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153 CAPÍTULO V - DESAPROPRIAÇÃO E O PROCURADOR DO MUNICÍPIO 1. CONCEITO Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro 38 , desapropriação é o pro- cedimento administrativo pelo qual o poder público ou seus delega- dos, mediante prévia declaração de necessidade pública, utilidade pública ou interessa social, impõe ao proprietário a perda de um bem, substituindo-o de seu patrimônio por justa indenização. O procedimento administrativo da desapropriação tem por legisla- ção base a Constituição Federal, a Lei nº 4.132/62, a Lei nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade) e a chamada lei geral da desapropriação, que é o Decreto Lei nº 3.365/41. 2. NATUREZA JURÍDICA Trata-se de uma forma originária de aquisição da propriedade mediante procedimento administrativo tendente a efetuar a transfe- rência de patrimônio para a Administração Pública. 3. PRESSUPOSTOS O procedimento administrativo desapropriatório tem como pres- supostos: a necessidade pública, a utilidade pública ou o interesse social. 4. FASE DECLARATóRIA Como o próprio nome já diz, na fase declaratória da desapropria- ção a Administração Pública declara a utilidade pública ou o interes- se social no bem a ser desapropriado. A fase declaratória tem como instrumentos a serem utilizados pelo ente público o decreto do Poder Executivo, ou lei advinda do Poder Legislativo. 38 Op. cit. p. 170.

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CAPÍTULO V - DESAPROPRIAÇÃO E O PROCURADOR DO MUNICÍPIO

1. CONCEITO

Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro38, desapropriação é o pro-cedimento administrativo pelo qual o poder público ou seus delega-dos, mediante prévia declaração de necessidade pública, utilidade pública ou interessa social, impõe ao proprietário a perda de um bem, substituindo-o de seu patrimônio por justa indenização.

O procedimento administrativo da desapropriação tem por legisla-ção base a Constituição Federal, a Lei nº 4.132/62, a Lei nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade) e a chamada lei geral da desapropriação, que é o Decreto Lei nº 3.365/41.

2. NATUREzA jURÍDICA

Trata-se de uma forma originária de aquisição da propriedade mediante procedimento administrativo tendente a efetuar a transfe-rência de patrimônio para a Administração Pública.

3. PRESSUPOSTOS

O procedimento administrativo desapropriatório tem como pres-supostos: a necessidade pública, a utilidade pública ou o interesse social.

4. FASE DECLARATóRIA

Como o próprio nome já diz, na fase declaratória da desapropria-ção a Administração Pública declara a utilidade pública ou o interes-se social no bem a ser desapropriado.

A fase declaratória tem como instrumentos a serem utilizados pelo ente público o decreto do Poder Executivo, ou lei advinda do Poder Legislativo.

38 Op. cit. p. 170.

Maurício da Silva Miranda e Rafael Assed de Castro

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ATENÇÃO!

Destacamos ser possível a desapropriação de um bem de outro ente público. Vale observar que para esta situação ocorrer, prenuncia o Decreto Lei nº 3.365/41, em seu art. 2º, § 2º, que a autorização legis-lativa se faz obrigatória.

Nesta fase, o bem a ser desapropriado deve ser muito bem indi-vidualizado quanto a suas características e parâmetros, evitando-se descrições genéricas.

Ainda nesta fase, deve ser feita a expressa declaração da finalida-de para a qual o objeto esta sendo desapropriado.

A partir desse ponto, o proprietário do bem alvo da desapro-priação pode impugnar judicialmente o ato, provando a existência de vício de ilegalidade ou constitucionalidade no procedimento da Administração Pública.

Vale notar que, após a fase declaratória, somente as benfeitorias de caráter necessário terão de ser ressarcidas pelo ente público.

Já quanto às benfeitorias úteis, o Decreto Lei nº 3.365/41, art. 26, § 1º, permite seu pagamento pela Administração Pública, desde que autorizadas pelo poder público.

Quanto ao prazo de caducidade para efetivar a desapropriação, o Decreto Lei nº 3.365/41, no art. 10, prevê o prazo geral de 5 anos, contados da data da expedição do decreto declaratório.

Já no caso da desapropriação por interesse social e para reforma agrária, o prazo de caducidade é de 2 anos, conforme prenuncia o art. 3º, da Lei nº 4.132/62 e o art. 3º da Lei Complementar nº 76/93.

Vê-se, neste ponto, importante atuação do Procurador do Município, que deve ficar atento a esses prazos, ajuizando as ações cabíveis.

Além disso, o Procurador do Município deve estar acompanhar de perto a reunião de informações para expedi-ção completa do decreto expropriatório.

