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INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA – IBRATISOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA – SOBRATIMESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA
CRISTINA MARIA FÉLIX CRISPINIANO
CARTILHA SOCIOEDUCATIVA: ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA A FAMÍLIA/VISITANTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
BRASÍLIA - DF
2014
CRISTINA MARIA FÉLIX CRISPINIANO
CARTILHA SOCIOEDUCATIVA: ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA A FAMÍLIA/VISITANTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Terapia Intensiva, do Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Terapia Intensiva.
Orientador: Prof. Dr. Marttem Costa de Santana
Brasília - DF2014
CRISTINA MARIA FÉLIX CRISPINIANO
CARTILHA SOCIOEDUCATIVA: ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA A FAMÍLIA/VISITANTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Esta dissertação de mestrado foi julgada adequada e faz parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Terapia Intensiva pela Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva – SOBRATI.
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. Marttem da Costa SantanaUniversidade Federal do Piauí - UFPI
Orientador
Prof. Dr. Douglas c. FerrariInstituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI
Examinador
Prof. M.e Francimeiry Santos Carvalho Universidade Federal do Piauí - UFPI
Examinadora
RESUMO
A Unidade de Terapia Intensiva é o espaço de atendimento a pacientes graves com perspectiva de cura que precisa de cuidados ininterruptos por uma equipe de saúde. Objetivou-se elaborar um prospecto para educação em saúde dirigida ao visitante desta unidade sobre a equipe de saúde, equipamentos utilizados, cuidados geral e ambiente e também de oferecer material escrito aos visitantes e profissionais de saúde. Trata-se de uma Pesquisa Descritiva, de Abordagem Qualitativa, do tipo Revisão Integrativa. Foram encontrados: 01 cartilha, 01 dissertação, 02 folhetos informativos, 16 artigos publicados e também 02 livros. Posteriormente foi elaborada uma cartilha socioeducativa abordando temas sobre: O que é a Unidade de Terapia Intensiva? Que profissionais trabalham nesta Unidade? Porque se internar nesta unidade? Quais medidas de segurança necessárias? O que pode perturbar este ambiente? Qual a importância da visitação e qual estado que se pode encontrar o paciente? Bem como: Quais aparelhos/recursos materiais que podem ser utilizado? Quais cuidados que se deve ter ao entrar no setor? O que são cuidados paliativos? E abordagem de temas relevantes. Conclui-se que, a cartilha socioeducativa contribui para o aumento do conhecimento dos interlocutores e, também, coopera com a sistematização das orientações fornecidas pela equipe interdisciplinar.
Palavras-chave: Unidades de Terapia Intensiva; Prospecto para Educação; Comunicação em Saúde.
LISTA DE QUADRO
Quadro1- Temas de interesse...........................................................................15
Quadro 2 - Artigos utilizados para elaboração da cartilha.................................16
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................07
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................09
3 TRAJETÓRIA METODOLÓGICA DA PESQUISA....................................11
CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................15
REFERÊNCIAS.............................................................................................16
APÊNDICE
1 INTRODUÇÃO
A Unidade de Terapia Intensiva é compreendida como um espaço de
prestação de serviços e ações em atendimento a pacientes grave ou de risco
com possibilidades de cura e que requer cuidados ininterruptos, necessitando,
com isso, de equipe multiprofissional de apoio, bem como, de recursos
humanos especializados e tecnologia avançada (JERÔNIMO, 2011).
É, portanto, um momento importante para o paciente e família
entenderem como as etapas do cuidado vão se processando para superação
dos obstáculos, bem como, para aliviar e oferecer conforto seja qual for o
resultado final, pois apesar de todo aparato tecnológico é preciso de interação
da equipe/família/paciente independente do prognóstico. Como também se faz
necessário uma equipe de saúde preparada para amenizar os momentos
vivenciados de sofrimento (SOARES, 2007).
Diante das diversas formas de promover saúde, a educação nesta área
favorece a corresponsabilização e participação dos cuidadores nesse
processo, impulsionando-os para construção de outras formas de
comportamento (GRIPPO, 2008).
