1º trimestre - cartografia

279
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL Estado de São Paulo Secretaria Municipal de Educação ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO PROFESSORA ALCINA DANTAS FEIJÃO PROFESSORA CATARINA TROIANO 2ª SÉRIE ENSINO MÉDIO CONTEÚDO: CARTOGRAFIA GEOGRAFIA 1º TRIMESTRE - 2013 Geografia 1º Trimestre Cartografia

Upload: catarina-troiano

Post on 20-Jul-2015

331 views

Category:

Education


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: 1º Trimestre - Cartografia

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL Estado de São Paulo

Secretaria Municipal de Educação ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO PROFESSORA ALCINA DANTAS FEIJÃO

PROFESSORA CATARINA TROIANO 2ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO CONTEÚDO: CARTOGRAFIA

GEOGRAFIA 1º TRIMESTRE - 2013

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Page 2: 1º Trimestre - Cartografia

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS

• Identificar e utilizar os principais elementos da linguagem cartográfica.

• Reconhecer as semelhanças e diferenças entre as diferentes linguagens cartográficas.

• Compreender o desenvolvimento da linguagem cartográfica em diversos períodos históricos.

• Compreender e utilizar novas ferramentas de orientação geográficas (GPS, sensoriamento remoto, imagens de satélite).

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Page 3: 1º Trimestre - Cartografia

Conteúdo - 1º Trimestre

Introdução Cartografia: ciência ou arte? História da Cartografia: os mapas nas diferentes culturas A evolução das técnicas e a Cartografia Orientação Geo-Cartográfica Coordenadas Geográficas Fusos Horários Elementos de Cartografia Projeções Cartográficas Escalas Cartográficas Curvas de Nível Cartografia Temática Mapas, saber e poder

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Page 4: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Conceitos e Temas da Geografia

Page 5: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Introdução

Page 6: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

A vida de quase todos nós é exteriormente disciplinada pelas exigências da sociedade, pela família, por nosso próprio sofrimento, nossa própria experiência, pelo ajustamento a certos padrões ideológicos ou factuais, e essa forma de disciplina é a coisa mais maléfica que existe. A disciplina deve ser sem controle, sem repressão, sem nenhuma forma de medo.

Como pode nascer essa disciplina?

Não é primeiro disciplina, depois liberdade; a liberdade está bem no começo, e não no fim.

Para pensar...

Page 7: 1º Trimestre - Cartografia

Liberdade é disciplina

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Compreender essa liberdade, que significa estar livre do ajustamento que a disciplina impõe, é disciplina. O próprio ato de aprender é disciplina (aliás, a própria raiz da palavra disciplina significa aprender), o próprio aprendizado transforma-se em clareza. A compreensão de toda a natureza e estrutura do controle, da repressão e da complacência, requer atenção.

Não é necessário impor disciplina para estudar, pois já o ato de estudar cria sua própria disciplina, sem repressão de espécie alguma (KRISHNAMURTI, 1969).

Page 8: 1º Trimestre - Cartografia

Fazer ciência fazer sentido

“Explicar não basta para compreender. Explicar é utilizar todos os meios objetivos de conhecimento, que são, porém, insuficientes para compreender o ser subjetivo. A compreensão humana nos chega quando sentimos e concebemos os humanos como sujeitos; ela nos torna abertos a seus sentimentos e suas alegrias. Permite reconhecer no outro os mecanismos egocêntricos [...] que estão em nós, bem como as retroações positivas, que fazem degenerar em conflitos inexplicáveis as menores querelas. É a partir da compreensão que se pode lutar contra o ódio e a exclusão” (MORIN, 2011, p. 51).

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Page 9: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Por que estudar Geografia? ?

A Geografia é a ciência que estuda o mundo em que vivemos, e para a prática desta disciplina é necessário entender que o planeta está em constante movimento, seja ele físico-natural ou político-social. E também, que você é parte deste movimento e que ele está em você. As pessoas vem e vão, fixam-se nos lugares, criam laços entre si e a história vai acontecendo a cada dia. Formam-se povos, nações, estados, pessoas com diferentes culturas e práticas religiosas. Homens e mulheres habitam o planeta, o transformam e dão vida a partir das suas vontades, necessidades, ideias, sonhos e desejos.

Page 10: 1º Trimestre - Cartografia

Por isso, é importante:

Compreender e analisar a organização do território mundial e as novas territorialidades do espaço geográfico, enfocando as formas visíveis e concretas do espaço atual e do tempo histórico em um contexto político, econômico e cultural.

Reconhecer as várias formas de organização do espaço geográfico político e econômico com base na evolução da história social.

De posse desses conhecimentos, observa-se uma análise crítica das relações da sociedade e do uso do espaço. É possível fazer a diferença e dar sentido a evolução dos seres humanos.

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Page 11: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Conceitos e Temas da Geografia

O que é Geografia?

O que é Geografia?

Page 12: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Geografia e Cartografia

PONTO COMUM Espaço no centro das preocupações

Geografia: O ESPAÇO GEOGRÁFICO é o elemento central de análise associado ao

aspecto humano, e o seu mapeamento é parte do processo investigativo e discursivo; O mapa é parte do discurso geográfico.

Cartografia: O Espaço é fonte de informações para o desenvolvimento do

seu objetivo de estudo — o mapa é o fim, objeto da Cartografia.

Não é um espaço qualquer, banal, mas que se dá a partir das relações políticas,

econômicas e culturais da sociedade entre si e com o meio em que vivem.

Para a Geografia o mapa é um meio, processo, análise ideológico-espacial.

Page 13: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Cartografia: ciência ou arte?

Page 14: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Page 15: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

“Conjunto de estudos e operações científicas, artísticas e técnicas, baseado nos resultados de observações diretas ou de análise de documentação com vistas à elaboração e preparação de cartas, planos e outras formas de expressão, bem como sua utilização”. Fonte: Associação Internacional de Cartografia (ACI), 1964.

CARTOGRAFIA

Page 16: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Desenvolvimento de conhecimentos específicos

Operações de campo e de laboratório

Planejamento das operações

Metodologia de trabalho

Conhecimentos e técnicas de outras ciências

CIÊNCIA

Documento de caráter altamente técnico

Page 17: 1º Trimestre - Cartografia

O jeito de ver, de fazer. É o olhar do pesquisador sobre o fenômeno.

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

MÉTODO CIENTÍFICO

Expressar fatos e fenômenos observados na superfície terrestre

utilizando simbologia própria

Cêurio de Oliveira, 1988.

Page 18: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Respeitar determinados aspectos estéticos: Agradável aos olhos Boa disposição de seus elementos – harmonia e clareza Simplicidade

ARTE

Documento esteticamente agradável

Por exemplo, na Cartografia, a arte manifesta na composição de um

documento cartográfico.

Page 19: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Especialização da Cartografia separação da Geografia

Geografia: O mapa é parte do discurso geográfico — o mapa é um meio.

Cartografia: O mapa é o fim, objeto da Cartografia.

Cartografia Disciplina que trata da concepção, produção, disseminação e estudo de mapas.

CIÊNCIA TÉCNICA ARTE + +

Page 20: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

AMPLO USO DOS PRODUTOS CARTOGRÁFICOS

Instrumentos de planejamento:

Fixar os limites de seu horizonte espacial, de seu território e de seus itinerários

Representar o seu meio de forma duradoura

Instrumentos de dominação:

Ideologia

AVANÇO CARTOGRÁFICO

Manifestação Cultural de cada povo, de cada época e de cada espaço geográfico

Omissões nos mapas (silêncios)

Presença de mitos, lendas, interesses estratégicos e ideológicos

Page 21: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

VELHOS MAPAS, NOVAS LEITURAS: REVISITANDO A HISTÓRIA DA CARTOGRAFIA Maria do Carmo Andrade Gomes GEOUSP - Espaço e Tempo, São Paulo, Nº 16, pp. 67 - 79, 2004.

Os novos estudos e pesquisas tratam os documentos cartográficos como objetos técnicos, produtos de construções sociais e culturais e meios de comunicação dotados de linguagem visual própria (GOMES, 2004).

O artigo abaixo traz os principais autores, eventos e ideias que promoveram uma nova história da cartografia, um movimento rico e

multifacetado ainda pouco conhecido no Brasil.

Para saber mais...

Page 22: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

História da Cartografia: Os mapas nas

diferentes culturas

Page 23: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

ORIGEM DOS MAPAS

Page 24: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

ORIGEM DOS MAPAS

Page 25: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Ao lado, mapa da cidade de Bedolina, gravado nas rochas de Valcamonica, na Lombardia, Itália. Aproximadamente 2.400 A.C. Abaixo, figura geométrica do mapa.

Fonte: WALDMAN, 1999. Adaptado.

Gravação rupestre confeccionada durante o período neolítico europeu.

Foto de Luca Giarelli, 2008.

Page 26: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Page 27: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Este é considerado um dos mapas mais antigos, foi encontrado na região da Mesopotâmia. Provavelmente representa o rio Eufrates e acidentes geográficos adjacentes. É uma pequena placa de barro cozido que cabe na palma da mão e que foi descoberta perto da cidade de Harran, no nordeste do Iraque atual. A gravura é uma reconstituição de seu traçado original.

MAPA DE GA-SUR (por volta de 3.800 a 2.500 A.C.)

Page 28: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

O Mundo Clássico

HERÓDOTO (484 A.C. - 425 A.C.)

ERATÓSTENES (276 A.C. - 194 A.C.)

ESTRABÃO (63 A.C. - 25 D.C)

PTOLOMEU (90 DC. - 168 D.C.)

INFLUÊNCIA GREGA

Page 29: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Teoria Geocêntrica

A definição do modelo da Terra como um corpo que flutuava no centro do Cosmos onde todos os outros astros estariam ao seu redor. São leis que

tentaram explicar os movimentos dos corpos celestes de uma forma racional, girando com uma regularidade extrema em torno da Terra com posições fixas,

uns em relação aos outros.

Os Gregos pensavam que a Terra fosse plana e estática (parada), enquanto os astros giravam em seu entorno

Page 30: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Heródoto foi historiador, geógrafo, cartógrafo, grego, nascido em Halicarnasso (hoje Bodrum, Turquia).

Mundo de HERÓDOTO, 450 A.C.

Page 31: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Eratóstenes foi matemático, geógrafo e astrônomo.

Mundo de ERATÓSTENES, 220 A.C. Reconstituição

Page 32: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Comprovou, pela trigonometria, a esfericidade da Terra e mediu com

engenhosidade e relativa precisão o perímetro de sua circunferência.

Diagrama do experimento de Eratóstenes

Ao medir e comparar a sombra das colunas das cidades de Alexandria e Siena, ao meio dia, percebeu uma diferença entre elas e que, projetavam uma sombra perfeitamente mensurável. Conforme concluiu, este fato só poderia ser possível se a Terra fosse esférica.

Page 33: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Você sabia que...

O termo GEOGRAFIA foi utilizado pela

primeira vez pelo grego Estrabão, que escreveu a obra intitulada Geographia, dividida em 17 volumes. Compilando os conhecimentos científicos e geográficos

do período (ANDRADE, 2008).

Geographia foi, juntamente com a obra de Ptolomeu, a primeira desse gênero herdada da Antigüidade. História, religião, costumes locais e as instituições dos de diferentes povos estão misturados às descrições geográficas. ESTRABÃO

Page 34: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Claudius Ptolemaeus ou Ptolomeu é o autor da obra Geografia, apresentada em oito volumes. Seu sistema cosmológico ensinava que a Terra estava no centro do Cosmos e os outros corpos descreviam círculos concêntricos ao seu redor

(Sistema Geocêntrico). Ptolomeu foi considerado o primeiro "cientista celeste".

PTOLOMEU

Astrônomo, matemático e geógrafo, viveu em Alexandria, na época em que era dominada pelo Império Romano. Considerado o autor do primeiro Atlas

Universal, disseminou o uso das coordenadas (latitude e longitude) e das projeções cônicas. Seu trabalho foi reproduzido muitas vezes durante a Idade Média, até que surgisse um mapa com maior precisão, o que só ocorreria 14

(quatorze) séculos depois, com Mercator

Page 35: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Mundo de Ptolomeu, Século XV, da obra Geographia Projeção cônica

Page 36: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Mundo de Ptolomeu, Século XV, da obra Geographia Projeção cônica

Page 37: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

INFLUÊNCIA ROMANA

Page 38: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

ORBIS TERRARUM, 20 A.C.

Marcus Vipsanius Agrippa

Para os romanos a principal utilização dos

mapas era de ordem prática, isto é, para fins

militares, administrativos e

comerciais, assim como recurso de localização,

para a expansão de fronteiras, rotas e

caminhos.

Visão romana do mundo

Page 39: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

TABULA ITINERARIA PEUTINGERIANA, Castorius, Século 1 D.C. Biblioteca Nacional de Viena.

Mapa viário da cidade de Roma

Page 40: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

TABULA PEUTINGERIANA, Castorius, Século 1 D.C. Reconstituição.

Page 41: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

MEDITERRÂNEO, séc. V A.C. Este mapa tem orientação Sul, pois este aparece na parte de “cima” da folha. Mostrando o contorno da Europa, norte da África e Ásia. Observe a configuração do oceano Índico, que é circundado pelo sul da África e parte da Índia.

AL-IDRISSI INFLUÊNCIA ÁRABE

Page 42: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Na Idade Média, não só a produção cartográfica, mas como praticamente todo

o campo científico, as artes, e outras formas de expressão que se opunham ao

status quo, sofreram um período de estagnação, de repressão. Deste modo

todas as conquistas científicas realizadas anteriormente foram substituídas por uma

representação simbólica de caráter religioso.

A IDADE MÉDIA

Período que se estendeu da queda do Império Romano (476 D.C.) a tomada de Constantinopla (1453 D.C.).

Para saber mais sobre este período leia Os intelectuais na

Idade Média, de Jacques Le Goff.

Page 43: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

O modelo do primeiro mapa T-O (lê-se: “T” com “O”) encontra-se em um dos volumes da obra Etimologias do bispo Isidoro de Sevilha, impresso no ano de 1472 (ZAMORA, 1993).

Este mapa esquemático tinha o seguinte significado: o "T" representava os três cursos d'água que dividiam o ecúmeno, o Mediterrâneo, que separa a Europa da África; o Nilo, separando a África da Ásia; e o Don, entre a Ásia e a Europa. O ecúmeno teria sido dividido por Noé entre seus três filhos após o Dilúvio. Além disso, o "T" também simbolizava a cruz e na sua junção estaria localizada Jerusalém, centro do mundo. Esses mapas, em sua maioria, eram circulares e emoldurados por um grande oceano.

MAPA T-O

Page 44: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Die Ganze Welt in EinemKleberbat. Heinrch Bunting, 1581

Tradução: O mundo Inteiro numa Folha de Trevo. Exemplo de mapa com simbolismo religioso, onde o mundo é representado por uma folha de trevo, que delimita os três continentes, destacando-se Jerusalém ao centro e a America à parte deste mundo.

