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SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA ANA PAULA FARIA DINIZ CLAUDIA CRISTINA DIAS GRANITO MARQUES O IMPACTO BIOPSICOSOCIAL OBSERVADO PELA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EM UNIDADES QUE NÃO POSSUEM UTI NEONATAL

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA

MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA

ANA PAULA FARIA DINIZ

CLAUDIA CRISTINA DIAS GRANITO MARQUES

O IMPACTO BIOPSICOSOCIAL OBSERVADO PELA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EM UNIDADES QUE NÃO POSSUEM UTI NEONATAL

TERESÓPOLIS, RJ

MARÇO DE 2018

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O IMPACTO BIOPSICOSOCIAL OBSERVADO PELA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EM UNIDADES QUE NÃO POSSUEM UTI NEONATAL

Tese submetida à avaliação de banca

examinadora como requisito para a obtenção

do título de Mestre em Terapia Intensiva,

pela Sociedade Brasileira de Terapia

Intensiva.

ANA PAULA FARIA DINIZ

CLAUDIA CRISTINA DIAS GRANITO MARQUES

TERESÓPOLIS, RJ

MARÇO/2018

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O IMPACTO BIOPSICOSOCIAL OBSERVADO PELA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EM UNIDADES QUE NÃO POSSUEM UTI NEONATAL

Tese submetida à avaliação de banca examinadora como requisito para a obtenção

do título de Mestre em Terapia Intensiva pela Sociedade Brasileira de Terapia

Intensiva.

Trabalho Aprovado em: ____/ ____/ ____

ORIENTADORA:

____________________________Profª Gigliola Soares Blunck Bertoli Orientadora

BANCA EXAMINADORA:

____________________________ 2ª examinadora

____________________________ 3ª examinadora

TERESÓPOLIS, RJ.

MARÇO DE 2018.

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DINIZ, Ana Paula Faria; MARQUES, Claudia Cristina Dias Granito. O IMPACTO BIOPSICOSOCIAL OBSERVADO PELA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EM UNIDADES QUE NÃO POSSUEM UTI NEONATAL. Tese. Mestrado

Profissionalizante em Terapia Intensiva – SOBRATI. Rio de Janeiro, 2018.

RESUMO.

Nos dias atuais, a ciência e a tecnologia vêm de encontro à incompatibilidade da

vida mostrando todo seu esplendor, salvando vidas de crianças prematuras ou com

graves morbidades, atendendo esta clientela tanto na saúde suplementar quanto na

saúde pública ofertando assim melhores prognósticos e qualidade de vida. Este

trabalho teve como objetivo mostrar através da revisão integrativa o quão importante

é a presença de uma equipe multiprofissional adequadamente treinada para prestar

os primeiros atendimentos a este recém-nascido grave e o quanto é necessário

possuir uma unidade de referência próxima à maternidade. A integração dos pais

neste processo visa reduzir os incômodos criados pela ausência do vínculo da

família com a criança, tendo em vista que na região serrana do estado do Rio de

Janeiro, geralmente as crianças são encaminhadas para unidades fora deste

circuito, geralmente em grandes centros urbanos, o que vai de contramão com a

realidade financeira de muitas famílias e principalmente questões cognitivas devido

ao fato das famílias não conhecerem as cidades as quais os filhos foram

referenciados. Os principais benefícios das unidades próximas às maternidades ou

até mesmo dentro delas é a formação de vínculos familiares, adesão às terapêuticas

ofertadas e economia doméstica às famílias menos abastadas.

Descritores: Equipe multiprofissional; UTI Neonatal; Família.

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DINIZ, Ana Paula Faria; MARQUES, Claudia Cristina Dias Granito. THE BIOPSYOCIAL IMPACT OBSERVED BY THE MULTIPROFESSIONAL TEAM IN UNITS THAT DO NOT NEED A NEONATAL UTI. Thesis. Professional Master's

Degree in Intensive Care - SOBRATI. Rio de Janeiro, 2018.

ABSTRACT.

Nowadays, science and technology come against the incompatibility of life showing

all its splendor, saving lives of premature children or with severe morbidities, serving

this clientele in both health supplement as public health offering thus better outcomes

and quality of life. This study aimed to show through integrative review how important

is the presence of properly trained multiprofessional team to provide first calls to this

serious newborn and how much you must have a reference unit next motherhood.

The integration of parents in this process is to reduce the nuisance created by the

family bond of absence with the child, given that in the mountainous region of the

state of Rio de Janeiro, usually children are referred to units outside of this circuit,

usually in large centers urban, which goes against with the financial situation of many

families and especially cognitive issues due to the fact that the families do not know

the cities which the children were referred. The main benefits of the units next to

hospitals or even within them is the formation of family ties, offered therapeutic

accession and domestic economy to the less well-off families.

Keywords: Multiprofessional team; Neonatal ICU; Family.

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TABELAS DE QUADROS

QUADRO 01. Resultado de busca nas bases de dados online........................15

QUADRO 02. Categorias................................................................................ 20

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SIGLAS

BNDES = Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

BVS = Biblioteca Virtual em Saúde.

IMIP = Instituto Materno-Infantil de Pernambuco.

SIH = Sistema de Informações Hospitalares.

SUS = Sistema Único de Saúde.

UTI = Unidade de Terapia Intensiva.

UTIN = Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.

UCIN = Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais. 

RN = Recém-Nascido.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO_______________________________________________102. JUSTIFICATIVA______________________________________________113. OBJETO DO ESTUDO________________________________________124. OBJETIVOS GERAL__________________________________________125. OBJETIVO ESPECÌFICO_______________________________________126. MARCO TEÓRICO____________________________________________137. METODOLOGIA_____________________________________________168. DISCUSSÃO DE RESULTADOS________________________________18

9. CATEGORIAS ______________________________________________22

10. CONCLUSÃO_______________________________________________31

11. REFERÊNCIA____________________________________________________33

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1. INTRODUÇÃO

Como enfermeira e médica em uma Unidade Intermediária Neonatal, tivemos

a oportunidade de trabalhar juntas em um hospital universitário da região serrana do

Rio de Janeiro. Onde nos deparamos com situações instigantes como famílias que

tinham seus filhos encaminhados a hospitais especializados, levantando a

problemática que norteou este trabalho.

Os pais exercem um importante papel no contexto da UTI Neonatal, pois essa

interação vem fortalecer o vínculo com o filho, proporcionando uma melhora

significativa no estado de saúde da criança. A parentalidade deve ser vivenciada e

não somente desejada. Vale ressaltar que a equipe multidisciplinar deve se preparar

para tratar não somente com a criança enferma, mas com os familiares da mesma.

Essas estratégias são estimuladas pelo ministério da saúde por meio do programa

Humaniza SUS. (FREITAS, 2014).

Para NASCIMENTO e SILVA, 2014, a taxa de mortalidade neonatal é um

indicador de saúde que pode influenciar os índices de morbimortalidade de uma

população. Essa taxa quando elevada, pode representar más condições de vida e

dificuldade para acesso aos serviços de saúde, tanto no período pré-natal como no

atendimento hospitalar. O óbito neonatal corresponde a um dos principais

componentes que induz o declínio da mortalidade infantil. Assim sendo, o declínio da

mortalidade neonatal é imprescindível, pois, conforme o Pacto Nacional Pela

Redução da Mortalidade Materna e Neonatal morrem no Brasil mais de trinta e oito

mil recém-nascidos (RN) anualmente e quase todas essas mortes poderiam ser

evitadas.

Apesar da redução da mortalidade pós-neonatal (28 dias a um ano de vida)

os índices da mortalidade infantil ainda são crescentes desde a década de 90, pois

há uma estagnação da mortalidade neonatal (0 a 27 dias de vida) no país. Com isso

destaca-se que a redução da mortalidade infantil no Brasil é ainda um desafio para

os serviços de saúde e a sociedade como um todo.