Observou-se durante a visitação da família/visitante na Unidade de
Terapia Intensiva no período da hospitalização de paciente gravemente
enfermo, as dificuldades daquela de entenderem o momento crítico e como
poderiam contribuir nas situações de difícil aceitação. Temor pela morte do
ente, ansiedade diante do quadro de prognóstico ruim, estresse relacionado
aos ruídos alarmantes - ao uso de múltiplos equipamentos e à manipulação
excessiva do paciente para salvar-lhe a vida - dúvidas devido às respostas não
condizentes e incompreensivas, dentre outros.
Diante das situações similares surgiu a ideia de elaborar uma cartilha em
forma de texto e imagens voltada para acolher os visitantes em Unidade de
Terapia Intensiva e, que também, poderá ser utilizada pelos profissionais de
saúde nos momentos de orientação durante a visitação. Espera-se que a
produção da cartilha socioeducativa venha oferecer informações para maior
entendimento da situação de internação em Unidade de Terapia Intensiva por
parte do visitante/profissional de saúde no ambiente intensivo reconhecendo a
dimensão do processo saúde/doença. 7
O objetivo central do presente trabalho foi o de elaborar um prospecto
para educação em saúde em forma de cartilha dirigida aos visitantes das
Unidades de Terapia Intensiva. O material socioeducativo aborda temas sobre
esta Unidade, a equipe de saúde, os equipamentos utilizados, os cuidados
gerais bem como o ambiente. Oferecer material escrito à equipe multidisciplinar
para a promoção da saúde em Unidade de Terapia Intensiva.
Grippo (2008) avalia a cartilha como um instrumento de promoção ao
cuidado e que esta facilita a aprendizagem e se torna promotora de habilidades
e de potencialidades da comunidade e família.
8
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Unidade de Terapia Intensiva é um local de internação de pacientes
em estado crítico com possibilidade de recuperação da saúde. Requer
planejamento da assistência em tempo hábil e de qualidade para prestação de
cuidados adequados. Trata-se de um ambiente potencialmente estressante
tanto para equipe de trabalho quanto para o paciente e visitante. Neste
momento crítico, uma forma de minimizar os efeitos emocionais causados pela
complexidade da situação é a visita dos familiares e amigos (SILVA, 2007).
Durante a visitação um fator relevante que se deve pensar como algo
significativo é a comunicação e interação entre os profissionais e familiares. É
necessária para que às orientações recebidas cooperem para enfrentamento
dos problemas e também contribua para um atendimento humanizado e
resgate da dignidade humana. A simples atitude de explicar um procedimento a
ser realizado, informar sobre o estado de saúde do paciente, valorizar a
participação da família no tratamento é ações que reduzem o estresse e
diminui a sensação de impotência da família. Estudo revela fatos que dificultam
uma boa comunicação em saúde nas Unidades Intensivas como se pode citar:
falta de tempo, excesso de trabalho, disponibilidade e dedicação, preocupação
como desempenho profissional dentre outras causas (SAIOTE, 2011).
Dentre as formas de comunicação em saúde destaca-se a utilização de
prospectos socioeducativo como: informativos, cartilhas, manuais, instrumentos
valiosos que contribuem para a interação de sujeitos. Soares (2008) assevera
sobre as evidências dos benefícios para uso daqueles como: a redução da
necessidade de informações complementares, menor incidência de estresse,
ansiedade, depressão e uma precisão menor de fármacos psicoativos. Os
cuidados paliativos para a família é importante e prepara para situações
conflituosas.
Fonseca (2004) também enfatiza sobre a importância do uso de material
educativo como auxiliadores do ensino aprendizagem. Ela utilizou a
metodologia participativa para elaboração de cartilha objetivando o treinamento
de mães na alta hospitalar do bebê prematuro. A construção da cartilha se
baseia na preocupação de mediar informações não contraditórias,
sistematizadas e com vocabulário de fácil entendimento da terminologia usada
9
pelos profissionais de saúde. A cartilha facilita as atividades de educação em
saúde, ampliação dos saberes e conhecimento e a possibilidade de consulta
com relação aos cuidados no domicílio.
Realça-se que, os instrumentos socioeducativos devem ser escritos com
linguagem acessível com clareza, objetiva e baseada em situações diárias do
local. Martins (2012) alerta para necessidade de elaboração de material
educativo de fácil compreensão e assimilação sendo possível de leitura para
um público de nível de escolaridade básica ou intermediária.