Page 45: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Page 46: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Rosa dos Ventos. Reprodução de imagem do livro Cartografia da Conquista do Território das Minas.

A carta marítima ou portulana apresenta uma feição comum: a representação da rosa dos ventos, uma prova de que o emprego da bússola, na navegação, estava já generalizado. Outra propriedade verdadeiramente notável dos portulanos é que sua representação é já independente dos credos religiosos, podendo por tanto, considerar-se como cartografia iconoclasta, dado seu caráter de ruptura.

Cartas portulanas

Page 47: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Page 48: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Para saber mais... GEOGRAFIA E CINEMA

1492, A CONQUISTA DO PARAÍSO é uma produção norte-americana que narra as motivações de Cristóvão Colombo e da Espanha nas navegações que chegaram à América em 1492. O questionamento da ciência vigente e o uso de cartas e mapas são fatores decisivos nesta aventura histórica.

Page 49: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Disputa entre cosmógrafos (Alegoria ao Novo Mundo). José Antonio da Cunha Couto, 1892. Museu de Arte da Bahia.

A Ciência dos príncipes

Page 50: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

MERCATOR

Projeção de Mercator

A projeção cilíndrica de Mercator surgiu com o objetivo de facilitar a navegação, oferecendo uma representação do mundo, onde uma linha reta na carta correspondesse a uma reta de igual rumo no oceano. Tratava-se, por tanto, de uma carta orientada. Embora alcançasse seu objetivo inicial (a orientação marítima), a projeção de Mercator gerou uma grande distorção nas distâncias, sobretudo nas regiões polares da Terra.

Page 51: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Orbis Terrae Compendiosa Descriptio, Mercator, 1587. Projeção cilíndrica.

Page 52: 1º Trimestre - Cartografia

Typus Orbis Terrarum. Ortelius, 1571. Tradução: Modelo Completo da Terra. Neste mapa pode-se observar a grande distorção nos territórios localizados próximos aos polos (altas latitudes).

Page 53: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia História da Cartografia

Page 54: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Idade Moderna

Page 55: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Sextante – Jesse Ramsden

Cronômetro Marinho – John Harrison

Telescópio refletor John Hadley

Idade Moderna

Com a Revolução Industrial, que teve inicio na Inglaterra ao final do século XVIII, praticamente todas as áreas do conhecimento científico produzido na Europa foram impulsionadas por esse evento. A ciência agora estava a serviço do capital, e não mais em prol da Igreja. Fato este, que possibilitou o desenvolvimento de novas técnicas e equipamentos que auxiliaram na elaboração de cartas mais precisas. Como por exemplo, o telescópio, o cronômetro, o sextante, entre outros instrumentos para medição e observação do céu e da Terra.

Page 56: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Idade Moderna

O microscópio de Robert Hooke

Um grande desafio que se colocava aos cientistas modernos era o cálculo das longitudes, fundamental para por fim aos incidentes ocorridos com embarcações.

Embora já se aceitasse a ideia de que a Terra não era uma esfera perfeita, ainda não se tinha como determinar com precisão sua forma e tamanho.

Page 57: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

The Royal Observatory Greenwich, Londres, 1676.

Page 58: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Com o intuito de verificar se a Terra era mesmo achatada nos polos, como previra Isaac Newton (1643-1727), foram organizadas pelos franceses duas importantes expedições geodésicas: • A primeira, iniciada em 1735, em Quito, buscava medir um arco de meridiano em um ponto mais central na esfera terrestre. • A segunda, realizada em 1736, no Golfo de Bótnia, no Ártico, buscava efetuar medições na região polar.

Expedições Geodésicas

O objetivo de realizar duas expedições era comparar os resultados obtidos para se chegar a uma definição sobre a forma da Terra. Os ingleses, que também efetuavam várias medições, chegaram a valores divergentes daqueles obtidos pelos franceses. Para por fim a essas diferenças, foi realizado um novo levantamento trigonométrico, entre Londres (Observatório de Greenwich) e Dover (cidade portuária localizada a sudeste de Londres), alcançando-se finalmente um consenso.

Page 59: 1º Trimestre - Cartografia

História da Cartografia Planiglobium Terrestre - Weigel, 1730. Tradução: Planisfério Global. Exemplo da produção cartográfica do século XVIII.

Page 60: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

A evolução das técnicas e a Cartografia

Page 61: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Tecnologia Manual Tecnologia manual pode ser entendida como a arte de construir algo manualmente com auxílio de equipamentos simples, manuseados pelo seu criador. No caso dos mapas usavam-se equipamentos manuais de desenho como, a pena molhada na tinta, para fazer mapas sobre pergaminhos, couro ou papel, a broca para marcar o metal, ou outros equipamentos de corte para esculpir na argila, madeira. A construção de um mapa era de forma artesanal exigindo conhecimentos específicos e artísticos.

Page 62: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Por centenas de anos a bússola foi o principal meio de navegação e é obrigatório o seu uso até os dias atuais. O funcionamento da bússola chinesa se baseia na sua sensibilidade em captar o campo magnético terrestre e apontar sempre para o norte magnético.

Tecnologia Magnética É possível que a bússola magnética seja o mais antigo e seguro meio de navegação que se conhece. Inventada pelos chineses por volta do ano 1200 D.C., causou uma revolução tão grande nos sistemas de navegação na época equivalente ao impacto que tem causado o GPS nos dias atuais.

Bússola chinesa mais antiga do mundo.

Page 63: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Tecnologia Mecânica A tecnologia mecânica é marcada pelo invento da imprensa, as máquinas movidas a vapor, por equipamentos que usam o princípio da mecânica. Esses equipamentos aproveitam o movimento e as condições de equilíbrio dos corpos, sejam eles sólidos, líquidos, ou gases. E também são dotados de certa precisão, o que facilitou o estudo cartográfico e sua disseminação.

Page 64: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Tecnologia Óptica Ótica é parte da física que estuda o comportamento e as propriedades da luz e a sua interação com a matéria. A origem das tecnologias ópticas pode ser explicada a partir da existência de dois modelos complementares: a óptica clássica, com origens na Grécia antiga, com produtos como lentes, prismas, binóculos, óculos, microscópios, lunetas, câmera fotográfica; e a óptica moderna criada em 1920, derivando produtos como CDs, DVDs, LCDs, câmeras digitais, lasers, etc.

Page 65: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Tecnologia Fotoquímica A tecnologia fotoquímica baseia-se nos efeitos provocados pela luz em determinada substância química, mediante procedimentos pertencentes a fenômenos físicos, como é o caso da fotografia. O ano que marca o surgimento da fotografia é 1939, quando Louis Jacques Mande Daguerre inventa um método de fixar as imagens em uma chapa fotográfica. Embora o princípio de captação da imagem por projeção já era conhecido desde o século XV.

Foto aérea da região central de Florianópolis, Santa Catarina.

Page 66: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Tecnologia Digital Hoje após várias evoluções tecnológicas a cartografia é precisa e conta com a tecnologia digital através de inúmeros recursos como imagens orbitais, sistema de posicionamento por satélites, programas e computadores que facilitam as atividades cartográficas e também proporcionam uma rápida divulgação de informações e sua utilização.

Estamos na era da Informação, e a tecnologia na produção de mapas é a digital. A partir da década de 1960 o mapeamento por computador passa a ser operacional tanto na produção dos mapas de base (elaborados por fotogrametria) quanto dos mapas temáticos com a análise matemática e a estatística de massa de dados espacializados em programas computacionais denominados de Sistema de Informações Geográficas (SIG).

Page 67: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Page 68: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Atualmente, a Cartografia pode contar com valiosos recursos como,

aerofotos, imagens orbitais, sistemas de posicionamento por satélites,

programas e computadores, que além de facilitar as atividades cartográficas,

também possibilitam a rápida disponibilização das informações coletadas, assim como a sua mais

eficiente atualização.

Imagem extraída de uma Ortofoto da cidade do Rio de Janeiro, em destaque a

ponte Lúcio Costa na Barra da Tijuca.

Cartografia Contemporânea

Page 69: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

O ambiente precisa ser entendido e administrado como um sistema de processos inter-relacionados. A complexidade do mundo atual exige mapas especializados e rigorosos, pois a informação é uma ferramenta poderosa nas questões de inventário e manejo de nosso planeta.

A contaminação do meio ambiente, as espécies em extinção, sustentabilidade econômica, aquecimento global, entre outros

fatores, apontam o prevalecimento de sistemas globais de pensamento. Pense sobre isso...

Page 70: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Orientação Geo-Cartográfica

Page 71: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Mafalda e seus amigos discutem sobre a orientação que a humanidade deve seguir. Qual a direção correta? Por quê?

É fácil orientar outras pessoas? ? Para pensar...

Page 72: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

A ORIENTAÇÃO PELO SOL

Com base na observação dos astros, especialmente o Sol, os seres humanos

criaram pontos de orientação, como norte,

sul, leste e oeste.

Se estendermos o braço direito para o sentido que nasce o Sol, encontraremos o leste, o braço esquerdo estendido apontará o oeste. À frente, estará o norte, também chamado setentrional ou boreal, e às costas, o sul, também conhecido por meridional ou austral.

FORMAS DE ORIENTAÇÃO

Orientação pelo Sol. Fonte: PASSOS, 1988, p. 14.

Page 73: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

FORMAS DE ORIENTAÇÃO

A ORIENTAÇÃO PELAS ESTRELAS Durante a noite podemos nos orientar pelas estrelas Hemisfério Sul: O Cruzeiro do Sul é um conjunto de cinco estrelas em forma de cruz, cuja ponta inferior aponta para o Sul. Hemisfério Norte: Na constelação da Ursa Menor existe uma estrela que aponta a direção norte, é a Estrela Polar, a mais brilhante de todas.

Page 74: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

FORMAS DE ORIENTAÇÃO

Observar a natureza e as feições da Terra, as plantas, os animais, a forma dos relevos, o sentido dos ventos, entre outros fatores, também podem servir de referência direcional para nos localizarmos na superfície terrestre.

Musgo. Fonte: Google Imagens, 2012.

Um exemplo de outras técnicas de orientação, ainda que menos preciso, é a direção em que cresce o musgo, sempre voltada a parte norte dos

muros e árvores. Porque é a parte que nunca recebe sol diretamente,

tornando-se assim, mais úmida e propicia ao seu crescimento.

Page 75: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

A IMPORTÂNCIA DOS PONTOS DE REFERÊNCIA

Pontos Cardeais: são pontos principais utilizados como padrão de localização ou pontos de referência.

Através deles é possível localizar qualquer lugar sobre a superfície da Terra, são eles:

a) o Norte e o Sul que apontam na direção dos polos terrestres;

b) o Leste e o Oeste que apontam para o lado do nascer e do pôr do Sol, cruzando a linha Norte-Sul.

O PONTO DE REFERÊNCIA

NORTE

SUL

LESTE OESTE

Page 76: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

FRENTE, COSTAS... DE QUEM?

Os pontos de referência são relativos ao padrão de localização assumido.

Fonte: IBGE Teen, Adaptado.

OCEANO

ATLÂNTICO

Observe a imagem ao lado. No canto

inferior direito há a indicação do sentido

“Norte”.

NORTE

SUL

LESTE OESTE

Page 77: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Fonte: IBGE Teen, Adaptado.

OCEANO

ATLÂNTICO

Neste exemplo, qual é o referencial assumido?

ENCIMA, EMBAIXO... DO QUE?

O Oceano Atlântico banha o Oeste do continente africano e o Leste do Brasil. O Brasil está a Oeste do Oceano Atlântico, enquanto que o continente africano está a Leste.

Page 78: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

O homem, para se deslocar sobre a superfície da terra, tomou por base o nascer e o pôr do sol, criando os pontos de orientação. O conceito de orientação está associado à determinação da posição do elemento no espaço geográfico e sua relação com os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais. Veja o desenho da Rosa-dos-ventos a seguir.

ORIENTAÇÃO RUMO

DIREÇÃO

Page 79: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Os pontos de orientação norte (N), sul (S), leste (L) e oeste (O) são chamados de pontos cardeais.

Para facilitar a orientação sobre a superfície terrestre, foram

estabelecidos, entre os pontos cardeais, outros pontos de

orientação: os colaterais, os subcolaterias e os intermediários.

A junção de todos esses pontos dá origem a figura denominada rosa-dos-ventos.

Na figura acima os pontos intermediários estão representados

pelas setas azuis.

CARDEAL em latim significa PRINCIPAL

Page 80: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Pontos colaterais:

• nordeste (NE), entre o norte e o leste;

• noroeste (NO), entre o norte e o oeste;

• sudeste (SE), entre o sul e o leste;

• sudoeste (SO), entre o sul e o oeste.

Pontos subcolaterais:

• nor-nordeste (NNE);

• és-nordeste (ENE);

• és-sudeste (ESE);

• su-sudeste (SSE);

• su-sudoeste (SSO);

• oés-sudoeste (OSO);

• oés-noroeste (ONO);

• nor-nordeste (NNO).

Pontos cardeais:

• norte (N)

• sul (S)

• leste (L)

• oeste (O)

Legenda

Pontos de orientação da Rosa-dos-ventos

Principais pontos de referência

Page 81: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

É construída a partir da identificação dos pontos cardeais.

Os pontos colaterais são identificados entre dois pontos cardeais.

Os pontos sub-colaterais são identificados entre um ponto cardeal e um ponto colateral.

A Rosa dos Ventos é a base de orientação de todos os instrumentos atuais de navegação e localização.

A Rosa dos Ventos é a representação gráfica dos principais pontos de

orientação. É assim chamada por indicar as diversas direções que o

vento pode tomar.

Page 82: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

EQUIPAMENTOS DE ORIENTAÇÃO

Entre os séculos XV e XVI, com a intensificação das viagens marítimas de longa distância, a exigência por equipamentos de navegação mais precisos foi se tornando cada vez maior.

A bússola, um dos instrumentos de orientação, foi inventada pelos chineses.

Ela é formada por uma agulha imantada que se apoia em um eixo vertical. Essa agulha gira sobre um fundo onde estão indicados os pontos de orientação. A ponta da agulha sempre indica, aproximadamente, a direção norte. Dizemos aproximadamente porque a orientação norte da agulha não corresponde exatamente ao polo Norte geográfico ou verdadeiro.

Page 83: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

A agulha da bússola é atraída para um ponto chamado polo Norte magnético, ou Norte

magnético, que está um pouco distante do polo

Norte verdadeiro ou geográfico.

Ilustração com cores fantasia, sem proporção de tamanho e de distância.

EQUIPAMENTOS DE ORIENTAÇÃO

Page 84: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Atualmente vem sendo usado um aparelho localizador digital chamado GPS, das iniciais em inglês de Global Positioning System, isto é, Sistema Global de Posicionamento, que permite a determinação exata da posição na superfície terrestre, informando a latitude e longitude, além de determinar a altitude. Esse aparelho informa também a direção que o usuário está seguindo e a sua velocidade.

