fonte: Instituto Geolgico do Estado de SP 23/01/2015

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    Por Gabrielle Mazzetti

    O portal UOL disponibilizou em verso para tablete mas tam-bm acessvel no notebook, uma srie de reportagens especiais, produzidas sema-nalmente sobre diversos assuntos. Um dos assuntos abordados pelo portal e disponibilizado no dia 26 de Janeiro, foi o imenso e curioso subterrneo da cidade de So Paulo.

    Segundo os jornalistas responsveis pelo texto, longe dos olhos de quem pas-sa pelas ruas movimentadas da capital paulista, h uma agitada vida subterr-nea. Trabalhadores correm diariamente debaixo de algumas das principais vias da cidade, sempre em espaos de acesso restrito, para manter o andar de cima funcionando. Nesse lado de baixo, h muitas histrias que poucos conhecem.

    A reportagem visitou sete subsolos de locais muito conhecidos pelos paulista-nos: Casa das Caldeiras, Theatro Munici-pal, Hospital das Clnicas, Catedral da S, estao do metr abandonada, seus tri-lhos e suas obras de canalizao.

    Para todos os locais visitados os jorna-listas responsveis, disponibilizaram a ferramenta explorar, na qual o leitor pode navegar pelas fotos de cada local. Eles tambm explicam em texto cada local, do sua profundidade e fazem coment-rios sobre o que viram no submundo des-ses locais pouco conhecidos mas sempre muito movimentados. Conhea o projeto e assista o subterr-neos aqui:

    Fonte: UOL 26/01/2015

    PORTAL UOL

    EXPLORA

    SUBTERRNEOS

    DA GRANDE SO

    PAULO

    Relevo mais suavizado e com menor grau de

    entalhamento na regio do Planalto de Guapiara

    Relevo mais entalhado na regio da Serra de

    Paranapiacaba, com gradientes mais elevados

    Do

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    uto

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    UO

    L U

    OL

    http://www.cavernas.org.brhttp://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/geociencias/article/view/9514http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/geociencias/article/view/9514http://tab.uol.com.br/subterraneos/

  • 01 de Fevereiro de 2015 | N 311 | www.cavernas.org.br SBESBE 6

    U m trabalho realizado pelos auto-res Lvia Cordeiro, Rodrigo Borghezan e pela associado Eleonora Trajano (SBE 0107) trata da biodiversida-de encontrada na Serra da Bodoquena, bacia do Rio Paraguai no estado de Mato Grosso do Sul, Sudoeste do Brasil.

    No trabalho foram reunidos dados faunsticos sobre os txons registrados em cavernas, freticas, submersas e se-cas, da rea crstica.

    dada maior nfase as espcies ex-clusivamente subterrneas (troglbias), potencialmente ameaadas de extino devido s especializaes morfolgicas,

    fisiolgicas e comportamentais, e a dis-tribuio geralmente restrita.

    A Serra da Bodoquena destaca-se por sua alta diversidade de troglbios, entre peixes siluriformes, planrias aquticas e gastrpodes, aracndeos (opilies Eusarcus, aranhas Ctenidae), diplpodes Polydesmida, diversos colmbolos e alguns insetos, e crust-ceos Peracarida, que incluem destaca-dos relictos filogenticos, como os crus-tceos Speleogriphacea e anfpo-des Megagidiella.

    So reconhecidos quatro comparti-mentos de aparente relevncia biogeo-

    BIODIVERSIDADE SUBTERRNEA NA REA CRSTICA DA SERRA DA BODOQUENA

    grfica para caverncolas, corresponden-do a microbacias na rea.

    A rea da Serra da Bodoquena tem 200 cavernas registadas at agora.

    Muitos ecossistemas subterrneos do Mato Grosso do Sul esto vulnerveis, s vrias ameaas descritas no trabalho dos pesquisadores precisa de aes urgentes para proteo efetiva, e que so necess-rias para garantir uma utilizao sustent-vel da terra e dos aquferos crsticos.

    Leia o trabalho na ntegra aqui.

    Fonte: Scielo 12/2014

    Foto do LeitorFoto do Leitor

    Diverso na Caverna

    Autor: Lo Giunco (SBE 0509) - TRUPE VERTICAL

    Data:21/01/2015

    Refgio Maroaga (AM_2)

    Projeo Horizontal: 387 m.

    Desnvel: 0m.

    Autazes - Amazonas AM

    Mande sua foto com nome,

    data e local para [email protected]

    http://www.cavernas.org.brhttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-06032014000300204&lang=pt

  • 01 de Fevereiro de 2015 | N 311 | www.cavernas.org.br SBESBE 7

    COUTINHO, M. PEREIRA, P. SETTE, I. Relato da Experincia dos Cursos de Espeleoturismo para Guias e Condutores na Regio da Bacia do So Francisco. Braslia: IABS 2014. Revista Karstologia 6 Fdration Franaise de Splologie 1 semestre 2013 Boletim NSS NEWS volume 72 n 12, National Speleological Society, Dezembro 2014 Boletim O Penta, edio comemorativa, Fundao Casa da Cultura de Marab/ Novembro 2014 Revista Eletrnica Brazilian Journal of Geology, SBG, Janeiro 2015

    Aquisies BibliotecaAquisies BibliotecaAquisies Biblioteca

    Agenda SBEAgenda SBE

    15 a 19 de julho de 2015 33 Congresso Brasileiro de Espeleologia

    Eldorado SP

    www.cavernas.org.br/33cbe.asp

    Revista da

    Sociedade Brasileira de Espeleologia

    Comisso Editorial

    Gabrielle Mazzetti e Delci Ishida

    Todas as edies esto disponveis em www.cavernas.org.br/sbenoticias.asp

    A reproduo permitida, desde que citada a fonte

    Participe! Mande suas matrias para

    [email protected]

    O boletim divulgado nos dias 1 e 15 de cada ms, mas qualquer contribuio deve chegar com pelo menos 5 dias de antecedncia para entrar na prxima edio.

    Torne seu texto atraente ao leitor, seja sinttico, foque o mais importante de histria e evitar citar listas de nomes. Inicie o texto com um pargrafo explicativo, sempre que possvel respondendo perguntas simples, como: "O qu" e/ou "Quem?", "Quando?", "Onde?", "Como?", e "Por qu?"

    Voc tambm pode contribuir na seo Foto do Leitor, basta enviar suas imagens com nome do fotografo, data, caverna e local onde a foto foi feita.

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    1 de Maio de 2015 e as regras j esto

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