5. FASE ExECUTóRIA

A fase executória do procedimento desapropriatório se materia-liza nos atos concretos da Administração Pública que efetivamente promovem a desapropriação.

Desapropriação e o Procurador do Município

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ATENÇÃO!

Nessa fase há dois caminhos para a efetivação da desapropriação.

O primeiro, pela via administrativa, se dá na hipótese em que o ente público realiza um acordo com o proprietário do bem alvo do procedimento.

Já o segundo caminho é o judicial, tendo o ente público de promo-ver uma ação judicial de desapropriação.

Pela via administrativa, o ente público faz um acordo com o pro-prietário do bem. Tal acordo deve ser formalizado mediante escritura pública para posterior registro no cartório imobiliário local.

Ocorrendo a fase executória pela via judicial, teremos a ação ju-dicial de desapropriação. Em regra, nesta ação, apenas poderá haver questionamentos diante do preço ou de algum vício processual.

Vale notar que nesta fase o Procurador do Município deve confeccionar a ação judicial desapropriatória, solicitan-do dos departamentos municipais competentes as informa-ções e documentos necessários, tais como: cópia do decreto expropriatório, planta do bem com suas confrontações e lau-do de avaliação do bem alvo da desapropriação.

Note que não há possibilidade de o Poder Judiciário aferir se os pressupostos da desapropriação estão presentes no caso concreto.

Qualquer outra questão, que não o preço ou vícios processuais, não deve fazer parte da contestação da ação judicial da desapropriação, podendo ser alvo de ação própria posterior. Neste sentido, cabe ao Procurador alegar esta vedação em sua impugnação à contestação.

6. DESAPROPRIAÇÃO ORDINáRIA

Desapropriação ordinária é aquela realizada pelo poder público por necessidade pública, utilidade pública ou interesse social, me-diante justa e prévia indenização em dinheiro.

Tal modalidade de desapropriação está prevista na Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso XXIV, que assevera “a lei estabelecerá o procedimento para a desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição”.

Maurício da Silva Miranda e Rafael Assed de Castro

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7. DESAPROPRIAÇÃO ExTRAORDINáRIA

A desapropriação extraordinária caracteriza-se a partir de pro-cedimento desapropriatório que se efetiva sem uma justa e prévia indenização em dinheiro. A seguir destacamos as três espécies de desapropriação extraordinária.

7.1 Desapropriação extraordinária urbanística sancionatória

A Carta Magna, em seu art. 182, § 4º, inciso III, prevê a desapro-priação extraordinária urbanística sancionatória.

Esta espécie desapropriatória tem como ente público competente o Município e efetiva-se mediante pagamento de títulos da dívida pública, nos termos do disposto no art. 182, § 4º, inciso III, da Cons-tituição Federal39.

Para conferir real efetividade ao mandamento constitucional, so-breveio a Lei Federal nº 10.257/2001, denominada Estatuto da Cida-de, trazendo os parâmetros necessários para a realização da desapro-priação urbanística sancionatória. Com este diploma legal, passou a ter o Município, representado por seu Procurador, mais um instru-mento para exigir do particular a observância da função social da propriedade urbana.

José dos Santos Carvalho Filho40 nos ensina que a essa modalidade de desapropriação pode ser adotada a título de penalização ao proprie-tário do solo urbano que não atender à exigência de promover o ade-quado aproveitamento de sua propriedade ao plano diretor municipal.

7.2 Desapropriação extraordinária rural

Preceitua a Constituição Federal, em seu art. 184, que é a União o ente público competente para realizar a desapropriação extraordiná-ria rural.

O citado art. assevera “Compete à União desapropriar por interes-se social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em

39 É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, de: desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

40 Op. cit. p. 752.

Desapropriação e o Procurador do Município

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títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei”.

Tal espécie de desapropriação visa à perda da propriedade por descumprimento de interesse social para fins de reforma agrária, ten-do a União como exclusivo ente público competente.

Vale observar que, para determinada espécie desapropriatória, a indenização é realizada mediante títulos da dívida agrária resgatá-veis no prazo de até 20 anos.

7.3 Desapropriação extraordinária confiscatória

O art. 243 da Constituição Federal prevê a desapropriação extra-ordinária confiscatória, que é efetivada pela União sem nenhum tipo de indenização ao proprietário, e ocorre em áreas de cultivo ilegal de plantas psicotrópicas.

Prenuncia o artigo citado: “As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e especificamente destinadas ao assen-tamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medi-camentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuí-zo de outras sanções previstas em lei”.

