19 de janeiro de 2012

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Ano II Número 108 Data 19.01.2012

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AnoII

Número108

Data19.01.2012

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Luciana CasemiroRIO — Eletrodomésticos com maior eficiência energé-

tica fazem bem ao planeta e ao bolso do consumidor. A troca de aparalhos e lâmpadas de baixa eficiência, aqueles classi-ficados como “E” pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), pelos de menor consumo, os que têm nota “A”, pode resultar numa economia anual de cerca de R$ 600, o que pode deixar o orçamento doméstico mais sustentável, assim como o planeta.

O valor foi calculado, pelo Instituto Nacional de Me-trologia (Inmetro), levando em conta o consumo médio de uma família de três a cinco pessos que morem num imóvel de dois quartos, somando a economia que pode ser feita com a troca de diferentes aparelhos, dentro da nova classificação de eficiência que acaba de ser revisa pelo instituto. Na prá-tica, essa revisão significa que os eletrodomésticos — como geladeiras, fogões, fornos, ar-condicionados e ventiladores — terão que consumir entre 3% e 5% menos energia para receber a nota máxima de avaliação. Para se ter uma ideia, hoje, na média, entre 50% e 90% dos aparelhos, à venda no mercado estão classificados como “A”, com a revisão esse percentual ficará entr 15% e 30%.

— Observamos no mercado que muitas vezes não há diferença de preços entre os equipamentos, de acordo com a sua classificação. Há casos em que os mais eficientes, os “A”, custam até mais barato. As exigências tornando-se mais rigorosas, os fabricantes investem na melhoria do produto e o consumidor com essas informações pode exercer mais conscientemente o seu poder de escolha. Além de menos impacto no meio ambiente — avalia Marcos Borges, coor-denador do PBE.

Segundo pesquisas realizadas pelo Inmetro, 78% dos consumidores levam a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia, aquela colorida fixada na parte da frente dos apa-relhos, em consideração na hora da compra de eletrodomés-ticos. A proposta do instituto, aliás, é melhorar e ampliar a informação nesta etiqueta, de forma a dar mais dados para que o consumidor faça a sua escolha, explica Borges:

— Entre as lavadouras de roupas essa queda vai ser bem mais acentuada. Atualmente quase 100% delas são classifi-cadas como “A”, com o novo regulamento, que deve ser pu-blicado ainda neste trimestre, esse percentual cai para 30%. Na consulta pública sobre as novas regras, pedimos que os cidadãos informassem as informações que consideravam mais importante para serem destacadas na nova etiqueta: consumo de energia, água, eficiência de centrifugação e de lavagem.

As revisões são realizada, em média, a cada quatro anos ou, explica Borges, quando o percentual de eletrodomésti-cos com nota “A” está muito alto no mercado. Nos últimos 11 anos, informa o Inmetro, o Programa Brasileiro de Eti-quetagem gerou uma economia de energia equivalente a R$ 2,35 bilhões. Pesquisa realizada, em 2009, apontava que os refrigeradores de então já eram cerca de 65% mais econo-micos dos que os produzidos em 1984, quando começou o programa.

Lisa Gunn, coordenadora Institucional do Instituto Bra-sileiro de Defesa do Consumidor (Idec), destaca a importân-cia do programa de eficiência energética, mas pondera que a informação do perfil de consumo do aparelho deveria estar acompanhada de uma avaliação de performance:

— O foco do programa é o consumo de energia, mas no caso de uma ladoura de roupa também seria importante, por exemplo, saber qual é o consumo de água, assim como a eficiência de lavagem. É a informação ao consumidor e o aumento das exigências de eficiência ao fabricante que jus-tas poderão influenciar no mudança de hábito de consumo, o que fundamental para a sustentabilidade do planeta — res-salta Lisa.

Eletrodoméstico eficiente pode reduzir despesa anual em R$ 600

Inmetro aumenta exigência para que aparelhos possam ser classificados como nota “A”

o globo - versão online - 19.08.12

Sites do Brasil aderem a blecaute

São Paulo. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) está apoian-do o blecaute contra o “Stop Online Piracy Act”, o Sopa, que tenta reduzir as práticas de pirataria na internet americana. Em co-municado, o instituto afirma que leis desse porte podem impedir o livre compartilha-mento de conteúdos na web.

Alguns poucos internautas brasilei-ros, ainda tímidos, também derrubaram suas páginas. O cantor Gilberto Gil disse ontem no Twitter que está apoiando o ble-caute, mesmo fazendo parte da indústria fonográfica.

o tempo - p.10 - 19.01.12

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Luiza XavierRIO - Criado pelo Banco Central

(BC) com a finalidade de ajudar o con-sumidor a comparar preços e escolher o melhor tipo de financiamento, o Custo Efetivo Total (CET) vem sendo usado por bancos e financeiras para embutir taxas abusivas — como a cobrança dos chamados Serviços de Terceiros e da Tarifa de Abertura de Crédito (TAC) — na negociação de veículos novos e usados, de acordo com a União Brasi-leira dos Consumidores.

