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Terceirzações Denúncias revelam irmãos que dominam licitações no Rio de Janeiro. g 7 1º de Maio Uma data histórica para os trabalhadores. g 3 FOTOS: VANOR CORREIA Nº142 Ano14 Abril/2009 JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO PRODERJ – ASCPDERJ http://ascpderj.sites.uol.com.br Revisão do PCCS avança As negociações e o debate sobre a revisão do Plano de Cargos está indo num ritmo maior. Isso só está sendo possível por causa do crescimento da participação dos trabalhadores nos espaços de discussões que estão acontecendo, onde as diversas categorias da Autarquia vem fazendo seu papel. Por outro lado, nas assembléias e manifestações dos servidores é crescente o número de participantes, fazendo mais pressão na direção do Proderj e ajudando no momento das negociações de nossa pauta de reivindicaões. Pág 4 e 5 “Eduardo Mãos de Tesoura” Protesto bem humorado ironiza projeto do Prefeito sobre as OSs. sourao sobre as OSs.

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Terceirzações

Denúncias revelam irmãos que dominam licitações no Rio de Janeiro. Pág 7

1º de Maio

Uma data histórica para os trabalhadores. Pág 3

FOTOS: VANOR CORREIA

Nº142 Ano14 Abril/2009 – JORNAL DA ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO PRODERJ – ASCPDERJ – http://ascpderj.sites.uol.com.br

Revisão do PCCS avança

As negociações e o debate sobre a revisão do Plano de Cargos está indo num ritmo maior. Issosó está sendo possível por causa do crescimentoda participação dos trabalhadores nos espaços de

discussões que estão acontecendo, onde as diversas categorias da Autarquia vem fazendo seu papel. Por outro lado, nas assembléias e manifestações dos servidores é crescente o número de participantes,

fazendo mais pressão na direção do Proderj eajudando no momento das negociações de nossa

pauta de reivindicaões. Pág 4 e 5 “Eduardo Mãos de Tesoura”Protesto bem humorado ironiza projeto do Prefeito sobre as OSs.

soura””o sobre as OSs.

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2 • Abril/2009 • J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J • Abril/2009 • 3

As manifestações do último 1º deMaio em várias capitais européias foram de protestos acirrados contra policiais. Isso demonstra que os trabalhadores não estão dispostos a conviver com a política de desem-prego que vem sendo adotada pela maioria das empresas.O setor de tecnologia sofre com a

recessão. O resultado é que várias indústrias estão penalizando os trabalhadores, como no caso da gigante estadunidense Sprint Nextel que cortou 7 mil postos de trabalho, a holandesa Philips com 6 mil cortes e a japonesa NEC Tokin com 9.450 cortes.

Na área de tecnologia da informação (TI), a Microsoft anunciou que vai reduzir seu quadro para 5 mil nos próximos 18 meses, e a IBM planeja a demissão de 2.800 trabalha-dores.Se as demissões marcam o setor privado, no setor público,

a política é de manter e aprofundar o arrocho salarial. É o caso que vem acontecendo em vários estados brasileiros, aonde os governos vem aplicando uma política de sufocar ainda mais os servidores públicos. Situação não diferente no governo federal, que já informou a possibilidade de não cumprir os acordos acertados com os servidores públicos federais.Como uma instituição pública de tecnologia, o Proderj

deve garantir melhores condições de trabalho e salários a seu quadro funcional. Da parte dos trabalhadores, é seguir o exemplo que vem de todas as partes: lutar! Existe uma pauta na mesa de negociações, que deve ser respeitada pela direção do Proderj e pelo governo do Rio de Janeiro.Por isso, a resposta para a crise e para o oportunismo

de banqueiros, empresários e governos, é o de lutar incan-savelmente, é o da necessidade de forte organização dos trabalhadores e a firmeza na defesa de seus direitos.O capitalismo está falido, é preciso transformá-lo e instituir

um novo sistema, o Socialismo, único capaz de subverter a ordem atual das coisas, e mudar o quadro de exploração, corrupção e ameaça aos direitos. Essa tem sido a pauta dos trabalhadores em todo o mundo.