Aparelho de GPS

GPS

Page 85: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Coordenadas Geográficas

Page 86: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Parte integrante da coleção Geografia homem & espaço, Editora Saraiva, 2010. Adaptado.

Observe a figura

Imagine que você precisasse ir até o

sítio das Flores e uma pessoa lhe informasse que

essa propriedade fica a leste do rio Preto e ao norte

do córrego da Velha.

As informações são suficientes para você chegar ao sítio das Flores? Por quê?

LOCALIZANDO-SE COM PRECISÃO

Page 87: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Para localizar com precisão um lugar de um determinado espaço geográfico, a informação

baseada apenas nos pontos de orientação não é suficiente, pois eles indicam somente a direção.

Em uma cidade é possível encontrar os lugares utilizando o endereço, que indica os nomes do bairro e da rua e o número da casa.

Para ir de uma cidade para outra, mesmo que elas estejam situadas a centenas de quilômetros de distância, os motoristas se orientam por placas nas estradas, consultam o guia rodoviário ou pedem informações às pessoas.

Então, como as pessoas que controlam navios e aviões podem obter sua localização de forma precisa e atingir com facilidade seus locais de destino?

E as pessoas que estão andando na floresta, no deserto ou em auto mar, como conseguem definir caminhos com direções corretas para atingir os locais aos quais desejam ir?

Page 88: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

A orientação das pessoas depende das características de cada espaço geográfico, da cultura de um povo e do tipo de meio de transporte utilizado.

Os pilotos de navios e aviões e as pessoas que caminham por florestas e desertos se orientam por meio de equipamentos que lhe fornecem a localização.

Para fornecer a localização, esses equipamentos precisam basear-se em um sistema de coordenadas, ou seja, linhas imaginárias que se cruzam sobre a esfera terrestre.

As linhas que vão de um polo a outro da Terra são chamadas de meridianos.

As linhas que dão uma volta completa ao redor da esfera terrestre no sentido leste-oeste são chamadas de paralelos.

Paralelos e Meridianos

Page 89: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

LOCALIZANDO-SE COM EXATIDÃO

Os elementos geográficos que nos dão condições para localizar qualquer

ponto sobre a superfície terrestre são as coordenadas geográficas.

Foram determinadas por meio de observações astronômicas e satélites

geodésicos. Suas informações são expressas em graus, minutos e segundos.

A coordenada geográfica é indicada através de duas variáveis:

a longitude (meridianos)

e a latitude (paralelos)

Page 90: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Page 91: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

PARALELOS

O Equador, é um circulo imaginário equidistante dos polos, que divide a Terra em hemisfério Norte e Sul.

Paralelamente ao Equador são traçados outros círculos menores chamados paralelos.

Além do Equador, quatro outros paralelos recebem nomes, por serem considerados mais importantes.

Hemisfério Norte: • Círculo polar Ártico • Trópico de Câncer

Hemisfério Sul: • Trópico de Capricórnio • Círculo polar Antártico

Page 92: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Monumento que simboliza a linha imaginária do Equador que divide os hemisférios Norte e Sul. Está localizado na cidade de Macapá, Estado do Amapá, Brasil.

MARCO ZERO DO EQUADOR

Ao lado, foto noturna e abaixo vista aérea do monumento.

Page 93: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

MERIDIANOS

Os meridianos são linhas traçadas perpendicularmente ao Equador e

vão de um polo a outro. Cada meridiano equivale à metade de um círculo. Todos os meridianos

têm o mesmo tamanho, o que não acontece com os paralelos.

A cada meridiano corresponde outro oposto, chamado antimeridiano, com

o qual se completa uma circunferência em torno da Terra,

passando pelos polos.

Page 94: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

O meridiano de Greenwich e seu antimeridiano dividem a Terra em

hemisfério Ocidental (Oeste) e hemisfério Oriental (Leste).

Passa pelo Observatório Real de Londres, onde possui uma marcação física no solo (observe a foto).

Por convenção de um acordo internacional realizado em 1884, o meridiano é adotado como referência para as longitudes e fusos horários, sendo o “primeiro meridiano”.

Todos os meridianos e seus antimeridianos dividem a Terra em duas partes, mas ficou estabelecido que um deles seria usado como referência para essa divisão. Esse meridiano, que passa pela cidade de Londres, na Inglaterra, é chamado de Meridiano de Greenwich ou Principal.

Page 95: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Podemos localizar com precisão qualquer lugar da superfície terrestre com base nas coordenadas geográficas determinadas pelos paralelos e meridianos. As medidas em graus das coordenadas geográficas de um lugar dão sua latitude e longitude.

LATITUDE E LONGITUDE

A latitude é a distância em graus de um lugar qualquer da superfície terrestre até o Equador.

Todos os lugares situados em um mesmo paralelo têm a mesma latitude.

A linha do Equador divide o planeta em

dois hemisférios: setentrional (Norte) e

meridional (Sul);

A latitude varia de 0° (na linha do Equador)

a 90° para norte e 90° para sul.

Page 96: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

A longitude de um lugar da superfície é a distância em graus desse lugar até o meridiano de Greenwich.

Todos os lugares situados em um mesmo meridiano têm a mesma longitude.

Como na esfera terrestre o meridiano de Greenwich é o meridiano de 0º, a longitude pode ser de leste (oriental)

ou oeste (ocidental), variando até 180º. Antimeridiano de Greenwich

Meridiano de Greenwich

Page 97: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

É possível localizar qualquer lugar da superfície terrestre determinando sua latitude e longitude, ou seja o paralelo e o meridiano que se cruzam naquele lugar.

Para localizar um ponto na superfície terrestre, identificamos primeiro suas coordenadas geográficas, isto é, a latitude e a longitude. É o cruzamento de um paralelo com um meridiano que nos dará sua posição exata.

Como proceder para determinar as coordenadas geográficas de um local?

Localizando os pontos

Page 98: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

LATITUDE

60º Latitude Norte

30º Latitude Norte

0º Latitude

15º Latitude Sul

45º Latitude Sul

Page 99: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Longitude

120º Longitude Leste

45º Longitude Leste

130º Longitude Oeste

15º Longitude Oeste

Page 100: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Localizando os pontos

A

B

C

D

A 40º Latitude Norte

60º Longitude Leste

B 20º Latitude Sul

20º Longitude Oeste

C 80º Latitude Norte

40º Longitude Oeste

EUROPA

Qual o continente que está localizado

a 60º Latitude Norte e 40º Longitude Leste?

0º Latitude - Equador

0º Longitude – Meridiano de Greenwich

D 20º Latitude Sul 140º Longitude

Leste

Page 101: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

OS FUSOS HORÁRIOS

Page 102: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Você já reparou que o sol parece se movimentar durante o dia?

Foi a partir deste movimento aparente que os homens

começaram a estabelecer a contagem do tempo.

Na verdade quem se desloca é o planeta Terra em torno do Sol e a hora marcada em nossos relógios está relacionada à este movimento.

Page 103: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Rotação: movimento que a Terra faz em torno de seu próprio eixo. Determina a duração dos dias e das noites.

MOVIMENTOS DA TERRA

O movimento de Rotação ocorre de Oeste para Leste e dura exatamente 23 horas, 56 minutos e 4 segundos, porém para facilitar, convencionou-se arredondar este valor para 24 horas. A terra gira sobre si mesma a uma velocidade de 32 km por minuto na linha do equador, logo, quem mora sobre a linha do Equador gira a 1.920 km por hora (SCHÄFFER, 2005).

Os movimentos da Terra - Atlas Geográfico Escolar - IBGE

Page 104: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Translação: corresponde ao giro da Terra ao redor do sol. Determina as quatro estações do ano, além de influenciar na adoção do “horário de verão ” no Brasil e em outros países.

O movimento de translação se realiza em exatos 365 dias, 5 horas e 48 minutos.

MOVIMENTOS DA TERRA

Page 105: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

A OBSERVAÇÃO DOS MOVIMENTOS DA TERRA

Page 106: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

PARA ENTENDER OS FUSOS HORÁRIOS

O planeta Terra possui o formato aproximado ao de uma esfera (Geoide) que possui 360°. Dividiu-se este valor pelo número de horas que um dia possui (24 horas), resultando em 24 “faixas” de 15° cada.

Page 107: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Page 108: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Cada fuso horário possui uma hora de diferença em relação ao fuso que se encontra ao seu lado. Os fusos situados a Leste de Greenwich, possuem uma hora a mais a cada 15º de longitude; já os fusos situados a Oeste do meridiano de Greenwich possuem uma hora a menos a cada 15º de longitude.

A determinação da hora parte do princípio de que a Terra é uma circunferência perfeita, medindo 360°, e de que a rotação terrestre dura 24 horas. É o tempo necessário para que todos os meridianos passem, num determinado momento, frente ao Sol. Dividindo-se os 360° da Terra pelas 24 horas de duração do movimento de rotação, resultam 15°. Portanto, a cada 15° que a Terra gira, passa-se uma hora.

Desta forma, teoricamente o sol ilumina uma parte da superfície terrestre a cada 15° de longitude, quando se passa a ter um fuso horário diferente.

Padronizou-se assim, as horas em qualquer lugar do mundo, facilitando principalmente, a vida de viajantes e das relações comerciais nacionais e internacionais.

Alguns globos trazem sobre o polo norte um disco plástico, dividido em 24 partes que correspondem às horas do dia, este é denominado “seletor de tempo” e permite calcular o horário de qualquer local do globo com relação ao meridiano de Greenwich.

Page 109: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Page 110: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

LESTE OESTE

Page 111: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

LESTE OESTE

Page 112: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

LESTE OESTE

Page 113: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

LESTE OESTE

Page 114: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

LESTE OESTE

Page 115: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

LESTE OESTE

Page 116: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

LESTE OESTE

Page 117: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

O Congresso de Washington (1884), convencionou que a Linha Internacional da Mudança da Data se situaria no espaço antimeridiano, ou seja, ao longo do meridiano de valor 180º, que se encontra sobre o oceano pacífico.

LINHA INTERNACIONAL DA MUDANÇA DA DATA (LID)

A Linha Internacional da Mudança da Data é conhecida também pelas siglas LID ou LIMD.

Somente quando é meia noite na Linha Internacional de Mudança de Data ocorre o mesmo dia no mundo todo; logo após há dois dias acontecendo no planeta Terra ao mesmo momento.

Page 118: 1º Trimestre - Cartografia

No planisfério destacam-se as 24 faixas de 15º cada que correspondem aos fusos horários; o horário universal de Greenwich; os países que possuem horário fracionado; e a Linha Internacional da Mudança de data (em vermelho).

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Page 119: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Inicialmente é bom ter em mente que o movimento aparente do sol é de Leste para Oeste, desta forma, a Leste é “mais cedo” que a Oeste onde é “mais tarde”; Atravessando a Linha Internacional de Mudança de Data do Leste para o Oeste, subtrai-se um dia à data; e ao contrário, se a travessia for de Oeste para Leste, acrescenta-se um dia.

Como funciona A LINHA DE MUDANÇA DE DATA?

O O L L LID

Page 120: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Page 121: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Page 122: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

FUSOS TEÓRICOS

LID GMT

Page 123: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

LID GMT

FUSOS PRÁTICOS

Page 124: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

BRASIL

FUSOS PRÁTICOS

FUSOS TEÓRICOS

Page 125: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

BRASIL

Em território nacional, uma sanção publicada no Diário Oficial da União, no dia 24 de Abril de 2008, aprovou uma lei que determinou que o Brasil passa a contar com três e não mais quatro fusos horários. Esta mudança atinge três estados da região Norte do país. O Acre e parte do Amazonas que possuíam duas horas de atraso em relação a Brasília, passam a ter apenas uma hora de diferença, e todo o estado do Pará passa a adotar horário igual ao da capital Federal (Brasília).

Page 126: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Page 127: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

O horário de verão consiste no adiantamento dos ponteiros do relógio em uma hora, o que cria uma defasagem em relação ao horário normal. Este ajuste permite um melhor aproveitamento da luz do sol nas regiões mais afastadas do Equador, onde em determinadas estações do ano, devido à inclinação da Terra, os dias são mais longos que as noites e o nascer do sol acontece muito cedo.

É interessante notar que em períodos de horário de verão, no Brasil, é possível haver dois horários diferentes dentro do mesmo fuso, citando como exemplo o horário dos estados da região Sul e Sudeste que diferem de algumas cidades do Nordeste, que estão no mesmo fuso. No início do horário de verão, os relógios são adiantados em uma hora, com o intuito de reduzir o consumo de energia, aproveitando desta forma, melhor a claridade solar.

Page 128: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Para saber mais...

PARA SE LOCALIZAR: TABELA DE SINÔNIMOS

LESTE OESTE NORTE SUL

ORIENTE OCIDENTE SETENTRIONAL MERIDIONAL

ORIENTAL OCIDENTAL BOREAL AUSTRAL

NASCENTE POENTE ÁRTICO ANTÁRTICO

Fusos horários Entenda como se determina a hora em cada país Ângelo Tiago de Miranda – UOL Educação

Este pequeno artigo do professor e geógrafo Ângelo Tiago de Miranda explica de forma simplificada como funcionam os fusos horários e como entender a hora exata em cada país.

Page 131: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Elementos de Cartografia

Page 132: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

SIMBOLOGIA E CONVENÇÕES

CARTOGRÁFICAS

Modo de expressão diz respeito a cada tipo específico de representação

cartográfica e está relacionado ao objetivo da construção e a escala.

Globo

Mapa

Carta

Planta

Cartograma

Anamorfose

Croqui

Maquete

Formas de representação

cartográfica

Page 133: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

GLOBO - representação cartográfica sobre uma superfície esférica, em escala pequena, dos aspectos naturais e artificiais de uma figura planetária, com finalidade cultural e ilustrativa (IBGE, 2012).

O globo terrestre é a melhor forma de se representar a Terra, e que mais se aproxima da realidade, apesar de não ser a mais utilizada. Suas vantagens são:

GLOBO

1) Sendo esférico, dá uma ideia bastante real;

2) Mostra todos os continentes, seus oceanos;

3) Permite a localização correta das principais linhas imaginárias;

4) Possibilita a simulação dos movimentos da Terra;

5) Apresenta as distâncias em latitudes e longitudes com exatidão;

6) As distâncias serão mais exatas, pois haverá mínima distorção das projeções.

SIMBOLOGIA E CONVENÇÕES

CARTOGRÁFICAS

Page 134: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

SIMBOLOGIA E CONVENÇÕES

CARTOGRÁFICAS

Mapa - documento mais simples, sem grande detalhamento, como por exemplo, os mapas políticos.

Brasil – Regiões Metropolitanas 2009 IBGE, Atlas escolar.

Características: Representação plana; geralmente em escala pequena; área delimitada por acidentes naturais, político-administrativos; destinação a fins temáticos, culturais ou ilustrativos.