Os principais determinantes do risco de morrer no período neonatal são: o

baixo peso de nascimento, a idade gestacional menor do que 37 semanas e uma

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assistência pré-natal inadequada. Para o Ministério da Saúde, são considerados RN

de baixo peso (RNBP), recém-nascido com peso ao nascer menor que 2.500

gramas apesar da idade gestacional e RN prematuros com idade gestacional menor

que 37 semanas de gestação, ou seja, até 36 semanas e seis dias.

Na categoria Participação da Família (Parentalidade dentro das UTINS - O

conceito parentalidade vem sendo utilizado para descrever o conjunto de atividades

desempenhadas pelos adultos de referência da criança no seu papel de assegurar a

sua sobrevivência e o seu desenvolvimento pleno. A palavra “parentalidade” é uma

derivação do termo original em inglês parenting), as práticas mais relatadas foram

conversar com mãe/ pai, incentivar o contato pelo toque o mais precoce possível,

permitir a participação dos pais nos cuidados com o bebê e acompanhá-los durante

esses cuidados, informar a família sobre as condições do filho, orientar pais e

familiares quanto às especificidades da UTIN e do cuidado ao RN. Outras práticas

incluíram o incentivo à posição canguru, o aleitamento materno e maior participação

do pai. (ROSEIRO; PAULA; 2015).

2. JUSTIFICATIVA

Justifica-se este trabalho pela sua relevância frente os anseios,

questionamentos, dúvidas e perspectivas das puérperas ao terem os seus recém-

nascidos referenciados para unidades de referência para tratamento especializado.

Como profissionais da Saúde, presenciamos as angústias sofridas por mães

que ao terem seus filhos que requeriam cuidados especializados partirem para as

unidades de referência fora dos municípios da Região Serrana, acompanhados

somente da equipe de transporte das unidades de serviço especializada enquanto

as mesmas encontravam-se hospitalizadas.

Por questões de fluxo assistencial não podem acompanhar os seus recém-

nascidos até o seu destino de atenção especializada. Entendemos que neste caso o

processo de separação é uma consequência inevitável, porém, visa restabelecer a

saúde da criança em questão e a redução de possíveis agravos vindouros de

complicações futuras.

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Observamos também o quanto é importante toda a assistência de uma

equipe multiprofissional, desempenhando muitas vezes múltiplos papéis dentro de

suas profissões, ao oferecer apoio psicológico, conforto material muitas das vezes

em casos de mães carentes e até mesmo religioso dentro das unidades

frequentadas por nós, visando sempre o melhor para a puérpera e o seu bebê,

sempre dentro dos limites éticos do atendimento que nota-se ser demasiadamente

humanizados.

Ao ter seu bebê transferido, a mulher (na grande maioria das vezes) muda

seu comportamento social frente às situações cotidianas do dia-a-dia de forma bem

enfática, tornando-se angustiada, temerosa e em alguns casos trata os demais com

certa agressividade nas palavras e também apresentam grande labilidade

emocional.

De certo que a equipe de saúde da UTIN trabalha muito com o fator

psicológico destas mulheres para que se sintam confiantes. Os fatores

biopsicossociais são imprescindíveis para a correlação entre as mulheres deste

estudo, pois fatores como: acesso, educação e fator econômico influenciam

diretamente para a condição desta mulher, já que devido ao fator econômico não

possuem condições de custear a viagem para a outra unidade referenciada que

geralmente é na capital do nosso estado.

3. OBJETO DE ESTUDO

A relação estabelecida entre a equipe assistente, a família e o recém-nascido

que é transferido para UTI neonatal em outras cidades.

4. OBJETIVO GERAL

Caracterizar a importância da equipe multiprofissional frente a todo o tramite

de acolhimento da família e transferência do recém-nascido.

5. OBJETIVO ESPECÍFICO

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Incentivar a construção de UTIN próximo às maternidades da Região Serrana

do Estado do Rio de Janeiro facilitando o fluxo de visita e acompanhamento dos

familiares, implicando assim na melhora clínica do RN.

6. MARCO TEÓRICO

A hospitalização do filho na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é uma condição que pode gerar danos emocionais para toda a família, especialmente para os pais. Mesmo conscientes da possibilidade do nascimento de uma criança que necessite de cuidados intensivos, os pais mantêm a esperança de que seu filho será saudável e permanecerá junto à mãe até o momento da alta hospitalar. Entretanto, durante a visita à UTIN, os pais são surpreendidos por um estado inicial de choque provocado, a princípio, pelo nascimento inesperado de um bebê em condições adversas, e depois, pelo confronto com uma realidade diferente da idealizada, traduzida por um recém-nascido (RN) de aspecto frágil e com necessidade de cuidados especiais. A UTIN é um setor onde a tecnologia se supera a cada dia, tornando o ambiente frio e sem afeto; para os pais a visão desse ambiente novo e assustador gera uma experiência de desamparo. Embora algumas realidades assistenciais apresentem a informação paterna acerca do livre acesso a visitas e orientações clínicas sobre o filho sempre que solicitadas, em outros contextos, a rotina imposta pela instituição faz com que os pais/família encontrem a equipe de saúde envolvida nos cuidados aos RN e, aparentemente, indisponível para fazer interações e fornecer informações. Dessa forma, as dúvidas sobre a internação e as condições do bebê nem sempre podem ser elucidadas no primeiro momento. (SCHMIDT et al 2012).

Acreditamos que a apreensão das puérperas se faz presente frente à

necessidade de transferência de seus recém-nascidos às unidades especializadas

fora da área do município de abrangência do hospital do qual as mesmas deram a

luz aos seus filhos. É considerada puérpera, toda a mulher em pós-parto imediato,

na qual passa por alterações fisiológicas e psíquicas até o retorno de suas

condições pré-gravídicas, sendo dividido em puerpério imediato, puerpério mediato,

puerpério tardio e puerpério remoto. A Portaria nº 1.020, de 29 de maio de 2013 diz

em seu Art. II item V, e entende como “[...] risco neonatal: risco avaliado a partir da

conjugação de situações de riscos sociais e pessoais maternos com as condições

do recém-nascido, com maior risco de evolução desfavorável de sua saúde [...]”.

(BRASIL, 2013).

A prematuridade representa um desafio na área obstétrica e neonatológica, pois é uma das principais causas de morbidade e mortalidade neonatal; sendo que está intimamente relacionada aos agravos ocorridos durante a gestação e ao nascimento, portanto, um dos principais motivos de internação, além de ser responsável pelo aumento do índice de morbimortalidade neonatal [...] Neste estudo a prematuridade esteve

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associada a fatores gestacionais como: pré-eclâmpsia, descolamento prematuro de placenta, trabalho de parto prematuro, anemia, depressão, diabetes gestacional, infecção urinária e lúpus. É necessária uma equipe multidisciplinar de assistência, com um enfoque ampliado de saúde, visando identificar precocemente os problemas que possam resultar em maiores danos à saúde das mulheres e/ou dos seus bebês. (FRIGO et al, 2015).

Acreditamos que por ser um estudo realizado em uma unidade onde as

normas doutrinárias do SUS prevalecem que uma das principais problemáticas

envolvidas nesta questão seja a dificuldade financeira ou cognitiva da família,

encontrando nestes fatores uma complicação para se deslocar do município de

origem até a capital do estado.

Estamos certos que o empenho da equipe multiprofissional frente esta

problemática é intenso, sendo a dificuldade de locomoção dos pais da criança um

dos grandes problemas a ser enfrentada devido a dificuldades financeiras ou

cognitivas, que os impossibilita de terem acesso a toda a rede terapêutica dos seus

filhos fora do logradouro que se encontram.