EEa crise capitalista segue aumen-tando o número de desempre-gados em todas as par tes do

mundo. Com isso, cresce também as revoltas e as lutas dos trabalhadores para enfrentar os planos das classes dominantes de aproveitar-se dessa situação para aumentar sua explora-ção sobre os trabalhadores.Apesar dos governos terem injeta-

do bilhões e bilhões nas contas de bancos e indústrias, os principais prejudicados com a crise continuam sendo a classe trabalhadora e não os ricos e poderosos. Esses, aliás, estão procurando tirar o máximo de vantagens e ainda sair lucrando. Com essa lógica, fica claro que banqueiros, grandes monopóliosempresariais e industriais, não querem dar sua cota de sa-crifício e ajudar a mudar esse quadro.Aliás, é uma ilusão considerar que os grandes capitalistas

vão abrir mão de seus lucros e privilégios em beneficio dahumanidade. Na roda da história, nunca fizeram e nuncafarão, pois não são agentes da história, mas apenas deseus próprios interesses. Prova disso, é a vida regada dosexecutivos de bancos e monopólios, com suas viagens emjatinhos, mansões, salários milionários, iates, e outros tantosprivilégios que saltam aos olhos.Por outro lado, em sua rotina diária, os trabalhadores continu-

am enfrentando uma vida complicada e difícil. E para completar,a cotidiana ameaça de desemprego, um fantasma que assustae amedronta. Países ricos e potências mundiais, Estados Unidose Alemanha apresentam, respectivamente, 8,5% e 8,3%, noíndice de desempregados. Segundo a Organização Internacionaldo Trabalho (OIT), a tendência é do aumento geral no númerode desempregados, estimando uma ameaça de eliminação de51 milhões de postos de trabalho no mundo inteiro. Somentena América Latina, esses números podem atingir a cifra de 2,4milhões de desempregados em 2009.Porém, a crise não é um monstro invencível. Ela é prova

cabal da falência do sistema capitalista, que traz consigooutros males, como a destruição da natureza, as epidemiase, agora, pandemias, as injustiças de toda ordem, milhõesde desempregados e famintos em todos os lugares.

Especial

Jornal da ASCPDERJ

Associação dos Servidores do Centro de Processamento de Dados do Estado do Rio de Janeiro

ENTIDADE DE UTILIDADE

PÚBLICA ESTADUAL

R. São Francisco Xavier, 524/2º and. Maracanã – CEP 20.550-013Tel: 2569-5480/2568-0341

[email protected]

[email protected]

Presidente:

LEILA DOS SANTOS

1º Vice-presidente:

JÚLIO CÉSAR FAUSTINO

2º Vice-presidente:

JOSÉ JOAQUIM P. DE C. A. NETO

1º Secretário:

ELIZABETH SILVA MARTINS

2º Secretário:

ULYSSES DE MELLO FILHO

1º Tesoureiro:

MARCOS VILLELA DE CASTRO

2º Tesoureiro:

ANTONIO A. ALMEIDA FILHO

Redação e Edição:

FERNANDO ALVES

DENISE MAIA

Diagramação

ESTOPIM COMUNICAÇÃO

2518-7715Ilustração:

LATUFF

Fotolitos & Impressão:

GRAFNEWS

3852-7166Na Internet

http://ascpderj.sites.uol.com.br/

Edição fechada em:12/05/2009

Editorial

Expediente

1º de Maio tem que ser de luta!

O Dia do Trabalhador tem sua ori-gem nos episódios ocorridos em1886, quando os trabalhadores

de Chicago, nos Estados Unidos,realizaram manifestação nas ruas dacidade exigindo a redução da jornadade trabalho para 8 horas diárias. Amanifestação fazia parte de uma grevegeral e acabou com enfrentamentosviolentos entre policiais e manifestan-tes. Nessas manifestações, a políciaatirou contra a multidão, matando dozetrabalhadores e ferindo centenas. Oepisódio ficou conhecido como a revoltade Haymarket.No dia 20 de junho de 1889, uma

reunião da Segunda Internacional, emParis, na França, decidiu dedicar o dia1º de Maio como Dia Internacional deLuta do Trabalhador em homenagensaos heróis tombados em Chicago.Desde então, em todas as partes domundo, os trabalhadores cruzaram osbraços nesse dia, obrigando os gover-nos e os patrões a aceitarem essa datacomo um feriado. Ou seja, foi a própriaforça dos trabalhadores que instituiua data como feriado, ao paralisar asfábricas, o comércio, os serviços, emtodos os países.Mas o 1º de Maio nunca foi uma data

de festas, mas sempre de muitas lutase de manifestações de protestos ede reivindicações dos trabalhadoresem todo os países do mundo. Nessadata milhares e até milhões de traba-lhadores saem às ruas para defender melhores condições de trabalho e sa-

Luta é o remédio contra a criseData histórica vem sendo resgatada por movimentos e sindicatos classistas

lários, e para relembrar a memória dos acontecimentos de Chicago.No Brasil a data representa im-

portantes conquistas para a classe trabalhadora, seja na redução da jor-nada de trabalho, na conquista pelos direitos trabalhistas, como o Carteira assinada, FGTS, 13º Salários, seguro desemprego, entre outros direitos. Também significou uma data na luta contra a ditadura militar, pela Anistia, pelas Diretas Já!, e outras lutas que marcaram o Brasil.

