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REGIMES TRIBUTÁRIOS Âmbito Federal Planejamento para 2012

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Page 1: Atualização Tributária

REGIMES TRIBUTÁRIOS

Âmbito Federal

Planejamento para 2012

Page 2: Atualização Tributária

2

Conteúdo 1. LUCRO REAL ............................................................................... 6

1.1. INTRODUÇÃO ........................................................................ 6

1.2. REGIME DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL .......................................... 6

1.3. Empresas Obrigadas à Apuração do Lucro Real ................................. 6

1.4. FORMAS DE TRIBUTAÇÃO ........................................................... 7

1.5. OPÇÃO PELA FORMA DE TRIBUTAÇÃO ............................................ 7

1.6. REGIME DA ESTIMATIVA ............................................................ 9

1.7. BALANÇO DE SUSPENSÃO/REDUÇÃO DO IR/CSLL .............................. 15

1.8. LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL .......................................... 20

1.9. ADIÇÕES E EXCLUSÕES PERMITIDAS AO LUCRO REAL .......................... 22

1.10. EXEMPLO DE ESCRITURAÇÃO ................................................... 25

2. COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS................................................ 29

2.1. Compensação de Prejuízos Fiscais a Partir de 01.01.96 ..................... 29

2.2. PREJUÍZOS FISCAIS NÃO-OPERACIONAIS (PNO): Compensação só com lucros

não operacionais ........................................................................... 30

3. DEDUÇÕES DO IRPJ / INCENTIVOS FISCAIS ........................................... 30

3.1. Limites de Dedução Global ....................................................... 30

3.2. Dedução do Imposto Devido ...................................................... 30

4. LUCRO PRESUMIDO ...................................................................... 32

4.1. INTRODUÇÃO ....................................................................... 32

4.2. EMPRESAS IMPEDIDAS AO LUCRO PRESUMIDO .................................. 32

4.3. APURAÇÃO TRIMESTRAL ........................................................... 32

4.4. FORMALIZAÇÃO DA OPÇÃO........................................................ 33

4.5. BASE DE CÁLCULO.................................................................. 34

4.6. DETERMINAÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO ......................................... 34

4.7. PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO APLICÁVEIS SOBRE A RECEITA BRUTA DA

ATIVIDADE ................................................................................... 35

4.8. DEMAIS RECEITAS E GANHOS DE CAPITAL E OUTROS ACRÉSCIMOS À BASE DE

CÁLCULO ..................................................................................... 39

Page 3: Atualização Tributária

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4.9. OUTROS VALORES QUE DEVEM SER ACRESCIDOS À BASE DE CÁLCULO ...... 40

4.10. CÁLCULO DO IMPOSTO E ADICIONAL .......................................... 40

4.11. RECEITAS FINANCEIRAS ......................................................... 42

4.12. ADICIONAL DE IMPOSTO DE RENDA ............................................ 42

4.13. EXEMPLO DE CÁLCULO PARA O LUCRO PRESUMIDO ......................... 43

4.14. RECOLHIMENTO .................................................................. 43

4.15. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS ...................................................... 43

5. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – LUCRO PRESUMIDO ........................................ 45

5.1. REGIME DE APURAÇÃO – COMPETÊNCIA OU CAIXA ............................. 45

5.2. BASE DE CÁLCULO.................................................................. 45

5.3. ALÍQUOTA DA CSLL ................................................................ 47

5.4. DEDUÇÕES DO IMPOSTO TRIMESTRAL ........................................... 48

5.5. BÔNUS DE ADIMPLÊNCIA FISCAL .................................................. 49

5.6. RECOLHIMENTO DO IRPJ E DA CSLL (PRESUMIDO) ............................. 50

6. LUCRO ARBITRADO ...................................................................... 52

6.1. HIPÓTESES DE ARBITRAMENTO (art. 530 do RIR/99) .......................... 52

6.2. AUTO-ARBITRAMENTO ............................................................. 52

6.3. CÁLCULO DA CSLL - LUCRO ARBITRADO ........................................ 55

7. DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS .............................................................. 56

7.2. DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS E DIVIDENDOS AO TITULAR, SÓCIO OU ACIONISTA

DA PESSOA JURÍDICA ....................................................................... 56

7.3. IMPEDIMENTO PARA DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS/ DIVIDENDOS ................ 58

8. PIS E COFINS – ASPECTOS GERAIS ..................................................... 59

8.1. HISTÓRICO .......................................................................... 59

8.2. PIS/PASEP NÃO-CUMULATIVO DA LEI Nº 10.637/2002 ........................ 59

8.3. COFINS NÃO-CUMULATIVO DA LEI Nº 10.833/2003 ............................ 59

9. INCIDÊNCIA CUMULATIVA ............................................................... 60

9.1. REGIME DE RECONHECIMENTO DAS RECEITAS E DESPESAS – CAIXA OU

COMPETÊNCIA ............................................................................... 61

Page 4: Atualização Tributária

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9.2. VALORES QUE NÃO INTEGRAM A RECEITA BRUTA .............................. 61

9.3. EXCLUSÕES/DEDUÇÕES GERAIS DA BASE DE CÁLCULO ........................ 62

9.4. ALÍQUOTAS DO PIS E DA COFINS ................................................. 62

9.5. INSTITUIÇÃO FINENCEIRAS E EQUIPARADAS .................................... 62

9.6. DEDUÇÃO DOS VALORES RETIDOS NO PAGAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES .. 63

9.7. PAGAMENTO DO PIS/PASEP E DA COFINS ....................................... 63

9.8. CÓDIGOS DO DARF ................................................................. 63

10. INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA ...................................................... 64

10.1. PESSOAS JURÍDICAS SUJEITAS À NÃO-CUMULATIVIDADE ................... 64

10.2. PESSOAS JURÍDICAS NÃO SUJEITAS À INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA DAS

CONTRIBUIÇÕES ............................................................................. 64

10.3. RECEITAS NÃO SUJEITAS AO PIS/PASEP E À COFINS NÃO-CUMULATIVA .. 65

10.4. BASE DE CÁLCULO ............................................................... 67

10.5. CRÉDITOS DO PIS/PASEP E DA COFINS NÃO-CUMULATIVA ................. 68

10.6. DEDUÇÃO DOS VALORES RETIDOS NO PAGAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES 73

10.7. RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES ........................................ 73

11. PIS SOBRE FOLHA DE SALÁRIOS ..................................................... 74

12. SIMPLES NACIONAL ................................................................... 76

12.1. DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA OU EMPRESA DE PEQUENO PORTE ........ 77

12.2. CONCEITO DE RECEITA BRUTA ................................................. 79

12.3. IMPEDITIVOS À OPÇÃO PELO REGIME TRIBUTÁRIO .......................... 79

12.4. INSCRIÇÃO E BAIXA .............................................................. 81

12.5. MODELO DE DECLARAÇÃO DE ENQUADRAMENTO ............................ 83

12.6. INSCRIÇÃO E BAIXA SIMPLIFICADA ............................................. 86

12.7. OPÇÃO PELO REGIME ........................................................... 86

13. EXCLUSÃO DO REGIME................................................................ 88

13.1. EXCLUSÃO OPCIONAL ........................................................... 88

13.2. EXCLUSÃO OBRIGATÓRIA ....................................................... 88

13.3. EXCLUSÃO DE OFÍCIO ........................................................... 90

Page 5: Atualização Tributária

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14. ABRANGÊNCIA E RECOLHIMENTO DE TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES ............ 93

14.1. TRIBUTOS ALCANÇADOS – RECOLHIMENTO EM GUIA ÚNICA................ 93

15. VALOR DEVIDO – RECOLHIMENTO ................................................... 95

15.1. RECOLHIMENTO DOS TRIBUTOS DEVIDOS..................................... 95

15.2. SEGREGAÇÃO DAS RECEITAS ................................................... 95

15.3. IDENTIFICAÇÃO DA ALÍQUOTA ................................................. 96

15.4. CÁLCULO DO FATOR "R" ...................................................... 102

15.5. APLICAÇÃO DA TABELA – INÍCIO DE ATIVIDADES........................... 102

16. RECEITA BRUTA SUPERIOR AO LIMITE ............................................ 104

16.1. REDUÇÃO – RECEITAS DE MERCADORIAS SUJEITAS À TRIBUTAÇÃO

MONOFÁSICA E EXPORTAÇÃO ........................................................... 104

16.2. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA .................................................. 106

16.3. INFORMAÇÃO NO PGDAS (Programa gerador do DAS) .................... 106

17. RESTITUIÇÃO OU COMPENSAÇÃO ................................................. 107

17.1. RESTITUIÇÃO DE VALORES ................................................... 107

17.2. COMPENSAÇÃO DE TRIBUTOS NO SIMPLES NACIONAL .................... 108

18. TRIBUTAÇÃO POR REGIME DE CAIXA ............................................. 109

18.1. Distinção entre regime de caixa e regime de competência............. 109

18.2. Regime de reconhecimento das receitas no Simples Nacional ......... 109

18.3. Cálculo dos Tributos .......................................................... 109

18.4. Opção pelo regime de caixa ................................................. 110

18.5. Registro dos Valores a Receber ............................................. 110

18.6. Dispensa do registro .......................................................... 111

18.7. Registro dos Valores a Receber - Modelo .................................. 112

Page 6: Atualização Tributária

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1. LUCRO REAL

1.1. INTRODUÇÃO

As pessoas jurídicas podem optar pela tributação do lucro, na forma do Lucro

Presumido ou Pelo Lucro Real, e em algumas vezes pelo Lucro Arbitrado. Algumas

atividades e acima de um determinado faturamento, as empresas devem tributar

suas receitas na forma do Lucro Real. O lucro a ser tributado será sobre o montante

do lucro líquido ajustado, pelas adições, exclusões e compensações permitidas pelo

Imposto de renda.

1.2. REGIME DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL

Qualquer empresa pode optar, sem qualquer restrição, pela tributação com base no

lucro real. Aliás, este é o regime próprio de incidência do Imposto de Renda, pois,

neste regime se demonstra o resultado efetivo apurado no exercício da atividade.

Para que a empresa possa optar por outro regime deverá verificar a possibilidade de

enquadramento.

Os demais regimes têm por característica a forma simplificada de apuração e

escrituração com possibilidade, em certos casos, de redução da carga tributária.

1.3. Empresas Obrigadas à Apuração do Lucro Real

a) cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja acima de R$ 48.000.000,00;

b) Instituições financeiras, empresas de seguros privados, de capitalização, de

previdência privada e equiparadas;

c) que tenham lucros ou rendimentos oriundos do exterior;

d) que gozem de benefícios fiscais de isenção/redução do imposto de renda;

e) que no decorrer do ano tenham efetuado a suspensão ou redução do imposto;

f) empresas de fomento mercantil – “Factoring”;

g) Empresas de construção civil com registro de custo orçado.

h) que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e

do agronegócio. (Incluído pela Medida Provisória nº 472, de 2009, convertida na Lei

nº 12.249/2010)

Nota: Tais empresas não poderão optar por outro regime, por exemplo: lucro

presumido ou Simples Nacional (Art. 14 da Lei nº. 9.718/98; art. 246 do RIR/99).

Page 7: Atualização Tributária

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1.4. FORMAS DE TRIBUTAÇÃO

As empresas que apuram o lucro real, durante o ano calendário poderão adotar como

forma de cálculo do Imposto de Renda da CSLL, o Lucro Real Trimestral ou o Lucro

Real Anual (estimativa mensal).

No lucro real trimestral os recolhimentos efetuados são definitivos, ou seja, não

estarão sujeitos a ajustes no encerramento do ano-calendário.

O regime da estimativa tem por característica ser uma forma de antecipação mensal

de IR/CSLL, resultando, portanto, em cálculos provisórios cujos recolhimentos serão

ajustados com o IR/CSLL apurados no encerramento do período-base, normalmente

em 31/dezembro. (Artigo 2º, § 6º da IN SRF nº. 93/97)

Uma vez exercida a opção pelo pagamento mensal do imposto calculado por

estimativa, a empresa deverá apurar o Lucro Real em 31 de dezembro do respectivo

ano-calendário.

A diferença constatada entre o tributo (imposto ou contribuição) apurado com base

no Lucro Real em 31.12. XX e a soma dos pagamentos mensais feitos por estimativa

no mesmo ano-calendário:

a) quando positiva será paga em quota única, até o último dia útil do mês de março

do ano seguinte;

b) quando negativa será compensada com o tributo mensal a ser pago a partir do mês

de janeiro do ano seguinte (ou será objeto de restituição).

1.5. OPÇÃO PELA FORMA DE TRIBUTAÇÃO

A opção pela forma de tributação se dá com o primeiro recolhimento do imposto no

ano-calendário através do código informado no DARF.

Uma vez efetuada a opção o regime adotado é definitivo para todo o ano-calendário,

ou seja, não poderá ser alterado. (Arts. nºs. 17 e 35, § 2º da IN SRF nº. 93/97 e Art.

13, § 1º da Lei nº. 9.718/98)

1.5.1. Lucro Real Trimestral

Adotado este regime, a pessoa jurídica deverá ao final de cada período-base

(trimestral), apurar o lucro líquido, nos termos da legislação comercial e fiscal, o que

vai lhe exigir escrituração contábil completa.

Este lucro líquido será transportado para o LALUR para fins ajustes e assim chegando-

se à determinação do lucro real, base de cálculo do IR.

Por sua vez, seguindo o mesmo sistema, a CSLL será calculada sobre o lucro líquido

ajustado pelas adições, exclusões e compensações que lhe são próprias, na forma

definida pela legislação em vigor.

Page 8: Atualização Tributária

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1.5.2. Regime da Estimativa Mensal

O regime da estimativa mensal caracteriza-se pela forma simplificada de

recolhimento. Uma vez definida a receita bruta, sobre ela aplicam-se os percentuais

de presunção de lucro, os mesmos previstos para o regime do lucro presumido. A esta

base deverão ser acrescidas as demais receitas e ganhos de capital.

Neste regime vigora o sistema de suspensão ou redução do IRPJ e CSLL que

certamente vai exigir da empresa rígida organização contábil para que se possa

comprovar com base em escrituração completa, que o imposto já pago excede o

devido no período em curso ou, simplesmente, comprovar que não se deve imposto

no período em curso.

Para quem está apurando o lucro real, este sistema de suspensão/redução é uma das

principais formas de planejamento tributário a ser adotada durante o ano-calendário.

É um sistema facultativo, podendo ser adotado quando melhor convier ao

contribuinte.

1.5.3. Real Trimestral e Estimativa: Vantagens X Desvantagens

REAL TRIMESTRAL

VANTAGENS DESVANTAGENS

· imposto é pago trimestralmente e

pode ser parcelado em três quotas;

· Se o lucro for menor que o lucro

estimado, e haja previsão segura da

inexistência de prejuízos;

· No caso de saldo negativo, poderá

ser corrigido a partir do mês seguinte.

· no caso de lucro real maior que o

estimado, não terá outra alternativa;

· deverá escriturar o diário,

inventário e o Lalur trimestralmente;

· apurando prejuízo-fiscal, a

compensação nos trimestres seguintes

estará limitada a 30% do lucro.

Page 9: Atualização Tributária

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ESTIMATIVA MENSAL

VANTAGENS DESVANTAGENS

· Poderá suspender ou reduzir o

imposto mensal se o lucro for menor ou

apurar prejuízos-fiscais;

· Se o lucro real for maior poderá

desconsiderá-lo e simplesmente recolher

o imposto com base no lucro estimado;

· É um sistema simplificado de

apuração. Toma-se por base as receitas.

· Os resultados negativos se

compensarão automaticamente com os

positivos, pois os balancetes são apurados

de forma acumulada.

· Se não for comparado com o lucro

real poderá ser recolhido imposto maior

que o efetivamente devido;

· imposto pago na forma de

antecipação não é corrigido durante o

ano;

· No caso de saldo negativo só será

corrigido a partir do ano seguinte;

· sistema de suspensão exige

escrituração regular por ocasião de cada

balancete que for utilizado para

suspensão e redução.

1.6. REGIME DA ESTIMATIVA

No regime da estimativa a base de cálculo é formada pelo somatório do lucro

estimado e demais receitas e ganhos de capital.

O lucro é calculado da seguinte forma:

a) aplicando os percentuais de presunção sobre a receita bruta; ou, opcionalmente,

b) com base no balancete de suspensão que vai demonstrar o lucro acumulado do

período-base.

1.6.1. Conceito de Receita Bruta

A receita bruta sobre o qual se aplicam os percentuais de presunção compreende o

produto da venda de bens (mercadorias ou produtos) nas operações por conta

própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta

alheia (por exemplo: comissões), observando-se que:

a) não se incluem na receita bruta:

a.1) o IPI (se a empresa for contribuinte deste imposto) cobrado destacadamente do

comprador, do qual o vendedor dos bens é mero depositário;

a.2) o ICMS por substituição tributária, cobrado pelo contribuinte substituto que

figura como mero depositário do imposto cobrado antecipadamente;

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a.3) as contribuições ao PIS/PASEP e COFINS cobradas, pelo contribuinte substituto

que figura como mero depositário do imposto cobrado antecipadamente;

b) devem ser excluídos da receita bruta:

b.1) as vendas canceladas (devoluções); e

b.2) os descontos incondicionais concedidos (que consta da NF e não depende de

evento futuro);

1.6.2. Percentuais do Lucro Estimado

ATIVIDADE GERADORA DA RECEITA PERCENTUAL

· Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo,

álcool etílico carburante e gás natural

1,6%

· Venda de mercadorias e produtos (exceto revenda de

combustível para consumo)

· Transporte de cargas

· Serviços hospitalares, auxílio diagnóstico e terapia, patologia

clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina

nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a prestadora

destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária

e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária -

ANVISA.

· Atividade Rural

· Industrialização com materiais fornecidos pelo Encomendante

· Atividades Imobiliárias

· Construção por empreitada, quando houver fornecimento de

todo material indispensável à execução da obra (ADN COSIT 06/97,

derrogado pela IN SRF n. 539/2005)

· Outras atividades (exceto prestação de serviços para a qual não

esteja previsto percentual específico)

8,0%

· Serviços de transporte (exceto o de cargas)

· Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades

civis de profissão regulamentada) prestados com exclusividade por

empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00.

· Instituições financeiras a entidades a elas equiparadas

16%

· Serviços em geral, para os quais não esteja previsto percentual

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específico, inclusive prestados por sociedades civis de profissões

regulamentadas

· Intermediação de negócios, inclusive representação comercial

e corretagem (se Seguros, imóveis, etc.)

· Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e

direitos de qualquer natureza

· Factoring

· Construção por empreitada, quando houver emprego

unicamente de mão-de-obra, ou seja, sem o emprego de materiais

32%

À base de cálculo da estimativa, deverão ser somadas as demais receitas e ganhos de

capital, no mês em que forem auferidos. Podemos citar, entre outros:

a) juros ativos, não decorrentes de aplicações financeiras, inclusive os incidentes

sobre valores restituídos ou compensados;

b) descontos financeiros obtidos;

c) receita de locação de bens permanentes, quando este não for o objetivo social da

empresa, deduzido dos encargos necessários à sua percepção;

d) variações monetárias ativas;

e) ganhos de capital nas alienações de bens do ativo permanente;

OBS: Não devem ser somadas a base de cálculo os rendimentos de aplicações financeiras,

recuperação de créditos que não representem ingresso de novas receitas, reversão de

provisões, lucros e dividendos recebidos, ajuste da equivalência patrimonial, juros sobre o

capital próprio. (Arts. 4º, 6º e 7º da IN SRF nº 93/97)

1.6.3. Prestadoras de Serviço com Receita Bruta Anual de até R$120.000,00

As empresas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, que não sejam de

profissão regulamentada e cuja receita bruta não exceder a R$120.000,00, poderão

utilizar, para determinação da base de cálculo do imposto, o percentual de 16%.

Diferença de Imposto: a empresa ficará sujeita ao pagamento da diferença do

imposto, apurada em relação a cada mês transcorrido, quando houver utilizado o

percentual de 16% e a receita bruta acumulada ano período exceder o limite de

R$120.000,00. A diferença de imposto deverá ser paga até o último dia útil do mês

subseqüente àquele em que ocorrer o excesso. Quando paga no prazo previsto acima,

a diferença será recolhida sem acréscimos.

Exemplo:

Dados hipotéticos relativos aos meses de janeiro a abril de 2001.

Page 12: Atualização Tributária

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Mês Receita Bruta – R$ Acumulado Percentual

Jan/2006 20.000,00 20.000,00 16%

Fev/2006 30.000,00 50.000,00 16%

Mar/2006 40.000,00 90.000,00 16%

Abr/2006 50.000,00 140.000,00 32%

Até o mês de março de 2001 a empresa utilizou o percentual de 16% sobre o valor da

receita bruta de R$90.000,00. A partir do mês de abril de 2001 passou a utilizar o

percentual de 32%, tendo em vista que o valor acumulado ultrapassou o limite de

R$120.000,00.

Assim, deverá ser recolhida a diferença de imposto, relativa à utilização do

percentual de 16% (32%-16% = 16%), ou seja:

Cálculo da Diferença de Imposto

Jan a Mar/2006 Valores -

R$

% Base de Cálculo do

IR

Base de Cálculo Acumulada 90.000,00 16 14.400,00

Diferença de Imposto Devida: R$14.400,00 x 15% = R$2.160,00

No exemplo em tela, a diferença deverá ser recolhida, juntamente com o imposto do

mês de abril de 2006, até o último dia do mês de maio de 2006 (Art 3º §4º da IN SRF

nº 93/97).

1.6.4. Atividades Imobiliárias

As pessoas jurídicas que explorem atividades imobiliárias relativas a loteamento de

terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda deverão

considerar como receita bruta o montante efetivamente recebido, relativo às

unidades imobiliárias vendidas. O lucro estimado será calculado aplicando-se o

percentual de 8% sobre o valor das receitas recebidas (§ 7º do art. 3º e inciso I do art.

5º da IN SRF nº 93/97).

1.6.5. Comercialização de Veículos Usados

A pessoa jurídica que tenha como objeto social, declarado em seus atos

constitutivos, a compra e venda de veículos automotores deverá observar que, nas

operações de venda de veículos usados, o valor a ser computado na determinação da

Page 13: Atualização Tributária

13

base de cálculo será apurado segundo o regime aplicável às operações de

consignação.

Assim, na determinação da base de cálculo, será computada a diferença entre o valor

pelo qual o veículo usado houver sido alienado, constante da nota fiscal de venda, e

o seu custo de aquisição constante da nota fiscal de entrada (IN SRF nº 152/98).

1.6.6. Cálculo do IR Estimado

Sobre a base de cálculo determinada na forma dos itens anteriores incide o Imposto

de Renda determinado pela aplicação da alíquota de 15%. (Art. 8º da IN SRF nº 93/97)

1.6.7. Cálculo do Adicional Mensal

Estará sujeita à incidência do adicional a parcela a parcela de lucro excedente a R$

20.000,00 multiplicada pelo número de meses do período de apuração. (Art. 8º, §

único, da IN SRF nº 93/97)

1.6.8. Exemplos de Adicional

a) Regime da estimativa – cálculo com base na receita bruta/demais receitas:

Admitindo-se a base de cálculo ______________________________________R$ 12.000,00

IRPJ = 15% sobre R$ 12.000,00 _____________________________________R$ 1.800,00

Admitindo-se a base de cálculo ______________________________________R$ 24.000,00

IRPJ normal = 15% sobre R$ 24.000,00 _______________________________R$ 3.600,00

IRPJ Adicional = 10% sobre R$ 4.000,00 ______________________________R$ 400,00

IRPJ a recolher ___________________________________________________R$ 4.000,00

b) Regime da estimativa – cálculo com base em balancete de redução/suspensão em

julho de 2005 (7 x R$20.000,00 = R$140.000,00 = limite do adicional):

Admitindo-se a base de cálculo ______________________________________R$ 110.000,00

IRPJ = 15% sobre R$ 110.000,00 ____________________________________R$ 16.500,00

Admitindo-se a base de cálculo ______________________________________R$ 170.000,00

IRPJ normal = 15% sobre R$ 170.000,00 ______________________________R$ 25.500,00

IRPJ Adicional = 10% sobre R$ 30.000,00 _____________________________R$ 3.000,00

IRPJ a recolher ___________________________________________________R$ 28.500,00

1.6.9. Deduções do Imposto

A pessoa jurídica tributada com base na estimativa mensal pode deduzir do imposto

apurado:

Page 14: Atualização Tributária

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a) o Imposto de Renda Retido da Fonte, ou pago pela própria empresa, conforme o

caso, sobre receitas computadas na determinação da base de cálculo, pagas ou

creditadas à empresa por pessoas jurídicas a título de:

a.1) remuneração pela prestação de serviços profissionais;

a.2) remuneração pela prestação de serviços de limpeza e conservação,

vigilância e locação de mão-de-obra;

a.3) comissões e corretagens, etc.;

a.4) remuneração de serviços de propaganda e publicidade;

a.5) importâncias recebidas de entidades da administração pública federal;

a.6) juros remuneratórios do capital próprio;

a.7) outras remunerações sujeitas ao IRRF.

b) o saldo de imposto pago indevidamente ou a maior em períodos anteriores, que

ainda não tenham sido objeto de compensação.

O imposto de renda pago indevidamente ou a maior em períodos anteriores poderá

ser atualizado monetariamente, se pago a partir de 1º de janeiro de 1996, acrescido

de juros equivalentes à taxa Selic.