[“...] unidade de cuidados hospitalares em que o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, permanece ao lado da mãe, 24 (vinte e quatro) horas por dia, no mesmo ambiente, até a alta hospitalar;” (Ministério da Saúde, 2015). No item II dispõe sobre os a incumbência dos envolvidos no processo do parto e pós-parto, colocando a família em um eixo central na tomada das decisões a serem tomadas, que nos casos de transferência, muitas das vezes fogem do seu poder de intervenção e decisão [...] atenção humanizada ao parto e nascimento: respeito ao parto como experiência pessoal, cultural, sexual e familiar, fundamentada no protagonismo e autonomia da mulher, que participa ativamente com a equipe das decisões referentes ao seu parto. (Ministério da Saúde, 2015).

Sabemos que os questionamentos cognitivos são abordados neste trabalho

devido ao fato evidenciado de que existem pais que nunca saíram da região,

conhecendo apenas a cidade onde moram sem sequer nunca terem ido à capital do

estado, fazendo com que além da falta de recursos e meios próprios de locomoção,

a hospitalização dos seus filhos em outro município torne-se angustiante para esta

família, já que quando não podem acompanhá-lo perdem contato abruptamente com

o seu recém-nascido, só tendo contato com os mesmos após alta hospitalar da

unidade referenciada ou até mesmo quando há óbito do RN.

O cuidado para os pacientes recém-nascidos (RN) e suas famílias, em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), pode ser muito complexo. Os profissionais assistenciais enfrentam dificuldades relacionadas à complexidade técnica da assistência a esses pacientes e estão expostos às exigentes solicitações de tais pacientes (considerando também a linguagem não verbal), familiares, médicos e instituições, pois muitos pacientes que

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estão internados na UTIN são considerados críticos e apresentam risco iminente de óbito. Estudos demonstram que os resultados neonatais estão relacionados com as horas de trabalho e qualificação da equipe. Uma revisão de literatura revela que os estudos em Neonatologia no Brasil estão focados em uma tríade: Família, Qualidade da equipe e Fisiologia fetal e neonatal. (DIAS et al, 2016).

Sendo assim temos que rever alguns aspectos éticos que irão direcionar a

realização de reanimação Neonatal na Sala de Parto.

Esses aspectos são controversos (dependem do contexto Nacional, Social,

Cultural e Religioso, no qual os conceitos de moral e ética são discutidos).

1º Aspecto:

Não iniciar a Reanimação Neonatal na SP para RN >/= 34 semanas em casos

de Malformações congênitas letais ou potencialmente letais. São necessários

nesses casos a comprovação diagnóstica antenatal e considerar a vontade dos pais

e os avanços terapêuticos.

2º Aspecto:

É controverso, refere-se à interrupção da reanimação na SP. Considera-se

pela SBP o tempo de assistolias, sendo 10 min o limite de tolerância para se finalizar

a reanimação neonatal. Mas não se tem uma resposta clara quanto deverá se

prolongar a reanimação após o nascimento. Deve-se considerar como foi essa

reanimação, se foi efetiva e proceder de modo individualizado.

3º Aspecto:

Quanto ao grau de prematuridade- Pré termos de 23 sem de IG ou peso < 400g, devem ser consideradas apenas medidas de conforto.

IG: 23-24s e 6dias ou PN 400- 500g- considerando a incerteza do

prognóstico ( Zona cinzenta), com a taxa de sobrevida muito baixa, pode-se

respeitar o desejo dos pais, reanimando o RN ou não.Em caso de reanimação se

não houver resposta, deve-se oferecer apenas medidas de conforto.

IG: 25s-25 e 6ddias ou PN>/= 500g- Considerando as taxas de sobrevida,

deve-se iniciar a reanimação neonatal, realizando todos os passos necessários. O

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RN deverá ser admitido na UTIN e receber todos os cuidados intensivos que

precisar.

O hospital ofertado oferece o serviço de Alojamento Conjunto para maior

conforto das puérperas juntas aos seus filhos e ensinamentos coletivos de como

cuidar das suas crianças, o que faz com que as mães saiam da unidade sabendo os

proporcionais e os principais cuidados com seus RN.

A integralidade e a humanização da atenção são diretrizes nacionais na saúde e devem estender-se às UCIN. Tais diretrizes processam-se nos encontros cuidadores, especialmente se o reconhecimento intersubjetivo for experiência pelos envolvidos. O espaço da mulher-mãe na UCIN está legalmente garantido, porém pouco vale se esse compromisso não permear a intimidade técnica do processo de trabalho em saúde efetivamente operado nessas unidades. Os resultados do presente estudo chamam a atenção para a externalidade entre o compromisso político e jurídico com o reconhecimento da mulher-mãe e a tecnicalidade do processo de trabalho na UCIN estudada. Nos relatos das mães, a cobrança, a insegurança e a fragilidade da autoestima das mães como cuidadoras são indícios eloquentes da falta de reconhecimento no espaço das interações ocorridas na UCIN e produzem impactos negativos sobre as relações de cuidado. O fato de os profissionais que buscaram a perspectiva dialógica terem sido identificados como “exceções” ou “burladores” das regras só reforça a impressão de que, de fato, o reconhecimento do outro e sua singularidade estiveram à margem do processo de trabalho efetivamente operado ali. (WERNET et al, 2015).

O ato de amamentar no alojamento conjunto é uma atividade comum às mães

que tiveram seus filhos sadios, podendo levar as puérperas que tiveram seus filhos

com alguma patologia ou intercorrência, a problemas psicológicos ou

psicopatologias ou relações familiares prejudicadas, gerando grande ansiedade. Já

que as mesmas encontram-se internadas no mesmo lugar, o Alojamento conjunto.

O Ministério da Saúde 2015 traz como conceito de Alojamento Conjunto a

Portaria nº 11, de 07 de janeiro de 2015, Art. 2º item I, e diz que o alojamento

conjunto é uma “unidade de cuidados hospitalares em que o recém-nascido sadio,

logo após o nascimento, permanece ao lado da mãe, 24 (vinte e quatro) horas por

dia, no mesmo ambiente, até a alta hospitalar”.

Tendo em vista a necessidade de segurança na execução de técnicas e manipulação de máquinas e equipamentos complexos que exigem eficiência e atualização de conhecimentos, faz-se necessário promover a capacitação e investir na formação dos profissionais de saúde para esta área de atuação. Ressalta-se a importância de o profissional desenvolver habilidades de relacionamento, sensibilizando-os para que planejem a assistência pautada nos fundamentos da humanização e da integralidade do cuidado, a fim de proporcionar ao RN e a sua família um ambiente tranquilo e acolhedor. (OLIVEIRA et al, 2013).

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No item II dispõe sobre:

[...] incumbência dos envolvidos no processo do parto e pós-parto, colocando a família em um eixo central na tomada das decisões a serem tomadas, que nos casos de transferência, muitas das vezes fogem do seu poder de intervenção e decisão [...]

Sobre a primeira visita na UTIN, o autor abaixo acredita que:

Na prática, percebemos que os pais, ao entrarem na UTIN pela primeira vez, se deparam com um ambiente assustador, pouco acolhedor, com muitos aparelhos, ficando chocados com a imagem de seu filho hospitalizado. É difícil para a família estabelecer um contato efetivo nesse momento. Permitir o livre acesso dos pais na UTIN é o primeiro passo para facilitar este processo. No entanto, os depoimentos apontam que, no início da UTIN, o hospital limitava a presença dos pais [...] Assim, deduzimos que a presença da família não era muito valorizada antes da implantação da UTIN e mesmo no início do trabalho nessa unidade. Além disso, os profissionais não percebiam que, ao limitar a presença da família, prejudicavam o vínculo afetivo pais/recém-nascido. Apesar dos avanços da literatura e advento da legislação dos direitos da criança, a situação na realidade brasileira não mudou muito, muitas Instituições ainda restringem a visita dos pais/ família aos RN. No cotidiano da UTIN é comum não se permitir a presença da mãe, justificada pela execução de procedimentos invasivos, horário da visita médica, espaço físico pequeno e escassez de recursos humanos [...] (COSTA, PADILHA, 2011).