É preciso acabar com a alienaçãoPorém, há alguns anos o 1º de Maio

vem sendo descaracterizado no Brasil. Ao invés de combatividade e luta que sempre marcou o dia, festas, sorteios de casas, carros e bens de consumo, patrocinados por empresas em acordo com Sindicatos e Centrais Sindicais patronais. O que contraria a histórica tradição da data.Esses mega-eventos reunem milhões

de trabalhadores entorpecidos pelas “vantagens” oferecidas, que além dos prêmios, reúne ar tistas midiáticos, contratados a peso de ouro com o único objetivo de cegar os trabalhadores e aliená-los de sua própria realidade e condição de classe. São eventos finan-ciados por corporações financeiras e empresários, mas que depois retiram o valor dos prêmios sorteados e o cachê pago aos artistas famosos do próprio salários dos trabalhadores.Por isso, é dever de todas as enti-

dades e sindicatos classistas, ver-dadeiramente comprometidas com aluta e a história dos trabalhadores,combaterem com determinação maisesse ataque.Se hoje existe uma jornada de traba-

lho obrigatória a ser cumprida pelosgovernos e pelos patrões foi graçasà luta dos trabalhadores de Chicagoem 1886.Denunciar esses falsos líderes sin-

dicais, que usam a luta dos trabalha-dores em benefício próprio e vendemos interesses da classe trabalhadora,é dever dos lutadores e lutadoras domovimento popular.

Por um Dia do Trabalhadorcombativo!

Realizar um 1º de Maio com as tra-dições históricas de todos aquelesoperários que enfrentaram as horas

extenuantes de trabalho, as péssimascondições a que eram submetidos epela conquista de direitos é neces-sário.A luta por um movimento sindical que

seja comprometido com a defesa intran-sigente dos direitos dos trabalhadoresestá na ordem do dia. Pois como a atualcrise demonstra, na hora de enfrentar os problemas, os patrões só queremsaber de manter seus lucros, seusinteresses e seus privilégios. E o que épior, jogam sempre os maus resultadosde suas administrações incopetentesem cima dos trabalhadores.A história já deixou sua lição de que

somente com a luta é que os traba-lhadores podem garantir suas reivindi-cações. Por isso, é preciso participar ativamente dos sindicatos e entidadesclassitas, porque somente organizadoé que o trabalhador tem força.

1917, operários realizam a primeira greve geral no Brasil 1986, trabalhadores comemoram o centenário do 1º de maio

1981, tentativa de atentado terrorista no Rio Centro, onde milhares participavam do 1º de maio

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J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S ECampanha Salarial 2009 R V I D O R E S D O P R O D E R J • Abril/2009

FOTOS: VANOR CORREIA

Atualização do Plano de Carrgos começa a levantar vôoOs caminhos das negociações

dos trabalhadores com o go-verno são sempre difíceis. É necessário driblar a falta

de disposição e de vontade política da parte do governo em resolver os problemas, e ainda ultrapassar todo o esquema burocrático, que no fundo é político, alegado para justificar as medidas que dão sustentação ao longo arrocho salarial vivido pelos servidores públicos no Rio de Janeiro. O fato é que, quando se trata de negociar os interesses que envolvem as classes dominantes (banqueiros, industriais, empresas...), a agilidade é grande. Mas quando é para os trabalhadores é longo e complicado.Na última rodada de negociações entre

a representação dos trabalhadores e a direção do Proderj, o presidente da Autarquia, Paulo Coelho, reclamou da avaliação de nossa assembléia, que considerou a demora no atendimento e encaminhamento ao executivo das reivindicações apresentadas pelo corpo funcional, como uma “enrolação”. Para completar, ainda disse que realizar passeata nos corredores do Proderj não tinha o menor sentido. Apesar disso, a reunião conseguiu de-bater aquilo que haviasido definido comoprincipal pelos traba-lhadores reunidos emassembléia.Os principais itens

da pauta de reivindi-cações são a revisãodo PCCS e o reajus-te emergencial de27,5%. Por isso, aASCPDERJ entregou à direção, uma pro-posta contendo tabela de vencimentos, as alterações necessárias dos artigos da lei do Plano de Cargos a serem modi-ficados e outros pontos que esclarecem a proposta apresentada pelos trabalha-dores. A reunião conseguiu avançar e debater os pontos necessários para que se chegue a um acordo, como resolver concretamente o que já foi apurado pela Comissão criada pela direção para negociar com os trabalhadores. Entre esses pontos estão a análise sobre a proposta de Tabela apresentada pela ASCPDERJ contendo a pesquisa salarial realizada pela Comissão, reunião das categorias com a Comissão para tratar