1.6.10. Exemplo do Cálculo da Estimativa Mensal

A empresa que tenha optado pelo pagamento do imposto por estimativa (dessa forma

obrigada à apuração do Lucro Real). Admitam-se os seguintes dados, para o mês de

janeiro de 2001:

- Receita Bruta da Atividade Comercial ________________________________R$ 400.000,00

- Receita Bruta da Prestação se Serviços em Geral ______________________R$ 50.000,00

- Receita de aluguel de um imóvel da empresa __________________________R$ 6.000,00

- Lucro na venda de um veículo do imobilizado __________________________R$ 14.000,00

Page 15: Atualização Tributária

15

Cálculos

Receita Bruta Ajustada R$400.000,00 x 8%...................................................................R$32.000,00 R$50.000,00 x 32%..................................................................R$16.000,00

=Subtotal(Lucro Estimado).....................................................R$48.000,00

Acréscimos à base de cálculo: Receita de Aluguel..................................................................................R$6.000,00 Lucro na Venda de Veículo.........................................................R$14.000,00.........R$20.000,00 Base de Cálculo da Estimativa...........................................................................R$68.000,00

Imposto: 15% x R$68.000,00...........................................................................R$10.200,00 Adicional: 10% x R$48.000,00(*).........................................................................R$4.800,00 = Imposto Devido..................................................................................R$15.000,00

(*)Parcela da Base de Cálculo Mensal que excedeu a R$20.000,00

(R$68.000,00 – R$20.000,00 = R$48.000,00)

1.7. BALANÇO DE SUSPENSÃO/REDUÇÃO DO IR/CSLL

O sistema de suspensão ou redução do imposto (IR/CSLL) é próprio do regime da

estimativa. Portanto não se fala em suspensão/redução em outro regime de

tributação.

Será possível suspender ou reduzir o IRPJ e a CSLL de cada mês desde que se

demonstre através de balanço ou balancete do período a inexistência de lucro

tributável, ou que o valor pago excede o valor do imposto devido.

Note-se que a opção pelo sistema de tributação deve ser o mesmo para IRPJ e para

CSLL. Isto quer dizer que a vantagem deve ser aferida em relação aos dois tributos.

1.7.1. Como Praticar a Suspensão ou Redução

Os balanços/balancetes deverão ser levantados com observância da lei comerciais e

fiscais e transcritos no livro diário.

A demonstração do lucro real do período abrangido deverá ser transcrita na parte

“A” do LALUR. (Art. 35 da Lei nº 8.981/95).

Page 16: Atualização Tributária

16

1.7.2. Apuração do Lucro Real Intermediário (Balanço de Suspensão/Redução)

O balanço/balancete deverá compreender o período transcorrido dentro do ano-

calendário. Assim para definirmos o período de abrangência deveremos observar as

seguintes circunstâncias:

a) Período de abrangência de empresa constituída até o ano anterior:

de 01.01 a 31.01 para suspensão/redução do imposto apurado em janeiro;

de 01.01 a 28.02 para suspensão/redução do imposto apurado em fevereiro;

de 01.01 a 31.07 para suspensão/redução do imposto apurado em julho.

e assim, sucessivamente, a critério da empresa.

b) Empresa que foi constituída durante o ano-calendário. Ex., 23.02.2005

de 23.02 a 28.02 para suspensão/redução do imposto apurado em fevereiro;

de 23.02 a 30.04 para suspensão/redução do imposto apurado em abril;

de 23.02 a 30.06 para suspensão/redução do imposto apurado em junho.

de 23.02 a 30.07 para suspensão/redução do imposto apurado em julho.

e assim, sucessivamente, a critério da empresa.

Na hipótese em que a empresa optar pela estimativa e não reunir os elementos

necessários para adotar este regime de suspensão/redução, deverá obrigatoriamente

recolher com base na receita bruta.

1.7.3. Cálculo da Suspensão ou Redução

Os valores apurados com base neste sistema servem única e exclusivamente para

definir a situação tributária daquele período.

Se a empresa pretende suspender/reduzir o pagamento de períodos subseqüentes

deverá levantar novo balancete, desconsiderando aqueles levantados anteriormente.

O novo balancete será exigido inclusive quando a empresa já tiver demonstrado saldo

de imposto a recuperar demonstrado em meses anteriores.

Compensação do Imposto pago Anteriormente

Do imposto apurado com base no resultado acumulado poderão ser deduzidos os

créditos da pessoa jurídica:

a) o imposto pago em períodos anteriores (IR/CSL estimado);

b) o IRRF:

b1) sobre receitas;

b2) aplicações financeiras(somente no Bal.Susp./Red),

c) o saldo negativo (IR/CSL) de ano-calendário anterior;

d) o IR/CSL pago a maior ou indevidamente.

Exemplo de Suspensão Integral:

Page 17: Atualização Tributária

17

Lucro real apurado com base no resultado acumulado em 30.06.2001:

1º PASSO - Cálculo do IRPJ e do Adicional:

IRPJ = 15% sobre R$ 360.000,00 ____________________________________R$ 54.000,00

Adicional = 10% sobre R$ 240.000,00 _________________________________R$ 24.000,00

IRPJ a pagar _____________________________________________________R$ 78.000,00

2º PASSO - Verificar os créditos existentes em 30.06.2005:

Imposto pago por estimativa ________________________________________R$ 80.000,00

Imposto retido na fonte _____________________________________________R$ 2.000,00

Total dos créditos _________________________________________________(R$ 82.000,00)

3º PASSO - Verificar resultado ______________________________________(R$ 4.000,00)

Nesta situação poderá ser efetuada a suspensão integral do IRPJ tendo em vista que

os créditos (imposto já pago) supera o devido no período em curso.

Exemplo de Redução:

Aproveitando dados do exemplo anterior supondo que a estimativa de junho resulte

no imposto a pagar de R$ 10.000,00:

1º PASSO - Calcular IRPJ: considerando que seja _______________________R$ 90.000,00

2º PASSO - Créditos existentes: considerando que sejam _________________R$ 82.000,00

3º PASSO - Verificar resultado comparando os dois sistemas, assim:

PELO SISTEMA DA ESTIMATIVA PELO SISTEMA DE SUSPENSÃO

-Valor a ser recolhido competência 07/01 ........R$10.000,00

-Valor das antecipações já efetuadas ...............R$82.000,00

Somatório das antecipações......................... R$92.000,00

-Valor devido no período em curso......................R$90.000,00

-Valor das antecipações já efetuadas ...................R$82.000,00

-Valor a ser recolhido......................................R$ 8.000,00

Se optar pelo recolhimento com base na estimativa deverá ser recolhida a importância de R$

10.000,00, que somada aos créditos de R$ 82.000,00 totalizará antecipações de R$ 92.000,00;

Contudo, se optar pela tributação com base no resultado acumulado deverá ser recolhido mais R$

8.000,00, que corresponde à diferença entre o devido R$ 90.000,00 e o que já foi antecipado R$

82.000,00.

Page 18: Atualização Tributária

18

1.7.4. Vantagem Tributária

Tanto na suspensão como na redução o valor que deixou de ser pago, fica no caixa da

empresa a custo zero podendo ser utilizado livremente em suas atividades

operacionais, ou até em investimentos.

Exemplo de Desconsideração do Balancete:

1º PASSO - Calcular o IRPJ: considerando que seja _____________________ R$ 100.000,00

2º PASSO - Créditos existentes: considerando que sejam _________________ R$ 82.000,00

3º PASSO - Verificar resultado conforme segue:

PELO SISTEMA DA ESTIMATIVA PELO SISTEMA DE SUSPENSÃO

-Valor a ser recolhido competência

07/01 ............................................R$10.000,00

-Valor das antecipações já

efetuadas ........................................R$82.000,00

Somatório das antecipações................ R$ 92.000,00

-Valor devido no período

em curso..........................................R$100.000,00

-Valor das antecipações já

efetuadas ..........................................R$82.000,00

-Valor a ser recolhido...........................R$ 18.000,00

Se optar pelo recolhimento com base na estimativa deverá ser recolhida a importância de R$

10.000,00, que somada aos créditos de R$ 82.000,00 totalizará antecipações de R$ 92.000,00;

Contudo, se optar pela tributação com base no resultado acumulado deverá ser recolhido mais R$

18.000,00, que corresponde à diferença entre o devido R$ 100.000,00 e o que já foi antecipado

R$82.000,00.

Desvantagem: Nesta hipótese o resultado acumulado gera um imposto a pagar superior àquele apurado

com base na estimativa. Isto que dizer que o lucro estimado está sendo mais vantajoso devendo o

balancete ser desconsiderado, e efetuar o recolhimento de R$ 10.000,00.

Se a situação persistir até o final do ano, a diferença de imposto a pagar poderá ser paga no ano

seguinte, até 31.01.2001 sem acréscimos ou até 31.03.2006 acrescido de juros SELIC.

Page 19: Atualização Tributária

19

1.7.5. Quadro-resumo da Suspensão/Redução

Mês Estimativa(RB) Lucro Real Acumulado

Janeiro 12.000,00 8.000,00 Redução

Fevereiro 10.000,00 20.000,00-8.000,00= 12.000,00 RB

Março 15.000,00 25.000,00-18.000,00= 7.000,00 Redução

Abril 12.000,00 35.000,00-25.000,00= 10.000,00 Redução

Maio 12.000,00 30.000,00-35.000,00= 5.000,00(-) Suspensão

Junho 10.000,00 50.000,00-35.000,00= 15.000,00 RB

Julho 12.000,00 (Prej.) 0 -45.000,00=

45.000,00(-)

Suspensão

1.7.6. Recolhimentos da estimativa à maior em 2000:

Janeiro R$ 8.000,00 Julho -

Fevereiro R$ 10.000,00 Agosto -

Março R$ 7.000,00 Setembro -

Abril R$ 10.000,00 Outubro -

Maio - Novembro -

Junho R$ 10.000,00 Dezembro (prejuízo) (R$ 45.000,00)

- A partir de 01.01.2001, o valor de R$ 45.000,00 passou a ser considerado

pagamento à maior (saldo negativo de IRPJ), podendo a partir desta data ser

corrigido pela taxa SELIC, e pode ser utilizado para compensação com a estimativa

nos períodos subseqüentes.

1.7.7. Recolhimentos da estimativa à menor em 2.005

Janeiro R$ 8.000,00 Julho -

Fevereiro R$ 10.000,00 Agosto -

Março R$ 7.000,00 Setembro -

Abril R$ 10.000,00 Outubro -

Maio - Novembro -

Junho R$ 10.000,00 Dezembro (com

base na rec. Bruta)

R$10.000,00

R$ 55.000,00

- em 31.12.00 deu um IRPJ de R$80.000,00 – R$ 55.000,00 = R$25.000,00

Page 20: Atualização Tributária

20

1.8. LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL

As pessoas jurídicas optantes pelo Lucro Real, devem obrigatoriamente escriturar o

Livro Lalur, para demonstrar o lucro real ajustado.

1.8.1. Objetivo do LALUR

Este livro fiscal tem por finalidade apurar a base de cálculo do IRPJ nas empresas

enquadradas no regime do Lucro Real.

1.8.2. Finalidade do LALUR

O Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) existe para assegurar a separação entre a

escrituração comercial e a fiscal, prevista no § 2º do art. 177 da Lei nº 6.404/76 (Lei

das S/A).

Conforme afirmado na Exposição de Motivos que acompanhou o Projeto do Decreto-

lei nº 1.598/77, é necessária a separação entre essas duas escriturações porque as

informações sobre a posição e os resultados financeiros das sociedades são regulados

na lei comercial com objetivos diversos dos que orientam a legislação tributária, e a

apuração de resultados e as demonstrações financeiras exigidas pela lei comercial

não devem ser distorcidas em razão de conveniências ou imperativos da legislação

tributária.

No LALUR serão lançados os ajustes do lucro líquido do período-base, será transcrita

a demonstração do lucro real e será efetuado o controle de deduções e

compensações. Este livro tem por finalidade também manter os registros de controle

de prejuízos fiscais a compensar em períodos-base subseqüentes, do lucro

inflacionário a realizar, da depreciação acelerada incentivada, da exaustão mineral

com base na receita bruta, bem como dos demais valores que devam influenciar a

determinação do lucro real de períodos-base futuros e não constem da escrituração

comercial.

Neste livro devem-se manter os registros de controle dos valores excedentes a serem

utilizados no cálculo das deduções nos períodos-base subseqüentes, dos dispêndios

com o programa de alimentação ao trabalhador, vale-transporte e outros previstos no

Regulamento do Imposto de Renda.

1.8.3. Lucro Real

A expressão “lucro real” corresponde ao próprio lucro tributável, cujo ponto de

partida é o lucro contábil, denominado de “lucro líquido”. Segundo o art. 247 do

Decreto nº 3.000/99 o “lucro real é o lucro líquido do período-base ajustado pelas

adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas por este decreto”.

O lucro tributável baseado no lucro contábil pode ser assim demonstrado:

Page 21: Atualização Tributária

21

LUCRO REAL

Lucro líquido

(contábil)

Resultado operacional

(+) resultado não-operacional

(-) participações nos lucros antes da provisão para IRPJ

(+) Adições

(+) débitos não-dedutíveis

(+) outras adições conforme livro de apuração do lucro real

(-) Exclusões

(-) créditos não tributáveis

(-) outras exclusões conforme livro de apuração do lucro real

(-) Compensações (-) compensações de prejuízos-fiscais

(=) LUCRO REAL Ajustado das adições, exclusões e compensações

1.8.4. Época de Escrituração

a) Trimestralmente: para quem optou pelo lucro real trimestral;

b) Anualmente: para quem optou pelo lucro real anual;

c) No mês em que for levantado o balancete para fins de suspensão ou redução do

imposto (neste caso, somente parte “A”).

1.8.5. Formalidades Legais

Não precisa ser autenticado em nenhuma repartição (Junta Comercial ou Receita

Federal).

Deve conter:

a) termo de abertura e encerramento;

b) data e assinatura do sócio gerente/diretor e do contabilista responsável pela

escrituração contábil/fiscal da empresa.

Page 22: Atualização Tributária

22

1.9. ADIÇÕES E EXCLUSÕES PERMITIDAS AO LUCRO REAL

Lucro real é o lucro líquido ajustado pelas adições, exclusões ou compensações

prescritas ou autorizadas pela legislação tributária, conforme art. 247 do RIR/1999.

A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada

período na escrituração mercantil, com observância das leis comerciais, inclusive no

que se refere à constituição da provisão para o Imposto de Renda.

1.9.1. Adições ao Lucro Líquido

Na determinação do lucro real, serão adicionados ao lucro líquido do período (Art.

249 do RIR/1999 e Majur SRF):

I. Provisão para a CSLL;

II. Resultado negativo da avaliação de investimentos pela equivalência

patrimonial;

III. Valor da reserva de reavaliação, baixada durante o período, cuja

contrapartida não tenha sido computada no resultado desse mesmo período,

nas hipóteses em que deva ser adicionada ao lucro líquido, para fins de

determinação do lucro real;

IV. Valor das provisões não dedutíveis na determinação do lucro real, exceto as

seguintes:

a. Provisão para pagamento de férias e 13º salário;

b. Provisões técnicas das companhias de seguro e capitalização, bem

como das entidades de previdência privada, cuja constituição é

exigida pela legislação especial a elas aplicável;

V. O valor das despesas não dedutíveis computados no resultado:

a) contraprestações de arrendamento mercantil e do aluguel de bens móveis ou

imóveis, exceto quando relacionados intrinsecamente com a produção ou

comercialização dos bens e serviços; (VIDE ALTERAÇÕES LEI Nº 11.941/2009)

b) despesas de depreciação, amortização, manutenção, reparo, conservação,

impostos, taxas, seguros e quaisquer outros gastos com bens móveis ou imóveis,

exceto se intrinsecamente relacionados com a produção de bens e serviços;

c) despesas com alimentação dos sócios, acionistas e administradores;

d) contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros, planos de

saúde e benefícios complementares assemelhados aos da previdência social,

instituídos em favor dos empregados e dirigentes da pessoa jurídica;

e) as doações, exceto as efetuadas em favor de instituições de ensino e pesquisa sem

finalidade lucrativa e entidades civis sem fins lucrativos que prestem serviços

Page 23: Atualização Tributária

23

gratuitos em benefício de empregados da pessoa jurídica doadora e seus

dependentes, ou em benefício da comunidade onde atuem observados os limites

fixados na legislação.

VI. a parcela dos lucros decorrentes de contratos com entidades governamentais,

excluídos na determinação da base de cálculo da contribuição em período

anterior, proporcional ao valor das receitas recebidas no período de apuração,

inclusive mediante resgate ou alienação sob qualquer forma de títulos

públicos ou Certificados de Securitização, emitidos especificamente para

quitação desses créditos (Art. 3º da Lei nº 8.003/1990 e art. 18 da Lei nº

9.711/1998);

VII. os encargos de depreciação, amortização e exaustão e o custo dos bens

baixados a qualquer título, correspondente à correção complementar pela

diferença IPC/BTNF, debitados ao resultado do período de apuração;

VIII. o valor da reserva de correção especial do Ativo Permanente (Art. 2º da Lei nº

8.200/1991) proporcional ao valor dos bens submetidos a essa correção

especial, realizados no período mediante depreciação, amortização,

exaustão, alienação ou baixa por perecimento;

IX. as despesas com brindes;

X. os juros remuneratórios do capital próprio, produzidos na apuração do

resultado na forma do art. 9º da Lei nº 9.249/1995, bem como o Imposto de

Renda incidente na Fonte sobre esses juros, assumido pela empresa, no caso

de sua capitalização ou manutenção em conta de reserva para esse fim.

1.9.2. Exclusões e Compensações do Lucro Líquido

Na determinação do lucro real poderão ser excluídos do lucro líquido do período (Art.

250 do RIR/1999):

I) o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio

líquido;

II) os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de

aquisição, que tenham sido computados como receita;

III) o valor das provisões não dedutíveis que tenham sido adicionadas na

determinação da base de cálculo de período de apuração anterior e que tenham sido

baixadas no período de apuração por utilização ou reversão;

IV) a parcela dos lucros decorrentes de contratos de construção por empreitada ou de

fornecimento de bens ou serviços celebrados com entidades governamentais,

Page 24: Atualização Tributária

24

proporcional ao valor das receitas desses contratos, computadas na apuração do

resultado e não recebidas até a data do encerramento do trimestre;

V) a parcela dos lucros decorrentes de contratos de construção por empreitada ou de

fornecimento de bens ou serviços celebrados com entidades governamentais, quando

os créditos com essas pessoas jurídicas forem quitados pelo Poder Público com títulos

de sua emissão, inclusive com Certificados de Securitização, emitidos

especificamente para essa finalidade;

Nota: No caso de subcontratação de parte da empreitada ou fornecimento, o direito

ao deferimento caberá também à empreiteira ou fornecedora, na proporção da sua

participação na receita a receber.

VI) a diferença entre o valor de mercado e o valor contábil de bens e direitos

recebidos a título de devolução de participação no capital social de outra sociedade,

que tenha sido creditada ao resultado (Art. 22, § 4º da Lei nº 9.249/1995);

VII) os rendimentos e ganhos de capitais auferidos no Exterior, por pessoa jurídica

domiciliada no Brasil, desde que devidamente computados no seu resultado;

VIII) a reversão do saldo remanescente da provisão para o Imposto de Renda sobre o

lucro inflacionário com tributação diferida, quando houver sido exercida a opção

para a tributação antecipada com o benefício da redução da alíquota do imposto;

IX) a parcela compensável de créditos oriundos da mudança das alíquotas para o

Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público -

PIS/PASEP, devidas pelas pessoas jurídicas a que se refere o § 1º do art. 22, da Lei nº

8.212, de 24 de julho de 1991, correspondente a qualquer período de apuração

posterior a 31 de dezembro de 1998.

Page 25: Atualização Tributária

25

1.10. EXEMPLO DE ESCRITURAÇÃO

Resultado do Período antes do LALUR...........................................R$ 66.809,04

I Provisão para a CSLL.............................................................R$ 4.849,58

II Multas registradas

Pago multa guia recolhimento n/data................................................R$ 43,71

Pago multa guia recolhimento n/data...............................................R$ 29,14

III Despesas Indedutíveis

Pagto NF 25474 Restaurante Vila Maria Ltda......................................R$ 294,14

Pagto NF 1058 Café Colônia Ltda.....................................................R$ 29,30

Pagto NF 1245 Dissoft Vision Ltda…………............................................R$ 70,00

Pagto NF 539 Restaurante Churrascaria Lazaro Ltda..............................R$ 23,53

Pagto NF 45796 Posto Vanguarda Ltda...............................................R$ 23,53

Pagto NF 2340 Borcato borracharia Ltda.............................................R$ 46,36

Pagto NF 256879 Restaurante Vila Maria Ltda.....................................R$ 260,94

IV Dividendos recebidos

Dividendos Participação Química Nacionaliza S/A.................................R$ 183,54

Dividendos Participação Balsamo do Campo S/A R$............................R$ 1.117,71

Page 26: Atualização Tributária

26

1.10.1. Exemplo de Escrituração da Parte A

PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LIQUIDO DO EXERCÍCIO Folha 1

DATA H I S T O R I C O - NATUREZA DOS AJUSTES ADIÇÕES EXCLUSÕES

31/12/2005 CSLL, registrada na conta 3.3.1.02.001

31/12/2005 Provisão para a Contribuição Social 4.849,58

31/12/2005 Multas registradas na conta 3.1.2.05.009

05/11/2001 Pagto multa guia recolhimento 72,85

31/12/2005 Despesas Indedutíveis registradas na conta 3.1.2.04.017

05/04/205 Pagto NF 25474 Restaurante Vila Maria Ltda 294,14

15/06/2005 Pagto NF 1058 Café Colônia Ltda 29,30

1706/2005 Pagto NF 1245 Dissoft Vision Ltda 70,00

10/11/2005 Pagto NF 539 Restaurante Churrascaria Lazaro Ltda 23,53

14/11/2005 Pagto NF 45796 Posto Vanguarda Ltda 23,53

27/11/2005 Pagto NF 2340 Borcato borracharia Ltda 46,36

04/12/2005 Pagto NF 256879 Restaurante Vila Maria Ltda 260,94 747,80

31/12/2005 Dividendos recebidos registrados na conta 3.1.8.05.010

31/12/205 Dividendos Participação Química Nacionaliza S/A 183,54

31/12/2005 Dividendos Participação Balsamo do Campo S/A 1.117,71 1.301,25

T O T A L DAS A D I Ç Õ E S E E X C L U S Õ E S 5.670,23 1.301,25

DEMONSTRATIVO DO LUCRO REAL

R E S U L T A D O D O P E R Í O D O 61.959,46

A D I Ç Õ E S

Provisão para a CSLL 4.849,58

Multas Indedutíveis 72,85

Despesas Indedutíveis 747,80

T O T A L A D I Ç Õ E S 5.670,23

E X C L U S Õ E S

Recebimento de Dividendos 1.301,25

66.809,04

T O T A L E X C L U S Õ E S 1.301,25

COMPENSAÇÕES

Prejuízo Fiscal de 2000 12.444,20

53.884,24

Page 27: Atualização Tributária

27

LUCRO REAL

Curitiba, 31 de Dezembro de 2.005

_____________________________

José Salvador Saúde Roberto Pessoa

Responsável Contador CRC/PR 9999.99

1.10.2. Escrituração da Parte B

O registro de controle é efetuado na Parte B do Livro de Apuração do Lucro Real. Na

Parte B do Livro de Apuração do Lucro Real, concomitantemente com os lançamentos

de ajuste efetuados na Parte A do referido livro no encerramento de cada período de

apuração, serão efetuados os controles dos valores que devam influenciar a

determinação do lucro real de períodos de apuração subseqüentes, utilizando-se uma

folha para cada conta ou fato que requeira controle individualizado.

A coluna D/C do livro destina-se a indicar a natureza devedora (D) ou credora (C) do saldo apurado. Portanto, os saldos que devam ser adicionados ao lucro líquido de exercícios subseqüentes terão letra D, e os que devam ser excluídos terão letra C.

1.10.3. Contas Suscetíveis de Controle

Os valores que devam influenciar a determinação do lucro real de período de

apuração futuro e que não são controlados na escrituração comercial devem ser

agrupados em contas distintas, segundo a sua natureza, tais como:

- prejuízos fiscais a compensar;

- depreciação acelerada incentivada;

- lucro inflacionário acumulado;

- provisões não dedutíveis;

- lucro não realizado decorrente de contrato a longo prazo com empresa pública,

etc.;

- perdas excedentes aos ganhos auferidos no mercado de renda variável.

Os incentivos fiscais aproveitáveis em períodos subseqüentes, passíveis de dedução

do Imposto de Renda devido na Declaração de Ajuste, embora não constituam valores

a serem excluídos do lucro líquido, deverão ser controlados na Parte B do Lalur.

Page 28: Atualização Tributária

28

1.10.4. Exemplo de Escrituração da Parte "B" do Lalur

PARTE B - CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO LUCRO LIQUIDO

EM EXERCÍCIOS FUTUROS FOLHA 26

CONTA :

Conta: Prejuízo Fiscal Ano Calendário

2000

Para efeitos de Correção

Monetária

Controle de

Valores

DATA H I STÓRICO Mês de Valor a Coefi- Débito Crédito Valor Corrigido D/C

Ref. Corrigir ciente

31/12/2000

Prejuízo Fiscal

apurado no

exercício 12/00

12.444,20

12.444,20 C

31/12/2005

Prejuízo fiscal

compensado no

exercício 12/05 12.444.20

D

Page 29: Atualização Tributária

29

2. COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS

A partir de 1.995 o lucro real de cada período-base poderá ser reduzido em função da

compensação de prejuízos fiscais em, no máximo, 30%. A mesma limitação se aplica

em relação à base de cálculo da CSLL.