A participação não somente da família, mas da comunidade que o cerca é

descrita pelo Ministério da Saúde como:

O Ministério da Saúde brasileiro coloca a presença e a participação da família ampliada como elementos fundamentais no apoio ao bebê e pais durante a hospitalização (Parentalidade), recomendando que as unidades neonatais liberem as visitas. O bebê tem a sua história, que é aquela do seu grupo familiar, com sua dinâmica familiar e seus integrantes, com seus papéis e funções. Apesar de todo o discurso em defesa da presença e participação da família nos cuidados, percebe-se que no cotidiano da assistência ainda há uma lacuna grande entre o que deve ser feito e que vem sendo feito [...] (BRASIL, 2015).

O autor abaixo levanta questionamentos pertinentes sobre a presença familiar

nas unidades que possuem UTIN.

É preciso compreender de que forma as práticas vêm sendo instituídas, como se instituíram as relações e diferentes jogos e lutas, que saber é dominante em determinado momento em cada situação. Procurar o que está por trás dos enunciados, limitar a presença dos pais na UTIN favorece quem? Qual a melhor prática para o RN? Para a família? E para o profissional de saúde? No caminho da transformação, percebemos que a família passou de um caráter de problema para ser vista como fundamental esta é a gênese de uma grande virada no saber/fazer. (COSTA, PADILHA, 2011).

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Sobre a interação afetiva e promoção de vínculos com os colaboradores da

unidade hospitalar, o autor abaixo cita posicionamento importante para a promoção

do mesmo.

É importante que os profissionais desenvolvam uma interação efetiva, compreendendo a vivência desses pais, nessa fase de sua vida, oferecendo-lhe um espaço legítimo para que eles expressem seus sentimentos e ainda esses mesmos profissionais possam oferecer elementos concretos e facilitadores para que ocorram as transformações que vão possibilitar a esses pais superarem barreiras e se movimentarem em direção à aproximação e interação com seu filho [...] Durante a internação o foco do atendimento é o bebê prematuro. (COSTA et al, 2010).

Ainda concordando com o autor acima:

[...] na medida em que se introduzem ações que dependem da mãe para promover o bem-estar e a saúde do bebê, tais como a amamentação, as visitas, o Método Canguru, o conhecimento acerca das crenças e sentimentos maternos ajudam a orientar as intervenções facilitadoras do cuidado individualizado do RN [...] O que se percebe nestes estudos é que existe um campo vasto a ser explorado com relação à vivência das famílias em UTIN. É necessário ampliar os sujeitos das pesquisas, envolvendo a figura paterna e as demais pessoas significativas no cuidado ao RN. Em se tratando de assistência neonatal é preciso ter em mente que o nosso cliente não é apenas o RN, mas também a família nuclear e ampliada. Ao olhar para a família, na UTIN, amplia-se a abordagem do cuidado para além do bebê prematuro, pois o que se considera são os seres que, ligados a ele, interagem e se movem, a fim de estarem próximos e serem úteis no cenário muitas vezes desafiador do ambiente hospitalar. (COSTA et al, 2010).

Acerca do método canguru, acreditamos que este seja um método eficaz que

promove total integração do binômio mãe e filho, devido ao fato de:

[...] o ambiente da UTIN envolve o pai em um misto de sentimentos ambíguos e confusos, pois ao mesmo tempo em que a necessidade do RN permanecer hospitalizado é inexorável, em vista dos cuidados especializados, este ambiente lhe escapa da materialidade com que havia sonhado. O bebê mal veio ao mundo, nem bem se tornou seu e o pai precisa apegar-se, contudo, sem tê-lo em seus braços. Ah, chega a dar um gelado no coração, só no olhar. (Pai 7) [...] a gente sabe que precisa ficar ali, mas é difícil, pois queria pegar. É medo e alívio ao mesmo tempo. (Pai 1) Na UTI neonatal pra quem nunca viu na vida, a primeira imagem foi forte, tu fica com temor. (Pai 5) Este turbilhão de sentimentos se confunde na mente dos familiares − o contato direto com a possibilidade de morte e a esperança do tratamento com tecnologias de ponta. Os sentimentos de medo do ambiente da UTIN e certa dose de negação, imediatamente antes de presenciar o filho internado pela primeira vez, ficaram evidentes nos relatos dos pais. Diante desse sentimento de impotência, muitos alegaram dificuldades para adentrar na unidade: [...] chegar aqui eu não queria entrar, eu não queria entrar pra ver ele, eu não sabia como entrar. (ROCHA, 2012).

Entendemos que médicos e enfermeiros são catalisadores das emoções

transmitidas pelas famílias, fornecendo todo tipo de apoio necessário para conforto

dos familiares, facilitando os fluxos assistenciais e provendo informações

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necessárias a fim de orientar sobre as estratégias acerca das terapêuticas utilizadas,

dentre todas, uma a ser destacada é o método canguru.

[...] o ato de carregar o recém-nascido pré-termo contra o tórax materno ganhou o mundo, recebendo adeptos e opositores, como é natural em todo o processo de aplicação de novas tecnologias. Entre os adeptos, podíamos observar aqueles cuja bandeira inicial era contrapor, com a nova proposta, o chamado tecnicismo desenvolvido para o cuidado do recém-nascido pré-termo, substituindo dessa forma a “máquina e o especialista” pelo “humano e familiar”. A crônica dificuldade de se obter recursos adequados para a saúde pareceu acenar com uma “metodologia salvadora e de baixo custo”. (BRASIL, 2011).

O Ministério da Saúde define os critérios necessários para o credenciamento

do método Canguru nas unidades hospitalares como:

O Método Canguru é um modelo de assistência perinatal voltado para o cuidado humanizado que reúne estratégias de intervenção biopsicossocial. O contato pele a pele, no Método Canguru, começa com o toque evoluindo até a posição canguru. Inicia-se de forma precoce e crescente, por livre escolha da família, pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente. Esse Método permite uma maior participação dos pais e da família nos cuidados neonatais. A posição canguru consiste em manter o recém-nascido de baixo peso, em contato pele a pele, na posição vertical junto ao peito dos pais ou de outros familiares. Deve ser realizada de maneira orientada, segura e acompanhada de suporte assistencial por uma equipe de saúde adequadamente treinada. (BRASIL, 2011)

As principais normas gerais são descritas pelo Ministério da Saúde

como:

A adoção do Método Canguru visa fundamentalmente uma mudança de atitude na abordagem do recém-nascido de baixo peso, com necessidade de hospitalização. O método descrito não é um substitutivo das unidades de terapia intensiva neonatal, nem da utilização de incubadoras, já que estas situações têm as suas indicações bem estabelecidas. O Método não objetiva economizar recursos humanos e recursos técnicos, mas fundamentalmente aprimorar a atenção perinatal. O início da atenção adequada ao RN antecede o período do nascimento. Durante o pré-natal, é possível identificar mulheres com maior risco de terem recém-nascidos de baixo peso; para elas devem ser oferecidas informações sobre cuidados médicos específicos e humanizados. Nas situações em que há risco de nascimento de crianças com baixo peso, é recomendável encaminhar à gestante para os cuidados de referência, uma vez que essa é a maneira mais segura de atenção. (BRASIL, 2011).