ASCPDERJ entregou documento com

os principais itens das reuniões das categorias para a

atualização do PCCS

das atribuições e a liberação do depar-tamento Jurídico do Proderj para formatar as modificações dos artigos do Plano de Cargos que serão ne-cessárias realizar.

O peso das mobilizações!

Importante nesse processo tem sido a participação dos trabalhadores, forta-lecendo a pressão política para cima da direção e dando ao nosso movimento a sustentação necessária para que as negociações sejam efetivamente vitoriosas. Nesse sentido, a última assembléia provou seu acerto, quando o conjunto dos trabalhadores avaliou que a direção precisava assumir outra postura na mesa de negociações e não mais ficar “empurrando com a barriga”, como vem fazendo já há algum tempo. Mesmo considerando que o presidente Paulo Coelho chiou com essa posição do corpo funcional, a avaliação está correta. Como também acertada é a

O jogo das gratifi caçõesNesse jogo quem perde é a popu-

lação do Rio de Janeiro, que vê asdificuldades nos serviços públicosaumentar ainda mais, com a quedada qualidade e a sobrecarga nascostas dos trabalhadores.O fato é que todas as vezes que

estamos num processo de nego-ciações, o governo vem com essahistória das gratificações, criadapara dividir e enganar os trabalhado-res. A qualidade dos profissionaisdo Proderj é inquestionável. Tantoque já virou uma prática no Estado,vários órgãos e secretarias requi-sitarem os serviços de quadrostécnicos da autarquia.Infelizmente, usam para isso a

isca de gratificações superiores àspraticadas dentro do Proderj. Issoenfraquece a autarquia e ainda éutilizado como elemento de barga-nha que acaba submetendo o Planode Cargos a “essa falsa políticasalarial”. Já vimos esse filme antese onde isso leva: depois o governovem e retira todas as gratificaçõesou então as reduz a um valor ridículoe insignificante. Não aceitaremosesse tipo de jogo. Queremos o cum-primento integral do nosso Planode Cargos.

as cobranças, que só podem ocorrer com manifestações nos corredores e a unificação de todos.As movimentações atuais vêm se

mostrando eficazes, porque existe uma determinação grande de todo o corpo funcional para modificar o PCCS e fazer a revisão nos pontos que hoje se encontram defasados. Um processo que depende exclusivamente da nossa própria firmeza. Claro que tem a deci-são política do governo, mas a única coisa capaz de modificar o atual quadro e fazer a diferença é a luta. Com o au-mento crescente de sua participação, as propostas definidas coletivamente nas assembléias ganham mais força. Por tanto, crescer as mobilizações significa aumentar a pressão e criar condições ainda maiores para que as negociações sejam favoráveis aos trabalhadores.Nessas negociações os trabalhadores

têm feito seu dever de casa primeiro, garantido a execução de seus serviços à frente do Proderj. Por isso, durante a reunião com a direção, a represen-tação dos trabalhadores rechaçou os

questionamentos do presidente Paulo Co-elho ao afirmar que a demora por par te de alguns setores da autarquia em atender aos clientes “dificul-taria a discussão dele com o Secretário do Gabinete Civil, Régis Fichter, porque isso causaria ruído contra a autarquia”. A resposta da Ascpderj foi de que é preci-so realizar outro concurso público para contratação de novos quadros para o Proderj, pois isso tiraria a sobrecarga

disposição da categoria em perceber que somente sua própria mobilização é que pode garantir novas conquistas.Como tem sido avaliado pelo conjunto

dos trabalhadores, trata-se de uma decisão política do governo atender ao pleito apresentado pelos trabalhadores

do Proderj e a direção da autarquia pre-cisa colocar as negociações salariais dos trabalhadores como agenda na discussão com o Gabinete Civil.Do lado dos trabalhadores, é dever

de todos continuar aumentando a pre-sença nas assembléias e intensificar

de trabalho que atual-mente os servidores estão acumulando. E que de modo al-gum os trabalhadores aceitarão ser desqua-lificados. Segundo, as definições sobre as atribuições funcio-nais foram cumpridas dentro dos prazos

pelas categorias, logo, o que tinha a ser feito é a viabilização das discussões junto à Comissão do Proderj, conforme acabou acontecendo ao final das 3 horas de negociações.