“Mapa é a representação no plano, normalmente em escala pequena, dos aspectos geográficos, naturais, culturais e artificiais de uma área tomada na superfície de uma Figura planetária, delimitada por elementos físicos, político-administrativos, destinada aos mais variados usos, temáticos, culturais e ilustrativos” (IBGE, Noções de Cartografia).

Page 135: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Carta - documento de finalidade especial, maior detalhamento, co-mo as cartas topográficas, náu-ticas e aeronáuticas.

Page 136: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Características das Cartas:

Representação plana;

Escala média ou grande;

Desdobramento em folhas articuladas de maneira sistemática;

Limites das folhas constituídos por linhas convencionais, destinada à avaliação precisa de direções, distâncias e localização de pontos, áreas e detalhes.

“Carta é a representação no plano, em escala média ou grande, dos aspectos artificiais e naturais de uma área tomada de uma superfície planetária, subdividida em folhas delimitadas por linhas convencionais - paralelos e meridianos - com a finalidade de possibilitar a avaliação de pormenores, com grau de precisão compatível com a escala” (IBGE, Noções de Cartografia).

Page 137: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Para saber mais...

MUSEU DE TOPOGRAFIA PROF. LAUREANO IBRAHIM CHAFFE – UFRGS Equipamentos de topografia

TOPOGRAFIA é a ciência que trata do estudo da representação detalhada de uma porção da superfície terrestre.

Desde os primórdios da civilização, ainda em seu estágio primitivo, o homem tratou de demarcar sua posição e seu domínio. Sem saber, ele já aplicava a Topografia.

Os babilônicos, os egípcios, os gregos, os chineses, os árabes e os romanos foram os povos que nos legaram instrumentos e processos que, embora rudimentares, serviram para descrever, delimitar e avaliar propriedades tanto urbanas como rurais, com finalidades cadastrais.

A palavra TOPOGRAFIA tem sua origem na escrita grega, onde TOPOS significa lugar e GRAPHEN significa descrição, escrita. Desta maneira pode-se dizer que a

Page 138: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Planta – documento que exprime uma área restrita, como cidades, casas ou jardins. Zoneamento estratégico da cidade

de São Caetano do Sul, 2010.

PLANTA - a planta é um caso particular de carta. A representação se restringe a uma área muito limitada e a escala é grande, consequentemente o nº de detalhes é bem maior.

Page 139: 1º Trimestre - Cartografia

A anamorfose cartográfica ou geográfica é uma figura que expõe o contorno dos espaços representados de forma distorcida para realçar o tema. A área das unidades espaciais é alterada de forma proporcional ao respectivo valor, mantendo-se as relações topológicas entre unidades contíguas.

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Anamorfose

Cartograma ou mapa diagrama é uma das denominações que recebe um mapa que representa dados quantitativos em forma de gráfico sobre mapas de áreas extensas como estados, países, regiões.

Cartograma

Page 140: 1º Trimestre - Cartografia

Croqui do Pão de açúcar

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Trata-se de representação cartográfica elementar que pode representar paisagens

e/ou trajetos de uma localidade a outra.

Croqui corresponde a uma representação cartográfica aproximada, que permite ao leitor a orientação e localização de objetos de interesse.

CROQUI - é um esboço e não obedece a rotina técnica para a elaboração de mapas. Não tem como finalidade a divulgação para o público; contém informações sobre uma pequena área e supre a falta de uma representação cartográfica detalhada (IBGE, Noções de Cartografia).

CROQUI

SIMBOLOGIA E CONVENÇÕES

CARTOGRÁFICAS

Page 141: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

A maquete é um modelo concreto, reduzido e em três dimensões (3D), de setor da superfície terrestre, que representa os objetos e feições que se pretende estudar. As maquetes apresentam os objetos de forma reduzida, respeitando ou não uma relação precisa de escala no registro dos objetos que a compõem. Em muitos casos a maquete pode ser construída em escala, com algumas feições decorativas exageradas para que sejam visíveis. Sempre que possível deve representar a realidade com fidelidade, no que se refere à forma, tamanho e proporção de objetos.

Maquete do CT de atletismo em SCS/SP.

Transformação do centro esportivo São Jo-sé, em uma instalação esportiva de ponta e ecologicamente correta, com investimento de R$ 15 milhões. UOL Esporte, 20/10/2010.

MAQUETE

SIMBOLOGIA E CONVENÇÕES

CARTOGRÁFICAS

Page 142: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

SIMBOLOGIA E CONVENÇÕES

CARTOGRÁFICAS

Page 143: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

ELEMENTOS DO MAPA

MAPAS: TEXTOS CHEIOS DE ESTILOS

Os cinco elementos básicos dos mapas:

TÍTULO: informa o tema, o local e o tempo (data de ocorrência do fenômeno).

LEGENDA: detalha as informações do título em acordo com as representações utilizadas no mapa.

ESCALA: permite visualizar a proporção entre o real e o abstrato.

ORIENTAÇÃO: indica as referências internas de localização: Norte, Sul, Leste e/ou Oeste.

FONTE: credencia a informação do mapa, dá respaldo técnico e científico.

Page 144: 1º Trimestre - Cartografia

1º Trimestre – Cartografia

Page 145: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Título: Traz informações que identificam o mapa

1

ELEMENTOS DO MAPA

Page 146: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

DECIFRANDO OS MAPAS: A LEGENDA

Entendendo as legendas

São elementos informativos do mapa que traduzem as informações gerais do título.

Detalham a informação do mapa.

A legenda transforma seu ponto de referência abstrato em uma referência concreta.

2

A Legenda indica o significado dos símbolos e das cores utilizados no mapa.

Page 147: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Escala: Indica quantas vezes o tamanho real foi reduzido para

ser representado no mapa.

Orientação: Indica a direção e o sentido do mapa. Geralmente

indica o Norte.

3 4

ELEMENTOS DO MAPA

Page 148: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Fonte: Fornece a origem das informações apresentadas no mapa

5

ELEMENTOS DO MAPA

Page 149: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

PROJEÇÕES

CARTOGRÁFICAS

Page 150: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

O ESTUDO DAS PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Todo mapa é um processo de alteração da superfície terrestre. Esta

distorção será maior quanto maior for a área cartografada.

O problema das projeções cartográficas exige, portanto, uma grande dose de imaginação.

Ao tentarmos desenvolver uma esfera (ou parte de uma esfera) sobre um plano, observamos que os limites externos de sua superfície são os mais sacrificados, apresentando maiores alterações, enquanto que o centro da mesma não apresentará deformações. Portanto, o centro de uma projeção é a parte – que pode ser um ponto ou uma linha (um paralelo ou um meridiano) – em verdadeira grandeza, sem alterações de escala.

O DESENVOLVIMENTO DE UMA ESFERA

A maior dificuldade em cartografia é transferir o que existe numa superfície curva, que é a Terra, para uma superfície plana, que é o mapa. Só podemos conseguir essa transferência, essa passagem, de maneira imperfeita, infiel, com algumas alterações.

Page 151: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Como a esfera não se desenvolve sobre o plano, utilizamos superfícies intermediárias que tenham a propriedade de se desenvolver. Temos, então, que procurar figuras semelhantes à esfera, que sejam passíveis de desenvolvimento. O cilindro, o cone e o azimute constituem esses tipos de figuras.

Cônicas

Azimutal (tangente ou polar)

Cilíndricas

As projeções cartográficas costumam ser reunidas em três tipos básicos:

CLASSIFICAÇÃO DAS PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

CONFORME: São projeções que conservam os ângulos, ou seja, são mantidas as formas ou as fisionomia dos elementos cartografados. Ex: Projeção de Mercator

EQUIVALENTE: São as que conservam as áreas, mantendo a proporção do tamanho entre a superfície real e a representada no mapa. Ex: Projeção de Peters

EQUIDISTANTE: Os comprimentos são representados em escala constante, ou se ja, é mantida a relação de comprimento entre meridianos e paralelos. Ex: Projeção Azimutal

Page 152: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

PROJEÇÃO CÔNICA

Page 153: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Na projeção cônica, a esfera projeta-se a partir do Equador, tangenciando de um dos paralelos. São observados as seguintes consequências:

• A única linha de verdadeira grandeza é o paralelo de tangência.

• O polo é projetado, graças à forma própria do cone.

• Os meridianos projetados se cruzam no polo, semelhantemente ao que acontece na esfera.

• As linhas traçadas na esfera são projetadas para a superfície cônica de desenvolvimento a partir de um certo ponto do interior da esfera.

Observe a projeção cônica: os países que apresentam maiores distorções são aqueles localizados próximos ao Equador.

Este tipo de projeção é ótima para representar mapas regionais, onde aparecem apenas pequenas partes da superfície terrestre.

PROJEÇÃO CÔNICA

Page 154: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

PROJEÇÃO AZIMUTAL OU POLAR

Page 155: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

PROJEÇÃO AZIMUTAL OU POLAR

Na projeção plano ou azimutal, as linhas traçadas na esfera são projetadas no plano, partidas de um certo ponto do interior da esfera, a partir do polo. São observados as seguintes consequências:

• Os meridianos, irradiando-se do polo, são projetados em linha reta.

• À medida que se afastam do ponto de tangência - o polo – o espaçamento e as dimensões dos paralelos e dos meridianos crescem rapidamente.

• O polo, ponto em que a esfera é tangente, é projetado no centro do plano.

• Os paralelos são arcos de círculos concêntricos, como na esfera terrestre.

A projeção azimutal destina-se a representar as regiões polares e suas proximidades.

Page 156: 1º Trimestre - Cartografia

Esquema utilizado para representar a superfície da Terra sobre um plano tangente a mesma. A tangência pode ser nos Polos, no Equador ou em qualquer ponto da superfície terrestre (horizontal), como mostra a figura acima.

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Page 157: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

PROJEÇÃO AZIMUTAL OU POLAR

Símbolo da ONU Projeção Azimutal

Plana Horizontal

Plana Polar

Page 158: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

PROJEÇÃO CILINDRICA

Page 159: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

As linhas traçadas na esfera são transferidas para a superfície cilíndrica de desenvolvimento, através de projeções partidas do centro da esfera. A projeção cilíndrica, também conhecida como Projeção de Mercator, apresenta os paralelos e os meridianos cruzando-se em ângulos de 90º e é bastante utilizada na navegação e na confecção de mapas-múndi.

PROJEÇÃO CILINDRICA

Os países localizados nas mais altas latitudes apresentam-se bastante deformados, ao contrário daqueles situados ao longo ou próximo da linha do Equador, que apresentam pequenas alterações.

Page 160: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

PROJEÇÃO CILINDRICA

Projeção de cilíndrica de Mercator, século XVI

Projeção cilíndrica Conforme:

Prioriza os ângulos

PROJEÇÃO DE MERCATOR

Na projeção de Mercator há uma valorização do continente Europeu,

localizado ao centro superior do mapa. Nota-se uma

distorção acentuada dos países do hemisfério Norte

(em relação às suas medidas reais) em detrimento do

hemisfério Sul.

Page 161: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

PROJEÇÃO CILINDRICA

• Apenas o Equador tangencia a superfície. Por isso, é a única linha projetada de real grandeza (que conserva a dimensão original).

• As áreas próximas aos polos e mesmo os polos não têm possibilidade de serem projetadas na superfície cilíndrica ou são projetadas com grande distorção.

• Os demais paralelos projetados não conservam as medidas originais, guardando iguais comprimentos em relação ao Equador.

Em uma projeção cilíndrica, observam-se as seguintes conseqüências:

Page 162: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Projeção de cilíndrica de Peters, século XX

Projeção cilíndrica Equivalente:

Prioriza as áreas

PROJEÇÃO DE PETERS

Na projeção de Peters, países e continentes do

hemisfério Sul (subdesenvolvidos)

ganham destaque em suas proporções e distorções em relação a projeção

elaborada por Mercator.

PROJEÇÃO CILINDRICA

Page 163: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

O Alemão Amo Peters (nascido em 1916) apresenta um mapa que valoriza o Terceiro Mundo. A principal qualidade deste planisfério é que cada cm² dentro do formato 113 x 72 cm representa exatamente 63.550 Km². Assim, as regiões temperadas do planeta não aparecem maiores do que as outras, como ocorre nos mapas tradicionais. Outra boa qualidade é que a linha do Equador está equidistante dos polos e todas as regiões terrestres aparecem representadas. Esta projeção também facilita uma compreensão mais real da relação entre os tamanhos dos países. A projeção de Peters não é uma projeção conforme. É uma projeção cilíndrica equidistante (de área igual). Isso significa que as áreas dos continentes e países aparecem em escala igual, conservando suas dimensões relativas.

PROJEÇÃO CILINDRICA

Page 164: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

PROJEÇÃO DE MOLLWEIDE

Apresenta formato elíptico,

com distorções das formas

menores que na projeção de

Peters.

Page 165: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

PROJEÇÃO DE GOODE

Também chamada de Projeção

interrompida, mostrando

equivalência entre as áreas oceânicas e

continentais.

Page 166: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Page 167: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Page 168: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

ESCALAS

CARTOGRÁFICAS

Page 169: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Escala é a relação entre a medida de um objeto ou lugar representado no papel e sua medida real.

Noção de Escala – Relação entre a distância no mapa e a correspondente distância real.

Tipos de Escalas

Numéricas Gráficas

0 10 20 30 40m

0 5 10 15 20 Km

0 2 4 Km

1:100 000

1/ 25 000

1 5 000 000

Page 170: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Conversão de Escalas Converter escalas numéricas em escalas gráficas

1: 100 000 = 1000 m = 1 km

centímetros 0 1 2 3 4 km

km hm dam m dm cm

Kilometro Hectometro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro

1 0 0 0 0 0

1 0 0 0

1

Page 171: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Tipos de Escalas

Numéricas Gráficas

1: 250 000

1/10 000

1 7 000 000

0 100 200 m

0 2,5 5 km

0 70 140 210 280 km

0 50 100 150 200 Km 1: 5 000 000

Page 172: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

ESCALAS GRANDES E PEQUENAS

As representações cartográficas mudam de nome conforme a escala

Quanto ao tamanho

Quanto a representação

Escala Aplicações

Escala Grande Escala de Detalhe até 1:25.000 Plantas Cadastrais

Escala Média Escala de Semi-detalhe

de 1:25.000 até 1:250.000

Cartas topográficas

Escala Pequena Escala de Reconhecimento ou de síntese

de 1:250.000 e menores.

Cartas Topográficas e cartas gerais.

Você pode usar o seguinte raciocínio: 1 dividido por 5 mil é maior que 1 dividido por 30 milhões. Quanto maior a escala, maior o número de detalhes representados.

Ao contrário do que se pensa uma escala grande não é aquela que possui um número enorme. A escala 1:5.000 é

grande pois a representação da realidade foi diminuída apenas 5.000 vezes, enquanto na escala 1:30.000.000 a representação da realidade foi diminuída 30 milhões de

vezes, portanto a E=1:5.000 é maior que a E=1:30.000.000.

