, remp1llm - amigoscoimbra70.pt de 1976/1976_03_01_a... · bem como o sistema que nos 0-prime,em...

12
I GAME - . , , " , ' remp1llm BOLETiM ciO GRUPO de\ MULHER del

Upload: others

Post on 06-Sep-2019

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

I GAME .i~ - . , , " , ' '-~ '

remp1llm o· BOLETiM ciO GRUPO de\ MULHER del

Finalmente! Já era tempo de falarmos so­bre o que ~al~nos tantos anos, durante séculos!

E-~'a altura de divulgarmos os nossos problemas;de destruír~os o que nos oprimiu e oprime! jde

"t b' , "R co me çarmos, am em nos,a om-per o Cerco"!

Finalmente!Em COimbra,surge um grupo de r'Tulheres que vai falar dos seus problemas,dos nos s os,da nossa luta!

Preten~emos pôr em causa e denunciar o nosso quotidiano bem co mo o sistema que nos 0-

prime,em casa, na rua, no tra­balho.Queremos nodific~-lo. Contigo!

A hist6ria do grupo começa com a recolha de um Ahaixo--/ -Assinado contra 8. lef,üüa~ ção r epre~siva so~r~ o Aborto.

Porque e um prublema que â -;.,.r , f~cta cada-uma de nos em par-ticula r e todas em geral;Por­que não podemos a c eita r que, nas nos sas costas,outros ds­cidam sobre o nosso corpo, procur~mos tirar a disc~ssão do Gabinete dos Ministros,pa ­ra a Voz das ~ulheres.

Estamos conscientes de que esta luta é um passo impor­t ante pa r a que co me cemos o control e e a luta p el a modi­fic a ção de toda a nos sa vida .

Recolhemos cerca de 2000

assinaturas. , -" Achamos que nao podlamos

ficar por aqui! Não são so estes os nossos

problemas ,mas muitos mais.A opressão da Pfulher faz-se a muitos outros nívei~o Entend emos també m que a nossa luta está demasiado liga da à do c onjunto de todos os ex­plorados,par a que dela se possa dissociar.O sistem~

h . .' que, oJe nos oprl~e,e o mesmo ; para o mod i f ica r e absoluta­mente nec e s sária,esta lieação . Este sistema 6 a soci eda de Pa ­triarca l e Cap itali s ta,~ ~ es­t a ,D ortanto , a soci edade oue

~ ,,-t 8DoS que d 8s trur~. "

Urge cons truír U [:;[', nova, di-+ -- b I' -feren ve;; er. que , c on a a o 1Ç20

d...a- e xploraçÊio do Ho neJ'1 pelo .HoMem ,se j a a bolida a opr essão da l':fulher.

Recusamo-nos ,porta nto,a d e i­X2.r que outros t OPlcm nas suas i:lãos,aquilo "quG no s diz r e R­pcito;Recusamo-nos a ficar d e bf'açà~s -cruza dos ,à esper a que " - , r e s olvam p0r nos , os nossos pro-bl emas.Sabemos que assin,eles nunca serian r eso lvidos .

Tenos , p0 is,que s er nós ,AS riJulheres ~ a t oná-los n8 s nossas nao s.

Tínhamos que coneçar p or a1-gun l a do .

Fizeno s u~a Exp osiç~o que fo­cava diversos t er'1as , que falava de muitos dos nossos problemas

-

para os deunciar e que procu­rou tra zer nais p essoas para a luta .

Assim,o grup o que r eúnia c oo poucas pess oas pa ssou a pode r contar c om Duitas mais. Est es f oraM tamb60 os objec­tiv os do COlóquio"Aborto,Con-L ~ pl t .., . ~rac epça o e _aneamen o ~aOl-liar ."

Tud o isto 6 ,p orén,um pouco da nossa história .

Pe nsamos não fic a r por aqui! Este IQ Boletim é um passo

dado,para que s e continue c om mais fo r ça ainda, este tra ba­Iho .Quer eoos que e l e seja,não só o nosso ,c ODO o t eu Bol e tim, e para isso é mais do que nun­ca ne c e s sária a tua cola bora­ção:nas Reuniõ es ,na s Activida­des que vamos r ealizar, escre-

_ ... ~~~------------

VJU"10S DISCUTIR UE NOHE PARA O NQSSO. pO!-tJ3TIN ~

SUGERE UE NOIi}E TRJ~Z IDElt.S COLi .BORA NA FEITU:aJ~ DO BOLETIM

Dirige-te â sala da Dulher

na .. A. .A.C.

vendo para os próximos Bole­tins,traz endo mais }~lher e s pa­r a a luta !

Acho.ElOS que de 8.1 guP1R r.12cnei-, r a , prop o s emo s o car'linho a se-guir. - .4 "" '. ~ urgent e leva r a prntlca a

p:COpoSt2; d8" Rorlp<:;! o Cerc o"!

Pa r a que de uma vez p or t o­das ,se j a s tu a d ecidir sobr e aquilo que só a ti,diz respei­t o !