Atualização do Plano de Cargos começa a levantar vôo

Mobilização é fundamental

para garantir as negociações da

pauta apresentada pelos trabalhadores

A grande presença dos servidores na assembléia dá a tônica e faz a diferença na campanha salarial

Ulysses Mello se dirige aos trabalhadores presentes à Assembléia Geral

A intensa movimentação dos servidores, em abril, fez a campanha salarial avançar

Corredores do Proderj ocupados durante manifestação do corpo funcional

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6 • Abril/2009 • J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J • Abril/2009 • 7

A ASCPDERJ ad-quiriu um novo sistema para dar mais agilidade e controle do de-partamento finan-ceiro da entidade. O novo sistema está entrando em funcionamento e a par tir do pró-ximo Divulgando publicaremos o balanço financei-ro do primeiro tri-mestre de 2009.Com isso, os as-

sociados poderão melhorar ainda mais o acompa-nhamento e a pa-riodicidade dos gastos da Associação.

Novo sistema facilita o controle e aumenta

a transparência

Serviço PúblicoGeral

UNIMED

Reunião com a UnimedResultado de reunião entre a Unimed e a ASCPDERJ,

em 14 de abril, debateu os seguintes assuntos:

Esclarecimentos fornecidos pelo Dr. Marcelo Kauss,1.coordenador de auditoria médica, sobre autoriza-ções de internações, prorrogações, acréscimos deprocedimentos e liberações de materiais:

Em funcionamento desde agosto/2008 programa • que monitora internações (pré-evento, per evento e pós-evento) através de médicos auditores, aosclientes internados dentro da área de atuação da Unimed Leste Fluminense;

Comunicado o prazo máximo de 05 dias úteis •para liberação de materiais;

Comunicado que os pedidos de prorrogações,•acréscimos de procedimentos e materiais também podem ser solicitados pelos familiares junto à Unimed Leste Fluminense, desde queestejam com o pedido do médico, objetivando maior rapidez nas autorizações;

Ascpderj ficou de enviar para aprovação da Unimed2.cartilha de divulgação aos associados contendoorientações sobre utilização do plano;

A Unimed se comprometeu em agendar reunião3.com a responsável pelo Programa de Prevenção -Prevenir para realização de eventos como: Feira de

Saúde e palestras.

SPA já em funcionamentoA Unimed São Gonçalo-Niterói inaugurou no final

do ano passado o Serviço de Pronto Atendimento(SPA). Neste novo espaço, que conta com modernasinstalações, a Singular passou a atender os casosde urgências, emergências e procedimentos de baixacomplexidade nas especialidades de clínica médica,pediatria e ortopedia na busca pela prestação deserviços de excelência, a fim de garantir qualidadede vida aos seus clientes.O SPA de São Gonçalo é o primeiro recurso próprio

da Unimed Leste Fluminense e faz parte do Siste-ma Integrado de Atenção à Saúde (S.I.A.S.) comoferta de serviços diferenciados ao cliente Unimed,promovendo uma estrutura multidisciplinar de quali-dade para elevar o índice de satisfação do cliente, ofortalecimento da marca na região e o crescimentosustentável. O segundo serviço integrante do S.I.A.S.começou a ser construído logo após a inauguraçãodo SPA e será um hospital de referência na regiãooceânica de Niterói.O SPA fica na rua Dr. Nilo Peçanha, 232, Centro,

São Gonçalo.

“À terceirização, tudo;aos servidores, a Lei.”

Disponibilidade: A Ascpderj vinha coletando osdados dos interessados para juntar ao processo.No mês de março deste ano fez-se uma verifi-cação das diferenças informadas pelo Proderjao processo, em janeiro do ano passado, econstatou-se outros erros nas diferenças. A As-cpderj comunicou ao escritório do dr. MarcellinoPicanço. No dia 23 de março foi encaminhadoao TJ solicitação ao Proderj para rever todas asdiferenças, por mês devido. Uma vez de voltaàs mãos do advogado, estas diferenças serãoatualizadas. Até o fechamento desta edição, aconsulta ao TJ indicava “Conclusão ao presiden-te” (do TJ) no dia 28 de abril. Mais um revésdeste processo. Espera-se que o Proderj façao dever de casa direito desta vez e no menor tempo possível.