As pessoas jurídicas poderão compensar os prejuízos fiscais apurados em períodos-

base anteriores, observadas as normas pertinentes à compensação que as autorizam:

De acordo com o art. 42 da Lei n.º 8981/95, o lucro real de cada período-base (lucro

líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas ou autorizadas pela legislação do

Imposto de Renda) poderá ser reduzido em função da compensação de prejuízos

fiscais em, no máximo, 30% (trinta por cento).

Exemplo:

Lucro Líquido do Período Base ______________________________________R$ 500.000,00

Adições _________________________________________________________R$ 200.000,00

Exclusões _______________________________________________________(R$100.000,00)

Lucro real antes da compensação de prejuízos fiscais ____________________R$ 600.000,00

Nesta hipótese, o limite máximo para a compensação de prejuízos de períodos-base anteriores é de 30% de R$ 600.000,00, ou seja, R$ 180.000,00 e, portanto, se o saldo de prejuízos fiscais a compensar:

- não ultrapassar R$180.000,00, poderá ser totalmente compensado; e

- se ultrapassar esse limite, o excedente não poderá ser compensado neste período-base, devendo permanecer registrado na conta de controle da parte B do LALUR, para ser compensado com o lucro real que vier a ser apurado nos períodos-base subseqüentes, sempre respeitado o limite de 30%.

A parcela de prejuízos fiscais apurados até 31.12.94, que não for compensada em virtude dessa limitação, poderá ser compensada nos anos-calendário subseqüentes, sem limite de prazo desde que nesta data fossem ainda passíveis de compensação, na forma da legislação então aplicável.

Nota: Não confundir com apuração do lucro real com base em balanço ou balancete

de suspensão ou redução do imposto mensal, hipótese em que os prejuízos gerados

no próprio ano-calendário em curso são, integral e automaticamente, compensados.

Se por ocasião da suspensão ou redução do imposto do período em curso houver aproveitamento de prejuízos fiscais do ano calendário anterior, deve-se respeitar a limitação de 30% do Lucro Real Acumulado.

2.1. Compensação de Prejuízos Fiscais a Partir de 01.01.96

A legislação vigente a partir de 01.01.96, manteve as normas que limitam o aproveitamento de prejuízos fiscais criando ainda, uma nova categoria: os Prejuízos Fiscais Não-operacionais (PNO).

Page 30: Atualização Tributária

30

2.2. PREJUÍZOS FISCAIS NÃO-OPERACIONAIS (PNO):

Compensação só com lucros não operacionais

De acordo com o art. 31 da Lei n.º 9.249/95, os prejuízos não operacionais, apurados a partir de 01.01.96, somente poderão ser compensados com lucros da mesma natureza, observada a limitação de 30% do lucro real.

3. DEDUÇÕES DO IRPJ / INCENTIVOS FISCAIS

A partir do ano-calendário de 1998 os incentivos fiscais de dedução do IR estão

dispostos da seguinte forma:

PAT: reduzido para 4% do IRPJ normal (até 1997 o limite era 5%);

PDTI – PDTA: Programa de desenvolvimento tecnológico industrial ou agropecuário:

foi reduzido para 4% do IRPJ normal (até 1997 estava limitado a 8%);

OPERAÇÕES DE CARÁTER CULTURAL E ARTÍSTICO: foi reduzido para 4% do IRPJ

normal (até 1997 o limite era 5%);

ATIVIDADE AUDIOVISUAL: foi mantida a dedução de até 3% do IRPJ normal;

DOAÇÕES AOS CONSELHOS DOS DIREITOS DA CRIANÇA: foi mantida a dedução de

até 1% do IRPJ normal;

INCENTIVO AO DESPORTO: poderão ser deduzidos do imposto de renda devido,

apurado em cada período de apuração, trimestral ou anual, pela pessoa jurídica

tributada com base no lucro real os valores despendidos a título de patrocínio ou

doação, no apoio direto a projetos desportivos e para desportivos previamente

aprovados pelo Ministério do Esporte. (limite de 1%)

3.1. Limites de Dedução Global

Observado o limite específico de cada incentivo, deve ser respeitado ainda o limite

global de 4%, com exceção ao incentivo ao Desporto que não é interado neste limite.

3.2. Dedução do Imposto Devido

Os incentivos fiscais poderão ser deduzidos do IRPJ normal apurado durante o ano de

acordo com a opção de tributação da pessoa jurídica:

(a)balanço trimestral;

(b)regime da estimativa; ou,

(c)balancetes de suspensão/redução.

Page 31: Atualização Tributária

31

3.2.1. Quadro Resumo dos Incentivos Fiscais

INCENTIVO FISCAL CÁLCULO DO INCENTIVO LIMITES BASE LEGAL

INDIVIDUAL GLOBAL

PAT

15% da despesa líquida ou 15% de R$

1,99 x nº refeições fornecidas, o que

for menor

4%

4% Arts. 504, I, 526, 540, 543 e

581 a 588 do RIR/99

PDTI ou PDTA 15% dos dispêndios com o PDTI/PDTA

incorridos no período 4%

OPERAÇÕES CULTURAIS

Projetos aprovados com base arts. 25 e

26 da Lei nº 8.383/91: 30% patrocínios

e 40% das doações

4% 4%

Arts. 475 a 489 e 543 do

RIR/99; Decretos nºs 1.493 e

1.494/95; IN/SE – MinC/SRF

nº 1/95; e INs SRF nºs 56/94

e 62/95

Projetos aprovados com base no art.

18 da Lei nº 8.383/91, com as

alterações da MP nº 1.589/97 e edições

posteriores da MP nº 1.739/98 e MP nº

1.871/99: até 100% do somatório das

doações e patrocínios

ATIVIDADE AUDIOVISUAL

Valores efetivamente aplicados na

aquisição primária de certificados de

investimento em projetos aprovados

Min. Cultura

3%

DOAÇÕES CONSELHO DOS DIREITOS DA

CRIANÇA Doações efetivamente realizados 1% NÃO HÁ

Arts. 543 e 591 do RIR/99; e

IN SRF nº 86/94.

INCENTIVO AO ESPORTE (DESPORTO)

Projetos desportivos e paradesportivos

previamente aprovados pelo Ministério

do Esporte

1% NÃO HÁ Art. 1º da Lei 11.438/2006;

Decreto nº 6.180/2007

FUNDO NACIONAL DO IDOSO

Dedução do Imposto de Renda devido,

em cada período de apuração, do total

das doações feitas aos Fundos

Nacional, Estaduais ou Municipais do

Idoso devidamente comprovadas.

1%

somado àquele

relativo às

doações aos

Fundos dos

Direitos da

Criança e do

Adolescente,

não poderá

ultrapassar 1%

do imposto

devido.

Art. 1º da Lei nº 12.213/2010

PROGRAMA EMPRESA CIDADÃ –

Dedução do imposto de renda em

relação à prorrogação da licença-

maternidade.

total da

remuneração da

empregada pago

no período de

prorrogação de

sua licença-

maternidade,

vedada a

dedução como

despesa

operacional.

Instrução Normativa RFB nº

991, de 21 de janeiro de

2010.

Page 32: Atualização Tributária

32

4. LUCRO PRESUMIDO

4.1. INTRODUÇÃO

Embora não seja a forma mais adequada sob o ponto de vista econômico, pois se

baseia em mera presunção de lucro, a tributação pelo Imposto de Renda segundo as

regras do lucro presumido é, na verdade, bastante prática e simplificada, o que tem

despertado o interesse de um número cada vez maior de empresas, principalmente

daquelas impedidas de optar pelo Simples.

4.2. EMPRESAS IMPEDIDAS AO LUCRO PRESUMIDO

Empresas impedidas de optar pelo lucro presumido por serem obrigadas à apuração

do lucro real: (art. 246 do RIR/99)

a) cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja acima de R$ 48.000.00’0,00;

b) instituições financeiras, empresas de seguros privados, de capitalização, de

previdência privada e equiparadas;

c) que tenham lucros ou rendimentos oriundos do exterior;

d) que gozem de benefícios fiscais de isenção/redução do imposto de renda;

e) que no decorrer do ano tenham efetuado a suspensão ou redução do imposto;

f) empresas de fomento mercantil – “Factoring”.

g) Empresas de construção civil com registro de custo orçado;

h) que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio. (Incluído pela Medida Provisória nº 472, de 2009, convertida na Lei nº 12.249/2010)

4.3. APURAÇÃO TRIMESTRAL

A partir de 1997, o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas passou a ser determinado

trimestralmente, com base no lucro real, presumido ou arbitrado apurado em

períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31

de dezembro de cada ano (art. 1º da Lei nº 9.430/96), ressalvada a alternativa de

apuração com base na estimativa mensal para empresas sujeitas a apuração do lucro

real anual.

1º Trimestre Período de Apuração: 31 de

março

Janeiro /Fevereiro /Março

Page 33: Atualização Tributária

33

2º Trimestre Período de Apuração: 30 de

junho

3º Trimestre Período de Apuração: 30 de

setembro

4º Trimestre Período de Apuração: 31 de

dezembro

4.4. FORMALIZAÇÃO DA OPÇÃO

Podem optar pelo lucro presumido todas as pessoas jurídicas não obrigadas a

apuração do Imposto com base no lucro real.

A opção pela tributação com base no lucro presumido será manifestada com o

pagamento da primeira ou única quota do imposto devido correspondente ao

primeiro período de apuração de cada ano-calendário e será aplicada em relação a

todo o período de atividade da empresa em cada ano-calendário (art. 26 da Lei nº

9.430/96).

Assim, considera-se formalizada a opção mediante a indicação, no campo 04 do

DARF, do código de receita próprio do imposto apurado nesse regime de tributação

(2089).

Portanto, em relação ao ano-calendário de 2001, a opção será manifestada com o

pagamento da primeira quota ou quota única do imposto apurado no primeiro

trimestre cujo vencimento se deu em 30/04/2001.

A pessoa jurídica que iniciar atividade a partir do segundo trimestre manifestará a

opção pelo lucro presumido com o pagamento da primeira quota ou quota única do

imposto devido relativo ao período de apuração de início de atividade (art. 26, § 2º

da Lei nº 9.430/96).

Não impede o exercício da opção pela tributação com base no lucro presumido o fato

de a empresa não ter efetuado o pagamento nos prazos legais ou ter pago com

insuficiência. Ocorrida este hipótese, o débito deverá ser pago com os acréscimos

legais cabíveis.

Abril/ Maio/ Junho

Julho/ Agosto/ Setembro

Outubro/Novembro/Dezem

bro

Page 34: Atualização Tributária

34

4.4.1. Opção definitiva a partir de 1999

Até 31.12.1998 era admitido que a pessoa jurídica alterasse sua opção, de lucro

presumido para lucro real, em relação ao mesmo ano-calendário (Lei nº 9.430/96,

art. 26, §§ 3º e 4º).

Todavia, de acordo com o § 1º do art. 13 da Lei nº 9.718/98, incorporado ao § 1º do

art. 516 do RIR/99, a partir do ano-calendário de 1999 a opção pela tributação com

base no lucro presumido passa a ser definitiva em relação a todo o ano-calendário.

4.5. BASE DE CÁLCULO

O lucro presumido será apurado, trimestralmente, pela soma das seguintes parcelas

(arts. 25, 51 e 53 da Lei nº 9.430/96):

1. o valor resultante da aplicação dos percentuais de presunção indicados no quadro

a seguir, sobre a receita bruta da atividade auferida em cada trimestre; e

2. demais receitas e ganhos de capital e outros acréscimos á base de cálculo.

4.6. DETERMINAÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO

4.6.1. Conceito de Receita Bruta

A receita bruta sobre o qual se aplicam os percentuais de presunção compreende o

produto da venda de bens (mercadorias ou produtos) nas operações por conta

própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta

alheia (por exemplo: comissões), observando-se que(Art 5º da IN SRF 93/97 e Art. 224

e 519 do RIR/99):

a) não se incluem na receita bruta:

a.1) o IPI (se a empresa for contribuinte deste imposto) cobrado destacadamente do

comprador, do qual o vendedor dos bens é mero depositário;

a.2) o ICMS por substituição tributária, cobrado pelo contribuinte substituto que

figura como mero depositário do imposto cobrado antecipadamente;

a.3) as contribuições ao PIS/PASEP e COFINS cobradas, pelo contribuinte substituto

que figura como mero depositário do imposto cobrado antecipadamente;

b) devem ser excluídos da receita bruta:

b.1) as vendas canceladas (devoluções); e

b.2) os descontos incondicionais concedidos (que consta da NF e não depende de

evento futuro);

Page 35: Atualização Tributária

35

4.6.2. Adoção do Regime de Caixa

Alternativamente ao regime de competência, é admitido que, para efeito de

determinação do lucro presumido, a receita de venda de bens ou direitos ou de

prestação de serviços com recebimento a prazo ou em parcelas seja reconhecia

segundo o regime de caixa, ou seja, somente no mês do efetivo recebimento, desde

que observadas as seguintes regras (IN SRF nº 104/98):

a) que escriture apenas o livro Caixa: deve emitir a nota fiscal por ocasião da entrega

do bem ou direito ou da conclusão do serviço e indicar, no livro Caixa, em registro

individual, a nota fiscal a que corresponder cada recebimento;

b)pessoa jurídica que mantenha escrituração contábil: deverá controlar os

recebimentos de suas receitas em conta específica e indicar nessa conta, em cada

lançamento, a nota fiscal a que corresponder o recebimento.

4.7. PERCENTUAIS DE PRESUNÇÃO APLICÁVEIS SOBRE A RECEITA

BRUTA DA ATIVIDADE

ATIVIDADE GERADORA DA RECEITA

PERCENTUAL

· Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo,

álcool etílico carburante e gás natural

1,6%

· Venda de mercadorias e produtos (exceto revenda de

combustível para consumo)

· Transporte de cargas

· Serviços hospitalares, auxílio diagnóstico e terapia, patologia

clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina

nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a prestadora

destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária

e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária -

Anvisa.

· Atividade Rural

· Industrialização com materiais fornecidos pelo encomendante

· Atividades Imobiliárias

· Construção por empreitada, quando houver fornecimento

de todo material indispensável à execução da obra (ADN COSIT 06/97,

derrogado pela IN SRF n. 539/2005)

· Outras atividades (exceto prestação de serviços para a qual

8,0%

Page 36: Atualização Tributária

36

não esteja previsto percentual específico)

· Serviços de transporte (exceto o de cargas)

· Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades

civis de profissão regulamentada) prestados com exclusividade por

empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00

16%

· Serviços em geral, para os quais não esteja previsto percentual

específico, inclusive prestados por sociedades civis de profissões

regulamentadas (exemplo: agência de propaganda e publicidade)

· Intermediação de negócios, inclusive representação comercial

e corretagem (se Seguros, imóveis, etc.)

· Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e

direitos de qualquer natureza

· Construção por empreitada, quando houver emprego

unicamente de mão-de-obra, ou seja, sem o emprego de materiais

32%

4.7.1. Percentual reduzido de apuração do lucro presumido

Regra prática para verificar quando pode reduzir o percentual de 32% para 16%

(quando não há um percentual específico)

1ª Condição

Não ser profissão regulamentada

2ª Condição

Ser exclusivamente prestação de serviços

3ª Condição

Receita Bruta até R$ 120.000,00

4.7.2. Prestadoras de Serviço com Receita Bruta Anual de até R$ 120.000,00

As empresas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, que não sejam de

profissão regulamentada e cuja receita bruta não exceder a R$120.000,00, poderão

utilizar, para determinação da base de cálculo do imposto, o percentual de 16%

(Art.36 da IN SRF Nº 93/97 e Art. 519 do RIR/99).

Diferença de Imposto: a empresa ficará sujeita ao pagamento da diferença do

imposto, apurada em relação a cada trimestre transcorrido, quando houver utilizado

Page 37: Atualização Tributária

37

o percentual de 16% e a receita bruta acumulada ano ano-calendário exceder o limite

de R$ 120.000,00. A diferença de imposto deverá ser paga até o último dia útil do

mês subseqüente ao trimestre em que ocorrer o excesso.

Exemplo:

Ano de 2009 Receita Bruta – R$ Receita Acumulada Percentual

1º Trimestre 90.000,00 90.000,00 16%

2º Trimestre 110.000,00 200.000,00 32%

No primeiro trimestre de 2009, a empresa utilizou o percentual de 16% sobre o valor

da receita bruta acumulada de R$ 90.000,00 para determinar o valor do imposto. A

partir do 2º trimestre de 2001, passou a utilizar o percentual de 32%, tendo em vista

que o valor acumulado ultrapassou o limite de R$ 120.000,00.

Nesta hipótese a empresa deverá recolher a diferença de imposto utilizando o

percentual de 16% sobre o valor da receita bruta do 1º trimestre de 2009. A diferença

calculada na forma abaixo deverá ser recolhida até o último dia do mês de julho de

2009, sem qualquer acréscimo legal.

Cálculo da Diferença de Imposto

1º Trimestre Valores - R$ % Base de Cálculo do

IR

Base de Cálculo 90.000,00 16 14.400,00

Diferença de Imposto Devida: R$ 14.400,00 x 15% = R$ 2.160,00

4.7.3. Atividades Imobiliárias

As pessoas jurídicas que explorem atividades imobiliárias relativas a loteamento de

terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda deverão

considerar como receita bruta o montante efetivamente recebido, relativo às

unidades imobiliárias vendidas.

O lucro presumido será calculado aplicando-se o percentual de 8% sobre o valor das

receitas recebidas (§ 7º do art. 3º e inciso I do art. 5º da IN SRF nº 93/97).

4.7.4. Comercialização de Veículos Usados

A pessoa jurídica que tenha como objeto social, declarado em seus atos

constitutivos, a compra e venda de veículos automotores deverá observar que, nas

operações de venda de veículos usados, o valor a ser computado na determinação da

base de cálculo será apurado segundo o regime aplicável às operações de

consignação. (art. 5º da Lei nº. 9.716 de 1998)

Page 38: Atualização Tributária

38

Assim, na determinação da base de cálculo, será computada a diferença entre o valor

pelo qual o veículo usado houver sido alienado, constante da nota fiscal de venda, e

o seu custo de aquisição constante da nota fiscal de entrada (IN SRF nº 152/98).

Exemplo:

Receita da venda de veículos no trimestre R$ 300.000,00

(-) Valor total pago pelos veículos vendidos no trimestre R$ 200.000,00

(=) Receita auferida (equiparada à consignação) R$ 100.000,00

Se for somente esta a receita auferida no trimestre, o lucro presumido será assim

determinado:

Faturamento bruto – Cancelamentos 100.000,00

Lucro Presumido % 32% 32.000,00

Mais

Receitas Financeiras Bruta 0,00

Aluguéis recebidos 0,00

Variação monetária ativa 0,00

Juros recebidos de clientes 0,00

Descontos Obtidos 0,00

Juros s/ PL recebidos 0,00

Variação cambial Ativa 0,00

Ganho de Capital 0,00

Outras receitas eventuais 0,00

(=) 32.000,00

IRPJ 15% 4.800,00

AIR 10% excedente R$ 20.000,00 mês R$

60.000,00 trimestre R$ 240.000,00 anual

xxxxxxxx

OBS: esta atividade (venda de veículos usados, por ser equiparado à consignação)

poderá utilizar percentual reduzido em 16% até R$ 120.000,00 no ano-calendário.

Page 39: Atualização Tributária

39

4.7.5. Obrigações Acessórias – documentos hábeis

A compra desses veículos será documentada mediante Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A ,

emitida pelo alienante, se este for obrigado a sua emissão.

Quando o alienante for pessoa física ou pessoa jurídica não obrigada à emissão de

nota fiscal, esta será emitida pelo adquirente.

Na posterior revenda, deverá ser emitida Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A pelo

alienante.

4.8. DEMAIS RECEITAS E GANHOS DE CAPITAL E OUTROS

ACRÉSCIMOS À BASE DE CÁLCULO

4.8.1. Demais Receitas e Ganhos de Capital

Deverá ser adicionado ao lucro presumido (Art.521 do RIR/99 e Art.36 da IN SRF nº

93/97):

a) os ganhos de capital auferidos na venda de ativos, que correspondem à diferença

positiva verificada no trimestre entre o valor da alienação e o respectivo valor

contábil do bem, corrigido monetariamente até 31.12.95, diminuído dos encargos de

depreciação, amortização ou exclusão;

b) os rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e os ganhos líquidos de

aplicações financeiras de renda variável, quando do resgate, cessão ou alienação do

título; (IN RFB n. 1.022/2010)

c )demais receitas ou resultados, tais como:

c.1) variações monetárias ativas, descontos financeiros obtidos e juros ativos (não

decorrentes de aplicações financeiras);

c.2) juros equivalentes à taxa SELIC relativos a tributos a recuperar;

c.3) os juros sobre o capital próprio que houverem sido pagos ou creditados por outra

pessoa jurídica da qual a empresa seja sócia;

c.4) rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas

jurídicas controladas, controladoras, coligadas ou interligadas;

c.5) receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa

jurídica;

c.6) multa ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica, ainda

que a título de indenização, em virtude de rescisão de contrato;

c.7) valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas

no recebimento de créditos (exceto se comprovar não os ter deduzido em período

anterior);

Page 40: Atualização Tributária

40

c.8) ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsas de

valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão.

4.9. OUTROS VALORES QUE DEVEM SER ACRESCIDOS À BASE DE

CÁLCULO

Valores diferidos no LALUR

A pessoa jurídica que, até o ano-calendário anterior, houver sido tributada com base

no lucro real deverá adicionar, também, à base de calculo do imposto

correspondente ao primeiro período de apuração no qual houver optado pelo lucro

presumido, os saldos dos valores cuja tributação havia sido diferida e controlados na

parte B do LALUR (art. 54 da Lei nº 9.430/96 e Art. 520 do RIR/99), tais como:

a) lucro inflacionário a tributar;

b) lucro não realizado decorrente de contratos com entidades governamentais;

c) lucro não realizado relativo a vendas de bens do ativo permanente com

recebimento do preço em prazo que ultrapassa o ano-calendário seguinte ao da

contratação.

4.10. CÁLCULO DO IMPOSTO E ADICIONAL

4.10.1. Alíquota

O imposto trimestral devido deve ser calculado, em reais, mediante aplicação da

alíquota de 15% sobre a base de cálculo (Art. 541 do RIR/99).

O adicional incide sobre a parcela do lucro presumido trimestral excedente a R$

60.000,00, mediante aplicação da alíquota de 10% (Art. 542 do RIR/99).

4.10.2. Deduções do Imposto

A pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido pode deduzir do imposto

apurado em cada trimestre (Art. 526 do RIR/99):

a) o Imposto de Renda Retido da Fonte, ou pago pela própria empresa, conforme o

caso, sobre receitas computadas na determinação da base de cálculo, pagas ou

creditadas à empresa por pessoas jurídicas a título de:

a.1) remuneração pela prestação de serviços profissionais;

a.2) remuneração pela prestação de serviços de limpeza e conservação, vigilância e

locação de mão-de-obra;

a.3) comissões e corretagens, etc.;

a.4) remuneração de serviços de propaganda e publicidade;

a.5) rendimentos de aplicações financeiras;

a.6) importâncias recebidas de entidades da administração pública federal;

Page 41: Atualização Tributária

41

a.7) juros remuneratórios do capital próprio;

a.8) outras remunerações sujeitas ao IRRF.

b) o saldo de imposto pago indevidamente ou a maior em períodos anteriores, que

ainda não tenham sido objeto de compensação.

4.10.3. Impossibilidade de Dedução de Incentivos Fiscais

A partir de 1º.01.1998 deixou de ser permitida qualquer dedução, a título de

incentivo fiscal, do imposto apurado com base no lucro presumido (Art. 10 da Lei nº

9.532/97).

4.10.4. Exemplo de Cálculo do Imposto Trimestral

Admitamos que uma empresa optante pela tributação com base no lucro presumido

apresente os seguintes dados no 1º trimestre de 2009:

Receita da venda de produtos de fabricação própria:

Total das vendas (inclusive IPI) _____________________________________R$ 1.210.000,00

(-) IPI ___________________________________________________________R$ 110.000,00

Receita de vendas ________________________________________________R$ 1.100.000,00

(-) Devoluções recebidas (líquidas IPI) ________________________________R$ 30.000,00

Receita de venda a ser considerada __________________________________R$ 1.070.000,00

Receita de prestação de serviços ____________________________________R$ 300.000,00

Ganho de capital na venda ativo permanente ___________________________R$ 25.000,00

Rendimentos de aplicação financeiras_________________________________R$ 2.500,00

IRRF s/ rendimentos de aplicação financeira ___________________________R$ 500,00

Com base nesse dados, e considerando-se os percentuais de 8% e 32%,

respectivamente, para receita de venda de produtos e para a de prestação de

serviços, teríamos:

a) Apuração da lucro presumido da atividade

a.1) Receita da venda de produtos: 8% de R$ 1.070.000,00 _______________R$ 85.600,00

a.2) Receita de prestação serviços: 32% de R$ 300.000,00 _______________R$ 96.000,00

Lucro Presumido da atividade _______________________________________R$ 181.600,00

b) Determinação da base de cálculo do imposto

b.1) Lucro presumido da atividade ____________________________________R$ 181.600,00

b.2) Ganho da capital na alienação bem do Ativo Permanente ______________R$ 25.000,00

b.3) Rendimentos de aplicação financeira _____________________________R$ 2.500,00

Base de cálculo do IR trimestral ______________________________________R$ 209.100,00

c) Cálculo do imposto a pagar relativo ao 1º trimestre de 2009

c.1) Imposto normal (R$ 209.100,00 x 15%) ____________________________R$ 31.365,00

c.2) Adicional (R$ 149.100,00* x 10%) ________________________________R$ 14.910,00

Total do imposto devido ____________________________________________R$ 46.275,00

Page 42: Atualização Tributária

42

c.3) (-) IRRF _____________________________________________________R$ 500,00

Imposto líquido a pagar ____________________________________________R$ 45.775,00

* base de cálculo do adicional: lucro presumido que excedeu a R$ 60.000,00.