Torres (2009) enfatiza a importância destes como recursos para
educação em saúde. No estudo que desenvolveu com pacientes com diabetes,
o uso de instrumento educativo contribuiu para melhorar o conhecimento,
satisfação, habilidades e entendimento do quadro diante do agravo
influenciando sobre suas ações diante da doença. A cartilha é um guia para os
casos de dúvidas e auxilia no momento de tomada de decisão. Para tanto, é
importante para elaboração daquela, o uso de linguagem de fácil compreensão
e com conteúdo convidativo.
Viera (2013) construiu uma cartilha com a intenção de sensibilizar e
promover maior adesão dos profissionais de enfermagem à vacinação contra a
influenza. Martins (2012) avaliou os efeitos da informação oral e escrita como
intervenção educativa no conhecimento da mãe sobre o cuidado do recém-
nascido prematuro. Para Crispiniano (2014) o material didático em forma de
cartilha facilita as atividades de educação em saúde cooperando desta forma
com os profissionais de saúde no desenvolvimento de suas atividades
educativas.
. Um prospecto socioeducativo contribui para uma reflexão das atitudes
tanto do paciente/família quanto dos profissionais e para adoção de outra forma
de pensar e agir. Pois, o prospecto é um material informativo para explicar um
procedimento ou afecção para um público alvo. Na presente pesquisa foram
achados folhetos informativos e cartilhas de orientação para a família e
paciente internados em Unidade de Terapia Intensiva, mas na modalidade de
cartilha dirigida ao visitante desta Unidade não foi encontrado.
10
3 TRAJETÓRIA METODOLÓGICA DA PESQUISA
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA
Trata-se de uma Pesquisa Descritiva, de Abordagem Qualitativa, do tipo
Revisão Integrativa. A temática sobre o tema nasceu de estudos e da
observação da importância do visitante em compreender o ambiente do
cuidado.
A Pesquisa Qualitativa, segundo Minayo (2002), aborda de forma mais
profunda um lado não percebível e dado não matemáticos, o mundo dos
significados de ações e relações humanas, dos fenômenos e processos. Dados
que surgem ao longo do tempo da observação nos ambientes de trabalho, por
exemplo, a qual não se consegue mensurar, mas evidenciá-los empiricamente.
A Revisão Integrativa permite a integração entre pesquisa científica e a
prática profissional na área da saúde podendo incluir o empirismo. Pode ser
direcionada, por exemplo, para definição de conceitos ou inclusão de um tópico
particular, pois possibilita diferentes finalidades (MENDES, 2008).
A Revisão Integrativa favorece o reconhecimento dos profissionais que
investigam determinado assunto, divisão entre as descobertas científicas e as
opiniões, descrição do conhecimento especializado no seu estado atual, a
promoção de impacto sobre a prática clínica e a tomada de decisão baseada
em evidência, proporcionando um saber crítico (MENDES, 2008).
3.2 CAMPO EMPÍRICO DA PESQUISA
A pesquisa compreendeu a seleção e análise de artigos entre os meses
de setembro e dezembro de 2014, o acesso ao material ocorreu através de
busca ao acervo disponível na internet às bases de dados como: Google
acadêmico, Scientific Eletronic Library (SCIELO). Foram encontrados: 01
cartilha, 01 dissertação, 02 folhetos informativos, 16 artigos publicados e
também 02 livros. A busca em ambas as bases de dados objetivou-se ampliar
o conhecimento sobre o objeto de estudo.
11
3.3 PRODUÇÃO DE DADOS DA PESQUISA
Foram selecionados artigos científicos que atendessem à questão da
pesquisa, tendo como critérios de inclusão: artigos disponíveis em suporte
eletrônico gratuito, publicado em periódicos nacionais com textos em
português.
Posteriormente foi confeccionada uma cartilha socioeducativa. O
instrumento foi impresso em papel A4 contendo imagem em preto e branco,
modelo tipo espiral com conteúdo apresentado em forma de texto digitado no
Microsoft Word 2010. Para diagramação do trabalho foi utilizado programa
específico como Corel Draw 6.
Para desenvolvimento da cartilha socioeducativa foi importante falar
sobre: considerações sobre a Unidade de Terapia Intensiva, os profissionais
que compõe o quadro de recursos humanos, equipamentos usados e cuidados
gerais e do ambiente.