Até à Ema ncipa ção Tota l!

PARTICIPA!

Estanos na A.A.C. (na s a l a do Grup o da Mu­

lher,na tua sala.)

.' .11 ", -"1 .rk ,.., t:!; í V 'V .f/-L/L.

VjJ ~OB COLEÇJ.R li. F i,ZER FROGRi.EhS DE R/.DIO Ni .. RDP.

O 1ºShI NO DI A 8 DE E~nçO P ELLS 16, 30hPROGRJJii .. -l

VEI : COLABOHi.R CONI'JOSCO!

• o DI/.\ I ~/TERNACJOlVAL 01-\ IVJUL I-IER

o c'ci o, J a nulher ·,u o ,1 in. :La Nulher Tr Q. bL~ lc..~ ()ra é um cl i Q. ,lo s o l iclé1r ie ·la~

ie il1tern~cionü.l?e um àia parÜ. pase s~ em r evista a f orça e a organiz~_ ção ele, mulhor prolGtária .

Mas n;'o 6 DJ!l dia ospoc i ü. l upel1é1s pa ré1 a mulher . O 8 elo HQ.rço Ó illl di2. his ~6r~co e Demorft~'~~~i;pc,ra 2 S opel~6.r ios lL 8 lJ c cl o o mlm<lb .Em19 17,nesto diC1.,o'.3 t:wlow_ <!, g';!rondia revoluçn.J lo FovorGi ," ~ r o o ForQ.m c.s operár i as lo Potersburgo quo cOmeçC1.r é'"m o. revolução ? f ormn o lc.s que primo ir:) cLccLlirü.m lev~:mté1r a b2.n.~lo i~ ­ra daopos içQ.o c ontré1 o cZ Q.r o os se­us as soci ''"c.los . E ass im, o d i a dé1 Hulher Trabü. lho.uora tem um significadou~ pIo para n6s •• •

~'L incl::1 não hã mui t o tempo-hã c orca ue dez anos-a questão ela i[;'Ua l d2.de dé'.. mulher e a quostn.o de a mulher po-­<ler fazer parte em governos junto com o homem, e r a apaixonadamente d isouti­du . A 01.:.'..s8e opor6.r i D" CD t oclo s os paí ses capito.listns,lutou pelos d ire itos da Dulher trab~lhaclora.& burb~esin não querio. c:.coi t C1.r esses d ire itos .lJ'2,o in~ toreSSé'..va à bLITgu~sia ff:onté1lece~ ~~ v oz dé'.. clé'..s se oper~ria no pé'..rlamento, e em Cé'..cL: pC1. is impeuiu que pe-sSé'..ssom l o is que concodessoD o diroito 2.0 v o­to ~ . mulher trabalhe-Qor o. . As socialis­t as,nn ~m6rica do NJrto,insistiam n C1.S suas exig ências c om particulo.r persistência. No 28 do Fever e iro ,de 1908 ,as mulheres soci31istas dos U. S .11.. or ganiz2.r2..m gr2.nd.os mé'..ni f ost::>.·­ções o comícios por t odo o pC1.ís,exi­Ginl·~ o direitos po líticos para a mt.:~

lher trO-b~lha.d.orC1..

Fo i uste o lº "Dic:. UQ, I'1ulher". A i -­nicü:tiva ele org~niz C1.r um " L:. iC1. d.a mu­lher" l)orteno c e 2.ss im c.s mulhere s trn. balho.il(;r~s elo. iLm6rio2. . Em 1910, n ê. se gunclc. Confer ônc i n I n t ernc:.c ion~ü :C~:.S "­Mulher e s Trabalhaelor o.s S c ci::'.listas, Cle.ré'.. Zetkin f oz. 2. prO~0 sto. elo or iSc:.­niza r um Dif1 Int ern2..cional ele f1ull-l.Or Tra. b:-.JJ.::G. :Jr:::..

li c onforôncic:. J.OCLliu quo em Cf1cL<.­a n o - em caua. po.ís - dov oriem cal brQ.r n o mosmo ,l ia uo Dia el2. Kulho so b a. pa l o.vr L:' ,le ordem "O v ot o pü. .. r:l- n. I'1Ulhor unirá ~ n ossa f or90- n e. lnt~ pelo s ociü. lismo".

O lº Dia Int ernO-oiona. l da r1ulher r ealizou -se em 1911. O s ou sucess oxcou.eu tOU2.S D.S oxpectG.tivC'..s . na Al eEmnha o n :, II.ustric. o Dic:. elo

Mulher fo i um enorme e turbulento mar do mulher es . Organizar2.~-so ~

Dicio s por t OC:2. a parte " 0 OD pequ ' nas c i clé'..c-:'es G mOSf:1O em G. 1 ~le ié'..s. 1:" sa.lC1.s es t ::wc.m tco cheiC1.s que tive r a.m lo ped ir o.os oper~:rio s p C1.r a cleixareEl o s seus lug:ll' oS ~s mu1he r eo . Os h omens fic C1.rO-m om onsa pa ra. v ar i Qr, e :.:s sUQ,S mulher es ? a.s prioion e ir[1s cl on~1s ele CC1.SC- 9 f or am é'..OS c omicios •••