Page 173: 1º Trimestre - Cartografia

ESCALAS uma questão de

ponto de vista

QUANTO MAIOR A ESCALA,

MAIOR O NÍVEL DE DETALHAMENTO.

QUANTO MENOR A ESCALA,

MENOR O NÍVEL DE DETALHAMENTO.

Áreas da Europa vistas em diferentes escalas.

Escala Continental

Escala Local

Escala Regional

Escala Nacional

Page 174: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

ESCALAS uma questão de

ponto de vista

2000 km

Page 175: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

1000 km

Page 176: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

500 km

Page 177: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

200 km

Page 178: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

10 km

Page 179: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

5 km

Page 180: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

2 km

Page 181: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

1 km

Page 182: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

200 m

Page 183: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

100 m

Page 184: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

50 m

Page 185: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

20 m

Page 186: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

20 m

Page 187: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

PROBLEMAS COM ESCALAS

Relembrando: Escala Relação entre a distância no mapa e a correspondente distância real.

Os problemas de escala têm sempre três elementos:

E – Escala Numérica

D – Distância Real

d – Distância no mapa

Page 188: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Cálculo da Escala

Problema: Sabendo que a distância real (D) entre o Funchal (Madeira) e Lisboa é de 900 km, calcule a Escala do mapa onde a distância entre essas duas cidades é de 2 cm.

Page 189: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Problema: A distância medida no mapa entre Viseu e Beja é de 5 cm.

Sabendo que a Escala do mapa é de 1:7 000 000,

calcule a Distância Real (D).

Cálculo de Distâncias Reais

Page 190: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Problema: A distância real entre Lisboa e Madrid é de 600 Km. A que distância se

encontram separadas estas duas cidades num mapa de com Escala de 1/20 000 000?

Cálculo de Distâncias no Mapa

Page 191: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

CURVAS DE

NÍVEL

Page 192: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

SUPERFÍCIES TOPOGRÁFICAS

São superfícies terrestres que não podemos representar por meio de equações devido a sua forma geométricamente indeterminada.

LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO

É a projeção plana que contempla as informações

do relevo do terreno estudado.

Curva de nível é uma linha imaginária

marcada em planta ou mapa topográfico e que representam os pontos de mesma

altitude do terreno.

Page 193: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

É o método utilizado para representar o

relevo terrestre, que permite ao usuário,

ter um valor aproximado da

altitude em qualquer parte do mapa.

As curvas de nível tendem a ser quase que paralelas entre si.

Todos os pontos de uma curva de nível se encontram na mesma elevação.

Cada curva de nível fecha-se sempre sobre si mesma.

As curvas de nível nunca se cruzam, podendo se tocar em saltos d'água ou despenhadeiros.

Em regra geral, as curvas de nível cruzam os cursos d'água em forma de "V", com o vértice apontando para a nascente.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Page 194: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Perfil topográfico de uma área da cidade do Rio de Janeiro

As linhas traçadas no mapa são chamadas isoípsas, sendo que quanto mais próximas estiverem, mais abrupto (inclinado) se apresenta o relevo. Observe que entre as duas elevações existentes na figura, na direção leste-oeste, encontra-se uma depressão relativa.

As curvas de nível permitem uma representação

cartográfica do relevo tridimensional de uma

superfície para visualização das formas do terreno numa

superfície plana (a carta).

Page 195: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

FINALIDADE E APLICAÇÃO

ÁREAS AMBIENTAIS

Definição e demarcação de áreas de preservação permanente; Projeto de matas ciliares; Demarcação e projeção de reserva permanente de áreas verdes.

ENGENHARIA

Importante recurso para aplicações em obras de engenharia como Terraplenagem; Estradas; Edificações; Obras sanitárias e hidráulicas e ambientais.

AGRICULTURA

É utilizada para Talhonamento; Sistematização do terreno; Terraços e camalhões; Arruamento de plantio em nível e desnível; Sistema de irrigação; Implantação de carreadores.

Page 196: 1º Trimestre - Cartografia
Page 197: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Para saber mais...

A NOÇÃO DE CURVA DE NÍVEL NO MODELO TRIDIMENSIONAL E O ENSINO-APRENDIZAGEM DO MAPA DE RELEVO Sérgio Luiz MIRANDA Rosângela Doin de ALMEIDA

O mapa é um instrumento fundamental para pensar, decidir, planejar e agir racionalmente sobre o espaço, sobretudo quando a escala ultrapassa a dimensão do lugar imediato, do lugar de vida do sujeito, quando, então, o mapa possibilita pensar o espaço ausente, distante, desconhecido empiricamente. A evolução tecnológica possibilitou o desenvolvimento de novas formas de se registrar informações espaciais, como as fotografias aéreas e as imagens de satélite. No entanto, essas novas técnicas, que têm suas vantagens e aplicações específicas de grande importância nos dias de hoje, não possuem a seletividade do mapa e, em vez de substituí-lo, contribuíram para seu aperfeiçoamento, possibilitando maior grau de precisão dos documentos cartográficos.

Page 198: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Cartografia Temática

Page 199: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Características da Cartografia Temática

Cartografia temática corresponde a todos os mapas que tratam de outro assunto além da simples representação do terreno (JOLY, 1990).

Mapas temáticos são aqueles que representam qualquer tema;

Atendem usuários específicos;

Geralmente os dados são superados com rapidez;

Requerem conhecimento específico para sua compreensão. Interpretação complexa;

Utilizam cores de acordo com as relações entre os dados que apresentam;

Uso de símbolos gráficos, especialmente planejados para facilitar a compreensão de diferenças quantitativas e qualitativas;

Raramente servem de base para outras representações. Fonte:SANCHEZ,1981 apud ARCHELA 2000, adaptado.

Page 200: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Instrumento de expressão dos re-

sultados adquiridos pela Geografia e pelas demais ciências que têm a

necessidade de se expressar na forma gráfica. Tem como preocupação

básica a elaboração e o uso dos mapeamentos temáticos, abrangendo

a coleta, análise, interpretação e a representação das informações

sobre uma carta base. Importa-se mais com o conteúdo que vai ser

representado no mapa do que com a precisão dos contornos ou da

rede de paralelos e meridianos (ARCHELA, 2000).

CARTOGRAFIA TEMÁTICA

Page 201: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

MÉTODOS DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

PRINCÍPIOS DA SEMIOLOGIA GRÁFICA, por Jacques Bertin (1962)

• Normatização da representação gráfica: diagramas, redes e mapas;

• Linguagem gráfica monossêmica é diferente da linguagem polissêmica (pintura, fotografia, etc.);

• Monossemia é importante para que não haja dúvida sobre o que está representado (porém a interpretação não é única);

• Legenda é responsável pela padronização do significado de cada signo;

• A gráfica auxilia na comunicação e compreensão das informações, por exemplo: uma tabela demanda muito mais tempo para compreensão e leitura do que um gráfico.

Monossemia: um símbolo, um significado

Polissemia: um símbolo, muitos significados

SEMIOLOGIA

Estudo dos signos (símbolos, significados)

Page 202: 1º Trimestre - Cartografia

A semiologia gráfica se baseia na percepção lógica, ou seja, a representação gráfica deve ser feita de modo que em apenas um instante de percepção seja compreendida.

Variáveis visuais e níveis de

organização, propriedades de percepção

Page 203: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

VARIÁVEIS VISUAIS - tamanho, valor, granulação, cor, orientação e forma

IMPLANTAÇÃO - forma de implantar as variáveis visuais, podem ser pontos, linhas ou áreas (zona).

ELEMENTOS DA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

PROPRIEDADES PERCEPTIVAS

Classificação das variáveis

visuais segundo os quatro

níveis de organização

Page 204: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Nível qualitativo (ou nominal): objetos ou fenômenos que têm relação de

igualdade ou diferença mútua.

Questão “o quê?”. Ex: usina nuclear, mina de carvão, poço de petróleo; budista,

católico, muçulmano, hinduísta) – não são ordenadas.

Deve ser representada por uma variável visual seletiva (≠) ou associativa (≡).

Representação Qualitativa

SELETIVO (≠): permite isolar todas as correspondências da mesma categoria (a família dos signos vermelhos, a família dos signos verdes; a família dos signos escuros, a família dos signos claros).

ASSOCIATIVO (≡): permite o agrupamento imediato de todas as correspondências diferenciadas por esta variável (todas as variáveis visuais são associativas, porém em diferentes graus).

Page 205: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Expressa a existência, localização e extensão de ocorrência dos fenômenos. Variável visual deve ser seletiva (≠) ou associativa (≡). Exemplo : Tipo de implantação: área Componente: qualitativo Variável visual: cor (≠ seletiva)

Mapa corocromático com informação seletiva no modo de implantação zonal

Representação Qualitativa

Fonte: ARCHELA e THÉRY, 2007.

Page 206: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Representação Ordenada

Nível ordenado: elementos que tenham relação de grandeza ou hierarquia entre si.

Questão “em que ordem?”. Envolve conceitos que permitem um ordenamento dos

elementos de maneira universalmente conhecida (frio-quente-morno; preto-cinza-

branco; pequeno-médio-grande; bom-médio-ruim).

Deve ser representado por uma variável visual ordenada (O).

ORDENADO (O): permite a classificação visual de suas categorias (cinza é

intermediário dentre o preto e o branco (variável valor); o médio é

intermediário entre o pequeno e o grande (variável tamanho).

Page 207: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Expressa fenômenos que apresen-tam ordem hierárquica entre os elementos.

Variável visual deve ser ordenada (o tamanho, embora seja ordena-do, deve ser reservado à propor-cionalidade). A cor pode ser explo-rada (clara e escura/fria e quente).

Exemplo: Tipo de implantação: área Componente: ordenado Variável visual: valor (ordenado)

Mapa coroplético com informação ordenada no modo de implantação zonal

Fonte: ARCHELA e THÉRY, 2007.

Representação Ordenada

Page 208: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Representação Quantitativa

Nível quantitativo (métrico): usado quando fazemos uso de

unidades contáveis (número de habitantes, valor em dinheiro,

vezes).

Questão: “Quanto?”

Deve ser representado pelo tamanho, isto é, uma variável visual

quantitativa (Q).

QUANTITATIVO (Q): revela a relação de proporcionalidade entre

elementos (A é duas vezes maior do que B).

Page 209: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Expressa relação de proporcionalida-de entre os componentes. Variável visual deve ser quantitativa (somente o tamanho) Método dos círculos proporcionais; Exemplo: Tipo de implantação: ponto Componente: quantidade Variável visual: tamanho (quantida-de).

Mapa de círculos proporcionais com informação quantitativa no modo de implantação pontual

Fonte: ARCHELA e THÉRY, 2007.

Representação Quantitativa

Page 210: 1º Trimestre - Cartografia

A linguagem do mapa é a gráfica, através de linhas e cores passa suas mensagens sobre a representação do Mundo. A cartografia ocupa-se em analisar e desenhar os mapas e as cartas topográficas de maneira

mais adequada à sua comunicação e utilização.

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Leitura, análise e interpretação de mapas temáticos

Usando as normas e possibilidades da representação cartográfica apresentadas, o mapa deve ser pensado como um todo.

Todos os elementos citados devem ser levados em consideração no momento da concepção e estudo dos mapas.

Page 211: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

MAPA PARA VER Responde: o componente X, onde está? Fácil visualização

MAPA PARA LER

Responde: o lugar x, o que tem? Poderia ser representado por formas, cores, desenhos, por exemplo.

Page 212: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

A leitura do mapa pelo usuário

1º Momento: compreensão do título e verificação da escala. O que significa o título? A escala é grande ou pequena? A escala favorece ou dificulta a leitura?

2º Momento: Entendimento da Legenda Quais os símbolos que ela representa? É completa? É Clara?

3º momento: observação atenta do mapa a fim de criar uma setorização para a decodificação/descrição.

4º Momento: decodificação do mapa.

5º Momento: reconstrução mental do mapa.

Page 213: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

Mapas, saber e poder

MAPAS, SABER E PODER por Brian Harley

Introdução Perspectivas teóricas Os contextos políticos dos mapas

Mapas e Império Os mapas e o Estado-nação Mapas e direitos de propriedade

O conteúdo dos mapas no exercício do poder Distorções intencionais do conteúdo dos mapas Distorções “inconscientes” do conteúdo dos mapas Geometria subliminar

Os silêncios dos mapas A representação de hierarquias O simbolismo cartográfico do poder Os mapas na pintura

A ideologia da decoração cartográfica O “fato” cartográfico como símbolo Conclusão: discurso cartográfico e ideologia

Page 214: 1º Trimestre - Cartografia

Introdução

Dê-me um mapa; depois mostre-me Tudo o que me resta para conquistar o mundo... Christopher Marlowe, Tamburlaine, Segunda parte (VIII, p. 123).

O presente estudo convida a uma viagem ao universo ideológico dos mapas e da cartografia. Os mapas existem há muito tempo, porém, raramente são lidos como textos ou formas de saber socialmente construídas, dotados de ideologias, suas mensagens carregam interesses políticos, econômicos e culturais.

Resgatar a eloquência dos mapas. Sf. Arte de bem falar. Faculdade de dizer, de forma que se domine o ânimo de quem ouve.

MAPAS

• Ênfase na representação das características geográficas, científicas e técnicas.

• Em segundo plano, as impressões que as pessoas tem sobre essas características geográficas transmitidas pelos mapas e a investigação do saber que as constituíram.

“O que podemos fazer para que os mapas falem dos mundos sociais do passado?”

Page 215: 1º Trimestre - Cartografia

Perspectivas teóricas

“Pela seletividade de seu conteúdo e por seus símbolos e estilos de representação, os mapas são um meio de imaginar, articular e estruturar o mundo dos homens”.

Há três formas de ver os mapas que destacam seus contornos ideológicos:

1. Os mapas como uma forma de linguagem.

2. A representação iconológica do discurso dos mapas, isto é, perceber o que representam ideologicamente as imagens dos mapas (simbolismos das imagens).

3. Cartografia como forma de conhecimento e poder.

Linha de pesquisa: Iconológica

ICONOLOGIA – estudo da imagem ICONO - ícone, do Grego eikon, imagem LOGIA – do Grego logus, conhecimento, estudo

Os mapas são considerados:

• parte do conjunto das imagens carregadas de um juízo de valor (ideia, intenção);

• imagens que contribuem para o diálogo num mundo socialmente construído.

Page 216: 1º Trimestre - Cartografia

1. Os mapas como forma de linguagem

O autor crítica a Semiologia Gráfica desenvolvida por BERTIN (1967) e diz que a linguagem cartográfica vai muito mais além da melhor forma de representar graficamente as informações. Pois, consiste no universo ideológico que estas representam.

Considera não só a evolução técnica e científica dos mapas,

como também o contexto histórico-social e ideológico a que

pertencem. Além de observar também a evolução dos leitores e

usuários desses mapas.

LINGUAGEM CARTOGRÁFICA

Força política dos mapas na sociedade

Produto histórico, socialmente produzido, dotado de diferentes

visões de mundo.