Adicionais: De um total de 65 processos, 4 fo-ram arquivados por não recolhimento de custas,3 faltam recolher custas, 9 tiveram ganho decausa e 1 foi julgado improcedente. Este resul-tado está de acordo com a previsão publicada noDivulgando de Janeiro/2009 (no. 140) de iníciodas soluções até o final deste semestre; masatenção, esta é apenas uma previsão. Não hácomo estabelecer prazos para qualquer processode qualquer natureza. O TJ e o Governo ditamesse ritmo.

Informe Jurídico

Saquaremaq

Sede praiana em obrasConforme já informado em edição anterior do jornal

Divulgando, a Sede Praiana de Saquarema será fe-chada para obras de reformas e manutenção durante os próximos três meses. A reabertura está prevista para agosto, dependendo apenas da conclusão das obras.Uma tomada de preços será realizada, com o ob-

jetivo de contratar especialistas para analisar tecni-camente a situação da Sede por causa dos efeitos da corrosão causada pela maresia.Todos os associados terão acesso aos gastos e

poderão acompanhar o ritmo dos trabalhos. Para isso, a ASCPDERJ disponibilizará relatório do Sistema Financeiro, que será divulgado.Na reinauguração serão promovidas atividades de

lazer e esportivas aos associados.Todos os passos serão informados sobre os des-

dobramentos das obras e sobre a data de retorno da utilização do espaço.

FOTO: VANOR CORREIA

Mantenha-se informado, visite o nosso site: http://ascpderj.sites.uol.com.brLá você pode ficar por dentro dos acontecimentos que realmente interessam

A fraude das terceirizações

Metendo o nariz onde não deve!Entre as empresas dos irmãos “metralhas”, que

se destacam nos contratos de licitação está a VEX Logística. Em novembro de 2008, a empresa venceu um pregão para assistência técnica de computadores instalados em mais de 1.500 escolas da rede estadu-al de ensino, serviço que poderia ser realizado pelos competentes técnicos do Proderj. O montante desse contrato ficou em R$ 145,2 milhões. O serviço prevê suporte técnico para todos os computadores dos laboratórios de Informática e de controle presencial dos alunos nas escolas.Além desses gastos extras, na autarquia responsá-

vel pelos serviços de tecnologia da Informação (TI) do Estado, o governo estadual retira mais um sistema do órgão: o sistema da Folha de Pagamento. Com isso, vai seguindo a política de retaliação dos sistemas de informação pública do Rio de Janeiro.

A falácia do discurso de modernização do Estado Ae dos serviços públicos continua. O novo nome dado a essa política agora é Choque de Gestão,

que, no fundo, representa a mesma política de priva-tizações dos serviços essenciais e estratégicos do Estado brasileiro, que na década de 1990 foi prati-cada pelo governo FHC, que também atingiu o Rio de Janeiro, com o governo Marcello Alencar.Como todos já conhecem, os resultados para a popu-

lação foram desastrosos, com a conseqüente queda da qualidade dos serviços privatizados e o aumento dos custos ou das dificuldades da população.O Choque de Gestão é a continuidade das terceiriza-

ções e ganhou novas modalidades, que em essência correspondem à entrega do controle dos serviços públicos a setores privados.A anomalia das terceirizações apresenta várias sus-

peitas de superfaturamento e de privilégio em alguns processos de licitações. Segundo as noticias larga-mente divulgadas nos jornais cariocas, as empresas beneficiadas nessas licitações são, em grande parte, as que fizeram doações à partidos e candidatos da base de apoio do governador Sérgio Cabral Filho.

Os irmãos “metralha”Uma das empresas denunciadas é a Bandeirantes

do Rio, de propriedade do empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, beneficiada com 23,3% dos contratos no ano de 2008, de acordo com da-dos da Secretaria Estadual de Fazenda. Com isso, a Bandeirantes do Rio vem se transformando numa das principais fornecedoras do governo estadual nos últimos anos, distribuindo sua atuação nas áreas de vigilância, apoio administrativo, limpeza, coleta de lixo hospitalar, preparo de alimentos e fornecimento de bebidas e produtos alimentícios.Mas os negócios de Arthur César e seu irmão, Luiz Ro-

berto, não aconteceram agora, já que prestam serviços ao Estado desde o governo Rosinha Garotinho, quando faturaram juntos R$ 257,1 milhões em contratos. Em 2003, os empenhos somaram valores que chegaram à R$ 58,5 milhões. No atual governo, considerando os números do ano de 2008, os irmãos Arthur César e Luiz Roberto abocanharam R$ 357,2 milhões, cor-respondendo a um crescimento de 510%. Pior é que os contratos com essas empresas vão se mantendo à cada ano, e se dão através de Termos Aditivos.