ED 1913 o Dia Intorna.cionü.l d2. Mulhe r f o i trC1.nsferido pari:'.. 8 ele T!IQ.r ço . Esta J C1.tC1. per w:moceu o ('c io. la mili t 8.noiC1. do. mul her trc:.balhQ.Cl ré.'.. •••

li. 1 ª Gr[m~'-e Guorro. r o b,mtou. II. classe opor aria. om t cucs o s países c o bri1.'-~ se .1e san[:;lle dü. guerra . l!,m

1 9 15 e 1916 o DiC1. Int ornO-oi c n n1 elo Mulher f o i Ulll frü.c o 2.cont eo iL1onto.

N2.S chegoL1. o gr nn J o é'..no de 1917. A f omo 9 o fri o e 2. L;u.errn que bro.­r am ~ pnciôonc i~ dns oper~ri~s o C::1.mpon e s:-.s Russns. Em 19 17? no cl i c' 3 .:0 lfíc.rço (23 ~le Fever e iro no ve· lho c C1. l ond 6.rio) n o :DÜl, ~ln. Mulher Tr ,:balho.d 'r n? e l o.s vior am -pari?- 0.8

ruc:.s ce Pe trogT nu.o. AS rmlheres -- c. l c;umas opor f,r i as ,

outrcs rnulhe r ús s o l J2.1o s - oxi g ié'.. IIp2.0 üar2- os ness e s filhcs il o fiE

~ .. GT OSS O d os n e sse s n~r i~cs Jas tri . cho iras ". Nes t e l i C1. ~1. nulhar Russo l ové:.ntcu o- chC!-m2. de, r evo luçn.o pr J' l o t6.riC1. e pUSCré1lJl o L1Undo cm f ogo . A Rev:) luç2.o clG Fov ar o iro CCElOÇOU noste <lü~.

ALJ~Xl\J'mEA KOLLOl'TTAI

"na

8 de MARCO - NAD/-\ TEMOS I -

A PERDER SEN~\O AS NOSSAS CADEIAS

Rabi tuaram-nos n. ide ia d..e que há. um d.ia no ano quo "nos 6 dodioado", tal _' " como apnrece um dia da mãe ,do pai ,ela oriança,ela 6.rvore;de que existe um dim no ano ,uma data,que nos pertenoe.

1:Ias pertencer-nos-á realmente? Propo&m-nos que apressadamente as mulhexes festejen em 24h o seu. dia;; aos:

homens, que nos renelam "honenag0.ns!'. De à anos para oá que o dia 8 ele março em lPortugal tem apareoido mais co

mo uma festa da m~o. ,da paz,do papel inportante da r.lUlher na. família o na sõ ciedade, clo que um dia particula.r de denúnoia do dia a dia. d..a mulher-,do nosS:o ano inteiro ,da. opressão e des;oriminação a que esta.nos. sujei tas~ , onfim,um dia. de luta pelos nossos direi tos, um dia de luta para modifioar a nossa s,:iituação de hoje.

Ahist6ria do 8 de Março ê porêm bem diferente_da que estamos habituadas: a ouvir ele outras bocas, é a. história da organizaçao e luta das mulh~res.

Difíoil é, que tenhamos vontade de festejar num d:la a nossa opressão elo s6oulos,que debaixo d8. festa esta opressão se esconda, que dela nos esqueça­mos.

Dar ao dia internaoional da mulher o seu real signjjfioado,ê transforná­-lo precisamente em mais um dia na nossa luta de toelos os diaa,reforçcr n~~ te elia a neoessida.de de nos juntarmos ,de nos organizarmos para c1.estruir o qUQ: nos oprime.Significa,para a mulher trabalhadora oontinuar a luta do di8. 7 pelo salário igual para trabalho igual,contra a descriminaçno no trabalho;; para n mulher dona de oas1X,questionar o trabalho doméstico,as panelas; o as o brigações familiares e ma trimonieds, a que se vô" irremocliá.velmente amarracl8." para o resto da vidc.?para n6s, todas,para o oonjunto elas mulheres,exigir o direito de fazer ouvir a nossa voz,durc.nte séoulos silência.da.,o diroito a. oontrolnr-mos o nosso oorpo,que nos oontinua. a ser nega.elo,para. que sejamos n6s 8. oontrolar a nossa vida .

Festejar o dia internc.cional da mulherr,ser~ então o reforçar da. nossa lut~, da nossa organização.Só desta forma conquistaremos o direito a todos os elias e não n um só.S6 ~ d.esta forma,oada v ez mais mulheres oompreenderam que"N!illf~ TEMOS A PERDER SEIifÃO AS lJOSSAS C,A.DEI.AS;TEMOS O rl{nmO A GAlffiflR"!