Quadro 1 – Temática de interesse
TEMAS CONSIDERAÇÕESO que é uma Unidade Intensiva (UTI)?
Espaço destinado à prestação de cuidados intensivos nas 24 horas do dia.
Que profissionais trabalham em uma UIT?
Intensivistas: Médico, enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta e odontólogo; Técnicas de enfermagem, maqueiro, secretária, auxiliar de limpeza dentre outros.
Porque se internar em uma Unidade de Terapia Intensiva?
Interna quando se necessita de cuidados ininterruptos.
Quais as medidas de segurança necessárias neste ambiente de cuidado intensivo?
Grades elevadas, pés/mãos contidos;Uso de avental, luvas, máscara;Evitar transitar entre os leitos.
O que pode Perturbar este ambiente de cuidado?
Som de alarme, restrições ao visitante, rotina do local.
Qual a importância da visita ao paciente durante a internação?
O apoio e o amor produz conforto físico e mental.
Qual estado que se pode encontrar o paciente criticamente enfermo?
Edemaciado, consciente ou inconsciente.
Quais os aparelhos/recursos materiais que poderão ser utilizados no paciente?
Monitor cardíaco, oxímetro, ventilador mecânico, sondas.
Que tipos de cuidados são realizados em UTI?
Administração de medicamentos, curativos, mudança de decúbito, cuidados corporais.
Quais os cuidados que se deve ter ao entrar na UTI?
Lavar as mãos ao entrar e sair com água e antisséptico.
12
O que são cuidados paliativos? Realizado quando o objetivo do tratamento deixa de ser curativo e se volta para controle da doença e alívios dos sintomas.
Abordagem de temas relevantes Reanimação cardíaca, coma induzido, intubação.
Fonte: Quadro elaborado pela autora da pesquisa, 2014.
3.4ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA
Por se tratar de revisão de literatura, não foi necessário submeter o
projeto à avaliação de Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos,
conforme determina a Resolução n. 466/2012 do Ministério da Saúde.
Quadro 2 – Referencial teórico utilizado para elaboração da cartilha
AUTORIA/ANO
TÍTULO DO ARTIGO
CONSIDERAÇÕES/TEMÁTICA
JERÔNIMO, (2011)
Técnicas em UTI Contexto sobre Unidade de Terapia Intensiva: conceito, objetivo, recurso humano e material; monitorização, ventilação mecânica.
Serviço de Terapia
Intensiva do Hospital do
Servidor Público
Estadual[s.d.]
GLOSSÁRIO DE TERMOS
UTILIZADOS EM TERAPIA
INTENSIVA - STI-HSPE
Termos utilizados na UTI
INSTITUTO NACIONAL DE TRAUMOTOL
OGIA E ORTOPEDIA
[s.d.]
Unidade de terapia Intensiva (UTI)
UTI: definição, quem será beneficiado, profissionais que a compõe, aparelhos utilizados e cuidados que devemos ter ao entrar nesta unidade.
SILVA2007
Orientações do enfermeiro dirigidas aos familiares dos
pacientes internados na UTI no momento da
visita
A alta complexidade das UTI gera tema perturbador: restrições aos visitantes, sons de alarmes, rotina de trabalho, ambiente pouco humanizado dentre outros temas relevantes.
SOARES (2007)
Cuidando da Família de
Cuidar dos familiares dos pacientes depende de conhecimento e
13
Pacientes em Situação de
Terminalidade Internados na
Unidade de Terapia Intensiva
habilidade e é necessário utilizar-se de estratégias fundamentadas cientificamente. O cuidado paliativo, hoje, deve ser prática cotidiana do profissional de saúde.
SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA
(2012)
Dicas para família e acompanhante
Perguntas e respostas sobre o cotidiano na UTI. Abordagem sobre: medidas de segurança, importância da visita e aparência do paciente.
SOCIEDADE MINEIRA DE
TERAPIA INTENSIVA-
SOMITI (2008)
Projeto UTI na Praça: O objetivo é
a vida
Conceito e classificação de UTI e profissionais de saúde que a compõe.
Fonte: Quadro elaborado pela autora da pesquisa, 2014.