“LITERATURA DOS MAPAS”

Perspectivas teóricas

Page 217: 1º Trimestre - Cartografia

“Um mapa pode carregar em sua imagem um simbolismo passível de ser associado à zona, à característica geográfica, à cidade ou ao lugar particular que ele representa. É neste nível simbólico em geral que o poder político dos mapas é mais eficazmente reproduzido, comunicado e percebido”.

2. A representação iconológica do discurso dos mapas

3. Cartografia como forma de conhecimento e poder

Os especialistas em medir e representar a Terra não reproduzem apenas as características geográficas, sejam elas, físicas, políticas, econômicas ou culturais, no sentido abstrato, mas também, todos os imperativos territoriais de um sistema político.

Todos os mapas, científicos ou não, estão envolvidos no processo do poder, e contribuem diretamente para a

formação dos territórios, no âmbito físico e ideológico.

Perspectivas teóricas

Erwin Panofsky Faz uma leitura Iconológica, a partir do ponto de vista que permite não só identificar um nível “superficial”, como também um nível “mais aprofundado” dos significados da imagem e suas conexões.

Page 218: 1º Trimestre - Cartografia

Conhecimento é poder

PODER E SABER

Anthony Giddens

“[...] Os mapas foram uma invenção similar no controle do espaço; eles facilitaram a expressão geográfica dos sistemas sociais e são um meio de consolidar o poder do Estado. Como instrumentos de vigilância, eles se prestam ao mesmo tempo à coleta de informações pertinentes para o controle dos cidadãos pelo Estado e à vigilância direta de sua conduta”.

Michel Foucault

Os mapas, também, se prestam a atos de vigilância dos governos:

• Guerra à propaganda política; • Delimitação de fronteiras; • Preservação da ordem pública.

Explica como os sistemas sociais se dão no tempo e no espaço, isto é, a questão das estruturas sociais nas quais se encontra o indivíduo, e como essas estruturas se mantêm e/ou se modificam.

O Estado exerce seu poder através do controle dos:

• Recursos materiais • Recursos de autoridade

Perspectivas teóricas

Page 219: 1º Trimestre - Cartografia

As imagens cartográficas sob o ângulo de sua influência política na sociedade

• A universalidade dos contextos políticos na história da cartografia;

• A maneira pela qual o exercício do poder estrutura o conteúdo dos mapas, e

• A maneira pela qual a comunicação cartográfica, num nível simbólico, pode reforçar este poder por intermédio do conhecimento cartográfico.

Compreendidos como saber assimilado a um poder, os mapas são explorados sob três ângulos:

Perspectivas teóricas

Page 220: 1º Trimestre - Cartografia

Os contextos políticos dos mapas

CONTEXTO = AUTOR + OBRA + SOCIEDADE

QUADROS FÍSICOS E SOCIAIS

Produtores e usuários dos mapas

no tempo e no espaço

CARTÓGRAFO Pessoas envolvidas na elaboração dos mapas, de forma

técnica ou política

MAPA Imagens que transmitem

informações, conhecimento,

ideias, impressões

“[...] as circunstâncias nas quais os mapas foram elaborados e utilizados”.

A história da cartografia revela a influência do poder político, religioso e social:

• Documentos utilizados em estratégias de inteligência: para defesa e para guerra; • Privilégio das elites - legitimadores do poder de poucos sobre muitos.

Page 221: 1º Trimestre - Cartografia

“As funções específicas dos mapas no exercício do poder confirmam também a onipresença desses contextos políticos por meio das escalas geográficas. Essas funções vão da construção de um Império mundial à manutenção do Estado-nação e à afirmação local dos direitos de propriedade individuais. Em cada um desses contextos, as dimensões do regime político e do território são compiladas em imagens que, assim como o ordenamento jurídico, fazem parte do arsenal intelectual do poder”.

Os contextos políticos dos mapas

Cartografia, a “Ciência dos Príncipes”

Ao observarmos as diversas culturas, do oriente ao ocidente, passando pelos chineses, árabes, europeus, e todos os outros povos, percebemos os mapas como objetos de controle e poder, sempre ligados às elites econômicas, políticas e intelectuais. Influenciam diretamente nos limites políticos e nas concepções de mundo de todas as pessoas ao longo da história da humanidade.

Page 222: 1º Trimestre - Cartografia

Cartografia, a “Ciência dos Príncipes”

Os contextos políticos dos mapas

Page 223: 1º Trimestre - Cartografia

Mapas e Império

“Os geômetras marchavam ao lado dos soldados, elaborando primeiro os mapas para as missões de reconhecimento, depois com informações gerais, antes de fazê-los instrumento de pacificação, civilização e de exploração dessas colônias”.

Com a dominação territorial, os mapas começaram a ter grande importância nas sociedades.

Os mapas anteciparam o Império e também foram uma de suas

principais armas.

Prestam-se a legitimar a realidade e contribuem em mitos.

Assim, como os discursos, os jornais,

as canções populares, os contos, eram uma forma de comunicação, os mapas também complementavam as

mensagens sobre o Império.

“Os mapas prestam-se a legitimar a realidade da conquista e do império”.

Page 224: 1º Trimestre - Cartografia

Mapa do Brasil de 1556 com orientação a Oeste (Poente). O ponto de vista do cartógrafo português é claramente expresso na orientação assumida, além de representar o modo de vida das povos indígenas e a gloriosa “descoberta”.

UFR

GS

- C

amp

us

do

Val

e, In

stit

uto

de

Ge

oci

ênci

as, D

epar

tam

ento

de

Ge

od

ésia

. 20

12

.

Page 225: 1º Trimestre - Cartografia

Mapas e Império

“[...] os mapas apoiaram sistematicamente o exercício direto do poder territorial”.

A seguir, mapa do mundo representando a extensão do Império Britânico e suas rotas marítimas, ao final do século XIX. Projeção de Mercator (cilíndrica conforme), com decorações demonstrando a Grã-Bretanha, a “Rainha dos Mares”, sentada sobre o globo no centro, com a mensagem do “Novo imperialismo”, isto é, quem estava no comando do mundo (naquele momento histórico).

Sistema de coordenadas geográficas (Ptolomeu) Localização Projeção Cilíndrica (Mercator), facilita a navegação marítima Cartas orientadas

Roma – os agrimensores romanos desenharam todo controle territorial do Império

Estados Unidos – o traçado topográfico determinou ”a ordem sobre a terra”

Grã-Bretanha – a simples mudança de um traço no mapa influenciou diretamente na vida de milhões de pessoas, indianos, africanos, entre outros povos.

Impulsionaram, ao mesmo tempo, o desenvolvimento da Cartografia e o controle da expansão territorial dos Impérios

Page 226: 1º Trimestre - Cartografia

Figura 1: Extensão do Império Britânico em 1886. Reproduzido com a autorização da Coleção Mansell.

Page 227: 1º Trimestre - Cartografia

“Existem inúmeros contextos nos quais os mapas tornaram-se a moeda de ”negociações” políticas, de divisões, vendas e tratados feitos sobre os territórios coloniais, e nos quais, uma vez tornados permanentes pela imagem, estes mapas adquiriam frequentemente força de lei.”

Mapas e Império

• Os usuários imperiais encontravam nos mapas um poder sem limite, separado de responsabilidades sociais e suas consequências.

• A superfície terrestre poderia ser dividida sobre o papel.

• Não importavam as pessoas nem os lugares, apenas os interesses políticos e econômicos em jogo.

Podemos observar nos contornos e nas ”linhas” dos mapas manifestações do poder do processo imperialista, pois foram impostas nos continentes sem referências às populações e, até mesmo, sem referências aos próprios territórios.

Page 228: 1º Trimestre - Cartografia

Os mapas e o Estado-nação

Ao representar os conhecimentos sobre determinada área geográfica, os mapas, traziam consigo um valor simbólico, demonstrando o poder e o domínio de determinado grupo social.

HISTÓRIA DOS MAPAS Os mapas Europeus antigos destacavam os caminhos, vias, rotas e distâncias, mostravam também fronteiras políticas e os continentes. Esse conjunto de imagens (mapas) constituíram as dimensões político-econômicas e ideológicas da sociedade européia.

Afirmação do Estado-nação

“Os primeiros teóricos da política relacionavam os mapas aos homens de Estado, que foram os primeiros a colecioná-los sistematicamente”

Conhecimento Cartográfico

Privilégio

Os mapas eram produzidos e utilizados

como recurso geopolítico pela elite político-

econômica.

Controlado pelo Estado

Page 229: 1º Trimestre - Cartografia

Os mapas e o Estado-nação

Até os dias de hoje, o Estado é o maior detentor, organizador e legislador das operações cartográficas de um país.

“Segredo Cartográfico” Século XVI, Portugal e Espanha, os cartógrafos de cada coroa criavam chaves e códigos que apenas eles poderiam decifrar, evitando assim, que um tivesse acesso a informação do outro.

Monopólio do saber cartográfico

HISTÓRIA DA TECNOLOGIA MILITAR

Ligação entre os mapas e o regime político

Para o exército (órgão de segurança do Estado) os mapas eram uma importante fonte de conhecimento: instrumento fundamental para pensar, decidir, planejar e agir sobre o espaço, além de facilitar a condução técnica de guerras, amenizando o sentimento de culpa que estas produzem, pois “[...] as linhas silenciosas da paisagem de papel favorecem a ideia de um espaço socialmente vazio”.

Mas nem todos os mapas militares são silenciosos, alguns

proclamam alto e em bom som os lugares da glória nacional.

Page 230: 1º Trimestre - Cartografia

Mapas e direitos de propriedade

Métodos técnicos de divi-são de terras e instrumento

social para regulamentar legalmente as propriedades

e coletar impostos.

Desenhados para tornar permanente uma ordem

social, separando homens livres e escravos, funda-mentado na divisão do

território.

Servia ao processo de regulação de direitos, num contexto sócio-

jurídico e era um meio de controlar os conflitos sobre os direitos de

propriedade privados.

Documentos geográficos

assumem força de lei, conhecimento

é poder.

A nova lógica da economia mundial e sua divisão territorial

do trabalho

É um meio de explorar a terra de forma eficaz,

visando o aumento dos lucros, e de se fazer

cumprir e respeitar as regras e leis.

Propriedade privada Controle de pessoas

e lugares

Estado ou proprietários

privados MAPA

Passagem do feudalismo para o capitalismo

Page 231: 1º Trimestre - Cartografia

Mapas e direitos de propriedade

Os traçados feitos sobre os mapas excluíam ao mesmo tempo em que limitavam, pois determinavam hierarquias territoriais segundo o poder dos Estados e dos proprietários privados, influenciando diretamente na vida das pessoas, as quais, em sua maioria, não possuíam conhecimentos suficientes para contestá-los.

DISCIPLINA DO TEMPO

DISCIPLINA DO ESPAÇO

“Os mapas invadem de maneira invisível a vida cotidiana”.

Page 232: 1º Trimestre - Cartografia

Os mapas representavam o direito de propriedade privada, adquiriram a aura da ciência e, com isso, ética e virtude ligadas à definição cada vez mais precisa da superfície terrestre: do globo à habitação, nos aspectos físicos, políticos, econômicos e culturais.

“[...] Neste fragmento de mapa fundiário de Garnetts, em Essex (1622), atribuído a Samuel Walker, os detalhes das propriedades [...], sua delimitação fixa e sua medida precisa [...] transformam os direitos de propriedade em uma imagem tangível e legalmente constrangedora”.

Figura 2. Mapa fundiário em grande escala

Page 233: 1º Trimestre - Cartografia

Good Morning, Miss Dove (O acaso de uma alma), 1955.

“É o mesmo mapa?” Perguntou Jincey. Ela mostrou o grande mapa do mundo que pendia, enrolado para o verão, acima do quadro negro, atrás de Miss Dove. ”A China ainda é laranja?”.

“É um novo mapa”, disse Miss Dove. ”A China é púrpura”.

“Eu gostava do antigo mapa”, disse Jincey, “Eu amo o mundo antigo”.

“A cartografia é uma arte fluida”, respondeu Miss Dove.

Frances Patton, Good Moring, Miss Dove (New York: Dodd Mead, 1954).

O conteúdo dos mapas no exercício do poder

Os mapas produzem uma imagem ”cientificamente” correta, exata e inquestionável do mundo.

MITO CULTURAL

“Reconhecer que toda cartografia é uma ficção complexa, controlada, não nos impede de conservar uma distinção entre as apresentações do conteúdo dos mapas que são deliberadamente induzidos por um artifício cartográfico e aqueles em que o conteúdo estruturante da imagem não é examinado.”

Page 234: 1º Trimestre - Cartografia

HISTÓRIA FINS POLÍTICOS

ESTRATÉGIAS DE PROPAGANDA

“[...] Adaptando as projeções individuais, manipulando as escalas, aumentando excessivamente ou deslocando os sinais ou a topografia, utilizando cores com forte poder emotivo, os elaboradores de mapas de propaganda foram defensores de uma visão geopolítica de único sentido.”

RELAÇÕES DE PODER ARTISTA

TÉCNICO POLÍTICO

Mesmo simples mapas temáticos podem veicular sutis mensagens de propaganda. Figura 3.

CARTÓGRAFO

MAPAS

Page 235: 1º Trimestre - Cartografia

Os mapas podem ser usados como um veículo de comunicação ideológico, por exemplo, em propagandas políticas. Em 1968, auge da guerra no Vietnã e da Guerra Fria, ocorreu a elaboração e distribuição do mapa acima nos EUA.

Page 236: 1º Trimestre - Cartografia

Motivos de segurança nacional

Oponentes do Status quo territorial

Concorrência política ou de necessidade comercial

Justificativa de natureza militar

Século XIX

Esconde os locais de deposição de dejetos nucelares Estados Unidos

ESCONDER INFORMAÇÕES DAS SÉRIES DE MAPAS OFICIAIS

Instalações militares e certos lugares que não existem oficialmente e, por isso, não podem aparecer nos mapas.

Rússia Cidades foram intencionalmente localizadas em lugares errados no período da Guerra Fria.

ESTADO

CENSURA CARTOGRÁFICA

Page 237: 1º Trimestre - Cartografia

“Há muitas informações que mostram que as geografias da língua, da ”raça” e da religião foram representadas em conformidade com as crenças dominantes. Existem numerosos casos em que os nomes dos lugares indígenas de grupos minoritários são substituídos nos mapas topográficos por topônimos padrão do grupo que detém o poder”.

FRONTEIRAS

Meios de propaganda

política

Mapas Escolares

Selos de correio Objeto de distorções

geográficas

Utilizados por antecipação para projetar e legitimar

futuras ambições territoriais OS MAPAS

FALSIFICAÇÕES INTENCIONAIS

Tentativas de afirmação dos territórios nacionais

Questões políticas

Page 238: 1º Trimestre - Cartografia

Distorções “inconscientes” do conteúdo dos mapas

Apresentamos os três aspectos destas estruturas ocultas nos mapas:

• A geometria dos mapas

• Os silêncios nos conteúdos dos mapas

• As tendências à hierarquização na representação cartográfica

“Toda a história social dos mapas deve se interessar por essas regras ocultas do conjunto de imagens cartográficas e por suas consequências.”

