1 assessoria econômica da federasul a asfixiante carga tributária brasileira

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1 Assessoria Econômica da FEDERASUL A Asfixiante Carga Tributária Brasileira

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Assessoria Econômica da FEDERASUL

A Asfixiante Carga Tributária Brasileira

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Carga tributária e retorno à sociedade

• Entre os 30 países que possuem a mais alta carga tributária do mundo– a Noruega se destaca por apresentar o maior IDH,

ocupando a sétima posição em relação à arrecadação sobre o PIB (42,2%);

– Já o Brasil está no pior dos mundos. Em 2012, a carga tributária brasileira chegou a 36,3% do PIB, sendo a 14ª maior do mundo, superando inclusive a de vários países desenvolvidos;

– Infelizmente, essa alta arrecadação não se reflete em um elevado IDH. Ao contrário, temos o IDH (0,73) mais baixo entre os 30 países com maior carga tributária do planeta.

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Carga tributária (em % do PIB) e qualidade de vida (IDH), em 2012

Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT)*Índice de Desenvolvimento Humano.

País

Carga tributária

Ranking IDH* Ranking

Dinamarca 48,0 1º 0,901 13º França 45,3 2º 0,893 17º Itália 44,4 3º 0,881 20º Suécia 44,3 4º 0,916 6º Finlândia 44,1 5º 0,892 18º Austria 43,2 6º 0,895 16º Noruega 42,2 7º 0,955 1º Hungria 38,9 8º 0,831 27º Luxemburgo 37,8 9º 0,875 21º Alemanha 37,6 10º 0,920 4º Argentina 37,3 12o 0,811 28º Brasil 36,3 14º 0,730 30º Reino Unido 35,2 16º 0,875 22º Japão 28,6 23º 0,912 9º Coreia do Sul 26,8 27º 0,909 11º Austrália 26,5 28º 0,929 3º Estados Unidos 24,3 30º 0,937 2º

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Tributação brasileira segue na contramão do mundo

• No Brasil, além de o peso do Estado ser desproporcional aos seus benefícios, ele vem aumentando na última década– Enquanto em 2000 a carga tributária brasileira

representava 30% do PIB, em 2012 ela avançou para 36,3%.

• Nesse mesmo período, observa-se uma suave tendência de queda no tamanho do Estado ao redor do mundo– Nos países da Organização para a Cooperação e

Desenvolvimento Econômico (OCDE), a arrecadação foi reduzida de 35,2% para 34,5% do PIB;

– Ou seja, em 2012, já tínhamos conseguido a façanha, que não merece comemoração, de superar aquele grupo de países ricos no quesito peso dos tributos.

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5Fonte: Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Evolução do peso dos tributos, em % do PIB

48,049,4

36,3

30,0

24,328,4

20,818,8

34,5

35,2

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

55,0

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Dinamarca Brasil Estados Unidos Chile Média da OCDE

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Principais problemas de nosso sistema tributário

• Grande regressividade– pessoas com renda e riqueza muito díspares acabam

pagando as mesmas alíquotas de impostos. É exacerbada devido à elevada participação dos tributos indiretos, que são os que não dependem da condição econômica do contribuinte.

• Elevada complexidade do sistema– impõe custos administrativos elevados para as empresas,

o que acaba induzindo à sonegação. O resultado disso é a perda de competitividade das empresas brasileiras em relação às suas concorrentes externas.

• Forte opacidade– seria necessária a ampliação da transparência do sistema

tributário, permitindo que todos saibam o que estão pagando, essencial para mostrar o peso dos tributos indiretos.