14
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluiu-se que, existe escassez de artigos on-line relacionados aos
instrumentos educativos voltados para o acolhimento dos visitantes em
Unidade de Terapia Intensiva. Na prática cotidiana, observa-se a necessidade
de utilizar uma cartilha socioeducativa nos momentos de educação em saúde,
pois estas contribuem para o aumento do conhecimento dos interlocutores e,
também, coopera com a sistematização das orientações fornecidas pela equipe
interdisciplinar.
Após análise da Revisão Integrativa da Literatura consultada verificou-se
que esse prospecto para educação em saúde:
Facilita o compartilhamento de saberes e conhecimento entre os
visitantes e a equipe de profissionais de saúde;
Ajuda na compreensão do conteúdo informado durante a visita na
Unidade de Terapia Intensiva;
É de fácil manuseio e acessível culturalmente, pois a linguagem
favorece sujeitos de nível de escolaridade básica ou intermediária;
Possibilita a socialização do conhecimento;
Contribui para a organização do processo de trabalho na Unidade de
Terapia Intensiva;
Favorece a comunicação e inter-relação entre visitantes e profissionais
de saúde;
Usa de tecnologia educativa para esclarecimento de conteúdo do
cotidiano nas Unidades de Terapia Intensiva;
Facilita o processo de comunicação, tomada de decisão e adesão ao
tratamento estabelecido.
Sousa (2012) relata que os materiais impressos facilita o processo de
comunicação, aumenta o poder da tomada de decisão e adesão ao tratamento
estabelecido, pois estes favorecem a fixação das orientações recebidas,
retorno do paciente e a portabilidade. Colombe (2012) diz que a cartilha
melhora a interação entre a equipe de saúde, paciente e familiar, bem como,
contribui para redução da angustia, estresse e o medo vivenciado pelos
15
familiares. O prospecto educativo a linguagem é simples e de fácil
compreensão.
Realça-se que, quando da elaboração do planejamento da assistência a
ser prestada também seja incluído a utilização de prospectos educativos para
promoção da saúde e melhor compreensão do contexto vivido pelo
paciente/família. O material didático educativo, além de conter as orientações
descritas sobre as rotinas habituais nas Unidades de Terapia Intensiva, salienta
sobre o acolhimento humanizado e atenção solidária por parte da equipe de
saúde e contribui para redução do estresse causado pela repetição de
informações complementares.
Espera-se que este estudo possibilite o desenvolvimento de pesquisas
futuras utilizando de ferramentas para construção de outros instrumentos
educativos sobre orientações aos visitantes de Unidade de Terapia Intensiva
para melhor oferecer cuidados humanizados.
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REFERÊNCIASBRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 13 jul. 2013, p. 59. Disponível em: < http://sintse.tse.jus.br/documentos/2013/Jun/13/cns-resolucao-no-466-de-12-de-dezembro-de-2012>. Acesso em 11 dez 2014.
COLOMBE, Renata Martinez. Construindo uma cartilha informativa, aos pais e familiares, sobre a unidade de terapia intensiva neonatal. In: Simpósio de ensino de graduação, 10. , 2012, [s.l.]. Resumos. [s.l.]: Qualificação e Expansão da Educação Superior no contexto do Plano Nacional de Educação, 2012.
CRISPINIANO, Cristina Maria Félix Crispiniano. Cartilha “Saber é Importante”: Cuidados com o bebê no primeiro ano de vida. Florianópolis, 2014.
FONSECA, Luciana Mara Monti et al. Cartilha educativa para orientação materna sobre os cuidados com o bebê prematuro. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 12, n. 1, p. 65-75, jan./fev. 2004.
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GLOSSÁRIO DE TERMOS UTILIZADOS EM TERAPIA INTENSIVA: Serviço de Terapia Intensiva/Hospital do Servidor Público Estadual. [s.d.]. Disponível em: <http://www.sti-hspe.com.br/dicionari.htm>. Acesso em: 30 set. 2014.
GRIPPO, Monica Lilia Vigna Silva; FRANCOLLI, Lislaine Aparecida. Avaliação de uma cartilha educativa de promoção ao cuidado da criança a partir da percepção da família sobre temas de saúde e cidadania. Rev. Esc. Enferm, , USP, v. 42, n. 3. 2008.
INSTITUTO NACIONAL DE TRAUMOTOLOGIA E ORTOPEDIA. Unidade de terapia Intensiva. Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.into.saude.gov.br/upload/arquivos/publicacoes/folhetos/folder_uti.pdf>. Acesso em: 30 set. 2014.