Vale notar o louvável intuito do legislador constituinte em estipu-lar que a área expropriada será destinada a assento de colonos para o cultivo de alimentos e medicamentos.

8. DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA

José dos Santos Carvalho Filho41 doutrina que a desapropriação indireta é o fato administrativo pelo qual o Estado se apropria de bem particular, sem observância dos requisitos da declaração e da indeni-zação prévia.

Explicita o Decreto-Lei nº 3.365/41, em seu art. 35, o fundamen-to da desapropriação indireta, e diz “os bens expropriados, uma vez incorporados à Fazenda Pública, não podem ser objeto de reivindica-ção, ainda que fundada em nulidade do processo de desapropriação. Qualquer ação julgada procedente, resolver-se-á em perdas e danos”.

41 Op. cit. p. 797.

Maurício da Silva Miranda e Rafael Assed de Castro

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ATENÇÃO!

Verificamos que tal conduta procedida pela Administração Públi-ca não é pautada pelo devido procedimento administrativo correlato ao instituto da desapropriação. Muitos autores chegam a equiparar esta situação ao esbulho possessório.

Destacamos que o proprietário pode obstar a desapropriação in-direta por intermédio de ação judicial própria a ser proposta até o momento em que a Administração Pública não dê uma destinação pública ao bem desapropriado indiretamente.

Conforme assevera o Decreto-Lei nº 3.365/41, em seu art. 35, o bem desapropriado indiretamente uma vez incorporado ao patrimô-nio público e dado a uma destinação publica, não mais pode ser alvo de ação própria reivindicatória.

Neste contexto, analisando o Decreto-Lei nº 3.365/41, art. 10, pa-rágrafo único, asseveramos que o prazo prescricional para a pro-positura de ação judicial própria pelo proprietário (na tentativa de obstar o fato administrativo da desapropriação indireta e buscar seu ressarcimento) é de 5 anos.

Em eventual contestação, o Procurador deve observar o cumprimento deste prazo e, se já configurada a prescrição, requerer a extinção do processo, nos termos do art. 269 do Código de Processo Civil.

9. RETROCESSÃO

O instituto da retrocessão em matéria de desapropriação, consoan-te Maria Sylvia Zanella Di Pietro42, é o direito que tem o expropriado de exigir de volta o seu imóvel caso este não tenha o destino para que se desapropriou.

A essência do instituo da retrocessão pode ser abstraída do Código Civil, art. 519, que prenuncia: “Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa”

Em resumo: caso o poder público não dê a destinação expressa ao bem expropriado, cabe ao proprietário que sofreu o instituto da

42 Op. cit. p. 196.

Desapropriação e o Procurador do Município

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desapropriação pleitear a devolução de seu bem, devolvendo o preço atualizado recebido em ressarcimento pelo procedimento desapro-priatório.

10. DIREITO DE ExTENSÃO

Ensina-nos José dos Santos Carvalho Filho43 que o direito de ex-tensão é o direito que o expropriado tem de exigir que a desapropria-ção e a indenização alcancem a totalidade do bem, quando o rema-nescente resultar esvaziado de conteúdo econômico.

A Lei Complementar nº 76/93, em seu art. 4º, traz regra expressa: “Intentada a desapropriação parcial, o proprietário poderá requerer, na contestação, a desapropriação de todo o imóvel, quando a área remanescente ficar:

I – reduzida a superfície inferior à da pequena propriedade rural ou;

II – prejudicada substancialmente em suas condições de exploração econômica, caso seja o seu valor inferior ao da parte desapropriada”

Logo, fica claro que este instituto visa o ressarcimento do pro-prietário quando ele se sentir lesado em uma desapropriação parcial, restando no imóvel área que ele considere ínfima ou inservível.

11. AÇÃO jUDICIAL DE DESAPROPRIAÇÃO

Em uma ação judicial de desapropriação, certo é que sempre en-contraremos um ente público no polo ativo com a pretensão de exe-cutar a transferência do bem ao acervo público para determinada fi-nalidade.

Destacamos que o autor da ação desapropriatória, sempre um ente público, é chamado de expropriante. Já o réu é denominado de ex-propriado.

11.1 Pressupostos e documentos indispensáveis

São pressupostos para a ação judicial de desapropriação todos os requisitos expostos pelo art. 282 do Código de Processo Civil e alguns específicos do instituto desapropriatório.

