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Diários de Estágio:
(Observação)
13 de Janeiro de 2010
Nesta décima terceira semana de estágio, o dia de aula iniciou-se com
normalidade. A aula começou às 8:30h com a
professora a ir buscar os alunos ao pátio e a
dirigirem-se para a sala de aula.
Os alunos deram início à aula com as
rotinas habituais, com a distribuição das
tarefas, por eles já combinadas.
Feitas as tarefas habituais, a professora registou no quadro a data: Funchal, 13
de Janeiro de 2010. Hoje é quarta-feira e está nevoeiro.
Posteriormente o plano diário, onde constavam os seguintes itens: 1- tarefas; 2-
Comunicações; 3– Apresentação do Projectos “A dentição”; 4- Avaliação e respostas às
perguntas sobre o Projecto apresentado; 5- Inglês; 6- Listas de Palavras; 7-
Correspondecia; 8- Tempo de estudo autónomo; 9- Balanço do dia.
Uma situação muito agradável, foi quando a professora questiona-se com quem
irá trabalhar neste dia durante o Tempo de Estudo Autónomo, a professora escolhe os
alunos que, no seu entender, necessitam de alguma ajuda. Quando a docente perguntou
aos alunos quem é que queria trabalhar com a “professora Margarida”e com “professora
Joicy” a turma manifestou um grande desejo e entusiasmo em trabalhar connosco.
Senti que a turma está a aceitar-nos cada vez mais, e que a colega e eu estamos
cada vez mais inseridas e a nossa presença cada vez mais patente naquela comunidade
escolar.
Posteriormente sucedeu-se a uma situação um pouco desconfortável, (pelo
menos colocando-me como futura professora, e principalmente como professora
estagiária, podendo acontecer em alguma das minhas aulas,) foi o facto que o terceiro
item do Plano Diário, era a apresentação do Projecto e nenhum dos elementos do grupo
tinha chegado até então.
Como os elementos do grupo ainda não tinham chegado, a professora decidiu
acabar o texto para a correspondência, com a turma do Bom Jesus. Os alunos da outra
escola iniciaram uma história muito bonita e original, cujo objectivo era que os nossos
alunos dessem continuidade à história, e ela continuou assim:
“A rainha do Amor e o rei dos feiticeiros reparam que o planeta estava todo
destruído. Eles sentiram-se tristes porque a guerra estragou um planeta tão belo. Foi
então que o rei disse à rainha:
- Por favor, empresta-nos a vossa pérola do Amor para podermos abrir uma
porta secreta.
A história é novamente reencaminhada para que os correspondentes continuem a
escreve-la.
Posteriormente passou-se para as listas de palavras, neste
dia foi trabalhado a letra “x” como exemplo tivemos: lixo,
saxofone, táxi, texto, baixa, maxilar, exercício.
A professora usufrui deste anterior momento para falar
do som “x” que tem vários sons em diferentes palavras passando
a explicar que: x – ch caixa; x- s máximo; x- is texto; x- z
exame, x- cs boxe.
Achei que foi muito bem explorado porque os alunos por vezes revelam algumas
dificuldades manifestando muitas dúvidas.
Como estava previamente previsto o grupo com tema “a dentição” deveria
apresentar hoje o seu trabalho, mas dado a que um dos elementos do grupo não tinha
comparecido às aulas, os alunos sugeriram que mesmo sem a presença do aluno o
trabalho deveria ser apresentado, porque estavam presentes os outros dois elementos.
A professora interrompeu clarificando ao aluno e aproveitado também para
comunicar à turma, que não seria justo, porque o aluno em falta também trabalhou e não
era correcto apresentarem o trabalho sem ele. Supostamente porque estaria doente.
Com este gesto a professora consegue transmitir que numa situação contrária o
aluno não iria gostar, fazendo com que os alunos consigam colocar-se no lugar do outro.
Desta forma inconsciente o aluno esta a ganhar maturidade nas acções e a introduzir
valores, melhorando a posteriori as suas atitudes e opiniões.
Passámos então à apresentação de outro grupo, que
não estava agendando apresentar hoje, mas para não perder
tempo, e muito flexível e ágil, a professora Mónica com os
alunos que tinham o tema “os sinais de trânsito”, durante o
Tempo de Estudo Autónomo, preparou juntamente com os
mesmos a apresentação.