Entendemos que são atribuições da equipe de saúde de acordo com o

protocolo do Ministério da Saúde:

Orientar a mãe e a família em todas as etapas do método; oferecer suporte emocional e estimular os pais em todos os momentos; encorajar o aleitamento materno; desenvolver ações educativas abordando conceitos de

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higiene, controle de saúde e nutrição; desenvolver atividades recreativas para as mães durante o período de permanência hospitalar; participar de treinamento em serviço como condição básica para garantir a qualidade da atenção; orientar a família na hora da alta hospitalar, criando condições de comunicação com a equipe, e garantir todas as possibilidades já enumeradas de atendimento continuado. (BRASIL, 2011)

Acreditamos que as principais vantagens da adoção do método Canguru,

além do baixo custo de implementação na unidade, podem ser descrito de acordo

com o Ministério da Saúde diz abaixo:

Aumenta o vínculo mãe-filho; reduz o tempo de separação mãe-filho; melhora a qualidade do desenvolvimento neurocomportamental e psicoafetivo do RN de baixo-peso; estimula o aleitamento materno, permitindo maior frequência, precocidade e duração; permite um controle térmico adequado; favorece a estimulação sensorial adequada do RN; contribui para a redução do risco de infecção hospitalar; reduz o estresse e a dor dos RN de baixo peso; propicia um melhor relacionamento da família com a equipe de saúde; possibilita maior competência e confiança dos pais no manuseio do seu filho de baixo peso, inclusive após a alta hospitalar; contribui para a otimização dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva e de Cuidados Intermediários devido à maior rotatividade de leitos. (BRASIL, 2011).

7. METODOLOGIA

Para a realização deste estudo foi utilizado o método Revisão Integrativa,

trata-se de uma revisão sistemática de conteúdos acadêmicos pesquisados em

bancos de dados com critérios de inclusão e exclusão para composição do presente

estudo. Trata-se de um método de coleta de resultados pautados em seis passos

descritos abaixo de acordo com Galvão, 2008.

1º passo: estabelecimento de hipótese ou questão de pesquisa;

2º passo: amostragem ou busca na literatura;

3º passo: categorização dos estudos;

4º passo: avaliação dos estudos incluídos na revisão;

5º passo: interpretação dos resultados;

6º passo: síntese do conhecimento ou apresentação da revisão.

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Para tornar este estudo possível, foi utilizada leitura de resumos e

artigos acadêmicos na base de dados BVS, sendo utilizados critérios de

inclusão artigos escritos em português; artigos cuja temática norteia o tema

UTI Neonatal, família e equipe multiprofissional; todos disponíveis na base de

dados online. O critério de exclusão foram os artigos que não abordavam as

temáticas na íntegra, artigos repetidos e artigos escritos em outros idiomas.

Após busca na rede de dados, 106 artigos foram encontrados e ao

serem aplicados o sistema de inclusão e exclusão, 13 artigos foram

reservados para a construção do trabalho.

8. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:

Este capítulo discorre acerca dos artigos encontrados nos bancos de

dados descritos acima. Eles foram selecionados através dos critérios de

inclusão e exclusão citados acima e estão expostos através do quadro abaixo.

Quadro I: resultado de busca nas bases de dados online.

Titulo Autor Resumo Fonte Ano

A influência do método mãe-canguru na recuperação do recém-nascido em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: uma revisão de literatura

FERREI-RA, L;VIEIRA, C.S.

A separação da mãe e recém-nascido (RN) logo após o parto, decorrente da hospitalização, influencia na continuidade da formação do apego, podendo afetar RN e/ou sua mãe. Com isso, buscou-se, a partir do método mãe-canguru, identificar a influência deste na relação mãe-filho internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal; conhecer como ocorre a formação do apego, mediante a utilização do método, e como o apego pode influenciar no prognóstico do RN internado e na atitude da mãe frente à hospitalização foram os objetivos. A pesquisa foi de cunho bibliográfico, realizada uma revisão no período de 1983 a 2002. Procurou-se observar a eficácia do método como facilitador do apego, promovendo um melhor prognóstico do RN internado e aumento da confiança e adaptação materna diante da situação. A indissolubilidade da relação de apego entre mãe e filho é de grande importância e as intervenções de

Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, Paraná, Brasil.

2003

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enfermagem devem visar amenizar a separação da díade, prevenindo sequelas imediatas e futuras para os envolvidos.

A experiência vivida pelas famílias de crianças hospitalizadas em uma unidade de terapia intensiva neonatal

CENTA, M. de L;MOREIRA, E. C;RIBBAS, M. N. de G. H.

O objetivo deste estudo foi identificar a experiência vivida pelos familiares de crianças internadas em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal num hospital de Curitiba. Os dados foram obtidos por meio de entrevista semiestruturada; a amostra foi composta por 18 familiares de crianças internadas em UTIN durante os meses de junho e julho de 2003. Trata-se de estudo exploratório-descritivo. Após análise e discussão dos dados, surgiu como categoria central “vivenciando a internação do recém-nascido em UTI neonatal”, a qual originou as seguintes categorias: Definição da UTI Neonatal; Motivos de internação do recém-nascido; Perspectiva de informação; Significado da experiência vivida; Sentimentos gerados; Reação dos familiares; Avaliação do cuidado; Participação dos familiares no cuidado; Avaliação da assistência recebida; Envolvimento no cuidado. Em “vivenciando a internação do recém-nascido em UTIN” pelos familiares, conclui-se que apesar do atendimento prestado pela equipe multiprofissional, eles sentem necessidade de mais informações, orientações, aconselhamento e apoio.

Scielo 2004

As expectativas de pais e profissionais de enfermagem em relação ao trabalho da enfermeira em UTIM

KAMADA, I;ROCHA, S. M. M.

O objetivo geral foi identificar as expectativas dos pais e da equipe de enfermagem relativas ao trabalho da enfermeira pela ótica em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Foi realizada uma pesquisa descritiva por meio de uma abordagem qualitativa com 30 entrevistas entre pais, enfermeiras, técnicas e auxiliares de enfermagem de uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do interior do Estado de São Paulo. Os resultados demonstraram novas expectativas por parte de pais e profissionais em relação ao desempenho dos profissionais de enfermagem. Os conhecimentos evidenciados como necessários para a atuação da enfermagem foram: abordagem centrada na família, técnicas de relações interpessoais e diferenciação entre tecnologia e conhecimento científico. Concluiu-se ser necessária uma atuação mais incisiva da enfermeira no cuidado de enfermagem, adequando a utilização dos avanços tecnológicos com conhecimentos humanos, sobretudo nas relações interpessoais entre familiares e equipe; contemplando atividades de educação continuada, a exemplo de curso de especialização.

Revista Escola de Enfermagem USP

2005

O discurso e a prática do cuidado ao recém-nascido de

ROLIM, K. M. C;CARDO-SO, M. V. L.

Este estudo identificou a opinião da enfermeira acerca da humanização do cuidado ao recém-nascido (RN) de risco na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e a seus familiares. Foi utilizada como referencial teórico-metodológico a Teoria de Paterson e Zderad

Scielo 2005

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risco: refletindo sobre a atenção humanizada

(1976). O cenário para execução desse estudo foi a UTIN de uma maternidade pública na cidade de Fortaleza - CE, no período de abril a julho de 2003. Os sujeitos da pesquisa foram seis enfermeiras atuantes na UTIN. Realizou-se entrevistas com as enfermeiras participantes do estudo. As temáticas extraídas dos discursos das participantes foram: humanização, sensibilização, conscientização e cuidado. Conclui-se que, no cuidado humanizado de bebês de alto risco, é imprescindível a comunhão do discurso com a prática.