OSs, as PPPs da Prefeitura

Os ataques aos serviços públicos continuam. Dessa vez, é a prefeitura da cidade do Rio de janeiro, administrada pelo aliado do governador Sérgio Cabral Filho. Seguindo a mesma receita de seu patrono no Estado, que criou as PPPs (Par-cerias Público-Privadas), o prefeito Eduardo Paes resolveu privatizar setores da Educação, da Saúde, da Cultura, dos Esportes, de Meio Ambiente, de Ciência e Tecnologia, abrindo mão das obrigações que cabem à Prefeitura da Cidade de administrar e garantir à população carioca, serviços de qua-lidade, prefere colocar esses serviços nas mãos de Organizações Sociais “sem fins lucrativos”, que para gerirem os serviços ofertados pela adminis-tração municipal, não precisarão se submeter a processos de licitação.Para “justificar” a medida, a prefeitura anunciou

que haverá uma economia de 20% nos gastos do município. A partir de agosto, as OSs começam a gerir as oito Vilas Olímpicas da prefeitura. Em seguida, serão as 254 creches que passarão às mãos das OSs.Mesmo sem o projeto da prefeitura ser praticado,

outros problemas de gerenciamento similar aos das OSs já vem causando graves problemas à população. É o caso do Hospital Ronaldo Gazzola, também, conhecido como Hospital de Acari, e que faz parte do Projeto Saúde em Família, e atual-mente é administrado pela empresa GPS, que não cumpriu nenhum dos prazos e metas estabelecidos pelo contrato, mas que mesmo assim recebeu em dia todos o valores acertados.Outra jogada que já está sendo preparada é a

transformação de várias ONGs que já executam contratos de parcerias com a Prefeitura, em OSs.Mais uma vez a mentalidade privatista abocanha

os recursos públicos e desvia as reais funções do poder público.

Outra situação que vem ocorrendo no Proderj, que deixa claro a falta de compromisso com o avanço dos serviços oferecidos pela Autarquia é a extin-ção da gerência Comercial do órgão, colocando os serviços dessa gerência na gerência de Contratos. Trata-se de uma decisão política, já que gerência Comercial tem uma importância pelo fato de ser responsável pela captação dos recursos contrata-dos junto ao Proderj por outros clientes, enquanto a gerência de Contratos tem como função fazer o pagamento das demandas internas do Proderj, ou seja, de pagar os fornecedores. Em outras palavras, uma gerência não tem nada com a outra, são fun-ções bastante distintas. Atualmente, os servidores alocados na gerência Comercial, não tem indepen-dência nem autonomia para trabalhar em favor da Autarquia e ainda sofreram mais uma rasteira da direção, que fica a todo instante desqualificando seus serviços e desvalorizando a “prata da casa”. No período em que teve condições de trabalhar com um mínimo de tranqüilidade, a gerência conseguiu aumentar as receitas do Proderj. Apesar da situa-ção, os servidores da gerência estão motivados e determinados a dar continuidade a seu trabalho. Com isso, fica evidente por par te da direção a enorme falta de interesse em priorizar a Fonte 10. No próximo Divulgando vamos publicar mais infor-mações sobre o assunto.Um outro problema, pequeno, mas também com-

plicado envolve a área de Produção. O papel utili-zado para a impressão dos serviços é de péssima qualidade. Embora seja papel reciclado, o nível de desperdício tem sido grande. Os técnicos do setor estão indignados e já cobraram uma solução que até agora, não chegou. A empresa fornecedora do papel é a Ecosspapel.

No Plenário da Câmara, protestos contra a Lei das OSs

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8 • Abril/2009 • J O R N A L D A A S S O C I A Ç Ã O D O S S E R V I D O R E S D O P R O D E R J

Cultura

Vida sobre os sonhos e conflitos de uma típica família tijucana estréia em agosto

Filme retrata Zona Norte cariocaFOTO: A. C. JÚNIOR

O longa-metragem “Praça SaensPeña” do diretor Vinícius Reisfoi o grande vencedor do Festivaldo Audiovisual de Pernambuco