É gratificante observar este momento, observar as
crianças a apresentar um trabalho, muito bem, uma
clarificação no discurso, tornando-o fluente e bem organizado. Estava completamente
rendida àquela apresentação. “ Estimula-se muito no MEM a realização de projectos de
intervenção para que os alunos possam, a partir da tomada de consciência de algumas
situações sentidas (…) são projectos que ajudam a construção da cidadania pela
implicação activa nas soluções e na mudança participada em democracia.” (Sérgio
Niza. 1998. PJ 104).
Durante a apresentação os restantes colegas levantavam o dedo ou para colocar
dúvidas ou para esclarecer alguma informação ou até mesmo para relatar situações que
aconteceram com eles mesmos.
Cada aluno que apresentava tinha a responsabilidade de escolher o colega que
desejava falar. Agradável foi verificar que os alunos se comportaram muito bem,
ouviram e bem as explicações, responderam correctamente as questões colocadas pelo
grupo, demonstrando que estiveram com atenção.
Passou-se em seguida para a avaliação, os próprios alunos do grupo
autoavaliaram-se, uma aluna do grupo referiu que merecia amarelo porque falou muito
baixo, em seguida outra aluna pede a palavra e menciona que a colega falou baixinho,
mas que apresentou muito bem.
Estes momentos de auto e hetero-avaliação estabelecem na turma momentos de
discussão desenvolvendo por um lado, o espírito críticos por outro lado, uma atitude
reflexiva do trabalho.
Obtivemos vários comentários, os alunos demonstraram ser autocríticos,
demonstrando com muita sinceridade as suas opiniões. Temos como exemplos:
“A colega apresentou muito bem, explicou muito bem fiquei a perceber melhor
sobre os sinais de trânsitos (…) os colegas falaram baixo, mas mesmo assim, o colega
não estava a olhar para nós estava a olhar para a folha, alias todos os elementos do
grupo, não estava concentrado (…) a capa está bonita, (…) os desenhos estão bem
organizado, acho que os desenhos estão bem pintados, (…) está bem feito, (…) está
bonito, (…) giro, (…) gostei muito, (…)estão de parabéns, (…)têm de melhorar a
concentração e o empenho.
Um elemento do grupo, referiu que apresentou mais ou menos, porque estava
um pouco nervosa e envergonhada, e até um pouco distraída.
Continuando com a autoavaliação, uma aluna referiu que durante a elaboração
do trabalho, merece mais ou menos, porque algumas vezes estava distraída, os restantes
colegas do grupo discordam enunciando que a aluna trabalhou qualitativamente e muito
e com muito empenho.
A professora refere que o trabalho estava bom, mas que deveriam melhorar a
confiança. Realça que é normal ficar nervoso, mas mesmo assim achou que estão a
melhorar.
A docente pede aos alunos que desejam mencionar alguma critica que estes
sejam coerentes e que não levantem o dedo para repetir o que já foi dito. Assim
exigindo melhores críticas e sugestões sem que haja perca de tempo, repetindo as
mesmas coisas.
Os Projectos e as Apresentações dos Projectos são momentos muito importantes
para os alunos. Acho que desenvolvem nas crianças aptidões únicas. No trabalho de
Projecto os alunos demonstram uma grande autonomia e dinamismo na construção dos
seus trabalhos. Nas Apresentações dos Projectos desenvolvem muitas competências,
como por exemplo: a comunicação, a postura, a colocação de voz, a transmissão de
saberes, entre outras.
Na metodologia do MEM, e segundo Sérgio Niza, 1998. PJ 105, “ o tempo das
comunicações (…) corresponde a uma secção desenvolvida em três fases: a fase da
apresentação da informação, correspondente ao estudo, à pesquisa ou à intervenção
realizada em projectos pelos alunos; a fase de colocação de dúvidas e debate; e a fase
de resposta a questionários de aplicação dos saberes comunicados, propostos pelos
alunos que comunicaram”.
Para finalizar a professora distribui pela
turma o manual de Estudo do Meio, os alunos teriam
que resolver uma ficha dos sinais de trânsito com o
intuito de complementar a informação prestada.
O Balanço do Dia correu como
habitualmente acontece, não foi perfeito, mas
também não foi mau. Na minha opinião a aula foi muito produtiva e rentável, apesar dos
diversos contratempos.