TEMOS O 1'1UNOO 1\ GA N/-IAR J •

sou . , ~ - b' neninQ.Eu s ou oenino ••• eu ~Juco a c~na oeu r1nco nê:. rua •••

Eu sou sonina brinco , a s bonecas.Loeo ,apren~o a s er í:1ne .ooeooo

eu sou oenina b r inco , as c oci~inhas.1ogo apr en~o ~ s e r d o nn CG :;

casa.Sento-oo CO D Dodos o n50 s ujo o De~ vesti~oo Quando crescer

serei U;:'10. meninê. bec:!i cO;·3portadú. , vüidos~, virsen e fie1.

QUE L ULIi1.3:E::::S SUnGI Rl.o DI.S LEIJII'L-. S QUE PUDEREI·;: BRIHC i .R IV. LjJ'j.; SUBIR : .0S LURCS E OLHll~1 i-. VI DI. QuE Cmt~ ~E Lf. Dt" 0UTlW L i .DO ?

e'li tA JfULHEI ~"'íAÕ '

/AI,(vc,vIGAÍtO-lO /3f"!1 '" o -Vc.rso p/4 ~A

/"!vLJ-IEIe. .?

E ",.'tIA Hé'"s/10 I1A/S: r' ()

I1ft).JJ·O INrE l~éS.J(Ç/ ésrt:>t.I j ' Çc)"'r/~Nc.tPO trl/F.4 Na.lJ4 - . .foatF ~4/J(" 7é11 N~CES.5/ _ . f.fn .l /)A.l>F lJoJ VALO~t.J t"efl- , J//"f/

IVINOJ tj>1I€' j)u~A/1/rF. íA'I/77) 7EI11'O DE5PREZCI.J

; ,

(){;.J C.ULPA LA' ~.Jft)u  BIlII'llCAR· I ~

;(.., S4lJfs BEl"! trl./E ,€V SOU

A~;?1t1110 N~El'IIsC>1C... lJt D€IKAIt.-VOS PAIt LI­Vte ç C(..l~So;U VO.:o-A s i2(;rN VI i>/ CA r:;oi:.I .

c.'"1G14 DE í~te/?.OI<.(SI10 I-fAClHST;4 ... llics 4SI'I,(4110J A {.lHA CiICTlt l>D­fcJl'lA, V~ CER.7-4 selV.sldllJi)4j)E~ € L>/~(A I1€StfD, til ()~ ce It. TO

HVHO~ !

lIJo~ E.ç?A,.,O$ 1b1i.77Wrr:> t:ç"ZtF.s /)E

VO~ .D41t. A, OCASIAÕ {)f? JE f'Xf>.l!/H 1-

R.t:n ~n< LO{,Q)t /\IOITF t= 7D-1'141Z110.r "VOrA .04$ vos­S.4,s ~êINVf{)":Â S0 8.

~

PACf~CtA / PA CIdSvc..I A i '

71/ TA"1aó-t lFA?4J o 1FU v/A "1(-/.1 Vé-"7..#CJ / I)t:/ XL), l.A // /

' ~'AS SAÕ t.E&/77I1AS. TOj)A .4 (TENTE GAAlHA COr! ElAS.

::là I NAC> G'irÃl"fos ""0 séévLO 1'9-, €' NOsso í)ivélt. A:1c/­i>4/t.-I/C.I  70R/VA/2EH­-.Ii' fF.IJOAS Pt 'pM.'T1"/ INTEfltA . .,. , - .

!)Ivo BEl'(: v'" CERlÓ AA.//"f~,; ~e,Q' . Q'ué 1\'.40 ;)v(..6.c.KH V'OCÚ, nvúIF-K.€s, 'tVE N4Ô o,m .' ; -!il/(OFNrFI1E11TF f'-

iA'1 HvI-fO~ , '

.svA>TIL",CH'€IO

I>é / ' IVC.JMJCfl. "

, - -' C~ A ,CONO/~/ é C-c.4Jt.q Pil Vo~ N4i) JF Vtl'lAlZf:71 c.;o,.Jr1L4 Nru 1.rl4J voc.€J NA-i5 o ~AIl4Ô POIl6lv€'

I, /""1 N "",,7'1 6?4A1 HId /'2i A CL>I-f -

------

, / I/-\ L I/-\ •

A seguinte entrevista foi obtida em Janeiro com Marisa,uma ~cti­vista no Movimento de Liberta~ão da Mulher desde o seu principio.

Pergunta: A primeira coisa que muitas pessoas fora de Itália, ouviram do Movimento Italiano da3 Mulheres,foi a grande mani­festação sobre o aborto em Roma em 1975.Pode-nos dizer o que € que originou essa marcha e por­que é que o aborto tem sido um assunto tgo "explosivo"?