4.11. RECEITAS FINANCEIRAS

Quando houverem receitas financeiras, ganhos de capital e demais receitas não

operacionais, deve-se aplicar a alíquota de 15% para o cálculo do Imposto de Renda

(IRPJ) e de 9% para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) sobre o valor

bruto destas receitas. Porem, caso a empresa venha a apurar “lucro presumido”,

superior a R$ 60.000,00, no trimestre, deve ainda calcular o valor do Adicional de

Imposto de Renda. Aplica-se então a alíquota de 10% sobre o excesso.

Nota: A Instrução Normativa nº 93, de 24 de dezembro de 1997, artigo 38, parágrafo

1º, dispõe sobre o adicional de 10% (dez por cento) sobre a parcela que exceder a R$

20.000,00 (vinte mil reais).

4.12. ADICIONAL DE IMPOSTO DE RENDA

Na forma do art. 228, 542 e 543 do Regulamento de Imposto de Renda, a parcela do

lucro presumido ou real que exceder o valor da multiplicação de vinte mil reais pelo

número de meses do respectivo período de apuração, ficará sujeita à incidência do

adicional do imposto à alíquota de 10% .

O adicional, sem nenhuma dedução, será pago juntamente com o imposto devido,

nos mesmos prazos e código.

Esse adicional aplica-se, inclusive, nos casos de incorporação, fusão, cisão e de

extinção da pessoa jurídica pelo encerramento da liquidação.

A alíquota do adicional é única para todas as pessoas jurídicas, inclusive instituições

financeiras, sociedades seguradoras e assemelhadas.

O adicional incide, inclusive, sobre os resultados tributáveis de pessoa jurídica que

explore atividade rural (Lei nº 9.249, de 1995, art. 3º, § 3º). No caso de atividades

mistas, a base de cálculo do adicional será a soma do lucro real apurado nas

atividades em geral com o lucro real apurado na atividade rural.

Referente à Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido – CSLL, não há a incidência do

adicional de imposto que trata os arts. 228 242 e 243 do Regulamento do Imposto de

Renda.

Page 43: Atualização Tributária

43

4.13. EXEMPLO DE CÁLCULO PARA O LUCRO PRESUMIDO

Exemplo de cálculo do adicional de imposto de renda, para uma empresa com

atividade de comércio de mercadorias, com a base presumida de 8% sobre a Receita

Bruta da atividade da empresa no trimestre. Neste mesmo trimestre a empresa

obteve um ganho liquido na alienação de um bem do Ativo Imobilizado no valor de R$

100.000,00, conforme disposto na planilha a seguir:

Receita Bruta 4.500.000,00

Base Presumida 8%

Lucro Presumido da Atividade 360.000,00

Ganho de Capital 100.000,00

Lucro Presumido Total 460.000,00

IRPJ Normal (15%) 69.000,00

Calculo do Adicional

Lucro Presumido Total 460.000,00

(-) Limite de Isenção 60.000,00

Base do Adicional 400.000,00

Adicional de IRPJ (10%) 40.000,00

Imposto de Renda a Recolher: Somatório do IRPJ

Normal (15%) e do Adicional de IRPJ (10%)

IRPJ Normal (15%) 69.000,00

Adicional de IRPJ (10%) 40.000,00

Imposto de Renda a Recolher 109.000,00

4.14. RECOLHIMENTO

O recolhimento do imposto adicional deverá ser feito juntamente com o imposto

normal devido no período, com mesmo vencimento e período de apuração.

4.15. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido devem manter (Art. 527

do RIR/99):

a) escrituração contábil nos termos da legislação comercial, salvo se mantiverem

livro Caixa, no qual deverá ser escriturada toda movimentação financeira, inclusive

bancária;

Page 44: Atualização Tributária

44

b) Livro Registro de Inventário, no qual deverá constar registrados os estoques

existentes no término do ano-calendário;

c) Todos os livros de escrituração obrigatórios por legislação fiscal específica (IPI,

ICMS, ISS, etc.), bem como documentos e demais papeis que serviram de base para a

escrituração comercial e fiscal, em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o

prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes.

Page 45: Atualização Tributária

45

5. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – LUCRO PRESUMIDO

As pessoas jurídicas submetidas à tributação do IRPJ com base no lucro presumido ou

arbitrado e as demais entidades dispensadas de escrituração contábil (exceto

empresas optantes pelo simples) ficam sujeitas à apuração trimestral da Contribuição

Social Sobre o Lucro.

A base de cálculo da CSLL devida por essas pessoas jurídicas corresponderá ao

resultado presumido apurados em cada trimestre.

5.1. REGIME DE APURAÇÃO – COMPETÊNCIA OU CAIXA

Relativamente aos limites estabelecidos em conformidade com a legislação do

Imposto de Renda, a receita bruta auferida no ano anterior será considerado segundo

o regime de competência ou caixa, observado o critério da base no lucro presumido

(Lei nº. 9.718, de 1998, art. 13, § 2º).

5.1.1. Regime de Caixa

Utilizando o regime de caixa, pessoa jurídica que adotar o critério de

reconhecimento de suas receitas de vendas de bens ou direitos ou de prestação de

serviços com recebimento a prazo ou em parcelas, devendo:

I – se mantiver escrituração do livro caixa

a) emitir a nota fiscal quando da entrega do bem ou direito ou da conclusão do

serviço.

b) Indicar, no livro caixa, em registro individual, a nota fiscal a que corresponder

cada recebimento;

II – se mantiver escrituração contábil:

b) na forma da legislação comercial, controlar os recebimentos e pagamentos de suas

receitas em conta específica, na qual, em cada lançamento, será indicada a nota

fiscal a que corresponder ao recebimento.

5.2. BASE DE CÁLCULO

A base de cálculo da CSLL, devida mensalmente por estimativa corresponderá ao

somatório dos seguintes valores, apurados em cada mês (art. 88 e 89 da IN SRF nº.

390 de 2004):

I – 12% da receita bruta da venda de mercadorias;

II – 32% prestação de serviços;

Page 46: Atualização Tributária

46

III – ganho de capital, (lucros) obtidos na alienação de bens de ativo permanente e de

aplicação em ouro não caracterizado como ativo financeiro;

IV – rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e ganhos líquidos de

operações financeiras de renda variável;

V – demais receitas do capital próprio, pagos ou creditados por sociedade da qual a

empresa seja sócia ou acionista.

5.2.1. Prestadora de serviços – Percentual desde 01/09/2003

Desde 01/09/2003, o percentual a ser aplicado sobre a receita bruta auferida no mês

sobre o lucro das empresas optantes pela estimativa mensal e das pessoas jurídicas

desobrigadas de escrituração contábil é de 32% para aquelas que exerçam as

seguintes atividades (art. 22 da Lei nº. 10.684/2003):

a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de transportes,

inclusive de carga;

b) intermediação de negócios;

c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer

natureza;

d) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,

mercadológica, gestação de crédito, seleção de riscos, administração de contas a

pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes da venda mercantil a

prazo ou de prestação de serviços (factoring).

A base de cálculo da contribuição social sobre o Lucro líquido corresponderá ao

somatório abaixo:

• 12% ou 32% ( * ) da receita bruta mensal;

• ( + ) Ganhos líquidos e rendimentos nominais em aplicações financeiras de renda

fixa e variável

• ( + ) Ganhos de capital na venda de bens de direitos;

• ( + ) Demais receitas e resultados positivos

( = ) SOMATÓRIO (BASE DE CÁLCULO)

( * ) O percentual de 32% será utilizado para fatos geradores corrigidos a partir do

mês de setembro de 2003, pela pessoa jurídica que tenha a atividade de factoring e

para as seguintes atividades (Lei nº. 10.684, de 30-05-2003);

a) Prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e transporte;

b) intermediação de negócios;

c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direito de qualquer

natureza;

Page 47: Atualização Tributária

47

5.3. ALÍQUOTA DA CSLL

a) Pessoa Jurídica em Geral

No cálculo da CSLL aplica-se a seguinte alíquota:

9% relativamente aos fatos geradores ocorridos desde 01/02/2000 (art. 6º, II, da MP

nº. 2.158/2001 e reedições posteriores e art. 37 da Lei nº. 10.637/2002), conforme

demonstrado na tabela de evolução das alíquotas da CSLL desde 1992.

b) Instituições Financeiras

A partir de 1º de maio de 2008 as seguintes entidades abaixo utilizarão 15% de

alíquota para a CSLL: (Instrução Normativa RFB nº 810, DOU de 22.01.2008)

- pessoas jurídicas de seguros privados;

- pessoas jurídicas de capitalização;

- os bancos de qualquer espécie;

- distribuidoras de valores mobiliários;

- corretoras de câmbio e de valores mobiliários;

- sociedades de crédito, financiamento e investimentos;

- sociedades de crédito imobiliário;

- administradoras de cartões de crédito;

- sociedades de arrendamento mercantil;

- administradoras de mercado de balcão organizado;

- cooperativas de crédito;

- associações de poupança e empréstimo;

- bolsas de valores e de mercadorias e futuros;

- entidades de liquidação e compensação.

Obs.: Corretoras autônomas de seguros e empresas de Factoring continuam em 9%.

5.3.1. Exemplo de Calculo do Imposto

Admitindo que uma empresa optante pela tributação com base no lucro presumido

apresente os seguintes dados no 1º trimestre de 2009:

Receita da venda de produtos de fabricação própria:

Total das vendas (inclusive IPI) _____________________________________R$ 1.210.000,00

(-) IPI __________________________________________________________R$ 110.000,00

Receita de vendas ________________________________________________R$ 1.100.000,00

(-) Devoluções recebidas (líquidas IPI) ________________________________R$ 30.000,00

Receita de venda a ser considerada __________________________________R$ 1.070.000,00

Page 48: Atualização Tributária

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Receita de prestação de serviços ____________________________________R$ 300.000,00

Ganho de capital na venda ativo permanente ___________________________R$ 25.000,00

Rendimentos de aplicação financeiras_________________________________R$ 2.500,00

Determinação da base de cálculo do imposto:

12% da receita bruta de venda (R$1.070.000,00) ________________________R$ 128.400,00

32% da receita bruta de serviços (R$ 300.000,00) _______________________R$ 96.000,00

Ganho da capital na alienação bem do Ativo Permanente _________________R$ 25.000,00

Rendimentos de aplicação financeira _________________________________R$ 2.500,00

Base de cálculo da CSLL trimestral ___________________________________R$ 251.900,00

Cálculo da CSLL a pagar relativo ao 1º trimestre de 2009

R$ 251.900,00 x 9% _______________________________________________R$ 22.671,00

5.4. DEDUÇÕES DO IMPOSTO TRIMESTRAL

Para efeito de pagamento, a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido no

período de apuração:

I – no caso de apuração com base no lucro presumido:

a) a contribuição social sobre lucro líquido pago ou retido na fonte sobre receitas

computadas na determinação da sua base de cálculo;

b) o saldo de imposto pago a maior ou indevidamente em períodos anteriores;

através de Per/Dcomp;

c) a contribuição social sobre lucro líquido retido na fonte por órgãos públicos;

d) do saldo negativo do CSLL de trimestres anteriores;

Page 49: Atualização Tributária

49

5.5. BÔNUS DE ADIMPLÊNCIA FISCAL

Em relação à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, foi instituído bônus de

adimplência, aplicável às pessoas jurídicas submetidas ao regime de tributação com

base no lucro presumido, o qual: (IN SRF nº 390/2004, art. 114)

a) corresponde a 1% da base de cálculo da CSLL determinada segundo as normas

estabelecidas para as pessoas jurídicas submetidas ao regime de apuração com base

no lucro presumido;

b) será calculado em relação à base de cálculo referida na letra “a”, relativamente

ao ano-calendário em que permitido seu aproveitamento;

c) será calculado em relação aos quatro trimestres do ano-calendário em que

permitido seu aproveitamento;

d) será deduzido em relação à CSLL devida no ano-calendário;

e) tiver parcela que não possa ser aproveitada em determinado período poderá sê-lo

em períodos posteriores, vedado o ressarcimento ou a compensação distinta da

referida neste item;

f) será registrado na contabilidade da pessoa jurídica beneficiária;

f.1) na aquisição do direito, a débito de conta de ativo circulante e a crédito de lucro

ou prejuízos acumulados;

f.2) na utilização, a débito da provisão para pagamento da CSL e a crédito da conta

de ativo circulante referida em “f.1”.

Exemplo:

1) Aquisição do direito ao bônus:

D - CSLL - Bônus de Adimplência a Compensar (Ativo Circulante)

C - Lucros ou Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido)

2) Na utilização, mediante compensação com a própria CSLL a pagar:

D - Provisão da CSLL a Pagar (Passivo Circulante)

C - CSLL - Bônus de Adimplência a Compensar (Ativo Circulante)

Lembra-se que a utilização indevida do bônus implica a imposição da multa de 150%,

se o contribuinte não atender, no prazo marcado, à intimação para prestar

esclarecimentos, as multas passarão a ser de duzentos e vinte e cinco por cento,

respectivamente.

Page 50: Atualização Tributária

50

5.5.1. Pessoas jurídicas que não farão jus ao bônus

Não fará jus ao bônus a pessoa jurídica que, nos últimos cinco anos-calendário, se

enquadre em qualquer das seguintes hipóteses, em relação a tributos e contribuições

administradas pela Secretaria da Receita Federal:

a) lançamento de ofício;

b) débitos com exigibilidade suspensa;

c) inscrição em Dívida Ativa;

d) recolhimentos ou pagamentos em atraso;

e) falta ou atraso no cumprimento de obrigação acessória.

5.5.2. Utilização da CSLL Paga a Maior

Cabe assinalar que poderão ser deduzidos do valor da Contribuição Social sobre o

Lucro devida no trimestre os valores, correspondentes a essa contribuição, que

porventura tenham sido pagos a maior em períodos anteriores (inclusive saldo

negativo). A utilização destes valores fica condicionada a utilização do programa

Per/Dcomp, para demonstrar à Receita Federal, as compensações efetuadas.

OBS: não se aplica á bônus de adimplência que somente poderá ser utilizado na

dedução na forma daquela legislação.

5.6. RECOLHIMENTO DO IRPJ E DA CSLL (PRESUMIDO)

O Imposto de Renda (código 2089) e a CSLL (código 2372) devidos, devem ser

recolhidos até o último dia último do mês subseqüente ao do período de apuração.

5.6.1. Divisão em quotas

À opção do contribuinte, poderá ser parcelado em até três quotas mensais, iguais e

sucessivas, e deverão ser pagas até o último dia dos meses subseqüentes ao de

encerramento do período competente.

Nenhuma quota poderá ser inferior a R$ 1.000,00, isto é, o imposto inferior a R$

2.000,00 deverá ser pago em quota única.

As quotas estarão sujeitas ao acréscimos de juros, correspondentes a taxa SELIC,

incidentes a partir do segundo mês subseqüente ao do período de apuração até o

último dia do mês anterior ao do pagamento, e de 1% no mês do pagamento.

5.6.2. Antecipação do Imposto Devido

Alternativamente o contribuinte pode optar por antecipar os tributos ao fisco,

recolhendo antes da data efetiva do pagamento para assim proporcionar um fluxo de

caixa e não estar com um imposto alto a ser recolhido em uma única data.

Page 51: Atualização Tributária

51

Neste sentido, o contribuinte deve fazer as apurações mensalmente, podendo

recolher o tributo em qualquer data, até o dia efetivo de seu vencimento origina.

Não esquecendo que esta não é uma nova forma de apuração de impostos, sendo tão

somente uma forma de fluxo de caixa, devendo, na guia do DARF, constar a data de

vencimento e apuração original dos impostos.

Exemplo:

A empresa “XYZ”, obteve no mês janeiro do ano calendário, um faturamento de R$

350.000,00, com a atividade de comércio de mercadorias.

O empresário pode optar por efetuar o pagamento do tributo devido de forma

antecipada, seguindo estes critérios:

Empresa “DELTA” – Revenda de Mercadorias

1º Trimestre Faturamento

Janeiro R$ 350.000,00

Cálculo do Imposto parcial do Trimestre

IRPJ CSLL

R$ 350.000,00 X 8% = R$ 28.000,00 * R$ 350.000,00 X 12% = R$ 42.000,00

Imposto Devido Imposto Devido

R$ 28.000,00 X 15% = R$ 4.200,00 R$ 42.000,00 X 9% = R$ 3.780,00

* Aconselha-se o cálculo do Adicional do Imposto de renda no último mês do

trimestre, visto que o faturamento nos meses seguintes pode vir a diminuir. Caso o

contribuinte recolha o Adicional antecipadamente, pode incorrem em recolhimento

de imposto a maior, ficando condicionado ao Per/Dcomp, para poder compensar

estes valores.

Page 52: Atualização Tributária

52

6. LUCRO ARBITRADO

6.1. HIPÓTESES DE ARBITRAMENTO (art. 530 do RIR/99)

empresa obrigada ao lucro real, sem escrituração contábil ou sem

demonstrações financeiras;

escrituração imprestável para identificar a movimentação financeira ou para

determinar o lucro real;

empresa deixar de apresentar ao Fisco os livros e documentos da

escrituração;

empresa que optar indevidamente pelo lucro presumido;

empresa obrigada ao lucro real que não mantiver o Livro Razão ou Fichas do

Razão;

6.2. AUTO-ARBITRAMENTO

Somente se conhecer sua Receita Bruta.

*Aplicar o percentual do presumido acrescido de 20% s/ Receita Bruta Trimestral;

Tabela de percentual aplicável por atividade: (IN SRF nº 93/97, art. 41).

ATIVIDADES PERCENTUAL

a) REVENDA DE COMBUSTÍVEL DERIVADO DE PETRÓLEO 1,92%

b) REVENDA DE ÁLCOOL ETIL CARBURANTE 1,92%

c) REVENDA DE GÁS NATURAL 1,92%

d) COMÉRCIO E INDUSTRIA 9,6%

e) SERVIÇO DE TRANSPORTE DE CARGAS 9,6%

f) SERVIÇOS HOSPITALARES e AUXILIO DIAGNÓSTICO E TERAPIA 9,6%

g) CONSTRUÇÃO CIVIL (COM EMPREGO DE MATERIAL) loteamento de

terrenos, incorporação imobiliária e venda de imóveis, construídos

ou adquiridos para a revenda

9,6%

h) ATIVIDADE RURAL 9,6%

i) INDUSTRIALIZAÇÃO (MESMO COM MATERIAL FORNECIDO PELO

ENCOMENDANTE)

9,6%

j )SERVIÇOS DE TRANSPORTES (EXCETO CARGAS) 19,20%

l) SERVIÇOS EM GERAL (Quando a receita bruta não exceder a R$

120.000,00, exceto para as letras "e", "f" e "n" desta tabela)

A partir do mês que exceder ficará sujeita ao pagamento da

19,20%

Page 53: Atualização Tributária

53

diferença até o mês seguinte sem multa e juros (I.N. 93/97, art.3 º)

m) SERVIÇOS EM GERAL (EXCETO DE 16%) 38,40%

n) SERVIÇO PRESTADO POR SOCIEDADE CIVIL RELATIVO AO

EXERCÍCIO DE PROFISSÃO REGULAMENTADA

38,40%

o) ADMINISTRAÇÃO, LOCAÇÃO OU CESSÃO DE BENS MÓVEIS OU

IMÓVEIS E DIREITOS DE QUALQUER NATUREZA

38,40%

p) CORRETORA SEGUROS, IMÓVEIS, REPRESENTAÇÃO COMERCIAL 38,40%

NOTAS:

Bancos comerciais, de investimentos, de desenvolvimentos, caixa econômicas,

sociedades de créditos, financiamentos e investimentos, sociedade de

créditos imobiliários, sociedades corretoras de títulos, valores imobiliários e

câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de

arrendamento mercantil, cooperativas de créditos, empresas de seguros

privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta, a

alíquota a ser aplicada é de 45%. (art. 533 do RIR/99)

Atividades imobiliárias: Venda de imóveis construídos ou adquiridos para

revenda, loteamento e incorporação. O lucro arbitrado será calculado da

seguinte forma: deduzindo-se da receita bruta o custo do imóvel devidamente

comprovado;

tributado na proporção da receita recebida ou cujo recebimento esteja

previsto para o período-base;

Ao valor encontrado pelos cálculos acima, somar os demais rendimentos e

ganhos de capital.

6.2.1. Receita Bruta para efeito de cálculo do IRPJ

Venda de bens; Serviços prestados...

(-) Exclusões:

Vendas canceladas; Devoluções de venda; Descontos incondicionais; IPI; ICMS retido.

(+) Demais receitas:

Rendimentos de aplicações financeiras (renda fixa ou variável) pela liquidação; Juros

sobre o Patrimônio Liquido recebidos; Juros ativos sobre valores a compensar;

Rendimentos de mútuos; Ganhos de capital na venda de Ativos Permanente (venda

menos custo residual); Recuperação de custos ou despesas (se não foram apropriados

pelo lucro real); Multas por rescisão contratual; Alugueis líquidos recebidos, quando

não constar do objetivo da empresa; Variações Monetárias Ativas; Variações Cambiais

Ativas. Lucros, rendimentos e ganhos de capital do exterior.

Page 54: Atualização Tributária

54

(+) Outros valores:

* Se a pessoas jurídica foi tributada pelo lucro real no ano anterior à opção pelo lucro

arbitrado, adicionar no 1º trimestre os valores diferidos constantes na parte "B" do

LALUR;

6.2.2. ALÍQUOTA

15% sobre o total da base de cálculo do Lucro Arbitrado;

Adicional de 10% sobre a parcela da base de cálculo que exceder a R$ 60.000,00 no

trimestre.

6.2.3. DEDUÇÕES/COMPENSAÇÕES DO IRPJ DEVIDO (art. 540 do RIR/99)

Do imposto apurado poderá efetuar as seguintes deduções:

- Imposto de Renda na fonte sobre serviços, comissões, aplicações financeiras, juros

sobre o patrimônio líquido e retidos por órgãos públicos federais;

- Saldo negativo de IRPJ de períodos anteriores;

6.2.4. PAGAMENTO DO IMPOSTO

Recolhimento até o último dia útil do mês seguinte (1ª quota ou quota única) ao

período de apuração;

6.2.5. Divisão em quotas

No lucro arbitrado também é permitido a divisão em quotas, sendo cada quota não

inferior a R$ 1.000,00;

Código de recolhimento: 5625

6.2.6. CÁLCULO DO IRPJ - LUCRO ARBITRADO

Receita Bruta Trimestral (FATURAMENTO)

(x) Percentual por atividade

(=) Receita Arbitrada

(+) Demais Receitas [as mesmas do lucro presumido]

(=) BASE DE CÁLCULO

(X) 15% - alíquota normal sobre o total da base de cálculo

(X) 10% - adicional sobre o excesso a R$ 60.000,00

(=) IRPJ devido

(-) I.R. Fonte (serviços; aplicações financeiras; órgãos públicos federais)

(-) Saldo Negativo apurado em períodos anteriores

(-) Compensações (I.N. SRF nº 900/2008).

_________________________________________________________________________

(=) IMPOSTO DE RENDA a pagar

Page 55: Atualização Tributária

55

6.3. CÁLCULO DA CSLL - LUCRO ARBITRADO

RECEITA BRUTA TRIMESTRAL (FATURAMENTO)

(x) 12% (alíquota normal) ou, 32% para as prestadoras de serviços optantes pelo Lucro

Presumido ou Estimativa sobre a Receita Bruta, a partir de set/2003 (art. 22 Lei

10.684/03)

(=) RECEITA ARBITRADA

(+) RENDIMENTOS DE APLIC. FINANCEIRAS (Renda Fixa/Variável)

(+) JUROS SOBRE O PATRIMÔNIO LIQUIDO

(+) DEMAIS RECEITAS e GANHOS DE CAPITAL

(=) BASE DE CÁLCULO

(x) 9%

(=) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DEVIDA

(-) DEDUÇÕES Contribuição Social retida na fonte por órgãos públicos federais

(-) COMPENSAÇÕES

Pagamentos indevidos ou a maior

Saldo negativo de períodos anteriores

Compensação com outros tributos/contribuições

_________________________________________________________________________

(=) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL TRIMESTRAL A PAGAR

Page 56: Atualização Tributária

56

7. DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS

7.1.1. PREVISÃO NO CONTRATO SOCIAL

Na sociedade por quotas de responsabilidade limitada ao término da cada exercício

social, em 31 de dezembro, o administrador prestará contas justificadas de sua

administração, procedendo à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do

balanço de resultado econômico, cabendo aos sócios, na proporção de suas quotas,

os lucros ou perdas apurados. (Art. 1.065, CC/2002)

Quando não houver previsão no Contrato Social os sócios deliberarão o modo de sua

remuneração conforme trata o Art. 1.071, IV .CC/2002 .