Entender como os valores sociais influenciam diretamente no

conteúdo dos mapas PROCESSO SUTIL, QUASE IMPERCEPTÍVEL

Interessante ao estudo da iconologia cartográfica

Page 239: 1º Trimestre - Cartografia

Geometria subliminar

“Os mapas tendem a focalizar a atenção do observador sobre o centro e a promover assim o desenvolvimento de visões de mundo exclusivas [...]”.

SÍNDROME DO OMPHALO ”UMBIGO DO MUNDO”

Determina o lugar que está representado no

centro e o tipo de projeção utilizada

Amplifica o impacto político de uma imagem

ESTRUTURA GEOMÉTRICA DOS MAPAS

Page 240: 1º Trimestre - Cartografia

Projeções cartográficas oficiais da Europa durante a Renascença

Geometria subliminar

“[...] um mapa estrutura a geografia que ele representa segundo um conjunto de crenças

sobre o que deveria ser o mundo, a verdade.”

Mercator Será que teve consciência da influência de seu mapa sobre a visão hegemônica mundial dos Europeus?

”Estados colonialistas”

aparecem relativamente maiores sobre o mapa

VISÃO EUROCÊNTRICA

”Colônias” representadas ”muito

pequenas”

DIFERENTES VISÕES GEOPOLÍTICAS DO MUNDO

CLIQUE AQUI

Page 241: 1º Trimestre - Cartografia

Exclusão de pequenas propriedades rurais

Os silêncios dos mapas

“[...] assim como certos exemplos de escritas ou de falas, os mapas exercem uma influência social, tanto por suas omissões quanto pelos elementos que elas representam e valorizam.”

Mensagens políticas ocultas

O QUE O MAPA NÃO MOSTRA

Tensões religiosas e relações de classe no campo irlandês

ESCALA, FATORES TÉCNICOS E HISTÓRICOS

INGLATERRA

Século XVII

Os geômetras que trabalhavam para os proprietários ingleses excluíam as cabanas dos autóctones irlandeses

Geografia do poder

Século XVIII

Page 242: 1º Trimestre - Cartografia

América do Norte, século XVIII, acima carta da Virgínia, elaborada por Fry e Jefferson (1751), os povos e aldeias indígenas não aparecem na representação (silêncio!), passando a ideia de que os Europeus sempre ocuparam essas terras.

Os silêncios dos mapas

Page 243: 1º Trimestre - Cartografia

Os silêncios dos mapas

“Quando os distritos [...] tornaram-se cortiços, o cartógrafo produziu uma vista “idealizada” que acentua a ruralidade elegante dos principais lugares, mas omite a miséria sórdida da cidade.”

Parte da planta das cidades de Londres e de Westminster, de John Rocque (1755). Reproduzido com a autorização da Biblioteca Britânica.

Figura 4. Os silêncios dos mapas

O que é e o que não é (os silêncios) interessante de se representar em um mapa é um processo universal, isto é, ocorre em todos os povos, em todas as culturas e difere de acordo com os interesses dos indivíduos ou grupos que estão no poder: a elite econômica, política e intelectual.

Page 244: 1º Trimestre - Cartografia

Os silêncios dos mapas

“[...] Construindo uma maior massa de conhecimentos geográficos, os atlas europeus favoreceram, assim, uma visão eurocêntrica, imperialista, introduzindo um desvio sistemático em favor do espaço interior da Europa que reforçava a percepção da superioridade dos Europeus no sistema mundial. Os silêncios dos mapas, que frequentemente faziam parte de estereótipos culturais, vieram expressar as profecias sobre a geografia do poder.”

Orgulho cívico ou na celebração do sucesso comercial

Representações ideais dos proprietários clientes dos

cartógrafos

Sentido único dos confrontos étnicos

Mais forte sobre o mais fraco

Direito divino da Europa de se apropriar

dos territórios

MAPAS Escala cartográfica

Poder da imagem

Page 245: 1º Trimestre - Cartografia

A representação de hierarquias

Convenções Cartográficas

Definição dos signos (símbolos), sistemas de classificação e modos de representação

Cartógrafos

Hierarquia visual dos primeiros

mapas modernos jurídico, feudal e eclesiástico

Forma de organização

econômica e social com base na terra

Política, definição de

regras e normas de convívio em

sociedade

Igreja

Reflexo do pensamento

Hierarquia social

Page 246: 1º Trimestre - Cartografia

Fon

te: C

olu

mb

ia U

niv

ersi

ty, N

ew Y

ork

, 20

12

. Ad

apta

do

po

r TR

OIA

NO

, 20

12

.

Mapa de Portugal, detalhe da região de Lisboa. Atlas de Mercator, 1634. As cidades, vilas, eram representadas de acordo com sua importância político-religiosa e econômica e não em relação ao sua área real ou número de habitantes.

Page 247: 1º Trimestre - Cartografia

Hierarquia visual dos símbolos cartográficos

Cidades e vilas eram representadas nos mapas de acordo com sua influência política, econômica e religiosa.

DAINVILLE, François. Le langage des géographes. Termes, signes, couleurs des cartes anciennes 1500-1800. Paris, 1964. Biblioteca da École des Hautes Études en Sciences Sociales – Paris.

Page 248: 1º Trimestre - Cartografia

François de DAINVILLE. Le langage des géographes: termes, signes, couleurs des cartes anciennes 1500-1800. Ed. Picard: Paris, 1964. 386 p.

A linguagem dos geógrafos: palavras, símbolos e cores de mapas antigos

HIERARQUIA VISUAL

HIERARQUIA SOCIAL

Os mapas eram imagens que consistiam numa forma de

propaganda de Estado, militar e religiosa. Ao mesmo tempo, refletiam

e reafirmavam o status quo social.

A representação de hierarquias

Page 249: 1º Trimestre - Cartografia

O simbolismo cartográfico do poder

“Na imposição do poder, o nível simbólico revela uma importância cartográfica maior. É neste nível que os mapas são mais imagéticos e persuasivos. Pode-se tomar, por exemplo, os mapas simbólicos que se encontram nas pinturas; pode-se também apreciar o papel que desempenham os emblemas artísticos (que não têm necessariamente uma natureza cartográfica) enquanto signos nos mapas decorativos onde eles estão integrados ao discurso do mapa. Após estudar as ligações entre o significado destes emblemas e o território representado, se verá como os mapas não decorativos também podem simbolizar valores culturais e políticos.”

• Imagéticos, permitem imaginar

•Persuasivos, tem o poder do convencimento

Emblemas artísticos, brasões

Símbolos decorativos

Território representado

MAPAS Discurso do mapa,

mensagem Valores culturais

e políticos

Page 250: 1º Trimestre - Cartografia

O simbolismo cartográfico do poder

[...] In the 'Pool they told us the story How the English divided the land

Of the pain, the death and the glory And the poets of old Irieland

[...] Why the hell are the English there anyway?

As they kill with God on their side [...]

If you had the luck of the Irish You'd be sorry and wish you was dead

You should have the luck of the Irish And you'd wish you was English instead! Yes you'd wish you was English instead!

[...] Na piscina eles nos contam a história Sobre como os ingleses dividiram a terra Da dor, da morte e da gloria E dos poetas da velha Irlanda [...] Por que os ingleses estão em qualquer lugar? E assim, matam com Deus ao seu lado [...] Se você tivesse a sorte do irlandês Você se arrependeria e preferiria a morte Você deveria ter a sorte do irlandês Então, desejaria ser inglês em vez disso! Sim, desejaria ser inglês em vez disso!

The luck of the Irish, John Lennon

A terra é um lugar onde se encontra a Inglaterra, Vós a encontrareis qualquer que seja o sentido no qual vós girardes o globo, Pois suas possessões são vermelhas e o resto inteiramente cinza. Tal é o sentido do Dia do Império. Songs for Education: 11 Geography, The collected poems of G. K. Chesterton.

Page 251: 1º Trimestre - Cartografia

Os mapas na pintura

Pintura de Elizabeth I, Rainha da Inglaterra, século XVI.

Frota naval inglesa, destacando o poderio militar

A coroa a seu lado, dando ênfase ao poder econômico

Sua mão sobre o globo terrestre representa a soberania mundial da Inglaterra.

“Desde a idade clássica, os artistas utilizavam os globos e os mapas como emblemas de seu próprio simbolismo. Como signos políticos, o globo ou a esfera frequentemente simbolizaram a soberania sobre o mundo”.

Page 252: 1º Trimestre - Cartografia

Os mapas na pintura

Retrato da Imperatriz Anna Ioannovna, Czarina de 1730-1740.

Louis Caravaque, 1730.

Óleo sobre tela, 262 × 205 cm. Moscou, Musées du Kremlin,

2012.

A mão da Czarina Anna sobre o globo

com a cruz, demonstra a

soberania territorial do império russo e a aprovação da Igreja

Page 253: 1º Trimestre - Cartografia

Os mapas na pintura

Figura 6. O mapa como símbolo territorial “Retrato de Thomas, décimo quarto duque de Arundel, e de sua mulher Alethea (Van Dyke, aproximadamente 1639), o duque aponta a empresa colonial que ele incentivou na ilha de Madagascar.” Alethea segura em seu colo a esfera armilada e o compasso. Reproduzido com a autorização do Duque de Norfolk.

São um recurso gráfico utilizados na

pintura que exprimem o poder

social (político, econômico, religioso e intelectual) sobre

os territórios.

GLOBO TERRESTRE

MAPAS

Page 254: 1º Trimestre - Cartografia

Marten de Vos (1532–1603). Alegoria das Sete Artes Liberais, 1590. Óleo sobre madeira 1,47 × 2,00 m. Coleção privada.

Page 255: 1º Trimestre - Cartografia

A Geometria, vestida de vermelho, tem um

compasso na mão com que mede um globo terrestre e tem na

cabeça uma coroa em forma de muralha com

torres. No chão dois esquadros. Ao seu lado

a Aritmética escreve numa tábua e junto aos seus pés, um livro onde

se lê “Pitágoras”.

Detalhe da alegoria das “Sete artes liberais”

Page 256: 1º Trimestre - Cartografia

Pierre Mignard (1612-1695). As Musas Calíope, Urânia e Terpsícore. Óleo sobre tela 1.78 m x 1.33 m, Château Fontainebleau.

Deusas gregas representantes do saber

• Urânia (astronomia), no alto, com o Globo terrestre e o compasso

• Calíope (eloquência, retórica) apoiada sobre o livro

• Terpsícore (música, dança), segurando a harpa.

“Na pintura, os mapas serviram como símbolos territoriais. Por exemplo, pode-se interpretar os ciclos de mapas murais da Renascença italiana como uma Summa visual do saber, do poder e do prestígio religioso, em geral secular”.

Page 257: 1º Trimestre - Cartografia

“Nos jornais, nas telas de televisão e nos inúmeros desenhos de sátira política, os chefes militares são sempre representados em frente aos mapas, para confirmar ou reafirmar àqueles que os olham o direito imprescritível ao poder sobre o território”.

PINTURA, GRAVURA

FOTOGRAFIA, FILME

Ainda hoje, as decorações cartográficas permanecem aceitas como símbolos políticos de nossa sociedade.

Cena do filme O Grande Ditador, 1940. O ditador Adenoid Hynkel (em clara referência a Hitler) é interpretado por Charles Chaplin.

de Charles Chaplin, 1940. O filme se passa durante a Segunda Guerra Mundial, Chaplin assume o papel dos dois principais protagonistas da história real: o ditador alemão e o barbeiro judeu. Traz uma das melhores críticas anti guerra já transmitidas pelo cinema.

Page 258: 1º Trimestre - Cartografia

• Títulos • Letras • Molduras • Vinhetas • Dedicatórias • Rosas dos ventos • Bordados decorativos

A ideologia da decoração cartográfica

Reforça a significação política dos mapas

A DECORAÇÃO CARTOGRÁFICA

NÃO É UM EXERCÍCIO ESTÉTICO

MARGINAL

Os mapas e os emblemas decorativos

Por muito tempo foram negligenciados do

estudo cartográfico

Reafirma os objetivos da comunicação cartográfica

Detalhe da “TABVLA RVSSIAE“ (Tábula Russa), de Hessel Gerritz, 1630. Os três homens representam: o Czar (imperador), a Igreja e o exército.

Page 259: 1º Trimestre - Cartografia

A ideologia da decoração cartográfica

“Possuir o mapa era possuir a terra”.

• Os arcos monumentais são a expressão de um poder.

• O globo terrestre e a esfera armilada são associados ao poder sobre o mundo.

• A imagem integra os retratos dos reis e rainhas assim como as representações dos brasões reais, suas frotas militares e a igreja.

• Os emblemas reais, tais como a flor de lis ou a águia imperial, suscitam igualmente pensamentos políticos e geográficos mais concretos no espaço cartografado.

• As figuras sociais geralmente representadas são os nobres, os bispos, os ricos mercadores e os proprietários de terra, além das musas inspiradoras que simbolizam as Ciências.

Os atlas, títulos, molduras e outros emblemas nos mapas

Importância ideológica e a carga prática dos mapas

SIGNOS

Page 260: 1º Trimestre - Cartografia

A ideologia da decoração cartográfica

Figura 7. Página inicial de um atlas como afirmação geopolítica Reproduzido com a autorização da Coleção da Sociedade Geográfica Americana, Universidade de Wisconsin, Milwaukee.

Primeira página do Theatrum Orbis Terrarum de Abraham Ortelius, e-dição de 1573. A Europa, personi-ficada na figura feminina, está sen-tada ao alto, num trono sobre os outros três continentes: Ásia, Áfri-ca e América. Os globos terrestres ao seu lado reforçam a mensagem da Europa no comando do mundo.

Page 261: 1º Trimestre - Cartografia

O Infante D. Henrique , 1894. Uma das características dos selos

portugueses até ao final da monarquia foi a da representação do monarca

reinante. Com a mão direita apoiada na esfera armilar, a esquerda no globo

terrestre e aos pés um leão, símbolo do poderio dos portugueses.

Disputa entre cosmógrafos: alegoria ao Novo Mundo. José Antonio da Cunha Couto, 1892. Óleo sobre tela.

Museu de Arte da Bahia.

Page 262: 1º Trimestre - Cartografia

Figura 8. Um conflito territorial e religioso

“O conflito está resumido na moldura que acompanha o mapa do Danúbio [...]. O Santo Imperador Romano-Germânico (à esquerda), revestido de emblemas do poder e da fé cristã, enfrenta o Sultão infiel, inimigo da Cristandade e profanador da cruz”.

Reproduzido com a autorização da Coleção da Sociedade Geográfica Americana, Universidade de Wisconsin, Milwaukee.