Resposta: A primeira grande mar­cha acerca do aborto,em 6 de De­zembro de 1975,foi o primeiro aparecimento em pdblico do Mov. das Mulheres,mas o que é facto ~ que a radicalização já tinha ap~ recido nos anos anteriores.Cente nas de grupos de mulheres tinham sido formados_ grupos conscien­tes desenvolviam_se, grupos de vi zinhas e comités de mulheres tra balhando em assuntos especificos. Mulheres nas organizações mais esquerdistas tinham começado a tornar-se conscientes do probl~ ma da libertação das mulheres. A manifestação de Dezembro de 1975 foi imp ortante,porque foi a primeira indicação de que o Mov. das mulheres ia ser um veE dadeiro movimento de massas.Foi uma grande manifestação,aproxi_ madamente de 30.000 mulheres.De facto,algumas de nós que estiv~ mos presentes,ficamos completa_ mente admiradas com o tamanho da manifestação.A manifestação e ra acerca do aborto mas muitos relacionados foram levantados, assim como a maternidade,probl~ mas sexuais,etc.A acção mostrou que o aborto ia ser o assunto sobre o qual o movo das mulheres seria construido nos próximos anos .'

A manifestação de 1975 tambem estabeleceu que o movimento p~ ra o aborto não ia ser um movo misturado como a experitncia do MLACCMov. para liberdade de AboE to e Contracepção) em Françõ,e o NACCCampanha Nacional do Aborto) na Inglaterra.Eu penso que à mai ar parte das pessoas no estran­geiro ouviram desta manifestação não apenas por ter sido uma gra~ de ma roha acerca do aborto num país como Itália,com a sua hera~ ça católica,mas devido a certos incidentes que ocorreram. Homens da Lott'3 ContinuaC"a luta conti­nua"-uma organização ultra-esqu~r dista)tentaram infiltrar-se à ~ ça-não por ser sobre o aborto, mas por Ser a primeira grande m~ nifestação de mulheres sózinhas, o que era visto como uma ameaça. Finalmente,toda a manifestação teve um caracter fortemente anti -governamental.As mulheres tinhm claramente identificado o inimi~ O aborto é um assunto muito valá til em Itália por toda uma série de razões.A igreja cat61ica e o Partido DemocráticID Cristão, que é o partido principal da classe dominante e está directamente li gado ao Vaticano,v~ o aborto co­mo um dos caminhos-chave para manter as mulheres na sua sujei­ção.A quantidade de abortos cla~ destinos na Itália é qualquer coisa de astron6mico.Da minha própria experiência trabalhando numa clinica de mulheres em Itá­lia,sei ~ue o n Q de abortos é qualquer c o isa de muito conside­rável,A luta para ganhar o direi te da s mulheres ao aborto,apare­ceu num periodo em que havia uma crescente radicalização das mu~ res,não apenas no assunto de a~_ to mas em toda uma série de que~ tões relativas ~s suas vidas.

As mulheres aprenderam por experi ência e pelo exemplo de outros -movimentos,tais como o movo operá rio e o movo estudantil.Elas est~ vam a tornar-se conscientes do seu direito a um modo de vida diferen te,o seu direito ao trabalho,o s;u direito a um modo diferente de ma­ternidade,etc.Assim,desde o prin­cipio a questão do aborto foi to­mada não simplesmente como um a~n to dos direitos civis mas como u;a parte central de todo o caminho em que as mulher e s iam tratar das sues vidas.E,por conseguinte isto tinha muitos aspectos de uma luta contra o sistema cap~talista.

P:Pode explicar como é que o Mov. das mulheres,o qual estava agora nas ruas com esta questão,consi­derou as várias propostas refor~ tas s obre o aborto no parlamento?

R: O yue verdadeiramente aconteceu foi um interessante fen6meno.Por_ que os partidos politicas não apoi aram a maneira como o assunto esta va a ser tratado no movo das mulhe res,uma lacuna começou a desenvol­ver-se entre o modo como o assunto se levantava nas manifestaç5es de massa e o debate que estava a Ser conduzido a nível do parlamento. N6s tentamos superar este problen:a através da ideia de uma lei sobre o aborto vinda do pr6prio mov,de mulheres.A iniciativa foi de Turim a cidade onde trabalho-onde o co­mité de coordenação-que inclui as nossas camaradas assim como mulhe res de outras organizações revol~ cionárias de esquerda,e mulheres afectas a qualquer partido ou or­ganização-apresentaram uma propo~ ta de lei sobre o aborto para o movo discutir.Esta prop osta que

lineü clizendo que, onde ubortos es­pont5neos, resultando d e c fs condi­ç5 e s de tr&bolho fosseu detectados os PQtr~es da s f6briccs deviao ser !:lU 1 tc..dos, lJo r perL::1i tireC1 o ezistên cio dessos condições inseGuras. -Isto Dostr.::. a ntençc.o que o Lovi­

r1onto deL1..ühGres prestavu a todns us situnções e~ que a culher vive. Esta proposto, f6i Uea tentativa

de superar a l ü cunc. entre o Lovi­cento e o debute parlaoent c r, fo~ discutido nur::.1 srande nÚ::Jero de en­contro s nacionais, assistidos por delegadas ~os s rupos de Dulh~res de todo o pais. Esses enc ontros, que t~vcraD lugnr princi?~l~ente e o Ro-

. t . t' 'o Da, force D Ul as vozes aSS1S 10 S

por oais de seiscentns culheres.