JERÔNIMO, Rosângela Aparecida Sala et al. Unidade de Terapia Intensiva : Histórico e Contexto Atual. (Org.). Técnicas de UTI. 2.ed. São Paulo: Rideel, 2011. Cap. 1, p. 9-18.
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MENDES, Karina Dal Sasso; SILVEIRA, Renata Cristina de Campos Pereira; GALVAO, Cristina Maria. Revisão integrativa: método de pesquisa para a
17
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. [s.d.] Unidade de Terapia Intensiva. Disponível em:< http://www.hu.ufsc.br/uti/paciente.html >. Acesso em: 24 set. 2014.
VIEIRA, Raquel Heloisa Guedes; ERDMANN, Alacoque Lorenzini; ANDRADE, Selma Regina de. Vacinação contra influenza: construção de um instrumento educativo para maior adesão dos profissionais de enfermagem. Florianópolis:
18
Rev. Bras. Enferm. v. 22, n. 3, jul./set. 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072013000300005>. Acesso em: 12 out. 2014.
19
APÊNDICE
20
CARTILHA SOCIOEDUCATIVA: ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA A FAMÍLIA/VISITANTE DE UNIDADE EM TERAPIA INTENSIVA
Fonte: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
HOSPITAL: _________________________________________
21
O objetivo da Unidade de Terapia Intensiva é oferecer uma assistência humanizada de qualidade.
O QUE É UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)?
É uma unidade de cuidados intensivos que tem como objetivo prestar assistência contínua a pacientes potencialmente graves ou de risco com possibilidade de cura, que exige o uso de equipamentos e recursos humanos especializados e apoio de equipe de saúde multidisciplinar (JERÔNIMO, 2011).
QUAIS OS TIPOS DE UTI?Tipos de UTI que se pode encontrar nos hospitais: obstétrica, de
queimado, cardiológica, ginecológica, oncológica; geral, neonatal, pediátrica, para adultos;
A UTI neonatal atende paciente de 0 a 28 dias, a pediátrica recebe pessoas de 28 dias a 14 anos ou 18 anos depende da norma do hospital e para adultos de 14 anos ou 18 anos acima.
Fonte: IBRATI [s.d.]
QUE PROFISSIONAIS TRABALHAM NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)?
Intensivistas: médico, enfermeiro, fisioterapeuta, nutricionista e dentista; Coordenador da UTI, técnicos de enfermagem, auxiliar de limpeza,
maqueiro e secretária; Outros recursos humanos de apoio: fonoaudiólogo, médicos com outras
especialidades, assistente social, farmacêutico e equipe multidisciplinar de terapia nutricional;
Também podemos encontrar neste local estagiário de curso de saúde.
22
Fonte: IBRATI (s.d.)
PORQUE SE INTERNAR NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA?
Deve ser internado paciente que precisa de cuidados intensivos em razão de uma cirurgia ou doença grave com possibilidade de cura. Utiliza-se de equipamentos adequados e equipe especializada presente 24 horas do dia (INSTITUTO NACIONAL DE TRAUMOTOLOGIA E ORTOPEDIA, [s.d.]).
Fonte: IBRATI (s.d.)
QUAIS AS MEDIDAS DE SEGURANÇA NECESSÁRIAS NESTE AMBIENTE DE CUIDADO INTENSIVO?
Algumas vezes as grades estão elevadas; As mãos e pés do paciente podem estar contidos para evitar que se
machuque; Os aparelhos permanecem ligados ao paciente para manutenção da
vida; O número de visitantes é limitado para evitar a transmissão de
microrganismos (germes) e manter o ambiente tranquilo necessário ao reestabelecimento do paciente;
A visita pode ser suspensa em razão da realização de procedimentos e/ou para atendimento de necessidades do paciente;
Pode ser solicitado o uso de avental, luvas, máscara como medida de
proteção; Evitar transitar entre os leitos (camas) e não visitar outros pacientes da
Unidade, medidas que contribui para não transmissão cruzada de microrganismos (germes);
Os leitos são identificados com o nome do paciente, numeração, diagnóstico, data e dados importantes para avaliação posterior;
Os pertences ficam com os familiares para evitar extravios ou perdas futuras (UNIVERSIDADE DE SANTA CATARINA, [s.d.]);
Não ofereça alimentos e líquidos por conta própria; Não manipule o paciente sozinho e não retire os acessórios a sua volta; Registrar o telefone/endereço do familiar para receber e repassar as
informações (SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA, 2012).