Concepções das mães sobre os filhos prematuros em UTI

SALES,C. A;ALVES,N. B;VRECCHI, M. R;FERNAN-DES, J.

Neste estudo, nossa proposta foi dirigir-nos às mães que tiveram bebês nascidos prematuros e necessitaram ser assistido em UTI neonatal, buscando compreender os sentimentos suscitados nessas mães por tal situação e, assim, projetar novas possibilidades de cuidado a esses seres. Para tanto, optamos por um estudo qualitativo-descritivo, embasado nos princípios da fenomenologia existencial. Da análise emergiram quatro categorias; A dor de ver seu filho nascer prematuro e ser tirado de seus braços; padecimento ante a possibilidade de perder parte de si; sentimentos avivados a partir da compreensão da situação do filho e, a importância da equipe de saúde no processo de recuperação do filho. Depreendemos que escutar e olhar atentamente são instrumentos imprescindíveis para assistir a mãe e seu filho em suas singularidades.

Scielo 2005

As expectativas de pais e profissionais de enfermagem em relação ao trabalho da enfermeira em UTIN

KAMADA, I;ROCHA, S. M. M. R.

O objetivo geral foi identificar as expectativas dos pais e da equipe de enfermagem relativas ao trabalho da enfermeira pela ótica em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Foi realizada uma pesquisa descritiva por meio de uma abordagem qualitativa com 30 entrevistas entre pais, enfermeiras, técnicas e auxiliares de enfermagem de uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do interior do Estado de São Paulo. Os resultados demonstraram novas expectativas por parte de pais e profissionais em relação ao desempenho dos profissionais de enfermagem. Os conhecimentos evidenciados como necessários para a atuação da enfermagem foram: abordagem centrada na família, técnicas de relações interpessoais e diferenciação entre tecnologia e conhecimento científico. Concluiu-se ser necessária uma atuação mais incisiva da enfermeira no cuidado de enfermagem, adequando a utilização dos avanços tecnológicos com conhecimentos humanos, sobretudo nas relações interpessoais entre familiares e equipe; contemplando atividades de educação continuada, a exemplo de curso de especialização.

Rev. Esc. Enf. USP

2006

Promoção de vínculo afetivo na

CONZ,C. A;MERIGHI,

As observações do cotidiano na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), as reflexões sobre a dicotomia entre a teoria, o discurso e o modo de

Scielo 2008

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Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: um desafio para as enfermeiras

M. A. B;JESUS,M. C. P. de.

atuação de muitos enfermeiros junto aos pais dos recém-nascidos, suscitaram-nos inquietações que nos levaram a desenvolver este estudo, com os objetivos de conhecer a vivência da enfermeira no cuidado ao recém-nascido e aos seus pais na UTIN e compreender como as enfermeiras vivenciam o processo de vínculo afetivo entre recém-nascidos internados em UTIN e seus pais. Realizamos a pesquisa de acordo com a abordagem da fenomenologia social de Alfred Schütz. Os sujeitos do estudo foram oito enfermeiras assistenciais, com experiências em UTIN de hospitais públicos e privados. Dentre as categorias concretas do vivido, que emergiram dos discursos, destacamos o Contato Humano. Os resultados da análise mostraram que as enfermeiras percebem-se como elo de aproximação entre filhos e pais e acreditam que exercem papel importante na formação de vínculo afetivo entre eles.

O alojamento de mães de recém-nascidos prematuros: uma contribuição para ação da enfermagem

ARAÚJO, B. B. M. DE.

RODRI-GUES, B. M. R. D.

O estudo teve o objetivo de apreender o “motivo por que” de a mãe permanecer na unidade hospitalar durante a internação do filho prematuro na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Foi realizado com 12 mães de recém-nascidos prematuros, em um hospital maternidade municipal do Rio de Janeiro, em 2007. Adotou-se como suporte metodológico a Fenomenologia Sociológica de Alfred Schultz. A Entrevista Fenomenológica foi à técnica utilizada para captar o contexto vivencial das mães na unidade hospitalar, compreendendo que a sua permanência está ligada à ação de cumprir seu papel de ser mãe. A vivência das mulheres é retratada como um processo difícil, triste e conflituoso. Concluímos que as mães atualmente estão presentes, mas não estão inseridas nesta realidade intensiva. Dessa forma, entendemos que é necessário mudar esse paradigma intensivista incorporando o cuidado humanizado, inserindo a mãe e sua família no ambiente neonatal.

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem

2010

Vivências de familiares no processo de nascimento e internação de seus filhos em UTI neonatal

VERONEZ,K. de O.

HIGARASHI,I. H.CORRÊA,D. A. M.

A expectativa que envolve o nascimento de um filho está atrelada à idéia de levar um bebê saudável para casa. Contudo, tal desejo, acalentado ao longo de toda gestação, nem sempre se concretiza. Este estudo, de caráter qualitativo-descritivo, teve por objetivo conhecer a vivência de pais que tiveram seu bebê internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) desde o nascimento. Participaram do estudo seis mães que tiveram seus filhos internados em um hospital de ensino e foram entrevistadas com o uso de um roteiro semiestruturado. Os dados foram analisados segundo o referencial de Bardin, originando a seguinte temática central: vivência dos pais no processo de hospitalização

Scielo 2012

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do filho em UTIN e três subtemáticas: vivenciando sentimentos de separação e abandono; experienciando o medo da perda; identificando dificuldades e encontrando fontes de apoio. O estudo evidenciou a importância de envolver a família no processo assistencial como fator precursor da qualidade da atenção humanizada.

Descrevendo necessidades de familiares de crianças internadas em unidade de terapia intensiva neonatal

RIBEIRO, F. S. P;SANTO, M. H;SOUSA, F. G. M;SANTANA, E. E. C;ARAÚJO, S. F. C;VIEGAS, C. G. C.BRAGA,L. C.

Necessidades de familiares caracterizam-se como algo essencial, exigido pela pessoa, que quando suprido diminui a angústia, melhora a percepção e o bem-estar. Quais seriam as necessidades dos familiares dos recém-nascidos internados em UTI Neonatal? Foi realizado estudo exploratório quantitativo apoiado no instrumento INEFTI com objetivo de identificar as necessidades dos familiares segundo as dimensões segurança, informação, proximidade, conforto e suporte. As necessidades de segurança foram mais bem atendidas para 85,7% dos familiares, enquanto, as de informação, as mais comprometidas. Conhecer as necessidades dos familiares oferece subsídios ao planejamento do cuidado e à implementação do cuidado centrado na criança e na família.

Revista Oficial do Conselho Federal de Enfermagem.

2012

Acolhimento na unidade neonatal: percepção da equipe de enfermagem

COSTA, R;

KLOCK, P;

LOCKS, M. O. H.

RESUMO Estudo exploratório descritivo, de natureza qualitativa, com o objetivo de conhecer como ocorre o acolhimento aos pais na percepção da equipe de enfermagem neonatal, buscando elaborar estratégias para a relação profissionais/ familiares. Foi desenvolvido na unidade neonatal de um hospital universitário no sul do Brasil, com 24 profissionais da equipe de enfermagem, no período de setembro a novembro de 2010. Teve como referencial metodológico a pesquisa convergente assistencial. A coleta dos dados deu-se por meio de questionário estruturado. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo de Bardin. Evidenciou-se que a equipe de enfermagem é a principal responsável pela inserção da família no ambiente da unidade neonatal. O acolhimento é a chave inicial para o processo de comunicação entre os pais e os profissionais de saúde. Os resultados apontam para a necessidade de capacitação dos profissionais das unidades neonatais, promovendo não somente aprimoramento técnico, mas também os sensibilizando para um cuidado individualizado e humanizado.