O código civil também determina que é nula a estipulação contratual que exclua

qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas ( Art. 1.008) é ainda salvo

estipulação em contrário, o sócio participa dos lucros e das perdas, na proporção das

respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuição consiste em serviços, somente

participa dos lucros na proporção da média do valor das quotas. (Art. 1.007).

Na Sociedade Anônima conforme Lei nº 6.404/76, Art. 132, II, anualmente, nos 4

(quatro) primeiros meses seguintes ao término do exercício social, deverá haver 1

(uma) assembléia-geral para deliberar sobre a destinação do lucro líquido do

exercício e a distribuição de dividendos.

7.2. DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS E DIVIDENDOS AO TITULAR,

SÓCIO OU ACIONISTA DA PESSOA JURÍDICA

Não estão sujeitos ao imposto de renda os lucros e dividendos pagos ou creditados a

sócios, acionistas ou titular de empresa individual. (IN SRF Nº 093/97 Art. 48.)

A isenção do imposto de renda não abrange os valores pagos a outro título, tais como

"pro labore", aluguéis e serviços prestados. IN SRF Nº 093/97 Art. 48

A pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido ou arbitrado, poderá

distribuir, sem incidência de imposto renda na fonte, o valor da base de cálculo do

imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita a

pessoa jurídica (inclusive adicional do IR, CSLL, Cofins, PIS/ Pasep)

A pessoa jurídica poderá distribuir parcela de lucros ou dividendos excedentes ao

valor determinado no parágrafo anterior, desde que a empresa demonstre, através

de escrituração contábil feita com observância da lei comercial, que o lucro efetivo é

maior que o determinado segundo as normas para apuração da base de cálculo do

imposto pela qual houver optado, ou seja, o lucro presumido ou arbitrado.

A parcela dos rendimentos pagos ou creditados a sócio ou acionista ou ao titular da

pessoa jurídica submetida ao regime de tributação com base no lucro real, presumido

Page 57: Atualização Tributária

57

ou arbitrado, a título de lucros ou dividendos distribuídos, ainda que por conta de

período-base não encerrado, que exceder ao valor apurado com base na escrituração,

será imputada aos lucros acumulados ou reservas de lucros de exercícios anteriores,

ficando sujeita a incidência do imposto de renda calculado segundo o disposto na

legislação específica, com acréscimos legais.

Nota: Inexistindo lucros acumulados ou reservas de lucros em montante suficiente,

bem assim quando se tratar de lucro que não tenha sido apurado em balanço, a

parcela excedente será submetida à tributação, que, no caso de beneficiário pessoa

física, dar-se-á com base na tabela progressiva mensal. (IN SRF nº 93, de 1997, art.

48, § 4º).

7.2.1. Calculo Distribuição de Lucros e Dividendos no Lucro Presumido

FATURAMENTO: R$ 20.000,00

PROVISÃO DE IMPOSTOS

IRPJ - Base de Cálculo 32% (20.000,00 X 32% X 15% ) = 960,00

CSLL -Base de Cálculo 32% (20.000,00 X 32% X 9% ) = 576,00

PIS ( 20.000,00 X 0,65%)= 130,00

COFINS – ( 20.000,00 X 3% ) = 600,00

7.2.2. Cálculo da Distribuição de Lucros

Base de calculo do lucro presumido ( 32% do faturamento ) = 6.400,00

Total provisão de imposto ( IRPJ + CSSL + PIS + COFINS ) = 2.266,00

Lucro distribuível independentemente do lucro líquido contábil ( 6.400,00 –

2.266,00)= 4.134,00

OBS: No lucro arbitrado será a mesma sistemática de cálculo. (art. 48, § 2º, da IN SRF

nº 093/1997)

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58

7.3. IMPEDIMENTO PARA DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS/ DIVIDENDOS

Conforme dispõe o Decreto-lei nº. 368, de 19 de dezembro de 1.968, no art. 1º inciso

II, a sociedade tiver débito salarial, não poderá distribuir lucros, bonificações,

dividendos ou interesses a seus sócios titulares, acionistas ou membros de órgãos

fiscais ou consultivos.

O art. 889 do RIR/99 preceitua que as pessoas jurídicas, enquanto estiverem em débito, não

garantido, por falta de recolhimento de imposto no prazo legal, não poderão:

I - distribuir quaisquer bonificações a seus acionistas;

II - dar ou atribuir participação de lucros a seus sócios ou quotistas, bem como a seus

diretores e demais membros de órgãos dirigentes, fiscais ou consultivos.

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59

8. PIS E COFINS – ASPECTOS GERAIS

8.1. HISTÓRICO

O PIS foi criado no ano de 1970, pela Lei Complementar nº 7/1970, e se destinava a

promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas.

Por intermédio da Lei complementar nº 70, de 1991, foi instituída a COFINS (despesas

com atividades-fins das áreas de saúde, previdência e assistência social), com o

objetivo de substituir a contribuição ao FINSOCIAL.

O produto da arrecadação das contribuições ao PIS e ao PASEP ia para os dois fundos

que atribuíam os recursos nominalmente aos trabalhadores. O art. 239 da

Constituição extinguiu as transferências para as contas individuais, passando os

recursos a financiar o programa do seguro-desemprego e o abono aos empregados

que percebem até dois salários mínimos de remuneração mensal.

Várias outras leis regulam, ainda, a cobrança da contribuição para o PIS/PASEP para

setores específicos da economia, em forma de substituição tributária ou incidência

monofásica, tais como combustíveis, medicamentos, veículos, etc. De modo geral,

hoje, a legislação aplicável é a Lei nº 9.718/ A Lei nº 10.637/02, instituiu uma nova

forma de cobrança de PIS/PASEP que acaba com a cumulatividade ou incidência em

cascata.

8.2. PIS/PASEP NÃO-CUMULATIVO DA LEI Nº 10.637/2002

Foi instituído pela Lei nº 10.637, de 30-12-2002 um regime de cobrança da

contribuição para o PIS/PASEP batizado de não-cumulativo mas, na realidade a não-

cumulatividade é somente no nome. Para ser não-cumulativo, a lei teria que

autorizar a dedução de todos os pagamentos feitos na operação anterior mas isso não

ocorre.

8.3. COFINS NÃO-CUMULATIVO DA LEI Nº 10.833/2003

A COFINS não-cumulativa foi instituída pela Lei nº 10.833/2003.

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9. INCIDÊNCIA CUMULATIVA

a) Contribuintes

São contribuintes do PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre o faturamento as

pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do

Imposto de Renda, inclusive:

I - as entidades fechadas e abertas de previdência complementar, sendo irrelevante

a forma de sua constituição;

II - as entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e de falência, em

relação às operações praticadas durante o período em que perdurarem os

procedimentos para a realização de seu ativo e o pagamento do passivo;

III - os fabricantes e os importadores de cigarros são contribuintes e responsáveis, na

condição de substitutos, pelo recolhimento do PIS/PASEP e da COFINS devidos pelos

comerciantes varejistas;

IV - as pessoas jurídicas que administram jogos de bingo são responsáveis pelo

pagamento das contribuições incidentes sobre as receitas geradas com essa

atividade. Observe-se que esse pagamento não exime a pessoa jurídica

administradora da obrigação do pagamento das contribuições na condição de

contribuinte.

b) Base De Cálculo

As pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação

do Imposto de Renda têm como base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS o valor do

faturamento, que corresponde à receita bruta, assim entendida a totalidade das

receitas auferidas, independentemente da atividade por elas exercidas e da

classificação contábil adotada para a escrituração das receitas.

c) Alterações Lei nº 11.941/2009

A LEI Nº 11.941, de 27 de maio de 2009 (DOU de 28.05.2009), em seu artigo 79, XII,

revogou o § 1º do artigo 3º da Lei Nº 9.718, que considerava o faturamento como toda

e qualquer receita auferida pela pessoa jurídica.

Com essa revogação, no regime cumulativo, a base de cálculo do PIS e da COFINS

passa a ser o Faturamento da pessoa jurídica.

Conforme a LEI Nº 5.474, de 18 de julho de 1968 (DOU de 19.07.1968 - retificada no

DOU de 25.07.1968), artigos 1º e 20, o Faturamento corresponde à receita de venda

mercantil (mercadorias) e de prestação de serviços.

A partir 1º de maio de 2009, a Base de Cálculo do PIS e da COFINS, no regime

cumulativo, é a receita da venda de mercadorias e da prestação de serviços.

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61

Observe-se que,mesmo que tributadas pelo lucro real, algumas atividades e receitas

estão no regime cumulativo de PIS (0,65%) e da COFINS (3%), conforme a LEI No

10.637, de 30 de dezembro de 2002, artigo 8º, e a LEI Nº 10.833, de 29 de dezembro

de 2003, artigos 10 e 15. Vide o caput:

“Art. 2º As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS, devidas pelas pessoas jurídicas de direito privado, serão calculadas com base no seu faturamento, observadas a legislação vigente e as alterações introduzidas por esta Lei. (Vide art. 15 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001)

Art. 3º O faturamento a que se refere o artigo anterior corresponde à receita bruta da pessoa jurídica. (Vide art. 15 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001)

§ 1º Entende-se por receita bruta a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas.(Revogado pela Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009) ........”

9.1. REGIME DE RECONHECIMENTO DAS RECEITAS E DESPESAS –

CAIXA OU COMPETÊNCIA

De acordo com o art. 14 da Instrução Normativa SRF nº 247/2002, as pessoas jurídicas

optantes pelo regime de tributação do Imposto de Renda com base no lucro

presumido poderão adotar o regime de caixa para fins da incidência do PIS/PASEP e

da COFINS. A adoção do regime de caixa está condicionada à adoção do mesmo

critério em relação ao Imposto de Renda e à Contribuição Social sobre o Lucro

Líquido (CSLL).

9.2. VALORES QUE NÃO INTEGRAM A RECEITA BRUTA

Na apuração da base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS, não integram a receita

bruta:

a) do doador ou patrocinador, o valor das receitas correspondentes a doações e

patrocínios, realizados sob a forma de prestação de serviços ou de fornecimento de

material de consumo para projetos culturais, amparados pela Lei nº 8.313/1991,

computados a preços de mercado para fins de dedução do Imposto de Renda; e

b) a contrapartida do aumento do ativo da pessoa jurídica, em decorrência da

atualização do valor dos estoques de produtos agrícolas, animais e extrativos, tanto

em virtude do registro no estoque de crias nascidas no período, como pela avaliação

do estoque a preço de mercado.

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9.3. EXCLUSÕES/DEDUÇÕES GERAIS DA BASE DE CÁLCULO

Para a apuração da base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS, podem ser excluídos

ou deduzidos da receita bruta os valores:

I - das vendas canceladas;

II - dos descontos incondicionais concedidos;

III - do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);

IV - do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre

Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de

Comunicação (ICMS), quando destacado em Nota Fiscal e cobrado pelo vendedor dos

bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário;

V - das reversões de provisões;

VI - das recuperações de créditos baixados como perdas, limitados aos valores

efetivamente baixados, que não representem ingresso de novas receitas;

VII - dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio

líquido e dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de

aquisição, que tenham sido computados como receita, inclusive os derivados de

empreendimento objeto de Sociedade em Conta de Participação (SCP); e

VII - das receitas decorrentes das vendas de bens do ativo permanente.

9.4. ALÍQUOTAS DO PIS E DA COFINS

As alíquotas do PIS e COFINS para as pessoas jurídicas ou para as receitas não

inseridas na modalidade "não-cumulativa" são de:

a) 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento) para o PIS/PASEP; e

b) 3% (três por cento) para a COFINS.

9.5. INSTITUIÇÃO FINENCEIRAS E EQUIPARADAS

a) 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento) para o PIS/PASEP; e

b) 4% (quatro por cento) para a COFINS.

OBS: Conforme o Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 21/2003 as corretoras

autônomas de seguros são equiparadas à instituição financeira para PIS e COFINS.

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63

9.6. DEDUÇÃO DOS VALORES RETIDOS NO PAGAMENTO DAS

CONTRIBUIÇÕES

Do valor do PIS/PASEP e da COFINS devidos, a pessoa jurídica poderá, ainda, deduzir

do valor a pagar:

a) os valores de PIS/PASEP e da COFINS retidos na fonte por outras pessoas jurídicas

para as quais prestou serviços sujeitos à retenção ou por órgãos públicos e estatais

federais ou estaduais sobre os recebimentos decorrentes de fornecimento de bens ou

prestação de serviços em geral, inclusive obras;

b) os pagamentos indevidos ou a maior em períodos anteriores, de PIS/PASEP e da

COFINS ou de outros tributos e contribuições, mediante preenchimento da

Declaração de Compensação a que se refere à Instrução Normativa SRP nº 900/2008.

9.7. PAGAMENTO DO PIS/PASEP E DA COFINS

As contribuições ao PIS/PASEP e a COFINS devem ser pagas, de forma centralizada na

matriz, até o dia 25 do mês subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores.

Observe-se que no caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de

desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e

investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras

de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas

de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de

seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas,

o prazo de recolhimento é até o dia 20 do mês subseqüente ao mês de ocorrência dos

fatos geradores.

Se o dia do vencimento não for dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o

primeiro dia útil que o anteceder. Artigo 1º da Lei nº 11.933/2009.

9.8. CÓDIGOS DO DARF

As contribuições devem ser recolhidas mediante utilização dos seguintes códigos de DARF:

I - COFINS - empresas em geral: 2172;

II - COFINS - entidades financeiras e equiparadas: 7987;

III - PIS/PASEP - empresas em geral: 8109;

IV - PIS/PASEP - instituições financeiras e equiparadas: 4574.

Fundamentos Legais: Instrução Normativa SRF nº 247/2002, com redação dada pela Instrução Normativa SRF nº 358/2003.

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10. INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA

10.1. PESSOAS JURÍDICAS SUJEITAS À NÃO-CUMULATIVIDADE

Estão sujeitas à incidência não-cumulativa das contribuições ao PIS e COFINS as

pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do

Imposto de Renda, que apuram o IRPJ com base no lucro real.

10.2. PESSOAS JURÍDICAS NÃO SUJEITAS À INCIDÊNCIA NÃO-

CUMULATIVA DAS CONTRIBUIÇÕES

A incidência das contribuições ao PIS/PASEP e da COFINS na modalidade não-

cumulativa não se aplica às pessoas jurídicas que apurarem o Imposto de Renda com

base no lucro presumido ou arbitrado e às microempresas e empresas de pequeno

porte, optantes pelo SIMPLES Federal.

A incidência não-cumulativa das contribuições também não se aplica às seguintes

pessoas jurídicas:

I - operadoras de planos de saúde;

II - empresas de securitização de créditos;

III - bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas

econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de

crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores

mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas

de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de

crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas;

IV - órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais e

municipais, e as fundações cuja criação tenha sido autorizada por lei, referidas no

art. 61 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição de 1988;

V - empresas particulares que explorem serviços de vigilância e transporte de valores

na forma da Lei nº 7.102/1983 (Instrução Normativa SRF nº 358/2003); e

VI - sociedades cooperativas, exceto as agropecuárias e as de consumo.

10.2.1. Entidades Imunes e Isentas

As pessoas jurídicas imunes a impostos como os templos religiosos, partidos políticos,

inclusive suas fundações, entidades sindicais dos trabalhadores, instituições de

Page 65: Atualização Tributária

65

educação e de assistência social, sem fins lucrativos, que atendam os requisitos

legais, não se sujeitam às contribuições na modalidade não-cumulativa. Tais

entidades ficam sujeitas ao recolhimento da contribuição ao PIS, sobre a folha de

pagamento.

Cabe observar que as entidades relacionadas no art. 13 da Medida Provisória nº

2.158-35/2001, isentas do PIS e da COFINS, quando auferirem receitas não

decorrentes de suas atividades próprias, estarão sujeitas à incidência não-cumulativa

em relação a essas receitas.

10.3. RECEITAS NÃO SUJEITAS AO PIS/PASEP E À COFINS NÃO-

CUMULATIVA

Não compõem a base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS na modalidade não-

cumulativa, ainda que auferidas por pessoa jurídica tributada pelo Lucro Real,

devendo ser computadas na base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS normal ou do

regime próprio a que se sujeitam as receitas:

a. de prestação de serviços de telecomunicações;

b. de venda de jornais e periódicos e de prestação de serviços das empresas

jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens;

c. de prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário,

ferroviário e aquaviário de passageiros;

d. de serviços prestados por hospital, pronto-socorro, clínica médica,

odontológica, de fisioterapia e de fonoaudióloga, e laboratório de anatomia

patológica, citológica ou de análises clínicas; e de serviços de diálise, raios X,

radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e de banco de sangue(Ver ADI

SRF nº 26/2004);

e. de venda de mercadorias realizadas pelas lojas francas de portos e

aeroportos (free shops);

f. de prestação de serviço de transporte coletivo de passageiros, efetuado por

empresas regulares de linhas aéreas domésticas, e as decorrentes da

prestação de serviço de transporte de pessoas por empresas de táxi aéreo;

g. da edição de periódicos e de informações neles contidas, que sejam

relativas aos assinantes dos serviços públicos de telefonia;

h. de prestação de serviços com aeronaves de uso agrícola inscritas no

Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB);

i. de prestação de serviços das empresas de call center, telemarketing,

telecobrança e de teleatendimento em geral;

Page 66: Atualização Tributária

66

j. da execução por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de

construção civil, até 31 de dezembro de 2015 (redação dada pela Lei nº

12.375/2010);

k. auferidas por parques temáticos, e as decorrentes de serviços de hotelaria

e de organização de feiras e eventos, conforme definido na Portaria

Interministerial nº 33, de 2005, dos Ministros de Estado dos Ministérios da

Fazenda e do Turismo;

l. de prestação de serviços de educação infantil, ensinos fundamental e médio

e educação superior.

m. de contratos firmados anteriormente a 31 de outubro de 2003:

1. com prazo superior a 1 (um) ano, de administradoras de planos de consórcios de

bens móveis e imóveis, regularmente autorizadas a funcionar pelo Banco Central;

2. com prazo superior a 1 (um) ano, de construção por empreitada ou de

fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços; e

3. de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado, de

bens ou serviços contratados com pessoa jurídica de direito público, empresa

pública, sociedade de economia mista ou suas subsidiárias, bem como os contratos

posteriormente firmados decorrentes de propostas apresentadas, em processo

licitatório, até aquela data.

4. de revenda de imóveis, desmembramento ou loteamento de terrenos,

incorporação imobiliária e construção de prédio destinado à venda, quando

decorrente de contratos de longo prazo.

(Ver IN SRF nº 468, de 2004, para os conceitos de contrato com prazo superior a um

ano e preço predeterminado)

n. das operações sujeitas à substituição tributária;

o. de venda de veículos usados de que trata o art. 5º da Lei nº 9.716, de 1998;

p. das operações de compra e venda de energia elétrica, no âmbito do

Mercado Atacadista de Energia Elétrica (MAE), pelas pessoas jurídicas

submetidas ao regime especial de que trata o art. 47 da Lei nº 10.637, de

2002;

q. da prestação de serviços postais e telegráficos prestados pela Empresa

Brasileira de Correios e Telégrafos;

r. de prestação de serviços públicos de concessionárias operadoras de

rodovias;

s. da prestação de serviços das agências de viagem e de viagens e turismo.

Page 67: Atualização Tributária

67

t. das atividades de desenvolvimento de software e o seu licenciamento ou

cessão de direito de uso, bem como de análise, programação, instalação,

configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção ou

atualização de software, compreendidas ainda como softwares as páginas

eletrônicas, auferidas por empresas de serviços de informática. A exclusão da

não-cumulatividade não alcança a comercialização, licenciamento ou cessão

de direito de uso de software importado.

u. receitas auferidas por Subsidiária Fifa no Brasil para os jogos da COPA 2014, tais como receitas da venda de ingressos e de pacotes de hospedagem. (arts. 8º, § 3º, 16 da Lei nº 12.350/2010 – conversão da MP nº 497/2010)

10.4. BASE DE CÁLCULO

A base de cálculo da Contribuição para o PIS/PASEP e COFINS, na modalidade não-

cumulativa, é o valor do faturamento mensal, assim entendido o total das receitas

auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou

classificação contábil (Lei nº 10.637/2002, art. 1º, §§ 1º e 2º, e Lei nº 10.833/2003,

art. 1º, §§ 1º e 2º).

a) Exclusões ou Deduções da Base de Cálculo

Para fins de determinação da base de cálculo, podem ser excluídos do faturamento,

quando o tenham integrado, os valores (Lei nº 10.637/2002, art. 1º, § 3º, e Lei nº

10.833/2003, art. 1º, § 3º; Instrução Normativa SRF nº 247/2002, art. 24):

I - das receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas

à alíquota 0 (zero);

II - das vendas canceladas;

III - dos descontos incondicionais concedidos;

IV - do IPI;

V - do ICMS, quando destacado em Nota Fiscal e cobrado pelo vendedor dos bens ou

prestador dos serviços na condição de substituto tributário;

VI - das reversões de provisões e das recuperações de créditos baixados como perdas,

que não representem ingresso de novas receitas;

VII - dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio

líquido;

VIII - dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de

aquisição, que tenham sido computados como receita; e

IX - das receitas não-operacionais, decorrentes da venda de bens do ativo

permanente;

Page 68: Atualização Tributária

68

X - das receitas de revenda de bens em que a contribuição já foi recolhida pelo

substituto tributário;

XI - das receitas excluídas do regime de incidência não-cumulativa, constantes do

art. 10 da Lei nº 10.833/2003.

b) Alíquotas

Sobre a base de cálculo das contribuições serão aplicadas as alíquotas de:

a) 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento) para o PIS/PASEP; e

b) 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento) para a COFINS.

As pessoas jurídicas que aufiram receitas da venda ou revenda de produtos incluídos

em regimes diferenciados de tributação (combustíveis, inclusive GLP e gás natural,

veículos, autopeças, medicamentos, cosméticos, cervejas e refrigerantes, inclusive

suas embalagens) devem observar alíquotas específicas.

c) Receitas Financeiras

Os Decretos nºs 5.164/2004 e 5.442/2005 reduziram a 0 (zero) as alíquotas da

Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre as receitas financeiras ,

inclusive decorrentes de operações realizadas para fins de hedge, auferidas pelas

pessoas jurídicas sujeitas à incidência não-cumulativa das referidas contribuições,

ainda que somente sobre partes de suas receitas.

O benefício não alcança as receitas financeiras oriundas de juros sobre capital

próprio.

As pessoas jurídicas não incluídas na incidência não-cumulativa das contribuições

devem continuar tributando as receitas financeiras às alíquotas previstas para a

incidência cumulativa. Conforme as alterações introduzidas pela Lei nº 11.941/2009,

art. 79, não há mais incidência de PIS e COFINS na comutatividade.

10.5. CRÉDITOS DO PIS/PASEP E DA COFINS NÃO-CUMULATIVA

Dos valores de Contribuição para o PIS/PASEP e COFINS apurados, a pessoa jurídica

submetida à incidência não-cumulativa poderá descontar créditos, calculados

mediante a aplicação das alíquotas de 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento)

(COFINS) e 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento) (Contribuição

para o PIS/PASEP) sobre os valores:

I - das aquisições de bens para revenda efetuada no mês;

Nota: O crédito, na hipótese de aquisição, para revenda, de papel imune a impostos,

de que trata o art. 150, inciso VI, alínea “d”, da Constituição Federal, quando

destinado à impressão de periódicos, será determinado mediante a aplicação da

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69

alíquota de 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento) (COFINS) e 0,8% (oito

décimos por cento) (Contribuição para o PIS/PASEP).

II - das aquisições, efetuadas no mês, de bens e serviços utilizados como insumos na

fabricação de produtos destinados à venda ou na prestação de serviços, inclusive

combustíveis e lubrificantes;

III - dos bens recebidos em devolução, no mês, cuja receita de venda tenha integrado

o faturamento do mês ou de mês anterior, e tenha sido tributada no regime de

incidência não-cumulativa;

Nota: O crédito será determinado mediante a aplicação das alíquotas incidentes na

venda sobre o valor ou unidade de medida, conforme o caso, dos produtos recebidos

em devolução no mês.

IV - das despesas e custos incorridos no mês, relativos:

a) à energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica;

b) a aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, utilizados nas atividades da

empresa;

Nota: É vedado o crédito relativo a aluguel de bens que já tenham integrado o

patrimônio da pessoa jurídica.

c) a contraprestação de operações de arrendamento mercantil pagas à pessoa

jurídica, exceto quando esta for optante pelo SIMPLES;

Nota: É vedado o crédito relativo à contraprestação de arrendamento mercantil de

bens que já tenham integrado o patrimônio da pessoa jurídica.

d) armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos nºs I e

II, quando o ônus for suportado pelo vendedor;

e) vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme

fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de

prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção.

V - dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a

máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado adquiridos

a partir de 1º de maio de 2004, ou fabricados, a partir de 1º de dezembro de 2005,

para locação a terceiros ou para utilização na produção de bens destinados à venda,

ou na prestação de serviços (Art. 31 da Lei nº. 10.865/2004 e art. 43 da Lei nº

11.196/2005);

VI - dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a

edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, adquiridas ou

realizadas a partir de maio de 2004, utilizados nas atividades da empresa.