Por conseguinte, elencamos como pressupostos e documentos in-dispensáveis à ação judicial de desapropriação:

43 Op. cit. p. 809.

Maurício da Silva Miranda e Rafael Assed de Castro

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1. indicação do juiz ou juízo, a quem é dirigida;2. qualificação do ente público;3. nomes, prenomes, estado civil, profissão, residência do réu;4. fatos e fundamentos jurídicos do pedido;5. pedido desapropriatório;6. valor da causa;7. provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos

fatos alegado;8. requerimento de citação;9. cópia do decreto expropriatório;10. planta do bem com suas confrontações;11. laudo de avaliação do bem.Existindo todos os pressupostos e documentos elencados, certa-

mente a ação judicial de desapropriação estará obedecendo aos parâ-metros instituídos do nosso ordenamento jurídico.

11.2 Contestação

É a situação jurídica em que o réu expõe seus fundamentos e argumentos de defesa em relação à pretensão aduzida pelo autor.

Vale notar que em uma contestação de ação judicial de desapro-priação, apenas poderá ser enfrentada pelo réu a questão atinente ao preço oferecido pelo autor, ou algum vício do processo judicial.

Nesse contexto, prenuncia o art. 20 do Decreto Lei nº 3.3365/41 “a contestação só poderá versar sobre vício do processo judicial ou impugnação do preço; qualquer outra questão deverá ser decidida por ação direta”.

11.3 Imissão provisória na posse

Segundo a definição de José dos Santos Carvalho Filho44, a imis-são provisória na posse é a situação jurídica em que o expropriante passa a ter a posse provisória do bem antes da finalização da ação expropriatória.

Salientamos que a imissão provisória na posse em uma ação judicial desapropriatória está prevista no art. 15 do Decreto-Lei nº 3.365/41, que é a base normativa do instituto da desapropriação.

44 Op. cit. p. 775.

Desapropriação e o Procurador do Município

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ATENÇÃO!

ATENÇÃO!

Para haver a imissão provisória da posse é indispensável o caráter de urgência na transferência do bem ao acerco do ente público e a realização de depósito prévio no valor arbitrado pelo perito judicial.

Diante do depósito prévio, ao Procurador do Municí-pio cabe estar atento a qual instituição bancária oficial faz-se o deposito do numerário e, posteriormente, fazer a juntada de informação de depósito realizado no devido processo.

Efetivada judicialmente a imissão provisória na posse, esta deci-são deve ser devidamente levada a registro no competente cartório de registro de imóveis.

Vale observar, que o Superior Tribunal de Justiça, no RESP 239.687 – SP, por sua Primeira Turma, decidiu que o proprietário expropriado provisoriamente do bem não é mais responsável pelo pagamento de tributos referentes ao imóvel expropriado, como por exemplo, o imposto predial urbano (IPTU).

11.4 Desistência da desapropriação

Tendo como parâmetro o processo judicial ordinário, relatamos, em regra, o poder de desistir de pretensões judiciais normalmente até o momento da constatação do transito em julgado processual.

Em uma ação judicial de desapropriação, consoante lição de Leo-nardo José Carneiro da Cunha, em seu livro Fazenda Pública em Juí-zo45, é possível a desistência do processo de desapropriação, desde que não exista pagamento de indenização, mesmo que parcial, ao pro-prietário, e que não tenha havido alteração do bem alvo do instituto desapropriatório.

Importante, porém, neste caso, que o Procurador do Município, em sua manifestação no processo, junte aos autos os documentos necessários para comprovar o efetivo dano causado ao particular, evitando-se, assim, lesão ao erário.

11.5 Reexame necessário

Reexame necessário é a situação jurídica em que uma sentença obrigatoriamente deve passar pelo crivo recursal de um Tribunal Su-perior para, a partir daquele momento, repercutir seus efeitos.

45 Op. cit. p. 660.

Maurício da Silva Miranda e Rafael Assed de Castro

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ATENÇÃO!

ATENÇÃO!

O art. 28, § 1º, do Decreto-Lei nº 3.365/40, assevera que a sentença que condenar o ente público em quantia superior ao dobro da oferecida fica sujeita ao reexame necessário.

Caso esta previsão legal não seja observada pelo juí-zo, cabe ao Procurador reclamá-la, pois é imperativo para o trânsito em julgado da sentença.

12. REgISTRO DO IMóVEL DESAPROPRIADO

Findo o processo judicial desapropriatório, o juiz do caso concreto lavra a devida sentença judicial. Nesta referida decisão está consubs-tanciada a autorização de imissão definitiva na posse do bem objeto da pretensão judicial.

Assim, servirá a relatada sentença judicial, conjuntamente com a carta de sentença e o mandado de emissão na posse, como docu-mento hábil para efetivar a transferência do bem do réu para o acervo patrimonial do autor no devido cartório de registro de imóveis.