NO PRÚXIl-W BOLETn~ , CONTINUi.Ró ­EOS 1-... DIVULGf.ç7.C Di. LUTJ. D1.5 EU LE~l{ES lU. ITf~LI1-., F!_Lj.t:':,~LCS DI. REJEIÇ1.G DA LBI süS~~I!"; C j30i-(TO NC S2Ni.DC E Di. SITUj.~Ç7...0 LCT'Jf.L DG l · : OTvII /jr~rJTO 013 I '~uL:-iBR.~S ~

(Es t e nrtigo foi extraido d& reviste. "Intorccntincntcl Press)

era em forma de lei regular,tentouu coordenar as ~eivindicações princi pais que tinham sido levantadas ~@ nMQvimento.da Mulheres que era:

Aborto L1vre para menores assim como para mulheres adultas para

)-'&d-f)/~ )..~ -O L,v'1P. .-(j~A~ ; ' n Q .,., ii . 1 :.) .rr'f O . f'" JO , ..) (", .A/I c o . ~ ~ 1f

./. . ;-/ -c:":'C IIII~_'i' .. .

estrangeiras, como para It~lianas; Abortos a serem feitos em hospita! is p6blicos gratuitamente, inclui­dos nos serviços sociais; e uma a-

/,::. V 'r 'Vi ,.i! l ;;.\ ;" 1,,~ I \ ~.\ Li ,~ ,.;

, I't--I'l C' j

\

'EN Tf?EVIC,TA '. ~

FALAMOS: COM UMA TRABALH.L\J)ORf.l. DA COOPERATIVA DE ENSINO DE COINBRA E DACTII.ÕORAli'A--TElil 23 ANOS

Perguntag COrlO sente a sua c on c.liç6..o elo mulher na empresa ondo trnbalh2..?

Rospostag Primeiro que tUd.8 G. quo atendor ao f2.ct o ,do que Cõ'. emprosa a nelo trabalho, tom onracteristicas UI:! p ouco diferentes das outras.E uma c oopern':; tiva, e portanto n30 temos entidade patronal.S~o tambom diferentes as rel~ çõos a nive l laborial. Mo srlo assim ainQ<1 se nota a tenclôncia par<1 se mc.nt-ór as es truturG.s existente s antos do 25 ele AbD'il.O que f a z c om que hajo.. uma descrimim:.ç'ão om rel<1çn.o á mulhor,quor a nivol de: categoria proflissi.on<11 quer mesmo na participação na vida sind ical e politica.

p~ Na sua empresa a maioria d os traba,lhadoros sãs mulhor e s.Porquê tão fra,ca po..rticipação 'n a viela sind ica l o p olitica ,las mesmo..s?

Rg A maioria do Ias comoçam por nn.o defender os seus d ireitos,a sua c ondição d o traba lhador as .Ae:eital'l-na passivamente.Por exemplo,s6 ~luas ou trôs sc.o sindi0.o..lizadas .Estão ha'bi tuadas a determinado si.stema social que nn.o c.1.ei:x:a as pessoas t omarem c onsciGncia d a sua si tU2.cão J.e classo .Existorl mui tm:; pr e s sões s o ciai~ juntamente c om a educa ção que lhos dernm ••• embora p enso quo .', -tudo isto nao soj2. motivo para se acomodarem.E preciso superarmos todo s esses problemas.

p g Como a cha ser possível essa superação? Rg Parte sobretu20 por uma c onsciôncia lização de classo .Primoiro têm Qe so c onvençer \listo , depois por serem oprimic::.as enquanto mulheres. Por exemp lo ou nQo digo que s ou trabo..lha:lor, d i go que s ou traba lhaclorao Aqui vô-s e que exis­tem dU<1s c ond ições e dU<1S opressões g<1 ele ser trabalh<1cl or <1 e [', ele sor nulher. E enquanto mulhere .'tré1bc.lhaeLora há mais problemas ,n2.o s6 os elo tr<1b.:üh8 co­mo t a rlbóm outros.N6s n a, empresa t emos creche, mas nem t8clas as omprüs<1s tôm e deviam ter porque 6 u ma s o luçã8 que alivia u m pouco o pr oblema do on~o cle ixar os filhos e ,:) da sobreoarga a quo o ousto Jo vic.l2. obriga .