Notas:

Page 70: Atualização Tributária

70

1) O direito ao desconto de créditos de que tratam os nºs V e VI não se aplica ao

valor decorrente da reavaliação de bens e direitos do ativo permanente.

2) É vedado tomar créditos sobre os encargos de depreciação acelerada incentivada,

a que se refere o art. 313 do Regulamento do Imposto de Renda - RIR de 1999 e na

hipótese de aquisição de bens usados.

As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota 0 (zero) ou não-incidência da

Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS não impedem a manutenção, pelo

vendedor, dos créditos vinculados a essas operações (Art. 17 da Lei nº 11.033/2004).

Desde 1º de maio de 2004, com o início da incidência do PIS/PASEP e da COFINS na

importação, as pessoas jurídicas sujeitas à apuração das contribuições internas na

modalidade não-cumulativa poderão descontar crédito, para fins de determinação

dessas contribuições, em relação às importações tributadas.

A pessoa jurídica, que adquirir imóvel para venda ou promover empreendimento de

desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária ou construção

de prédio destinado à venda, utilizará o crédito referente aos custos vinculados à

unidade construída ou em construção somente a partir da efetivação da venda

(Instrução Normativa SRF nº 458/2004).

a) Conceito de Insumo

Entende-se como insumos:

I - utilizados na fabricação ou produção de bens destinados à venda:

a) as matérias-primas, os produtos intermediários, o material de embalagem e

quaisquer outros bens que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a

perda de propriedades físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida

sobre o produto em fabricação, desde que não estejam incluídas no ativo

imobilizado;

b) os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou

consumidos na produção ou fabricação do produto;

II - utilizados na prestação de serviços:

a) os bens aplicados ou consumidos na prestação de serviços, desde que não

estejam incluídos no ativo imobilizado; e

b) os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou

consumidos na prestação do serviço.

b) Créditos Referentes Aos Estoques de Abertura

Os estoques de abertura de bens destinados à venda e de bens e serviços utilizados

como insumos na fabricação de produtos destinados à venda ou na prestação de

serviços, de que tratam o art. 3º, I e II, das Leis nºs 10.637/2002 e 10.833/2003,

Page 71: Atualização Tributária

71

inclusive estoques de produtos acabados e em elaboração, existentes na data de

início da incidência não-cumulativa da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS,

dão direito ao desconto de crédito presumido. Inclusive, os estoques de produtos

destinados à fabricação de produtos sujeitos à incidência concentrada, que não

geraram crédito na aquisição por terem sido adquiridos na época em que a incidência

monofásica não estava integrada a não-cumulatividade, exceto nos casos em que os

produtos foram adquiridos com a alíquota 0 (zero), isentos, ou não foram alcançados

pela incidência das contribuições.

O montante do crédito da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, referente a

estoques, será igual ao resultado da aplicação dos percentuais de 0,65% (sessenta e

cinco centésimos por cento) e de 3% (três por cento), respectivamente, sobre o valor

dos estoques. Os créditos assim calculados podem ser utilizados em 12 (doze)

parcelas mensais, iguais e sucessivas, a partir do mês em que iniciar a incidência

não-cumulativa.

A pessoa jurídica sujeita à incidência não-cumulativa da Contribuição para o

PIS/PASEP, em relação apenas a parte de suas receitas, deve apurar crédito apenas

em relação aos estoques vinculados às receitas sujeitas à incidência não-cumulativa.

No caso de estoques de bens vinculados às receitas sujeitas à incidência não-

cumulativa e àquelas submetidas ao regime de incidência cumulativa, os créditos

serão determinados pelo método de apropriação direta ou rateio proporcional,

conforme o caso.

c) Pessoa Jurídica Com Incidência Parcial Das Contribuições na Modalidade Não-

Cumulativa

Os créditos só podem ser apurados em relação a custos, despesas e encargos

vinculados a receitas sujeitas à incidência não-cumulativa da Contribuição para o

PIS/PASEP e da COFINS, observado o seguinte:

I - no caso de custos, despesas e encargos vinculados às receitas sujeitas à incidência

não-cumulativa e àquelas submetidas ao regime de incidência cumulativa, os créditos

serão determinados, a critério da pessoa jurídica, pelo método de:

apropriação direta, aplicando-se ao valor dos bens utilizados como insumos,

aos custos, às despesas e aos encargos comuns, adquiridos no mês, a relação

percentual entre os custos vinculados à receita sujeita à incidência não-

cumulativa e os custos totais incorridos no mês, apurados por meio de sistema

de contabilidade de custos integrada e coordenada com a escrituração; ou

rateio proporcional, aplicando-se ao valor dos bens utilizados como insumos,

aos custos, às despesas e aos encargos comuns, adquiridos no mês, a relação

Page 72: Atualização Tributária

72

percentual existente entre a receita bruta sujeita à incidência não-cumulativa

e a receita bruta total, auferidas no mês;

II - os créditos só podem ser utilizados para desconto dos valores da Contribuição

para o PIS/PASEP e da COFINS apurados sobre as receitas sujeitas à incidência não-

cumulativa. Ou seja: contribuinte que tem parte das receitas sujeitas à incidência

não-cumulativa e parte sujeita à incidência cumulativa não pode utilizar o crédito

para diminuir o valor da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS calculados sobre

as receitas sujeitas à incidência cumulativa.

d) Limitações ao Desconto de Créditos

d.1) Regra Geral

O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação:

I - aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País;

II - aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica

domiciliada no País;

III - aos encargos de depreciação e amortização de bens adquiridos de pessoa jurídica

domiciliada no País.

Nota: Excetua-se a esta limitação o direito ao crédito em relação às contribuições

efetivamente pagas na importação de bens e serviços, na forma da Lei nº

10.865/2004.

IV - não permitem o crédito:

A aquisição para revenda de bens submetidos a alíquotas concentradas, de

mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da empresa

vendedora, na condição de substituta tributária, e de álcool para fins

carburantes;

o valor da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da

contribuição, inclusive no caso de isenção, esse último quando revendidos ou

utilizados como insumo em produtos ou serviços sujeitos à alíquota 0 (zero),

isentos ou não alcançados pela contribuição;

o pagamento de que trata o art. 2º da Lei nº 10.485/2002, devido pelo

fabricante ou importador, ao concessionário, pela intermediação ou entrega

dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI;

os valores dos gastos com seguros, nas operações de vendas de produtos ou

mercadorias, ainda que pagos ou creditados a pessoas jurídicas domiciliadas

no País (Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 02/2005);

o valor da mão-de-obra paga a pessoa física, empregado ou não;

Page 73: Atualização Tributária

73

o IPI incidente na aquisição, quando recuperável, não integra o custo dos

bens;

a aquisição de bens ou serviços que gozam de isenção das contribuições,

quando revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou serviços

sujeitos à alíquota 0 (zero), isentos ou não alcançados pela contribuição (§ 2º

do art. 3º da Lei nº 10.833/2003 e da Lei nº 10.637/2002, com redação dada

pelos arts. 21 e 37 da Lei nº 10.865/2004).

e) Tratamento Fiscal Dos Créditos

O valor dos créditos apurados na modalidade não-cumulativa não constitui receita

bruta da pessoa jurídica para fins de incidência do PIS/PASEP e da COFINS, servindo

somente para dedução do valor devido da contribuição, não ensejando também

atualização monetária ou incidência de juros sobre os respectivos valores.

10.6. DEDUÇÃO DOS VALORES RETIDOS NO PAGAMENTO DAS

CONTRIBUIÇÕES

Do valor do PIS/PASEP e da COFINS devidos, a pessoa jurídica poderá, ainda, deduzir

do valor a pagar:

os valores de PIS/PASEP e da COFINS retidos na fonte por outras pessoas

jurídicas para as quais prestou serviços sujeitos à retenção ou por órgãos

públicos e estatais federais ou estaduais sobre os recebimentos decorrentes

de fornecimento de bens ou prestação de serviços em geral, inclusive obras;

os pagamentos indevidos ou a maior em períodos anteriores, de PIS/PASEP e

da COFINS ou de outros tributos e contribuições, mediante preenchimento da

Declaração de Compensação a que se refere à Instrução Normativa SRF nº

900/2008.

10.7. RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES

O valor das contribuições ao PIS e à Cofins deverá ser recolhido de forma

centralizada, na matriz da pessoa jurídica, até o último dia útil do segundo decêndio

do mês subseqüente ao de apuração.

O PIS/PASEP a pagar deverá constar em DARF sob o código 6912.

A COFINS a pagar deverá constar em DARF sob o código 5856.

Page 74: Atualização Tributária

74

11. PIS SOBRE FOLHA DE SALÁRIOS

Contribuintes

São contribuintes do PIS/PASEP incidente sobre a folha de salários as seguintes

entidades:

I - templos de qualquer culto;

II - partidos políticos;

III - instituições de educação e de assistência social que preencham as condições e

requisitos do art. 12 da Lei no 9.532, de 10 de dezembro de 1997;

IV - instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as

associações, que preencham as condições e requisitos do art. 15 da Lei nº 9.532, de

1997;

V - sindicatos, federações e confederações;

VI - serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;

VII - conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas;

VIII - fundações de direito privado;

IX - condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou comerciais; e

X - Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as Organizações Estaduais de

Cooperativas previstas no art. 105 e seu § 1º da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de

1971.

Também contribuirão para o PIS/Pasep incidente sobre a folha de salários:

a) a sociedade cooperativa de produção agropecuária que fizer uso das deduções e

exclusões da base de cálculo de que tratam os incisos I a VII do artigo 11 da

Instrução Normativa SRF Nº 635, de 24 de março de 2006;

b) a sociedade cooperativa de eletrificação rural que fizer uso das exclusões da base

de cálculo de que tratam os incisos I a III do caput do art. 12 da Instrução Normativa

SRF Nº 635, de 24 de março de 2006;

c) a sociedade cooperativa de crédito que fizer uso das exclusões da base de cálculo

de que tratam os incisos I a VI do art. 15 da Instrução Normativa SRF Nº 635, de 24 de

março de 2006;

d) a sociedade cooperativa de transporte rodoviário de cargas que fizer uso das

exclusões da base de cálculo de que tratam os incisos I a V do art. 16 da Instrução

Normativa SRF Nº 635, de 24 de março de 2006.

Page 75: Atualização Tributária

75

Alíquota

A alíquota do PIS/PASEP, aplicável sobre a folha de salários, é de 1% (um por cento).

Base de Cálculo

A base de cálculo do PIS/PASEP incidente sobre a folha de salários mensal

corresponde à remuneração paga, devida ou creditada a empregados, tais como:

a) salários;

b) gratificações;

c) comissões;

d) adicional de função;

e) ajuda de custo;

f) aviso prévio trabalhado;

g férias gozadas e seu adicional de 1/3 ,

h) qüinqüênios;

i ) adicional noturno;

j) horas extras;

k) 13º salário;

l) repouso semanal remunerado; e

m) diárias superiores a 50% do salário;

n) adicional de insalubridade ou periculosidade.

11.1.1. Exclusão de base de cálculo

Não integram a base de cálculo o salário família, tíquete-alimentação, vale

transporte, aviso prévio indenizado, férias indenizadas, abono pecuniário de férias,

o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) pago diretamente ao empregado

na rescisão contratual e a indenização por dispensa, desde que dentro dos limites

legais.

Os pagamentos feitos a autônomos também não integram a base de cálculo do PIS

sobre a folha de salários.

11.1.2. Prazo para Recolhimento

O pagamento da Contribuição para o PIS/PASEP poderá ser efetuado até o dia 25 do

mês subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores.

Se o dia do vencimento não for dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para o

primeiro dia útil que o anteceder.

Código de Recolhimento

O recolhimento do PIS será efetuado em DARF sob o Código 8301.

Page 76: Atualização Tributária

76

12. SIMPLES NACIONAL

INTRODUÇÃO

A Constituição Federal de 1988 estabelece, em seu artigo 179, que a União, os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios devem dispensar tratamento jurídico diferenciado e

favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte. O objetivo claramente expresso é

incentivar o desenvolvimento dessas empresas através da simplificação de suas obrigações

administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação destas por meio

de lei.

A partir desse comando constitucional surgiram várias leis concedendo benefícios para as

microempresas e empresas de pequeno porte. A União instituiu a Lei 9.317, de 1996, criando

o SIMPLES, um sistema simplificado de recolhimento de tributos e contribuições federais que,

mediante convênio, poderia abranger os tributos devidos aos Estados e aos Municípios. Os

Estados preferiram não aderir ao SIMPLES e instituiu regimes próprios de tributação, o que

acabou resultando em 28 tratamentos tributários diferentes em todo o Brasil. Poucos

Municípios aderiram ao SIMPLES federal e a maioria não estabeleceu qualquer benefício para

as microempresas e empresas de pequeno porte estabelecidas em seus territórios.

O Estatuto Federal das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, aprovado pela Lei 9.841,

de 1999, instituiu benefícios nos campos administrativos, trabalhista, de crédito e de

desenvolvimento empresarial. Esses benefícios estavam limitados à esfera de atuação do

Governo Federal porque lei ordinária federal não pode obrigar os Estados e os Municípios.

Como esse cenário estava longe de representar a simplificação e o favorecimento propostos

pela Constituição Federal de 1988, o SEBRAE e representantes de entidades ligadas às

microempresas e empresas de pequeno porte exigiram a mudança e, em 2003, iniciaram um

movimento para a uniformização das normas e ampliação dos benefícios. Como conseqüência

desses movimentos, em 19 de dezembro de 2003, foi aprovada a Emenda Constitucional 42,

alterando o artigo 146 da Constituição Federal, que passou a exigir lei complementar para

estabelecer normas nacionais uniformes sobre o tratamento tributário dessas empresas.

As emendas à Constituição também facultaram à lei complementar estabelecer um regime

nacional único de arrecadação para incorporar os tributos devidos pelas micro e empresas de

pequeno porte à União, aos Estados e aos Municípios. São características exigidas:

1. Ser opcional para o contribuinte;

2. Permitir condições de enquadramento diferenciadas por Estado;

3. Unificar e centralizar o recolhimento dos tributos, com distribuição imediata da

parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados, sem qualquer

retenção ou condicionamento;

4. Possibilitar o compartilhamento, pelos entes federados, da arrecadação, da

fiscalização e cobrança, quando adotado o cadastro nacional único de contribuintes.

Page 77: Atualização Tributária

77

Em 2004, para regulamentar as emendas à Constituição, foi apresentado à Câmara de

Deputados um projeto que acabou resultando na Lei Complementar 123, de 14 de

dezembro de 2006, que criou o Estatuto Nacional das Microempresas e Empresas de

Pequeno Porte. A Lei Complementar 123/2006 foi instituída com o objetivo de

estabelecer normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser

dispensado às micro e pequenas empresas, no âmbito dos poderes da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere:

à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições federais, estaduais e

municipais, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações

acessórias;

ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive

obrigações acessórias;

ao acesso ao crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas

aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, tecnologia,

associativismo e regras de inclusão.

A Lei Complementar 123/2006 foi posteriormente alterada pelas Leis

Complementares 127, de 14 de agosto de 2007 e 128, de 19 de dezembro de 2008 .

As alterações no texto inicial do Novo Estatuto tiveram como objetivos principais o

aperfeiçoamento do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e

Contribuições – SIMPLES NACIONAL.

Os benefícios não tributários vigoram desde 15/12/2006. O regime especial unificado

de arrecadação de tributos e contribuições - SIMPLES NACIONAL - entrou vigor em

01/07/2007. Nesta curso examinamos, em separados módulos, os benefícios da Lei

Geral e as normas aplicáveis ao cálculo dos tributos devidos pelas microempresas e

empresas de pequeno porte optantes pelo SIMPLES NACIONAL.

12.1. DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA OU EMPRESA DE PEQUENO

PORTE

Para todos os efeitos da Lei Geral, serão consideradas microempresas e empresas de

pequeno porte, as sociedades empresariais, as sociedades simples e o empresário

individual que obtiverem, em cada ano-calendário, receita bruta em valor:

Microempresa: igual ou inferior a R$ 240.000,00

Empresa de Pequeno Porte: acima de R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$

2.400.000,00

Page 78: Atualização Tributária

78

12.1.1. TRATAMENTO “JURÍDICO” x TRATAMENTO “TRIBUTÁRIO”

O Estatuto Nacional das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte foi instituído

pela Lei Complementar 123 de 14 de dezembro de 2006 e representa um conjunto de

normas que consolidam o tratamento diferenciado e favorecido, no âmbito dos

poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Os benefícios

abrangem os seguintes temas:

Inscrição e Baixa Simplificadas

Regime Unificado de Arrecadação Tributária – SIMPLES NACIONAL

Acesso aos Mercados

Simplificação das Relações de Trabalho

Fiscalização Orientadora

Associativismo

Estímulo ao Crédito e à Capitalização

Estímulo à Inovação

Regras Civis e Empresariais

Acesso à Justiça

Apoio e Representação

A LC 123/2006 contém, portanto, benefícios NÃO TRIBUTÁRIOS (TRATAMENTO

JURÍDICO DIFERENCIADO) e benefícios TRIBUTÁRIOS (SIMPLES NACIONAL). A fruição

dos benefícios é facultativa para as micro e pequenas empresas. No entanto,

condições foram impostas para a empresa usufruir dos benefícios, através dos

seguintes artigos da Lei Geral:

ARTIGO 3º: estabelece as condições gerais que autorizam as empresas a usufruir os

benefícios não tributários e as credencia para optar pelo regime especial de

arrecadação;

ARTIGO 17: relaciona as hipóteses de impedimento ao sistema de arrecadação

tributária - SIMPLES NACIONAL.

Os benefícios tributários não poderão ser adotados por todas as microempresas e empresas de

pequeno porte, porque as imposições do SIMPLES NACIONAL são mais restritivas do que as

expressas no artigo 3º da LC 123/2006.

Page 79: Atualização Tributária

79

12.2. CONCEITO DE RECEITA BRUTA

Considera-se receita bruta, o produto da venda de bens e serviços nas operações de

conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta

alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

Para efeito de enquadramento, serão consideradas as receitas auferidas no ano-

calendário anterior, exceto no ano de início de atividades.

12.3. IMPEDITIVOS À OPÇÃO PELO REGIME TRIBUTÁRIO

de cujo capital participe outra pessoa jurídica;

que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica

com sede no exterior;

de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou

seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos

termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o

limite de R$ 2.400.000,00 no ano-calendário;

cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de

outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a

receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 2.400.000,00 no ano-calendário;

cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa

jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o

limite de R$ 2.400.000,00 no ano-calendário ;

constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;

que participe do capital de outra pessoa jurídica;

que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de

desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito,

financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de

distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de

arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de

previdência complementar;

resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de

desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco)

anos-calendário anteriores;

constituída sob a forma de sociedade por ações.

que tenha sócio domiciliado no exterior;

Page 80: Atualização Tributária

80

de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou

indireta, federal, estadual ou municipal;

que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as

Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não

esteja suspensa;

que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de

passageiros;

que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia

elétrica;

que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e

motocicletas;

que exerça atividade de importação de combustíveis;

que exerça atividade de produção ou venda no atacado de:

a) cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e

pólvoras, explosivos e detonantes;

b) bebidas a seguir descritas:

1 – alcoólicas;

2 – refrigerantes, inclusive águas saborizadas gaseificadas;

3 – preparações compostas, não alcoólicas (extratos concentrados ou sabores

concentrados), para elaboração de bebida refrigerante, com capacidade de

diluição de até 10 (dez) partes da bebida para cada parte do concentrado;

4 – cervejas sem álcool;

que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de

atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou

cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que

preste serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo

de intermediação de negócios;

que realize cessão ou locação de mão-de-obra;

que realize atividade de consultoria;

que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis.

que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir

à prestação de serviços tributados pelo ISS.

OBS: cnaes ambíguos – concomitantemente atividade permitida e vedada (anexo II da

Resolução CGSN nº 06/2007).

Page 81: Atualização Tributária

81

12.4. INSCRIÇÃO E BAIXA

Na forma regulamentada pela Instrução Normativa DNRC nº 103/2007, as

microempresas e empresas de pequeno porte acrescentarão à sua firma ou

denominação as expressões "Microempresa" ou "Empresa de Pequeno Porte", ou suas

respectivas abreviações, "ME" ou "EPP", conforme o caso, sendo-lhes facultativa a

inclusão do objeto da sociedade na denominação social.

Obs.: A adição ao nome empresarial das expressões "Microempresa" ou "Empresa de

Pequeno Porte", ou suas respectivas abreviações "ME" ou "EPP" não poderá ser

efetuada no ato de inscrição do empresário e no contrato social. Somente depois de

procedido o arquivamento do ato de inscrição do empresário ou do contrato social e

efetuado o enquadramento do empresário ou sociedade na condição de

microempresa ou empresa de pequeno porte pela Junta Comercial, mediante

arquivamento da declaração específica.

12.4.1. Enquadramento de ME ou EPP pela Junta Comercial

O enquadramento, reenquadramento e desenquadramento de microempresa e

empresa de pequeno porte pelas Juntas Comerciais será efetuado, conforme o caso,

mediante arquivamento de declaração procedida pelo empresário ou sociedade em

instrumento específico para essa finalidade. Observado que a declaração conterá,

obrigatoriamente:

I - Título da Declaração, conforme o caso:

ENQUADRAMENTO, REENQUADRAMENTO ou DESENQUADRAMENTO.

II - Requerimento do empresário ou da sociedade, dirigido ao Presidente da Junta

Comercial da Unidade da Federação a que se destina, requerendo o arquivamento da

declaração, da qual constarão os dados e o teor da declaração em conformidade com

as situações a seguir:

12.4.2. Declaração de Enquadramento de ME ou EPP

1. nome empresarial, endereço, Número de Identificação do Registro de Empresas -

NIRE, data de registro do ato constitutivo e número de inscrição no Cadastro Nacional

da Pessoa Jurídica - CNPJ, quando enquadrada após a sua constituição;

2. declaração, sob as penas da lei, do empresário ou de todos os sócios de que o

empresário ou a sociedade se enquadra na situação de microempresa ou empresa de

pequeno porte, nos termos da Lei Complementar nº 123, de 2006;

12.4.3. Declaração de Reenquadramento de ME para EPP ou de EPP para ME

Page 82: Atualização Tributária

82

1. nome empresarial, endereço, Número de Identificação do Registro de

Empresas - NIRE, data de registro do ato constitutivo e número de inscrição

no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica CNPJ;

2. a declaração, sob as penas da lei, do empresário ou de todos os sócios de que

o empresário ou a sociedade se reenquadra na condição de microempresa ou

empresa de pequeno porte, nos termos da Lei Complementar nº 123, de 2006;

12.4.4. Declaração de Desenquadramento de ME ou EPP

1. nome empresarial, endereço, Número de Identificação do Registro de

Empresas - NIRE, data de registro do ato constitutivo e número de inscrição

no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica CNPJ;

2. a declaração, sob as penas da lei, do empresário ou de todos os sócios de que

o empresário ou a sociedade se desenquadra da condição de microempresa ou

empresa de pequeno porte, nos termos da Lei Complementar nº 123, de 2006.

Arquivada a declaração, mencionada no parágrafo anterior, na Junta Comercial e

independentemente de alteração do ato constitutivo, a microempresa adotará, em

seguida ao seu nome, a expressão "microempresa" ou, abreviadamente, "ME" e a

empresa de pequeno porte, a expressão "empresa de pequeno porte" ou "EPP".

12.4.5. Desenquadramento do Regime Jurídico

Após o enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte, ocorrendo

uma das situações impeditivas para enquadramento de ME e EPP, a sociedade

empresária e o empresário deverão arquivar declaração de desenquadramento na

Junta Comercial. É válido ressaltar que ocorrendo o desenquadramento da sociedade

da condição de ME ou EPP, é obrigatória a inclusão do objeto da sociedade

empresária no nome empresarial, mediante arquivamento da correspondente

alteração contratual.

A Junta Comercial, verificando que a sociedade empresária ou o empresário

enquadrado na condição de microempresa ou empresa de pequeno porte incorreu em

alguma das situações impeditivas para enquadramento previstas nas vedações ao

regime promoverá o seu desenquadramento.

Quando a sociedade empresária ou o empresário não tiver interesse em continuar

enquadrado na condição de microempresa ou empresa de pequeno porte, promoverá

o arquivamento, pela Junta Comercial, de declaração de desenquadramento.

Page 83: Atualização Tributária

83

12.4.6. Comprovação de Condição de ME E EPP

A comprovação da condição de microempresa ou empresa de pequeno porte pelo

empresário ou sociedade será efetuada mediante certidão expedida pela Junta

Comercial.

Anexos

12.5. MODELO DE DECLARAÇÃO DE ENQUADRAMENTO

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

Secretaria de Comércio e Serviços

Departamento Nacional de Registro do Comércio

JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DO PARANÁ

DECLARAÇÃO DE ENQUADRAMENTO DE ME

Ilmo. Sr. Presidente da Junta Comercial DO ESTADO DO PARANÁ

A Sociedade Livraria Gomes e Representações Ltda, com ato constitutivo registrado

na Junta Comercial em 06/08/2007, NIRE: 54200626501 CNPJ: 30.934.313/0001-83,

estabelecida na Rua João de Barros Cobra, 415, Centro, Curitiba, PR, CEP: 80.230-

080 requer a Vossa Senhoria o arquivamento do presente instrumento e declara, sob

as penas da Lei, que se enquadra na condição de MICROEMPRESA, nos termos da Lei

Complementar nº 123, de 14/12/2006.