Neste momento, o Procurador do Município deve ter o cuidado necessário com a reunião das peças judiciais neces-sárias para o efetivo registro no cartório de imóveis do local.

Vale observar que, para efetivar o registro definitivo da transferên-cia do bem no cartório de registro de imóveis, é essencial que o ente público demonstre a existência da expedição de carta de sentença no processo judicial desapropriatório.

O Decreto-Lei nº 3.365/41, em seu art. 29, justamente confirma o exposto: “efetuado o pagamento ou a consignação, expedir-se-á, em favor do expropriante, mandado de imissão de posse, valendo a sen-tença como título hábil para a transcrição no registro de imóveis”.

Desapropriação e o Procurador do Município

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13. PASSO A PASSO DA ATUAÇÃO DO PROCURADOR DO MUNICÍPIO

A) Fase declaratória

Nesta fase o Procurador do Município deve estar atento a reunião de informações para

expedição completa do decre-to expropriatório.

Decreto Expropriatório

i. expedido pelo chefe do po-der executivo

ii. deve conter a individuali-zação do bem

iii. deve conter a finalidade da desapropriação

iv. prazo para efetivação de 5 anos a partir do decreto ex-

propriatório como regra geral e prazo de 2 anos para casos

de interesse social ou reforma agrária

B) Fase executória

Nesta fase cabe ao Procura-dor do Município efetivar a

desapropriação, seja por acor-do ou feitura de ação judicial.

B.1 – Via Administrativa (acordo): formalizado me-diante escritura pública

B.2 – Via Judicial (sem acor-do): o Procurador do Municí-pio deve confeccionar a ação judicial de desapropriação.

Confeccionando a ação de desapropriação, o Procurador do Município deve se ater às seguintes premissas:- Docu-mentos necessários: cópia do decreto expropriatório/planta do bem com suas confrontações / laudo de

avaliação do bem

- Imissão provisória na posse: imprescindível a urgência e o deposito prévio de numerário

Vale notar que em uma ação judicial de desapropriação apenas pode-se questionar

preço a pagar ou vicio processual.

Posteriormente ao transito em julgado da ação judicial de desapropriação ou com

a imissão provisória da posse deve ser feito o regis-tro do imóvel desapropriado mediante carta de sentença no cartório de registro de

imóveis.

Maurício da Silva Miranda e Rafael Assed de Castro

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14. FLUxOgRAMAS

Desapropriação

Fase Declaratória(decreto)

Fase Executória

Via Judicial Via Administrativa

Ação Judicial Escritura Pública

Imissão Provisória

Perícia Técnica

Sentença

Escritura Pública

Desapropriação e o Procurador do Município

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15. MODELOS DE PETIÇõES E MANIFESTAÇõES

15.1 Modelo de decreto declaratório de utilidade pública do imóvel

DECRETO Nº , DE XX DE XXXXX DE XXXX.Declara de utilidade pública, para fins de desapropriação, o imóvel

que especifica, destinado a prolongamento de via pública.

_______________________, Prefeito Municipal de __________, Estado de _______, usando de suas atribuições legais, nos termos do art. XX, da Lei Orgânica do Município, D E C R E T A:

Art. 1º)– Fica declarado de utilidade pública, a fim de ser desapropria-do pelo Município de ______________, por via amigável ou judicial, uma gleba de terras, abaixo descrita e caracterizada, desmembrada dos imóveis objeto das matrículas nºs. ________ e _______de ordem do Cartório de Registro de Imóveis desta Comarca, de propriedade de ________-. ou su-cessores, destinada a prolongamento de via pública, a saber:

(DESCRIÇÃO TÉCNICA DA GLEBA A SER DESAPROPRIADA)

Art. 2º) – As despesas com a execução do presente Decreto correrão por conta das dotações próprias do orçamento vigente e dos exercícios vindouros se necessário, incluindo despesas de cartório para transferên-cia e registro da escritura.

Art. 3º) – Este Decreto entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Local, dataAssinatura – Prefeito

15.2 Modelo de decreto expropriatório

DECRETO Nº ___, DE ____ DE _______ DE _____.

Desapropria imóvel Declarado de Utilidade Pública através do De-creto nº _______, de __ de _________ de _____, que consta pertencer a ____________.

_______________, Prefeito Municipal de __________, Estado de ________, no uso de suas atribuições legais, D E C R E T A:

Art. 1º - Fica desapropriado pelo valor de R$ __________, os imóveis objeto das matrículas nºs. _________e _________- de ordem do Cartório de

Maurício da Silva Miranda e Rafael Assed de Castro

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Registro de Imóveis desta Comarca, declarado de utilidade pública pelo Decreto nº _______-___de propriedade de _________. ou sucessores, desti-nada a prolongamento de via pública.