Mas 6 prociso ver quo esta empr esa veio do ens ino pal~ticular e sont o-se no.. mesm2. a doscriminação s ooia l ontre profes s or es o ompr eg 2.G.os 9 fazondo-nos sentir que somos ; um estro..to · inforior. pg Acha quo u m grupo quo tra t e dos problomé1s da mulhor ajuela do alguma f orma? R ~ ~s pOSSO<1S procisam de sentir apoio par<1 s e notivarom a lutar pelos s ous inter e s ses .Ponso que u na es trutura dosse gónero poderá desonvolver um trn~a lho positivo so s oubor inteb~ar-se o ir de enoontro é10S pr oblemas quo a mu­lher trn.bc.lh<1clor a sonte na pole ~Estabo loc or u m cliálogo glortD..ncb parD.. os SG.1S problemas,mostrando-Ihes qu e tambóm sno mulhor es , don as ele casa,que pr e cisam do so juntar o lut a r em c onjunto . Não podemos v er n si tua ç6:o ela mulhoI' for<1 elo c onteIt o mais gor a I de t oelJ s os trabalha G.or os.A mulher sabo que o sou .! companhe iro , vitima Q<1 própria s ocied2.de , ass,'Uille u ma posição do o.ntravo 6.. luta. pela om<1noip<1ção d a mulhor.Aqui s erá a c ompanheira a faz er-lho s entir a ne­cessicl<1de d e se colaco..r a s eu lado na luta pela sua encmcipaçÊÍo onqunnt-o mulher o dos dois onquanto ~explor<1doa.Porque a luta d<1 mulher Ó objoctLva­mento contra Q' cap italismo e a sua emancipação s6 será poss_íbe l c om o d.erru .... be desta s o oied~de pelos, dois

m.i · ·

/ .. . . .

.• . 1 __

Eu era surda e cega Agora tenho olh os e orelha~

por todo o lado Era uma pequena t:1enina A queo servian o pequeno alnoço

na cana Agora sou -grande e ando s6zinha Desenhava a n acaca ~as n'o sabia jogar Frequentei u o psicanalista Era indeferente a tudo . Não cor.1preendia Agora tan bfio n50 con p reendo Comi a aoendoins às escondidas Era una boneca de DeI e seda Obediente,boazinha,que diziam Dentirosa caprichosa CODO u!::1a ostra

Agora as costuras rornp e c E as c eias desfiao -se

E dizec1 que sou f:laluca Tinha acores à priDeira vista Agora só ar:10 Às nuvens rotas Era a reboluda Agora sou a reboludn I:-:a s isto nudou "Gost m:.1 de ti a ssin "

" DEU-EE IJiBL EISTURi.DO C01·~ FEL

Felina e cruel Quando cHo inho na rua s6 vejo os olhos.das rapar1gas E a sua solidão No rosto Parti Voltei Tinhé:! calor kgora Tenho frio Roubo flores de pano Fui presa p or isso Ainda estou Queria viver l .... inda quero Quebrarei e,s ninhas grades J E. cot:1ecei Oiço o barulho das a sas

das andorinhas Não as vejo Não sei se é dia ou noite De qualquer maneira partirei J. vida invade-ne Sufoca-r.1e

1 , Se' COD O os sin os da ve_na

Às consultas ~c abaraD Sairci,Sairei,Sairei Refugio-r:le nun desenho de

Eu erÜ. algué Cl Sou qualquer lit:1a Sou oulher

Boticelli

E as r:;inhc: s ir'-1ãs esper ao por n i m

Não s abia c ant a r Tentei E agora grito,berrol Esqueci-De das ninha s

16r;ric as

CGBF,IU-n.~ DE Pi.L! .VIUi.S DOCES E PROI-'.:ES;::;i .. S

OFERECEU-l'iE UI< VES TIDO DELICj~DO

COSIDO CÓL PENJ.S E ORN1-J,;grrl"'i.DO COI' EEDO " IIIIIIII 0000000000.0 •• 000.008 ••• : ~ • • o • • • o • • • o o o • • • o o • o o •

" o • o se as o ulheres tivesseo e~crito hist6rias,coDo fizerao

os cl~ricos nos s eus ~osteiros,teriaD reve l ad? tantas perveE

sid~des oasculinas,que todos os hODans e n c6njunto n50

c h egariao pél.ra a s rec oncertnrooo.o" .

Chi.UCER , "Conto s de Cél.nterbury"

o Esr:JACO 00 JOGO ,

. . ':5 Levantar,arranJar os mluaos, preparar o pequeno-a lmoço,con­

duzir 'um a Escola enquanto o ma-,,~:'-"" ;.."" .. _../ • ~~~_ . _.,;)1"-" --_ .. .

rido leva o outro,ir trabalhar~ almoço na cnntina,re-tra ba lh2.r, ir ~ Es cola busca r as cria nç a s , ir às co mpr as ,lava r a roup a ,pre­parar o j a ntar,deita r as cria n­ças. TIlf!Acabou- se : ~~a s a ca bou-se o

A ,

que?O trabalho do dia ?Mas sera bem is so a Meu dia?Esta a spira ­ção de t er acabado é um ~inal inquietante;esta asp iraça o dum momento ond e todas as coisas estaria m e nfÉm a rruma das ,no s eu lugar. ]\J~as as c oi sa s nunc a es­tarão tão bem arrur1ad2.s senão no dia da mirilla mort e .É a mi­nha m.ort e que quero . Não haverá lugar es de pra z er, pra zer es meus,gue nao ouso me ofer e c er,que nao ouso [(o za r •• o

A r ealida de do tra ba lho e o seu peso fazem com que ele p er­v erta pr ogre ss ivament e tod os os moment os da vida .Reafir mar ~ ou-.. . .. . , tr o do tré'cb2.lho , o Jogo . O lnd .l V l-

duo d~- se nel e coacç5 es livres . Pra i a s de r epous o e de t ernura no m.e i o do meu dia .E se eu t en~ t á ss e re encontrá-las ?