Código do ato: 315

Descrição do Ato: ENQUADRAMENTO DE MICROEMPRESA

Curitiba - PR, 06 de Agosto de 2007.

Sócio: Carlos da Silva José

Procurador: João da Silva Tornado

Para uso exclusivo da Junta Comercial:

DEFERIDO EM ____/____/_______. Etiqueta de registro

Page 84: Atualização Tributária

84

12.5.1. MODELO DE DECLARAÇÃO DE REENQUADRAMENTO

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

Secretaria de Comércio e Serviços

Departamento Nacional de Registro do Comércio

JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DO PARANÁ

DECLARAÇÃO DE REENQUADRAMENTO DE ME PARA EPP

Ilmo. Sr. Presidente da Junta Comercial DO ESTADO DO PARANÁ

A Sociedade Livraria Gomes e Representações Ltda, com ato constitutivo registrado

na Junta Comercial em 06/08/2007, NIRE: 54200626501, CNPJ: 30.934.313/0001-83,

estabelecida na Rua João de Barros Cobra, 415, Centro, Curitiba, PR, CEP: 80.230-

080, requer a Vossa Senhoria o arquivamento do presente instrumento e declara, sob

as penas da Lei, que se reenquadra da condição de MICROEMPRESA PARA EMPRESA DE

PEQUENO PORTE, nos termos da Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006.

Código do ato: 307

Descrição do Ato: REENQUADRAMENTO DE MICROEMPRESA COMO EMPRESA DE

PEQUENO PORTE

Curitiba - PR, 06 de Agosto de 2007.

Sócio: Carlos da Silva José

Procurador: João da Silva Tornado

Para uso exclusivo da Junta Comercial:

DEFERIDO EM ____/____/_______. Etiqueta de registro

Page 85: Atualização Tributária

85

12.5.2. MODELO DE DECLARAÇÃO DE DESENQUADRAMENTO

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

Secretaria de Comércio e Serviços

Departamento Nacional de Registro do Comércio

JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DO PARANÁ

DECLARAÇÃO DE DESENQUADRAMENTO DE ME

Ilmo. Sr. Presidente da Junta Comercial DO ESTADO DO PARANÁ

A Sociedade Livraria Gomes e Representações Ltda, com ato constitutivo registrado

na Junta Comercial em 06/08/2007, NIRE: 54200626501, CNPJ: 30.934.313/0001-83,

estabelecida na Rua João de Barros Cobra, 415, Centro, Curitiba, PR, CEP: 80.230-

080, requer a Vossa Senhoria o arquivamento do presente instrumento e declara, sob

as penas da Lei, que se desenquadra da condição de MICROEMPRESA, nos termos da

Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006.

Código do ato: 317

Descrição do Ato: DESENQUADRAMENTO DE MICROEMPRESA

Curitiba - PR, 06 de Agosto de 2007.

Sócio: Carlos da Silva José

Procurador: João da Silva Tornado

Para uso exclusivo da Junta Comercial:

DEFERIDO EM ____/____/_______. Etiqueta de registro

Page 86: Atualização Tributária

86

12.6. INSCRIÇÃO E BAIXA SIMPLIFICADA

O registro dos atos constitutivos, de suas alterações e extinções (baixas), referentes

a empresários e pessoas jurídicas em qualquer órgão envolvido no registro

empresarial e na abertura da empresa, dos 3 (três) âmbitos de governo, ocorrerá

independentemente da regularidade de obrigações tributárias, previdenciárias ou

trabalhistas, principais ou acessórias, do empresário, da sociedade, dos sócios, dos

administradores ou de empresas de que participem. Porém tais débitos, se existirem,

serão de responsabilidade civil do empresário, dos sócios ou dos administradores.

(art. 9º da LC 123/2006)

Os órgãos envolvidos na baixa terão o prazo de 60 (sessenta) dias para efetivar a

baixa nos respectivos cadastros.

Não poderão ser exigidos pelos órgãos e entidades envolvidos na abertura e

fechamento de empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo:

I – excetuados os casos de autorização prévia, quaisquer documentos

adicionais aos requeridos pelos órgãos executores do Registro Público de Empresas

Mercantis e Atividades Afins e do Registro Civil de Pessoas Jurídicas;

II – documento de propriedade ou contrato de locação do imóvel onde será

instalada a sede, filial ou outro estabelecimento, salvo para comprovação do

endereço indicado;

III – comprovação de regularidade de prepostos dos empresários ou pessoas

jurídicas com seus órgãos de classe, sob qualquer forma, como requisito para

deferimento de ato de inscrição, alteração ou baixa de empresa, bem como para

autenticação de instrumento de escrituração.

12.7. OPÇÃO PELO REGIME

A opção pelo SIMPLES NACIONAL será realizada por meio da Internet, no Portal do

SIMPLES NACIONAL - solicitação de opção - pelo simples nacional. No momento da

opção, o contribuinte deve declarar se não está impedido, considerando as vedações

impostas pela LC 123/2006 para fruição dos benefícios tributários concedidos.

O acesso ao aplicativo de opção dependerá de um pré-cadastro para obtenção de

uma senha a ser utilizada em todos os serviços concernentes ao SIMPLES NACIONAL.

Para obter a senha, será necessário informar o número do CNPJ e o número do CPF

do representante da empresa e aguardar a resposta pelo correio eletrônico. Caso o

contribuinte possua Certificação Digital, os serviços estarão disponíveis no Centro de

Page 87: Atualização Tributária

87

Atendimento Virtual do sitio da Receita Federal do Brasil, onde o contribuinte poderá

ter acesso à opção pelo SIMPLES NACIONAL.

No ato do pedido de inscrição serão informadas as pendências que impedem a

empresa fazer a opção desejada. Havendo pendências, o contribuinte deve dirigir-se

à repartição fiscal pertinente para sua regularização. O resultado do pedido de opção

será disponibilizado no Portal do Simples.

Tela da página

12.7.1. Empresas constituídas durante o ano-calendário

As pessoas jurídicas interessadas e habilitadas ao ingresso no Simples Nacional, após

o registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), têm o prazo de 30 (dez)

dias contados da data do último deferimento da inscrição municipal ou estadual, se

estiverem sujeitas, para efetuar a opção ao Simples Nacional.

Nota: Depois de decorridos 180 dias da data de abertura da constante do CNPJ, a

empresa não será considerada empresa em início de atividades e, portanto, não

poderá efetuar a opção pelo SIMPLES NACIONAL naquele mesmo ano (Resolução CGSN

23/2007).

12.7.2. Indeferimento da Opção

Se a opção for indeferida, será expedido termo de indeferimento pela autoridade

fiscal integrante da estrutura administrativa do respectivo ente federado que decidiu

pelo indeferimento, inclusive na hipótese de existência de débitos tributários. O

contribuinte poderá recorrer através de processo administrativo, na forma da

legislação vigente no respectivo ente federado. Se, após o recurso, houver decisão

favorável ao contribuinte, com opção retroativa, os tributos e contribuições devidos

pelo SIMPLES NACIONAL poderão ser recolhidos sem cobrança de multa de mora, mas

com incidência dos juros de mora.

Page 88: Atualização Tributária

88

13. EXCLUSÃO DO REGIME

Conforme a Resolução CGSN nº 015/2007 a exclusão do Regime Especial Unificado,

seja de forma opcional ou obrigatória, deverá ser efetuada através de comunicação

de exclusão diretamente no portal do Simples Nacional na internet no endereço

<http://www.receita.fazenda.gov.br>.

13.1. EXCLUSÃO OPCIONAL

A ME ou a EPP que não tiver mais interesse em permanecer no Simples Nacional

poderá retirar-se do Regime, a qualquer momento, desde que efetue,

obrigatoriamente, comunicação à RFB – Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Efeitos Da Exclusão Opcional - O pedido de exclusão solicitado durante o mês de

Janeiro produz os efeitos desde o início do mesmo ano-calendário. A exclusão das

pessoas jurídicas do Simples Nacional, por opção, apos o mês de Janeiro, somente

produzirá efeitos a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente.

13.2. EXCLUSÃO OBRIGATÓRIA

A exclusão da Micro empresa e da Empresa de Pequeno Porte será obrigatória

quando incorrer nas hipóteses de vedação previstas na legislação para ingresso ou

continuidade no Regime Tributário.

A exclusão do Simples Nacional será obrigatória nos casos analisados individualmente

abaixo.

13.2.1. Excesso de Receita

A pessoa jurídica será excluída do Simples Nacional, por excesso de receita quando:

- Quando na apuração, do ano-calendário imediatamente anterior, a receita

bruta for superior a R$ 2.400.000,00. Neste caso a exclusão da pessoa

jurídica terá efeitos a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente

ao do que tiver ocorrido o excesso.

- Quando o valor acumulado da receita bruta no ano-calendário de início de

atividade supera o limite proporcional de R$ 200.000,00, multiplicado pelo

número de meses desse período, considerado a fração de mês como um mês

inteiro. Neste caso a exclusão tem seus efeitos retroativamente ao início de

suas atividades.

- Quando o Distrito Federal, Estados e seus respectivos Municípios adotaram

sublimeis e a receita bruta apurada durante o ano-calendário de início de

atividade ultrapassa o limite de R$ 100.000,00 ou R$ 150.000,00,

respectivamente, multiplicados pelo número de meses desse período,

Page 89: Atualização Tributária

89

considerado as frações de meses como um mês inteiro, ficando o

estabelecimento da ME ou EPP neles localizado impedido de recolher o ICMS e

o ISS na forma do Simples Nacional. Neste caso a exclusão produz efeitos a

partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente, mas apenas se a ME ou a EPP

no ano de início de atividade não ultrapassar em mais de 20% os respectivos limites

proporcionais.

Comunicação à RFB - A Receita Federal deverá ser comunicada até o último dia útil

do mês de janeiro do ano-calendário subsequente àquele em que se deu o excesso de

receita bruta.

Efeitos da exclusão - A partir do 1º de janeiro do ano subsequente ao da situação impeditiva.

Exercício de Atividade impedida

A execução de atividades impedidas na Lei Complementar gera a exclusão do Simples Nacional.

Comunicação à RFB - A Receita Federal deverá ser comunicada até o último dia útil

do mês subsequente ao da ocorrência da hipótese de vedação.

Efeitos da exclusão - A partir do mês seguinte ao da ocorrência da situação

impeditiva.

13.2.2. Participação Societária

A participação societária causara as exclusões nos seguintes casos:

- Titular ou sócio participando com mais de 10% do capital de outra empresa não

beneficiada pela LC 123/2006, e a receita bruta global superior ao limite de R$

2.400.000,00 ou limite proporcional.

- Empresa cujo capital participa pessoa física que seja inscrita como empresário, ou

seja, sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos

da LC123/2006 e a receita bruta global ultrapassa o limite de R$ 2.400.000,00, ou

limite proporcional.

- Empresa cujo capital participa entidade da administração pública, direta ou

indireta, federal, estadual ou municipal.

- Transformação em sociedades por ações ou sociedade cooperativa, exceto de

consumo.

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90

- Transformação em filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica

com sede no exterior.

- Sócio ou titular administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins

lucrativos e a receita bruta global ultrapassa o limite de R$ 2.400.000,00, ou limite

proporcional.

- Sócio domiciliado no exterior ou sócio que seja entidade da administração pública,

direta ou indireta, federal, estadual ou municipal.

- Empresa seja resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de

desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 anos-

calendário anteriores.

Comunicação à RFB - A exclusão deverá ser comunicada a Receita Federal até o

último dia útil do mês subsequente ao da ocorrência da hipótese de vedação.

Efeitos da exclusão – A partir do mês seguinte ao da ocorrência da situação

impeditiva.

Débitos Com o INSS e as Fazendas Públicas

A existência de débitos com o INSS ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou

Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa.

A pessoa jurídica que possuir débito com o INSS, ou com as Fazendas Públicas

Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa, será excluída

do Simples Nacional, com efeitos a partir do ano-calendário subsequente ao da

ciência da exclusão. Mesmo que a Micro Empresa ou a Empresa de Pequeno Pote

exerça exclusivamente atividade não incluída na competência tributária municipal,

se possuir débitos tributários junto à Fazenda Pública Municipal, o Município poderá

proceder à sua exclusão do Simples Nacional, com efeitos a partir do ano-calendário

subsequente ao da ciência da exclusão.

Caso a pessoa jurídica comprove a regularização do débito no prazo de até 30 dias

contado a partir da ciência da exclusão, será permitida permanência como optante

pelo Simples Nacional.

13.3. EXCLUSÃO DE OFÍCIO

A exclusão de ofício ocorrera quando a pessoa jurídica não comunicar a exclusão

obrigatória ou quando praticar atos contrários às normas para permanência ou

ingresso no Simples Nacional.

A exclusão de ofício será realizada pela Receita Federal do Brasil e das Secretarias de

Fazenda ou de Finanças do Estado ou do Distrito Federal.

O ente federativo que promover a exclusão de ofício expedirá o termo de exclusão

do Simples Nacional, mediante registro no Portal do Simples Nacional na internet, no

Page 91: Atualização Tributária

91

endereço http://www.fazenda.gov.br, ficando os efeitos dessa exclusão

condicionados a esse registro.

O contencioso administrativo relativo à exclusão de ofício será de competência do

ente federativo que efetuar a exclusão, observados os dispositivos legais atinentes

aos processos administrativos fiscais desse ente. O Município poderá, mediante

convênio, transferir a atribuição de julgamento exclusivamente ao respectivo Estado

em que se localiza.

A pessoa jurídica será comunicada pelo ente federativo que promover a exclusão,

segundo a sua respectiva legislação.

São motivos para exclusão de oficio:

Verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória;

For oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não

justificada de exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas,

bem como pelo não fornecimento de informações sobre bens, movimentação

financeira, negócio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas

demais hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da força pública;

For oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso

ao estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde

desenvolvam suas atividades ou se encontrem bens de sua propriedade;

A sua constituição ocorrer por interpostas pessoas;

Tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto na Lei

Complementar 123/2006

A ME ou a EPP for declarada inapta, na forma da Lei nº 9430/1996, e

alterações posteriores;

Comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho;

Houver falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a identificação da

movimentação financeira, inclusive bancária;

For constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas

supera em 20% (vinte por cento) o valor de ingressos de recursos no

mesmo período, excluído o ano de início de atividade;

For constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de

mercadorias para comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses

justificadas de aumento de estoque, for superior a 80% (oitenta por cento)

dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de

atividade;

Page 92: Atualização Tributária

92

For constatado, quando do ingresso no Regime do Simples Nacional, que

pessoa jurídica incorria em alguma das hipóteses de vedação prevista na LC

123/2006;

Quando a empresa prestar declaração inverídica, por ocasião da opção ao

Simples Nacional, prestada quanto ao não-enquadramento nas vedações

previstas na legislação ou quanto ao exercício de atividades permitidas, no

caso de atividade econômica cuja CNAE seja considerada ambígua;

Não emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, conforme as

operações e prestações que realizarem, os documentos fiscais, inclusive os

emitidos por meio eletrônico, autorizados pelos entes federativos onde

possuírem estabelecimento;

Omitir da folha de pagamento da empresa ou de documento de informações

previsto pela legislação previdenciária, trabalhista ou tributária, segurado

empregado, trabalhador avulso ou contribuinte individual que lhe preste

serviço.

Efeitos da Exclusão: A exclusão de oficio produz efeitos a partir do próprio mês em

que incorridas, impedindo nova opção pelo regime diferenciado e favorecido do

Simples Nacional pelos próximos 3 anos-calendário seguintes.

O prazo será elevado para 10 anos caso seja constatada a utilização de artifício, ardil

ou qualquer outro meio fraudulento que induza ou mantenha a fiscalização em erro,

com o fim de suprimir ou reduzir o pagamento de tributo apurável na forma do

Simples Nacional.

13.3.1. PENALIDADE PELA FALTA DE COMUNICAÇÃO

A falta de comunicação, quando obrigatória, nos prazos determinados sujeitará a ME

e a EPP a multa correspondente a 10% do total de impostos e contribuições devidos

de conformidade com o Simples Nacional no mês que anteceder o início dos efeitos

da exclusão, ou do impedimento, não inferior a R$ 500,00 e sem direito a redução.

13.3.2. PROCEDIMENTO APÓS A EXCLUSÃO

A pessoa jurídica excluída do Simples Nacional estará sujeita, a partir do período em

que se processarem os efeitos da exclusão, às normas de tributação aplicáveis às

demais pessoas jurídicas.

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93

14. ABRANGÊNCIA E RECOLHIMENTO DE TRIBUTOS E

CONTRIBUIÇÕES

14.1. TRIBUTOS ALCANÇADOS – RECOLHIMENTO EM GUIA ÚNICA

Tributos da Competência Federal

- Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ;

- Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;

- Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL;

- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS;

- Contribuição para o PIS;

- Contribuição para a Seguridade Social - INSS, a cargo da pessoa jurídica (empresas

sujeitas ao anexo IV recolherão à parte).

Tributo da Competência Estadual

- Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações

de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS

Tributo da Competência Municipal

- Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS.

IRF – TRIBUTAÇÃO DEFINITIVA

Receitas Financeiras

O imposto de renda retido na fonte sobre os rendimentos de aplicações financeiras

de renda fixa e de renda variável ou pago sobre os ganhos líquidos mensais será

definitivo. (arts. 770 e 773 do RIR/99)

Ganho de Capital

Conforme a Resolução CGSN nº 004, Art. 5º § 3º A tributação do ganho de capital

será definitiva mediante a incidência da alíquota de 15% (quinze por cento) sobre a

diferença positiva entre o valor de alienação e o custo de aquisição diminuído da

depreciação, amortização ou exaustão acumulada, ainda que a microempresa e a

empresa de pequeno porte não mantenham escrituração contábil desses

lançamentos.

A pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional que não mantiver escrituração

contábil deverá comprovar, mediante documentação hábil e idônea, o valor e data

de aquisição do bem ou direito e demonstrar o cálculo da depreciação, amortização

ou exaustão acumulada.

Page 94: Atualização Tributária

94

Na apuração de ganho de capital, os valores acrescidos em virtude de reavaliação

(se o bem foi reavaliado antes da vigência da Lei nº 11.638/2007) somente poderão

ser computados como parte integrante dos custos de aquisição dos bens e direitos se

a empresa comprovar que os valores acrescidos foram computados na determinação

da base de cálculo do imposto.

O imposto de renda calculado sobre o ganho de capital, decorrente da alienação de

ativos, deverá ser pago até o último dia útil do mês subsequente ao da percepção dos

ganhos sob o código 0507.

Page 95: Atualização Tributária

95

15. VALOR DEVIDO – RECOLHIMENTO

15.1. RECOLHIMENTO DOS TRIBUTOS DEVIDOS

O SIMPLES NACIONAL incide sobre a receita bruta mensal. Por receita bruta, entende-

se o resultado das atividades constantes dos objetivos sociais da empresa. A receita

bruta abrange, portanto, o produto da venda de bens e serviços nas operações de

conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta

alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

Não devem ser consideradas no cálculo dos tributos integrantes do SIMPLES

NACIONAL, as demais receitas auferidas pela empresa, não originárias de seus

objetivos sociais, como é o caso das receitas de aplicações financeiras, ganhos

obtidos em bolsa de valores, no mercado de balcão ou de mercadorias, juros

recebidos, descontos auferidos, etc.

15.2. SEGREGAÇÃO DAS RECEITAS

Para cálculo do SIMPLES NACIONAL, as empresas com uma única atividade em seus

objetivos

sociais precisam apenas somar os valores do faturamento mensal e acumular a soma

com o total auferido durante o ano. As empresas com mais de uma atividade devem

manter controles distintos para cada tipo de receita porque a incidência tributária é

diferenciada por atividade.

Além disso, é preciso segregar as receitas submetidas ao regime de substituição

tributária de alguns tributos incluídos no SIMPLES NACIONAL, como é o caso da

COFINS, do PIS, do ICMS e do IPI. O ISS também pode ser cobrado por substituição

tributária ou por retenção na fonte.

A substituição tributária prevê a existência de um contribuinte substituto que é

aquele que recolhe o tributo pelo contribuinte substituído, que sofre o ônus

tributário. A retenção de fonte exige da fonte pagadora a retenção e o recolhimento

do tributo que é suportado pelo sujeito passivo que sofre a retenção.

Os tributos cobrados por substituição tributária ou retidos na fonte não estão

incluídos no SIMPLES NACIONAL e devem ser recolhidos em separado pelo

contribuinte substituto ou pela fonte pagadora, na forma da legislação aplicável. A

microempresa e a empresa de pequeno porte, na qualidade de contribuintes

substitutos ou de fontes pagadoras, devem observar as normas da legislação aplicável

a cada tributo e efetuar a retenção e o recolhimento normalmente exigido.

Page 96: Atualização Tributária

96

A micro e pequenas empresas substituídas no recolhimento suportam o ônus

tributário e, por isso, não podem sofrer nova tributação sobre as receitas de suas

vendas ou serviços. Como as tabelas de alíquotas aprovadas pela Lei Complementar

123/2006 comportam os percentuais de todos os tributos devidos através do SIMPLES

NACIONAL, é necessária a segregação das receitas no cálculo do valor mensal a

pagar.

A mesma segregação deve ser observada em relação às receitas de exportação de

bens ou serviços, que são isentas do PIS, da COFINS do ISS e do ICMS.

15.3. IDENTIFICAÇÃO DA ALÍQUOTA

As alíquotas das tabelas do SIMPLES NACIONAL devem ser aplicadas sobre a base de

cálculo mensal. No entanto, para identificar a alíquota correspondente, o

contribuinte deve acumular o total das receitas auferidas nos 12 meses anteriores

ao mês da tributação. Uma vez obtido o montante, deve compará-lo com as faixas de

receita bruta da respectiva tabela de incidência, a fim de identificar a alíquota a ser

aplicada sobre a receita bruta daquele mês.

Passo a Passo para Determinação da Alíquota Aplicável

1º passo: Identificar a (s) tabela (s) de incidência de acordo com a(s) atividade(s);

2º passo: Segregar as receitas de acordo com a(s) tabela(s) de incidência;

3º passo: Acumular as receitas auferidas nos 12 meses anteriores ao da tributação;

4º passo: Identificar a alíquota da faixa correspondente à receita acumulada.

TABELAS

A Lei Complementar 123/2006 contempla 5 Tabelas de Alíquotas básicas utilizadas no

cálculo do SIMPLES NACIONAL. As tabelas de incidência são comuns às microempresas

e às empresas de pequeno porte e variam conforme a atividade do contribuinte, ou

seja:

Anexo 1 – Comércio

Anexo 2 – Indústria

Anexo 3 – Serviços e Locação de Móveis

Anexo 4 – Serviços com CPP (Contribuição Patronal Previdenciária) separado

Anexo 5 – Outros Serviços Específicos com CPP incluído.

Page 97: Atualização Tributária

97

ANEXO I

Partilha do Simples Nacional - Comércio Efeitos a partir de 01/01/2009

Receita Bruta em 12 meses (em

R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS

PIS /

PASEP CPP ICMS

Até 120.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%

De 120.000,01 a 240.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%

De 240.000,01 a 360.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%

De 360.000,01 a 480.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%

De 480.000,01 a 600.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58%

De 600.000,01 a 720.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82%

De 720.000,01 a 840.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84%

De 840.000,01 a 960.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87%

De 960.000,01 a 1.080.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07%

De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10%

De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38%

De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41%

De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45%

De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48%

De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51%

De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82%

De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85%

De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88%

De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91%

De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95%

Page 98: Atualização Tributária

98

ANEXO II

Partilha do Simples Nacional - Indústria Efeitos a partir de 01/01/2009

Receita Bruta em 12 meses (em

R$)

Alíquot

a IRPJ CSLL COFINS

P I S/

PASEP CPP ICMS IPI

Até 120.000,00 4,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 0,50%

De 120.000,01 a 240.000,00 5,97% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 0,50%

De 240.000,01 a 360.000,00 7,34% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 0,50%

De 360.000,01 a 480.000,00 8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50%

De 480.000,01 a 600.000,00 8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50%

De 600.000,01 a 720.000,00 8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50%

De 720.000,01 a 840.000,00 8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50%

De 840.000,01 a 960.000,00 8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50%

De 960.000,01 a 1.080.000,00 9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50%

De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 9,62% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 3,10% 0,50%

De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50%

De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50%

De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 10,63% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 0,50%

De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 10,73% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 0,50%

De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 10,82% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 0,50%

De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 11,73% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 0,50%

De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 11,82% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 0,50%

De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 11,92% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 0,50%

De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50%

De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 1 2,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50%

Page 99: Atualização Tributária

99

ANEXO III

Partilha do Simples Nacional - Serviços e Locação de Bens Móveis Efeitos a partir de 01/01/2009

Receita Bruta em 12

meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS

P I S/

PASEP CPP ISS

Até 120.000,00 6,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% 2,00%

De 120.000,01 a 240.000,00

8,21% 0,00% 0,00% 1,42% 0,00% 4,00% 2,79%

De 240.000,01 a 360.000,00

10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50%

De 360.000,01 a 480.000,00

11,31 % 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84%

De 480.000,01 a 600.000,00

11,40 % 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87%

De 600.000,01 a 720.000,00

12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23%

De 720.000,01 a 840.000,00

12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26%

De 840.000,01 a 960.000,00

12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31%

De 960.000,01 a 1.080.000,00

13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61%

De 1.080.000,01 a 1.200.000,00

13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65%

De 1.200.000,01 a 1.320.000,00

14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00%

De 1.320.000,01 a 1.440.000,00

15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00%

De 1.440.000,01 a 1.560.000,00

15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00%

De 1.560.000,01 a 1.680.000,00

15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00%

De 1.680.000,01 a 1.800.000,00

15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00%

De 1.800.000,01 a 1.920.000,00

16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00%

De 1.920.000,01 a 2.040.000,00

16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00%

De 2.040.000,01 a 2.160.000,00

17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00%

De 2.160.000,01 a 2.280.000,00

17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00%

De 2.280.000,01 a 2.400.000,00

17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00%

NOTA - Conforme o § 5º-E, art. 18 da Lei Complementar n.º 123/2006 as atividades de prestação de serviços de comunicação e de transportes interestadual e intermunicipal de cargas serão tributadas na forma do Anexo III, deduzida a parcela correspondente ao ISS e acrescida a parcela correspondente ao ICMS prevista no Anexo I.