A associação diz ter recebido cen-tenas de reclamações nos últimos me-ses a respeito de cobranças indevidas nestes financiamentos. Com isso, se-gundo cálculos do diretor-executivo da entidade, Roberto Gilvaz, o valor final do veículo pode aumentar entre 15% e 35%:

— Todas as financeiras cobram essas taxas e o consumidor, muitas ve-zes empolgado com a compra do bem, nem percebe o que está sendo cobrado. Só vai prestar atenção quando as pres-tações do financiamento começarem a chegar.

A entidade ajuizou ação junto ao Ministério Público Federal (MPF) pedindo a suspensão definitiva da co-brança dessas taxas, que considera abu-sivas.

Cliente recorre à Justiça para receber dinheiro de volta

Em sua página na internet, o BC esclarece que o CET deve ser informa-do pelas instituições financeiras antes da contratação de operações de crédi-to e em qualquer momento quando o cliente solicitar. As informações “de-vem constar dos informes publicitários das instituições quando forem veicula-das ofertas específicas (com divulgação da taxa de juros cobrada, do valor das

prestações etc.)”. O BC ressalta ainda que o custo deve ser expresso na forma de taxa percentual anual, incluindo não apenas a taxa de juros, mas também ta-rifas, tributos, seguros e outras despe-sas cobradas.

O assunto também é avaliado pelo Procon-SP, que orienta o consumidor a não aceitar a inclusão no financiamen-to de tarifas referentes, por exemplo, à análise de cadastro:

— Embora esteja proibida pelo BC, a Tarifa de Abertura de Crédito tem sido embutida no financiamento com outros nomes, como análise de ca-dastro. Isso é um custo que faz parte do negócio da empresa, não pode ser cobrada do consumidor— esclarece a supervisora para Assuntos Financeiros, Renata Reis.

A advogada Luciana Ribeiro de Souza é uma das consumidoras que se sentiram lesadas após negociar, em 2009, o financiamento de um Celta zero quilômetro pela BV Financeira. Segun-do ela, foram cobrados R$ 1.380 — o valor financiado em 48 prestações foi de R$ 9 mil, pois ela ofereceu o antigo carro como entrada — por taxas não esclarecidas. Luciana recorreu à Justiça e aguarda a audiência de conciliação, marcada para 11 de julho próximo.

— Tenho esperança de receber o que paguei a mais, porque no momento da assinatura do contrato não percebi, por exemplo, que incluíram a Taxa de Abertura de Crédito, que tem a cobran-ça proibida pelo Banco Central. Até hoje, também ninguém me explicou quais são esses Serviços de Terceiros que tive de pagar — afirma Luciana.

Em nota, a BV Financeira infor-mou que “as tarifas incidentes nas ope-rações de financiamento de veículos estão de acordo com as normas de de-fesa do consumidor, à medida que es-tão expressamente previstas no instru-mento contratual assinado pelo cliente

(sendo esses valores individualizados e destacados em cláusula específica). Além disso, possuem sua cobrança le-gitimada pela regulamentação bancária (resoluções do Banco Central do Bra-sil), sendo amplamente divulgadas no site institucional e em pontos de aten-dimento.”

Para Febraban, cobrança está de acordo com normas do BC

Sobre as taxas citadas pela cliente Luciana de Souza, a instituição afirma que a TAC não é mais cobrada desde 30 de abril de 2008, data em que passou a vigorar a Resolução Conselho Mone-tário Nacional n 3518/2007. Já a taxa referente aos Serviços de Terceiros, de acordo com a financeira, deixou de ser cobrada em 25 de fevereiro de 2011, devido a outra resolução do CMN (a de n 3954/2010), que determinou sua extinção.

Na avaliação da diretora jurídica da Federação Brasileira dos Bancos (Fe-braban), Márcia Freitas, o CET possi-bilita mais transparência aos consumi-dores a respeito do que estão pagando nos contratos. Segundo ela, a cobrança pelo serviço de terceiros também está regulamentada pelo BC:

— É um cálculo global, que tem de ser explicado antes da assinatura do contrato. No caso dos veículos, os ser-viços a terceiros referem-se ao repasse que os bancos fazem às concessioná-rias, intermediárias da negociação.

De acordo com a Febraban, con-sumidores que tiverem dúvidas sobre a cobrança de taxas e tarifas devem recorrer, inicialmente, aos Serviços de Atendimento ao Consumidor (SACs) e ouvidorias das instituições financeiras. A conduta inadequada dos bancos pode ser denunciada em www.conteaqui.org.br no canal Conte Aqui.

Taxas encarecem financiamento de carros em até 35%

Alerta é da União Brasileira de Consumidores

o globo - versão online - 18.01.12