Tempo dos miúdos:t emp o do jo­go , esque c er tud o ,d eixa r de me . pr eocupar;liberdade do c or pD,Jo­go dos c orpo s, T'lão s que s e pr0cu­r an ,ca r a s que s e t ocan ,que se dão a c Olme c er.

Sent ar-me .Pensa r no que vou f a z er para o j ant ar.Pensa r sen­t a da , ant e s de começar . Qualquer coisa de b om. e ne fácil .

Di s c o de'ca nç3 e s infa ntis.A ninha filha ,4 a nos,n el e ita- se a partir os ovo s par Ro pudim.

Depois do j a nta r.As cr~anças dormem .Hoje ,na d2 de r euni oe s , nada de sa{das,nem i ndividual nem a dois.Ficamos eD ca s a . Si­l~ncio r epousa nte .Primeira s pa ­lavras,ti~idas .Pra z er dun livro que l enos e discut i nos oS , d0is. Músic? de Viva ldi ou de Leo Férré. Música de fund o . Des e j os.

Viver este dia doc emente

s em nel e r1agoar, apr endendo a e nc ontra r, o ,que gosto ,descobrin­do onde esta I) neu pra z er.Des­contrair.De sfa zer a angÚstiG, qu ebrar o ciclo da preocupaçffa •••

J:!18.S será iss \) possivel?A vida p er Miti-Io- éÍ?Este p eso do tra ba lho quotidi2no 6 ber r eal e de ixa pouca mar gem .A este ní­vel,p ede U~R s olidarieda de vi­vida, entr e mulher es , e ireMO S sugerir una ou ou tra id e i a para e ste fir. , ,

Mas ha um outro nlvel onde p odemos avança r ~esno s e o pos­sível individual é es treito .

Est e quotidiano do tra balho que nos t?pS. é'. vista , nRo pre­cisano s del s ?co mo de una pro­t ecção c ontra o que no s pOderá vir a a c onte c er,nuna nutra c e na , s e lhe da nos t e~p o pa r a surgir. "Te rillo que f a z er" •. Tenho o neu t emp o t ão to~ad o ,tã () che i o que já nRo 1'1e n ode a c ontec er nad a . AI · , ~ , d . l as o que e que ne p o erla a c onte c er?Já rl.C~o a credito . Issn er p.. d2.ntes ,qua nd o er 2 nova . I s. ao s ba ile s , er a dese jadn, er n divertida ,ti~~a an i go s .

Ma s es t ,,j d iscur so é f ftlso G É o discurso d j s outr j s s obre r'lin , que ne querem encerra da ,no neu lugar COMO deve s er.É o discur­s o dós nutr j s : o do node l e de nulheroModel ,')s que são os d2. Id eol ogi a donina nt e , e percebe­-se a qui c ono o da Mulher que es tá s empre a tre ba lha r pode

t er a sua função . Mod ~ l os que s e t orna r ã o extremane nte sensivc is , , e presentes par a nos a nlvel do c OMnortanent o da s nossas Mã e s, dâs r'lUlher e s dé'.s nossas fan{lias , e que nos f a z sentir a nec ess i dade de p~r en ca u sa o tra ba lho da mulhcr,c omo un trabalho anbíguo e difícil.

Ma s estou viva .Posso aprí) ­prié'.r- ne da f e sta . Pn sso apren­der ê f a l ar.

.u ACTI"'It>AO"~ i'~el.lCAS 00 NO.ssO CiItUPO COt'\Eç. .. Q. ... 1"\ c:..ot\ A aKPOSH~.ÂO QuE ""J:"\ /(A'HO$ NO ÁTLIO i)" L.ETotA.s

kVlTO ) ,., .. 05 "A"'U A PcNA!

GéNrEt-JA& ~ COl.~"AS, PAR.T1c;..ú ... Il~",J\oI1lf I1Ut..U",,'''S ...

"'"'" Aeoól"é~, '''''rFllt.sS'''N1>O-.s~ PE(..O~ n"'AS Dos ~ TAZES € eoP1,,~J)o A~ Nc:>.S.SÂ.$ P<.Ii!."'CAc:p,'-:S • "

Te"e O I\lO..uo c..Ou;ÇC!i>VlO .)03«.C? "4SoR...Tt:> ~Tl!.a.céP~O FAI1(l./AlZ· MOSTRo..J ~e'1 ~\J€ A Ac.AOéHIA NAi E.STJ'.' c..oM e~:'

R€AC(;..'ON~.'Il'OS .

PoR I.U.c:;:> , N~ ?"'~~os . t;

tAÇA(; 1>E".,n: Sor..ET I" i MAl ~ ~ t'A~ .50