NOTA - A atividade de escritórios de serviços contábeis recolherá o ISS em valor fixo, na forma da legislação municipal. Em suma, não será devido o recolhimento de ISS no DAS. (§ 22-A, art. 18 da Lei Complementar n.º 123/2006)

Page 100: Atualização Tributária

100

ANEXO IV

Partilha do Simples Nacional - Serviços

Receita Bruta Total em 12meses

(em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/ PASEP ISS

Até 120.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28% 0,00% 2,00%

De 120.000,01 a 240.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91% 0,00% 2,79%

De 240.000,01 a 360.000,00 7,70% 0,16% 1,85% 1,95% 0,24% 3,50%

De 360.000,01 a 480.000,00 8,49% 0,52% 1,87% 1,99% 0,27% 3,84%

De 480.000,01 a 600.000,00 8,97% 0,89% 1,89% 2,03% 0,29% 3,87%

De 600.000,01 a 720.000,00 9,78% 1,25% 1,91% 2,07% 0,32% 4,23%

De 720.000,01 a 840.000,00 10,26% 1,62% 1,93% 2,11% 0,34% 4,26%

De 840.000,01 a 960.000,00 10,76% 2,00% 1,95% 2,15% 0,35% 4,31%

De 960.000,01 a 1.080.000,00 11,51 % 2,37% 1,97% 2,19% 0,37% 4,61%

De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 12,00% 2,74% 2,00% 2,23% 0,38% 4,65%

De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 12,80% 3,12% 2,01% 2,27% 0,40% 5,00%

De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 13,25% 3,49% 2,03% 2,31% 0,42% 5,00%

De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 13,70% 3,86% 2,05% 2,35% 0,44% 5,00%

De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 14,15% 4,23% 2,07% 2,39% 0,46% 5,00%

De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 14,60% 4,60% 2,10% 2,43% 0,47% 5,00%

De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 15,05% 4,90% 2,19% 2,47% 0,49% 5,00%

De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 15,50% 5,21% 2,27% 2,51% 0,51% 5,00%

De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 15,95% 5,51% 2,36% 2,55% 0,53% 5,00%

De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 16,40% 5,81% 2,45% 2,59% 0,55% 5,00%

De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 16,85% 6,12% 2,53% 2,63% 0,57% 5,00%

NOTA - Com as alterações trazidas pela Lei Complementar nº 128/2008, a partir de

1º de janeiro de 2009, as empresas optantes pelo Simples Nacional enquadradas no

Anexo IV continuarão sujeitas ao recolhimento das contribuições previdenciárias

patronais em separado, exceto as devidas a outras entidades, através da GPS.

Page 101: Atualização Tributária

101

ANEXO V

Partilha do Simples Nacional - Serviços Efeitos a partir de 01.01.2009

Receita Bruta em 12 meses

(em R$)

(r)<0,1

0

0,10=<

(r) e (r)

<0,15

0,15=<

(r) e (r)

<0,20

0,20=<

(r) e (r)

<0,25

0,25=<

(r) e (r)

<0,30

0,30=<

(r) e (r)

<0,35

0,35 =<(r) e

(r) <0,40 (r) >=0,40

Até 120.000,00 17,50% 15,70% 13,70%

11,82

% 10,47% 9,97% 8,80% 8,00%

De 120.000,01 a 240.000,00 17,52% 15,75% 13,90% 12,60% 12,33% 10,72% 9,10% 8,48%

De 240.000,01 a 360.000,00 17,55% 15,95% 14,20% 12,90% 12,64% 11,11% 9,58% 9,03%

De 360.000,01 a 480.000,00 17,95% 16,70% 15,00% 13,70% 13,45% 12,00% 10,56% 9,34%

De 480.000,01 a 600.000,00 18,15% 16,95% 15,30% 14,03% 13,53% 12,40% 11,04% 10,06%

De 600.000,01 a 720.000,00 18,45% 17,20% 15,40% 14,10% 13,60% 12,60% 11,60% 10,60%

De 720.000,01 a 840.000,00 18,55% 17,30% 15,50% 14,11% 13,68% 12,68% 11,68% 10,68%

De 840.000,01 a 960.000,00 18,62% 17,32% 15,60% 14,12% 13,69% 12,69% 11,69% 10,69%

De 960.000,01 a 1.080.000,00 18,72% 17,42% 15,70% 14,13% 14,08% 13,08% 12,08% 11,08%

1.080.000,01 a 1.200.000,00 18,86% 17,56% 15,80% 14,14% 14,09% 13,09% 12,09% 11,09%

1.200.000,01 a 1.320.000,00 18,96% 17,66% 15,90% 14,49% 14,45% 13,61% 12,78% 11,87%

1.320.000,01 a 1.440.000,00 19,06% 17,76% 16,00% 14,67% 14,64% 13,89% 13,15% 12,28%

1.440.000,01 a 1.560.000,00 19,26% 17,96% 16,20% 14,86% 14,82% 14,17% 13,51% 12,68%

1.560.000,01 a 1.680.000,00 19,56% 18,30% 16,50% 15,46% 15,18% 14,61% 14,04% 13,26%

1.680.000,01 a 1.800.000,00 20,70% 19,30% 17,45% 16,24% 16,00% 15,52% 15,03% 14,29%

1.800.000,01 a 1.920.000,00 21,20% 20,00% 18,20% 16,91% 16,72% 16,32% 15,93% 15,23%

1.920.000,01 a 2.040.000,00 21,70% 20,50% 18,70% 17,40% 17,13% 16,82% 16,38% 16,17%

2.040.000,01 a 2.160.000,00 22,20% 20,90% 19,10% 17,80% 17,55% 17,22% 16,82% 16,51%

2.160.000,01 a 2.280.000,00 22,50% 21,30% 19,50% 18,20% 17,97% 17,44% 17,21% 16,94%

2.280.000,01 a 2.400.000,00 22,90% 21,80% 20,00% 18,60% 18,40% 17,85% 17,60% 17,18%

NOTA - Somar-se-á à tabela acima a parcela correspondente ao ISS prevista no Anexo IV. (informações adicionais do anexo V da Lei Complementar n.º 123/2006).

NOTA - Com as alterações trazidas pela Lei Complementar nº 128/2008, a partir de 1º de janeiro de 2009, as empresas optantes pelo Simples Nacional enquadradas no Anexo V não estarão sujeitas ao recolhimento das contribuições previdenciárias patronais em separado, através da GPS, somente as contribuições descontadas dos empregados, dos sócios e dos demais contribuintes individuais a seu serviço.

Page 102: Atualização Tributária

102

15.4. CÁLCULO DO FATOR "R"

Diferentemente dos demais Anexos, onde para encontrar a alíquota aplicável

mensalmente basta verificar a receita bruta acumulada nos últimos 12 meses, no que

tange ao Anexo V, é preciso antes, calcular o fator "r".

A fórmula é a seguinte:

Fator r = Folha de Salários de 12 Meses Anteriores ao Período de Apuração

Receita Bruta Acumulada nos 12 Meses Anteriores ao Período de Apuração

Para fins da aplicação da fórmula acima, considera-se folha de salários, incluídos

encargos, o montante pago nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de

apuração, a título de salários, retiradas de pró labore, acrescidos do montante

efetivamente recolhido a título de contribuição para a Seguridade Social destinada à

Previdência Social e para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.

15.5. APLICAÇÃO DA TABELA – INÍCIO DE ATIVIDADES

No ano de inicio de atividades, as empresas não terão como acumular as receitas

auferidas nos 12 meses anteriores. Nesse caso, a LC 123/2006, em seu artigo 18,

determina que as faixas de receita bruta das Tabelas de Alíquotas sejam

proporcionalizadas em função do numero de meses de atividade do período. Essa

determinação exigirá a construção de tabelas diferentes das transcritas nos itens

anteriores.

A Resolução CGSN nº 51/2008 interpretou a norma contida na LC 123/2006,

determinando que se multiplicasse a receita mensal pelo número de meses do

período iniciado, em vez de proporcionalizar a faixa de receita bruta das respectivas

tabelas de incidência. Segundo a interpretação do Comitê Gestor, no caso de início

de atividades, a receita bruta acumulada nos 12 meses anteriores, utilizada para

determinação da alíquota do SIMPLES NACIONAL, será acumulada do seguinte modo:

No 1º mês de atividade: multiplicar a receita do próprio mês por 12;

Do 2º aos 12 meses posteriores ao início de atividades: apurar a media

aritmética em cada mês e multiplicar por 12;

No 13º mês posterior: adotar a receita acumulada nos últimos 12 meses

anteriores ao período de apuração.

Page 103: Atualização Tributária

103

FATURAMENTOS DA SANTOS ANJOS

Período Receita Bruta Média Mensal Média div. Nº meses MÊS Acumulado

mai/08 12.390,00 0,00 0,00 1 148.680,00

jun/08 15.690,00 0,00 0,00 2 148.680,00

jul/08 16.802,00 28.080,00 14.040,00 3 168.480,00

ago/08 17.320,00 44.882,00 14.960,67 4 179.528,04

set/08 15.800,00 62.202,00 15.550,50 5 186.606,00

out/08 14.980,00 78.002,00 15.600,40 6 187.204,80

nov/08 13.200,00 92.982,00 15.497,00 7 185.964,00

dez/08 19.400,00 106.182,00 15.168,85 8 182.026,20

Page 104: Atualização Tributária

104

16. RECEITA BRUTA SUPERIOR AO LIMITE

Se o valor da receita bruta anual ultrapassar o limite de R$ 200.000,00,

multiplicados pelo número de meses do ano-calendário, inclusive no ano de início de

atividade, a parcela de receita mensal que exceder o montante assim determinado

estará sujeita às alíquotas máximas das tabelas de incidência, acrescidas de 20%.

NOTA: As empresas que apurarem receita bruta acima de R$ 200.000,00,

multiplicados pelo número de meses do período de atividade, serão excluídas do

SIMPLES NACIONAL:

a) retroativamente ao início de atividades, se o excesso de receitas superar

em mais de 20% o limite proporcional admitido;

b) a partir do ano seguinte, nos demais casos.

16.1. REDUÇÃO – RECEITAS DE MERCADORIAS SUJEITAS À

TRIBUTAÇÃO MONOFÁSICA E EXPORTAÇÃO

A partir de Janeiro de 2009 de acordo com a Lei Complementar nº 128/2008 as

empresas enquadradas no Simples Nacional poderão se beneficiar além da

substituição tributária também dos produtos com incidência monofásica para reduzir

a base de cálculo do Simples.

INCIDÊNCIA MONOFÁSICA (ALÍQUOTA CONCENTRADA)

A incidência monofásica de PIS e COFINS consistem basicamente no pagamento

destes tributos concentrados no Produtor e Importador, passando o restante da

cadeia a tributar com alíquota zero (0).

A lista dos Produtos basicamente é:

I - da venda de gasolinas (exceto gasolina de aviação), óleo diesel e gás

liquefeito de petróleo, por distribuidores e comerciantes varejistas;

II - da venda de álcool para fins carburantes, por comerciantes varejistas;

III - da venda dos produtos farmacêuticos de higiene pessoal classificados nas

posições 30.01, 30.03, exceto no código 3003.90.56, 3004, exceto no código

3004.90.46, e 3303.00 a 3307, nos itens 3002.10.1, 3002.10.2, 3002.10.3,

3002.20.1, 3002.20.2, 3006.30.1 e 3006.30.2 e nos códigos 3002.90.20,

3002.90.92, 3002.90.99, 3005.10.10, 3006.60.00, 3401.11.90, 3401.20.10 e

9603.21.00, todos da TIPI, pelas pessoas jurídicas não enquadradas na

condição de industrial ou importador;

Page 105: Atualização Tributária

105

IV - da venda dos produtos classificados nos códigos 84.29, 8432.40.00,

84.32.80.00, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01, 87.02, 87.03,

87.04, 87.05 e 87.06, da TIPI, por comerciantes atacadistas e varejistas,

exceto pela empresa comercial atacadista adquirente dos produtos

resultantes da industrialização por encomenda, equiparada a industrial na

forma do § 5º do art. 17 da Medida Provisória nº 2.189-49/2001;

V - da venda dos produtos classificados nas posições 40.11 (pneus novos de

borracha) e 40.13 (câmaras-de-ar de borracha), da TIPI, por pessoas jurídicas

comerciantes varejistas e atacadistas;

VI A partir de agosto de 2004, a venda dos produtos (autopeças) relacionados

nos anexos I e II da Lei nº 10.485, de 2002, no caso de vendas para

comerciantes atacadistas e varejistas.

VII A incidência diferenciada das operações com bebidas alcança os seguintes

produtos: (art. 58-I da Lei n.º 10.833/2003)

2106.90.10 Ex 02 - Preparações compostas, não alcoólicas (extratos

concentrados ou sabores concentrados), para elaboração de bebida

refrigerante do Capítulo 22, com capacidade de diluição de até 10 partes da

bebida para cada parte do concentrado

22.01 - Águas minerais, naturais, artificiais ou gaseificadas; gelo e neve.

2202 - Refrigerantes não alcoólicos, exceto sucos de frutas ou de produtos

hortícolas, da posição 20.09

Em relação ao código 2202, excepcionam-se os seguintes produtos:

22.02.90.00 Ex 01 - Bebidas alimentares à base de soja ou de leite e cacau

22.02.90.00 Ex 02 - Néctares de frutas

2203 - Cervejas de malte

Page 106: Atualização Tributária

106

16.2. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Cigarros: Os fabricantes e os importadores de cigarros estão sujeitos ao recolhimento

dessas contribuições, na condição de contribuintes e substitutos dos comerciantes

varejistas e atacadistas desse produto. As bases de cálculos da Contribuição para o

PIS/PASEP e da COFINS são os valores obtidos pela multiplicação do preço fixado para

a venda do cigarro no varejo, multiplicado por 1,98 (um inteiro e noventa e oito

centésimos) e 1,69 (um inteiro e sessenta e nove centésimos), respectivamente. (IN

SRF nº 247, de 2002, art. 48; Lei nº 10.865, de 2004, art. 29; Lei nº 11.196, art. 62)

Veículos: Os fabricantes e os importadores de veículos autopropulsados descritos nos

códigos 8432.30 e 87.11 da TIPI estão obrigados a cobrar e a recolher a Contribuição

para o PIS/PASEP e a COFINS, na condição de contribuintes substitutos, em relação às

vendas feitas a comerciantes varejistas dos mencionados produtos. A base de cálculo

será calculada sobre o preço de venda da pessoa jurídica fabricante.

[MP 2.158-35, de 2001, art. 43, parcialmente revogado pela Lei nº 10.485, 3 de julho

de 2002; Pergunta nº 386 das Perguntas e Respostas sobre Contribuição para o

PIS/PASEP e COFINS.

16.3. INFORMAÇÃO NO PGDAS (Programa gerador do DAS)

No PGDAS o contribuinte deverá informar a Receita "com" substituição tributária para

que o campo "tributação monofásica" nesse campo será informado o valor apurado

em função da comercialização dos produtos beneficiados pela tributação

concentrada, conforme tela abaixo:

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107

17. RESTITUIÇÃO OU COMPENSAÇÃO

A Resolução CGSN nº 39 de 01 de setembro de 2008, regulamenta o processo de

restituição dos tributos arrecadados no âmbito do Simples Nacional, para a

Microempresa (ME) ou a Empresa de Pequeno Porte (EPP), no caso de recolhimento

indevido ou em valor maior que o devido. A ME ou EPP, poderá requerer restituição

do valor pago indevidamente, ao ente federativo detentor do crédito.

17.1. RESTITUIÇÃO DE VALORES

Entende-se como restituição, para efeitos da Resolução nº 39, a repetição de

indébito decorrente de valores pagos indevidamente ou a maior pelo contribuinte,

por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), mesmo que

objeto de concomitante compensação de ofício promovida pelo ente federativo.

17.1.1. Solicitação da Restituição

A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional somente poderá solicitar a restituição de

tributos abrangidos pelo Simples Nacional diretamente ao respectivo ente federativo,

observada sua competência tributária.

O processo de restituição deverá observar as normas estabelecidas na legislação de

cada ente federativo.

O ente federativo deverá:

I - certificar-se da existência do crédito a ser restituído, pelas informações

constantes nos aplicativos de consulta no Portal do Simples Nacional;

II - registrar em controles próprios, para transferência ao aplicativo específico do

Simples Nacional, quando disponível, os dados referentes à restituição processada,

contendo:

a) Número no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ);

b) Razão Social;

c) Período de Apuração;

d) Tributo objeto da restituição;

e) Valor original restituído;

f) Número do DAS, objeto da restituição.

17.1.2. Compensação com Outros Débitos

O crédito a ser restituído poderá, a critério do ente federativo, ser objeto de

compensação com débitos com a Fazenda Pública, desde que relativos tão-somente a

Page 108: Atualização Tributária

108

valores e tributos não abrangidos pelo Simples Nacional, de acordo com a legislação

de cada ente.

17.2. COMPENSAÇÃO DE TRIBUTOS NO SIMPLES NACIONAL

Não haverá compensação entre créditos relativos a tributos abrangidos pelo Simples

Nacional, enquanto não houver regulamentação específica por parte do CGSN,

devendo ser aguardada pelo contribuinte as formalidades para a compensação dos

valores. Até ser regulamentada tal situação, o contribuinte deve retificar seus

demonstrativos, elencando o valor correto das receitas tributáveis e seu real imposto

devido no PGDAS, lançando este valor pago indevidamente ou a maior, em conta do

Ativo Circulante - Impostos a Compensar.

Page 109: Atualização Tributária

109

18. TRIBUTAÇÃO POR REGIME DE CAIXA

Por meio da Resolução CGSN nº 38 de 01.09.2008 (DOU de 03.09.2008), alterada

pelas Resoluções nº 45 e nº 50 de 2008, foi regulamentada a apuração do Simples

Nacional pelo regime de caixa.

A Lei Complementar nº 123 de 2006 já previa tal possibilidade, que prescindia de

regulamentação conforme disposto no § 3º do art. 2º da Resolução CGSN nº 5 de

2007, hoje revogada pela Res. CGSN n.º 051 de 2008.

18.1. Distinção entre regime de caixa e regime de competência

Como regra geral, as receitas devem ser consideradas por regime de competência, ou

seja, independentemente de sua realização. Por esse regime, mesmo sem reflexos no

caixa da empresa, as receitas auferidas no período de apuração devem ser

consideradas para fins de cálculo dos tributos.

Na escrituração contábil esse regime também deve ser considerado, mesmo que o

regime de consideração das receitas para fins tributários seja o de caixa.

Já pelo regime de caixa, as receitas são consideradas somente por ocasião de seu

efetivo recebimento. Ou seja, serão tributadas as receitas efetivamente recebidas -

receitas que efetivamente tenham ingressado no caixa da empresa.

18.2. Regime de reconhecimento das receitas no Simples

Nacional

A LC 123 de 2006, em seu artigo 18, § 3º, já previa a possibilidade de tributação das

receitas pelo regime de caixa, ou seja, pelo efetivo recebimento dessas receitas.

Contudo, a Resolução CGSN nº 5 de 2007 havia determinado que tal forma de

apuração somente seria possível após regulamentação pelo próprio CGSN - Comitê

Gestor do Simples Nacional.

Assim, por meio da Resolução CGSN nº 38 de 2008 foi publicada tal regulamentação,

possibilitando, a partir de 1º de janeiro de 2009, que as empresas do Simples

Nacional sejam tributadas pelo regime de caixa.

Atente-se que é importante para as micro e pequenas empresas ter efetivamente

essa opção, pois a tributação única e exclusivamente pelo regime de competência,

pode inclusive comprometer o capital de giro da empresa.

18.3. Cálculo dos Tributos

A partir do ano-calendário da opção efetuada conforme tópico anterior, a ME

(microempresa) e a EPP (empresa de pequeno porte) poderão utilizar a receita bruta

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110

total recebida no mês - regime de caixa - em substituição à receita bruta auferida -

regime de competência.

Essa forma de determinação da receita será utilizada exclusivamente para a

determinação da base de cálculo mensal.

Na hipótese de a ME ou a EPP possuir filiais, deverá ser considerado o somatório das

receitas recebidas por todos os estabelecimentos.

18.4. Opção pelo regime de caixa

A opção pela determinação da base de cálculo do Simples Nacional pelo regime de

caixa deverá ser registrada quando da apuração dos valores devidos relativos ao mês

de janeiro de cada ano-calendário em aplicativo disponibilizado no Portal do Simples

Nacional (ou seja, pela internet).

Tal opção será irretratável para todo o ano-calendário, de forma que, uma vez

efetuada, a alteração para o regime de competência só será possível no ano

seguinte.

Na hipótese de inicio de atividade, o registro no Portal do Simples Nacional deverá

ser feito quando da apuração dos valores devidos relativos ao mês de opção pelo

Simples Nacional.

OBSERVAÇÕES: Sobre as últimas alterações na opção pelo regime de caixa vide a Resolução CGSN nº 050/2009.

18.5. Registro dos Valores a Receber

O optante pelo regime de caixa deverá manter registro dos valores a receber, no

modelo constante do Anexo Único à Resolução nº 38/2008, no qual constarão, no

mínimo, as seguintes informações, relativas a cada prestação de serviço ou operação

com mercadorias a prazo:

a) número e data de emissão de cada documento fiscal;

b) valor da operação ou prestação;

c) quantidade e valor de cada parcela, bem como a data dos respectivos

vencimentos;

d) a data de recebimento e o valor recebido;

e) saldo a receber;

f) créditos considerados não mais cobráveis.

A ME ou EPP deverá apresentar à administração tributária, quando solicitados, os

documentos que comprovem a efetiva cobrança dos créditos previstos no item "f".

Para tanto, são considerados meios de cobrança:

a) notificação extrajudicial;

Page 111: Atualização Tributária

111

b) protesto;

c) cobrança judicial;

d) registro do débito em cadastro de proteção ao crédito.

Na hipótese de haver mais de um documento fiscal referente a uma mesma prestação

de serviço ou operação com mercadorias, estas deverão ser registradas

conjuntamente.

A adoção do regime de caixa pela ME ou EPP não a desobriga de manter em boa

ordem e guarda os documentos e livros previstos da Resolução CGSN nº 10, de 28 de

junho de 2007, inclusive com a discriminação completa de toda a sua movimentação

financeira e bancária, constante do Livro Caixa.

A presente regra também se aplica para os valores decorrentes das prestações e

operações realizadas por meio de cheques:

a) quando emitidos para apresentação futura, mesmo quando houver parcela

à vista;

b) quando emitidos para quitação da venda total, na ocorrência de cheques

não honrados;

c) não liquidados no próprio mês.

18.6. Dispensa do registro

É dispensado o registro na forma do tópico VIII em relação às prestações e operações

realizadas por meio de administradoras de cartões, inclusive de crédito, desde que a

ME ou a EPP anexe ao respectivo registro os extratos emitidos pelas administradoras

relativos às vendas e aos créditos respectivos

Page 112: Atualização Tributária

112

18.7. Registro dos Valores a Receber - Modelo

Conforme Anexo Único da Resolução CGSN nº 38 de 2008, segue modelo a ser

utilizado no registro dos valores a receber:

NOME EMPRESARIAL

CNPJ

Data da

operação

ou

prestação

Numero(s)

do(s)

documento(s)

fiscal (is) (1)

Valor

total

Quantidade

de parcelas

Numero

da

parcela

Valor

da

parcela

Data do

vencimento

Data do

recebimento

Valor

pago

Saldo a

receber

Valor

considerado

incobrável

1

2

-

n

1

2

-

n

1

2

-

n

1

2

-

n

(1) Na hipótese de haver mais de um documento fiscal referente a uma mesma prestação de serviço ou

operação com mercadorias, estas deverão ser registradas conjuntamente.

Page 113: Atualização Tributária

113

FIM

Elaborado por Rômulo Albuquerque Silva - Bacharel em Ciências Contábeis, Pós-graduando

em Gestão Tributária pela FESP - Consultor Tributário nas áreas de Tributos Federais,

Legislação Societária e Contabilidade - Atuação na área Tributária/ Fiscal e Contábil; Redator

e editor de publicações periódicas; Palestrante e colaborador de renomadas instituições

focadas ao treinamento/ desenvolvimento empresarial, seminários e mesas redondas.

Contato: [email protected] (e-mail/MSN)

(41) 8853 0169 – Claro (41) 9900 5969 - TIM