Art. 2º - A desapropriação de que trata o presente Decreto é declarada de natureza URGENTE para os efeitos do art. 15 do Decreto Lei Federal nº 3.365, de 21 de junho de 1.941, alterado pela Lei nº 2.786, de 21 de maio de 1.956.

Art. 3º - As despesas com a execução do presente Decreto correrão por conta das dotações próprias do orçamento vigente, suplementadas se necessário.

Art. 4º- Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revo-gadas as disposições em contrário.

Local, data.Assinatura – Prefeito.

15.3 Modelo de portaria designando comissão para laudo de avaliação

PORTARIA Nº _______, DE ____ DE _____ DE _____.

Designa Comissão para elaboração de Laudo de Avaliação dos imóveis que especifica.

______________, Prefeito Municipal de _________, Estado de ___________, usando de suas atribuições legais, pela presente Portaria DESIGNA os Srs. ____________, ___________ e _____________, todos ser-vidores municipais, para em comissão e sem quaisquer ônus à munici-palidade, procederem a avaliação do imóvel abaixo descrito, e emitirem competente Laudo de Avaliação, a saber:

(DESCRIÇÃO TÉCNICA DA GLEBA A SER DESAPROPRIADA)

Local, data.Assinatura – Prefeito.

Desapropriação e o Procurador do Município

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15.4 Modelo de ação judicial de desapropriação

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA JUDI-CIAL DA COMARCA DE ________

O MUNICIPIO DE _________, pessoa jurídica de direito público in-terno, inscrito no CNPJ/MF n.º _______, sediado em _______, Estado de _______, na Rua __________, n.º______ – representado por seu procurador que esta subscreve, vem com a devida vênia à presença de Vossa Excelên-cia, com fundamento do Decreto-lei n.º 3.365, de 21 de junho de 1941, com as modificações introduzidas pelo Decreto-lei n.º 4.152, de 08 de março de 1942 e Lei n.º 2.786, de 21 de maio de 1956 e, em consonância com o art. 5º, inciso XXIV da Constituição da Republica Federativa do Brasil, propor a presente

AÇÃO DE DESAPROPIAÇÃO COM PEDIDO LIMINAR DE IMISSÃO NA POSSE

em face de __________, com endereço na cidade de __________, à Rua __________, nº _______ – CNPJ _________, expondo e requerendo o quanto segue:

DA COMPROVAÇÃO DOS ATUAIS PROPRIETARIOS

O expropriado é legítimo proprietário de uma área de terra localizada no Município e Comarca de ____________, com a área de _______ m2, conforme comprovam as inclusas matrículas de n.º ______e ______ do Cartório de Registro de Imóveis de ________.

DO IMÓVEL OBJETO DA DESAPROPRIAÇÃO

Área constante do item anterior foi declarada de utilidade pública e desapropriada pela municipalidade através do Decreto Municipal n.º ______, de __ de _________ de ________, destinada ao prolongamento de via pública no Município de ________, a qual encontra-se definida confor-me segue abaixo e de acordo com as especificações constantes do croqui e memorial descritivo anexos, elaborados por engenheiro competente, a saber:(DESCRIÇÃO TÉCNICA DA GLEBA A SER DESAPROPRIADA)

DO ATO DE DESAPROPRIAÇÃO

A área de terras com ______ m², descrita no item anterior foi regular-mente desapropriada pelo Município através do Decreto n.º ______, de ____ de ________ de ______.4. DO CARÁTER DE URGÊNCIA

O caráter de urgência na desapropriação perseguida é plenamente justificável, isto porque, destina-se a prolongamento de via urbana no Município.

Maurício da Silva Miranda e Rafael Assed de Castro

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DAS TENTATIVAS AMIGÁVEIS

Ainda que insistentemente tivesse o Município tentado resolver de forma amigável a presente desapropriação, não logrou êxito em suas nego-ciações, tendo-se em vista as inúmeras variáveis que impediram a solução extrajudicial.

DO PREÇO OFERTADO

Como indenização pela presente desapropriação da área descrita no item I do tópico 2, o expropriante oferece o preço de R$ ____________, correspondente ao valor da avaliação elaborada por uma Comissão Espe-cial, composta pela Portaria n.º _____, de ___ de _______- de ___________.

O valor atribuído à referida área da desapropriação, por força da ava-liação acostada aos autos, refere-se ao valor de mercado, sobretudo levan-do-se em conta as avaliações e ofertas atribuídas a locais circunvizinhos à área desapropriada.