Fonte: IBRATI (s.d.)
O QUE PODE PERTURBAR ESTE AMBIENTE DE CUIDADO?
Restrições ao visitante (horário de visita determinado, uso de equipamentos de proteção individual durante a visitação, não manipulação do paciente);
Sons de alarme; Correria da equipe nos momentos de parada cardíaca; Pouca humanização da assistência; Falta de comunicação e compreensão dos acontecimentos; Ambiente estressante/agressivo; Invasão da individualidade e privacidade; Inflexibilidade de horários para visitas a pacientes conscientes; Falta de sistematização de orientação ao visitante; Avançada tecnologia (tubos, ventilador mecânico, monitor etc.); Momento crítico vivido por alguém e seus entes (SILVA, 2007); Acolhimento insatisfatório; Frieza ao sentimento alheio; Incompreensão dos assuntos abordados; Falta de conforto espiritual; Insatisfação da assistência prestada; Comunicação inadequada (SOARES, 2007).
24
Fonte: IBRATI (s.d.)
QUAL A IMPORTÂNCIA DA VISITA AO PACIENTE DURANTE A INTERNAÇÃO?
O contato físico aumenta o vínculo afetivo; O apoio e o amor gera conforto emocional bem como físico; Segure na mão e converse com o paciente mesmo que ele não esteja
acordado; Conversar com o ente/amigo lembrando que este pode não responder
em razão dos tubos, por exemplo. Pode solicitar ao paciente que ele escreva se consciente (UNIVERSIDADE DE SANTA CATARINA, [s.d.]).
Fonte: IBRATI (s.d.)
QUAL ESTADO SE PODE ENCONTRAR O PACIENTE CRITICAMENTE ENFERMO?
O corpo pode está edemaciado (inchado); Na face (rosto) pode ter tubos fixados; Fios dos aparelhos ligados ao paciente; Urinando através de sonda (colocada no órgão genital); Alimentando-se através de sonda (colocada na boca ou nariz); Está sem roupas visando melhor avaliação e agilidade nas
intercorrências; Inconsciente ou consciente;
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Pode estar abalado emocionalmente (UNIVERSIDADE DE SANTA CATARINA, [s.d.]).
Fonte: IBRATI (s.d.)
QUAIS OS APARELHOS/RECURSOS MATERIAIS QUE PODERÃO SER UTILIZADOS NO PACIENTE?
Respirador artificial/tubo traqueal - aparelho que permite a entrada e saída de ar dos pulmões;
Máscara facial - usada para fornecer oxigênio quando se tem falta de ar;
Monitor cardíaco - fornece dados sobre: frequência cardíaca, pressão arterial, nível de oxigênio no sangue e temperatura;
Bomba de infusão - aparelho usado para administração de medicamentos e dietas (INSTITUTO NACIONAL DE TRAUMOTOLOGIA E ORTOPEDIA, [s.d.]);
Cardioversão elétrica ou desfribilador - pulso elétrico para mudar o ritmo do coração (SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA, 2012);
Cateter central- é um cateter fino colocado próximo ao coração que permite o acesso venoso rápido e eficaz. Não doe;
Oxímetro de pulso - equipamento colocado no dedo com o objetivo de verificar a saturação de oxigênio;
Sonda vesical- é colocado no canal urinário até a bexiga. A sonda é conectada a um coletor que recebe a urina e é colocado do lado do leito (cama) em locais baixo;
Sonda nasogástrica/nasoenteral - sonda colocada no nariz até o estomago visando, por exemplo, ingestão de alimentos (GLOSSÁRIO DE TERMOS UTILIZADOS EM TERAPIA INTENSIVA - STI-HSPE, [s.d.]);
Eletrocardiograma - é conectado ao paciente através de eletrodos descartáveis no tórax. Mede a frequência cardíaca;
Termômetro - mede a temperatura;
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Fonte: IBRATI (s.d.)
QUE TIPOS DE CUIDADOS SÃO REALIZADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA?