Rev. Enfermagem. UERJ, Rio de Janeiro

2012

Concepções de humanização de profissionais em

ROSEIRO, C. P;PAULA, K. M. P.

Considerando-se a importância das estratégias de humanização e intervenção hospitalar no atendimento ao recém-nascido enfermo, esta pesquisa investigou a concepção de humanização da equipe de profissionais de três Unidades de Terapia Intensiva Neonatal da Região Metropolitana da Grande Vitória, Espírito Santo.

Scielo 2013

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Unidades de Terapia Intensiva Neonatal

Participaram do estudo 29 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem, os quais responderam a roteiros de entrevistas semiestruturadas. Os dados das entrevistas foram processados pelo software Alceste e submetidos à Análise de Conteúdo. Concluiu-se que os profissionais compreendem o cuidado humanizado a partir do resgate da perspectiva afetiva, em oposição ao modelo médico-tecnicista de atenção à saúde, ou seja, com ênfase nos aspectos emocionais que envolvem sua relação com o bebê e com o trabalho em Neonatologia., que a participação da família foi o aspecto mais relevante para os profissionais expressaram e a importância da permanência dos pais na unidade de terapia sua participação nos cuidados ao recém-nascido.

Grupo de apoio aos pais como uma experiência transformadora para a família em unidade neonatal

BALBINO, F. S;

YAMANAKA,C. I.BALIEIRO, M. M. F. G;MANDETTA,M. A.

Compreender o significado da participação da família no Grupo de Apoio aos Pais na unidade neonatal. Scielo 2015

Quadro I, Resultado das Buscas.

Dos 106 artigos pesquisados, 13 deles tiveram total interação com o tema

proposto, tendo como palavras-chave: Equipe multiprofissional; UTI Neonatal;

Família. Onde os dados cruzados serviram como base para a categorização tendo

em vista os conteúdos que versam sobre a atuação da equipe de saúde nestas

unidades e sua interação com familiares de recém-nascidos que necessitavam de

cuidados intensivos. A partir de então, os estudos analisados foram categorizados e

apresentam suas respectivas divisões de acordo com o quadro abaixo.

9. CATEGORIAS.

CATEGORIAS

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CATEGORIA I Criação de vínculo familiar das mães envolvidas diretamente no processo de internação dos seus filhos em UTI-Neonatal

CATEGORIA IIO processo do cuidar que norteia os atendimentos nas unidades UTI-Neonatais sob a ótica dos profissionais frente aos anseios dos familiares.

CATEGORIA III Estratégias de humanização e cuidado do recém-nascido atrelado às atribuições dos profissionais e familiares.

QUADRO II, CATEGORIAS

CATEGORIA I

Acreditamos que na recuperação do bebê com risco iminente de vida a

dinâmica familiar é imprescindível para a melhor recuperação do mesmo.

[...] experiência da prematuridade para as famílias coloca seus integrantes diante de limitações, impedimentos e situações que muitas vezes fragilizam a rotina da família, que modifica valores diante da vida [...] a equipe de enfermagem se torna imprescindível no momento de facilitar a aproximação da mãe com seu filho. O foco dos cuidados de enfermagem neonatal é o bebê prematuro e sua evolução, porém a partir do momento que se introduzem ações que envolvem e "dependem da mãe para promover o bem estar e a saúde do bebê, tais como a amamentação, as visitas, o contato pele a pele" se torna imprescindível conhecer os sentimentos, necessidades e crenças da mãe para que a enfermagem possa planejar orientações e intervenções adequadas para cada mulher que está envolvida nos cuidados com seu filho (4). (FRELLO, 2012).

Sobre a corresponsabilidade da equipe com o cuidado neonatal, acreditamos

que: antes de terem confiança em si mesmo como seres capazes de se relacionar

com o bebê prematuro, os pais desenvolvem cinco estágios importantes no processo

de ligação ao filho.

O primeiro estágio corresponde ao relacionamento tênue, através das

informações clinicas em relação à situação do filho, transmitida pelos profissionais de

saúde. Em seguida observam atentamente os movimentos apresentados pelo bebê

quando é manipulado pela equipe. No terceiro estagio, os pais tentam identificá-lo

como uma pessoa, apreciam os movimentos e os reflexos apresentados pela criança,

porém não ousam estimulá-los. No estágio seguinte, tentam produzir uma reação no

filho, correspondendo ao inicio da visão de si mesmos como pais desta criança.

Assim, podem ver-se como responsáveis por suas respostas. No último estágio, os

pais ousam pegá-lo e segurá-lo, balançá-lo e alimentá-lo.

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A ligação afetiva entre eles já está formada, e os pais passam a acreditar que

podem confortá-lo e tratá-lo. Esta fase mostra que os pais estão prontos para levarem

este filho para casa.

Ainda sobre o impacto causado na família, o autor abaixo diz que:

O ambiente da unidade neonatal é estranho e assustador, pois, além do bebê real ser diferente do imaginado, a presença de inúmeros equipamentos, necessários a sua sobrevida ameaçam os pais que desconhecem sua utilidade e intensificam seu sentimento de vulnerabilidade. (ARAÚJO, 2010).

O próximo autor defende que nesta situação de complicação de saúde

neonatal, a família prostra-se diante do quadro apresentado, sendo assim:

O Ser ai delineia projetos para acolher o filho almejado, esmera-se no preparo do quarto, do vestuário e de todos os utensílios necessários para o futuro neném. Porém, ao constatar a prematuridade de seu bebê e vê-o ser levado para uma UTI neonatal, rompe-se o sonho de sair do Hospital com seu filho no colo, levando-o para casa. Nesse momento, os familiares vivem, portanto um anticlímax, no pêndulo que os transporta da preocupação à esperança, do ânimo ao desalento. (CONZ, 2009).

Sobre a formação de vínculo do binômio, o próximo autor defende que:

[...] revela que aparece nos discursos dos profissionais um reconhecimento sobre sua importância na formação do vínculo afetivo entre filho e pais. Percebem-se, e reconhecem-se como elo nesta relação, mas para que suas ações sejam eficazes é preciso querer, disponibilização para a ação, mudança de ideias e estabelecimento de comunicação com a família do recém-nascido [...] veem a família do recém-nascido internado na UTIn, e percebem a necessidade de inseri-la no contexto de cuidar. Sabem que quando estão presentes, os pais auxiliam na recuperação da criança, as ações que tem de aproximá-los do filho muitas vezes são baseados nos cuidados técnicos, e não no estimular a mãe a ser mãe, tocando, acariciando, conversando com o filho. (CONZ, 2009).

Ainda sobre a aproximação com a criança, o autor abaixo deduz que:

[...} com o convívio dos pais na unidade percebemos as dificuldades e facilidade destes na aproximação com o recém-nascido e então demonstramos como se faz o toque no bebê, inserindo-os nos cuidados. Promovemos e estimulamos, ainda, o contato pele a pele assim que possível. Orientamos também quanto aos procedimentos a serem realizados. Nossas falas procuram demonstrar nossa disponibilidade em sanar suas dúvidas sempre que for necessário e nosso olhar procura abstrair uma relaçao de confiança, uma comunicação simples para que possamos, em conjunto, promover o desenvolvimento do recém-nascido. Em momentos crítiocs de internaçao na UTIN, procuramos ficar proximos da família, que muitas vezes precisa de colo para minimizar seu sofrimento [...] (COSTA, 2012).