Urge enaltecer, que com o colacionado acima, resta-nos claro que a municipalidade em sua avaliação do imóvel já considerou toda valoriza-ção existente pelo mercado a área descrita.

DO DEPÓSITO PRÉVIO

A municipalidade providenciou o depósito prévio correspondente a integralidade da área desapropriada, devidamente recolhido em conta ju-dicial em favor do Juízo de Direito desta Comarca.

Não obstante, como forma de ser imitida imediatamente na posse, desde já, dada a urgência e relevância do caso, vem apresentar o recolhi-mento total da avaliação, a qual por certo corresponde ao valor atual do mercado.

DA IMISÃO PROVISÓRIA NA POSSE - LIMINAR

Inegável o caráter urgente da desapropriação, sendo certo que, em função do valor previamente depositado, deverá de plano o Município ser imitido na posse do predito imóvel objeto da desapropriação.

Em uma análise cumulativa do art. 273, inciso I, do Código de Pro-cesso Civil e do art. 15, do Decreto Lei nº 3365/1941, salta aos olhos a inegável premissa de imissão provisória na posse dos bens, independen-temente da citação do expropriado, sob pena de dano irreparável, pois trata-se de obra viária de salutar interesse municipal.

Descreve o Decreto Lei nº 3365/1941, em seu art. 15, que diante o ca-ráter de urgência alegado, é possível a imissão liminar do ente público ao bem com o depósito de quantia verificada em avaliação, senão vejamos:

Desapropriação e o Procurador do Município

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“Art. 15. Se o expropriante alegar urgência e depositar quantia arbi-trada de conformidade com o art. 685 do Código de Processo Civil, o juiz mandará imiti-lo provisoriamente na posse dos bens.”

Já o art. 273, inciso I, do Código de Processo Civil, dispõe:“Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e:

I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação.”

Vale novamente enaltecer que a pretensão perseguida afigura-se de premente necessidade e utilidade pública, já que a obtenção da área desa-propriadas visa obra viária no Município.

Como o já delineado, é de rigor a imissão em caráter liminar no imó-vel destacado. Diante uma negativa de imissão provisória na posse do imóvel, restará claro um imensurável prejuízo ao interessa publico e a coletividade.

Assevera a municipalidade estar mais que demonstrado o interesse público primário, o fundado dano irreparável de perda do convênio salu-tar ao Município e a possibilidade jurídica de imitir o autor na posse des-de já, para o fim de não sobrestar a ação ora proposta, sob pena de causar sérios prejuízos ao Erário Municipal e seu desenvolvimento.

Posto isto, está comprovada a necessidade e possibilidade de imissão provisória dos bens descritos nesta peça inaugural.

DOS PEDIDOS FINAIS

Diante do exposto, vem requerer à Vossa Excelência:-

a) Seja autorizada a expedição liminar, a seu favor, desde já, de imis-são provisória na posse da referida área inscrita no item “02” supra, tendo em vista o caráter urgente da medida;

b) Com base nos arts. 222 e 223 do Código de Processo Civil, seja de-terminada a citação do proprietário indicado, para, querendo, contestar a presente ação sob pena de revelia e confissão, até final sentença, devendo o expropriado comprovar, pelos meios hábeis, inclusive com a exibição do título de domínio, o seu interesse e legitimidade para este processo, bem como desde logo prestar, para fins do art. 31 e sob as penas do art. 38 do aludido Decreto-lei n.º 3,365/41, todas as informações que possam inte-ressar ao andamento do feito ou ao recebimento da indenização, tais como a existência de condôminos, sucessores, credores hipotecários, compro-missários, compradores e outros titulares de direito sobre a área expro-priada, indicando seus nomes, qualificações e endereços para que sejam cientificados da presente ação, para os fins de direito;

Maurício da Silva Miranda e Rafael Assed de Castro

170

c) Seja dada ciência da propositura desta ação a eventuais ocupantes da área atingida, e a área imediatamente desocupada;d) A procedência da presente ação, para o efeito de decretar-se por sentença a desapropriação da área de terra acima descrita e caracterizada, com a consequente incor-poração ao patrimônio do expropriante;

e) Seja o valor depositado em juízo dado como forma de pagamento da área desapropriada e, ao final, levantado em favor dos requeridos, com as eventuais atualizações de direito;

f) Seja assegurado, ao Município, o direito de recolhimento de custas processuais ao final da ação;

g) Seja deferida a produção de todas as provas pertinentes, especial-mente depoimento pessoal dos expropriados, documentos, oitiva de tes-temunhas, perícias, etc.,

Nestes termos, dando-se à causa o valor de R$ _______________________________, meramente para efeitos fiscais, com os documentos que a instruem.