Terapêutico - exemplo: administração de medicamento por via venosa, inalatória e tópico;
Cuidado corporal – exemplo: banho no leito, corte das unhas e aparar os pelos da região genital;
Motilidade – exemplo: mudança de decúbito (mudança de posição); Alimentação – exemplo: através de sonda ou usando uma colher; Oxigenação – exemplo: através de ventilador mecânico e máscara
facial; Eliminação fisiológica – exemplo: através de sonda; Cuidados gerais - Verificação dos sinais vitais, coleta de exames,
realização de curativo e glicemia capilar (JERÔNIMO, 2011).
Monitor cardíaco
Cateter Central
Bomba de infusão para medicação e alimentação
Sonda para Urinar
Respirador
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Fonte: IBRATI (s.d.)
QUAIS OS CUIDADOS QUE SE DEVE TER AO ENTRAR EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PARA VISITAÇÃO?
Antes e depois de entrar na UTI devem-se lavar as mãos com água e antisséptico para evitar a transmissão de microrganismo (germes) (UNIVERSIDADE DE SANTA CATARINA, [s.d.]);
É recomendável, o visitante em estado gripal não visitar o paciente, caso seja necessário use máscara (SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA, 2012).
Fonte: IBRATI (s.d.)
O QUE SÃO CUIDADOS PALIATIVOS?
Os cuidados paliativos são realizados quando o objetivo do tratamento deixa de ser curativo e se volta para controle da doença e alívios dos sintomas.
EQUIPE DE SAÚDE:
Forneça as informações sobre o diagnóstico, o plano de tratamento e o prognóstico do paciente para evitar estresse vivido pelo familiar/amigo;
Informe diariamente o estado de saúde do paciente; Assegure, especialmente nos casos de criança, assistência adequada.
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Caso tenha dúvida de como proceder, algumas vezes é necessária a presença do psicólogo;
Orientar a família quanto às formas de tratamento, uso de equipamentos complexos, medicações agressivas, reanimação cardíaca, visitação e onde encontrar apoio visando manter a família tranquila e informada;
Orientar a família quando a cura não é possível do desligamento dos equipamentos, suspensão de tratamentos, quadros de dor e sintomas mais complexos;
Explicar que as intervenções nos casos de doença grave visa deixar o paciente tranquilo e aliviar os incômodos e podendo incluir não reanimar, não intubar e limitar cuidados;
Oferecer, quando requisitado, apoio religioso e a oportunidade das pessoas despedirem do seu ente;
Orientar sobre a possibilidade de assistência domiciliar paliativa nos casos viáveis;
A equipe de saúde pode ajudar os familiares a compreender nas questões de uso de terapias ineficazes clinicamente objetivando a possibilidade aumento de sobrevida (SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA, 2012).
PARA O CUIDADOR:
Os cuidados paliativos são realizados quando o objetivo do tratamento deixa de ser curativo e se volta para controle da doença e alívios dos sintomas.
Cuide de si mesmo, pois o suporte familiar é benéfico para o paciente; Aceite a ajuda dos outros para cuidar do paciente; Elabore sua rotina diária, descanse dos cuidados rotineiros, alarmes,
ruídos e odores dos hospitais, pois pode ser longo o tempo de permanência do paciente neste ambiente;
Continue, na medida do possível, com seus afazeres domésticos, trabalho e estudos (SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA, 2012).
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Fonte: IBRATI (s.d.)
TEMAS RELEVANTES
Reanimação cardíaca - pressão exercida sobre o peito do paciente para comprimir o coração fazendo com que o sangue seja bombeado por todo corpo;
Morte cerebral - ocorre quando o cérebro deixa de trabalhar. O coração pode continuar batendo e o paciente precisando de aparelho para respirar;
Não ressuscitar/não reanimar - se o paciente tiver uma parada não reanimar, pois não vai mudar o prognóstico ou recuperar a sua saúde;
Limitação do cuidado - não realizar procedimentos agressivos para recuperação da saúde em razão do estado geral do paciente;
Intubação - trata-se de introduzir através da boca, um tubo plástico que possibilita a conexão entre o respirador artificial e o pulmão (SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA, 2012).
Coma induzido - sedação do paciente utilizando-se de drogas que provocam alteração do nível de consciência (GLOSSÁRIO DE TERMOS UTILIZADOS EM TERAPIA INTENSIVA - STI-HSPE, [s.d.]).
Fonte: IBRATI (s.d.)
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