Page 263: 1º Trimestre - Cartografia

Detalhe decorativo do Mapa da Virginia, elaborado em 1751 por Jefferson & Fry. Os senhores ingleses e seus escravos africanos a trabalhar. Mesmo nesta pequena

decoração não há qualquer referência aos povos nativos.

Reforço ideológico da mensagem através da

decoração

Page 264: 1º Trimestre - Cartografia

A ideologia da decoração

Decoração cartográfica

Estereótipos e preconceitos raciais

às regiões representadas

MENSAGEM: os sistema políticos europeus eram universais

Chefes africanos eram geralmente representados como ”reis”

Homens africanos desenhados com um físico ”ideal”, remetendo a personagens da Grécia clássica e Roma

ÁFRICA Do “racismo bizarro” à libertação divina proclamada e imposta pela igreja, nas molduras, emblemas e outros signos representados no conjunto das obras cartográficas os símbolos do poder dos grupos dominantes estão presentes ao longo da história de todos os povos.

MAPAS

Page 265: 1º Trimestre - Cartografia

O “fato” cartográfico como símbolo

A precisão dos mapas intensifica ainda mais sua

autoridade enquanto documento de controle

social e territorial.

O simbolismo político está presente

em toda produção cartográfica

fase ”decorativa”

fase “científica”

Mesmo com toda evolução, rigor técnico e científico pregados pela Ciência cartográfica e suporte das demais áreas do conhecimento, como a geometria, a matemática e às artes, “os mapas cadastrais [...] simbolizavam uma estrutura social fundada sobre a propriedade fundiária. Os mapas dos condados e das regiões [...] articulavam os valores e os direitos locais. Os mapas dos Estados-nações [...] veiculavam um simbolismo de um conjunto de idéias nacionalistas. Os mapas mundiais [...] não representavam menos as distorções extraordinárias na representação das colônias de ultramar.” Revelando a existência explicita da questão ideológica no universo dos mapas em todas suas fases de produção.

Os mapas são sempre um ato político ou uma declaração política

CONHECIMENTO E PODER

Page 266: 1º Trimestre - Cartografia

Conclusão: discurso cartográfico e ideologia

“Não é difícil proceder a generalizações sobre o papel mediado dos mapas no pensamento ou na ação política e de reter seus efeitos em termos de poder. Tanto por meio de seu conteúdo como de seus modos de representação, a confecção e utilização dos mapas foi invadida pela ideologia“.

O universo cartográfico é um meio de comunicação que transmite informações e

ideias dos povos e culturas através de imagens, ao longo da história.

Page 267: 1º Trimestre - Cartografia

“Nesta gravura [...] a divisão da Polônia está representada pelo rompimento do mapa. Os espectadores contemplam este ato com desespero, enquanto um anjo, representando a Igreja católica, dá as costas com horror e soa o alarme com um trompete”.

Reproduzido com a autorização da Coleção da Sociedade Geográfica Americana, Universidade de Wisconsin, Milwaukee.

Conclusão: discurso cartográfico e ideologia

Os mapas são uma forma de representação visual da realidade

concreta, de acordo com as particularidades do período

histórico e da cultura dos diversos grupos sociais que os

produziram.

Figura 9. Os mapas tornaram-se imagens que substituem o próprio Estado-nação

Page 268: 1º Trimestre - Cartografia

Conclusão: discurso cartográfico e ideologia

Ciência dos príncipes

Os mapas são essencialmente uma linguagem de poder e não de contestação.

Desenvolvimento tecnológico, informática

Maior precisão dos produtos cartográficos

As operações cartográficas de um país, qualquer que seja, sempre são exercidas pelo poder do Estado. Pois, trata-se de um ato de vigilância e controle dos grupos dominantes.

Manutenção do Status quo

Diferente de outras manifestações culturais como a literatura, a arte ou a música, ligadas aos modos de expressão populares, alternativos ou subversivos: de contra cultura ou de protesto e contestação.

A história social dos mapas favorece um discurso desigual A criação e

desenvolvimento dos sistemas de símbolos e convenções sempre

foram orientados pelas elites

CARTOGRAFIA E IDEOLOGIA

Page 269: 1º Trimestre - Cartografia

Conclusão: discurso cartográfico e ideologia

“A iconologia do mapa, no tratamento simbólico do poder, é um aspecto

negligenciado da história cartográfica”.

O autor valoriza uma história que estude o conjunto das imagens cartográficas num

contexto social, político, econômico, espacial e temporal.

A cena está representada sobre um mapa mudo da África meridional. A Grã-Bretanha, que mostra um mapa da Zambésia, incentiva os colonos a tirar partido da riqueza econômica do país enquanto a população nativa “africana” está excluída da cena.

Propaganda política Poder da imagem

Figura 10. Página inicial de Zambesia, England’s El Dorado in África (Londres, 1891).

Page 270: 1º Trimestre - Cartografia

“Resta explorar estas idéias nos contextos históricos específicos. Assim como os historiadores, o cartógrafo sempre desempenhou um papel retórico definindo as configurações do poder no seio da sociedade e registrando suas manifestações sobre a paisagem visível. Toda história cartográfica que ignora esta carga política da representação fica condenada a ser apenas uma história ‘histórica’”.

Conclusão: discurso cartográfico e ideologia

MAPAS

Carregam uma característica

impessoal, pois tendem a

“dessocializar” o território que representam

Reforçam a ideia do espaço

socialmente vazio

Qualidade abstrata

As consequências das mudanças de suas linhas e traçados, decorrente de conflitos sócio-espaciais, é amenizada anulando a ideia de que os seres humanos vivem nos lugares.

Page 271: 1º Trimestre - Cartografia

Anexos

Page 272: 1º Trimestre - Cartografia

ETNIA Tem haver com a cultura de um povo. Tratam-se de agrupamentos humanos que resultam da reunião de indivíduos que se encontram submissos, sob o efeito de acontecimentos históricos, a instituições, a uma organização política, a costumes ou ideias comuns, e, possuem a mesma língua, as mesmas características culturais. (PHOUTIGNAT & STREIFF-FENART, 1998).

VISÃO EUROCÊNTRICA

VISÃO ETNOCÊNTRICA

A EUROPA ESTÁ NO CENTRO

A ETNIA ESTÁ NO CENTRO

AS DIFERENTES CULTURAS DOS POVOS

Page 273: 1º Trimestre - Cartografia

As Sete Artes Liberais

O homem que dominasse as sete belas-artes, seria capaz

de produzir obras e idéias com poder de elevar o

espírito humano para um entendimento racional e

livre da verdade.

Astronomia Geometria Aritmética

Música

Gramática Retórica Dialética

Page 274: 1º Trimestre - Cartografia

If you had the luck of the Irish You'd be sorry and wish you were dead

You should have the luck of the Irish And you'd wish you was English instead! A thousand years of torture and hunger Drove the people away from their land

A land full of beauty and wonder Was raped by the British brigands!

Goddamn! Goddamn! If you could keep voices like flowers

There'd be shamrock all over the world If you could drink dreams like Irish streams

Then the world would be high as the mountain of morn In the 'Pool they told us the story How the English divided the land

Of the pain, the death and the glory And the poets of auld Eireland

If we could make chains with the morning dew The world would be like Galway Bay

Let's walk over rainbows like leprechauns The world would be one big Blarney stone

Why the hell are the English there anyway? As they kill with God on their side

Blame it all on the kids the IRA As the bastards commit genocide!

Genocide!

Se você tivesse a sorte do irlandês Teria pena de si mesmo e preferiria estar morto Você devia ter a sorte do irlandês E você preferiria ser inglês em vez disso Milhares de anos de tortura e fome Levou o povo para fora de suas terras Uma terra cheia de belezas e maravilhas Foi estuprada pelos bandidos britânicos! Miseráveis! Miseráveis! Se pudéssemos guardar vozes como flores Haveria trevos por todo o mundo Se pudéssemos beber sonhos como córregos irlandeses Então o mundo seria alto como a montanha da manhã Na piscina eles nos contaram a história Sobre como os ingleses dividiram a terra Da dor, da morte e da gloria E dos poetas da velha Irlanda Se nós pudéssemos fazer correntes com o orvalho da manhã O mundo seria como a Baía Glaway Vamos caminhar sobre o arco-íris como duendes O mundo seria uma grande pedra Blarney Por que os ingleses estão em qualquer lugar? E assim, matam com Deus ao seu lado Pondo toda culpa nos jovens e no IRA Enquanto os bastardos cometem genocídio. Genocídio!

The luck of the Irish, John Lennon

John Lennon & Plastic Ono Band. Some time in New York City, 1972.

Page 275: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E

FONTES DE PESQUISA

ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia ciência da sociedade. Recife: Editora Universitária UFPE, p. 37 e 38, 2008.

ARCHELA, R. S. e THÉRY, H. Orientação metodológica para construção e leitura de mapas temáticos. In: Confins, 2008, número 3. Disponível em: http://confins.revues.org/3483?&id=3483. Capturado em 12/03/2012.

BANCO DE DADOS DE OBJETOS EDUCACIONAIS. Capitão Tormenta e Paco em Estações do Ano. In: Portal do Professor – MEC. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/9525/fusos.swf . Capturado em 25/03/2012.

BANCO DE DADOS DE OBJETOS EDUCACIONAIS. Capitão Tormenta e Paco em Fusos horários. In: Portal do Professor – MEC. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/9525/fusos.swf . Capturado em 25/03/2012.

BORBA, N. & VIEGAS, S. Geografia. Apostila do Colégio Loyola. 3º Ano Integrado. Belo Horizonte: Editora Novo Rumo, Ensino e Imagem, 2001.

BRASIL, (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). IBGE – Censo Demográfico 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em 01/02/2012.

BRASIL, (instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). IBAMA. Disponível em: <http://www.ibama.gov.br>. Acesso em 01/02/2012.

CASTROGIOVANNI, A. C. el al. O misterioso mundo que os mapas escondem. In: Geografia em sala de aula. Porto Alegre, Editora da UFRGS, 2003.

Page 276: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E

FONTES DE PESQUISA

COIMBRA, P. J. & TIBÚRCIO, J. A. M. Geografia. Uma Análise do Espaço Geográfico. 2ª ed. São Paulo: Harbra, 2003.

COSTA, Antônio Gilberto. Cartografia da Conquista do Território das Minas. Belo Horizonte: Editora UFMG. Lisboa: Kapa Editorial, 2004. Disponível em: http://www.universiabrasil.net/images/materias/livro_minas/ft_minas006.htm. Capturado: 08/03/2012.

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO. São Paulo, 24/04/2008.

GIARELLI, Luca. Foto do mapa de Bedolina, Itália. Gravação rupestre. Disponível em: http://independent.academia.edu/LucaGiarelli. Capturado: 08/03/2012.

GIRARDI, E. P. Atlas da questão agrária brasileira. 2008. Disponível em: <http://www.fct.unesp.br/nera/atlas>

GOMES, Maria do Carmo Andrade. Velhos mapas, novas leituras: revisitando a história da Cartografia. In: Espaço e Tempo, São Paulo: GEOUSP, nº 16, p. 67-79, 2004.

HARLEY, Bryan. Mapas, saber e poder. [Online] In: Confins, nº 5, p. 1-24, 2009. Disponível em: <http://confins.revues.org/5724;DOI:10.4000/confins.5724>. Capturado em 11 de março de 2012.

IBGE (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA), DGC (Diretoria de Geociências), DECAR (Departamento de Cartografia). Noções Básicas de Cartografia. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/indice.htm>. Capturado em: 20/05/2010.

IBGE TEEN. Atlas Escolar. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/atlasescolar/mapas_pdf/brasil_regioes_metropolitanas.pdf >. Capturado em: 16/04/2012.

Page 277: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E

FONTES DE PESQUISA

IBGE TEEN. Atlas Escolar. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/atlasescolar. Capturado em 10/02/2012.

IBGE TEEN. Iconográfico: História da Cartografia. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/atlasescolar/apresentacoes/historia.swf. Capturado em 10/02/2012.

KRISHNAMURTI, Jiddu. Liberte-se do passado. São Paulo: Cultrix, 1969.

MAGNOLI, D. & Araújo, R. A Nova Geografia. São Paulo: Moderna, 2008.

MARTINELLI, M. Curso de Cartografia Temática: Caderno de Mapas. São Paulo. Editora Contexto.1991.

MARTINELLI, M. Mapas da Geografia e cartografia temática. São Paulo. Editora Contexto. 2003, p. 112.

MORIN, Edgar. A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Tradução Eloá Jacobina. 19ª Edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011.

MUSEU DE ARTE DA BAHIA. Disputa entre cosmógrafos (Alegoria ao Novo Mundo). José Antonio da Cunha Couto, 1892. Disponível em: http://www.funceb.ba.gov.br/mab/menu.htm. Capturado em 11/03/2012.

MUSEU DE TOPOGRAFIA PROF. LAUREANO IBRAHIM CHAFFE, UFRGS - Campus do Vale. Instituto de Geociências, Departamento de Geodésia. Disponível em: < http://www.ufrgs.br/museudetopografia/index.htm> . Capturado em 11/03/2012.

NOGUEIRA, R. E. Cartografia: representação, comunicação e visualização de dados espaciais. Florianópolis, Editora da UFSC, 2008.

Page 278: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E

FONTES DE PESQUISA

OLIVEIRA, Cêurio de. Curso de cartografia moderna. Rio de Janeiro: IBGE, 1988.

PASSOS, Lucina; Fonseca, Albani; Chaves, Marta. Alegria de Saber: Estudos Sociais, Ciências e Programa de Saúde - Livro 2, 1° Grau. São Paulo: Editora Scipione, 1988, p. 15.

PESSOA, Fernando. Obras completas: Poesias de Álvaro de Campos. São Paulo: Ática, 1952, p. 49.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL. LEI Nº 4.944 DE 27 DE OUTUBRO DE 2010. Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão (SEPLAG). Disponível em: http://administracao.saocaetanodosul.sp.gov.br/upload/legislacao/15569.pdf. Capturado em 16/04/2012.

SCHÄFFER, N. O. Um globo em suas mãos: práticas para a sala de aula. Porto Alegre: UFRGS, 2005 .

VESENTINI, J.W. Sociedade e Espaço – Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Editora Ática, 1999.

WALDMAN, Maurício. O mapa e a representação da realidade. In: Geografia para o Ensino Fundamental, Caderno 2, Unidade 3, Módulo 1. São Paulo: Editora Didática Suplegraf, 1999.

WORLD OF HISTORIC MAPS (website). Cartas históricas. disponível em: http://www.history-map.com . Capturado em 10/03/2012.

ZAMORA, Margarita. Para uma Cartografia das descobertas: mapa / viagem / texto In: Revista crítica de ciências sociais. Lisboa: Editora Centro de Estudos Sociais, p. 123-167, nº 38, Dezembro, 1993.

Page 279: 1º Trimestre - Cartografia

Geografia 1º Trimestre – Cartografia

fim