Termos em que,Pede e espera deferimento.

Local, data.Assinatura

16. QUESTõES DE CONCURSOS

1 – (Cespe - Procurador do Município – Prefeitura Boa Vista-RR/2010)

Julgue o item seguinte, que trata de desapropriação.

Cabe a retrocessão quando o expropriante dá ao imóvel uma destinação

pública diferente daquela mencionada no ato expropriatório.

2 – (FEPESE - Procurador do Município – Prefeitura Florianópolis-SC/2011)

Assinale a alternativa incorreta, em relação ao procedimento de desapropriação.

A) A desapropriação é forma originária de aquisição da propriedade privada.

B) O bem público não poderá ser objeto de desapropriação.

C) Ocorre desvio de finalidade genérico, que enseja a retrocessão, quando

se verifica a mudança da finalidade pública para o fim particular do bem

expropriado.

D) É permitida a ocupação temporária, que será indenizada, afinal, por ação

própria, de terrenos não edificados, vizinhos às obras e necessários à sua

realização.

Desapropriação e o Procurador do Município

171

E) Os concessionários de serviços públicos e os estabelecimentos de caráter

público ou que exerçam funções delegadas de poder público poderão

promover desapropriações mediante autorização expressa, constante de lei

ou contrato.

3 – (FCC - Procurador do Município – Prefeitura Manaus-AM/2006)

No que concerne à desapropriação, a imissão provisória na posse de um imóvel

particular por parte do Município de Manaus:

A) Somente poderá ser feita no próprio ato expropriatório, e desde que tenha

por objeto prédio urbano residencial.

B) Deverá ser requerida exclusivamente na esfera administrativa, desde que se

deposite previamente o valor da indenização.

C) Deverá ocorrer no prazo de 120 dias, prorrogável por igual período, contado

da data do depósito em juízo da indenização prévia, justa e em dinheiro.

D) Somente ocorrerá após a citação do réu e mediante o depósito integral do

preço fixado pericialmente.

E) Depende, dentre outros requisitos, da declaração de urgência por parte do

expropriante, que não poderá ser renovada.

4 – (DOM CINTRA - Procurador do Município – Prefeitura Petrópolis-RJ/2012)

Nos termos da Constituição da República, solo urbano não edificado, subutilizado ou

não utilizado poderá ser desapropriado:

A) Pelo Estado ou pelo Município;

B) Pelo Estado;

C) Pela União;

D) Pelo Município;

E) Pela União ou pelo Estado.

5 – (FCC - Procurador do Município – Prefeitura Recife-PE/2008)

O Poder Público desapropriou grande número de imóveis em 2001, para implantação

de trecho de um anel viário urbano. Passados 07 (sete) anos da edição de decreto

de utilidade pública, como a obra não fora executada, foi aprovada lei autorizando

o Poder Público, então expropriante, a vender os imóveis. Publicado o edital para

alienação onerosa dos bens, a cada expropriado caberá, individualmente, medidas

judiciais para pleitear o reconhecimento de seu direito de:

A) Extensão, a fim de que o produto da alienação onerosa lhe seja destinado, vez

que não foi dada a destinação pública adequada aos imóveis, configurando

tredestinação.

B) Indenização, cumulado com pedido de revogação do decreto de utilidade

pública, a fim de que o Poder Público seja condenado a restituir o valor dos

imóveis.

Maurício da Silva Miranda e Rafael Assed de Castro

172

C) Retrocessão, que constitui direito de reaver o bem expropriado, tendo em vista que o Poder Público não deu ao mesmo o destino que justificou a desapropriação.

D) Obter transferência compulsória da propriedade do bem expropriado, pelo preço homologado na licitação, depois de encerrada a fase de adjudicação do objeto em favor do vencedor.

E) Preferência para a aquisição do bem licitado, devendo, para tanto, obter prévio provimento jurisdicional que anule o decreto expropriatório.

6 – (Vunesp - Procurador do Município – Prefeitura Ribeirão Preto-SP/2007)Com relação à desapropriação, assinale a alternativa incorreta.

A) Bens públicos são passíveis de desapropriação.B) É um procedimento administrativo que se realiza em duas fases, a declaratória

e a executória.C) Consumado o desapossamento na desapropriação indireta, o antigo

proprietário não poderá se reintegrar ou reivindicar o bem.D) Todos os bens e direitos patrimoniais estão sujeitos à desapropriação,

incluindo o espaço aéreo e o subsolo.E) É forma secundária de aquisição da propriedade.

RESPOSTAS:

1 2 3 4 5 6

Errado E B C C E