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CATEGORIA II

Como apoio para os pais e convívio com a criança, o autor abaixo versa que:

[...] a família aparece como outra fonte de apoio essencial, participando de forma ativa desse processo. A participação da família nuclear (pai, mãe e irmãos) e extensa (avós, tios e primos) nesse momento de fragilidade, e o apoio daqueles em que se confia, tenham estes laços sanguíneos ou não (amigos, vizinhos), constituem um valioso suporte emocional nessa fase de vida permeada pela insegurança em relação à saúde do filho doente. Desta forma, o período de hospitalização permite aos pais identificar aqueles sujeitos que, dentro de seu grupo de relações se destacam como mais significativos e capazes de contribuir direta ou indiretamente para o cuidado da criança, inclusive quando ela estiver no domicilio [...] (VERONEZ, 2012).

Como um todo, o paciente dever ser visto de forma individualizada, sendo

assim, acreditamos que: para se ter uma visão holística do paciente, é necessário

envolver a família no cuidado. A equipe deve ter competência para avaliar a

intensidade do problema que os familiares estão enfrentando e como esse problema

interfere no cotidiano deles, para poder planejar e implementar ações de eficientes

com resolutividade, procurando tornar o tempo de internamento o mais harmônico e

saudável possível.

Sobre a interação da equipe de saúde com a família e a criança, o autor

abaixo descreve com maestria o cuidado empregado:

[...] partindo da premissa de que a família se constitui de cuidados, cabe à equipe de saúde reconhecê-la como tal e compreender que o cuidado eficaz se concretiza na medida em que este entendimento permeia a relação medico-enfermagem-criança-família. Conhecer as necessidades dos familiares possibilita identificar problemas, determinar objetivos e captar recursos com vistas à elaboração de um plano de cuidados, a partir de pressupostos de abordagem centrada na criança e na família o que implica atender as necessidades de segurança, informação, proximidade, conforto e suporte. (RIBEIRO, 2012).

CATEGORIA III

Sobre a participação da família neste cenário desafiador para pessoas leigas,

o autor abaixo incita que:

Na classe participação da família foram expressos os conteúdos referentes à importância do vínculo familiar e às práticas realizadas para incentivar a permanência dos pais na UTIN, a participação destes nos cuidados ao bebê e a presença de outras pessoas do grupo familiar, como irmãos e avós. Destacam-se como palavras mais representativas da classe: mãe, pai, avós, conversa, acompanhar, incentiva, família, aleitamento materno, banco de

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leite, canguru, colo, cuidado, irmão, vínculo, acolhimento, contato e carinho. Verifica-se por meio dos conteúdos levantados que os profissionais entendem a importância do contato e da participação dos pais junto ao bebê, apontando, para tanto, algumas ações como: os horários de visita, dos quais os avós e irmãos também participam; o incentivo ao aleitamento materno, com o trabalho do Banco de Leite; e o incentivo à posição canguru, ao colo e aos cuidados diretos. (ROSEIRO, 2015).

Sobre as orientações prestadas pela equipe de saúde, Kamada diz que:

[...] as mães relataram que recebem informações da equipe da UTIN por ocasião da primeira visita, quando são orientadas sobre alguns procedimentos de rotina para permanecer na Unidade, como lavar as mãos, vestir avental, os horários de visitas para o restante dos familiares, não mexer nos aparelhos, etc. quando a mãe chega pela primeira vez na UTIN para ver seu filho, rodeado de aparelhos, é feito um preparo pela equipe profissional, muito valorizado pelas mães. Segundo elas, essas orientações diminuem sua ansiedade e as acalma. (KAMADA, 2008).

A formação do vínculo foi observada por nós que se é dada desde antes

mesmo da concepção, sendo assim, o autor abaixo vem em concordância com o

nosso pensamento:

Ferreira 2003 relata que esse processo, no entanto, de vinculação, que culmina com o apego, se inicia a partir do momento em que se planeja ter um filho, e se desenvolve com as experiências recíprocas que mãe e filho vão sofrendo durante a gestação e após o nascimento da criança em que a mãe passa a se conhecer e a compreender melhor o filho (BRAZELTON, 1998). Após o nascimento, o apego continua se desenvolvendo e é de suma importância para a relação mãe/RN, pois é a partir desse sentimento que os pais se sentirão mais próximos, importantes e comprometidos com o filho e este terá maior segurança para vivenciar as situações externas do seu novo ambiente (Dias, 2000). Segundo Klaus e Kennel (1993), a principal fonte para todas as ligações subsequentes da criança é o laço original entre pais e RN, esta relação de apego, o influenciará por toda a sua vida, inclusive atuando na qualidade de todos os laços futuros com outros indivíduos. Nos casos onde essa interação é impossibilitada, devido a complicações de saúde da mãe ou do RN, a troca de ideias, o apoio e o conforto emocional devem ser favorecidos por parte da enfermagem, a fim de ajudar os pais a se vincular aos filhos mesmo sem este contato prévio [...] a compreensão teórica de todo esse processo de apego entre a mãe e o RN capacita e conscientiza os profissionais sobre a responsabilidade que têm quando assistem essa díade durante a internação, além de instrumentalizá-los para que as ações de enfermagem foquem também o social e o emocional do Este, sendo tão importante quanto o físico que costumeiramente é o mais priorizado. (FERREIRA, 2003).

Ainda sobre a integralidade e individualização do atendimento, o último autor

versa que:

[...] o profissional de saúde ajuda o bebê a tornar-se o mais humanamente possível em uma situação particular de sua vida, ou seja, a vir a ser, quando dirige o seu cuidar a esse bebê, vendo-o em sua totalidade, buscando maneiras de valorizar o seu potencial, considerando suas limitações e imaturidade psicobiológica. O interesse do profissional de saúde não deve

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estar direcionado apenas ao seu bem-estar, mas também ao seu estar-melhor até porque, muitas vezes estabelece-se um vínculo afetivo entre a equipe, mãe e a criança, o que é gratificante para o pessoal que lidou o tempo todo com a criança. (KLOCK, 2011).

10. CONCLUSÃO

Esta revisão literária nos fez entender o real enfrentamento da equipe

multiprofissional no seu dia a dia com questionamentos reais das famílias frente à

problemática ofertada. Questões cognitivas, sociais e emocionais estão aplicadas

não somente à equipe, mas principalmente em toda a rede social que cerca o

recém-nascido requerente de cuidados intensivos imediatos.

As questões cognitivas apontadas neste trabalho foram interpretadas por nós

como falta de aptidão para locomoção em grandes centros urbanos, já que este

trabalho destinou-se a levantar reflexões sobre pessoas que possuem baixo padrão

econômico, possuem filhos que requerem cuidados especializados e encontram-se

longe das unidades as quais seus filhos foram encaminhados. Sendo este um fator

que impossibilita visitas regulares ou acompanhamento integral dos seus filhos, pois

a unidade móvel que leva o recém-nato oferece somente o transporte de ida para a

unidade a ser referenciada, sabendo-se que algumas unidades não ofertam

alojamento para os acompanhantes, alimentação e transporte de volta para a cidade

oriunda da transferência.

A cidade de Teresópolis, na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro

encontra-se longe da unidade de UTI Neonatal mais próxima, sendo assim

acreditamos que para pleno sucesso da recuperação destes infantes e integração

plena do círculo familiar de forma humanizada, todas as cidades que possuem

hospital maternidade deveriam ofertar obrigatoriamente o serviço de UTI Neonatal,

garantindo assim maior proximidade física e também criação de vínculo afetivo e

diminuindo índices de abandono neonatal.

Acreditamos que um programa que norteie esta problemática seria uma

solução paliativa para as cidades que não possuem UTI Neonatal, pois através

deste pensamento acreditamos que ofertar alojamento, alimentação e transporte de

IDA E volta através de programas de saúde minimizaríamos o abandono por parte

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das famílias, trabalhando parentalidade, que já é criado antes mesmo do momento

do nascimento, desde o momento em que há maturidade neurofisiológica, sendo

quebrado por falta de estratégias que promovam esta vinculação.

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10. REFERÊNCIAS

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