2009, que ocorreu no período de 27 deabril a 03 de maio em Recife. Ganhoutroféus nas categorias de melhor atrizcoadjuvante (Isabela Meireles), melhor atriz (Maria Padilha) melhor ator (ChicoDiaz), melhor diretor, além de ter levadoo Prêmio Especial da Crítica.Vinícius não queria a classe média

como um objeto visto de fora, e simde dentro: “queria mostrar a classemédia vendo o mundo”. Esse foi oprimeiro filme de ficção realizado pelocineasta.Com um elenco formado por Chico

Diaz, Maria Padilha, Gustavo Falcão,Isabela Meireles, Aldir Blanc, GutiFraga, Satela Brajterman e MaurícioGonçalves, Praça Saens Pena retrataaa vida de uma família de classe médiaque luta diariamente para sobreviver com o salário de professor , Paulo(Chico Diaz) junto com o da sua esposaTeresa ( Maria Padilha), que trabalhano comércio e sustentam uma filhaadolescente.Vinícius além de utilizar as locações

do filme, como o apartamento, o bar dobairro, também convida para participar de seu filme artistas que moram naTijuca como a atriz Isabela Meirelles,o grande compositor Aldir Blanc, querepresenta ele mesmo, e Pedro Luiscom sua música “Tempo de Menino”,

Praça Saens Peña

conta em seu elenco com Chico

Diaz, Maria Padilha,

Aldir Blac, entre

outros.

Analista deSistemas publica

livrosVictor Souto da Silva, Analista de Sistemas, aposentado do Proderj, lançou os livros “Contos para Viagens” e “Projeto – Manu-al de Elaboração e execução” de sua autoria, pela Editora Protext. A segui, o autor descreve um-pouco dos seus trabalhos para o conhecimento do público.

Contos para Viagens“São histórias de ficção. Algumas“com bastante humor, outras de suspense, amor e paixão... Em suma, reuni textos variados e ide-ais para uma leitura prazerosa, seja durante viagens ou em mo-mentos de lazer. Portanto, espero que goste da obra e que fique na expectativa dos demais livros que ainda virão. Todos visam entretê-lo cada vez mais”.

Projeto – Manual de Elaboração e execução

“O livro “Projeto – Manual deElaboração e Execução” foi es-crito com o objetivo de levar ao leitor conhecimentos técnicos de algo sempre presente em nossas vidas – o projeto. Ao se idealizar qualquer intento, nossa tendência natural é desenvolvê-lo e tentar executá-lo. Mas, infeliz-mente, muitos deles enfrentam o da falta de recursos financeiros e, por isso, são abandonados. “Projeto – Manual de Elaboração e Execução”, caracterizado O ob-jetivo do livro é não desperdiçar o projetoidealizado”.Vitor foi buscar em sua experiên-cia profissional, vivida no Proderj, o material necessário para esse livro.Os livros poderão ser adquiridos através da página do autor www.victorsouto.com.br no site da Edi-tora Protexto ou através do envio de e-mail para [email protected] ou pelos telefones (21) 2228-4011 / (21) 9765-0749.

Filme retrata Zona Norte carioca

tema do filme, identificados com a vida e o cotidiano do bairro.Como todo brasileiro, as principais

protagonistas, Paulo e Teresa, sonham em ter a sua casa própria. Ele é um professor que almeja ser escritor, e vislumbra uma nova possibilidade para sua vida, quando. um colega editor o convida para escrever um livro sobre a história do bairro. Diante da possibilida-de de um aumento significativo no seu orçamento às pequenas ambições de cada um na família vêm à tona, levando a uma série de conflitos. O filme tem previsão de estréia para agosto, quan-do a o bairro completa 250 anos.

O diretor

Paulistano de nascimento e tijucano de criação, o diretor Vinícius Reis já realizou os documentários “Gentileza” (2004) e “Nós do Morro” (1995). Em 1996, fundou, com Rosane Svartman, o Núcleo de Cinema Nós do Morro, no Vidigal, onde atua até hoje como coordenador e professor. O fato de ter morado na Tijuca foi um ingre-diente que ajudou bastante o diretor nessa empreitada. Agora, é esperar os resultados que o filme pode vir a proporcionar. O Festival do Audiovisu-al de Pernambuco conferiu prêmios importantes ao diretor e à toda a sua equipe e elenco, dando uma base para alavancar a divulgação do filme. É aguardar pra ver!

Praça Saens PeñaDireção: Vinícius ReisEstréia: Agosto

FOTO: A.C.JÚNIOR

FOTO: CHRIS VON AMELN

O diretor Vinícius Reis, com sua equipe, observa, do alto, o bairro da Tijuca

Chico Diaz, Maria Padilhe e Isabela Meireles: núcleo principal da trama

Chico Diaz encarna o tijucano Paulo